SOLUÇÕES SUSTENTÁVEIS
Bisnagas plásticas de menor impacto ambiental com redução do uso de recursos naturais
A Globoplast é uma empresa referência no fornecimento de soluções ecológicas e eficientes em embalagens, comprometida com as demandas globais. Oferecemos uma ampla variedade de soluções comprovadamente eficazes para reduzir a pegada de carbono, incluindo a diminuição no uso de matérias-primas e emissões de CO2.
Um dos nossos destaques são as tampas Low Profile para bisnagas de 35 e 50 mm, que possuem uma redução significativa no peso em comparação com as opções convencionais. Além disso, utilizamos resinas recicladas em nossas bisnagas, com uma composição de até 100% PCR, o que cria um novo ciclo de vida para as embalagens sem comprometer a funcionalidade e a qualidade dos nossos produtos.
Para nós, a sustentabilidade é um compromisso fundamental em todas as etapas do processo produtivo. Sentimos orgulho em oferecer produtos de alta qualidade, contribuindo para o meio ambiente.
SUMÁRIO
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FUNDADOR: ROBERTO HIRAISHI (1942 • 2006)
Diretor Responsável: Ricardo Hiraishi
Administração: Rejane Doria
Redação: redacao@embanews.com
Publicidade: comercial@embanews.com
Colaboradores desta edição: Antonio Cabral, Assunta Camilo, Fabio Mestriner, Luis Madi, Ricardo Sastre Foto Capa: Divulgação
Projeto Gráfico: FlyJabuti Design
Realidade Aumentada: Massfar, empresa autorizada Zappar Brasil e Portugal
A Revista EMBANEWS é uma publicação mensal da NEWGEN COMUNICAÇÃO LTDA. registrada segundo a Lei de Imprensa no 2º Ofício de Registro de Títulos e Documentos sob nº 31.881 em 17 de julho de 1990.
Dirigida ao segmento de alimentos, bebidas, brinquedos, cosméticos, embalagens, farmacêuticos, químicos, e afins. Dirigida aos profissionais: consumidores, fabricantes e fornecedores de embalagens; fornecedores de matérias-primas e de insumos para a confecção de embalagens; fabricantes de máquinas e equipamentos e periféricos para envase e embalagem; cadeia de supply chain e logística; e prestadores de serviços de apoio, associações, universidades e instituições ligadas ao ramo de embalagem.
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NATURÁGUA LANÇA NOVA EMBALAGEM ATHLETIC 700ML
ANaturágua, fabricante de água mineral do Grupo Telles, acaba de lançar com exclusividade no mercado brasileiro a embalagem Athletic de 700ml. Primeiro lançamento de nicho da marca em 2024, a empresa cearense também havia movimentado o competitivo segmento de águas minerais em todo o país, neste primeiro semestre do ano, ao lançar a Naturágua Premium, embalagem de alumínio importado, 100% reciclável e reutilizável, com foco direcionado aos mercados de luxo e life style. Ambas com pH acima de 7,0.
Pensando em hidratação e funcionalidade para pessoas ativas no dia a dia – a Naturágua Athletic apresenta design moderno e anatômico trazendo maior praticidade aos consumidores. Com tamanho maiorde 500ml para 700ml –, a nova embalagem pode ser levada para a academia, o escritório ou qualquer outro lugar, garantindo água mineral de alta qualidade para todos os momen-
tos. Ou seja, ela é muito mais prática e confortável, podendo ser levada tanto na bolsa e na mochila quanto no carro ou na bike.
“A Athletic foi idealizada e desenvolvida a partir do conceito de um grupo de consumidores que gosta de levar a vida em movimento. É uma embalagem moderna, estilosa e ideal, portanto, tanto para quem é ativo no dia a dia quanto para quem ama praticar esportes e valoriza tanto a funcionalidade quanto o estilo na hora de hidratar-se”, ressalta Geissa Rocha, gerente de Marketing do Grupo Telles.
De acordo com especialistas em nutrição esportiva, é fundamental manter-se hidratado durante os treinos para equilibrar a temperatura corporal e otimizar o desempenho físico. Estudos médicos apontam, também, que beber água antes, durante e depois do exercício pode reduzir o impacto no coração e nas articulações, além de tonificar os músculos, deixando-os mais fortes e rígidos e aumentando a resistência do corpo.
