Informativo da Embrapa Agroenergia • Edição nº 70 • 28/03/2016
Pesquisa identifica cogumelos capazes de destoxificar farelos de oleaginosas Págs. 3 a 5
Resíduo do Dendê Pode Gerar Biogás Págs. 6 a 7
Secretários visitam usina de produção de biodiesel com óleo de fritura Págs. 12 a 13
A presidente Dilma Rousseff sancionou, no último dia 23 de março, a lei que possibilita o aumento gradual do percentual de biodiesel adicionado ao óleo diesel nas vendas ao consumidor final, ao máximo de 10% no decorrer dos próximos 36 meses. Essa é uma excelente notícia para o setor de biodiesel no Brasil, que tem a oportunidade de reduzir a sua capacidade ociosa, e, consequentemente, aumentar ainda mais a sua contribuição no que diz respeito à questão de sustentabilidade ambiental. À medida que cresce a demanda por biodiesel, ocasionada tanto pelo aumento na demanda de combustível quanto pelo aumento da mistura obrigatória, ou pela combinação destes dois fatores, cresce a necessidade do país discutir alguns tema diretamente associados a este setor, que são: aproveitamento de resíduos, diversificação de matéria-prima, inclusão social, entre outros. Nesta edição do Agroenergético, aproveitamos a oportunidade para apresentar aos interessados informações sobre pesquisas, por nós realizadas, que visam o aproveitamento de resíduos e a diversificação de produtos, e que dizem respeito diretamente ao setor de biodiesel. A integração da cadeia de produção de biodiesel com a cadeia de produção de cogumelos se materializa mediante aproveitamento de torta de pinhão manso e de algodão, oferecendo a ambas cadeias oportunidade de aumento da competitividade. Outro exemplo apresentado nesta edição é o aproveitamento do efluente da extração do
óleo da palma, mais conhecido como POME, para a produção de biogás. Por fim, também destacamos nesta edição algumas ações adicionais que estamos realizando tanto com o setor de biodiesel, quanto com outros setores, para promover parcerias público-privadas. Como todos sabem, a Embrapa Agroenergia foi selecionada para ser a primeira instituição de pesquisa da Região Centro-Oeste com status de Unidade EMBRAPII (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial - www.embrapii.org.br). De fato, somos também a primeira unidade de pesquisa da Embrapa a alcançar tal status. A Unidade EMBRAPII da Embrapa Agroenergia foca no tema "Bioquímica de Renováveis: Enzimas, biocombustíveis", onde entendemos existir diversas possibilidades para promoção de parceria com indústrias do setor de biodiesel. Contatos tem sido feitos com representantes do setor visando identificar oportunidades de projetos de pesquisa a serem submetidos no âmbito da nossa Unidade EMBRAPII. Oxalá possamos, já na próxima edição do Agroenergético, divulgar sucessos decorrente destes contatos. Boa leitura!
Manoel Teixeira Souza Júnior Chefe-Geral
EXPEDIENTE
Embrapa Agroenergia Parque Estação Biológica - PqEB s/n° Av. W3 Norte (final) Edifício Embrapa Agroenergia Caixa Postal: 40.315 70770-901 - Brasília (DF) Tel.: 55 (61) 3448 1581 www.embrapa.br/agroenergia http://twitter.com/cnpae
Esta é a edição nº 70, de 28 de março de 2016, do jornal Agroenergético, publicação mensal de responsabilidade da Núcleo de Comunicação Organizacional da Embrapa Agroenergia. ChefeGeral: Manoel Teixeira Souza Júnior. ChefeAdjunto de Pesquisa e Desenvolvimento: Guy de Capdeville. Chefe-Adjunta de Transferência de Tecnologia: Marcia Mitiko Onoyama Esquiagola.
Chefe-Adjunta de Administração: Elizete Floriano. Jornalista Responsável: Daniela Garcia Collares (MTb/114/01 RR). Redação: Daniela Collares e Vivian Chies (MTb 42.643/SP). Projeto gráfico e Diagramação: Maria Goreti Braga dos Santos. Fotos da capa: Vivian Chies, Elvis Costa, arquivo pessoal. Revisão: Manoel Teixeira Souza Júnior.
Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução das matérias desde que citada a fonte.
Edição nº 70
Foto: Vivian Chies
Os tons brancos e os avermelhados indicam a primeira e a segunda fase da colonização do substrato à base de torta de algodão pelo fungo. A próxima etapa é a da frutificação, quando eles tomam a conhecida forma de cogumelo.
