ENS - Carta Mensal 503 - Novembro 2016

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Ano LVI • novembro • 2016 • nº 503

Reunião de Balanço:

o equilíbrio dos diferentes pesos

Colegiado Nacional, uma nova Província

Formação Permanente: novo fôlego, novo impulso


Í

N

D

I

super-região 03 04 06

E

raízes do movimento

01 editorial 02

C

Encontro de Conselheiros: Sacerdotes e Acompanhantes Estamos sem “sinal”? Realizar a Missão com Alegria Leigos e leigas, apóstolos do cotidiano

correio da ERI 07 A caminho de Fátima 08 Um coração disponível

São vocês “crentes”?

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A pedagogia de Deus

31 32 33

O Dever de Sentar-se O que sustenta um matrimônio? Uma tarde no céu

34 35

Viver os PCE com alegria Retiro Espiritual 2016

36 38

Reunião de Balanço Por que precisamos das ENS para a nossa Santidade Conjugal?

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O casamento é como uma balança

40 41

Não nos desviemos.... Formação Permanente

acervo literário do Padre Caffarel

aberto para acolher

igreja católica 10 11

A ação transformadora na Igreja e no mundo Amoris Laetitia Capítulo I

13 19 20 21 22 23 25 26

Colegiado Nacional 2016 Itaici-SP Província Norte Província Nordeste Província Centro-Oeste Província Leste Província Sul I Província Sul II Província Sul III

vida no movimento

27

testemunho

partilha e PCE

reflexão

formação

43 notícias 48 dicas de leitura

Carta Mensal Equipes de Nossa Senhora

no 503 • novembro • 2016

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Hermelinda e Arturo Equipe Editorial: Responsáveis: Fernanda e Martini - Cons. Espiritual: Padre Flávio Cavalca - Membros: Regina e Sérgio - Salma e Paulo - Patrícia e Célio - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (Mtb. 17622). Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiassu, 390, Cj. 115, Perdizes 05005-000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1284 - email: novabandeira@novabandeira.com - Responsável: Ivahy Barcellos - Ilustração de capa: Cans Stock Photo - Diagramação, preparação e tratamento de imagem: Samuel Lincon Silvério - Tiragem desta edição: 26.500 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/imagens devem ser enviados para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352, 3o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo - SP, ou através de email: cartamensal@ens.org.br A/C de Fernanda e Martini. Importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.


editorial Queridos irmãos, Esta edição da Carta está repleta de boas notícias. Para começar, a ERI nos convida para o Encontro Internacional, que ocorrerá de 16 a 21 de julho de 2018 em Fátima, Portugal. Será um momento de graça para equipistas de diferentes continentes que se encontrarão para rezar, partilhar e dar ainda mais ânimo ao Movimento. Partamos! Também nesta edição uma síntese do Colegiado Nacional. Ocasião em que são apresentadas as orientações para o ano vindouro e a posse dos novos casais e sacerdotes conselheiros espirituais responsáveis pelas regiões e províncias. Temos novidade para a Província Nordeste. Não deixem de ler. Com quase 25.000 casais, a vida do Movimento continua cheia de novidades: Retiros, Encontro de Equipes Novas, Encontro Novo Fôlego, Formação Permanente e Sessão de Formação Nível I. Com mais um ano se encaminhando para o fim é uma boa hora para refletirmos sobre como foi esta etapa e o que pretendemos fazer em seguida. Estamos revendo as oportunidades de crescimento que Deus nos concedeu. Ademais, vamos renovar nossas esperanças e estabelecer novas metas para o ano que vem, especialmente no plano espiritual e na nossa caminhada de santificação. Desejamos uma ótima Reunião de Balanço sempre na busca da vontade de Deus. Por fim, gostaríamos de parabenizar todos os novos Casais Responsáveis de Equipe eleitos para a missão 2017. Permaneçam na paz de Cristo sob a intercessão de Nossa Senhora. Com carinho. Fernanda e Martini CR Carta Mensal Tema: “Ousar o Evangelho – VIVER A MISSÃO COM ALEGRIA” CM 503

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super-região

Encontro de Conselheiros: Sacerdotes e Acompanhantes

O documento das Equipes de Nossa Senhora intitulado “O Sacerdote Conselheiro Espiritual” traz algumas afirmações muito interessantes: “O que se espera do Sacerdote Conselheiro Espiritual, em primeiro lugar, é que ele seja sacerdote [...] O problema angustiante da falta de padres não deve impedir nem a formação de novas equipes, nem a caminhada equilibrada daquelas já existentes [...] O Acompanhante Espiritual Temporário é chamado pelo Movimento em função das suas capacidades e da sua adequação às necessidades concretas de uma equipe.” Abordo este tema na Carta Mensal de novembro motivado pela maravilhosa experiência que estamos vivenciando nas ENS no Brasil. São os Encontros de SCE e AET por Províncias. Já aconteceram dois de um total de oito que deverão ocorrer nas diversas províncias de nosso Brasil. Quero dedicar esse espaço da Carta Mensal para agradecer e incentivar. Primeiro agradecer. Não tenho dúvida de que a maior riqueza dos encontros é poder perceber, nos diversos locais de nosso país, o amor que nossos conselheiros, homens e mulheres, dedicam ao Movimento das ENS. Os relatos, as partilhas, as sadias discordâncias... tudo o que 2

estamos podendo vivenciar mostra esse amor ao Evangelho visibilizado no serviço aos casais do Movimento. Muito obrigado! Depois quero incentivar. Incentivar porque não tenho dúvida nenhuma de que toda a crise, seja ela social, política, econômica... só acontece porque em algum momento os sólidos valores éticos e morais, que encontram plenitude no Evangelho, não foram transmitidos e assimilados como deveriam. A família é a base dessa transmissão e destaque fundamental nesse núcleo familiar ocupa o casal. Todo o tempo dedicado a eles é um tempo dedicado ao futuro de nossa humanidade. Continuemos firmes na missão! Concluo dizendo que entendo que estamos aprendendo muito. Todos nós: Super-Região, sacerdotes, acompanhantes... uns entendendo melhor sua missão, outros compreendendo o inestimável valor que possuem para o Movimento e outros ainda discernindo o que fazer para que cada um seja valorizado naquilo que lhe é específico e rico ao Movimento. Quanto desafio e quanta riqueza, na verdade quanto amor dedicado às ENS. Obrigado, Senhor, por estar fazendo parte da construção dessa história. Rezem pelos nossos conselheiros e pelo êxito e frutos de nossos encontros! Pe. Paulo Renato F. G. Campos SCE Super-Região CM 503


ESTAMOS SEM “SINAL”? Neste mês encerra-se o Ano Santo da Misericórdia, motivado pelo Papa Francisco. E a misericórdia então acaba? Não mesmo. O que aprendemos? As obras de misericórdia são gestos simples que pertencem ao nosso dia a dia e permitem que reconheçamos a face de Cristo no rosto de tantas pessoas. Como reconhecê-Lo? Muitas vezes estamos “sem sinal” ou “fora de área”; então precisamos nos pôr sempre onde há sinal! Onde há Jesus! Porque seu “sinal” é forte, está em todo lugar; nós é que muitas vezes saímos da “área de cobertura”. Jesus está no perdão e isto não é fácil! Porque por vezes, na família, no trabalho, na escola, na paróquia, na equipe, etc. alguém se comporta mal conosco e sentimo-nos ofendidos, ou outras vezes somos nós a ofender. Não permaneçamos com rancor, mágoa ou desejo de vingança, pois é um caruncho que nos come a alma e nos deixa infelizes. Vamos perdoar e nos “conectar” novamente. Jesus está no amor, não é uma poesia suave que se aprende de cor, mas é uma opção de vida a pôr em prática! É exigente, e requer esforço. Amar quer dizer dar... e não só coisas materiais, mas algo de nós mesmos: o próprio tempo, a própria amizade, as próprias capacidades. Olhemos para Deus, que é imbatível em generosidade. D’Ele recebemos tantos dons. Um dom CM 503

do qual nunca nos privará é de sua amizade fiel. Mesmo se O decepcionamos e nos afastamos, Ele nunca deixa de nos amar e acreditar em nós, mais do que nós mesmos. Ele espera pacientemente, aguarda uma resposta, o nosso “sim” para nos “reconectar”. Jesus está na ternura, quando ensina a querer bem sem se apoderar, amar as pessoas sem querer possuí-las, deixando-as livres. Porque temos a tentação de agarrar, possuir, e isto é egoísmo. A própria cultura consumista agrava esta tendência. Mas se ouvimos a voz do Senhor, ele nos revela o segredo da ternura: cuidar da outra pessoa, respeitá-la, protegê-la e esperar por ela. Jesus está na liberdade, que é o dom de escolher o bem, o que agrada a Deus, ainda que custe, porque muitas vezes é difícil dizer não àquilo que é errado; precisamos ser corajosos, e escapar da medíocridade e da comodidade. Na vida sempre se cai, porque somos fracos e pecadores, mas temos a mão de Jesus que nos levanta, pois Ele nos quer de pé! O 3


importante não é o não cair, mas o não permanecer caído. Muitas vezes esta sua mão chega até nós pela mão de um amigo, pela mão dos pais, ou daqueles que nos acompanham na vida. Sejamos então como os atletas que alcançam suas “metas” através de treino diário, duro e humilde. Que o nosso programa diário

sejam as obras de misericórdia: vamos treinar com entusiasmo, alcançar nossas “metas” e nos tornar campeões de vida e amor! E então seremos reconhecidos porque nosso “sinal” estará sempre forte, conectado à Jesus. Hermelinda e Arturo CR Super-Região

Realizar a Missão com Alegria

“Há cristãos que parecem ter escolhido viver uma Quaresma sem Páscoa. Reconheço, porém, que a alegria não se vive da mesma maneira em todas as etapas e circunstâncias da vida, por vezes muito duras. Adapta-se e transforma-se, mas sempre permanece pelo menos como um feixe de luz que nasce da certeza pessoal de, não obstante o contrário, sermos infinitamente amados” (Lm 3, 17.21-23.26). A alegria é um dos sinais do Reino! Ao longo de nossa vida é importante nos lembrarmos das experiências de alegria que vivenciamos, assim como diz o salmo (28:7) “Meu coração exulta 4

de alegria, e com o meu cântico lhe darei graças!” A alegria é uma das qualidades fecundas da pessoa humana, a qual não conseguimos definir, mas podemos dizer que não é uma simples conquista de coisas onde condicionamos a nossa felicidade ao ter… É uma dádiva, uma conquista de quem encontra o verdadeiro sentido da vida, e se sente realizado, apesar das durezas do dia a dia. Ao longo de nossa caminhada conjugal de 26 anos de casados, percebemos que através do serviço, seja ele prestado à Igreja, ao Movimento ou o tempo que dedicamos a ouvir e ajudar alguém, nos sentimos mais felizes e realizados. Assim como disse o Frei Avelino em sua homilia no II Encontro Nacional: “O matrimônio é fonte de graça, de vida e de amor, o sacramento do matrimônio é uma fonte pura porque nasce do mesmo Deus. ‘Deus é amor’. O amor do casal contamina-se quando se afasta da nascente. Portanto, é missão do casal cristão curar o matrimônio que se afastou da fonte do amor”. CM 503


