Event Point 6

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. A NO III . NÚME RO 6 . T RIME S T R A L . J A NE IRO / F E V E RE IRO / M A RÇ O . 2 0 1 3 . 5, 00 €

. E VENTOS . CONGRESSOS . FEIRAS . INCENTIVOS . DESTINOS .

EVENTOS ASSOCIATIVOS MANTÊM RESILIÊNCIA MAS TÊM NOVOS DESAFIOS

GRANDE ENTRE VISTA: LUÍS RASQUILHA INTERNATIONAL & EUROPEAN ASSOCIATIONS CONGRESS NO ESTORIL E AGORA LONDRES?


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FICHA TÉCNICA

EDITORIAL

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PROPRIETÁRIO Estação Livre . Comunicação Tel: 226053936 info@eventpoint.com.pt www.eventpoint.com.pt SEDE DA REDACÇÃO Rua do Sporting Clube Candalense, 14, 1° Dto. Frt. 4400-688 Vila Nova de Gaia . Portugal DIRECTOR Rui Ochôa (rui@eventpoint.com.pt) EDITORA / DIRECTORA DE INFORMAÇÃO Cláudia Coutinho de Sousa (claudia@eventpoint.com.pt) REDACÇÃO Cláudia Coutinho de Sousa Maria João Leite (mj@eventpoint.com.pt) Sara Marques (sara@eventpoint.com.pt)

DIRECTOR COMERCIAL Filipe Silva DEPARTAMENTO COMERCIAL Helena Pereira ASSISTENTE DE DIRECÇÃO Rita Coutinho Costa COLABORAÇÃO Ana Godinho (agodinho@eventpoint.com.pt) Maria Pereira (mpereira@eventpoint.com.pt) COLUNISTAS Bárbara Sobral Carlos Coelho Cristina Motta Elling Hamso Fernando Completo Joana Pais Nuno Gustavo Pedro Cardoso Rob Hard

DESIGN Norma Design (geral@normadesign.com) FOTOGRAFIA Minifoto IMAGEM DE CAPA Damien Ayers IMPRESSÃO Norprint Zona Industrial Alto da Cruz ‑ Fontiscos Apt.: 172 . 4780‑583 Santo Tirso

Nº REGISTO ERC 126066 DEPÓSITO LEGAL 330066/11 TIRAGEM 3.500 exemplares PERIODICIDADE Trimestral

É estritamente proibida a reprodução parcial ou integral de textos ou ilustrações da Event Point. As informações contidas nos anúncios são da exclusiva responsabilidade dos anunciantes. Consequentemente, não podemos ser responsabilizados por qualquer informação incorrecta que se possa verificar.

RUI OCHÔA

CLÁUDIA COUTINHO DE SOUSA

MAIS PERTO DOS NOSSOS LEITORES O primeiro número de 2013 da Event Point é também o primeiro que não estará à venda nas bancas. Não alterámos a tiragem, que se mantém nos 3.500 exemplares por edição, e vamos reforçar as campanhas de assinatura e o envio de exemplares gratuitos para contactos seleccionados. Desta forma, queremos estar mais perto dos nossos leitores, garantir que a revista circula e chega às pessoas certas. Este é também mais um passo na nossa estratégia de crescimento, algo que estava a ser planeado há já algum tempo, e que nos alinha com as melhores práticas do sector editorial. Foco nas acções, corte nos desperdícios, atenção às novas necessidades de comunicação, quer na perspectiva dos leitores, quer na dos anunciantes. Eis alguns dos desafios de 2013 para nós, editores da Event Point. Realizámos em Dezembro passado, na Pousada do Freixo, em parceria com a The House of Events, uma edição experimental do Networking Camp dirigido à meetings industry. Quisemos testar um formato de reunião mais dinâmico e envolvente, muito voltado para a obtenção de resultados práticos. Essas primeiras conclusões são partilhadas aqui, servindo de inspiração para que outros Networking Camps se realizem, envolvendo o país inteiro. Os eventos associativos têm mantido, apesar de todas as pressões negativas, uma assinalável capacidade de resistência. Somando a isto o facto de pela primeira vez o International & European Associations Congress se realizar fora do Reino Unido - Estoril, 21 a 23 de Abril -, dedicamos o dossiê temático a um sector tão relevante, identificando oportunidades, vantagens e fragilidades de Portugal na capacidade de

acolher este tipo de eventos. Não é novidade que as tendências de consumo determinam mudanças e ajustes em muitas áreas da economia. Entrevistamos nesta edição Luís Rasquilha, CEO da AYR Consulting, e perguntámos-lhe o que pensa dos eventos portugueses. Depois de ter acolhido aqueles que foram considerados os mais bem organizados Jogos Olímpicos de sempre, Londres prepara-se para capitalizar esse sucesso. No que aos eventos diz respeito, a metrópole teve que dar um passo atrás, em 2012, com menos realizações, para dar agora dois ou três em frente. Uma estratégia conferida com Tracy Halliwell, directora da London & Partners. Trazemos-lhe ainda duas viagens fascinantes, uma ao universo dos parques aventura em Portugal, e de como estes são uma opção para acolher eventos carregados de adrenalina, e outra ao sudeste europeu, à Eslovénia. Uma pequena nação, com pouco mais de dois milhões de habitantes, que, sem grandes meios financeiros, consegue ainda assim implementar uma estratégia clara e coerente na promoção para o segmento da meetings industry. Inauguramos ainda uma secção dedicada às tecnologias aplicadas aos eventos, numa colaboração com a Restart - Instituto de Criatividade, Arte e Novas Tecnologias. Desta vez, a atenção dirige-se ao streaming de vídeo. Não perca ainda os detalhes sobre os novos espaços do Myriad Sana Lisboa, artigos de opinião, perspectivas para o ano económico de 2013 e o nosso habitual consultório de protocolo.

Boa leitura, e até Maio.


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6 8 10 14 18 22 24 30 34 40 42 46 49 50 52 56 59 60 63 64 66 68 70 72 74 78 83 86

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Colunistas Espaço APECATE Notícias Participar em feiras internacionais, por Cristina Motta 1º Networking Camp MI Portugal O formato dos encontros (meetings) do futuro, por Pedro Cardoso

GRANDE ENTRE VISTA: LUÍS RASQUILHA

Tendências 2013 no calendário gregoriano, por Joana Pais

DOSSIÊ TEMÁTICO: E VENTOS ASSOCIATIVOS ANTE VISÃO: INTERNATIONAL & EUROPE AN ASSOCIATIONS CONGRESS O regresso ao mito de Peter Pan, por Fernando Completo e Nuno Gustavo Dez previsões para as viagens de negócio e os eventos em 2013, por Rob Hard Antevisão: IMEX 2013

EM DESTAQUE: E AGORA LONDRES?

Um onda de 34 metros... por Carlos Coelho Por que devemos cancelar eventos?, por Elling Hamso Sustentabilidade: O sentido de comunidade no evento associativo Case study: Participação do Grupo Socem na IZB com realidade aumentada Espaços: Myriad Sana Lisboa Os eventos em cenário de crise, por Bárbara Sobral Messe Frankfurt: Criatividade e inovação à portuguesa Tecnologia: Streaming de vídeo para produtores de eventos Tecnologia: Eventos vistos do ar Consultório de protocolo Parques aventura apostam nos eventos Destino internacional: Eslovénia Empresas Directório

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COLUNISTAS 6

BÁRBARA SOBRAL É licenciada em Gestão de Empresas pela Universidade Lusíada, e pós-graduada em Organização de Eventos pelo ISLA. Trabalha na área da organização de eventos desde 1996 e fundou a Kriaeventos - Consultoria, Marketing e Relações Públicas, em 2000, onde é gestora desta e de outras empresas do grupo.

CARLOS COELHO É uma das grandes referências portuguesas no domínio da construção e gestão de marcas. Ao longo de 25 anos, conduziu projectos de algumas das marcas mais relevantes em Portugal, como o Multibanco, Telecel/Vodafone, Yorn, Galp Energia, RTP, CTT Correios, TAP Portugal, Sata , Leya, Sonae, Delta. É autor de diversos estudos sobre tendências e modelos teóricos de marcas. É activista sobre as causas e as marcas de Portugal e autor do livro ”Portugal Genial’’. É desde Janeiro de 2007 fundador e presidente da Ivity Brand Corp.

CRISTINA MOTTA É sócia gerente da empresa Kamotta - Representações, que representa em Portugal e em Cabo Verde as feiras internacionais da Messe Frankfurt GmbH. A Messe Frankfurt organiza algumas das mais importantes feiras internacionais, tendo contado em 2012 com 200 empresas portuguesas em 28 feiras internacionais. Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, frequentou em 2003 o Curso Geral de Gestão na Universidade Nova de Lisboa (Novaforum).

ELLING HAMSO É um dos partners do European Event ROI Institute. Passou parte da carreira como executivo na indústria de petróleo e gás da Noruega, tendo mais tarde desempenhado funções como consultor e director de uma agência de eventos. É membro do European Council of Meeting Professionals International (MPI) e foi considerado a 5ª pessoa mais influente da indústria de eventos do Reino Unido, pela revista Conference & Incentive Travel. É licenciado em gestão e pós-graduado em Estratégias de Relacionamento Fornecedor/Consumidor.

FERNANDO COMPLETO Doutorando em Turismo (Instituto de Geografia e Ordenamento do Território - Universidade de Lisboa), com formação superior em Serviço Social (ISSSL) e em Sociologia (ISCTE). Professor da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril desde 1994, onde foi responsável pela criação (2000) e coordenação da Licenciatura em Gestão do Lazer e Animação Turística (2000 - 2009). É consultor do Banco Mundial para o Desenvolvimento e membro do conselho de administração da AMFORHT - Associação Mundial de Formação em Hotelaria e Turismo.


COLUNISTAS 7

JOANA PAIS Natural do Porto, Joana Pais viveu dez anos em Setúbal. Após um Bacharelato de Turismo em Paris, licenciou-se em Gestão de Turismo pela ESCAET no sul de França. Em 2004, e já em Portugal, trabalhou em hotelaria nas áreas de e‑commerce e marketing online. Após uma passagem pela SIC em 2008, voltou ao Porto para a abertura do The Yeatman como directora de Business Development. Em 2011 “ousou” entrar num DMC. Hoje é business development manager na events by tlc, em Lisboa, e participou no lançamento da exclusive by tlc.

NUNO GUSTAVO É professor-adjunto da ESHTE, membro da Comissão Coordenadora do Mestrado em Turismo - Coordenador Operacional do Mestrado em Gestão de Eventos, docente de várias disciplinas no domínio da gestão turística e de eventos. Do curriculum académico destaque para o Mestrado em Lazer e Desenvolvimento Local pela Universidade de Coimbra.

PEDRO CARDOSO Formado em Gestão Hoteleira, foi director de Front-Office/Alojamento na abertura do ex-Sheraton Porto em 1986 e director de Marketing e Vendas até 1995. Quadro co-fundador e director-executivo da Sugestões&Opções e do Grupo QRM, de 2002 a 2008. Fundador, em 2002, administrador e principal accionista da The House of Events. Consultor de Hotelaria e Turismo, e ex-docente na Escola de Hotelaria e Turismo do Porto.

ROB HARD Rob Hard é um especialista em turismo de negócios e editor do BusinessTravelDestinations.com. O site explora tudo o que tem a ver com destinos internacionais, hotéis, venues e serviços para viagens de negócios, congressos e eventos.

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ESPAÇO APECATE 8

A APECATE E OS EVENTOS ASSOCIATIVOS A APECATE, enquanto associação sectorial que representa empresas de congressos, animação turística e eventos, tem sobre esta temática uma dupla perspectiva: por um lado, promove os seus próprios eventos, sejam exclusivamente internos ou voltados para o conjunto sectorial que representa; por outro, assume a vocação de representar e defender as empresas que têm como objecto de trabalho a produção de eventos, entre os quais os associativos. A primeira vertente deste duplo olhar coloca-nos no terreno das expectativas dos empresários relativamente às suas associações enquanto lugares de encontro, de estreitamento de relações interpessoais, de criação de sinergias, de apoio à formação e à projecção internacional, de incentivo às boas práticas empresariais e ética profissional. É aqui que se enquadram, no que respeita à APECATE, os seus eventos associativos: as reuniões sectoriais, os jantares-debate temáticos, os momentos reservados ao convívio e networking ou o congresso do sector que, em 2013, será coroado pela primeira edição dos Prémios APECATE.

A segunda vertente inspira‑nos, neste quadro temático, uma reflexão sobre o trabalho das empresas de eventos e congressos, na relação com o mercado constituído por um outro tipo de associações. Sejam elas comerciais, sócio-profissionais, culturais ou outras, para cumprirem a função de servirem os seus públicos-alvo, recorrem a profissionais especializados para a organização dos seus eventos, criando uma dinâmica de grande valia no sector. Convenções, congressos, conferências, seminários, exposições, concursos, eventos culturais, desportivos ou de cariz social, todos estes eventos afirmam-se como incubadores de inovação e lugares de afirmação de

competências, garantindo aos promotores o cumprimento integral dos seus objectivos e aos organizadores uma projecção nacional e internacional.

Por outro lado - o que neste momento ganha uma importância acrescida -, os eventos associativos, sobretudo os de média e grande dimensão, parecem ser menos afectados pelas flutuações do mercado do que outro tipo de eventos, como os corporativos.


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JOEL VICENTE V IC E‑ PRE S IDE N T E D A DIRE C Ç Ã O PRE S IDE N T E D A S E C Ç Ã O DE E V E N T O S

Alguns indicadores provenientes de estudos realizados noutros países europeus mostram a intenção, por parte de uma percentagem significativa de promotores de eventos associativos, em particular associações profissionais, sociedades medico-científicas e académicas, de manterem os seus calendários de eventos e, inclusive, de promoverem novos, privilegiando áreas de natureza educacional.

Perante estes dados, objectivamente animadores, será fundamental que as empresas portuguesas tenham um olhar atento sobre as fusões e outras estratégias aglutinadoras de gigantes mundiais de eventos e congressos, que, pela sua dimensão, capacidade de promoção e lobby na captação de eventos internacionais, tendem a dominar o mercado global, deixando cada vez menos espaço para as empresas nacionais, mesmo as maiores e com grande experiência.

Esta estratégia não tem afectado o destino Portugal enquanto país receptor, pelo contrário, mas tem afectado, seguramente, as suas empresas. Para contrariar esta tendência, é fundamental que os organizadores profissionais de eventos e congressos continuem proactivamente a “ir a jogo”, a promoverem-se e a captarem projectos onde eles existem, mantendo bem firme a convicção de que, apostando no profissionalismo e na inovação, podem jogar com as mesmas armas dos seus concorrentes internacionais.

Esta é uma das funções que também consideramos nossa: em parceria com os empresários, o Turismo de Portugal e a AICEP, e tirando todo o partido desejável das relações que temos com organizações congéneres internacionais, estamos a delinear estratégias de apoio à internacionalização deste sector que, mesmo em tempo de dificuldades e falta de meios, continua a dar múltiplas provas da sua capacidade de ombrear com os melhores. Joel Vicente

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NOTÍCIAS 10

REUNIÃO DO CAPÍTULO IBÉRICO DA ICCA JÁ TEM DATA E PROGRAMA A Reunião do Capítulo Ibérico da ICCA já tem o programa preliminar definido. Os grandes temas em discussão serão a meetings architecture, a sustentabilidade e as oportunidades de negócio nos mercados emergentes. Uma inovação

neste congresso é a sessão “you are the speaker”, onde será adoptado o formato PechaKucha. Além deste programa educacional decorrerá a Assembleia Geral do Capítulo Ibérico. Haverá ainda uma actividade de

Corporate Social Responsability. O encontro está marcado para 17, 18 e 19 de Abril, em São Miguel. Os Açores foram escolhidos na reunião do ano passado do Capítulo, em Las Palmas. A Event Point é media partner deste evento.

IMEX AMERICA 2012 COM UM VOLUME DE NEGÓCIOS DE 2,5 MIL MILHÕES DE EUROS A segunda edição da IMEX America, que se realizou no passado Outubro em Las Vegas, resultou num volume de negócios de 2,5 mil milhões de euros. Isto representa uma subida de 17,5% em relação ao ano passado (2,1 mil milhões). Mais de mil hosted buyers contribuíram para o inquérito que permitiu

apurar este valor. Ray Bloom, director da feira, lembra que estes inquéritos são muito importantes para “gerar ideias e sugestões para melhorar o certame de ano para ano e o facto da taxa de resposta ser alta reflecte o entusiasmo por parte dos buyers”. Para o responsável a expectativa de volume de

negócios mostra “a alta qualidade dos compradores que atraímos este ano e prova, se é que precisávamos de prova, de que a feira é um espaço de negócio que produz resultados positivos nos meses subsequentes. A próxima edição americana da IMEX está marcada de 15 a 17 de Outubro.

CLUBE DE EMBAIXADORES DA COSTA DO ESTORIL PROMOVE A REGIÃO Com o objectivo de atrair mais eventos, congressos e reuniões para a região, foi criado o Clube de Embaixadores da Costa do Estoril, que junta vários profissionais das mais diversas áreas. Linda Pereira, da CPL Events, mentora deste projecto, explica à Event Point o conceito. “Trata-se de reunir um grupo de pessoas de relevo, que são reconhecidas no âmbito da sua área de especialidade, quer seja economia, direito, medicina, etc., que tenham vontade de fazer coisas e sejam associativas por natureza, e que usem a sua notoriedade e reputação para levantar a mão em fóruns internacionais e dizer que os congressos, os eventos, os conhecimentos devem vir para o nosso destino”. Este é um projecto que estava a ser pensado há três anos e que agora toma forma. Foram reunidas 56

personalidades que serão os fundadores do Clube dos Embaixadores. O trabalho é a título voluntário, focado nos eventos associativos. Está a ser criada uma Comissão Instaladora. Há três objectivos claros: o networking, o conhecimento e o reconhecimento. Vão ser agendados três eventos durante o ano para dar corpo aos objectivos que orientam o Clube. Um de networking, para que todos se conheçam, troquem conhecimentos e percebam melhor o sector da meetings industry, com a hipótese de serem convidados outros clubes de embaixadores; outro educacional, com a presença de profissionais de renome, de várias áreas; e um evento de reconhecimento aos embaixadores que mais contribuíram para o destino. Para arranque de projecto, e “no sentido de ter um efeito de motivação e incentivo”,

adianta Linda Pereira, foram entregues três prémios: Prémio Sustentabilidade, para Pedro Rocha dos Santos, do Centro de Congressos do Estoril, votado por 124 jornalistas internacionais do sector, presentes na EIBTM e IMEX ; Prémio Personalidade da Meetings Industry a Joaquim Cardoso Mendes, do Hotel Estoril Eden, escolhido pelo sector por estar sempre disponível para ajudar; e Prémio Embaixador do Ano à professora Helena Pereira (representada por Margarida Tomé), que através do Instituto Superior de Agronomia trouxe para o Estoril o evento com o maior impacto no destino em 2012, o Congresso da IUFRO - International Union of Forest Research Organizations, cujo OPC (Organizador Profissional de Congressos) foi a The House of Events, do Porto. Cláudia Coutinho de Sousa [claudia@eventpoint.com.pt]


NOTÍCIAS 11

EFAPCO LANÇA OBSERVATÓRIO EUROPEU Os associados da EFAPCO (European Federation of The Associations of Professional Congress Organisers) reuniram-se em Praga, a 19 de Janeiro, e aprovaram a criação de um Observatório Europeu com três pilares essenciais: economia, organizações nacionais e educação. A presidente da EFAPCO, Luísa Ahrens Teixeira, espera que as actividades e o programa interactivo que decorrem deste projecto envolvam todos os 14 países-membros. Sam van de Kerckhof, da associação

belga BAPCO, e dinamizador deste Observatório, estava entusiasmado perante a reacção positiva à iniciativa. “Temos de estar numa posição de reagir rapidamente como a ‘voz da meetings industry europeia’ nos vários desafios e desenvolvimentos que temos que enfrentar, prevendo os riscos e as oportunidades. Emprego, inovação, criatividade e competitividade devem estar no centro dos nossos pensamentos”, refere o responsável, dando conta ainda de que uma das actividades do

Observatório será a de informar sobre todas as iniciativas em termos de formação no sector. Além de ter uma posição forte na União Europeia, Luísa Teixeira realça a importância de aumentar o alcance da voz da EFAPCO junto de organizações e associações semelhantes em outras zonas do globo. O Congresso da EFAPCO está marcado para Janeiro do próximo ano, e vai decorrer em Málaga.

Davies, músico dos James. “Este é um evento com um carácter diferenciador, onde é potenciada a interacção entre orador e público presente nas conferências ou entre público e artista nos concertos. Tudo isto de uma forma isenta, colocando todos em discussão”, refere à Event Point Ricardo Bramão, da organização do Talkfest. “Até porque nós acreditamos que nenhuma área, seja ela profissional ou lúdica, pode evoluir sem que haja partilha e debate de ideias, mesmo sendo uma partilha informal. É uma forma de expôr e discutir ideias que inevitavelmente vão acabar por influenciar a prática na indústria festivaleira”, acrescentou Pedro Quinteiro, também membro da organização. Neste encontro de players do sector “é impossível não nascerem ideias que com o tempo e as devidas condições se

vão materializar”. Assim, esta partilha acaba por influenciar a produção dos festivais, sendo este evento “um óptimo ‘palco’ para os parceiros poderem mostrar novos produtos e conceitos úteis aos festivais de música”, acrescentam os responsáveis, que se mostram bastante optimistas quanto ao futuro dos festivais de música. Além das conferências, o Talkfest’13 vai contar ainda com o concerto de várias bandas e artistas, entre os quais Capitão Fausto, Os Pontos Negros, Paus ou Tom Enzy. A iniciativa vai decorrer no ISEG - Instituto Superior de Economia e Gestão e na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa.

TALKFEST’13

O F UTURO DOS FESTIVAIS DE MÚSICA EM DEBATE Reflectir sobre o futuro dos festivais de música em Portugal, trocar ideias, promover a interacção entre os players do sector. É isto que propõe o Talkfest’13 - Fórum Sobre o Futuro dos Festivais de Música em Portugal, que decorre entre os dias 6 e 8 de Março, em Lisboa. Nesta segunda edição, o Talkfest vai debater temas como a associação das marcas aos festivais ou como se prepara um concerto em festival, por exemplo, e tentar perceber se os festivais de música funcionam como factor turístico e económico. Os key speakers, presentes em diferentes conferências, vão ser Álvaro Covões, director da Everything Is New e do Optimus Alive, Hunter Halder, director da Re-Food, Steve Jenner e Chris McCormick, fundadores dos European Music Festivals, e Saul

Mais informações em www.talkfest.eu.