PESQUISA IDENTIFICA COGUMELOS CAPAZES DE DESTOXIFICAR FARELOS DE OLEAGINOSAS Por: Vivian Chies, jornalista da Embrapa Agroenergia, com colaboração de Elvis Costa, estagiário
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Embrapa Agroenergia identificou espécies de cogumelos capazes de crescer usando como substrato (fonte nutritiva) tortas de pinhão-manso e algodão. Enquanto crescem, eliminam ou reduzem as substâncias tóxicas desses materiais que dificultam seu uso como ração animal. O óleo do caroço do algodão já compõe cerca de 2% das matérias-primas utilizadas na produção de biodiesel; o pinhão-manso ainda é uma espécie em processo de domesticação, mas tem grande potencial de integrar as cadeias produtivas de biocombustíveis, já que possui elevada produtividade de óleo vegetal.
Um desafio, contudo, é encontrar aplicações com maior valor agregado para as tortas – nome dado ao resíduo sólido que sobra após a extração do óleo. Ricas em proteína, a aplicação mais comum das tortas de oleaginosas é o uso como ração animal. É o caso do farelo de soja. O caroço do algodão, contudo, contém um composto tóxico chamado gossipol. Ele tem sido utilizado na alimentação animal, mas apenas de ruminantes (bovinos, caprinos, etc) e em concentrações limitadas. Não é possível, portanto, atender o mercado de animais monogástricos, como aves, suínos e peixes.
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Agroenergético
No pinhão-manso, a substância tóxica presente na maioria das variedades, o éster de forbol, é ainda mais “potente”. Nem em concentrações muito baixas pode ser oferecida para animais ruminantes sem um processo de destoxificação. O valor nutricional, contudo, já foi comprovado em pesquisas realizadas pela Embrapa Agroenergia com tortas de uma das poucas variedades da planta que não apresenta toxidez. O problema é que essas variedades são pouco produtivas e mais suscetíveis a doenças, o que leva à necessidade de investir em estratégias para eliminar ou reduzir drasticamente a toxidez.
ou anular a toxidez. O resultado foi bastante animador. No caso do pinhão-manso, foram testadas 60 espécies de cogumelos, das quais quatro mostraram-se produtivas e capazes de reduzir em 99% o conteúdo de éster de forbol. Para o caroço de algodão, foram avaliadas 34 espécies e 11 apresentaram as características desejadas. Propriedades medicinais e nutricionais são atributos de algumas das espécies de cogumelos promissoras, que já são conhecidas e até utilizadas comercialmente. Outras são selvagens e ainda precisam do desenvolvimento de aplicações mercadológicas.
Integrando cadeias produtivas
Na segunda etapa, foram realizados ensaios toxicológicos da torta de pinhão-manso tratada com os cogumelos, em parceria com universidades. Os primeiros testes foram feitos com crustáceos muito pequenos de uma espécie chamada Artemia salina, conta a pesquisadora Simone Mendonça, da Embrapa Agroenergia. Para tanto, o material em avaliação foi diluído em diferentes concentrações e aplicado na água em que eles estavam os microcrustáceos. Após certo período de exposição às soluções, verificou-se se houve mortalidade. Uma vez que não se observou efeito sobre os microcrustáceos, seguiu-se para a próxima etapa: os ensaios com ratos.
O pesquisador Félix Siqueira, da Embrapa Agroenergia, explica que os cogumelos, que são macrofungos, promovem uma biotransformação dos compostos tóxicos, convertendo-os em outras moléculas. O cultivo de cogumelos nas tortas de pinhão-manso e algodão, além de resolver um problema, pode ampliar a integração entre as cadeias produtivas de biocombustíveis e de alimentos. A pesquisa é financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e começou há dois anos. Na primeira etapa, buscou quais cogumelos conseguiriam crescer nessas tortas e diminuir
Foto: Daniela Collares
Nesse teste, os pesquisadores ofereceram aos roedores a torta de pinhão-manso misturada à ração comercial, em proporções de 20%, 40% e 60%, durante 28 dias. Durante esse período, avaliaram o consumo do alimento e água, bem como o peso dos ratos, sempre comparando a um grupo de animais que recebeu apenas a ração comercial. Nessa fase, os cientistas queriam avaliar não só se o material apresenta ainda algum grau de toxidez prejudicial aos organismos, mas também o valor nutricional. Ao final dos 28 dias, foram examinados os órgãos e analisado o sangue dos ratos. Não foi encontrado nenhum traço de substâncias tóxicas ou patologias. O ganho de peso também não foi prejudicado.
