Informativo da Embrapa Agroenergia • Edição nº 71 • 25/04/2016
Pesquisa busca reaproveitamento de insumos da produção de biodiesel Págs 3 e 4
AgroBrasília vai ter Circuito com Energias Renováveis Pág. 5
Embrapa Agroenergia participará da TCS-Brasil 2016 Pág. 10
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onstruir um ambiente de baixa emissão de gases de efeito estufa é um dos grandes desafios que o Planeta enfrenta nesta primeira metade do século XXI. A Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável, resultante da 21ª Conferência do Clima (COP21), realizada em Paris – França, no final de 2015, é um passo audacioso e necessário do Planeta na direção da superação do supracitado desafio. O Brasil já apresentou sua "Pretendida Contribuição Nacionalmente Determinada" (iNDC) para consecução do objetivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que tem a seguinte aspiração de longo prazo: "Em conformidade com a visão de longo prazo de conter o aumento da temperatura média global abaixo de 2°C em relação aos níveis pré-industriais, o Brasil envidará esforços para uma transição para sistemas de energia baseados em fontes renováveis e descarbonização da economia mundial até o final deste século, no contexto do desenvolvimento sustentável e do acesso aos meios financeiros e tecnológicos necessários para essa transição." O uso sustentável da Bioenergia é um dos caminhos que se destacam na iNDC proposta pelo Brasil, que diz que "Nesse contexto, o Brasil já tem um dos maiores e mais bem-sucedidos programas de biocombustíveis, incluindo a cogeração de energia elétrica a partir da biomassa. É o país que alcançou os mais expressivos resultados na redução de emissões por desmatamento, principalmente em função da queda da taxa de desmatamento na Amazônia brasileira em 82% entre 2004 e 2014. A matriz energética brasileira contém hoje 40% de energias renováveis (75% de renováveis na oferta de energia elétrica), o que representa três vezes a participação
média mundial – e mais de quatro vezes a dos países da OCDE.10. Tudo isso já faz do Brasil uma economia de baixo carbono." Por fim, o iNDC conclui dizendo que, no que tange à bioenergia, o Brasil pretende adotar medidas adicionais, em particular: "aumentar a participação de bioenergia sustentável na matriz energética brasileira para aproximadamente 18% até 2030, expandindo o consumo de biocombustíveis, aumentando a oferta de etanol, inclusive por meio do aumento da parcela de biocombustíveis avançados (segunda geração), e aumentando a parcela de biodiesel na mistura do diesel." Isso posto, cabe a todos os membros dos setores de produção e uso de biocombustíveis líquidos no Brasil, independente de fazer parte do setor público ou do privado, unir esforços para aprofundar a discussão frente a este desafio mundial, e frente a esse compromisso nacional. Mesmo tendo metas e objetivos bem claros, a estratégia que o País irá seguir para alcançá-los é complexa e demanda uma ampla e profunda discussão, e comprometimento de todos. A Embrapa Agroenergia já se mobiliza no sentido de participar e contribuir para esta discussão. Entendemos que um dos pontos que oferecem grandes oportunidades para reflexão e ação é o aproveitamento de resíduos, sejam resíduos agrícolas, agroindustriais ou urbanos. Nestas edição do Agroenergético, apresentamos informações sobre este entendimento e iniciativas já em curso para aproveitamento destas oportunidades. Boa leitura!
Manoel Teixeira Souza Júnior Chefe-Geral
EXPEDIENTE
Embrapa Agroenergia Parque Estação Biológica - PqEB s/n° Av. W3 Norte (final) Edifício Embrapa Agroenergia Caixa Postal: 40.315 70770-901 - Brasília (DF) Tel.: 55 (61) 3448 1581 www.embrapa.br/agroenergia http://twitter.com/cnpae
Esta é a edição nº 71, de 25 de abril de 2016, do jornal Agroenergético, publicação mensal de responsabilidade da Núcleo de Comunicação Organizacional da Embrapa Agroenergia. ChefeGeral: Manoel Teixeira Souza Júnior. ChefeAdjunto de Pesquisa e Desenvolvimento: Guy de Capdeville. Chefe-Adjunta de Transferência de Tecnologia: Marcia Mitiko Onoyama Esquiagola.
Chefe-Adjunta de Administração: Elizete Floriano. Jornalista Responsável: Daniela Garcia Collares (MTb/114/01 RR). Redação: Daniela Collares e Vivian Chies (MTb 42.643/SP). Projeto gráfico e Diagramação: Maria Goreti Braga dos Santos. Fotos da capa: Vivian Chies, Agrobrasília. com.br, José Dilcio Rocha. Revisão: Manoel Teixeira Souza Júnior.
Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução das matérias desde que citada a fonte.
