Ano LV• out - 2015 • nº 493
carta Equipes de Nossa Senhora
Mensal
MISSÃO,
na Igreja, não é fazer, mas ser
IGREJA CATÓLICA Sínodo da Família p. 08
RAÍZES DO MOVIMENTO O pão cotidiano p. 17
CANONIZAÇÃO DO PADRE CAFFAREL Você está disposto(a) a provocar milagres p. 23
CARTA MENSAL n0 493 • out 2015
Editorial............................................. 01 Super-região Missão: essência e não aparência da Igreja...................... 02 Crianças e idosos .................................. 03 “Ser discípulo de Cristo hoje................. 04 Nossa Senhora Aparecida...................... 06 IGREJA CATÓLICA O Sínodo da família............................... 08 MARIA Eis aí a tua mãe..................................... 11 Maria a mulher das mulheres................ 12 vida no movimento Província Centro-Oeste ......................... 13 Província Sul I ...................................... 14 Província Sul II....................................... 15 RAÍZES DO MOVIMENTO O pão cotidiano.................................... 17 EJNS XIV Encontro Nacional EJNS.................. 20 acervo literário do padre caffarel Seguindo os escritos do Padre Caffarel.................................. 21 CanonizaÇÃO DO PADRE CAFFAREL Você está disposto(a) a provocar milagres? ............................ 23
TESTEMUNHO Vida de equipe em Aparecida............... 26 O que é Equipe de Nossa Senhora?....... 27 A Teologia das fraldas e das mamadeiras................................. 28 “Agora vai!”.......................................... 29 O que é Equipe de Nossa Senhora? ...... 28 Fomos encher nossas talhas de água viva na casa de nossa mãe Aparecida ..................................... 30 partilha e pontos concretos de esforço Através do esforço alcançar as estrelas ............................... 32 “Navegando rio abaixo, quando um jacaré se aproximou, um de nós se levantou e o bote quase virou”..... 33 Retiro e deserto..................................... 34 REFLEXÃO O zelo por tua casa me consome.......... 35 Oração de um casal eleito responsável ... 36 Orando com as crianças........................ 37 Caminhemos......................................... 38 Ser equipista......................................... 39 As ENS, a Igreja e os sinais dos tempos.... 40 FORMAÇÃO “Missão e engajamento”....................... 41 notícias............................................... 43
Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Hermelinda e Arturo - Equipe Editorial: Responsáveis: Fernanda e Martini - Cons. Espiritual: Padre Flávio Cavalca - Membros: Regina e Sérgio - Salma e Paulo - Patrícia e Célio - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (mtb 17622) Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiaçu, 390 Cj. 115 Perdizes - 05005-000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1285 - email: novabandeira@novabandeira.com - Responsável: Ivahy Barcellos Imagens:p. 37, 1ª e 4ª capas - Canstockphoto - Diagramação, tratamento e preparação digital: Samuel Lincon SilvérioTiragem desta Edição: 25.000 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/ imagens, devem ser enviadas para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352 3o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo - SP, ou através de email: cartamensal@ens.org.br A/C de Fernanda e Martini. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.
Editorial
Queridos irmãos equipistas, Outubro é uma grande oportunidade para refletirmos sobre a missão que temos como cristãos. É o mês das missões, de Nossa Senhora Aparecida e da XIV Assembléia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre “A vocação e missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”. A Igreja nos convida a sairmos de nós mesmos direto ao encontro do irmão com a alegria e paz que experimentamos em Cristo. Precisamos anunciá-lo não só com palavras mas, sobretudo, com uma vida transfigurada pela presença de Deus. Para garantir esta reflexão, a Carta traz alguns artigos que tratam da questão. Padre Paulo Renato (SCE SRB) escreve sobre a missão; Padre Flávio Cavalca (SCE Carta Mensal), sobre o Sínodo que ocorrerá este mês; e Padre Antonio Júnior (SCE Província Sul III) conta um pouco sobre a história de Nossa Senhora Aparecida. Já o tema de estudo de outubro, “Ser discípulo de Cristo Hoje”, é abordado pelo casal Adriana e Hudson (CR Província Sul III). Por fim, gostaríamos de convidar todos a ler o artigo do casal Vicélia e Luiz Carlos, que nos convida a participar efetivamente do processo de Canonização do Padre Caffarel, com fé e generosidade. Será um mês rico. Mãos à obra. Boa leitura! Nossa Senhora Aparecida, rogai por nós. Fernanda e Martini CR Carta Mensal Tema: “Ousar o Evangelho - Discernir os sinais dos tempos” CM 493
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Super-Região
Missão: Essência e não Aparência da Igreja É muito comum denominarmos o mês de outubro como “mês missionário”. Mais comum ainda é realizar neste mês “atividades missionárias” em nossas paróquias e comunidades. Que bom que isso acontece e que bom que temos um mês para um compromisso mais forte com a missão. O problema é que muitas vezes, envolvidos nas exigências de nossos afazeres missionários, acabamos dedicando pouco ou quase nada de tempo para entender o que realmente significa a “missão”. Principalmente para descobrir que missão, na Igreja, não é fazer, mas ser. Existe uma definição do Concílio Ecumênico Vaticano II que nos coloca com profundidade diante dessa verdade: “A Igreja peregrina é por sua natureza missionária, porque tem sua origem na missão do Filho e do Espírito Santo, segundo o desígnio do Pai” (Ad Gentes, 2). Dizer que como Igreja temos uma natureza missionaria é dizer que a Igreja não faz missão porque tem que “progredir” numericamente. É dizer que não faz missão como forma de sobrevivência diante das dificuldades causadas pelo surgimento de novas seitas ou mesmo denominações religiosas. Esta afirmação quer tornar claro que a Igreja faz missão porque ela vem de Deus e Deus é missão! 2
Deus se auto‐envia pela missão do Filho e do Espírito, através dos quais o próprio Pai se revela como amor (cf. Jo 14,9). Em suma, Deus é missão: a missão existe com Deus, diz respeito ao que Deus é e não, primeiramente, ao que Deus faz. Sendo assim, não é mais a Igreja que envia missionários, mas é ela própria enviada como “missionária”. Seu envio não é consequência, aparência, mas sim ponto de partida, essência. Não é a missão que procede da Igreja, mas é a Igreja que procede da missão de Deus. A atividade missionária não é tanto uma ação da Igreja, mas é simplesmente a Igreja em ação. Nisso se define a própria identidade da Igreja. Por isso que, diante dessa realidade, somos convidados pelos Bispos da América Latina e Caribe, no Documento de Aparecida, para como Igreja “repensar profundamente e relançar com fidelidade e audácia nossa missão nas novas circunstâncias latino‐americanas e mundiais” (Cf. D.Ap. 11). Que não só o mês de outubro, mas todos os meses sejam meses missionários pois não existe outra forma de ser Igreja. Se deixarmos de ser missionários deixamos de ser Igreja e se deixarmos de ser Igreja perdemos nossa identidade de cristãos. Santa Teresinha e São Francisco Xavier, intercessores das missões, roguem por nós! Pe. Paulo Renato F. G. Campos SCE Super-Região CM 493
Crianças e Idosos Este mês é realmente muito especial: acontece o Sínodo das Famílias, cujo tema diz respeito a todos, e não apenas às comunidades católicas. A família nos leva às crianças e idosos, que também comemoramos este mês. Lembrando das bodas de Caná, quando Maria, pede ao Filho que os ajude dizendo: “eles não tem mais vinho...” (Jo 2, 3), nos ensina a deixarmos nossas famílias nas mãos Dele. Porque nossa família não é perfeita, passa por dificuldades. - Quantas crianças e jovens percebem que o vinho acabou em suas casas? São as primeiras vítimas de uniões imaturas e separações irresponsáveis. Quantas são abandonadas, vivem à pedir esmola, são exploradas por criminosos e treinadas para a violência. Mas nenhuma delas é esquecida por Deus que diz: “Deixai vir a mim estas criancinhas e não as impeçais, porque o Reino dos céus é para aqueles que se lhe assemelham.”( Mt 19,14) Então quando se trata de crianças, por mais imperfeitos que sejamos, não devemos medir esforços para acolhe-las e ama-las, pois são um dom de Deus para o mundo. - Também quantos idosos se sentem abandonados, sem o amor de seus filhos, netos e bisnetos. Bento XVI disse: “Onde não há honra pelos idosos, não há porvir para os jovens”. Atualmente a sociedade contemporânea envelhece rapidamente, e não está preparada para reconhecer a dignidade dos idosos, ao contrário, quer descartá-los, pois a cultuCM 493
ra do lucro, os consideram um fardo. Os idosos são homens e mulheres, pais e mães, que antes de nós, percorreram o mesmo caminho, combateram a mesma batalha diária por uma vida digna. Deles recebemos muito, deram sua vida por nós, e agora somos chamados a estar ao seu lado na fase final de sua existência, pois daqui a muito pouco tempo, os idosos seremos nós... - Além disto, também há falta de trabalho, doenças, enfim inúmeras dificuldades, que a família enfrenta hoje. Tudo para azedar o nosso vinho, e torná-lo impuro. Mas refletindo agora, foi justamente a água das talhas destinadas à purificação, ou seja, aquilo que nos parece impuro, nos assusta e escandaliza, foi que Jesus veio e fez o milagre. E hoje a família precisa deste milagre! A família é a primeira escola das crianças, é o grupo imprescindível para os jovens, é o melhor asilo para os idosos. Abramos nosso coração, pois Deus se aproxima dos que ficam sem vinho... e Maria nos ensina a ter paciência e esperança quando diz: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2, 5). Oremos neste mês, pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida!! Hermelinda e Arturo CR Super-Região 3
“Ser discípulo de Cristo hoje”
Deus não precisa, mas quer contar conosco. Cada filho amado do Pai é chamado a viver em seu tempo. Mesmo levado muitas vezes a compararmos situações vividas no passado ou em um futuro desejado, precisamos viver no tempo em que nos é confiado. É neste momento, com seus desafios e com seus benefícios, com suas alegrias ou com suas tristezas que Deus quer contar conosco. Num mundo onde por vezes o ser humano é deixado de lado pela escolha do ter em deterioração do ser, onde há uma pluralidade de olhares que querem levar-nos a um consenso dominante para conformação desta tendência materialista e excludente, a luz de Cristo habita com e por seus discípulos. Frente a tantas correntes, como ser então discípulos de Cristo hoje? Irmãos se nos espelharmos nos Santos que a Igreja nos revela, veremos que não há outro caminho para o seguimento de Jesus, se não for pelo caminho da doação, da transformação, do amor, o do deixar-se 4
guiar por Ele. “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e me siga. Pois, quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perder a sua vida, por causa de mim, esse a salvará.” Lc 9,23-24 Todos somos convidados a segui-Lo. Cada um dá a sua resposta seguida ou não pelo comprometimento. Se atendermos ao chamado com nosso sim, ele levar-nos-á a dois caminhos. O primeiro é o de anunciar a Boa Nova aos irmãos e o segundo é o caminho interior onde como diz o Papa Francisco, é: “o percurso do discípulo que procura o Senhor todos os dias na oração, na meditação.” Sem este percurso interior da busca diária por Deus, o caminho que nos leva à missão tornar-se-á frágil, nosso Evangelho não será capaz de transformar, pois nosso sal não terá sabor. Cristo confia em nós e espera que como discípulos levemos o Seu amor a tantos que ainda não O conhecem. Espera que em nosso dia a dia, na vida conjugal, familiar, profissional e na social sejamos os Seus olhos, para que o mundo conheça Seu olhar. Um olhar que ampara o irmão, um olhar sem julgamento, um olhar com o coração, um olhar misericordioso. Há irmãos sequiosos por este olhar, e não nos enganemos pensando estarem longe. São tantos os que esperam serem vistos para que visíveis sejam tratados com compaixão. Não os deixemos sem resposta. “Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-Se CM 493
de toda aquela gente, porque eram como ovelhas sem pastor. E começou a ensinar-lhes muitas coisas.” Mc 6,34 É verdade que seguir a Cristo exige muito de nós. Exige um olhar que ultrapassa as razões humanas, um olhar onde somente o amor pode dar respostas. Porém não há outra forma de nos tornarmos discípulos se não nos deixarmos habitar pelos sentimentos de Jesus. Somente com o Seu coração poderemos ver, ter compaixão e servir com generosidade e gratuidade. Serão muitas às vezes em que o cansaço virá tentando nos tomar também a alma, mas com Cristo, a alegria de servir falará mais alto e o nosso testemunho evangelizará ainda mais. Ser discípulos de Cristo hoje é ter a coragem de desalojar-se do cotidiano para colocar-se inteiramente nas mãos de Deus procurando realizar
a Sua vontade. É ousar tomar uma decisão. É ser pastor. É não ter medo de perguntar-se constantemente: Cuidamos do nosso rebanho? Cuidamos daqueles que aparecem em nossa vida e não tem parentesco ou laços de amizade? Os carregamos nos ombros? Em que pastagem os levamos? Que alimento os oferecemos? De que água damos de beber? Madre Tereza nos lembra: “Algumas pessoas merecem o nosso amor, outras precisam do nosso amor.” Que Deus em seu infinito amor nos ajude a sermos verdadeiros discípulos de Seu filho Jesus. Que pela ação do Espírito Santo e por intercessão de nossa querida Mãe Maria, o nosso testemunho de cristão seja mais forte do que nossas palavras. Amém! Adriana e Hudson CR Província Sul III
Quer ser igual a mim?... Na tradição judaica, quando alguém era convidado por um rabino para segui-lo era como se ouvisse esta pergunta. Teria sido esta questão que passou na mente e no coração dos primeiros doze discípulos de Jesus? Mateus 10 talvez seja um dos capítulos da Bíblia mais significativos sobre o “ser um discípulo de Jesus”. O capítulo começa com a iniciativa de Jesus, convocando os doze discípulos e investindo-os de autoridade para fazer as coisas que ele o Mestre fazia (v v.1-4). Após o convite para vir a ele, segue-se o envio, com diversas instruções (v v. 5-15). Depois Jesus dá a eles alguns conselhos e palavras de encorajamento (v v. 16CM CM 493 493
33), que serão essenciais diante das dificuldades pelas quais passarão (v v. 34-39). E fecha com a promessa das recompensas a vida (v v. 39) e o galardão, que nunca se perderá (v v. 40-42). O início do capítulo seguinte também é muito interessante, porque relata que Jesus passou a ensinar e pregar nas cidades daqueles discípulos (Mt 11.1). Se Jesus aparecesse hoje e fizesse a pergunta: Quer ser igual a mim?, o que você responderia? A que você tem renunciado para ser um discípulo de Jesus? Como a esperança de se tornar um dia 100% igual a Jesus nos encoraja em prosseguir na caminhada cristã? 55
Nossa Senhora Aparecida
No ano de 1717, o Brasil tem sua história marcada por um fato grandioso: fora encontrada no rio Paraíba, no estado de São Paulo, uma pequena imagem de uma grande mulher, Nossa Senhora, a quem hoje veneramos com o título de Nossa Senhora da Imaculada Conceição Aparecida. A câmara administrativa de Guaratinguetá convocou todos os pescadores para pescarem, pois o Conde Assumar iria passar pela Vila de Guaratinguetá e tinha que provar o peixe do Rio Paraíba. A época não era favorável para pesca, mas os pescadores João Alves, Domingos Garcia e Felipe Pedroso, moradores de Itaguaçu, pegaram seus barcos, suas redes e se lançaram na difícil tarefa. Em certa altura da pesca, as redes pesaram. Achava-se que fossem peixes mas não, era sim um pequena imagem sem a cabeça. Em um outro lance das redes, lá veio a pequena cabeça, que encaixou perfeitamente na imagem. A partir desse fato, as redes, a cada lance, vinham cheias de peixes, eram tantos que se temia 6
pela fragilidade dos barcos. Olhando para esse fato, lembramo-nos do santo evangelho em Lucas 5,1-11 que nos fala sobre a pesca milagrosa. Em atenção à Palavra de Jesus, as redes foram lançadas novamente ao mar e grande era a quantidade de peixes que os discípulos pescaram. Nos dois fatos nós vemos o Divino que vem em auxílio ao humano. Deus, que em sua infinita bondade, vem em auxílio de seus filhos e filhas. A partir da pesca da imagem de Nossa Senhora, os rumos daquele vilarejo foram sendo modificados pela fé e devoção naquela pequena imagem que trazia presente a intercessão e o carinho maternal de Nossa Senhora. Durante quinze anos, a imagem ficou em um oratório na casa do pescador Felipe Pedroso; contudo, a devoção foi se espalhando, e o Vigário de Guaratinguetá achou por bem construir uma Capela no Alto do Morro dos Coqueiros. Essa capela foi aberta à visitação no ano de 1745; mas, em 1844, já se começavam as obras de uma igreja maior, atual Basílica Velha. A história não parou por aí, cada vez mais a devoção foi crescendo, tendo em vista que, em 1929, o Papa Pio XI proclama Nossa Senhora da Imaculada Conceição Aparecida, Rainha do Brasil e sua Padroeira Oficial. Devido às proporções que essa devoção Mariana foi tomando, em 1955, por iniciativa dos CM 493
Missionários Redentoristas e dos Bispos do Brasil, iniciaram-se as obras da Basílica atual que, mesmo sem estar totalmente pronta, em 1980, foi consagrada pelo Papa São João Paulo II sendo elevada a Basílica Menor. Em 1984, a CNBB declarou oficialmente a Basílica de Aparecida : Santuário Nacional, e hoje é considerado o maior santuário Mariano do mundo. Todos esses fatos históricos nos fazem perceber a Mão de Deus a guiar a história. A presença da Mãe torna-se para nós manifestação do amor do Pai e do filho. É Maria que vem como a missionária do Pai, e sempre vem em socorro dos pequenos e frágeis, assim são todas as suas manifestações, simples porém fortes. Essa é a experiência que se faz quando se peregrina ao Santuário de Aparecida, peregrinação essa que muitos de nós equipistas realizamos neste ano pela ocasião do nosso III Encontro Nacional das ENS. A Mãe nos acolheu de braços e coração aberto, ali fizemos a experiência de enchermos nossas talhas, CM 493
primeiro de água, e depois pela ação de Nosso Senhor, de vinho novo. Na simplicidade de Maria, fomos nos deixando conduzir pela ação do Espírito Santo. Presença simples e forte, essa é a experiência que também se faz em Aparecida, os milhões de romeiros, em sua grande maioria, vão a Aparecida para pedir mas sobretudo para agradecer, uma Mãe forte, intercessora que se manifesta em imagem pequena e simples, mas ornada de graça e poder, não o poder dos homens que tiranizam, mas o poder de Deus que liberta.