Maria João Leite [mj@eventpoint.com.pt]

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NOTÍCIAS 12

PORTUGAL TRAZ CINCO PRIMEIROS PRÉMIOS DOS EUROPEAN BEST EVENT AWARDS 2012 A estes, juntam-se um segundo e um terceiro lugares, para completar uma presença sólida das agências portuguesas nos prémios europeus dos eventos, como de resto já vem sendo hábito. Referimo-nos ao desempenho de Action4 Ativism, com dois primeiros prémios, Realizar Worldwide Events, igualmente com dois primeiros prémios, e Desafio Global Ativism, com um primeiro, um segundo e um terceiro. A cerimónia de 2012 decorreu a 15 de Novembro no Spazio Eventiquattro, em Milão. Destaque para a presença avassaladora das agências e marcas alemãs, que este ano conseguiram conquistar o Prémio de Melhor Empresa, direitinho para a Volkswagen, e o Prémio de Melhor Agência, ex aequo para a Vok Dams e

a BBDOlive. Ironicamente, uma joint venture de agências alemãs conquistou o Prémio de Melhor Evento com elevado orçamento (mais de cinco milhões de euros), enquanto que o de Melhor Evento com baixo orçamento (menos de 50 mil euros) foi para uma agência... portuguesa. MIindact, AMT (Agentur für Marken(t)räume), S&T Wirth e Vok Dams produziram o lançamento do Porsche 911 Carrera, na África do Sul, e a Realizar concebeu, no Terreiro do Paço, em Lisboa, para a associação Terra dos Sonhos, “Realizar um Sonho - A Maior e Mais Brilhante Estrela do Mundo”. Para Jorge Trindade, director criativo da Action4 Ativism, os EuBEA são a demonstração de que em Portugal se fazem eventos de qualidade, sendo sempre interessante este confronto

com trabalhos de outros países europeus. Filipa Oliveira, da Realizar Worldwide Events, responsável pelo desenvolvimento de novos negócios internacionais, reparte este prémio por todos os que tornaram possível “Realizar um Sonho”, e em especial pelos muitos voluntários que se empenharam em defesa de uma relevante causa social. “Trabalho de equipa” foi uma expressão ouvida muitas vezes ao longo desta cerimónia de entrega dos European Best Event Awards. E Luísa Benedy, team leader da Desafio Global Ativism, destaca isso mesmo, como sendo uma das chaves do sucesso do evento que produziram para o centenário da BA Vidro. Rui Luís Romão [rui@eventpoint.com.pt]

SECÇÕES ESPECIALIZADAS DA APECATE ELEGEM NOVAS DIRECÇÕES A APECATE - Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos iniciou o processo eleitoral para os Corpos Sociais do triénio 2013-2015. O primeiro acto deste processo realizou-se no passado dia 24 de Janeiro com a eleição das direcções das Secções Especializadas de Congressos, Animação Turística e Eventos. Foram eleitos os seguintes presidentes e vice-presidentes, que serão, por inerência, os candidatos à presidência e vice-presidência da Direcção da Associação, cuja eleição se realizará no próximo mês de Março.

SECÇÃO - CONGRESSOS: Presidente: Luísa Ahrens Teixeira MundiConvenius

Vice-presidente: Vasco Noronha Factor Chave

SECÇÃO - ANIMAÇÃO TÚRISTICA Presidente: Ana Barbosa Turaventur

Vice-presidente: Nuno Avelar de Sousa Sniper Paintball

SECÇÃO - E VENTOS Presidente: Joel Vicente LineUP Events Factory

Vice-presidente: Sérgio Vieira Realizar

Na Assembleia Geral que se seguiu às reuniões eleitorais foi aprovado por unanimidade o Plano de Actividades e Orçamento para 2013. A actual Direcção apresentou como principal desígnio da APECATE para este ano a criação de um Registo Nacional de Empresas Organizadoras de Congressos e Eventos, a realização do II Congresso e a primeira edição dos Prémio APECATE.


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CRISTINA MOT TA RE PRE S E N TA Ç Ã O D A ME S S E F R A NK F UR T PA R A P OR T UG A L © CLÁUDIA COUTINHO DE SOUSA . EVENT POINT


OPINIÃO 15

PARTICIPAR EM FEIRAS INTERNACIONAIS Não há dúvida de que hoje em dia as interacções entre as pessoas acontecem cada vez mais nas plataformas virtuais, quer seja pela simples troca de emails, quer se trate do convívio nas redes sociais, de conversas em chats ou no skype, de compras online ou de downloads de conteúdos. E cada vez menos as pessoas se sentem sós quando de facto vivem sozinhas ou afastadas da família. A palavra e a imagem evocam memórias, desejos e sentimentos que permanecem para além do momento em que são lidas ou vistas pela primeira vez. O fácil acesso ao outro, onde quer que ele esteja, dilui o peso da distância. Podemos obter o que precisamos sem termos de nos deslocar, podemos comprar, pagar, reclamar sem ter de sair de casa. Temos acesso instantâneo a bens e serviços, podemos cruzar informações, auscultar opiniões e tomar decisões informadas sem termos de dar um aperto de mão, imprimir um documento ou pegar num telefone.

É verdade que esta intensa actividade a que diariamente dedicamos muitas horas pode ser questionada. Podemos tentar perceber o que se perde e ganha num mundo em que a comunicação entre as pessoas se transformou e, mais do que novos contornos, ganhou uma nova substância e alterou a nossa maneira de estar e de agir. No entanto, ninguém põe em causa o facto de que se instalou uma nova e diferente maneira de nos relacionarmos com as pessoas e de acedermos a objectos e informação que, naquilo que tem de bom e de mau, nos obriga a repensar tanto as relações interpessoais, como as relações comerciais, as relações entre consumidor e empresa, as relações entre consumidores e as relações entre empresas entre si.

É pois legítimo que se coloque a questão: E as feiras? Ainda fazem sentido? Não estaremos também a assistir à desmaterialização do marketplace , da praça onde se fazem os negócios?

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OPINIÃO . PA R T IC IPA R E M F E IR A S IN T E RN A C ION A I S , P OR C RI S T IN A MO T TA 16

Os dados recolhidos pela AUMA, Associação da Indústria Alemã de Feiras, mostram que não. A actividade feiral existe há milhares de anos e intuitivamente compreendemos que negócios que envolvem uma considerável soma de dinheiro dificilmente podem ter lugar sem que os parceiros se conheçam pessoalmente, sem que tenham a oportunidade de se apreciarem mutuamente, sem que se estabeleça uma base de confiança. E os dados revelam que nunca os organizadores de feiras internacionais cresceram tanto e tiveram tanto sucesso como nos últimos anos. Sendo a Alemanha o terceiro maior exportador a nível mundial, não é pois de admirar que seja o maior organizador de feiras a nível internacional. Dois terços das feiras líder em todo o mundo realizam-se na própria Alemanha, constituindo estas verdadeiras plataformas internacionais de negócios - mais de metade dos expositores são oriundos de fora do país, com as empresas chinesas a ocuparem já o segundo lugar no ranking de países com maior número de expositores em feiras alemãs, imediatamente atrás da Itália e a uma considerável distância da França. De acordo com os dados apresentados em 2012 pela AUMA, em que se questionaram as empresas alemãs acerca da importância atribuída a diferentes actividades no mix de comunicação, a presença em feiras só foi suplantada pela necessidade de ter uma boa página

na internet. Participar hoje numa feira representa um grande investimento para uma empresa. Na Alemanha, os custos com a participação em feiras profissionais representam cerca de 40% do orçamento para comunicação B-to-B. No entanto, e de acordo com informação fornecida pelas empresas, efectuar vendas e receber encomendas deixou de ser a principal razão para participar numa feira. O que mudou então para que, apesar disso, marcar presença numa feira tenha não só passado a desempenhar um papel central no marketing das empresas como se tenha tornado praticamente incontornável para qualquer empresa que actue no mercado global?

A decisão de participar numa feira é quase sempre tomada ao nível da administração ou da gerência. Trata-se de uma decisão com enorme importância estratégica, pois envolve elevados custos com aluguer de espaço, design e construção de stand, transporte, comunicação, deslocamento de pessoal, entre outros.

Os principais objectivos para participar numa feira são, por ordem decrescente e ainda de acordo com dados apresentados pela AUMA, a procura de novos clientes, afirmar a presença no mercado, consolidar a relação com o cliente existente, apresentar produtos e serviços, consolidar a imagem e a marca e desenvolver novos mercados. Só depois destes objectivos é que as empresas referem que vão a uma feira para receber encomendas. Para a grande maioria das empresas hoje, essa é, na realidade, uma actividade pós feira. Participar numa feira constitui uma operação de charme, de sedução do cliente. As empresas investem 39% do orçamento disponível para a participação em feiras na concepção e construção do stand. Visitar um stand passou a ser uma experiência sensorial. As feiras tornaram-se no local por excelência onde se faz o lançamento de novas marcas e de novos produtos. O pessoal tem de ter boa apresentação, ser simpático e diligente. A comunicação tem de ser aberta e franca.

É que no mundo das empresas as relações entre as pessoas não dispensam olhar nos olhos, e os negócios ainda se encetam com um aperto de mão. Fonte: www.auma.de


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EM DESTAQUE 18

1º NETWORKING CAMP MI PORTUGAL: ACREDITAS NA MARCA PORTUGAL?

A primeira edição do Networking Camp MI Portugal, promovida no passado mês de Dezembro pela Event Point, em parceira com a The House of Events, juntou no Palácio do Freixo 20 profissionais da cadeia de valor da meetings industry, mas também representantes da área das tecnologias, da gastronomia, da cultura e da ciência.


EM DESTAQUE . 1º NE T W ORK ING C A MP MI P OR T U G A L : A C RE DI TA S N A M A RC A P OR T U G A L? 19

A nossa intenção, enquanto revista especializada, é muito simples, proporcionar um espaço onde as pessoas ligadas a esta indústria, com experiências e responsabilidades diferentes, do Turismo de Portugal às associações, dos convention bureaux às agências, dos espaços aos fornecedores, desde os audiovisuais ao catering, possam encontrar-se, discutir os problemas, e encontrar soluções, algumas delas partilhadas. Para o fazer, optámos por um modelo de discussão assente no conceito World Café*, o que foi por si só uma novidade e um desafio. O empenho dos participantes, a informalidade dos trabalhos e a produtividade demonstraram amplamente a validade desta abordagem. Mas que ideias saíram deste primeiro encontro, que valha a pena partilhar desde já neste espaço? Que importa relevar a importância do sector, por exemplo. Isto implica avaliar, caracterizar, conhecer a indústria dos eventos. Saber cada vez mais, e melhor, quantos somos e o que fazemos. Só com estudos, dados, se poderá mais facilmente reivindicar que a voz da meetings industry seja ouvida, reconhecida, valorizada. Estes estudos podem ser desenvolvidos por

* Mais informações em www.theworldcafe.com

universidades, por NUTS e/ou sectores que detenham afinidades de mercados - o factor proximidade é aqui decisivo, para a celeridade dos processos. A circunstância de ser um sector muito atomizado dificulta este estudo, mas é necessário começar a dar passos nesse sentido. Impõe-se ainda criar ferramentas de avaliação do impacto dos eventos, para que decisões como apoiar um em detrimento de outro deixem de ser baseadas apenas em palpites, na simpatia pelos promotores ou pelas respectivas causas.

PARTILHAR ACÇÕES E como optimizar os programas de internacionalização? Desde logo, agregando clusters que complementem a cadeia de valor da meetings industry em Portugal. Turismo, Gastronomia, Vinhos, Investimento, I&D (Investigação e Desenvolvimento), podem associar-se em redes integradas para assim coordenarem as acções de promoção e vendas agendadas em cada sector, e avaliar a viabilidade de implementar programas plurianuais coerentes e consistentes. Há casos de sucesso noutros sectores que validam esta aposta. De resto, não há nada que impeça o desenvolvimento de parcerias público-privadas eficientes, que envolvam Turismo de Portugal, convention bureaux, APECATE, CCDRs, áreas metropolitanas, AICEP, IVDP, companhias aéreas, grupos hoteleiros, centros de congressos, OPCs, empresas de eventos, etc. Tempos difíceis exigem formatos inovadores. É possível aproveitar sinergias e competências, partilhar custos, ganhar escala, optimizar orçamentos, fazer melhor com os mesmos recursos. Apresentase como fundamental dedicar mais tempo ao planeamento, pesquisa de mercados e selecção de grupos-alvo em cada sector, medindo e garantindo o retorno do investimento de fundos públicos e privados. A médio e longo prazo, é condição sine qua non assegurar a sustentabilidade de todos estes programas de internacionalização.

ASSUMIR RESPONSABILIDADES É importante criar condições para estimular a presença, participação activa e protagonismo dos portugueses nas associações internacionais do sector, como a ICCA ou o MPI. Existem alguns bons exemplos neste capítulo, nomeadamente o facto de Luísa Ahrens Teixeira ser presidente da EFAPCO, mas são apenas as excepções que confirmam a regra. Este será mais um passo na construção da imagem positiva do destino, e no acesso a informação relevante, estratégica. Por outro lado, o impacto que esta presença, disponibilidade para intervir, mesmo para liderar o sector, poderá ter na captação de novos negócios não é despicienda.

A FIGURA DE EMBAIXADOR O conceito de Embaixadores, difundido com sucesso em vários países, envolve figuras públicas em áreas de excelência - e temos várias -, na Medicina, Ciência, Desporto, Economia, Cinema, Música, Cultura, Sociedade Civil, que podem ser convidadas a contribuir - em alguns casos ainda mais -, para a promoção da marca Portugal. É vital que estas figuras vivenciem a visão do sector, conheçam as competências e stakeholders, e os instrumentos de apoio disponíveis. Trata-se de estimular a apresentação de candidaturas, competindo por mais eventos. E como esquecer o território da lusofonia, com cerca de 200 milhões de falantes? Quer ocupem lugares-chave ou tenham “apenas” um elo de ligação cultural com Portugal, dispersos pelo Mundo, estes homens e mulheres podem muito bem corporizar essa figura de Embaixador.

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EM DESTAQUE . 1º NE T W ORK ING C A MP MI P OR T U G A L : A C RE DI TA S N A M A RC A P OR T U G A L? 20

COMUNICAR E BEM Para vender, deveremos ser capazes de comunicar melhor. Produzir e difundir conteúdos relevantes, adequados aos mercados-alvo e suportes de comunicação, publicar testemunhos, estarmos presentes e activos online, em sítios, redes sociais, blogues, disponíveis em todos os suportes, smartphones, tablets, apps, no papel, na rádio e na TV. Estar presente sobretudo através do contacto pessoal, de missões e apresentações conjuntas com outros clusters, como referimos antes, permitindo atrair maior número de presenças, marketing de relacionamento e cross-selling.

“ORGANIZAR EVENTOS EM PORTUGAL É FÁCIL” Precisamos de (re)construir uma imagem mais positiva, dinâmica e integrada do país no exterior, e relevar a notoriedade e a boa percepção que conquistámos por mérito próprio, seja pela qualidade de infra-estruturas, diversidade de espaços para eventos, competência das empresas e instituições do sector, capacidade criativa, ou pelos apoios e recursos disponíveis à captação de eventos internacionais. Factores como a disponibilidade para ajudar a resolver problemas, flexibilidade, capacidade de nos ajustarmos às necessidades de cada projecto são o que mais facilmente nos pode distinguir - e é algo em que não podemos falhar nunca. Organizar eventos em Portugal tem que ser “fácil”, como já dizem muitos clientes. Por último, promover experiências continua a ser a melhor forma de vender o destino, se conseguirmos tornar essa experiência em algo de memorável.

ATENÇÃO AOS DETALHES Fidelizar o participante num congresso, fazendo com que ele volte mais tarde, sozinho, em família, com os amigos, pode depender de meros detalhes, que ainda assim exigem articulação entre instituições, diferentes entidades e estruturas. Mantê-las em contacto permitirá obter mais-valias para os promotores e participantes nos eventos. Coisas às vezes tão simples como possibilitar que um congressista viaje com o seu badge nos transportes públicos, durante os dias em que aquele decorre.

CONCLUSÃO E DESAFIO Eis, muito resumidamente, algumas das ideias recolhidas do primeiro Networking Camp MI. O futuro desta iniciativa passará por alargar este mesmo método de trabalho a outros grupos, a outras regiões, mantendo este formato que privilegia o diálogo, estimula a partilha de conhecimento e a recolha da experiência dos intervenientes, sintetiza contributos e ajuda a construir uma visão coletiva, simultaneamente local e global.

Só que tudo isto, convenhamos, servirá de pouco se não conseguirmos dar o passo seguinte, ou seja, se não formos capazes de transformar conversas em acção. Rui Luís Romão [rui@eventpoint.com.pt]

GLOSSÁRIO: NUTS - Nomenclatura de Unidades Territoriais para Fins Estatísticos I&D - Investigação e Desenvolvimento APECATE - Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos CCDR - Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal IVDP - Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto OPC - Organizador Profissional de Congressos ICCA - International Congress and Convention Association MPI - Meeting Professionals International EFAPCO - European Federation of the Associations of Professional Congress Organisers


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PEDRO CARDOSO DIRE C T OR ‑ E X E C U T I V O D A T HE HOU S E OF E V E N T S © RUI LUÍS ROMÃO . EVENT POINT


OPINIÃO 23

O FORMATO DOS ENCONTROS (MEETINGS) DO FUTURO

Perante a inconstância económica, social e política em que vivemos estes últimos anos, reflectir sobre tendências de evolução da meetings industry a médio e longo prazo é uma tarefa desafiante, e como tal plena de atractivos. No segmento de reuniões associativas constatamos que muitos meeting owners continuam amarrados ao conceito “same procedure as last year”, i.e., ao formato tradicional, com palestras intermináveis, oradores enfadonhos e salas vazias, com o argumento de que é credível, seguro, fiável, prático e, como tal, para manter. Segundo vários líderes de opinião nesta matéria, os encontros do futuro encerram uma mudança radical. De facto, à semelhança do que já acontece em múltiplos sectores de actividade, também na meetings industry vamos assistir a uma progressiva transferência de poder para os consumidores. Falamos, entre outros, do poder de definir questões essenciais. Que contexto? Que processos e conteúdos vão ser aportados no encontro? Os objectivos dos participantes incluem um rol de expectativas (exigências) que os velhos critérios não satisfazem.

Os novos consumidores querem ter um papel activo, ser parte do conteúdo, e são, em última instância, os verdadeiros meeting owners!

Conforme referi em anterior artigo, uma das tendências mais marcantes é a da mudança de paradigmas demográficos, sociais e culturais. É complexo imaginar a convivência entre representantes de três ou mesmo quatro gerações - desde Baby Boomers à Generation Y - tanto online como face-a-face. A tipologia de comportamento, o modelo de aprendizagem, a capacidade de interagir, o recurso a novas tecnologias, e o factor de motivação são dificilmente compatíveis! A mudança é urgente e inadiável, a grande questão é saber se, enquanto organizadores, vamos ser meros espectadores ou assumimos o papel de actores da mudança. Obviamente, há valores que permanecem imutáveis. O nosso desafio como meeting architects é contribuir para o planeamento e organização de reuniões e eventos que acrescentam valor, atingem os objectivos estabelecidos e cumprem a promessa da entrega. O que fazer para alavancar esta mudança? Desde a disposição das salas, design, iluminação, definição do programa e conteúdos, recurso a novas tecnologias, o nosso objectivo é criar todas as condições para desenvolver uma cultura de aprendizagem participativa.

Este desígnio pode ser alcançado com a implementação de formatos como Open Space Technology, World Café, Dialogue Circles, Mind Mapping e outros que, embora adaptáveis em larga escala, dão enfoque a pequenos grupos de discussão. Fazendo ainda recurso a ferramentas e técnicas que introduzem ritmo, conceitos temáticos e elementos de surpresa nos encontros, com facilitadores, artes de palco, alimentos saudáveis e estimulantes, música, exercício, e outras formas de estímulo visual e táctil. Estas foram, entre outras, algumas das boas práticas implementadas no primeiro Networking Camp - Meetings Industry Portugal, coorganizado com a Event Point na Pousada do Freixo, no final de 2012. Um modelo de colaboração competitiva, ao nível nacional, a reeditar ao longo de 2013, que privilegia o diálogo entre pares, estimula a partilha de conhecimento e a recolha da experiência dos intervenientes, sintetiza contributos e ajuda a construir uma visão colectiva, local e global.

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LUÍS RASQUILHA C E O D A AY R C ON S ULT ING © CLÁUDIA COUTINHO DE SOUSA . EVENT POINT


GRANDE ENTRE VISTA 25

“OS EVENTOS EM PORTUGAL SÃO DOS MELHORES DO MUNDO”

É um nómada urbano, que corre o mundo com um portátil na mochila. A sua vida é detectar tendências que depois podem ser aproveitadas para modelos de negócio. Desafiámos Luís Rasquilha, CEO da Ayr Consulting, Trends and Innovation a identificar tendências que possam servir o sector dos eventos. Como é que explica em meia dúzia de frases quem é e o que faz? Eu sou um Consultor de Trends Innovation. Alguém que utiliza o conhecimento das tendências comportamentais do consumidor para gerar inovação nas empresas. Os mercados, as empresas e os profissionais estão habituados a olhar para o passado e definir a sua estratégia com base nos resultados que no passado conseguiram. O correcto é antecipar o futuro e aproveitar essas oportunidades. A consultoria de TrendsInnovation é isso: olhar para o futuro pela lente das tendências e definir propostas e modelos de negócio que permitam diferenciação no mercado.

O que é que os eventos podem aprender com esse trabalho de identificação de tendências no marketing, no consumo? Ao nos apercebermos do que motiva os consumidores e de que forma eles se comportam podemos encontrar novos conceitos, aplicações e formas de construir eventos. Cada vez mais o evento é algo experiencial, emotivo, envolvente e menos de mera confraternização ou comercial. Sabendo que duas tendências muito claras são o Identity Narrated (algo que sai da evolução do storytelling) e o Experience já podemos construir outras abordagens e outros conceitos de eventos.

A experiência de viver e trabalhar no Brasil mudou a sua perspectiva sobre os mercados? De que forma? Sim. A escala deste mercado é algo completamente diferente. Não só pela dimensão, mas pela fase em que a economia está - em crescimento, “aquecida” e focada nos grandes momentos que aí vêm (Campeonato Mundo 2014 e Jogos Olímpicos 2016. Fala-se também numa Exposição Universal em 2020) eventos que deixam o país em estado de total euforia que se reflecte também nos negócios. Eu vivo no Brasil, mas trabalho um pouco por todo o mundo e isso é muito interessante pois permite ver até como o Brasil está posicionado face a outros mercados interessantes como Ásia, Médio Oriente e no futuro África.

