Entreverbo #44

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ANO 5 - EDIÇÃO 44 - NOVEMBRO DE 2021

Henrique Veber: Editor Geral

Tudo junto misturado ao mesmo tempo: poeta, escritor, filósofo, professor, mediador de leitura, editor da Entreverbo, acredita no fazer sem crer em resultados.

Jonatan Ortiz Borges: Editor de Conteúdo Não pode dizer que no princípio fez o céu e a terra. Pois um tal de Deus já tinha roubado a ideia. Faz desde então o que pode com seu ofício de poeta e vez em quando consegue construir e desconstruir, criar e recriar tudo o que há no mundo através do verbo. É um ser em constante busca e construção sem ser, e pelo que é não sabe se será... Amém.

Felipe Magnus: Editor Gráfico Cidadão do mundo. Escreve e interpreta poesia. Produz revistas, livros, colagens, curta-metragens. Também é professor de idiomas e tradutor. Aprendiz de flautista. Acredita na arte como ferramenta de crescimento individual e coletivo.

Conselho Editorial: Henrique Veber, Jonatan Ortiz Borges, Felipe Magnus. Fotografias (“Poente em Ipanema”) por Felipe Magnus Publicação produzida 100% em Software Livre + Linux


Editorial Olá amantes, apreciadores e aprendizes da palavra! Sejam todas e todos recebidos com nossas poéticas saudações. “No princípio era o verbo...” A Entreverbo foi, é e continuará sendo um coletivo que busca transmutacionar o mundo através da palavra e todas as suas possibilidades! Dito isto... tanto o verbo, quanto o convite feito para entrarem e estarmos unidos, entre cativos do fazer poético, tem por objetivo dizer algo que (graças a vocês) há muito tempo já é mais do que jamais imaginamos! Hoje a ENTREVERBO é a anunciação do verbo! Somos a palavra não dita, o fonema ainda tremulando nas cordas vocais, a palavra pensada epifanicamente... Graças à confiança de vocês no nosso singelo trabalho, entendemos que somos, não sendo... pois todas e todos que contribuem conosco são e fazem a Entreverbo cada vez mais paradoxal. E por tal motivo, mais do que nunca, todas as iniciativas por nós propostas tem por objetivo incluir, agregar e convidar poetas para, juntos a nós, continuarmos a aprender e crescer, recriando o mundo com o exercício de poetizar os dias. Quando começamos, tinham umas pedras no meio do caminho, no meio do caminho tinham umas pedras, nunca esqueceremos destes fatos na vida de nossas retinas já tão fatigadas... tinham umas pedras no meio do caminho. Mas deixem-nos contar um segredo: as pedras, todas elas, foram lapidadas e transformadas em esculturas feitas pelas vossas mãos. Cada poetisa e poeta que acredita na Entreverbo, é um “Rodin” que dá forma e lapida um sonho chamado poesia. Hoje, juntos com vocês, iniciamos um novo ciclo: nosso coletivo completa mais um ano de existência! Parabéns pra todos nós! O que o futuro nos reserva? Não sabemos, mas temos planos... pedimos que continuem a depositar sua fé no que fazemos. O amanhã é logo ali dobrando a esquina dos versos diversos! ...No princípio era o verbo... Ainda é! Mas também é mais! E esse mais pode ser tudo e infinito! Por isso... Eis, o convite: Só vem! Eis, o motivo: Anunciar uma velha novidade!! Então, permitamo-nos: a poesia não pode parar!!! E NÃO VAI!


palavra passar da palavra à poesia frágil poesia a fremir em raras letras desavisadas rápida se vai a poesia se esvai junto gravetos secos para começar o fogo quase não uso adjetivos quase não uso conceitos mas achas fogueira fogo cinza poeira poeira da palavra Carlos Eugenio Vilarinho Fortes Palmeira das Missões / RS