Viva a Mãe de Deus e nossa, a Senhora forte e simples, sem pecado concebida. Salve, Virgem Imaculada, ó Senhora Aparecida. Por todos nós seus filhos e filhas rogai a Deus, ó Mãe. Pe. Antonio Junior SCE Província Sul III 7
Igreja Católica
O SÍNODO DA FAMÍLIA Em 2014 tivemos a III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, que refletiu sobre “Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização”. Agora, de 4 a 25 de outubro de 2015, teremos a XIV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”. Que é um Sínodo Sínodo é palavra grega que significa reunião; etimologicamente vem de “caminhar junto”. Na Igreja Católica é uma assembleia de bispos com a finalidade de assessorar o papa no seu ministério de pastor. Os sínodos surgiram por iniciativa de Paulo VI, em 1965, atendendo às sugestões do Concílio Vaticano II, para que se desse continuidade ao novo espírito que se formara na experiência conciliar. No dizer do papa, seria uma assembleia composta majoritariamente por bispos eleitos pelas Conferências Episcopais, com aprovação do papa. Será por ele convocada conforme as necessidades da Igreja, como órgão de consulta e colaboração. O Sínodo de 2015 Foi convocado para refletir sobre “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo atual”. Uma assembleia extraordinária em 2014 levou a ampla reflexão, apresentada depois para toda a Igreja, também aos fiéis, para colher sugestões e aprofundamentos. Ao encerrar essa assembleia extraordinária, papa Francisco convidava toda a Igreja a “amadurecer, com discernimento espiritual, as ideias apresentadas e a encontrar soluções concretas para tantas dificuldades e inúmeros desafios que as famílias têm de enfrentar, e dar resposta a tantos desalentos que cercam e sufocam as famílias”. Foi enviado a toda a Igreja um texto com o título de Lineamenta (algo como Esboço) com as propostas e discussões da assembleia e quarenta e seis questões, de modo que todos, e não só o clero, pudessem manifestar-se. A partir das muitas respostas, foi elaborado depois um Instrumentum laboris (ou Texto Base) para orientar os trabalhos sinodais. Representantes do Brasil Foram escolhidos pela Assembleia da CNBB e confirmados pelo papa: o arcebispo de Brasília (DF) e presidente da CNBB, dom Sérgio da Rocha; o bispo de Camaçari (BA), dom João Carlos Petrini; 8
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o arcebispo de Mariana (MG), dom Geraldo Lyrio Rocha; e o arcebispo de São Paulo (SP), cardeal Odilo Pedro Scherer. Sobre que refletirá o Sínodo O Instrumentum Laboris, o “texto base”, divide-se em três partes: A escuta dos desafios sobre a família; O discernimento da vocação familiar; A missão da família hoje. Como desafios hoje enfrentados pela família nós temos, por exemplo: pobreza, exclusão social, a terceira idade, a viuvez, a morte e o luto, as deficiências, as migrações, o papel da mulher, a afetividade e a educação da sexualidade, a bioética. Quanto ao discernimento da vocação da família, fala-se do matrimônio natural e de sua plenitude sacramental, da indissolubilidade como dom e tarefa, da vida familiar, da união e da fecundidade, da dimensão missionária da família, da fé, da oração, da catequese, da estreita união entre Igreja e família, dos jovens e de seu medo de casar-se, e da misericórdia. Na terceira parte, sobre a missão da família hoje, propõe-se amplamente a reflexão sobre família e evangelização, família enquanto sujeito ativo na pastoral, e sobre a liturgia do casamento. Levantam-se muitas questões: acompanhamento a ser dado às famílias, agilização dos processos matrimoniais, integração dos fiéis em situação irregular, possível introdução de uma via penitencial para os que vivem em segunda união, casamentos mistos e com disparidade de culto, a responsabilidade quanto à fecundidade, a adoção, respeito total à vida, o comprometimento sócio-político em favor da família... Depois de amplo exame dessas e outras questões que se apresentarem, será redigido um texto final a ser encaminhado ao papa. Qual será nossa parte Temos de nos sentir envolvidos nesse momento vivido pela Igreja, orando e informando-nos. Mas também conversando e debatendo os temas num clima de fé, coragem e liberdade. Não nos devemos agarrar em ideias preconcebidas, temos de estar abertos a novas propostas e soluções. Se não acreditássemos nesse poder do Espírito, que agora continua sendo o mesmo de sempre, não haveria razão para se convocar um Sínodo. Nem será preciso lembrar que os casais das Equipes de Nossa Senhora, que vivem pessoalmente os desafios do amor e da família, podem abrir seu coração para novas esperanças e mais desafiadoras responsabilidades. Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr; SCE Carta Mensal CM 493
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Oração que o Papa Francisco pediu com insistência para que oremos pelo bom andamento do Sínodo dos Bispos sobre a Família que ocorrerá em outubro de 2015. Donizeti da Silvia Eq.07 - Madre de Deus Mogi das Cruzes-SP
Jesus, Maria e José em vós nós contemplamos o esplendor do verdadeiro amor, a vós dirigimo-nos com confiança. Sagrada Família de Nazaré, faz também das nossas famílias lugares de comunhão e cenáculos de oração, autênticas escolas do Evangelho e pequenas igrejas domésticas. Sagrada Família de Nazaré, nunca mais nas famílias vivam experiências de violência, fechamento e divisão: quem tenha sido ferido ou escandalizado receba depressa consolação e cura. Sagrada Família de Nazaré, que o próximo Sínodo dos Bispos possa despertar de novo em todos a consciência da índole sagrada e inviolável da família, a sua beleza no desígnio de Deus. Jesus, Maria e José escutai, atendei a nossa súplica. Amém.
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Numa passagem do Evangelho, observamos a famosa frase de Nicodemos perguntando a Jesus como é que alguém sendo velho pode nascer de novo? Na verdade o Senhor estava falando do nascimento do Espírito que só este renascimento é que conduz a vida eterna. E o grande perigo é nos afastarmos de Deus, não termos intimidade com Ele. Normalmente isto é por falta de amor. Já sabemos que o segredo de tudo é o amor, tudo na nossa vida poderia ser tão simples se houvesse mais amor. Por isso pedimos: Dá-me Senhor, o amor com que queres que eu te ame (Forja 270). E isto, conseguiremos com o auxílio de Nossa Senhora. Na vida de Maria Santíssima tudo era puro amor! Todos os santos aprenderam a amar contemplando o exemplo de Nossa Senhora. O fiat (faça-se) de Nossa Senhora, não é apenas uma decisão irrevogável, é fundamentalmente um ato de amor. Maria Santíssima amou a Deus com um amor puro e perfeitíssimo. A Virgem não se limitou a dizer fiat, mas cumpriu em todos os momentos essa decisão firme e irrevogável. (É Cristo que passa). Isso é o que os santos fazem e nós precisamos imitar: amar é colocar sempre Deus em primeiro lugar! Não será que nos falta amor precisamente porque dizemos fiat só da boca para fora? Nem todo que diz Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus; mas o que faz a vontade do meu Pai celestial, esse entrará no reino dos céus (Mt 7, 21). Tudo o que Nossa Senhora fazia CM 493
Maria
EIS AÍ A TUA MÃE e pensava estava marcado por essa palavra. Além disto, Nossa Senhora é nossa Mãe. Vendo Jesus a sua Mãe e junto dela o discípulo que Ele amava, disse à sua Mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí a tua Mãe. E dessa hora em diante o discípulo a levou para sua casa (Jo 19, 26-27). Tantas vezes já consideramos que nesse testamento de Cristo, nós estamos representados em João. Quanto nós cresceríamos no amor se muitas vezes ouvíssemos Jesus dizendo a nós: Eis aí a tua Mãe! Todos temos essa experiência maravilhosa, do afeto de nossa Mãe por nós. Se há alguém que realmente gosta de nós e só quer o nosso bem e nos ama, é nossa mãe. Para ela somos únicos, insubstituíveis, tem atenções conosco, aprecia nossas qualidades. Imagine então essa Mãe do céu Ao mesmo tempo que essa Mãe nos diz: vai, coragem recomeça, não desista... Ela nos protege, intercede... principalmente quando nós nos sentimos desprotegidos, fracos, sem forças. É preciso tomar consciência viva dessa presença. Uma Mãe que se preocupa por nós, e tem mil cuidados maternos. E dessa hora em diante, o discípulo a levou para sua casa. Todos nós devemos ter Maria em nossas casas, sempre. Introduzi-la na nossa vida. Assumir essa filiação a Maria. Que Nossa Senhora Auxiliadora, padroeira de nossa Arquidiocese, interceda por nós. Dom Levi Bonatto Bispo Auxiliar de Goiânia 11
Maria, a Mulher das Mulheres Maria, a Mãe de Jesus, é modelo de mãe, mulher e esposa desde o seu nascimento, anunciação, sua vida para família ao lado de Jesus, aos pés da cruz, em pentecostes e hoje. Ela continuou o trabalho iniciado pelas grandes presenças femininas da Sagrada Escritura. A maioria das referentes mulheres que lideraram a defesa e a proteção do povo eleito. Mas vamos citar a primeira mulher Eva, por ela entrou o pecado, por Maria ela trouxe o Salvador Jesus. Eva foi desobediente e Maria a obediência plena. Leiam Gn 1;2; Lc 1, 26-38. Falemos de uma Sara, a mulher que riu dos mensageiros de Deus, ao anunciar Isaque, por ser estéril e de Agar, mulher fértil e mãe de Ismael e Deus o salvou da morte, fome e sede, mulheres de uma vida frágil e ameaçada. Ler Gn 12-18. As mulheres que deram continuidade a formação da consciência do povo de Israel. A coragem das parteiras do Egito, Ex 1, 15ss, os cânticos de Myriam Ex 15, Ana 1º Sm 2, 1-11. As reivindicações dos direitos, uma Tamar, a firmeza na luta de resistência, Jael, Judite, pedindo ao rei a salvação de seu povo, Ester. A confiança inabalável na fidelidade divina da mãe dos Macabeus. Uma Debora, Hulda, usando a sua sabedoria e profecia. E tantas outras mulheres, que deixaram suas marcas, contribuindo para edificação do povo escolhido. Cada uma delas, têm suas histórias de verdadeiras mulheres que a tradição a história registrou e que têm uma grande riqueza e sabor, em que uma leitura atenta poderá nos proporcionar um verdadeiro alimento para enriquecer nossa fé. Poderíamos falar de Isabel, mãe de João Batista, Madalena e das outras mulheres que seguiam Jesus. Mas, Maria hoje como modelo de vida e intercessora é o símbolo máximo para nossas vidas de batizados. Maria é querida em todo o mundo católico e a recebe centenas e centenas de títulos. Ela mesmo profetizou: ”Todas as gerações me chamarão de bem-aventurada” Lc 1, 48. Portanto, homens e mulheres testemunharam e testemunham o amor a Maria a Jesus até o fim. Maria trouxe a Nova e Eterna Aliança e por amor a humanidade. Ela soube perder seu Filho para ganha-lo definitivamente. E Maria continua a nos dizer: ”Faça tudo que Ele disser” (Jo 2, 5). Pe. Antonio Carlos Golfetti. Eq.03 - N. S. das Graças Londrina-PR 12