Edição nº 70
Foto: Vivian Chies
PESQUISA BUSCA REAPROVEITAMENTO DE INSUMOS DA PRODUÇÃO DE BIODIESEL Novos catalisadores tornam mais limpo o processo de produção Por: Vivian Chies, jornalista da Embrapa Agroenergia, colaboração de Stephane Prates, estagiária
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Embrapa Agroenergia está obtendo os primeiros resultados na seleção de catalisadores químicos para produção de biodiesel que podem ser reaproveitados. Com isso, a pesquisa está mais perto de obter um processo mais limpo de obtenção do combustível. Esses insumos têm o papel de acelerar a reação química entre álcool e óleo que dá origem ao biocombustível. Atualmente, as usinas utilizam para essa função principalmente o metilato de sódio, um catalisador homogêneo. Isso significa que ele não pode ser recuperado após a reação para ser reaproveitado.
Existem ainda outros inconvenientes associados ao uso do catalisador homogêneo. Como não pode ser separado do biodiesel, este precisa passar por várias lavagens depois de pronto para que o catalisador seja removido. A água utilizada nesse processo vira depois um efluente, que precisa ser tratado antes do descarte. Além disso, pode promover a formação indesejada de sabão durante a produção do biodiesel. A pesquisadora da Embrapa Agroenergia (DF) Itânia Soares explica que os catalisadores heterogêneos que está
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Agroenergético
pesquisando poderiam ser separados do biodiesel, dispensando tantas lavagens e evitando a geração de grande volume de efluentes, além de poderem ser reaproveitados. Também resolveriam o problema da saponificação.
Fotos: Goreti Braga
Por outro lado, o catalisador homogêneo utilizado atualmente também apresenta vantagens, a começar pela eficiência: consegue atingir teores de ésteres (biodiesel) superiores a 99%. Ademais, promove a reação química utilizando temperaturas relativamente baixas (50ºC a 60ºC) e baixa proporção de álcool/óleo. Ainda, tudo isso ocorre rapidamente, em aproximadamente uma hora. Dessa forma, as usinas têm menor gasto com energia e reagentes. Em contrapartida, os catalisadores heterogêneos, normalmente, exigem alta temperatura e alta proporção de álcool/óleo, além de proporcionarem rendimentos abaixo do convencional, mesmo depois de muito tempo de reação. Reverter essas características é justamente o que buscam os testes realizados na Embrapa Agroenergia pela pesquisadora Itânia, juntamente com os colegas Emerson Schultz e Anna Letícia Pighinelli. A equipe conseguiu resolver dois dos problemas, utilizando como catalisador um composto já disponível comercialmente para outras aplicações, a hidrotalcita. “Nas condições que empregamos, nós conseguimos alcançar teores de éster de aproximadamente 100% com o catalisador heterogêneo, e a temperatura aplicada foi relativamente baixa”, conta Itânia. Com esses resultados, a equipe vislumbra obter, nos próximos anos, uma alternativa viável e capaz de gerar menos efluentes no processo de lavagem de biodiesel, já que, além de baixo custo, a hidrotalcita também é de fácil manuseio. Os resultados positivos foram obtidos em experimentos produzindo biodiesel a partir de óleo de soja e óleo de dendê. Entretanto, a equipe ainda precisa otimizar a razão álcool e óleo, além do tempo de reação. “O que estamos fazendo é um planejamento experimental, pois logo no inicio nós já alcançamos os resultados esperados com teor de éster, mas isso ainda não é o suficiente. Precisamos trabalhar para aperfeiçoar a reação para que ela ocorra com menor gasto de energia e reagentes”, ressalta Itânia. Por enquanto, os testes seguem em escala de bancada. Avançando nos indicadores positivos, os cientistas devem partir para o escalonamento.
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Sobre biodiesel O biodiesel entrou na matriz energética brasileira em 2005, com o Programa Nacional de Produção de Uso de Biodiesel. Atualmente, todo o diesel comercializado no Brasil possui 7% desse biocombustível. A soja responde por 75% das gorduras utilizadas na produção, seguida pelo sebo bovino. Na Embrapa Agroenergia, pesquisas investem no desenvolvimento de novas culturas oleaginosas para integrar a cadeia produtiva do biodiesel, como pinhão-manso, macaúba e dendê. O controle de qualidade e etapas do processo de produção do biocombustível também são objetos de estudo.
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AGROBRASÍLIA VAI TER CIRCUITO COM ENERGIAS RENOVÁVEIS Por Daniela Collares, jornalista da Embrapa Agroenergia
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ela primeira vez, na principal feira agropecuária do Centro-Oeste, AgroBrasília, vai acontecer um Circuito de Energias Renováveis dentro do espaço destinado aos agricultores familiares. Esse evento possui importante papel na difusão de conhecimento técnico, especialmente aos pequenos agricultores, com o Espaço de Valorização da Agricultura Familiar (EVAF). A Feira acontece de 10 a 14 de maio, realizada pela Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF). Para mostrar as fontes renováveis de energia, a Emater/ DF, Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e a Embrapa Agroenergia estão organizando a instalação de energia solar, eólica e as originárias da biomassa, como biogás e biodiesel. “Nesse espaço, pretendemos mostrar aos pequenos produtores as diversas fontes de energias renováveis que podem ser usadas na sua propriedade”, conta Névio Guimarães, extensionista da Emater responsável por este Espaço da EVAF. Será montada uma tenda para apresentar o que está se fazendo de pesquisas para ampliar a aplicabilidades dessas fontes. A Embrapa Agroenergia mostrará o biogás e vai fazer biodiesel ao vivo e mostrar as matérias-primas para essa produção. Nesta visita, a equipe do MDA estará explicando como o agricultor familiar participa do Programa Selo Combustível Social.
