EQUIPES DE NOSSA SENHORA Carta Mensal • n ° 358 • Outubro I 2ooo
Mensal .. .............. ..... ... 01 Conselh iro Espiritual da SR ..... ... 02 CORREIO DA ERI .. ....... ... .. ... ....... 03 Carta do CE da ERI ........ ... .. .. ... ... 03 SUPER-REGIÃO .. ..... ... .... ... .... ... .. . 05 Manifestações do Amor de Deus ................. .. .. .. .. .... 05 COLEGI DO NACIONAL ...... ... .. 08 Colegiada Nacional do Supe Região .... ................ ..... 08 Nosso E periência Como Casal Re ponsável da ERI ... .. .. .... . 12 HISTÓRIA DO MOVIMENTO ...... . 18 Província Sul III .............. ........... .. 18 VIDA N MOVIMENTO ..... .... .... . 23 Eleição do Casa l Respons vel de Equipe .............. .. 23 Sessão de Formação ......... ... ....... 25 Bodas d Prata ... ........ .. .. ... .... ..... 2 6
ATUALIDADE ............................... 32 Qual o Papel da Igreja na Pol ítica , Atualme nte? .............. 32 FORMAÇÃO .... ................... ........ 33 Os Quatro Cavaleiros do Apocal ipse ............................. 33 MISSÃ0 .. ... ....................... .......... 35 Missão ................... .............. ..... .. 35 Missão É...... ........ ....................... 36 PRNM 2000 .. ...... ... ......... ....... ..... 37 Uma Trindade de Amo r .... .. ......... 37 NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES ....... 38 MARIA .......... ......... .... .... ........ ..... 40 Maria na Espiritua lidade do Casal .. ...... ..... 40 Início do Culto a Nossa Senhora Apa recida .. ... ... ... 42
JOVENS ............... ....... . 27 Encontro Nacional das EJNS ....... 27
PARTILHA E PCE ..... .................. ... 43 A Escalada do Equipista ......... .. ... 43 O Que Foi o Nosso Retiro ........... 44 Deus Nos Deu Dois Ouvidos e Somente Uma Boca ... . 46
MÊS DA CRIANÇA ..... ....... ..... .... . 29 O Dia e que Conheci Vovó .. .... . 29 Um Dia Jllara Nossos Filhos .... .... . 31
REFLEXÃO .... ........ ........ ... ........... 4 7 A Piscin a e a Cruz .. ...... ... ............ 47 A Raposa ................. ... .... ... ..... .... 48
Carta Mensal é uma publicação mensal das Equipes de Nossa Senhora Edição: Equipe da Carlll Mensal Cecflia e José Carlos (respons6veis) Wilma e Orlando Rira e Gilberto Lucinda e Marco
Janere e Nélio Pe. Ernani J. Angelini (cons. espiritual) Jornalista Respons6vel: Catherine E. Nadas rm~~> 19835! Editoração EktrlJnka, Fotolitos e Ilustrações: Nova Bandeira Produções Editoriais Ltda. R. Vendncio Ayres, 931 - SP Fone: (Oxxll ) 3873. / 956
Diagratn11fão: Alessandra Carignani Capa: Carlos Wimmer
Canas, colaborações, notícias, testemunhos e imagens devem ser enviadas para:
Impressão: Edições Loyola R. 1822, 347 Fone: (Oll ) 6914.1922
Carta Mensal R. Luis Coelho. 308 5(1 andar · conj. 53 01309-000 • São Paulo - SP Fone: (Oxxll) 256.12 12 Fax: (Ox.xll ) 257.3599 cartamensal @ens.org. br
Tiragem desta edição: 14.500 exemplares
A/C Cecília e José Carlos
"Animar é olhar com amor, descobrir, dar um nome, confirmar e fazer apelo ao que há de melhor em cada pessoa, em cada casal da equipe". "... é buscar na oração a vontade de Deus sobre a nossa equipe, é estar vigilante à evolução das necessidades espirituais profundas dos casais". (O Casal Responsável de Equipe- 1995)
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ssa é uma das funções doCasal Responsável de Equipe (CRE), que será escolhido nesse mês de outubro. Peçamos ao Espírito Santo que ilumine todos os casais, para que façam a escolha do CRE dentro daqueles critérios que o Movimento pede. Que, neste ano, todas as equipes possam crescer muito mais no amor, na espiritualidade, na ajuda mútua. E que aqueles que forem eleitos recebam essa missão com muita alegria, com muita humildade, como um presente de Deus. Para que os casais se sintam motivados a assumirem as responsabilidades, temos nessa edição o valioso testemunho dado por Cidinha e Igar, responsáveis pela Equipe Responsável Internacional (ERI), em que mostram a força de Deus em nossas vidas, a partir do momento em que nos entregamos em suas mãos, para cumprir a sua vontade. Que lição de vida e disponibilidade para com o Movimento! Vale a pena ler, também, o artigo que nos fala sobre o dia das Missões e aceitar o desafio da reflexão que ele nos propõe. Temos, além disso, boas notíci-
as das Equipes Jovens de Nossa Senhora e um trabalho muito interessante e esclarecedor sobre o papel da Igreja na política, atualmente. Uma novidade, nesta edição, é a nossa capa. Nesta capa, vocês verão a cópia do painel que foi exposto durante o Encontro Internacional de Santiago de Compostela, onde podemos ver a Super-Região Brasil com as 7 Províncias que formam a unidade do nosso Movimento. Achamos importante que todos os equipistas pudessem conhecêlo, e isso só seria possível através da nossa Carta Mensal. Esperamos que vocês gostem! Enfim, o mês de outubro é também um mês espe~>;ial para agradecer a nossa padroeira, Nossa Senhora Aparecida, todas as bênçãos que recebemos, sendo uma delas através das nossas crianças, dos nossos filhos . Como vocês estão percebendo, temos muita coisa boa na nossa carta. Boa leitura para todos!
Equipe da Carta Mensal
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SCE DA SUPER-REGlAO
N
o domingo, 22 de outubro, te remos o Dia das Missões. Dia e mês para nos lembrar que, como Igreja, temos de levar o Evangelho a toda a terra. É nossa responsabilidade. Missão é envio para uma tarefa. Jesus sempre se apresenta como enviado (Lc 4,17-21) e envia seus discípulos (Jo 20,21). Missão que caracteriza a Igreja de Jesus: será sempre uma Igreja Enviada para a salvação de todos. O casal cristão tem, dentro dessa grande missãotarefa, a sua missão específica, a ser desempenhada pelo casal enquanto casal. Missão a que não podem faltar os casais equipistas. No domingo das Missões, facilmente o que chama a atenção é a coleta em favor das atividades em "terras pagãs". Há, porém, urna questão mais vital: a acolhida da missão. Pois, não haverá homens e mulheres para essa tarefa de evangelização fora da pátria, se os chamados não aceitarem o envio. Principalmente se na juventude cristã não florescer a generosidade de rapazes e moças que, tendo acreditado no Evangelho, estejam dispostos a levá-lo como solução para outros. Não estou falando apenas de jovens que aceitam a vocação religiosa ou sacerdotal. Penso também naqueles e naquelas que, assumindo sua plena responsabilidade como leigos, solteiros ou casados, querem aceitar a tarefa que lhes é solicitada. Querem dedicar toda a sua vida, ou pelo menos alguns anos, à evangelização dos que ainda não ou-
viram falar de Cristo, ou ainda precisam de ajuda externa para formar sua comunidade cristã. Felizmente ainda são muitos os que o fazem. E certamente você, casal cristão, os admira, reza por eles, procura ajudá-los como pode. Ótimo. Muito edificante. Mas ... Mas, imaginem que vocês têm apenas um, dois ou três filhos ou filhas. Imaginem que o seu rapaz ou sua moça de dezessete ou vinte anos, não sei, venha lhes dizer que ouviu o chamado de Cristo, e quer aceitar a missão que lhe é oferecida. Ele quer ser padre, ela ou ele quer entrar para uma ordem ou congregação, ou querem como leigos, solteiros ou casados, dedicar sua vida ou alguns anos à missão cristã. Estão dispostos a deixar de lado urna profissão promissora, sua família ou a família que poderiam formar. Estão pensando em jogar fora toda a sua vida, ou unia boa parte. Estão dando menos valor à tranqüilidade de vida que vocês tentaram construir para eles, derrubando muitos sonhos que vocês formaram. Fechem os olhos e pensem. Não respondam logo. Procurem encarar a situação à luz de suas convicções cristãs, do sentido que dão à vida. Mas sejam sinceros, honestamente sinceros. Apenas espero que não respondam que essa loucura seria impensável em sua família. Até 22 de outubro poderão dizer se esse dia tem algum sentido para vocês. Deus os ajude.
Pe. Flávio Cava/ca de Castro, cssr 2
CARTA DO CE DA ERl AMAR E SERVlR
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uando Inácio de Loyola quis fazer uma síntese do caminho percorrido durante os dias consagrados aos Exercícios Espirituais (EE), deixou-nos as mais belas páginas da sua Contemplação para despertar em nós o Amor Espiritual. E, como resumo preliminar de toda a sua reflexão, ele pede a graça de Deus "(graça) pela qual, considerando a grandeza dos benefícios que Ele me concede, eu me consagro por inteiro ao Seu amor, ao Seu culto e ao Seu serviço " (EE. n° 233) Eis todo um programa oferecido àqueles que desejam seguir Cristo, e que, depois de terem vivido e meditado os mistérios da Sua vida de doação aos homens, têm necessidade de uma palavra de encorajamento e de um apelo à realidade da encarnação quotidiana das suas vidas no mundo. A vida daqueles que se comprometeram no Sacramento do Matrimônio deve ser marcada por este desejo. Poder em tudo amar e servir, para serem fiéis à companhia desse Jesus que quis caminhar com eles, desde o primeiro dia do seu encontro. Caminhando em direção a este Emaús do quotidiano, com os momentos de confusão, de desencorajamento ou de esperança, somos sempre interpelados pelo nosso companheiro de viagem. Ele nos abre os horizontes da fé e nos desvenda
Considerando a grandeza dos benefícios que Ele me concede, eu me consagro por inteiro ao Seu amor, ao Seu culto e ao Seu serviço.
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também o sentido misterioso de tantos momentos em que Ele está presente sem que sejamos capazes de o descobrir. Ele nos convida a suplantar nosso egoísmo, para que os nossos olhos se abram no momento
da fração do pão. Nunca é tarde demais para descobrir que Ele está aqui, ao nosso lado, olhando-nos com amor, mas convidando-nos também a olhar para além dos nossos próprios limites. Cristo está presente em todos os momentos pois Ele quis ser a resposta a todas as nos.sas necessidades e o matrimônio é um sacramento de graça, que torna ativo este dinamismo de ultrapassagem das nossas fraquezas. Ele torna real todos os dias- e os casais que têm fé vivem essa experiência - estas as palavras de São Paulo : "Pois
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Cristo está presente em todos os momentos pois Ele quis ser
quando sou fraco , então é que sou forte". (2a Cor12,10) Na nossa vida nas Equipes de Nossa Senhora, temos consciência disso. Para além das nossas estruturas e acima de qualquer programa de ação ou de reflexão, há a presença de Cristo nas nossas vidas, esse Cristo, que além de tudo, está presente na equipe de base, formada por irmãos e irmãs que caminham, também, nos itinerários da Esperança. Graças à consciência dessa presença do Senhor Jesus, somos capazes de avançar, ainda que tropeçando, mas com fidelidade e com uma fé adulta, sem reservas. Se queremos ter uma fórmula para viver os próximos anos, façamos deste alerta, o nosso lema: na vida do casal, da fanu1ia e da equipe, estejamos sempre prontos, para amar e servir em tudo e a todo o momento.
a resposta a todas as nossas necessidades e o matrimônio é um sacramento
de graça, que torna ativo este dinamismo de ultrapassagem das nossas fraquezas.
Cristobal Sárrias, 4
sJ.