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Vida no Movimento
Província Centro-Oeste
EEN UMA EXPERIÊNCIA INESQUECÍVEL E NECESSÁRIA “A minha alma engrandece o Senhor e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque ele olhou para a humildade de sua serva. Todas as gerações, de agora em diante, hão de chamar-me de bendita! O Poderoso fez em mim maravilhas e Santo é seu nome! [...]” (Lc 1, 46-55). Começamos nossa reflexão sobre o EEN - Encontro de Equipes Novas, realizado nos dias 30 e 31 de maio de 2015 em Campo Grande-MS, com o Magnificat, conhecido como o Cântico de Maria, pois foi esse o nosso maior sentimento: o Poderoso fez para nós coisas grandiosas. Uma experiência inesquecível e necessária, pois compreendemos o verdadeiro carisma das ENS, a importância de viver os PCEs no dia a dia e a diferença que faz em nosso matrimonio. Só assim podemos aderir verdadeiramente à proposta feita pelo Padre Caffarel, pois para se viver esse Movimento de coração, é preciso amá-lo, e para que consigamos amá-lo precisamos, antes de tudo, conhecê-lo, e foi isso que fizemos durante esses dois dias. Quero agradecer aos queridos casais que nos presentearam com esse encontro que, de forma amorosa e carinhosa, dedicaram dois dias de suas vidas para o nosso conhecimento e crescimento espiritual. Por fim, pedimos a intercessão de Nossa Senhora Porta do Céu junto ao Pai, para que nos abençoe e proteja nossa caminhada de casais cristãos. Kamilla e Baltazar Eq. N. S. Porta do Céu - Setor B Campo Grande-MS CM 493
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Província Sul I
1º EEN Região SP Leste III Com grande alegria, muito amor e simplicidade realizamos nos dias 30 e 31 de maio de 2015 o 1º Encontro de Equipes Novas em nossa Região - SP Leste III, com casais de Biritiba Mirim e Mogi das Cruzes e também das Regiões São Paulo Leste I (Caçapava e São José dos Campos) e Capital II (Guarulhos), num total de 23 casais. Os Formadores não mediram esforços para compartilhar seu conhecimento e experiência. As celebrações eucarísticas presididas por Padre Lobato, Sacerdote Conselheiro Espiritual da Equipe de Formadores, no início e encerramento da Formação, transmitiu-nos que a caminhada no Movimento é nos aproximar do Cristo ressuscitado que se dá a nós, bastando que tenhamos coragem para isso. Registramos o carinho dos Casais Piloto, Casais Ligação e Casais Responsáveis dos Setores que enviaram seus casais para a Formação e não mediram esforços para estarem presentes na Missa do compromisso. Marcia e Agnaldo Rizzo CRR São Paulo Leste III 14
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Província Sul II
EEN Região SP Oeste I Nos dias 30 e 31 maio de 2015 foi realizado o Encontro de Equipes Novas (EEN) para os mais novos casais equipistas da Região SP Oeste I, dos Setores Assis, Paraguaçú Paulista e Piraju/Ourinhos. Atualmente, e por orientação das Equipes de Nossa Senhora, ao manifestar o desejo de ingressar no Movimento, o novo casal deve participar, dentro das etapas de preparação, da Pilotagem. Nesta ocasião o Movimento propõe ao novo casal vivenciar 02 etapas distintas e ao mesmo tempo complementares entre si: o estudo de 10 livros, em reuniões mensais, sempre acompanhados de perto por um Casal mais experiente (Casal Piloto) -, e, ao final deste estudo, a participação no EEN – Encontro de Equipes Novas. Não queremos aqui detalhar como foi o EEN em si, pois cada jovem casal terá seu momento de vivenciar e experimentar a beleza desta etapa derradeira da Pilotagem. GosCM 493
taríamos de partilhar as felicidades e maravilhas vividas nestes dois dias. Aquele final de semana em específico não nos ofereceria muito, pois chovia e fazia um frio congelante. Mas Deus já havia preparado algo muito especial para nós e vários outros casais equipistas: o EEN. Todas as atividades, formações e momentos oferecidos pelas Equipes de Nossa Senhora são especiais e ricos em graça de Deus, mas o EEN foi além, superou nossas expectativas, e o que pensávamos ser apenas um relembrar da pilotagem, foi marcado pela unção do Santo Espírito. As trocas de experiências vividas, os esclarecimentos quanto à essência do Movimento, a retomada de pontos importantes no estudo da Pilotagem e as partilhas em nossas minis inter equipes, foi deslumbrante. O EEN foi marcado como um tempo dedicado ao diálogo e partilha em casal, e entre casais. Foi um momento especial para aprofundarmos a mensagem de Jesus e, em conformidade com ela, a espiritualidade das Equipes de Nossa Senhora. 15
Para nós não resta dúvida que o EEN foi inspirado por Deus, pois os momentos lá vividos amadureceram e fortaleceram a espiritualidade conjugal dos novos casais equipistas, renovando e revigorando em nós o fervor de buscarmos a santidade em casal. Além disso tudo, o EEN nos deu uma visão real e ampla sobre o movimento e foi uma oportunidade de formação intensa e indispensável para os novos casais equipistas. Por fim, resta-nos agradecer à Deus por termos sidos agraciados com a participação no Encontro de Equipes Novas, e a exortação para que os jovens casais em pilotagem não deixem de experimentar esta tão enriquecedora experiência. Marcela e Rogério Eq.15 – N. S. da Luz Assis/SP EQUIPE MISTA A MISSÃO DO AMOR Em comunhão e unidade com as Equipes de Nossa Senhora da Província Sul II – Região SP Nordeste, realizou-se a reunião da Equipe Mista, acolhidos por Thereza e Antônio Moro, Casal Responsável pela Equipe Nossa Senhora da Esperança, 1ª do Setor A-1, em Ribeirão Preto. Os seis Casais participantes somaram uma riqueza ímpar de oração, da leitura, escuta e reflexão orante da Palavra de Deus, a partir da Primeira Carta de São João, 4,712 que trata do discernimento da fé, de que Deus é Amor! A meditação do Conselheiro Espiritual foi enriquecida pelas intervenções dos Casais, que apresentaram em espírito orante suas intenções. 16
A troca de experiências de cada Equipe no Momento da Partilha foi igualmente riquíssima. Todos tiveram oportunidade de se expressar e enriquecer uma noite de profunda espiritualidade, deleitosa e revestida de novo ardor, entusiasmo na caminhada do Movimento em unidade com toda a Igreja, que prepara o VIII Encontro Mundial das Famílias com o Santo Padre o Papa Francisco, de 22 a 27 de setembro, com o tema: “O amor é a nossa missão: a família plenamente viva”. Do texto sugerido para a reflexão, após a leitura introdutória, os Casais da Equipe Mista se detiveram e aprofundaram amplamente a catequese sobre A Missão do Amor. Com incomparável maturidade de fé e amor, foi uma das mais belas reuniões, transformada em celebração dialogal, onde cada casal se sentiu à vontade para contribuir com o enriquecimento de todos. O lar do Casal Anfitrião mais parecia um Templo do Senhor, adornado por Nossa Senhora da Esperança, sob qual intercessão a bênção final levou os casais de volta para seus lares, encantados ainda mais com o Movimento das Equipes de Nossa Senhora, que se torna a cada ano mais, uma verdadeira “pérola da Igreja”, que se debruça, neste ano, sobre o Sínodo Ordinário da Família. A ternura de Deus se fez sentir em cada casal e no testemunho do profundo amor pela Igreja através das ENS. Padre Gilberto Kasper SCE Eq.01A Ribeirão Preto-SP CM 493
Costumamos, muitas vezes, aprec i a r u m s e r o u alguma coisa depois que somos privados dela. Este sinal da nossa mediocridade de alma é bem conhecido. Vem a saúde a faltar, então descobrimos seu valor; morre a mãe e este adolescente fica inconsolável, ele que, até então, usava e abusava dela sem compaixão. Quantos prisioneiros de guerra que, em seus “comandos” não tinham a possibilidade de se confessar, tomaram então consciência do valor incalculável de ter perto de si este homem extraordinário que pode dizer da parte de Deus: “Eu te perdoo”. Um admirável privilégio vocês possuem, leigos do século XX, do qual parece que não avaliam o preço: a possibilidade de comungar todos os dias. Vocês nem sequer suspeitam que (salvo nos primeiros séculos), os fiéis e mesmo os religiosos; conheceram uma fome cruel. Assim o rei São Luiz que, no dizer de seus biógrafos, tinha uma ardente devoção à Eucaristia, comungava apenas seis vezes por ano; a regra da Ordem Terceira de S. Francisco, aprovada por Nicolau IV, não autorizava senão três comunhões por ano; a regra de Santa Clara não previa para as religiosas de sua Ordem, senão sete comunhões por ano. Ah, sim! Durante séculos a consciência da Igreja esteve como que esquartejada entre dois valo-
res de um preço inestimável: a santidade do Sacramento da Eucaristia, exigindo uma reverencia infinita, e a fome de seus filhos, reclamando o pão insubstituível. De fato, porém, a maior parte dos doutores, durante séculos pendeu para o lado do rigorismo. Foi necessário que uma grande voz eleva-se, no principio deste século, a de Pio X, para por fim ao debate com declarações que não permitiram mais hesitação. Esta voz estigmatizou a severidade dos moralistas, que chegaram a excluir da mesa eucarística os comerciantes e as pessoas casadas (por isso lhes digo que vocês são privilegiados por terem nascido no século XX). Ela proclamou claramente a toda a Igreja: “Quando o Cristo nos manda pedir nosso pão cotidiano, na oração dominical, devemos entender por isso, e quase todos os Padres da Igreja assim o ensinam, não tanto o pão material, mas o pão eucarístico que deve ser recebido cada dia.” Esta intervenção do Papa foi saudada com entusiasmo pelo povo fiel, que conheceu então uma como que alegria de libertação. Muitos cristãos aproveitaram dela com reconhecimento e fervor. Cinquenta anos se passaram:
1 Editorial Pe. Caffarel. Carta Mensal de Agosto de 1958, Ano VI, no 5.
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Raízes do Movimento
O pão cotidiano1
onde estamos nós? O entusiasmo e o empenho de ir à mesa posta foram de curta duração. A rotina, esta velha feiticeira, retomou seus direitos. Abuso e negligencia, dois de seus frutos, eis o que é preciso constatar em grande escala. Abuso; comungar na missa de domingo não é mais que rotina para muitos; não se prepara mais dignamente, descuida-se de “examinar-se a si mesmo” como pede são Paulo, a ação de graças é escamoteada e o dia se passa no esquecimento da Eucaristia. Negligência: se muitos cristãos se habituaram a comungar na missa dominical, poucos vão cada dia à missa e comungam nela. E não é por cuidado excessivo de escrupulosa pureza, nem por extrema reverencia para com o Santíssimo Sacramento, motivos que outrora retinham certos jansenistas e que não deixam de ter sua grandeza. Não, as razões são mais prosaicas. Falta de tempo, dizem uns; incompatibilidade com as nossas horas de trabalho, adiantam os homens - ou com a saída das crianças para as aulas, desculpam-se as mães de família. E certamente muitas vezes é exato. Mas quantas vezes é apenas um pretexto? A prova está aqui: as extraordinárias facilidades concedidas agora aos citadinos - missa de meio-dia, de 18 ou de 19 horas - não modificaram grande coisa. É preciso cavar mais profundamente para descobrir a verdadeira explicação, para compreender o ilogismo destes cristãos que no Pai Nosso pedem seu pão de cada dia e renunciem a ir buscá-lo. No 18
fundo, o que lhes falta, é estima à Eucaristia, a fé viva na Eucaristia. Os protestos que surgem quando dou esta explicação não me fazem mudar de opinião. Pelo menos, se a fé e a fome tão fracas não fossem suficientes para levá-los à Eucaristia, deveriam eles ir à comunhão por simples docilidade ao apelo de Cristo, que a Igreja não faz senão traduzir. Este apelo insistente é inegável: lembrem-se da frase de Pio X que lhes citei. Mas, de fato, conhecem eles o pensamento da Igreja? Os pais e educadores para as crianças, os sacerdotes para os fiéis, será que transmitem bem a mensagem? Nossos cristãos de 1958 sabem certamente que se pode comungar cada dia; isto, pensam eles, é uma devoção edificante; mas os melhores, mesmos os militantes será que compreenderam, será mesmo que descobriram que o regime normal do cristão normal é a comunhão cotidiana? Entretanto o que pode haver de mais explícito que esta outra palavra de Pio X: “A Igreja deseja que todos os fiéis se aproximem cada dia da santa mesa”. Não penso que se deva gritar estas palavras impensadamente sobre todos os telhados. Mas as Equipes não são um telhado qualquer. Aqueles que leem a Carta Mensal não são nem cristãos instalados no pecado, nem cristãos inconscientes das grandezas e exigências da sua fé; tem boa vontade, desejam viver. É necessário, porem, comer para viver: é bem a eles, então, que se dirigem CM 493
os apelos instantes da Igreja. Estes apelos se dirigem também aos seus filhos. Será que vocês pensam nisto? Será que transmitem a eles estes apelos, não fazendo, é claro, pressões indiscretas? A Eucaristia tem um lugar central na vida cristã, mas ela não deve ficar isolada dos outros elementos desta vida cristã dos quais, uns lhe preparam o terreno e outros são os seus frutos. Contentar-me-ei de mencionar três de insubstituível importância: um conhecimento mais profundo das verdades da fé, especialmente por um contato habitual com a palavra de Deus; a oração: falo da oração mental que se designa pelo termo de meditação; o amor ao próximo, um amor ao mesmo tempo vivo e eficaz. Vocês vão reclamar: “O senhor não sabe, não conhece a nossa vida leiga!” O que eu sei é que não há cristianismo com abatimento. Conheço também alguns cristãos - perfeitamente normais, eu lhes garanto - que acham que as necessidades vitais do organismo espiritual, assim como as do corpo, não podem ser negligenciadas sem perigo grave. Não nego que alguns, apesar do desejo que têm, estão impossibilitados de irem cotidianamente à missa. Que estes se tranquilizem. O sofrimento desta privação e o desejo que ela alimenta, lhes obterão as graças que Deus reserva aos seus filhos impedidos de se abeberarem nas fontes sacramentais. CM 493
“Quando o Cristo nos manda pedir nosso pão cotidiano, na oração dominical, de v e m os e nten d e r p o r i sso , e quase todos os Padres da Igreja assim o ensinam, não tanto o pão material, mas o pão eucarístico que deve ser recebido cada dia.” Mas estou convencido de que se poderão esperar dias magníficos para a nossa Cristandade se, enfim, se chegar a compreender que a missa e a comunhão de cada dia são o regime normal do cristão, que se dispensar deste convívio sagrado sem razão, é prova de um incrível pouco caso para com este dom prodigioso do amor divino: a Eucaristia. Veremos, então, multiplicarem-se as vocações sacerdotais e religiosas: alimentadas pela Eucaristia, as almas aspiram a um dom cada vez mais total. Assistiremos, também, a uma fecundidade inesperada de nossos movimentos católicos. E o sacramento do Matrimônio, “super-ativado” pelo seu entroncamento com a Eucaristia, dará plenamente seus efeitos de fidelidade, de pureza, de santidade conjugal. Colaboração Maria Regina e Carlos Eduardo Eq.01A - N. S. do Rosário Piracicaba-SP 19
EJNS
XIV ENCONTRO NACIONAL EJNS Nos dias 01, 02 e 03 de maio de 2015, com o Tema “Avançar para águas mais profundas” e o lema “Tornai-vos, pois praticantes da Palavra (Tg 1,22)”, aconteceu o XIV Encontro Nacional das EJNS no convento Ipuarana na cidade de Lagoa Seca/PB, com a presença de representantes das seis regionais, de sacerdotes, diáconos, religiosas e casais acompanhadores. Na sexta feira iniciamos com uma Celebração Eucarística presidida pelo bispo da cidade de Campina Grande, Dom Frei Manoel Delson e à tarde a palestra tema do encontro foi ministrada pelo SCE do Secretariado Nacional, Padre Sérgio. À noite, encerramos o dia com uma adoração. No sábado Cida e Raimundo nos agraciaram com a palestra sobre Maria, Mãe de Deus e o Pe. Max, nos fez refletir sobre as EJNS como caminho para avançarmos para águas mais profundas. No domingo, a palestra de encerramento foi do Padre Rachid, com o tema “família”. Além das palestras, tivemos entre outras atividades as interequipes, dinâmicas, peças, confraternização (festa junina) e, como não poderia deixar de ser, a oração do terço. Nesses três dias vivemos momen20
tos únicos de espiritualidade, formação, confraternização e partilha de vida entre os jovens de todos os lugares do nosso Brasil onde existem às EJNS. Essas experiências permitem ao equipista entender: melhor a sua pertença ao Movimento que, sob a ação do Espírito Santo e do amor de Maria, os levam para o caminho da Santidade. Esse também foi um momento ímpar para nós, casal Acompanhador do Secretariado Nacional, que tivemos a oportunidade de nos encontrarmos com outros 20 casais acompanhadores de outras regionais para trocarmos experiências da nossa vivência, além de refletirmos sobre alguns pontos específicos nos tempos atuais nas EJNS. Ao Casal Acompanhador e ao SCE, especialmente da equipe de base, cabe um olhar mais zeloso para cuidar das ovelhas que o Bom Pastor nos confiou. Assim como perguntou a Pedro, Jesus nos pergunta a cada dia se o amamos mais do que os outros e nos ordena: “Apascenta as minhas ovelhas”. Lêda e Menezes Casal Acompanhador do Secretariado Nacional das EJNS Brasil CM 493
A História dos Estatutos Organizado por Monsenhor Fleischmann, ex-Conselheiro Espiritual da ERI, e pelo postulador do processo de beatificação do Padre Caffarel, Padre Paul-Dominique Marcovits, houve, em dezembro de 2010 em Paris, um importante Colóquio com a finalidade de aprofundar o conhecimento da vida e da obra do Padre. Uma das pessoas que melhor o conheceu, seu ex-secretário Jean Allemand1 foi um dos que deram testemunho na ocasião. Escolheu um tema de grande interesse para todos os equipistas: falou sobre a gênese e a evolução da Carta Fundacional, ou seja, dos Estatutos das Equipes de Nossa Senhora. E acreditamos que nenhum dos escritos do Padre Caffarel exprime melhor seu pensamento sobre as Equipes do que esse documento, cuja releitura recomenda-se a todos. Na sua exposição, Jean Allemand falou sobre as origens dos Estatutos, que nasceram da preocupação do Padre Caffarel com a dispersão que ameaçou o jovem movimento das ENS em 1947. Diz um texto da Carta do mês2 de 4 de novembro de 1947: “Na reunião
de 28 de outubro, o Sr. Padre Caffarel apresentou as grandes linhas da regra sob a qual viverão doravante nossos grupos de casais...” Uma das frases que bem reflete a preocupação do Padre está no Preâmbulo dos Estatutos: “Tais equipes não são abrigos para adultos bem-intencionados, mas sim grupos de voluntários, generosos e ativos”. E na visão de Caffarel, para esse fim, era preciso que houvesse uma regra, como nas congregações e ordens religiosas. Entre os dias 28 de outubro e 8 de dezembro de 1947, um grupo dos primeiros equipistas, conduzido pelo Padre Caffarel, trabalhou na redação definitiva dos Estatutos. Segundo Jean Allemand, não deve ter sido tarefa fácil, pois o Padre era muito exigente e perfeccionista. Jean contou que quando era secretário do Padre, este lhe trazia um texto para reler e dizia: “Este editorial tem três páginas. Espero que você me dê três páginas de observações sobre o que não está bom, por que não está bom e o que você sugere no lugar”. No dia 8 de dezembro, em cerimônia realizada na cripta da igreja de Santo Agostinho, em Paris, os Estatutos foram promulgados e em seguida publicados no no 1 do novo boletim que passou a
1 Trabalhou diretamente com Padre Caffarel de 1968 a 1973 e depois, eventualmente, até a morte do Padre. Jean e sua esposa Annick eram equipistas e membros da ERI de 1973 a 1985; Jean trabalhou como “permanente” no secretariado nesse período. É autor da coletânea de textos do Padre que foi publicado no Brasil sob o título de “A Missão do Casal Cristão” e da biografia “Henri Caffarel, um homem arrebatado por Deus”. 2 Nome do informativo mimeografado que circulava na época
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Acervo Literário do Padre Caffarel
SEGUINDO OS ESCRITOS DO PADRE CAFFAREL
se chamar “Carta Mensal das Equipes de Nossa Senhora”. Uma carta acompanha a publicação, dizendo que os Estatutos não são perfeitos e que poderão ser modificados. “Eles respondem à expectativa de numerosos grupos que desejam uma direção firme, orientações precisas e uma estrutura forte”. Eles decorrem da experiência dos grupos de casais que já existem; “podem parecer exigentes, mas é o que desejam muitos casais, sobretudo entre os mais jovens que anseiam por uma lei forte, que os ajude a viver num clima de virilidade cristã”. O primeiro capítulo dos Estatutos é dedicado à “Mística” (palavra muito do gosto do Padre Caffarel, segundo Jean Allemand) das Equipes, que se desenvolve em duas vertentes: o auxílio mútuo e o testemunho. Os casais se ajudam mutuamente para melhor conhecer Deus e os caminhos que levam a Ele e assim encontra-Lo. Auxílio mútuo que leva naturalmente ao testemunho. Diz o Padre: “Marido e mulher se dão um ao outro, para juntos se darem aos outros”. Mas a vivência da Mística exige uma disciplina, ou seja, meios concretos para sua prática. E aí está a genialidade de Henri Caffarel: o meio fundamental é a equipe e sua reunião mensal. O capítulo da Disciplina contém a maneira como a reunião deve ser organizada e aquilo que passou mais tarde a se chamar “pontos concretos de esforço”3. Eram Estatutos bem exigentes e vários grupos saíram na ocasião, fundando outros Movimentos, que não prosperaram. Daí Padre Caffarel dizer: “Foi o Movimento exigen-
te que sobreviveu e se desenvolveu. Sejam exigentes: vocês nunca causarão decepção”. Porém já em 1959 o Padre passa a se preocupar com outro “perigo”. No editorial da Carta Mensal de dezembro daquele ano, ele escreve: “Entrar nas Equipes de Nossa Senhora é perigoso. No tempo em que ainda não tínhamos Estatutos, as equipes eram ameaçadas pelo perigo que corre todo movimento cuja mística não é sustentada por obrigações: os espíritos se aquecem sob o sopro da mística, mas a vida fica estagnada. Graças aos Estatutos, os equipistas são firmemente sustentados pelas obrigações. Mas cuidado com este novo perigo: esvaziar as obrigações de seu espírito. É preciso temer que as obrigações se tornem um fim em si mesmas, um ideal, uma limitação e que os equipistas pensem que a perfeição cristã consiste em respeitar as obrigações dos Estatutos. [...] Vamos formar cristãos ou produzir fariseus, em nossas Equipes? ” Não seria bom refletir sobre isso também hoje em nosso próximo Dever de sentar-se? Hélène e Peter Eq.05A - N. S. da Santa Cruz São Paulo-SP Monique e Gérard Eq.01A - N. S. do Sim São Paulo-SP M. Regina e Carlos Eduardo Eq.01A - N. S. do Rosário Piracicaba-SP Cidinha e Igar Eq.01B - N. S. Aparecida Jundiai-SP.
3 Originalmente, nos Estatutos, chamados “obrigações” assumidas por cada casal ao entrar no Movimento.
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Canonização do Padre Caffarel
VOCÊ ESTÁ DISPOSTO(A) A PROVOCAR MILAGRES?
Casados há 38 anos, há 37 anos participamos das Equipes de Nossa Senhora. Nelas aprendemos a desenvolver nosso amor a Deus, nosso amor conjugal e nosso amor ao próximo. A Equipe nos ajuda a alimentar diariamente esses amores e nossa fé. Quando olhamos tudo o que vivemos até aqui sentimos, muito claramente, a mão de Deus nos guiando, nos preparando. Ele sabe que nós dois somos “cabeça dura” e que precisamos de tempo para aderirmos com empenho, não importa ao que seja. Assim, quando Hermelinda e Arturo nos fizeram o pedido de assumirmos a representação no Brasil da Associação dos Amigos do Padre Caffarel, e a animação da Causa de sua Canonização, Deus já tinha feito seu trabalho em nossos corações e em nosso espírito - e de forma muito explícita - o que nos levou a aceitar, apesar de nossas limitações de saúde, de tempo e de talentos. Demos o nosso SIM porque estamos convencidos de que essa responsabilidade não é só nossa – somos simplesmente os animadores –, mas NOSSA, ou seja: de cada um de nós, casais e sacerdotes Conselheiros Espirituais, sendo que muitos já estão engajados nessa Causa desde 2011. O progresso da Causa de Canonização do Pe. Caffarel depende de cada um de nós. É o que queremos mostrar a vocês neste momento.
Processo de Canonização Vocês sabem que a primeira etapa do processo de Canonização foi concluída em outubro passado – vejam na CM 490/2015, p.23, o artigo “Atualização no Processo de Beatificação”, escrito pelo Pe. Paul-Dominique Marcovits, o.p.. Agora estamos aguardando o decreto de validade do Inquérito que declarará se ele foi corretamente elaborado. Em seguida entraremos na redação do “Positio”, que é o documento que descreve com precisão a vida, as virtudes e a santidade do Pe. Caffarel. Esta fase é demorada devido ao rigor com que ela é realizada.
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1 Pe. Paul-Dominique Marcovits, portador do dossier encaminhado a Roma s/ a Canonização do Pe. Caffarel. 2 A mesa onde foram colocadas as caixas com documentos (inquisições das testemunhas e escritos do Pe. Caffarel) durante a Cerimônia de encerramento do inquérito diocesano da causa. 3 A presidência da última sessão, composta pelo Bispo Auxiliar e o Arcebispo de Paris além do Chanceler da Diocese de Paris, e logo abaixo, as cinco caixas que foram seladas no local para posterior envio a Roma.
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Enquanto o Vaticano faz o seu trabalho, nós temos tempo, aqui no miudinho das nossas vidas, de prepararmos a próxima fase (a Beatificação). Como? Com fé e generosidade.
Com fé Pedindo a Deus que comprove a santidade do Pe. Caffarel por meio de milagres. Sem isso a próxima etapa não terá sucesso. É o que nos disse o Pe. Marcovits no artigo mencionado acima (CM 490/2015 p. 23). Não há santo sem milagre. A realização de milagre(s) de cura é o critério que a Igreja adotou para a “confirmação do Céu” da santidade de uma pessoa. Por isso precisamos obter de Deus que Ele intervenha extraordinariamente, pela intercessão do Pe. Caffarel, curando milagrosamente alguém. Estamos acostumados a ver no Pe. Caffarel o fundador do nosso Movimento, o autor de frases profundas e maravilhosos editoriais, escritor de belos livros, o homem determinado na sua ação pastoral, criativo, exigente, ... Mas agora precisamos começar a ver e a nos acostumar com o Pe. Caffarel INTERCESSOR: aquele que, perto de Deus intercede por nós em nossas dificuldades e nossos desafios. É disso que precisamos neste momento da Causa de Canonização do Pe. Caffarel: ORAÇÃO. MUITA ORAÇÃO pedindo a intercessão dele para obtermos graças e milagres de Deus. Vocês podem estar pensando: “Pedir a intercessão do Pe. Caffarel? Como? Para que? Quando?”
Alguns exemplos concretos: “Há tantos anos estamos nas ENS e nos sentimos um pouco frustrados pois não conseguimos fazer o Diálogo Conjugal”. Peçam a ajuda do Pe. Caffarel para superar essa dificuldade. “Estamos tristes porque um companheiro da Equipe está muito doente”. Porque não organizar momentos fortes de oração (individual, em casal, em Equipe) pela sua cura com a intercessão do Pe. Caffarel?