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Gutural Minha garganta pede, Já há um tempo, Permissão; não para o que bebe, Mas para um grito. Para um não, Para tantos, Em um manifesto aflito. Por dores, por enganos, por prantos... Meu estímulo gutural Andou um tanto reprimido. No entanto, não se aquieta Mais com comprimido, Com placebo enfiado goela abaixo. Agora que acordou Para beber um riacho, Não aceita mais a aridez de deserto. Minha garganta hoje usa de sensatez. Ela grita a céu aberto. Bebeu liberdade E se embriagou. Meu grito tem toda a vontade Daquele que na aridez Habitou su fo ca do. Suely Andrade Fortaleza / CE facebook.com/suelyandradetextos

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Filtro de efeitos II ato feito não dá para ser perfeito com defeito humano já vem ser : traço falho ser falho não dá para ser humano já vem traço feito perfeito ato : com defeito traço perfeito não dá para ser feito ato falho já vem com defeito : ser humano Rozana Gastaldi Cominal Hortolândia - SP @rozanagastaldi

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OUTRO POEMA Um poema concreto Um poema com credo Um poema com teto Um poema concerto Um poema certo Um pó e um acento Um poema com peito é Um poema com seio Um poema conceito Quebra o que Um poema conserta Um poema com certeza Um poema com cereja no topo é Um poema que se queixa Um poema que se beija Um poema sem nexo Um poema por sexo Um poema perplexo Um poema em excesso Um poema exceto Um poema exato Um poema exausto Um poema exalta Um poema de fato e Um poema é de fato Um poema fausto se Um poema fala que mais Um poema falta Joel Galvão Vera Cruz / BA @com_lapso

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cheios de vazio da mesa da cozinha a galinha de metal há dias vazia me encara com pesar há quase uma súplica no olhar me compadeço proferindo lamentos pois a entendo de verdade eu entendo meu estômago também sente falta dos ovos de estar preenchido com algo que não seja ar Matheus Gama Santos / SP @poettheus

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Marielle, francamente viva A bala pelo som te silencia. Mas o som da palavra francamente dita grita! Marcos Nunes Loiola Botuporã / BA

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Ecdise Despida de quem eu era, despida de mim, caminho desnuda. Sem saber quem eu sou, o que sou. Sem saber o que quero ser. Sequer o que vestir. Talvez... Não queira vestir nada. Não queira ser nada. Talvez... Permanecer assim. Desnuda de tudo. Despida de mim. Vestir e despir instantes. Peles descartáveis suturadas por medida. À medida de quem quero ser, à medida do que não quero ser. Ser nada e tudo. Ser todos e nenhum. Sê-los simultaneamente. Vivê-los paralelamente. Fazer das suas a minha vida. Viver todas as vidas Numa única vida Desnuda. (sem vida) Celina Sampaio Braga, Portugal @cel.sampaio

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------ BOREAL -----Quando o Sol se põe as teorias fogem e nascem as almas. A noite nunca vem às claras. Só há indícios de forma, resquícios de antiluz. Quando o Sol se põe todos os ratos são bardos, os beatos bebem e as virgens suam muito. Toda falha é humana quando o Sol se põe. Os animais se comparam, os anjos procriam, e os verbos habitam seu duplo sentido. Quando nasce o Sol, me escondo das ruas e sofro, em silêncio, a paz dos outros. Tony Saad Santa Cruz do Sul / RS

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SINFONIA DOS SENTIDOS Misturei o barulho do invisível Os sabores das vozes A sonoridade dos aromas E a aspereza do silêncio Com a estridência do amargo A luminosidade dos sussurros O calor das nossas músicas E os ecoares do seu perfume Nesta sinfonia de sentidos De incontáveis tonalidades Reverberamos nos verbos De várias suaves vibrações Geraldo Ramiere Planaltina / DF @geraldo.ramiere

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SOL POÉTICO Poeticamente a lua é um sol com meio punhado de watts de potência Robson Alves Soares Porto Alegre / RS