MANIFESTAÇÕES DO AMOR DE DEUS Quando veio a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, que nasceu de uma mulher. .. , para que recebêssemos a sua adoção. (GI4,4-5) E o Verbo se fez carne e habitou entre nós... (Jo 1, 14)
"Todos os que nascemos depois da morte de Jesus não pudemos experimentar aquele momento único da história da humanidade, sua Encarnação. 'Mas quanto a vós, bem aventurados os vossos olhos, porque vêem! Ditosos os vossos ouvidos, porque ouvem!' (Mt 13,16)Jesus chamava a atenção para a felicidade dos seus discípulos . Entretanto, a proclamação desta felicidade não exclui, em absoluto, aqueles que vivem depois d 'Ele. Deus, na genialidade da sua sabedoria e em mais uma loucura de amor, inventou, de maneira surpreendente, a Eucaristia. No sinal do pão e do vinho consagrados, Jesus Cristo, ressuscitado e 5
glorioso, revela a continuidade da sua Encarnação. Ele permanece vivo e verdadeiro no meio de nós a fim de alimentar, com o seu corpo e o seu sangue, aqueles que crêem. O gesto com o qual aquele que é Deus desceu do céu para tornarse homem e levar uma vida humana semelhante à nossa repete-se na Eucaristia". (Adaptação de trecho do livro "Eucaristia, Sacramento de Vida Nova" -Comissão Teológico-Histórica do Grande Jubileu do ano 2000 - Pauli nas)
Deus, na genialidade da sua sabedoria eemmais uma loucura de amor, inventou, de maneira surpreendente, a Eucaristia.
Não é por acaso que o nosso Papa, João Paulo II, vem pedindo que o ano jubilar seja "intensamente eucarístico". Encarnação e Eucaristia, manifestações do amor de Deus. Neste ano, através de uma escala estabelecida na "Equipe da Super Região", coube-nos escrever, para a Carta Mensal, um artigo que tratasse dessas maravilhas divinas. Achamos por bem introduzi-lo com estas duas excepcionais graças. Elas, por si só, bastariam para nos revelar o amor extremado de Deus. Porém tem mais, muito mais. Em matéria de amor, Deus é exagerado! Somos levados a concluir com o Pe. Leonardo Boff : "Para quem vê tudo a partir de Deus, o mundo todo é um grande sacramento". Neste mês de outubro homenageamos uma constelação de vasos de predileção do Senhor, manifestações do seu amor. Dentre suas estrelas poderíamos destacar uma jovem de lindos cabelos loiros, olhos
azuis, traços delicados, alta, extraordinariamente bonita, que deu à sua breve existência o cunho inigualável do sorriso - Terezinha de Lisieux; ou o autêntico arauto da perfeição evangélica, o "mais italiano dos santos e o mais santo dos italianos" no dizer do Papa Pio XII- Francisco de Assis; ou o biógrafo de Nossa Senhora e da infância de Jesus, o sensível médico e solícito investigador da "Boa Nova" - Lucas e outros mais .. . Preferimos destacar, neste artigo, a mestra dos místicos, diretora espiritual, doutora da Igreja- Tereza de Ávilla. Somos um Movimento de oração. Para quem quer se aventurar nos caminhos do Espírito e trilhar as sendas da vida interior, é mister tomar Tereza por estrela guia. Ela é a santa da intimidade do Senhor. Para ela, a oração é antes de tudo um exercício de amor. Não consiste em pensar muito, mas em muito 6
amar. É um trato de amizade, onde nos entretemos sempre intimamente com quem, sabemos, nos ama. Nestas águas profundas navegou, também, o nosso fundador, Pe. Caffarel. E quem teve a iniciativa de se debruçar sobre o livro de sua biografia, "Um homem arrebatado por Deus", constatou o quanto ele desejou nos embarcar, a todos, nesta maravilhosa aventura, a da experiência profunda de Deus. A "Meditação", ponto concreto de esforço das Equipes de Nossa Senhora, foi proposta, justamente, tendo em vista a "Oração interior" ("É uma necessidade vital. Creio poder afirmar que o cristão que não dedica pelo menos 10 a 15 minutos- a 968 parte do seu dia - a essa forma de oração permanecerá sempre infantil, ou melhor, definhará". - Pe. Caffarel).
Embora assim batizado, este ponto concreto não visa, exclusivamente, um trabalho mental, reflexivo, da Palavra de Deus; pode-se utilizar várias modalidades de oração. Por sua própria definição é, antes de tudo, um convite a um verdadeiro encontro diário com Deus, de vivência individual, na solidão e no silêncio, capaz de nos levar, com o seu hábito e se for da vontade divina, à contemplação, conforme entendida por Santa Tereza - estado de oração em que a alma se sente passiva e experimenta, em si, a ação de Deus. Pe. Bernard O li vier, que foi Sacerdote Conselheiro Espiritual da ERI, na Sessão de Formação Internacional (Fátima, Portugal 1994) nos dizia: "Por nossas próprias forças não conseguimos ir mais adiante, não conseguimos transpor o muro. É necessário que o próprio Deus venha nos tomar em seus braços para introduzir-nos em sua presença. A contemplação é isto. É um dom, uma graça. Deus no-la dá como quer. Mas é preciso estar ali, ao pé do muro, para que ele nos tome ... Precisamos estar no encontro marcado". Que Nossa Senhora Aparecida, estrela maior desta constelação homenageada neste mês, nos ajude a trilhar este caminho da intimidade divina, com alegria, perseverança e destemor, a fim de sermos, também nós, :reflexos dessas manifestações de Deus, para a sua glória.
Por nossas próprias forças não conseguimos ir mais adiante, não conseguimos transpor o muro. É necessário que o próprio Deus venha nos tomar em seus braços para introduzir-nos em sua presença.
Márcia e Luiz Carlos CR- Província Nordeste 7
COlEGlADO NAClQNAl DA SUPER-REGlAO "Deus pede mais a quem Ele deu mais. Quem recebe mais, recebe para os outros. Não é nem maior, nem melhor: é mais responsável. Deve servir mais". D. Helder Câmara
Foi com esse espírito de serviço, de responsabilidade que começou o 1o Encontro do Colegiada Nacional, que dentro da nova estrutura do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, será realizado uma vez por ano. Ele aconteceu nos dias 25, 26 e 27 de agosto de 2000, na Casa de Formação Santa Fé, em Perus, SP, com a participação da Equipe da Super-Região, composta pelo casal Responsável Silvia e Chico, dos 7 Casais Provinciais: Graça e Encar-
nação (Norte); Márcia e Luiz Carlos (Nordeste); Regina e Cléber (Leste); Lourdes e Sobral, que estão transmitindo a responsabilidade pela Província Centro-Oeste para o casal Rita e José Adolfo; Altirnira e Paulo (Sul I); Rosinha e Anésio (Sul II) e Graça e Eduardo (Sul III); Cecília e Zé Carlos (Carta Mensal); Vera e Zé Renato (Tesouraria/Secretaria); Padre Flávio Cavalca (SCE da SR); D. Nancy Moncau, iniciadora do Movimento no Brasil; dos 37 Casais Responsáveis Regio-
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Jubileu de 2000 anos do nascimento de Jesus Cristo, o Jubileu dos 50 anos do início das ENS no Brasil, a Peregrinação a Aparecida, o lançamento do livro de D. Nancy, o Encontro Internacional de Santiago de Compostela. Todos eles são momentos fortes que contribuem para a unidade do Movimento. Louvemos e agradeçamos a Deus por tudo isso. Nesse Colegiada também foram lançados dois documentos do Movimento: A Regra de Vida e o Manual da Formação. Através de atividades em grupos, os Casais Regionais e os SCE tiveram a oportunidade de conhecer esses documentos que contribuirão, e muito, para o crescimento dos equipistas. Esse Encontro proporcionou urna grande troca de experiências entre os casais regionais, e cada casal pôde contribuir com as riquezas dos
nais e de 18 SCE das Províncias e Regiões. Este Encontro contou com apresença dos casais especialmente convidados: Cidinha e Igar (ERI); Wllma e Orlando (Encontro de Santiago), Sueli e Wolmir, do Conselho Nacional de Leigos (CNL). A abertura, feita por Silvia e Chico, traçou uma retrospectiva da caminhada do ano 2000, um tempo de experimentar mudanças, um tempo de correr riscos, de nova mentalidade, de ganhar conhecimentos e de avaliações. Tudo isso sem perder de vista a nossa unidade como Movimento, pois, o nosso país é muito grande territorialmente e também é o que tem maior número de equipistas do mundo. Além da mudança de estrutura do Movimento, este ano foi atípico, com muitos acontecimentos importantes na Igreja e no Movimento: o 9
trabalhos de suas regiões, mostrando também suas dificuldades e encontrando meios para solucioná-las. Aí percebemos que pode haver unidade dentro da diversidade. Wolmir, presidente do CNL, fez uma palestra, enfatizando a importância do leigo na Igreja. Apresentou o histórico e a organização do CNL. No momento de Formação, padre Flávio Cavalca, SCE da SuperRegião fez uma palestra com o tema "O Casal como Revelação da Trindade". Outros assuntos importantes também foram discutidos, tais como: Balanço anual das Equipes; Contribuição, onde é importante uma maior conscientização dos equipistas. A Carta Mensal está sendo bem acolhida pelos casais e está havendo muita colaboração dos equipistas. Ela é um meio de comunicação muito importante, pois, entra na casa de todos os equipistas, levando notícias e informações para o Brasil inteiro. Saibamos aproveitá-la! D. Nancy falou também sobre o seu livro "Equipes de Nossa Senhora no Brasil - Ensaio sobre seu histórico" respondendo com muito carinho todas as perguntas dos equipistas, e ouvindo as opiniões de alguns casais sobre o valor de sua obra. Foram também recordadas algumas informações sobre o Encontro Internacional de Santiago de Compostela e, foram dirimidas algumas · dúvidas ainda existentes. Tudo isso foi feito com aquele carinho muito peculiar do casal Wilma e Orlando. Nesse Encontro tivemos também
uma reunião dos Sacerdotes Conselheiros Espirituais das diversas Províncias e Regiões do Brasil, com o padre Flávio Cavalca, SCE da Super-Região. Os SCE participaram de todas as Celebrações Eucarísticas, o que enriqueceu muito as liturgias.
UTURGlA A Liturgia nos proporcionou momentos fortes de espiritualidade e o tema central foi "O Casal, Revelação da Santíssima Trindade na Igreja e no Mundo". • Acolhidos na Casa do Pai
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Ma ria Tereza e Odir
• Manifestação da Santíssima Trindade na criação, na criatura e no casal • Participação na vida da Santíssima Trindade =GRAÇA • Comunidade: Comunhão na Santíssima Trindade Na Celebração Eucarística de abertura e posse dos novos Casais Responsáveis, o tema escolhido foi "Acolhidos na Casa do Pai". Durante esta cerimônia, tomaram posse: o Casal Responsável pela Província Centro-Oeste: Rita e José Adolfo Maldi; os Casais Regionais: Eneida e Álvaro (Região Nordeste II), Conceição e Macedo (Nordeste III), Áurea e Boros (Centro-Oeste II),
Nilza e Nivaldo (Mato Grosso do Sul), Rosalina e Adilson (Minas Gerais I) Maria Tereza e Odir (São Paulo, Oeste I) e Graciete e Avelino (Região Rio Grande do Sul 1). Na Eucaristia de Encerramento e Envio, tivemos o tema "Com Janelas e Portas Abertas. - Missão". Todas as cerimônias tocaram profundamente os participantes deste Encontro, e acreditamos que voltaram para suas Províncias e Regiões, revigorados e mais preparados para animar suas equipes, fazendo circular com muito mais vigor a seiva do Movimento.
