ENS - Carta Mensal 1967-3 - Março

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EQUIPES NOVAS


carta mensal Equipes de Nossa Senhora equipes novas n .0 15

su már io Editorial . Aproxima-se o compromisso Re novação do compromisso Para v:ver melhor os estatutos . Leitura . • . E . P . C. o que são Nossos filhos . . . Correio . . Oração para a próxima reunião

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O QUE VÊEM FAZER NAS EQUIPES? Nas últimas férias fiz sozinho diversos e longos passeios pela floresta . Levava comigo as E,pístolas de São Paulo. Uma vez mais fiquei impressionado com a indefect ível lealdade do Apóstolo pelo Cristo. No decorrer destas leituras, vocês meus amigos equipistas estiveram sempre presentes em minhas meditações, e me foi imposto o assunto da próxima carta que lhes havia de escrever. Nas Equipes de Nossa Set1hora é preciso pro curar o essencial. As trocas de impressões, o auxílio mútuo material e mo ra l, a profunda amizade tudo isto nõo é o objetivo princ ipal. O essencial é procurar o Cristo. As palavras vulgarizam-se e rece io que n expressão "procurar o Cristo" não encontre em vocês um éco muito afável. Mas eis alguns textos direi mesmo - são gritos de São Paulo, que mostrarão o significado de "1procurar o Cristo", e pertencer-lhe depois de o encontrar. São Paulo é possuído pela caridade. "O amor de Cristo me impele." "Quem nos separará do amor de Cristo?" A atribulação ou a angústia,. a perseguição, ou a fome, ou a nudez ou o perigo, ou a espada? . . . Mas em todas coisas somos mais do que vencedores, ,por aquele (lue nos amou. (Rem. 8, 35 e 3_7_1 E acontece a vocês como a todos nós, encontrar-se diante de alternativa: agradar aos homens ou agradar à Deus . Sua dedsã"v já está tomada: -1


"se eu quizesse agradar aos homens, eu jamais seria um servidor de Cristo". O Cristo é o centro de sua vida:, mas não exita em sacrificar a douçura de sua intimidade , para ir aos seus irmãos a fim que todos se acheguem ao seu Senhor.

"Porque sinto pressão de ambos os lados, tendo o desejo de ser desatado, e estar com Cristo, porque isto é ainda· melhor. Mas julgo mais necessário, por amor de vás, ficar na carne". ( Ph. 1,23-241 Não lhe são poupados sofrimentos de todos os gêneros e conhece sem dúvida hora de angústia . Reaja dizendo: "porque eu sei em quem tenho crido" (11 Tim.- 1,12)

Compreendam quanta coragem heró ica e quanto amor encerram estas palavras? Sua vida só tem razão de ser. (I Cor. 15, 25) Sabemos todos nós que estamos longe desta santidade.

Mas

a questão é sabermo se querem os ou não ser possuídos pela mesma

paixão devoradora. E voitando a me referir Ós Equipes; será isto que vão procurar lá em primeiro lugar, é isto que domina as trocas de impressãe~ as suas orações. Se é realmEnte a razão de ser da sua amizade e da sua ajuda ·mútua . H. CAFFAREL .


Na Carta Mensal n. 0 11 nós já falamos sôbre o compromisso. Dissemos de que se tratava, dando a vocês a possib:lidade de refletirem sôbre êle, e de se prepararem para fazer o pedido de compromisso, sê êste fôsse oportuno. É pois agora o momento oportuno de voltarmos a falar sôbre êste assunto. O Centro enviará ao seu Casal Responsável uma carta a êste respeito, pois têda equípe após 18 meses de sua admissão, é lembrada que deve tomar uma decisão sôbre o compromisso. Há casos em que uma equípe teve um comêço movimentado, renovações contínuas e assim sendo, sem a estab:lidade suficiente. Neste caso que são casos especiais, o Casal de Ligação e o Setor considerarão,_podendo então adiar por uns meses êste compromisso. Mas voltemos as equípes com um comêço normal, nós diriamos (a experiência do Movimento tem provado) que após 18 meses a equípe está apta a escolher. Já conhecem suficientemente bem os Estatutos e o Movimento para escolher : adm1ssão real e oficial nas Equí,oes, ou separação do Movimento. Quando falamos de separação do Movimento, provocam-se muitas vêzes reações violentas : "Então, vocêes não nos querem mais?" "Vocês nos con~ideram ovelhas negras?" Não! Não se trata disso. Quer se trate de um casal que recua diante do Compromisso e deixa a equipe, quer se trate de uma equipe que deixa o Movimento, é necessário lembrar que há vár:os outros meios de salvação além das Equipes de Nossa Senhora! As Equípes de Nossa Senhora são o que são. Elas são feitas para casais que estão de acôrdo com o seu espírito e seus métodos; os que não concordam e ficam pela amizade aos outros casais, ou por qualquer outra razão humana, nunca se sentirão a vontade e ainda poderão atrapalhar os outros.


Há po is uma ocasião, apÓs um pedodo de experi~ncia, em que nós encontra mos d iante de uma escolha a fazer, uma tomada d e posição -leal a assumir. Esta escolha deve ser feita com muita oração e muita medit açã o. O importante não é fazermos o que nos convém, mas nos enca'mi nha rmos pa ra onde Deus nos quer, onde nos seja ma is fácil de chegarmos a ~l e . Vocês e ncontrarão a seguir algo que os ajudarão a dec idir o compromisso, prepará-lo e vivê-lo durante a vida . CONSULTAR DEUS . . .