Perceber que o casamento é um eterno servir, servir ao cônjuge, servir aos filhos... Hoje observamos que as pessoas não querem sair de sua zona de conforto e muitas vezes se escondem atrás de desculpas. E isso as impedem de experimentar a melhor sensação que poderiam ter: a alegria do servir. Uma grande oportunidade é aproveitar esse tempo de preparação para o Natal. Natal não pode ser visto e vivido a partir do consumismo, como tem sido feito nos últimos anos pela maioria. É preciso pensá-lo a partir de uma manjedoura humilde e pobre onde repousou uma criança que mudou a história da humanidade. É um tempo de rever a maneira pessoal e comunitária de cultivar a fé Naquele que veio entre nós e se fez ser humano em tudo, menos no pecado. Estamos num tempo de pensar melhor nossa conversão interior para nos livrar das opressões do orgulho e construir uma forma nova de servir. Não servir por obrigação, mas por decisão pessoal. Quem não vive para servir não serve para viver. Isso aprendemos desde pequenos. Foi ensinado por nossos pais, orientado por nossos mestres e testemunhado pelo próprio Salvador, Jesus Cristo. É ele quem nos diz: “O Filho do Homem não veio para ser servido. Ele veio para servir e dar a sua vida como resgate em favor de muitos” (Mt 20,28). Mostra claramente que o importante para seus seguidores é colocar-se a serviço. Servir CM 503

os mais pequeninos por serem os queridos de Deus. Servir os marginalizados por terem sido os primeiros a adorarem o recém-nascido. Servir a quem necessita de apoio e de esperança. Essa tarefa de servir está sob a responsabilidade de todos e de cada um. Exemplos existem e mostram com clareza o quanto é necessário e nobre servir. “O grave erro que cometemos muitas vezes é ver no chamado ao serviço uma ordem para executar tarefas, ainda que santas. Deus certamente quis e quer precisar da colaboração humana, da ação dos casais. Mas, mais do que a tua ação, Ele quer o teu coração. Eu sou o importante para Ele e não a minha ação, pois esta é dele, mais do que minha” (Homilia Frei Avelino, EN 2009). “Sem mim nada podeis fazer”. “Pela graça de Deus sou o que sou/.../Trabalhei mais do que todos eles; não eu, mas a graça de Deus que está comigo” (1 Cor 15, 10). Para concluir vamos recordar o que diz a carta de Brasília: “Casais das Equipes de Nossa Senhora, sejamos na Igreja e no mundo de hoje sinais de esperança e fermento de novas gerações que acreditam na Vida, dando testemunho de que o Sacramento do Matrimônio é caminho de Amor, Felicidade e Santidade. Confiemos em Maria, nossa Mãe, que nos guiará para irmos e fazermos o mesmo que ELE fez.” Lu e Nelson CRP Centro-Oeste 5


LEIGOS E LEIGAS,

Apóstolos do cotidiano

A partir da Ascensão de Jesus e da vinda do Espírito em Pentecostes, o Ressuscitado tornou-se presente no mundo de um jeito todo novo: Seu Corpo Místico, a Igreja! Os muitos membros desse Corpo continuam na história a obra salvadora do Filho de Deus para toda a humanidade. A despeito da importância dos graus da hierarquia – diaconado, presbiterado e episcopado, responsáveis imediatos pelo ensino, governo e santificação dos fiéis –, a maior parte do povo de Deus é composta pelo laicato que possui o encargo de viver o Evangelho em todos os aspectos corriqueiros da vida: “vi uma multidão imensa, que ninguém podia contar, gente de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro; vestiam túnicas brancas e traziam palmas na mão.”(cf. Ap 7,9). Os leigos e leigas são os grandes responsáveis pela transformação das realidades segundo o coração divino; sua vivência dos valores do Evangelho no campo do trabalho, da família, do lazer, da política, enfim do cotidiano, é mais que uma vocação, é um veículo do amor dinâmico de Deus: “Aos leigos compete, por vocação própria, buscar o Reino de Deus, ocupando-se das coisas temporais e ordenando-as segundo Deus. Vivem no mundo, isto é, no meio de todas e cada uma das atividades e profissões, e nas circunstâncias ordinárias da vida familiar e social (...). Aí os chama Deus a contribuírem, do interior, à maneira de fermento, para a santificação do mundo, através de sua própria função; e, guiados pelo espírito evangélico e desta forma, a manifestarem Cristo aos outros, principalmente com o testemunho da vida e o fulgor da sua fé, esperança e caridade” (cf. Lumen Gentium, no 31). Cristo não cessa de querer amar em ato a todos os que Ele encontra pelo caminho e não cessa de buscar aqueles que ainda não O conhecem ou que Dele se desviaram. Seus fiéis discípulos leigos e leigas, espalhados pelo mundo inteiro, são a garantia de que Sua missão vivificante continua. Padre Givanildo S. Inácio (“Pe. Gil”) SCE Província Centro-Oeste – Goiânia-GO 6

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correio da ERI

A CAMINHO DE FÁTIMA No Colégio 2016 em Swanwick, todas as SR e RR foram convidadas a participar do Encontro Internacional de Fátima 2018, começando ali, numa cerimônia muito comovente de envio, a nossa marcha conjunta para Fátima. Este será decerto o encontro da mudança e da transformação, não devendo ninguém recusar o convite que lhe foi feito. Poder participar é uma oportunidade que nos levará a amadurecer o sentido profundo da nossa peregrinação a dois. A nossa marcha até Fátima é apenas um símbolo da nossa caminhada na vida, que se renova continuamente, através da conversão. Em Fátima, ao encontrarmos outros casais, partilharemos a Fé e a Alegria de sermos recebidos em casa do Pai e da Mãe do Céu que nos esperam e nos veem chegar ao longe para nos abraçar com a ternura de pais, depois de conseguirmos ultrapassar os cansaços e desânimos, graças à vigilância e à ajuda do peregrino que caminha a nosso lado. Que ela não seja uma ação pontual, esquecendo que a verCM 503

dadeira vida se constrói na permanência do Caminho. Santo Agostinho dizia que o Amor suprime as dificuldades e que se elas surgirem deverão ser especialmente amadas. Entreguemo-nos com todo o empenho e alegria neste desafio, estando atentos aos sinais que se manifestam nos apelos do Senhor, com uma atitude de disponibilidade e de espírito de serviço, que nos levará a promover a unidade. Promover a unidade é zelar para que cada um se possa integrar, enriquecendo os outros e trazendo as suas diferenças com os dons que recebeu de Deus. O Encontro Internacional será decerto um momento de graça onde deveremos abrir o nosso coração, quer pessoalmente, quer em casal, quer em equipe, para nos renovar no espírito do Movimento, estando atentos aos apelos que nos chegarão através das orientações para os seis anos que se seguem. Até lá, apoiados nas exortações do Papa Francisco, quer no Evangelii Gaudium quer no Amoris Laetitia, preparemo-nos então para obter a abertura de 7


coração necessária para responder aos apelos que o Santo Padre nos lança. Aproveitemos para discernir este ano em casal e em equipe a riqueza da exortação apostólica pós-sinodal Amoris Laetitia. Jesus, que é o Caminho, a Verdade e a Vida, espera-nos de uma forma muito especial, que nos fará viver juntos em apenas cinco dias uma fraternidade alegre e misericordiosa, e por isso cada vez com uma Fé mais madura. Ao seguirmos Jesus, não nos sentiremos afastados uns dos outros, por termos culturas diferentes, com línguas difíceis de entender e até comportamentos contraditórios. Essa é a nossa riqueza, embora vindos de países diferentes, estaremos muito próximos, comungando a internacionalidade na

unidade. Encontrar-nos-emos então no sentido mais profundo para cumprirmos a mensagem que nos foi dada como herança pelos casais fundadores do Movimento e pelo Padre Henri Caffarel. Vamos, então, juntos, conhecer as nossas diversidades, fazendo nascer um amor maior que nos leve a praticar a misericórdia e uma solidariedade mais sólida na alegria da internacionalidade que viveremos. Entreguemo-nos com confiança no Senhor e partamos!

Tó e Zé Moura Soares ERI

UM CORAÇÃO DISPONÍVEL ABERTO PARA ACOLHER

Caríssimos casais, Neste Ano Santo da Misericórdia, somos convidados a celebrar a misericórdia como a expressão mais perfeita da “ternura de Deus”. Na sua etimologia, a misericórdia tem a ver com o “coração”, um coração disponível e aberto para acolher sobretudo aqueles que não se consideram dignos de ser amados. Dizer que Deus é misericordioso significa que o seu amor nos precede, que Ele não desiste de 8

nós, que nos ama como se nos fôssemos o seu “bem”, porque Ele nos ama por aquilo que nós somos e não por aquilo que Lhe podemos dar. E qual é o nosso valor? O nosso valor mede-se a partir da intensidade do amor de Deus por nós. O Papa Francisco convida-nos a irmos às periferias. No nosso Movimento, as nossas periferias são, para os casais, os cônjuges, os filhos, os familiares, a equipe; para os conselheiros espirituais, CM 503


os que lhes estão confiados na sua solicitude pastoral. Caríssimos casais, é importante que vivamos este tempo de graça e de misericórdia intensivamente, com verdadeira compaixão, sofrendo com quem sofre, alegrando-nos com quem se alegra, sendo felizes com a felicidade e a alegria dos outros. “Ao início do ser cristão”, escreve Bento XVI, “não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo” (Bento XVI, Deus caritas Est, no 1). Diz ainda Bento XVI “Não é a ciência que redime o homem. O homem é redimido pelo amor” (Spe Salvi, no 26). Queres saber o que é o amor que salva? Contempla a cruz de Jesus Cristo; olha para o seu lado aberto, do qual saiu sangue e água. E queres saber por que é que ele foi ferido? Para que pela ferida visível possas ver a ferida invisível do amor. O Padre Caffarel e os primeiros casais procuraram juntos encontrar um método, descobrir um caminho que os conduzisse a viver a santidade em casal. E a santidade passa pela nossa capacidade em reconhecer no outro um dom precioso de Deus, que é tão amado por Deus como cada um de nós. Os pontos concretos de esforço são instrumentos simples colocados à nossa disposição para seguirmos pelo CM 503

caminho que nos conduz à santidade. Estamos no ano centenário das aparições de Nossa Senhora em Fátima, nos meses de maio a outubro de 1917. O próximo encontro internacional será em Fátima, em Julho de 2018. Tudo isto é uma graça extraordinária. A mensagem de Fátima recorda-nos o que é mais importante para a nossa vida, aquilo que nos espera e que nós construímos em cada instante. Nossa Senhora pediu aos Pastorinhos muita oração e disponibilidade para “consolar” Deus, isto é, para O não deixarmos só, e Ele está só não apenas quando O esquecemos e não fazemos d’Ele o centro da nossa vida, mas também quando deixamos os nossos irmãos sós, quando não estamos atentos àqueles que nos estão próximos, que estão na nossa periferia. Fazei de tudo isto tema do vosso Dever de Sentar-se e também da vossa Oração Conjugal, os dois Pontos Concretos de Esforço que são a regra de ouro da espiritualidade conjugal. Que a bênção de Deus vos acompanhe sempre. Saúdovos cordialmente no Senhor.

