ENS - Carta Mensal 501 - Setembro 2016

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Ano LVI • setembro • 2016 • nº 501

Equipes de Nossa Senhora

mensal

20 anos sem o Pe. Caffarel 1903 - 1996 A caminho de Fátima 2018 Demonstrativo Financeiro ENS - 2015


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N

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I 32 33

super-região 02 A festa de aniversário de Nossa Senhora 03 Sempre em frente 04 Alegria cristã 05 Casal - testestemunho 06 A Palavra de Deus na Igreja 08 Integrar é preciso o Movimento das ENS

acervo literário do Padre Caffarel 36 38 39 41

Familiar Cristâos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade

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Província Nordeste Província Centro-Oeste Província Leste Província Sul I Província Sul III

testemunho Podemos ser Santos? A importância das ENS na minha vida Conhecendo o Movimento das ENS e a vivência do casal

partilha e PCE A essência do auxílio mútuo nas ENS

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Encontro de equipes em caminho

formação

44 notícias 48 dicas de leitura

comunidade N. S. da Esperança Iniciando a caminhada na cidade de Araçatuba

Pe. Caffarel e o casamento de Maria e José

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vida no movimento 16 19 20 23 25

18 de setembro 20 anos da morte do Pe.

Caffarel

A caminho de Fátima 2018... A Alegria é a expansão do coração

Igreja Católica 13 40a Assembleia Nacional da Pastoral

O carro adiante dos bois Padre Henri Caffarel “Vem e segue-me”

canonização do Pe. Caffarel 35

correio da ERI

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E

raízes do movimento

01 editorial

09 11

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ENS 2015

Carta Mensal Equipes de Nossa Senhora

no 501 • setembro- 2016

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Hermelinda e Arturo Equipe Editorial: Responsáveis: Fernanda e Martini - Cons. Espiritual: Padre Flávio Cavalca - Membros: Regina e Sérgio - Salma e Paulo - Patrícia e Célio - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (mtb 17622) Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiassu, 390 Cj. 115 Perdizes - 05005-000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1284 - email: novabandeira@novabandeira.com - Responsável: Ivahy Barcellos - Ilustração de capa: Marco Angeli - Diagramação, preparação e tratamento de imagem: Samuel Lincon Silvério - Tiragem desta Edição: 26.500 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/imagens, devem ser enviadas para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352 3o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo - SP, ou através de email: cartamensal@ens.org.br A/C de Fernanda e Martini. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.


editorial Queridos irmãos equipistas Padre Caffarel se encontrou com Cristo aos 20 anos de idade. A partir daí passou a viver uma busca apaixonada por Deus e aos caminhos que levam a Ele. Um homem arrebatado pelo Pai. “Profeta do século XX”. O Movimento das Equipes de Nossa Senhora deve a ele o privilégio de ter aprendido o sentido profundo do Sacramento do Matrimônio, de ter descoberto o valor e a riqueza das pequenas comunidades cristãs e de nos ter mostrado o caminho da contemplação em nossas vidas cheias de atividades. Vinte anos após sua morte, Padre Caffarel continua vivo em cada equipe ou casal que cultiva a espiritualidade conjugal. Para nós equipistas ficou a riqueza de seus ensinamentos e a missão de evangelizar um mundo que não acredita mais no casamento. Um mundo individualista, que dificulta o anúncio do amor e a vida em comunidade, onde os valores são diferentes do Evangelho. Não deixem de ler os artigos do Padre Geraldo Hackmann e do casal Vicélia e Magalhães. Além de nossa homenagem, é importante lembrar que setembro é o mês da Bíblia. Mês escolhido pela Igreja, já que em 30 de setembro é dia de São Jerônimo, um grande biblista. Por fim, a ERI, através do casal responsável pela comunicação e juventude, François e Remy Gaussel, faz um convite a todos os casais equipistas. Portugal será a sede do próximo encontro internacional das ENS, que ocorrerá em julho de 2018. A vida no Movimento continua agitada. Não deixem de acompanhar! Desejamos uma feliz e sábia leitura. Abraços,

Fernanda e Martini CR Carta Mensal Tema: “Ousar o Evangelho - VIVER A MISSÃO COM ALEGRIA” CM 501

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super-região

A Festa de Aniversário de Nossa Senhora

No mês de setembro, celebramos o nascimento de Nossa Senhora. Comemoramos o dia em que historicamente Maria de Nazaré veio ao mundo. Na verdade, 8 de setembro é uma data teológica, celebrada justamente nove meses após a solenidade da Imaculada Conceição, 8 de dezembro. Curiosamente, o relato do nascimento de Nossa Senhora não encontra nenhuma menção nos Evangelhos. Isso não significa que ele não seja importante. Sem dúvida podemos situá-lo entre os acontecimentos mais relevantes da história da humanidade. Por que então ele não é descrito pelo evangelistas? O nascimento de Nossa Senhora não figura nas páginas da Sagrada Escritura porque ele segue a lógica do Evangelho: “Não é o servo maior do que o seu senhor” (Jo 15,20). O sentido da vida e da existência de Nossa Senhora é inseparável do grande e único acontecimento por excelência, aquele que divide a história da humanidade entre antes e depois, o do Verbo que se fez carne. Toda a história de Nossa Senhora, assim explicam os dogmas marianos, desde a sua preparação, concebida sem pecado, passando pela sua virgindade perpétua, bem como sua assunção aos céus no final da vida, está em função de ela ser a Theotokos, a Mãe de Deus! Sendo assim, sua vida está em função daquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida: seu Filho Jesus. Por outro lado, isso não significa 2

que não devemos fazer festa para Nossa Senhora. Devemos devota e piedosamente festejar essa ocasião, mas não podemos esquecer, de maneira nenhuma, sob pena de estarmos esquecendo o fundamental e essencial, de que nossa verdadeira festa é porque num momento ímpar de sua existência ela disse sim a Deus e com esse sim colabora de maneira particular no Plano da Salvação. Diante disso, nós podemos dizer também que comemorar Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora de Lourdes e tantos outros títulos da mesma e única querida Maria de Nazaré, só faz sentido se a festa chamar a atenção para o seu Filho Jesus. Assim como Maria passa despercebida nos Evangelhos para que seu Filho apareça, só faz sentido honrá-la e venerá-la se isso levar seu Filho a ser adorado e glorificado. Que nossas vidas cristãs encontrem em Maria, a primeira discípula, o exemplo de que precisamos: humildade necessária para compreendermos que nossa vida é coadjuvante diante do protagonista Jesus de Nazaré. Nossa existência deve ser, assim como foi a de Maria, o caminho que conduz os homens e mulheres de hoje cada vez mais próximos de Jesus. Parabéns, Nossa Senhora!!! Pe. Paulo Renato F. G. Campos SCE Super-Região CM 501


Sempre Sempre em frente... em frente... Sim, sempre em frente, e com alegria, como nos diz Paulo em Filipenses 4,4: “Alegrai-vos sempre no Senhor, de novo o digo: alegraivos!”, e nos diz isto de uma forma como se ouvisse os nossos corações, como se tivesse a capacidade de dar voz ao que vivemos e sentimos, pois há dentro de nós algo que nos convida à plena alegria, sem paliativos, nem ilusões que só procuram nos tranquilizar. As tensões diárias a que muitas vezes estamos sujeitos parecem nos levar a uma triste resignação, que pouco a pouco se transforma num hábito com uma consequência letal: anestesiar o coração. Então como faremos para que isto não aconteça? Como aprofundar a alegria nas várias situações da nossa vida? Jesus nos diz: “Ide! Anunciai!”. Então só iremos experimentar a alegria se formos contra o espírito do mundo atual que nos convida ao comodismo, ao individualismo e ao conformismo. “É necessário voltar a sentir que precisamos uns dos outros, que temos uma responsabilidade para com os outros e com o mundo” (Encíclica Laudato Si, 229). “Porque a fonte da nossa alegria está no desejo de oferecer misericórdia, fruto de ter experimentado a misericórdia infinita do Pai e a sua força difusiva” (Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, 24). Ide! Anunciai! a todos sem exCM 501

ceção, pois Ele não nos dá uma lista seletiva, com os que são dignos de receber sua mensagem e a sua presença, ou não. Ao contrário, como Ele, devemos abraçar a vida com todos os seus rostos: da tristeza, da fome, da doença, do pecado, do cansaço, das dúvidas etc; enfim, como ela se apresenta, e não como gostaríamos que fosse: maquiada, embelezada... “Ide! Abraçai! em Meu nome, sem medo, nem preconceitos, sem superioridade, nem purismos; a todos que perderam a alegria de viver, com o peso da tristeza, do fracasso, de uma vida destroçada. E anunciai a loucura de um Pai que quer ungir com o óleo da esperança, pois as incompreensões, os erros não têm a última palavra na vida de uma pessoa. Um óleo que cura as feridas e restabelece os corações anestesiados. Não vamos nos fechar em “estruturas que nos dão uma falsa proteção, em hábitos que nos dão tranquilidade, enquanto lá fora há uma multidão faminta” (Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, 49). 3


Pois “na doação a vida se fortalece, e se enfraquece no comodismo e no isolamento” (Documento de Aparecida, 360). A missão é esta: “Uma vida que se sentiu procurada e cura-

da, encontrada e perdoada”. E repetimos: Sempre em frente... com o Senhor, para não anestesiar o coração! Hermelinda e Arturo CR Super-Região

ALEGRIA CRISTÃ

“Aclamai o Senhor por toda a terra Servi o Senhor com alegria” Sl 99

Ao escrever esse texto nos lembramos das palavras do nosso querido conselheiro, o Padre Avelino Pertile, em uma de suas reflexões na Carta Mensal no mês de abril de 2007, quando ele se refere à alegria cristã. “A alegria é o termômetro de um casal realizado e de uma equipe verdadeira (...). Os Pontos Concretos de Esforço são as armas que matam os caprichos, geradores de individualismo, para deixar nascer a alegria da vida nova.” Movidos por esse sentimento de alegria no Senhor, dispusemo-nos a assumir a missão de visitarmos alguns EACRE. Algumas das experiências vividas nessa jornada valem a pena ser compartilhadas com vocês. – Ele mesmo vai aplainando os caminhos por onde devemos passar e abrindo as portas onde iremos adentrar; – sentimos o amor de Deus transbordando em todos nós, participantes dos EACRE; – experimentamos a alegria da acolhida, da hospitalidade, da disponibilidade para o serviço; – desfrutamos das bênçãos derramadas sobre o povo de Deus reunido em todos os encontros; – reafirmamos mais uma vez a necessidade de amadurecermos sempre; que, sempre que nos reunimos, algo nos é agregado. Oração Fortalecei, Senhor, na ação e na esperança todos aqueles que chamastes para o serviço do Vosso Reino, para que sejam humildes, fiéis e ardorosos no anúncio do Evangelho. Como São Paulo, possamos ser um exemplo de zelo e de amor, fazendo tudo com alegria. Amém! “Eis que venho fazer, com prazer, a Vossa vontade, Senhor”.