"Qua ndo se ~ensa entrar para as Equípes, ou antes do compromisso, deve-se perguntar : E: da vontade de Deus que estejamos nas Equípes?" Se a resposta é positiva, a adesão será lúcida, firme, leal ma rcada pelo sinal do sagrado. Ce rtamente poderá falhar uma obrigação dos Estatutos po r impossibilidade ou por negligê ncia; mas recusar uma obrigação , discutir se êste ou outro ponto do Estatutos, são ce rtos ou errados, isto não é concebível. De fato verificamos que tanto em relação ás Equ ípes como em outras circunstâncias (resolver uma situação, a vi nda de um f ilho, emprêgo de dinheiro ... ) muitos c ristãos se deixa m arrastar .pelos acontecimentos, pelas pessoas, pela pressa se m contudo procurarem saber q ual a vontade de Deus. Daí a falta de seriedade e a incon sequê ncia de sua vida. ~ por isto que s6 é c ristão, só é discípu lo de C ri sto aquêle que ,pode d ize r como seu Mestre : "Meu a liment o é fazer a vontade de meu Pa i. " ~ forte o movimento, cujos membros nê le ingressara m depois de consulta r a vontade de Deus. As Eq uípes prec isam ser fortes. ~ d isso que a Ig reja necessita . H .C . O comprom isso q ue o Movimento pede a seus membros é uma tomada de posição form al, um sim, refleti do e since ro :

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aos Estatutos e suas obrigações, considerando como meios de progresso espiritual. à equipe, à qual se está ligado, enquanto se faz oarte dela. ao Movimento no qual se confia e na medida do possível queremos ajudar a viver e a se desenvolver. O compromisso não é imposto mas escolhido, (como o ingresso às Equipes de Nossa Senhora) como o meio desejado para progredir. Ou ainda, é a "adesão" entrada real e consciente no Movimento. Ninguém é obrigado a nele ingressar e permanecer. Mas os que permanecem devem ser sinceros. O compromisso é feito em equip.e. t preciso pois que todos estejam de acordo e se auxiliem mutuamente na prótica dos Estatutos. O compromisso é explícito, o que implica uma cerimônia . O compromisso é feito pelo casal (durante a cerimon1a é o casal que fala, e não o cônjuge por sua vez). O compromisso é feito na presença de um casal que representat o Centro Diretor e outras equipes. O comprom isso é confiado a Nossa Senhora, a quem foram consagradas as Equipes. PREPARAÇÃO LONCfN'QUA

Dois tipos de critérios permitem reconhecer se uma equipe *&Stó preparada para o compromisso: Critérios concretos Critérios de ordem espiritual

Critérios concretos: Em princípio, os Estatutos foram aceitos. Os casais compreende-

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ram o sentido das obrigações dos Estatutos e puseram-na em prática em sua vida individual, de casal e da equipe . - Os casais compreenderam que a equipe precisa de um Casal Responsável e que o Movimento precisa de quadros. Estão dispostos a aceitar salvo impedimento grave a responsabilidade da equipe se forem eleitos e mesmo qualquer função no Movimento se forem sol icitad'os. Portanto aceitam neste momento as obrigações dos responsáveis. Critérios mais de ordem espiritual: Os casais e a equipe compreenderam o espírito do Movimento e desejam se integrar nêle cada vez mais. Cada um e cada casal adquiriu certa maturidade . Cada equipista, cada casal conhece os instrumentos que são as obrigações dos Estatutos e sabe utilizá-los para progredir. A própria equipe tornou-se maior. Que quer isto dizer exatamente? Que pelo menos adquiriu-se esta ma iori dade que consiste em compreender a lógica do sisterr.ar, lógica esta que consiste na vontade de nos ultrapassarmo serrwre. A existência de uma verdadeira caridade fraterna na Equ ipe .

NOTA: Uma equipe pede comprometer-se quando ela possue ao menos quatro casais prontos a fazer o compromisso. Os casais admitidos mais recentemente, não farão compromisso com os outros, se para isso não estão preparados. ~les farão o compromisso depoiv, no ano seguinte, quando da renovação de compromisso após uma pre.paração adequada. Acontece que as equipes instáveis não podem se comprometer. Nem por isso deixam de estar menos a cargo do Movimento. Elas têem a grande vantagem de dar a cc nhecer o Movimento a casais que se mudam frequenteménte e muitas vezes êles irão depois criar equipes nas suas novas residências .

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PREPARAÇÃO PRóXIMA - Quando o compromisso está prox1mo a equipe deve fazer uma preparação imediata (é enviado um questionário pelo Centro a cada um, que deverá ser respondido por escrito). Reler a primeira parte dos Estatutos, individualmente e depois o casal, porque é êle que define a orientação que assumimos ao entrar nas Equipes. As obrigações só existem para auxiliar a realizar o ideal marcado pela primeira parte. Cada um dos seus pontos deve ser objeto de um exame de consciência. -

Fazer uma reunião especial que deve abranger:

a) Uma profunda reflexão sôbre o sentido espiritual do compromisso (o Assistente tem aí um papel preponderante e dará ma1or dimensão aos debates. b) Uma c~participação sôbre a reflexão de cada um sôbre a primeira parte dos Estatutos e do questionário. c) Uma partilha exigente sôbre as obrigações dos Estatutos. Como va1 cada um? Cada casal? Qua1s os pontos mais difíceis ou sôbre os quais se quer progredir? d) Partilha muito exigente sôbre a equípe. O que progrediu? O que não progrediu? Qual o nôvo e definido esfôrço vamos propor a todos e à equipe em conjunto? Em mu itas equípes nesta oportunidade, os casais se reunem dois a dois para preparar a reunião . É uma ótima maneira de se chegar a conclusões exatas.