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E como é olhar hoje em dia para Portugal, para o país, a partir do Brasil? Por um lado com a preocupação de ver que mais uma vez adiámos o nosso potencial enquanto país no mundo. As sucessivas crises pelas quais passámos nos últimos 30 anos deviam ser um factor de aprendizagem para todos nós, mas continuamos a cair nos mesmos erros e, pior, a deixar a culpa morrer solteira, o que faz com que a nossa credibilidade venha por aí abaixo. Agora, também vejo com grande optimismo. Somos dos melhores profissionais do mundo, dos povos mais inteligentes e trabalhadores. O capital de conhecimento (aliado a algum desenrascar) faz dos portugueses profissionais reconhecidos um pouco por todo o lado. Este é o momento de viragem. Esta é a oportunidade. Do Brasil vemos Portugal como a porta de entrada das empresas brasileiras na Europa e no sentido inverso a entrada das portuguesas na América do Sul. Como vou quase todos os meses a Portugal sempre dá para ir sentindo a evolução das mudanças. Não estamos a viver tempos fáceis. Mas como sempre digo - se fosse fácil não era com os Portugueses.

Que opinião tem dos eventos que se fazem em Portugal?

Dos melhores do mundo. Muitas vezes sem os recursos que os grandes mercados podem fornecer, mas em linha com o que já referi (a questão de sermos detentores de grandes índices e capital de conhecimento) conseguimos fazer coisas que ninguém até hoje fez. E isso depois reflecte-se nos prémios, reconhecimentos e demais menções que as empresas portuguesas têm recebido.

Quais são as grandes tendências das sociedades modernas que podem marcar o modo como vamos fazer eventos? O futuro é dominado pela tecnologia e pela conectividade. O smartphone e o estar conectado passou a fazer parte da nossa vida. Depois a crescente procura de coisas autênticas, com história/ significado e que nos permitam viver experiências novas, envolventes e emocionantes/inesquecíveis. Precisamos de incorporar isso na forma de pensar eventos para construir conceitos e momentos únicos e alinhados com as expectativas destes consumidores, atentos, actualizados, proactivos, conectados.


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Em que é que as gerações mais novas são diferentes das anteriores, e de que modo isso vai determinar mudanças, também ao nível dos eventos? O que é que elas esperam dos eventos? Claramente na forma como se relacionam com a tecnologia e com seu inexistente índice de fidelidade às marcas. Hoje o ciclo de vida das marcas é muito mais curto e eu mudo da marca A para a B só porque a B me deu algo novo. O sentimento de posse/pertença passou para o lado do consumidor e deixou o das marcas- São elas que são escolhidas e não são elas que escolhem. A geração mais nova sendo muito mais multitasking, brand oriented e tech driven espera velocidade, eficácia e acima de tudo ser surpreendida - mas como estão altamente up to date com o mundo acha que já nada as surpreende. Aqui está a grande oportunidade do TrendsInnovation.

E os eventos para os mais velhos? Como serão no futuro? Desengane-se quem pensa que os mais velhos não estão conectados ou actualizados. Estão tanto quanto os mais novos - existe uma grande aproximação entre a geração mais nova (até aos 18/20 anos) e a mais velha (acima dos 50). Com o fenómeno de que agora são os mais novos a ensinar os mais velhos. E isso é de uma beleza e com um cariz desafiador enorme.

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As redes sociais, e as novas tecnologias, são as grandes responsáveis por virmos a ter uma experiência completamente diferente de participação num evento? Sem dúvida. O evento é algo muito mais interactivo que acontece antes, durante e depois do momento do evento. E as tecnologias são as grandes impulsionadoras dessa perenidade que os eventos podem usufruir para se tornarem mais eficazes. Responsabilidade social, ambiente, sustentabilidade, vão continuar a ser tendências? Sem dúvida. Estão na ordem do dia e influenciarão cada vez mais o negócio das empresas e os mercados. São hoje indissociáveis da realidade dos mercados. Até há pouco tempo eram chavões que ficavam bem no discurso empresarial, hoje são factor de sobrevivência das empresas. Como imagina o mundo daqui a 5 anos?

Mais rápido, mais imprevisível e mais desafiador. Mas acredito que com mais oportunidades e globalizado. O mercado é o mundo e não apenas o território onde estou hoje. Cláudia Coutinho de Sousa [claudia@eventpoint.com.pt] Rui Luís Romão [rui@eventpoint.com.pt]

DEZ PERGUNTAS A LUÍS RASQUILHA Smartphone que não dispensa? Iphone. Tenho dois. Um com numero brasileiro e um com numero português. Aplicação favorita? São três. Instagram para partilha do que vou comendo, Facebook para acompanhar e estar actualizado sobre o que se passa (às vezes complementado com o Twitter) e Skype para estar sempre em contacto com a família, equipa e clientes. Melhor comida para partilhar no Instagram? Quem vê o meu Instagram acha que eu devia abrir um restaurante, tantas são as diferentes fotos de comida. Mas sushi está no topo, pela comida em si e pela beleza dos pratos. Quem escolheria para um hangout (também pode ser uma figura histórica, do passado)? Porquê? Gostaria de conversar com várias pessoas, mas divido-me entre Martin Luther King, Steve Jobs, Margareth Thatcher e Bruce Lee. Por razões diferentes, mas que se complementam: pelas visões que apresentaram do mundo e pelo que poderia aprender com eles. Não sendo possível gostaria de conversar com o Professor Medina Carreira, porque cada vez que fala na TV dá uma verdadeira aula e como nunca tem muito tempo nos seus programas (para tanto que partilha) gostaria de saber a sua opinião sobre alguns temas da nossa realidade.

Música que mais toca no seu Spotify? Chillout, Sade, Seu Jorge, Linkin Park, R&B, Antonio Jackson, Nina Simone, Adele, Tiesto, Simply Red e Alicia Keys. Quantas milhas tem no cartão de passageiro frequente? 230.000 (actualizado ontem). Quando esta entrevista sair deverão ser mais umas 10 ou 20 mil. Onde as gostaria de gastar? A levar as pessoas de quem gosto a viajar comigo para não ir (quase) sempre sozinho. Sapatilhas com meias brancas? Nunca. Antes sem meias do que com meias brancas. Amarelas, vermelhas, azuis, mas nunca brancas. É adepto do fio dental? Uso três vezes por semana à noite antes de ir dormir, depois de lavar os dentes. A minha dentista diz que lhe dá menos trabalho na higiene oral depois quando a visito. Ou estavam a falar do outro? Quantas vezes já desistiu do ginásio? Já perdi a conta. Mas nos últimos dois ou três meses umas cinco.


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JOANA PAIS B U S INE S S DE V E L OPME N T M A N A GE R N A E V E N T S B Y T L C


OPINIÃO 31

TENDÊNCIAS 2013 NO CALENDÁRIO GREGORIANO

No dia em que escrevo este artigo, 21 de Dezembro de 2012, o mundo vai acabar, de acordo com o calendário Maia, e não se fala de outra coisa nas redes sociais. Pergunto-me sobre se serei a única pessoa a guiar-se pelo calendário gregoriano... Transportando esta ideia para o nosso mundo dos eventos, e numa época em que o tema “segurança” é cada vez mais uma preocupação e factor de decisão para muitos clientes, fico com um sorriso ao pensar qual seria a política perfeccionista de gestão de risco que fosse capaz de garantir a segurança para eventos que aconteçam hoje, no dia do suposto fim do mundo... Ironias à parte, o tema da segurança é evidentemente um desafio constante nos eventos e nenhuma entidade a pode relativizar. Nos tempos que correm as características “imprevisível” e “incontrolável” podem ser atenuadas se todos os parceiros envolvidos tiverem a segurança como requisito e dedicarem recursos a antecipar riscos e delinear planos de contenção. Os clientes e os media já deram o alerta: segundo o comunicado de imprensa da Hogg Robinson Group (HRG), a segurança vai ser em 2013 uma das prioridades para as empresas na política de gestão de viagens, sendo já regularmente privilegiada em relação

ao controle de custos. Há uma tendência no nosso país para pensar que o que se passa lá fora e no nosso cantinho à beira-mar plantado não se mede pela mesma medida. Ora, tendo em consideração alguns destes exemplos abaixo, considero prudente estarmos atentos:

interfere na captação de eventos internacionais, no potencial de negócio desenvolvido e nas exportações portuguesas.

. Os processos de compra são por vezes decididos em multinacionais com standards internacionais impostos nessa matéria.

. Os prejuízos humanos, físicos e a imagem negativa inerente à falta de segurança podem ser catastróficos para o negócio, porque são sempre mal aceites na sociedade (poucos esqueceram os infelizes episódios do voo AF477 Rio de Janeiro-Paris ou do cruzeiro no Costa Concordia).

. A imagem de segurança do nosso próprio país (reflectida por exemplo numa simples greve em uma empresa)

No comunicado de imprensa que foi publicado esta semana pela HRG, outros tópicos foram destacados como W W W . E V E N T P O I N T. C O M . P T


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sendo “imperdíveis” em 2013. Mesmo sabendo que o comunicado ressalva as políticas de gestão de viagens das empresas, parece-me apropriado e realista fazer o paralelo com os processos de compra de eventos e viagens de incentivo. Controle e compatibilidade de requisitos em matéria de viagens corporativas e eventos. Dada a conjuntura difícil, as empresas terão cada vez mais apetência para tomar decisões primordialmente racionais, sendo os processos de compra focados na eficiência e bem controlados. Os custos serão um aspecto sensível, mas as próprias políticas e regras associadas também serão relevantes.

As tecnologias móveis. Seja nos telemóveis, smartphones ou tablets, as empresas irão continuar a apostar e a necessitar de funcionalidades e aplicações novas e mais completas. A área de eventos não é excepção. As empresas que conseguirem melhor servir usando as tecnologias móveis, e Internet de maneira geral, terão naturalmente valor acrescentado no mercado.

A nível geográfico, os negócios irão crescer em dois lados do planeta: América Latina e Ásia-Pacífico. Mesmo não fazendo parte de nenhum dos dois continentes, Portugal poderá ir a jogo? Eu acredito que sim, sendo cada vez maiores as sinergias com o Brasil e com a China. Os BRIC têm dado alguns sinais recentes de desacelaração, mas em paralelo a HRG sublinhou a novidade de alguns países Africanos virem a ter um lugar na lista de países emergentes na próxima década, a que todos poderemos brindar. Posto isto, estão assim lançadas as questões de reflexão para 2013: Como podemos transmitir a sensação de segurança aos nossos clientes, parceiros, fornecedores, e ganhar consequentemente mais negócio ? Como a minha empresa vai facilitar a comunicação, vendas e gestão de processos via os inevitáveis dispositivos móveis? Como fazer negócio respeitando tanto o controle de custos como os requisitos dos processos de compra em vigor? Como aproveitar em benefício da minha actividade os fluxos crescentes de turismo de negócios (e dos próprios negócios) na América Latina e Ásia-Pacífico, liderados pelo Brasil e China, respectivamente? Foi igualmente revelado que uma oportunidade para a próxima década está em fase embrionária, e deve ficar “sob observação”, no continente Africano ... Em todos estes itens Portugal (este nosso país aberto para o mundo desde o tempo dos Descobrimentos) dispõe de pontos de ligação, de actuação e de influência internacional. Caberá a nós, actores principais do nosso negócio, perceber onde actuar e obter resultados quantitativos e qualitativos ao acompanhar estas tendências internacionais.

Hoje, enquanto escrevo, assisto ao primeiro dia de Inverno. Uma bela paisagem acompanha-me na redacção deste primeiro artigo para a Event Point, e nada do que vejo se parece a um fim do mundo! Desejo um Bom Ano (gregoriano) a todos!


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DOSSIÊ TEMÁTICO 34

CONGRESSO IUFRO 2012

EVENTOS ASSOCIATIVOS MANTÊM RESILIÊNCIA MAS TÊM NOVOS DESAFIOS Nascem 300 associações por ano em média na Europa, o que significa que todos os anos há mais 300 potenciais congressos. O sector associativo mostra-se mais resiliente do que o corporate, mas surgem novos desafios a enfrentar: as novas gerações, a dificuldade de obter patrocínios e as novas necessidades de financiamento. Fomos ouvir vários especialistas sobre este sector, e ainda clientes, que nos contam o bom e o mau de organizar um evento em Portugal.


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A situação em que vive o sector associativo revela-se mais favorável do que o corporate, mas também mostra alguns sinais de dificuldade, segundo o inquérito da Global Association Conference Market, citado por Rob Davidson no seu Relatório de Tendências. O nível de participação nas conferências deve manter-se e as receitas de patrocínio vão manter-se ou diminuir. Os patrocínios, que são centrais nos congressos, são cada vez mais equacionados, examinados, avaliados. “É irrealista um congresso científico sem patrocínios”, diz Linda Pereira, especialista deste sector e directora da CPL Events. A verdade é que a crise económica se não tem impacto na decisão de realizar estes eventos eles têm mesmo de se realizar, porque fazem parte dos estatutos das associações - , tem impacto (e muito) nesta questão dos patrocínios em eventos. As duas principais tendências emergentes no sector associativo, continuando a citar o Relatório de Rob Davidson, têm a ver com a orçamentação e a captação e distribuição de conteúdos. Os orçamentos vão continuar a ser muito escrutinados e altamente negociados. E aqui joga a favor de Portugal o facto de ter uma boa relação qualidade-preço, amplamente evidenciada pelos nossos entrevistados Em relação à tecnologia, esta vai permitir o aumento do ciclo de vida dos eventos, podendo o conteúdo científico chegar a mais pessoas. Esta pode ser também uma fonte de receitas sustentável para as associações. O webcasting é agora algo de normal num congresso e os eventos híbridos “estão na moda”. “A vantagem é captar esses conteúdos, e tê-los disponíveis a um preço baixo, mas que vai pingando constantemente ao longo do tempo. Os próprios estudantes podem aceder a isso”, refere Linda Pereira. “As associações vivem dos seus eventos e dos seus fees. Estamos agora numa fase de ‘terra de ninguém’, de transição, em que elas têm que alterar a maneira de angariar fundos”, refere Linda Pereira.

CONGRESSO ANUAL EMAC

As redes sociais criaram alguma turbulência neste sector, uma vez que se assistiu à criação de comunidades, algo que pode concorrer com o papel das associações, que são elas próprias comunidades de conhecimento. “As associações têm vindo a aprender que dentro delas têm que permitir esses sub-grupos. Mas há algumas que estão com um bocadinho de receio”, admite a responsável da CPL. Outro desafio para as associações são as novas gerações, que não têm a mesma tendência de se associar. “As novas gerações vão a congressos porque ainda acreditam nos mentores, mas já não têm a tendência de serem associativas”, pelo que o segredo passa por lhes dar soluções à medida, no conteúdo e na forma como é apresentado. Mas não se pense que a dificuldade passa só por atrair este público-alvo. O facto é que atrair delegados é cada vez mais um desafio. “Aí entram os destinos, estes têm de parar de se vender como destinos, e passar

a vender-se como parceiros. É aqui que nós falhamos. Começar a vender o nosso destino em risk-sharing e parceiro de marketing”, comenta a responsável da CPL Events. “Se conseguirmos contribuir no marketing para atrair novos delegados, isso já é uma grande mais-valia para as associações”, conclui. Os programas sociais passaram de “need to have” para “nice to have”. As primeiras 14 razões para ir a um congresso não têm nada a ver com o destino, segundo um inquérito do Convention Bureau de Viena, lembrado por Linda Pereira. E por isso os programas sociais (não os eventos de networking) são cada vez mais um extra. “Um aspecto ainda mais preocupante: a tendência para que o evento só englobe um welcome reception e que o jantar seja à opção de cada um. O que não permite a organização prévia”. Isso traz problemas acrescidos e preocupações logísticas. W W W . E V E N T P O I N T. C O M . P T


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PORTUGAL: 14º DESTINO PARA EVENTOS ASSOCIATIVOS O ranking é da ICCA (International Congress and Convention Association) e colocou, em 2011 - ano das últimas estatísticas disponíveis -, Portugal no 14º lugar, entre mais de 100 países. Os Estados Unidos, a Alemanha e a Espanha lideram a tabela. No mesmo ranking, Lisboa surge no 12º lugar entre mais de 350 cidades. O Porto aparece na 54ª posição de uma lista encabeçada por Viena, Paris e Barcelona. “Muitos dos eventos que vêm para cá, não são eventos aos quais nos candidatamos, são eventos mais pequenos, vêm com apoios dos convention bureau e pela proactividade dos académicos, médicos e engenheiros”, explica Linda Pereira. “Há eventos associativos que requerem candidaturas extremamente exigentes e muitas vezes não estamos presentes nesses. O facto de já termos bastantes dos mais pequenos e dos médios levame a crer que estamos a fazer alguma coisa mal na captação dos maiores”, sobretudo à luz do “destino que somos e tendo os profissionais que temos”. A especialista interroga-se porque é que o Porto não recebe mais eventos, “é fantástico, não lhe falta nada para competir nos médios e nos pequenos”, ou o Algarve. “Porque é que o Algarve não é um hub de eventos também”? Como se trata de uma estatística, Portugal sai logo a perder, segundo a responsável, “nós não gostamos nada de dar estatísticas, partilhar informação e eu acho que nós fazemos mais eventos do que o que está na estatística”. Outro problema tem a ver com a promoção, “O país é fantástico, tem hospitalidade, toda a gente fala inglês, tem 900 anos de história, mas somos incompetentes a promover”, alerta.

CONGRESSO IUFRO 2012

CONGRESSISTA FICA 3,8 IMPORTÂNCIA DE MOTIVAR DIAS EM LISBOA E GASTA OS EMBAIXADORES MAIS DE 1500 EUROS Como se viu, muitos dos eventos que vêm para o país decorrem da proactividade de professores, médicos, engenheiros, que pertencendo a associações internacionais, lutam para que as iniciativas venham para Portugal. No fundo são embaixadores do destino. “Quando os embaixadores estão numa sala e lhes é explicado o valor intrínseco para o país, e também para eles, para a ciência, para a profissão que representam, ficam motivados”, comenta Linda Pereira, lembrando que quase 68% dos bids internacionais requerem um embaixador, um membro nacional, ou local, da área do conhecimento, que se responsabilize pelos conteúdos científicos. “Nós temos obrigação de o informar”. E, acima de tudo, no entender da responsável, “temos de educar os nossos políticos”, remata.

São dados de 2011, mas mostram a importância do segmento associativo para a capital. “Os eventos associativos, especialmente os de ciências médicas, são de extrema importância para o nosso destino”, sublinha Alexandra Baltazar, coordenadora do Lisboa Convention Bureau. A cidade, que nos últimos anos aparecia no top 10 da ICCA, passou a 12º lugar em 2011. A responsável admite que apesar da descida, o número de eventos registado em Lisboa continua a subir. A concorrer para a descida no ranking estão, no entender de Alexandra Baltazar, o investimento em novas infra-estruturas por parte dos destinos concorrentes, a crise económica internacional, que tem afectado os congressos, tanto ao nível do número de participantes como por exemplo nos apoios directos


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O CLIENTE NACIONAL da indústria farmacêutica, o que leva a que os critérios de análise do destino de realização do congresso pelas associações seja extremamente criterioso e fundamentado”. A responsável acredita que Lisboa “chegaria mais longe”, se possuísse um novo espaço multifuncional, servido por hotéis a “walking distance”. “Continuaremos a potenciar a nossa oferta MI no destino, sendo o crescimento, qualificação e notoriedade as metas”, destaca Alexandra Baltazar. E aqui as vantagens competitivas de Lisboa assentam no “clima ameno, diversidade de experiências, luminosidade, enquadramento cénico e gastronomia, na relação preço/qualidade da oferta hoteleira, proximidade da maior parte das cidades europeias, o facto de ser o destino europeu mais próximo dos EUA, e o saber receber dos portugueses”, detalha. Uma grande vantagem competitiva para a capital portuguesa é a ligação natural com o mercado da lusofonia, algo que pode ser interessante para as associações. “O facto de as associações procurarem novos mercados, e entre eles os PALOP , com os quais Lisboa tem uma relação histórica e cultural privilegiada, pode justificar a escolha, atraindo delegados destes países e contribuindo para potenciar relações de negócio entre ambos, associações e PALOP”. No calendário de 2013 estão confirmados eventos associativos, com uma participação estimada acima das três mil pessoas, de que Heart Failure, ECTS, Cystic Fibrosis e Endodontology são exemplo, revela Alexandra Baltazar, destacando ainda a Convenção do Rotary International, em Junho.

A professora Susana Marques, do ISCTE, foi uma das responsáveis pela realização em Portugal da conferência anual da EMAC - European Marketing Academy. “Já estávamos a tentar há algum tempo trazer a conferência para Lisboa”, explica a professora, e em 2012 o objectivo concretizou-se. “Um ano e meio antes do evento fizemos um caderno de encargos, contactámos várias empresas e depois seleccionámos as que iriam trabalhar connosco”, refere Susana Marques. A opção recaiu sobre várias empresas, a Leading, a P Team e a Três em Linha, uma para tratar dos eventos na universidade, outra mais especializada em viagens, para tratar dessa logística, e uma outra para os eventos fora da escola. A impressão com que ficou do sector dos eventos foi “a melhor possível”. “Tivemos todo o apoio e disponibilidade naquele ano e meio de trabalho”, realça a responsável. A parte mais difícil de organizar o congresso teve que ver com a angariação de patrocínios. “2012 foi um ano difícil, mas esperávamos ter um valor superior em patrocínios do que o que tivemos”, confessa a responsável. Ainda assim os resultados foram positivos, uma vez que conseguiram atrair ao congresso mais participantes do que o esperado. E o feedback destes foi muito bom. “Alguns diziam que nós éramos um país do sul da Europa, com uma organização do Norte da Europa”, conta com orgulho Susana Marques. Para a organização foi “compensador” trazer o evento para Portugal.

“Levámos mais longe o nome da escola, ficaram a conhecer o nosso trabalho, o que é importante dado o desafio de captar alunos estrangeiros”. E por tudo isto voltariam a fazê-lo. “Estamos a dar um ano ou dois de descanso, mas já estamos a pensar em candidatarmo-nos a outra conferência”, adianta Susana Marques.

A OPINIÃO DE UM CLIENTE INTERNACIONAL Saranpää Pekka, chairman da IUFRO 2012, Worldwide Conference of Forest Products, que se realizou no Estoril, destaca a qualidade dos espaços e o preço razoável de Portugal. “Para uma conferência internacional, Lisboa e o Estoril foram de fácil acesso para a maioria dos participantes”, sublinha o responsável, que realça ainda o facto de terem trabalhado com um organizador de congressos “muito profissional”, neste caso a The House of Events. Em termos menos positivos, “as tradições

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e culturas diferentes” podem ser um problema. O responsável indica a “falta de respostas” como uma dificuldade. Em termos de fornecedores, Saranpää Pekka avalia-os como “excelentes” e com grande possibilidade de escolha. O grande desafio neste congresso, que teve um grande impacto económico no destino, foi “planear o orçamento e arranjar patrocinadores, bem como a dificuldade de prever o número de participantes”. E por isso foi necessária muita flexibilidade no orçamento, e da parte do venue e hotéis. Esta conferência ficou ainda marcada por ter sido um evento sustentável. Assim, o balanço da iniciativa foi francamente positivo.