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O pesquisador Félix Siqueira, da Embrapa Agroenergia, com substratos já inoculados com macrofungos
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Caroço de Algodão Foto: Fabiano Perina
Para o caroço de algodão, os testes de toxicidade da torta pós-cultivo dos cogumelos foram feitos, até o momento, por meio de análises químicas. Para tanto, foi preciso adaptar os protocolos existentes para avaliação do material. Como os métodos em uso não eram tão sensíveis, poderiam não detectar concentrações muito pequenas do gossipol. Utilizando cromatrografia líquida de alta performance e variando reagentes, temperatura e outros parâmetros, o grupo conseguiu chegar a um protocolo que consegue detectar até mesmo quantidades mínimas de gossipol. Agora, serão realizados os mesmo testes com roedores feitos com a torta de pinhão-manso, para comprovar a segurança do uso do farelo de algodão destoxificado para alimentação de animais não ruminantes. As duas tortas ainda serão avaliadas para a nutrição de aves e suínos. Ao mesmo tempo, os pesquisadores começam a trabalhar no escalonamento da produção. O principal desafio, de acordo com Félix Siqueira, é desenvolver um sistema simplificado de pré-tratamento da torta, que seja de baixo custo e fácil aplicação. Fazer esse pré-tratamento é importante para reduzir a quantidade de microrganismos presentes no material que possam concorrer com os cogumelos pelos nutrientes da torta. Foto: Daniela Collares
Pinhão-manso tem grande potencial de integrar a cadeia produtiva de biocombustíveis, mas a utilização da torta ainda é desafio para viabilizar a cultura
O óleo extraído do caroço de algodão já está no rol de matérias-primas utilizadas na produção de biodiesel
Diversificação de matérias-primas O biodiesel está presente em todos os postos de combustíveis do Brasil, misturado ao diesel na proporção de 7%. De janeiro a novembro do ano passado, foram produzidos 3,62 bilhões de litros desse biocombustível renovável no Brasil. Cerca de 76% foi obtido a partir de óleo de soja; a segunda matéria-prima mais utilizada foi o sebo bovino, que respondeu por uma fatia de aproximadamente 20%. O algodão aparece logo em seguida, com 2%. Diversificar as fontes de matérias-primas é uma estratégia para a segurança do abastecimento de combustível, assim como ampliar a inclusão regional e social do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel. Por isso, instituições de pesquisa como a Embrapa têm trabalhado na domesticação e desenvolvimento de tecnologias para produção de oleaginosas, a exemplo do pinhão-manso, da macaúba e do dendê. A expectativa do mercado é que a proporção de biodiesel no diesel aumente nos próximos anos, gerando crescimento da demanda por óleos.
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Agroenergético Foto: Zineb Benchekchou
RESÍDUO DO DENDÊ PODE GERAR BIOGÁS Por: Vivian Chies, jornalista da Embrapa Agroenergia, com colaboração de Elvis Costa, estagiário
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o processamento dos cachos de dendê, vários coprodutos e resíduos são gerados e o de maior quantidade é o POME, sigla para palm oil mill effluent (efluente da extração do óleo da palma). Atualmente, ele é usado como fertilizante, mas a Embrapa Agroenergia vê outro potencial. Ele pode dar origem a biogás, biofertilizante e água de reuso por meio de um único processo utilizando microrganismos. Trata-se da
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biodigestão, técnica já utilizada para gerar energia a partir de dejetos suínos. Desenvolver tecnologias para transforma o POME em produtos de maior valor agregado é um dos objetivos de um amplo projeto de pesquisa, o Dendepalm, que é financiado pela Agência Brasileira de Inovação (Finep) e conta com rede de instituições de pesquisas lideradas
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pela Embrapa Agroenergia. Esta instituição tem investido no dendê pelo seu potencial de integrar a cadeia produtiva do biodiesel, diversificando as fontes de matérias-primas. Uma das características que chama a atenção é a produtividade de óleo por hectare, que chega a ser 8 a 10 vezes maior do que a da soja.
Silvia conta que o biogás ainda pode ser acondicionado em botijões e utilizado para cozinhar alimentos, da mesma forma que o gás natural. Assim, o produto gerado nas usinas de processamento de dendê também poderia ser utilizado pelas comunidades do entorno, como substituto da lenha.
Contudo, o aproveitamento dos diversos coprodutos e resíduos é essencial para que o óleo do dendê possa chegar às usinas com preço suficientemente competitivo para gerar um produto que precisa ter baixo custo, como o biodiesel. A pesquisadora Sílvia Belém, da Embrapa Agroenergia, vê muito potencial na produção do biogás. “Quando analisamos as características do POME, percebemos que ele tem o que é necessário para se produzir o biogás. Sua composição é basicamente 95% água e 5% matéria orgânica, bem próximo das características da vinhaça, que já sabemos ser uma boa produtora de biogás”, explica a pesquisadora. Sílvia diz que essa característica é fundamental para os microrganismos que fazem a biodigestão. Eles utilizam a água como meio para crescerem e alimentam-se da matéria orgânica, liberando metano e gás carbônico, os constituintes do biogás.
Para comparar o rendimento de biogás obtido do POME, o projeto de pesquisa está realizando os mesmos testes com a vinhaça e resíduos de frutas e verduras, já conhecidos como boas matérias-primas para biodigestão. Com a colaboração da Universidade de Brasília, um biorreator foi especialmente configurado para esses experimentos, de modo que os cientistas consigam controlar as condições de processo. “Nós estamos coletando os dados de quanto de metano e gás carbônico que estão sendo produzidos e a quantidade de água e matéria inorgânica remanescentes para posteriormente compará-los”, explica Priscilla.