PEDIDO DE COMPROMISSO Quandc a equipe, depois de ter refletido sôbre o COIT\promisso, resolve preparar-se para êle, pede a aprovação do Centro. É o Casal Responsável que faz êste pedidb por intermédio d~ Casal de Ligação. ~ste envia ao Centro os três últimos relatórios com os anexos numerados as respostas ao questionário especial acompanhadas de seu parecer. Comunica se os casais já fizeram retiro ou se ainda devem fazê-lo, antes do compromisso. Esta indicação 7


não consta dos anexos mensais e tem muita importância, a tal ponto que o Centro só consente o compromisso às equipes que tenham CUI'l\Drido êste ponto . A equ ipe pede ao Assistente que junte ao seu pedido uma pequena informação quanto ao aspecto moral e espiritual, que poderá ser enviada ao casal de ligação ou se preferir, o que é aconselhável, diretamente ao Centro. A equipe deve esforçar-se por dar a êste pedido todo seu sign ificado. Pedir ao Centro para fazer o compromisso significa : Primeiramente, não contar antecipidamente com sua decisão, prever as demoras necessárias, não fixar uma data antes de ter recebido uma resposta afirmativa . Entrar no espírito do Movimento isto é, submeter-se antecipadamente à decisão dos dirigentes, aceitar que lhes sejam pediàos novos esforços, ser alertados em determinados ,pontos, enfim adquirir o sentido do Mov imento que é uma equipe de equipes.

CERIMôNIA DO COMPROMISSO É preciso prever: Uma preparação imediata : orações em conjunto, meditações etc . A cerimônia do compromisso. A fórmula do compromisso . O relatório do compromisso que é enviado ao Centro. Não se impõe nem se aconselha nenhum cerimonial fixo. Cada equipe prepara livre o "modo" do seu compromisso. É bom discuti-lo juntos, falar dêle com o Assistente e o Casal de Ligação. A título de documentaçãp podem ser fornecidos alguns exemplos pelo secretariado. Eis alguns aspectos obrigatórios que se devem atender : Leitura da primeira parte dos Estatutos. Compromisso explicito de cada casal. Entregar-se a Nossa Senhora (pode-se ler nesse momento a consagração do Movimento a Nossa Senhora) Um casal designado pelo Centro Diretor deve assistir a todo compromisso da equipe: êle é a testemunha do Movimento e de Tôdas as equipes já compromissadas. Quase sempre é o Casal de Ligação que desempenha este papel.

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"Antes de nos cQmprometermos numa tarefa, é preciso refletir, para ver se estamos de fato decidi®s a levá-lo até o fim . Trata-se de saber se estamos prontos a aceitar as novas exigências de Deus à medida que elas se vão revelando. Não se poderá tapar os ouvidos aos apelos confusamente percebidos, fechar os olhos a uma luz que desponta porque se sabe muito bem que ela nos vai obrigar a soluções receadas."

--o-

A RENO VAÇÃO DO COMPROMISSO -

" ~ arnda muito cedo para nos falarem nisso", dirão vocês.

!: conveniente que antes de fazerem os seus compromissos vocês olhem longe . . e além disso devem guardar êste número da Carta Mensal e tornarem a lê-la daqui a um ano quando pensarem na primeira renovação. Deve ser assinalada uma dificuldade que surge tanto na vida de uma equipe como na vida cristã . Todas equipes devem estar sempre atentas para evitar. Esta dificuldade é a cristalização, a parada. O compromisso corre o risco de ser tomado como um fim . Ora, êle é um meio, um degrau, uma base de partida para novos progressos . Devemos ter a preocupação de não cair no formal ismo. . . e na hipocresia , que são as piores dificuldades para a vida de caridade . O Senhor só mostrou violência em duas circunstâncias : ao fustigar os fariseus e ao expulsar os vendilhões do templo. !: porisso que as Equipes dão tanta importância à renovação anual do compromsso, do qual falaremos agora:

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SEU ESPiRITO

A renovação de compromisso é ,prevista· e exigida pelo Estatuto. Corresponde na equipe à necessidade de reorientar a vontade, de saber (onde ) se está, em que p<JJlto nos encontramos. De tomar conhecimento, consciência do esforço feito após o compromisso, ou então da •ú ltima renovação . De estabelecer novos objetivos. Portanto é evidente que deve apresentar dois aspectos : a) b)

Um voltado para o passado : voltar a ler os Estatutos, exame de consciência de como que passou o ano, suas realizações, vitórias e deficiências. Outro voltado para o futuro: determinação clara• dos males a evitar e dos esforÇ'Os a realizar.

Para dar um exemplo diremos que a renovação do compromisso é o pitão que o alpinista crava no rochedo : Em primeiro lugar para se firmar, para estabelecer um ponto de apoio para evitar escorregar do p<JrltO já atingido. Em segundo lugar para subir até à altura em que fixará outro pitão. ~ um ponto de partida para nôvo esforço : mesmo que o alpinista se sirva. do pitão para respirar, reunir forças , descansar, ver o terreno percorrido, avaliar o que tem ainda para percorrer, êle não o crava para a êle ficar "agarrado", balançando-se entre o céu e a terra!

Como preparar a renovação do compromisso.

As Equipes de Nossa Senhora nos impuseram um mínimo de obrigações. Não esperem que o Movimento os substitua, é a iniciativa que devem tomar no dia do compromisso.

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Contrariando talvez o desejo de alguns, o Movimento não existe para estar sempre a criar e a impor novas obrigações. Não conviria a todos nem a todas as idades . .. Chega um dia, o do compromisso, em que cada um precisa descobrir sua personalidade e vocaçõo, as exigências que implicam, as obrigações pessoais de casal e de equipe. No entanto estas novas obrigações, se for oportuno tomá - las, porque talvez o esfôrço deva inc idir simplesmente sôbre qualquer das obrigações banais em que se descuidaram , devem ser assumidas dentro do espírito da Igreja e do Movimmto, com ajuda e contrôle segu indo o ma is possível a opinião do Assistente . Como faxer a renovação do compromisso.

a) -

Reunião de balanço.