Cidinha e Vail CR Secretaria e Tesouraria SRB 4

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CASAL-TESTEMUNHO

do amor de Cristo

Um dos desafios dos casais hoje em dia é dar testemunho do valor do sacramento do matrimônio. Aí está a importância de cada casal que aceita esse desafio. Essa adesão ao projeto do Senhor nos torna co-autores do plano de Deus. Ele quis precisar de seu maior bem: a criatura humana, para dar continuidade à sua obra. O casal humano é o início dessa grande jornada que se chama família, e nossa responsabilidade começa com o nosso SIM, diante do altar no dia do nosso casamento que vai ser consagrado. A construção diária desse lar vai depender de nosso esforço, de nosso amor, de nossa dedicação para transformá-lo em um verdadeiro lar cristão. Por mais desafiador que isso possa parecer, temos sempre que lembrar que nesse caminho Jesus Cristo está conosco. Nós, como casal, seremos testemunhas desse amor incondicional de Jesus se formos um casal que busca Deus em primeiro lugar dentro do nosso amor, dentro de nossa casa, dentro de nossos problemas e desafios que com certeza CM 501

surgirão no percurso de nossa vida. Nosso testemunho de vida deve ser sempre vivido no cotidiano, nas pequenas coisas, e principalmente no nosso amor conjugal. Cada gesto de ternura, um olhar, um muito obrigado, um eu te amo, um segurar na mão, um cuidado, um belo sorriso, são atitudes que transformam e falam por si, e que vivemos porque fomos construindo juntos, e que alimentamos diariamente no nosso ser casal. Ser testemunha do amor de Cristo não nos torna melhores que ninguém, mas nos desafia a sermos melhores pais, cônjuges mais amorosos e cristãos mais autênticos, anunciando a boa nova do Evangelho com nossas próprias vidas. Sermos testemunhas do amor conjugal dentro de nossa própria casa, para nossos filhos, para nossos familiares é o primeiro grande passo, e para isso temos que ir alicerçando nosso amor na vivência diária da Escuta da Palavra de Deus. Nosso desafio como casal cristão é mostrar com nossas atitudes e gestos que o amor conjugal é um sinal visível de Deus, uma prova grandiosa de seu amor pela humanidade. Padre Caffarel nos disse: “Se a vida de casal, e o seu amor dá testemunho do Deus de amor, então vocês podem e devem dar testemunho da Palavra, pois ela será garantida pela vida de vocês.”E que Deus seja louvado. Marilena e Jesus CR Província Norte 5


Igreja do Coração Imaculado de Maria (Capela da PUC - São Paulo/SP)

A Palavra de Deus na Igreja

A Igreja desde o princípio de sua manifestação, com o derramamento do Paráclito divino no Pentecostes, sempre se mostrou fiel à Palavra, nunca deixou de celebrar e fazer memória do ministério pascal de Cristo (cf. At 2,41-47). Ao longo dos séculos e da história, a Palavra de Deus nunca deixou de se fazer presente na caminhada da Igreja peregrina. Pois ela é enviada por Cristo, através do Espírito Santo, para comunicar e evangelizar através da Boa Nova e do testemunho contidos na Palavra de Deus. Esta é sua vocação própria e sua mais profunda identidade: “Evangelizar constitui, de fato, a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar, ou seja, para pregar e ensinar, ser o canal do dom da graça, reconciliar os pecadores com Deus e perpetuar o sacrifício de Cristo na santa missa, que é o memorial 6

da sua morte e gloriosa ressurreição”. Evangelii Nuntiandi n.14. O próprio Cristo enviou os apóstolos para evangelizar a toda criatura, a fim de que todos os homens sejam seus discípulos (cf. Mt 28, 19). É, portanto, desejo de Cristo que a Palavra de Deus seja comunicada a todos os homens por intermédio da sua Igreja. Neste sentido, vale ressaltar, que a Igreja somente age como Igreja quando atua como instrumento do Senhor Glorificado, pois ela é inseparável do Cristo “cabeça do corpo” que é a Igreja. Ele vive com ela, protege-a, alimenta-a espiritualmente com a sua Palavra e com a Eucaristia, governa-a através dos instrumentos humanos. Cristo ressuscitado comunica-lhe a própria vida e assegura sua unidade, apostolicidade e universalidade (cf. Lumem Gentium n. 1,4,6,7). A Igreja é a moradia familiar que Deus preparou para a sua CM 501


Palavra, proclamada e comunicada por Jesus Cristo de uma forma definitiva. A presença de Cristo, como cabeça da Igreja, que é seu corpo, impede que a Palavra seja transformada meramente em um documento histórico. Neste sentido, a Igreja tem a prerrogativa desta presença, pois se identifica inteiramente com Cristo, é sua continuação, é animada pelo seu Espírito. Assim sendo, onde está a Igreja, lá está Cristo e aí está sua Palavra viva. A Palavra foi confiada à Igreja, como depósito. Contudo, foi colocada a seus cuidados para que a “proclame”. Dizemos isto porque o termo “depósito” pode dar a ideia de algo estático, transmitido invariavelmente. Enquanto que o termo “proclamar” compreende acontecimento, ação, prolongamento, realidade dinâmica. Neste sentido, os dois condicionamentos estão associados, uma vez que, a Palavra de Deus na Igreja CM 501

é permanente e simultaneamente atual como uma ação. Portanto, vale ressaltar que a Igreja não desempenha o papel estático de uma mera e simples transmissão das Sagradas Escrituras. Ou seja, na Igreja a Palavra de Deus gera, multiplica-se, torna-se sempre mais eficaz (cf At 6, 17; 12,24; 2Ts 3,1; 2Tm 2,9; 1Pd 1, 23; Jo 1, 13). Isto acontece porque todas as energias vivas da Igreja tendem a penetrar sempre mais profundamente no mistério inexaurível da Palavra; como também, porque encontra uma nova realização na eclesialidade de hoje, na expectativa de realizar-se posteriormente na Igreja de amanhã. Pois somente quando o Reino de Cristo tiver alcançado a plenitude de suas dimensões, e Deus “for tudo em todos”, o mistério da Palavra estará totalmente revelado e realizado. Pe. Odirley S. Maia SCE - Província Norte 7


INTEGRAR É PRECISO o Movimento das ENS A ferramenta de busca implantada no site oficial do Movimento (www.ens. org.br) já está operando para busca por palavras ou por frases, neste caso com as palavras devem estar escritas entre aspas e podem ser pesquisadas tanto na aba do ACERVO DE FORMAÇÃO, como nas CARTAS MENSAIS, inclusive as edições mais antigas que estão em processo de digitalização e estão sendo depositadas no site. Os artigos publicados na Carta Mensal desde novembro de 2015 até junho de 2016 sobre o ENCONTRO MUNDIAL DAS FAMÍLIAS, fotos, filmes e entrevistas estão à disposição dos equipistas na aba NOTÍCIAS E EVENTOS / SUPER-REGIÃO BRASIL. Na aba LINKS os equipistas podem ver os sites, páginas em redes sociais e informativos de várias regiões do Brasil, o que contribui para a unidade do Movimento. Os casais responsáveis de Setor e Região que desejem também hospedar seus sites e informativos no site do Movimento podem entrar em contato conosco pelo endereço comunicacao@ens.org.br. A Super Região Brasil lançou no final do primeiro semestre uma página no Facebook em homenagem ao Padre Henri Caffarel. Diferentemente da página da Super Região Brasil, destinada à comunidade equipista, a página HENRI CAFFAREL, PROFETA DO NOSSO TEMPO tem o objetivo de torná-lo mais conhecido, como contribuição para a sua causa de canonização, de maneira que pedimos aos equipistas que ajudem na divulgação entre os familiares, amigos, comunidade paroquial e assim por diante. Reco8

mendamos que curtam essa página. A comunicação por meios eletrônicos das mais variadas formas é uma realidade em nosso Movimento. As Equipes de Nossa Senhora possuem uma estrutura de comunicação bem definida e conhecida, chamada de ligação, que aparentemente pode parecer obsoleta frente aos rapidíssimos meios eletrônicos, mas que ajudam a estreitar os laços entre as pessoas. Padre Caffarel assim falava sobre a ligação: “Quando as primeiras equipes foram se multiplicando, a primeira preocupação foi a de criar entre elas um laço de união e o mesmo espírito de fraternidade que animava cada uma. Eram precisos laços humanos, muito mais do que laços burocráticos...”. (O Espírito e as grandes linhas do Movimento). As redes sociais e grupos de comunicação não podem se sobrepor ao espírito da ligação para que os laços fraternais não sejam substituídos por laços burocráticos como alertava Pe. Caffarel. Por fim deixamos para reflexão as palavras do Papa Francisco sobre as Comunicações Sociais: não é a tecnologia que determina se a comunicação é autêntica ou não, mas o coração do homem e a sua capacidade de fazer bom uso dos meios ao seu dispor...o acesso às redes digitais implica uma responsabilidade pelo outro, que não vemos, mas é real, tem a sua dignidade que deve ser respeitada. A rede pode ser bem utilizada para fazer crescer uma sociedade sadia e aberta à partilha.

Fiquem com Deus! Cristiane e Brito CR Comunicação Super-Região Brasil CM 501


correio da ERI

A caminho de Fátima 2018… O espírito de apostolado que habitava o Padre Caffarel rapidamente o levou a trabalhar no sentido de fazer irradiar o Movimento das Equipes de Nossa Senhora em todo o mundo. Numa carta a Pedro e Nancy Moncau, casal brasileiro que está por trás da implantação das equipes no seu país, o Padre Caffarel escrevia: “Uma das minhas principais preocupações é estabelecer laços com todos os que, nos quatro cantos do mundo, trabalham no mesmo sentido.” Estas palavras são sinal da importância que ele dava à abertura ao mundo e à internacionalidade. Por isso, muito rapidamente quis organizar grandes encontros para permitir que os equipistas oriundos de países e continentes diferentes se reunissem para rezar, parCM 501

tilhar e dar ainda mais ânimo ao nosso Movimento. Já em 1959 ele associa estes encontros a verdadeiras peregrinações porque, para ele, “o cristão é um caminheiro, um homem permanentemente a caminho, um peregrino, que tende para uma meta: ‘a Jerusalém celeste’... É a força do seu impulso para essa meta que garante o seu valor religioso”. Para o Padre Caffarel, pôr-se a caminho com outros equipistas para dar graças e celebrar Deus permite “tomar consciência da sua vocação e do apelo de Deus, descobrir que a pessoa está a instalar e renovar na sua alma o impulso da resposta ao apelo divino de se pôr a caminho”. Esta tradição manteve-se ao longo do tempo, e em 2012 os equipistas desejaram, pela primeira vez, 9


mudar de continente para irem ao encontro dos irmãos brasileiros. Em 2018, dirigir-nosemos a Fátima, em Portugal, onde já tivemos a oportunidade de nos encontrar em julho de 1994. Este encontro terá lugar de 16 a 21 de julho de 2018… Esta data evoca um futuro distante, mas não é assim tão distante se quisermos prepararnos espiritualmente. É uma bela ocasião para nos interrogarmos sobre a nossa fé e sobre a maneira como a vivemos: vemos realmente Jesus Cristo na nossa vida como o Caminho, a Verdade e a Vida? Deixamo-nos inflamar por esta Verdade e temos efetivamente consciência da nossa responsabilidade de cristãos no nosso mundo que vai mal? Estas são perguntas que temos de fazer a nós mesmos e às quais devemos responder com toda a sinceridade para adquirirmos um espírito e um coração acolhedores às graças que serão dadas nesse encontro. O Padre Caffarel dizia que neste tempo de preparação “se exigem esforços para nos desprendermos dos laços e das comodidades que nos estorvam”. Para ele, a participação neste tipo de encontro deve ser acompanhada de um esforço prévio de fé. Esses esforços têm de ser feitos pessoalmente, em casal e em equipe se queremos que o Movimento forme um corpo para se converter todos os dias um pouco mais e preparar esse encontro privilegiado com o Senhor. Esta fraternidade es10

piritual não ficaria completa se negligenciássemos a noção de entreajuda material de forma a que o maior número possível de equipistas possa se beneficiar desse momento. “Que

nas tuas mãos tão puras, tão ricas de misericórdia, eu me transforme em instrumento do teu amor, capaz de reanimar e de fazer desabrochar plenamente tantas almas mornas ou perdidas. Assim se dilatará sem fim o Reino do Divino Coração de Jesus.” São Maximiliano Kolbe Todos os que já participaram num destes encontros reconhecem a sua riqueza, a sua beleza, a sua força e sabem que voltam para casa transformados, rejuvenescidos. Devemos, portanto, exercer a entreajuda entre continentes, países, regiões, setores, equipes. Uma verdadeira cadeia de solidariedade nacional e internacional tem de, pouco a pouco, vir à luz. Invoquemos o CM 501


Espírito Santo para que estimule a nossa criatividade. Comecemos desde já a dar uma contribuição, que alimentaremos em cada reunião. Mas temos de ir mais longe se quisermos que as Equipes de Nossa Senhora deem origem a mais equipistas motivados e empenhados em servir e contribuir para a instauração do Reino. O Padre Caffarel nunca deixou de lembrar a importância da entreajuda fraterna; para ele, tratava-se de um verdadeiro compromisso tanto espiritual como material. Somos responsáveis uns pelos outros. O Movimento pode compararse a um mosaico em que cada peça, por menor que seja, tem uma função e contribui para a beleza do conjunto. Temos de

aceitar um desafio duplo: o de concentrar todos os nossos esforços para nos prepararmos, sob a proteção de Nossa Senhora de Fátima, para esse belo encontro com Deus, e o de permitir que o maior número possível de equipistas de todo o mundo também participe.