NATURÁGUA: TRADIÇÃO E ESSÊNCIA INOVADORA
Líder de vendas no mercado cearense, a Naturágua, além de ser a primeira fabricante de água mineral do país a obter e a manter a ISO 22.000 – certificação de sistema de gestão e segurança alimentar, é a única empresa de água mineral a obter o selo ESG pelo concedido pelo instituto internacional Bureau Veritas (BV). Um reconhecimento que fortalece ainda mais a qualificação de sua linha de produtos.
Além disso, a Naturágua opera nas suas duas unidades integralmente com energia 100% limpa, através do parque solar próprio, que tem capacidade de 5MW. Uma das indústrias fica ao lado da Floresta Curió, uma área de mata atlântica preciosa, mantida e preservada pelo Grupo Telles em plena área urbana de Fortaleza.
Lançada inicialmente no mercado cearense, estado em que a Naturágua está presente há mais de 30 anos, a nova Athletic já se encontra disponível para venda em lojas e supermercados premium da capital. Em breve, este mais novo lançamento da empresa também estará presente nas principais cidades do Rio Grande do Norte e de outros estados do Nordeste.
Há mais de três décadas no mercado, a Naturágua é uma das sete empresas do Grupo Telles. Suas fontes de captação estão localizadas na região metropolitana de Fortaleza (CE), assim como sistemas de extração e envasamento da sua linha de produtos PET. A empresa conta com duas unidades envasadoras no Ceará: a de Hori-
zonte, com mais de 10 fontes de captação, todas com pH acima de 7.0, e a de Fortaleza, ao lado da Floresta Curió, uma área preservada. Também conta com a filial no município de Macaíba (RN), que envasa, comercializa e distribui seus produtos em Natal e principais cidades potiguares. Originário de fontes naturais de água mineral, o produto da Naturágua é composto por ele-
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mentos essenciais da natureza que levam mais saúde ao corpo humano. Todas as empresas atuam em conformidade com as exigências da ANM (Agência Nacional de Mineração) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). https://naturagua.com.br
Soluções digitais para performance sustentável
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NATURAL ONE ADQUIRE
500ª ENCHEDORA ASSÉPTICA DA KRONES
Desde a esterilização das preformas até a distribuição das garrafas PET fechadas – assim como para a última geração da Contipure AseptBloc (CAB) –, a Krones deu atenção especial a toda uma cadeia de processos que é assepticamente segura até em seus detalhes. Um conceito global que já provou o seu valor no passado e conquistou clientes em todo o mundo. “Desde o lançamento no mercado da última geração da Contipure AseptBloc, há cerca de um ano e meio, já foram vendidas mais de 40 unidades da CAB. Esta é uma prova dos argumentos convincentes de segurança e sustentabilidade desta solução. Assim, sentimos a aceitação e a apreciação desta avançada tecnologia da Krones globalmente”, declara Paul Schoenheit, Head of Sales Aseptic Technology da Krones. A empresa brasileira de bebidas Natural One também escolheu a Contipure AseptBloc – e isso é motivo para comemorar, pois esta é a 500ª enchedora asséptica já construída pela Krones, integrada na solução de bloco estéril.
A NATUREZA COMO INSPIRAÇÃO
Inspirada na diversidade da natureza brasileira, a Natural One se especializou em usar frutas e vegetais frescos para produzir sucos em 15 variedades. A Natural One hoje exporta seus produtos para 11 países. Para atender à crescente demanda por seus produtos, a empresa está expandindo agora as suas capacidades em sistemas de envase – e contando com a tecnologia de ponta e a experiência da Krones. A Contipure AseptBloc faz parte da nova e já terceira linha Krones na Natural One.
“Tendo já alcançado os continentes da América, Europa, África e a região Ásia-Pacífico com os nossos sucos, queremos agora chegar a estas regiões com as nossas alternativas ao leite à base de vegetais e também com refrigerantes. Decidimos pela Contipure AseptBloc não apenas por suas vantagens tecnológicas. A cooperação da Krones nos últimos anos também foi decisiva, pois a Krones nos provou ser uma parceira de extrema confiança ao nosso lado. Estamos muito satisfeitos com o comissionamento da 500ª máquina do portfólio de assépticos da Krones”, afirma Ricardo Ermírio de Moraes, Fundador da Natural One.