EQUIPA DA THE NO CONGRESSO IUFRO 2012

VIENA, LÍDER NOS EVENTOS ASSOCIATIVOS Aparece invariavelmente nos primeiros lugares do ranking da ICCA e é citada como uma cidade exemplar para o sector da meetings industry. Christian Mutschlechner, director do Convention Bureau de Viena, acredita que o segredo do sucesso é o trabalho diário com os clientes. O responsável nega que estar no primeiro lugar do ranking da ICCA seja um objectivo por si só, “se estivéssemos focados nisso, perdíamos muitas oportunidades de negócio”. “Acho que a reputação de Viena não é baseada nas estatísticas da ICCA, é no trabalho diário com os clientes, eles é que constroem a nossa reputação”, destaca Mutschlechner. Claro que é agradável estar em primeiro, confessa o director, mas diz que a avaliação do desempenho da cidade é feita através de estatísticas próprias. E essa é uma mais-valia de Viena. “Um factor-chave para a reputação internacional é termos construído estatísticas muito profissionais e uma avaliação económica para a meetings industry em Viena”, sublinha o responsável. Outro elemento a destacar é o trabalho efectuado pelo Convention Bureau

junto das sedes internacionais, não só para trazer os eventos para Viena, mas também ajudando-os no que precisarem e fazendo consultoria. A receita do segmento associativo para Viena ascende aos 80% e por isso este é um mercado-chave para a cidade. Um dos grandes desafios para este segmento é a mobilização dos delegados, membros e não membros da associação, considera Christian Mutschlechner e isso passa por tornarem os seus eventos os mais importantes, em termos de conteúdo, e na forma como são apresentados. Quisemos saber que opinião tem Christian Mutschlechner do sector da meetings industry em Portugal. O responsável considera que o país tem um excelente produto, ele que teve oportunidade de o experimentar durante o congresso da ICCA em Lisboa, em 1999. “Há excelentes venues e profissionais top, por isso Portugal de um modo geral tem um excelente produto, a questão é conseguir dar estabilidade e continuidade para que as pessoas trabalhem. Se estiverem sempre a mudar de pessoas não vão criar confiança junto dos clientes”, conclui.

CENTRO DE CONGRESSOS DE LISBOA: EVENTOS ASSOCIATIVOS REPRESENTAM 56% DA FACTURAÇÃO É um dos venues mais requisitados para eventos associativos. E confirmase que a crise não afasta este tipo de eventos, conforme explica Alexandra Torégão, coordenadora de marketing. “Este segmento ainda não está a sofrer muito com a crise. Os eventos continuam a realizar-se, embora os custos sejam ponderados e analisados com maior rigor”, explica. Além disso, como são pensados com grande antecedência, permitem “um melhor planeamento, sendo mais fáceis de trabalhar: sabem o que querem, são organizados, objectivos, determinados, o que para um gestor de eventos é muito importante”, sublinha Alexandra Torégão. Estes clientes esperam que os venues estejam “bem equipados, sejam versáteis, confortáveis, modernos e sofisticados e servidos com as mais


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modernas tecnologias de audiovisuais e IT. Outros requisitos, também importantes, são o enquadramento na cidade, uma boa rede de transportes e de hotéis”. Igualmente importante é que disponham de uma equipa experiente. O segmento associativo representou 56% de toda a facturação do Centro de Congressos de Lisboa em 2012. E este ano a cidade vai acolher o “maior evento jamais realizado em Portugal”, a Convenção do Rotary International. Espera-se que a cidade receba milhares de rotários de todo o mundo. “Será um grande desafio para a cidade e para o Centro de Congressos de Lisboa”, conclui a responsável de marketing.

Muito ficou por dizer sobre este mundo cada vez mais complexo que é o dos eventos associativos. No horizonte de Portugal apresenta-se muito nitidamente o desafio da promoção e da captação de eventos, de negócio, porque a capacidade de organização existe, e vai

sendo reconhecida por quem já experimentou o destino. A dúvida, para muitos dos profissionais que ouvimos, é sobre se estaremos a fazer esse trabalho suficientemente bem. E, mais importante, se o poderemos continuar a fazer isoladamente, cada um para seu lado. Cláudia Coutinho de Sousa [claudia@eventpoint.com.pt]

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INTERNATIONAL & EUROPEAN ASSOCIATIONS CONGRESS 2013

ESTORIL RECEBE DECISORES DE EVENTOS ASSOCIATIVOS O Estoril vai ser palco de um dos mais importantes encontros entre executivos de associações europeias e internacionais, além de membros individuais, federações regionais e internacionais, institutos, association management companies e organizadores profissionais de congressos, entre outros. Mais de 50 oradores e um alinhamento de temas essenciais para o sector são os pratos fortes deste congresso que, de 21 a 23 de Abril, promete atrair mais de 400 delegados, de 22 países. O programa conta com cinco streams paralelos e concorrentes; cinco workshops pós-congresso, uma sessão dedicada a associações mais pequenas; ainda uma sessão dedicada só ao sector da medicina; e reuniões entre delegados. Conheça aqui o programa: www.associationcongress.com. Entre os oradores refira-se a presença de Mats Ahnlund, da International Aids Society, Pierce Riemer, World Petroleum Council, Ian Bitran, International Society for Professional Innovation Management, ou Dianne Whitem, European Society of Clinical Microbiology & Infectious Diseases. A representar Portugal estará Linda Pereira, da CPL Events, e Isabel Amaral, presidente da Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo. Os trabalhos vão decorrer no Centro de Congressos do Estoril. Para além de toda a componente científica do congresso, esta é uma oportunidade para os executivos das associações estarem em contacto com o destino e com a forma como se organizam eventos em Portugal. A Event Point é media partner exclusiva para Portugal deste congresso.

“O ESTORIL É UM EXCELENTE DESTINO PARA CONGRESSOS”

Porquê o Estoril? É um excelente destino para congressos e de grande valor para os delegados das associações, que ficarão interessados em trazer para o Estoril os seus próprios eventos.

Entrevista a Damian Hutt, director do Congresso e director executivo do Association Resource

Quais serão os principais temas em discussão no congresso? Desenvolvimento de congressos; como melhorar as propostas para receber congressos associativos internacionais e europeus; as questões da multiculturalidade; como acrescentar às associações um cariz mais comercial e aumentar o valor para os seus membros.

Quais são os principais objectivos para o International & European Associations Congress 2013? Os objectivos passam por dar o melhor conhecimento prático aos colaboradores das associações; ajudá-los a gerir e desenvolver as suas associações e a melhorar o valor das receitas para os seus membros e para a organização. Estamos focados em dar um benefício financeiro a cada delegado decorrente da presença no congresso.

Terão algumas sessões destinadas às associações nacionais. O que está na base desta opção? Haverá um stream nos dois primeiros dias e um workshop no terceiro dia para as associações nacionais. Pretendemos olhar para todo o processo das associações (internacionais e europeias) de requisitar propostas para receber congressos, perceber como ajudar as associações nacionais a melhorar as candidaturas submetidas


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LinkedIn, Twitter, etc.) são quase só comunicação crua e um meio de obter feedback. Redes privadas são muito mais produtivas e um valor acrescentado para os membros, porque são feitas à sua medida.

DAMIAN HUT T

para acolher esses eventos, avaliar as mudanças nos apoios dos convention bureau. No workshop vamos procurar ajudar com a criação de propostas. O que representam as associações e os seus eventos para um destino? Há o dinheiro que as próprias associações gastam no destino com a realização dos seus eventos e depois há o dinheiro gasto por cada um dos delegados. Trazer um evento para um determinado destino pode ainda permitir potenciar o aumento do conhecimento no campo de especialidade desse congresso.

Quais são os maiores desafios hoje em dia para as associações e como é que um destino pode apoiá-las? O risco financeiro e o apoio em termos de marketing são desafios-chave. Partilhar o risco com a associação e ajudá -la no marketing do congresso junto dos delegados é muito útil. O apoio logístico é também importante para reuniões de trabalho e visitas de inspecção. De que forma as tecnologias e as redes sociais estão a influenciar este sector? As tecnologias ajudam a melhorar o serviço aos membros e delegados e reduziram as horas necessárias para a gestão. Está a tornar-se norma ter ofertas só online para atrair novos membros e delegados. As redes sociais são uma tecnologia disruptiva e muitas associações ainda estão a tentar lidar com elas. As redes públicas (Facebook,

O tema da sustentabilidade é um assunto sério para as associações? As associações não estão tão sujeitas a pressões de CSR (Corporate Social Responsibility) dos shareholders e dos clientes, como está o sector corporate (e por extensão os seus agentes), portanto não é crítica para elas. No entanto as associações, pela sua natureza, estão mais receptivas aos benefícios altruístas da sustentabilidade. Acredito que, à medida que uma certa aura de mistério se vai esbatendo, em torno dos sistemas de sustentabilidade em eventos e das normas ISO, haverá um ponto de viragem em que para as associações será usual dispor de um sistema de sustentabilidade implementado, e mais abrangente, mais extenso, do que no caso dos eventos corporativos. De que forma a corrente crise económica está a afectar as associações, e a forma como fazem eventos? Os congressos anuais estão sob pressão em termos de custos, mas a participação está a aguentar-se bem com reduções de um dígito só em percentagem. Conferências com webcasting são agora mais comuns para as associações, mas isto expandiu a sua abrangência e não reduziu a participação física. Menos comum, mas em crescimento, é a criação de eventos virtuais sem a presença física dos delegados e sem um venue. Isto vai permitir reduzir o número de eventos mais pequenos, mas não significativamente. O patrocínio a jantares luxuosos e festas também diminuiu. W W W . E V E N T P O I N T. C O M . P T


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FERNANDO COMPLE TO PROF E S S OR - A D JUN T O D A E S H T E

NUNO GUSTAVO PROF E S S OR - A D JUN T O D A E S H T E


OPINIÃO 43

O REGRESSO AO MITO DE PETER PAN

EVENTOS ASSOCIATIVOS & ENTERTRAINING : UMA NOVA ESTRATÉGIA PARA DESPERTAR ADNS CRIATIVOS Mobilizar mentes, fortalecer o espírito, encontrar novos sentidos são desígnios próprios dos tempos de crise e uma condição necessária para ir além da inércia que os caracteriza. A activação de novas pontes, a construção de novos momentos de partilha são processos fundamentais para um período onde impera o individualismo regressivo, o qual limita a criatividade e capacidade de empreendimento. Neste contexto, importa promover ideais de liderança que objectivamente provoquem dinâmicas emocionais de partilha, de criação e decisão, numa lógica motivacional, que implemente processos de cooperação e solidariedade, em prol de novas soluções para o desenvolvimento a título individual e organizacional. Citando Peter Drucker: “liderança é levantar a visão das pessoas para horizontes mais altos, é levantar a performance de alguém para outro patamar, é a construção de uma personalidade além das suas limitações.” Os eventos associativos podem, neste contexto, assumir um papel determinante dada a sua natureza de interacção e de partilha através da aplicação de modelos de formação, onde a matriz lúdica pode desenhar trajectórias alternativas ao paradigma dominante. Se para os primeiros pensadores sobre o fenómeno do lazer as práticas lúdicas assumiram elementos de reprodução

cultural de mecanismos de trabalho, e posteriormente elas próprias uma dimensão profissional, hoje, para revitalizar os processos de produção, gestão e desenvolvimento organizacional subvertem-se estas lógicas implementando o princípio de que o lazer pode ser um acto refundador e motivacional para o trabalho.

Este novo paradigma designado por entertraining é centrado numa abordagem formativa onde imperam as estratégias e as práticas do lazer. W W W . E V E N T P O I N T. C O M . P T


OPINIÃO . O RE GRE S S O A O MI T O DE P E T E R PA N , P OR F E RN A ND O C OMP L E T O E NUNO G U S TAV O 44

A aplicação deste conceito aos eventos associativos cria um novo modelo inspiracional focado na experimentação de actividades lúdicas adaptando princípios como a cooperação, solidariedade intergrupal e estratégias colectivas num modelo relacional de muitos-para-muitos, aberto, participado, com objectivos que são simultaneamente agregadores e diferenciadores. O êxito desta nova matriz decorre da hibridação dos ideais clássicos de um evento associativo, capitalizados com dimensões lúdicas, criativas e projectivamente inovadoras. Contrariamente aos eventos associativos formais, onde o modelo estratégico de ignição é gerado de uma forma impulsiva e sobre um arquétipo conhecido e reconhecido pelo seu universo, no paradigma de entertraining em contexto de eventos associativos existe uma despolaridade orgânica com decisão colectiva, de impulso e de espectro informal, onde imperam as lógicas disruptivas e onde os agentes são confrontados com a proposta de práticas alternativas e desconhecidas.

É a afirmação do Mito de Peter Pan. Na prática, mantendo os valores e os objectivos do modelo tradicional de concepção e operacionalização dos eventos associativos, este paradigma, desfocando e introduzindo valores criativos e irreverentes, promove um novo caleidoscópio motivacional para quem participa e quem observa o evento.

O CASO DO MP3 EXPERIENCE EVENT Nova Iorque, Barcelona e Roma viram emergir este conceito de evento associativo que procura mobilizar largas centenas de pessoas para em espaço público produzirem coreografias informais tendo por registo a existência de um protocolo visual pré-definido, um gadget MP3 e um kit composto por uma mochila, uma máquina fotográfica com flash, uma lanterna, glow stick e uma máscara. A partir de um simples download partilhado nas redes sociais, mobiliza-se o colectivo para o(s) meeting point(s). In loco, em registo horário combinado os intervenientes ligam os seus MP3 e vão reproduzindo as instruções que lhes são fornecidas pelo ficheiro previamente gravado, produzindo uma coreografia colectiva, numa mimética individual, mas única, dado que só cada um dos participantes é conhecedor das instruções a realizar. Respondendo às indicações dadas, verificam-se momentos cromáticos e cénicos únicos, de uma enorme expressividade estética, podendo em muitas circunstâncias funcionar como proposta de marketing empresarial, no quadro da promoção de marcas e de produtos.

Mobilizando e inspirando colectivos apáticos, este novo paradigma de evento associativo desperta, através de experiências e imagens singulares, mentes e espíritos lançando a necessária esperança para encontrar novas soluções em contexto de adversidade, ou como desafia Peter Pan: “ vem comigo, para a terra onde nascem os sonhos, e o tempo nunca é planeado. Basta pensar em coisas alegres, e o teu coração vai voar para sempre nas asas da Terra do Nunca”.


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OPINIÃO 46

ROB HARD DIRE C T OR D A B U S INE S S T R AV E L DE S T IN AT ION S

DEZ PREVISÕES PARA AS VIAGENS DE NEGÓCIO E OS EVENTOS EM 2013 Parece que a indústria das viagens de negócios, dos congressos e dos eventos continua a evoluir a cada ano, e 2013 provavelmente vai reflectir algumas mudanças significativas que vão influenciar onde, quando e como nos reunimos no futuro. “Enquanto que a economia tem sido um desafio em anos recentes, parece que em 2013 vai começar a mudar esta tendência”, diz Jorge Rubio Navarrio, director da delegação de turismo de Espanha em Chicago. “Em Espanha assistimos a um crescimento de 3% em 2012, apesar da crise económica. O mesmo crescimento é projectado para 2013, com boas expectativa para o sector das viagens de negócio, dadas as excelentes infra‑estruturas e profissionais. Esta indústria está a posicionar-se de modo a receber um maior número de turistas de negócios internacionais.”As observações de Rubio sobre as viagens de negócios em Espanha podem ser um excelente ponto de partida para ajudar a prever os desafios e as oportunidades que nos esperam. E parece que temos razões para estarmos optimistas em 2013 para o sector das viagens de negócio, dos congressos e dos eventos.


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1. VAMOS VIAJAR MAIS E REUNIR GLOBALMENTE Apesar de haver uma tendência para acolher mais eventos locais, cerca de mil milhões de turistas viajaram internacionalmente em 2012, de acordo com dados da Organização Mundial do Turismo - UNWTO, a agência especializada das Nações Unidas para o turismo sustentável. O dia simbólico em que se atingiu este número foi 13 de Dezembro de 2013. Quem foi? Infelizmente, nenhum turista de negócios, mas uma britânica de visita a Madrid - fizeram-lhe uma pequena homenagem nesse dia, no Museu do Prado. E se não tem a certeza sobre a importância deste marco, compare-o com 1990, quando 450 milhões de turistas viajavam internacionalmente.

2. ONDE É QUE O MUNDO SE VAI ENCONTRAR EM 2013? Orlando, Londres, Xangai e Riviera Maya (México) são prováveis destinos de topo para eventos nas suas regiões, de acordo com o Global Meetings Forecast 2013, da American Express Meetings & Events. Londres deve ganhar uma visibilidade a longo prazo, potenciando a herança dos Jogos Olímpicos para atrair grandes eventos e programas, sobretudo quando o Parque Olímpico ficar disponível para eventos privados. Outros destinos que podem ser incluídos nesta lista são Las Vegas, Singapura e San Juan (Porto Rico). O Inverno moderado de Barcelona e a dedicação à hospitalidade vão atrair turistas de negócios. Singapura aparece de forma consistente como uma das cidades top para congressos internacionais, tendo a

reputação de uma grande concentração de oportunidades e actividades de lazer e negócio. Outros destinos da Business Travel Destinations incluem Berlim, Madrid, Cidade do México, Nova Iorque e Tailândia.

projectar que a tecnologia vai ajudar a criar comunidades através do uso das redes sociais, reuniões virtuais e video streaming. E isso vai continuar a evoluir nos próximos cinco anos.

5. VAMOS INCORPORAR 3. VAMOS REUNIR­‑NOS COM BEM-ESTAR NA VIAGEM UM PROPÓSITO MAIOR Numa conversa com Mike Dominguez, vice presidente de vendas dos Resorts MGM, durante a última IMEX America, em Las Vegas, ele explicou que a forma como nos reunimos hoje é completamente diferente da de há cinco anos. “O conteúdo e a forma precisam de uma mudança, e isso já está a acontecer”, disse Dominguez, acrescentando que há uma viragem no sentido de ter reuniões com decisores e obter propostas adequadas. E ele está certo. Nas convenções há um foco maior em incorporar reuniões one-to‑one e reuniões com grupos pequenos directamente no espaço da feira. E para as reuniões mais pequenas haverá a grande tendência de criar experiências mais íntimas.

4. CONTINUAREMOS A DEFINIR O PAPEL DA TECNOLOGIA Para aqueles que continuam preocupados com a possibilidade das reuniões online substituírem os eventos presenciais, essa não devia ser a preocupação. Pelo contrário, a questão é como incorporar a tecnologia nos eventos. Dominguez encara a tecnologia como uma ferramenta social que potencia o face-a-face. A grande maioria das reuniões destinam-se a grupos pequenos que se juntam por motivos de negócio. E os objectivos de negócio vão ditar quando e como nos reunimos. Com isto no pensamento, é razoável

Como se costuma dizer, “só trabalho e nenhum prazer”... Brincadeiras à parte, o bem-estar é uma parte vital das reuniões de negócio que é maltratada devido a indulgências do passado, mas que realmente nos ajuda a sermos mais produtivos, explica Jenniger Lyn, directora de spa no Mandarin Oriental, em Las Vegas. Isto pode ser atingido através de uma série de serviços de spa e tempo no ginásio, mas o bem-estar vai continuar a ter um papel importante nos programas. Ideias óbvias passam por incluir mini-tratamentos entre as sessões, caminhadas em grupo de manhã e outros tópicos de bem-estar disponíveis na agenda. Menos óbvios, mas igualmente importantes, são os horários das sessões que vão ser tendencialmente mais curtas e com actividades mais interactivas para manter os delegados em movimento. O catering também vai reflectir opções mais saudáveis, com ênfase nos menus sustentáveis.

6. VAMOS DEFINIR UM PAPEL MAIS IMPORTANTE PARA AS DMC As Destination Management Companies (DMC) passaram de responsáveis pelo transporte a experts no destino, em termos de eventos, conhecidas pela capacidade de criar experiências únicas em venues originais. Com o volume de informação disponível sobre um destino, muitos organizadores de eventos esperam justamente W W W . E V E N T P O I N T. C O M . P T


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isto, mas também estão a requerer um maior envolvimento da DMC que contratam. Shaun Casey, director regional EMEA da Pacific World, uma DMC global, diz que acredita que estas necessitam de se diferenciar através do conhecimento total do valor da marca do seu cliente. “É nossa responsabilidade compreender as necessidades do consumidor”, refere Casey, acrescentando que isso significa ser dinâmico e pensar fora da caixa. E se algumas organizações estão a evoluir na forma como encaram os eventos, as DMC precisam de se reinventar.

de cinco estrelas. Fora dos Estados Unidos, por comparação, os preços vão ser mais atractivos. Na Europa, Médio Oriente e Ásia, as tarifas negociadas vão crescer entre 0,5 e 5%, em média. Os preços na Ásia-Pacífico vão flutuar, dependendo do destino, mas mantendo-se razoáveis. O que é que isto significa para as viagens e os eventos? É uma boa notícia, se houver programas planeados para a Europa e Ásia em 2013, e espera-se que se mantenha favorável nestes destinos nos anos mais próximos.

9. VIAGENS DE 7. AS TARIFAS AÉREAS VÃO NEGÓCIO, CONGRESSOS MANTER-SE RAZOÁVEIS E EVENTOS VÃO Se a sua preocupação é o custo do transporte aéreo, saiba que este é um PRODUZIR RESULTADOS

bom ano para reservar voos. O preço das viagens de longo curso deve manter-se estável ou com um pequeno aumento, segundo os dados do Global Business Travel 2013 Forecast, da American Express. Isto é o que vai acontecer em termos globais. Claro que os turistas de negócios, e os outros, devem estar atentos a todos os custos escondidos que fazem aumentar a tarifa, como fees opcionais da companhia aérea e outras taxas.

8. OS PREÇOS DOS HOTÉIS VÃO SUBIR EM 2013, MAS DEPENDE DA REGIÃO Onde vão aumentar mais é na América do Norte. Devido à recessão dos últimos anos, houve restrições à expansão dos hotéis nos Estados Unidos. Vai haver um número limitado de quartos, pelo que o Global Business Travel 2013 Forecast prevê um aumento entre 2 e 7% dos hotéis médios e de 4 a 9% nos

Os eventos estão em alta, segundo o Grupo IMEX. Demonstrar o retorno do investimento é uma prioridade para as reuniões, feiras, eventos, segundo o estudo Power of 10, de Outubro passado. Também o Global Business Travel 2013 Forecast reconhece que “as empresas consideram as reuniões e os eventos uma estratégia para obter aumentos de receitas e melhorias na gestão”. Se esta não é certamente uma ideia nova, o facto de ela estar no centro das preocupações dos directores séniores pode ser visto como positivo.