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A CASA A casa está vazia, nunca esteve cheia, é habitada quase só por mim, há nela lugares para muitos, porém, estão todos úmidos do nada que os preenche. A janela que dá para o nascente está sempre travada quem passa na rua nunca bateu nela, penso nas pessoas lá fora, mas parece que a casa está debaixo de uma pedra inacessível como um segredo que alguém carrega consigo, todas as paredes estão nuas não há imagem de vivos ou mortos. Como uma rês, vivo à espera do abate, estou, porém, sóbrio e com as mãos abertas para apalpar o prêmio que a vida me deu, o que juntei é como um irmão que se mandou como uma sombra desfeita por uma luz. O cricrilar lá de fora dói-me na cabeça e se levanta uma ânsia que me visita sempre que estou agitado, quem embarcou na rodoviária não se despediu de ninguém, também nunca fiz planos para ficar com saudades de quem se foi, não jurei lealdade a coisa alguma, deixei a companhia dos outros ainda quando a janela estava aberta. Jonas Pessoa Brasília / DF

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Tempos Inexatos escorrem vão entre os dedos minhas horas de descuido dou-me corda como impulso em elogio ao relógio acerto ilógicos prazos vencimentos, validades a máquina presa ao pulso não me permite o atraso ontem, hoje, amanhã quando quando expirar-me? vida regida por Cronos relativizo o autômato todo horário é contrário todo tempo, contratempo busco viver o momento na engrenagem dos meus dias Jorge Ventura Rio de Janeiro / RJ @jorgeventura4758

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A micareta do picareta Tencionando emular a Redentora, Propicia um espetáculo de horrores. Da política ultraconservadora, Invoca detestáveis defensores. Assentado nas mais falsas polêmicas, Seu discurso ultrapassa o abominável. Calcadas nas histrionices mais cênicas, Suas ações exalam odor detestável. Cansa-nos seu joguinho antipolítico. Enfurece-nos sua sanha golpista. Enoja-nos sua tola micareta. Resta a indagação no momento crítico Para todo vero oposicionista: Quanto mais se aguenta tal picareta? Octávio Henrique Orizona / GO

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Releitura do poema de Filipe Chinita, de Portugal: "estende-te sobre mim e ama-te estende-me sobre ti e ama-me estende-te sobre mim e ama-me estende-me sobre ti e ama-te" . fj

"estende-te sobre mim" como se ninguém tenha olhos sobre nós dois nem vejam teu instinto selvagem e toda gana que enche teu peito de coragem tua boca em minha artéria pulsa no pescoço pois de ti tenho sede por baixo dos panos macios e rendo-me "estende-te sobre mim e ama-me" Benette Bacellar Porto Alegre / RS

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vertigem como voltar a andar se não sabemos onde estão nossas pernas? como voltar à alegria se nossa boca só mastiga estranhamentos? como nos reconhecermos se nosso humanismo é instituição intelectual? há mortos em todos os continentes abusos em todas as contingências desesperança em nossa falta de crença e não sabemos o que fazer com nossa nudez hoje não quero poesia nem iras nem o grito seguinte quero apenas a certeza de ser ser ser. Lourença Lou Belo Horizonte / MG

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SONETO PARA UM DIA DE CHUVA Teimosa, cai a chuva novamente. São lágrimas do céu que, no seu pranto, derrama o grandioso e eterno manto cobrindo de dolência esse ocidente. A música contínua e persistente dos pingos em seu ritmo de acalanto ressoam em sonoro contracanto, trazendo calma e paz a toda gente. A névoa que se espalha é uma cortina que abraça meu alento na neblina de orvalho, gotas, sombras e de escumas. E a água, que se esvai numa corrente, carrega, no seu ritmo indolente, minha alma, liquefeita em meio às brumas. Paulo Cezar Tórtora Rio de Janeiro / RJ pctortora@gmail.com

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Ourilândia do Norte As motocicletas levam a cidade pelo acostamento o rapaz do mercado embrulha sonhos em sacolas de plástico que levarão cem anos para desaparecer não há rastros de onça quilômetros de pastagens destruíram as florestas a estrada é uma linha reta de solidão servindo de rota para capatazes e caminhões O suor sangra pelos poros as chuvas do inverno trocado na linha do equador cobrindo as casas a pressa dos homens não assusta a manhã a vida não se sustenta sobre tênues esperanças. Flavio Machado Cabo Frio - RJ @machadopoesias