Pe. José Jacinto Ferreira de Farias, scj Conselheiro Espiritual da ERI 9


igreja católica

A AÇÃO TRANSFORMADORA

NA IGREJA E NO MUNDO O Capítulo III do Doc 105: “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade” referese ao “AGIR”. Jesus enviou os discípulos: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura! ” (Mc 16, 15). “A Igreja é eminentemente missionária... a serviço do Reino, em diálogo com o mundo, inculturada na realidade histórica, inserida na sociedade, encarnada na vida do povo” (170). “No seguimento do Mestre, o Papa Francisco quer uma Igreja pobre, a serviço dos pobres, presente nas periferias geográficas e existenciais” (179), uma “Igreja do serviço, da escuta e do diálogo” (182). Nesta ação, precisa de uma “espiritualidade encarnada” que “caracteriza-se pelo seguimento de Jesus, pela vida no Espírito, pela comunhão fraterna e pela inserção no mundo” (184). Os cristãos leigos “alimentem sua espiritualidade na Palavra de Deus e na Eucaristia... (185)“. “A missão precisa do ‘pulmão da oração’, da mística, da espiritualidade, da vida interior. Todavia, alerta o Papa Francisco que ‘não servem as propostas místicas desprovidas de um vigoroso compromisso social e missionário, nem 10

os discursos e ações sociais e pastorais sem uma espiritualidade que transforme o coração”(196). O texto reconhece e valoriza a religiosidade popular, “precioso tesouro da Igreja Católica” a qual é preciso olhar “com os olhos do Bom Pastor, não julgar, mas amar” (198). Em seguida, um resumo histórico da “presença e organização dos cristãos leigos no Brasil: irmandades, confrarias, Confederação das Associações Católicas, a Ação Católica Geral e a especializada” (201202). Como frutos do Concílio, apresenta: “As CEBs, Pastorais Sociais, da Juventude, associações nascidas de carismas de congregações, movimentos, serviços eclesiais e novas comunidades” (203-208; 214-223). É importante frisar: “Todas as formas de associação existem para a edificação da Igreja e para contribuir com a sua missão no mundo”(223). Também como “fruto do Concílio”, a criação do “Conselho Nacional do Laicato do Brasil – CNLB, como Organismo de Comunhão”, com um breve histórico (209-213). Os bispos insistem na “forCM 503


mação do laicato”, que deve ser “formação de sujeitos eclesiais” (225-238). Voltam a falar da “ação transformadora do cristão leigo no mundo” e apresentam “modos, critérios gerais e princípios desta ação” (241-249). Nossos pastores mostram “novos ambientes onde o Evangelho deve ser proclamado”, são os “areópagos modernos: a família, o mundo da política, do trabalho, da cultura e da educação, das comunicações, da ecologia etc”(250-273).

Ao final, apresentam “indicativos e encaminhamentos de ações pastorais” e assumem “compromissos”(274-275). Na “conclusão”, trazem uma palavra para cada sujeito eclesial (leigos, consagrados, diáconos, presbíteros e bispos), exortando cada um e pedindo a Maria a sua maternal proteção” (276-284). Adquira, estude, vivencie e testemunhe este documento que é da Igreja! Laudelino dos Santos Azevedo Conselho Nacional do Laicato do Brasil

Amoris Laetitia Capítulo I A Exortação Apostólica PósSinodal Amoris Laetitia, do Papa Francisco, publicada no dia 19 de março de 2016, inicia seu percurso sobre o Amor na Família com um capítulo totalmente dedicado a expor como a Sagrada Escritura aborda o tema do amor e da família. O primeiro capítulo parte da afirmação de que toda a Bíblia está “cheia de famílias, histórias de amor e de crises familiares, desde as primeiras páginas (...) até as últimas páginas, onde aparecem as núpcias da Esposa e do Cordeiro” (no 8). Todavia, o texto central inspirador é o Salmo 128/127,1-6. Deste texto, o Papa Francisco extrai cinco CM 503

aspectos com os quais ele quer iluminar o amor matrimonial e a vida familiar à luz da Palavra de Deus, além de exemplificar com outros textos bíblicos: a) “Tu e tua esposa”: o Salmo evoca a cena de uma refeição familiar, em que o casal, composto pelo esposo e pela esposa – homem e mulher –, está sentado ao redor da mesa em dia de festa. Este casal gera a vida e esta relação fecunda “torna-se uma imagem para descobrir e descrever o mistério de Deus, fundamental na visão cristã da Trindade.” “Este aspecto trinitário do casal encontra uma nova representação na teologia paulina”, 11


quando o apóstolo relaciona o casal com o “mistério da união entre Cristo e a Igreja” em Ef 5,21-33 (no 11). Disto brota, conforme o segundo capítulo de Gênesis, a superação da solidão (v. 18 e 20), a geração e a família (v. 24). b) “Os teus filhos como brotos de oliveira”: o casal gera os filhos, “pedras vivas” da família (cf. 1Pd 2,5), que edificam a casa e são sinal de continuidade familiar. A família forma uma verdadeira Igreja doméstica: sinal da presença de Cristo, local da Eucaristia e de catequese, pois os pais têm uma missão educativa (no 17) e um dever de encaminhar os filhos em seu caminho pessoal de vida (no 18). c) “Um rastro de sofrimento e sangue”: o texto alude à “presença do sofrimento, do mal, da violência, que dilaceram a vida da família e a sua comunhão íntima de vida e de amor“ (no 19). E nisto Deus se manifesta como “companheiro de viagem” e quem mostra a “meta do caminho” (no 22). d) “O fruto do teu próprio trabalho”: como o trabalho é uma parte fundamental da dignidade da vida humana (no 23), ele se torna fonte simultânea de desenvolvimento da sociedade e sustento, 12

estabilidade e fecundidade da família (no 25). Por isso, o desemprego e a precariedade laboral geram sofrimento, como o pecado traz degeneração para a sociedade. e) “A ternura do abraço”: “no horizonte do amor, essencial na experiência cristã do matrimônio e da família, destaca-se ainda outra virtude, um pouco ignorada nestes tempos de relações frenéticas e superficiais: a ternura” (no 28). Assim, a família formará uma comunhão de pessoas que seja imagem da união trinitária, onde tem lugar a oração diária, a leitura da Palavra de Deus e a comunhão eucarística, fontes de crescimento do amor e de ser templo do Espírito Santo (no 29). A família de Nazaré é o ícone para as famílias, tanto para o sofrimento vivido pelos “refugiados descartados e indefesos” quanto para a contemplação de Deus; assim como no “tesouro do coração de Maria estão também todos os acontecimentos de cada uma das nossas famílias, que ela guarda solicitamente” (no 30).

Pe. Geraldo Luiz B. Hackmann CM 503


vida no movimento

COLEGIADO NACIONAL 2016 ITAICI-SP 26 a 28 de agosto

Lema: “Abri, abri a estrada, aplanai-a! Retirai do caminho de meu povo todo o obstáculo” (Is 57, 14)

• Super-Região Brasil

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Todos os anos a Super-Região prepara o Colégio Nacional com muito carinho. Recebe e anima os seus membros para o exercício da responsabilidade, oferece meios que auxiliam na reflexão e discernimento sobre a caminhada do Movimento, proporciona momentos de evangelização, formação e troca de experiências, realiza e celebra a unidade do Movimento. Tudo isso ocorreu nos dias 26, 27 e 28 de agosto último, e em um clima de fraterna alegria, 65 casais e 47 sacerdotes conselheiros espirituais foram acolhidos.

Colegiado Nacional 2016

Logo no início do encontro, na primeira celebração eucarística, Padre Paulo Renato (SCE SRB) e Hermelinda e Arturo (CRSRB) deram posse ao casal da Província Sul II, Lenice e José Carlos e seu SCE, Padre Gilmar, e mais 17 CRR de todo Brasil.

Novo Casal Província Sul II

P ROVÍN C IA N ORD E STE

RN I – Marta e Canindé – Padre Ronaldo • RN II – Rosimeri e Zequinha • CE I – Liliana e Edson – Padre Fábio • MA/PI – Rizalva e Dídimo – Padre Aguinaldo 14

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PR OVÍN C IA C E N TRO-OE S T E

MT do Sul – Cristiane e Danilo – SCE Padre Jair • BSB II – Cláudia e Paulo – SCE Padre Ricardo • BSB III – Josa e Neuton – SCE Padre Henry

PROVÍN C IA LE STE

Rio II – Janete e Marco Antonio – SCE Mons. José Maria • Minas II – Adriana e Francisco – SCE Padre Ricardo • Minas IV – Michelle e Willian – SCE Padre Filipe • Espírito Santo – Marineide e Geraldo – SCE Padre Luchi

PROVÍN C IA SU L I

SP Centro I – Mara e Dado – SCE Padre Felipe • SP Sul II – Rose e Rubens – SCE Padre Manoel CM 503

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PROVÍN C IA SU L II

Província Sul II – Lenice e José Carlos • SP Oeste I – Elda e Josué – SCE Padre José Carlos

PROVÍN C IA SU L III

RG Sul I – Marlei e Orlando – SCE Padre Remi • STA Catarina II – Simone e Luiz – SCE Padre Carlos • Paraná Norte – Edna e Gilberto – SCE Padre Lino

UMA NOVA PROVÍNCIA Se a Província Nordeste fosse uma Super-Região seria a terceira maior do mundo, atrás apenas da França e Brasil. Por isso, com muita alegria foi anunciado que a Província Nordeste será multiplicada. Nordeste I (cor vermelha): Maranhão-Piauí, Ceará I e II, Rio Grande do Norte I e II e Paraíba. Nordeste II (cor vinho): Pernambuco I e II, Alagoas, Sergipe e Bahia. 16

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O sábado iniciou com a missa celebrada por D. Luis Carlos Dias, e em seguida a foto oficial

Iniciando os trabalhos, Padre Paulo Renato falou sobre o tema de estudo para 2017, PONTES SIM, MUROS NÃO, e quais os desafios da família na nova Evangelização. Durante os dois dias o grupo animador usou uma dinâmica que ajudou a demonstrar o muro que devemos destruir e a ponte que devemos construir baseado na Palavra de Deus.

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As Orientações para 2017 foram dadas por Hermelinda e Arturo-CRSRB. O RETIRO estará em ênfase neste próximo ano, pois nele podemos experimentar todos os outros PCE.

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Amoris Laetitia Padre Geraldo Hackmann falou sobre A relação do documento Amoris Laetitia com as ENS.

O Retiro Espiritual, que está na origem do Movimento, foi apresentado pelo Padre Paulo Renato. Sua importância e moldes foram exaustivamente abordadas. Que 2017 ninguém fique sem Retiro, esse foi o desafio lançado. Não poderíamos deixar de falar daqueles que completaram nossos momentos com muita alegria. Nas missas, na acolhida, no início dos trabalhos, na convivência... eles, incansáveis, foram fundamentais.

A novidade desse Colegiado foi que após os grupos tivemos o plenário, o que possibilitou o debate sobre os temas discutidos.

Banda da Província Sul I

Dom Airton, arcebispo de Campinas, celebrou no domingo, dando início a mais um dia de trabalho. Foram dias intensos em que celebramos a unidade do Movimento, proporcionando momentos de evangelização, de formação, troca de experiências. Todas as orientações providas serão divididas com o CRE durante os EACRE de 2017. 18

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CONHECER PARA AMAR MAIS: SESSÃO DE FORMAÇÃO NÍVEL III Nos dias 3 e 4 de setembro de 2016 aconteceu a Sessão de Formação Nível III em Belém, Região Norte II. Estiveram presentes 40 casais, Padre Paulo Renato, SCE da SuperRegião Brasil, e o Casal Responsável da Província Norte Marilena e Jesus. A Sessão de Formação Nível III é: ”Uma preparação mais voltada para a compreensão do Movimento e das funções de responsabilidade na sua estrutura, na perspectiva de uma espiritualidade conjugal, em resposta à missão evangelizadora do casal equipista. Aprofunda o conhecimento das Equipes de Nossa Senhora, formando casais para a missão tanto no Movimento quanto no mundo” (Manual da Formação, p.13). E foi assim com esse objetivo que transcorreu a formação, e a cada tema apresentado, Visão histórica, Estatutos, Carisma, Mística, Pontos de unidade, Responsabilidade dentro do Movimento, Reconhecimento pela Igreja, CM 503

Eclésia, Acervo das ENS, os casais iam se sentindo parte, lembrando o que já tinham vivido, e compreendendo que todos nós somos responsáveis por dar continuidade a essa grande obra. Isso apareceu nos grupos de reflexão, momento de troca de experiência, de sentido de pertença e de assimilação dos temas abordados, no grande interesse dos casais mais jovens, no amor renovado dos casais que têm mais tempo de Movimento, uma riqueza muito grande. São esses momentos que fortalecem a caminhada dos equipistas, renova o SIM ao Movimento. A Sessão de Formação Nível III é um reencontro dos casais com as Equipes de Nossa Senhora, com sua essência, com sua história. E depois de cada formação realizada podemos dizer: “EIS QUE VENHO FAZER, COM PRAZER, A VOSSA VONTADE, SENHOR!” Marilena e Jesus CR Província Norte 19