Marco Pavarino, coordenador de biocombustíveis do MDA, reforça a importância de se mostrar essa a aplicabilidade. “No campo, em geral, existe a disponibilidade de sol, vento e biomassa residual, que são fontes passíveis de conversão em energia elétrica em processos de pequena escala. Essa energia gerada de forma descentralizada permite que locais onde a disponibilidade de energia é precária ou inexistente tenham condições de se desenvolver, seja pelo provimento de condições de acesso a água e seu uso como, por exemplo, a irrigação, fornecimento de calor para secagem de produtos, resfriamento em câmaras frias para leite, etc”. Guy de Capdeville, chefe de pesquisa da Embrapa Agroenergia, reforça que a parceira na AgroBrasília é muito positiva, pois é uma oportunidade de divulgar as tecnologias que estamos desenvolvendo para apoiar no desenvolvimento dos agricultores. “Temos a consciência de que ofertar tecnologia na parte de energia é fundamental para o crescimento do setor rural”, destaca. Já existem iniciativas nas diversas regiões brasileiras, destaca Pavarino, como é o caso de unidades demonstrativas com sistemas híbridos, solar e éolica, instalados em áreas de agricultores familiares, em parceria com a Embrapa Clima Temperado lá no Rio Grande do Sul. E, nesta linha, outras iniciativas estão sendo discutidas para outras regiões, como já se vem negociando para implantação de unidades no município de Cristalina/GO.
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Agroenergético
ARTIGO
Foto: Vivian Chies
RESÍDUOS ORGÂNICOS: UMA BIOMASSA DE OPORTUNIDADES
Manoel Teixeira Souza Júnior, Chefe-geral da Embrapa Agroenergia Artigo originalmente publicado na revista Opiniões
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público e notório que o Brasil se tornou, no decorrer das últimas quatro décadas, uma superpotência agrícola. Também é de amplo conhecimento quais foram as principais razões que levaram o País a conquistar essa posição de destaque no cenário mundial. Além de priorizar a diversificação de produtos, elegemos a busca incessante pelo aumento da produtividade como uma das principais forças motoras da mudança. Vale lembrar que, se ainda estivéssemos experimentando as produtividades do início da década de 1970, necessitaríamos quase quadruplicar a área plantada dessa última safra de grãos (2013/2014) para alcançar a produção atual. Hoje, não somos mais um país só do café ou só da cana-de-açúcar; somos protagonistas na produção e na exportação de uma gama considerável de produtos agropecuários. Em outras palavras, diversificar nos fortaleceu, e a eficiência conquistada nos tornou mais competitivos.
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produção, colheita, processamento e comercialização; o restante é perdido e/ou desperdiçado pelo consumidor. Estudos indicam que a redução em 50% dessas perdas e desperdício é uma meta factível de ser alcançada até 2050. A redução, pela metade, do total de alimentos perdidos e/ou desperdiçados atualmente seria suficiente para deduzir o equivalente a 25% da produção atual de alimentos da quantidade de alimentos que será necessário produzir em 2050. No entanto reduzir perdas e desperdício de alimentos não é algo trivial e nem é o foco deste artigo. O link deste texto com esse assunto diz respeito ao estabelecimento de políticas públicas para um melhor aproveitamento dos resíduos. Os resíduos a que me refiro são os orgânicos, gerados nas cadeias agrícolas, da pecuária, da aquicultura, da silvicultura, da agroindústria e em suas combinações. Resíduos sólidos, líquidos e gasosos, gerados tanto no campo, como nos centros urbanos.
Continuar diversificando e buscando recordes de produtividade é apenas um dos caminhos para continuar aumentando a competitividade. Um outro, também de grande importância, tem a ver com a redução das perdas e desperdício e, sem dúvida, um melhor aproveitamento dos resíduos. Estima-se que, aproximadamente, 30% de todo alimento produzido no mundo se perde, ou é desperdiçado, antes ou depois de chegar ao consumidor.
No Brasil, esses resíduos ainda são descartados de uma maneira muito longe do que poderíamos chamar de cenário ideal, que seria o de um descarte adequado e o mais próximo de zero possível. Esse descarte, da forma que é feito hoje, pode gerar passivos ambientais que acabam contribuindo para uma redução do componente ambiental da sustentabilidade do agronegócio.