10. REUNIÕES E EVENTOS VÃO CONTRIBUIR PARA O AUMENTO DO EMPREGO NO TURISMO O turismo é uma das maiores indústrias do mundo, gerando 9% do Produto Mundial, e empregando 255 milhões de pessoas, segundo o World Travel & Tourism Council (WTTC).

É brutal: um em cada nove empregos no planeta. Mas as notícias são boas. Se quiser fazer carreira no turismo, provavelmente há oportunidades. Para 2013 a U.S. Travel Association (USTA) espera a criação de cem mil novos empregos no turismo para fazer face à procura doméstica e internacional dos Estados Unidos.

De resto, o turismo vai continuar a expandir-se até 2021. “Esperamos que o contributo dado pelo turismo para o Produto Interno Global vá crescer a uma média de 4% ao ano, entre 2011 e 2021, com o Nordeste Asiático a ter uma quota cada vez maior”, diz David Scowsill, presidente e CEO do WTTC. E os turistas de negócios e os profissionais de eventos terão um papel fundamental neste crescimento. As tendências aqui apresentadas são um ponto de viragem nas viagens de negócio e nos eventos, e o papel de liderança que esta indústria assume na obtenção de objectivos organizacionais vai ganhar uma crescente proeminência este ano. Através das vozes colectivas de organizações como o WTTC, UNWTO e USTA, entre outras, percebe-se que o sector vai ganhar maior reconhecimento pelo impacto económico que tem nas comunidades locais e nos países, um pouco por todo o mundo.


ANTE VISÃO 49

IMEX 2013 COM NOVOS EVENTOS EDUCACIONAIS E DE NET WORKING Um novo evento pré-certame e uma sessão especial de networking para os corporate buyers são algumas da novidades da edição de 2013 da IMEX Frankfurt. Além disto, a organização informa que está confirmada a presença de 11 novos grupos de hosted buyers da Índia, América do Norte, Coreia, África do Sul e Rússia, sendo esperadas novas confirmações nos próximos meses. O nível de interesse dos compradores leva a organização a acreditar que vai manter ou ultrapassar o número do ano passado, cerca de quatro mil, de 71 mercados.

NOVOS EXPOSITORES Abu Dhabi, Amiando, Bahrein, Convention Bureau da Estónia, Moevenpick Hotels, Convention Bureau de Porto Rico, Visit England, Qatar e os Warwick Hotels aumentaram o espaço na feira, enquanto que o Orient Express, Memphis, Titanic Resorts & Hotels e Kerzner International vão estrear-se este ano na feira. Para todos eles haverá disponível um sistema de comunicação e de

agendamento de reuniões, que este ano está muito mais simplificado. Segundo Ray Bloom, director da IMEX, o objectivo do evento mantém-se o mesmo todos os anos: “gerar novas oportunidades de negócio, formar e inspirar os milhares de profissionais desta indústria presentes na feira, e disponibilizar uma variadade de eventos de networking de grande qualidade que suportem o desenvolvimento profissional”.

LANÇAMENTO DO EXCLUSIVELY @IMEX À semelhança do que já existe para o segmento associativo, com o Associations Day, a IMEX vai lançar um novo evento dedicado só ao sector corporate. O Exclusively Corporate @ IMEX, baseado justamente no modelo do Associations Day, começa no domingo anterior à feira. Realiza-se na Villa Kennedy e conta com um jantar de networking e de várias sessões educacionais. Lembre-se que historicamente dos hosted buyers que se deslocam a Frankfurt 20% representam clientes corporate. Este ano, a feira conta ainda com um “Networking Hub”, da responsabilidade da Meetings Mindset. O espaço vai ter sessões de facilitação de networking.

A IMEX Frankfurt decorre na Messe daquela cidade, de 21 a 23 de Maio, e a Event Point é media partner deste certame. © IMEX

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EM DESTAQUE 50

E AGORA LONDRES?

Depois de ter organizado, no Verão passado, aqueles que foram considerados por muitos como os melhores Jogos Olímpicos de sempre, Londres tem agora a tarefa árdua de manter o destino como uma opção credível no que diz respeito a receber congressos e eventos. Estivemos à conversa com Tracy Halliwell, directora de Business Tourism & Major Events da London & Partners, entidade responsável pela promoção de Londres. Em 2012, quando muitos podiam esperar que o turismo em Londres fosse beneficiado pelo facto da cidade receber o maior e mais importante evento do mundo, a Tourism Review dava conta de que o ano tinha sido muito negativo em termos de visitantes nas atracções turísticas da capital inglesa. O ano especialmente chuvoso ajudou a este registo menos bom, assim como o ambiente económico global. O que não é propriamente surpreendente, uma

vez que o fenómeno de deslocamento de turistas é relativamente normal quando acontecem mega-eventos. Os turistas - e os eventos - tendem a evitar as cidades anfitriãs devido à expectativa de preços mais altos. Em 2005, quando foi anunciado que Londres receberia as Olimpíadas de 2012, a London & Partners estabeleceu um plano a sete anos que previa os potenciais riscos de acolher o evento e campanhas para os evitar.

Tracy Halliwell acredita que o sector dos eventos em Londres beneficiou, e continua a beneficiar, dos Jogos Olímpicos. “Há interesse dos organizadores em aproveitar o que ainda existe em termos da atmosfera eléctrica que envolveu a capital durante os Jogos. Esperamos que esta tendência continue uma vez que os organizadores estão ávidos em capitalizar este buzz que consumiu Londres para os seus


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próprios eventos”, sublinha a responsável, dando conta de que o efeito deste mega-evento “mudou radicalmente” a oferta de Londres enquanto destino de turismo de negócios. “Com o volume de investimentos a chegar à cidade, Londres está a reinventar-se, mesmo os turistas de negócios que conhecem a cidade podem ficar surpreendidos com os desenvolvimentos que ocorreram nos últimos quatro anos”, garante a responsável. No final de 2012, mais de 11 mil milhões de libras foram investidas em toda a cidade, “e com esse investimento económico vem uma confiança a longo prazo numa cidade, da qual os visitantes de negócios e os organizadores de eventos vão beneficiar muito depois dos Jogos”. No Parque Olímpico existem novas áreas para eventos. A responsável destaca o ArcelorMittal Orbit, a maior escultura do Reino Unido, que pode receber 200 convidados; o Centro Aquático, o Velodrome, a Arena Multiusos (a maior de Londres), entre outros. Ou seja, os Jogos Olímpicos “deixaram um legado do qual os organizadores se podem orgulhar e assegura que Londres continua a ser o mais atractivo destino para eventos do mundo”, acredita Tracy Halliwell.

RETORNO DO EVENTO “A London & Partners sempre considerou que é nos efeitos a longo prazo que se vão sentir os benefícios de acolher os Jogos. Os estudos prevêem que numa fase de cinco anos (2012-2017) Londres deve atrair 1,1 milhões de turistas adicionais, que representam mais 650 milhões de libras, à boleia do perfil global de Londres no período dos Jogos. Estamos a direccionar recursos para atrair visitantes dos nossos mercados tradicionais e de novos mercados, incluindo os países BRIC”, explica Tracy Halliwell. Ao contrário de outras cidades que anteciparam negócio e visitantes na sequência dos Jogos, “Londres nunca fez essa assumpção”, explica a responsável

da London & Partners, “e criou oportunidades para capitalizar os Jogos através de vendas e de programas de marketing”. Programas onde se incluíram presenças na EIBTM e IMEX e a realização de famtrips. No conjunto de iniciativas realizadas destaca-se o apoio ao Business Hosting Programme, do Presidente da Câmara de Londres, que teve como objectivo mostrar a diversidade da capital para potenciar relações comerciais entre líderes de todo o mundo. Desde esse programa, informa Tracy Halliwell, já foram confirmadas as conferências da EASL (Associação Europeia do Estudo do Fígado), em 2014, e da ESC (Sociedade Europeia de Cardiologia), em 2015.

EXEMPLO DE SUSTENTABILIDADE Uma audiência de televisão de 4,7 mil milhões de pessoas presenciou a competência de Londres para organizar eventos, lembra a responsável, mas também de como organizá-los tendo grandes preocupações de sustentabilidade. Os edifícios do Parque Olímpico usam as mais recentes tecnologias “verdes” e são low-carbon, de forma a minimizar os impactos ambientais.

“A energia que é necessária para o Parque vai ser fornecida pelo novo Energy Centre, usando a recente tecnologia energética sustentável. O Parque tem outras inovações ambientais, como é exemplo a reciclagem de águas cinzentas e negras, em que a água usada em banhos, nas bancas, nas máquinas de lavar é reutilizada no local. O Parque foi concebido como um caso de estudo ambiental e vai continuar a pugnar pela excelência a esse nível”, refere Tracy Halliwell.

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CARLOS COELHO PRE S IDE N T E D A I V I T Y BR A ND C ORP © ANTÓNIO CAMILO . MINIFOTO


OPINIÃO 53

UMA ONDA DE 34 METROS, AO FIM DA RUA, PODE IMPULSIONAR A ECONOMIA DE UMA REGIÃO INTEIRA

O canhão da Nazaré disparou uma onda surfável de 34 metros que levou a marca Portugal para as principais páginas do mundo. O mar, que nunca nos abandonou, voltou a dar-nos uma oportunidade para afirmarmos uma história que começou com um príncipe navegador, cuja ousadia e coragem criou a marca de um país pioneiro na exploração dos mares. Portugal escreveu a história dos mares, e quem acha que o espaço foi a conquista gigante do Homem talvez nunca tenha pensado que o mar representa um ambiente tão ou mais hostil, difícil e corrosivo para os equipamentos. E, nesta matéria, Portugal esteve sempre na vanguarda. Há 500 anos, na Escola de Sagres, foram construídas as naus e as caravelas, os primeiros veículos capazes de afrontar, com segurança, as longas e acidentadas travessias atlânticas. Os oceanos cobrem 71% da superfície da Terra. Portugal possui quase mil quilómetros de costa atlântica e uma zona de jurisdição 18 vezes superior à sua superfície terrestre. Isto faz com que mais de metade do mar da UE seja

português, e que Portugal seja o maior país da UE, e o 5.º maior do mundo em termos de zona económica exclusiva. O nosso mar é um contribuidor concreto da economia - 12% a 13% do PIB decorre de actividades ligadas ao mar. É também o tridente oceânico dos continentes americano, europeu e africano, colocando Portugal numa posição geo-estratégica de grande destaque, não apenas nas rotas comerciais e

turísticas, mas também nos movimentos de defesa internacionais. Potenciar, de forma integrada, desportos e recursos náuticos, turismo, transportes, pescas, aquicultura, portos, energias renováveis, hidrometano, extração de nódulos de metais no fundo do mar e produtos de biotecnologia em outras industrias pode aumentar ainda a importância do mar no tecido económico português. W W W . E V E N T P O I N T. C O M . P T


OPINIÃO . UM A OND A DE 3 4 ME T RO S , A O F IM D A RU A , P ODE IMP UL S ION A R A E C ONOMI A DE UM A RE GI Ã O IN T E IR A , P OR C A RL O S C OE L HO 54

Demo-nos ao mar e navegamos de volta ao mundo. Deixámos ondas de Portugalidade um pouco por todo o planeta. As ondas que chegam todos os dias à nossa costa serão talvez os juros do investimento que fizemos. Nascem quase todas no Atlântico Norte, viajam milhares de km em sets que, face à orientação da nossa costa, fazem com que seja raro o dia em que não exista um break com surf quase perfeito e abrigado do vento. Temos por toda a costa as melhores ondas de temperaturas amenas da Europa. O Guincho, os coxos na Ericeira e os supertubos em Peniche estão entre os melhores spots do mundo. A onda do Jardim do Mar, na Madeira, foi considerada “The world’s best big wave pointbreak under the gun”, os Açores, em São Miguel e em São Jorge, são spots emergentes e a gigante da Nazaré é uma natureza à parte, só comparável com o Havai, e apenas para os grandes craques. Temos ainda Afife, a poderosa da Arrifana, a magistral da Carrapateira, a poderosa da Praia Grande, a cheia do Monte Estoril, a intensa e curta de São João e as famosas urbanas de Carcavelos e da Caparica.

As ondas de Portugal são os eventos da natureza que com a sua incansável repetição nos lembram a oportunidade que temos para o desenvolvimento de um turismo desmassificado, constituído por um mercado emergente de amantes do mar. Temos condições únicas: uma extensa faixa costeira, diferentes tipos de ondas e condições de praticabilidade disponíveis quase todo o ano. Se acrescentarmos a isto a nossa centralidade geográfica, a nossa hospitalidade e gastronomia a preços muito acessíveis, facilmente concluímos que dispomos de todas as condições para aproveitar economicamente esta invulgar dádiva da Natureza. Portugal é um país de mar e de ondas, isso todos sabemos; aquilo que talvez nunca tenhamos pensado é que uma só onda ao fim da rua pode ser o suficiente para impulsionar a economia de uma região inteira. Não requerendo investimentos, as nossas ondas, em particular a da Nazaré, são “equipamentos” gigantes e perfeitos que permitem posicionar Portugal na “fórmula 1” da indústria mundial do Surf. Esta é a onda que precisávamos para fixar populações, criar empregos de bens e serviços; criar pólos de atracção de gente nova, bonita e com hábitos de vida saudável. O “tsunami” da Nazaré está a acordar a consciência nacional para a importância que os factores intangíveis - National Equityes - podem ter no desenvolvimento da economia.

O nosso mar, as nossas ondas são uma das mais valiosas energias de Portugal, qualquer que seja a utilização que formos capazes de lhes dar. Mas para que o swell chegue à praia com a força máxima é fundamental que não haja nenhum grande obstáculo.

Por isso, deixemo-nos de outras ondas, pois as que temos ao fim da rua são quanto baste para a economia inteira, assim sejemos nós capazes de as surfar e de as vender bem caro aos endinheirados apetites do mundo.


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ELLING HAMSO PA R T NE R DO E UROPE A N ROI IN S T I T U T E


OPINIÃO 57

POR QUE DEVEMOS CANCELAR EVENTOS?

Na semana passada recebi um email de alguém que trabalha no departamento de eventos de uma muito conhecida empresa holandesa e que passo a reproduzir. “Sinto que os eventos que organizamos não têm uma visão clara e nítida de quem são os públicos-alvo, e o que deve ser gerado do evento que justifique a sua organização”. Infelizmente esta não é a excepção. Pelo contrário, a minha experiência diz-me que é quase a regra. Não sabemos de facto se os eventos criam valor, e como contribuem para os ganhos da empresa. E sofremos por isso as consequências. Quando a economia está pior, ou se por uma razão ou outra a empresa está com problemas de dinheiro, quais são os orçamentos em que se corta primeiro? Viagens e eventos. Ora, isso é um pouco estranho, não é? Quando os tempos são piores, quando precisamos ainda mais dos nossos clientes - e a lealdade dos clientes está a enfraquecer -, e quando é complicado arranjar novos clientes, cortamos nos eventos para clientes. E quando queremos que todos os colaboradores trabalhem mais do que nunca, que se mantenham focados nas estratégias - que mudam a toda a hora devido a estes tempos conturbados -, cortamos os eventos para o staff. Não faz sentido, pois não? Devíamos fazer o oposto!

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OPINIÃO . P OR Q UE DE V E MO S C A NC E L A R E V E N T O S ?, P OR E L L ING H A M S O 58

Mas eu acho que faz muito sentido! Faria exactamente o mesmo. Aliás, acho que diria ao CEO ou CFO ou responsável de compras de cada uma destas empresas para cancelar todos os eventos, já que há uma boa hipótese de estes resultarem em perdas, não contribuindo para a estratégia global. E mesmo que contribuam, tenho a certeza de que poderiam obter muito mais valor do que o que obtêm. Cancele! E depois peça orçamentos aos responsáveis pelos eventos, e exija que lhe expliquem de uma maneira credível de que forma o evento vai permitir ganhos. Ou se não se tratar de uma empresa ou de uma organização com fins lucrativos, peça que lhe digam como é que este evento contribui para a vossa missão, para aquilo que quer atingir. E depois de ter estes dados, pergunte: o que é que os participantes fazem depois do evento para criar ganhos e valor? Porque esta é a única maneira de qualquer tipo de evento gerar valor, é através da influência no comportamento dos participantes. É por isso que os temos na sala. Pode pensar nisto o tempo que quiser, mas vai concordar comigo no fim, e não

interessa se é uma festa de Natal, um lançamento de produto, uma feira, ou qualquer outro evento. A única forma de criar valor é influenciando o comportamento dos participantes. Por causa do evento, eles vão agir de determinada maneira, algo que não fariam se não tivessem estado lá. É necessária esta explicação. E já agora pergunte-lhes também: se sabem o que é preciso fazer, por que é que não o fazem sempre? Porque é preciso saber isto para desenhar um evento que atinja um determinado comportamento. E certifique-se de que são específicos na parte da experiência de aprendizagem, como a desenharam e exactamente o que pretendem atingir. Alterar a atitude face à marca? Desenvolver relações com a equipa de vendas? Comparar o produto que compram com o que lhe apresentamos? O que quer que seja. Exija que quem faz estes orçamentos seja muito claro quanto ao modo como vai montar o evento e de quem está na audiência. Que as pessoas que estão no lançamento do seu produto tenham o dinheiro, a autoridade e a necessidade de comprar o produto, por exemplo.

Depois disto, acho que o seu dinheiro vai ser bem gasto. Portanto, cancele os seus eventos, estude os orçamentos e só permita a sua realização quando quem os organiza sabe exactamente o que está a fazer, e para quê. Vamos parar com este disparate que conduziu a este email que me dirigiram a semana passada. Somos profissionais. Queremos fazer eventos profissionais. Queremos ter a certeza de que gastamos o dinheiro de uma forma adequada e com resultados eficazes. E aí sim, mereceremos o respeito da nossa direcção. Dessa forma teremos os eventos, seja em tempos conturbados ou positivos. Melhor, provavelmente até teremos mais eventos nos tempos conturbados.


SUSTENTABILIDADE 59

O SENTIDO DE COMUNIDADE NO EVENTO ASSOCIATIVO INEVITAVELMENTE SUSTENTÁVEL O contexto económico que se vive na actual sociedade (cada vez mais escópica) não permite deslizes, não permite passos em falso, e exige a necessidade de se trabalhar na vertente visibilidade, independentemente do mercado em que nos encontramos. O mercado dos eventos não é excepção, e o clima de contenção orçamental transversal a todas as tipologias de eventos - exige que estes se reinventem e se recauchutem constantemente, mantendo o seu genoma original. O evento associativo, pelas suas caraterísticas intrínsecas, está mais focado na geração de receita comparativamente a outros tipos de eventos, sendo notória a preocupação dos organizadores e promotores na criação de valor e diferenciação do “produto” que oferecem ao mercado. A pertinência do tema do evento (bem como o programa); a redução de margens (lucros dos organizadores) vs preços competitivos; e a transferência de conhecimentos; poderão potenciar “pacotes” cada vez mais apelativos para quem os consome (entenda-se participantes e/ou associados). Existem outros aspectos que, a par dos referidos, poderão levar às tendências que prometem marcar a indústria dos eventos associativos durante o ano de 2013. Mas há um em particular que pode significar um ponto de viragem para os eventos

associativos (mantendo e atingindo os seus objectivos primordiais), trata-se da internalização do sentido de comunidade, que conduzirá inevitavelmente, a mais sustentabilidade. A este sentido estamos todos mais atentos, mais alerta, mais disponíveis, mais sensíveis, e sim, este poderá ser o meio para se atingir o fim: criação de valor com o consequente impacto na visibilidade, e respectivo retorno efectivo. E a efectividade deste retorno passará não só pela perspectiva económica, mas também pela ambiental, e sobretudo pela social - afinal do sentido de comunidade, e da criação de um “microcosmos” espera-se: . a integração dos que fazem (ou querem fazer) parte; . a promoção de interacção; . o desenvolvimento de networking; . a partilha de conhecimentos e saber;

. e o reconhecimento - interno e externo- (consequente da acção). Até hoje, sempre que se falava em sustentabilidade em eventos, tendencialmente, o foco recaía exclusivamente no objecto ambiental. Contudo, abordar sustentabilidade num evento passa pela integração dos seus três pilares - o social, o económico e o ambiental -, como forma de atingir o equilíbrio do sistema. Desta forma, e considerando as variáveis que hoje poderão influenciar todas as decisões de marketing de um evento associativo, será expectável, que as tendências avançadas em 2010 no relatório da IMEX, “Association Meetings: Forecasts and Trends 2011 - Survey Responses”, sejam alvo de mudança, e que nalguns casos específicos se invertam (positivamente) aquelas até aí verificadas. Sustentabilidade é a palavra de ordem, veio para ficar, e se queremos ser competitivos (em qualquer mercado), por mais cépticos que sejemos relativamente a determinados temas, invariavelmente, voluntariamente e racionalmente iremos encontrar o porto de abrigo num dos seus três pilares, que terá repercussões directas ou indirectas nos outros dois. Hoje em dia respira-se Responsabilidade Social em qualquer estrutura organizativa sob as mais variadas formas, se o sentido de comunidade for o meio para atingir o fim, que este seja inevitavelmente sustentável. Norma Franco ENGENHEIRA DO AMBIENTE - CONSULTORA EM SUSTENTABILIDADE

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CASE‑STUDY 60

PARTICIPAÇÃO DO GRUPO SOCEM NA IZB COM REALIDADE AUMENTADA “Inovar não exige nem dinheiro, nem grandes talentos, mas sim a predisposição para a mudança e uma vontade constante de fazer melhor”. Foi com este espírito que o Grupo SOCEM incumbiu a Nixfuste de elaborar um plano de comunicação que diferenciasse a marca na feira IZB -The International Suppliers Fair, dedicada à indústria automóvel. O resultado foi um projecto em realidade aumentada. que permite a visualização e manipulação de modelos 3D de componentes automóveis a partir de um catálogo impresso, e que deixou os visitantes impressionados.