Françoise e Rémi GausseL CR por Comunicação e Juventude da ERI

A alegria é a expansão do coração Espero que cada um de vós se encontre bem ao receber esta minha carta que, como sempre, escrevo pensando em cada um de vós, bem representados naqueles que já tive a graça de encontrar nos encontros internacionais. Como tem sido gratificante para mim poder testemunhar nesses encontros como viveis com entusiasmo em casal e em família, testemunhando a “alegria do amor” de que nos fala o bom Papa Francisco. A “alegria” é a expansão do coração (cf. Amoris Laetitia 126) de quem sabe que é amado, no CM 501

sentido de ser acolhido, de ser aceito pelo que é, gratuitamente, e não por aquilo que possa dar. Já o antigo filósofo Aristóteles dizia que a amizade consiste em querer bem ao outro por aquilo que ele é e não por aquilo que pode dar. São Tomás de Aquino toma esta definição e expande-a; e o magistério recente, de Paulo VI ao Papa Francisco, vê nesta dimensão gratuitamente oblativa o que há de mais profundamente verdadeiro no que podemos entender e viver como amizade, como amor (cf Amoris Laetitia 101-102). 11


O matrimônio cristão tem como fundamento a relação dos esposos que se amam, isto é, que se querem bem, por aquilo que são e não por aquilo que podem dar. O sacramento purifica o amor humano, que tem em si já a marca da eternidade, do definitivo (cf. Amoris Laetitia 123), e eleva-o a sinal do amor entre Cristo e a Igreja: o esposo representa Cristo e a esposa representa a Igreja. Claro que é uma analogia imperfeita (cf. Amoris Laetitia 73), pois o amor humano precisa ser continuamente purificado e alimentado para que possa crescer, mas a analogia recorda-nos que não há amor sem sacrifício, sem sofrimento, sem a cruz: todo amor verdadeiro é um amor crucificado. Mas é daqui que brota a “alegria”, mesmo a “alegria” do amor, que era o distintivo dos cristãos nas comunidades primitivas – viviam na alegria e simplicidade de coração (At 2,46) –, e a maior parte eram casais, famílias, que viviam a sério, no meio de um mundo adverso e pagão, a sua vocação de esposos e de pais. Como bem nos recorda o bom Papa Francisco, a paternidade e a maternidade estão inscritas na nossa natureza humana de homens e de mulheres criados à imagem e semelhança de Deus (cf. Amoris Laetitia 9). São João Paulo II falava da “dimensão esponsal do corpo”, para dizer que nós estamos orientados uns para os outros; que não podemos viver uns sem os outros; que os ou12

tros não podem ser vistos como um peso, como um perigo, como uma fadiga, mas sim como um dom, como uma dádiva divina. Nas suas catequeses sobre a teologia do corpo, São João Paulo II falava da urgência de vermos toda a realidade e muito especialmente os outros, à luz de uma “hermenêutica do dom”. Caríssimos casais, unidos pelo sacramento do matrimônio, esta é a vossa “vocação e a vossa missão”. O Papa Francisco convidavos como casais a vos reconhecerdes como um dom, que Deus pensou e preparou para cada um de vós desde toda a eternidade (cf. Amoris Laetitia 72). Sois um dom um para o outro e ambos para os vossos filhos; sois um dom de Deus que assim manifestou o modo admirável como vos ama, por aquilo que sois; porque, amado por Deus, cada um de vós é um bem para o próprio Deus, cujo amor vos precede. Fazei, caríssimos casais, destes pensamentos, tema do vosso dever de sentar-se. Sede fiéis à mística do nosso Movimento, os Pontos Concretos de Esforço, pois são um dom de Deus à Igreja que assim faz dos casais e do Movimento um sinal de esperança, porque mostram pelo testemunho de vida que é possível viver a “alegria do amor”. Pe. José Jacinto F. de Farias, scj SCE da ERI CM 501


Igreja Católica

40ª ASSEMBLEIA NACIONAL DA PASTORAL FAMILIAR

Nos dias 24 a 26 de junho de 2016 aconteceu a 40ª Assembleia Nacional da Pastoral Familiar no Centro Cristão Missionário, em Brasília. Estiveram presentes cerca de 30 casais representantes das Regionais da Pastoral Familiar, cerca de 15 padres Assessores Eclesiásticos e os bispos Dom João Bosco, da Diocese de Osasco (SP) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família – CEPVF, Dom João Carlos Petrini, da Diocese de Camaçari (BA), Dom Antônio Augusto Dias Duarte, auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ), Dom Armando Martín Gutiérrez, da Diocese de Bacabal (MA), e Dom Moacir Arantes da Diocese de Goiânia (GO) e Conselheiro Espiritual em Divinópolis (MG) e então assessor da CEPVF. Durante a assembleia foram apresentados o planejamento de atividades do próximo quadriênio (2016 a 2019) e feito um balanço dos avanços e dificuldades das dezoito regionais no Brasil. Como avanços, foram destacados a melhoria na formação dos agentes da Pastoral Familiar na média nacional e o aumento do CM 501

número de dioceses com a Pastoral Familiar implantada e atuante. Como dificuldades, o desafio de: preparar os agentes para fazer a triagem de casais que solicitam a nulidade do matrimônio ao bispo diocesano (Libelo Introdutório de Causa), implantar uma pastoral atuante nas demais dioceses do Brasil e implantar as Comissões de Bioética. Dom Moacir lembrou que a Pastoral Familiar não deve se ater apenas aos relacionamentos, mas também agir em defesa da vida. As Equipes de Nossa Senhora foram citadas várias vezes como braço direito da Pastoral Familiar, sobretudo onde esta não é organizada nas paróquias, e sempre presente assumindo a linha de frente nos encontros. Dom Armando, na missa de encerramento, lembrou que os casais equipistas são um exemplo de perseverança no serviço a Deus e à Igreja. Durante a assembleia, Dom João Carlos Petrini falou sobre a exortação apostólica Amoris Laetitia lembrando primeiro o sentido de Laetitia, que é uma alegria discreta, interior e que permanece mesmo em uma situação de dor e tristeza, que difere

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de Gaudium, também traduzida por alegria anteriormente, mas com um sentido de explosão e impulso. Lembrou também que não se deve apresentar o matrimônio como um peso legalista, mas sim como um caminho dinâmico de realização plena do homem e da mulher que deve ser vivido por toda a vida com alegria. Pediu aos agentes das pastorais a incentivarem as famílias a retomar a educação dos seus filhos. “As escolas não substituem os pais, apenas servem de complemento.” Ressaltou que a família é a primeira escola dos valores humanos, onde se aprende o bom uso da liberdade, inclusive do valor da sanção e do estímulo; e que nenhum governo pode impor regras às famílias sobre a educação dos filhos.” Sobre a espiritualidade conjugal, falou que

“ninguém pode pretender possuir a intimidade mais secreta da pessoa amada. Diz-se que quando um cônjuge já sabe o que o outro pensa, o casamento acaba; – sempre há a surpresa e algo novo que deve ser descoberto, em qualquer fase da vida.” Não é possível separar essa reflexão do Dever de Sentar-se e da Oração Conjugal. Vemos mais uma vez com alegria a posição de vanguarda que as Equipes de Nossa Senhora ocupam na Igreja, tanto no trabalho sério e comprometido na Pastoral Familiar, como na vivência de uma pedagogia que nos conduz à vivência da espiritualidade conjugal, tão divulgada pelo Papa Francisco. Cristiane e Brito CR Comunicação Super Região Brasil

CRISTÃOS LEIGOS E LEIGAS NA IGREJA E NA SOCIEDADE

DOCUMENTO 105 Este foi o Tema Central da 54ª Assembleia Geral da CNBB, em abril de 2016, que aprovou o Documento 14

105. Nesta e nas próximas edições, vamos partilhar um resumo e breves comentários ao texto, com a esperança de suscitar o desejo de conheCM 501


cer o documento e ajudar na aplicação prática. A ELABORAÇÃO DO TEXTO Em 2013, uma Comissão de Redação, nomeada pela CNBB, com a participação de bispos e leigos, preparou um primeiro texto que, após debates e emendas na Assembleia de 2014, foi publicado como “Estudos da CNBB 107”. Durante 2014, foram realizados encontros nos regionais, dioceses, paróquias, movimentos e associações, recolhendo emendas e propostas para a definição do texto. Em 2015, a Comissão de Redação propôs que o texto 107, já com as emendas e contribuições acolhidas, fosse debatido, mas ainda não votado como documento. Foi, então, publicada uma “edição revisada e ampliada” como “Estudos da CNBB 107-A”, que voltou às bases para novos estudos e emendas. Um processo participativo que vem sendo prática na CNBB, e que contribui para a elaboração do texto e para o acolhimento e consequente aplicação prática. Finalmente, na Assembleia de 2016, como Tema Central, foi concluído e aprovado como documento. INTRODUÇÃO Após expressarem o “agradecimento aos cristãos leigos e leigas pelo testemunho de sua fé, pelo amor e dedicação à Igreja e pelo entusiasmo com que se doam ao nosso povo, às nossas comunidades, às suas famílias, às suas atividades profissionais, até ao sacrifício de si” (1), nossos pastores constatam que “apesar dos avanços na caminhada da Igreja nas últimas décadas, temos ainda, no campo da identidade, da CM 501

vocação, da espiritualidade e da missão dos leigos na Igreja e no mundo, um longo caminho a percorrer” (9). No item 10, apresentam o objetivo maior: “O presente documento tem como perspectiva a afirmação dos cristãos leigos e leigas como verdadeiros sujeitos eclesiais...”. O CRISTÃO LEIGO: ESPERANÇAS E ANGÚSTIAS O primeiro capítulo apresenta o marco histórico-eclesial da caminhada do laicato, com seus avanços e recuos. Expõe uma visão do mundo globalizado em que vivemos e desenvolve discernimentos para análise e algumas tentações que esse mundo nos apresenta, propondo necessária mudança de mentalidade e de estruturas. Afirmando que “o mundo e a história da humanidade são o grande campo de ação do amor de Deus” (15), recorda e insiste que “o primeiro campo e âmbito da missão do cristão leigo é o mundo” (63). Nesse primeiro capítulo, já podemos perceber o quanto temos a converter e caminhar para sermos fiéis à missão. Precisamos ser a “Igreja em saída”, como ensina o Papa Francisco, a “Igreja direcionada e pautada pelo Reino de Deus” (90), presente e atuante no mundo. Vale lembrar a frase de Puebla (786), retomada em Aparecida (209), de que os cristãos leigos são “homens e mulheres da Igreja no coração do mundo e homens e mulheres do mundo no coração da Igreja”.

Laudelino dos Santos Azevedo Conselho Nacional do Laicato do Brasil 15


vida no movimento

UMA REVELAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO EEN – Belo Jardim-PE Nos dias 21 e 22 de maio último realizou-se o EEN em Belo Jardim-PE, para equipes novas de Gravatá, Chã Grande, Pesqueira, Barreiros e Belo Jardim, todas da Região Pernambuco II. O encontro desenvolveu-se num clima fraterno e alegre, motivado pela leveza da animação e, principalmente, pelas relações entre os casais de várias cidades, que normalmente não se veem. Prevaleceu o clima fraterno e alegre dos encontros, no encontro. O tom conduzido pelo divino Espírito Santo foi de insuflar almas, ou seja, lançar continuamente um sopro de despertar para a vida equipista, que permitisse aos casais entender a motivação daquele momento para progredir no seu caminhar, descortinar novos horizontes da conjugalidade 16

e descobrir a alegria que existe nesse viver em Deus. Mais do que transmissão de conceitos, o encontro foi capaz de transmitir, nos testemunhos, a beleza da vida de cada um, conforme se observou pela satisfação dos participantes. O casal Lucélia e Sandro-Eq.05-Gravatá, expressou-se assim: “O EEN confirmou em nós a importância da Oração Conjugal, do DDS e do compromisso exigente que o Movimento nos pede”. Miriam e Amarino-Eq.06-Chã Grande fizeram uma bela oração: “Meu Deus, obrigado por colocar em nosso caminho as ENS. Vós, que conheceis nossas necessidades, fortalecei-nos na Tua graça e ensinai-nos a enxergar primeiro o que temos de melhor. Que o nosso matrimônio alcance em Ti uma base sólida que nos permita caCM 501


minhar sempre juntos. Amém!”. Iracema e Fernando-Eq.09-Barreiros, confirmaram em seu depoimento que “o EEN ratificou o aprendizado da Pilotagem, em especial a vivência e importância dos PCE”. Maria Luiza e Eliézer-Eq.02-Belo Jardim, mencionaram sua principal reflexão no Encontro: “Dentre os vários momentos enriquecedores, a preparação para o Dever de Sentar-se, com a reflexão prévia do poema “O Amor”, foi um momento único que nos permitiu não só um novo olhar sobre o PCE, como também refletir sobre a importância de cultivar dia após dia o

amor conjugal”. A Eucaristia foi o ponto forte. A homilia, dirigida completamente ao EEN, foi partilhada com os casais que a enriqueceram com comentários. No final, Padre Eliseu fez o fechamento, ligando os assuntos levantados e chamando atenção para o esforço que todos precisam imprimir para atingir o sentido espiritual do termo: trazer o maravilhoso mistério do amor de Deus para a vida dos casais. Zezinha e Jailson Eq.01B - N. S. da Conceição Jaboatão dos Guararapes-PE

FORMAÇÃO NÍVEL III EM MACEIÓ-AL

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Nos dias 21 e 22 de maio, foi realizada em Maceió a Formação Nível III, com a participação de equipistas de todo o estado. O evento foi marcado pela ativa participação de todos e pela partilha de cada ponto discutido, com mesas-redondas para discussões dos temas e as devidas apreciações e conclusões. Foi marcante a participação do Casal Provincial (CRP) Conceição e Macedo e do Casal da Super Região Brasil (CRSB) Hermelinda e Arturo que, com suas belas apresentações, contagiaram todos os presentes pela forma clara, objetiva e sucinta com que expuseram suas palestras. A Região Alagoas se sentiu muito gratificada pela presença dos dois casais para a Formação e ainda pelo fato de que todos os participantes se sentiram muito à vontade e prestigiados com tais presenças. Esse evento mostrou de forma inquestionável a fraternidade, igualdade e compromisso fiel com a Mística e Carisma do Movimento. Amélia e Moab CR Região Alagoas Maceió-AL .