Foto: Elvis Costa
É um processo fermentativo, como o que dá origem ao etanol, porém mais complexo, porque utiliza não uma única espécie de microrganismo, mas algumas delas em consórcio. Tais espécies precisam ser capazes de sobreviver em ambientes sem luz e oxigênio. A química Priscilla Araújo Victor, bolsista de doutorado na Embrapa Agroenergia, explica que a biodigestão é feita em fases e, durante cada uma delas, é um microrganismo diferente que atua mais fortemente. Uma vez obtido o biogás, sobram do processo: água, sais minerais e microrganismos. Mas nada seria desperdiçado. Os microrganismos são separados e utilizados na próxima batelada de processamento do POME. Os sais minerais viram fertilizantes para a própria plantação e a água é convertida em água de reuso e empregada novamente na extração de óleo. De olho no futuro, a equipe do projeto vislumbra o aproveitamento do biogás obtido no POME para gerar a energia que move a indústria de processamento do dendê. Hoje, é a queima dos cachos vazios que faz esse papel. No entanto, pesquisas em andamento na própria Embrapa Agroenergia e em outras instituições já estão encontrando fins mais lucrativos para a utilização desse material, como a extração de nanofibras de celulose.
Biodigestor adaptado para as pesquisas
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Agroenergético
Foto: Goreti Braga
MAPEAMENTO DA CANA-DE-AÇÚCAR COM ANÁLISES INTEGRADAS É IMPORTANTE ALIADO DA SUSTENTABILIDADE Por: Cristina Tordin, jornalista da Embrapa Meio Ambiente
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SustenAgro, liderado pela Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), prevê o levantamento de dados dos sistemas de produção mais representativos da cana-de-açúcar nas regiões e microrregiões do Centro Sul do Brasil. Visa desenvolver uma nova metodologia para avaliar a sustentabilidade dos sistemas de produção de cana-de-açúcar.
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“O monitoramento da expansão da cana-de-açúcar torna-se fundamental e as imagens de sensoriamento remoto apresentam potencial para contribuir com esse tipo de análise, pois possuem capacidade para identificar sobre quais usos da terra esta cultura tem se expandido”, explica Katia de Jesus, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente e coordenadora do projeto.
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A equipe apresentou o embasamento técnico para uma proposta metodológica para avaliação do uso e expansão da cana-de-açúcar utilizando a abordagem de Landscape Design, conceito que visa à análise sustentável da paisagem levando em consideração aspectos ambientais e socioeconômicos e sua influência, empregando ferramentas do Sistema de Informação Geográfica (SIG). Essa metodologia sugere que os mapas gerados devem ser considerados como um ponto de partida para políticas públicas.
Foto: Marcelo Lazzarotto
Também foi feita a avaliação da expansão da cultura segundo os critérios de sustentabilidade da Diretiva Europeia (2009/28/CE-DE), em estudo piloto na região de Rancharia, SP. De acordo com os critérios dessa Diretiva, os biocombustíveis não devem ser produzidos a partir de matérias-primas provenientes de terrenos ricos em biodiversidade. Rancharia foi a cidade escolhida para a análise porque, de acordo com o projeto Canasat do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre as safras de 2007 e 2013 a área plantada aumentou aproximadamente 200%. De acordo com os dados obtidos, a expansão ocorreu principalmente sobre áreas onde antes eram pastagens e solo exposto, e não expandiu para áreas de vegetação natural, ou seja, houve o cumprimento da Diretiva. As ferramentas de SIG também foram empregadas para avaliar o cenário agroenergético da cana no estado de São Paulo, com o objetivo de analisar a sensibilidade das áreas utilizadas para a produção de cana, integrando indicadores ambientais e socioeconômicos. A metodologia consistiu em classificar variáveis socioeconômicas e ambientais, associadas à produção de cana, em três graus de sensibilidade: alta, média e baixa.
Foi possível observar que as áreas com cana estavam localizadas principalmente nas regiões norte, oeste e central do Estado. Estas áreas possuem alta correlação com o mapa de declividade, pois as máquinas de plantio e colheita de cana têm limitações referentes à declividade do terreno. O mapa de aptidão agrícola e o do zoneamento agroecológico da cana, produzido pela Embrapa, indicou as regiões oeste e central do Estado como as áreas mais aptas para expansão da cana. Entre os dias 11 a 13 de novembro de 2015 pesquisadores do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol, da Apta-UPD - Tietê, do Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Embrapa Meio Ambiente, membros do Projeto SustenAgro, apresentaram esses resultados no10º Congresso sobre Geração Distribuída e Energia no Meio Rural. A pesquisadora Katia de Jesus, líder do Projeto SustenAgro, agradece os autores dos estudos Cauã Miranda e Núria Rampazo (Unicamp) e Sérgio Torquato (APTA Regional, UPD – Tietê) e os co-autores que colaboraram com essas pesquisas: Michelle Picoli e Daniel Duft (Centro de Tecnologia do Bioetanol – CTBE – Campinas/SP), Archimedes Perez Filho e Pedro Machado (Unicamp).