Na Europa, um dos locais onde os dados são mais precisos, 66% das perdas e desperdício ocorrem durante a
O melhor uso desses resíduos pode estar ligado, por exemplo, à produção de bioenergia; em uma linha de trabalho
ARTIGO
que chamamos waste to bioenergy, ou W2B2. No Brasil, os resíduos já constituem uma parte considerável da biomassa, hoje utilizada para a produção de bioenergia (seja biocombustível ou bioeletricidade); porém podemos dizer que somente utilizamos a ponta desse imenso iceberg de oportunidades. Para avançar iceberg abaixo, precisamos melhor qualificar, quantificar, precificar e mapear esses resíduos. Os dados de quantidade disponíveis estão longe de mostrar a real dimensão da oferta dessa biomassa no Brasil. Sua distribuição no território nacional não é homogênea e nem uniforme. Observa-se uma grande variedade de tipos de resíduos nacionalmente, além de oportunidades distintas de exploração dessa biomassa de uma região para outra, de um município para outro.
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Pode a diversificação de produtos advindos do melhor aproveitamento de resíduos também fortalecer o Brasil, como fez durante o período no qual nos transformamos em superpotência agrícola? A resposta a essa pergunta é positiva. Porém uma ressalva precisa ser feita: a diversificação precisa estar cada vez mais casada com uma estratégia que vise produzir blocos construtores, capazes de serem empregados na geração de produtos de alto ou altíssimo valor agregado, como biomateriais e químicos renováveis, e não somente em commodities (como o etanol ou o biodiesel).
Portanto políticas públicas de estímulo às pesquisas de levantamento de dados mais precisos sobre o tamanho e as características desse iceberg precisam ser priorizadas. E o tempo urge. Afinal de contas, o passivo ambiental decorrente do descarte inapropriado não para de crescer; vide chorume em lixões e aterros sanitários, só para citar um exemplo.
Produtos de alto ou altíssimo valor agregado podem ser a oportunidade que algumas regiões, com baixa quantidade ou tipo específico de resíduos, terão para garantir a sua inclusão e sobrevivência nessa seara de oportunidades que o melhor aproveitamento de resíduos oferece. Melhor qualificar, quantificar, precificar e mapear resíduos orgânicos; buscar a redução do custo e o aumento do output/input da transformação; e promover a diversificação dos produtos gerados a partir da transformação de resíduos orgânicos, promovendo, de uma forma equilibrada, a produção de biomateriais e químicos renováveis, além de biocombustíveis.
Outra área de pesquisa de grande importância para montar esse quebra-cabeça de melhor aproveitamento dos resíduos é a da transformação deles em produtos que agreguem valor às cadeias produtivas de onde eles se originam. Em alguns casos, o valor agregado pode ser baixo, mas, se compensado pela quantidade produzida, o impacto na cadeia produtiva pode ser grande. Essa é a expectativa que todos temos para o etanol lignocelulósico a ser produzido, inicialmente, a partir de bagaço e da palha de cana.
Esses devem ser os componentes principais de uma política de Estado para um melhor aproveitamento dos resíduos, garantindo a esse tipo de biomassa um papel importante na construção de uma indústria de base biológica capaz de aumentar consideravelmente a competitividade do agronegócio brasileiro, contribuindo, definitivamente, para o fortalecimento da sustentabilidade ambiental desse setor. Isso sem falar das oportunidades de inclusão social e regional que essa política ofereceria ao Brasil.
Outro exemplo de bioenergia que tem baixo valor agregado, mas tem alta quantidade produzida, é a bioeletricidade. Buscar a redução no custo da transformação e o aumento do output/input desse processo precisa também estar entre as prioridades das políticas públicas de estímulo à pesquisa. Só assim será possível viabilizar a popularização das estratégias de melhor aproveitamento de resíduos.
Portanto abram alas para o estrume de gado, a gordura animal, o bagaço de cana, a vinhaça, o pome, o licor negro, a casca de arroz, a palha de milho, a casca de coco verde, os galhos e as folhas da poda de árvores, a casca de laranja e tantos outros resíduos orgânicos espalhados pelo Brasil. Que todos sejam muito bem-vindos ao setor produtivo e que se transformem em riqueza para o Brasil e para os brasileiros.
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Fotos: Goreti Braga
EMBRAPA VAI PARTICIPAR DO CONGRESSO INTERNACIONAL DE BIOMASSA – CIBIO 2016 Por: Daniela Collares, jornalista da Embrapa Agroenergia, com colaboração de Elvis Costa, estagiário
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quais são as vantagens desses produtos e como se inserir nesses mercados, pretendo convocar os profissionais desses setores a ser unirem, pois só assim, o setor vai tornar esse mercado mais solido”, salienta Rocha.