RETIRO ESPIRITUAL

Sair Feliz ao Encontro do Outro para Servi-lo Sob a orientação do Padre Raul Clepson de Macedo – SCE do Setor A e também Pregador do Retiro, e a organização carinhosa de Malu e Rossine – CRS do Setor A – realizou-se nos dias 10 e 11 de setembro de 2016 o Retiro Espiritual do Setor “A” de Natal, Região RN1, Província Nordeste. Aproveitando o Tema de Estudo para este ano de 2016 – Viver a Missão com Alegria, o Padre Raul discorreu sobre a importância do serviço realizado com alegria, de irmos ao encontro do outro. Esse encontro com o outro só será possível se tivermos primeiro um encontro com Jesus que veio nos mostrar a necessidade do serviço com alegria e humildade. Neste Ano da Misericórdia viver a alegria do Evangelho convida-nos à misericórdia como vontade de Deus. Neste Retiro não faltaram a Santa Missa e a exposição do Santíssimo Sacramento. Tivemos ainda momentos para: Via Sacra da Misericórdia, o Terço Mariano, deserto individual, Dever de Sentar-se e Adoração ao Santíssimo. Saímos do Retiro animados e fortalecidos em nossa vida conjugal e espiritual, em nossa vida de equipe como casal e como participantes do movimento das ENS. Saí conscientes de que o melhor serviço é transmitir a Boa Nova com alegria e humildade. Rosângela e Marcílio Eq.07 – N. Sra. Desatadora dos Nós Natal-RN

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ENCONTRO DE EQUIPES NOVAS Nos dias 10 e 11 de setembro de 2016 vivemos um inesquecível Encontro de Equipes Novas, realizado em Centralina-MG (Setor Triângulo Mineiro – Região Goiás Sul). Somente após a formação de nossa equipe em novembro de 2013, onde demos nosso sim ao Movimento das Equipes de Nossa Senhora, é que pudemos ver o quanto nossa decisão era grande e profunda. A vivência nas ENS nos mostra que Jesus deve estar no centro do nosso casamento e de nossa vida em comunidade. Estamos acostumados a buscar a realização pessoal, sucesso, riqueza, conquistas e poder, nos esquecendo de investir no Sacramento do Matrimônio, nesta aliança desafiadora, maravilhosa e sagrada! Desafiadora porque comporta sofrimentos, renúncias e abnegações; maravilhosa CM 503

pelas alegrias dela emanadas, e sagrada porque a família é lugar onde Deus reside, devendo ser amado e servido. Aprendemos que família é caminho de superação, humanização e amadurecimento. Nos dois dias do encontro fomos agraciados com a presença do Sacerdote Conselheiro Espiritual, Padre José Oslei, que nos relembrou momentos de fundamental importância para vivência em equipe, e como desempenhar bem a missão que nos compete, além de nos entregarmos à ação do Espírito Santo que nos prepara adequadamente para a caminhada. É o que nos pede a Igreja nas diretrizes da nova evangelização: Anúncio, Diálogo, Serviço e Testemunho. Igualmente a Equipe Formadora, que nos proporcionou momentos de formação e informação, e de descontração também, como 21


o teatro: o que não se deve fazer nas Reuniões Formais, que deixou bem gravado em nossa memória os momentos que faltamos com nosso compromisso! O Movimento com sua pedagogia nos proporciona um norte para progredirmos espiritualmente, e os Pontos Concretos de Esforço nos ajudam a alcançar uma mudança de atitude. Quando partilhamos nossos PCE é como se durante a caminhada relatássemos nossas conquistas e dificuldades e oferecêssemos ou pedíssemos aju-

da aos nossos irmãos equipistas. Agradecemos muito a Deus pelo chamado a participar do Movimento e a todos que com muito carinho têm nos ajudado em nossa caminhada, fazendonos mais conscientes de nossa missão. Que cada pequeno detalhe de nossa equipe nos leve a renovar diariamente nosso sim. Sim, Senhor, queremos e precisamos caminhar contigo! Paz e Bênção! Karla e Wesley Eq. N. S. Aparecida Uberlândia-MG

Dia 12 de outubro celebramos o Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do nosso Brasil. Aproveitemos a data para aprofundarmos nossa devoção à Virgem Maria. No retiro deste ano, nosso pregador Padre Paulo Sérgio refletiu sobre a Espiritua-

lidade Mariana e as Equipes de Nossa Senhora. Iniciou alertando que Espiritualidade Mariana não se restringe apenas a rezar o terço todos os dias ou fazer peregrinações, mas principalmente, viver a fidelidade da palavra de Deus sem perder a centralidade de Jesus Cristo na vida cris-

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tã. Aprendamos com Maria. Já quando recebe a visita do Anjo mensageiro diz seu “sim” a Deus com toda humildade e passa a ser colaboradora do Plano da Salvação. E, ”cheia de graça”, mantêm-se em silêncio. Depois Maria nos dá mais um exemplo de ouvir e por em prática a palavra de Deus. Sua prima, Isabel, sem filhos e já de certa idade, vai dar à luz e ela vai “com pressa às montanhas” para servi-la nos últimos dias da gravidez. Mostra-nos e convida-nos a servir ao Senhor e aos irmãos. Posteriormente, por duas oportunidades Maria nos ensina o que é ser comunidade. Nas Bodas de Caná percebe a falta do vinho e, discretamente, diz a Jesus que havia acabado. Sem assumir o papel de Jesus, mas conduzindo a Ele, ela diz aos empregados o que ela nos diz todos os dias: ”Fazei tudo o que Ele vos disser”. E também em Pentecostes

ela estava lá, sendo igreja, juntos dos discípulos, recebendo o Espírito Santo e mostrando que o Espírito do Senhor está na base de qualquer comunidade cristã, fazendo lembrar, compreender e continuar o testemunho de Jesus. O Guia das ENS nos diz que nosso Movimento é constituído por casais que querem colocar Cristo no coração de suas vidas, levar ao mundo a mensagem de Cristo, fazer de suas atividades uma colaboração com Deus e um serviço aos outros, promovendo o casamento e a vida de família na sociedade. Que nossas equipes, vivenciando também a Espiritualidade Mariana, sejam conduzidas cada vez mais a Cristo, testemunhem o amor de Deus e caminhem para a santidade. Nossa Senhora Aparecida, rogai por nós. Marluce e Olber Eq. N. S. Aparecida Itaúna-MG

ENCONTRO NOVO FÔLEGO Fazemos parte da Equipe Nossa Senhora da Ponte, pioneira do Movimento em Sorocaba com 41 anos de existência e que conta com a graça de ter entre os 7 casais integrantes 5 casais fundadores. Dois meses após o retiro anual feito por toda nossa equipe em abril, fomos convidados pelo Setor para participarmos do Encontro Novo Fôlego em julho. Aceitamos o convite feito e voltamos todos nós para aquela Casa de Retiros S. José, com um misto de curiosidade e entusiasmo, acreditando que provavelmente estaríamos ouvindo aquelas considerações sobre as ENS, sobre PCE e outros assuntos que talvez para uma equipe de 41 anos poderiam não acrescentar muita coisa. CM 503

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Ao chegarmos àquela casa soubemos que o Encontro Novo Fôlego seria um dos primeiros a ser realizado no Brasil. Desde o início do encontro dirigido pelo CRP Sandra e Valdir e com a participação efetiva do Padre Paulo Renato e dos demais casais formadores, pudemos sentir a responsabilidade que nos foi dada por sermos escolhidos para um projeto de tão grande relevância. Pudemos perceber a profundidade das comunicações nos mostrando a importância de um novo olhar sobre nós e sobre a nossa equipe e o significado de uma avaliação prospectiva para podermos avançar de forma concreta como equipistas em nossa caminhada. As reuniões de grupo bem elaboradas foram extremamente profícuas, possibilitando uma troca de experiências muito grande e o surgimento e fortalecimento de novas amizades. As dinâmicas de grupo e momentos de confraternização também nos proporcionaram um misto de alegria e de muita responsabilidade e reflexão diante do que vivenciamos. Com tudo que nos foi colocado, fortalecidos pelas palestras e homilias do Padre Paulo Renato e num clima onde seguramente o Espírito Santo esteve sempre presente, a nossa equipe pôde reconhecer suas limitações e extravasar todo o entusiasmo se propondo a cumprir com mais responsabilidade os PCE, participar mais dos eventos do Movimento e retornar às fontes renovando o impulso fundador. Em resumo, para nós da Equipe Nossa Senhora da Ponte o encontro foi UM NOVO PENTECOSTES. Vera e Bayard Eq.01A – N. S. da Ponte Sorocaba-SP 24

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FORMAÇÃO PERMANENTE

ENCONTRO DAS EQUIPES EM MOVIMENTO Em 23 e 24 de julho a Região SP Nordeste, com Equipes de Altinópolis, Batatais, Jardinópolis, Ribeirão Preto, Santa Rosa do Viterbo e Sertãozinho, se reuniu para participar da Formação Permanente – Encontro das Equipes em Movimento. Quanta presença do Espírito Santo! Fomos acolhidos pelo CRR Valéria e João e conduzidos pelo casal Provincial Sul II, Inez e Natal, e pela silenciosa presença do Padre Paulo Renato – Sacerdote Conselheiro Espiritual da Super-Região – que na Celebração Eucarística, a exemplo de Jesus Cristo, ensinou-nos a colocar em nossas vidas, de forma surpreendente e atual, a Oração do Pai Nosso. Nos módulos apresentados pelos Casais Formadores, nossos irmãos equipistas, percebemos a disponibilidade e a riqueza da partilha dos conhecimentos e principalmente da alegria da pertença e da vivência da CM 503

mística e carisma do Movimento. Fomos convocados a comprometer-nos a ser “sal da terra”; viver a comunhão com Deus e com a equipe; compreender nossa missão como casal na Igreja e nosso testemunho na sociedade, e a aprofundar nossa vocação de, pela conjugalidade, nos santificarmos. Testemunhamos momentos surpreendentes de partilha e troca de experiências entre as diversas equipes, fazendo-nos perceber a grandeza e a unidade do Movimento das Equipes de Nossa Senhora. Momento bastante importante e de muita reflexão quando cada equipe pode repensar o seu caminhar (confronto com a verdade) e verificar a necessidade de alterar situações, retomar o caminho, voltar às origens. Muitas graças derramadas, casais transformados! Novo sopro do Espírito Santo. 25


Com alegria relatamos que nos dias 3 e 4 de setembro aconteceu no Setor Bandeirantes a Sessão de Formação Nível I. Com a participação de 41 Casais e 3 Sacerdotes, com toda certeza o Poderoso realizou maravilhas. A Formação foi encerrada com a Santa Missa no Santuário de Santa Terezinha do Menino Jesus. Louvado sempre seja o nosso Senhor Jesus Cristo. Edna Gilberto e Padre Lino CRR e SCE Região PR Norte-Província Sul III

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raízes do movimento

SÃO VOCÊS “CRENTES”?1 Crentes: este termo aparece muitas vezes nas Escrituras. Hoje não mais o empregamos, nossa geração parece apreciá-lo pouco. Ele possui, no entanto, um belo sentido. O crente é o homem de fé. Seu pensamento, seus amores, sua ação e suas reações são inspiradas pela fé. Sua vida é fundada na fé. Mas verdadeiramente o que é a fé? Eis uma das melhores definições: “Uma participação no conhecimento que Deus tem de todas as coisas”. É precisamente sobre este último aspecto que eu quero falar-lhes um pouco, antes de convidá-los a se interrogarem sobre a sua fé. Têm vocês o ponto de vista que tem Deus sobre todas as coisas? Aquilo que Ele acha bom, aquilo que Ele acha mal, também vocês o acham tal? Não me demorarei nesta primeira consideração, pois tenho ainda muitas coisas a lhes dizer. O meu propósito, hoje, é levá-los a perguntarem a si mesmos: “Meu olhar interior, sabe ele ver Deus em todo lugar, e em todo lugar agindo e santificando; sabe ele discernir a dimensão divina dos seres que me rodeiam e dos acontecimentos?” Eu me explico com exemplos: no ônibus ou no bonde, esta multidão obscura, grosseira, sofredora, olham-na vocês com o olhar do Cristo? Surge em seus corações a grande piedade de Cristo por ela? Este doente, este pobre, esta mulher abandonada, que esperam o nosso socorro, descobrem vocês em seu apelo o acento inconfundível da voz de Cristo? Pais que se inclinam sobre seu filhinho, percebem vocês a SS. Trindade presente em sua alma? Conta-se que o pai de Orígenes, à noite, se aproximava em silêncio de seu filho adormecido e beijava o peito da criança, tabernáculo de seu Deus. Nestes acontecimentos que transtornam os seus planos, vêm vocês a “Mão de Deus” como diziam nossos pais? Lembrem-se das palavras de Pascal: “Se Deus nos tivesse dado suas mãos de mestre, ó! Nós precisaríamos obedecê-lo de bom coração. Mas a necessidade e os acontecimentos são infalíveis”. E quando os jornais lhes referem estes acontecimentos mundiais cruéis, desconcertantes, inquietantes, sua fé lhes diz que o Cristo 1 Editorial da Carta Mensal Ano VI, nº 7, outubro de 1958.