DUPLA CELEBRAÇÃO
Mas não é só isso, porque há uma segunda comemoração: a VarioAsept D, também encomendada pela Natural One, é a 200ª linha UHT vendida pela Krones. “Para esta linha asséptica, a Natural One optou pela VarioAsept D da Krones, que se caracteriza pela sua grande
flexibilidade, pois é uma solução capaz de processar sucos, produtos não carbonatados e refrigerantes, bem como alternativas vegetais ao leite. Especialmente para esta entrega, a VarioAsept D possui um módulo para aquecimento direto. A Natural One também pode celebrar uma estreia: a empresa é nosso primeiro cliente no continente americano a utilizar esta solução”, destaca Stefan Höller, Head of Product Management Processing Units da Krones.
A nova linha proporciona à Natural One mais flexibilidade em tecnologia de envase por diversos aspectos. Assim como o sistema UHT abrange uma ampla gama de produtos, a Contipure AseptBloc também pode processar uma variedade de formatos de garrafas. Com o robô opcional, a mudança de formato é perfeita e não requer intervenção manual. Isto economiza mais tempo, e a produção pode ser reiniciada rapidamente.
www.krones.com/br-pt www.natone.com.br
PORQUE DEFENDO A EMBALAGEM
A EMBALAGEM EXISTE PARA ATENDER AS NECESSIDADES E OS ANSEIOS DA SOCIEDADE E COM ELA EVOLUI EM TODOS OS SEUS ASPECTOS
Comecei a trabalhar como desenhista em 1974 (50 anos atrás) e passei a me dedicar ao Design de Embalagem em 1997. No início fiquei fascinado com a riqueza e amplitude do assunto em todos os seus aspectos. Indústria, varejo, cultura, comportamento do consumidor, tendências e tantos outros temas que tangenciam este importante item industrial foram descobertos e me estimularam a estudar cada vez mais os assuntos ligados a embalagem. Me dediquei com entusiasmo a esse trabalho e desde então construí uma carreira no setor passando a dar aulas, escrever livros, fazer palestras e treinamentos por todo Brasil e América Latina sem me dar conta de que vinha crescendo uma série de restrições a embalagem devido a questões relacionadas ao meio ambiente.
Descobri que estava defendendo a embalagem no dia que, em resposta a um artigo que escrevi, recebi um e-mail de uma pessoa ofendida e com muita raiva que me fez a seguinte acusação: “O senhor está defendendo embalagem!!!!”. Pois é, meus amigos, essa foi a primeira vez, mas não a última em que fui acusado de defender a embalagem e por não enfatizar a sustentabilidade em minhas palestras e treinamentos.
Sou do tempo em que o problema era a poluição, depois veio o “salve as baleias”, o buraco na camada de ozônio, o derretimento da calota polar, a elevação do nível dos oceanos o fim da água potável, o aquecimento global, as mudanças climáticas e... nesse trecho final do problema, a embalagem se tornou um dos maiores vilões do “Apocalipse Climático”
Venho. Acompanhando tanto a evolução do problema quanto sua solução pois quase todos os problemas catastróficos que já afligiram a humanidade como pragas, tsunamis, vulcões, terremotos, glaciações, pestes, pragas, doenças incuráveis, pandemias, e tantas outras sempre acabaram encontrando alguma solução. No caso da embalagem que, assim como todos os demais itens e ações da sociedade industrial, tem impacto no meio ambiente esse problema também será resolvido e na verdade já está bem encaminhado.
Sabemos que o principal problema apontado contra a embalagem está relacionado a seu descarte que se
associa consequentemente a questão do lixo ou resíduos sólidos urbanos O lixo, a falta de saneamento, os lixões e as embalagens boiando nos rios e nos mares são imagens que aparecem com destaque nos noticiários. O Primeiro aspecto que sempre procuro lembrar neste assunto é que embalagem NÃO é lixo!!!! Trata-se de uma matéria prima que pode ser resgatada e reutilizada através das atividades de reciclagem e circularidade.
