ENS - Equipes Novas 1973-6

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EQUIPES NOVAS

CAR A No

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EQUIPES DE NOSSA SENHORA SÃO PAULO -

1973



Todos eles se entregavam assiduamente à oração numa só alma, com algumas mulheres, incluindo Maria, mãe de Jesus. ATOS DOS APóSTOLOS, 1,14

"As Equipes colocam-se sob a proteção de Nossa Senhora. Assi.m, sublinham a vontade de A servir e afirmam que não há melhor guia para chegar a Deus do que a própria Mãe de Deus".

CARTA DAS E.N.S. -1-


EDITORIAL

ENCONTRO DA NOITE

Quando, em 1947, alguns casais e eu próprio decidimos colocar as Equipes de Nossa Senhora sob a proteção de Maria, não foi, acreditem, para obedecer a uma moda ou ceder a uma facilidade. . . O que nos guiou foi a nossa fé na missão especial da Virgem dentro do Reino de Deus e a no&-sa confiança ilimitada na sua maternal solicitude. Não se trata apenas de dar a nossa Senhora um lugar nas nossas devoções, de lhe dirigir de tempos a tempos uma rápida saudação. l!: preci.so que tenhamos um grande empenho em aprofundar o pensamento da Igreja - que aliás apenas reflete o pensamento do Senhor - sobre o lugar admirável de Maria nos "designios de Deus" . Sem o que a nossa devoção para com ela, supondo que exista, será puramente sentimental, não nos poderá empc•lgar, e o respeito humano impedirá que nela falemos. Há uma teologia mariana para cuja elaboração contribuiraro os maiores entre os Padres e os Doutores da Igreja e que é um alimer.tc. maravilhosamente substancial para a inteligência e para o coração. ~ a esta fonte que é preciso ir beber. (1) Conhecer e viver. Conhecer o Mistério de Maria para o poder viver. Fujamos à tentação que ameaça os intelectuais, (1)

A Constituição Dogmática sobre a Igreja (Lumen Genlium), promulgada pelo Vaticano I!, termina com o capítulo sobre Maria, que vos aconselho a ler e a meditar, e de que poderão ler alguns excertos à pág. 15. -2-


de se importarem apenas com os conhecimentos teóricos. Maria não é um conceito. Maria vive, ama, está presente. Atua constantemente no Corpo Místico. Santa Teresa do Menino Jesus pôde escrever: "Compreendi que se a Igreja tinha um corpo, composto por diferentes membros, o mais necessário, o mais nobre de todos não lhe faltava: compreendi que a Igreja tinha um Coração e que esse Coração ardia de amor. Compreendi que só o Amor fazia atuar os membros da Igreja, que se o Amor acabasse por se apagar os Apóstolos nunca mais anunciariam o Evangelho, os Mártires recusar-se-iam a derramar o seu sangue". E Teresa acrescentava: "Sim, encontrei o meu lugar na Igreja e este lugar, 6 meu Deus, fostes Vós que m•o destes. No Coração da Igreja, minha Mãe, eu serei o Amor". Aquilo que é verdade em relação a Santa Teresa ainda o é muito ma.is em relação a Maria. Mas é ainda necessário que, pela confiança e humildade, a abertura e disponibilidade, numa palavra pelo amor, nos entreguemos à influência tno sentido forte da palavra) de nossa Mãe, Maria. Influência cuja ambição não é açambarcar a nossa inteligência, ·J nosso coração, a nossa vida, mas sim orientá-los para Deus, tomá-los para os oferecer a Deus. Almas trabalhadas, modeladas por Maria, são para as sementeiras da graça um terreno perfeitamente preparado. No nosso encontro de todas as noites, onde estamos reunidos - cerca de 40.000 - junto de Maria e lhe cantamos o nosso amor, gostaria que formássemos uma poderosa coligação para lhe pedirmos que faça espíritos e corações semelhantes ao seu para que, por nós e em nós, o Senhor possa fazer avançar o seu Reino. HENRI CAFFAREL

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CONHECER PARA MELHOR VIVER E MELHOR AMAR

O estud') do tema pelo casal (cfr. a Carta anterior) e a troca de idéia:; na reunião a partir das respostas escritas (ver as páginas seguintes) são propostas para que a Verdade ilumine a nossa vida. Receiam cair no "intelectualismo"? Eis alguns textos que sugerem em que sentido muito realista, devemos orientar as nossas reflexões e discussões do tema.

"Na Bíblia o conhecimento provém, não da atitude puramente intelectual, mas de uma experiência, de uma presença. Desenvolve-se, necessariamente, no amor." (nota da Bíblia de Jerusalém sobre João 10, 14: "Conheço as minhas ovelhas e ela~ conhecem-me."). "0 boi conhece o seu boiadeiro e o jumento a manjedoura do seu dono, mas Israel não me conheceu e o meu povo não entendeu." <Isaías 1, 3). ·~ esta a vida eterna: que Te conheçam a TI", dizia Jesus (João 17, 3).