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é vencedor, que Ele conduz a História com mão de mestre e que seu amor irrepreensível e infalível não poderia ser frustrado pelos homens? Desejam vocês adquirir este olhar de fé e as reações a que ele obriga? Permitam-me sugerir-lhes um meio. Vocês decidem que hoje, da manhã à noite, irão exercitar-se especialmente em ver todos os seres e todos os acontecimentos com os olhos da fé. E vocês inaugurarão o seu dia com esta inspirada oração de Ezequiel (11,19): “Senhor, ponha o vosso olho dentro do meu coração”. Garanto-lhes que o seu dia não será igual aos outros. Que este ano de 1958 seja assim pontilhado de “dias de fé”. O benefício será grande. E quando este “dia de fé” não se distinguir mais de todos os outros, então regozije-se, é que você se tornou um crente, este justo de que fala a Bíblia: “O meu justo VIVE de fé. P.S. Cristo disse: “Quando dois ou três se reunirem em meu nome, Eu estarei no meio deles”. Será que vocês acreditam de fato nisto? Será que em suas reuniões de equipe vocês vivem esta verdade? Henri Caffarel

Vejam que profeta. Padre Caffarel, lá nos idos de 1958, está nos falando do olhar de Deus, das atitudes de Deus, isto é, nada mais do que viver a misericórdia. O que o Padre Caffarel já falava para os seus casais equipistas é o que nosso Papa Francisco pede hoje a todos os cristãos, viver a misericórdia, não como algo da razão, mas do coração. Daria um bom Dever de Sentar-se conversarmos sobre como anda a nossa vivência da misericórdia. Colaboração Maria Regina e Carlos Eduardo Eq. N. S. do Rosário Piracicaba-SP 28

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acervo literário do Pe. Caffarel

A PEDAGOGIA DE DEUS No final do livro Recebe Maria como Tua Esposa, o Padre Caffarel nos indica o que ele chama de “constantes da pedagogia de Deus” que, segundo ele, aplicam-se também aos nossos lares. São os seguintes: “1. Deus quer que durante a permanência na Terra, seus filhos estejam submissos às leis da vida em sociedade. 2. Ao mesmo tempo, Ele os quer livres e exige que se libertem. 3. Ele mesmo trabalha para essa libertação, conduzindo-os por meio dos acontecimentos a fazer opções e a se superar. 4. Em troca, desvia de seu caminho o que poderia impedir sua missão e comprometer sua perfeição. 5. E, sobretudo, concede-lhes bens em abundância, mas que não se pesam necessariamente pelas balanças da Terra.” Quanto à primeira dessas constantes, a submissão às leis, Caffarel mostra que “Deus quis que José e Maria estivessem submetidos à grande lei que se impõe a todo ser humano: o trabalho. Assim, José carpinteiro e Maria dona de casa exerciam funções pouco reconhecidas na sua época, mas “Deus não deu nada de graça a Seu Filho. Os membros do lar de Nazaré tiraram sua subsistência do trabalho cotidiano. É o mesmo que acontece com os esposos cristãos. Mas que eles aprendam de José e de Maria a trabalhar sob o olhar de Cristo e a Ele oferecer seus sofrimentos e seus trabalhos, a CM 503

fim de que Ele os apresente a Seu Pai.” E cita, como exemplos da submissão de José e de Maria às leis, a obediência em ir até Belém para o recenseamento ou a subida deles ao Templo todos os anos. “Irmãos, vós fostes chamados à liberdade”, diz Padre Caffarel, citando São Paulo em sua carta aos Gálatas (5,13). Ao mesmo tempo em que os quer submissos às leis, Deus “os quer livres. Homens e mulheres livres, não dominados por qualquer criatura”. “Em duas circunstâncias, pelo menos, foi endereçado por Deus a José e a Maria aquele ‘deixe’ que depois Jesus iria dizer aos que haveria de escolher como discípulos. ‘Deixe Nazaré e a pequena casa toda preparada para receber o Menino e vá fazer-se recensear em Belém.’ ‘Deixe Belém porque o Menino não está em segurança e tome o caminho do exílio.’ Deixar é obedecer, mas é também libertar-se. Todo ser humano está sempre tentado a ‘se instalar’ tanto no plano material como no espiritual. Como é importante que os esposos cristãos aprendam, a exemplo de Maria e de José, a reconhecer a mão de Deus por trás daquilo que os desaloja, a ouvir o convite a não ficar cativo de nenhum patrão, de nenhum bem, de nenhum poder deste mundo!” Uma das formas de se libertar que Deus oferece a seus filhos é a provação. Cabe a eles ver nisso uma ocasião de se superar. “É próprio de um verdadeiro filho de Deus discernir, além do aspecto doloroso da provação, uma proposta de amor do Pai.” 29


As provações podem se apresentar sob forma material: a falta de trabalho, o desconhecimento de um lugar novo para se estabelecer, a falta de recursos para a subsistência... José e Maria devem ter passado por tais momentos e tais provações. Mas há provações mais duras, diz Caffarel: “Em particular, a provação moral, como a de não compreender quando José crê ter de renunciar àquela que é a felicidade de seu coração; quando os dois juntos, durante três dias, em Jerusalém, angustiados buscam Jesus desaparecido.” Essa provação que dilacera a alma acontece também nas famílias, “quando a pedagogia divina as atinge com o incompreensível, o imprevisto, o injusto, o desumano. José e Maria os ajudarão a ver nisso uma intervenção do amor do Deus educador”. Entretanto, se o mal que se abate sobre seus filhos não for para seu crescimento no amor, mas ameaça opor-se à missão que devem cumprir, “então Deus se faz seu escudo, segundo a expressão da Bíblia. “ É o que acontece, por exemplo, quando Herodes manda matar todos os recém-nascidos em Belém: “Imediatamente o Senhor previne José, pois para Seu Filho não era ainda chegada a hora de verter seu sangue”. E padre Caffarel acrescenta: “Um lar de verdadeiros crentes apoia-se com segurança sobre esta dupla certeza: Deus é amor e esse amor dispõe de todo poder. Nada acontecerá, portanto, que Ele não autorize. E o que Ele autoriza, o que acontece, por mais

incompreensível que pareça, por mais doloroso que seja, ao fim das contas não pode ser senão para o bem. “ Lançando um derradeiro olhar sobre a família de José, Maria e Jesus, diz o padre Caffarel: “Que se vê em Nazaré? Um homem e uma mulher que renunciaram à paternidade e à maternidade e que recebem por filho o próprio Filho de Deus. Eis bem o cêntuplo1 prometido”. E conclui: “A felicidade não é suspeita aos olhos de Deus; suspeito é somente perder-se no prazer, o preferir as alegrias da Terra à felicidade de Deus. Deus quer nos dar o cêntuplo: não é avaro de suas riquezas. Mas não o pode fazer senão raramente, pois de seus dons seus filhos apressam-se a fazer ídolos, aos quais se escravizam.” O próximo dever de sentar-se poderá ser uma ótima oportunidade para nos perguntarmos: Até que ponto a pedagogia de Deus é a que temos seguido para a educação de nossos filhos? Hélène e Peter Eq.05A – N. S. da Santa Cruz São Paulo-SP Monique e Gérard Eq.01A – N. S. do Sim São Paulo-SP M. Regina e Carlos Eduardo Eq.01A – N. S. do Rosário Piracicaba-SP Cidinha e Igar Eq.01B – N. S. Aparecida Jundiai-SP

1 Referência a Mc 10, 29-30.

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testemunho

O DEVER DE SENTAR-SE Desde a Pilotagem, no início de nossa caminhada no Movimento, há cinco anos, o Dever de Sentar-se foi um dos Pontos Concretos de Esforço com o qual mais nos identificamos. Mesmo sem pertencer às equipes, tínhamos como prática separar um final de semana por mês para ficarmos juntos, só nós dois, pois sempre achamos que o amor jamais será eterno se não for cultivado. Ele nasce, cresce e dá frutos, mas morre, sem cuidados. O amor nunca morre de morte natural, mas assassinado, e as armas mais tenebrosas que assassinam o amor são a rotina, a negligência, a cegueira que não enxerga a limitação do outro. No Dever de Sentar-se temos a ferramenta para cultivar o amor, alimentá--lo, renová-lo e purificá-lo, pois o Sacramento do Matrimônio é amor humano revestido do amor de Deus. No Dever de Sentar-se temos que ressaltar a alegria e a gratidão de conviver com a pessoa que escolhemos para amar e que está há tanto tempo em nossa vida. No Dever de Sentar-se experimentamos a nossa intimidade espiritual. É o momento em que nos desarmamos, onde acontece a ajuda mútua, momento em que temos os nossos pontos fracos e fortes colocados à mesa e aprendemos a ouvir, para melhorar e amar mais. O Dever de Sentar-se modifica-se como a própria vida, precisa estar em constante renovação. Para nós, é bom fazer o Dever de Sentar-se sempre à noite, pois achamos que, depois de toda “discussão” e de aparar as rebarbas, seria bom encerrar um encontro tão precioso com uma grande noite de amor, pois ele é o verdadeiro sentido do Movimento. Maria José e Edivaldo J. Volpato Eq. N. S. do Rosário Piracicaba-SP