Aproveitamos a reunião de fim de ano que nós já chamamos de "reunião de balanço" . Devemos aproveitá-la ao máximo. Todos que dela. participaram reconhecem que normalmente é das melhores do ano pela abertura, franqueza, seriedade . . . Geralmente o exame de consciência é muito bom. Será pessimismo dizer que também se precisa reconhecer que frequentemente ela é pouco eficaz? Por que isso? Porque se faz um esforço enorme para olhar o passado e um esforço muito pequeno (ou nenhum) para dêle tirar conclusões tão práticas como as que estão na regra de vida pessoal ou do casal. Sobretudo não se faz nenhum esfôrço põra que estas resoluções tenham continuidade. Chega o verão, as férias, fazem esquecer tudo. Voo as férias, recomeçam as reuniões, é praticamente como se não tivesse havido reunião de balanço! Como na reunião que precede o compromisso, é preciso que haja partilha muito séria sôbre as obrigações do Estatuto e sôbre a vida de Equipe. Esta partilha deve levar a cada casal a dizer para os demais : 11


Peço que até a próxima renovação do compromisso vocês nos ajudem neste ou naquele ponto sôbre o qual eu (ou nós) vamos nos esforçar para atingir. b) -

O caderno da equipe.

Uma sugestão : Na prática é necessário tomar nota das cQ-1clusões e dos propósitos, senão eles cairão no esquecimento . O melhor método é ter um "caderno da equipe" . Será fácil consultar e ter as respostas aos progressos, às lutas e vitórias, aos propósitos etc. Seria bom que a renovação do compromisso fosse feito no primeirO trimestre do ano, dando ao esfôrço do ano o seu pleno signif icado religioso.

O caderno teria grande valia, pois seria consultado e todos se comprometeriam aos propósitos assinalados na reun ião de balanço, • caso permanecessem atuais. Não está previsto e nem se impõe nenhum cerimonial para a renovação, como é para o compromisso propriamente d ito. Seria vantajoso termos uma reun ião especial de oraçoo e amizade. Quanto ao mais ficaria a cargo da imaginação e iniciativa de cada um .

-

O dever de sentar-se é um longo momento -

sado calmamente cada mês -

Pas-

Juntos para eliminar as cau-

sas de desun ião para construir o próprio lar, sob o olhar e a ajuda de Deus.

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SUPLEMENTO à Carta Mensal

das Equipes Nos !ta

de

Senhora

MARÇO- 1967

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A CONTRIBUIÇÃO

-RETIROS -

DESENVOLVIMENTO DAS EQUIPES NO MUNDO

-

PARA SUA BIBLIOT~CA

-

CALENDÁRIO DOS GRANDES ENCONTROS EM 1967

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20 ANOS DOS ESTATUTOS


A

CONTRIBUL~ÃO

~6

~

~s

No encontro de Responsáveis de realizado em São Paulo, o Pe. Afonso Birk, hoje Assistente da Região do Sul do Brasil, nos trouxe um nôvo conceito sôbre a contribuição, que até então não nos tinha ocorrido. O Pe. Birk nos falou sôbre a "Teologia da Contribuição". Disse-nos da relação do conceito material da contribuição, a um sentido espiritual, ao qual ela se deveria ligar. Não é tão somente a doação material que se deverá fazer ao movimento, mas a vinculação do trabalho ou do tempo correspondente à contribuição, a um sentido de ordem superior e espiritual e citou o Assistente Pe. Birk, o fato de que um operário de Floranópols procurava o trabalho mais árduo e d ifícil para corresponder à contribuição que êle destinava a um movimento de apostolado, como sua doação num determinado mês. Isso realmente dó uma valorização bem distinta, de um s imples doar a contribuição. Por outro lado ela é um dos meios da subsistência do movimento, sem o que não será passível garantir a sua vida material, permitir a sua unidade e a sua animação e possibilitar a difusão e o desenvolvimento do mov imento. Na Secretara onde trabalham dois funcionános remunerados, com tempo integral, além de equipistas que dão o seu trabalho por amor ao movimento; cuida-se de um fichário onde 2.000 fichas são constantemente manipuladas e atualizadas; circulares são impressas e remetidas a 2.000 equipistas; cartas mensais são

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igualmente enviadas; encontros de responsáveis são organizados e comunicados; retiros são organizados; ligaçãeõs com o Centro Diretor na França são mantidas; difusão de novas equípes; impressão de temas, enfim tudo o que os equipistas imaginam constituir e assegurar a vida do movimento. Afinal eis o que nos dizem os Estatutos: "Dar cada ano, como contribuição o "fruto" de um dia de trabalho para garantir a vida material e o progresso do grupo ao qual devem de certo modo o seu enriquecimento espiritual". Nota

Remessa de contribuições, em cheque nominal, para: Equí,pes de Nossa Senhora Rua 13 de Maio, 1263 - São Paulo

ENCONTROS DE RESPONSÁVEIS REGIONAIS E RESPONSÁVEIS DE SETôRES Nos dias 1 1 e 12 de Março próximo, será realizado em São Paulo o encontro de Responsáveis Regionais & Responsáveis de Setôres, no local onde funciona a séde das Equipes, à Rua 13 de Maio, 1263. Estamos certos de que os Responsáveis tudo farão a fim de comparecerem, dado a significação do evento e da im,portância dos temas que serão tratados. ~ de real importância que as inscrições sejam remetidas à Secretaria, com antecedência, para que sejam tomadas as providências relativas à organização, hospedagem, alimentação e documentos a serem distribuídos aos particpantes.

A abertura do encontro será no dia 1 1, sábado, às 8,30 horas e o encerramento no domingo, às 1 6 horas.