“Estamos preocupados com o casamento de um filho, de uma irmã, de um amigo, de uma sobrinha, ...” Peçam a intercessão do Pe. Caffarel que nos disse que o casamento é lugar de felicidade, de realização e de santidade. “Nosso filho solteiro, nossa filha solteira, vai ser pai/mãe”. Peçam, a intercessão do Pe. Caffarel, a graça da força, da aceitação, da acolhida e da alegria.
“O desemprego, o dinheiro curto, o cansaço vão minando o nosso casamento”. Peçam ao Pe. Caffarel que interceda ... 24
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A lista poderia ser enorme. É verdade que algumas situações não têm volta, mas certamente o sentimento e o olhar podem mudar. Por isso vamos pedir e com fé. Não há Santo sem Milagres. Não há Milagres sem a Fé expressa na Oração confiante. “Acreditais que eu posso fazer isso? ” Eles responderam: “Sim, Senhor”. Então tocou nos olhos deles, dizendo: “Faça-se conforme a vossa fé”. (Mt 9, 28b-29) Vamos orar, pedir! Peçamos a intercessão do Pe. Caffarel! Muitas graças nos serão dadas e muitos milagres vão acontecer! Pedimos que nos comuniquem, pelo e-mail pe.caffarel@ens.org.br, as graças conseguidas com a intercessão do Pe. Caffarel de que vocês tomarem conhecimento, e nós as encaminharemos para o Postulador da causa.
Com generosidade Aderindo formalmente à Causa de Canonização de coração, e assim demonstrando a importância que damos a esta Causa. Essa adesão se dá associando-nos à Associação dos Amigos do Pe. Caffarel, o que permite também que exerçamos a generosidade concreta ajudando a sustentar materialmente a Causa de Canonização que entra agora na fase que gera mais despesas. É de cada pouco que é dado com amor na adesão e na renovação à Associação que se faz o montante necessário para cobrir aquelas despesas. Neste ano de 2015 as adesões e renovações brasileiras à Associação estão muito, muito baixas – até o mês de agosto cerca de 0,7% dos casais equipistas (apenas 1 em cada 150 casais) se associaram ou pagaram a renovação. Temos certeza que este número não é coerente com o nível da gratidão dos equipistas brasileiros ao Pe. Caffarel; é certo que alguns não podem, e nesse caso não devem, pagar o montante estipulado (e já estamos estudando uma outra maneira de poderem participar). Para aqueles que querem fazer ou renovar sua associação ainda temos tempo de reagir: por favor vejam na CM491/2015, nas pp. 28 e 29, o excelente artigo do casal Sandra e Valdir que explica direitinho como fazer isso. Em caso de qualquer dúvida não hesitem em entrar em contato conosco pelo e-mail indicado acima. Contando com a fé e a generosidade de cada um de vocês, recebam nosso fraterno abraço, Vicélia e Luiz Carlos Magalhães Casal Representante do Brasil para a Causa de Canonização do Padre Henri Caffarel CM 493
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Testemunho
Vida de equipe EM APARECIDA Viver em equipe é saber ser parte de um todo. É como ser uma parte fundamental de um corpo, mesmo sabendo que sem ele esta parte não sobrevive. Ter espírito de equipe, leva a ter sentimentos de humildade, tolerância e companheirismo. Nenhuma equipe suporta o tempo senão houver uma íntima e fraterna relação entre seus membros. Mas para que haja isto em nosso Movimento é preciso criatividade, iniciativa, e principalmente ir em busca de Cristo, do auxílio mútuo e do testemunho. Para nós, é com muita alegria escrever sobre a equipe 3 Nossa Senhora da Esperança, que comemora 30 anos de fundação, porque durante este tempo, se beneficiaram com uma amizade profunda, o que caracteriza uma equipe de Nossa Senhora, que mesmo fora das reuniões sentem-se ligados e comprometidos como uma família. As Equipes de Nossa Senhora são uma grande família, e todos nós somos responsáveis em mante-la viva, unida. Os casais da equipe 3 sempre se comprometeram com o Movimento, ao longo de sua caminhada, assumindo com muito amor e dedicação, as responsabilidades que foram dadas. Com muito orgulho e admiração citaremos alguns: Dois casais foram CRS, todos foram CL e CP. Alguns foram coordenadores de Experiência Comunitária. Sempre foram grandes colaboradores nas Noites de Estudo do Setor e de outras Formações. Mas, uma equipe é uma pequena igreja, e precisa contar com a presença de um sacerdote. Este é um privilégio que temos e que através do SCE nos ajuda na caminhada em busca da santidade. Hoje esta equipe conta com nosso querido Pe.Flávio Cavalca, com sua imensa sabedoria e disponibilidade ao serviço, que vai além de sua equipe e estende aos Setores de Aparecida e Guaratinguetá com SCE de Setor, na Carta Mensal, nos retiros pregados por ele, em diversos lugares do Brasil. Enfim o Setor de Aparecida foi se multiplicando, e sempre contou com a presença desta equipe para levar a seiva do Movimento aos casais novos. Que Nossa Senhora continue abençoando-os, e que possamos compreender o verdadeiro sentido de ser uma equipe. Terezinha e Waguinho CR Setor - Aparecida-SP 26
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O que é Equipe de Nossa Senhora? Estamos nas ENS a algum tempo, e em nossa última Reunião Mensal colocamos as nossas dificuldades como casal, nos exaltamos e achamos que deixamos uma impressão que as coisas iriam de mal a pior. Um casal que nos acompanha a muitos anos não estava presente pois iriam casar a filha no outro final de semana em MG, somos do RJ, e além disso a esposa estava com problema de saúde. Temos o hábito de toda sexta-feira a noite nos reunirmos para uma Noite de Oração e como ela estava internada, não podia ter contato com ninguém, fez questão de nos mandar uma mensagem: “Luiz e Tati, são 1h 56 da madrugada do dia 06/05/2015, perdi o sono e resolvi colocar neste pedaço de papel o que lhes queria dizer, pois não estarei na Noite de Oração como vocês sabem estarei internada e não quis deixar para a nossa reunião formal pois ficará muito longe... Viver em família é um desafio, não é fácil para construí-la exige-se, sabedoria, esforço, disponibilidade, doação, jogo de cintura, enfim vários adjetivos, e não só de um, mas dos dois. Aprendemos muito no mundo de hoje, mas na correria da vida desaprendemos com o mais fácil, o coração, estamos esquecendo dele (que é só amar). Rezei por vocês de uma forma especial e mais intensa, de sábado do casamento dia 27/04 até 02/05, e prometi apresenta-los em oração a São José, que estariam dentro da igreja consagrada a ele, e aconteceu, no sábado onde os cinco (nós e nossos filhos) estavam dentro da igreja, a família reunida e que fizesse de vocês a família de Nazaré. Peço a vocês que sentem, que rezem, conversem, reflitam se entendam e deem tempo para que Deus opere em suas vidas.” Isto é Equipe de Nossa Senhora: se preocupar com o outro. Para ela nos éramos naquele momento, tão importantes quanto o casamento de sua filha Alessandra e o seu tratamento médico. Somos sim equipistas e procuramos colocar tudo que aprendemos em prática nos momentos difíceis. Amamos o Movimento, amamos nossa querida equipe N. S. da Penha, nos amamos e principalmente amamos a Deus. Tatiana e Luiz Eq.99 - N. S. da Penha Rio de Janeiro-rj CM 493
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A teologia das fraldas e das mamadeiras Lá nos idos de 1986 chegounos uma carta do Vaticano, anunciando que devíamos, na IVª Assembleia do Pontifício Conselho da Família, do qual éramos membros, fazer uma exposição sobre um tema ligado à espiritualidade conjugal. No dia aprazado, com o plenário lotado com todos os membros do Conselho e mais uma dúzia de assessores, tivemos que tomar a palavra. É preciso esclarecer que, com muito esforço e dedicação, ao longo dos 4 meses que antecederam a reunião, tentamos preparar a exposição. Lemos e relemos textos, artigos e livros em busca do que poderíamos dizer. Quando encontrávamos, ela ou eu, uma ideia “brilhante”, assim que a colocávamos em comum, vinha a decepção: não serve! Não é isso que temos que apresentar. Foi uma verdadeira agonia. Com uma inquietação crescente, entramos no avião, rumo a Roma sem saber o que dizer! Assim que chegamos, depositadas as malas no hotel, corremos ao Palazzo San Calixto – sede do Conselho – com um imenso temor que nossa “ponencia” (exposição) fosse logo no primeiro dia! Não era, por graça de Deus. Mas continuávamos sem saber o que dizer! Todas as noites varávamos a madrugada tentando preparar a exposição. Nada! As ideias que 28
surgiam, acabavam, sendo postas de lado. Claro que, no meio de toda a agonia, estivemos sempre a pedir ao Espírito Santo para nos iluminar. Mas parecia que Ele não nos ouvia! Até que, na antevéspera do dia aprazado – lembro-me bem – lá pelas duas horas da madrugada, virei-me para Esther e disse com toda a segurança: “vamos falar como estamos acostumados a falar aos casais das Equipes”. A agonia acabou, tranquilos pegamos no sono. Era o fruto que tardou, mas acabou chegando. Só então, recordamos o que Senhor disse: “não fiqueis preocupados com que haveis de falar porque, naquele momento, o Espírito vos dirá o que dizer”. (Mt 10,19-20) Que foi que dissemos? Com toda a simplicidade, recordamos fatos, acontecimentos, preocupações e problemas, mas também as alegrias, o encantamento de um para com o outro, as superações, as vitórias, a nossa felicidade. Em suma, procuramos mostrar como, na vida quotidiana do casal, os seus altos e baixos, vistos com o olhar da fé, são momentos e oportunidades de encontrar o Senhor e, assim, viver a nossa espiritualidade, aquela que não pode ser vivida pelos celibatários nem pelas virgens. Por isso, de certa feita, um amigo que nos ouviu, em uma palestra, CM 493
procurou, de uma forma bem simples, traduzir o que havíamos tentado explicar: “quer dizer que vocês estão propondo uma corriqueira teologia das fraldas e mamadeiras que os padres e as freiras nem sequer são capazes de perceber o alcance”. E concluía: “pena que os cristãos casados não tenham idéia de tão vivencial teologia”. E sem qualquer falsa modéstia, podemos garantir que foi um sucesso o que, com toda simplicidade, expusemos lá no PCF. Chegamos a constatar alguns participantes nos abraçarem com os olhos cheios de lagrimas. Não é preciso dizer nada mais: até o Papa ficou sabendo porque,
quando na fila dos cumprimentos, o nosso Presidente, o simpático Cardeal Gagnon, fez questão de dizer a João Paulo II que tínhamos apresentado uma “ponencia muy buena”. E o Santo Padre, na mesma hora, indagou: são de S. Paulo? É bom não esquecer que o nosso Papa hoje é santo, por isso podemos dizer, com imensa satisfação, que já conversamos com um santo canonizado! Ficou assim provado que, se a burra do Balão” (Num. 22-24) falou das coisas de Deus, qualquer simples brasileiro também pode falar! Esther e Luiz Marcello Azevedo. Eq.01A - N. S. do Sim São Paulo-SP
“AGORA VAI!” “Ajude-nos a descobri-lo”, a descobrir a beleza e a riqueza do amor conjugal, foi o pedido feito por quatro jovens ao Pe. Caffarel e sua resposta: “Podemos buscar juntos”. Uma descoberta realizada a “quatro mãos” por assim, dizer, dos jovens e do Padre. Um pedido, uma resposta inspirada e assim nasceu as Equipes de Nossa Senhora. Não conseguimos deixar de nos emocionar ao lembrarmos e refletir a grandeza e o alcance desta cena. Hoje, casados há 37 anos, recordamos nosso início de caminhada e nosso anseio profundo de conhecer e amar a Deus, e o quanto mergulhamos nesse projeto, até CM 493
chegarmos às ENS já com um cabedal espiritual, para nos encantar com a proposta desse Movimento, de vivência do matrimônio santo, amoroso e feliz, do jeito que Deus concebeu e quer que o seja. Nossa contribuição inicial às Equipes foi a consciência de que para os cônjuges santificarem-se, é necessário que cada um deles se santifique, principalmente, através da oração pessoal e frequência aos sacramentos. Chegamos ao Movimento acreditando, pela fé, na presença do Altíssimo; somos templos do Espírito Santo e no silêncio da alma O amamos e O adoramos, deixando-nos inundar por Seu amor transbordante. Assim começa o nosso caminhar pela via da 29
perfeição, vivendo o matrimônio como fonte de imenso amor, “de paraíso” e por vezes de céu. O que nos tem proporcionado as ENS? A oração pessoal deve conduzir e alimentar a oração comunitária. Esse o primeiro presente que recebemos, mediante a reunião de equipe e noite de oração. O segundo presente o compromisso da meditação diária da Palavra, com a busca da verdade e do desígnio de Deus. Foi à descoberta dos PCE e redescoberta de que é necessário o esforço humano, sem prescindir da Graça, para progredir na caridade. Nesse contexto, os retiros e encontros têm sido fontes de muitas bênçãos e graças. Destacamos o III Encontro Nacional realizado em Aparecida/SP, com seus belíssimos testemunhos e ensinamentos apresentados. Relembrando aqueles jovens casais que foram procurar o Pe. Caffarel desejosos de “viverem o seu amor conjugal no vínculo da fé”, fazemos menção ao testemunho do jovial casal que se expôs,
corajosamente, despertando em nós forte emoção, pela delicadeza e serenidade com que abordaram realidades sofridas de suas vidas. Ele nos contagiou com as suas verdades, a disponibilidade para o serviço e pela esperança no porvir abençoado pelo Senhor. Que dizer então das celebrações litúrgicas e da “procissão das luzes”, caminhando ao lado da Virgem Maria? Momentos inesquecíveis. Saímos desse III Encontro Nacional robustecidos na nossa fé, animados na esperança e transformados pelo amor de Deus. Voltamos para o nosso lar com a certeza daquilo que outrora falou o nosso fundador: “Não há, para as pessoas casadas, necessidade de procurar outro caminho para a santificação que não o amor penetrado e transfigurado pelo amor divino”. Deixamos Aparecida com aquele sentimento expresso pelo Pe. Paulo: “Agora vai!”. Fátima e Luiz Eq.05B – N. S. d’Ajuda Jaboatão dos Guararapes-PE
fomos encher nossas talhas de Água Viva na casa de nossa Mãe Aparecida Os meses que antecederam o III En co n tro N a ci o n a l d e Apare cid a fo i ma rca d o p o r momentos fortes de preparação para nós. Desejávamos participar desse tempo de graça, sabíamos que o Sen h o r est a r i a l á n o s 30
esperando no sorriso dos irmãos, nas palavras que iríamos ouvir e nas orações que juntos faríamos. Estávamos indo para a casa de nossa Mãe, lugar do aconchego, da paz e do amor. E finalmente chegou o tão esCM 493
perado dia! Pegamos o ônibus junto com grandes amigos equipistas. Olhando para os que estavam conosco nos veio um pensamento: Que bênçãos o caminho de um peregrino pode ter! Foi então com os olhos fixos Naquele, que primeiro havia nos convidado a caminhar, que descemos em Aparecida e fomos podendo perceber o grande amor em cada acolhida, cada detalhe e pequeno gesto dos que cruzavam nosso caminho. Ao entrar no Ginásio, assim como em Emaús, nossos olhos se abriram e o nosso coração se aqueceu. Como não deixar transbordar tamanha alegria através de sorrisos e abraços? Como não agradecer ao Senhor por tantos casais, vindos dos mais longínquos lugares buscar encher suas talhas da água viva que é Jesus? E então tínhamos que dizer: “ Fica conosco Senhor!”(Lc 24, 29) Estamos sentindo o teu amor nesse lugar, querermos permanecer aqui, na casa da Tua e nossa Mãe, precisamos escutá-la de novo pedindo a cada um de nós: “ Fazei tudo que Ele vos disser”.(Jo 2, 5) Nas celebrações na Basílica nos sentíamos como no Monte Tabor, entorpecidos pela presença real do Senhor. A pequena imagem de Nossa Mãe Aparecida cuidadosamente guardada naquele lugar, nos lembrava seu exemplo de serva humilde, e de como nas Bodas de Caná soube estar atenta às necessidades de seus irmãos, CM 493