"Não há vida sem conhecimento, nem conhecimento certo sem a verdadeira vida... o conhecimento deve identüicar-se ao teu coração, e o Verbo da Verdade em ti recebido tornar-se na tua vida." (Epístola a Diogneto, fim do século I! ). "A mensagem de Cristo não deve aparecer como qualquer coisa desligada da vida real, em que jovens e adultos estão mergulhados : família, amizades, estudo, trabalho. aspirações, doenças, etc. A Palavra de Deus, que a catequese deve anunciar, tem :l.e aparecer como luz vinda do alto, para iluminar a vida; como resposta aos problemas mais profundos e às aspirações mais verdadeiras do homem moderno; como a Palavra de Deus que dá sentido à exi&tência humana e à história." (Cardeal WRIGHT, Setembro de 1971). -4-


A REUNIAO DE EQUIPE

A DISCUSSÃO DO TEMA NA REUNIÃO

Na Carta Mensal n9 5, falamos da preparação do tema de estudo, pele• casal. Hoje é da discussão do tema na reunião que lhes queremos ialar - sem querer ser exaustivos mas abordando: os objetivos os obstáculos a evitar a sua preparação como conduzi-la bem OS OBJETIVOS DA DISCUSSAO DO TEMA

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Responder às perguntas de uns e de outros

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Conhecer melhor, juntos, o pensamento de Deus

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Ajudarem-se mutuamente a integrar este pensamento na própria vida Responder às perguntas - O estudo pessoal do tema foi acrescido pelo estudo do casal. :t muito raro que um casal saiba, só por si, resolver os problemas que se lhe apresentam, acerca do assunto estudado; que não tenha o desejo de aprofundar os conhecimentos doutrinários. Procura-se, na equipe, em conjunto, resposta para as indagações de todos; há troca

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de conhecimentos e ajuda mútua. A presença e a participação do conselheiro espiritual contribuem para que essa resposta seja iluminada pelas luzes da doutrina e da tradição da Igreja, pela experiência do sacerdote que é educador de almas. Conhecer melhor, juntos - Os conhecimentos dos outros ampliam os nossos próprios conhecimentos; mas também, juntos, abrimo-nos para novos enriquecimentos . Isto tem grande importância porque nos ajuda a conhecermo-nos melhor uns aos outros e a fazer da equipe o "triunfo de caridade" que procuramos realizar. Não esqueçamos que a irradiação e a fecundidade da nossa equipe serão aquilo que for a caridade na equipe. Integrar na vida - Porque nos conhecemos melhor, porque procuramos resolver juntos as dificuldades de uns e dos outros, estamos muito mais preparados para praticar o auxílio mútuo. Tendo apreendido as linhas gerais do pensamento de Deus, conhecendo melhor os ensinamentos da Igreja, resta a cada um descobrir os pontos de aplicação (cabe aqui a pergunta: "O que vai ser modificado na minha maneira de pensar, na minha maneira de agir?") . Cada um há-de descobrir, sim, mas talvez com a ajuda dos outros . Cada um deve viver melhor, mas seguramente com a ajuda dos outros. lt necessário lembrar que esta ajuda deve ser discreta, ditada pela verdadeira caridade que exclui toda intransigência e toda severidade. OS OBSTACULOS A EVITAR

A procura do pensamento de Deus, torna-nos muito humildes . Na discussão do tema, não se trata de fazer uma exposição brilhante nem de esmagar um adversário . Leiam a seguir, algumas caricaturas: foram publicadas num antigo editorial intitulado: "O inimigo público n9 1". Vejamos se alguma delas não nos diz respeito ... "Serão as intervenções deste, alguma coisa mais do que a exposição complacente dos seus próprios pontos de vista?

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Espera a admiração, a homenagem da assembléia. A menos que se trate de uma dessas pessoas que se contentam com a admiração que têm por si próprias. Reparem naquele outro - a maior parte das vezes uma mulher - que, com a cadeira ligeiramente recuada, permanece silencioso. Não se apressem em o considerar mais humilde que o anterior. Também ele aprecia as suas opiniões pessoais . Se permanece calado, é talvez simplesmente porque o seu monólogo com elas o satisfaz... a menos que considere os outros indignos de suas confidências, incapazes de o compreender. Para estar acima dos outros - refiro-me aqui à superioridade intelectual - só há dois caminhos: ou crescer no próprio valor, ou diminuir o dos outros. Esta última maneira de agir é incontestavelmente mais fácil e menos fatigante. E é realmente esta a razão porque são tão numerosos aqueles que passam a vida a criticar - deveria dizer: a denegrir. Quando encontramos um desse gênero, podemos ter a certeza de que é portador de bacilos, quero dizer, que é habitado pelo orgulho. Um parente próximo do anterior, é o eterno "espírito de contradição". Parece - e não é apenas aparência - sentir-se mal se outro vem a ter razão. Podemos nos enganar e julgar à primeira vista que se trata de um espírito penetrante que recusa as soluções simplistas, que tem um sentido agudo da ambiguidade intríru:eca de todas as coisas. Observem mais atentamente: a sua atitude revela mais amor próprio que inteligência. Se tiver de tratar, já não com iguais, mas com uma autoridade, então sistematicamente, adere ao partidn da oposição. Cria-o, caso não exista, mesmo que tenha de ser o seu único membro. A bem dizer, o orgulhoso, muitas vezes não critica, não contradiz nem se opõe . Nem mesmo escuta o seu interlocutor. Sem dúvida que o deixa exprumr-se, mas para ter por sua vez o direito de falar. Ah, saber escutar, é uma grande