“O Mercado de Briquetes e cavacos de madeira” é o tema que será apresentado pelo pesquisador no primeiro dia do evento. Dilcio Rocha pretende mostrar o mercado desses dois produtos, como são produzidos e quais as matérias-primas para a sua produção. “Além de explicar
Os cavacos e os briquetes podem ser integrados a cadeia produtiva das florestas energéticas, que tem grande potencial no Brasil e outros países, gerando renda ao produtor rural e a indústria dando uma melhor finalidade aos resíduos. Os cavacos são pedaços de madeira trituradas que podem ser utilizados como substitutos aos combustíveis convencionais e podem dar origem aos briquetes, a lenha ecológica que é produzido em uma máquina chamada briquetadeira que aplica pressão e temperatura sobre resíduos vegetais e compacta na
umentar a renda dos produtores rurais utilizando a matéria-prima florestal é um dos temas que será explorado no Congresso Internacional de Biomassa – CIBIO 2016 que acontece em Curitiba/PR, nos dias 15 e 16, na Federação das Indústrias do Estado do Paraná. Essa é uma das provocações que serão propostas na palestra do pesquisador da Embrapa Agroenergia (Brasília/DF), José Dilcio Rocha, durante a primeira sessão do evento, sobre Biomassa Florestal.
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forma desejada. Além disso, os briquetes também podem ser produzidos a partir de casca de arroz, palha de milho, sabugo, bagaço de cana-de-açúcar, casca de algodão, casca de café.
alternativas, representantes de ONGs, profissionais liberais e autônomos possam discutir o atual cenário da Matriz Energética Nacional e temas ligados à geração de energia a partir da biomassa no Brasil e no mundo.
Para divulgar outras tecnologias que a Embrapa está desenvolvendo no cenário de florestas energéticas, foi lançada a 9ª edição da Agroenergia em Revista nesta temática, que pode ser lida no link: issuu.com/embrapa/docs/agroenergiaemrevista_ed09_3
Para Rocha, a participação neste evento é fundamental, pois é um dos Congressos mais importantes para se discutir tecnologias a partir da biomassa para geração de energia. “Essa é uma demanda que está aumentando”, destaca.
Programação
Para a Embrapa, salienta Rocha, é uma oportunidade de compartilhar informação sobre tecnologias e produtos com os fabricantes, usuários e produtores rurais que já atuam na área de energias renováveis ou tem interesse na mesma. Dilcio Rocha tem experiência na área de bioenergia, atua principalmente com pesquisas de conversão térmica de biomassa, compactação de biomassa, briquetes e pellets, bio-óleo e biochar, pirólise, gaseificação, energias renováveis e leito fixo e fluidizado.
Além dessa temática, serão apresentadas as palestras “Pellets - Biomassa Valor Agregado”, pela ABIPEL; “Ações com Florestas Energéticas”, pela Embrapa Florestas; “Apresentação de Case produção de pellets e Case Equipamentos para produção e Queimadores de pellets”, pela Araupel. Na parte da tarde, apresentação sobre Cogeração, pelo COGEN; Estudos CEMIG Biomassa e Bioenergia, pela CEMIG; três cases da empresa Klabin, de Papel e Celulose e biomassa florestal na Alemanha; e Financiamento, por parte do BRDE. No último dia, serão abordados em duas sessões as energias a partir da cana-de-açúcar e o sistema de biogás coordenado pelo Parque Tecnológico de Itaipu, em parceria com o Centro Internacional de Energias Renováveis - Biogás (CIBiogás-ER) e com a Embrapa Suínos e Aves.
Congresso O CIBIO será uma das oportunidades para que pesquisadores, estudantes, representantes de todos os setores da indústria, técnicos de empresas ligadas às energias
Paralelamente ao CIBIO acontece a Feira Internacional de Biomassa – EXPOBIOMASSA, que reunirá fabricantes de máquinas e equipamentos, tecnologias, produtores de biomassa como pellets, cavacos de madeira e carvão vegetal. O evento é realizado pela FRG Eventos do Brasil e pelo Paraná Metrologia. Os principais apoiadores são o Sistema Senai, a Federação das Indústrias do Estado Paraná, Tecpar, WBA, ABDG, UNICA, ALCOPAR, ABIPEL, Sistema Ocepar. As inscrições para os eventos vão até o dia 30 de abril e podem ser feitas pelo site www.congressobiomassa. com .
As inscrições vão até o dia 30/04 e podem ser feitas pelo site www.congressobiomassa.com 9
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Foto: José Dilcio Rocha
Embrapa estará na TCS-Brasil 2016 Por Vivian Chies, jornalista da Embrapa Agroenergia
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Embrapa vai expor tecnologias de produção de biogás em estande na Thermal Conversion Solutions -TCS Brasil’16, evento que acontecerá em Foz do Iguaçu/PR, de 1º a 3 de junho. Além disso, a Embrapa Agroenergia vai coordenar dois painéis de discussão. Moderados pelo pesquisador José Dilcio Rocha, o primeiro painel terá como tema “Syngas e geração de energia com gaseificação”; o segundo, “Aproveitamento Energético de Resíduos”. Também chamado de gás de síntese, o syngas é uma mistura de gases que pode servir de matéria-prima para uma infinidade de produtos, incluindo combustíveis. Tecnologias de gaseificação de biomassa para gerar energia e outros produtos de forma mais eficiente são objeto de desenvolvimento de indústrias e centros de pesquisa. Do painel sobre esse tema, participarão o diretor de Inovação e Marketing na ER-BR Energias Renováveis, Carlos Claret Sencio Paes; Sergio Leite Lopes, da DeltaH; e Evandro
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José Lopes, da área de pesquisa e desenvolvimento da empresa Energia Limpa do Brasil. O aproveitamento energético de resíduos, assunto do segundo painel coordenado pela Embrapa Agroenergia, vem sendo apontado como alternativa para resolver o problema do descarte de materiais e, ao mesmo tempo, incrementar a geração de energia renovável no Brasil. Vão debater o assunto: Airton Kunz, da Embrapa Suinos e Aves; Álvaro Soares, da SP Tecnologia; Mark Neeleman, da Bamazon Technologies; e Javier Farago Escobar, da Universidade de São Paulo (USP). Na TCS, que conta com o apoio da Embrapa Agroenergia, ocorrerão dois eventos paralelos: a Conferência Internacional de Soluções em Conversão Térmica e Biogás e a Exposição Tecnológica de Soluções em Conversão Térmica, Biogás e Geração Distribuída. Para saber mais, acesse: http://tcs-brasil.com/.