fazer a sua parte e confiar no Senhor. As palavras ouvidas despertavam em nós um desejo de colocar cada dia mais o nosso Matrimônio e a nossa família nas mãos do Pai. O tema desse Encontro, certamente inspirado pelo Espírito Santo, havia se encaixado perfeitamente à dura realidade dos tempos atuais. Ao mesmo tempo ele refletia nossa crença de como um casamento Cristão deve ser: uma escolha feliz, alegre, onde aprendemos a amar e ser amado, a perdoar e ser perdoado, onde devemos caminhar juntos diante e apesar das dificuldades. O Encontro Nacional foi chegando ao fim, a celebração da Alegria e do Amor Conjugal encheu nosso coração do melhor vinho, da água viva cuja a fonte é Jesus. Voltamos fortalecidos na certeza da beleza do Matrimônio, nas possibilidades infinitas de esperança que o Senhor deposita em nós casais cristãos, e convictos de que a felicidade plena só pode ser encontrada em Cristo. Retornamos ao nosso lar, com o dever de fazer frutificar em nossas vidas as sementes que ali foram plantadas. Pedimos então à Nossa Mãe Aparecida que nos dê sua benção, nos inspire na peregrinação da vida e na missão que o Senhor nos confiou. Liane e Pedro Eq. N. S. da Luz - Setor E Fortaleza-CE 31
Partilha e Pontos Concretos de Esforço
Através do esforço, alcançar as estrelas Ao entrar no site das Equipes e digitar a expressão “Pontos Concretos de Esforço”, no espaço de busca, abrem-se dez páginas com cerca de onze itens de consulta, cada uma, totalizando, aproximadamente, cento e onze artigos e matérias sobre o assunto! Diante dessa profusão de textos tratando dos PCEs, nos perguntamos: o que mais pode ser dito de original, ou de novo, sobre esse tema? Suspeitamos que quase nada. O que nos toca falar, então, é que, por mais que sejam válidas e úteis as diversas abordagens que os casais, SCE fizeram a respeito dos PCE, a originalidade, e, portanto, a relevância dos PCE como meio de aperfeiçoamento dos casais, sob a ótica do carisma da espiritualidade conjugal, reside justamente na sua prática periódica. Sejamos honestos; por rotineiros que são, os PCE podem nos parecer, de início, monótonos ou cansativos e desprovidos de utilidade para a nossa vida de equipe. Sentimo-nos mais desafiados e alertas em nossos encontros, nos debates sobre temas atuais, nas interpretações das passagens do Evangelho, na escuta de uma boa homilia. Em contraposição, os PCE, com a sua obrigatoriedade, exigência e previsibilidade, não suscitam tanto interesse. Nesse sentido, vale aqui também recordar a frase latina de Sêneca, em seu Discurso aos Jovens, “per aspera ad astra”, que se pode, 32
livremente, traduzir como “através do esforço, alcançar as estrelas”. A aparente aspereza e aridez iniciais da prática desses meios vão revelando, à medida se os pratica, a verdadeira alma de tudo aquilo que buscamos ao ingressar no Movimento das ENS. Em primeiríssimo lugar, a atenção à Palavra, por meio da sua escuta e meditação, nos põe em sintonia com esse grande fluir do amor de Deus – Sua graça – que perpassa toda a criação. Assim, quando juntos, marido e mulher, oram, já é o próprio Espírito Santo que conduz a nossa prece, não obstante as eventuais falhas e desacertos do nosso discurso. E será também Ele, o Espírito, que repousará sobre os corações dos cônjuges quando, algumas vezes entre lágrimas e angustiados, mostrarem, um para o outro, as suas dificuldades, os seus contragostos, as suas alegrias na caminhada a dois. Desses eventos surgirá, então, a resolução individual de mudar e de melhorar, a qual, nos momentos de absoluto retiro e encontro com nosso Criador, mostrar-se-á como o caminho que Ele próprio traçou para nós desde sempre. Portanto, sigamos no caminho áspero, para que, mais à frente, desfrutemos da imensidão de benefícios e graças que os PCE podem nos trazer. Gloria e Marco Eq.15 - Setor B - Rio V Rio de Janeiro-RJ CM 493
“NAVEGANDO RIO ABAIXO, QUANDO UM JACARÉ SE APROXIMOU, UM DE NÓS SE LEVANTOU E O BOTE QUASE VIROU!” Após o EACRE ousamos embarcar nesse bote e navegar rio abaixo no nosso dia a dia até chegarmos à foz: a nossa santidade conjugal! Iniciando os preparativos à navegação, é hora de nos colocarmos de joelhos e, em Oração (porque não a conjugal?), agradecer ao Pai a graça de sermos seus filhos tão amados, apesar de tão pecadores. A trajetória para navegar é longa, e é cediço que nem sempre conseguimos navegar por uma linha reta, repleta de excelentes momentos, pois no rumo desejado encontramos a correnteza, os percalços... É hora de fazer um Dever de Sentar-se, pois não podemos nos esquecer do jacaré, que sempre presente, no nosso descuido na fé, na incerteza, surge para obstaculizar nossa rota, nos destruindo. Precisamos de uma séria Meditação buscando as verdadeiras necessidades, que são únicas e preciosas, comparadas com as que vezes qualificamos como importantes e significativas, e somente são mesquinharias: 30 moedas!!! Mas para o Reino de Deus, tão pouco temos que levar. O nosso rio é bastante caudaloso e precisamos continuar navegando. Apesar das dificuldades, para chegar ao fim tão buscado: o Amor. Então, braços fortes na remada. Providos da vontade de vencer os muitos “jaCM 493
carés” da vida, é hora de abraçar a Escuta da Palavra e, nos deixar ser envolvidos pela Luz e pela Palavra, porque temos certeza que a nossa vitória há de ser alcançada. Então, num remanso encontrado e, alicerçados na Verdade e na vontade do Pai, porque não fazermos um Retiro? O silêncio cortado tão somente pelo correr das águas, tudo é obra do Deus Pai.
E nós estamos construindo ou destruindo a vida? Navegando rio abaixo como Regra de Vida, se faz necessário entender que nem sempre quem tem o leme do bote é quem o deveria ter. Porém o Senhor o guia para que, com a Ajuda Mútua, aprenda a navegar em situações adversas, pois quando remamos numa mesma direção, objetivando a santidade conjugal, ninguém há de se levantar pela simples aproximação de um jacaré. Vamos remar. O rio é caudaloso e jamais devemos desistir. Regina e Marquinho Eq.04C – N. S. Auxiliadora Niterói - RJ 33
RETIRO E DESERTO Todos os anos os equipistas são convidados a realizarem o PCE Retiro, ou o meio de aperfeiçoamento à santidade, como se dizia no final da década de 80. É um período de 48 horas, como dizem os documentos do Movimento. Os casais são convocados a um encontro mais íntimo com Deus. Eles participam com vontade e disposição para ter um colóquio de amor com o Salvador da humanidade. Contudo, para que haja este diálogo, é imprescindível o silêncio, pois Deus se comunica através dele. Não só o silêncio externo, mas também o interno de cada participante. O Frei Inácio Larranaga, fundador das Oficinas de Oração e Vida, pode nos ajudar neste sentido de como nos preparar e participar de um retiro quando ele descreve o Deserto para os oficinistas na última sessão. Ele continua alertando para os cuidados que devemos ter com a distração, as conversas fora de hora e o sono nesses desertos; inimigos para realizar um deserto ou um retiro. Num deserto, assim como num retiro anual das ENS, o ser de cada pessoa deve clamar por silêncio e solidão. No entanto, antes do deserto ou do retiro, cada um deve se preparar bem para que o coração esteja aberto para o que Deus quer falar e devemos escutar atentamente para praticar no cotidiano o que Ele nos diz. Viver um retiro anual é partir em busca do rosto do Pai. E só 34
poderemos realizar isso se Jesus nos conduzir, tomando-nos pela mão e andando ao nosso lado, porque sem ele as distrações, os inimigos para um bom deserto ou um bom retiro, nos farão perder o verdadeiro caminho. No momento em que nos sentirmos completamente unidos a Jesus, nós lhe diremos: Aqui estamos, Senhor, faça de nós o que desejares. Obrigado Jesus pelo que nos deste até o dia de hoje; obrigado também, pelo que nos tiraste e por tudo que fizeste de nós e Te agradecemos também pelo muito que ainda podes nos dar. Estão aí algumas dicas preciosas do Frei Inácio para realizarmos bem os retiros anuais e tirarmos benefícios para as nossas vidas, de cristãos católicos, equipistas conscientes e responsáveis para implantar e implementar o plano de amor de Deus entre nós. Ninguém sai do encontro íntimo com Jesus sem alguma transformação, como foi o caso da Samaritana no diálogo com Cristo, em Jo 4. Essas dicas e mais as contidas nos documentos do Movimento servem para nos preparar a vivenciar bem os retiros e, ao sair, sermos equipistas com mais qualidade. Do contrário, o fim de semana de retiro será um mero encontro com outros casais e pessoas e o verdadeiro encontro íntimo com o Deus não aconteceu. Stella e Paulo Eq.02 - Niterói C - Rio IV Rio de Janeiro CM 493
“Quem enviarei? Quem irá por nós?” E eu respondi: Eis-me aqui. Envia-me! (Is 6,8)
Está se aproximando o momento de escolhermos o novo CRE para o ano de 2016 e queremos nos dirigir ás centenas de casais que exercerão a missão de Responsável de Equipe, fazendo-se assim obediência à transitoriedade. O manual “O Casal Responsável de Equipe” diz que “o casal escolhido coloca-se disponível ao Senhor, para que o Espírito possa agir nele e através dele. Entretanto, no plano humano, faz-se necessário um esforço de renúncia e doação, para que a vida de sua equipe seja uma escola de caridade, na busca da santificação dos casais, proposta pela pedagogia do Movimento”. Caríssimos casais, ser responsável de equipe é um chamado do Senhor para trabalhar a animação, ligação e gestão da sua equipe de base. É Deus quem chama e envia. E todo chamado merece uma resposta; principalmente uma resposta de amor recheada de gratidão, de abandono e de abnegação. O Senhor não chama porque já encontra uma pessoa perfeita, mas vai aperfeiçoando-a com o auxílio da divina graça. Ao mesmo tempo, a consciência do chamado e da missão provoca o desejo de alcançar uma maturidade tal que favoreCM 493
Reflexão
O ZELO POR TUA CASA ME CONSOME ça o desenvolvimento completo do plano divino. O Santo Papa João Paulo II na sua Divina Sabedoria já nos dizia: Ninguém é enviado de mãos vazias, ao contrário, traz consigo todos os dons dos quais será fiel administrador para que todos possam fazer a experiência de salvação que, em Cristo, o Pai oferece à humanidade inteira: “A missão não se baseia na capacidade humana, mas na força de Cristo ressuscitado”. Por isso, não precisamos ter medo porque a iniciativa é toda do Senhor conforme Jo 15,16 “Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos designei para que vades e produzais frutos e o vosso fruto permaneça”. E o primeiro de muitos frutos que nós devemos dar é que sejamos verdadeiras “Comunidades Vivas de Casais, Reflexos do Amor de Cristo”. CRE seja ousado e leve em conta a medida generosa de Maria conforme Jo 2, 5: «Fazei tudo». - Porem sem esquecer as Palavras de Jesus em Jo 15,15: “Sem mim nada podes fazer”. Vá a frente e repita todos os dias: Eu sei em quem pus a minha confiança. (2 Tm 1,12). E não esqueça nunca: “Tenham amor, pois o amor une perfeitamente todas as coisas. O amor é o vínculo da perfeição.” (Cl 3:14) Girlane e Salú Eq.01 - N. S. Imaculada Conceição São Luís-MA 35
*ORAÇÃO DE UM CASAL ELEITO RESPONSÁVEL Senhor, temerosos, porém bastante agradecidos, queremos iniciar dizendo: - Deus, Pai, na tua infinita bondade, quiseste nos colocar à frente de uma das equipes de Nossa Senhora, mesmo sabendo que estamos repletos de fraquezas e imperfeições, apenas humildemente dispostos a desempenhar tal encargo apostólico; - Ajuda-nos a respeitar as características próprias de cada um destes nossos irmãos, para que eles possam cada vez mais desenvolver a sua personalidade, sem que no entanto se afastem das linhas mestras que o movimento nos propõe; - Ensina-nos a aproveitar todas as circunstâncias, para podermos responder a cada uma delas, com sabedoria e prudência; - concede-nos uma nova vida, mais espiritual, pois dia a dia vemo-nos mais atribulados com os afazeres materiais; - dá-nos a preocupação do engajamento a serviço daqueles que precisam de nós; - reforça-nos a coragem para não desanimarmos frente a obstáculos inevitáveis; - fortifica a nossa lealdade, retidão e franqueza, para que possamos partilhar, sem medo nem reservas, as nossas experiências e riquezas descobertas; - envia-nos a tua palavra, para que estejamos sempre providos de tudo e preparados para toda a boa obra; - finalmente, permite-nos uma vida mais cristã, sempre animada pelo Espirito Santo, unidos para formar uma comunidade onde mutuamente nos ajudemos a crescer em direção a Ti. Colaboração Olga e Dion Eq.09 - Mogi das Cruzes-SP
* Extraido da Carta Mensal de 1981
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ORANDO COM AS CRIANÇAS Ao orar trazemos o Reino de Deus até nós,
e Jesus nos ensinou fortemente a usar deste recurso. Devemos sempre nos mobilizar de forma que, a Oração esteja integrada a tudo o que fazemos e desejamos. Por isso a boa notícia é que é muito fácil levar as crianças a orar. Vamos encorajá-las a fazê-lo e deixar o resto com Deus. É possível que ao fazer isto, estejamos estimulando o mais poderoso exército de Oração pela transformação de nossa casa, de nossa comunidade, do nosso país e porque não do mundo ... Dawn Marie Barhyte, americana, jornalista e escritora (kids’ministery ideas-jul/set/2005) nos sugere algumas práticas que podem dar certo quando tratamos de oração com as crianças: Ser um exemplo vivo! Visto que as crianças aprendem a partir daquilo que vêem em seu ambiente, o elemento fundamental para ensinar crianças menores a orar é sermos pessoas de oração. Estar onde a criança está! Usar linguagem apropriada e do dia a dia com elas, e ver que as orações sejam breves, simples, sinceras e diretas. Assegure-se de orar a respeito de fatos do dia a dia a fim de que cada criança possa compreender. Por exemplo: toda vez que ouvir as sirenes do carro de bombeiros, pare! Profira uma oração em voz alta. Faça-a com as crianças. Faça da oração a prioridade! Defina uma hora e lugar acolhedor e amoroso para ajudar as crianças a aceitarem a Deus. Prepare um lugar aconchegante de oração para ser usado antes do início do programa. Você pode incluir uma Bíblia para crianças, almofadas macias, música suave e relaxante como também livros sobre a oração e apropriados à faixa etária. Pratique as orações de improviso! Quando a criança o procura com uma preocupação, pare e faça uma oração com ela. Peça a direção de Deus. Por exemplo, você pode dizer: “Deus, por favor, ajuda o José a ser melhor. Ajuda-o a partilhar seus brinquedos com seu amigo João”. Assim podemos suscitar a ideia de ser possível conversar com Deus a qualquer hora que sempre seremos ouvidos. Use orações diferentes! Como adultos usamos orações de agradecimento, de adoração, de petição e de louvor. Agradecemos a Deus pela melhor parte de nosso dia e sempre que algo bom acontece – não importa o quão pequeno – dedicamos um minuto para mostrar gratidão. Devemos ensinar isso às crianças. Muitas vezes agradecemos a Deus por Suas bênçãos; devemos incentivar aqueles que estão aos nossos cuidados a fazerem o mesmo. Incorpore atividades práticas sempre que possível! É boa prática planejar formas de permitir às crianças se movimentarem, ver ou tocarem como parte da lição. Crie uma colagem de “Obrigado, Deus” em sua classe e desenhe ou escreva suas orações. Elas podem também mostrar ou dizer como Deus respondeu a cada um. Para as crianças muito pequenas, alguém pode escrever por elas. Dirija a atenção das crianças para a Criação de Deus! Dê apoio ao senso natural de admiração e temor daqueles que estão sob sua responsabilidade. Agradeça a Deus, espontaneamente, ao ver um arco-íris depois de uma tempestade, ou as flores da primavera. Diga: “Vejam o que Deus fez para nós!” CM 493