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arte. Mais do que uma arte é uma virtude rara, mas incompatível com o orgulho. Eu disse: ele não escuta. Contudo, sabe perfeitamente quando o outro acabou de falar e que a ocasião é propícia para tomar a palavra. ll: certo que, muitas vezes, nem mesmo espera que se tenha terminado para intervir. Que não se pense em fazer pouco de "seus filhos" quero dizer, de suas idéias pes"Soais: - como a leoa em defesa de sull. progenitura, não tardará a rugir ... Sob esta:- formas variadas, o orgulho se esconde. Muito particularmente esta forma de orgulho, veneno das relações humanas, que é o apego às opiniões próprias, às idéias pessoais. Por certo, na equipe, estamos de sobreaviso. Mas não se pode afrouxar a vigilância. Se este pernicioso orgulho conseguir insinuar-se entre nós, depressa comprometerá esse "triunfo da caridade fraterna" que é o nosso grande objetivo. A melhor profilaxia será, ao sair de cada reunião, fazer um exame de consciência leal sobre este ponto. E por que não o haveriam de fazer juntos, marido e mulher, ao voltar para casa?" A SUA PREPARAÇÃO

O casal que deve orientar a troca reumao. Mu:tas equipes preferem que noite, recebe a equipe em sua casa. acham que o casal que recebe já tem preparação material. Não há, nesse ou orientação a dar.

de idéias varia a cada seja o casal que, nessa Outros, pelo contrário, muito que fazer com a ponto, nenhuma regra

O chamado "casal animador" vai, pois, receber todas as respo.stas escritas e estudá-las, para identificar as questões, os pontos importantes. Prepara a discussão com o Canse-8-


lheiro da equipe, seja a sós com ele, seja também com o casal responsável. Jl: essencial que o Conselheiro esteja a par das respostas antes da reunião; é necessário pois, fixar o encontro preparatório para os últimos dias, quando o conjunto das respostas terá provavelmente chegado. E que o casal animador não hesite em alertar os retardatários. O casal animador e o Conselheiro combinam juntos a maneira como a discussão do tema deverá ser conduzida, quais as questões que devem ser abordadas, a ordem de sua apresentação, os pontos de doutrina a acentuar ou explicar, etc. COMO CONDUZI-LA BEM? O casal animador não deverá esquecer, sobretudo, que deve suscitar uma troca de impressões e não fazer uma exposição. Durante alguns minutos, indicará com clareza como deve desenrolar--se a discussão, ou apr&entará uma sintese muito clara dos arpectos essenciais e as características das respostas, suscitanão assim as intervenções de uns e de outros. Um outro método consiste em lançar na mesa, umas após outras, as questões apresentadas, antes de passar à frente. Seja qua\ for o proces'So adotado, trata-se de fazer falar: pedir a um ou a outro que explicite uma dúvida, que desenvolva uma icléia, que conte uma experiência a que se tenha referido na sua resposta. O casal animador procurará que todos falem, em especial as mulheres (acontece às vezes, dizem, que estas ficam mudas ... ) e que todos saibam ouvir. Deve evitar as discussões "bizantinas" que são puro jogo do espírito e não humilde procura da verdade. Cabe-lhe interrompê-las, como também por cobro a uma discussão que se prolonga sem proveito ou se afasta do assunto. Finalmente, é preciso referir tudo a Deus: os problemas conjugais e familiares são por sua natureza bastante empolgantes e somos tentados a resolvê-los por nós mesmos. Mas

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é preciso ultrapassar esta fase e procurar juntos o que é susceptível d~ unir cada vez mais os casais ao Senhor. Qualquer descoberta da verdade é uma iniciação na intimidade de Deus, porque se compreende melhor o Seu pensamento ::;obre o homem, sobre o nosso lar, sobre o mundo. Deve levar -nos a nos colocarmos cada vez mais ao Seu serviço e ao do Seu Reino. Esta preocupação não deve apenas orientar o crmeço da reunião quer dizer, a oração propriamente dita, mas também a própria discussão do tema. Isto pode ser feito sem artifícios, se estivermos nós mesmos profundamente convencidos de sua possibilidade. Ao terminar, é preciso tentar sugerir resoluções, pois é e.ssencial que as verdades, descobertas através do trabalho pessoal e da troca de idéias, se tornem realidades vivas. o casal animador não deve hesitar em pedir ao conselheiro espiritual que ponha em destaque uma verdade ou sugira possíveis aplicações.