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Na lama Meu verbo se afundou no teu parágrafo Afundou-se, enlameou-se, chafurdou-se Perdeu ar, comeu areia, empoeirou-se Meu verbo levou junto a minha ação Mataste o meu agir com tua frieza Agora em leito em trevas eu me deito sem teu calor intenso, o teu amor Pareço mais pronome indefinido: o nada, pois sozinho agora eu nado indo sempre de encontro à coisa alguma indo ao encontro de encontrar ninguém Meu verbo se afundou no teu parágrafo e foi logo engolido vorazmente pelo temido marcador de página, que num descuido teu, dona do livro, parou no chão da rua enlameado, deixando para sempre a tua história... Paulo Roberto de Oliveira Caruso Niterói / RJ www.reinodosconcursos.com.br

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O Insosso Sabor da Liberdade Nascer não significa existir, possuir útero dá aos corpos a dádiva do nascimento, mas antes de colocarmos alguém no mundo, precisamos gerar e dar à luz a nossa própria existência Em cada canto, não há rua segura para os passos, seja em um beco sem saída, ou então, até debaixo do mesmo [teto, em plena luz do dia muitas vezes, os rostos nunca vistos não são tão mais [assustadores que aqueles com quem se divide um laço de sangue Dizer um não para um desconhecido ou a quem te jurou [amor eterno pode significar suas últimas palavras e seu fim será justificado com algumas desculpas [estapafúrdias e o algoz continuará solto para dar fim a mais uma Os gritos de antigamente são usados até hoje, entre décadas correndo desenfreadas, sem consentimento, a pele de todas já fora tocada, hoje uma folha diz que sou uma mulher livre, mas apropriando-me das falas de minhas antepassadas, onde eu encontro essa liberdade na prática? Lua Pinkhasovna Porto Belo / SC @luapinkhasovna

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ENTRESSAFRA perdida entre o excesso e o estóico entre quixote e escudo sou apenas patético paradoxo entre raiva e desespero, não me decifro e, trôpega, desestabilizo continuamente o ínfimo curso de elo perdido por puro decurso de prazo: sem safra, devoro-me. Malú Bortoletto São Paulo - SP @mhaluh.hii

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chuva da estação de boa na nuvem – o não visível Dinarte Albuquerque Filho Caxias do Sul / RS dhynarteb@gmail.com

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HISTÓRIAS SOBRE UM SOPRO Um sopro Um dolo Um desconforto Um expandir do mofo Sobre o dorso Ao esbarrar no rosto Que... por vezes, sente-se morto No desgosto Do tal imposto Cobrado sobre vidas sem um porto E cada “deixa pra lá”... é um aborto Que impede o renascer não só de um corpo Pois, viver é muito mais que um pressuposto Não podemos aceitar migalhas... contragosto Nos tempos em que de agosto a agosto Estações são acinzentadas... existe o fosco Que também pede passagem nesse sopro Ao vislumbrar sonhos coloridos... o oposto Querendo evoluir... leve brisa... sendo exposto Ao tocar alma macia em seu contorno Na inquietude de semente... nasce um broto Que ainda abriga a esperança pra consolo! Karine Dias Oliveira Nova Friburgo / RJ

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Confissão Minhas mãos renascem do medo maior e deflagram a audácia pueril. O pudor calcário é uma nuvem ao longe, desaguando no espelho introrso, inundando meus lábios secos, que expelem temores pretéritos e libertam palavras envelhecidas. Ah, como invejo a resignação das pedras, estáticas, sem sombra de sorriso que ameace a austeridade pétrea. Que Deus, envolto em cintilante silhueta duradoura ou célere como a face de um sonho, permita minh’alma estender-se por inteiro, até rebentar em arrebol absoluto, nutrir-se de luz infinda e renovar-se na pata ferida de um leão, na cicatriz oculta sob a asa de um falcão, no arquejo transbordante de um cão, mas na pele de um homem, não! Saul Cabral Gomes Júnior São Paulo / SP