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Agroenergético Foto: Vivian Chies
Representantes do Conselho de Meio Ambiente da CNI foram recebidos na instituição de pesquisa
EMBRAPA AGROENERGIA BUSCA MAIS PARCERIAS COM A INDÚSTRIA Por: Vivian Chies, jornalista da Embrapa Agroenergia
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entro de pesquisa que atua na interface entre a agricultura e a indústria, a Embrapa Agroenergia está fortalecendo sua relação com este segmento. Em 03/03, recebeu em sua sede, em Brasília/DF, os membros do Conselho Regional de Meio Ambiente Centro-Norte (Coema) da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Manoel Souza, mostrou que a instituição tem como alvo de desenvolvimento tecnológico não apenas para biocombustíveis, mas também para obtenção de produtos químicos e materiais renováveis a partir da biomassa.
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No final de 2015, a Embrapa Agroenergia foi credenciada como unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) para executar projetos nessas áreas em parceria com indústrias. O foco está no desenvolvimento de processos biotecnológicos, utilizando microrganismos e enzimas. A pesquisadora Patrícia Verardi Abdelnur explicou aos membros do Coema que a Unidade está, neste momento, buscando empresas para projetos em parceria. Apresentou também as linhas de pesquisa já em andamento na Embrapa Agroenergia, como as que buscam bactérias, leveduras e fungos
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Fotos: Vivian Chies
filamentosos capazes de gerar polióis, ácidos orgânicos e outros produtos utilizando principalmente resíduos agrícolas e agroindustriais. À frente do grupo de representantes de federações e sindicatos da indústria de nove estados brasileiros, Shelley de Souza Carneiro, gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, afirmou que parte das dificuldades que o setor industrial enfrenta hoje decorre da falta de investimentos em pesquisa. “O papel da Embrapa é fundamental para nortear a empresa brasileira para a eficiência e a produtividade”, disse. Para Carneiro, sem pesquisa, o Brasil dificilmente vai se equilibrar com outros países que estão mais à frente tecnologicamente. Ele também falou sobre a preocupação da CNI em preparar o empresário para o futuro. O futuro é também preocupação da Embrapa Agroenergia, que se empenha no uso de tecnologia de ponta para acelerar as pesquisas. “Nós precisamos estar preparados e com tecnologia nacional para substituir o petróleo, o que mais cedo ou mais tarde terá que acontecer”, ressaltou o chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da instituição, Guy de Capdeville, durante a apresentação dos laboratórios para o grupo da CNI.
Rodada de Negócios Embrapii Também em 03/03, a Embrapa Agroenergia participou da I Rodada de Oportunidade de Negócios em Biotecnologia da Embrapii, em São Paulo/SP. O pesquisador Bruno Brasil, coordenador da unidade Embrapii na Embrapa Agroenergia, apresentou, aos 85 empresários e pesquisadores presentes no evento, a estruFoto: Arquivo pessoal tura disponível e as áreas em podem ser executados projetos de pesquisa em parceria com indústrias. O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), o Núcleo Ressacada de Pesquisas em Meio Ambiente (Rema/ UFSC) e o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) também mostraram as áreas em que atuam.
Membros do Coema conheceram as linhas de atuação da Unidade e visitaram a área de laboratórios
O pesquisador Bruno Brasil, coordenador da Unidade Embrapii na Embrapa Agroenergia, participou de rodada de negócios em São Paulo
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Agroenergético Foto: Arquivo pessoal
SECRETÁRIOS VISITAM USINA DE PRODUÇÃO DE BIODIESEL COM ÓLEO DE FRITURA
Por Ubrabio
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ando continuidade às ações do Projeto MOVER (Meu Óleo Vira Energia Renovável) representantes da Ubrabio (União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene), da Embrapa Agroenergia e da Caesb (Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal) organizaram uma visita à primeira usina de biodiesel do Distrito Federal que utilizará óleo residual para produção do biocombustível. A estrutura é fruto de um projeto da Embrapa Agroenergia com a Caesb, financiado pela Agência Brasileira de Inovação (Finep). Participaram da visita, nesta terça-feira (16), o secretário de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Edward Madureira e a coordenadora-geral de pesquisa do MCTI Sonia da Costa; o Secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do DF, José Guilherme Tollstadius Leal; o chefe de gabinete da Secretaria de Estado de Mobilidade, Moisés do Espírito Santo Junior.