• Lê-se no Livro dos Provérbios: "Fatiguei-me à procura de Deus". E nós? No entanto, a nossa vitalidade cristã depende disso. Não pode haver vitalidade cristã sem fé viva, renovada sem cessar por novas de~ cobertas. Oxalá que o tema de estudo seja para nós o ponto de partida para esta procura.

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A ESCUTA

DA

PALAVRA

DE

DEUS

Entre os motivos que os levaram a entrar para as Equipes de No.•sa St'nhora, está o de procurarem atingir uma vida espiritual de cristãos casados mais verdadeira. Neste mundo sem Deus, ~m que vivemos, a nossa fé está submetida. a grandes provas, pois nem sempre é suficientemente apoiada pelo meio ambiente . Mais uma razão para a alimentar abundantemente; é por este motivo que a atenção à Palavra de Deus se toma necessidade vital para todos os cristãos do final do Século XX . Na sua conferência em Roma, 1970 "As Equipes de Nossa Senhora em face do ateismo ", o Cônego Caffarel quis chamar a atenção para. três orientações a assumir. Eis como se referiu àquela. que agora nos interessa.: "A escuta da palavra de Deus é a segunda. orientação geral que vos proponho . A ascese, no sentido do caminho para a santidade, exige um ativa e perseverante busca de Deus, especialmente através do e~ tudo das Escrituras. Ora este estudo ocupa um lugar demasiado fraco na vida pessoal dos esposos, na vida do lar, na vida de equipe. Doravante será necessário lançarmo-nos nela mais decididamente . Veremos então os milagres que a Palavra de Deus opera, pois ela é criadora: faz viver aqueles que se abrem à sua virtude, faz surgir a alegria no lar. Parece-nos que se tantos casais, se tantos cristãos descuidam o estudo e a meditação da Palavra de Deus, é por não :>erem ajudados a descobri-la. Não faltam livros e revistas, é certo, mas nada substitui a procura em comum. Razão porque de futuro, além dos temas sobre espiritualidade conjugal que agora se irão basear no discurso de Paulo VI, todos os outros serão centrados na Palavra de Deus, fun-11-


damento de toda a vida espiritual. E estou convencido de que as nossas reuniões de equipe conhecerão aquele fervor que reina sempre nos cristãos reunidos para aprofundar as Escrituras". Um ano mais tarde a Equipe Responsável voltava a este assunto para responder à seguinte pergunta: "Em que consiste a nova orientação referente à leitura refletida da Palavra de Deus?" "Para pintar Cristo é preciso viver com Cristo", dizia Fra Angelico. Para reproduzir Cristo em nós e na nossa vida é preci~ o encontrá-lo assiduamente. Encontramo-lo em primeiro lugar, no Evangelho. Ora quantos dos nossos casais estarão verd~. deiramente familiarizados com os evangelhos e com o conjunto do Novo Testamento? ll: por este motivo, e através desta orientação, que o Movimento quer incitar os casais a tomarem frequentemente contato com a Palavra de Deus, a começar pelo Novo Te:tamento onde se desvendam as "insondáveis riquezas de Cristo". Cada um terá de inventar a sua maneira e o seu ritmo próprio. Daqui por diante, na reunião de equipe, com exceção dos Temas-base scbre o amor e o casamento, só serão estudados temas bíblicos que nos ajudem a aprofundar a revelação divina e os aE<r-ectos mais imr::ortantes da vida cristã à luz da Sagrada Escritura". Este enccntro fr eqüente com a Palavra de Deus. este mPlhor conhecimento do Seu nensamento. vão-nos rerl""itir viver melhor e amar mell--or (páo-lna 4 desta Carta), seguindo o exemplo da virgem Maria (página 15).

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OS MEIOS DE APERFEIÇOAMENTO

A

ORAÇÃO

DAS

EQUIPES

A oração das Equipes é a grande reumao quotidiana do movimento cujos membros estão dispersos por todo o mundo. Ninguém discute o significado da oração familiar embora seja, algumas vezes, difícil de realizar : a famflia, enquanto tal, deve prestar culto a Deus. Acontece o mesmo com qualquer movimento ou coletividade. A oração coletiva, global, tão impressionantt· nas reuniões regionais ou nos encontros anuais de Casais Re.•ponsáveis, deve ser continuada todo o ano, mesmo quando c im:t:ossível encontrarmo-nos ombro a ombro. Já fizeram a experiência do calor da entreajuda fraterna na sua equir e. Quando fizerem o compromisso, vai ser-lhes pedido que e~tendam essa entreajuda a todo o Movimento que, pouco a pouco, terão aprendido a conhecer melhor. Já desde agora a oração das E . N.S. é a maneira de explicitar o tomar a cargo, em plano espiritual, dos outros casais do Movimento. Devemos poo.er contar uns com os outros, conhecidos ou desconhecidos e "levar-nos uns aos outros na oração", conforme o conselho de S. Paulo aos Gálatas. Por que se e: colheu o Magnificat como oração das Equipes? lt a única oração de Maria que o Evangelho nos trans-

mitiu. O Magnificat é recitado todos os dias durante o ofício divino que é a oração oficial de toda a Igreja. lt, portanto, a própria oração da Igreja. -13-