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GRANADAS Como devo falar das granadas na boca a tremer desalinho? O sismo natimorto da solidão dentuça acampando dilúvio pela noite ridícula. Como devo gongar marquise do desastre, urubuzada flâmula, tendo chovido mais agora que me lembro da cerveja molhando a pedra dos pigarros? Como devo sorrir? Como devo chagar? Tira-teima dos olhos retorcidos das horas. Catimba de ponteiro estilinga o silêncio das granadas na mão, na boca do relógio. André Siqueira Jacareí - SP

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CAPTURA O poema é fugitivo (procura-se o soneto, o verso livre, o haikai) A inspiração (respiração) usa máscara. Sou poeta menor, perdoai! Alexandre Lettner Eldorado do Sul / RS

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MORTEMOR com a dor meça a largura da lâmina indevida que mina a vida que cava a morte do amor temor mor. Ricardo Mainieri Porto Alegre / RS

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Mulher de fases Sou como a Lua Vaidosa e confiante Às vezes Cheia e brilhante Outras tantas, minguante Me escondo entre as nuvens. Porém é crescente em mim. O desejo de voltar a ser Nova outra vez. Tenho quatro fases como a Lua Todas elas me visto de luz. Para alguns, brilho e seduzo Para outros misteriosa Partida ou inteira. A todos encanto E insisto em aparecer. Mari Regina Rigo Canoas / RS facebook.com/mari.rigo.9

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DIREITOS Uma cidade onde o preconceito grita Precisa ser reescrita Para o bem do seu povo De quem ali um dia viveu E os que ainda a habitam A simbiose nos dita A importância de mudar conceitos E reestruturar o velho e o novo Para ver sua identidade movida Inserida Junto ao passado presente e futuro Reminiscências vivas nas dobras do tempo A celebrar a sua ancestralidade acesa Em harmonia Liberta Multicolorida Mestiça Imbuída na transcrição de cor Multicolorida Concebida Assumida De seus direitos! Delma Gonçalves Porto Alegre / RS @delmagoncalvesmattos

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Seis igual a nove, toques sutis, boca, língua e quadris, fundição de corpos, dois ao mesmo tempo. Manoel Roberto Pauini / AM @poetamanoel

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Notas sobre Ela. Ao conhecê-la, preste atenção em todos os seus sinais: Na forma como ela se move; O que a faz sorrir e o que lhe tira a paciência; Tome nota de cada preferência; E daquilo em que ela é mais capaz. Das palavras que ela mais usar, você fará um dicionário; Vá descobrir-lhe a cor que mais gosta e sua comida favorita; Conheça a música que a faz dançar, mas também aquilo que a deixa aflita. O filme que a emociona, o texto que ela mais gostou. Conheça a sua fase chorona, e o livro que mais amou; Se prefere o agora, o já; ou se pensa no amanhã, no adiante; Para cada coisa que ela postar, sugiro que tu estejas vigilante. Ao final de tudo isso, quando te sentires mais seguro; Te direi que não tens nada; Que suas notas catalogadas, não passam de um livro mudo. Ela é surpreendente, e todas as tuas nuances aparentes; É apenas praia rasa que antecede o mar profundo. Humberto Rodrigo Alagoinhas / BA @sotinhaisso

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A Entreverbo aguarda sua colaboração na próxima edição para continuarmos reverberando poesia por todos os cantos… Evoé!

Escritores da 44ª edição: Alex Lettner André Siqueira Benette Bacellar Carlos Vilarinho Celina Sampaio Delma Gonçalves Dinarte Albuquerque Flavio Machado Geraldo Ramiere Humberto Rodrigo Joel Galvão Jonas Pessoa Jorge Ventura Karine Dias Oliveira Lourença Lou

Lua Pinkhasovna Malú Bortoletto Manoel Roberto Marcos Nunes Loiola Mari Regina Rigo Matheus Gama Octávio Henrique Paulo Cezar Tórtora Paulo Roberto O. Caruso Ricardo Maineiri Robson Soares Rozana G. Cominal Saul Cabral Gomes Jr. Suely Andrade Tony Saad


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Aguardamos a colaboração de todos em: apoia.se/entreverbo


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