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Foto: Paulo Kurtz
MERCADO DE BIOCOMBUSTÍVEIS É OPORTUNIDADE PARA CRESCIMENTO DA CANOLA NO BRASIL Por: Joseani M. Antunes, jornalista da Embrapa Trigo
As oportunidades de aumento de lucratividade pela expansão do cultivo da canola foi um dos temas no 9º Curso de Capacitação e Difusão de Tecnologia em Canola, que reuniu diversos representantes da cadeia produtiva no dia 30/03, na Embrapa Trigo (Passo Fundo, RS). O aumento dos percentuais de biodiesel nos combustíveis pode favorecer à expansão da canola no Brasil. No último dia 23/03/16, foi sancionada pela Presidente Dilma a lei n° 13.263, que estabelece novos percentuais de adição obrigatória de biodiesel ao óleo diesel vendido
ao consumidor. Conforme a lei, o volume de biodiesel acrescentado deverá ser de 8% até 2017, passará para 9% em 2018, chegando a 10% até 2019. A iniciativa visa cumprir as metas internacionais para redução de emissões de gases de efeito estufa. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o uso de biodiesel permitirá reduzir a emissão de 48 a 60 milhões de toneladas de gás carbônico até 2020. De acordo com estudo da FIPE/USP, de 2008 a 2012, quando a mistura de biodiesel no diesel passou de 2%
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para 5%, o valor agregado pela produção do biocombustível ao PIB foi de R$ 12 bilhões. No mesmo período, a economia de importação de diesel na balança comercial foi de R$ 11,5 bilhões. Atualmente, a soja é a principal fonte de matéria-prima para biocombustíveis no Brasil. Segundo a analista da Embrapa Agroenergia, Daniela de Souza, a soja representa 76% do biodiesel produzido, seguida da gordura animal 19% e do algodão 2%. Mesmo com a produção recorde de 97,8 milhões de toneladas (t) de soja na última safra, apenas 7 milhões t foram transformadas em óleo no Brasil e, destes, menos da metade (cerca de 3 milhões t) viraram biodiesel. Em 2015, a demanda do mercado brasileiro de biodiesel foi de cerca de 4 bilhões de litros, conforme números do grupo BiodieselBR.
Biodiesel de canola O Brasil tem se posicionado como líder no setor produtivo de culturas oleaginosas aptas a atender os mercados emergentes de óleos vegetais, apostando basicamente na produção de soja. Na indústria de biodiesel existe enorme demanda por opções para diversificação de oleaginosas para diminuir a dependência e a sazonalidade da soja no verão. Assim, a canola deve ganhar espaço nos próximos anos, visando nichos de mercado mais rentáveis que as commodities. Este é o cenário que favorece o crescimento da canola no Brasil, que pode expandir a produção nas mesmas áreas que produzem soja e milho no verão (15
Foto: Gilberto Tomm
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milhões de hectares somente na região sul), ou realizar safrinha na região Centro-oeste (MS, MG e GO). De acordo com o pesquisador da Embrapa Trigo, Gilberto Tomm, a principal vantagem da canola para a indústria de biodiesel está no teor de óleo, enquanto que nos grãos de canola o índice chega a 40%, nos grãos de soja o teor médio de óleo é de 18%. De acordo com o pesquisador, existe enorme demanda por óleo de canola no mercado nacional e internacional. Para o analista da Embrapa Trigo Paulo Ernani Ferreira, “o Brasil possui uma fantástica oportunidade para a expansão da canola, empregando as mesmas terras, máquinas, armazéns e outros recursos empregados na produção, estocagem e industrialização de grãos, otimizando o retorno dos meios disponíveis, aumentando a produção e a renda, sem necessidade de derrubar florestas ou ocupar áreas de pastagens”. Segundo ele, existe conhecimento disponível, políticas públicas de seguro agrícola e, principalmente, mercado consumidor. “A pesquisa dispõe de todo conhecimento organizado e de fácil acesso, a cada dia chegam novas tecnologias em cultivares e defensivos, mas ainda é preciso organizar a produção. Acredito que as cooperativas têm um papel importante neste processo de orientar e ajudar o produtor para escolher a melhor opção no sistema”, conclui o Secretário de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo do RS, Tarcísio Minetto.