CASE‑STUDY . PA R T IC IPA Ç Ã O D O GRUP O S O C E M N A I Z B C OM RE A L ID A DE A UME N TA D A 61

O BRIEFING

PROCESSO CRIATIVO

O Grupo SOCEM tem mais de 25 anos de actividade ao nível de soluções de engenharia de moldes para várias indústrias, nomeadamente a automóvel. A presença na IZB, na Alemanha, organizada pelo grupo Volkswagen, foi mais uma oportunidade de afirmação da empresa. Para a criação de um plano de comunicação para a feira, o Grupo SOCEM contratou a Nixfuste Recursos Criativos. “Sendo este evento promovido pelo segundo maior construtor automóvel do mundo e sendo o mesmo levado a cabo na própria sede da empresa, com o objectivo de colocar em contacto os seus compradores com fornecedores, o objectivo era apostar numa comunicação diferenciada que pudesse reter a atenção de quem passasse no nosso stand e pudesse, de forma inovadora, experienciar o universo de projectos que a nossa empresa desenvolveu para o grupo nos últimos anos”, explica Luís Febra, director da SOCEM. A solução, “de preferência assente numa base tecnológica”, refere Frederico Ferreira, responsável da Nixfuste, “deveria transmitir os valores do Grupo SOCEM: inovação tecnológica, criatividade, design, modernidade e visão de futuro, sintetizados pela expressão “one step ahead”.

Este processo contou sempre com o apoio do cliente, sublinha Frederico Ferreira. “Após algumas reuniões percebemos que seria interessante conjugarmos o know-how da SOCEM com o da Nixfuste, e construirmos em conjunto peças de design original e apelativo em prototipagem rápida, através das quais se desenvolveu toda a lógica da solução de comunicação final”. Depois disso foram construídos os elementos. “Volantes plásticos, através dos quais era possível visualizar hologramas digitais tridimensionais em Realidade Aumentada dos componentes automóveis produzidos pelo nosso cliente, dentro dos próprios veículos, no stand da feira”, refere o responsável da Nixfuste. Além desses elementos, “construiu-se uma escultura ergonómica, utilizada por uma promotora portuguesa que convidava os visitantes da feira a fazerem uma viagem virtual às instalações da SOCEM em Portugal através de uma aplicação, também em Realidade Aumentada, instalada no interior de um volante. Paralelamente concebeu-se um catálogo impresso interactivo que permitia a visualização de modelos 3D em Realidade Aumentada de alguns produtos executados pelo cliente através de uma aplicação descarregada no site

do Gupo SOCEM”. Tudo isto demorou 60 dias a executar. Em termos tecnológicos foi utilizada Modelação 3D, Digitalização 3D, Prototipagem SLS e Realidade Aumentada.

O facto de ter envolvido o cliente no processo criativo foi “fundamental” para a solução criada. Esta foi, conforme explica Frederico Ferreira, concebida para ser facilmente transportável e ágil. “Todo o sistema cabe numa flightcase personalizada, permitindo uma fácil montagem em qualquer situação e o transporte perfeitamente acondicionado do mesmo”.

O orçamento inicial era de 15 mil euros para comunicação, e 12 mil euros para aluguer de espaço e logística, mas no final ficou nos 35 mil euros, com todos os custos incluídos, informa o Grupo SOCEM.

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NA FEIRA

BALANÇO

O catálogo, em Realidade Aumentada, estava disponível no stand, e era também distribuído pela promotora, que convidava os visitantes a fazerem uma visita às instalações da SOCEM, em Portugal, através de uns binóculos futuristas. A promotora circulava permanentemente pela feira, de modo a atrair mais pessoas ao stand. Uma vez lá, podiam ter a experiência, em realidade aumentada, de visualização das peças desenvolvidas. Para cada modelo de carro existia um volante. Quando se apontava para a câmara dos plasmas que estavam no stand, o visitante podia, inicialmente, visualizar o modelo 3D do carro em questão, que ia depois desaparecendo para dar lugar às peças desenvolvidas pela SOCEM. Pode ver o vídeo do evento seguindo o código QR desta página. A marca conseguiu chegar a perfis de visitantes muito diferentes, conforme explica Luís Febra, da SOCEM.“Tivemos imensas visitas, desde jovens em formação, a directores de empresas, passando por engenheiros, pessoal das linhas de montagem da fábrica da Volkswagen e até pessoas comuns da região que visitaram a feira” As reacções foram muito positivas, houve “pessoas que se espantavam com a dinâmica da realidade virtual, que achavam curioso o conteúdo e exprimiam que queriam ter também o carro que aparecia na tela, ficavam estupefactas com o desaparecimento dos elementos e pelo facto de se sentirem dentro da cena”, conta o director. “Vimos desde sorrisos rasgados, a olhar para a tela, a pessoas de boca aberta de espanto ao verem a evolução gráfica dos elementos de comunicação”. E houve mesmo quem propusesse comprar o software.

Perante as reacções, quer a SOCEM, quer a Nixfuste acreditam que os objectivos foram cumpridos. Luís Febra diz que foram “plenamente conseguidos. Apenas alguma limitação no espaço que nos foi disponibilizado não permitiu fazer a melhor comunicação de todo o evento”. E houve um retorno do investimento feito? “O retorno de um investimento em comunicação não se faz de um dia para o outro. É um processo dinâmico que não se esgota no momento de uma feira ou de outro qualquer programa de comunicação. A identidade é uma construção e naturalmente este evento faz parte dela”, conclui Luís Febra.

O desafio passa por inovar constantemente, mesmo à luz da crise em que vivemos. Aliás pode ser uma solução para ultrapassar a crise. “A inovação encontrase muitas vezes numa ligeira mudança de perspectiva, na forma como nos vemos e como vemos o

VIDEO DO E VENTO:

que nos rodeia, e isso não custa nada”, lembra Frederico Ferreira. Uma opinião corroborada por Luís Febra, “inovar não exige nem dinheiro nem grandes talentos, mas sim a predisposição para a mudança e uma vontade constante de fazer melhor”.


ESPAÇOS 63

MYRIAD SANA LISBOA EVENTOS A VER O TEJO

É um dos mais recentes hotéis da capital, situado bem perto da FIL e do Pavilhão Atlântico e dispõe ele próprio de vários espaços para eventos. No edifício do hotel existem três salas de reunião, com luz natural, e áreas entre os 65 m2 e os 350 m2, com vista directa sobre o rio Tejo. Acessível por uma ponte, a partir do hotel, está o Centro de Reuniões e Eventos Myriad Crystal Center. Esta estrutura contempla 1500 m2 de salas. O sistema de paredes amovíveis permite até sete disposições de sala diferentes, com layouts específicos para vários tipos de eventos. As salas de reunião ao nível térreo são complementadas por três boardrooms no

primeiro piso. O Myriad dispõe de uma equipa dedicada aos eventos. De referir ainda que o wireless é gratuito.

Tudo isto é complementado por um bar, restaurante e spa, e por 186 quartos.

Cais das Naus, Lote 2.21.01 - Parque das Nações 1990-173 Lisboa Tel:211 107 600 info@myriad.pt W W W . E V E N T P O I N T. C O M . P T


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BÁRBARA SOBRAL DIRE C T OR A C OME RC I A L D A K RI A E V E N T O S


OPINIÃO 65

OS EVENTOS EM CENÁRIO DE CRISE

A crise, que começou por ser financeira e agora também já é económica, perdurando desde 2007, afectou transversalmente toda a economia portuguesa. Obviamente que o mercado dos eventos, sociais, corporate e particulares, tinha também que sentir o flagelo dessa crise. E aqui a erosão da crise manifestou-se em três aspectos:

1. ENCERRAMENTO DE MUITAS EMPRESAS ORGANIZADORAS DE EVENTOS, QUE SUCUMBIRAM ÀS DIFICULDADES ECONÓMICO-FINANCEIRAS; 2 . PRODUÇ ÃO DE E V E N T O S M A I S “L IGH T ” C OM RE C UR S O A S OL UÇ ÕE S M A I S BA R ATA S, ME NO S ONE RO S A S E C OM ME NOR NÚME RO DE PA R T IC IPA N T E S; 3. AUMENTO DA CRIATIVIDADE E DA INOVAÇÃO, BASE ADO MAIS EM “SOF T WARE” DO QUE EM “HARDWARE”, DE FORMA A QUE SE CONSIGA FA ZER MAIS E MELHOR, COM MENOS RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS. Sobre a primeira consequência não vale a pena falar muito, pois todos sentimos no nosso quotidiano a quantidade de empresas de serviços que encerraram (restaurantes, balcões bancários, lojas de moda, etc.). Relativamente à exigência de se organizarem eventos corporate mais baratos, isso resulta da contracção de budgets de comunicação e marketing das empresas a promover. Por outro lado, passou a privilegiar-se

mais o impacto da mensagem que se transmite e o retorno do investimento do que a presença ostensiva e deslumbrante. Concentramos todos os esforços na criação de novas soluções, de novas formas de tornarmos a “mensagem” mais apelativa. Introduziram-se pequenas e subtis alterações que embarateceram a produção, sem que o cliente- consumidor se aperceba, assegurando que mantemos a qualidade e a segurança. São exemplo disso a substituição do champanhe por espumante nos welcome drinks, a redução dos efeitos audiovisuais de última tecnologia, etc.

O povo diz que a “necessidade aguça o engenho” e o que as empresas organizadoras de eventos fizeram foi exactamente isso: inventar formas de fazer o seu trabalho com nobreza e qualidade, envolvendo menores custos, mas relevando a “presença” e as qualidades do produto, do serviço e/ou da empresa que se está a promover.

A chave deste negócio reside na criatividade das soluções, na capacidade de coordenar “meios” e equipas e no rigor e “expertise” que se coloca nos serviços que se prestam, na aposta em formação contínua da equipa e na própria equipa! Exactamente por isso, cada vez mais os clientes (nacionais e internacionais) estão a recorrer a empresas organizadoras de eventos certificadas pela norma ISO 9001, que lhes conferem garantias de qualidade e sucesso no retorno do investimento feito.

O futuro é risonho, se pensarmos que após um “down” do ciclo económico vem um “up”, e que neste mercado não se concebem e planeiam os investimentos a curto prazo. O planeamento é feito a muitos meses de distância!

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E VENTOS 66

© CLÁUDIA COUTINHO DE SOUSA . EVENT POINT

CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO À PORTUGUESA Três feiras em simultâneo e todas com expositores portugueses. A Christmasworld, a Creativeworld e a Paperworld decorreram na messe de Frankfurt, de 26 a 29 de Janeiro. O holograma no stand da Portucel Soporcel suscitava a curiosidade dos visitantes, que paravam para olhar e fotografar. Através de um jogo de espelhos, que conferia um efeito de suspensão aos conteúdos, a empresa passava informação sobre os seus produtos e a reacção foi evidente. Outra inovação no espaço da Portucel era o desenho digital. Uma artista, munida com um tablet, desenhava o rosto dos clientes que estavam no stand. O trabalho ia sendo visualizado através de um ecrã, algo que ia suscitando vários sorrisos. O resultado final era depois impresso em A3 e oferecido ao “modelo”. O stand, concebido pela Vimar, com o parceiro tecnológico One Way Group, era seguramente um

dos maiores da Paperworld. Luís Pinto Coelho, director comercial da Vimar, explica que o stand é flexível, com um sistema modular, de montagem fácil. O grosso da facturação da Vimar, que trabalha na área dos stands, design interior, equipamentos e cenografia, já vem das feiras internacionais, “as nacionais não representam nem 15%”, refere Luís Pinto Coelho. João Felgueiras, da Portucel Soporcel, dizia à reportagem da Event Point, que nesta feira o trabalho era muito facilitado. “É uma feira de luxo”, sublinha. Mas para que um certame produza resultados há todo um trabalho prévio de preparação. O stand dispunha de várias salas de reuniões, todas com

agendas preenchidas. Na mesma feira, a Moinho despertava também a curiosidade geral. Isto porque estavam a fazer manualmente papel, mas com desperdícios de calças de ganga e outros tecidos de algodão. Rui Silva, director da empresa, estava satisfeito com a feira. “Tivemos cerca de 200 contactos para pedidos de orçamento”, conta, - e íamos apenas no segundo dia do certame. O segredo, garante o responsável, é um misto entre a apresentação, o conceito artesanal, e a sustentabilidade, uma vez que o papel é produzido a partir de desperdícios. O expositor, que trabalha com alguns clientes do sector dos eventos, admite “voltar para o próximo ano”.


E VENTOS . C RI AT I V ID A DE E INO VA Ç Ã O À P OR T U G UE S A 67

Como nota de provocação, a Viarco orgulha-se de produzir também “o pior lápis do mundo”, o Dummy, um lápis que literalmente não escreve, como a jornalista teve a hipótese de comprovar. “Não podemos competir com as mesmas armas dos outros, optamos sempre por abordagens que surpreendam”, explica José Viera. E depois desta abordagem bem-disposta, quem não vai querer ver o resto?

FEIRAS “MADE BY MESSE FRANKFURT” EM MAIS DE 30 LOCAIS

© CLÁUDIA COUTINHO DE SOUSA . EVENT POINT

A Paperworld contou este ano com o maior contingente nacional. Ao todo foram 18 as empresas portuguesas presentes, um recorde em termos de representação. Em 2012 tinham estado 15 e em 2011 apenas 11.

PREPARAÇÃO DO PRÓXIMO NATAL O Natal já terminou, mas as empresas que trabalham o sector da iluminação, fogo-de-artíficio e decoração estão a pensar já no próximo. Mário Jorge Lopes expunha na Christmas World produtos de decoração. A Alemanha é uma espécie de “hub” para vários mercados, Espanha, França, Itália. Na Creativeworld, a terceira das feiras

que decorriam em simultâneo, estava a Viarco, empresa centenária de fabrico de lápis e que participava pela primeira vez. José Vieira, directorgeral, comentava que o certame estava a correr bem. “Tivemos contactos de todo o mundo. Esta é uma boa plataforma para chegar a vários mercados”, referia. A postura da Viarco na feira é a de trazer produtos diferenciados, com um bom design e que contem uma história. “Somos pequenos, o que joga a favor, porque num mundo globalizado, as pessoas têm simpatia por aqueles que são pequeninos, diferentes, e assumem que os produtos transportam consigo a essência das pessoas que os produziram”.

Com vendas de mais de 535 milhões de euros, a Messe Frankfurt mantém-se como uma das maiores organizadoras de feiras de todo o mundo. Dispondo de representações em mais de 150 países, o número de feiras com o carimbo da empresa foi de 109 em 2012, 68 das quais fora da Alemanha, em mais de 30 locais espalhados pelo mundo. Frankfurt mantém-se a base da empresa, detida em 60% pela Cidade e 40% pelo Estado de Hesse. Cláudia Coutinho de Sousa [claudia@eventpoint.com.pt]

E por falar em inovação, os lápis com o código para daltónicos da Coloradd tiveram um bom acolhimento na Alemanha. W W W . E V E N T P O I N T. C O M . P T


TECNOLOGIA 68

STREAMING DE VÍDEO PARA PRODUTORES DE EVENTOS A comunicação que até há pouco tempo era feita de forma unidireccional (de um para muitos) é hoje em dia feita de uma forma multidireccional, participativa e interactiva. E a transmissão dos eventos também não foge a esta regra. O streaming de vídeo em directo de eventos é uma área que se tem destacado ultimamente, e que pode ter um impacto bastante positivo na comunidade a que se destina, quando feito de uma forma correcta, integrado em páginas de internet ou nas diversas plataformas de media social (facebook, twitter, etc). Mas há questões importantes que têm de ser definidas, antes de começar a transmitir o seu evento. A primeira questão a definir é a da qualidade de transmissão, HD ou SD? É cada vez mais comum as

transmissões serem feitas em HD, pois os custos cada vez são mais baixos quer ao nível dos equipamentos de captação de imagem, quer ao nível da largura de banda necessária, quer também ao nível da capacidade dos servidores O streaming tanto pode ser feito através de um smartphone, que tem uma aplicação que faz a codificação e a ligação ao servidor, como também pode ser feito a partir de uma régie com várias câmaras em alta definição. Tudo depende da exigência do evento. A segunda questão a definir é a da

VÍTOR HUGO

ligação ao servidor. Sempre que possível deve ser utilizada uma ligação internet dedicada, que não seja partilhada com outros utilizadores, para garantir que não haja quebras de ligação. Um cuidado especial para as pen 3G e 4G, que podem funcionar bem num evento de 50 pessoas, mas que deixam de funcionar se estamos num festival com 50.000 pessoas (quem não passou já pela experiência de não ter rede num festival?). Se necessitarmos de fazer uma transmissão a partir de um sítio remoto, onde não há acesso


TECNOLOGIA . S T RE A MING DE V ÍDE O PA R A P ROD U T ORE S DE E V E N T O S 69

É muito importante garantir que o servidor suporta o número de utilizadores previstos para assistir ao evento. E para eventos onde há um budget limitado para o streaming, podemos sempre limitar o número de pessoas a um determinado valor. No final da transmissão pode ainda ser feita uma análise dos dados, permitindo conhecer a audiência ao pormenor, tempo despendido, localização, dispositivo utilizado, etc.

LIVESTRE AM

USTRE AM

Apesar destas questões, o mundo do streaming continua a crescer de forma exponencial, tornando-se mais barato e acessível, e com maior qualidade. Vítor Hugo RESTART

à internet, pode recorrer-se a uma ligação por satélite, mas esta é bastante dispendiosa. É aconselhável fazer sempre uma visita técnica e medir a largura de banda disponível. No mínimo são necessários 1MB de upload em SD e 4MB em HD. O site, e aplicação, mais utilizado para a medir é o http://www. speedtest.net. A terceira questão tem a ver com a escolha do servidor. Os dois maiores concorrentes são o livestream.com e o ustream.tv. Ambas as plataformas oferecem uma integração com redes

sociais e com smartphones. Para além disso suportam, sem quebras, milhares de utilizadores simultâneos, o que nos leva a outra questão, a do custo deste serviço, que é calculado por hora de visualização (view hour). Assim, um evento de duas horas que tenha 50 pessoas a ver custa 100 horas de visualização. O mesmo evento, se tiver 2000 pessoas a ver, custa 4000 horas de visualização. Ambos os sites têm aplicações para fazer este cálculo.

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TECNOLOGIA 70

© SKY PHOTO

© SKY PHOTO

EVENTOS VISTOS DO AR

Inicialmente pensado para fins militares, o UAV (do inglês Unmanned Aerial Vehicle) ou VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado), também conhecido como “drone”, é uma aeronave controlada através de computadores ou de um piloto por controlo remoto. Este equipamento, que recolhe imagens aéreas (vídeo e fotografia), tem cada vez mais utilizações “civis”, sendo útil em vários segmentos de negócios, como o sector dos eventos.


TECNOLOGIA . E V E N T O S V I S T O S D O A R 71

Existem vários modelos, mas o drone utilizado pela Sky Photo é composto pela aeronave, com oito hélices de pequenas dimensões, e por um computador interno. O equipamento conta ainda com uma “câmara de alta resolução, acoplada a um suporte estabilizador, o qual elimina vibrações, mantendo o horizonte estável, que envia as imagens para a estação-base”, onde se encontra o piloto e todas as informações necessárias para o voo: altura, distância, qualidade do sinal de transmissão, orientação, entre outras, como explica à Event Point Miguel Ângelo Ribeiro, um dos responsáveis da Sky Photo, uma empresa portuguesa que utiliza esta plataforma. E as vantagens da utilização deste aparelho são várias. “O nosso equipamento permite a possibilidade de fotografar e filmar sem os incómodos e limitações de um helicóptero em tamanho real e os inconvenientes que as autorizações para o voo dos mesmos trazem. Economicamente, os valores dos nossos serviços são uma fracção dos valores que um helicóptero verdadeiro teria. Substitui ainda com vantagem as usuais gruas para captação de imagem, devido à mobilidade que o equipamento possibilita”, refere Miguel Ângelo Ribeiro, sublinhando que o drone permite captar imagens entre os dois e os 200 metros com ângulos inovadores, “mais abertos ou com ‘close ups’”, tornando as imagens “mais próximas e dinâmicas”. O UAV pode levantar voo cinco minutos depois de chegar ao local e, após a captação das imagens, estas ficam disponíveis para o cliente quase no imediato. Além disso, as imagens que a câmara está a captar podem ser vistas em tempo real na estação-base, pelo que o cliente pode indicar pontos de interesse que queira ver destacados. O drone é pequeno e leve (menos de dois quilos), a “caixa negra” regista todas as informações do voo e, em caso de anomalia, são accionadas autonomamente várias funções de segurança. A segurança é “fundamental” para a Sky Photo,

que, sendo membro da mais antiga associação de veículos não tripulados, a Association for Unmanned Vehicle Systems Internacional, adoptou um código de conduta que foi criado recentemente para este tipo aparelhos.

UMA MAIS-VALIA NO SECTOR DOS EVENTOS Tendo em conta as características, o UAV é uma plataforma que pode ser útil em vários segmentos. Segundo Miguel Ângelo Ribeiro, numa vertente mais técnica, pode ser utilizado para inspeções visuais de aerogeradores, postes de energia ou chaminés industriais, para ajudar na avaliação de edifícios históricos, pesquisas arqueológicas, movimentação de pessoas ou máquinas, para planear uma obra ou fazer um mapeamento aéreo actualizado, podendo até “ser uma mais-valia para os bombeiros ou para a Proteção Civil”. Numa vertente mais lúdica, a fotografia área pode ser uma grande vantagem em vários sectores: na promoção turística, no cinema, na televisão e nos eventos. “Devido às caraterísticas do equipamento e à polivalência que permite, há poucas áreas onde os drones não possam ser utilizados. Das produtoras de filmes às empresas de publicidade, das autarquias aos gabinetes de arquitectura, das empresas de eventos aos resorts de turismo, de momento é apenas uma questão de capacidade criativa para adaptar estas tecnologias aos vários tipos de negócios”, frisa o responsável. No sector dos eventos, e tendo em conta “a necessidade de documentar e divulgar” diferentes iniciativas, este equipamento pode trazer diversas vantagens. “Muitas das perspectivas que podemos oferecer não são possíveis de obter de outra forma, e as imagens aéreas de baixa altitude transmitem uma dimensão ao evento completamente diferente, produzindo resultados muito

interessantes. Os nossos clientes têm utilizado as fotos, vídeos ou imagens interactivas de 360º para a promoção do evento junto da população, mas também para angariar patrocinadores que vêem nestas imagens o resultado do seu investimento no evento”, acrescenta Miguel Ângelo Ribeiro.

A Sky Photo prestou já serviço em várias iniciativas de grande dimensão, como as Comemorações do Dia de Portugal ou o Mega Pic-Nic do Continente em 2011. O sector dos eventos tornou-se um dos sectores com mais peso para a empresa. “Ao longo de quase dois anos de actividade, um dos sectores que inicialmente estava previsto como sendo apenas residual tornou-se rapidamente num dos mais importantes no negócio”, conclui o responsável. Maria João Leite [mj@eventpoint.com.pt]

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LEITOR 72

CONSULTÓRIO DE PROTOCOLO

Nesta edição do Consultório de Protocolo, como sempre da autoria das especialistas Cristina Fernandes e Susana Casanova, os leitores quiseram obter mais informação sobre precedências, sobre os diferentes dress codes , e sobre a especificidade de organizar um evento com militares. As perguntas foram colocadas pelos leitores por email. Quais as precedências num jantar de beneficência, sendo que é realizado por alunos da Universidade, na própria Universidade, e na mesa principal estão, o Chef, o Reitor, o Presidente da Câmara, a Docente da cadeira, o Director da escola superior e o Maestro da orquestra xpto?

rectangular, por exemplo) terá que, em função desse aspecto, proceder à organização devida.