- Recitando-a diariamente, esta oração vai-se tomando nossa e ajudar-nos-á a compreender melhor os sentimentos de Maria quando explodiu nela esse cântico de ação de graças, sentimentos oue deverão ter continuado a ser os seus durante toda a vid~:~., · nas horas fáceis e nas difíceis. Oxalá que a sua Alegria se tome a nossa 1 A recitação do Magnificat é seguida pela invocação : Nossa Senhora das famílias, rogai por nós!

*** "Quando do coração de um homem, brota uma oração de palavras válidas e vivas, é justo e belo que outros a utilizem, porque assim se forma a comunhão nas coisas ~antas. As oraçõer. que outros homens pronunciaram podem ensinar-nos algumas coisas... pois são a expressão das suas exoeriências r vitórias sobre si próprios; quando as empregamos, aprendemos com eles; não só nos exprimimos nós mesmos, com1 . também despertam em nós, tantas coisas que dormitavam em nosso íntimo . Especialmente as orações dos santos são muitas vezes verdadeiras descobertas no mundo interior da comunhão com Deus, são caminhos que conduzem a Deus, são possibilidades de nova vida . Uma boa oração pode ser para o homem interior o que o pão é para o esfomeado, o remédio para o doente, uma flor para quem estiola no quotidiano incolor . Algumas orações vêm-nos do próprio Deus e fazem parte da R evelaçãc . . . Foi o Espírito de Deus que as inspirou a fim de que sirvam de escola de oração para os outros . Pode-se dizer o mesmo das grandes orações que se lêm no Evangelho. ror ex<>mplo o Cântico de ação de graças de Maria, no Magnificat". ROMANO GUARDINI

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OS ESTATUTOS, ECO DA PALAVRA DE DEUS

"As Equipes colocam-se sob a proteção de Nossa Senhora. As~im sublinham a vontade de A servir e afirmam que não

há melhor guia para chegar a Deus do que a própria Mãe de Deus".

"Feliz daquela que acreditou que teriam cumprimento as coisas que lhe foram ditas da parte do Senhor". lLucas, 1, 45) "Maria, por seu turno, conservava todas estas palavras, meditando-as no seu espírito". (Lucas, 2, 19, cfr. 2, 50) "Felizes as entranhas que te trouxeram e os peitos a que fostes amamentado. Ele porém, retorquiu: - Felizes antes os que ouvem a palavra de Deus e a guardam". (Lucas 11, 27, 28) "Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a. palavra de Deus e a põem em prática". lLucas 8, 21) ":1!: um só o nosso mediador, segundo as palavras do Apóstolo: "Porque há um só Deus, também há um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus. verdadeiro homem, que se ofereceu em resgate por todos" ll Tim. 2, 5-6) . A função maternal de Maria para com os homens, de nenhum modo obscureceu ou diminuiu esta mediação única de Cristo, antes mostra a sua eficácia. Na verdade, todo o Influxo salutar da Santíssima Virgem em favor dos homens não é imposto

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por nenhuma necessidade intrínseca, mas sim por livre escolha de Deus, e dimana da super-abundância dos méritos de Cristo, funda-se na sua mediação, dela depende absolutamente e dela tira toda a sua eficácia; e, longe de impedir, fomenta amda mais o contato imediato dos fiéis com Cristo". LUMEN GENTIUM

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Mas, para nós, filhos ingratos, que a maior parte das vezes só compreendemos o amor maternal depois da vida nos ter moldado, corrigido e desembaraçado do supérfluo, é grande Einal de rencvação e luz aprender a voltar o no•so coração filial para esse imenso coração silencioso que bate fielmente por nós no fundo dos céus. "Maria está mais pró~ima de nós que o nosso anjo da Guarda, diz o Pe. Bernadot; a maternidade de Maria é mais elevada do que a da Igreja, mas a ação de Maria é discreta, íntima, semelhante à ação da Eucaristia na Igreja", mas é preciso estar atento para o compreendermos. JOSEPH MALEGUE