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Durante o encontro, o diretor superintendente da Ubrabio, Donizete Tokarski, destacou o papel da unidade de produção que vai além do aspecto ambiental. “O funcionamento dessa usina traz diversas possibilidades de uso, tanto de inclusão social, para coleta de óleo incorporando cooperativas, como de cunho ambiental, e também para o desenvolvimento de novas tecnologias”. O presidente da Caesb, Maurício Luduvice, ressaltou a necessidade de “colocar a mão na massa” para que a unidade comece a funcionar e que sua operação seja constante. Segundo o chefe adjunto da Embrapa Agroenergia, Guy de Capdeville, o próximo passo agora é desenvolver um plano de trabalho para início das operações, para que a produção seja autossustentável. Outro ponto abordado foi a importância de aumentar o uso de biodiesel no Brasil. Atualmente, todo o diesel comercializado no Brasil deve conter obrigatoriamente
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7% de biodiesel (B7). Mas a expectativa é que este percentual aumente. Em tramitação na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 3.834/2015 prevê que a mistura obrigatória chegue a B10 já nos próximos anos. Também estiveram presentes o gerente de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Caesb, Vladimir Puntel e a assessora Raquel Brostel.
MOVER O descarte incorreto do óleo degrada o meio ambiente e gera impactos econômicos para o cidadão. De acordo com a Caesb, são gastos cerca de R$ 500 mil todos os anos para filtrar o óleo que é descartado no ralo. O MOVER (Meu Óleo Vira Energia Renovável) é um projeto realizado pela Caesb, Embrapa Agroenergia e Ubrabio
para promover e estimular a coleta do óleo de fritura usado no Distrito Federal e transformá-lo em biodiesel, um combustível limpo e renovável. Além da produção ecológica a partir de resíduos, o uso do biodiesel misturado ao diesel fóssil reduz a emissão de gases de efeito estufa. Um ônibus circulando em Brasília com a mistura B20 evitaria a emissão de até 18 toneladas de CO2 por ano, o que equivale ao plantio de 132 árvores.
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Agroenergético
ARTIGO
Arquivo Embrapa
PESQUISA CIENTÍFICA E O PROGRESSO DA SOCIEDADE
Maurício Antônio Lopes, Presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa.
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iência e tecnologia são potentes motores do desenvolvimento da sociedade moderna, pois produzem conhecimentos e inovações que transformam a vida de bilhões de pessoas. Da internet à agricultura, da automação à indústria farmacêutica, o investimento em pesquisa científica viabilizou melhorias significativas no nosso dia a dia. A revolução nas comunicações, na produção de alimentos, na diversificação de máquinas e equipamentos e na sofisticação da medicina atestam avanços extraordinários alcançados pela sociedade na transição do século 20 para o atual. Além disso, a complexidade dos desafios do mundo moderno coloca a ciência cada vez mais em evidência. A Organização Mundial de Saúde (OMS) acaba de declarar o vírus zika uma emergência de saúde pública internacional. O vírus se espalha de forma muito rápida em toda a América do Sul e Central e foi detectado em mais de 20 países. Não há ainda vacina ou cura para o zika, o que exige de governos e autoridades sanitárias enorme esforço para gerir a adversidade, enquanto mais conhecimento sobre o vírus e seu controle são produzidos. Em momentos como este fica claro quão imperativo é o investimento em pesquisa científica. Conhecimento novo precisa ser gerado com rapidez para se conter a propagação do vírus e de seu vetor – o mosquito Aedes aegypti – em todo o globo.
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Ainda assim, há uma crítica recorrente do setor de ciência e tecnologia à crescente dificuldade de se garantir mais constância no apoio à pesquisa científica brasileira, seja pela limitação e instabilidade no fluxo dos recursos, seja pela percepção de que pouco uso é feito dos conhecimentos gerados. Em tempos difíceis, quando recursos são mais escassos, acirra-se a discussão acerca da efetividade dos investimentos públicos em pesquisa científica e crescem comparações e oposição entre a pesquisa acadêmica, sem aplicação imediata, e a pesquisa aplicada, orientada à solução de problemas do mercado e da sociedade. Soma-se aí o debate sobre os papéis dos setores público e privado na pesquisa científica e tecnológica. As pressões impostas pelos vírus zika ilustram bem quão estéreis são muitas dessas discussões, pois sem sintonia entre a geração de conhecimento fundamental e aplicado e entre o investimento público e privado, muitos problemas da sociedade ficarão sem solução. Mariana Mazzucato, em seu best-seller O Estado empreendedor, argumenta que o investimento público, realizado de forma persistente, é um pré-requisito fundamental para a inovação na sociedade. A autora rechaça a visão de que o Estado não tem papel relevante a cumprir no mundo da inovação e mostra que o setor privado estará
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ARTIGO