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SESSÃO DE FORMAÇÃO NÍVEL I SETOR SURUBIM

Há alguns meses já era pensamento nosso e do CRS Surubim, Joselita e Jurandir, a realização da Sessão de Formação Nível I no Setor Surubim, um setor com localização mais afastada dos demais setores. Este sonho se fez realidade nos dias 4 e 5 de junho último, quando, pela graça de Deus, aconteceu este momento de Formação tão importante para todo cristão. Com a participação de 40 casais e uma viúva, vimos a alegria que eles sentiram em receber esta Formação. Tivemos como Orientador Espiritual o Pe. João Santana, SCES Surubim, pessoa maravilhosa que levou seus ensinamentos a todos os equipistas. Pe. João também se colocou à disposição para outros encontros de Formação com os casais. Após as atividades do sábado, tivemos uma fraterna e alegre convivência regada a canjica, pamonha e outros quitutes da eegião e também com muito forró. No domingo, após a Celebração da Santa Missa e do Envio, tivemos um almoço de confraternização com todos os casais participantes. Agradecemos a Deus e à Santa Mãe Maria pela Missão que nos confiou. Maria e Amâncio CR Pernambuco I Jaboatão dos Guararapes-PE 18

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EEN CHEGA A PALMAS, CAPITAL MAIS JOVEM DO BRASIL Nos dias 14 e 15 de maio de 2016 foi realizado o I Encontro de Equipes Novas (EEN) em Palmas (TO). Foram reunidas as equipes 6 e 7 e também vários outros casais que entraram nas Equipes a partir de 2012. A expectativa era enorme, principalmente pelo fato de ser o primeiro EEN, e por Palmas ter recebido, há poucos dias, a grande notícia de que se tornará um setor. Atualmente, Palmas está vinculada à Região Brasília I e conta com 7 equipes e duas experiências comunitárias. As equipes 4 e 5 cuidaram da organização do evento com muito carinho, entusiasmo e alegria, inclusive do momento de convivência ímpar que os casais tiveram por ocasião do jantar. A formação permanente é uma das características da pedagogia das ENS, e o EEN visa formar CM 501

os casais recém-ingressados no Movimento para que os mesmos possam ter a possibilidade de esclarecer os pontos que ficaram menos claros de sua metodologia, adquirindo, ao mesmo tempo, uma visão mais completa do Movimento. O objetivo, além de aprofundar os conteúdos, é fazer perceber, desde logo, que a vida do equipista vai muito além da equipe de base. Tivemos a oportunidade de receber uma Equipe de Formadores da Província Centro-Oeste que, por meio de várias palestras, foi perfeita quanto aos temas propostos baseados no livro “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6) – Edição SuperRegião Brasil – dividido em quatro módulos. Destaco, ainda, os testemunhos dados sobre como fazem os PCE, e também as suas 19


experiências de vida. Assim, os equipistas foram divididos em quatro grupos mistos e os módulos I, II e III foram estudados e respondidos, sendo que após cada reunião de grupo foi realizado o Plenário para apresentação das conclusões. Quanto ao Dever de Sentar-se, os casais foram distribuídos em pontos diferentes do espaço do encontro e tiveram a oportunidade de exercitar esse importante PCE. No evento tivemos dois pontos altos: o primeiro foi a apresentação de um vídeo que mostra a vida das ENS desde a sua criação, o que realmente deixou os equipistas emocionados e também motivados para continuarem

firmes na caminhada. O segundo foi a apresentação de uma peça teatral tendo como participantes a Equipe de Formação que encenou uma reunião de equipe mostrando as atitudes dos participantes que não condizem com as orientações do Movimento. O evento foi encerrado com missa celebrada pelo SCE da Equipe 6, Padre Aderso, juntamente com o firme Compromisso dos equipistas presentes, destacando a presença do Casal Provincial Lu e Nelson, que veio para prestigiar o encontro e conhecer o futuro setor. Flávia e Joilson Eq.07 - N. S. Perpétuo Socorro Palmas-TO

RETIRO ANUAL Realizamos nos dias 15, 16 e 17 de abril, nosso retiro anual no setor A de Alfenas. Essa é a primeira vez que nosso setor oferece dois retiros graças ao 20

número de casais que ultrapassa as de realização em momento. Em julho o segundo para os

equipistas condições um único acontecerá casais que CM 501


ainda n ão viven ci a r a m e s s e importante PCE. Fomos dirigidos por Padre José de Anchieta que é SCE das ENS de Juiz de Fora e nos presenteou com um maravilhoso encontro com Deus. Padre Anchieta foi aquele vidro límpido cuja transparência impecável nos revelou Jesus, nosso amado Deus. Com o tema “Casais e a misericórdia”, fomos envolvidos e contagiados! Saboreamos a presença de

Deus no silêncio, no perdão, na vivência proveitosa de cada PCE e dos sacramentos da reconciliação e da Eucaristia. Como Jesus que se retirava à noite para estar a sós com Deus, subimos a “montanha” e na descida de retorno nos sentimos fortes e revigorados para a missão e o encontro com os irmãos! Sejamos misericordiosos como nosso Pai!!! Gabriela e Fernando Eq. 05 - N. S. de Fátima Alfenas-MG

O RETIRO DAS ENS Nosso setor buscou paz e recolhimento! E, orientados por Padre Ivan Moreira, encontramo-nos nos braços de Deus, fazendo uma grande viagem pela própria história, percebendo os sinais do seu Amor: um verdadeiro encontro do casal pela graça do Senhor! CM 501

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Percorremos o Caminho do Encontrar-se sempre guiados pela leitura orante da Bíblia, vivendo a experiência de Santo Inácio de Loyola: “Façamos tudo em nossa vida como se tudo dependesse de nós e confiemos totalmente como se tudo dependesse de Deus”. Como Jesus se retirava para a oração, em desertos, percebemos a graça que emana do silêncio que escuta Deus. Foram momentos iluminados, em que o Criador se mostrava e se escondia, revelava-se pela Palavra e Sacramentos. Fomos levados ao túnel do tempo do amor de Deus pelos Sacramentos. Desde o nosso nascimento, Batismo, Primeira Comunhão, Crisma e Matrimônio testemunhando o amor de Deus na vida conjugal. Experimentamos Deus caminhando conosco e nos carregando muitas vezes. Iniciamos nas ENS, há nove anos; foi um destes carinhos de Deus em nossa vida conjugal. Apreciamos nas reflexões o rosto da Misericórdia de Deus: Jesus Cristo é a revelação de Deus na natureza, nas pessoas, no amor do casal e em tudo. Refletimos também sobre os Desafios para Encontrar-se com Deus em família, na ação de ressignificar a vida conjugal, aprendendo a deixar o que não está bom, sendo mais paciente, tolerante, amável e flexível, mantendo o matrimônio sobre a rocha, edificando um lar de amor. E a ferramenta ressaltada foi o Diálogo: caminho da maturidade humana e cristã que assume tristezas e alegrias, deixando máscaras na aceitação do que somos para seguirmos felizes. O Dever de Sentar-se foi na presença de Deus, uma vez que Ele nos revela o outro: experiência divina e emocionante, sacudiu os mofos, removeu as teias que nos amarravam e prendiam, distanciando-nos do cônjuge e de Deus. Celebramos a Reconciliação: a Misericórdia no encontro com o tesouro interior, com o amor conjugal, um projeto de felicidade, com muita alegria como no primeiro milagre de Jesus. Ele é o Vinho da Alegria do Matrimônio. Verdadeiramente experimentamos o Amor de Deus. Que Maria continue intercedendo por todos os matrimônios. Deus seja louvado! Muito obrigada, Padre Ivan P. Moreira. Marta e George Eq. N. S. Desatadora dos Nós Pouso Alegre-MG 22

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VIVENDO A MISSÃO COM ALEGRIA Guiados pelo tema de estudo proposto para este ano, os casais da Região Leste III foram contemplados com a Formação Nível III, ocorrida nos dias 12 e 13 de março, em Mogi das Cruzes, no Seminário de Sion, e lá viveram dois dias de alegria. Os casais convidados, agraciados pela oportunidade, viveram os dois dias de formação com total entrega e dedicação ao Movimento. A riqueza desta formação e a sua importância para a preservação da unidade do Movimento foram transmitidas aos casais pelo Casal Responsável da Província, Sandra e Valdir, com simplicidade e serenidade. A oportunidade de troca de ideias entre os casais e a possibilidade de indagar as dúvidas que foram surgindo, CM 501

sem o temor do relógio, tornou a formação um momento prazeroso, permitindo aos casais deixarem de lado a correria que a vida diária lhes impõe. Como é bom poder viver uma formação assim, com serenidade, tranquilidade e muito aprendizado. Padre Béo, SCE no Setor Arujá e também em São Caetano, colaborou para que a serenidade do encontro fosse preservada, ensinando muito sobre oração a todos. Enfim, essa formação deixou saudades, a exemplo de tudo o que o Movimento nos dá, basta querer e se esforçar, para deixar de lado os compromissos que a vida e nós mesmos nos impomos, e se permitir viver momentos assim. Marcia e Agnaldo Rizzo CRR SP Leste III 23


SESSÃO DE FORMAÇÃO NÍVEL I SETORES A E B DE SANTOS Testemunho Respondendo ao chamado de Deus, com alegria participamos da Sessão de Formação Nível I das Equipes de Nossa Senhora. Participamos das conferências e dinâmicas apresentadas com o coração e mente aberta. Com a rotina intensa que vivemos, entendemos o chamado como uma necessidade para reflexão do nosso cotidiano, onde o Senhor nos prepara para a missão evangelizadora de propagar a sua Palavra e levar luz e sabor a outras pessoas. É o amor maior de Deus operando em nossas vidas e que vem ao nosso encontro. Deus se propõe a chegar a nós, permitindo-nos alcançá-Lo! Revelou-nos todo o Seu mistério, mostrando-nos o Caminho, a Verdade e a Vida. Jesus Cristo é a prova maior desse amor do PAI, que desceu como humano até nós, para nos ensinar a “amar ao próximo como a si mesmo, assim como Eu vos amei”. Entregou a sua própria vida, para nos redimir dos pecados e salvar-nos da morte. Padre Henri Caffarel, o profeta do Matrimônio, entendeu bem esta proposta e, ungido pela luz do Espírito Santo, brindounos com a criação das ENS. A cada etapa que vivenciamos, sentimo-nos surpresos e gratificados por estar neste meio. Ficamos revigorados e mais perseverantes, em entender os propósitos de Deus. A FÉ é o dom de Deus. Nosso Sim para esse grande plano de amor nos motiva a servir em missão com alegria. Márcia e Shigue Taminato Eq. N. S. Aparecida Santos-SP 24

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EEN – FLORIANÓPOLIS-SC I TEMOS UM SÓ CORAÇÃO E UMA SÓ ALMA

Este EEN nos fez ver como devemos seguir o caminho dentro das ENS. Que o Carisma e a Mística nos guiem para vivermos a missão com alegria, confiantes sempre na vida eterna, pois hoje as pessoas estão cheias das coisas do mundo e vazias das coisas de DEUS. As equipes nos direcionam para um caminho de equilíbrio e harmonia. Aprendemos que devemos doar nossa vida ao irmão, e que a verdade e a união são fundamentais para a vida em equipe. Devemos buscar esta santidade como casal através dos PCE, tirando as máscaras e assumindo nossas ervas e folhas, sendo verdadeiros na missão sabendo que não existe amor sem abnegação. CM 501