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CAMINHEMOS A Carta de Aparecida nos convida a reafirmar o valor do Sacramento do Matrimônio na sociedade em que vivemos. Alerta-nos para “darmos testemunho da vida alegre dos cristãos e da família, transmitindo a beleza do sacramento do matrimônio” (Super Região - Carta de Aparecida). O Movimento e a Igreja precisam da esperança, da criatividade e da alegria de todos nós para dar uma resposta cristã às inquietações da sociedade. Não há o que temer, pois Cristo caminha conosco. Ao enviar seus discípulos em missão, prometeu: “Eis que estou convosco todos os dias” (Mt 28,20). Assim, confiantes em sua promessa e voltados para Virgem Maria, superaremos nossa apatia e nos tornaremos construtores de um mundo melhor. Ela nos ajuda a seguir Jesus ao nos pedir: “Fazei tudo o que Ele vos disser”. Com ela faremos tudo o que Jesus disser e a discernir os sinais do tempo, vendo o mundo com os olhos de Deus Pai, imitando-O. Mas, como imitá-Lo? Logo no início, o livro dos Gênesis oferece algumas orientações específicas. Ali podemos ver que Deus cria, se comunica e se relaciona. Cria um universo de indescritível beleza, partindo do nada (Gen. 1,2). Comunica-se com as criaturas: isso é bom. E no final do sexto dia, depois de criar o homem, relaciona-se com ele entregando-lhe toda criação (Gen. 1,28). Percebendo a 38
solidão de Adão, envolve-se com o problema, fazendo uma auxiliar que lhe correspondesse (Gen. 2,18). Agindo assim, estabeleceu um modelo. Por isso é que Jesus, imitando-o, teve um relacionamento muito especial com as pessoas que cruzaram seu caminho e continua a ter com todos nós sem qualquer preconceito ou distinção, amando-nos incondicionalmente, como o bom pastor. Este é o modelo a ser seguido. Como cooperadores de Deus, devemos olhar o mundo com esperança, promovendo o bem-estar comum, na situação e lugar em que vivemos, vendo a família como “obra prima da sociedade”. Como casais equipistas, somos convocados a deixar o comodismo e egocentrismo de lado, transformando-nos em missionários criativos, pacientes e alegres, para levar e testemunhar a boa nova do matrimônio cristão a uma sociedade ferida e carente dos valores evangélicos. Para isso, contamos com a graça do sacramento do matrimônio, a vivência dos Pontos Concretos de Esforço e a intercessão da Mãe Aparecida, que sempre atenta ao vinho que nos falta e confiando na presença do seu Filho no meio de nós, continua a nos pedir: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5). Dóris e Adalberto Bega Eq.06A - N. S. de Fátima. Jaú-SP CM 493
Ser equipista No Evangelho de São João (15, 1-2), Jesus fala “Eu sou o a videira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que não dá fruto em mim, o Pai corta. Os ramos que dão frutos, Ele os poda para que dêem mais frutos ainda”. Oxalá se todos os cristãos, sobretudo, os equipistas, utilizassem esse ensinamento deixado por Cristo como algo a ser meditado e praticado todos os dias. Se todos nós nos víssemos como galhos que fazem parte dessa videira, que é Deus, e que precisamos ser podados vez ou outra. Teríamos, certamente, mais zelo pelo nosso papel de equipista e vivenciaríamos os PCE com mais doçura e não como uma prestação de contas à nossa equipe. Claro que alguns casais já perceberam a maravilha que é vivenciar os PCE no seu dia a dia, contudo, há casais que ainda não despertaram para a verdadeira razão do ser equipista. Um verdadeiro equipista não fica preocupado em reservar um horário para conversar com Deus, como quem marca em sua agenda um compromisso sério com uma personalidade importante! Não há necessidade dessa perturbação emocional, pois esse espaço e essa importância já existem de forma natural, mansa... Deus já faz parte dos pensamentos, atitudes, planos e tudo mais que envolve a vida de um ser voltado para o Criador. CM 493
O casal equipista comprometido com o movimento não busca ter um tempo livre durante o dia para ler a palavra de Deus, pois tal prática faz parte da sua rotina diária, como o café-da-manhã que o alimenta e dá forças. Na programação desses equipistas Deus está em primeiro lugar, sempre! Esse lugar é garantido, não somente pelo fato do casal vivenciar a escuta da palavra, a meditação, a oração conjugal, o dever de sentar-se, de ler a carta mensal, de participar do retiro anual e dos eventos que o Movimento proporciona, pois tudo isso é, no mínimo, o que se espera de um casal equipista, vivenciado sob a ótica das três atitudes. É, sobretudo, pelos frutos colhidos com tais práticas. E disso, resulta em ir para as reuniões formais como quem vai à uma celebração, e comportar-se como o ambiente determina, acolher sabiamente as eventuais correções fraternas, empenhar-se na animação da equipe, orar por seus membros, evangelizar em todos os momentos e não somente nos que lhes convêm. Temos que, acima de tudo lembrar que o casal equipista leva consigo um diferencial: buscar a santidade. E para isso, obrigatoriamente, é necessário que estejamos ligados à videira que é Deus, pois, de outro modo, estaremos perdendo o nosso tempo, o tempo dos outros casais da 39
nossa equipe, o tempo do sacerdote conselheiro espiritual, o tempo do Movimento, como um todo e, principalmente, o tempo de Deus, que espera de nós somente
o que é possível: sermos santos assim como Ele (1 Pe 15). Rosanny e Manoel Eq.15 - N. S. da Misericórdia São Luís-MA
As ENS, A IGRELA E OS SINAIS DOS TEMPOS A nossa contemporaneidade está passando por uma incrível transformação, tanto na vida cultural, econômica e principalmente na religiosa, obrigando os homens à mudanças no modo de pensar e agir. O papa Francisco prega com amor e humildade: a unidade das diversas vertentes cristãs, numa verdadeira união inter-religiosa. Como poderia o Pe.Caffarel imaginar que sua semente plantada lá atrás, chegaria a ser um dos principais movimentos católicos do mundo, voltados exclusivamente para edificar e santificar cada vez mais, o amor entre os casais, na união intrínseca das famílias, ouvindo a Palavra e o entendimento dela, numa comunhão com os dogmas e o magistério da Igreja Católica? Nós, equipistas, somos os responsáveis para sermos o exemplo daquilo que a Igreja de Pedro prega, ou seja, a união entre o homem e a mulher, alicerçada no sacramento do matrimônio, fundado em rochas firmes e gratificados com o amor de Jesus Cristo. O matrimônio na sua essência, está sendo pressionado e desafiado pela secularidade, e por uma tal de “diversidade” É neste contexto que entra em cena, a mística e o carisma das ENS. O papa Francisco pode contar com nosso movimento como testemunhas vivas e atuantes na espiritualidade conjugal, graças ao amor gratuito que Deus nutre por nós casais e famílias, numa afeição tal, que muda destinos, consciências e transforma os corações. Para enfrentar os desafios, aplicamos a mística e o carisma do movimento, como soldados e “blindados” numa batalha, onde o combustível necessário nós encontramos em nossos PCE. Nossa luta é em prol da vida, da justiça, da paz e da caridade, evangelizando com amor a pessoa carente, os perseguidos, os desesperados e respeitando os animais e a flora. O nosso “SIM” aos compromissos assumidos com as ENS, nada diferem daquele proferido por Nossa Senhora na Anunciação. Eq.02 - N. S. Auxiliadora Limeira-SP 40
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Com o término do Concílio Vaticano II em 1965, cresce nas ENS a necessidade de sintonia com as mudanças propostas à Igreja. Padre Caffarel diz que “se as Equipes de Nossa Senhora, neste pós-Concílio, não forem fermento de renovação na Igreja, serão postas de lado, para dar lugar a novos movimentos mais ousadamente revolucionários capazes de trabalhar pelo ‘aggiornamento’ da Igreja.” “..as ENS têm uma vocação: a sua vocação é ajudar os casais a santificarem-se. Mas têm também uma missão na Igreja. É necessário ter sempre presente estes dois aspectos: vocação e missão.” Como casal temos a missão de tornar nosso lar, um lar cristão, desejosos de que seja uma “Igreja em miniatura” como dizia São João Crisóstomo ou uma “Célula da Igreja” conforme o Papa Paulo VI “onde mesmo que todos os nossos templos estivessem fechados ou destruídos será ali nesta família cristã a morada de Deus entre os homens.” Mas a missão não acaba ali. As Equipes de Nossa Senhora são para nós “escolas de vida cristã”. Porém entrar no Movimento não pode ser um fim, mas um começo. Não existe cristão sem missão! Esta vivência cristã não pode se limitar ao lar ou a equipe, precisa chegar a outros lugares que convivemos. É preciso se colocar a disposição da Igreja e CM 493
dos irmãos. Segundo o Estatuto os equipistas “devotados à Igreja, querem estar sempre prontos a responder aos apelos de seus bispos e de seus sacerdotes”, inseridos nela, pela Eucaristia, pela Palavra, participando na sua vida de oração, mas também na sua dimensão apostólica. Por fim, temos também uma missão no Movimento que para manter vivo seu Carisma e sua estrutura de forma planejada e organizada precisa de casais que se coloquem com amor a serviço nas mais variadas responsabilidades. “Se considerarmos as Equipes sob o aspecto de uma obra inspirada por Deus, é a serviço de Deus que eles exercem as suas funções, para a manutenção do espírito que inspirou o Movimento.” Para bem exercer sua missão, a virtude fundamental de um cristão deve ser a caridade. A caridade não tem limites, não se cansa. Por ela colocar-se-á a serviço dos mais fracos e pequenos para que tenham materialmente, moralmente e espiritualmente o necessário para uma vida digna do seu inicio ao fim. Por ela o amor de Deus chegará a tantos que são descartados em meio à politicas perversas. Somente ela fará com que: “Brilhe a vossa luz diante dos homens de modo que, vendo as vossas obras, glorifiquem vosso Pai, que está nos Céus” Mt 5,16 41
Formação
“Missão e engajamento”
O mu n d o p reci s a d e n ó s , bus quemo s este e n g a j a m e n to na Igreja e assumamos nossa missão. “Meu Pai trabalha sempre, portanto também eu trabalho” Jo 5,17. O Papa Francisco nos alerta: “Há também os cristãos que sofrem “a tentação de parar”: Há tantos cristãos parados! Tantos que têm uma esperança frágil! Eles acreditam, sim, que existe o céu e que tudo vai dar certo. É bom que eles acreditem, mas eles não vão atrás! Cumprem os mandamentos, os preceitos: tudo, tudo… Mas ficam parados.” Estas palavras quando descem ao coração realmente mexem com nossa estrutura, contudo se não as deixamos frutificar de nada adiantam. Talvez algumas das perguntas pessoais mais difíceis de serem respondidas e muitas vezes de serem feitas são: “O que Deus espera de mim? Estou
fazendo Sua vontade? Posso fazer algo mais?” Lembremos que Deus em Sua misericórdia dia e noite nos aguarda, quer a nossa ajuda. Esforcemo-nos então para cumprir com alegria nossa missão pessoal e como casal, para que pelo nosso testemunho cristão, o Amor de Deus chegue aos corações de tantos irmãos esquecidos e machucados. Seguindo Maria nossa querida Mãe “Eis a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a Tua palavra”, digamos sim aos Seus chamados. Peçamos à Cristo nosso Salvador, que nos leve ao compromisso do serviço no Reino de Deus, para sermos merecedores do Seu Amor e provemos então, da alegria de um filho que trabalha com seu Pai. Amém! Adriana e Hudson CR Província Sul III
Uma Proposta: 1. Para o reaquecimento de sua vida espiritual é necessário aquecê-la com o combustível das obras (Tg 2, 26) 2. Aonde e como você pode ser útil nesta seara? (Mt 9, 36-38) 3. Qual destes dois filhos eu sou? (Mt 21, 28-30) Concluindo: Não é Ativismo! É Serviço Servir abençoa vidas, Servir te alegra e te desenvolve Servir gera frutos Servir glorifica a Deus Se consideras isto importante, então ... 42 42
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Notícias
60 ANOS DAS ENS - JAÚ/SP Há 60 anos na vida de 6 casais jauenses, com a primeira expansão do Movimento das ENS para o interior paulista nas cidades de Campinas e Jaú, formava-se, em 1955, a 13a Equipe do Estado de São Paulo sendo o Conselheiro Espiritual Cônego Pedro Rodrigues Branco. Após 2 anos formava-se a segunda equipe e hoje, na passagem de seus 60 anos, o Movimento das ENS em Jaú conta com 2 setores formados por 28 equipes com 164 casais, 4 experiências comunitárias com 28 casais e 13 conselheiros espirituais. A pequena semente lançada encontrou corações com solos férteis. Esta semente foi regada com o amor conjugal e adubada com a fidelidade aos Pontos Concretos de Esforço, transformou-se em uma linda e frondosa árvore que abriga hoje tantos casais! Somos gratos a Deus por esta dádiva e temos a certeza de que, sem a intercessão de Maria, nada disso seria possível. (Regina e Eliseu CRS A - Cecília e Emílio CRS B -Jaú/SP)
56 ANOS DAS ENS SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP “Nação que não valoriza a sua história não tem futuro”. Este pensamento é verdadeiro também para nós, equipistas, que necessitamos, às vezes retornar ao passado do nosso setor, e trazer à memória como tudo começou. Refiro-me à Equipe Nossa Senhora do Amor, do setor de São José dos Campos, a primeira que se formou em nossa cidade, no dia 10/novembro/1959. Esta primeira equipe era formada por 6 casais, todos franceses, que aos poucos foram sendo substituídos por outros, brasileiros. Esses pioneiros que, neste ano, deixaram de existir como ENS, devido à idade avançada de seus casais. Nossa eterna gratidão e reconhecimento a esses casais, pois hoje podemos dizer que somos equipistas Graças a Deus. (Diácono Vantine - 33 anos como casal equipista e 16 anos como conselheiro espiritual - São José dos Campos/SP) CM 493
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Aniversário de Equipes 25 ANOS A Equipe 01A - Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, de Campo Grande/MS, completou 25 anos de caminhada em 02/08/2015. 30 ANOS Em Julho/2015, a Equipe 01, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, completou 30 anos. Nessa caminhada, muitos foram os momentos alegres comemorados pela equipe, mas também houveram tempos difíceis. As práticas de ajuda mútua e correção fraterna, foram fundamentais para o fortalecimento dos laços entre nós. Viver em equipe é acolher o outro, é auxiliar na caminhada de casal, de amigos, e de família. Esta árvore cresceu muito, frutificou e se manteve viva. Que Deus e Nossa Senhora continuem derramando suas bênçãos sobre esses casais e que continuem dando exemplo de amor, amizade, fé e unidade. (Elaine e Fernando - CRS A - Belo Horizonte/MG) 40 ANOS
A Equipe 02A - Nossa Senhora de Caravaggio, de Criciúma/ SC, completou 40 anos de existência em 12/04/2015.