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BATATA-DOCE – ALTERNATIVA PARA PRODUÇÃO DE ETANOL NO RIO GRANDE DO SUL O Dia de Campo na TV mostrou a batata-doce como alternativa para a produção de etanol. O Brasil é o segundo maior produtor de etanol do mundo e tem como principal matéria-prima para a produção de álcool a cana-de-açúcar. Mas pesquisas da Embrapa e instituições parceiras buscam substitutos para a produção de etanol no Rio Grande do Sul, que tem condições desfavoráveis para o cultivo da cana-de-açúcar. Nesse cenário, a batata-doce é uma das culturas que tem maior potencial para produção energética. Uma tonelada de batata-doce pode produzir de 160 a 180 litros de etanol. E o seu ciclo produtivo é de quatro meses, enquanto o ciclo da cana-de-açúcar é de um ano.
Além do tema principal, o programa vai apresentou outros assuntos nos quadros: Minuto do Livro mostrou “Plantas aromáticas e condimentares: uso aplicado na horticultura”; Conhencendo a Embrapa Informática Agropecuária e Ciência e Tecnologia em Debate, saiba quem foi Johanna Dobereiner e uma entrevista sobre mulher e ciência na interface com o rural brasileiro. O Dia de Campo na TV "Batata-doce – alternativa para produção de etanol" foi produzido pela Embrapa Informação Tecnológica (Brasília/DF) em parceria com a Embrapa Clima Temperado (Pelotas/RS) e com a Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária-Fepagro.
Ao contrário de outras culturas agroenergéticas, a produção de biocombustível a partir da batata-doce é uma das vastas possibilidades de utilização do tubérculo e a que se apresenta como a mais promissora, porque pode ser cultivada em diversas condições climáticas, não exige áreas grandes de plantio, tem baixo custo para implantação das lavouras, pode ser produzida em terras menos férteis e dar oportunidade para pequenos produtores rurais. E o álcool derivado da raiz pode ser destinado também a outros mercados, como o de bebidas e de cosméticos. O processo de avaliação do potencial da batata-doce para a produção de bioenergia, realizado em laboratório pela Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária-Fepagro em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, levou dez anos. Em 2016, a Fepagro e a Embrapa lançaram as duas variedades de batata-doce voltadas para a produção de álcool: a BRS Gaita e a BRS Fepagro Viola, ambas têm produtividade de 75 toneladas por hectare, e são variedades indicadas para produção de etanol, principalmente pela alta concentração de amido. Segundo o pesquisador Zeferino Chielle, da Fepagro Vale do Taquari/ RS, “em um ano, a batata-doce tem capacidade de processar 27 mil litros, enquanto a cana-de-açúcar tem oito mil.” Na Embrapa Clima Temperado são realizadas várias atividades com a cultura da batata-doce, e um dos destaques é o banco ativo de germoplasma que reúne grande parte do material genético de batata-doce, com o objetivo de determinar materiais que garantem mudas de boa sanidade para garantir o sistema de produção na hora de começar a lavoura.
Assista o programa: www.youtube.com/watch?v=o6HkwvGIp-U Saiba mais sobre o Dia de Campo na TV: www.embrapa.br/dia-de-campo-na-tv Confira todos os canais parceiros que transmitem o programa Dia de Campo na TV: www.embrapa.br/dia-de-campo-na-tv/ onde-assistir Acesse os programas: https://www.embrapa. br/dia-de-campo-na-tv/buscar-videos
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CONEXÃO CIÊNCIA A Embrapa Agroenergia levou ao programa Conexão Ciência o coordenador de biocombustíveis do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Marco Pavarino, para falar sobre a relação entre energia e água na agricultura. O programa foi ao ar no dia 12/04. Se você perdeu, pode assistir no Youtube: www.youtube.com/watch?v=V7bGKkOaM1U.
O Conexão Ciência é um programa de entrevistas na TV produzido pela Embrapa e a TV NBR. Vai ao ar todas as terças-feiras, às 21h, na NBR, com reprises ao longo da semana. No próximo dia 26/04, agroenergia volta a ser tema do Conexão Ciência. O pesquisador da Embrapa Agroenergia Félix Siqueira fala sobre a integração da produção de biocombustíveis com a de alimentos por meio do cultivo de cogumelos utilizando como substrato tortas tóxicas de oleaginosas.