Cecz1ia e Zé Carlos Carta Mensal
Conceição e Macedo
Nilza e Nivaldo
Graciete e Avelino
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Rosalina e Adilson
ClDlNHA E lGAR:
NOSSA EXPERlÊNClA COMO CASAl RESPONSÁVEl DA ERl Perguntas propostas pela Super-Região Brasil para a reunião do Colegiada Nacional, no Centro de Pastoral Santa Fé, 27.08.2000 Porque foram tão longe em doação ao Movimento com grandes renúncias, sem dúvida, principalmente de convívio familiar? Será que isto seria justificado por uma experiência densa de Amor de Deus, com uma consciência clara do seu chamado e conseqüente missão? Entramos nas Equipes em julho de 1964. Como acontece com muitos, não tínhamos conhecimento claro de sua proposta. À medida que fomos conhecendo a razão de ser
das Equipes e buscando viver essa proposta, fomos sendo cativados. Após cinco meses de pilotagem, fomos escolhidos Casal Responsável de Equipe. Após a reunião nos perguntamos: "Por que nós?". Algum tempo após, nos foi dada a incumbência de iniciar e assumir o boletim da então Coordenação de Jundiaí. Pouco depois nos foi pedido para pilotar uma equipe e mais outra. Um pouco mais tarde uma ligação. Tudo praticamente sem o devido preparo pois não havia quem tivesse condições para fazê-lo. Nós 12
nos apoiávamos no Casal Responsável da Coordenação, nos Estatutos, nas cartas das Equipes Novas e na pouca experiência já vivida. Fazíamos o caminho, ao caminhar. Em abril de 1969, com menos de cinco anos de vida de equipe, fomos convidados a assumir a responsabilidade do Setor, sem nunca termos participado da equipe de Setor. A Cidinha estava grávida do quarto filho. Foi um "sim" muito refletido e demoramos para dar. Teríamos condições? No dia seguinte ao "sim", às 9 horas da manhã, estávamos no Colégio Assunção, em São Paulo, para participar do Encontro Nacional de Casais Responsáveis de Setor, onde estava presente o Pe. Tandonnet, então Conselheiro Espiritual da ERI, encontro em que foi instituída a ECIR. Vocês podem imaginar como nos sentíamos. De uma coisa nos lembramos: estávamos de coração aberto e atentos como quem quer apreender tudo. Como ainda não tínhamos participado de uma Sessão de Formação, nos comprometemos a estar na primeira que houvesse. Essa se realizou em Aparecida, SP, e como nosso quarto filho estava com apenas 25 dias, nós o levamos, com banherinha e tudo mais. Daí para frente foi uma seqüência contínua de serviços: Casal Responsável de Região, membros da ECIR, Casal Responsável da ECIR, membros da ERI e Casal Responsável da ERI. O importante disso tudo era a 13
nossa disposição em colaborar e a alegria com que o fazíamos, porque antevíamos que seria bom para os casais - para nós e para os outros. Em toda essa caminhada não ficamos um só dia sem responsabilidades, às vezes acumulando duas, por um curto período, até a posse do nosso substituto. Ao todo, são mais de 31 anos. Não ousamos dizer que isto tudo seria justificado por uma experiência densa de Amor de Deus, como foi colocado na pergunta. Fomos acolhendo naturalmente os diversos chamados - nunca dissemos não, pois sempre acreditamos nas Equipes. Tivemos sim, sempre, uma clara consciência da responsabilidade assumida e das implicações da missão. Procuramos dar o melhor de nós mesmos e aceitar as renúncias à medida que se apresentavam.
Como estão encarando o fato de passar a ser equipistas de base depois de pensar o Movimento em nível mundial? Não temem ficar desestimulados? Não temem que possa se instalar um vazio que a equipe de base não conseguirá suprir? Essa é uma pergunta que já nos fizemos e já refletimos a esse respeito. Quando éramos Responsáveis de Setor a Cidinha falava que, ao deixar a responsabilidade, gostaria de trabalhar com jovens, talvez pelo fato de dar aulas no curso colegial (hoje segundo grau) e estar em convívio
com os jovens e querer ajudá-los. Até hoje os jovens estão esperando, pois continuamos a dedicar a maior parte de nosso tempo ao próprio Movimento. Paralelamente, participávamos dos cursos de noivos organizados pelas Equipes, ajudamos o Encontro de Casais com Cristo (ECC), no seu início, em nossa diocese, a Cidinha dava catequese .... Mas nossa atividade principal sempre foi nas Equipes. Nunca planejamos o que iríamos assumir em seguida. Sempre fomos sendo chamados, sem haver tempo para planejar. Agora, também, estaremos abertos ao que o Senhor nos indicar. Planejado mesmo é, após todos esses anos, ter um "tempo sabático" para um descanso e recuperação, inclusive da saúde. Uma idéia é nos colocarmos à disposição de nossa paróquia, que é muito ativa, na pastoral familiar e alfabetização de adultos, que também é uma idéia antiga da Cidinha. Na realidade não estamos temendo ficar desestimulados, apenas estamos querendo continuar a ser úteis ao povo de Deus. Acreditamos que nossa equipe de base nos dará apoio nesse sentido.
Quais as grandes dificuldades que enfrentaram? Quais as grandes alegrias? As dificuldades existiram e nem esperávamos que fosse o contrário, algumas chegaram mesmo a ser um pouco desgastantes, mas não foram enormes.
Poderíamos lembrar algumas de ordem geral: 1. As diferenças de culturas e de formas de pensar - As formas de pensar, de ver as coisas e de se expressar são diferentes conforme a cultura de cada povo. Se, aqui no Brasil, em nossas reuniões em nível nacional já sentimos algumas pequenas diferenças, imaginem num ambiente onde são mescladas várias culturas. Na ERI somos seis casais e um SCE - 7 nacionalidades. No Colégio, no próximo, que será ampliado, teremos 17 nacionalidades, algumas bem diversas. 2. As diferenças de línguas e as conseqüentes dificuldades de expressão - Os idiomas oficiais eram, já antes de Lourdes, em 1988, o francês, o inglês e o espanhol. Após Fátima, em 1994 o português também passou a ser considerado como idioma oficial nas Equipes (hoje é a mais falada do Movimento). Mas nas reuniões e correspondência oficial e entre os membros da ERI ainda se fala o francês. Enquanto os de língua francesa falam e escrevem em sua língua materna, nós outros temos que pensar mais ao falar e muito mais ao escrever. Isso dificulta a expressão e a compreensão entre nós. Nas reuniões do Colégio temos a tradução simultânea, com as conhecidas limitações desse sistema, sobretudo quando não é feita por profissionais, mas por equipistas de boa vontade. 3. Quadros desprovidos de uma boa formação -Muitas ve14
zes nos deparamos com um casal que está no exercício de urna missão, mas não tem o devido preparo para a mesma. Se o casal reconhece a deficiência de sua formação para a missão e procura superá-la tudo bem, mas existem casais que não estão suficientemente formados, não reconhecem essa situação, julgam-se bons conhecedores do assunto e não aceitam orientações. Isso constitui um risco para a caminhada do Movimento. 4. Casais que se julgam os "senhores" em sua área de serviço É a tentação do poder, que pode ocorrer. Quando ouvimos expressões tais corno: "as minhas regiões", os "meus setores" e assim por diante, já ficamos alerta. Aí vem o "dono do pedaço". Muitas vezes, esses casais bloqueiam as comunicações, as orientações, passando apenas suas próprias idéias, bloqueiam as experiências vividas e relatadas nos dois sentidos. 5. Pensar em nível mundial Não é bem urna dificuldade, mas um cuidado que se deve ter. Por exemplo, aqui no Brasil, a vida de um casal que vive numa pequena cidade do interior é diferente da vida de um casal que vive em São Paulo ou no Rio, pois as realidades são muito diferentes. Assim em nível mundial. Quando se pensa em algo, é preciso considerar que deve servir ou poder ser adaptado para os que vi vem realidades diferentes. Tanto para o que mora em Paris ou Roma, corno para o que vive na Índia, no Oriente Médio, na África (onde por exemplo a poliga-
mia é aceita, dependendo da religião), corno ainda para aqueles que vivem aqui no Brasil, no interior e nas grandes cidades. 6. E algumas dificuldades nossas, que vocês também têm: • Deixar os filhos ainda pequenos ou jovens adolescentes durante as viagens. • Conciliar a vida da casa e a vida profissional com as atividades relativas à missão. • Faltar à celebrações familiares ou de amigos. • Cuidado com os pais idosos ... Isso tudo não é novidade para vocês. Em nosso tempo, corno membros e, depois, corno responsáveis da ERI tivemos que fazer muitas renúncias. Nestes últimos anos a dedicação nossa foi quase total e mais recentemente tem sido plena.
E as alegrias? Elas também existiram. E corno! Estar aqui com vocês é urna delas. Houve muitos momentos fortes. I. Os numerosos encontros, sessões e reuniões - Quanta riqueza vivemos! Palestras cheias de ensinamentos, reuniões diversas muito ricas em vivência e em experiências, contatos com casais e conselheiros dos mais longínquos recantos do mundo, cujas amizades guardamos carinhosamente. 2. Nossas viagens ao serviço do Movimento - Estivemos na Argentina, Colômbia, Estados Unidos, Canadá, Portugal, Espanha, França, Inglaterra, Irlanda, Bélgica, Itália e 15
Togo, na África. Em cada lugar novas experiências, novas amizades. 3. Nossas participações que se iniciaram quando ainda estávamos na ECIR - Tivemos a alegria de colaborar com a Igreja no Brasil, participando como membros da Comissão Nacional de Pastoral Familiar, do Conselho Nacional de Leigos e do Pontifício Conselho para a Farru1ia, no Vaticano, indicados pela CNBB. Houve também momentos de alegria interior. 4. A alegria do serviço- Quando estamos em nosso escritório, trabalhando, refletindo, "quebrando a cabeça", escrevendo ... e pensamos no alcance que poderá ter aquilo que estamos preparando, sentimos uma alegria interior muito grande, pois talvez com isso possamos ajudar muitos casais e pessoas, a maioria das quais provavelmente nunca iremos conhecer. Tudo o que se faz para os outros, com dedicação e amor, nos proporciona sempre muita alegria. Essa alegria independe de ser ou não reconhecido. O importante é ter servido. 5. Alegria com filhos- Os quatro filhos sempre nos apoiaram em nossas missões. Lembramo-nos de uma vez em que perguntamos a um deles se ele não se sentia prejudicado pelas nossas ausências. Ele, ainda adolescente, respondeu: "Não, pois vooês, com essas saídas, trazem muita coisa boa para nós". 6. Alegria por estarmos trabalhando juntos - Passamos horas, dias e, mais recentemente, semanas
a fio, fechados em nosso escritório, trabalhando juntos. Esse estar trabalhando j untos sempre nos proporcionou muita alegria.
Valeu a pena o esforço? Repetiriam tudo de novo? Repetir tudo de novo só pode ser no sentido figurado, pois os vinte, trinta e quarenta anos de idade já se foram há algum tempo e recomeçar tudo seria impossível. Mas nós dizemos: Sim, valeu a pena o esforço. As Equipes de Nossa Senhora estão aí. Elas cresceram e se enriqueceram muito nos últimos anos.
Permitimo-nos lembrar São Paulo: nas Equipes é como no Reino do Senhor: um planta, outro rega, mas é Deus que faz crescer.
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"A oração não é a força que nos faz sair de nós mesmos e nos lançar ao serviço dos outros? É por ela que os meios humanos adquirem a plena eficiência e é ela que continua a poder quando esses meios não podem mais nada". Estas são palavras do Padre Caffarel.
Graças a inspiração do Espírito Santo e à abertura de Padre Caffarel, de alguns casais no início, e de uma multidão de casais e de conselheiros espirituais durante todos esses anos, as Equipes são um caminho para ajudar os casais a alcançar a perfeição da santidade. E nós nos sentimos um desses casais, dessa multidão de casais, como vocês que estão aqui e muitos outros que estão por esse mundo afora, alegres de poder participar dessa caminhada rumo ao Reino de Deus.
Com que espírito e com qual mensagem passarão o cargo de CR da ERI? Olhando para esse tempo vivido e refletindo sobre o que fizemos, nós dois e em equipe, o que avançamos e o que não conseguimos avançar, as preocupações, as dificuldades e também as alegrias, acreditamos que demos de nós mesmos, tudo quanto podíamos e o fizemos com alegria, dedicação e amor. Nunca esses trabalhos representaram para nós um sacrifício. Podemos ter falhado em algum momento, mas, se isso aconteceu, foi sempre com o espírito de servir o melhor possível. Permitimo-nos lembrar São Paulo: Nas Equipes é como no Reino do Senhor: Um planta, outro rega, mas é Deus que faz crescer. Chegou o tempo de nossa partida. Combatemos o bom combate, terminamos o nosso tempo de serviço, procuramos cumprir nossa missão e alimentar nossa fé. Agora só nos resta aguardar para onde o Senhor vai nos chamar.
Que mensagem deixariam para todos nós que continuamos a exercer funções de responsabilidade? A responsabilidade é um serviço à comunidade. Não é uma honra, um privilégio.É uma forma de lavar os pés dos outros. Após haver lavado os pés dos discípulos Jesus lhes perguntou: "vocês compreenderam o que eu acabei de fazer?( ..... ) pois bem: eu, que sou o mestre e o senhor lavei os pés de vocês; por isso vocês devem lavar os pés uns dos outros. (...... )Se vocês compreenderam isso, serão felizes se o puserem em prática". (J o 13,12b.14.17) Gostaríamos de destacar bem esta última frase de Jesus: "Se vocês compreenderam isso, serão felizes se o puserem em prática" O que muito nos ajudou durante todos esses anos de responsabilidades foi termos incluído, em nossa oração conjugal diária, a escuta da Palavra e a meditação.
Cidinha e lgar CR- ERI 17
PROVÍNCIA SUL111 PRlMElRAS EQUlPES DAS REGlÕES
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a terceira série de artigos sobre o início do Movimento nas Regiões do Brasil, destacamos as Regiões que compõem a Província Sul III, cujo responsável é o casal Graça e Eduardo. A Província Sul III é composta de 6 Regiões, 291 equipes, 31 Setores/Coordenações, 157 4 casais e 215 Conselheiros Espirituais (dados de 30/06/2000)
Acrescentamos: "Não queríamos esconder os recursos que haviam sido postos em nossas mãos; começamos a falar, a manifestar e a reunir, tanto quanto possível, outros casais, dando-lhes informações. Atingimos, inclusive, outras cidades, como Pelotas".
••• REGlÃO STA. CATARlNA 1 flORlANÓPOUS
REGlÃO RlO GRANDE DO SUll- PORTO AlEGRE A persistência silenciosa O Movimento das Equipes de Nossa Senhora começou no Rio Grande do Sul em abril de 1954, em Porto Alegre. Falamos desta equipe, na edição especial da Carta Mensal de maio/2000, à página 13.
O Movimento das Equipes de Nossa Senhora começou no Estado de Santa Catarina, no dia 8 de março de 1955, na cidade de Florianópolis, denominada Equipe 1 Nossa Senhora do Desterro. A história do início da equipe foi contada na Edição Especial da Carta Mensal n° 354, de maio/2000, à
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página 15. Complementamos: Desse embrião, "implantado" em 1955, nasceram, quase por "clonagem", equipes em todo o Estado, e ainda foi possível colaborar com aquelas que iam nascendo no Rio Grande do Sul (Porto Alegre e Caxias do Sul), no Pará, na cidade de Belém, na Argentina e na Colômbia. Tivemos e continuamos a ter participação ativa nos quadros de dirigentes do Movimento, na vida da Igreja, na Pastoral Familiar. Iniciamos em 1957 os retiros para casais (não foi nada fácil romper as normas vigentes de separação dos casais e dos sexos). Para realizarmos esse primeiro retiro, foi necessário uma licença especial do Arcebispo, e cada casal deveria dormir, marido e mulher, em quartos separados. Em 1959 implantamos os cursos de noivos.
Irany e Nereu Eq. I - N. Sra. do Desterro Florianópolis, SC 19
••• REGlÃO PARANÁ-SUl CUR1T1BA No início do ano de 1957, a convite do Pároco da Igreja Bom Jesus do Cabral, Padre Rafael Busatto (Passionista), reuniu-se para estudos bíblicos com Francisco Bleggi Júnior, José Maria Munhoz da Rocha e Ruy Santos. Após algumas reuniões, ao refletirem sobre a Doutrina Católica, perceberam com mais profundidade, o caráter sacramental do Matrimonio. Tomando, assim, consciência do sentido prático das graças do Sacramento do Matrimônio, como caminho de santificação, iniciou-se a busca por algo mais. Foi quando o Padre Rafael levou ao conhecimento do grupo que, em São Paulo, estava sendo iniciado um Movimento de Casais, que se chamava Equipes de Nossa Senhora. Padre Rafael, foi encarregado
de estabelecer contato com Dr. Pedro Moncau. Como os três membros do grupo de estudos bíblicos e suas respectivas esposas estivessem de acordo com a organização da Equipe de Casais, foram convidados outros casais, que participaram da primeira reunião realizada no dia 04 de Abril de 1957, na residência de Edi e Ubaldo Puppi. Nesta reunião compareceram e são fundadores do Movimento das Equipes de Nossa Senhora em Curitiba, os casais: Edi e Ubaldo Puppi; Lourdes e Silvio Galdino de Carvalho Lima; Lygia Maria (Lia) e José Maria Munhoz da Rocha; Sodênia e Ruy Santos; Zilda e Francisco Belggi Júnior e o Assistente Espiritual, padre Rafael Busatto O Casal de Ligação da Equipe com o Movimento foi Nancy e Pedro Moncau Júnior, que acumulou, também, a função de Casal Piloto. Logo em seguida, este casal foi substituído por Carmem e Luiz Gonzaga Saraiva, também das
Equipes de São Paulo. Para que seguisse sempre a linha mestra do Movimento, além do Casal de Ligação, a Equipe contou com os préstimos inestimáveis do casal Dilma e Miguel Orofino, das Equipes de Nossa Senhora de Florianópolis, se. Atualmente estão na Equipe os fundadores: Lygia Maria (Lia) Munhoz da Rocha; Sodênia e Ruy Santos; Zilda e Francisco Belggi Júnior
...
REGlÃO SANTA CATARlNA 11 A primeira equipe da Região, nasceu em Brusque -Equipe Nossa Senhora do Caravaggio, em 6 de junho de 1964. O casal Edy e Adherbal Shaefer falou com emoção do tempo de pilotagem. O Casal Piloto viajava de Kombi, de Florianópolis a Brusque, em estrada sem asfalto. O entrosamento era
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fantástico, às vezes os filhos os acompanhavam. Extratos da cópia do relatório do Casal Piloto, Dilma e Miguel Orofino: "No dia 6 de junho de 1964, realizou-se a primeira reunião de informação a uma Equipe de cinco casais: Antonio e Doris Heil, Onildo e Maria de Lourdes, Osny e Rornilda Muller, Cláudio e Myriam e Aderbal e Edeltrudes, em casa de Antonio e Doris, sob a Assistência do Pe. Valentim Loch, na cidade de Brusque, SC. Estes casais " ... se prontificaram a estudar os Estatutos para iniciar o Movimento naquela cidade. Miguel Orofino falou sobre o Movimento das Equipes, sua fmalidade, o que quer, porque permanecemos na Equipe, testemunhos de amor fraterno e auxílio mútuo. Dilrna falou sobre a espiritualidade da Equipe e como se organiza uma reunião de Equipe ... " O EACRE era realizado em São Pa~lo. Como o número de Equipes existentes foi crescendo, tomou-se necessário regionalizar os EACRES, a partir de 1963. O último EACRE nacional foi realizado em Brusque, no ano de 1965. O Setor de Brusque, que foi instalado em 1968, contava com 6 equi-
pes e iniciou o Movimento das ENS em Blumenau, no ano de 1969.
••• REGlÃO PARANÁ-NORTE lONDRlNA A Equipe 1, de Londrina, que tem por invocação Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos, foi fundada em 29 de junho de 1968. Foi pilotada pelo casal Dalva e Wandique, de Curitiba, e teve como seu primeiro Conselheiro Espiritual, o padre Clemente Hermann, que na época, era recém-ordenado e fora designado pároco da Igreja Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos. 21
No início, a equipe contava com ram designados oficialmente Casal 7 casais, entre os quais, Doroty e Responsável da Coordenação, do NorWanderley, Olga e Francisco. Após te do Paraná, por um período de 4 anos. a pilotagem, o primeiro Casal Res- Em 1980 quando a Coordenação pasponsável eleito foi Olga e Francisco. sou a Setor, eles assumiram a responNo começo da formação da sabilidade pelo mesmo, até 1984. equipe, a caminhada não estava tão fácil. Casais entravam, casais de••• sistiam. Em 1970, o casal Célia e Wilson, que há 4 anos já participava · REGlÃO das Equipes de Nossa Senhora, na RlO GRANDE DO SUL 11 cidade de Man1ia, SP, veio residir em Londrina e, procurando saber do A Equipe mais antiga da Região Movimento das ENS nesta cidade, RSII, foi criada em 10 de junho de logo ingressou na Equipe 1. O co- 1972, denominada Equipe 1 - Nosnhecimento e a experiência adquiri- sa Senhora das Graças, formada dos na equipe de Man1ia e trazidos pelos casais Judith e Hélio, Dionéia para Londrina, muito contribuiu para e Hermes, Maria Regina e Ferreira, o fortalecimento da nossa Equipe. Lídia e Léo, Tânis e Claudino, Rosa No início dessa caminhada, Do- e Lídio, Ângela e Gringo, Nilza e roty e Wanderley, vinham colaboran- João Carlos tendo ainda o Consedo com o Movimento das ENS em lheiro Espiritual padre João Peters. Londrina, porém o Movimento ain- O casal Vilma e Júlio Sócrates foi da se encontrava ligado a Curitiba Piloto da Equipe. através do então Casal Ligação DalDois casais fundadores, permava e Wandique. necem até hoje na Equipe: Judith e Em 1976, Doroty e Wanderley, fo- Hélio, Lídia e Léo.
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ELElÇf\0 DO CASAL RESPONSAVEL DE EQUlPE CR PARA O ANO
T
odos nós, equipistas de Nossa Senhora, devemos nos sentir muito felizes por termos sido escolhidos por Deus para trilharmos um caminho de salvação bastante especial, ou seja, em casal e em equipe. Nosso carisma propõe a espiritualidade conjugal, enquanto a mística sugere o testemunho e a entreajuda. Além disso, o objetivo proposto a atingir é claro, sugerindo, para tanto, que vivamos as três atitudes de busca, indispensáveis a cada um de nós: da vontade e do amor de Deus, da verdade e do encontro e comunhão, em comunidade. Além disso, Deus, na sua infinita bondade, inspirou a concepção, pelos iniciadores do nosso Movimento, dos Pontos Concretos de Esforço, verdadeiros faróis orientadores
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da nossa caminhada. Muito bem, sendo esse um plano de criação divina, imprescindível se faz a condição de que procuremos aproximar, o máximo possível dele, os nossos planos humanos. Ao nosso entender, essa é uma condição de vida que muito agrada a Deus. Como entendemos, a vida das Equipes de Nossa Senhora, acontece nas equipes de base. É nas Equipes de base que toda transformação dos casais componentes, num verdadeiro caminho de conversão, acontece. Entendemos também que, por sabedoria divina, essas equipes são dotadas, estruturalmente, da figura de um Casal Responsável. Consideramos a similaridade de uma equipe, com qualquer agrupamento de criaturas de Deus, onde é imprescindível que algum dos seus compo-
nentes assuma função de maior responsabilidade. Em linguagem figurada, dizemos, que "não existe corpo sem cabeça". Nessa linguagem, a "cabeça" de uma e9uipe é o seu Casal Responsável. E aquele que, uma vez eleito, durante um ano, assumirá a responsabilidade pela condução da sua equipe no caminho rumo ao Pai. Cada um de nós, casal equipista, tendo consciência do compromisso assumido com o Movimento, de seguir toda essa linda proposta de santificação, devemos estar sempre disponíveis para assumir a condição
I A "cabeça" de uma equipe é o seu Casal Responsável.
É aquele que, uma vez eleito, durante um ano, assumirá a responsabilidade pela condução da sua equipe no
de Casal Responsável da nossa equipe de base. Basta que queiramos, nessa oportunidade, nos tornar instrumentos para que Deus possa executar o seu plano de Salvação. No plano humano, a indicação do Casal Responsável de uma equipe, acontece por eleição, entre todos os seus componentes. Daí, a extrema responsabilidade de se fazer a melhor escolha. Ela deve recair sobre aquele casal, que no momento, reuna melhores condições de pastoreio, desse pequeno rebanho, no já tão falado caminho de busca da santidade. Não há portanto, nessa ocasião, a oportunidade para colocarmos em prática, critérios de escolha, meramente humanos, como: "o casal da vez", "aquele que nunca foi CRE", "aquele que está mais desocupado no momento" e outros exemplos como tais. Sugerimos que, no momento da eleição, nos coloquemos individualmente, perante o Pai e a Ele peçamos a devida inspiração do seu Espírito Santo, a fim de que possamos fazer a melhor escolha. Assim procedendo, no entendimento de que as Equipes de Nossa Senhora constituem um Movimento de Espiritualidade inspirado por Deus e portanto requerem a devida seriedade dos seus participantes, esse mesmo Deus terá compaixão de nós, nos orientando para fazermos a melhor escolha do Casal Responsável da nossa Equipe.
Maria Clara e Antonio Luiz Morato CR Regional, SP - Sul li
caminho rumo ao Pai.
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os dias 05 e 06 de agosto/ 2000, as Equipes de Nossa Senhora, de Campo Grande, Maracaju, e Dourados, estiveram reunidas para mais uma Sessão de Formação - Nível III, sob a coordenação do casal Lourdes e Sobral, Casal Responsável da Província Centro-Oeste, que nos contagiou com sua alegria, disponibilidade e a força da espiritualidade. Como tema de estudo, analisamos os Documentos Básicos das ENS, ressaltando a importância do Carisma, Mística e Espiritualidade Conjugal e a Responsabilidade nas Equipes . Além dos equipistas, participaram Sacerdotes Conselheiros Espirituais, sendo que o Pe. Evandro delineou o perfil do SCE nas Equipes, o que nos fez entender ainda mais a importância dele em nosso meio. No domingo, dia 06, iniciamos com a Santa Missa. Após a celebração, houve a transferência de cargo do Casal Responsável Regional, de Maria do Carmo e Gerson para Nilza e Nivaldo. Emocionado, o novo casal assim se pronunciou: "Fomos surpreendidos com um telefonema, no dia 15 de Junho passado, do casal provincial Lourdes e Sobral, convidando-nos a assumir a função de Casal Regional de Mato
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Grosso do Sul. Inicialmente, pedimos 05 dias para pensar e decidir, mas este prazo não nos foi suficiente e só demos o SIM no décimo primeiro dia. Neste ínterim, refletimos bastante sobre o que Nossa Senhora estava querendo de nós, entramos em clima de oração porque tínhamos bastante medo e sabíamos da responsabilidade que a função exige. Conversamos com alguns casais equipistas, com o Pe. Evandro e com nosso SCE, Pe. Giulio, mas a decisão só veio depois de reunirmos com nossa Equipe de Base, Nossa Senhora Mãe da Igreja, que nos incentivou e se comprometeu a ajudar-nos neste trabalho. Em seguida, a Nilza deu um testemunho de fé, enaltecendo o poder da oração. Tivemos a certeza de um fimde-semana enriquecedor para nossa vida conjugal e em equipe. Como é bom aprender mais, participar, partilhar! Estamos de coração aberto à caminhada e, principalmente, à vontade de Deus.
Luciene e Marco André CRE - Eq. N. Sra. Mãe da Igreja, Setor B Campo Grande, MS
BODAS DE PRATA EQUIPE 8C - BRASÍliA, DF
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ortalecera espiritualidade conjugal. Esta é a chama que foi acesa há 25 anos, no dia 14 de junho, quando criaram a Equipe 8 - Nossa Senhora do Bom Parto, formada pelos casais Zezé e Afonso, Celeste e Caio, Vera e Paulo, Lenir e Jarbas, Nayde e Elysio, Cristina e Sérgio, Sônia e Ângelo, Núbia e Pavoni. Reuniram-se pela primeira vez, na casa do Casal Piloto Bessye e Plínio, orientados por Frei Jamaria. A diversidade cultural e os diferentes níveis de formação católica não foram obstáculos para a integração do grupo, ao contrário, contribuíram para a prática do auxílio mútuo e para o fortalecimento dos laços de amizade cristã, transformando a Equipe em uma verdadeira família. Naquela época, as dificuldades eram grandes: início de vida conjugal, problemas financeiros, filhos pequenos, conquista do espaço profissional, mas nada diminuía nossa vontade de partilhar e estar sempre juntos. Nossos casais engajaram-se no Movimento e tornaram-se Pilotos, Ligações, Responsáveis de Setor, Casal Informação, Palestrantes ... Também passamos por momentos difíceis e como nos doeu pensar no fim da Equipe 8. Como é difícil seguir a Cristo; como é doloroso praticar o amor que nos faz crescer... Mas Nossa Senhora não deixou que
a Equipe se dissolvesse e nos manteve unidos, não faltando com seu amor. Hoje, passados 25 anos, nossa Equipe não tem mais as mesmas pessoas que a fundaram. Algumas mudaram-se de Brasília, outras voltaram para o Pai. Atualmente, a Equipe 8 é formada pelos casais Nelma e Roosevelt, Sônia e João de Deus, Idalina e João Batista, Celeste e Caio, Sônia e Ângelo, Cristina e Sérgio, Núbia e Pavoni e o Frei Amadeu. Olhando para trás, principalmente para os casais fundadores, sentimos muitas saudades daquele tempo em que crescemos como pessoas na descoberta da espiritualidade conjugal e familiar. O tempo passa; talvez o entusiasmo já não seja tão forte, mas a fé está fortalecida, madura, trabalhada, curtida pela vivência. Continuamos nos esforçando, todos os dias, na busca da almejada santidade e trazemos, em nossas mãos, a oferta de nossas vidas de casais equipistas, cristãos convictos de que não existe caminho melhor para chegarmos juntos ao Pai.
Núbia e Pavoni Equipe 8C N. Sra. do Bom Parto Brasz1ia, DF (do Boletim "O Equipista"Regiões Centro-Oeste I e II Brasília, DF) 26
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erca de 250 equipistas - jovens, casais e conselheiros participaram do VII Encontro Nacional das Equipes de Jovens de Nossa Senhora (EJNS), realizado entre os dias 13 e 16 de julho, em São Roque, SP. Além de representantes de todos os Setores, estiveram presentes equipistas da Coordenação Guaratinguetá e de Maracaju (primeira cidade a receber as EJNS no Mato Grosso do Sul). Também ajovem Maria Andrade, membro do Secretariado Internacional, veio de Portugal prestigiar o evento. Com o tema "Sede Santos", o Encontro- que acontece a cada dois anos- teve como objetivo ser uma resposta de evangelização ao pedido que o Papa João Paulo II faz aos jovens sobre a santidade. Neste ano do Jubileu do nascimento de Jesus Cristo, as atividades marcaram também as comemorações dos dez anos de Movimento no Brasil. 27
Eu e a Santidade - O encontro começou na quinta-feira e teve como pontos altos a Missa de Entrega, preparada pelo Seto r Sul (celebrada pelo Pe. Barrinha, de São José do Rio Preto) e a Consagração do Movimento a Maria, realizada com muita criatividade pelo Setor Taubaté. Na sexta-feira, todas as atividades seguiram o sub-tema "Eu e a Santidade". Após a Oração da Manhã (do Setor Santos), o Pe. Wilson Roberto, de Sorocaba, falou sobre o tema e propôs a realização de equipes mistas, nas quais foram partilhados aspectos da palestra na vida do equipista. À tarde, o momento foi de perdão. Com a palestra "Reconciliação", o Pe. Edson Daros encaminhou os equipistas para as confissões. O Setor São José do Rio Preto conduziu um momento forte de oração durante as confissões. Nessa noite a missa festiva, de respon-
sabilidade do Setor Bauru, foi celebrada pelo Pe. Wilson Roberto, que destacou, na homilia, a importância dos movimentos para a Igreja de todo o mundo. As equipes mistas e a Oração da Noite (do Setor Juiz de Fora) finalizaram este dia.
Ser Santo em Equipe -
Com o sub-tema "Ser Santo em Equipe", o sábado começou com a Oração da Manhã, animada pelo Setor Recife. O palestrista Neto, de Sorocaba, destacou a missão de viver a santidade na equipe de base. Antes do almoço foi realizada uma Maratona, que teve provas relacionadas a Nossa Senhora: músicas, desenhos, cruzadinhas e perguntas. Na parte da tarde, a emoção tomou conta dos equipistas com os testemunhos de vida de Vérci Maria e Maria do Carmo Moni Marins, e com a cantora Maria do Rosário, que presenteou os equipistas com uma "palestra-show" sobre a vida de Nossa Senhora. Na missa, de responsabilidade do Secretariado Nacional (Sorocaba), a homilia foi dividida entre o Responsável Nacional, Anelar Patric (Cal), e a Ligação do Secretariado Internacional, Maria Andrade. Cal, pediu que os equipistas sejam fiéis ao Movimento e a Nossa Senhora, enquanto Maria convidou todos os equipistas a vivenciarem a internacionalidade das EJNS, por meio do Encontro Internacional, que acontecerá em agosto de 2001 em Portugal. A Adoração ao Santíssimo foi conduzida pelo Setor Brasília, que proporcionou um momento intenso de contato com o Deus Trinitário.
Em seguida, o "show", de responsabilidade do Setor Sorocaba, foi feito pelaBandaHarai (de Itu), com muita música e evangelização.
Como Ser Santo no Mundo -
A Oração da Manhã foi preparada pelo Seto r Belém e, em seguida, a palestra "Como Ser Santo no Mundo" contou com a participação do Richardson. A Missa de Envio, organizada pelo Setor Rio de Janeiro, foi uma grande despedida e representou a posse simbólica dos novos responsáveis de Setor, que assumem em janeiro. Celebrando os 10 anos de Movimento no Brasil, as ex-responsáveis nacionais Érica (de Santos) e Fernanda (de Juiz de Fora) participaram da missa e comentaram sobre o crescimento das EJNS no país. Já em tom de despedida, o abraço da paz durante a missa serviu para desejar um ótimo retomo aos amigos, certos de encontrá-los em novembro, durante a Romaria em Aparecida. Em meio a todas as atividades, o que mais se destacou foi o carinho que cada equipista pôs naquilo que estava fazendo. Desde as tarefas de limpeza até a confecção das lembrancinhas, preparação da liturgia, missas, orações, palestras, cantos e lazer, prevaleceu o capricho e a dedicação. Que a entrega e alegria que reinaram durante esses quatro dias possam prosseguir até o próximo encontro, semeando unidade e crescimento no solo de todas as equipes!
Anelar Patric Crippa Mendes Responsável Nacional das EJNS 28
arta escrita por uma jovem mamãe equipista (como se fosse o seu bebê), no dia que completava um ano do resultado positivo de uma gravidez não planejada e, portanto, não desejada.
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Ana Carolina (o lindo bebê) estava então com 4 meses, quando linda e faceira entregou à vovó (também equipista), um ramalhete de flores com esta belíssima e comovente carta.
Q~eridavovó Hoje faz um ano que levei um grande susto. Eu era tão pequenina na barriga da mamãe e não entendi o pavor tão grande que ela sentiu ao saber que eu iria nascer. Pensei que eu seria motivo de alegria, mas a mamãe chorava tanto, que fiquei assustada. Aí veio você, vovó, como uma luz do Espírito Santo. No teu abraço para a mamãe, veio enfim, a tranqüilidade que eu precisava . Meu coração sossegou. Senti o teu calor me envolvendo como se eu estivesse nos teus braços . Aí pensei: a mamãe é jovem e imatura, não pensou direito na alegria que eu vou trazer para ela. A vovó não, pensou em Deus, na vida, no menino Jesus. Chorou como a mamãe, mas, de alegria.
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E a vovó falava e a mamãe não entendia ... E eu continuava ali na barriga da mamãe, torcendo pela vovó. Foi a primeira vez então, que eu pedi e agradeci a Deus. Pedi que a vovó convencesse a mamãe e desse a ela a tranqüilidade que eu também precisava. E, agradeci a Deus por eu ter conhecido a vovó num momento tão importante. Ela estava lá, cheia de esperança sacudindo a mamãe e a enchendo de amor, de fé, de Deus ... Pensei comigo. Essa minha vovó é pé quente. Com ela não tem tempo ruim. Acho que ela vai ganhar a parada com a mamãe, que já chorava menos. Aí então pensei: A vovó é uma grande mulher! E atrás de uma grande mulher há sempre um grande homem. Cadê o vovô? Foi então que ele chegou. Se a vovó me trouxe a luz do Espírito Santo, ele veio em minha direção como uma montanha de força e coragem, acabando com todo o problema. Ele era a solução! O vovô não sacudiu a mamãe como a minha vovó, mas trouxe o coração cheio de alegria e uma palavra carinhosa para a mamãe. Ela acabou chorando de novo. Acho que desta vez de alegria, e ele não veio de mãos vazias. Ele trouxe flores. No vaso haviam várias. Acho que a grande era para a mamãe e as pequeninas para mim.
É isso aí. Nos meus primeiros dias neste mundo eu já conheci vários sentimentos. De angústia, de dor, de sofrimento, mas, tudo passou rapidamente e vieram a alegria, o amor, o perdão e a graça de Deus. Em todos esses bons momentos nunca vou me esquecer do calor das mãos de minha vovó sobre mim, me abençoando e louvando a Deus pela minha chegada. Parece que a barriga da mamãe não existia, tamanha era a força do amor da vovó sobre mim. Hoje, depois de conhecer papai, mamãe, mano, padrinho, madrinha, tios, vovó e vovô, peço perdão por não dedicar este dia tão especial a todos. Desculpe-me pessoal. Amo todos vocês, mas, este dia é só da minha Vovó!
Ana Caro\ina
I
Rosimery (do Clóvis) Equipe 17A - Criciúma, SC 30
UM OlA PARA NOSSOS ALHOS
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m nossa equipe, andávamos um pouco preocupados com a atenção e o tempo que estávamos dando aos nossos filhos, principalmente depois de certas "cobranças" que partiram de alguns deles. Então pensamos em dedicar um dia inteirinho só para eles, e optamos por um piquenique. Fomos para uma fazenda, onde foi preparado um lugar especial à beira de um lago à sombra de uma frondosa árvore. Preparamos várias brincadeiras de acordo com a faixa etária, pois em nossa equipe temos crianças de 1 a 12 anos. Neste dia, fizemos de tudo para ver nossos queridos filhos felizes. Rolamos com eles na grama, deixamos que eles nos pintassem com tinta, até um jogo de futebol improvisamos. Escondemos um tesouro, para que encontrassem e deixamos claro que eles são os nossos tesouros. Hora do piquenique: toalha xa-
drez na grama, todos sentados no chão esvaziando as cestinhas recheadas de muitos quitutes, que eles trouxeram para o piquenique. Antes de comermos, uma oração, agradecendo pelo dia maravilhoso que estávamos tendo. Fim do dia, já escurecera, hora de voltar para casa. O cansaço era notoriamente percebido, pelos choros de manha e os breves cochilos nos colos das mães. Mas, valeu a pena! Nossos filhos são a razão de nossas vidas e merecem toda a nossa atenção. Já marcamos outro, onde começaremos a falar das ENS para eles. Partilhamos essa experiência para que sirva de incentivo para as outras Equipes. Nossos filhos precisam de todo o nosso carinho, de toda a nossa atenção, e muito do nosso TEMPO!
Silvana e Milton Luís Equipe 5 - Brotas, SP
QUAl,O PAPEl DA IGREJA NA POllTlCA, ATUALMENTE?
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Igreja somos nós, povo de Deus. Para que haja uma autêntica comunidade civil e política é necessário, antes de tudo, a participação de todos os cidadãos na ação política e social. O nosso povo precisa de uma ordem política que respeite a dignidade do homem, que assegure a concórdia, a paz e a justiça social. A atuação da Igreja, nos dias atuais, não pode se limitar a missas, novenas, etc. A Igreja acredita na necessidade da conscientização política do povo. Ser cristão é participar, é estar disposto ao diálogo, e conseqüentemente a uma atitude de conversão. É ingenuidade ou ignorância, não se interessar por política, não no sentido de exercê-la diretamente, mas de estar atento a todas as coisas que acontecem na comunidade; por isso mesmo, nós, através de nossas atividades concretas, temos obrigações, deveres, jamais omissão, ausência, silêncio. A Igreja, que somos nós, fez sua opção preferencial pelos pobres e oprimidos, pelos injustiçados. Cristo fez política quando se colocou ao lado dos pobres e oprimidos, quando lutou por uma sociedade mais fraterna. Todos nós, sem exceção, devemos fazer política no sentido de tentar mudar ou modificar estruturas injustas, sem as quais a vida não tem sentido definido, válido. A rigor, não há ninguém que não
faça política, pois, esta é uma dimensão intrínseca da própria fé. E o que vemos na sociedade atual, em nossa condição de cristãos, dentro de nossas comunidades? Fora as exceções que confirmam a regra, há muita acomodação, aceitação, desinteresse. As coisas no mundo não mudam se as pessoas não se di puserem a agir. "Só uma classe de pessoas não erra: a dos que nada realizam, a dos que nada fazem", disse um famoso pensador. Nós temos um papel a desempenhar dentro de nossas comunidades religiosas: levar, com convicção e fé autêntica, dentro de uma situação concreta, a Boa Nova do Reino de Deus, mas, também, e fmnemente, como apóstolos de Cristo, lutar por um mundo mais justo, mais humano, mais cristão, opondo-nos à pobreza aviltante, às grandes disparidades sócio-econômicas, às injustiças contra os Direitos Humanos, e assim colaborarmos com todos os homens para tentar consolidar a paz entre eles, baseada na justiça e no Amor, que é a mais profunda exigência humana. Afinal, a Igreja em numerosas partes do mundo, inclusive no Brasil, já se deu conta de que os pobres, os discriminados, os excluídos, os marginalizados, precisam também viver neste mundo, e não apenas aguardar o Paraíso, após a morte.
Diva e Dantas Eq. 1 - N. Sra. das Dores Limeira, SP 32
OS QUATRO CAVAlElROS DO APOCAllPSE squisas descobriram que os casais infelizes no casamento ou prestes a se divorciar entram numa espiral degenerativa de emoções, atitudes que levam à desintegração do casamento. Essa derrocada costuma acontecer em quatro etapas. Cada cavaleiro prepara o terreno para o seguinte, desgastando a comunicação e fazendo com que os esposos atentem cada vez mais, para as falhas, um do outro e do casamento. Os quatro cavaleiros são: 1.
CRÍTICA
São os comentários negativos sobre a personalidade do companheiro, em geral num tom que atribui culpa. Crítica é diferente de queixa. A queixa é dirigida a uma atitude específica, enquanto a crítica atinge o caráter da pessoa. Enquanto a queixa simplesmente expõe os fa-
Casais infelizes no casamento ou prestes a se divorciar entram numa espiral degenerativa de emoções, atitudes
tos, a crítica costuma ser recriminatória e generalizada. Muitas vezes, a crítica expressa frustração não declarada e ira não resolvida. Ex: Um cônjuge "sofre calado", não é de falar, o outro não sabe o que está acontecendo; quando, o que sofre calado não consegue mais conter os sentimentos negativos, estoura e normalmente parte para a ofensa, desfia um rosário de queixas que nada têm a ver, umas com as outras. O ataque é tão abrangente e arrasador que o alvo só pode interpretá-lo como ofensa pessoal, ficando magoado, agredido, chateado ... Como evitar esse tipo pernicioso de crítica? Discutindo conflitos e problemas tão logo eles apareçam. Não espere até chegar ao auge da irritação e da mágoa. Manifeste sua raiva ou desagrado de forma específica e dirigida aos atos do companheiro e não à sua personalidade. Tente não culpar. Atenha-se ao presente e evite cobranças generalizadas. Evite, quando estiver fazendo uma queixa, dizer: Você devia ... Você sempre ... Você nunca ... "Não deixe uma simples queixa se transformar em crítica evitando a chegada do 2° cavaleiro.
que levam à desintegração 2.
do casamento.
DESDÉM
O desdém é semelhante a crítica, porém vai mais longe, tem a in33
tenção de insultar ou ferir. Esse sentimento muitas vezes surge quando um cônjuge está desgostoso com o outro, quando desaprova suas atitudes e deseja ficar quite. A pessoa com desdém tem pensamentos depreciativos, e os elogios, gestos de ternura, vão por água abaixo, sendo substituídos pela implicância, insultos, ridicularização, xingamentos ... No entanto é possível reverter esse quadro se um dos cônjuges estiver disposto a mudar de atitude em relação ao outro. Apague as idéias de vingança e as substitua por pensamentos positivos; procure pensar que não precisa haver um vencedor na discussão, ninguém precisa provar que é mais forte. Alimente pensamentos positivos e amorosos em relação ao companheiro. Assim, poderão reverter a maré antes da chegada do próximo cavaleiro.
3· ATlTUDE DEFENSlVA Quando um dos cônjuges se sente alvo de desdém é natural que assuma uma atitude defensiva. Porém, esta é uma atitude muito prejudicial ao casamento, porque os cônjuges não escutam um ao outro, quando acham que estão sendo atacados. A atitude defensiva também pode expressar-se no tom de voz ou na linguagem gestual. Qualquer atitude defensiva interrompe as linhas de comunicação. Para sair da defensiva, devemos ouvir o que o companheiro diz, não como um ataque, mas como informação expressa de
forma contundente. À medida que você vai tirando a armadura, vai mostrando que se importa com a relação e quer a vida a dois mais tranqüila.
4· OBSTRUClONlSMO Isso acontece quando um cônjuge se fecha, sem dar qualquer indicação de estar ouvindo o que o outro diz. Geralmente quem toma essa atitude são os homens. Eles acham o silêncio "neutro" e preferem ficar mudos para não aumentar a tensão, só que o silêncio não traz solução para os problemas. Para quem quer mudar, é preciso, ao discutir, faça um esforço para mostrar que está ouvindo o que o outro diz. E, a partir daí, o obstrucionista pode ir se aprimorando na arte de ouvir e de se comunicar e juntos vão descobrindo novas formas de conservar a calma em discussões acaloradas. Porque, no fundo, ninguém quer ser um fracasso, nem na profissão nem pessoalmente e muito menos no casamento. Sabemos bem que os filhos são reflexos do casamento, e as coisas que acabam com um casamento são exatamente as mesmas que fazem os filhos sofrerem.
(Fonte : Inteligência Emocional e a Arte de Educar Nossos Filhos Daniel Goleman) Colaboração de Cecilia e Paulo Equipe 9BBauru, SP (Extraído do Boletim "Caminho"- Bauru) 34
MlSSÃO
U
ma canção de Caetano Veloso diz que "Narciso acha feio o que não é espelho". Todos nós temos uma certa tendência de só achar certo, bonito, aproveitável, o que se parece conosco, com nossas idéias, com nosso jeito de entender a religião e a vida. Por isso, costumamos ver o diferente com desconfiança ou com um benévolo desejo inconsciente de transformá-lo, para que fique bem parecido conosco e adequado ao nosso gosto. Há "diferentes" que precisam mudar, é claro: são os que estiverem jogando no time da injustiça, agredindo a vida dos irmãos. Mas há outros "diferentes", que deveríamos acolher alegremente como
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parceiros: os cristãos sinceros de outras Igrejas e outros credos, as pessoas de boa vontade que não vão à Igreja nenhuma, mas lutam pela justiça, os profissionais de diversas áreas que não entendem de evangelização mas, sabem coisas que nós não sabemos. O diferente também nos ensina e nos faz crescer, pois o bem vem muitas vezes de onde menos esperamos. Cabe dar um destaque especial à colaboração mútua de cristãos de Igrejas diferentes, no anúncio e no testemunho concreto do Evangelho. Se, em vez dessa cooperação, tivermos Igrejas rivais, estaremos dando um triste espetáculo. Os que não crêem interpretam essa rivalidade como disputa de mercado re-
ligioso e, consequentemente, deixam de crer nas boas intenções das partes envolvidas; perdemos a credibilidade. O ano 2000 traz uma carga simbólica muito especial na caminhada do cristianismo. Não é possível celebrar estes dois mil anos de cristianismo sem perguntarmonos sobre o que fizemos no passado, o que somos, o que fazemos no presente e sobre os projetas que temos para o futuro como resposta ao Evangelho, que anunciamos e devemos ser os primeiros a testemunhar. As Igrejas, unidas numa Campanha da Fraternidade ecumênica, são um sinal forte do esforço para superar as exclusões, no meio dos discípulos de Jesus. Somos chamados para um exercício de valorização do direito de participação, de diálogo, de acolhimento fraterno dos excluídos .
Isso não é novidade. Jesus já havia pedido a unidade de seus seguidores e já havia indicado para que serviria essa unidade: "Não rogo somente por eles, mas também por aqueles que por sua palavra hão de crer em mim. Para que todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em mim e eu em Ti, para que também eles estejam em nós e o mundo creia que tu me enviaste" (Jo 17, 20-21). Cristãos que se querem bem, colaboram e se respeitam. São cristãos que se dão ao respeito perante o mundo competitivo, oferecendo o testemunho de que o trabalho do Reino é o seu objetivo real, longe de pequenas ambições pessoais ou de grupo.
Do livro Texto-base "Campanha Missionária 2000" Pontifícias Obras Missionárias CNBB
MlSSÃO É... tir, caminhar, deixar tudo, sair de si, quebrar a crosta do goísmo que nos fecha no nosso Eu. parar de dar volta ao redor de nós mesmos, como se fôssemos o centro do mundo e da vida. É não se deixar bloquear nos problemas do pequeno mundo a que pertencemos: a humanidade é maior. Missão é sempre partir, mas não devorar quilómetros. É sobretudo abrir-se aos outros irmãos, descobri-los e encontrá-los. E, se para encontrá-los e amá-los é preciso atravessar os mares e voar lá nos céus, então missão é partir até os confins do mundo.
D. Helder Câmara (do Boletim Informativo das ENSSantos, SP - Mar/2000)
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UMA TRlNDADE
DE AMOR O ano 2000 é dedicado à Santíssima Trindade. Nos Atos dos Apóstolos, (At 4,32), vemos que os primeiros Cristãos se amavam tanto uns aos outros, que parecia até existir uma só alma e um só coração. Se isso aconteceu entre as pessoas, é muito natural que ainda hoje aconteça em muitas comunidades. Assim também deve acontecer no Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Podemos, então, imaginar como deve ser infinitamente profundo o amor existente entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. São três pessoas distintas, uma não é a outra, mas entre elas, existe um amor tão intenso e penetrante, que uma se entrega totalmente à outra, sem que a intimidade de cada uma seja violada. É por meio deste grande Amor que conhecemos o maior mistério do cristianismo, a Santíssima Trindade, onde a união e a comunhão entre as três pessoas, é chamada de única natureza de Deus. O amor existente na Santíssima Trindade, bem que podia ser copiado pelas Equipes de Nossa Senhora. Assim, todos unidos, também poderíamos formar uma comunidade de amor, de tal maneira que todos aqueles, alheios ao nosso Movimento, pudessem se admirar de tamanho mistério. Desde toda a eternidade, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, coexistem, sempre unidos e sempre distintos. São portanto, um exemplo a ser seguido por todas as comunidades cristãs e muito especialmente pelas Equipes de Nossa Senhora. Todos os Equipistas, devem ser unidos pelo amor, mas desfrutar de total e ampla dignidade, pois ninguém é superior e ninguém é inferior, todos somos iguais perante Deus. Somos batizados nesta trindade de amor, portanto, todos somos filhos e filhas de Deus. A Mística do nosso Movimento, nos mostra que devemos ser verdadeiras comunidades de amor. O amor vivido entre nós, deve ser um Amor intenso e desinteressado, deve ser semelhante ao amor desta trindade, do qual nós somos o resultado.
Glória e Agostinho Equipe 70A - Nossa Senhora da Penha Rio de Janeiro 37
Numa bonita cerimônia realizada no dia 30 de julho, no Ginásio de Esportes de Presidente Prudente, SP, contando com a presença de arcebispos, bispos, padres diáconos, religiosas, seminaristas e um grande número de fiéis, o padre Maurício Grotto de Camargo foi sagrado bispo coadjutor de Assis, SP. A cerimônia foi presidida por Dom Agostinho Marochi, bispo diocesano de Presidente Prudente. Dom Maurício é bastante conhecido na diocese de Prudente, onde exerceu vários ministérios, tendo se destacado pela sua maneira simples de ser, e 'IO'!III:lll:iz!ii6üiilli---=•idl também por ter sempre demonstrado um imenso amor pelos pobres. Dirigindo-se aos presentes ele afirmou: "O bispo que não tem em sua vida marcas do sofrimento de seu povo, não é um bom pastor". Dom Maurício, paulista, nascido em 1957, em Presidente Prudente, veio para Brasília em fevereiro deste ano, para atuar junto à CNBB, no cargo de subsecretário geral e foi Sacerdote Conselheiro Espiritual da Equipe 19E,- Nossa Senhora de Loreto, Novo Bandeirantes, DF. Escrevem os equipistas: "A Equipe 19 está feliz, pois, nesses 5 meses de convivência, seu SCE, agora Bispo Coadjutor de Assis, conseguiu transmitir aos casais e a seus familiares a sua profunda fé em Deus e conquistou a amizade, a confiança e o coração de todos. Vemos a sua partida para Assis com um pouco de tristeza, mas, nem por isso deixamos de agradecer pelo bem que ele nos fez. Obrigado dom Maurício, contamos também com as suas orações".
Carminha e Henrique, Equipe 19E N. S. de Loreto, Novo Bandeirantes - DF
Estela e Daniel, Equipe 1 - Assis, SP
ORDENAÇÃO DlACONAL No dia 04 de agosto de 2000, na Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Campo Grande, MS, foi ordenado Diácono, Jaime Aguiar Costa (viúvo), pertencente à Equipe Nossa Senhora Aparecida.
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NOVAS EQUlPES • Eq. lB - N. Sra. de Loreto, de Lagoa Santa - Setor de Belo Horizonte, MG • Eq. 13 - N. Sra. do Sagrado Coração- Divinópolis, MG • Eq. 14- N. Sra. de Guadalupe - Divinópolis, MG
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Três casais pertencentes a Equipe 7 - Nossa Senhora Mãe da Graça, de Bady Bassitt, SP mesmo tendo filhos muito pequenos, não deixaram de participar do Retiro programado pelas Equipes de Nossa Senhora de Bady Bassitt. Levaram seus bebés, com poucos meses, como podemos verificar na foto, onde aparece também o pregador, que foi o padre Pedro, de Taubaté, SP. Bady Bassítt passou de Coordenação a Setor.
Setor de Pedreiras, SP Eq. 6 - N. Sra. da Paz Eq. 7- N. Sra. de Fátima Eq. 8- N. Sra. da Luz Eq. 9- N. Sra. das Graças Eq. 1O- N. Sra. da Esperança
FALEClMENTOS Lembremo-nos em nossas orações, dos nossos irmãos falecidos:
Zé Pedro, (da Glorinha), ocorrido em 21.04.2000 - Equipe 9C Brasília, DF lvani Sant'Anna Giglio, (do Edson), ocorrido no dia 30.05.2000Equipe 7A - Nossa Senhora das Graças -Rio Claro, SP José Venturini, (da Isabel), ocorrido no dia 03.06.2000 - Equipe Nossa Senhora Mãe da Igreja - Porto Alegre, RS Floripes Paula Silva (do Ademar), ocorrido no dia 28.06.2000Equipe 4B- Nossa Senhora de Fátima- Itumbiara, GO Epaminondas (da Maria do Rosário), ocorrido no dia 09.07.2000Equipe 41A- Nossa Senhora da Cabeça- Juíz de Fora, MG José Eduardo de Macedo (da Theresa), ocorrido no dia 02.08.2000 - Eq. lA- Nossa Senhora do Sim- São Paulo, Capital Dom Cristiano Portela de Araújo Pena, Bispo Emérito de Divinópolis, ocorrido no dia 02.08.2000. Foi SCE da Equipe 5 de Belo Horizonte- Nossa Senhora da Glória
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MARIANA ESPlRlTUAllDADE DO CASAL
O
Movimento das Equipes de Nossa Senhora começou com uma equipe de casais, não, porém, de "Nossa Senhora". Com o aumento de número de equipes, passou a ser conhecido como "Equipes de Casais do Padre Caffarel", o que não agradava o sacerdote fundador. Na elaboração dos estatutos, as Equipes foram colocadas sob o patrocínio de Maria. "Com isto acentuam o desejo de servi-la e afirmam que não há melhor guia para levar a Deus do que a própria Mãe de Deus" (Estatutos). As Equipes de Nossa Senhora, no entanto, não são um Movimento de devoção mariana, mas de espiritualidade conjugal. Como Movimento cristocêntrico e eclesial, têm em Maria, com a Igreja, aquela que é Mãe e modelo. O Movimento, a partir da fé da Igreja, busca em Maria a mulher mais perfeita e fiel a seu Deus e à sua missão. Maria, ao receber o anúncio do anjo de que ela seria a mãe do Salvador, não se entusiasma com tamanha honra, mas aceita ser mãe como missão, pois ela é a Serva do Senhor (cfLc 1, 34-38). A esta missão ela é fiel em Belém, na observância das leis religiosas e civis, na fuga para o Egito, em Nazaré, em Caná, aos pés da Cruz e na vida da Igreja. Maria, a mais perfeita criatura, é modelo da Igreja na santidade, porque ela deu a mais perfeita respos-
ta ao plano redentor que Deus realiza em Cristo. Maria é a primeira crente e, porque ela creu, o Verbo se realiza em Cristo. Maria é a primeira crente e, porque ela creu, o Verbo se encarnou (cfLc 1,38 e 45). Maria é modelo de serviço. Ela é a Serva do Senhor na disponibilidade constante de fazer a vontade de Deus (cf Lc 1,38). Maria é modelo de amor a Deus, porque foi a criatura que mais se deixou amar pela Santíssima Trindade e porque amou, acreditou com toda a esperança no poder de Deus. Maria ama como filha, mãe e esposa de Deus. Maria é também modelo de quem reza, de quem escuta a Palavra de Deus e de quem faz de si uma oferta a Deus. Ela é o modelo a ser imitado pelo cristão que busca a verdadeira santidade: escutar a Deus, a sua Palavra, orar, ter o espírito de serviço e disponibilidade da Mãe e, ser uma oferta, uma entrega a Deus. Especialmente para o equipista, Maria é modelo de serviço em favor dos irmãos, de serviço de amor entre esposo e esposa. Maria se faz disponível aos desígnios de Deus acima dos desejos e projetas pessoais. Assim também no casamento, os projetas pessoais dão lugar ao projeto conjugal e este deve coadunar-se aos desígnios de Deus. Maria é também modelo de atenção às necessidades do outro. Assim ela agiu em relação à prima Isa-
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bel, grávida. Nas Bodas de Caná, faltando vinho na festa, ela se dirige ao Filho: "Eles não tem vinho!" (Jo 2, 3). Assim devem ser marido e mulher um para o outro: atentos! Ver se não está faltando "vinho" na vida do cônjuge, ou do filho, ou do irmão ... Com Maria, confiar no Filho, sabendo que Ele tem a solução para a falta de "vinho". Por isso o casal escuta Maria dizer-lhe: "Fazei tudo o que Jesus vos disser" (Jo 2, 5). Maria, na espiritualidade do casal, lembra que deve ser feita sempre a 41
vontade de Deus. E é na leitura assídua da Palavra que o casal vai ouvir Cristo dizer-lhe quais as "talhas" a serem enchidas com a "água" da boa vontade, para que ele as transforme em vinho novo, bom e abundante do seu próprio amor, no qual se realiza a plena comunhão com o Pai. Maria é modelo de oração, e por isso os equipistas a ela se unem para cantar o Magnificar, diariamente, agradecendo, com as palavras dela, a bondade salvadora de Deus, que os cumula de tantas graças, especialmente de, no amor conjugal, serem sinais do amor de Cristo pela Igreja. A devoção a Maria nas Equipes significa tentar imitá-la na virtude, do silêncio, da humilde, da alegria, da perseveraça. É uma atitude de carinho pela Mãe que guia os filhos, apontando-lhes o Caminho da Verdade e da Vida, Jesus Cristo. É o carinho de quem quer imitar a mulher forte, que diz sim ao Senhor, da anunciação até a cruz, do Pentecostes à eternidade.
Graciete e Avelino Equipe N. S. Guadalupe Setor D - Porto Alegre, RS
lNÍClO DO CULTO A NOSSA SENHORAAPAREClDA
A
devoção a Nossa Senhora los tropeiros, às regiões do Sul; peAparecida e o culto que lhe los mineradores, às minas de Cuiabá dedicado nasceram do cul- e Goiás. Em 1784, foi construída to familiar prestado à Mãe de Deus uma capela em sua honra nas imediante daquela pequenina imagem. diações de Sorocaba, e, em 1827, Filipe Pedroso, que levou a imagem outra que deu origem à cidade de para sua casa e a colocou no seu Passo Fundo, no Estado do Rio oratório, foi o primeiro a lhe prestar Grande do Sul. culto. Ele, sua farru1ia Em 1757, quando a e os vizinhos reuniamnotícia do encontro de imagem foi escrita no se diante daquela imaNo contexto gem para fazer suas Livro do Tombo, já era preces e, aos sábados, grande e generalizada sócio-cultural rezavam o terço e cana devoção. Nas últido Brasil do mas décadas do sécutavam ladainhas. Filipe Pedroso mulo dezoito, o culto a século passado, dou-se, em 1732, para Nossa Senhora Aparecida já se espalhara o porto do Itaguaçu. o Santuário de pelo Centro-Sul do Lá, seu filho Atanásio país, e o Santuário de lhe construiu o primeiAparecida foi ro oratório público, Aparecida se tornara um lugar de peregrinaonde a vizinhança se um dos fatores ção. No século dezereunia freqüentemente nove, pelo progresso de sustentação para rezar o terço, cantrazido para o Vale do tar as ladainhas e ouda fé católica Paraíba pela cultura tros cânticos. do café, cresceu tamDe 1732 a 1740, o de nosso povo. bém a importância do culto se tornou mais Santuário e sua influintenso e começou a penetrar em outras reência sobre a religiogiões, vilas e cidades, pois a primiti- sidade do povo. No contexto sóciova capelinha estava construída à cultural do Brasil do século passabeira da estrada por onde passavam do, o Santuário de Aparecida foi um as caravanas de migrantes e comer- dos fatores de sustentação da fé ciantes que se dirigiam a Minas Ge- católica de nosso povo. rais. Por meio dos comerciantes, a Pe. Júlio Brustoloni, devoção à Senhora Aparecida foi C. Ss.R (do jornal levada às grandes cidades de Mi"Santuário de Aparecida") nas, São Paulo, Paraná e Goiás; pe42
A ESCAlADA DO EQUlPlSTA
A
equipes exige alguns compromissos dos casais equipistas tais como: Escuta da Palavra, Meditação, Oração Conjugal, Dever de Sentar-se, Regra de Vida, Retiro. Esses aspectos são os pontos fundamentais de esforço na caminhada da espiritualidade e santificação e eles precisam ser partilhados com todos os membros da equipe. No momento da Partilha comunicamos em profundidade nossa vida, centrada nestes pontos de esforços. Não será, pois, uma citação do que se fez ou não, relativos aos esforços, mas um relato de como se construiu ou se alcançou algo, uma conquista a mais na busca desses meios de aprimoramento espiritual. Não deve, portanto a Partilha ser confundida com a Coparticipação que é a troca de notícias e acontecimentos importantes, até certo ponto exteriores a nós, vivenciados pelos equipistas durante o mês. Concluímos, portanto, que a Partilha é ajuda mútua. Se algum de nós descobre algo que vale a pena ser vivenciado, deve dizê-lo aos membros da Equipe. Esta escalada para o Pai é difícil, é penosa, mas é gratificante e gloriosa (como a escalada do alpinista para o cume da montanha).
vida é uma subida íngreme, onde há sempre muitas difiuldades a vencer. Nós equipistas somos como um grupo de alpinistas, onde um pode e deve ajudar o outro. Quando alguém já está num ponto mais alto da escalada e nos estende a mão, nos anima, nos orienta e nos incentiva, isso faz bem ao nosso coração. Temos a graça de sermos equipistas, de termos Sacerdotes Conselheiros Espirituais do nosso lado para buscarmos a nossa santificação e levarmos a Boa Nova a todos os cantos. O Movimento das Equipes de Nossa Senhora não pode ser para nós abrigo de pessoas bem intencionadas, mas, acomodadas. Precisamos ser cristãos autênticos, influenciar com nosso testemunho de amor. Não podemos ficar passivos com uma soma escandalosa de excluídos da população, com uma política econômica injusta e desumana para tantos, com uma Previdência quebrada que não atende o doente ou o necessitado. Precisamos, pois, crescer espiritualmente nas equipes, temos que nos ajudar, inicialmente dentro da própria equipe, quer no plano espiritual, como material, para que, depois fora dela, e mais perto de Deus, possamos praticar a amizade fraterna, estender as mãos a tantos excluídos, pobres e necessitados. A mística do Movimento das
Dory e Nelson Equipe 11 - Marl1ia, SP (Extratos) 43
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O QUE FOl O NOSSO RETIRO
N
a excepcionalmente fria noite de sexta-feira, 4 de agosto, foram chegando os equipistas ao Centro de Pastoral Santa Fé, na via Anhanguera. O pátio, em frente ao prédio que nos aconchegou, foi logo ficando cheio de carros . Predominavam as chapas de Limeira e Araras. Mas, bem antes, já pela manhã daquele dia, ali estavam os equipistas que organizaram, na perfeição, o encontro do fim de semana com Jesus. Sim, Ele veio também; estava com cada um de nós nos momentos de reflexão a cargo do padre Miguel Elosua e da Irmã Neide; nos momentos de meditação, em que cada um procurava um canto ou um recanto para sentir melhor a Sua presença. Também, lá na capela, estava nosso Companheiro Onipresente, embalados- nós e Ele
-pelos cânticos do coral dos equipistas de Limeira. E o frio continuou pelo sábado, direto, mas não conseguiu diminuir o calor de nossos corações E, unidos dentro de um mesmo propósito, vivemos uma experiência nova para alguns e renovada para outros. O padre Miguel baseou suas palestras (que certamente ele não chamaria de palestras) nos "exercícios espirituais" de Santo Inácio, o fundador de sua ordem. A finalidade: ensinar-nos a rezar, conversar com Jesus. Também nos ajudou nisso, a Irmã Neide com sua maneira suave, convidando-nos à interiorização indispensável no encontro com Deus. Esta foi a grande marca de nosso retiro: interiorização para sentir a Grande Presença. A dinâmica do programa, contu-
do, nos levou também a uma gostosa confraternização entre os cerca de 70 casais presentes. Equipes inteiras de Limeira e Araras, além da nossa- Equipe 1, do Setor E, de São Paulo, e o casal Cecília e José Carlos, de Sorocaba, responsáveis pela Carta Mensal. Nós, de São Paulo, estávamos lá "meio de penetras", como disse jocosamente o Elias, de nossa equipe. Nunca, porém, "penetras" foram tão paparicados por todos. Seria porque éramos os mais velhos, ou porque o ambiente das equipes traz mesmo essa virtude do acolhimento? As horas simplesmente voaram e nosso entusiasmo foi num crescendo, para culminar com a missa que finalizou a programação. Praticamente todos tiveram oportunidade de manifestar sua emoção por tudo que viram e sentiram. O calor dos últimos momentos conseguiu até fazer subir a temperatura ambiente,
e os agasalhos foram postos de lado. O sol raiou para todos. Sentimo-nos gostosamente irmanados naquele ambiente de fim de retiro. Como foi bom! Os organizadores, muito felizes em tudo que planejaram, ofereceram uma lembrança para o casal com mais tempo de união, e para outro mais novato. O primeiro foi, como não poderia deixar de ser, um casal de nossa Equipe; o outro foi um simpático casal de Limeira, praticamente ainda em lua de mel. Este e os de sua geração é que irão garantir a perpetuidade de nosso Movimento. Hora do adeus. Um pensamento para Maria, nossa protetora. A exemplo do Magnificat, ficou uma impressão pairando no ar, assim sentimos: Deus fez maravilhas!
José Maria, da Zélia Eq. lE - N. Senhora de Nazaré São Paulo - Capital
DEUS NOS DEU DOlS OUVIDOS E SOMENTE UMA BOCA ualidade do nosso rel~c~o ca são boas. E uma tentativa foramento com o nosso conJu- çada de mudar o ponto de vista do e determinará como será outro, sempre resulta em um vennosso entendimento com nossos fi- cendo e o outro perdendo. Mesmo lhos. Nosso diálogo familiar dará o se você vencer, poderá destruir tom para nosso trato com os outros. algo de bom. Raramente, encontra-se uma pesTodo mundo fica nervoso de soa que seja bem sucedida na vida vez em quando. Faz parte da vida, que não houvesse tido um bom rela- é comum a pessoa com raiva dizer cionamento com seu coisas de que no futuro se arrependerá. O marido ou com sua esposa. descontrole emocional A troca de também bloqueia a caDo mesmo modo, a pacidade de ouvir e de qualidade do nosso rediálogo no Dever se expressar. lacionamento com nosde Sentar-se Lembre-se da vesos amigos de trabalho lha expressão: DEUS é responsável pelo nosé para ser NOS DEU DOIS OUso sucesso ou fracasVIDOS E SOMENTE so nos negócios. Todo preciso e positivo. UMA BOCA o conhecimento técniPassar a maior parco e habilidade no mundo não possibilitarão a uma pessoa te do seu tempo ouvindo, em vez de alcançar o que deseja, a menos que falar, a princípio é difícil de aprenela desenvolva relacionamentos pos- der, é uma habilidade que deve ser síveis com os outros. cultivada até se tornar um hábito. ·Uma das características mais Dê ao outro a oportunidade de comuns nas pessoas que são boas falar. Deixe-o completar. Não resisem construir relacionamentos, está ta nem se defenda, nem rebata. Isso na habilidade de ouvir atentamente só aumenta as barreiras da comuniquando alguém fala. Ouvir bem os cação. Tente construir pontes de outros é fazê-los sentirem-se impor- atenção e paciência. A troca de idéias, significa o intantes, é um começo para ser alguém que pensa positivamente. tercâmbio de pensamentos com o Lembre-se de que nada é mais im- objetivo de encontrar a melhor resportante na face da Terra do que o posta para o casal. ser humano. João (da Magali) A troca de diálogo no Dever de Equipe ISB - Nossa Senhora Sentar-se é para ser preciso e posido Carmo Manaus, AM tivó. Discussões, por sua vez, nun-
AJ
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A PlSClNA E A CRUZ
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m de meus amigos ia todas as quintas-feiras à noite a uma piscina coberta. E sempre via ali um homem que lhe chamava a atenção: ele tinha o costume de correr até a água e molhar só o dedão do pé. Depois subia no trampolim mais alto e com um esplêndido salto mergulhava na água. Um dia, tomou coragem e perguntou-lhe a razão daquele hábito. O homem sorriu e respondeu: "Sim eu tenho um motivo para fazer isso ... Há anos, fui professor de natação, e meu trabalho era ensinar as pessoas a nadar e a saltar no trampolim. Certa noite, não conseguindo dormir, fui até a piscina para nadar um pouco, pois tinha sempre comigo a chave do clube. Chegando lá, não acendi a luz porque conhecia bem o lugar. E a luz da lua brilhava através do teta de vidro. Quando estava no trampolim, vi minha sombra na parede em frente. Com os braços abertos, minha silhueta formava uma magnífica cruz. Em vez de saltar, fiquei ali parado contemplando aquela imagem ... Nesse momento, pensei na cruz de Jesus Cristo e em seu significado. Eu não era cristão, mas quando criança aprendi que Jesus tinha morrido na cruz, para nos salvar. Não sei por quanto tempo fiquei parado sobre o trampolim com os braços estendidos e nem compreendo por que não pulei na água. Só sei que desci do trampolim e fui até a escada para mergulhar na água. Desci a escada e meus pés tocaram o piso duro e liso ... haviam esvaziado a piscina e eu não havia percebido! Tremi todo e senti um calafrio na espinha. Se tivesse saltado, seria o meu último salto. Naquela noite, a imagem da cruz na parede salvou a minha vida. Fiquei muito agradecido a Deus, que por me amar permitiu que eu continuasse vivo. Tomei consciência de que não somente a minha vida física, mas minha alma também precisava ser salva. Fui salvo duas vezes, física e espiritualmente. Agora tenho um corpo sadio, porém o mais importante é que sou eternamente salvo. Talvez agora, você compreenda porque eu molho o dedão antes de saltar na água".
Eneida Bach Eq. 3 - N. Sra. de Caravágio Carios Barbosa - Setor Serra - RS
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A RAPOSA
E
xistia um lenhador que acordava às 6 horas da manhã e trabalhava o dia inteiro cortando lenha e só parava tarde da noite.
Esse lenhador tinha um filho, lindo, de poucos meses e uma raposa, sua amiga, tratada como bicho de estimação e de sua total confiança. Todos os dias o lenhador ia trabalhar e deixava a raposa cuidando de seu filho. Todas as noites ao retomar do trabalho, a raposa ficava feliz com sua chegada. Os vizinhos do lenhador alertavam que a raposa era um bicho, um animal selvagem e, portanto, não era confiável. . Quando ela sentisse fome, comeria a criança. O le~ador sempre argumentando com os vizinhos falava que isso era uma grande bobagem. A raposa era sua amiga e jamais faria isso. Os vizinhos insistiam: "Lenhador, abra os olhos! A Raposa vai comer seu filho. Quando sentir fome, comerá seu filho!" Um dia, o lenhador muito exausto do trabalho e muito cansado desses comentários, ao chegar em casa viu a Raposa sorrindo como sempre e sua boca totalmente ensangüentada. O lenhador suou frio e sem pensar duas vezes acertou o machado na cabeça da raposa. Ao entrar no quarto, desesperado, encontrou seu filho no berço dormindo tranqüilamente e, ao lado do berço, uma cobra morta. O lenhador enterrou o machado e a raposa juntos. Se você confia em alguém, não importa o que os outros pensem a respeito, siga sempre o seu caminho e não se deixe influenciar... , mas principalmente nunca tome decisões precipitadas .. .
Colaboração de Claudia e ]andir Eq. N. Sra. do Rosário - Setor E - Porto Alegre, RS Ana Maria R.Servelhere (do João Luiz) Eq. 4 - N. Sra. da Paz Bragança Paulista., SP 48
Meditando en1 Equipe 2ooo • Ano da Eucaristia Jesus gostava de ser acolhido e ouvido. Maria, irmã de Marta, soube ouvir e Jesus gostou . Eucaristia é apelo de Comunhão. Ouando participo da Eucaristia devo acolher e experimentar em minha vida a ablação e a entrega de Jesus por nós . Ouando deixo de acolher o Senhor que me ama, comungar é gesto vazio . Ouantos, nos relatos do Evangelho, estiveram com Jesus e não O acolheram! Transformações, porém, aconteceram nas vidas dos que O aceitaram .
Leitura: Evangelho de Lucas
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o, 38-42
Pense: Nas pessoas que ouvem você . Nas pessoas que você soube ouvir com atenção . Nos momentos em que você não foi capaz de ouvir e falou sem conhecer e considerar os sentimentos dos outros. No que você aprendeu ouvindo alguém que pensa diferente . Nas oportunidades de aprender que você perdeu por não saber ouvir. Considere que, quando você não está em comunhão com os outros, dificilmente você está em comunhão com Jesus . Padre Ernani
Oração Litúrgica: Pronto, desliguei! Mas por que terá telefonado? Ah! Sim, Senhor. .. eu já me lembro. Éque falei dema is e bem pouco escutei . Perdão, Senhor, recitei um monólogo e não dialoguei . Impus minha opinião e não troquei ideias . Por não ter escutado, eu nada aprendi, por não ter escutado, nada levei comigo, por não ter escutado, eu não comunguei . Perdão, Senhor, eu estava em comunicação E agora estamos cortados . (Michel Ouoist - Poemas para Rezar)
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r vincia Centro-oeste 183
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