BODAS DE DIAMANTE Gerusa e Kléber Em 18/06/2015 Eq.01A – N. S. das Famílias Niterói-RJ
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BODAS DE OURO Maria Luiza e Constantino Em 19/06/2015 Eq. 2A – N. S. do Advento Campinas-SP Lúcia e Rubson Em 25/07/2015 Eq.02B – N. S. das Graças Ribeirão Preto-SP
Rita e Assis Em 21/03/2015 Eq.03G – N. S. de Fátima Fortaleza-CE
Ana e Wildis Fulgêncio Em 26/12/2014 Eq.01E – N. S. da Paz Rio de Janeiro-RJ
Inês e Luiz Em 31/07/2015 Eq.04C – N. S. Mãe da Igreja Porto Alegre-RS
Neusa e Nelson Em 11/07/2015 Eq.07 – N. S. da Confiança Catanduva-SP CM 493
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BODAS DE ESMERALDA Helena e Gentil Em 24/03/2015 Eq.01E – N. S. da Paz Rio de Janeiro-RJ
BODAS DE PRATA Tázia e Medeiros Em 17/12/2014 Eq.02C – N. S. Aparecida Natal-RN
ORDENAÇÃO PRESBITERAL MOGI DAS CRUZES/SP Em 1o de agosto, as Equipes de Nossa Senhora da Região São Paulo Leste III, todas na Diocese de Mogi das Cruzes, foram agraciadas com a ordenação presbiteral de seis novos padres, cinco deles já a serviço das Equipes de Nossa Senhora: • Aleksandro Basseto Moreira (Equipes Jovens de Nossa Senhora em Itaquaquecetuba – em implantação), • Carlos Duarte Guimarães (SCE da Eq. N. S. do Imaculado Coração de Maria – Mogi A), • Luiz Ricardo Cândido da Silva (SCE da Eq. N. S. do Perpétuo Socorro – Mogi B), • Müller Aparecido do Prado (SCE da Eq. N. S. d’Ajuda – Mogi A), • Rogério Aparecido Leite • Rogério Oliveira (SCE da Eq. N. S. do Silêncio – Mogi A) Ordenados pela imposição das mãos e prece consecratória do querido e estimado bispo diocesano, Dom Pedro Luiz Stringhini. (Marcia e Agnaldo - CRR - SP Leste III) 46
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ALFENAS/MG Em 25/junho/2015, realizou-se a Ordenação Presbiteral do SCE da Eq. de N. S. da Medalha Milagrosa, e da Equipe de Jovens de N. S. de Guadalupe do Setor Alfenas/MG, do Padre Éder Carlos de Oliveira. Com muita alegria e carinho, em nome dessas duas Equipes e do Setor Alfenas, parabenizamos e agradecemos ao Padre Éder por toda a sua dedicação e disponibilidade. Que Deus o abençoe e o capacite cada vez mais em sua vocação, fazendo-o sempre mensageiro da Palavra e do Amor de Deus. (Regina e Ricardo - Eq.08 – N. S. da Medalha Milagrosa - Alfenas-MG) CURITIBA/PR Em 28 de junho de 2014, do Padre Cleiton Henrique Farias da Silva, SCE da Eq.28 do Setor B de Curitiba, Paraná. (Solange e Maurilio - CRS B)
JUBILEU DE OURO SACERDOTAL Itajaí/SC Comunicamos o Jubileu de ouro de nosso SCE, Pe. Lino Fistarol, ocorrido em 01/08/2015. Nascido em Gaspar-SC, é sacerdote salesiano, tendo recebido o Sacramento da Ordem em São Paulo em 01/08/1965. Além de SCE da Eq.04 N. S. Auxiliadora de Itajaí-SC, trabalha no setor de pastoral do Colégio Salesiano de Itajaí. Em seu longo histórico, foi diretor de várias unidades Salesianas em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Além de professor de português, espanhol, latim e francês, foi também coordenador pedagógico. Querido e admirado pelos casais de suas equipes, seus familiares, alunos e professores dos muitos colégios onde atuou, receba, nesta ocasião especial, nossa homenagem e manifestações de grande carinho e apreço. (Maria Elena e Sergio Massarani - Eq.04 – N. S. Auxiliadora - Itajaí-SC) CAMPINAS/SP Há 50 anos (25/outubro/1954) um jovem adolescente, Alfiero Ceresoli, se torna um sacerdote marcado pela vocação e pelo amor. São suas estas palavras: “Cinquenta anos! Pediram-me e tentei realizar muitos serviços mas, afinal, sempre foi uma só ocupação: aquecer os corações de amor para o Pai e transformá-los pelo CM 493
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calor do Espírito Santo em Filhos de Deus, irmãos de Jesus Cristo. Será que ainda estou forjando como nos primeiros anos de minha vida? A Deus toda honra e glória!”. Sim, prezado Pe. Alfiero Ceresoli, nós, das Equipes 04A, 02B e 09B sentimo-nos acolhidos e forjados a cada reunião e a cada encontro que temos, e somos gratos a Deus por tê-lo colocado em nossas vidas. Sua disponibilidade, alegria, humildade, sabedoria e fé nos animam em nossa caminhada de casais. (Ângela e José Valter - Eq.04A - N. S. de Nazaré)
VOLTA DO PAI Frei Barruel Em 21/02/2015 Integrava a Eq.03A N. S. da Alegria São Paulo-SP Faleceu aos 97 anos de idade, o Frei Jean Pierre Barruel de Lagenest O.P. Era seguramente o mais antigo SCE do Movimento. Amigo, questionador, sábio, visionário, e sobretudo um homem de fé profunda e de contínuo diálogo com as questões essenciais do nosso tempo. Chegou ao Brasil em fins de 1946, vindo da França. Sua atuação em nossa terra ocorreu como frade, educador, psicanalista, sociólogo e orientador social. Sua história felizmente ficou registrada em seu livro “O Fio de Ariadne – Recordações”, editado em 2006. Sempre foi um homem avançado e arrojado na forma de pensar as questões contemporâneas. Era um psicanalista dedicado, procurado por muitos casais em situações difíceis, sempre disposto a ouvir em seu trabalho de educador social. Perguntado sobre o segredo de sua longevidade, certa vez me disse: 48
“Nunca deixe de trabalhar, nunca se aposente, evite jantar à noite.” Nestas pequenas coisas, como no seu hábito de nunca almoçar sem ter pão à mesa (essencial, como ele dizia), mostrava toda sua sabedoria e humanidade. (Ivênio Carvalho - Eq.03A – N. S. da Alegria - São Paulo-SP) José, da Nyza Em 21/08/2015 Integrava a Eq.04 N. S. Rainha do Carmo São Paulo-SP Informamos com pesar, o falecimento do José, da Nyza, um dos casais que, junto com o Pe. Flávio, prepararam um dos capítulos do livro-tema “Colhendo os frutos do amor”. Casal muito ativo na pilotagem de novas equipes e também na preparação de noivos. Vamos rezar pela família neste momento delicado de suas vidas, principalmente pela Nyza. Léo, da Jô Em 31/05/2015 Integrava a Eq. 25 N. S. Rainha do Amor Brasília/DF CM 493
Meditando em Equipe NOSSA SENHORA APARECIDA, MÃE CUIDADOSA Em 12 de outubro, lembramos alegres Maria, que veneramos de um jeito todo nosso. Desde que sua imagem foi encontrada no rio Paraíba em 1717, a mãe de Jesus entrou no coração e na vida de muitos brasileiros. Que sua lembrança nos leve a servir a todos.
Do Evangelho de João, 2,1-11: “Três dias depois, houve um casamento em Caná da Galileia. A mãe de Jesus estava presente. Também Jesus e seus discípulos tinham sido convidados para o casamento. Como o vinho veio a faltar, a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho”. Jesus respondeu-lhe: “Mulher, por que dizes isto a mim? Minha hora ainda não chegou”. Sua mãe disse aos que estavam servindo: “Fazei o que ele vos disser!”. Estavam seis talhas de pedra colocadas aí para a purificação que os judeus costumam fazer. Em cada uma delas cabiam mais ou menos cem litros. Jesus disse aos que estavam servindo: “Enchei as talhas de água!”. Encheram-nas até a boca. Jesus disse: “Agora tirai e levai ao mestre-sala!”. E eles levaram. O mestre-sala experimentou a água, que se tinha transformado em vinho.”
Reflexão: – Que foi que aconteceu em Caná? – Por que Maria se importou tanto com a dificuldade dos noivos? – Que posso aprender e que vou fazer? – Alegro-me com a prontidão de Maria, peço que ore por mim, para sempre prestar atenção às necessidades dos outros.
Oração Litúrgica Ó Virgem a quem veneramos com piedade enternecida e a quem alegres chamamos Aparecida! Quem poderia narrar o teu amor sempre novo e as graças que concedeste ao nosso povo? Por tantas e tantas graças bem mereces a coroa
com que a fronte te cingimos, ó Mãe tão boa! As agruras desta vida sofrendo com paciência, possamos gozar no céu tua clemência. Ao Deus uno e trino glória e todo louvor convém; só ele governa o mundo e o céu. Amém. (Laudes do dia 12 de outubro)
Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr SCE Carta Mensal
Dia das Crianças
Elas, e suas orações ssou! dia se pa or! m u s i a M enh brigado,S Muito o e nem esfriou, veu r. Não cho á brinca tempo pr o t i u m Tive
Ó Anjo da Que me p minha guarda, roteg Ajude-m e e ilumina e A ser um todo o dia a boa me nina.
Obrigado
meu Deu s, pela tenho to do dia pa comida que r Ela me d a comer. eixa forte, co m saúd me ajuda e e também a crescer .
Pai do céu, quando eu brigar com um amigo, não deixe, meu Senhor, que a gente vá embora sem fazer as pazes porque vai ser muito mais difícil no dia seguinte.
ito, us me de Com De e levanto, us m Com De eus aça de D Com a gr to Santo. íri E do Esp Que Deus me guarde esta noi te, e me livre de te r medo. Que os an jos velem o meu so no até amanhã cedo. Amém Boa N oite.
Equipes de Nossa Senhora Av. Paulista, 352 • 3o andar, cj 36 • 01310-905 • São Paulo - SP Fone: (11) 3256.1212 • Fax: (011) 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br