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O QUE SUSTENTA UM MATRIMÔNIO? Há alguns dias, eu e meu esposo entramos em uma loja de confecções. Enquanto eu escolhia uma peça de roupa, o meu marido dava sugestão de modelos e cores. Fui para o provador e chamei-o para me ajudar na escolha. No momento de realizar o pagamento o rapaz que nos atendia surpreendeu-nos perguntando: “O que sustenta um casamento por tanto tempo?” Meu esposo sorriu e respondeu: “É o amor”, e eu acrescentei: “Mas não é só o amor, existem outros sentimentos que sustentam o amor”, e o rapaz continuou: “É que o meu casamento acabou já faz tempo”. Enquanto ele falava suas colegas também participaram da conversa. Efetuamos o pagamento, saímos da loja, mas aquela conversa me deixou intrigada. Primeiro pela curiosidade daquele rapaz que aparentava seus 25 anos, mas que já havia desistido da sua esposa. Segundo, porque sem perceber estávamos sendo observados. Naquela mesma semana completaríamos 32 anos de casados e aquela conversa nos levou a uma profunda reflexão. Por que tantos jovens desistem do casamento logo nos primeiros anos? E por que tantos casais com mais de 20 anos de casados também desistem? Será falta de amor? Intolerância? E nós, o que realmente sustenta o nosso matrimônio? Esses questionamentos nos levaram ao melhor Dever de Sentar-se dos últimos anos. Entendemos que o nosso testemunho não está em grandes obras realizadas, nem em palavras bonitas, mas sim em pequenos gestos de carinho, respeito e atenção para com o nosso cônjuge independentemente do lugar em que nos encontramos. Por fim, chegamos à conclusão de que só o amor não sobreviveria às tempestades dos tempos modernos, são necessários outros sentimentos e atitudes que sustentam e solidificam o amor, porém há um outro elemento que é imprescindível e está bem ao nosso alcance, “DEUS”. Só Ele tem o poder de sustentar o nosso matrimônio. E você? O que sustenta o Seu Matrimônio? Que possamos viver a beleza e a alegria do sacramento do matrimônio todos os dias com as bênçãos do Senhor. Maria do Ideraldo Eq.03B – N. S. do Perpétuo Socorro Santarém-PA

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UM A TARDE NO CÉU A tarde do dia 18/9/2016 estava por demais quente e tínhamos um compromisso marcado para as 15h, horário propício para que nos recolhamos e refaçamos nossas forças para a semana que se avizinha. O compromisso era participarmos de uma celebração de passagem pela Porta Santa da Misericórdia, e em especial porque também comemorávamos os 20 anos da morte de Pe. Henry Caffarel, quando o casal Cirlene e João Marcos Andrietta (Eq.20 N. S. do Desterro, Setor Itu) faria a transposição. Transposição esta que poderia ser feita sem nenhuma dificuldade, visto que muitos de nós católicos já a fizemos. Mas realçamos este momento porque João Marcos é portador de uma doença degenerativa e progressiva chamada ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica), que o impossibilita de qualquer movimento do corpo exceto o dedo do pé direito. CM 503

O casal chegou de ambulância UTI e adentrou a Igreja Bom Jesus Itu-SP, onde o SCE Frei Cido os esperava para iniciar a celebração. Semblantes felizes, de quem com muito custo realizava o desejo de poder se encontrar e sentir profundamente a misericórdia de Deus. João é, para os que o rodeiam e têm a graça de sua companhia, uma pessoa única e iluminada, que cativa e impulsiona com seu exemplo de cristão coerente, tão provado pela dor, sua total concordância com o plano que Deus pensou para ele. Atestamos que Cirlene também acata sem reservas a realidade vivida por sua família. Como dito acima, o único movimento que João Marcos possui é o de um dedo do pé direito e com o qual produziu o livro Momentos de Viver, onde partilha suas experiências desde o momento do diagnóstico da doença, sua aproximação ainda maior de Deus e principalmente sua certeza de cura. De tudo o que presenciamos e vivemos nesta tarde, fica a lição maior que Cirlene nos relatou: “Esta nossa realidade é a forma que Deus nos ofereceu para ajudar-nos no processo de busca de nossa santidade conjugal”. João definiu a tarde como “presenciar o céu naquele local”. Obrigado, Cirlene e João Marcos. Vocês nos ajudam a sempre acreditar que o Senhor faz em nós grandes maravilhas e tudo podemos Naquele que nos fortalece. Sandra e Rodrigo Eq.22 – N. S. de Fátima Salto-SP 33


partilha e PCE

VIVER OS PCE COM ALEGRIA

Caros irmãos equipistas, chegamos a mais um final de estudo do tema. Neste ano o Tema proposto, “Viver a missão com alegria”, trouxe textos do nosso querido Papa Francisco e através das leituras de sua Exortação Apostólica Evangellii Gaudium – A Alegria do Evangelho, um convite a evangelizar com júbilo. E por que não? Também, como equipistas que somos, podemos fazer uma analogia da leitura da Exortação Apostólica Evangellii Gaudium presente nos textos desse Tema de estudo, para viver os nossos Pontos Concreto de Esforço, com entusiasmo. Vejamos o que o Papa Francisco nos diz para cada PCE. Escuta da Palavra – “A melhor motivação para se decidir a comunicar o Evangelho é contemplá-lo com amor, é deter-se nas suas páginas e lê-lo com o coração”. (EG 264) Meditação – “Na presença de Deus, numa leitura tranquila do texto, é bom perguntar-se, por exemplo: ‘Senhor, a mim que me diz este texto? Com esta mensagem, que quereis mudar na minha vida? Que é que me aborrece neste texto? Porque é que isto não me interessa?‘; ou então: ‘De que gosto? Em que me estimula esta Palavra? Que me atrai? E porque me atrai? ’” (EG 153) Oração Conjugal – “O Evangelho convida-nos sempre a abraçar o risco do encontro com o rosto do outro, com a sua presença física que interpela, com os seus sofrimentos e suas reivindicações, com sua alegria contagiosa permanecendo lado a lado”. (EG 88) 34

Dever de Sentar-se – “Faz falta ajudar a reconhecer que o único caminho é aprender a encontrar os demais com a atitude adequada, que é valorizá-los e aceitá-los como companheiros de estrada, sem resistências interiores. Melhor ainda, trata-se de aprender a descobrir Jesus no rosto dos outros, na sua voz, nas suas reivindicações; e aprender também a sofrer, num abraço com Jesus crucificado, quando recebemos agressões injustas ou ingratidões, sem cansarmos jamais de optar pela fraternidade”. (EG 91) Regra de Vida – “Ninguém se salva sozinho, isto é, nem como indivíduo isolado, nem por suas próprias forças (EG 113). Ser Igreja significa ser povo de Deus, de acordo com o grande projeto de amor do Pai. Isto implica ser o fermento de Deus no meio da humanidade; quer dizer anunciar e levar a salvação de Deus a este nosso mundo, que muitas vezes se sente perdido, necessitado de ter respostas que encorajem. Deem esperança e novo vigor para o caminho. A Igreja deve ser o lugar da misericórdia gratuita, onde todos possam sentir-se acolhidos, amados, perdoados e animados a viverem segundo a vida boa do Evangelho”. (EG 114) Retiro Anual – “Sem momentos prolongados de adoração, de encontro orante com a Palavra, de diálogo sincero com o Senhor, as tarefas facilmente se esvaziam de significado, abatemo-nos com cansaço e as dificuldades, e o ardor apagase”. (EG 262) CM 503


Que a alegria de viver os PCE, através dos ensinamentos do Papa Francisco e pela intercessão de Maria, nosssa Mãe, nos faça

crescer e Ousar o Evangelho. Angela e Aglalberto Eq.09 – N. S. da Confiança Setor H – Fortaleza-CE

RETIRO ESPIRITUAL 2016 É verdade que numa árvore nós admiramos sua ramagem e suas flores, e esperamos pelos seus frutos; mas também existem as raízes, das quais a árvore recebe a vida. O mesmo acontece com cada um de nós. Somos chamados a doar, a amar, a servir, a criar relacionamentos fraternos, a trabalhar para construir um mundo mais justo. Mas, para isso, são necessárias as raízes, ou seja, a vida interior da união com Deus, a nossa relação pessoal de amor com Ele, relação que motiva e alimenta a vida de comunhão fraterna e o engajamento social. O próprio Jesus, vez por outra, se afastava das suas muitas ocupações. E, no entanto, embora todos o procurassem, Ele sabia retirar-se para o monte, para ficar a sós com o Pai. Nesse diálogo pessoal e silencioso Jesus encontrava as palavras que depois diria ao seu povo, compreendia melhor a sua missão, recuperava as forças para enfrentar o novo dia. É isso que Ele quer que também nós o façamos: “Retirar-se, para um lugar deserto, e descansar um pouco!” Não é fácil parar. A sociedade muitas vezes nos impõe um ritmo de vida frenético: produzir cada vez mais, progredir na carreira, distinguir-se. Não é fácil CM 503

enfrentar a solidão e o silêncio fora e dentro de nós; no entanto, estas são condições necessárias para escutar a voz de Deus, para confrontar a nossa vida com a sua Palavra, para cultivar e aprofundar o relacionamento de amor com Ele. Daí a necessidade de períodos, ainda que breves, de repouso físico e mental. Às vezes temos a impressão de estar perdendo tempo; no entanto, também quanto a isso devemos confiar no convite de Jesus: “Vinde, a sós, para um lugar deserto, e descansai um pouco”. Lembremo-nos de que Deus está sempre conosco, mas nós nem sempre estamos abertos à sua graça. Fazer um Retiro Espiritual e dedicando mais tempo à oração, é uma bênção. Como diz a Palavra de Deus: “Há um tempo para cada coisa debaixo dos céus” (Ecle 3, 1). Então, em clima de oração, nos dias 10 e 11 de setembro de 2016, o Setor C da Região Rio Grande do Norte 1 realizou o seu Retiro Espiritual, tendo como pregador o Padre Idelbrando Medeiros, SCE do Setor, e contou com a presença de mais de 90 casais. Léo da Aninha Eq.04C – N. S. da Saúde Região Rio Grande do Norte 1 35


reflexão

Reunião de Balanço A última reunião do ano equipista é a reunião de Balanço. Ela proporciona, a todos os componentes do grupo, a oportunidade de refletir e dar sua opinião, abertamente e com espírito cristão, sobre a situação da equipe (sua caminhada, seus progressos ao longo do ano que termina) e preparar o ano seguinte. Não se pode esquecer que o mais importante é buscar a vontade de Deus para o casal e para a equipe, e discernir seu apelo para viver mais autenticamente, o amor caridade, que é a alma de toda a comunidade cristã (Guia das Equipes de Nossa Senhora). A Reunião de Balanço é uma celebração. Uma rica oportunidade de todos celebrarmos a pertença às ENS, confirmando nossa vocação equipista. Uma vocação especial porque, firmada na ascese cristã, na escuta da Palavra de Deus, na Oração interior e na Eucaristia, irá nos “precaver contra a inconstância e de fazer frente ao nosso gosto de independência, que muitas vezes nada mais é do que uma forma de orgulho e de autossuficiência” (Padre Caffarel). Balanço é voltar pelo caminho feito e rever os passos dados: como pessoa, como casal e como equipe. Sem medo, coloquemos lado a lado a nossa vida e as exigências das Equipes de Nossa Senhora, assumidas livremente. O balanço será ocasião para nos conhecermos melhor como pessoa, como esposo/esposa, 36

como casal equipista. Poderemos nos perguntar: Estamos plantando a semente da vinha do Senhor? Estamos dando a oportunidade para que a nossa equipe seja o solo fértil? Conseguimos, neste ano, alcançar um crescimento conjugal e familiar? Nossa equipe progrediu neste ano como comunidade de ajuda mútua no caminho da santidade? O Padre Caffarel desde o início deixou bem claro: as Equipes de Nossa Senhora existem para aqueles que querem buscar a santidade. Não há balanço sem consciência clara desta meta, sem a convicção do compromisso assumido e sem um reconhecimento do valor e da eficácia dos instrumentos e pedagogia colocados pelo Movimento ao nosso serviço. É Deus quem nos chama à santidade e este mesmo Deus nos ama com um amor de infinita misericórdia. Ele conhece a nossa fragilidade e as dificuldades que temos em levar a cabo o que nós próprios decidimos fazer. Alegremo-nos com as conquistas que Deus nos permitiu e, ao mesmo tempo, retomemos corajosamente os esforços em direção aos objetivos ainda não plenamente alcançados, confiantes que Deus sempre estará conosco. Preparemo-nos para a nossa Reunião de Balanço com humildade, responsabilidade e coração aberto, com a certeza de que Jesus está no centro a nos escutar. O saldo do nosso balanço será positivo se a prioridade for Deus. Nenhum balanço tem sentido CM 503