GB, Altura

BP, Matosinhos

De acordo com os dados que apresenta, quem deve presidir a esta refeição, na qualidade de anfitrião, é o Reitor da Universidade, que concederá a co-presidência (portanto, à sua frente) ao Presidente da Câmara Municipal em questão. À direita do Reitor poderá estar ou o Chef que refere ou o Maestro da orquestra, estando o outro à esquerda, consoante a deferência que se pretenda demonstrar a estas duas personalidades (considere que, nesta situação, a direita é um lugar de maior honra do que a esquerda). Por sua vez, à direita do Presidente da Câmara estaria o Director da Escola e à esquerda a Docente da cadeira. Considerando que não refere de que tipo de mesa se trata (redonda ou

Os dress code que habitualmente se escrevem nos convites estão associados ao tipo de evento, à sua formalidade e à hora do dia em que este se realiza. Além disso, é frequente que se indique apenas o traje masculino, sendo necessário obter informação sobre o traje feminino correspondente. Assim, para acontecimentos que se realizem durante o dia (por exemplo: conferências, seminários, feiras, reuniões empresariais) são quatro os principais dress code: casual, smart casual, business casual e fato escuro. O casual é talvez o tipo de traje que mais dificuldades apresenta a um convidado. O conceito banalizou-se e em muitas organizações até se aceita o uso de jeans. Contudo, quando o convite

Em relação ao dress code, para colocar em convites, será que podiam explicar quais são os diferentes tipos de dress code?

tiver escrito esta nomenclatura devem usar-se calças de sarja e preferencialmente uma camisa. O smart casual parte do traje anterior e pede uso de casaco, mas não de gravata. O business casual ganhou muitos adeptos nos últimos anos e o que o diferencia do fato escuro é, apenas, a não inclusão de uma gravata. O fato escuro é, como o nome indica, um fato em tom escuro que pode ser azul ou cinzento, por exemplo, conjugado com uma camisa clara e uma gravata. Refira-se ainda que, em situações de formalidade, um cavalheiro não usará um fato de cor clara. Um convite que tenha a indicação de “fato escuro” corresponde, para uma senhora, ao uso de um vestido curto ou de um fato de saia ou de calça com casaco. Para eventos nocturnos usam-se, dependendo do tipo de acontecimento, dois trajes: o fato escuro e o smoking. O primeiro é o tipo de traje adequado para recepções, cocktails ou jantares. Ao passo que o smoking se usa em eventos de maior cerimónia, como sejam as entregas de prémios ou uma gala. Neste caso, as senhoras usam um vestido curto ou um vestido comprido.


LEITOR . C ON S ULT ÓRIO DE P RO T O C OL O 73

Essa indicação deve constar no convite. Existe também um outro traje masculino para eventos nocturnos e que é a casaca. Em Portugal usa-se em cerimónias de Estado (por exemplo, num banquete em honra de um Chefe de Estado estrangeiro, presidido pelo Presidente da República). É o traje com que se usam condecorações. O uso deste traje masculino permite às senhoras usarem vestidos longos e de grande cerimónia, acompanhados de jóias, caso as possuam. Adicionalmente, refira-se o fraque que é o traje masculino usado em certos casamentos e quando estes decorrem de manhã ou ao início da tarde. As senhoras usam um vestido curto com chapéu e luvas. Quando se organiza um evento com a presença de vários militares, o que é que é mais importante observar, para além das precedências? AF, Lisboa

Em eventos com presença de militares deve obter-se previamente informação sobre o posto militar de cada um dos convidados. O tema apresenta algumas dificuldades para os civis pelo que a melhor estratégia será uma prévia preparação. E, tal como noutras actividades, no âmbito da consultoria protocolar, esta tarefa exige algum tempo e muita pesquisa. Em particular, se nesse evento estiverem presentes militares dos três ramos das Forças Armadas (Marinha, Exército e Força Aérea). Os militares, tal como outros profissionais, são bastante sensíveis aos tratamentos escritos e verbais. Quer isto dizer que se deve evitar trocar ou confundir o posto. A este propósito, notese um exemplo claro de confusão sobre o tema. Ao chamar-se a um TenenteCoronel apenas Tenente está-se a baixar o posto do convidado, sendo por isso, uma incorrecção. Além deste exemplo, é necessário obter informação sobre as equivalências de postos, entre os três ramos das Forças Armadas. Outra das sugestões passa por

S U S A N A D E S A L A Z A R C A S A N O VA E C R I S T I N A F E R N A N D E S

procurar conhecer os diferentes uniformes associados aos postos. Além disso deve tentar reconhecer-se os distintivos, por hierarquia, e pelos três ramos das Forças Armadas. Os uniformes são, também, usados pelos militares em função do tipo de cerimónia. O protocolo pode ajudar a cortar em despesas, sem comprometer a dignidade de um evento? Onde está o limite? MF, Porto

A essência do Protocolo é facilitar as relações humanas e, portanto, jamais poderá concorrer para, directa ou indirectamente, comprometer a dignidade de um evento, muito pelo contrário: o Protocolo atribui dignidade a um evento. Julgamos que, num evento, o que pode em grande parte ajudar a minimizar custos - além, naturalmente, dos aspectos logísticos e de produção - é o planeamento adequado e, nesse sentido, o protocolo poderá ajudar indirectamente. Isto porque, tendencialmente, a aplicação de regras e preceitos de protocolo exige planeamento prévio

o que, por si só, vai gerar diminuição de custos. De facto, um dos grandes desperdícios ocorridos frequentemente em eventos sucede quando, ao trabalhar de forma apressada e amadora, se despendem recursos desnecessariamente. Este processo de mudança na forma de pensar e trabalhar os eventos pode ser longo e, como todos, sofrer avanços e recuos. Existem muito poucas certezas definitivas e nunca acontecem dois eventos iguais… O pragmatismo não pode ser sufocante e, em tempos de crise (ou de oportunidade, dizem alguns) as palavras de ordem são criatividade e flexibilidade. Contudo atenção -, flexibilidade não é sinónimo de desorganização! O Protocolo não altera os factos nem o rumo dos acontecimentos. Pode alterar, isso sim, as percepções que os públicos têm sobre os factos. E isso, só por si, pode acarretar uma inestimável mais-valia na imagem organizacional. Quanto ao limite, como em tudo na vida, está no bom senso aplicado a cada circunstância.

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PORTUGAL , PORTUGAL 74

© DIVER

PARQUES AVENTURA APOSTAM NOS EVENTOS Estão espalhados por Portugal, e podem ser uma alternativa para a realização de eventos empresariais que queiram incluir uma vertente de adrenalina e emoção. Fomos em busca de Parques Aventura. DIVERLANHOSO, UM DOS MAIORES PARQUES DA EUROPA A Diver detém dois parques aventura, o DiverLanhoso e o DiverAlmourol. O primeiro, na zona da Póvoa de Lanhoso, é um dos maiores da Europa, pode lerse no site da empresa, com 170 hectares de espaço verde, e a possibilidade

de realizar mais de 50 actividades de desporto aventura e de natureza. Além disso, dispõe de alojamento em casas de troncos de madeira, restaurante com gastronomia típica, piscina, salas multiusos e auditório. E é por todas

estas valências que, segundo nos conta Nelson Silva, o parque é procurado por empresas de formação, consultoria e eventos para eventos de teambuilding, challenges, lançamentos de produtos, campanhas de charme e activação de


PORTUGAL , PORTUGAL . PA RQ UE S AV E N T UR A A P O S TA M NO S E V E N T O S 75

© PA SNIPER

marca, entre outros. A componente eventos já representa cerca de 20% da facturação geral dos parques, no entanto o responsável admite que este é um sector em que pretendem apostar mais. “Existe ainda muita margem de progressão”, acrescenta. Os fornecedores da Diver são exclusivos, ou seja o organizador de eventos não pode levar os seus fornecedores habituais, de catering, por exemplo. E quais as vantagens de usufruir destes espaços? “A diversificação de serviços, a diferenciação, o pleno contacto com a natureza, a fuga à rotina diária”, refere Nelson Silva. E isto aliando a segurança à diversão. Segurança, aliás, é uma das maiores preocupações da empresa, sublinha o responsável. Do panorama de parques aventura em Portugal, Nelson Silva considera que não estamos bem servidos. “Isto porque não existem entidades reguladoras no Turismo Activo (nomeadamente do desporto aventura e natureza) que possibilitem dinamizar e divulgar os nossos produtos/serviços nos mercados internacionais”, conclui.

“SOMOS CONSIDERADOS MANÍACOS DA SEGURANÇA” O Parque Aventura (PA) Sniper situa-se na zona de Loures. Para além do parque propriamente dito, dispõe de um restaurante, bar e camaratas. Nuno Sousa faznos a apresentação do espaço. “O nosso Parque Aventura está dividido em várias áreas temáticas; zonas de jogos de estratégia (paintball e confronto laser), áreas de actividades com cordas e similares, zona de lazer com piscina, alojamento, cozinha própria para confecção de todo o tipo de catering, salas de reunião (de 15 até 150 pessoas) e um enorme espaço exterior campestre de muitos hectares para outras actividades e programas”, detalha. Dentro do universo corporate, o parque tem recebidos pedidos variados. “Temos cerca de vinte actividades de desporto aventura diferentes disponíveis no Parque, e mais de cinquenta jogos de teambuilding distintos, que permitem uma infinidade de possibilidades. Em paralelo podemos trabalhar qualquer área ou temática específica e desenvolvê-la em torno do briefing apresentado”,

esclarece o responsável. Este é um sector em que pretendem, de resto, apostar mais. Em termos de fornecedores, a política é a de estudar caso a caso, “estamos abertos a negociações, tudo é possível mediante o acordo entre as partes”, refere Nuno Sousa. As vantagens de usar um parque aventura são várias, no entender do responsável do PA Sniper, começando pelo rol das infra-estruturas já existentes e optimizadas. Além disso há a questão do custo. “Uma vez que grande parte das actividades já estão montadas, os custos finais serão mais reduzidos, fruto de uma diminuição de custos de preparação e montagem e de concentração de meios”. A segurança é uma grande preocupação, “é o nosso activo mais importante e a primeira vertente a ser considerada quando algum programa ou actividade é imaginado. Somos considerados ‘maníacos da segurança’, como já nos têm chamado, o que consideramos um elogio”, explica W W W . E V E N T P O I N T. C O M . P T


PORTUGAL , PORTUGAL . PA RQ UE S AV E N T UR A A P O S TA M NO S E V E N T O S 76

Nuno Sousa. A sustentabilidade é também muito importante para a empresa. “Quase todo o nosso Parque Aventura é construído com materiais recicláveis, tendo como base predominante a construção em madeira, como é o caso de 90% das instalações. São utilizadas técnicas apuradas na construção para optimizar as variáveis térmicas e reduzir a utilização de climatização artificial”, diz o responsável, acrescentando que é feita a recolha selectiva dos resíduos e que os excessos orgânicos seguem para centros de compostagem. “Na área do paintball há muito que não utilizamos CO2 nos marcadores, substituído por ar comprimido, sem qualquer impacto ambiental”, conclui. Nuno Sousa acredita que o país já tem bons parques aventura. “Muito foi feito, mas também há muito por onde crescer. Alguns estão mais reduzidos na possibilidade de temáticas mas outros há que contêm uma grande diversidade de oferta de actividades e programas”.

© DIVER

Cláudia Coutinho de Sousa [claudia@eventpoint.com.pt]

CONTACTOS ÚTEIS

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Azurara Parque Aventura

Campo Aberto

Parque da Mina

Vila do Conde Tel: 252641395 azuraraparqueaventura@gmail.com www.azurara-parque-aventura.com

Negrais Tel: 962379157 info@campo-aberto.com www.campo-aberto.com

Monchique Tel: 282911622 parquedamina@mail.telepac.pt www.parquedamina.pt

Diver

Naturwater Park

Sniper

Póvoa Lanhoso Tel: 253 635 763 info@diver.com.pt www.diver.com.pt

Vila Real Tel: 259309120 geral@naturwaterpark.pt www.naturwaterpark.pt

Bucelas, Portugal Tel: 219694778 empresas@sniper.pt www.sniper.pt


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DESTINO INTERNACIONAL 78

LOGARSKA © T O M J E S E N IČN I K

O ÚNICO PAÍS QUE TEM AMOR NO NOME

Já adivinhou qual é? Tente pensar em inglês. Não? Nós ajudamos: sLOVEnia, Eslovénia. Este é um dos argumentos em termos de marketing turístico do país que talvez seja relativamente desconhecido para os portugueses, mas que se tem feito notar no que diz respeito à meetings industry. O director do Convention Bureau da Eslovénia, Miha Kovači č, esteve em Portugal e estivemos à conversa com ele.


DESTINO INTERNACIONAL . E S L O V É NI A 79

M I H A K O VAČIČ

LJUBLIANA

© CLÁUDIA COUTINHO DE SOUSA

© D. WEDAM

O gosto dos eslovenos pela arte e cultura é ancestral. O mais velho instrumento do mundo foi encontrado neste país: uma flauta feita de ossos com 35 mil anos. E, de resto, música é coisa que não falta, sobretudo na capital Ljubliana, onde a vida cultural é intensa, muito ligada às artes. A principal cidade da Eslovénia prima por uma arquitectura de simbiose entre o barroco e a arte nova. Os mercados ao ar livre, onde se pode comprar tudo fresco, fazem-na especial, assim como os cafés e bares que, sobretudo no Verão, se espraiam pelas margens do rio Ljiubljanica e animam quem por lá passeia. A cozinha eslovena incorporou muitos itens dos países vizinhos. Talvez o melhor presente gastronómico para levar de volta para casa seja o pršut, um presunto fumado da região de Karst. A Eslovénia produz vinho há muitas gerações, mas em quantidades relativamente pequenas, por isso não é tão conhecido como o vinho de outros países. Os eslovenos são muito estudiosos, a taxa de literacia é de 99,6%. Estudar confere estatuto. E têm uma paixão por

línguas estrangeiras. Tirando os mais velhos, toda a gente fala inglês e alemão, uma mais-valia preciosa quando falamos de meetings industry. São também conhecidos pelo gosto pelo outdoor, pela natureza e pelo desporto. O Campeonato do Mundo de Ski Jump acontece todos os anos em Planica. De facto, os eslovenos foram brindados com um país com montanha (os Alpes) e mar (Mediterrâneo). Oito por cento da Eslovénia é área protegida, sendo a jóia da coroa o Parque Nacional Triglav. Aliás, enquanto destino turístico, este país goza do benefício de estar ainda num estado muito natural, sem a massificação que outros destinos já exibem. Alguns dos incentivos mais comuns envolvem programas de golfe, rafting, kayaking, canoagem, passeios de balão, parapente, ski ou regatas à vela. Há vários parques aventura, a maior parte deles ligados à montanha. O clima é de feição continental (na maior parte da Eslovénia), com Verões quentes e Invernos frios, mas com as quatro estações bem definidas. Um dos principais eventos na Eslovénia é o Pust ou Kurentovanje, em Ptuj, um festival anual para mandar embora o

Inverno e receber a Primavera. Outra cidade importante é Bled, cuja imagem do castelo no topo da colina, rodeado por um belíssimo lago, abrem o apetite para esta que é muitas vezes a porta de entrada para a região dos Alpes. Na zona do Adriático, Portorož é o principal destino, com bons hotéis e espaços para eventos. Perto fica Piran, uma cidade portuária, de estilo medieval, com ruas estreitas e sinuosas. Maribor é a segunda cidade da Eslovénia e oferece muitas actividades de animação e culturais. Nas zonas urbanas vive metade da população, que no seu conjunto atinge os dois milhões. O euro é a moeda oficial da Eslovénia desde 2007, e entrou em vigor três anos depois da adesão do país à União Europeia. A economia é baseada nos serviços e na pequena indústria. As principais exportações são os automóveis, aplicativos eléctricos e produtos farmacêuticos. Os parceiros comerciais mais importantes são a Alemanha e a Itália.

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BLED

PIRAN

© J. SKOK

© T O M J E S E N IČN I K

APRENDER COM A EXPERIÊNCIA DE PORTUGAL

“ESTAMOS MUITO ORGULHOSOS COM A CONVENTA”

O director do Convention Bureau da Eslovénia, Miha Kovačič, esteve em Portugal, na zona do Estoril e Lisboa, para um conjunto de reuniões com fornecedores da indústria dos eventos no nosso país. “Portugal tem tido sucesso como destino para eventos e incentivos, reconhece a importância deste sector, e quis vir aprender com a vossa experiência e levar esse conhecimento de volta para a Eslovénia”, refere Kovačič. E o balanço é positivo, segundo ele. “Depois de dois dias de reuniões posso confirmar que a viagem compensou”. Mas Portugal também tem algo a aprender com a Eslovénia. “Somos bastante inovadores, temos projectos estratégicos, e talvez haja algumas ideias que possam aproveitar de nós”, sublinha o director do Convention Bureau. Um dos projectos estratégicos de que fala o responsável é a Conventa, uma feira dirigida ao Sudeste Europeu e dedicada à meetings industry.

É tida como uma das feiras melhor organizadas no sector, e só tem cinco anos de vida. Miha Kovačič explica-nos como nasceu o projecto. “O nosso orçamento enquanto Convention Bureau é pequeno, e não podemos fazer tantas coisas como gostaríamos, então procurámos reflectir na forma de poder fazer mais com menos”, explica o responsável. “Pensámos por que não unir o Sudeste Europeu, e sermos visíveis não só enquanto Eslovénia, mas também no seio de uma região?” E assim nasceu o certame, que decorre em Ljubliana todos os anos. A abordagem é um pouco diferente da das restantes feiras do sector. “A nossa prioridade é dar tempo às pessoas para falarem. Todos os stands são idênticos, e o foco vai para a qualidade das reuniões, para o one-to-one. Dedicamos muito tempo ao networking. Os almoços, por exemplo, decorrem num espaço com mesas altas para se poder rodar e conversar com diferentes pessoas. No final do

dia as salas não são escuras, nem a música está alta para não perturbar a comunicação”, detalha o director do Convention Bureau. E como o destino quer ser reconhecido por ser “verde”, as práticas adoptadas na Conventa são sustentáveis. Miha Kovačič lembra que o certame é 90% financiado pela indústria. “Não é um evento que pretenda ser lucrativo, é um evento de marketing financiado pela indústria, e talvez isto seja diferente das feiras organizadas por entidades privadas”.

“FIZEMOS COISAS MUITO IMPORTANTES SEM DINHEIRO” “Toda a gente fala do orçamento, mas o dinheiro não tem de ser o mais importante” reconhece o responsável quando pensa nos desafios em termos de


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KANIN © L E N A RČIČ

UM OLHAR SOBRE A OFERTA marketing do destino. “Uma boa ideia, as pessoas certas e persistência são a chave. Fizemos coisas muito importantes sem dinheiro”. O objectivo do Convention Bureau é dar a conhecer o destino na Europa. “Muitos não conhecem a Eslovénia e a sua oferta. Para nós é importante que eles experimentem o país e o produto”. Para atingir esse fim, a Conventa é a melhor ferramenta de que dispõe. Mas o Convention Bureau organiza também algumas fam-trips por ano, vai a feiras, faz visitas aos clientes e coopera intensamente com a revista local dirigida ao sector, a Kongress. “Não temos orçamento para promoção, só para participar nas duas grandes feiras, tudo o resto tem que ser feito com zero de fundos, e isso significa que temos de arranjar maneiras para criar mais notoriedade”, explica o director. Em termos organizacionais, o desejo de Miha Kovačič é o de que a indústria ganhe mais influência e reconhecimento político.

Para congressos, Ljubliana e Maribor são as cidades mais requisitadas. Na capital existem dois centros de congressos para mais de duas mil pessoas e o alojamento tem qualidade. É ainda uma cidade em que é possível deslocar-se a pé. “Também vendemos eventos nos Alpes, que é muito interessante enquanto destino de inverno, mas igualmente nas outras estações, e cada uma tem as suas particularidades e experiências interessantes, quer pelas infra-estruturas de reuniões, quer pelo que a natureza oferece”, comenta Miha Kovačič. Junto ao Mediterrâneo a oferta em termos de espaço para convenções existe, e neste caso o mercado principal é a Itália. “Os italianos gostam de vir fazer aqui as suas reuniões e incentivos devido à qualidade do serviço e do value for money”. Nos outros destinos os mercados com mais sucesso são o da Bélgica, do Reino Unido e da França. “Gostávamos de ter mais mercado alemão, mas demora mais tempo a trabalhar”, explica o responsável. Em termos do mercado russo, este tem-se tornado importante e atraente. Para já, as fichas todas são apostadas na Europa. E quais são os destinos que competem com a Eslovénia, perguntamos. “O mundo inteiro compete connosco. Temos é de nos concentrar no nosso produto., na forma como o apresentamos, no nosso profissionalismo”, sublinha o responsável. “Temos a sorte de ser o único país que tem amor no nome. E amor só pode trazer coisas positivas”. Cláudia Coutinho de Sousa [claudia@eventpoint.com.pt]

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EMPRESAS 83

VIP EXECUTIVE ART’S O seu evento em Lisboa-Oriente

Tem 300 quartos, oito espaços para reuniões e um auditório com capacidade para 180 pessoas. Mas metade dos quartos são duplos, a maioria dos quais com vista para o Tejo, a pensar no viajante “de negócios”, que muitas vezes os prefere para uso individual. Esta é de resto a marca evidente de um quatro estrelas pensado de raiz para responder aos requisitos deste segmento de mercado, e de cliente. A localização do VIP Executive Art’s, junto à FIL e ao Pavilhão Atlântico, não basta para garantir o sucesso, mas a verdade é que constitui uma

característica importante, quando se trata de escolher um espaço para ficar alojado e/ou realizar um evento. O Hotel está ainda próximo do aeroporto, dos terminais de comboios e autocarros, e de uma estação do Metro. Em termos de lazer, e à distância de um curto passeio a pé, estão o Casino de Lisboa, o Teatro Camões, o Pavilhão do Conhecimento, o Oceanário de Lisboa e o Centro Comercial Vasco da Gama. Um dos pilares da estratégia comercial do VIP Executive Art’s consiste em oferecer uma boa relação qualidade -preço, integrando alojamento, salas e equipamento, assim como uma vasta oferta na área de comidas e bebidas,

podendo acolher eventos tão diversos como reuniões, congressos ou acções de formação. Os mercados-alvo principais são o nacional e o espanhol, sendo o hotel procurado também para a realização de reuniões e de congressos internacionais.