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OS MEIOS DE APERFEIÇOAMENTO

O

ACOLHIMENTO

DOS

OUTROS

Algumas das obrigações dos Estatutos são pessoais: a regra de vida, a preparação individual do Tema, o retiro anual, a meditação diária; algumas são conjugais: o dever de sentar-se, a oração familiar, a troca de impre~ões em casal acerca do Tema; outras dizem respeito à vida em equipe: assistir às reuniões; finalmente outras são relativas ao Movimento : a recitação da oração das Equipes, a leitura do Editorial da Carta Mensal, a contribuição, acolher os casais das outras equipes. Hoje diremos algumas palavras sobre a última, que aliás parece evidente: "Entrar em contato e acolher com coração fraterno, quando se lhes oferecer a oportunidade, os casais das outras equipes". lt extraordinário como a prática desta obrigação abre o coração e a alma de um casal. Descobrem que os une uma enorme fraternidade, que podem conversar como velhos amigos, quando uma hora antes ainda não se conheciam. Feita a descoberta desta amizade cristã e uma vez que seja cada vez mais vivida no seio da equipe e das equipes, tornar-se-á cada vez mais acolhimento aos outros, a todos os outros. - 1 7 --


Se nos primeiros tempos hesitam em receber assim casais desconhecidos, ou em pedir-lhes hospitalidade, depressa se apercebem que vale a pena ficar um tanto atrapalhado e que as duas "partes" beneficiam do encontro. A que casais, dos descri tos a seguir, nos assemelhamos? - Há o casal tlmido que faz parte de uma equipe do Canadá ou da Europa e que vem conhecer o Brasil . Gostaria muito de ver outros casais, de assistir a uma reunião de equipe, passar mesmo alguns dias em casa de amigos desconhecidos, mas não tem coragem de o pedir . . . Será preciso um acaso ou a insistência do seu Casal Responsável que anunciará a sua viagem, para que participe da grande fraternidade das Equipes, para que assista a um Encontro Regional ou a uma reunião de equipe . - Há o casal individualista (que ainda não conseguiu compreender o que procuramos viver) que diz: "Férias são fér ias. As Equipes são boas para a vida normal. Além disso, a minha e(lu1pe chega-me perfeitamente. Não vejo porque se há-de complicar a vida arranjando novos conhecimentos ... " - Há o casal mais simples, mais aberto, que, porque uma vez pediu para lhe indicarem um casal ou uma equipe na região onde vai todos os meses por causa do seu trabalho, fez amigos, pôde ajudar um dos casais que o recebia arranjando-lhe trabalho, fez com que a sua equipe \Onde a discussão do Tema era sempre bastante fraca) aproveitasse a experiência e as idéias dos outros . - Há o casal cheio de entusiasmo que se quer servir das viagens de negócios ou de férias para encontrar outros casais e lhes dar a conhecer o nosso Movimento . Melhor do que estas descrições é o que vocês são, o que nós somos . Melhor ainda, será a nossa maneira de viver e tornar nossas estas linhas de S . João <F' Epístola 4, 12) : "Se nos amarmos uns aos outros, Deus em nós permanece e o Seu amor é perfeito em nós" .

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TESTEMUNHO

UM

CASAL

SEM

FILHOS

Extraímos estas linhas de um artigo publicado no "L'Anneau d'Or " (N9 15-16) por Paul e Marie-Louise Macé : "Slm! 1 Quantos apertos de coração, decepções, dúvidas, desesperos cabem nesta simples frase: Não temos filhos! Que fazer? Mergulhar cada vez mais na tristeza? Alguns tornam-se ciumentos, invejosos, já não conseguem suportar a vista das alegrias familiares .. . Muitos endurecem o coração c instalam-se no egoísmo .. . Outros caem na ociosidade, na vida dispersa em ninharias, em futilidades, vazia de trabalho útil... Cada um atribui ao outro cônjuge a provação comum .. . Só lentamente compreendemos que havia algo de muito maior nas nCJssas vidas. Tornou-se evidente que a nossa atitude negativa de "postos de lado" que procuram tirar o melhor partido possivel de uma vida comprometida ou fracassada, era falsa e que no pensamento de Deus a nossa provação constituia um chamamento, uma vocação que exigia testemunho especial. Compreendemos que no mundo ateu que já não reconhece a Sua soberania, devíamos testemunhar que Deus é o Senhor. Aquele que, na Criação, dispôs as sombras e a luz, as grandes exter1sões estéreis ao lado das planícies fecundas, co-19-


locou ao lado dos lares povoados os lares desérticos onde o homem e a mulher, ajoelhados diante Dele, O reconhecem como Senhor da Vida, digno da mesma adoração, quer pelo dom como pela recusa que nos faz da sua fecundidade. Na organização do Seu Reino a sua Vontade é lei... Pouco importa a ordem de mt>são que cada um recebe; a única coisa essencial ao dia da nossa Anunciação, é estar com a atitude da Virgem e pronunciar o Fiat total e cheio de amor. ll: preciso reconhecermos que é uma atitude mais fácil para aqueles que têm a certeza da sua esterilidade e muito mais esgotante e meritória, mas igualmente necessária, durante o período em que se aguarda, em que se espera ... E:ta aJesão de alma é fecunda. Compreendemos que o nosso lar, abençoado por Deus no dia do nosso casamento, privado dessa fecundidade visível que são os filhos, iria conhecer a fecundidade espiritual através do sacrifício assumido, e que c. nosso Fiat daria Cri~ to às almas . Mas, para tal, é preciso que as fontes da vida não sequem em nós, é preciso conservar, sem rigidez nem endurecimento, o coração maternal e paternal que Deus nos deu, e levarmo-lo aos outros".