em si, mas recebe o seu valor em vista do que, a partir dele, se decide fazer. Não é um balanço contábil, em que bastam somar ou diminuir os dados dos livros e fazer uma conta de projeção para o futuro. Tratase, sim, de uma revisão avaliadora de uma vida caminhada nos últimos doze meses, a qual carrega marcas profundas de anos anteriores. Neste nosso balanço, não basta reunir notas, mas é necessário colocar-se na presença de Deus e, num exame interior, em honestidade consigo mesmo, conferir os progressos e/ ou regressos acontecidos e, mais importante que estes resultados, ver o esforço que fizemos, a atitude interna de crescimento que buscamos. Um balanço assim o prepararemos com oração, em diálogo com Deus e com o cônjuge. “Se vocês quiserem encontrar-se com o Senhor, é preciso que se preparem para o encontro. Toda revisão de vida supõe o recolhimento. Ele deve originar-se na humildade da oração e da súplica e perfazer-se em ação de graças. Reveja, em primeiro lugar, a sua atitude e só depois a dos outros. Se você diz: ‘essas reuniões não me dão nada’ é porque você também não dá nada. Não venha a elas para receber e sim para dar”. Sob a óptica do carisma e da mística do Movimento, o objetivo da Reunião de Balanço é uma avaliação sincera, à luz da vontade de Deus, do ano que se encerra, nos diversos campos em que nós equipistas atuamos: a) como cristão católico, membro das Equipes de Nossa Senhora, comprometido com a santidade do CM 503

seu cônjuge e com a própria santidade; b) como casal unido pelo Sacramento do Matrimônio, comprometido com a espiritualidade conjugal, com o crescimento da equipe e com a colaboração nas funções de serviço do Movimento; c) como equipe de casais que quer dar testemunho de vida em comunidade a outras equipes e ao mundo. Nossa vaidade natural gostaria de notas dez em todos os itens da nossa avaliação. É oportuno, então, lembrar que o pecado de Adão consistiu em querer ser igual a Deus. Nós somos chamados a ser santos, mas ainda não o somos. Tomando consciência da nossa condição de imperfeitos e partindo dessa realidade, ao avaliarmos a nossa caminhada, é bom que haja em nós sincero desejo de responder ao convite de Deus para sermos santos. Colocarnos-emos, então, em atitude interior de cultivar a assiduidade em nos abrirmos à vontade e ao amor de Deus; de desenvolver a capacidade para a verdade e de aumentar a capacidade de encontro e comunhão. Talvez o que nos assuste no balanço não seja ver o que fizemos ou deixamos de fazer, mas a decisão que a consciência nos impele a tomar a partir dele. Conforta-nos, então, ter presente que é Deus quem nos chama à santidade e que este mesmo Deus nos ama com um amor de infinita misericórdia. Ele conhece a nossa fragilidade e as dificuldades que temos em levar a cabo o que nós próprios decidimos fazer. Temos medo de assumir um compromisso e, depois, sermos infiéis a nós mes37


mos, à nossa própria decisão. É a hora, então, de pôr a confiança em Deus, não para relaxarmos no esforço, mas, numa resposta amorosa, exercitarmos em nós o dom do temor de Deus. Nossa esperança diz que Ele nos olhará através da Cruz redentora, onde seu Filho, que se fez um de nós,

amou-nos em extremo, para que na abundância da graça sejamos justificados por meio dele e, pela sua obediência, todos nos tornemos justos (cf Rm 5,12-21). Uma excelente Reunião de Balanço a todos. Equipe Carta Mensal

Referências: trechos retirados de artigos da Carta Mensal, nº 412, outubro de 2000, e nº 458, dezembro de 2011.

Por que precisamos das ENS para a nossa Santidade Conjugal? Todos concordam que o amor é o principal sustentáculo do casamento. Mas, não é tudo. Por meio dele você conseguirá ultrapassar, vencer os inúmeros obstáculos que, através dos tempos, vão surgindo ininterruptamente. Vivemos etapas de vida diferenciadas, ou seja, nunca são iguais, nunca se repetem da mesma maneira, da mesma forma. Todas essas etapas são ultrapassadas com ajuda do amor, que vai amadurecendo, na medida em que as dificuldades se apresentam. E o amor amadurece! Sim. Pois há 53 anos conheci minha esposa, e podemos afirmar que nos amamos durante todo esse tempo. Mas, hoje, sentimos que o amor amadureceu, ultrapassou barreiras e problemas vivenciados através dos tempos pelo casal, consolidando o nosso casamento, hoje com 50 anos. Finalmente, eis a questão: Por que precisamos das ENS para a nossa Santidade Conjugal? Para 38

começo de conversa, todos concordamos que não existe casamento perfeito. A perfeição está em Jesus Cristo e mais nada. Assim posto, na busca de enriquecer, de consolidar definitivamente nosso casamento, tendo como base a Palavra Sagrada, aparecem em nossas vidas as ENS, que nos oferecem como objetivo a busca pela Santidade Conjugal. E a nossa entrada nas ENS marca o início de uma nova etapa da vida conjugal. Na verdade, uma proposta inimaginável e inatingível para os descrentes. Mas, o que é Santidade Conjugal? Para este casal, é a plenitude do amor de Deus na relação conjugal. Há milhares de outras definições. Registre-se, então, que o Padre Caffarel, enviado por Deus, traçou para nós, casados, os caminhos a serem percorridos na busca por este objetivo sagrado. E deu às ENS esta fabulosa e dificílima tarefa. E o nosso Movimento aí está, sempre monitorando os casais, no sentido de que as ferraCM 503


mentas para a construção do nosso objetivo sejam usadas e praticadas incansavelmente sob a luz do Evangelho de Jesus Cristo. É fundamental obedecer às regras emanadas do Movimento. Todos sabem que as ferramentas a que me refiro são os PCE. Os PCE aparecem, então, como os elementos principais e fundamentais para atingirmos nosso objetivo. Difícil de serem praticados em nosso dia a dia em sua totalidade. Mas este é o principal e único caminho na busca da Santidade Conjugal. Impossível? Para os crentes em Deus, nada é impossível. Por isto, acreditamos piamente

que, sob a guarda e orientação das ENS e com a ajuda dos irmãos da equipe, aliás, de todas as equipes, alcançaremos o objetivo. Vamos correr atrás, fazer os PCE, meus irmãos em Cristo, pois são fundamentais em nossa vida de casal cristão. Finalmente, quero dizer que este casal continua firme nas ENS, porque acredita ser possível alcançar a Santidade Conjugal. Esperamos nunca desistir. Que Deus nos ilumine e a todos nessa caminhada. Arlene do Diógenes Eq.03, Setor C Fortaleza-CE

O CASAMENTO É COMO UMA BALANÇA Sabemos que a vida a dois não é fácil e sempre no casamento haverá altos e baixos, alegrias e tristezas, êxitos e decepções. O que manterá essa união firme suportando essas provações para não chegar a uma separação será justamente o empenho dos dois para manter acesa a chama do amor. Podemos assim comparar o casamento a uma balança, onde cada um deverá suportar o peso das responsabilidades para dar equilíbrio à vida matrimonial. Se o peso pende e recai somente sobre um dos cônjuges, então esse casamento tende a chegar ao fundo do poço. As responsabilidades da vida a dois devem ser compartilhadas e divididas entre o CM 503

casal, seja na educação dos filhos, na tomada de decisões importantes que envolvam a vida familiar, principalmente se isso envolve a questão financeira. O Dever de Sentar-se é um momento propício para que o casal, através do diálogo, saiba nesse momento equilibrar a balança, dividindo o peso e carregando juntos o fardo um do outro. Coragem, nós não estamos sozinhos! Cristo quer nos ajudar a carregar este fardo; e com Ele caminhando conosco com certeza o peso será bem menor: “O meu jugo é suave e meu fardo é leve” (Mt 11,30). Walcicléia e Helimário Eq. N. S. de Fátima Equipes Distantes – Jucurutu-RN Região RN II 39


formação

NÃO NOS DESVIEMOS...1 Recentemente, num jornal francês, li a conclusão a que chegou um redator sobre a preparação do tema de Fátima: “Daqui para a frente o Movimento das Equipes de Nossa Senhora deixa de ser um movimento de espiritualidade conjugal para ser de espiritualidade familiar!” Os equipistas que leram essa declaração devem ter ficado sobressaltados, pois o jornalista certamente não havia compreendido... Isso me preocupou. Talvez tenha ocorrido um engano. Ao escolhermos “A Família” como tema de Fátima – tema da Igreja e da sociedade civil para 1994 –, não foi para deixar de lado a nossa identidade. Somos e queremos permanecer um movimento centrado na espiritualidade conjugal, no casal. Na Igreja existem muitas associações destinadas à família, à criança, à educação. Raras, muito raras, são as que se destinam ao casal. Esta não é a ocasião para abandonar nossa vocação específica. Se o fizermos, iremos provocar um vazio na espiritualidade cristã. Portanto, não nos extraviemos do nosso caminho! A propósito de Fátima, ainda há um outro equívoco que pode ocorrer. A cada seis anos fazemos nosso encontro mundial das “moradas” – poderíamos assim dizer – da Virgem Maria. O último, em 1988, foi feito em Lourdes (uma

das suas moradas...). Isso leva alguns a falar em Peregrinação Mariana das Equipes, quando, na verdade, trata-se de um Encontro Mundial do Movimento. Aqui e acolá descobre-se a tentação de sermos transformados numa espécie de Congregação Mariana. Mas é preciso dizer: não e não! Temos uma grande devoção, plena de ternura, pela Mãe de Deus. A mim, agrada-me chamá-la assim, pois esse me parece ser seu mais belo título, a invocação mais extraordinária que uma mulher, uma filha dos homens, possa ser chamada e ser realmente a Mãe de Deus! Tenho certeza de que ela fica encantada quando a chamamos assim. Por isso é que nas minhas preces tenho uma alegria imensa em lhe dizer e repetir: Mãe de Deus! Entretanto, não somos um “movimento Mariano”, somos um movimento de casais, colocados com todo o fervor sob a proteção da Mãe de Deus. E Fátima, como Lourdes, não é uma Peregrinação Mariana, mas um Encontro das Equipes, sob o olhar de Maria. Não nos desviemos... Não podemos ainda nos desviar numa terceira direção: muitos casais das equipes também fazem parte de movimentos de Renovação, de grupos carismáticos, e isso é muito bom. Sei que alguns

1 Editorial do Pe. Bernard Olivier, OP, antigo Sacerdote Conselheiro Espiritual da ERI. Carta Mensal no 298, de fevereiro/março de 1994, páginas 2 e 3.