O que fazer com o lixo e com as embalagens é um assunto que já foi resolvido nos países desenvolvidos e quem se interessa pelo tema sabe que em países como Suécia, Japão, Suíça e tantos outros, não existe mais lixão. A embalagem não precisa mais pedir desculpas para existir como expliquei em meu artigo “SUSTENTABILIDADE POSITIVA”, nas edições 409 e 410 da revista EMBANEWS
Defendo Sim!!!! Para desenhar embalagens é preciso conhecer o produto, visitar a fábrica para saber como ele é feito por isso aprendi que nada substitui a visita a fábrica que é o lugar onde vemos pessoas trabalhando, equipamentos funcionando, processos, tecnologia e trabalho de verdade para produzir quase tudo que temos e usamos em nosso dia a dia.
Defendo porque gosto de ir ao supermercado e ter aquela sensação de abundância, segurança e gratidão ao ver as embalagens de tantos produtos que gosto, ao alcance da mão graças ao trabalho de tantas pessoas em tantas fábricas, algumas que tive a oportunidade de visitar. Gosto de ver as novidades, as embalagens promocionais, os lançamentos e as embalagens diferentes, bonitas, atraentes e já publiquei várias vezes um post com o título “Comprei só por causa da embalagem” mostrando embalagens que me atraíram tanto que acabei comprando só por causa delas.
Enfim, quem não gosta de encontrar os produtos que prefere, que utiliza e que atendem suas necessidades e anseios???? A Embalagem existe para atender as necessidades e os anseios da sociedade e com ela evolui para ser cada vez melhor em todos os seus aspectos!
FABIO MESTRINER
Designer, Professor e Escritor
Especialista em Design & Inteligência de Embalagem
fabio@mestriner.com.br
Saco Valvulado Aluminizado
TÉCNICO-CIENTÍFICO
NAS REDES VISANDO
ESCOLHAS ALIMENTARES CONSCIENTES
Há duas décadas os estudos estratégicos e de tendências da alimentação são uma frente importante de atuação do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), vinculado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Afinal, a alimentação é fundamental, faz parte da vida de todos e seus impactos, positivos e negativos, sempre terão destaque.
No entanto, na hora de escolher o que come, o consumidor leva em consideração muitas vezes somente o preço ou o que “ouviu falar” ou “leu em algum lugar”, não fazendo uma análise mais aprofundada. Apesar de o corpo técnico do Ital ter elaborado e disponibilizado dezenas de publicações e disseminado
uma série de conhecimentos técnico-científicos em eventos e feiras dos setores de alimentos, bebidas, ingredientes e embalagem, esse esforço não é suficiente para combater distorções e inverdades que circulam pela internet e acabam “na boca do povo” atribuindo malefícios aos alimentos industrializados.
Um olhar atento à ciência e tecnologia reconhece o quanto os alimentos industrializados são indispensáveis em uma dieta completa e equilibrada com praticidade e conveniência, além de atenderem a padrões de segurança e qualidade estabelecidos por órgãos regulatórios. Para que esses aspectos positivos sejam valorizados a ponto de incentivar escolhas que aproveitem toda a diversidade e a riqueza dos alimentos disponíveis no mercado, o Ital e a Fundepag têm se dedicado ao perfil
@comercomcienciaoficial no Instagram, assim como a artigos quinzenais no LinkedIn: já são três meses no ar disseminando conhecimento e oferecendo insights sobre ciência e tecnologia para uma vida com mais consciência alimentar. Essencial para a garantia da segurança e qualidade de alimentos, bebidas e ingredientes, a embalagem também está presente em publicações relacionadas a conservação dos alimentos, abastecimento e conveniência, iniciativas para o desenvolvimento sustentável e alimentos processados aliados em momentos de crise, além de informações nutricionais e rotulagem. A expectativa é que os profissionais do setor, como especialistas e consumidores de alimentos, acompanhem esse trabalho, contribuam com comentários e sugestões de conteúdos, engajem e fortaleçam esse projeto, que caminha para crescer ainda mais no próximo ano.