Assista no canal: www.youtube.com/channel/UCBLHcNm1AvAF7x0No-H1L9g
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Edição nº 70
VOCÊ CONHECE O AGRO SUSTENTÁVEL, A FANPAGE DA EMBRAPA NO FACEBOOK? Em março e abril, o canal divulgou o tema Florestas Energéticas em dois posts
O Brasil é um dos principais produtores de biocombustíveis, graças ao seu potencial em cana-de-açúcar. Mas pensar em outras alternativas para essa produção é importante por motivos econômicos, sociais e ambientais. Assumimos o compromisso e por isso temos desenvolvido pesquisas para alcançar esse objetivo, como a produção de etanol a partir de florestas plantadas com fins econômicos. Que tal se juntar a nós no cuidado com o futuro do nosso planeta? Então assista ao vídeo para entender melhor!
O tema "Florestas energéticas" é de extrema importância, mas talvez ainda não seja tão conhecido. Por isso, viemos te contar que nosso país possui uma vasta área de florestas plantadas, e essas árvores já fazem parte da matriz de energia renovável utilizada aqui. Isso é feito, principalmente, com esses produtos em forma de lenha e carvão vegetal. É #MenosEnergiaFóssil e #MaisSustentabilidade! Acesse, leia e saiba mais em: http://j.mp/21RHZkH
Acesse, leia e saiba mais em: www.embrapa.br/web/portal/busca-de-noticias/-/noticia/10897558/ florestas-energeticas-e-tema-da-agroenergia-em-revista
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Agroenergético
Por aí, por aqui... Câmara da cadeia produtiva de oleaginosas e biodiesel
Unidade Embrapii - IPT
Em 15/03, o chefe-geral Manoel Souza e os pesquisadores Bruno Brasil e Bruno Laviola participaram de reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Oleaginosas e Biodiesel, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Na ocasião, Bruno Brasil apresentou a Unidade Embrapii - Embrapa Agroenergia.
A Embrapa Agroenergia recebeu, em 23/03, Natália Cerize, coordenadora da Unidade Embrapii do IPT, que atua na otimização e escalonamento de processos biotecnológicos. Na foto, ele está com o pesquisador Bruno Brasil, coordenador da Unidade Embrapii da Embrapa Agroenergia, que vai atuar na área de “Bioquímica de renováveis: Microrganismos e enzimas”.
Foto: Arquivo pessoal
Encontros de energia no Paraná A pesquisadora Mônica Damaso participou de três eventos ligados ao tema energia de madeira, de 10 a 11 de março, em Curitiba/PR: Encontro de Energia da Madeira, Feira Lignum Brasil e 22º Encontro de Articulação da Rota de Energia-Biomassa. Nas fotos, ela está com colegas da Embrapa Florestas, bem como das Universidades Federais de Lavras e Viçosa (UFLA e UFV). Eles aproveitaram para discutir a estruturação de novos projetos de pesquisa em Florestas Energéticas.
Hochibra Cogumelos Exóticos Os pesquisadores Bruno Brasil e Félix Siqueira visitaram a empresa Hochibra Cogumelos Exóticos, em Vitória da Conquista/BA, no início de março. A empresa foi inaugurada em janeiro de 2015, em cooperação com o governo holandês. Cogumelos também são objetos de pesquisas da Embrapa Agroenergia, pelo potencial de destoxificar tortas de oleaginosas, integrando as cadeias produtivas de biocombustíveis e alimentos.
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Foto: Arquivo pessoal
Edição nº 70
Por aí, por aqui... Macofren
EcoBio
Em 04/04, o pesquisador Bruno Brasil recebeu dois representantes da Macofren, empresa do ramo de tecnologias químicas. Eles vieram conhecer a Embrapa Agroenergia, as possibilidades de parcerias e a Unidade Embrapii.
Em 01/04, a Unidade recebeu representantes da empresa EcoBio. Eles vieram apresentar os produtos da empresa e avaliar possíveis parcerias.
INRA
Reunião com as Centrais de Catadores
Em 06/04, a Unidade recebe o pesquisador Jean-Jacques Godon, do Laboratório de Biotecnologia Ambiental do INRA, instituto francês de pesquisas agrícolas.
Em 05/04, a Unidade recebeu duas centrais de cooperativas de catadores de materiais recicláveis do Distrito Federal, para discutir parceria na operação da usina de produção de biodiesel a partir de óleo de fritura, resultado da parceria entre Embrapa Agroenergia, Caesb e Finep. Eles também visitaram a usina, tendo sido recebidos por essas instituições e a Ubrabio.
Universidade Estadual de Londrina O chefe-geral Manoel Souza ministrou a aula inaugural para o programa de pós-graduação em Bioenergia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), em 15/04. O tema apresentado por ele foi “A construção de um futuro sustentável para o planeta”. Na mesma semana, os pesquisadores Bruno Laviola e Simone Mendonça ministraram aula por videoconferência para o programa de Mestrado em Bioenergia da Universidade Estadual de Londrina. O tema da aula dos pesquisadores foi matérias-primas energéticas e o uso de seus coprodutos. Foto: Arquivo pessoal
Canola A analista Daniela Tatiana de Souza ministrou palestra sobre a “Conjuntura atual dos cultivos para produção de biocombustíveis”, durante o IX Curso de Capacitação e Difusão de Tecnologia em Canola, em 30/03, em Passo Fundo/RS.
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