A presença de CRISTO deve ser um ponto forte em nossa vida. O Espírito Santo tem o poder para nos guiar e nos direcionar no caminho da santidade. Temos que ser buscadores de DEUS, a disciplina nos fará mais comprometidos com a equipe e com Deus, e assim nos tornaremos uma família que ama, confia, respeita e corrige quando for necessário. É um tempo de graça poder enxergar além do nosso sacrifício, e esse EEN fez-nos aproximar um pouco mais de DEUS, trilhando os caminhos de Jesus, unidos ao testemunho de Maria. Foi mais um tempo de aprendizado que não se encerra, mas que traça um novo rumo, um recomeço daquilo que estamos buscando e que a cada 25


dia reforça a nossa convicção e a nossa fé de que é a verdade. E essa verdade se encontra no Pai, no Filho e no Espírito Santo – fonte de toda eternidade. Não viemos neste mundo para poucas coisas, mas para fazer novas todas as coisas. Foi um encontro que nos possibilitou abertura para a vontade do Pai e um esvaziamento do mundo para nos enchermos de sabedoria divina. Um verdadeiros kairós que nos lança em missão, e missão essa que sabemos não ser fácil, mas sempre contamos com a misericórdia de DEUS uma vez que disse Jesus: - Tome sua cruz, vem e se-

gue-me: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Assim são as ENS, um Movimento exigente, mas que mostra o seu valor, pois tem um só coração e uma só alma. ‘’O teu amor sem exigência me diminui; A tua exigência sem amor me revolta; O teu amor exigente me engrandece.” Com estas palavras do servo de DEUS Henri Caffarel, a chave para um casamento feliz, somos gratos a DEUS por mais esta oportunidade de crescimento. Jucilaine e Clairto Eq. N. S. da Oração - Turvo-SC Eq. Distante Região SC I

FORMAÇÃO NÍVEL III – BLUMENAU REGIÃO SANTA CATARINA II Data d a fo rma çã o : 2 3 e 24/ 04 /2 0 1 6 Local: Seminário Mãe de Jesus “Sois generosos, sois devotados. E, por isso mesmo, sois solicitados pela ação. Mas eu vos suplico: nunca deixeis de vos formar. Se a ação não vos permitir continuar vossa formação, a ação vos perderá.” (Pe. Henri Caffarel). Foi com esse sentimento que nós iniciamos a Formação Nível III. Com sentimento de busca por espiritualidade conjugal, pois começamos nosso caminho nas equipes de Nossa Senhora, percebendo primeiramente a vida da equipe de base. Construímos uma relação de irmãos em nossa equipe, e hoje a 26

nossa família cresce cada vez mais, pois nosso sentimento de pertença aumenta a cada dia pelo conhecimento da grandeza no Movimento. A humildade dos primeiros Casais Ligação do Movimento no Brasil, Dr. Pedro e Dona Nancy, assim carinhosamente chamados, nos enche de alegria e esperança em buscarmos a cada dia Cristo como centro de nossa vida conjugal. Essa humildade transparece em todos os que estão à frente do Movimento, casais especiais que nos dão o exemplo de amor, caridade e de como devemos servir aos nossos irmãos. A Formação Nível III foi muito bem elaborada e organizada, e com muito carinho percebemos nos deCM 501


talhes que foi preparado com muito amor. Os temas abordados e apresentados pelos CRSRB, Hermelinda e Arturo, CRP Adriana e Hudson e pelo CRR Gercy e Zanatta foram muito inspiradores. Durante a Formação também foram formados grupos com intuito de refletirmos sobre os temas. Sempre aprendemos muito com os testemunhos de cada casal e nos sentimos felizes e acolhidos por poder, com confiança, compartilhar nossa história. Nessa partilha, chegamos a duas belas conclusões: “Para darmos o testemunho, precisamos acreditar, precisamos nos convencer primeiro com a busca da santidade.” “Concluímos que as ENS são organizadas por funções que não conferem títulos ou poder, mas sim uma estrutura para conservar a unidade do Movimento. Somos todos Equipistas de Base e estamos a serviço de Cristo”. Com esta última conclusão, não podemos esquecer do exemplo de humildade do CRSRB Hermelinda e Arturo, que nos mostrou a grandeza do Movimento, sustentado pela ERI e tendo como topo as Equipes de Base. Também não é por menos que recebemos tantas bênçãos nesta Formação, pois os dois dias foram iniciados com Celebrações Eucarísticas, presididas pelo Pe. Carlos e Pe. Milani, nos preparando espiritualmente para estarmos abertos ao conhecimento e à formação. A animação e a convivência com os irmãos motivaram o ritmo da CM 501

Formação, sendo muito bonito de se ver, pois como diz Santo Agostinho: “Quem canta, reza duas vezes”. Fazer parte do Movimento há 1 ano e 8 meses tem nos ajudado a superar uma fase difícil de nossa vida. Há quase dois anos, passamos por uma dificuldade muito grande, fora de nosso país, com a luta pela cura de nosso amado filho Guigo. Neste momento de luta pela vida, recebemos a graça da acolhida de grandes pessoas que nos mostraram como viver em Cristo. Foram quase dois anos fora do país, somados aos dois anos de luta antes de deixarmos tudo aqui. Depois de tantos anos, temos mais forte em nosso coração que “curamos nosso filho com Amor”, palavra de Padre Steffano de Rimini, Itália. Guigo foi junto a Deus, e é eternamente nosso anjo que nos inspira todos os dias a vivermos com Cristo. E com alegria fomos presenteados com a nossa Equipe 8 A, que nos dá força e motivação para fortalecer nosso matrimônio e nossas orações diárias que nos ajudam a nos sentir mais próximos do nosso amado anjo Guigo. Hoje, nossa regra de vida é ajudarmos o próximo com ações, pois sem elas nossa caridade é nula. “Não fostes vós que me escolhestes, mas Eu vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais fruto, e o vosso fruto permaneça” (Jo 15,16). Alessandra e Ricardo Eq. N. S. de Guadalupe Blumenau-SC 27


DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2015 Equipes de Nossa Senhora

Apresentamos as Demonstrações Financeiras do exercício encerrado em 31 de dezembro de 2015, compostas pelo Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultados e as Notas Explicativas, para conhecimento de todos os equipistas. Secretaria/Tesouraria BALANÇO PATRIMONIAL EM R$ 31.12.2015 ATIVO 5.136.845,59 Circulante Circulante – XI E. Internacional 2.183.125,59 Circulante – III E. Nacional Não Circulante 951.449,49 TOTAL ATIVO 8.271.420,67 PASSIVO Circulante Provisões Outras Obrigações – Encontro Patrimônio Líquido TOTAL PASSIVO

97.680,57 2.183.125,59 5.990.614,51 8.271.420,67

31.12.2014

31.12.2013

4.799.255,19 26.924,08 4.302.222,06 938.072,22 10.039.549,47

558.255,00 955.872,09 4.886.705,19

96.885,46

90.226,04

4.880.448,04 5.062.216,00 10.039.549,47

345.654,02

585.179,10 4.211.300,05 4.886.705,19

RESULTADO DO EXERCÍCIO 2015 RECEITAS

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Contribuições Receitas Diversas Receitas Financeiras Total de Receitas

3.852.721,02 460.130,61 456.963,05 4.769.814,68

3.169.190,00 577.778,00 307.683,00 4.054.651,00

2.961.665,00 325.130,00 236.013,00 3.522.808,00

DESPESAS Despesas com Encontros C. Mensal e Desp. Postais Despesas c/ Adm. de Equipes Despesas c/ Pessoal Despesas Gerais Total das Despesas

1.906.314,23 1.193.129,52 166.255,96 199.939,95 375.778,73 3.841.418,39

1.453.701,00 841.645,00 186.787,00 278.085,00 385.366,00 3.145.584,00

906.480,00 792.310,00 148.268,00 237.289,00 422.112,00 2.506.459,00

RESULTADO Resultado do Exercício Fundo Patrimonial

928.396,29 5.062.218,22

909.067,00 4.153.149,00

1.016.350,00 3.136.801,00

RESULTADO ACUMULADO

5.990.614,51

5.062.216,00

4.153.150,00

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NOTAS EXPLICATIVAS Exercício 2015 1. Ativo

1.1 - No Ativo circulante está incluído o valor de R$ 2.183.125,00 referente ao saldo do III Encontro Nacional.

2. Passivo

2.1 - No Passivo circulante está registrado o valor de R$ 2.183.125,00 correspondente ao saldo do III Encontro Nacional.

3. Receitas

3.1 - As Contribuições Reais no ano de 2015 totalizaram R$ 3.852.721,02, o que representam um aumento de 21,56% em relação ao ano de 2014. 3.2 - As Receitas Diversas registram o valor de R$ 460.130,61 relativo ao ressarcimento de livros e documentos do Movimento, ressarcimento de despesas e outras contribuições. 3.3 - As Receitas Financeiras registram o valor de R$ 456.963,05 referente ao valor bruto auferido com aplicações financeiras.

RECEITAS R$ 4.769.815 R$ 3.522.808

R$ 4.054.651

Receitas Financeiras Receitas Diversas 10%

9%

Contribuições 81%

Receitas 2015 R$ 4.769.814,68

2013

2014

2015

4. Despesas

4.1 - No ano de 2015 houve um crescimento no total das Despesas do

Movimento de 22% em relação ao ano anterior, principalmente devido ao crescimento das despesas com Formação. 4.2 – As Despesas com Encontros registram todas as despesas do Colegiado Nacional, da II Sessão de Formação Nacional em Aparecida, da III Sessão de Formação Internacional para CRR em Roma, os Encontros Provinciais, os Colegiados Provinciais, as reuniões da Equipe da Super Região, todas as Sessões de Formações bem como todas as despesas de transportes relacionadas a estes eventos. 4.3 – Despesas com Pessoal incluem os gastos com os funcionários do Secretariado, salários, encargos e benefícios, bem como todo o serviço de terceiros com os respectivos encargos.

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4.4 – Despesas Gerais correspondem aos gastos gerais, como a edição de livros, impressos e documentos do Movimento, despesas bancárias e financeiras, despesas de custeio do Secretariado, Projeto Vocacional e outros gastos administrativos.

4.5 – O Total das Despesas com Encontros de Formação, Carta Mensal, impressos diversos e postagem, somaram R$ 3.099.443,75 demonstrando a nossa priorização na aplicação dos recursos, em “FORMAÇÃO”. DESPESAS

R$ 3.841.418

R$ 3.145.584

Despesas Gerais Despesas 10% c/ Pessoal 5%

R$ 2.506.459

Despesas c/ Adm. de Equipes

4%

Despesas 2015 R$ 3.841.418,39 31%

2013

2014

Carta Mensal e Despesas Postais

2015

50%

Despesas c/ Encontros

4.6 – Nota-se nos últimos 3 anos um aumento das despesas maior do que o aumento das receitas. DESPESAS X RECEITAS 78%

71%

2013

81%

71%

2014

2015

4.7 – Nos últimos 3 anos vemos um aumento considerável das receitas usadas em esforços diversos de FORMAÇÃO e que continuará sendo o foco dessa gestão. DESPESAS C/ ENCONTROS E FORMAÇÃO X RECEITAS 26%