LUIS MADI
INTEGRAÇÃO ENTRE A ACADEMIA E O MERCADO PARA SOLUÇÕES
EM EMBALAGENS
Em algumas áreas do conhecimento no Brasil, a pesquisa acadêmica ainda se encontra distante da realidade de mercado, por outro lado, as áreas relacionadas a saúde buscam soluções baseadas na ciência, como o desenvolvimento de um novo tratamento médico ou um medicamento, por exemplo.
Segundo dados do ministério da educação, em 2020 foram produzidas 178.729 publicações entre artigos, dissertações e teses, divididos em 4.601 programas de pós-graduação e distribuídos em 49 áreas. Estima-se que em torno de 53% destas áreas de conhecimento possuem uma relação direta com a embalagem, dentre elas destacam-se o design, as engenharias, administração, agronomia, nutrição, farmácia, comunicação, dentre outras.
Comparando com os números de mercado, os dados publicados pela Associação Brasileira de Embalagem mostram que a produção física de embalagens em 2023 atingiu o faturamento de R$ 144 bilhões, empregando 268.017 trabalhadores, representando 3,35% da indústria de transformação.
Percebe-se um esforço coletivo em desenvolver soluções para embalagens mais eficientes, porém, em nossa área há um desencontro entre a academia e o mercado. É possível encontrar artigos publicados com métodos e soluções aplicáveis e factíveis, mas não va-
lidados em escala pelas empresas, percebe-se que as áreas de pesquisa e desenvolvimento das empresas nem sempre consultam os repositórios acadêmicos e/ou os pesquisadores na busca de soluções. Por uma questão de concorrência e sigilo, dados relevantes para a construção de conhecimento coletivo não são publicados.
As empresas enfrentam dificuldades burocráticas em formalizar parcerias com universidades públicas e privadas, esse pode ser um dos fatores que influenciam no afastamento das áreas. O prazo para desenvolver um projeto nem sempre acompanha as necessidades mercadológicas. As vezes o tempo para aprovar um edital de parceria público/privado pode ser mais longo do que o próprio prazo para desenvolver a solução.
Por atuar nas duas áreas e desenvolver soluções integradas, recomendo que o ponto de partida para uma aproximação é buscar informações sobre as pesquisas que estão sendo feitas no Brasil e entrar em contato com os programas de pós-graduação. Somos um dos principais países no ranking de pesquisa no mundo, temos um corpo de cientistas reconhecidos mundialmente, muitas vezes atuando fora por falta de reconhecimento e oportunidade no Brasil. Outro ponto relevante é entender quais são os prazos de cada tipo de projeto e adequar as necessidades. Projetos de médio a longo prazo se adaptam melhor ao contexto aca-
dêmico, o tempo de aprovação da proposta e a imersão no contexto do problema são necessários para o desenvolvimento de uma pesquisa em maior profundidade.
Dado a relevância da área da embalagem no Brasil e no mundo, é necessário propor soluções completas e assertivas que atendam as demandas dos envolvidos e do contexto de cada projeto, buscando sempre a redução de impacto ambiental, evitando assim, falhas e desperdícios.
A área acadêmica foi decisiva para o desenvolvimento do tratamento para combater a pandemia COVID 19 e as indústrias agiram rapidamente. Os dados e soluções apresentadas pelas universidades do Rio Grande do Sul auxiliaram fortemente na tomada de decisão para mitigar os impactos causados pelas fortes enchentes.
O objetivo deste artigo é introduzir o olhar sobre a importância de unir forças para o desenvolvimento mais assertivo sobre projetos de embalagens, principalmente no contexto da sustentabilidade, e contribuir para aproximar a área acadêmica e o mercado na busca de soluções que contribua para a integração da embalagem com os usuários e o planeta.
RICARDO SASTRE
Publicitário, Mestre em Design, Doutor em Engenharia de Produção e Pós-Doutor em Design Sustentável, Pesquisador, Consultor e Professor. Diretor da Mudrá Design.
EMBALAGENS MOSTRAM O ORGULHO IRLANDÊS
KERRYGOLD “EXPORTA” UM POUCO DA IRLANDA EM CADA UM DOS SEUS PRODUTOS. AS EMBALAGENS ESTAMPAM O VERDE DA BANDEIRA DO PAÍS E AS PASTAGENS BUCÓLICAS, CELEBRANDO COM MUITO ORGULHO A TRADIÇÃO DO SEU POVO, QUE É VALORIZADA DENTRO E FORA DO PAÍS
Após a segunda guerra, a maioria dos países procuraram alternativas para retomarem suas economias e se reconstruírem. Na Irlanda, entre outras medidas, no início dos anos 60, o país investiu inicialmente nas exportações de seus famosos laticínios e uma das jornadas de maior sucesso, a Kerrygold, apostou no orgulho irlandês e em embalagens.