*** Não há aflitos entre vós? ll: verdade que não há pecado nem dor? Não há mães que tivessem perdido seu filho? Nem quedas sem culpa? Nem doença que o médico reconheceu e que sabe sem esperança? Por que havemos de privar o nosso Deus do que lhe é próprio, do c;ue lhe pertence? -20-


As vossas lágrimas e a vossa fé, o V<>.!:SO sangue junto ao Dele no cálice, tal como o vinho e a água, matérias do Seu sacrifício l ~ isto que. com Ele, salva o mur.do, é disto que Ele tem fome e sede.

Estas lágrimas, como dinheiro deitado ao mar, tanto sofrirr.e:- to em vão, meu Deus! Tende piedade daquele que só teve trinta e três anos para sofrer! Juntai a vossa Paixão à Sua, porque só se pode morrer

uma vez!

PAUL CLAUDEL

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DIALOGO

"COMPROMISSOS"

EXTERIORES

Um casal de ligação preocupa- ~e: "Certos documentos do Movimento recordam-nos que o nosso objetivo, nas Equipes, é a perfeição cristã, o que é ótimo . Mas recordar-nos este objetivo não é suficiente, porque eeperamos também que o Movimento nos desperte para os vários aspectos desta vida cristã e das nossas responsabilidades. Ora, parece-nos que, se certos aspectos são muito valorizados, há outros que o são muito menos.

Insistem muito na vida cristã pessoal, conjugal e familiar, o que é absolutamente necessário tdevemos imenso às Equipef neste campo), mas deixam demasiado na sombra as nossas responsabilidades temporais e apostólicas . Dizem-nos muitas vezes: sejam prudentes, não se deixem submergir com tarefas de toda a ordem, conservem o equilibrio da vida pessoal e familiar. Há realmente nas Equipes tanta gente absorvida totalmente pela sua ação temporal ou apostólica? E se há, de fato, não será um pouco porque a repartição não se faz por um número suficiente de pessoas? Se se aconselha a uma moderação, não será preciso levar os outros a tomar, quando é preciso, responsabilidades em todos os domfnios? Os Estatutos são muito claros e completos mas é preciso dar a todos os aspectos o seu devido valor". -22-


Já não é a primeira vez que se criticam as Equipes por não orientarem os seus membros no domínio da ação, por os deixarem sem diretrizes concretas. Mas como é possível dar conselhos ou orientações que sirvam para todos? É a própria diversidade dos membros das Equipes que nos retém, neste aspecto: casais acabados de se constituir ao lado de casais que festejaram, por vezes Já há bastante tempo, as suas bodas de prata; casais fortes e saudáveis e casais em que um dos membros está cansado ou doente; casais em que o marido está relativamente pouco absorvido pela profissão e casais desequilibrados por uma atividade profissional intensa; casais das grandes cidades e casais rurais; e finalmente casais de 30 países diferentes em que as necessidades da Igreja e da Sociedade variam extraordinariamente. Além disso, como já dissemos muitas vezes, não é o Movimento que deve intervir mas a equipe. O conselho que lhes damos é este: ajudem-se uns aos outros em equipe, a descobrir a vontade de Deus, a vocação própria, as atividades a que se devem consagrar. Façam das suas atividades exteriores, dos seus "compromissos", das suas preocupações apostólicas, temas do pôr em comum ... Provocamos um pôr em comum sistemático sobre este assunto em 50 equipes, pedindo-lhes que respondessem a um inquérito. Cada um devia fazer a lista das suas atividades exteriores à família, atividades pessoais, atividades comuns aos esposos. Cada um devia indicar se essas atividades lhe pareciam excessivas, suficientes, insuficientes, e se lhes pareciam prejudiciais ou úteis para a vida de família, e designadamente para os filhos. Mas como por vezes é difícil uma pessoa julgar-se a si própria, a troca de impressões na reunião devia ajudar a equipe a fornecer elementos de apreciação. "A equipe, na altura deste inquérito, viveu uma das suas melhores reuniões. Foi uma espécie de pôr em comum geral, fizemos com que cada um falasse o mais -23-