2013

30

40%

36%

2014

2015

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INICIANDO A CAMINHADA NA CIDADE DE ARAÇATUBA-SP Tivemos a graça de realizar um antigo sonho nosso, com o início das Comunidades Nossa Senhora da Esperança, em nossa cidade. Desde quando iniciamos nas Equipes de Nossa Senhora, admirávamos muito o casal Nancy e Pedro Moncau, pela iniciativa de trazer esse lindo Movimento para o Brasil. Estamos no Movimento há mais de quarenta anos, na Equipe Nossa Senhora da Esperança, e tivemos o prazer de conhecer o trabalho maravilhoso realizado pelas Comunidades Nossa Senhora da Esperança logo no seu início. Desde esse tempo nasceu em nosso coração o desejo de formar tais grupos em nossa cidade, mas não sabíamos se as pessoas estariam dispostas a participar deles, ao falarmos de seu carisma. Com esse desejo no coração, fomos pedir ajuda ao casal do Setor Edelweiss e José, que nos apoiaram totalmente e ao casal equipista Irene e João Carli, da Equipe Nossa Senhora das Famílias, primeira equipe de nosso Setor, que CM 501

colaborou também na organização e formação dos grupos. Assim, com a aprovação de Dom Sergio Krzwy, nosso bispo diocesano, iniciamos os trabalhos, sentindo-nos muito abençoados por Deus e por Maria, aquela que sabemos estar sempre intercedendo por nós, para o êxito dessa missão assumida. Tivemos também a graça providencial de acolher em nossa cidade o Pe. Fernando Mazula, novo pároco da Paróquia Imaculado Coração de Maria, que já havia trabalhado como Conselheiro Espiritual das ENS em Londrina e nas Comunidades Nossa Senhora da Esperança em Ribeirão Preto e, quando procurado por nós, se dispôs prontamente a ajudar na formação e elaboração dos grupos e em acompanhá-los como Conselheiro Espiritual. Contamos hoje com dois grupos e outras amigas aguardando a formação de novas comunidades. Maria e Mario Eq. N. S. da Esperança Araçatuba-SP 31


raízes do movimento

O CARRO ADIANTE DOS BOIS 1 Frequentemente, em conversa particular com um ou outro, ouço esta observação: “Faltame coragem e generosidade no serviço de Deus. É preciso que redobre de esforços, que adquira vontade mais forte, mais perseverança, mais esquecimentos de mim mesmo”. Ao escutá-los, pergunto a mim próprio se não põem o carro na frente dos bois. Eu explico. Há uma lei psicológica muito simples que devem ter observado imensas vezes nas suas relações de amizade: para nos dedicarmos a um ser é preciso amá-lo, para amá-lo espontaneamente é preciso admirá-lo. A admiração suscita o amor, o amor impõe a dedicação. Doutra forma, como é difícil dedicarmo-nos se não amamos. E como é difícil amar um ser que não se admira. Há íntima ligação entre o amor e a admiração. “Nunca amarei ninguém que não admiro”, disse-lhes aquele moço ou aquela jovem. Realmente, quando volta com o seu companheiro de jornada, no seu olhar brilha uma luz que é ao mesmo tempo de encantamento e de amor. Que fragilidade a deste jovem amor. Frágil como a admiração que o fez nascer. Por isso é preciso proteger esta admiração,

conservá-la, ficar sempre atento à beleza de quem se ama – não falo tanto dos encantos físicos como daquela beleza palpitante que, no âmago de todos os seres, reflete a beleza de Deus: reflexo que nos comove profundamente quando o nosso olhar é suficientemente penetrante para o descobrir. É raro, mas acontece voltar a encontrar esta mesma luz de admiração e de ternura nos rostos de um casal de velhos. Contudo a vida não os poupou; as lutas e dores vincaram-se nos seus traços; mas, diante um do outro, estão encantados como no primeiro dia. Na sua presença ficamos perturbados como perante um milagre da vida. Georges Duhamel tem palavras sutis para falar dessa necessidade de prestar a máxima atenção aos outros: “Estou debruçado sobre um abismo (o seu rapazinho), sobre um mundo submerso. Com um olhar, interroga a sombra e, por vezes, deixo lá cair uma pedrinha para acordar o eco das profundezas”. Conselho válido não só para pais e cônjuges mas também para todos os cristãos em face de Cristo. O nosso amor é débil porque não admiramos Cristo e não es-

1 Editorial do Padre H. Caffarel na Carta Mensal das Equipes Novas, no 3, julho/agosto de 1964. 32

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tamos maravilhados porque, não deixando cair a tal pedrinha, as profundezas do mistério continuam mudas. Pelo fato de o nosso amor ser débil é que falta entusiasmo e coragem ao nosso serviço. Os santos chegam longe no amor porque, primeiro, progridem no conhecimento. Têm por Cristo o mesmo interesse apaixonado que os namorados concedem um ao outro. São atraídos por Ele: nas suas palavras – ia di-

zer inflexões de voz – e gestos, que o Evangelho nos relata, vão descobrindo a Sua alma. Também O procuram na oração, continuamente, pacientemente, durante toda a vida. Sem dúvida são santos só porque estiveram constantemente à escuta. Henri Caffarel Colaboração Maria Regina e Carlos Eduardo Eq. N. S. do Rosário Piracicaba-SP

Padre HENRI CAFFAREL

“Vem e segue-me” 2/8/1903 - 19/4/1930 - 18/9/1996*

Para recordar: o Pe. Henri Caffarel nasceu no dia 30 de julho de 1903, em Lyon, França. Foi ordenado presbítero no dia 19 de abril de 1930, em Paris. Faleceu no dia 18 de setembro de 1996, em Troussures, na diocese de Beauvais, onde está sepultado. Sua vida sacerdotal foi marcada pelas palavras que se leem em sua sepultura: “Vem e segue-me”. Esta frase foi marcante em sua vida desde março de 1923, quando, como ele retrata, Jesus Cristo * Gravação na lápide em seu túmulo no pequeno cemitério de Troussures. As três datas: batismo, ordenação e morte CM 501

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tornou-se alguém para ele. Daquele encontro em diante, a sua vida ficou centrada na sua relação pessoal com Jesus Cristo. Ele o amava e era amado por Ele. Por isso, vale para ele o que ele aconselha aos casais: sejam buscadores de Deus. Também ele se tornou e sempre foi um buscador de Deus. E O encontrou. Daí brotou uma espiritualidade muito pessoal e única. E é o que ele cultivou desde os vinte anos até os últimos instantes de sua vida, particularmente a partir de 1973, na Casa de Oração de Troussures. Neste local ele compartilhou a experiência do encontro com o Senhor, princípio e fonte da vida, com outras pessoas, também elas sedentas de Deus. O Espírito Santo inspirou o Pe. Caffarel a fundar as Equipes de Nossa Senhora, em 1939. Ele foi, de acordo com a expressão do Cardeal Jean-Marie Lustiger, “profeta do século XX” ao criar um método pedagógico capaz de ajudar os casais a cultivar a vocação batismal através do matrimônio. Tocado pelo amor de Deus, ele provocou casais a encontrarem o Senhor e a cultivar a vocação à santidade no matrimônio, em união com o sacramento da Ordem, colocando-os diante do amor de Deus. Vinte anos após a sua morte, ele continua vivo em cada casal e em cada equipe de base que se dispõe a prosseguir sua inspiração de amor a Jesus Cristo na simplicidade da vida cotidiana, na qual Deus se manifesta como Alguém presente e companheiro de viagem em direção à casa definitiva. Ao casal e às equipes não é pedido nada de extraordinário, apenas que se dediquem à vida familiar e ao apostolado cristão sem esquecer do essencial, ou melhor, vivendo o essencial da vida cristã em cada dia e em qualquer ambiente em que se encontrem. Hoje, a presença do Pe. Caffarel ultrapassa aquela que ele tinha durante a sua vida terrena, pois ele não está mais confinado ao espaço e ao tempo. Hoje, ele está presente em todo lugar onde há uma Equipe de Nossa Senhora. Hoje, Paris e Troussures romperam as barreiras do espaço e estão espalhadas em todo o mundo. Hoje, ele se torna presença viva em cada casal sequioso de cultivar sua espiritualidade conjugal. O grão de trigo caído na terra morreu e deu fruto (cf. Jo 12,24). O grão de mostarda cresceu e se tornou árvore frondosa (cf. Mt 13,31-32). E continua crescendo e dando fruto em cada casal que cultiva uma espiritualidade conjugal sólida. Pe. Geraldo Luiz Borges Hackmann SCE - Província Sul III 34

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canonização do pe. Caffarel

18 de setembro:

20 ANOS DA MORTE DO PE. CAFFAREL No dia 18 de setembro se completarão 20 anos da morte do Pe. Caffarel. Para esse dia, que neste ano será um domingo, convocamos todos os equipistas do Brasil para, como já fizemos no ano passado, unirmo-nos em um Dia Nacional de Oração pela Canonização do Pe. Caffarel pedindo a Deus que apresse o dia em que a Igreja proclamará a santidade da sua vida. Peçamos também a intercessão do Pe. Caffarel junto ao Pai para obtermos as graças que precisamos (nossas necessidades, nossos sofrimentos, por nossas famílias, por nossas Equipes...). Muitos entre nós, e também muitas pessoas que não pertencem ao Movimento, têm pedido essa intercessão e têm alcançado o que pedem. Temos recebido vários relatos de graças (incluindo curas) alcançadas com a intercessão do Pe. Caffarel – e as temos comunicado ao Postulador da Causa, Pe. Angelo Paleri, ofmconv. Como ressalta o Pe. Paleri no Boletim nº 19 da Associação dos Amigos do Padre Caffarel: “Informações relativas às graças são, para todos nós que acompanhamos de muito perto esta causa,

a prova de que muitos fiéis no mundo inteiro amam o Padre Caffarel e o invocam enquanto intercessor junto de Deus para obterem a saúde física e a salvação. Como é habitual dizer na nossa gíria, essas graças dão, pelo menos, testemunho da fama sanctitatis* e da fama signorum*! E isso dá-nos uma grande alegria.” Portanto, particularmente no dia 18 de setembro, mas também em todos os outros dias, peçamos ao Pai, com todo o vigor da nossa fé, pela canonização do Pe. Caffarel e, com a sua intercessão, por nossas necessidades. Isto é o que o Pe. Paleri aponta como a primeira maneira pela qual podemos participar da Causa de Canonização: “Alguns casais têm-me perguntado o que podem fazer para ajudar a Causa do Padre Caffarel. A primeira coisa que podemos fazer é rezar e pedir que se reze por intercessão do Servo de Deus. Só assim a causa poderá avançar até a beatificação e a canonização do nosso querido Padre Caffarel.” Com nosso fraterno abraço. Vicélia e Magalhães CR da Associação dos Amigos do Padre Caffarel Super-Região Brasil

* Respectivamente: fama da santidade e fama dos sinais. A Sagrada Congregação para as Causas dos Santos - no nº2 da Nota sobre o procedimento canônico das Causas de Beatificação e de Canonização (Atualização de 11.03.2001) – indica como condição para uma Causa: “... Deve ser clara entre as pessoas a convicção sobre a sua santidade (fama sanctatis) e sobre a eficácia da sua intercessão junto ao Senhor (fama signorum).”

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acervo literário do Pe. Caffarel PADRE CAFFAREL

E O CASAMENTO DE MARIA E JOSÉ No livro “Prends chez toi Marie, ton épouse”, traduzido entre nós sob o título “Recebe Maria como tua esposa”1, Padre Caffarel medita sobre as características que, na visão de Deus, a mulher destinada a ser a mãe de Jesus deveria ter. “Ele a quer, a um tempo, virgem, mãe e esposa”.

Quanto à característica da virgindade, Caffarel supõe que, como em muitos casos nas Escrituras, “é preciso que o homem seja encurralado pelo impossível, colocado contra o muro, que sua incapacidade seja evidente, para que Deus intervenha”. Foi o caso de Abraão e Sara (Gn 15), destinados a ter uma descendência “mais numerosa que as areias da praia e que as estrelas do céu” e que Deus deixa que o casal tenha cem anos para lhes dar um filho; o caso de Gedeão e seu exército (Jz 7,2), a quem Deus só concedeu a vitória depois que foi reduzido de 30.000 para trezentos homens; e também o de Zacarias e Izabel com o nascimento de João Batista (Lc 1, 5-25). “O impossível é a especialidade de Deus”, diz o padre. E cita o anjo Gabriel lembrando a Maria: “Para Deus, nada é impossível” (Lc 1,37). “Por que mãe?”, pergunta Padre Caffarel. E responde: “Importa que o Filho de Deus rece-

ba sua natureza humana de uma mulher, que nasça de uma linhagem humana, fruto da grande árvore, que seu corpo seja não só semelhante ao de um homem, ainda que vindo do além, mas autenticamente humano, saído do corpo de uma mulher [...] sujeito à fadiga, à fome e à sede, ao sofrimento e à morte. [...] Mas também uma inteligência, um coração, ou seja, uma humanidade idêntica à de todo homem”. Mas o que mais diz respeito a nós, casais, é que a mãe de Jesus, segundo a vontade de Deus na visão de Caffarel, deverá ser uma esposa. Diz o padre: “Nesta lógica da Encarnação, segundo a qual o Filho de Deus deverá assumir plenamente uma natureza humana e, portanto, a condição humana, impõese que Maria seja casada”. Por um lado, segundo ele, o amor materno é o “transbordamento, sobre o filho, do amor que ela dá e recebe no casamento”. E o amor paternal é o fruto, em um coração de homem, de seu amor conjugal.