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MATRIMôNIO

Cafarel H. "O amor e a graça" Flamboyant São Paulo. Chauchard P. "Equilíbrio e domín io sexual" - Herder - São Paulo. Dantec F. - "Amor cristão - Lares Fecundos Q unidos"- Sampedro Edit. Lisboa I vol. Dantec F. "Amor cristão" Lares fervorosos" Sampedro Edit . Lisboa 11 vol. Dantec F. "Amor cristão Lares apostólicos" Sampedro Edit. Lisboa 111 vol. Firkel E. "A Mulher e seu destino" Herder - São Paulo. Henry A. M . - "Mora le vida conjugal" - Herder - São Paulo. Le~ I "Higiene da Alma - Herder - São Paulo. De Lestapis - Limitação da natalidade" - Herder - São Paulo. Holt J. G. H. - "O rítmo da fecundidade" (à venda nas livrarias católicas) . Soares de Resende - "A moral conjugal em crise" - Herder São Paulo. Scmidt M. J . "A família por dentro" - Agir Rio. Suenens L. J . "Amor e responsabilidade conjugal" Flamboyant São Paulo. Beltão P. C. - "A regulação dos nascimentos" - Edit. Globo Põrto Alegre. Thibon G. "Dois numa só vida" Editirial Franciscana Braga. Thibon G. "O que Deus uniu" Coleção Éfeso n. 0 14. (Editorial Aster) Lisboa.

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Thibct'l G. - "A crise modema do amor" - Edit. Franciscana Braga. Rey Juan - "A caminho do lar" 1 .0 vol. - Edit. Franciscana Braga. "O nosso lar 2. 0 vil . Edit. Franciscana Rey Juan Braga. Oraison Marc - "L'union des époux" - Librairie Artheme Fayard -Paris. Anciaux Paul "Le sacrement du mariage" Editions Nauwelaerts - Louvain . Sobrino J . - "O mais belo f ilme : A Famllia" - Edit. Franciscana -Braga. Leclercq Jacques "O matrimônio cristão" - Coleção Éfeso Edit. Aster Lisboa . Corção Gustavo- "Claro-Escuro" - Agir- Rio. Genevois A. M. - "O casamento no plano de Deus" - Agir Rio. Amoroso L. Alceu - "A família no mundo moderno" - Agir Rio. Desmarais- "Adão e Eva no mundo de hoje" - Livr. José Olympio- Rio. Charbonneau "O sentido Cristão do Casamento" Herder São Paulo. Desmarais- "Amanhã será melhor" - Livr. José Olympio- Rio. Grelot Pierre - "La couple humain dans I'Écriture" - Les Éditions Paris. du Cerf "Relações humanas na família e no trabalho" Weil Pierre Edit. Nacional - São Paulo. Christian A. "~ste sacramento é grande" Livr. Morais Editôr a - Lisboa. "Moral sexual e dificuldades contemporaneas" 2 Folliet J . vol. - Livr. Morais Editôra - Lisboa . Dufoyer Pierre "A intimidade conjugal" 2 vol. O livro do espôso e a espôsa - Casa do Castelo Editôra - Coimbra.

s


DESENVOLVIMENTO DAS ENS NO MUNDO ( 1 ) País

1. 0 de outu- I 1. 0 de outu-

bro 1965 África Alemanha Inglaterra Austrália Austria Bélgica BRASIL Canadá Colombia Dinamarca Espanha Estados UnidOs França Guadelupe Guyar:a Ilha Mauricia Irlanda Itália Li bano Luxemburgo Madagascar

27 41 10 12 8 356 240 38 9 3 233 26 1.155 3 1 31 1 25 2 9 3

Moçambiqu~

Portugal Suiça Vietnam ( 1)

95 44 1

'i

bro1965 31 42 12 16 13 394 262 45 13 3 277 29 1.275(2) 3 1 33 1 34 2 10 4 4 131 50 1

4 1 2

4 5 38 22 7 4 44 3 120 2 9 1 1 4 36 6

nos números correspondentes às equipes ADMITIDAS ,as datas indicadas.

(2)

6

incluimos nas equipes da França os equipes de v1uvas e de por correspondêrlcia, que são efetivamente egui!l)eS francêsas.


OBSERVAÇÕES

l

Podemos constatar que o Brasil está no 4. 0 lugaJ:to ao número de equipes, diretamente depois da França, Bélg~e Espanha.

p

O Brasil, porém, não se desenvolveu tanto como a Austrália, Colombia, Itália e Portugal, onde houve um aumento de equipes de mais de 20%.

No Brasil, na Bélgica, na Espanha, na França e na Suíça houve sàmente um aumento entre 1O e 20%. Devemos notar ainda que alguns países tiveram aumento de equipes devido a vários fatores: ..

pouco

número reduzido de Católicos. recuo diante dum organismo novo e que vem do estrangeiro. falta de vigor nas equipes ou então como é o caso nos EUA onde 11 equipes estão sendo pilotadas. estabilização dum ano, preparando um novo progresso e um novo rumo. (tradução da pág. IV do suplemento da CM da França de Janeiro de 1967).

20 ANOS DOS ESTA TU TOS Em 8 de Dezembro dêsse ano as Equipes comemorarão os 20 anos da instituição dos Estatutos. Acontecimento assaz importante, do documento básico do movimento, que por seu magnífico conteúdo constitue a d"retriz e as nomas da vida das Equipes. 7


RETIROS

1967

RECIÃO SÃO PAULO:

Março 31 Abril 2 Maio 5 - 7 Junho 23 25 Agôsto 1 1 13 Agôsto 25 27 Setembro 1 3 Setembro 22 24

Valinhos Baruerí Barueri Valinho! Barueri Valinhos Barueri

Pe. Inácio Agero S.J. Retro n. 0 1 Pe. Frederico Dattler A rDnfirmar Pe. Inácio Agero S. J. Retiro n.0 2

Outubro 6 8 Baruerí Outubro 27 29 Valinhos Novembri 1 7 19 - Valinhos Novembro 24 26 Barueri Nota -

A próxima Carta Mensal irá informar todos os pregadores. CASAL RESPONSÁVEL PELOS RETIROS: JOÃO E SUZANA VILAC Rua Monte Alegre, 759 Fone: 62-8092 - S.P.

CALENDÁRIO DOS GRANDES ENCONTROS EM 1967

1 1-1 2-Março Dias de Estudos para Casais Responsáveis Regionais e Restponsáveis de Setor, na séde das Equipes, à Rua 1 3 de Maio, 1263 - São Paulo. 22-23-Abril Dias de Estudos para Casais Responsáveis de Coordenação e Responsáveis de Equipes, no Colégio Assunção, à Alameda Lorena, 665 São Paulo. 12-1 5-Agosto ou 7-1 O-Setembro Sessão de Formação, para dirigentes, em Valinhos São Paulo.