mais propenso a investir depois de o “Estado empreendedor” ter feito os investimentos mais ousados e de maiores riscos. Ela argumenta ainda que, além de ciência fundamental e aplicada, e de investimento público e privado, países necessitam de um sistema de inovação que difunda conhecimentos por toda a economia e faça com que eles resultem em novas ideias e novos empreendimentos. Talvez aí esteja um elo perdido entre a pesquisa científica e a inovação. O caso da pesquisa agropecuária brasileira é ilustrativo, e revela que o setor privado ocupa-se mais de desenvolver novos produtos, como sementes, fertilizantes e máquinas, ao passo que o setor público, por sua vez, se concentra na geração de conhecimentos indispensáveis para o aprimoramento da produção, como a forma adequada de aplicação de insumos, o melhor espaçamento nas lavouras, o mapeamento dos riscos e as boas práticas para superá-los, dentre muitos outros. Estudos da Embrapa e parceiros, sobre a produtividade da agricultura brasileira, indicaram que o uso de insumos explicou tão somente 34,1% do crescimento da produção, enquanto os demais 65,9% foram explicados pelos novos conhecimentos disseminados no processo produtivo. Como parte significativa da produção da pesquisa pública é conhecimento, que não se materializa necessariamente
em insumos e produtos, visíveis e facilmente mensuráveis, são comuns os questionamentos acerca da sua efetividade. É por isso que as organizações públicas de pesquisa precisam aprimorar suas estratégias de comunicação e melhor informar a sociedade sobre a relevância da sua produção. E mostrar que se dedicam a missões de maior risco, muitas vezes de retorno em prazos longos. Que funcionam como locomotivas limpatrilhos, indo adiante e removendo obstáculos para que os comboios do setor privado transitem com segurança e velocidade, promovendo investimentos e progresso. O sistema de inovação agropecuária no Brasil conta com abundantes exemplos da importância dos conhecimentos gerados pela pesquisa pública, e de como esses conhecimentos potencializam a capacidade do setor produtivo. Muitos outros setores da economia brasileira poderiam se beneficiar de uma maior simbiose entre os setores público e privado de inovação, o que aprofundaria a relação virtuosa entre a pesquisa científica e o progresso da nossa sociedade.
* Artigo do presidente Maurício Lopes, publicado na edição de 14 de fevereiro de 2016 do Correio Braziliense
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Fotos: Leandro Lobo
BATE-PAPO MARCA O DIA DA MULHER NA EMBRAPA AGROENERGIA Por: Vivian Chies, jornalista da Embrapa Agroenergia
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m café-da-manhã seguido de um bate-papo sobre “Homens, mulheres e o trabalho” marcou o Dia Internacional da Mulher na Embrapa Agroenergia. Em sintonia com a campanha “Eles por elas” da ONU Mulheres, o evento não foi um “clube da Luluzinha”, mas envolveu também os homens da Unidade. A Embrapa é signatária do movimento da organização internacional e possui o Selo Pró-equidade de Gênero e Raça conferido pela Secretaria de Políticas para as Mulheres do Governo Federal. A conciliação entre a maternidade e o trabalho foi o tema que predominou no debate. Contando os dias para o nascimento do Noah, a analista Larissa Andreani Carvalho conta que, mesmo tendo sido planejada, o primeiro sentimento que teve ao saber da gravidez foi de susto, “bem diferente das novelas”. O que vou fazer com o trabalho, com os
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projetos que assumi? Foram as angústias que surgiram logo de cara. Depois ela percebeu que dá para se organizar e deixar tudo em ordem para o período de licença. O papel dos homens na divisão das responsabilidades com a casa e os filhos também foi abordado pelos empregados e colaboradores. O técnico Juarez Lopes da Silva falou sobre sua experiência de “dono de casa”, durante o período em que a esposa precisava dedicar mais tempo ao trabalho. Em 2004, ele deixou o emprego em Juiz de Fora/MG para acompanhar a esposa que buscava, com a mudança para Brasília/DF, melhores oportunidades profissionais na empresa em que atuava. Juarez passou, então, a ter o cuidado com os dois filhos e a casa como suas atividades principais, até ingressar na Embrapa, em 2010. Ele sentiu fortemente o preconceito e conta que as pessoas
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mostravam-se chocada ao saber da “inversão de papeis” em sua casa. Mas observa que, hoje, isso está mudando. Durante o bate-papo, os empregados e colaboradores foram convidados a aderir à campanha “Eles por elas” (He for she) da ONU, que incentiva os homens e os meninos a defenderem as questões de equidade de gênero. Um computador foi colocado à disposição dos que quisessem fazer adesão ao movimento. A organização do evento também providenciou cartazes com a hashtag da campanha (#elesporelas) para os participantes tirarem fotos. Nas quatro semanas que antecederam o Dia Internacional da Mulher, o jornal interno da Embrapa Agroenergia publicou dados sobre: casos de violência contra a mulher, horas gastas no trabalho remunerado e em afazeres domésticos, bolsas de pesquisa destinadas a mulheres e participação na política e em cargos públicos de direção e assessoramento. “Discutir esses temas e divulgar informações sobre a situação da mulher no mundo é importante para sensibilizar os colaboradores, já que, às vezes, essas questões parecem um pouco distantes da nossa realidade. Queremos reforçar a percepção de que alcançar a equidade de gênero é algo que depende de cada um”, explicou a analista Alda de Medeiros Reis, representante do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça na Unidade.