1 Editora Santuário, Aparecida SP, 2009, 218 páginas. 36

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E neste ponto, Padre Caffarel nos presenteia com um pensamento bem adequado a algumas situações de nosso tempo. Citamos o parágrafo inteiro: “Jesus privado de um pai não teria sido plenamente homem. A personalidade do filho e do adolescente requer, para desabrochar normalmente, os amores conjugados de um pai e de uma mãe. Mais, e isto é uma verdade hoje bem resgatada pelos psicólogos: o filho tem necessidade não somente da ativa afeição de seu pai e de sua mãe, mas também, e talvez mais ainda, do amor de seu pai e de sua mãe, um pelo outro”. A parte final do livro é dedicada a uma reflexão que Padre Caffarel faz sobre “o casamento cristão à luz do casamento de José e Maria”. Sua reflexão parte da constatação que, conforme os Evangelhos, Cristo veio renovar todas as coisas. E pergunta: o casamento dos batizados escaparia dessa renovação? Sua resposta: “Depois de Cristo, o casamento se tornou uma realidade radicalmente nova, um dos sacramentos da nova Aliança”. Mas o padre faz também uma nova constatação. Em sua carta aos Efésios (5, 21-33), São Paulo propõe: “Maridos, amai vossas esposas como Cristo amou a Igreja”. E Caffarel comenta: “É a união de Cristo e da Igreja que a união do homem e da mulher deve imitar, reproduzir. ” E constata que “durante vinte séculos, para fazer o povo fiel compreender as grandezas do casamento cristão, CM 501

padres da Igreja e teólogos não cessaram de meditar e comentar essa grande página aos Efésios”. Mas “é preciso reconhecer que a profundeza dessa doutrina a torna pouco acessível a muitos casais cristãos”. Provavelmente à maioria, acrescentaríamos nós. Estariam, então, as riquezas do casamento cristão reservadas a uma elite intelectual? “Nada de menos conforme ao espírito daquele que exclamou um dia: Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos”, pondera Caffarel. E acrescenta que, com um coração simples, podemos entrever, no casal José e Maria, as riquezas que poderiam ser as de um casal cristão. Nas páginas subsequentes, o padre mostra de que forma essas riquezas podem ser vividas no mundo de hoje. Nas próximas edições da Carta Mensal, tentaremos transmitir aos que nos leem mais essa descoberta do Servo de Deus Henri Caffarel. Hélène e Peter Eq.05A - Eq. N. S. da Santa Cruz São Paulo-SP Monique e Gérard Eq.01A - Eq. N. S. do Sim São Paulo-SP M. Regina e Carlos Eduardo Eq.01A - Eq. N. S. do Rosário Piracicaba-SP Cidinha e Igar Eq.01B - Eq. N. S. Aparecida Jundiai-SP 37


testemunho PODEMOS SER SANTOS? “A única intenção verdadeira, a que corresponde à finalidade das Equipes, é a vontade de melhor conhecer Deus, melhor amá-lo e melhor servi-lo. Entra-se nas Equipes para Deus, fica-se nelas por Deus.” (Pe. Henri Caffarel) Deus criou o homem na santidade e para a semelhança, mas quando por um ato de desobediência o pecado entrou no mundo, nós a perdemos. Porém, no coração misericordioso de Deus, começou a ser traçado o plano da salvação para a Humanidade, que foi realizado de uma forma plena e definitiva com a vida, morte e ressurreição de Jesus, pois como Ele mesmo disse: “Eu não vim para condenar o mundo, mas para salvá-lo.” (Jo 3-17). De fato, durante sua vida pública, Jesus incansavelmente percorreu cidades e vilas, anunciando com sabedoria e autoridade a Boa Nova da salvação. Com palavras e obras exortava à prática da fé, da esperança e da caridade, fundamentos indispensáveis para nossa salvação. Ter fé é acreditar que em Jesus e por Jesus alcançaremos a salvação. Ter esperança é nos colocarmos inteiramente nas mãos de Deus, para que aja em nós segundo a sua vontade. Ter ou praticar a caridade é ir ao encontro do irmão necessitado, carente, abandonado, vendo nele a figura de Jesus que nos deixou seu exemplo e legado. Sua palavra semeada no cora38

ção do homem produz frutos de santidade. Pela esperança do seu amor pelos homens incendeia o coração da humanidade através da força e ação do divino Espírito Santo, como aconteceu em Pentecostes. Podemos ainda, amados casais equipistas, acrescentar para alcançar a santidade conjugal alguns pontos que o nosso querido fundador, Pe. Henri Caffarel, por inspiração do Espírito e pelo seu amor ardente pela salvação das famílias, nos indicou: os PCE. Vejamos: Pela Escuta da Palavra alimentamos nossa alma e nos tornamos mais íntimos de Jesus e podemos sentir o que a Palavra nos diz. Pela Meditação silenciosa podemos escutar o que a Palavra diz para ser colocada em prática na nossa vida, e assim, poderemos por gestos, palavras e ações dar uma resposta a Deus. Pela Oração Conjugal nos colocamos em sintonia com Deus, louvando e agradecendo as graças que diariamente recebemos de suas mãos amorosas. Pelo Dever de Sentar-se, quando feito sob o olhar de Deus, o casal se abre um ao outro, apreCM 501


sentando suas virtudes e defeitos, suas aspirações e conquistas, e assim, com o coração ardendo de amor procuram imitar as virtudes e sanar os defeitos, e de mãos dadas possam com alegria rumo à santidade conjugal.

Que a bênção de Deus permaneça em cada casal equipista e sua família, e a graça de Deus esteja em cada coração. Therezinha e Joaquim Eq.02 - Eq. N. S. da Glória Rio de Janeiro-RJ

A IMPORTÂNCIA DAS ENS NA MINHA VIDA Me chamo Rosane e meu marido Valdir. Participamos das ENS há aproximadamente cinco anos, e em fevereiro fizemos bodas de prata. Hoje venho aqui contar um pouco da nossa vida. O pior dia de nossas vidas foi 14 de outubro de 2013, quando tragicamente em um acidente perdemos nossa filha Jéssica, com 21 anos de idade. Temos mais dois filhos: a Bruna com 14 anos e o Gustavo com 5 anos. A minha vida desde este dia não tem sido fácil, já enfrentei vários problemas de saúde, porém precisei ser forte para criar meus outros dois filhos e ser apoio para meu esposo. Nossa filha Jéssica nunca nos deu trabalho, e nós começamos a participar das ENS a pedido dela que sempre nos dizia que precisávamos participar de algum Movimento da Igreja. Hoje tenho certeza de que se não fossem as ENS e meu querido marido, eu não teria ido mais à Igreja, pois a CM 501

minha fé ficou muito abalada. Não foram poucas as vezes que questionei Deus. A vontade de abandonar tudo, a equipe, era muito grande, porém nunca deixamos de ir às missas e participar de tudo o que o Movimento nos oferecia. Esse ano fomos eleitos CRE e aí tivemos que continuar a caminhada. Após dois anos e meio da nossa perda, participamos de um Retiro das ENS, que começou com a Santa Missa, e nela o testemunho de um casal equipista. A mulher contou que sete anos atrás a filha, na época um bebê, estava com um grave problema do coração, entre a vida e a morte, e ela por várias vezes entregou a vida de sua filha a Deus, para que Ele fizesse o que fosse melhor para ela. Eu escutando aquele relato fiquei me questionando por que não conseguia fazer o mesmo, pois eu, que já tinha perdido a minha filha, não conseguia 39


aceitar a sua partida. Foi então que depois da comunhão eu me ajoelhei, e chorando comecei a falar com Deus e entreguei a minha filha à Ele, para que ela descansasse em paz. Parece que depois daquele momento eu consegui me liber tar. A amarg u r a e t r i steza que tinha dentro de mim estavam começando a me deixar, fui para casa com vontade de abraçar minha filha de 14 anos que reclamava de falta de abraços e beijos, já que desde a nossa perda nós nos afastamos muito, cada uma sofria sozinha. No outro dia pela manhã o retiro continuava, e eu fui com meu marido, na intenção de mais tarde me ausentar um pouco, pois tinha que abrir minha loja na parte da manhã. Mas estando lá não consegui sair. Em um determinado momento que tínhamos que fazer uma Regra de Vida, e como desde que minha filha se foi nunca mais conseguimos fazer a Oração Conjugal, nem Oração Familiar, senti que poderíamos retomar estes dois PCEs. Chegando em casa me senti uma pessoa melhor e naquela mesma noite fizemos as Orações. No domingo o retiro acabou, mas eu estava ainda inquieta, sabia que precisava fazer algo diferente no relacionamento com minha filha Bruna. Tinha vontade de 40

agradecê-la por ter cuidado do irmão nesse final de semana, mas as palavras não saíam. Na segunda-feira pela manhã, cheguei no trabalho e imprimi um papel de carta muito lindo cheio de flores e ali comecei a escrever uma carta para ela, onde falei do orgulho que ficamos por ter cuidado do irmão, pedi desculpar por não abraçá-la e beijá-la tanto como deveria, falei o quanto a amava e pedi para me ajudar a ser diferente. Comprei uma rosa e deixei junto com a carta em cima da cama dela. Daquele dia em diante estamos mais próximas e mais amigas. Sempre fui muito agradecida a Deus pelo marido maravilhoso que tenho, pois em momentos de tribulações se conhece a fundo a pessoa que temos ao nosso lado. Agradeço a Deus pelos casais da minha Equipe Nossa Senhora do Rosário que nunca desistiram de nós, pelas orações, pelo amor e carinho que sempre tiveram conosco. Agradeço aos conselheiros espirituais, às irmãs, ao Setor Maracaju, a todos que não mediram esforços para nos confortar e nos dar o suporte necessário, e principalmente ao meu anjo que está no céu intercedendo por nossa família junto a Deus. Rosane F. Kunrath (do Valdir) Eq. N. S. do Rosário Maracaju-MS CM 501


Conhecendo o Movimento das ENS E A VIVÊNCIA DO CASAL EM CRISTO

Em 2012, mudamos para a cidade de Boa Vista em Roraima, em busca de começar uma nova experiência profissional. Como de costume, participávamos das missas aos domingos na comunidade Nossa Senhora da Consolata, onde tivemos a oportunidade de conhecer o sacerdote Pe. Mário, e o mesmo nos convidou para o Movimento das Equipes de Nossa Senhora. A proposta do Movimento de conhecer a Cristo e crescer como casal despertou em nós a vontade de sermos melhores um com o outro, como pessoa, família e comunidade. Após a experiência comunitária e a Pilotagem, passamos a fazer parte da Equipe IV, denominada Nossa Senhora Aparecida, juntamente com mais seis casais e o conselheiro Pe. Mário. Nosso círculo de amizades cresceu, e aos poucos temos descoberto que cada reunião mensal é um verdadeiro encontro com Cristo, podendo passar experiências e adquirir novos conhecimentos com a vivência de cada casal. Através dos PCE, e com o compromisso de alcançar a espiritualidade conjugal, o relacionamento entre casal, filho e na comunidade, tem se tornado cada vez melhor. Conforme os dias passam, a experiência adquirida com o conhecimento da Palavra de Deus nos faz ser mais pacientes e seguros nas diversas decisões do dia a dia. Em abril/2016, participamos do Encontro de Equipes Novas, conhecemos casais de outros setores e os formadores que há muitos anos fazem parte do Movimento, o que nos fortaleceu e nos motivou a continuar na caminhada, renovando o sim entre o casal, para o Movimento e principalmente para Cristo. Roberta e Geison Eq.04 - N. S. Aparecida Boa Vista-RR CM 501