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"Que seu amor, santificado pelo sacramento do matrimônio, seja uma reparação pelos pecados cometidos contra o matrimôrlio." Foi com êste espírito que em 1947, alguns casais da região parisiense, tiveram a iniciativa de fazer uma peregrinação de reparação ao Santuário de Longpont. A partida foi feita de Notre Dame de Paris, à meia-noite. Percorreram 28 km, ao chegarem às 7 horas assistiram à Santa Missa. Desde então todos os anos 30, 50, 100 casais das Equipes participam destas peregrinações, na sua maioria são homens, ma~ também vão muita esposas e até mesmo os filhos maiores. Uma peregrinação à noite não é o único modo de "reparar", se citamos este exemplo foi apenas para lembrar a frase do preambulo, que poderia estar esquecida ou a parte de vossas vidas. Que fazemos? O que vamos fazer? O que fazer para termos sempre presente esta preocupação de reparação . Para que o Senhor encontre nas nossas famílias o amor verdadeiro, o testemunho do sacramento do matrimônio. O nosso reconhec1mento que tudo vem do Senhor e o amor pela Sua glória, tão ofendida pelos nossos pecados e pelos pecados de nossos irmãos. O que fazemos? O que faremos?

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LEITURA Nossas vocações são o que são. Existem simplesmente, foram-nos dadas. Penso ser tão difícil livrarmo-nos dela como um religioso de seus votos. Estes pensame11tos por certo fariam rir um bom irmão jesuita, cheio de experiência e profundo conhecedor dos homens. Suponho que para êles um "escritor" é uma "1pessôa dotada", para as letras. Suas primeiras vitórias foram no colégio. Mais tarde pensou qu2 seu "estilo elega nte" lhe daria uma "brilhante carreira" literária e que talvez com umas fervorosas préces de sua esposa, poderia mesmo conseguir um lugar na Academia dos imortais. A minha opinião é diferente. Não fui eu quem me fiz escritor. Só cheguei a esta conclusão bastante tarde e com pouca vontade. Parece-me, sim, que respeitei a minha vocação. Não como fonte de honras ou sucessos. Não como fonte de prazeres, mas como venerada companheira unida a mim por Deus. Temos que nos salvar juntos. Não por omissão ou abstenção, mas um completando ao outro. Um pelo outro. Compreendem-me? É preciso que a minha vocação, o meu trabalho, a minha vida sejam um todo, e ass im me eleve até ~le. As práticas de devoçãc néo são suficientes para me salvar.

Não que eu as despreze! Rezo todos os dias o terço como qualquer devoto. Leio a missa porque não a posso ouvir, Nunca me deito sem ter recitado as completa. Mas não me dou por satisfeito. Sei perfeitamente que seria menos perigoso, ser um virtuoso car1pinteiro como foi o nosso querido São José Mas a vida cristã é sempre um risco imenso e não apenas um "arranjo edificante". É nisto que creio.

C. Bernanos.

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As E. P. C., são equipes iguais as outras. . . com o mesmo Estatuto, o mesmo espírito e as mesmas obrigações. Só as reuniões mensais são d iferentes, pois elas são feitas por meio de um "caderno". Neste caderno o casal escreve suas notíc ias, a coparticipação, a partilha, as intenções das orações e as respostas aos temas. t.le circula duas vezes, podendo cada um escrever seus comentários à margem . É comum aparecerem desenhos e fotografias que dão um ar jovial e alegre. Quantas São? Abrangem toda terra. São atualmente 80 casais divididos em 16 equipes. Para o caderno circular entre os 4 ou 5 casais que compõe a equipe, e mais o Padre Assistente, são usados todos os meios, desde o lombo do "burro" até o veloz avião. Chegam a percorrer até mesmo 40.000 km por mês. Dificuldades A instabilidade, as mudanças repentinas de cidades, até mesmo tPaises, trazem as E. P. C. a principal barreira. Mas por outro lado dão a elas um sentido apostólico muito militante . Pois os casa is ao se mudarem, caso haja equipe em sua nova cidade a ela

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se integram . 'Se na cidade ainda não há equipe, e há casais dispostos eles fundam uma nova equipe. Dos casais que passaram pelas E. P. C., 23 % fundaram novas equipes como se deu em Guadalupe, Cheltenham , Boston, na Austrália e em muitos outros lugares totalizando aproximadamente 30 equipes. Como vemos são verdadeiros apóstolos das Equipes. Mas parecem serem os "primos pobres" do Movimento . Pouco se conhece, pouco se fala, pouca preocupação há em se difundir.

O "Caderno" Gostaríamos de mostrar alguns desses "cadernos" para dar uma idéia de como esses casais acreditam nas Equipes e se sentem felizes por fazerem .parte delas . Aliás não há melhor prova do que a dada há pouco, 23 % desses casais fundaram equipes, 29 % enlraram para equipes normais logo que lhes foi possível e os outros continuam nas suas equipes por corres,pondência. Pasemo a êle a palavra: Descobrimos nas Equipes por correspondência como pode ser autêntica a entrea.juda apesar da distância. Como a oração em comum amor fraternal não de,pendem da proximidade sensível , como pode haver comunicação das riquezas e graças recebidas por cada um de nós. Uma vez aceita a idéia deste esfôrço (escrever) e o desejo de jogar o jôgo, as exigências materiais têm sido benéficas e obrigam-nos a sair do nosso isolamento, a vencer o nosso egoísmo para dar aos outros qualquer coisa de nós próprios e receber qualquer coisa deles. Sobretudo a necessidade de redig ir todo o tema obrigounos a aprofundarmos os nosso~ conhecimentos religiosos com grande utilidade. No plano humano, quando conseguimos nos encontrar durante os dois primeir.os anos com dois casais da nossa equi,pe , compreendemos que afinal nos conhecíamos, que as nossas relações eram as de casais que se conheciam hó muito tempo. 16