Mulheres na Embrapa Agroenergia Na Embrapa Agroenergia, a presença feminina é marcante: entre 94 empregados, 51 são mulheres. Elas também são maioria entre os gestores: são 11 contra 10, considerandose supervisores e chefes. Entre os pesquisadores e demais empregados vinculados diretamente à pesquisa, elas estão próximas de chegar a 50% do quadro.
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Agroenergético
Por aí, por aqui... Visita técnica à Barbalha-CE
Foto: Arquivo pessoal
O pesquisador Gilmar Souza Santos foi a Barbalha/CE, entre 02 e 04/02, coletar informações sociais e econômicas nas comunidades rurais de Arajara, Sítio da Macaúba e Caldas. Também visitou o campo experimental da Embrapa Algodão, como parte atividade do projeto de pesquisa para cultivo de macaúba em sistemas agroflorestais.
Foto: Daniela Collares
Embrapa Algodão No dia 19/02, recebemos o chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Algodão, Liv Severino. Ele veio conhecer a estrutura da Unidade, especialmente o laboratório de fenotipagem.
Biogás A chefe-adjunta de Transferência de Tecnologia, Márcia Mitiko, os pesquisadores José Dilcio Rocha e Sílvia Bélem e a analista Daniela Collares fizeram uma visita técnica à Fazenda Biúça, no dia 24/02. A fazenda, localizada no Distrito Federal, produz biogás a partir de resíduos da biomassa.
Curso na UnB Sílvio vai dar um curso na UnB, durante o III Encontro Regional da Sociedade Brasileira de Química (SBQ-DF), nos dias 02 e 03/03. O tema é “Introdução à Química Renovável”.
Consolidando parceria O pesquisador Bruno Brasil recebeu, em 03/02, Patrick Pousset, pesquisador do Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (Cirad/França), que visitou a Unidade em busca de colaboração em projetos envolvendo o aproveitamento de vinhaça.
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Por aí, por aqui...
MDA
Foto: Arquivo Embrapa
Os pesquisadores José Dilcio, Sílvia Bélem e a analista Daniela Collares foram do dia 17/02 ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) discutir parceria no projeto de implantação de unidade demonstrativa de energias renováveis em Cristalina/GO.
Foto: Elvis Costa
YeastZyme Representantes do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) e do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) que compõem o comitê gestor do projeto de pesquisa YeastZyme, vieram a Unidade no dia 17/02. Eles se reuniram para avaliação dos 11 primeiros meses do projeto.
Visita à Farmotec
Foto: Arquivo pessoal
Os pesquisadores Bruno Brasil e Félix Siqueira foram a Buritis/MG, no dia 23/02, visitar a Farmotec, indústria processadora de caroço de algodão. A Embrapa Agroenergia tem nesse produto um de seus objetos de pesquisa, já que o óleo integra o rol das matérias-primas utilizadas na produção de biodiesel. Um dos projetos de pesquisa da instituição objetiva a destoxificação do material com o cultivo de cogumelos comestíveis.
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Agroenergético
Por aí, por aqui... Reunião com o JIRCAS
Foto: Elvis Costa
No dia 17/02, recebemos Kazuo Nakashima, representante do JIRCAS, o Centro Internacional de Pesquisa em Ciências Agrárias do Japão. Temos parceria com essa instituição, especialmente nas pesquisas para obter plantas geneticamente modificadas tolerantes a estresses abióticos, a exemplo da cana tolerante à seca. Além da reunião na Embrapa Agroenergia, ele visitou o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), em Piracicaba, onde a cana está sendo multiplicada para ensaios em campo. Com os pesquisadores Hugo Molinari e Adilson Kobayashi, visitou também as áreas em que ela será plantada para avaliação. Nakashima ainda visitou outras unidades da Embrapa que têm parceria com a instituição japonesa, como a Embrapa Soja e a Embrapa Clima Temperado.
Ubrabio Pedro Granja, da União Brasileira de Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), veio à Unidade no dia 24/02 discutir com o Chefe de Pesquisa & Desenvolvimento na Unidade, Guy de Capdeville, as possibilidades de parceria com empresas associadas à Ubrabio. Também esteve na Unidade, no dia 26/02, Osvaldo Morishita, responsável pela compra de matérias-primas da agricultura familiar na Granol. Acompanhado do Donizete Torskaski, diretor superintendente da Ubrabio, ele conheceu as instalações da Embrapa Agroenergia.
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Foto: Elvis Costa
Foto: Daniela Collares