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gostariam de nos “converter” e encaminhar as equipes para uma integração com o movimento carismático. Aqui também é preciso dizer: não e não! Não é esse o nosso carisma. Pode-se perfeitamente viver essa dupla pertença, o que é frequentemente muito enriquecedor. Mas também lá, sejamos nós mesmos, sejamos real-

mente nós mesmos. Temos o nosso carisma próprio que determina a nossa vocação, a nossa missão específica, e isso é um dom do Espírito Santo. Que possamos vivê-lo, desenvolvê-lo e aprofundá-lo no entusiasmo da “Segunda Inspiração”. ...Senão, também aí, haverá um vazio na construção da Igreja. Pe. Bernard Olivier, OP

Formação Permanente

Novo Fôlego – Novo Impulso da equipe “Levanta-te, toma a tua cama e anda” Por vezes na vida de uma equipe, como na vida conjugal, ela perde o impulso inicial. Ela torna-se progressivamente outra coisa: um grupo de amigos, um lugar de debate intelectual, de oração. Como na parábola do paralítico, a equipe para, às vezes ralançando a culpa sobre as circunstâncias ou sobre pessoas que não ajudam. A estes casais e a estas equipes Jesus pergunta: “Queres curar-te?” Ele mostra o caminho: “Levanta-se, toma a tua cama, símbolo do seu mal e da sua inércia, e andem”. Jesus dá a força para renovarem-se e alterarem-se. É o tempo de renovar a vida de Equipe. Primeiro a ideia de uma revisão de vida da equipe ou uma espécie de Dever de Sentar-se em equipe para manter o vocabulário que nos é familiar, a fim de ver o que poderia ser melhorado. É necessário voltar às fontes de seu compromisso, inovar e se encher de energia, ir em frente. Esta Formação é proposta a todas as equipes a partir de dez anos de existência, que sentem necessidade de um Novo Impulso. Também é recomendada às equipes que sofreram modificações importantes durante o ano vivido ou que acabaram de viver dificuldades e estão em reconstrução. O convite a participar deste encontro pode renovar-se após cinco ou seis anos. O encontro faz-se em cinco módulos (podese alterar um ou outro para oferecer temas diferentes a casais que participam pela segunda vez). CM 503

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Módulo 1 – REFLEXÃO DO CAMINHO PERCORRIDO: Um “Dever de Sentar-se” dirigido Módulo 2 – VOLTAR ÀS ORIGENS Módulo 3 – REFLETIR SOBRE UM TEMA DE ATUALIDADE DA IGREJA Módulo 4 – DESPERTAR A EQUIPE PARA O ESPÍRITO SANTO Módulo 5 – CELEBRAR O NOVO IMPULSO OBJETIVOS DO ENCONTRO NOVO FÔLEGO: • Parar para observar a evolução da Vida de Equipe, a fim de evitar a rotina. • Mostrar a necessidade de conversão no casal e na equipe. • Pôr-se em equipe sobre o olhar de amor do Senhor. • Reforçar a coesão da equipe. • Renovar o impulso fundador e dinamismo da equipe pelo retorno às fontes. OS MÓDULOS INCLUEM: Tempos de oração profunda, pessoal e em casal. Tempos de escuta das propostas dos animadores. Um Dever de Sentar-se sobre o assunto proposto. Reuniões de equipe para refletir sobre o caminho percorrido e encarar o futuro. • Reuniões em equipes mistas para trocar experiências. • Uma Celebração Final, em que cada um deposita frente ao Senhor o percurso realizado e as decisões tomadas, com o propósito de uma nova partida. • • • •

O Encontro Novo Fôlego oferece a possibilidade de dar o “passo decisivo”, como diz o Padre Olivier, chamando a equipe como um todo a refletir sobre seu percurso e a sua evolução futura, para se renovar. “As ENS oferecem aos casais um caminho que lhes dá, para cada etapa de sua vida, os meios adequados para poder realizar um verdadeiro encontro com o Senhor e para poder empenharse em segui-lo”. Portanto diante dessa afirmação não podemos deixar passar as oportunidades que nos são oferecidas para continuar neste caminho rumo à Santidade. Lu e Nelson CR Província Centro-Oeste

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notícias “Ninguém cruza o nosso caminho por acaso e nós não entramos na vida de alguém sem que haja uma razão”. ANIVERSÁRIO DE EQUIPE

15 anos Eq. N. S. dasatadora DOS NóS Jaboatão dos Guararapes-PE

25 anos Eq. N. S. DO PERPÉTUO SOCORRO Quixadá-CE

25 anos Eq. N. S. de lourdes Piracicaba-SP CM 503

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25 anos Eq. N. S. DO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA Natal-RN

50 anos Eq. N. S. das graças Rio de Janeiro-RJ

“Casamento perfeito não existe, mas há quem se empenhe em fazer dele uma história de amor eterno” BODAS DE PRATA

solange e célio 26/01/2016 Eq. N. S. Mãe e Rainha da Paz São José do Rio Preto-SP 44

RITA E ROBSON 09/11/2016 Eq. N. S. Mãe da Divina Providência Rio de Janeiro-RJ CM 503


Márcia e César 25/05/2016 Eq. N. S. das Graças Porto Alegre-RS

Cleonice e Lúcio 14/09/2016 Eq. N. S. de Fátima Rio Negro-PR

Analice e Reginaldo 07/09/2016 Eq. N. S. de Nazaré São Luís-MA

Flávia e Alexandre 20/09/2016 Eq. N. S. de Fátima Rio Claro-RS

Ana Flávia e José Maria 23/08/2016 Eq. N. S. da Medalha Milagrosa Casa Branca-SP

Leila e Sidney 08/11/2016 Eq. N. S. da Glória Rio de Janeiro-RJ

BODAS DE ESMERALDA Roseti e Dias 10/07/2016 Eq. N. S. do Perpétuo Socorro Quixadá-CE

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BODAS DE OURO

Marlene e Pedro 11/07/2016 ENS Aparecida São Paulo-SP

Lourdinha e Guerra 23/07/2016 ENS Auxiliadora Sorocaba-SP

ORDENAÇÃO DIACONAL No último dia 29 de maio, o equipista Claudio (da Eurânia), da Eq. N. S. do Amparo, foi ordenado Diácono Permanente da Arquidiocese de Porto Alegre. Foi uma grande alegria para o Movimento e para a Igreja o testemunho de doação total desse equipista a serviço do Reino de Deus. Que N. S. do Amparo o acompanhe e proteja.

ORDENAÇÃO EPISCOPAL Dom Adilson Pedro Busin foi nomeado pelo Papa Francisco como Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Porto Alegre. A cerimônia de ordenação ocorreu no dia 30/04/2016, na cidade de Sarandi-RS. Dom Adilson é SCE da Eq. N. S. Mãe de Jesus e da Eq. N. S. Aparecida, e do Setor F - Região RS I.

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VOLTA AO PAI

“A morte é uma pétala que se solta da flor e deixa uma eterna saudade no coração.” Pedro dos Santos (Pedrão da Cida) 26/03/2016 Integrava a Eq. N. S. Mãe da Igreja Taubaté-SP

Yassuo (da Marilda) 07/08/2016 Integrava a Eq. N. S. da Divina Graça Sorocaba-SP

Manuel (da Val)

08/08/2016 Integrava a Eq. N. S. Mãe Rainha da Paz Bady Bassitt-SP

David (da Maria Mercedes) 04/05/2016 Integrava a Eq. N. S. de Lourdes Porto Alegre-RS

Alerçon (da Carolina) 09/07/2016 Integrava a Eq. N. S. da Conceição Niterói-RJ

Pe. Hugo Furtado 27/06/2016 SCE Eq. N. S. da Divina Providência Fortaleza-CE

Maria Margarida (do Sebastião) 18/08/2016 Integrava a Eq. N. S. da Paz Belo Jardim-PE

Joir (da Maria Luiza) 15/07/2016 Integrava a Eq. N. S. Aparecida Cascavel-PR

Pe. Gian Luigi Morgano 23/07/2016 SCE Eq. N. S. da Consolata e SCE Eq. N. S. de Caravaggio Cascavel-PR

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dicas de leitura ANSIEDADE Como Enfrentar o Mal do Século Augusto Cury

Você sofre por antecipação? Acorda cansado? Não tolera trabalhar com pessoas lentas? Tem dores de cabeça ou muscular? Esquece-se das coisas com facilidade? Se você respondeu sim a alguma dessas questões, é bem provável que sofra da Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA). Considerada pelo psiquiatra Augusto Cury como o novo mal do século, suplantando a depressão, ela acomete grande parte da população mundial. Neste livro, você entenderá como funciona a mente humana para ser capaz de desacelerar seu pensamento, gerir sua emoção de maneira eficaz e resgatar sua qualidade de vida. (Para adquirir este livro, acessar www.livrarialoyola.com.br)

PARA ONDE VAI A JUVENTUDE? João Batista Libanio

A idade juvenil fascina pelo tremendo paradoxo da vulnerabilidade e da potencialidade. Na fragilidade da idade que deixa para trás a serenidade e a segurança da infância, mas ainda não atingiu a solidez da idade adulta, existe estupenda potencialidade. Precisamente porque ainda não aterrissou na maturidade, dispõe do infinito do céu para voar. Este texto se apresenta como estudo exploratório, geral e de primeira aproximação. Nele formularemos tendências presentes no mundo jovem. Estas refletem o momento cultural atual e como ele repercute no universo juvenil. (Para adquirir este livro, acessar: www.paulus.com.br/loja/livros)

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MEDITANDO EM EQUIPE

Todos os filhos e filhas Neste mês de novembro alegramo-nos com todos os nossos irmãos, de todos os tempos e de todas as religiões, que se deixaram conquistar por Deus e agora estão em sua companhia. Também nós somos chamados a ser filhos e filhas, participantes da natureza divina. Podemos crescer nessa vida nova, e chegar à perfeição a que o Senhor nos chama. Não podemos faltar ao encontro marcado da grande família de Deus.

Escutando a Palavra “Vede com que amor o Pai nos amou: somos chamados filhos de Deus, e o somos de fato! Por isso o mundo não nos conhece, porque não conheceu a Deus. Caríssimos, desde agora somos filhos de Deus, mas ainda não foi revelado aquilo que havemos de ser. Sabemos, porém, que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é. Todo aquele que tem esta esperança nele purifica-se a si mesmo, como ele é puro.” (1Jo 3,1-3)

Refletindo – Deus ama-nos, e por isso existimos, e somos chamados a ser filhos e filhas. Vivemos como filhos e filhas? – Vivemos agora para viver a vida eterna que esperamos? – Procuramos crescer cada vez mais na vida divina que recebemos? – Que mudanças temos de fazer em nossa vida?

Oração espontânea – Adoremos a bondade de Deus que nos quer fazer viver de sua vida divina. – Agradeçamos tão grande misericórdia. – Peçamos ajuda para viver sempre como filhos e filhas de seu amor.

Oração Litúrgica – Deus é minha luz e minha salvação; de quem terei medo? É Deus quem defende minha vida; a quem temerei?

– Ouvi, Senhor, minha voz; eu clamo, tende piedade de mim! Respondei-me!

– Ainda que pai e mãe me abandonem, – Uma só coisa peço a Deus, só isto desejo: Deus me acolhe. Tenho certeza que irei contemplar morar na casa do Senhor todos a bondade de Javé na terra dos vivos. os dias de minha vida (do Salmo 26) para gozar da suavidade de Deus e contemplar seu santuário. – Ele me abriga em sua tenda no dia da desgraça. Esconde-me em sua morada, sobre o rochedo me eleva.

Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr SCE Carta Mensal


Com a doçura do olhar de Maria nos acompanhando, para descobrirmos a alegria da ternura de Deus, rezemos com a intercessão da Mãe de Misericórdia: Senhor Jesus Cristo, Vós que nos ensinastes a sermos misericordiosos como o Pai celeste, e nos dissestes que quem Vos vê, vê a Ele, mostrai-nos o Vosso rosto e seremos salvos. Vós sois o rosto visível do Pai invisível, do Deus que manifesta Sua onipotência, sobretudo com o perdão e a misericórdia: fazei que a Igreja seja no mundo o rosto visível de Vós, Senhor, ressuscitado e na glória. Enviai o Vosso Espírito e consagrai-nos a todos com a Sua unção, nós Vos pedimos por intercessão de Maria, Mãe de Misericórdia, a Vós que viveis e reinais com o Pai e o Espírito Santo, pelos séculos dos séculos. Amém! (Trechos da Oração do Ano Jubilar da Misericórdia: 08/12/2015 - 20/12/2016)

Equipes de Nossa Senhora Av. Paulista, 352 • 3o andar, cj. 36 • 01310-905 • São Paulo-SP Fone: (11) 3256.1212 • Fax: (011) 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br


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