... Não fazíamos nenhuma cenmoma mas só havia simplicidade e amizade, desejo de rezarmos juntos, alegria por êste encontro, ação de graças, todos os sentimentos que tínhamos sentido anteriormente noutros encontros com casais das Equipes. Os membros das Equipes por correspondência sabem perfeitamente o que é e como vive uma equi,pe normal. Parece que o contrário é muito raro. Quando o membro da "E. P. C." encontra o membro "normal", a maior parte das vezes provoca certa su~prêsa. Não se pode deixar de dizer que é uma curiosidade cheia de simpatia e amizade, mas também cheia de perguntas! - Então estão na equipe há X anos e nunca se viram? - Como podem conhecer-se e ajudarem-se? - Só pelos cadernos? -E a amizade? - E o tomar encargo? - E a partilha? E a entreajuda fraterna? Dá resultado? Sentem-se realmente em equipe? etc .. .. Pode mesrnc acontecer que êste sentido de fazer parte do Movimento esteja mais desenvolvido entre nós do que nos membros normais das Equipes. Procuramos mais os contactos com as equipes que existam nos sítios onde vamos, porque estamos privados das alegrias do diálogo, da oração em comum, da palavra do Assistente. Nosso apelo.

Primeiramente pediríamos as suas orações. Mas também sabemos que muitos de vocês conhecem casais isolados que gostariam de entrar para a Equipes se a conhecessem ou se houvesse equipes perto deles. Isolados em pequenas cidades ou no camp<>, isolados nas grandes cidades de muitos dos nossas Estados, para onde os levou a profissão ou então pela natureza da sua profissão, como no caso dos n:ilitares, seria muito bom oue vocês mandassem os seus nomes e enderêços. Procuraríamos interessá-los pelo Movimento. Melhor seria nc entanto que voc~s nos dissessem: "Preferimos ser nós a man17


d~· a.s circulares juntamente com uma carta em que diríamos como e porque gostamos das Equipes. Como ficaríamos contentes se os ajudassemos a entrar para elas".

Até agora só tE-mos equipes por corres.pondência em língua francesa , mas se tivermos nomes suficientes podemos formar E . P . C. em outros idiomas. Nota da C Mensal do Brasil. Para nós do Brasil em virtude de nossa grande extensão terr-itorial, seria sem dúvida algo para pensarmos seriamente . Quantos casais vivendo isolados em pequenas cidades, com o desejo ardente de uma troca amiga de palavras, um estudo em comum de problemas comuns, de respirarem uma atmosfera rle verdadeiro amor fraternal e de real auxílio mútuo, não receberiam com alegria nos~a c.tençã o?

--o-Nossos Filhos Quando em 1959 o Movimento fez a peregrinação à Roma, foi recebido em audiência .pelo Santo Padre. Não desejavamos apresentar-J'los diante dele de mãos vazias. Ofertamos dois grossos volumes· e um cofre. Na primeira página desses belos volumes q Santo Padre podia ler:

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"Santíssimo Padre, as cartas e as fotografias que estes livros contém são enviadas pelos casais das Equipes de Nossa Senhora. Eles sabem muito bem que seus filhos são do Senhor, antes mesmo de lhes pertencerem. Querem pois, dizer-vos que acolherão alegremente o chamamento do Cristo, se ~le foi bater à sua porta, para dentre os seus filhos escolher, para serem padres, religiosos ou religiosas. Antes de serem escritas estas cartas di sseram a cada um dos seus filhos, que seria recebido com alegria, o apelo do Senhor dentro d.:ts suas verdadeiras vocações. Dignai-vos, Santíssimo Padre, abençoar, juntamente com os pais, todos os filhos das Equlpes de Nossa Senhora, 1para que sejam bons e leais servidores da Igreja, cada um dentro da sua própria vocação. Nestes volumes estavam mais de 2 .000 cartas que os casais enviaram, respondendo a sugestão da Equipe Dirigente . Todas do mesmo tamanho e acompanhadas das fotografias dos filhos. Era nosso desejo oferecer algo muito característico da peregrinação e que ao mesmo correspondesse ao desejo do Pastor Supremo . Se jó leram o discurso do Santo Padre às Equipes, sabem como este gesto o sensibilizou. Ao folhear o livro repetia por várias vezes: "Será a alegria dos meus olhos e do meu coração." Mas não foi apenas um gesto dos casa.is que pertenciam ao Mov imento em 1959. Não! Por isso é que desejamos que vocês o conheçam, e que cada casal medite e veja o que êle representa. Não seria oportuno terem uma conversa sôbre este assunto com seus filhos? Ou pelo menos alguns deles? Devemos no entanto ter cautela . É muito perigoso influênciar os filhos. Há certos pais que o desejo de terem filhos padres, os levam aos seminários, sem que êles saibam que a vontade de Deus sôbre os nossos filhos se cumpra. Seja ela qual for, e que nossos filhos saibam que os ajudaremos a realizá-la na sua vida. 19 I

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"Quando em uma família os pais pedem a Deus, como Tobias e Sára, uma numerosa descendência que bendiga o Nome de Deus pelos séculos dos séculos. E a recebam com gratidão com o dom do Céu e um depósito precioso; quando aos primeiros anos se esforçam parao mostrar aos filhos o temor de Deus. A terna devoção a Jesus na Eucaristia. O amor à Virgem Imaculada e finalmente o respeito às pessoas e pelos lugares sagrados. Por outro lado quando os filhos vêm em seus pais modelos de honestidade, trabalho e piedade. Quando os veem amar santamente no Senohr, aproximar-se frequêntemente à mesa Eucarística . Não só obedecer à lei eclesiástica da abstinência e jejum, mas ao espírito cristão da mortificação voluntária . Quando vêem a família reunida na oração em comum . Quando vêem os pais minonarem a miseria , conforme suas posses, é possível que, pelo menos um deles, no desejo de segu ir os exempl09 dos pais, ouça no fundo de sua alma o apelo do Divino Mestre : "Vem e segue-me, e serás pescador de homens." Bem aventurados os pais que, mesmo sem terem esta grandeza de alma , mais rara hoje que ontem, que os leva a pedir a Deus o favor destes apelos para seus filhos. Não como muitos que se opõem a êste chamamento, mas ,pelo contrário, devem ver nele uma honra insigne para si .próprio, e um penhor de predileção divina pela sua família . • Pio XI

SE DEUS NÃO CONSTRóE A CASA EM VÃO TRABALHAM OS QUE A CONSTROEM . . .