O design contempla a verde “Irlanda” e sempre destaca que o leite é “Original Irish” (original da Irlanda) e ainda informa que as vacas irlandesas são alimentadas com grama irlandesa. A vaca irlandesa pastando na grama continua no logo da marca, faltando apenas escrever “proud to be Irish” (orgulho de ser irlandês).
Os irlandeses têm muitas tradições e uma rica cultura. Muitos deles imigraram para Europa e Estados Unidos em busca de
oportunidades e para fugir dos longos conflitos religiosos e políticos. E, estejam onde estiverem sempre prestigiam suas marcas e produtos. Kerry fica no condado da província de Munster, sudoeste da Irlanda, limitado pelos condados de Limerick e Cork a leste e pelo Oceano Atlântico ou suas enseadas ao sul, oeste e norte. A empresa começou a exportar com a marca Kerrygoold em 1961. O cuidado com a marca, nome, design e das embalagens sempre esteve presente, inclusive, a escolha do nome foi a partir de um concurso público com a participação da comunidade toda.
As embalagens seguem modernas e inovadoras. Diferente do conceito de filme rígido como bandeja selada por filme flexível, os queijos fatiados são embalados em embalagem flexível com fechamento lateral por selo. Um papelcartão virgem é inserido internamente para manter a rigidez do pacote.
As manteigas utilizam um pote plástico de parede fina “suportado” por um rótulo de papelcartão. Um lacre de alumínio impresso (com a cena das vacas irlandesas, claro) garante que o produto é inviolável. O rótulo segue os preceitos do ecodesign e é facilmente separado por um pré-corte na lateral e pelas orientações claras de descarte da embalagem! Um carinho cuidadoso pelo meio ambiente.
Embalagem melhor mundo afora, mundo melhor.
Diretora do Instituto de Embalagens atendimento@institutodeembalagens.com.br
SOLUÇÕES QUE
Agregando valor às melhores marcas, a Engepack se destaca pelo pioneirismo, tecnologia e capacidade de inovação no mercado de embalagens PET. www.engepack.com.br | comercial@engepack.com.br (11) 2149 8800 | (71) 2102 3435
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DIGITALIZAR O SISTEMA EMBALAGEM
...Detalhes¹ tão pequenos .... São coisas muito grandes para esquecer...
Gestores do Sistema Embalagem se valem diariamente de diversos indicadores para monitorarem o desempenho.
Muitos deles analisam com extremo cuidado o que chamam de “grandes números” normalmente voltados ao lado financeiro da organização. Outros estão atentos à produtividade, expressa em quantidade de produtos fabricados / homens.hora trabalhados, e por vezes se esquecem do olhar crítico sobre a quantidade produzida em relação à capacidade instalada (fábrica oculta) e do olhar criativo, edificador, focado nos homens.hora trabalhados.
Outros ainda olham para a OEE2 como se ela fosse uma divindade e se esquecem que é o produto das taxas de disponibilidade, velocidade e qualidade. Talvez precisassem focar essas taxas isoladamente para melhorar os resultados da empresa.
Digo tudo isso porque não se pode desprezar os “detalhes tão pequenos” que “são coisas muito grandes para esquecer”. A melhoria contínua (leia-se Kaizen) é feita de pequenas vitórias diárias que, ao final de um ano, por exemplo, podem representar um grande avanço em produtividade e competitividade.
Gerenciar o Sistema Embalagem é trabalho que requer melhoria contínua. É lançar o olhar atento ao todo e às partes (leia-se aos detalhes). Não se faz milagre. É preciso conhecer minuciosamente cada um dos seus componentes e “convidar” seus gestores ao processo de melhoria com a frase de Martin Luther King em seu famoso discurso: “I have a dream3!”