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partilha e PCE A ESSÊNCIA do Auxílio Mútuo nas ENS O objetivo das Equipes de Nossa Senhora é a santificação do casal. A grande contribuição do Movimento para a Igreja Católica é mostrar que a santificação é possível também fora do sacerdócio. O Movimento propõe aos casais assumirem esta meta ao ingressarem nas equipes e dá ferramentas para isso. Segundo Pe. Caffarel, a santificação do casal vem pela busca constante por Jesus. Para Ele, os casais do Movimento devem ser eternos buscadores de Cristo. No Movimento, esta busca acontece pela mudança de atitudes de vida, que é conhecer a vontade de Deus, conhecer a própria verdade e viver em comunidade. Os Pontos Concretos de Esforço nos ajudam a alcançar esta mudança de atitude. Ao experimentá-los, estamos experimentando e buscando conhecer nossa verdade e conhecer a vontade de Deus expressada em seu filho Jesus Cristo. Quando vamos à Reunião de Equipe, vamos ao encontro de Jesus, reunimo-nos em Seu nome e partilhamos nossas ações e dificuldades encontradas na busca pela santificação. Lembrando que esta santificação é um caminhar na direção de Jesus, e que estamos por opção própria perfazendo este caminho, Pe. Caffarel, incentivado pelos 4 casais que fundaram com ele o Mo42

vimento, considerou que seria melhor fazê-lo em comunidade, onde todos os membros pudessem se auxiliar durante a caminhada. Quando partilhamos nossos PCE é como se durante a caminhada relatássemos nossas conquistas e dificuldades e oferecêssemos ou pedíssemos ajuda aos nossos irmãos equipistas. É durante a partilha que realizamos o auxílio mútuo proposto pelo Movimento. Este auxílio ocorrerá de outras formas, na própria reunião durante a Coparticipação, onde pomos em comum outras questões do dia a dia, mas estas serão extensão da partilha e ao mesmo tempo a fortalecerá. Se um dia nos propusermos a uma caminhada, veremos que alguns irão à frente por um tempo e depois trocarão de posição, sentirão calor, dor, sede, vamos rir com as brincadeiras, sorrir com as palavras de animação de algum membro, mas essencialmente veremos que cada um terá o seu ritmo, e alcançará sua santificação no seu tempo, mas é dever cristão de todos, até dos que seguem mais devagar, auxiliar os outros membros na caminhada. Que tal se hoje reassumíssemos esta missão, conosco e com a equipe, de buscarmos juntos a santificação pelo caminho proposto pelo Movimento? Érica e Marco Antonio Eq. N. S. Desatadora dos Nós Piracicaba-SP CM 501


formação ENCONTRO DE EQUIPES EM CAMINHO

Formação permanente Como uma das orientações para 2016, estão sendo realizados na Super Região Brasil os encontros de Formação Permanente. Esses encontros se dão em 3 etapas, e uma delas é o EEC– Encontro de Equipes em Caminho. Esse encontro acontece de 3 a 4 anos após a realização do EEN, que é o término da Pilotagem. As equipes nesse período começam sua caminhada com um percurso caracterizado pela consolidação e aprimoramento da pedagogia das ENS. O Encontro de Equipes em Caminho é o momento em que as equipes, que estão iniciando sua caminhada no movimento, são convidadas a traçar seu percurso junto com “JESUS QUE ANDA CONOSCO PELOS CAMINHOS DO MUNDO“. A formação faz-se num caminho que une “FÉ E VIDA”, cuja finalidade é tomar consciência do caminho percorrido, trocar experiências com outras equipes, e, sobretudo, dar indicações úteis para abordar a nova fase da vida da equipe. Com o Encontro de Equipes em Caminho pretende-se oferecer a todos os casais da equipe a possibilidade de fazer uma revisão da vida da equipe, e de aprofundar alguns pontos concretos de esforço com o fim de aperfeiçoar a maneira de pô-los em prática. O Encontro de Equipes em Caminho – EEC é composto de 4 módulos: Módulo 1 - Cristo Peregrino e compaCM 501

nheiro de caminho – (a Escuta da Palavra de Deus e a Oração). Módulo 2 - Caminhar em casal- ultrapassar os obstáculos para crescer (Dever de Sentar-se e a Regra de Vida). Módulo 3 - Caminhar em equipe com alguém a nosso lado – (a Reunião de Equipe e a Ligação do Movimento). Módulo 4 - O Matrimônio, um sacramento para o caminho – (a Espiritualidade Conjugal). No decurso desse encontro, estão previstos igualmente momentos de escuta, de oração, de celebração, de reunião da equipe de base, troca de ideias e experiências em equipes mistas, debates em assembleia. O Encontro de Equipes em Caminho permite dar respostas às dificuldades encontradas pela equipe no aprofundamento da espiritualidade conjugal. Essas respostas apoiam-se na pedagogia do Movimento e na inspiração do Padre Caffarel. O fio condutor do percurso de formação é a descoberta e a valorização dos dons que Deus confiou a cada casal. Pois é isso que transforma os homens e mulheres em filhos de Deus, plenos de alegria e gratidão. Que possamos valorizar e aproveitar esses momentos de formação e com isso reforçar nossa decisão de caminhar em equipe. Marilena e Jesus CR Província Norte 43


notícias BODAS DE OURO DE EQUIPE

50 anos Eq. N. S. das Graças

da Região RIO I 04/06/2016

BODAS DE PRATA DE EQUIPE

25 anos Em 24/04/2015 Eq. N. S. de Nazaré Recife-PE

BODAS DE OURO

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Rosimar e Gerardo

Orlany e Paulo

12/07/2016 Eq. N. S. do Rosário Groaíras-CE

30/04/2016 Eq. N. S. de Nazaré Recife-PE CM 501


Natalina e André

Ignez e Kanashiro

21/05/2016 Eq. N. S. de Fátima Rio de Janeiro-RJ

21/05/2016 Eq. N. S. das Vitórias Brasília-DF

Cida e Dedé

02/07/2016 Eq.36 - Setor D São José do Rio Preto-SP

BODAS DE PRATA

Deuselena e Alvacir

Dalva e Sérgio

26/07/2016 Eq. N. S. Auxiliadora Edeia-GO

09/08/2016 Eq. N. S. da Esperança Divinópolis-MG

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Márcia e Edson Kruger

Dulce e Adauto

01/02/2016 Eq. N. S. Aparecida Mafra-SC

08/06/2016 Eq. N. S. Rainha da Paz Araçatuba-SP

ORDENAÇÃO DIACONAL

Diácono Jean Esteferson

14/05/2016 SCE Experiência Comunitária Três Corações-MG

JUBILEU DE PRATA SACERDOTAL

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Pe. Vanildo Padoim

Pe. Carlos Henrique Bottura

24/04/2016 SCE Eq. N. S. de Guadalupe Belém-PA

29/06/2016 SCE Eq. N. S. do Rosário Campo Grande-MS

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Pe. Koodathinal Joseph Thomas

SCE Eq. N. S. do Desterro e Eq. N. S. Aparecida Rio de Janeiro-RJ

Frei Gilson Baldez

05/01/2016 SCE Eq. N. S. do Perpétuo Socorro e Eq. N. S. Aparecida São Luís-MA T

VOLTA AO PAI Jorge Avellar (da Mariinha) 18/07/2016 Eq. N. S. do Perpétuo Socorro São José dos Campos-SP

José Luiz (da Vânia) 11/06/2016 Eq. N. S. do Carmo Rio de Janeiro-RJ

José Reis de Paula (viúvo da Alaíde) 27/05/2016 Eq.N. S. das Graças Assis-SP

Ouvindo a CARTA MENSAL: mais um recurso disponível para o equipista

A partir da edição nº 500 da Carta Mensal já é possível ouvir na íntegra todas as matérias publicadas em nossa revista. Um recurso muito útil, principalmente em função da vida corrida que atualmente temos, onde dedicar um tempo para a leitura é cada vez mais difícil. O áudio gravado de cada matéria da revista é produzido através de voz digital e não gravação humana real, fato este que pode conter algumas pequenas distorções na sua estrutura auditiva, não comprometendo porém o seu entendimento. É a Equipe da Carta Mensal escutando as necessidades dos equipistas e agregando mais recursos no dia a dia da Carta Mensal.

Queremos ouvi-lo, partilhem conosco suas críticas e sugestões sobre esta nova modalidade de comunicação.


dicas de leitura LANÇAMENTO SETEMBRO 2016

O AMOR E A GRAÇA Pe. Henri Caffarel

O Amor e a Graça, tratado teológico profundo e prático de uma espiritualidade autenticamente conjugal, vem prestar um inestimável serviço à legião de casais “sequiosos de Deus”, que muitas vezes, na complexidade e exigências da vida moderna, não sabem equilibrar a prática de uma sólida piedade com os deveres de seu estado. Sempre desejosos de viver em plenitude o seu cristianismo, sentem agudamente o peso de sua responsabilidade em face do próprio lar e da sociedade, mas não atinam com um molde de espiritualidade que lhes convenha e que lhes norteie as atividades. É principalmente a esses que se dirige Henri Caffarel, oferecendo-lhes frutos de longa experiência. É o que o Padre Henri Caffarel expõe nesta obra carregada de uma infinita conjugalidade e criteriosa reflexão cristã. (Este livro pode ser adquirido no Secretariado Nacional - www.ens.org.br)

5 ENCONTROS SOBRE A ORAÇÃO INTERIOR Pe. Henri Caffarel

LANÇAMENTO SETEMBRO 2016

Na grande sala parisiense da Mutualité, a fim de atender os apelos dos jovens aflitos em aprender a rezar, de casais e tantos outros que o cercavam, Pe. Caffarel deu forma e redação definitivas às palavras (três por encontro) por ele proferidas sobre a “Oração Interior”, tratando-as não somente pelos fundamentos doutrinais da oração interior, mas também por seus aspectos psicológicos, fisiológicos e pela intensa ligação entre corpo e oração. 5 Encontros sobre a Oração Interior é uma obra de grande utilidade aos que desejam aprender a orar cada vez melhor. Catequistas, pais, formadores de seminaristas ou de noviços, encontrarão aí a substância dos ensinamentos dos grandes mestres cristãos da oração, além de pesquisas contemporâneas sobre técnicas da interioridade. (Este livro pode ser adquirido no Secretariado Nacional - www.ens.org.br)

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CM 501


MEDITANDO EM EQUIPE

Esperança e missão

Porque nos conhecemos bem, é bom saber que Deus nos procura apesar de pecadores. Isso, porém, nos faz ver que não podemos deixar de procurar os que ainda não encontraram a felicidade que já vivemos.

Escutando a Palavra: “Os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar. Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus. – Esse homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles. Então Jesus contou-lhes esta parábola: Se um de vós tem cem ovelhas e perde uma, não deixa as noventa e nove no deserto, e vai atrás daquela que se perdeu, até encontrá-la? Quando a encontra, coloca-a nos ombros com alegria, e, chegando a casa, reúne os amigos e vizinhos, e diz: ‘Alegrai-vos comigo! Encontrei a minha ovelha que estava perdida!’ (Lc 15,1-6)

Refletindo – Deus foi e continua sendo misericordioso comigo. Essa certeza é marcante e minha vida? – Como olho para os que, a meu ver, ainda não encontraram o caminho do Evangelho? – Que ando fazendo para os ajudar a se encontrar com Cristo? – Alegro-me quando vejo alguém encontrá-lo? – Até onde vai minha misericórdia em minha vida de casal?

Oração espontânea – Agradeça tanta misericórdia de Deus com você. – Peça que lhe dê um coração misericordioso, e lhe perdoe suas faltas de misericórdia. – Peça por todos que ainda não encontraram o caminho da felicidade, e que ajude você a leva-los a Jesus.

Oração Litúrgica – Senhor, ouvi minha oração,

ouvi minha súplica, vós que sois fiel, e respondei-me segundo vossa justiça.

Não chameis a juízo vosso servo, pois diante de vós nenhum ser vivo é inocente. Para vós estendo minhas mãos, como a terra seca anseio por vós.

Respondei-me sem demora, Senhor, pois desfalece meu espírito. Não me escondais vosso rosto, para eu não ser como quem desce ao sepulcro.

– Pela manhã fazei-me sentir vossa misericórdia, pois em vós confio. Indicai-me a estrada que devo seguir, porque a vós elevo minha alma. – Ensinai-me a cumprir vossa vontade, porque sois meu Deus. Vosso espírito bom me guie por uma terra plana. – Por amor de vosso nome, ó Javé, fazei-me viver, por vossa justiça, tirai-me da angústia. (Do Salmo 143)

Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr SCE Carta Mensal


JUBILEU DA MISERICÓRDIA Entenda o logo

O LOGOTIPO e o LEMA colocados juntos oferecem uma feliz síntese do Ano jubilar. O Lema “Misericordiosos como o Pai” (Lucas 6, 36) propõe viver a misericórdia no exemplo do Pai que pede para não julgar e não condenar, mas perdoar e dar amor e perdão sem medida (cfr. Lucas 6, 37-38). O logotipo, obra do Padre jesuíta Marko I. Rupnik apresenta-se como uma pequena suma teológica do tema da Misericórdia. Mostra o Filho que carrega em seus ombros o homem perdido, recuperando uma imagem muito querida da Igreja primitiva, porque indica o amor de Cristo que realiza o mistério da sua encarnação com a redenção.

O desenho é feito de tal forma que realça o Bom Pastor que toca profundamente a carne do homem e o faz com especial amor capaz de lhe mudar a vida. Além disso, um detalhe não é esquecido: o Bom Pastor com extrema misericórdia carrega sobre si a humanidade, mas os seus olhos confundem-se com os do homem. Cristo vê com os olhos de Adão e este com os olhos de Cristo. Cada homem descobre assim em Cristo, novo Adão, a própria humanidade e o futuro que o espera, contemplando no Seu olhar o amor do Pai. A cena é colocada dentro da amêndoa, esta também uma figura cara da iconografia antiga e medieval que recorda a presença das duas naturezas, divina e humana, em Cristo. Os três ovais concêntricos, de cor progressivamente mais clara para o exterior, sugerem o movimento de Cristo que conduz o homem para fora da noite do pecado e da morte. Por outro lado, a profundidade da cor mais escura também sugere o mistério do amor do Pai que tudo perdoa.

Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização

Equipes de Nossa Senhora Av. Paulista, 352 • 3o andar, cj. 36 • 01310-905 • São Paulo-SP Fone: (11) 3256.1212 • Fax: (011) 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br


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