possível e tivemos assim conhecimento pormenorizado das atividades de todos. Sem que tivéssemos de pensar muito, impôs-se a conclusão: não bastava conhecer a responsabilidade dos outros, era necessário tomá-los a cargo. "Levai os fardos uns dos outros": as nossas atividades devem sei· o prolongamento da ação do E:Oenhor no mundo. Sê-lo-ão se a sua fonte for a oração, se se apoiarem na oração. Aqueles que não tiverem nenhuma possibilidade de ação ajudarão os outros pela oração" . Recordemos o que nos dizem os Estatutos: "Querem fazer de todas as suas atividades uma colaboração à obra de Deus e um serviço prestado aos homens; entendem dever ser, por toda a parte os missionários de Cristo . Devotados à Igreja, querem estar sempre prontos a responder aos apelos do seu Bispo e dos seus Padres". Assim, ninguém pode ficar dormindo! ... Deixamos a conclusão a dois membros das equipes: "~ p:·eciso tentar ver como podemos colaborar na obra de Deus na família, na profissão, na sociedade, no apostolado. Poderemos resumir essa colaboração com Deus na imagem de um instrumento. Somos instrumentos nas mãos de Deus: Quais são as qualidades de um instrumento? Primeiro, estar bem firme nas mãos; ora, este estar na& mãos de Deus realizar-se-á na oração, que as Equipes nos revelam em todas as suas formas . ~ preciso depois que o instrumento seja sólido: a formação doutrinai que recebemos nas Equipes deve dar-nos e&ta solidez. Finalmente é preciso que o instrumento seja eficaz, que deixe um traço marcado por onde quer que passe".

"Parece-nos evidente que, se o compromisso dos membros da equipe é favorecido pelo dinamismo da equipe, a vida desta, por sua vez será enriquecida pela ação dos seus membros, se a puserem em comum. Passados os primeiros anos, ricos e fecundos em descobertas espiri-24-


tuais, conjugais e familiares, como ter-se se continuar fechada sobre trário, os compromissos de cada fonte de graças para a equipe, se acerca dEles".

pode uma equipe mansi própria? Pelo conum fora do lar serão houver pôr em comum

***

Na grande comunidade da Igreja, bem como em qualquer comunidade cristã, conjugal ou outra, é cada membro que, dia a dia. participa na re-criação de todo o corno. Se um membro, dominado pela paixão criadora pe~soal, realiza a sua obra sem a inserir na criação comum, destrói-a sem querer. ROGER SCHUTZ

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ORAÇÃO

PARA A

REUNIÃO

TEXTO DE MEDITAÇAO:

Narração da visita de Maria a sua prima Isabel (Lucas 1, 39-45)

Max Thurian, da comunidade protestante de Taizé, fala assim deste encontro: "A palavra de Maria foi ouvida como a palavra de Deus; João Batista, o Precursor, apesar do seu estado de inconsciência, estremeceu de alegria; Isabel ficou cheia do Espírito Santo. A palavra de Maria, por causa do Messias que traz em si, identifica-se à própria Palavra de Deus, produzindo o milagre do despertar do Precursor para a alegria messiânica e o abundante dom do Espírito a sua mãe. Maria surge assim, pela primeira vez, intimamente ligada à missão do Filho de Deus; é verdadeiramente a Mãe do Senhor. A Mãe e o Filho são apenas um; a palavra da mãe transmite a Palavra do Filho, comur.ica o Espírito de Deus e produz um milagre divino em Isabel. Esta união da mãe e do filho acentua profundamer;te a realidade da Encarnação. Deus fez-se verdadeiramente carne através da Virgem Maria ; é o filho de Maria, Maria é a Mãe de Deus . lt esta realidade da Encarnação que o título de Maria, "Mãe de Deus", quer afirmar". "Por aqueles dias, pôs-se Maria a caminho e dirigiu-se às pressas para a serra, em direção a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Apenas Isabel ouviu a. saudação de Maria, saltou-lhe o menino no seio; Isabel ficou cheia do Espírito Santo e erguendo a voz exclamou: -26-


- Bendita és Tu entre as mulheres e bendito o fruto do Teu ventre. E donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? Pois, logo que me chegou aos ouvidos o eco dr. tua saudação, saltou de alegria o menino no meu seio. Feliz daquela que acreditou que teriam cumprimento as coisas que lhe foram ditas da parte do Senhor!" ORAÇAO LITúRGICA

A minh'alma engrandece o Senhor, exulta meu espírito em Deus, meu Salvador! Pôs os olhos na humildade de sua serva; doravante toda a terra cantará os meus louvores. O Sanhor fez em mim maravilhas; Santo é seu nome! Seu amo;: para sempre se estende Sobre aqueles que o temem. Demonstrando o poder de seu braço, dispersa os soberbos. Abate :.>s poderosos de seus tronos; e el1::va os humildes. Sacia de bens os famintos; despede os ricos sem nada. Acolhe Israel seu servidor; fiel ao seu amor, e à promessa que fez aos nossos pais, em favor de Abraão e de seus filhos para sempre. Glória ar Pai, ao Filho e ao Santo Espírito, desde agora e para sempre, pelos séculos. Amém .

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Composto e impresso na EDITORAS UNIDAS LTDA .

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