É preciso dedicar tempo diário para pensar, refletir, simular, ousar e checar se “a casa está em ordem”. A figura do Engenheiro Chefe do Sistema Embalagem semelhante ao da Toyota4 exerceria essa atividade e seria essencial para:
l coletar e analisar de forma crítica dados e informações de todos os componentes. O ponto de partida é aquele que mais rapidamente trará resultados e permitirá motivar os demais;
l ter paciência para fazer esse levantamento de forma contínua e talvez menos rápida do que se esperava;
l ter coragem para levantar informações que podem surpreender – muitos preferem viver na ilusão que no fim tudo vai dar certo.
O uso de sensores é essencial para tornar a coleta de dados mais robusta e menos sujeita a erros. Ajudaria muito o Engenheiro Chefe. Sensores não custam tão caro como a princípio se imagina e conectá-los a um ERP para consolidação das informações permite embasar e robustecer decisões.
Estabelecida a base para a gestão, o passo seguinte é digitalizar os documentos gerados, ou seja, dar a eles o formato digital, armazenando-os em plataformas para facilitar sua recuperação, compartilhamento e utilização. É muito mais do que lançar num software qualquer os dados de processo: TMBF – tempo médio de bom funcionamento, TMP – tempo médio de parada, TMEF –tempo médio entre falhas, velocidade de máquinas, tempo de parada, tempo para atendimento de paradas, rendimentos, perdas de produto e de embalagem por diversos motivos, desperdícios, e muitos outros. É analisá-los criticamente e desenhar cenários e tendências. Cabe aqui uma pergunta “orientativa”: o que fazer com esses números? Caso não se saiba a resposta, não descartar a informação. Deve-se guardá-la com cuidado porque será útil na futura “recuperação” da história de uma máquina, por exemplo. Quais dados coletar é uma questão relevante. Faz tempo que desenvolvi o que chamo “Diagnóstico do Sistema Embalagem” que con-
siste que permite “navegar” pelo sistema e olhar de forma atenta para os pontos chave de cada componente. Como consequência: l permite especificar sensores adequados para esses pontos críticos;
l orienta o gestor a criar um plano estratégico (ou road map) porque identifica prioridades e os pontos onde se pode obter resultados mais rapidamente de modo a estimular outros setores:
l Ajuda a conduzir um inventário de impactos ambientais causados por perdas, descartes e desperdícios.
Feito tudo isso, pode-se partir para a Transformação Digital propriamente dita, entendida como integrar todos os dados numa única plataforma. Haverá, portanto, “uma única verdade” na gestão. Os resultados? Maior eficiência, eficácia, produtividade e competitividade. Além disso, menos perdas, desperdícios, impactos ambientais.
Como começar? Relembro uma frase atribuída a São Francisco de Assis5: “Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível”.
1 Detalhes. Canção de Roberto Carlos e Erasmo Carlos. Disponível em https://acesse.dev/SZbZe - último acesso em 30 de junho de 2024.
2 OEE - Overall Equipment Effectiveness – Eficiência Global do Equipamento.
3 I have a dream – Martin Luther King – Disponível em https://acesse.dev/dABuP - último acesso em 30 de junho de 2024.
4 MORGAN, J.M. e LIKER, J.K – Sistema Toyota de desenvolvimento de produto: integrando pessoas, processos e tecnologia; tradução Raul Rubenich – Porto Alegre: Bookman, 2008. 392p.
5 https://l1nq.com/u0Ee4 - último acesso em 2 de julho de 2024.
ANTONIO CABRAL Coordenador dos Cursos de Pós-Graduação em Engenharia de Embalagem
Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia (CEUN/IMT) antonio.cabral@maua.br acdcabral@gmail.com
As inscrições para o 7º Prêmio de Embalagens de Aço – ABEAÇO já estão abertas e podem ser feitas até 05 de agosto para as nove categorias: Inovação, Praticidade, Design, Litografia, Aplicação diferenciada, Tampas para embalagens diversas, Sustentabilidade, Jornalista destaque e Influenciador digital.
O Prêmio de Embalagens de Aço tem por objetivo valorizar as embalagens de aço para alimentos, tintas, vernizes, entre outros, e todo o empenho das empresas em suas criações.
PATROCINADORES:
APOIADORES : APOIADORES DE MÍDIA: