ENS - Carta Mensal 361 - Fevereiro e Março/2001

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EQUlPES DE NOSSA SENHORA Carta Mensal •

11°361 •

EDITORIAL Da Carta Mensal .... .. ........... .. ..... O1 Da Super-Região ...... .. ... .. .. .......... 02 SUPER-REGIÃO .. .. ..... ...... .. .. ........ 03 Assembléia da Pastoral Familiar .... ...... .. .. .. ... ...... 03 Ser Pessoa .. ... .. ... .. ....... ... .. .. .... .... 05 CORREIO DA ERI ..... .. .. .. .... .. ... .... O Encontro Internacional de Santiago 2000 .. .. .......... .. .. .. ... Depois de Santiago .. .. .............. ... Notícias Internacionais .. .. ... ...... ...

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ENCONTROS PROVINCIAIS .. .. .... 15 Encontros Provinciais 2000 ....... .. . 15 Flashs dos Encontros Provinciais .. .. .. .. ..... ... ... 16

Fevereiro-Março I

2001

VIDA NO MOVIMENTO .... ....... ... 29 Casal Ligação .... .. .. .. .. .. ....... .. .. .... 29 Quarenta Anos de Equipe de Nossa Senhora .. ......... 31 TEMPOS FORTES DA IGREJA .. .. .. . 32 Campanha da Fraternidade 2001 ......... .. .......... . 32 Droga x Valorização da Vida .... ... 34 Viver Espiritualmente Bem a Quaresma ......... ..... .. ....... 36 NOTÍCIAS E INFORMAÇÕES ....... 37 TESTEMUNHO .. .... .. ........... ......... 42 Sos-Família ....... .. .. ..... ....... ..... .. .. . 42 Correr com Fé ...... .. .. ......... ..... .... 43 NOSSA BIBLIOTECA .. .... .. ...... .. .. . 44

FORMA ÃO ..... .. ......... .. .. .. ..... .... 23 O Casal como Revelação da Trindade ........... .. ... 23

REFLEXÃO .. ... .............. .. ......... .... 46 Cartas .. ... ... .. .. .. ......... .. ...... .. .... ... 46 O Mendigo e a Pedra .... .. ... .. ....... 47

ATUALIDADE .... ... .. ... .. ...... .... ....... 27 I Encontro Nacional dos Movimentos Eclesiais ............ 27

ORAÇÃO ... ......... .... ........ .. .. ........ 48 Oração da Campanha da Fraternidade- 2001 ..... ...... .... 48

Carta Mensal é uma publicaçcio mensal dos

Janet e e Nélio Pe. Emani J. Angelini

Equipes de Nossa Senho ra

(cons. espiritut1l)

Edição: Equipe da Carta Mensal

Jomalista Responsável: Calherine E. Nadas (mtb JWJ35J Editoração Eletrônica, Fotolitos e Ilustrações: Nova Bandeiro Produções

Cecília e José Carlos (responscÍI ·eis) \Vi /ma e Orlando Rita e Gilberto Lucintla e Ma rco

Etliwriais Lula.

R. Venâncio Ayres, 931 · SP Fone: (Oxx ll ) 3873. 1956

l>rojeto Gráfico: Alessa ndra Carignani

Foto da capa: Ta /ma Serra

Cartas, colaborações, notícias, testemunlws e imagens devem ser enviadas para:

Carta Mensal

Impressão: Edições Loyola R. 1822, 347 Fone: (01/ ) 6914.1922

R. Luis Coelho. 308 5° andar· conj. 53 01309-000 • São Paulo · SP Fone: (Oxx/1 ) 256.1 212 Fax: (Oxx /1 ) 257.3599

Tiragem desta edição: 15. 000 exeJJtplares

A/C Cecília e Jo sé Carlos

cartam ensa/ @ens.o rg. br


Queridos Equipistas! Estamos iniciando mais um ano. O calendário nos aponta, não somente uma retomada como tantas outras, mas nos leva a refletir também sobre o inicio de uma década, de um século, de um rnilênio. Paremos por alguns instantes. Voltemos nosso olhar para o Criador, procurando enxergar quantas maravilhas Ele nos deu. O milagre da criação, acreditamos, é algo que não valorizamos suficientemente. Quanta coisa aconteceu para que cada um de nós viesse a existir! Quanta coisa aconteceu para que a nossa história - de marido e mulher viesse a se concretizar. Quanta coisa aconteceu para que recebêssemos a graça de constituir uma farru1ia. Acreditamos que, por mais que agradeçamos a Deus pelas graças recebidas, nada será suficiente, diante da grandeza do amor do Pai. Que neste recomeçar, saibamos enxergar as delicadezas de Deus, dadas a cada um de nós. Saibamos sentir a sua presença a cada nascer do sol, iniciando um novo dia de esperança, de fé, de amor. Saibamos valorizar a vida, sendo instrumentos do Amor de Deus neste tempo forte da Igreja, quando se inicia a Campanha da Fraternidade de 2001, cujo tema é "Vida sim, Drogas não". Nesta edição, temos dois artigos que esperamos, ajudem vocês a refletir sobre o assunto. Também procuramos contar para vocês um pouco do que foram os Encontros Provinciais realizados no mês de novembro, envolvendo as 7

Províncias do nosso país. Nosso Movimento cresce rapidamente. Em junho de 2000 éramos 1990 equipes; em 31 de dezembro desse mesmo ano, o número passava para 2080! Nesta carta, publicamos a formação de 29 novas equipes. Por fim, não podemos deixar de chamar a atenção de vocês para o artigo que nos fala da primeira etapa do tema apresentado em Santiago de Compostela, a ser estudado nos próximos anos: "Ser casal cristão, hoje, na Igreja e no mundo". Neste ano de 2001, vamos nos dedicar ao "Ser pessoa". Todos já sabem que não se trata de um tema obrigatório, mas de uma oportunidade muito boa para refletirmos pessoalmente, em casal e em equipe sobre aquilo que somos realmente, sobre a realidade do mundo em que vivemos e, ao mesmo tempo, compreender quais "os novos itinerários de esperança cristã" que poderemos traçar como casais equipistas. Não é só isso. Esperamos que vocês encontrem outros bons motivos para fazer a leitura e a reflexão dos artigos que escolhemos. Uma boa leitura! Com carinho

Equipe da Carta Mensal ERRATA : No nosso editorial da Carta Mensal de dezembro/2000 (penúltimo parágrafo), por falha de revisão, saiu incorretamente a seguinte frase " .. a Santíssima Trindade - Pai, Filho e Espírito Santo - que formam uma só pessoa... " O correto é "...Pai, Filho e Espírito Santo que formam um só Deus em três pessoas .. . "


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DA SUPER-REGlAO Prezados Casais e Conselheiros: Estamos começando novo ano e muita ênfase foi dada à passagem de século e de rnilênio, mesmo do ponto de vista religioso. Como se isso fosse tão importante. Em todo o caso, porém, qualquer início colocanos sempre de novo diante da esperança. Quando mais não fosse, porque sem esperança não poderíamos continuar vivendo. Começando, esperamos. Esperamos que o próximo ano seja melhor para a farm1ia, a profissão, o estudo, a carreira, a saúde, a harmonia do casal, a economia, a política, o país. Desejamos isso ardentemente. Mesmo levando em conta os indícios favoráveis, os recursos e as possibilidades de que dispomos, mesmo assim não temos nenhuma garantia de ver essas coisas que esperamos. Pobres esperanças, que mais parecem miragens enganadoras de fontes e oásis num deserto sem saída. Coitados de nós se tivéssemos apenas essa esperança para viver. Temos, porém, dada por Deus, em Cristo, uma esperança a que nos podemos agarrar, uma âncora segura e sólida (Hb 6,18-19), não apenas um desejo, um anseio, um sonho. Essa esperança que vem de Deus, que Ele infunde em nós, abre-nos perspectivas novas de vida na tranqüila certeza de quem se sabe nas mãos maternas de um Pai. Em primeiro lugar essa esperança dá-nos tranqüilidade: temos certeza que Deus nos ama, quer o nosso bem, pode

fazer-nos totalmente felizes, com uma felicidade além e acima de tudo quanto pudermos imaginar. Nada, ninguém pode impedir-nos de chegar a essa felicidade da plena realização de todos os nossos anseios. Sabemos que, apesar de nossa fraqueza, apesar de não o podermos merecer, mesmo assim Deus estará sempre do nosso lado, sempre pronto a atender a nossos pedidos de socorro, dando-nos apoio para não sermos vencidos pela nossa fraqueza ou pelas forças más que atuam dentro e fora de nós. A garantia dessa esperança está no poder fiel do Senhor. Tudo bem; mas, e as pequenas coisas boas que desejamos nesta terra, podemos ter esperança de as conseguir? Sim, desde que sejam úteis para a nossa felicidade e a dos outros, e que não as transformemos em objetivos de nossa vida. Aliás, quando esperamos esses bens estamos ainda sendo levados pela esperança que vem de Deus. Sim, porque sabemos que Ele quer nossa felicidade também nesta terra, ainda que limitada, não por falta de generosidade sua, mas pelas possibilidades limitadas inscritas na própria natureza do mundo que nos cerca. Podemos esperar sim, sabendo que Deus "viu que era bom tudo quanto tinha criado" e que, portando, se alegra e se sente sumamente honrado quando nos vê, seus filhos e filhas, como crianças de rosto generosamente lambuzado do caldo da manga suculenta. Deus ajude vocês. Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr 2


ASSEMBLÉIA DA PASTORAL fAMlLlAR dos engajados nesse mesmo trabalho em prol da farm1ia brasileira. O fato de encontrar diversos equipistas numa reunião deste porte nos dá a grata satisfação de confmnar o quanto nosso Movimento se identifica com as preocupações pastorais em tomo da Farm1ia. Não é por demais lembrar que, há vários anos, nosso Movimento elencou 6 (seis) prioridades para sua atuação, sendo uma delas a Pastoral Familiar. Assim, em que pese o nosso carisma estar centralizado na vivência da espiritualidade conjugal, somos atraídos às questões envolvendo a farm1ia, como conseqüência natural da nossa conjugalidade. Nesta assembléia geral, tivemos a oportunidade de avaliar os acontecimentos do IX Congresso Nacional da Pastoral Familiar, que conclamou a Farm1ia Missionária, Esperança do Novo Milênio; refletimos sobre o Projeto Ser Igreja no Novo Milênio (tema exposto por um nosso SCE, Pe. Manoel de Godoy) e também sobre a

Olá, gente amiga, Dentre as atribuições próprias do serviço que nos cabe como responsáveis pelo Movimento no Brasil está o de participar, representando as ENS, em eventos importantes para a vida da Igreja. Assim foi que nos dirigimos até Brasília, nos dias 18 e 19 de novembro último, para participarmos da 24" Assembléia Geral da Comissão Nacional da Pastoral Familiar. Nossa primeira alegria foi a acolhida fraterna da Irmã Fernanda Balan, assessora nacional, dos diversos membros da Coordenação, e do grande amigo das equipes, Dom Aloysio Penna, atualmente arcebispo de Botucatu e responsável pelo Setor Farm1ia e Vida da CNBB. Outra alegria, porém descoberta gradativamente, durante os bate-papos dos intervalos, foi encontrar vários equipistas, uma de Manaus, um SCE de Belo Horizonte, casais de Brasília ou das cidades-satélites, to3


Campanha da Fraterrúdade 2001, cujo lema é "Vida sim, drogas não". Fato auspicioso também foi poder assinar, em nome do nosso Movimento, a ata de inauguração da sede nova da Secretaria Nacional da Pastoral Familiar e do Instituto Nacional da Família. Esta casa, construída com grande esforço, representa um valioso ponto de apoio para os trabalhos pastorais no campo da farru1ia e lá está de braços abertos para acolher os pedidos, atender consultas, fornecer material e orientações aos agentes pastorais. Dentro da temática dos trabalhos, dois outros assuntos foram enfocados de forma mais ampla. O primeiro foi uma interessante abordagem do tema "Políticas Farrúliares", feita pelo padre João Carlos Petrini, descortinando aos presentes as carências dessa política em nível nacional, os efeitos desse abandono, mas também as saídas que podemos oferecer a rrúlhares de famílias que convivem com a rrúséria extrema, atingidas por constantes violações à sua dignidade, pela falta das condições mínimas de sobrevivência. Ao lado das carências, vêem-se florescer as iniciativas e a criatividade de tantos grupos, associações, movimentos e pessoas que, movidas pelo amor a Deus e ao próximo, abrem caminhos novos e ousam enfrentar os desafios para resgatar a família. A outra questão versou sobre a preparação próxima ao matrimônio, que muitos conhecem ainda pelo nome de "curso de noivos", mas que não deve ser tratado como se fosse

um simples cursinho para cumprir uma mera exigência da Igreja aos noivos. Dentre outras coisas, o casal palestrante destacou que um encontro desse tipo deve fazer com que os noivos reflitam sobre o seu relacionamento e vejam se conhecem bem um ao outro. Na verdade, esta é uma grande preocupação da Pastoral Farrúliar: buscar formar casais e famílias consistentes desde o seu nascedouro. Investir na preparação dos jovens casais é a certeza de garantir um amanhã mais seguro, uma sociedade mais preparada, mais comprornissada. Este é outro campo propício à atuação dos equipistas, pois aí podemos partilhar toda a experiência, toda a formação que recebemos e vivenciamos dentro das equipes, mas, por ser um tesouro que não nos pertence, deve ser distribuído e oferecido a outros casais, principalmente os mais jovens. Enfim, queridos amigos e irmãos, lá estivemos nós e diversos outros equipistas, levando nossa contribuição ou, se não isso, ao menos a nossa presença solidária, testemunhando que o Movimento saberá estar sempre atento, incentivando seus membros a abraçar a causa da fanu1ia e proclamar os seus valores. Que Deus conceda a fortaleza de espírito a todos nós para não nos acomodarmos dentro do nosso próprio bem estar.

Com nosso carinhoso e fraterno abraço, Silvia e Chico CR Super-Região Brasil 4


SER PESSOA

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o final do ano, mais precisamente em pleno tempo do Advento do Senhor, nós nos deparamos, na primeira página de um jornal de grande circulação no Rio de Janeiro, com uma terrível previsão de um sociólogo italiano que nos levou a refletir: "Século 21: individualismo e consumo", anunciando, ainda, o prestigiado estudioso da globalização o relançamento do individualismo na cultura pós- moderna no Brasil. Revelação certamente estarrecedora, especialmente agora, quando somos convidados todos nós, equipistas, a refletir durante este ano de 2001 sobre o SER PESSOA. Como é "SER PESSOA" nessa cultura materialista que rejeita a transcendência e vi ve como se Deus não existisse? Que insiste em fazer de conta que não entendeu o que é ser "à imagem de Deus" e repele a certeza de ter nascido por vontade exclusiva dele, de ter sido querido por Ele desde sempre. Não podemos desconhecer a origem transcendente da pessoa; somos todos criados à imagem de Deus, somos todos Suas criaturas. Ele nos concebeu senhor de todas as coisas terrenas, como está no Gênesis. Somos participantes da natureza divina; trata-se de uma iniciativa completamente gratuita, que parte do Pai e vem ao encontro da humanidade para sal vá-la. São Paulo (At 17, 2227) fala de Deus como Criador, como aquele que tudo transcende e

a tudo dá vida. E acrescenta: "Fez, a partir de um só homem, todo o gênero humano para habitar em toda a face da Terra". A dificuldade do homem acerca do sentido e significado do SER PESSOA reside no (des) entendimento que ele tem de qualidade de vida relacionada a consumo, na exaltação do subjetivismo e do egoísmo que priorizam a satisfação de necessidades individuais e não de necessidades de uma comunidade. Voltando à manchete que nos inquietou bastante, começamos a pensar como seria diferente se realmente todos se propusessem a seguir Jesus Cristo, que viveu plenamente o SER PESSOA, assumindo ser imagem viva de Deus, Mestre e Modelo divino de toda perfeição, que 5


cada do soldado, curando-o (Lc 22, 51); seu abandono e sua confiança absoluta no Pai ao exclamar: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito" (Lc 23 , 46). Estas eram algumas atitudes de Jesus de Nazaré, que, apesar do sofrimento e morte na cruz, da decepção com a traição de Judas, da tristeza com a negação de Pedro, da angústia diante do cálice que teria que beber, da impaciência com a incapacidade dos apóstolos em permanecerem acordados e vigilantes, foi fiel e obediente ao Pai até o fim: " .. .fa~a-se a tua vontade!" (Mt 26, 42). E em João 15,1 que podemos compreender a atitude de Jesus; é aí, na parábola da videira que Ele revela: "eu sou a videira e meu Pai é o agricultor". É esta união de Jesus Cristo com Deus que possibilita toda essa obediência filial; Jesus sempre se reconheceu como um enviado do Pai. E para nós Ele deixou um recado: " ... eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto, porque sem mim nada podeis fazer". Assim, quanto mais nos unirmos a Ele, único mediador entre a humanidade e o Pai, mais estaremos prontos a obedecer (estar à escuta) o Senhor; sem união com Cristo nós não podemos nos curvar a Deus, sem o seguimento de Jesus, impossível SER PESSOA. Que o amor e a misericórdia de Deus e a ternura de Maria, nossa Mãe, ajudem-nos nessa caminhada.

viveu entre os homens pregando a santidade de vida: "Sede, portanto, perfeitos, assim como também vosso Pai celeste é perfeito" (Mt 5, 48). Todos nós, fiéis cristãos, somos chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade para que deste modo possamos auxiliar a sociedade a viver de maneira mais humana. Cada um de nós é dotado de virtudes que recebemos de graça e da graça divina, que nos permitem fazer o bem, procurar a verdade, estar em comunhão com Deus. Precisamos nos conhecer primeiro, empenharmo-nos na procura da verdade e batalharmos na superação de nossas dificuldades, de tudo que nos afasta da vontade de Deus e nos impede de viver o encontro e a comunhão com o próximo. Nesse tempo de Quaresma, tempo de penitência e conversão, aproveitemos para meditar sobre os últimos dias da vida de Jesus: caminhemos com Ele até a cruz e deixemonos envolver por esse mistério de amor. Sua sensibilidade diante do gesto de amor da mulher que derramou caro perfume sobre ele (Mt 26,6); sua coragem e seu amor à verdade ao afirmar "Sim, eu o sou" (Lc 23, 34) ao lhe perguntarem se era o Filho de Deus; sua obediência ao plano de Deus ao reconhecer que "O Filho do homem vai, segundo o que está determinado" (Lc 22, 22) ou "Não hei de beber eu o cálice que o Pai me deu?" (Jo 18, 11); sua misericórdia quando clamou: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lc 23, 34) ou quando se apressou a tocar a orelha arran-

Regina Lucia e Cleber CR Província Leste 6


O ENCONTRO lNTERNAClONAL DE SANTIAGO 2ooo Queridos Amigos das Equipes de Nossa Senhora do mundo inteiro:

VIA, E isso foi apenas o começo; todo o Encontro nos fez recordar que Jesus é o Caminho que nos conduz ao Amor; todas as outras celebrações que se sucederam, as belíssimas conferências, o prazer de reencontrar vários amigos de países e continentes diferentes que conhecemos no decorrer de Encontros ln-

Via, Veritas, Vita: Christus Amen - Aleluia! Impressionante! Emocionante! são as palavras que nos vêm à mente tentando comunicar-lhes a sensação que tivemos com a cerimônia de abertura do Encontro Internacional de Santiago 2000. Tentem, queridos amigos, imaginar um pavilhão Multiusos completamente cheio , com mais de 7000 pessoas que cantavam este cântico, apoiadas por um coro de mais de 100 vozes e poderão, talvez, entender a emoção que tivemos , o sentimento do amor de Jesus e de unidade com todos os casais e conselheiros espirituais. É devido a estas emoções, ainda muito vivas no nosso espírito, que gostaríamos de lhes dizer o que este Encontro Internacional foi para nós, utilizando as palavras deste cântico: 7


temacionais anteriores; as reuniões de equipes mistas, a caminhada da última etapa do Caminho de Santiago que culminou na missa na Catedral e a cerimônia típica do Botafumeiro- tudo isto nos encheu de entusiasmo para continuar a seguir o caminho de Cristo.

para os próximos anos têm por base "Ser Casal Cristão hoje na Igreja e no Mundo". Seremos chamados a estudar, a refletir, a comunicar e a pôr em prática uma visão integral da pessoa e do casal, à luz do Evangelho, e a discernir a nossa missão no seio da Igreja e do mundo. Como conseqüência do Encontro Internacional de Santiago e de toda a reflexão desenvolvida, o Movimento vai aprofundar estas prioridades. -Estejam atentos: o primeiro tema vai lhes ser entregue durante o ano 2000/2001. Não será apenas um tema de estudo como os outros, pois implicará toda a reunião de equipe, e vai requerer, da parte de cada um e de cada uma, uma atitude de observação, de investigação, de profetismo e de compromisso. Queremos despedir-nos com um enorme AMÉM - ALELUIA, pois vivemos a experiência que o Movimento transborda, de vida e de entusiasmo. O melhor para cada um de vocês.

VERITAS,

Que riqueza doutrinal está con- · tida nas três conferências que ouvimos! Ficamos maravilhados com a simplicidade com que nos foram expostos conceitos e conselhos práticos, que serão de grande utilidade para uma melhor compreensão em casal. As reuniões de equipes mistas permitiram-nos, de uma forma muito rica, trocar pontos de vista sobre o modo como vivemos os métodos do Movimento e compreender melhor a verdadeira razão de ser dos pontos concretos de esforço e da partilha. VITA

Agora, precisamos passar à prática de vida tudo que ali vivemos: Queremos exortá-los, queridos amigos do mundo inteiro, quer tenham estado presentes ou não, a ler os documentos do Encontro Internacional. Poderão fotocopiar os textos a partir das cópias daqueles que estiveram em Santiago. Os vossos Responsáveis vão, decerto, editar estes textos que estarão disponíveis na Internet. Leiam-nos! Possuem uma enorme riqueza! Saciem-se!* As prioridades do Movimento

Teresa e Duarte da Cunha Eq. Responsável Internacional *Nota da Carta Mensal: A Super-Região Brasil publicou as Conferências e as Homilias proferidas no Encontro Internacional de Santiago de Compostela, num número especial da nossa Carta Mensal, em dezembro/2000.

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DEPOlS DE SANTlAGO

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Encontro Internacional de Santiago congregou uma grande porcentagem de equipistas de todos os países dos cinco continentes. O reencontro foi um momento de profunda renovação do Movimento e de tomada de consciência da nossa universalidade. Uma multidão de mais de sete mil pessoas, vindas de todos os cantos do mundo, faz-nos compreender os benefícios concedidos aos casais, através das Equipes de Nossa Senhora, ao longo de mais de cinqüenta anos. Reunidos em torno da Eucaristia, e tendo como horizonte de todas as nossas reflexões a consciência do casal como imagem do Deus Trinitário, tentaremos aprofundar a prioridade dos próximos anos: ser casal missionário na Igreja e no mundo. As conferências, as trocas de idéias nas reuniões mistas, as informações e os contatos com pessoas de todo o mundo fizeram-nos compreender até onde chega a nossa verdadeira responsabilidade como casais cristãos comprometidos num movimento

O casal cristão, comprometido no nosso Movimento, deve ser um casal de transformação do mundo.

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de espiritualidade conjugal. Devemos ser testemunhas de uma fé profunda e de uma esperança ativa no Sacramento do Matrimônio, fonte de vida humana e sobrenatural. Ser casal hoje à imagem de Deus Trinitário supõe uma colaboração consciente com o Pai Criador, com o Filho Redentor e com o Espírito Santo vivificador. O casal cristão, comprometido no nosso Movimento, deve ser um casal de transformação do mundo. E foi isso que sentimos durante aqueles dias em Santiago. Este local de conversão onde nos reunimos em nome de Cristo, convidou-nos a uma nova vitalidade. A partir de Santiago, não podemos ser mais uma vítima da rotina e da falta de fidelidade à nossa caminhada no quadro e na pedagogia das Equipes de Nossa Senhora. A alegria

Em Santiago, pudemos experimentar a força da oração, a eficácia do diálogo, a verdade da ajuda mútua fraterna e o valor do sacrifício vivido com alegria.

encheu os nossos corações quando vivemos momentos de entusiasmo fraternal, louvando a Deus com os nossos cânticos, entoados por tantas pessoas com os mesmos ideais, os mesmos projetas, a mesma esperança. O pós-Santiago deve ser, para todos os casais das ENS e para os seus conselheiros espirituais, uma ocasião única de viver, no mundo e na Igreja, como homens e mulheres que entenderam o valor do compromisso de seguir Cristo, fundamento da nossa vida de discípulos. Em Santiago, pudemos experimentar a força da oração, a eficácia do diálogo, a verdade da ajuda mútua fraterna e o valor do sacrifício vivido com alegria. O serviço, que os responsáveis aceitaram e a fidelidade renovada dos equipistas de base tornam-se, desde então, mais do que nunca, indispensáveis, para responder às graças recebidas com tanta abundância durante aqueles dias de Encontro. Como nas antigas peregrinações, queremos seguir sobre a terra o caminho que nos foi assinalado pelas estrelas, conduzindo-nos para o Senhor. Cristo acompanhounos neste Emaús do Finisterra, e nos abriu os olhos com o amor de irmão mais velho. E nós compreendemos que Ele ressuscitou também para o nosso Movimento, para os nossos casais, para que levemos a Boa Nova a todos os nossos irmãos do mundo.

I

Cristobal Sàrrias, sJ. 1o


NOTÍCIAS lNTERNAClONAlS AÇÃO DE GRAÇAS - SANTlAGO DE COMPOSTElA Mensagem de Marie Christine e Gérard de Roberty em Santiago de Compostela

Queridos amigos equipistas,

Movimento que desejamos construir juntos, cada vez mais a serviço daqueles que querem viver, como pessoas casadas, todas as exigências da vida cristã.

Neste momento do nosso Encontro Internacional, queremos dar graças ao Senhor por todos os benefícios que Ele nos concede. As nossas orações acompanham muito especialmente Cidinha e lgar Fehr que, durante seis anos, conduziram o nosso Movimento pelo caminho da santidade. Neste momento, em que eles nos confiam a continuação deste serviço, queremos expressar-lhes toda a nossa afeição e dizer-lhes o nosso MUITO OBRIGADO pelo trabalho realizado, ao longo destes anos, a serviço dos casais e do matrimônio. Em poucas palavras, queremos, também, falar-lhes das equipes e do

1. Estejamos sempre certos de que conhecer as Equipes de Nossa Senhora é uma graça a acolher. Não foi por acidente, nem por acaso que entramos para as Equipes de Nossa Senhora. Foi um dom que Deus nos concedeu, foi um sinal que Ele nos deu, uma oportunidade que devemos aproveitar, com alegria. Muitos são os caminhos que nos conduzem a Deus. Para os casais cristãos, o nosso Movimento é um 11


desses caminhos, em que Jesus nos convida a segui-lo. Quanto mais um caminho foi pisado, mais numerosos foram os caminhantes, mais os atalhos são balizados e seguros . Aqui, em Santiago de Compostela, local final de um caminho de conversão, somos chamados a seguir os casais que, antes de nós, também percorreram o caminho da santidade proposto pelas Equipes de Nossa Senhora. Não tenhamos medo de nos engajar nesse caminho e de nos comprometer ou de comprometer outros casais conosco. Sejamos missionários do Evangelho, do casal e do matrimônio.

Equipes de Nossa Senhora, saibamos sempre que é Cristo que queremos encontrar. Que a amizade que reina na nossa equipe, nas nossas equipes, não se tome mais importante do que o nosso amor por Cristo. Cristo se encarna em cada uma das nossas vidas e em cada uma das nossas partilhas em equipe, para que estas sejam sempre mais impregnadas de verdade, de profundidade e de amor. Que os pontos concretos de esforço não sejam uma lei rígida mas objeto de uma adesão livre. Eles são balizas que colocamos no nosso caminho para seguirmos até Deus. Que elas sejam o nosso quotidiano! O próprio Padre Caffarel nos disse em Troussures: "Sejam exigentes, e nunca se sentirão decepcionados!"

2. Não nos enganemos de objetivo! Quaisquer que sejam as motivações que nos levaram a entrar nas

Que os pontos concretos de esforço não sejam uma lei rígida mas objeto de uma adesão livre. Eles são balizas que colocamos no nosso caminho para seguirmos até Deus. ~...__

_____________j,

3. Prestemos contas da alegria e da fé que nos habita O nosso mundo tem necessidade de testemunhos de esperança. Somos portadores da esperança, através da nossa vida, das nossa ações, mas também das nossas palavras. Não tenhamos receio de dizer o que deve ser dito, de contar de onde vem o nosso dinamismo espiritual e o nosso entusiasmo humano. O mundo tem frio e fome, quer no plano humano, quer no plano espiritual, por isso devemos partilhar, com os que nos rodeiam, tudo aquilo que nos anima. O nosso combate espiritual está a serviço do amor e devemos combater com as armas do amor: o amor do casal, das nossas comunidades, da nossa Igreja, que nos é dado por Deus em Cristo. 12


4. Amemos a Igreja "O Cristo e a Igreja, são um só" dizia Santa Joana d' Are. Que

No limiar do século XXI,

as nossas equipes sejam locais onde a Igreja é honrada, respeitada e amada por todos. Nós precisamos da Igreja, a Igreja precisa de nós, pois nós somos a Igreja, nós que vivemos esta pequena igreja em casal e em farru1ia. A Igreja é a ternura de uma mãe e a sabedoria de um mestre. Façamos juízos favoráveis sobre o que Ela diz, o que Ela faz e o que Ela ensina. Não tenhamos medo de participar da sua reflexão e da elaboração das suas decisões. No nosso Movimento, que é de iniciação e de perfeição cristã, devemos ser acolhedores para todos aqueles que estão no limiar da Igreja, ajudando-os a atingir progressivamente uma vida espiritual conjugal forte e autêntica.

os casais são as primeiras testemunhas do anúncio do Evangelho e os primeiros artesãos da construção da civilização do amor à qual Deus nos chama.

da felicidade e da santidade. Perdoemos e sejamos perdoados, pois sem o perdão não há verdadeiro amor. É na graça da reconciliação que encontraremos a força para amar, esperar e acreditar. Quando a nossa vida vacila, quando o sofrimento se torna demasiado presente, quando estamos doentes ou somos postos à prova, quando, em casal, sofremos ou somos feridos na carne ou no coração, peçamos as graças da Unção dos Enfermos.

S. Não hesitemos em pedir a graça dos Sacramentos O nosso Movimento possui a sua própria mística e a sua própria pedagogia, mas não saberia como propô-las, se os casais cristãos que o compõem não vivessem profundamente as graças sacramentais que fundamentam a nossa Fé. Peçamos a Deus que nos conceda, a cada dia, as graças próprias do nosso Sacramento do Matrimônio; partilhemos o Pão da Vida, não somente no domingo, mas o mais assiduamente possível. É o Senhor que se torna alimento e nos dá a força e a coragem para percorrer a vida na busca do amor,

6. Descubramos o ministério conjugal e familiar Como nos lembra o Concílio Vaticano II, todo o ministério é essencialmente serviço, a exemplo de Jesus Cristo que "tinha a condi-

ção divina, mas esvaziou-se a si 13


mesmo, assumindo a condição de servo". (FI 2, 6)

fundamentam a humanidade, testemunhas da fidelidade ao sacramento que une marido e mulher. O nosso mundo precisa da nossa fidelidade. Vamos descobrir e vivenciar essa fidelidade a cada dia. •

Hoje, a experiência da vida faznos compreender que todo o fiel exerce um ministério na Igreja para que se realize a missão de Cristo, que assim reza ao Pai: "A paz este-

ja com vocês. Assim como o Pai me enviou, eu também envio vocês". (Jo 20, 21) Busquemos o que, na nossa vida de casados, nos põe a serviço, um do outro, o que faz de nós enviados do Senhor, para: anunciar a Boa Nova àqueles que estão ao nosso lado. No limiar do século XXI, os casais são as primeiras testemunhas do anúncio do Evangelho e os primeiros artesãos da construção da civilização do amor à qual Deus nos chama. O Sacramento do Matrimônio confia-nos um ministério especial que nos convida, de uma forma enérgica e urgente, a que nos ponhamos a serviço, um do outro, e da nossa farru1ia.

7. Sejamos testemunhas da fidelidade O nosso mundo do efémero, do

zapping, da web e da satisfação imediata dos nossos desejos tem uma necessidade forte e urgente de fidelidade. Pelo compromisso no nosso matrimônio somos testemunhas privilegiadas da fidelidade: • testemunhas da fidelidade de Cristo aos homens; • testemunhas da nossa fidelidade a Cristo e ao Evangelho; • testemunhas da fidelidade possível dos homens aos valores que

Conclusão Queridos amigos das Equipes de Nossa Senhora, é sempre delicado tentar saber a vontade de Deus: arriscamo-nos a ouvir o que realmente não desejamos ... o que não impede que nada nos seja mais necessário do que isso. A vontade de Deus sobre o nosso Movimento, não a conhecemos por revelação, mas, todos juntos, tentamos descobri-la, pouco a pouco, decifrando-a pelos acontecimentos que se sucedem, dia após dia, da mesma maneira pela qual os pais tentam discernir sobre a vocação de um filho, acompanhando a sua evolução, com um amor atento. O nosso Movimento está incessantemente em evolução, como o mundo; verifiquemos juntos qual é a vontade de Deus para o nosso Movimento. Partilhemos estas descobertas e rezemos, sim rezemos sem cessar, uns pelos outros, e, todos juntos, pela humanidade. Então seremos como Cristo nos diz: "o sal

da terra" Marie-Christine e Gérard de Roberty Casal Responsável da Equipe Internacional 14


ENCONTROS PROVlNClAlS 2000

D

que foram acrescentados de acordo com as necessidades das Províncias.

entro da nova estrutura das Equipes de Nossa Senhora, no Brasil, foram realizados no mês de novembro de 2000 os vários Encontros Provinciais, que proporcionaram momentos fortes de formação, espiritualidade e trocas de experiências.

Os pontos de unidade f oram: • •

Datas e locais dos Encontros das Províncias: • Norte: Estados do Amazonas e Pará, realizado nos dias 17 a 19/ 11, em Manaus, AM • Nordeste: Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, e Sergipe, realizado nos dias 10 a 12/11, em Jaboatão dos Guararapes, PE. • Centro-Oeste: Distrito Federal, Estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, realizado nos dias 10 a 12/11, em Brasília, DF. • Leste: Estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, realizado nos dias 17 a 19/ 11, na cidade do Rio de Janeiro. • Sul I e II: Estado de São Paulo, realizado nos dias 17 a 19/11, em Itaici, SP • Sul III: Estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina realizado nos dias 17 a 19111, em Curitiba, PR.

• • • • •

Prioridade de reflexão para o ano 2001: SER PESSOA; Unidade no critério para a Contribuição mensal para o Movimento - compromisso de fé; Encontro de Santiago, carta de Envio; Reunião de Equipe -Partilha; Livro Regra de Vida e Manual da Formação; O Casal Imagem da Trindade (tema muito usado na liturgia); Confraternização.

Nas avaliações desses Encontros, feitas pelos casais participantes, todos foram unânimes em afirmar que houve um aproveitamento maior de tempo; uma participação mais ativa dos casais Regionais e Responsáveis de Setor; muita ajuda-mútua na execução dos trabalhos; descobertas de novas lideranças; uma espiritualidade mais profunda; maior contato entre os casais participantes, o que possibilitou um maior conhecimento da realidade de cada Província; uma participação expressiva de Conselheiros Espirituais. A apresentação, feita no Encontro, dos documentos Regra de Vida e Manual da Formação, motivou muito os casais participantes. •

Os Encontros Provinciais tiveram temas de unidade do Movimento, comuns a todos, e outros temas 15


FLASHSDOS ENCONTROS PROVlNClAlS PROVÍNClA NORTE Na sua palavra de abertura, o Casal Provincial Norte, Graça e Encarnação, fizeram uma retrospectiva do nosso Movimento, até chegar ao ponto que hoje estamos vivendo e agradeceram a Deus pelas pessoas que se deslocaram até o Norte a fim de trazer este belo Movimento para a nossa Província. O Encontro teve início com a Celebração Eucarística presidida pelo SCE da Província, padre Cânio Grimaldi. No sábado, no momento de formação, padre Acir, SCE do Setor Belém C nos falou sobre "O casal como revelação da Trindade", excelente colocação e depois tivemos o grupo de reflexão para assimilação da palestra. O que nos chamou também a atenção foi a apresentação dos novos documentos chamados Regra de Vida e Manual da Formação. Foi feito também como ponto de unidade o

debate sobre a Contribuição, em que se deu ênfase à sua importância, por menor que seja, porém justa, pois, sabemos que é por meio desse recurso que depende a sustentação material e expansão do Movimento. Padre Wagner SCE do Setor Pará-Nordeste, fez colocações importantes, mostrando a relação entre o Sacramento do Matrimónio e da Ordem. Os testemunhos daqueles que foram a Santiago de Compostela foram excelentes e mais ainda, o testemunho de Marta e Pedro que participaram da Sessão de Formação Internacional. O casal mostrou preocupação com os nossos irmãos africanos em todos os sentidos. Na missa de encerramento, procuramos oferecer ao Senhor todo o nosso trabalho, todas as dificuldades que tivemos por causa da extensão da nosso Província. A equipe da liturgia fez um caderno muito bonito, o que demonstrou o carinho dos casais. Foi feito também, um álbum de fotografias tiradas do Encontro Provincial, pois, é muito importante registrar a história do Movimento das ENS. Que Deus abençoe a todos!

1.

Maria do Rosário e Augusto CRS-B, Reg. Norte I Manaus, AM 16


PROVÍNClA NORDESTE

2.

O primeiro Encontro Provincial, foi realizado em Jaboatão dos Guararapes, PE, na colônia Salesiana. O local não poderia ter sido melhor, pois está localizado num lugar calmo e tranqüilo, no cume de um morro, onde também se encontra o Santuário/Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora. Estiveram presentes ao Encontro 101 participantes, sendo 40 casais e 21 Sacerdotes Conselheiros Espirituais (uma observação a ser feita é que os SCE, prestigiaram sobremaneira o Encontro, tanto em número expressivo, como na preparação dos diversos atos litúrgicos, homilias e palestras). A solenidade de abertura do Encontro foi de muito bom gosto, com a entrada de um casal de cada Estado, pelo corredor central da Basílica, portando a sua respectiva bandeira, que era colocada ao lado do altar. As liturgias foram muito ricas, sendo preparadas pelas Regiões e baseadas nas prioridades para os próximos anos, anunciadas em Santiago de Compostela. Tivemos vários momentos de formação, e também um momento muito especial que foi a palestra do Pe. Ruy sobre "O Casal, Imagem de Deus Trinitário". No sábado a noite, tivemos uma confraternização, ocasião em que cada um saboreou as comidas típicas levadas pelos participantes e que contou também com a apresentação de vários "artistas" equi17

pistas, tocando e cantando belas melodias. Foi uma noite de descontração e podemos dizer de coparticipação. O Encontro foi encerrado com a celebração eucarística no domingo quando tivemos a solenidade do ENVIO, simples mas de grande sentido para todos nós. Nesta ocasião todos receberam folhas e frutos do "juazeiro", árvore típica do nordeste, que mesmo em terra seca, nasce, cresce e produz muitos frutos. Como este foi o 1o Encontro, depois da reestruturação do Movimento no Brasil, com a criação das Províncias, queremos deixar aqui registrada nossa opinião e o que sentimos nas conversas que tivemos com diversos equipistas. Devido o número de participantes ser bem menor, a assimilação das questões tratadas, tanto no plenário como nos grupos de estudo, torna-


se muito mais proveitosa. Também outro fator importante é que a realidade que vivenciamos é praticamente uma só, facilitando assim uma tomada de posição mais rápida e eficiente dos assuntos colocados em pauta. Eneida e Álvaro

CRR-NE-2 3· PROVÍNClA CENTRO-OESTE Ao sermos convidados para participar do Encontro Provincial, ficamos felizes e preocupados. Felizes, porque teríamos a oportunidade de conhecer casais de outras Regiões, e também porque iríamos ficar mais perto de pessoas que admiramos e gostamos muito; preocupados porque, afinal de contas, era a nossa primeira experiência como membros de um Colegiada. O tempo passou. Dias depois fomos informados que deveríamos recepcionar um casal e um sacerdote em nossa casa, no dia do even-

to, até a hora do Encontro. Ficamos receosos, mas deu tudo certo e amamos a experiência. No dia do evento, dirigimo-nos para o local. Chegando lá, fomos muito bem recebidos. Notamos que tudo foi preparado com muito carinho. Tivemos a oportunidade de conviver durante dois dias, com casais de outras regiões. A impressão que tivemos foi excelente. Eles foram muito simpáticos, alegres e extrovertidos. Os Conselheiros Espirituais foram também merecedores de todo nosso carinho, cada um mais amigo que o outro. Dom Terra participou do Encontro todo. Todas as liturgias foram muito bem preparadas, profundas, alegres. Criatividade, foi o que não faltou a esse Encontro. No sábado, na oração da manhã, foi abordado o tema Ser Pessoa, com a dinâmica de cada participante ser moldado por si próprio em argila, em forma de boneco. A prioridade do Movimento para reflexão para os próximos anos que será "Ser Casal Cristão Hoje na Igreja e no Mundo", foi nos apresentada de maneira muito objetiva e clara. Foi deixado bem claro nas palestras que ouvimos que, como casal equipista, temos que conhecer bem a nós mesmos, amarmos mais, para daí amarmos o nosso irmão. Não somos seres per18


feitos, mas devemos caminhar rumo à perfeição. Deus nos chama à santidade. Devemos em qualquer lugar, principalmente fora da Igreja, mostrar aos outros, através de nosso testemunho, que somos um casal cristão. Temos e devemos ser coerentes nas nossas atitudes. Cada casal regional ficou responsável por uma palestra do Encontro Internacional de Santiago, o que deu oportunidade àqueles que não participaram do Encontro de poder vivenciar esse acontecimento. Foram feitos trabalhos em grupos , sobre os documentos apresentados (Manual da Formação, Regra de Vida) e sobre a Reunião de Equipe. No plenário, tínhamos a oportunidade do debate, dirimindo as nossas dúvidas. Na confraternização de sábado à noite, saboreamos as comidas típicas que os casais trouxeram. Uma delícia! Parabéns para todos os casais regionais que não mediram esforços para a realização desse evento. Já estamos ansiosos para achegada do próximo Encontro Provincial. Até lá, lembraremos sempre daqueles momentos inesquecíveis, procurando colocar em prática tudo o que vimos.

Fernanda e José Carlos CRS Centro-Oeste II - A Brasília, DF

4 - PROVÍNClA LESTE Chegamos ao Sumaré, RJ, na sexta-feira, dia 17, pouco antes das 18 horas. O casal Provincial e os Regionais, que já há algum tempo encontravam-se envolvidos na organização do Encontro, estavam ali à nossa espera, com o já costumeiro abraço e sorriso acolhedores, atentos a todos os detalhes, de prontidão para que tudo transcorresse bem, para que nada nos faltasse. A casa situa-se num local aprazível, dentro da mata Atlântica E, apenas para ilustrar: por estarmos dentro da mata, habitualmente, na hora do cafezinho, costumamos ter companhia. Eles aparecem, vindos de todos os lados, para pegar as bolachas que lhes são oferecidas: os miquinhos. Alguns casais estavam na expectativa de reencontrá-los, e outros, de conhecê-los. Iniciamos nossa celebração entronizando aquela que conosco esteve presente todos os dias do Encontro: Maria, Rosa Mística, representando a padroeira de cada uma das nossas equipes; Maria, 19


Mãe de Jesus e das Equipes de Nossa Senhora. Estávamos todos ali para vivenciar momentos de formação, liturgia e troca de experiências , assim como para refletir e discernir as diretrizes do Movimento no Brasil. A unidade sempre presente. Publicações novas sendo apresentadas: A regra de vida - o "eu" de cada um voltado para o ideal, e Manual da Formação - para servir e desempenhar a contento, a missão que nos compete. Além de nos entregarmos à ação do Espírito Santo, é preciso que nos preparemos adequadamente. Dinâmica sobre as diversas partes de uma reunião de equipe; expansão sustentada; Equipes Jovens de Nossa Senhora; flash do Encontro Internacional de Santiago de Compostela ... e os temas iam sendo apresentados, prendendo nossa atenção. O casal animador dirigia-se ao microfone para nos passar algumas informações e terminava dizendo:

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tenham calma, os miquinhos vão aparecer. .. Cânticos de perdão, louvor, meditação que, além de nos questionar, muito nos emocionaram, estiveram sempre presentes nas liturgias, pela manhã e à noite e na Celebração Eucarística, com o Envio ... e pelo mundo eu vou, cantando o Teu amor. .. Que 2001 seja um ano especial, cheio de graças e esperanças! E os miquinhos não apareceram!. .. Com nosso abraço,

Marlene e Fernando CRS-B - Região Rio I

5· PROVÍNCIA SUL 1 E 11 A preparação para o Encontro Provincial começou com o encontro dos dois casais responsáveis das Províncias São Paulo Sul I (Altimira e Paulo) e Sul II (Rosinha e Anésio). No primeiro encontro fomos a São José do Rio Preto, lá com o carinho e a atenção costumeiros, Rosinha e Anésio nos receberam, e começa-


mos o trabalho absolutamente em conjunto. No segundo encontro preparatório, nos reunimos em São Paulo e cada um dos casais apresentou seu trabalho. Tínhamos a impressão de que tudo estava quase pronto, só faltando alguns ajustes ... Mas ... Tudo começou a acontecer, problemas, os mais diversos, apareceram. Íamos passo a passo vencendo os obstáculos, pelo telefone, fax e pela internet. Deus é grande e vencemos as barreiras. Daí para a frente, a responsabilidade foi totalmente do Espírito Santo, que providenciou tudo, ungiu a todos, protegeu a todos e o Primeiro Encontro das Províncias Sul I e Sul II foi um sucesso. A equipe de serviço trabalhou com verdadeiro espírito de equipe; não eram mosqueteiros, mas, eram "um por todos e todos por um" As celebrações Eucarísticas foram muito marcantes e nos proporcionaram momentos fortes de oração. As colocações das palestras foram muito boas, todas muito entrosadas. Frei Carlos fez urna belíssima colocação sobre Santiago de Compostela. Projetou lindas fotos e comentou a Carta do Envio como jamais esperávamos poder ouvir. Houve durante o Encontro três plenários, cada um comandado por dois CRR, um de cada Província. Os assuntos foram : distribuição dos documentos do Movimento, 21

Contribuição Mensal, Balanço, Planejarnento e Vida dos Setores. Observamos que todos os seis CRR fundamentaram suas dinâmicas nos documentos das ENS, demonstrando serem profundos conhecedores dos mesmos. Isso muito nos impressionou, porque, com essa atitude motivaram todos os presentes a conhecer e estudar nossos documentos. As reuniões de grupo valeram corno sendo urna reunião de equipe de base. Os grupos ficaram juntos, no refeitório, no salão e no cafezinho, neste tempo, vivenciararn todos os momentos de urna reunião mensal. Na noite do sábado para domingo foi feita uma Vigília. Acreditamos que a vigília totalmente silenciosa foi um sucesso, realmente o Espírito de Deus estava entre nós. Em eleição, resolvemos continuar juntos em 2001. O ponto positivo deveu-se ao grande entrosamento das duas Províncias e à carinhosa acolhida de todos. Esperamos que Deus Uno e Trino projete em nós, casais cristãos, a sua imagem.

Altimira e Paulo, Rosinha e Anésio Provinciais

6. PROVÍNClA SUL lll Nós, casais e sacerdotes da Região Paraná-Sul recebemos, de Deus, a graça de sermos os anfi-


triões desse evento. Como vocês podem imaginar, esta missão nos trouxe muito trabalho: um número enorme de reuniões preparatórias, discussões, idéias divergentes, horas e horas ao telefone, correrias, noites mal dormidas, etc. As preocupações são naturais quando desejamos que tudo saia bem. Quando aguardamos por alguém com ansiedade, queremos que nada falte, que tudo esteja arrumado e bem bonito, para que a pessoa esperada se sinta acolhida e amada. E foi este espírito que predominou em nosso Colegiada. Todos se empenharam e se dedicaram com muita alegria na organização do encontro e da liturgia, que também era nossa responsabilidade. O apoio e as orientações de nosso Casal Provincial, Graça e Eduardo, e a força e a disponibilidade do nosso SCE Pe. Pedro Sallet, foram imprescindíveis. Os pontos de unidade do Movimento, tais como Regra de Vida, Manual da Formação, Reunião de Equipe, Contribuição, Encontro de Santiago, bem como a prioridade para reflexão para o ano 2001 Ser Pessoa, foram discutidos e estudados em dinâmicas muito interessantes, facilitando a assimilação das mensagens. As liturgias foram muito bem preparadas, com textos de profun-

do conteúdo e muito ricas em simbologia. Sentimos que realmente trabalhamos unidos por um mesmo ideal, por um amor diferente, especial. Desde a confecção das lembrancinhas, dos preparativos para a confraternização, até a recepção dos nossos irmãos do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, tudo foi feito com muito amor. E esse sentimento nos trouxe muita paz, a certeza de que contribuímos com tudo o que temos de melhor para que nosso I Encontro Provincial se realizasse dentro de um espírito fraterno, acolhedor e alegre. Não poderíamos deixar de agradecer, aos casais equipistas de Curitiba que formaram a equipe de apoio do encontro; vocês foram incansáveis. Aos nossos queridos irmãos do Sul queremos pedir, voltem sempre! Foi uma experiência maravilhosa poder partilhar esses dias com vocês. Que as janelas e portas de seus corações continuem bem abertas!

Angela e Luiz CRR - Paraná-Sul 22


O CASAL COMO REVELAÇAO DA TRINDADE

-

N

a Trindade temos o protótipo do casal cristão - no ca sal cristão temos a imagem da Trindade. Do casal cristão, de sua vida e de seu amor, como de coisa mais próxima de nós e mais conhecida, podemos chegar mais perto da contemplação da Trindade.

1.0 CASAL REVELA A TRINDADE PELO AMOR Todos nós já pudemos ver casais cujo amor nos chama a atenção: o amor no rosto da namorada que acolhe, o amor na doença e no infortúnio, o amor idoso ... Principalmente se tivemos a graça de pai e mãe que de fato se amavam ... Amor que vem de Deus: • Conhecendo a volubilidade humana, o egoísmo, o quanto custa amar, diante de um casal que se ama nossa primeira conclusão é: um amor assim só pode vir de Deus Trino que, amando, dá ao homem e à mulher o poder amar. A grandeza de seu amor conjugal, apesar de limitado, pode ajudar-nos a intuir a grandeza do amor que une a Trindade e do amor com que nos ama: totalmente gratuito, levado às últimas conseqüências, doador de vida e felicidade ... • Amor que, vindo da Trindade, é participação na sua vida trinitária, à qual nos leva de vol-

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ta num contínuo "batismo" mergulho no "nome" do ... , dando-nos uma percepção "conatural" (não discursiva) desse "mistério". Amor conjugal entre um homem e uma mulher: • Homem .e mulher têm formas características de amar e de serem amados. Essa diferença, na sua complementariedade, é que os faz imagem da Trindade que ama ad intra (cada Pessoa Divina tem seu jeito de amar) e ad extra (a Trindade que nos ama com amor paterno/matemo, masculino/feminino). • Esse amor não é apenas amor de homem e mulher: mas é também amor conjugal que é: gratuito, preferencial, exclusivo; que procura a máxima união, a máxima comunhão de vida, de conhecimento, de bens. E assim se faz imagem do amor da Trindade, em que tudo isso é realidade em sumo grau. • Amor conjugal que leva à união sexual como procura de união pessoal e de fecundidade. É o amor que na Trindade leva à pluralidade de pessoas e mantém a unidade mais total e absoluta, na partilha de todos os bens e no voltar-se para fora, para se comunicar pela criação e pela adoção. A fecundidade do amor conjugal é participação e imagem da fecundi-


dade interna da Trindade e da fecundidade que se manifesta na criação e na adoção do homem por graça. Vendo o amor humano que comunica vida, podemos intuir o amor da Trindade que se manifesta na sua fecundidade (interna/externa). Amor conjugal que leva aos outros: • Vindo da Trindade o amor/caridade conjugal não apenas leva ao amor a um homem ou a uma mulher, mas faz desse encontro com o outro/a um fator de abertura para os outros: para o filho, a família, a Igreja, a Sociedade. Não é amor que leve ao fechamento: pode ajudarnos a vislumbrar o amor da Trindade que também se abre para a criatura, numa grande difusão de felicidade. Amor que se faz fecundo no filho: O amor conjugal, por sua própria maneira de ser está voltado para a comunicação de vida - ainda que a geração biológica não seja possível -; ou é fecundo ou não é conjugal. Não se fecha no "eu tu", mas de uma forma ou outra desabrocha no "nós" comunitário. O filho não é concorrente do amor conjugal: é sua floração, sua projeção para o futuro. • Fecundidade que leva não apenas ao filho do sangue, mas também ao filho do coração, aos pobres e infelizes, à vasta fecundidade na Igreja e na Sociedade. • Pode assim ser imagem de Deus que, sendo Amor, é partilha pie-

na de vida na trindade de relacionamentos pessoais e na distinção real entre os que se amam, sem destruir, mas estreitando a unidade na Divindade. Pode ser imagem do amor da Trindade que, sendo fecundo , não apenas dá existência a outros seres, mas cria seres vivos, até mesmo seres vivos capazes de conhecer e amar, chegando a adotá-los como filhos e filhas.

2. O CASAL É REVELAÇÃO DA TRlNDADE PELO AMOR QUE DE DOlS FAZ UM

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Um homem e uma mulher, cada um com sua história, seus projetos, podendo tentar realizar-se cada um por si. Resolvem casarse: fazem a escolha mútua do amor, assumem comunhão plena de toda a vida por toda a vida. Amando-se, querem chegar ao máximo possível de unidade: na companhia, no corpo, na alma, nos gostos ... Continuam sendo distintos, um não se anula no outro, e continuam unidos fundamentalmente porque são diferentes (homem - mulher), e de sua união nasce o casal como realidade maior. Diferentes mas iguais em valor. Assim o casal lembra a Trindade: três Pessoas realmente distintas, mas uma só essência, uma só natureza, que não se multiplica nas três Pessoas. (A Trindade não é um "conjunto"


ÍNDICE2000 Apresentamos o índice dos artigos publicados pela Carta Mensal durante o ano de 2000. Este índice abrange as edições de número 352 a 360.

ADOLESCENTES - CRIANÇAS- FILHOS • Dia para nossos Filhos, Um .................................................. 358-31 • Dia que Conheci Vovó, O ..................................................... 358-29 •

EJNS- Como é bom Receber um chamado do Senhor .......... 356-43

EJNS- Encontro Nacional das .............................................. 358-27

A TUALIDADE • CNBB- Reflexões da Carta Brasil SOO Anos .......................... 355-22 • Dia Internacional da Mulher ................................................. 352-43 •

Feto: A que Espécie Pertence ............................................... 35 7-36

Missão ................................................................................. 358-35 Nova Primavera, Uma ....... o o······ ....... o·••oo• o•· oo•· oo•· o... o..•.... 35 7-38

0000.

Política e Religião, Vote com Consciência ............................... 35 7-3 7

Qual o Papel da Igreja na Política, Atualmente oooo•o··· ...•..•....... 358-32

EACRE2000 •

Momentos Fortes (Super-Região) .......................................... 353-03

Região Norte 11 ··o·····o··o·•·ooooooooooooo····ooo·············o······ooo•··•ooooo• 355-32

• •

Região Paraná Sul .... oo•o···o·········o••o···ooooo••ooooooooo••o···o··o······o·· 353-24 Região Rio III e V .. ooo•o················oooooo .• o.. o....•. o................• o.. o.. 355-30

• •

Região Rio Grande do Sul li •o···o•oo··················oo•••ooooooooo········ 355-32 Região São Paulo- Centro III .................. 353-21

Região São Paulo- Leste li ................................................... 355-31

Região São Paulo- Oeste li .................................................. 355-33

Testemunho ·····o·················o···o············································ 353-26

0

............................

ENCONTRO INTERN. SANTIAGO DE COMPOSTELA

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• • • •

Abrir o Coração (E RI) ........................................................... Apoiar-se no Amor do Deus Trinitário (Cidinha e lgar) ............ Caminho da Fé e da Perseverança, O .................................. Caminho de Conversão (E RI) ................................................ Candelabro de São Tiago ..................................................... Desafios do Caminho, Os: Entusiasmo (Pe. Sárrias) ................ E o verbo se fez carne ... (ERI) ..............................................

356-03 35 7-13 35 7-11 355-04 354-41 353-09 353-07


• • • • • •

Fichas de Inscrição .............................................................. 353-46 Informações Gerais ............................................................. 356-33 Orientações Práticas s/o Encontro (ERI) ................................. 355-07 Para Aqueles que não vão à Santiago ................................... 356-35 Que Sejamos um em Santiago (SR) ....................................... 35 7-04 Realização do Encontro (18 a 23/09/2000): • Bastidores do Encontro, Nos ............................................. 360-03 • Carta de Envio ...... : ......................................................... 360-75 • Como Foi o IX Encontro Internacional das ENS ................... 360-07 • Fotos do Encontro Internacional (à cores)................... 360-Encarte Conferências: • Fidelidade e Perdão (Dr. Jack Dominian) ........................... 360-26 • Nó de Três Fios, O (Xavier Lacroix) ................................... 360-49 • Ser Pessoa (Bartolomeo Sorge) ......................................... 360-1 O Homilias: • Arceb. Julián Bar rio Bar rio ............................................... 360-44 • Dom Aloysio Penna .. ................... .. ................................... 360-68 • Mons.Guy Thomazeau ................ ......................... ... ......... 360-19 • Mons. Luigi Bettazzi ......................................................... 360-62 • Mons. Michaeil L. Fitzgerald (à Imagem de Deus) .............. 360-39 • Padre Sàrrias .................................................................. 360-65 • Reunião de Equipe e Confraternização .............................. 360-42 • Rumo, Agora Aponta para Onde? , O (Super-Região) ......... 360-02 • Sessão de Formação Internacional .................................... 360-79 • Solidariedade Concreta ............... ......................... ............ 360-05 Testemunho: • Amigos para Sempre ........................................... ............ 360-73 • Botafumeiro e Visita a Santiago ............................. ............ 360-4 7 • Celebração da Reconciliação ................................ ............ 360-6 7 • Encerramento, Eucaristia e Envio ................. ......... ............ 360-71 • Tempo de Encontro, Conhecimento e Amor, Um (ERI) ....... 356-05 • Um Guia (ERI) ............................ ......................... ............ 355-05 • Vivendo um dia do Encontro ................................. ............ 360-22

ENCONTRO NACIONAL 1999 • Encontro Especial, Um ............................................ .. ........... 352-06 •

2

Palestras I Reuniões: • Carta Mensal (flash) .................... ......................... ............ 352-22 • Experiências Comunitárias (flash) .......................... ............ 352-22 • Formação de Casais de Setor e Responsáveis ........ ............ 352-15

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• • • • •

Henri Caffarel- Um homem Arrebatado por Deus ............ Homenagem aos Atuais e Ex-Integrantes da ECIR ............... Matrimônio e Eucaristia .................................................... Pilotagem- Novo Manual ................................................ Sacerdotes CE, Reunião com os ........................................

352-13 352-19 352-08 352-17 352-11

ENCONTROS INTERNACIONAIS: Retrospectiva •

Fátima- 1994 .................................................................... 357-07 Lourdes- 1988 .................................................................. 356-30 Roma- 1970 ..................................................................... 352-23

• •

Roma - 197 6 ..................................................................... 353-1 2 Roma - 1982 ...................................................................... 355-1 O

ERI Amar e Servir (Padre Sárrias) ............................................... Cidinha e lgar (Alguns dados do casal) .................................. Cinqüenta Anos ENS no Brasil (Cidinha e lgar) ....................... E o verbo se fez carne ......................................................... Encontro de Santiago 2000: • Abrir o Coração .............................................................. • Caminho de Conversão ................................................... • Orientações práticas s/ o Encontro .................................... • Tempo de Encontro, Conhecimento e Amor, Um ................ Equipe da ERI ...................................................................... Falecimento Dr. Herbert Faulkner (Fundador Eq. Áustria) ....... Genevieve Sipsom- Pioneira do Movimento (morte) .............. Guia, Um ...........................................................................

358-03 354-31 354-05 353-07 356-03 355-04 355-07 356-05 353-11 353-11 356-07 355-05

FORMAÇÃO Jubileu -Indulgência- Peregrinação .................................... 352-27 Protagonismo dos Cristãos Leigos, O ..................................... 359-40 Vocação Especial, a do Casal, Uma ...................................... 356-36

JUBILEU DE OURO DAS ENS- BRASIL Alegria Jubilar do Mistério da Encarnação, A ......................... Celebrando o Jubileu das ENS -Informações ........................ Cinqüenta Anos ENS (E RI) .................................................... Comemoração, Uma (D. Nancy) .......................................... Comemorações pelo Brasil ................................................... Construindo um Novo Tempo (Silvia e Chico) .........................

352-04 352-39 354-05 354-01 356-24 354-03 3


• • •

Jubileu das ENS e a Míd ia (divulgação) ..................... ............ 356-27 Jubileu -Indulgência- Peregrinação .... .................... ............ 352-27 Peregrinação a Aparecida: • Equipe Mais Antiga do Mundo (Equipe 1E- S. Paulo) ......... 356-22 • Fotos da Comemoração (a cores) . ..... .... ... ... . ... ..... .. . . 355-Encarte • Lançamento do Livro "ENS- Ensaio s/ Histórico" ... ... ......... 356-18 • Maria, Um Encontro Marcado .......................................... 355-1 9 • Participantes da Peregrinação: Belém (PA)/Esp. Santo ......... 356-20 • Pena que Vocês não Foram! ........ .... ..................... .. .......... 355-20 • Preparação ..................................................................... 353-19 • Saudação do CR da SR .................................................... 356-15 • Testemunho, Um ............................................................. 35 7-19 Primeiras Equipes das Regiões: • Província Centro-Oeste .................................................... 359-23 • Província Leste ................................................................ 355-16 • Província Norte ............................................................... 35 7-16 • Província Su l III ................................................................ 358-18

Tempo Especial, Atitudes Especiais ........................................ 352-03

JUBILEU DE OURO DAS ENS (BR)- NOSSA HISTÓRIA • Ação de Graças pelos 50 anos ............................................. 354-47 • Antes de 13 de maio de 1950 ............................................. 354-06 •

Carta Mensal- Pequeno histórico .........................................

354-32

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354-09

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Carta para a Equipe, Uma (Nancy e Pedro Mancou) .............. ECIR - Responsáveis : • Cidinha e lgar ................................................................. • Cidinha e lgar (alguns dados) .......................................... • Dirce e Rubens ................................................................ • Esther e Luiz Marcel! o ...................................................... • Maria Regina e Carlos Eduardo ........................................ • Nancy e Pedro (in memoriam) Mancou ............................. Equipe Especial, Uma (Nossa Senhora do Silêncio) ................ Expansão: Contando os primeiros passos ...............................

Fermento na Comunidade, Um- Água Boa, MT .................... 354-36

Histórico do Movimento (painel especial) ........................ 354-Encarte

• •

Nossa Missão em Portugal (Experiência Comunitária) ............. 354-34 Nossa Senhora das Equipes (História da Silhueta) ................... 354-43

Passos Iniciais- Primeiro Setor ............. ... ............................. 354-1 O

Primeiras Equipes, As .......................................................... 354-11

Primeiras Equipes fora da Cidade de São Paulo:

4

354-29 354-31 353-1 7 353-1 7 356-28 353-1 6 354-38 354-24

~


• • •

• Campinas, SP ................................................................. 354-1 5 • Jaú, SP ........................................................................... 354-16 • Paraná ............................................................................ 354-18 • Rio Grande do Sul ........................................................... 354-13 • Santa Catarina ................................................................ 354-15 Primeiros Conselheiros Espirituais, Os: • Padre Corbeil .................................................................. 354-23 • Padre Oscar Melanson ..................................................... 354-21 Recordando e Agradecendo (um Testemunho) ....................... 354-40 Silhueta da Nossa Senhora das Equipes (História) ................... 354-43 Vamos pra Frente (reflexão) ................................................. 354-46

Visitas do Padre Caffarel ao Brasil, As ................................... 354-19

JUBILEU DO BRASIL • • •

Beatificação dos primeiros mártires do Brasil ......................... 353-39 Há 500 anos ...................................................................... 353-37 Silêncio, meu Deus .............................................................. 353-40

JUBILEU 2000 • •

Porta Santa, A ..................................................................... 352-34 Símbolo do Jubileu, O ......................................................... 353-42

MARIA • Anunciação do Senhor ............................................... :......... 352-40 • Dogmas Maria nos ............................................................... 359-44 •

Encontro Marcado, Um (Peregrinação à Aparecida) ............... 355-1 9

Encontro na Páscoa ............................................................. 353-43

Espiritualidade do Casal, Maria na ........................................ 358-40

José, o Justo ....................................................................... 352-41

Mãe de Deus ...................................................................... 357-29

Mulher Chamada Maria, Uma ............................................. 354-45

Nossa Senhora Aparecida, Início do Culto ............................. 358-42

Plena do Espírito I, Maria ...................................................... 355-46

Virgem do Silêncio, Oração à .............................................. 35 7-30

ORAÇÃO •

Ação de Graças pelos PCE ................................................... 354-47

Ação de Graças pelos PCE ................................................... 355-48

Bênção do Peregrino ........................................................... 357-14

Colete, Oração da .............................................................. 359-15

Dia Nacional dos Leigos e Leigas .......................................... 359-30 5


Esperança, A ................................ ......................... ............. 35 7- l 5

• •

Perseverante ................................. ......................... ............. 35 7-45 Virgem do Silêncio, À .................... ......................... ............. 35 7-30

PARTILHA E PONTOS CONCRETOS DE ESFORÇO • Ação de Graças pelos PCE ...................................... ............. 354-47 • Ação de Graças pelos PCE .... .................................. .. ........... 355-48 • Ação de Graças pelos PCE ................................................... 356-41 • • • • • • • • • •

Deus nos Deu Dois Ouvidos e uma Boca ............................... Dever de Sentar-se, Estímulo ............................................... Dever de Sentar-se: para que fazer ...................................... Escalada do Equipista, A ....................................................... Escuta da Palavra ................................................................ Pontos Concretos de Esforço, Os ........................................... Pontos Concretos de Esforço, Os ........................................... Retiro: Não Esqueça ... é muito Importante ............................. Retiro, O que foi o nosso ..................................................... Retiro: um Convite ...............................................................

358-46 352-46 35 7-34 358-43 359-32 353-45 359-31 357-31 358-44 357-33

PASTORAL FAMILIAR • • • •

Encontro Nacional de Pastoral Familiar (Curitiba) ..... ........ ...... Namorados ... Esposos Enaniorados ...................................... Quatro Cavaleiros do Apocalipse (s/ o Casamento) .. ... ........... Sexualidade Humana ...........................................................

359-27 355-41 358-33 355-38

REFLEXÃO • • • • • • • • • • •

Corrente do Amor ............................................................... Esperança, A ..................... ............ .... ..... .. ........ .................. Eu pedi a Deus .................................................................... Eucaristia e Matrimônio ..... ................................................... Ferreiro,0 ............................................................. ........ .... Milênio, O ................... .. ..... ... ... ..... ......................... .... ........ Piscina e a Cruz, A .................................................. ............ Raposa, A ..... ... .......... .. .... ..... ......... ......................... ... ....... .. Ser Cristão: uma Opção de Vida .............................. .. .......... Tristeza se Mudará em Alegria, A ............................ .. ........... Velas e o Vento, As ..............................................................

359-46 35 7-15 356-48 359-33 357-47 352-47 358-47 358-48 353-48 353-4 7 359-48

SACERDOTES CONSELHEIROS ESPIRITUAIS •

Dia do Padre ....................................................................... 356-38


• • • • •

Doriano Cetorini, Frei .......................................................... José Radiei, Padre ............................................................... Lionel Corbeil, Padre ........................................................... Oscar Melanson, Padre ........................................................

359-36 357-27 354-23 354-21 Reunião com os SCE (Encontro Nacional) .............................. 352- ll

SUPER-REGIÃO • À Imagem da Trindade ........................................................ 355-08 • Alegria Jubilar do Mistério da Encarnação, A ......................... 352-04 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Balanço, Balanço, mas, não Caio .......................................... 359-16 Balanço das Equipes ............................................................ 359-1 O Balanço está aí, O ............................................................... 359-19 Balanço Patrimonial das ENS- 1999 (Financeiro) .................. 355-24 Cidinha e lgar: Exp. Como Casal Resp. ERI ............................ 358-1 2 Colegiada Nacional da SR .................................................... 358-08 Construindo um Novo Tempo (Jubileu ENS) ........................... 354-03 Contribuição Mensal ............................................................ 359-12 Encontro da SR no Rio de Janeiro ......................................... 356-11 Entusiasmo e Paz (s/ visita da SR ao Rio de Janeiro) ................ 355-03 Juntando as Diferenças (Colegiada da ERI) ............................ 359-03 Lançamento do Livro D. Nancy- "Ensaios ... " ....................... 356-1 8 Manifestações do Amor de Deus ........................................... 358-05 Mensagens de Fim de Ano ................................................... 359-04 Momentos Fortes (s/EACRE) ................................................. 353-03 Pai na Trindade, O .............................................................. 356-09 Peregrinação à Aparecida: Saudação CR da SR ..................... 356-15 Quando só sobrevive o amor (Finados) ................................. 359-07 Quinhentos anos de Evangelização ....................................... 353-04 Tempo Especial, Atitudes Especiais ........................................ 352-03 Vôo Longo, Um (Encontro lntern. Santiago/2000) .................. 360-80

TEMPOS DA IGREJA

• • • • • • •

Campanha da Fraternidade 2000 ........................................ Campanha da Fraternidade Ecumênica ................................. Celebração dos Santos ......................................................... Eu estava lá (Páscoa) ........................................................... Festa de Corpus Christi ........................................................ Junho: Mês do Coração (Santos do mês) ............................... Lavai os pés uns dos outros .................................................. Quaresma ..........................................................................

352-32 353-34 359-34 353-30 355-42 355-44 353-32 352-30 7


Trindade de Amor, Uma (PRNM) .......................................... 358-37

VIDA NO MOVIMENTO • Água Boa, MT- ENS- Um Fermento na Comunidade ........... 354-36 • Balanço à Beira do Caminho ..................................... ........... 353-27 •

Balanço: Uma proposta para o ano 2000 .............................. 353-29

Carta Mensal- Pequena História ...... ....................................

Casal Responsável de Equipe:

354-32

• Combati o Bom Combate ............. ... ...................... ...... ..... 359-20 • Eleição ................................................................ ........... 358-23 • Nossa Eleição ............................. ......................... ........... 35 7-4 1

• •

Cidinha e lgar- Experiência como CR da ERI ............. ........... 358-12 Contribuição Mensal ........................ ......................... ........... 359-12

Dia Diferente, Um (Reunião de Equipe) ................................. 359-22

Encontro de Leigos .............................................................. 355-34

Equipe Especial- Nossa Senhora do Silêncio .............. ........... 354-38

Equipe Visita o Santuário de N. Sra. da Penha, (RJ) ................ 357-25

Experiência de um Ministro da Eucaristia Equipista ................. 356-44

• •

Foi Tudo uma Festa (Visita SR ao Rio de Janeiro) .................... 357-39 Goiânia, Velho Sonho (Chegada do Movimento) .................... 355-36 Henri Caffarel- Homem Arrebatado por Deus, Um ............... 352-26 Henri Caffarel- Profeta do Século XX ................ ~· .................. 352-13 Henri Caffarel- Visitas ao Brasil ........................................... 354-1 9 Jubileu de Prata de Equipe:

• • •

• Brasília- Equipe 8C ........................................................ 358-26 • Ma naus- Equipe 2 .......................................................... 357-23 •

Mutirão .............................................................................. 353-42

• • • •

Palavra de Deus é Vida ... (mês da Bíblia) .............................. Pastoral da Vida (Evang. Gestantes) ...................................... Perseverar Sempre (Revitalizar a Equipe) .............................. Primeiras Equipes das Regiões: • Província Centro-Oeste .................................................... • Província Leste ................................................................ • Província Norte ............................................................... • Província Sul III ................................................................ Recordando (Primeiras Equipes de Goiás e Mato Grosso) .......

357-26 35 7-42 35 7-40

359-23 355-16 35 7-16 358-1 8 359-26 Relatório da Reunião Mensal de Equipe ................................. 357-21

Sessão de Formação 1- Região SP-Centro 1........................... 357-24

Sessão de Formação III- Região MS ..................................... 358-25 Silhueta de Nossa Senhora das ENS (História) ........................ 354-43

• 8

~


de seres, uma unidade "coletiva".)

"Por causa dessa unidade, o Pai está todo inteiro no Filho, todo inteiro no Espírito Santo; o Filho está todo inteiro no Pai, todo inteiro no Espírito Santo; o Espírito Santo, todo inteiro no Pai, todo inteiro no Filho" (Concílio de Florença, 1442)

O filho não é concorrente do amor conjugal: é sua floração,

3· O CASAL É REVELAÇÃO

sua projeção

DA TRINDADE PELA ALIANÇA QUE VIVE

para o futuro.

Aliança: como realidade humana é um contrato, ou pacto, entre duas ou mais pessoas, iguais ou desiguais, estabelecendo obrigações, compromissos, direitos e deveres. Aliança: do ponto de vista bíblico (Antigo e Novo Testamento) tem um sentido profundamente religioso enquanto aliança entre Deus e o povo.

Aliança do eu - tu:

Aliança entre desiguais, por iniciativa divina, tendo por objeto a salvação do ser humano. A fidelidade de Deus exige a fidelidade do homem; generosidade generosidade; amor- amor. A ruptura da aliança é como um adultério (Ez 16,15-43; Os 2,4). No seu sentido pleno, a Aliança traz para o homem participação na vida divina, felicidade. O casamento é aliança não apenas enquanto "contrato", mas enquanto compromisso de amor dado e aceito, de partilha total de vida, tendo em vista a felicidade do outro que constitui a felicidade de quem ama. 25

Um se compromete a ser para o outro felicidade e bem, ao mesmo tempo que, reconhecendo a falta que o outro lhe faz, nele procura seu bem e sua felicidade. Por isso estabelecem aliança de vida. Na Trindade, temos as Pessoas distintas mas unidas na mesma natureza, iguais entre si na mesma divindade, uma sendo a felicidade da outra e na outra encontrado sua felicidade (realização), na mais plena aliança/comunhão de vida.

Aliança de corpo e alma: Duas pessoas diferentes, no corpo e na alma, homem e mulher, fazem aliança procurando unidade na diversidade e apesar da diversidade. Aliança que se concretiza no encontro dos corpos (sexo) e das almas (sexualidade). A diversidade não impede mas motiva o amor conjugal. A distinção entre as Três Pessoas Divinas não destrói mas, na unidade


4· TAMBÉM FAMÍUA É IMAGEM E REVElAÇÃO DA TRINDADE

Se o casal é

O casal constitui o núcleo da farm1ia. Por isso podemos dizer que atinge sua realização mais plena quando se faz farm1ia com o filho de sangue, ou o filho de coração, ou os filhos que são os necessitados todos de todas as necessidades. Se o casal é revelação e imagem da Trindade, o mesmo podemos dizer da farm1ia.

revelação e imagem da Trindade, o mesmo podemos dizer da famz1ia.

da essência, possibilita a plenitude do amor e da inter-compreensão.

Aliança do tempo para a eternidade: Vida de casal, aliança de toda a vida pela vida toda, que na sua realidade presente dura até a morte, mas antes passa por todas as etapas da vida, num arco que possibilita imensa diversidade de vivências. Como realidade "terrena", chega até a morte; enquanto aliança que se baseia na caridade, chega a eternidade, que perdura para sempre, não mais como procura, mas como união/ felicidade plenamente realizada. Na Trindade, desde sempre e para sempre, o Pai gera o Filho e de ambos procede o Espírito Santo, na mais perfeita unidade feliz, que de nada nem de ninguém precisa. A felicidade do casal, na terra e na eternidade, é apenas participação limitada, pálida imagem dessa perfeita felicidade divina na unidade de natureza e na trindade de pessoas.

5· CONCLUSÃO Como dizia o papa Dâmaso, lá no século IV, "Deus é único, mas não solitário". Sendo Unidade e Trindade - algo que supera nossa compreensão- para conhecê-lo um pouco, podemos ver no casal e na farm1ia uma analogia, um ponto de referência que nos ajude. Analogia imperfeita, mas tal vez a melhor que possamos ter. Se o casal e a farm1ia podem ajudar-nos a perceber um pouco da Trindade, poderíamos também partir da Trindade para ter o protótipo, o modelo para o casal e para a farm1ia. Espero ter lembrado elementos que possam ajudar também nesse caminho de retorno, de volta para a realidade humana do casal e da família que precisam ser transformados à luz do Pai, do Filho e do Espírito.

Pe. Flávio Cava/ca de Castro, cssr SCE da Super-Região 26


1º ENCONTRO NAClONAL DOS MOVlMENTOS ECLESlAlS CELEBRAÇÃO DO DlA DO LElGO 2ooo

A

cidade de Goiânia, GO, sediou o I Encontro Nacional dos Movimentos Eclesiais, que aconteceu de 24 à 26 de novembro de 2000, incluindo a celebração do Dia do Leigo. A 3T Assembléia Geral da CNBB, aprovou essa iniciativa que visou repetir o encontro dos movimentos com o Papa, em Roma, na Vigília da Festa de Pentecostes,

de 1998. A realização do encontro foi delegada ao Setor Leigos da CNBB, em parceria com o CNLConselho Nacional dos Leigos e Leigas Católicos do Brasil. O I ENME teve o tema Carismas a serviço da evangelização, o lema "Que todos sejam um... para que o mundo creia." (Jo 17,21) e o objetivo "Vivenciar a vocação cristã à santidade, partilhando a fraternidade na busca da comunhão na diversidade dos carismas, em vista da missão de transformar oBrasil de hoje, segundo o projeto do Reino de Deus." Os representantes de diversos movimentos, pastorais, associações e ligas, participaram da programação que constou de momentos litúrgicos sobre a luz, a água e o

27


pão; de conferências sobre Movimentos Eclesiais, vocação à santidade na diversidade, da leiga Maria Clara Bingmer, teóloga e Missão do Leigo(a) no mundo, do leigo Reinaldo B. dos Reis, coordenador naCional da RCC;fila do povo, momento de manifestação dos presentes; um painel sobre Economia de Comunhão, Fé e Política, Movimentos Eclesiais e Pastorais, Formação do Cristão Leigo e Inculturação do Evangelho; encerrando com o show JC 2000. O I ENME foi uma iniciativa importante para a nossa Igreja, que busca novos métodos, novas expressões e novo ardor missionário. Podemos avaliar pelos participantes. Destacamos a presença dos bispos D. Jaime H. Chemello, presidente da CNBB, D. Mauro Montagnoli, bispo de Ilhéus, BA e responsável pelo Setor Leigos da CNBB, D. Antonio Oliveira, arcebispo de Goiânia e anfitrião, D Alberto Taveira Correa, bispo de Palmas, TO e responsável pela RCC. Os leigos estiveram representados pelo CNL na pessoa do vice-presidente, José Francisco de Medeiros, além dos representantes nacionais e participantes dos diversos movimentos, pastorais, associações e ligas de leigos do Brasil. Um importante articulador para a realização desse evento foi o Pe Alaor Rodrigues de Aguiar, assessor nacional do setor leigos, que não mediu esforços, colocando sua paróquia em Goiânia como sede preparatória do I ENME. As ENS estiveram representa28

das por Silvia e Chico, Pe Flávio (que participou no dia 23 de um encontro dos sacerdotes fundadores e ou acompanhadores), Vera e Renato (que representam as ENS no CNL), e pelos casais responsáveis de setores e região e equipistas de base das regiões Centro Oeste I, II, Goias Sul. Destacamos a presença da Junko, do Teruo, CRR SP Leste II, indicada pela sua paróquia. As ENS é um dos três movimentos de maior participação paroquial. Avaliamos que a nossa participação nesse evento foi importante na medida em que demos passos em direção a ação em conjunto com outras manifestações do Espírito Santo, colocando nosso carisma a serviço dos outros carismas. Além disso vivemos outras experiências gratificantes. Em Anãpolis, cidade próxima de Goiânia, participamos da confraternização e posse dos CRE-2001, revemos amigos, e Silvia e Chico falaram-lhes, entre outras coisas, sobre o Encontro de Santiago. Silvia e Chico e nós fomos hospedados por casais equipistas da primeira equipe de Goiânia, ainda em pilotagem, e suas farm1ias. Colocaram-se inteiramente a nossa disposição: tempo, casa, automóvel... A esses amigos e irmãos que uniramse a nós no serviço ao Movimento, rogamos que Deus lhes pague com as graças de que mais estiverem necessitados.

Vera e Renato Casal secretário-tesoureiro Super Região


CASAlllGAÇÃO

B

aseado no documento das ENS, "Manual do Casal Ligação" (edição de 1999), verificamos que o papel do mesmo é unir, "dar liga", aglutinar, as equipes por ele ligadas, e não apenas um simples elo entre a equipe e o Setor. Ele não é um mero "repassador" de informações, mas um amigo, que promove a integração entre as equipes que liga, e entre elas e o Movimento, procurando ver as necessidades das equipes, permitindo que as mesmas se beneficiem com as riquezas e as experiências de todas as outras equipes. A Ligação é indispensável para construir o espírito de comunidade no Movimento, assegurando a transmissão da vida no sentido vertical (Equipe- Movimento), e no sentido horizontal, entre as equipes. O Casal Ligação deve se esforçar, para que ocorram os seguintes fatos:

1. A Ligação da Equipe com o Setor e o Movimento, mantendo o CR do Setor informado da caminhada de uma Equipe, seus sucessos, suas dificuldades, necessidades, permanecendo, porém discreto em relação a problemas pessoais dos casais, pois o sigilo é fundamental, e não deve sair do âmbito da Equipe.

2. A Ligação do Setor e do Movimento com a Equipe, transmitindo ao CRE os apelos do Movimento e do Setor, ajudando a Equipe a compreender os métodos e orientações do Movimento, para melhor vivê-los. 3. A Ligação entre as Equipes que liga, pois é muito rico e estimulante, que uma equipe conheça e aprenda com as experiências, felizes ou não, de outras, cabendo ao Casal Ligação, esforçar-se para que isto venha a ocorrer.

4. Manter o CRE informado, sobre as orientações e solicitações do Setor e do Movimento, que por sua vez, mantém o Casal Ligação informado, sobre a vida de sua Equipe. Para isto, o Casal Ligação, convidado pelo CRE, deve participar de reuniões das Equipes ligadas, ao longo do ano, quando poderá conhecer melhor os demais casais e o Conselheiro Espiritual da Equipe. 29


5. Ajudar a Equipe ligada, em situações extraordinárias, como na mudança de CRE no meio do ano equipista, na substituição de Conselheiro Espiritual, nas possíveis crises de relacionamento entre casais da equipe, etc. Nestes casos, se necessário devem contar com o apoio efetivo dos outros casais da equipe, e do Casal Responsável do Setor. As principais funções do Casal Ligação, são:

a. Manter contatos freqüentes com os CR das equipes que ligam, como também com seus Conselheiros Espirituais; b. Estimular para que a Reunião Mensal da Equipe, seja previamente preparada, solicitando o roteiro da Reunião Mensal, com antecedência, para se possível, participar. Se não puder ir à reunião, enviar uma mensagem, através do CRE, de estímulo à Equipe; c. Solicitar o envio do Relatório da Reunião Mensal, e de outras ati vidades da Equipe daquele mês, o mais breve possível, procurando responder ao Relatório, manifestando-se sobre algum fato que tenha chamado mais a atenção. Esta resposta, sempre que possível deve ser por escrito e entregue ao CRE, que a lerá na Reunião Mensal seguinte, ou em uma reunião informal, por exemplo, no terço em equipe. d. Incentivar as equipes ligadas, a participarem das programações do Setor, ou do Movimento, tais como missa mensal, noites de oração, retiros espirituais, tardes de formação ou reflexão, mutirão, sessões de formação (nos três níveis), etc., para que os casais possam, aprofundar cada vez mais seus conhecimentos a respeito do Movimento. Só se ama o que se conhece. Colaboração de Neise e Clóvis CR Setor B - Sorocaba, SP (Compilado do "Manual do Casal Ligação") 30


QUARENTA ANOS DE EQUIPE DE NOSSA SENHORA EM PEDERNElRAS, SP

O

Setor de Pederneiras, está comemorando, com grande entusiasmo, os 40 anos da fundação de sua primeira equipe, quando o Movimento chegou em nossa cidade. A Equipe 1 foi fundada, pelo Seto r de Jaú, no dia 20 de Outubro de 1960. Foram seus fundadores, os seguintes casais: Gessi/Jaime Cestari; Lioneti/ Antonio Ruiz Fernandes; Leontina/Euclides Chacon; Nilda/Eugênio De Conti; e Trindade/Durval Pereira. Dos casais fundadores ainda permanecem na Equipe 1, numa elogiável demonstração de amor pelo Movimento, os três primeiros casais acima citados. Trindade/ Durval e o Eugênio (da Conti) faleceram. Hoje também integra a Equipe 1, o casal Claudinha/José Gisbert. Após alguns anos da fundação da Equipe 1, Pederneiras passou à pertencer ao Setor de Bauru. Hoje, somos Setor, dada a expansão do Movimento, contando a nossa cidade com 1OEquipes. As comemorações dos 40 anos de fundação do movimento equipista em Pederneiras, como não podia deixar de ser, estiveram à altura de

data tão significativa, com a celebração de uma missa, da qual participaram todas as Equipes, com o seu coro bem ensaiado, além de representantes das Equipes dos Setores de Jaú e de Bauru. Após a missa, ouve um grande jantar em um cube da cidade, decorado pelos integrantes da Equipe 1, do qual participaram as famílias de todos os equipistas de Pederneiras, Bauru, Jaú, além dos atuais e ex-conselheiros espirituais, num total de 160 pessoas mais ou menos ... A Equipe 1 de Pederneiras foi semente lançada em terra fértil e gerou mais 9 equipes, o que representa um número bastante significativo, para a nossa cidade. Os equipistas têm forte atuação na cidade, ministrando o curso de noivos, integrando o Conselho da Administração da Paróquia, tomando parte em diversas pastorais, emprestando, assim uma inestimável colaboração à comunidade e às famílias. Gessi e ]ayme Eq.l - N. Sra. Mãe do Belo Amor Pederneiras, SP 31


CAMPANHA DA FRATERNIDADE

2001

"VlDA SlM, DROGAS NÃO!"

N

este ano, a Campanha da Fraternidade está voltada para o grave problema das drogas, que vem afetando dramaticamente milhares de pessoas, farru1ias e muitos setores sociais. O assunto está em seqüência às Campanhas anteriores, particularmente a de 1997, "Cristo liberta de todas as prisões", a de 1983, "Fraternidade sim, violência não" e a de 2000, que versou sobre a dignidade humana, a paz e projetou um novo milênio sem exclusões. O lema "Vida sim, drogas não!" obviamente mantém a relação profunda das Campanhas anteriores com as estruturas políticas, econôrnicas e sociais de nosso país. A produção e o tráfico de drogas tornaram-se hoje um grande negócio e, portanto, interferem na política e na cultura de nosso povo. O problema passou a ser estrutural, atingindo um grande número de pessoas, e é, na verdade, mundial. Diante dessa realidade, é preciso fazer, como cidadãos conscientes do valor do ser humano e da periculosidade das drogas, primeiramente, um grande mutirão de trabalho preventivo. É nosso dever, também, acionar as instâncias competentes para o cerceamento das poderosas forças que produzem e traficam drogas e para a pronta recuperação dos atingidos por elas.

Mas, acima de tudo, deve estar o trabalho em favor da dignidade humana a ser preservada, promovida e, quando necessário, resgatada. Seguindo os passos de Jesus e olhando o próximo com o seu olhar, queremos construir um mundo onde o ser humano encontre a felicidade e não precise mais buscar nas drogas um prazer ilusório. Como objetivos específicos, a Campanha daFraternidade 2001 visa a: a) contribuir para que a comunidade eclesial e a sociedade sejam mais sensíveis ao complexo problema das drogas, às suas vítimas e às suas danosas conseqüências; b) mobilizar a própria Igreja para se colocar, mais ainda, profeticamente em favor da vida e da dignidade humana, particularmente dos empobrecidos e excluídos; c) anunciar para o novo milênio uma sociedade sem exclusões, em que a pessoa seja o centro, a vida não se subordine à lógica econômica e o trabalho não se reduza à mera sobrevivência, mas promova a vida em todas as suas dimensões; d) incentivar amplo movimento de solidariedade para manter viva a esperança das vítimas diretas das drogas, divulgando iniciativas já existentes e estimulando novas; 32


e) denunciar "com coragem e com força o hedonismo, o materialismo e aqueles estilos de vida que facilmente induzem à droga", bem como os mecanismos sociais do mercado neoliberal que, com seu padrão de consumo insaciável, aumenta a competição e o individualismo, deixando um vazio existencial nas pessoas nele integradas e revolta nas que dele são excluídas, levando umas e outras para o mundo das drogas.

Durante todo este ano daremos especial atenção para a Campanha da Fraternidade 2001, que tem como lema VIDA SIM, DROGAS NÃO! Para isso, queremos contar com a colaboração dos nossos irmãos equipistas, que poderão enviar à Carta Mensal, testemunhos dos seus trabalhos desenvolvidos na ação contra as drogas.

(do livro Texto-Base da Campanha da Fraternidade 2001 - no 5, 6, 9 e 11)

Vamos colaborar?

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DROGA x VALORIZAÇÃO DA VlDA

A

ssusta a sociedade, o cresci mento do consumo das drogas e o fato, de cada vez mais, diminuir a faixa etária dos seus usuários. A vivência, tem demonstrado, de maneira inequívoca, que o caminho mais eficaz para a obtenção de um quadro mais promissor e menos angustiante, é, sem dúvida, o da prevenção. Para que venhamos a conseguir resultados menos assustadores é necessário prevenir sempre, "chegar antes", através da informação, da conscientização e de maior preparação pessoal, para enfrentamento dos inevitáveis desafios oriundos da realidade da vida. Tal prevenção é estabelecida, principalmente, a partir do aprimoramento das relações interpessoais na família, na busca da mais intensa proximidade do conhecimento de si e do outro além da comunicação das emoções.

A droga acaba surgindo e ocupando espaço na vida de alguém, na condição de "compensação" para a dor (frustrações, insatisfações, carências) e desde que o mundo é mundo, é através do prazer que se compensa a dor, mesmo que tal mecanismo seja inconsciente ou cercado de muita racionalização. A questão ultrapassa, e muito, as visões simplistas, da experimentação, da curiosidade ou mesmo da expressão exercida pelo outr.o, geralmente chamado de " má companhia". Urge que reflitamos sobre qual a qualidade das nossas relações interpessoais, notadamente, dentro de nossa farru1ia. Estamos nós atentos para onde caminha a sociedade, para onde caminha cada um de nós? De que maneira estamos influenciando, ou deixando de influenciar, como deveríamos , o nosso 34


próximo? Vivemos inseridos no através da glória divina que é a incontexto de um mundo conturba- teligência, realiza, com êxito, o transdo, conflitivo e competitivo, onde plante do coração, ao mesmo tema luta pela sobrevivência nos ab- po que não consegue mais amar! Concluímos que a prevenção sorve intensa e completamente. Vivemos envoltos em incontáveis das drogas está intimamente ligacrises, entre as quais, a mais gra- da ao aumento da auto-estima e ve e a responsável por inúmeras da valorização da vida! Se valorioutras, é a crise moral, a crise dos zarmos a vida não daremos espavalores invertidos, numa atmosfe- ço para a droga. Temos percebido que há muito ra onde não ter ética parece ter se tornado um modismo e uma ten- tempo, os lares estão sendo transdência natural, que não surpreen- formados em simples "espaço fíde mais! E, em meio a toda essa sico", onde pessoas distanciadas "catástrofe social" a nossa volta, e desconhecidas, habitam sob o caso não estejamos atentos, vamos mesmo contexto, estabelecendo nos distanciando de uma maior vivências que vão, pouco a pouco, interiorização, passamos a dia-a-dia, minando os relacionasuperficializar mais a cada instan- mentos. É fácil perceber quando alguém te, bloqueamos as possibilidades de desenvolvermos funções mais está literalmente sangrando, e até profundas do nosso psiquismo, e, providenciar socorro urgente. Isso o que é mais grave, tornamo-nos faz parte de nosso altruísmo e solicada vez mais distantes de nossa dariedade humana. O difícil é ser essência, super valorizando o ter sensível e detectar quando é a alma e, praticamente, esquecendo o ser! que está "sangrando". Eis um granAliás, quem somos realmente? de desafio, muito interligado ao níQual o nível do auto-conhecimento vel do crescimento pessoal de cada um de nós. Bem próximo a mim de cada um? Será que já nos demos conta, por pode haver alguém cuja alma está exemplo, dos contrastes no mundo "sangrando" e eu preciso estar prede hoje? Só para exemplificar: o · parado a ser sensível a sua dor. E, homem moderno, através da inven- na família todos precisam de ajuda ção da TV, conseguiu aproximar dis- e todos podem, devem e precisam tâncias, ao mesmo tempo em que a se ajudar. A droga é um problema própria TV distancia proximidades, de farru1ia, que pode estar, infelizquando pessoas passaram a dialo- mente, muito mais próximo do que gar cada vez menos, presas apenas se imagina. aos vídeos! O homem chegou à lua Marinilza e Eustáquio mas em contrapartida, desaprendeu Eq. Nossa Senhora do Carmo a gratificação obtida pela simplici(do Boletim das ENS dade de curtir o luar! E o avanço Santos, SP) científico é tamanho, que o homem, 35


VIVER ESPlRlTUALMENTE BEM A QUARESMA

D.

onde nasce a sugestão funamental? Da liturgia! Todas as devoções que temos nasceram da liturgia ou supriram o que não se entendia da liturgia. Vocês, mais novos, não podem imaginar o que e.ra a liturgia antes da renovação! Era belíssima! Mas somente alguns poucos podiam entender, pois era tudo em latim. Não que fosse mal, mas não era a solução. Durante mais de 1000 anos o povo nem ouvia as palavras. Agora podemos ouvir as palavras, e até entender. Ainda é difícil, pois demora muito a entrar na compreensão. Não se assuste. Mesmo a gente que é padre, no altar, perde muita coisa. Vamos juntos melhorar e aprender mais. A sugestão mais bonita é esta: participar bem das celebrações, acompanhar as palavras, os ritos, e com o tempo, ir entendendo para viver. Não se sinta envergonhado nem triste por não pegar tudo. Mas pegue um pouco de cada vez: ouça as leituras, tente lê-las em casa de novo ou até antes. Estas leituras têm um ritmo de catequese que são um caminho claro para este período. Acompanhe com amor aqueles ritos. Logicamente você vai participar das reflexões no seu quarteirão, pois é o modo de levar a Quaresma e a

Páscoa para a realidade concreta das pessoas. E " ... quando dois ou três estão reunidos em meu nome, eu estou no meio deles". Não adianta ficar dizendo Senhor, Senhor, quando o pobre, o povo passa dificuldades e a gente não toma conhecimento. Além disso, mantenhamos um ritmo de oração pessoal, seguindo o ensinamento de Jesus: entre no quarto, feche a porta e ore ao Pai. Não é nem preciso fechar a porta. Tenha sempre no coração um lugarzinho que fique marejando a água da oração. O outro elemento é a penitência. Não é preciso inventar penitências pesadas. O que é preciso é que tenha uma mentalidade de conversão. Assim já está cumprindo o que Jesus pede. Mas pode escolher alguma coisa que ajude a lembrar que precisa esforçar-se, como por exemplo: não beber durante a quaresma, não tomar algum tipo de coisa que muito gosta (chocolate, refrigerante), deixar algum capítulo das novelas, etc. Você sabe onde o sapato aperta. E faça caridade. Procure ver as necessidades do povo de Deus. Faça alguma coisa para alguém!

Pe. Luiz Carlos de Oliveira, C. Ss. R. (Jornal Santuário de Aparecida) 36


FAlEClMENTOS Em nossas orações, lembremos sempre dos nossos irmãos falecidos:

Benedito Alves de Miranda (da Dulce), ocorrido no dia 18.07.1999- Equipe 5- Nossa Senhora do Carmo- Mogi das Cruzes, SP Nadir Aglaé Breveglieri (do Renato), ocorrido no dia 26.11.1999- Equipe 5- Nossa Senhora do Carmo- Mogi das Cruzes, SP Sérgio (da Marília), ocorrido no dia 26.04.2000- Equipe 15B -Nossa Senhora da Piedade- São Paulo- Capital Maria Eliza Basso de Mendonça (do Sebastião), ocorrido no dia 16.05.2000- Equipe 20B- Nossa Senhora doSagrado Coração- Bauru, SP Margarida Sutherland (do Décio), ocorrido no dia 19.08.2000- Equipe 2A- Nossa Senhora Mãe de Jesus, São Paulo- Capital Plínio da Silva Veloso (da Olívia), ocorrido no dia 23.08.2000 - Equipe 3 -Nossa Senhora do Amparo - Assis, SP Man1ia (do Wanderley), ocorrido no dia 12.09.2000- Equipe 5B- Nossa Senhora da Paz- São Paulo- Capital Américo Ribeiro da Silva (da Maria Nancy), ocorrido no dia 19.09.2000- Equipe 3C- Nossa Senhora de Lourdes - Porto Alegre, RS Rita de Cássia (do Maurício), ocorrido no dia 21.09.2000Equipe 12B - Nossa Senhora de Fátima - São Paulo Capital Terezinha Claro Gonzaga (do Carlos Oliveira), ocorrido no dia 11.10.2000- Equipe 3B- Nossa Senhora AparecidaJaú, SP Tarcísio (da Marília), ocorrido no dia 19.10.2000- Equipe Nossa Senhora Aparecida- Jacareí, SP Renato'Breveglieri, era viúvo da Nadir Breveglieri, ocorrido no dia 13.11.2000- Equipe 5- Nossa Senhora do CarmoMogi das Cruzes, SP Luiz Pimenta (da Yvonne), ocorrido no dia 19.12.2000Equipe 70A- Rio de Janeiro Udélio Scodro (da Marlene), ocorrido no dia 12.01.2001 Equipe 4- Nossa Senhora do Sim -Ribeirão Preto, SP.

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SAGRAÇÃO EPlSCOPAL · As equipes de Barbacena, MG estão em festa! No dia 17 de setembro de 2000, em Belo Horizonte, o Pe. José Mauro foi sagrado Bispo. Dom José Mauro é passionista e atuou no Movimento como SCE da Equipe 08. Sacerdote alegre e carismático, ajudou os casais na caminhada de equipe e de cristãos católicos. Em sua Paróquia, administrava a Creche São Paulo da Cruz - Projeto de Vida, responsável pela alimentação, formação moral e religiosa e instrução de crianças e jovens carentes da comunidade. D. Mauro assumirá a recém-criada Diocese de Janaúba - Norte de Minas Gerais, onde enfrentará o desafio de fazer crescer o Reino de Deus naquela região carente. Nossos parabéns a dom José Mauro. Desde já sentimos saudades de tão importante amigo de caminhada. Rogamos a Deus que o cubra de bênçãos e êxitos na nova missão.

UM LUGAR AO SOL Após muito esforço, por parte dos equipistas de Manaus, AM, nasceu a ACAF- Associação Comunitária de Assistência à Família, uma casa, destinada a acolher com carinho e simplicidade, mas com muita dignidade, os casais equipistas, que procuram recolher-se em Retiro. Estamos programando uma missa campal no local da obra e assim lançarmos a pedra fundamental, porém hoje, podemos afirmar que, já não é mais apenas um ideal, um sonho, como diziam alguns, mas um projeto palpável, real, e o que é melhor, abençoado por Deus.

Sergio Avelino (da Gorette) Equipe 8A - Nossa Senhora do Perpétuo Socorro Manaus, AM

Léa e Esmeraldino CRS Barbacena, MG

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ORDENAÇÃO DlACONAl Foram ordenados diáconos, no dia 09 de Dezembro de 2000, na Catedral Santuário Sagrada Família- Campo Limpo, SP os seminaristas abaixo relacionados, todos eles envolvidos com o Movimento das Equipes de Nossa Senhora, na condição de Conselheiros Espirituais, quer na fase de Experiência Comunitária, bem como na de Pilotagem: • Adilson Ulprist • Iolando Maurício da Silva • Manoel Messias de Oliveira • Marcelo Francisco Leite • Valdir Rodrigues de Brito

EXPERlÊNClA COMUNlTÁRlA EM PARlNTlNS, AM Estamos trabalhando intensivamente para manter duas experiências comunitárias em Parintins. Graças a Deus estamos recebendo dos casais a coragem e a força para continuar este maravilhoso trabalho em prol das famílias que desejam estruturarse para melhor viver a unidade.

Socorro e Nelson Coordenador

Foi ordenado diácono Uyrajá Mota Diniz, Conselheiro Espiritual da ENS 21 - Setor F de Brasília, DF, no dia 01 de dezembro de 2000.

ORDENAÇÃO PRESB1TER1Al • Foi ordenado Presbítero, no dia 23/12/00, na Catedral Santuário Sagrada Família- Campo Limpo, SP, o Diácono Luiz Antonio da Silva, Conselheiro Espiritual de um Grupo de Experiência Comunitária. • No dia 8 de dezembro de 2000, foi ordenado Presbítero Paulo Sérgio Vital (foto), em Campo Grande, MS. • Também no dia 8 de dezembro de 2000, foi realizada a ordenação Presbiteral do Diácono Marcos Antonio Figueira da Silva, em São José do Rio Preto, SP. Ele é Conselheiro Espiritual da Equipe 12B -Nossa Senhora do Pilar.

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JUBILEU DE OURO SACERDOTAL a) No dia 24 de agosto de 2000, foi comemorado no Mosteiro de Vila Kostka, em Itaici, com uma belíssima Celebração Litúrgica e uma comemoração festiva, o jubileu de Ouro Sacerdotal do padre Allen Gerard Fineran, SCE desde 1973, das Equipe 2 e 3 de Campinas, SP. Padre Geraldo, como é carinhosamente chamado pelos equipistas de Campinas, é norte-americano e antes de vir para o Brasil, em 1970, foi no Vaticano, sub-secretário do vigário geral e representante dos Estados Unidos na Santa Sé. Foi vigário das paróquias de Nossa Senhora da Vila Pompéia, em Campinas e de Santa Terezinha, em Itaici, onde atualmente acompanha leigos( as), sacerdotes, religiosos e seminaristas em retiros e Exercícios Espirituais no Centro de Espiritualidade Inaciana. Os casais das Equipes Nossa Senhora do Advento e Nossa Senhora das Famílias, pedem que Maria Santíssima abençoe o padre Geraldo, para que ele continue em sua missão de evangelizador, plantando as sementes do Reino nos corações de nossas e de muitas vidas.

Nancy e Benjamim, Equipe 3A - Campinas, SP b) Em setembro de 2000, a Região Nordeste 2, teve a grata satisfação de comemorar os 50 anos de vida religiosa do Pe. Tomás Feliu, jesuíta, SCE desta Região. Além de SCE desta Região, padre Tomás também é SCE de duas equipes em Fortaleza, CE. Depois de sua chegada de Santiago de Compostela, uma singela homenagem lhe foi prestada pelos equipistas de Fortaleza, durante um jantar que lhe foi oferecido. Há 30 anos no Brasil, padre Tomás (espanhol de nascença), além das ENS, presta um grande serviço comunitário de atendimento aos jovens marginalizados, dirigindo a Comunidade Estudantil Padre Anchieta (CEPAN). Aliás, esta comunidade conta com a ajuda de casais das ENS, que apadrinham dezenas de crianças (maiores detalhes- Carta Mensal de Setembro/99, pg. 24). Que Deus dê muita saúde ao Pe. Tomás para que ele continue com este trabalho, tão importante de evangelização e de ajuda aos mais necessitados e que possa cada vez mais ser sinal do amor de Deus entre nós, nos abastecendo com a sua coragem e fidelidade aos planos do Pai. Padre Tomás, só resta dizer que a Região NE 2 tem muito orgulho de ter como SCE uma pessoa tão especial. Conte conosco.

Eneida e Álvaro, CRR - NE 2 40


POSSE DE CASAL REGIONAL Durante o Encontro Provincial das Províncias Sul I e II, em Itaici, SP, durante a celebração Eucarística, deu-se a posse do novo casal responsável da Região São Paulo Oeste II, da Província Sul II, Datei e João Carlos Beluzzo.

NOVAS EQUIPES Provícia Nordeste

Província Centro-Oeste

Recife, PE Eq. N. Sra. da Glória Eq. N. Sra. Rainha dos Apóstolos

Setor Centro-Oeste II SetorB-II Eq. 43- N. Sra. de Fátima Eq. 44- N. Sra. das Graças Eq. 45- N. Sra. Maria Imaculada

Palmares, PE Eq. 3- N. Sra. de Lourdes Eq. 4- N. Sra. das Graças Eq. 5 - N. Sra. de Guadalupe Eq. 6- N. Sra. de Fátima Eq. 7 - N. Sra. do Carmo

Província Sul I Região São Paulo - Capital Eq. N. Sra. da Divina Providência Eq. N. Sra. da Alegria Eq. N. Sra. do Rosário de Pompéia Eq. N. Sra. do Amor Infinito Eq. N. Sra. da Salete

Chã Grande, PE Eq. 2- N. Sra. de Fátima Eq. 3- N. Sra. Aparecida Surubim, PE Eq. l - N. Sra. Auxiliadora Eq. 2- N. Sra. das Dores

Província Sul II Eq. 93 - N. Sra. de Nazaré- Paraguaçu Paulista, SP

Maceió, AL Eq. 3- N. Sra. da Conceição Eq. 5 - N. Sra. Aparecida Eq. 6 - N. Sra. de Lo urdes Eq. 7- N. Sra. do Rosário Eq. 8- N. Sra. do Amparo Eq. 9 - N. Sra. do Bom Parto Eq. 10-N. Sra. Desatadora dos Nós

Província Sul I Eq. 25B- Imaculado Coração de Maria - Curitiba, PR Eq. 27C- N. Sra. das GraçasCuritiba, PR

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SOS-FAMÍllA

N

o dia 19 de outubro de 2000, depois de grande expectativa de nossa parte, aconteceu a Missa de Ação de Graças dos 5 anos do SOS FAMÍLIA, na Igreja N.S. de Fátima, em Araras, SP, celebrada por dom Ercílio, Pe.Tadeu, Pe. Rossini, Pe. Márcio e Pe. Jorge. Foi um momento muito bonito em nossa caminhada e quase todos os casais equipistas de Araras estiveram presentes, já que os casais assumiram esse apostolado, juntamente com outros casais da cidade. Lembramos que tomamos conhecimento da existência do SOS FAMÍLIA através da Carta Mensal das Equipes de Nossa Senhora, e as Equipes de Araras, principalmente pelo empenho inicial do casal Eva e Fernandes da ENS 2, começaram esse trabalho pioneiro na diocese de Limeira, SP. Dom Ercílio foi muito carinhoso conosco. Em sua homilia ressaltou a importância da farru1ia na formação e na felicidade das pessoas, a tão acalentada meta que temos de fazer do lar a "Igreja Doméstica". Falou da alegria dele pelo nosso trabalho no SOS FAMÍLIA, da importância da Pastoral Familiar, e da felicidade que devemos sentir por termos farru1ias equilibradas e sentirmo-nos em condições de prestar ajuda à farru1ia, nunca esquecendo do cuidado que temos que ter com o testemunho (exemplo). Lembrou também que devemos cultivar o entusiasmo com que nos dedicamos ao SOS e principalmente às farru1ias que ajudamos. Queremos aproveitar essa oportunidade e pedir aos casais equipistas que nos enviem notícias de outras unidades do SOS FAMÍLIA já implantadas.

Nilcéia e Francisco Equipe lA - Nossa Senhora Aparecida Araras, SP Fone: (0**19) 542.1889 • e-mail: nilscabora@linkway.com.br R.Stephan Ruegger 150 • Parque Santa Cândida • Araras, SP 42


CORRER COM FÉ gumas vezes, quando, logo pela manhã, saio para correr, into a presença de uma força maior, uma paz me cobre como um véu protetor e sinto o tempo andar mais devagar e a alma engrandecida. Não é sempre que tenho esses sentimentos, mas creio que a espiritualidade, durante minhas corridas, tem aumentado, dia a dia. Pesquisas mostram que um grande senso de espiritualidade pode nos fazer mais felizes, mais saudáveis e mais relaxados. Então, por que não tentar? Sim, a fé e o exercício físico juntos fazem com que elevemos nosso corpo e alma a níveis nunca experimentados, atingindo um estágio de bem-estar e resistência únicos. Muitas vezes, em minhas maratonas e treinos longos, eu busco força e resistência rezando "pai-nossos" e "ave-marias" durante o exercício. A sensação de recuperação de forças é algo que nos faz querer compartilhar esta experiência com todos. É simplesmente fácil e ao mesmo tempo misterioso. Então, podemos seguir algumas dicas para tentar trazer a espiritualidade ao exercício:

• Respire fundo de tempos em tempos: isto faz com que você 43

se acalme e facilita a meditação e oração. É como se estivéssemos conectando o nosso corpo à nossa alma; • Escute seus pensamentos: não julgue seus pensamentos, apenas reconheça-os. Isto permite que você relaxe, ao mesmo tempo em que está se exercitando; • Observe as pessoas: quando passar por pessoas, escolha uma e reze por ela, tente achar seus melhores pensamentos e os canalize para ela. Você vai estar exercitando o seu coração de duas maneiras diferentes. Por isso, quando for fazer uma caminhada ou qualquer tipo de exercício, lembrese de trazer, além do seu tênis, a sua espiritualidade e a sua fé. Você vai notar a diferença, pois um grande senso de espiritualidade, aliado ao exercício, permite que as pessoas vivam por mais tempo, mantenham fortes seus casamentos, fiquem mentalmente equilibradas, fora de drogas e dos hospitais. Correr, caminhar, exercitar-se com fé! Vale a pena experimentar!!

Teima (do Mauricio) Equipe 1 - Nossa Senhora Aparecida Goiatuba, GO


CASAMENTO Uma aliança em quatro estações Mary Van Balen Holt Editora Santuário

Casamento

As estações de um casamento são como as estações em um jardim. Cada uma delas tem um sério propósito ao qual o jardineiro deve ficar atento. O surgimento da vida na primavera, a alegria quente do verão. A calma revigorante do outono e o frio do inverno chegam a um casamento diversas vezes, trazendo decepções e sonhos, medos e esperanças, morte e vida. "Casamento- Uma aliança em quatro estações" é uma celebração das estações do casamento. A autora convida os casais a aceitar cada estação com fé. Ao confiar no papel que Deus representa em sua aliança, os casais verão como cada estação do casamento afeta sua comunicação, sua farru1ia, suas necessidades de intimidade e sua vida de oração. Apresenta sua visão sobre a sa-

bedoria dos casais que cultivaram o jardim de sua aliança através de inúmeras primaveras, verões, outonos e invernos. Ela inspira e encoraja todos os casais - casados há um ou há sessenta e um anos - a semear, plantar, limpar, aguar, podar e proteger de acordo com a necessidade de cada estação, para realizar a farta colheita que somente a aliança do casamento pode produzir.

EU TE PROMETO Subsídio para Noivos Julio e Maria Auxilium Tôrres Paulinas "Eu te prometo" quer ser um roteiro, um lembrete de pontos importantes, por serem os fundamentais, para o reforço do relacionamento amoroso que constrói a vida a dois, que dá sabor diferente e especial à existência humana. Os autores são médicos e pertencem ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora.

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O PROJETO "SER lGREJA NO NOVO MllÊNlO" Olhando para a Frente CNBB

Motivada pela carta do Papa João Paulo II , "Tertio Millennio Adveniente", preparando a celebração do Ano Jubilar de 2000, a CNBB incentivou todas as comunidades a assumirem o Projeto de Evangelização "Rumo ao Novo Milênio". Colhendo os frutos de toda essa caminhada, e em continuidade a ela, a CNBB tem a alegria de propor, para os dois primeiros anos do novo século, o Projeto de Evangelização "Ser Igreja no Novo Milênio". O novo Projeto tem como finalidade central renovar a consciência da identidade e da missão da Igreja no Brasil.

MEDlTAÇÕES DE CASAL Luís Kirchner Editora Santuário A meditação como forma de prece sempre foi considerada de grande valor nos círculos católicos. Todos os grandes professores e escritores da vida espiritual escreveram e pregaram sobre a sua importância. Cada vez mais as pessoas vêm devotando parte do tempo à prece. Esta publicação procura dar sugestões e dicas de como o casal pode meditar juntos. Padre Luis Kirchner é SCE de duas equipes em Manaus.

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CARTAS ...

V

ou contar-lhes uma história: Um amigo meu relatou-me o seguinte ... Ainda criança deixou o aconchego do lar e foi morar com parentes em região distante, em busca de vida melhor. A comunicação de mãe e filho era feita através de cartas. A mãe escrevia-lhe com fregüência. Ele, de vez em quando. A medida que o tempo passava a afetividade dele para com ela foi ficando cada vez mais gélida. Tão gélida que já nem lia as cartas da genitora. Os anos foram passando. Ele já não se lembrava até mesmo da feição da mãe. Esta, mesmo com idade avançada, perseverava com as cartas ao filho; todavia nunca obtinha resposta. Quando sentiu que iria para junto de Deus, sem ver o filho que tanto amava, pediu a alguém que a assistia para comunicar-se com o filho, implorando-lhe a presença urgente, uma vez que sua mãe agonizava. Ele, friamente, disse que iria pensar. Mas, o laço divino que une mãe e filho fez aflorar nele fortes recordações, tão fortes que os levaram a viajar, imediatamente, para junto daquela que o concebera. Ao chegar à beira do leito, ela, sorrindo, abriu os braços e pediu-lhe que encostasse seu peito no dela para abraça-lo. Após o abraço que esperava há décadas iniciase o seguinte diálogo: "Filho ... , você leu a última carta que lhe enviei?" O silêncio foi a resposta. Ela continua ... "Naquela carta eu lhe contei uma linda história de amor. Dei-lhe

o mapa da mina para o seu sucesso conjugal, espiritual e material." Novo silêncio. De repente, começou a sentir grande ansiedade e curiosidade; no entanto, como não havia lido a referida carta, não teve coragem de perguntar a ela qual era a história de amor e, tão pouco, pedir que a contasse pessoalmente. Após a conversa, a mãe, feliz, expirou. Meu amigo, ao terminar a história, com os olhos cheios de lágrimas, concluiu ... "E agora? Que posso fazer se joguei todas as cartas no lixo? ... "

Nota: Quero aproveitar a oportunidade para contar um fato, sobre o qual vale a pena refletir. Em um Dia de Formação para Casais das ENS, precisamente no dia 28.05.00, dia que comemorava mais um aniversário de fundação das ENS, em Cuiabá, MS fui convocado para falar sobre a reestruturação do movimento das ENS no Brasil. Ao final da minha explanação disse: "Se vocês quiserem se aprofundar neste assunto dirijam-se à Carta Mensal de Dezembro/1999". Ao mesmo tempo, fiz o seguinte questionamento: "Quem leu esta carta que levante a mão." Fiquei em estado desalentador ao ver a quantidade de mãos levantadas ...

Loemy (da Maria do Rosário) Equipe 02 - Maracaju, MS 46


O MENDlGO E A PEDRA

H

á milhares de anos, os homens não tinham inventado ainda os modernos meios de transporte. Andavam pelas estradas sobre jumentos, camelos, ou a pé. Por isso, muitas lendas antigas têm seu lugar à beira da estrada. Naquela época, um certo mendigo que morava sozinho, resolveu sair pelo mundo a fim de viver com as esmolas que lhe dessem. Mas não tinha mais forças para enfrentar grandes caminhadas. Por isso, sentou-se sobre uma grande pedra que ficava à beira da estrada. Era uma pedra muito conhecida pelo nome de Pedra do Mendigo, pois ali haviam estado sentados muitos e muitos mendigos, durante milhares de anos. Certo dia, porém, o Rei daquele país precisou daquela pedra para construir um monumento aos heróis de seu reino. Então os seus ministros organizaram uma multidão de operários com alavancas para removerem aquela milenar Pedra do Mendigo. E qual não foi a surpresa para todos, quando viram que aquela pedra estava fechando a boca de uma grande caverna, cavada na terra, onde algum Rei do passado escondeu todo o ouro de seu país, por ocasião de uma guerra. E, perdida a guerra e morto o Rei, ali ficou enterrado o tesouro, durante milhares de anos. O Movimento das ENS é, para nós, um tesouro que foi colocado por Deus e inspirado pelo Espírito Santo na vida de alguns casais para proporcionar-lhes um meio de santificação. Muitos casais porém, ficam cansados pelas chamadas exigências do Movimento e como mendigos sentam em suas Equipes, esperando ... Esta atitude é como sentar-se na pedra da indiferença e do desânimo, sem perceber que, afastando-a, se encontrará o tesouro da intimidade conjugal e familiar com Deus. Aqui vem o papel dos casais responsáveis. Assim como os ministros do Rei da lenda que chamaram os operários para a retirada da pedra, os CRE e os Casais Ligação devem chamar os equipistas a perceber a riqueza escondida debaixo da pedra deste desânimo, que às vezes bate em cada um de nós. Para isso, devem fornecer-lhes as alavancas da animação, do entusiasmo, da compreensão, estando a serviço de todos e exercendo também a correção fraterna. Portanto, precisam de um combustível especial que é o espírito de entrega e o exercício da caridade entendida como AMOR.

da Internet 47


ORAÇÃO DA CAMPANHA DA FRATERNlDADE - ·2001

D

eus de ternura e bondade, bendito sois pelo maravilhoso dom de viver!

Nós vos agradecemos, porque podemos escolher a vida e não a morte. Fortalecei-nos na solidariedade em favor das vítimas das drogas. Aumentai em nós, Senhor, a perseverança e a união na luta contra o perverso sistema de destruição da vida. Que encontremos sempre em vossa Palavra, na Eucaristia e na comunidade eclesial, o sustento para a caminhada e para a construção do vosso Reino. Que vosso amor, ó Pai, circule em nossos corações, nas relações humanas e na sociedade, para acelerar a vinda do mundo que a gente quer: um mundo sem ódios, sem exclusões, sem drogas, um mundo pleno de vida, amor, solidariedade e paz. Por Jesus Cristo, vosso Filho, que veio ao mundo para que todos tenham vida, na unidade do Espírito Santo. Amém.

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Meditando em Equipe Vida, sim! Drogas, não! Fevereiro de

2001

A Campanha da Fraternidade 2001 traz um grande apelo à vida Vivemos num mundo onde muitos fazem da sua existência algo sem sentido i onde muitos têm o prazer de destruí-la .

Meditemos um pouco Leia Deuteronômio 30, 1 5-20 : "Eis que ponho diante de ti a vida e a felicidade, a morte e a infelicidade ... Escolhe, pois, a vida, para que vivas tu e a tua posteridade, amando o Senhor, teu Deus, escutando a sua voz e ligando-te a ele!" Partilhe com os amigos da equipe a sua opção pela vida.

Pistas • •

Oual o conteúdo que move seus trabalhos, sua vida profissional? Você corre atrás do quê? Seus sonhos querem o quê? Na raiz de sua opção pelo matrimônio e a família, você deseja o quê? A orientação que você passa aos filhos é para realizar o quê? Padre Ernani

Oração Litúrgica: Oração da CF- 2001 (ver pg. 48)

............................................ Março de

2001

"É preciso denunciar com coragem e com força o hedonismo, o materialismo e aquele estilo de vida que facilmente induzem à droga ". (João Paulo li) Leia Tiago 4, 13-1 7 Comente com os amigos da Equipe este parágrafo 7 8 do Texto-base da CF 2001 : ''A idolatria do dinheiro requer vítimas, e um deles é o dependente das drogas. Por detrás de toda vítima da dependência química há uma indústria que precisa de muito dinheiro . São milhares de pessoas arriscando literalmente a vida para conseguir mais clientes para comprar drogas e, assim, captar mais dinheiro" . Oue meios concretos temos para impedir em nosso bairro, em nosso condomínio, em • nossas famílias, em nossas escolas a influência dos traficantes? Padre Ernani

Oração Litúrgica: Oração da CF- 2001 (ver pg . 48)


CAMPANHA DA FRATERNIDADE

2001

"VlDA SlM, DROGAS NÃO!"

EQUIPES DE NOSSA SENHORA

Movimento de Casais por uma Espi ritualidade Conjugal R. Luis Coelho, 308 • 5° andar • cj 53 cep 01309-000 São Pau lo - SP Fone: (Oxx11) 256 .1212 • Fax: (Oxx11) 257.3599 E-mail: secretariado@ens .org .br • cartamensal @ens.org.br Home page: www.ens.org .br


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