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CORREIO "ALERTA PARA COM O RESPEITO HUMANO" Escreve um casal de ligação à sua equipe: "Atenção! As suas relações têm de ser estabelecidas em um clima de verdade e de simplicidade. Isto é muito difícil, ,porque temos lá no fundo um terrível respeito humano. Um institivo receio da opinião dos outros. Medo êste que nos leva a querermos ocultar aquilo que somos realmente. Medo de parecermos ridículos, diferente, etc. Por este motivo os primeiros contactos na equipe têm importância primordial. Afastem tudo que for mundano. ~ aborrecido empregar esta .palavra "mundano" porque tem duplo sentido. Muitos aplicam só em certos meios r:cos em que a vida social os leva, aos compromissos, muitas vezes fúteis e frívolos. Mas como se podem então qualificar essas relações artificiais, em que apenas se revela o exterior, a máscara posta .para a circunstância? Várias vezes temos ouvido falar de certo grupo de ca sais que gostariam de entrar para as Equipes, dizendo entre eles: "A maior dificuldade está em ser êste grupo um tanto mundano". Ou então em certas equipes difíceis: "Nunca quiseram pôr à parte em suas relações certo ar mundano." Tenham cuidado com isto. Tudo na equipe vai ajudar a vocês a tornarem-se ver.dadeiros, simples, mostrarem-se tal como são. . . mas para isso é preciso que se entrequem com toda bôa vontade. Devem esforçar-se na oração, caso não tenham conseguido logo no início, para passar da "simples" intenção um tanto vaga, para a intenção pessoal, e daí para a oração expontânea, onde será mostrado um pouco do vocês são .perante Deus." As equipes onde a amizade não se situa ao nível profundo dos sêree acabam por ficar sempre na mesma.

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ORAÇÃO PARA PRÓXIMA REUNIÃO

Texto para medítação

Somos c hamados a traba lhar ':la vinha do Senhor, na Sua Igreja . Ouçamos De us a canta r o Se u amor ,pela Sua Vinha : Agora, ca ntarei ao meu amado o cântico do meu bem querido da sua vinha . O meu amado terr. uma vinha n'um outeiro fértil. E a cercou. e a limpou das pedras, e a plantou de excelentes vides; e ed1ficou no meio dela uma torre , e também fundou nela um lagar; e esperava que desse uvas boas, mas deram uvas azedas. (I saias;· 5,1 ;2)

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Ouçamos agora o Senhor Jesus: Eu sou a videira verdadeira , e meu Pae é o lavrador. Toda a ·vára em mim que não dó fruto , ~ tira ; e limpa toda aquela que dó fruto, para que dê mais frutos. Vós já estaes l'mpo, pela palavra que vos tenho fa lado. Estae em mim, e eu em vós: como a va ra de si mesma não pode dar frutos se não estiver na videira, assim nem vós, se não estiverdes em mim . Eu sou a videira, vós as varas : quem está em mim, e eu nel e. êsse dó muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer . Se alguém não estiver em mim, será lançado fóra , como a vara, e secará e o colhem, e os lançam no fogo , e ardem . Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quizerdes, e vos será feito . Assim é glorificado meu Pai, que deis muitos frutos; e ass:m sereis meus discípulos. Como o Pai me amou, também eu vos amei; ,permanecei neste meu amor. (João, 1 5,1 -9 l

ORAÇÃO LITÚRGICA: CÂNTICO: Extraído dos "Impropérios", cântico do Ofício de Sexta-Feira Santa: Povo meu, que te fiz Eu? Em que é que te contristei? Responde-Me! Guiei-te· pelo deserto durante quarenta anos, alimentei-te · com ·o man6 ·e fntroduzi-te numa terra excelente; e tu preparaste a Cruz para o teu Salvador!

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Povo meu, que te fiz Eu? Que mais te podia fazer e não fiz? Fui Eu quem te plantóu como a mais formosa das vinhas, e tu só Me causaste amargura, mitigaste a minhi\1 sede com vinagre e atravessaste com lança o lado do Teu Salvador! Povo meu , que te fiz Eu?

ORAÇÃO DO CELEBRANTE:

Deus todo poderoso e eterno, revelaste-Vos a nós através do Vosso Filho, cultivando a Igreja como o vinhateiro a sua vinha, velando solicitamente ,por todos os ramos que dão frutos em Cristo, a verdadeira vinha a fim de que dêem ainda mais fruto . Perm ite que vossos fiéis, que transplantaste do Egito pela égua do Batismo, não sejam sufocados pelos espinhos do pecado mas, santificados pelo Vosso Espírito, se enriqueçam com as colheitéls que permanecem 1para sempre. Pelo mesmo Jesus Crito. Nosso Senhor, que vive e reina con-Vosco na unidade do Espír.to Santo. Amem .



J\\o\JI

mel\ro de

cM~lS

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conj\l9~1 e f<\mlh<XR

BRASIL . Secretariado . Rua 13 de Ma io, 1263 . SÃO PAULO, 3 CENTRO DIRETOR . Secr. Geral . 20, Rue des A~nn;ns . PARIS XVII


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