Para mais informações: VIP Executive Art’s “your home... away from home!” Av. D. João II, Lote 1.18 1998-028 Lisboa 210 020 400 hotelarts@viphotels.com www.viphotels.com W W W . E V E N T P O I N T. C O M . P T


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“APRENDER BRINCANDO” O objectivo é claro. Dotar a hotelaria de soluções interactivas para crianças, durante a estadia destas com os pais. Uma forma de comunicação directa, relevante, capaz de fidelizar os pais enquanto clientes. E se houvesse uma fórmula para descrever esta área de actuação da FCo., empresa especializada em soluções interactivas multimédia e em design de comunicação, ela poderia ser:

crianças ocupadas e contentes + tempo de qualidade para usufruir do espaço = pais descansados + aumento do nível de satisfação da estadia Estas soluções podem começar no ambiente físico e terminar na virtualidade de uma app/website, ou vice-versa.

SOBRE A EMPRESA A FCo. disponibiliza um amplo leque de soluções para museus, exposições, instituições turísticas e de gestão do património, empresas, agências de publicidade, muitas vezes com o foco nas áreas educativas. Incorpora tecnologia, design e conteúdos numa dimensão humana, produzindo o que se poderia chamar “humanware”. “Criamos ligações emocionais”, explicam os seus responsáveis. No mercado desde 1998, em 2003 assumiu-se como “fullservice company in multimedia”, capitalizando o facto de ser pioneira na introdução no mercado cultural das visitas áudio e multimédia, mantendo-se ainda hoje líder neste segmento em Portugal. Gradualmente, a FCo. tem vindo a afirmar-se na indústria de conteúdos, desenvolvendo plataformas interactivas multimédia e softwares para a disponibilização e gestão de conteúdos. A estratégia de crescimento da empresa passa por uma contínua identificação de novos parceiros, novos produtos e novos mercados, investindo em conhecimento técnico e competências nas diferentes áreas de actuação. Desde 2004 que trabalha em parceria com diversas empresas europeias e está presente em variadas redes de investigação, com o intuito de promover trocas com dimensão internacional. Fazendo parte do Grupo Cavex, reconhecido pela forte presença nos países da CPLP, a FCo. iniciou em 2007 o processo de internacionalização nos mercados africanos, detectando boas oportunidades em Angola, Moçambique, Cabo Verde e GuinéBissau. “A área cultural é sempre o parente pobre de qualquer governo, especialmente em tempos de crise, mas há boas hipóteses de negócios

em África”, garante António Canhão Veloso, presidente do Grupo Cavex e sócio-gerente da FCo. A carteira de clientes da empresa inclui as fundações Calouste Gulbenkian e de Serralves, a Direcção Geral do Património Cultural, o Banco de Portugal, o Museu do Fado, o Museu Nacional Machado de Castro, o Oceanário de Lisboa, o Palácio da Pena, a Fundação Batalha de Aljubarrota, a L’Oréal Portugal e o Governo Provincial da Lunda-Norte, em Angola, entre muitos outros.

Para mais informações: FCo. Rua da Madeira - Zona Industrial das Travessas, Apt. 6005 3701-907 S. João da Madeira 929 147 695 Luís Salomé l.salome@fco.pt www.fco.pt


EMPRESAS 85

FONTANA PARK HOTEL Reuniões no coração de Lisboa

O primeiro Design HotelTM da capital começou por ser, no início do século XX, a metalúrgica Lisbonense. A recuperação arquitectónica, da autoria de Francisco Aires Mateus, e o design de interiores, assinado por Nini Andrade Silva, trouxeram‑no até aos nossos dias como uma estrutura moderna, minimalista, depurada de formas e cores. Um refúgio zen, claramente marcado pelo gosto oriental, beneficiando de uma localização extraordinária, na zona do Saldanha, a pouco mais de dez minutos do aeroporto, e a uns passos da Avenida da Liberdade. O Fontana Park Hotel dispõe de nove salas para reuniões, ou outro tipo de eventos, com três metros de pé direito, áreas que vão dos 14 aos 420 m2, podendo acolher até 400 pessoas. As salas estão localizadas no piso 00, com acesso directo à garagem, por onde podem ser movimentados todos os materiais e equipamentos. Existe uma moderna rede de comunicações que suporta vídeo‑conferências, serviço de tradução simultânea, uso de equipamento audiovisual (datashow e ecrã incorporados) e acesso a Internet sem fios e por cabo. Paredes amovíveis e insonorizadas permitem que oito das nove salas sejam ajustáveis e combináveis.

O trabalho não é tudo, e o Fontana Park oferece dois espaços gastronómicos com identidades bem vincadas. O Restaurante Saldanha Mar, com o melhor da cozinha nacional e mediterrânica, destacando‑se ao almoço a rica oferta de peixe bem fresco e ao jantar uma cozinha mais elaborada, de autor. O Restaurante Bonsai, como o nome deixa adivinhar, é um convite a que se descubra a gastronomia japonesa. Quem optar por ficar alojado no Fontana Park pode esperar quartos sóbrios, espaçosos, elegantes, em tons de branco, preto e cinzento, mobiliário contemporâneo, e muita luz, os argumentos que em 2008 lhes

valeram uma distinção nos European Hotel Design Awards. Apesar do ambiente minimalista, o Fontana Park Hotel não esquece a importância dos afectos, e oferece a quem o visita diversos momentos de descontracção. Experimente o Bar Lounge, ao som de boa música, mesmo para uma bebida com os colegas ou os amigos ao final da tarde, ou um digestivo no jardim interior, depois de uma boa refeição.

Para mais informações visite: www.fontanaparkhotel.com

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DIRECTÓRIO A M B I E N T E

A N I M A Ç Ã O T U R Í S T I C A

E)MISSION Lisboa 210 157 161 sergio@e‑missionneutral.com www.e‑missionneutral.com/pt

BIG TIME Fátima 249 533 770 julio.santos@bigtime.pt www.bigtime.pt

SMART WATT Porto 220 114 366 info@smartwatt.pt www.smartwatt.pt

CAMPO AVENTURA Óbidos 262 968 870 geral@campoaventura.pt www.campoaventura.pt

A N I M A Ç Ã O

EQUINÓCIO Lisboa 210 155 139 info@equinocio.com www.equinocio.com

2THE LOVE PROJECT Lisboa 962 341 955 2theloveproject@gmail.com ADEREÇO PRODUÇÕES Porto 225 322 720 geral@adereco.com www.adereco.com ASES NA MANGA Braga 253 283 483 ases@asesnamanga.com www.asesnamanga.com CONCEPT 4 TALENTS Lisboa 213 940 242 geral@concept4talents.com www.concept4talents.com FADUS Estoril 214 662 550 geral@faduspecialevents.com www.faduspecialevents.com MOVE IT Cova da Piedade 212 581 980 info@moveit.pt www.moveit.pt PMP PRODUÇÕES Lisboa 218 619 375 pmp@portugalmail.com www.pmpeventos.com RITMOS URBANOS Lisboa 210 168 452 geral@ritmosurbanos.com www.ritmosurbanos.com TOCÁ RUFAR Aldeia de Paio Pires 212 269 090 tocarufar@tocarufar.com www.tocarufar.com

SERVICE PACK Leça da Palmeira 229 942 944 geral@servicepack.pt www.servicepack.pt

RITMOS & BLUES Paço D’Arcos 214 694 050 info@ritmoseblues.pt www.ritmoseblues.pt

C AT E R I N G

UAU Lisboa 213 303 500 uau@uau.pt www.uau.pt

B HOLDING Abóboda 214 658 420 geral@bholding.com.pt www.bholding.com.pt

A U D I O V I S U A I S

CASA DO MARQUÊS Lisboa 214 118 152 casadomarques@casadomarques.pt www.casadomarques.pt

GRAU 5 Barroca 934 743 519 contacto@grau5.pt www.grau5.pt

ADLC AUDIOVISUAIS Carnaxide 218 621 440 comercial@adlc‑av.com www.adlc‑av.com

CATERI Alcabideche 214 608 830 geral@cateri.pt www.cateri.pt

JAVSPORT Sto. Tirso 252 850 621 aventura@javsport.pt www.javsport.pt

AUDINOVA Leça da Palmeira 229 961 930 geral@audinova.pt www.audinova.pt

COISAS DO VINHO Colares 219 282 733 coisasdovinho@coisasdovinho.pt www.coisasdovinho.pt

MARGENS Barrosinhas 234 648 571 margens@margens.pt www.margens.pt

AUDIOMEIOS Venda do Pinheiro 219 663 843 geral@audiomeios.pt www.audiomeios.pt

COOKING LAB Lisboa 911 559 666 info@cookinglab.net www.cookinglab.net

PROMÓBIDOS Caldas da Rainha 262 843 579 promobidos@promobidos.com www.promobidos.com

BACKLIGHT Setúbal 212 349 740 backlight@verylight.pt

COZINHA DIVINA Lourinhã 917 898 555 contacto@cozinhadivina.com www.cozinhadivina.com

ROTA DO FRESCO Vila Nova da Baronia 284 475 413 info@rotadofresco.com www.rotadofresco.com RUSTITUR Évora 266 978 043 info@rustitur.com www.rustitur.com SAL Setúbal 265 227 685 sal@sal.pt www.sal.pt TURAVENTUR Évora 266 743 134 turaventur@turaventur.com www.turaventur.com A R T I S TA S E E S P E C TÁ C U L O S

WINE SOLUTIONS Sintra 964 370 633 info@winesolutions.com www.winesolutions.com

MÚSICA NO CORAÇÃO Lisboa 210 105 700 musicanocoracao@musicanocoracao.pt www.musicanocoracao.pt

EVERYTHING IS NEW Lisboa 213 933 770 geral@everythingisnew.pt www.everythingisnew.pt

DIGITAL FRAME Vila Nova de Gaia 227 870 175 info@digitalframe.pt www.digitalframe.pt ELECTROAUDIO S.Domingos de Rana 214 531 223 info@electroaudio.net www.electroaudio.net EUROLOGISTIX Almancil 289 419 199 info@eurologistix.pt www.eurologistix.net MAINVISION MEDIA SOLUTIONS Lisboa 939 117 564 marcia.ferreira@mainvision.pt www.mainvision.pt RXF Sintra 210 189 366 geral@rxf.pt www.rxf.pt

ENCONTRUS Carregal do Sal 232 960 200 mail@encontrus.com www.encontrus.com MOJITO BAR CATERING Paço de Arcos 210 992 980 . 919 186 029 info@mojitobarcatering.com www.mojitobarcatering.com SILVA CARVALHO CATERING Sintra 219 255 510 comercial@sccatering.pt www.silvacarvalhocatering.com SOLINCA EVENTOS E CATERING Porto 707 502 220 comercial@solincacatering.com www.solincaeventosecatering.com TRÊS SÉCULOS Vila Nova de Gaia 223 742 800 general.office@tresseculos.pt www.tresseculos.pt


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TROPICAL CATERING Funchal 291 700 840 restaurante.tropical@clix.pt www.tropicalcatering.pa‑net.pt

AIMS Lisboa 213 245 040 lisbon@aims‑international.com www.aims.pt

C O N V E N T I O N B U R E A U X / T U R I S M O S

CITUR TRAVEL Linda‑a‑Velha 217 712 610 lisbon@citur.pt www.citur.pt

ALGARVE CONVENTION BUREAU Faro 289 800 403 www.algarveconvention.com ESTORIL & SINTRA CONVENTION BUREAUX Estoril 214 668 167 geral@estorilmeetings.com www.estorilmeetings.com PORTO CONVENTION BUREAU Porto 223 326 751 portocvb@portocvb.com www.portocvb.com TURISMO LEIRIA FÁTIMA Leiria 244 848 771 info@rt‑leiriafatima.pt www.rt‑leiriafatima.pt TURISMO DA MADEIRA Madeira 291 211 900 info@madeiratourism.com www.madeiraislands.travel TURISMO DA SERRA DA ESTRELA Covilhã 275 319 560 info@turismodaestrela.pt www.turismoserradaestrela.pt TURISMO DE LISBOA VISITORS & CONVENTION BUREAU Lisboa 210 312 700 atl@visitlisboa.com www.visitlisboa.com TURISMO DO ALENTEJO Grândola 269 498 680 geral@turismodoalentejo.pt www.visitalentejo.pt TURISMO DO CENTRO DE PORTUGAL Aveiro 234 420 760 geral@turismodocentro.pt www.turismodocentro.pt TURISMO DO DOURO Vila Real 259 323 560 info@douro‑turismo.pt www.douro‑turismo.pt

DOC DMC SERVICES Lisboa 213 242 000 events@doc‑dmc.com www.doc‑dmc.com EVENTS BY TLC Lisboa 213 213 060 events@tlc.pt www.eventsbytlc.com

CENTRO DE ARTES E ESPECTÁCULOS DA FIGUEIRA DA FOZ Figueira da Foz 233 407 200 geral@figueiraturismo.com www.cae.pt FA R O CENTRO DE CONGRESSOS DO ARADE Portimão 282 410 440 geral@expoarade.pt www.expoarade.pt PORTIMÃO ARENA Portimão 282 410 440 geral@portimaoturis.pt www.portimaoarena.com

COLISEU DE LISBOA Lisboa 213 240 580 mjoao@coliseulisboa.com www.coliseulisboa.com CONVENTO DO BEATO Lisboa 210 109 923 conventodobeato@cerealis.pt www.conventodobeato.com ESTÁDIO ALVALADE XXI Lisboa 217 516 522 eventos.corporate@scp.pt www.sporting.pt ESTÁDIO DA LUZ - BENFICA EVENTOS Lisboa 217 219 565 bsa@slbenfica.pt www.slbenfica.pt

L E I R I A IMAGINE MORE Lisboa 213 628 393 ana.telo@imaginemore.pt www.imaginemore.pt THE HOUSE OF EVENTS Porto 228 348 940 info@the.pt www.the.pt TOP ATLÂNTICO DMC Lisboa 218 925 800 topatlantico@topatlantico.com www.topatlantico.pt TURANGRA Angra do Heroísmo 295 401 515 angra@turangra.com www.turangra.com E S PA Ç O S M U LT I U S O S AV E I R O EUROPARQUE Santa Maria da Feira 256 370 200 eventos@europarque.pt www.europarque.pt

CENTRO CULTURAL E CONGRESSOS DAS CALDAS DAS RAINHA Caldas da Rainha 262889650 secretariado@ccc.eu.com www.ccc.eu.com EXPOSALÃO BATALHA Batalha 244 769 480 info@exposalao.pt www.exposalao.pt L I S B O A AUDITÓRIO DA FACULDADE DE MEDICINA DENTÁRIA Lisboa 217 922 625 auditorio@fmd.ul.pt www.fmd.ul.pt ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE LISBOA Lisboa 213 224 050 sm@acl.org.pt www.acl.org.pt CAMPO PEQUENO Lisboa 217 998 450 vascocornelio@campopequeno.com www.campopequeno.com

EXPOBEJA Beja 284 315 602 expobeja@mail.telepac.pt www.expobeja.com B R A G A MULTIUSOS DE GUIMARÃES Guimarães 253 520 300 geral@tempolivre.pt www.tempolivre.pt

D E S T I N AT I O N M A N A G E M E N T C O M PA N I E S

PARQUE DE EXPOSIÇÕES DE BRAGA Braga 253 208 230 peb@peb.pt www.peb.pt

FIL - FEIRA INTERNACIONAL DE LISBOA Lisboa 218 921 500 fil@aip.pt www.fil.pt MUSEU DA CARRIS Lisboa 213 613 087 museu@carris.pt http://museu.carris.pt PAVILHÃO ATLÂNTICO Lisboa 218 918 409 info@pavilhaoatlantico.pt www.pavilhaoatlantico.pt PLAZA RIBEIRO TELLES - CENTRO DE EVENTOS Vila Franca de Xira 263 288 559 mrtelles@plazaribeirotelles.com www.plazaribeirotelles.com P O R T O CAVES CALÉM - SOGEVINUS FINE WINES Vila Nova de Gaia 223 746 660 turismo@sogevinus.com http://www.calem.pt

CASINO ESTORIL Estoril 214 667 700 info.cestoril@estoril.sol.com www.casino‑estoril.pt

CENTRO DE CONGRESSOS E EXPOSIÇÕES DA ALFÂNDEGA Porto 223 403 024 cce@amtc.pt www.amtc.pt Ver página: 33

CENTRO CULTURAL DE BELÉM Lisboa 213 612 697 dac@ccb.pt www.ccb.pt

COLISEU DO PORTO Porto 223 394 940 coliseu@coliseudoporto.pt www.coliseudoporto.pt

CENTRO DE CONGRESSOS DE LISBOA Lisboa 213 601 400 lisboacc@aip.pt www.lisboacc.pt

ESTÁDIO DO DRAGÃO Porto 225 083 027 portoestadio@fcporto.pt www.fcporto.pt Ver página: 55

B E J A

TURISMO DO OESTE Óbidos 262 955 060 info@turismodooeste.pt www.turismodooeste.pt

ABREU Porto 222 043 520 congressos.exp@abreu.pt www.abreu.pt

C O I M B R A

CENTRO DE CONGRESSOS DO ESTORIL Estoril 214 647 575 info@estorilcongresscenter.com www.estorilcongresscenter.com

EXPONOR Matosinhos 229 981 400 info@exponor.pt www.exponor.pt

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FUNDAÇÃO DE SERRALVES CONGRESS CENTER Porto 226 156 500 serralves@serralves.pt www.serralves.com

EUROPALCO Mem Martins 219 605 520 vanessa.fonseca@europalco.pt www.europalco.com (Palcos e outras estruturas)

ESCOLA SUPERIOR DE HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL Estoril 210 040 700 isabel.sousa@eshte.pt www.eshte.pt

MOSTEIRO DE SÃO BENTO DA VITÓRIA Porto 223 401 900 larcher@tnsj.pt www.tnsj.pt

EVENTPACK Braga 253 283 483 pedro@eventpack.net www.eventpack.net (Estruturas, mobiliário, decoração)

ETIC Lisboa 213 942 550 info@etic.pt www.etic.pt

MELIÃ BRAGA Braga 253 144 000 melia.braga@meliaportugal.com www.meliabraga.com B R A G A N Ç A

S A N TA R É M CNEMA Santarém 243 300 300 centrodecongressos@cnema.pt www.cnema.pt VALE D’ALGARES Vila Chã de Ourique 243 709 321 geral@quatroancoras.com www.valedalgares.com

EVIDÊNCIA DISPLAY Lisboa 214 603 620 geral@evidenciadisplay.com www.evidenciadisplay.com (Stands) GL EVENTS Alcochete 212 317 430 info@glevents‑portugal.com www.glevents‑portugal.com (Mobiliário)

V I S E U EXPOVIS Viseu 232 422 018 geral@expovis.pt www.expovis.pt A Ç O R E S AÇOR ARENA Vila Franca do Campo 296 539 390 acorarena@acorarena.pt CENTRO CULTURAL E DE CONGRESSOS DE ANGRA DO HEROÍSMO Angra do Heroísmo 295 206 120 culturangra@culturangra.pt

MODELSTAND Braga 253 300 320 comercial@modelstand.pt www.modelstand.pt (Stands) MULTIARCO Lisboa 218 483 740 info@multiarco.pt www.multiarco.pt (Ar‑condicionado) PEBÊ DESIGN Terrugem 219 188 720 geral@pebe.pt www.pebe.pt (Stands)

M A D E I R A CENTRO CULTURAL E DE CONGRESSOS DE PORTO SANTO Porto Santo 291 980 600 MADEIRA TECNOPOLO Funchal 291 720 000 admin@madeiratecnopolo.pt www.madeiratecnopolo.pt E S T R U T U R A S E A L U G U E R D E M AT E R I A L ALUGOCLIMA Aldeia de Paio Pires 212 549 550 info@alugoclima.com www.alugoclima.com (Ar‑condicionado) Ver página: 13 ALUGU’AQUI Sintra 219 108 003 info@aaqui.com www.aaqui.com (Mobiliário, louça)

POP COMMUNICATION GROUP Lisboa 218 650 400 popgroup@popgroup.pt www.popgroup.pt (Stands, sinalética) PUBLIACÇÃO Almargem do Bispo 210 106 295 geral@publiaccao.com www.publiaccao.com (Road‑show) SIRAM Funchal 291 230 350 siram@siram.pt www.siram.com (Palcos e outras estruturas) SPORMEX Braga 253 673 689 geral@spormex.pt www.spormex.pt (Stands)

ISLA Lisboa 808 203 544 elpme@lx.isla.pt www.isla.pt RESTART Lisboa 213 609 450 info@restart.pt www.restart.pt F O T O G R A F I A E V Í D E O CITY LAB Marco de Canaveses 255 539 230 citylab@citylab.pt www.citylab.pt FABRICE ZIEGLER Lisboa 218 877 719 fabriceziegler@netcabo.pt www.fabriceziegler.com MINIFOTO Lisboa 217 567 330 minifoto@netcabo.pt www.minifoto‑estudio.com Ver página: 82 NV STUDIO Porto 226 180 741 nvstudio@nvstudio.co.pt www.nvstudio.co.pt H O T É I S AV E I R O GRANDE HOTEL DA CURIA Anadia 231 515 720 geral@grandehoteldacuria.com www.grandehoteldacuria.com PALACE HOTEL BUSSACO Luso 231 937 970 bussaco@almeidahotels.com www.almeidahotels.com

BEJA PARQUE HOTEL Beja 284 310 500 reservas@bejaparquehotel.com www.bejaparquehotel.com B R A G A

ESCOLA DE GESTÃO E NEGÓCIOS Lisboa 213 177 607 egnegocios@universidade‑autonoma.pt www.egnegocios.ual.pt

C A S T E L O B R A N C O TRYP COLINA DO CASTELO Castelo Branco 272 349 280 tryp.colina.castelo@solmeliaportugal.com www.trypcolinacastelo.com TRYP CONFORT D. MARIA Covilhã 275 310 000 tryp.dona.maria@solmelia.com C O I M B R A HOTEL QUINTA DAS LÁGRIMAS Coimbra 239 802 380 comercial@quintadaslagrimas.pt www.quintadaslagrimas.pt HOTEL VILA GALÉ COIMBRA Coimbra 239 240 000 coimbra@vilagale.pt www.vilagale.pt É V O R A HOTEL MAR DE AR Évora 266 740 700 geral@mardearhotels.com www.mardearhotels.com FA R O CROWNE PLAZA HOTEL Vilamoura 289 381 600 geral@cpvilamoura.com www.crowneplazavilamoura.com CS SALGADOS GRANDE HOTEL Albufeira 289 598 331 groups.algarve@cshotelsandresorts.com www.cshotelsandresorts.com HOTEL FARO Faro 289 830 830 comercial@hotelfaro.pt www.hotelfaro.pt

B E J A

F O R M A Ç Ã O EURODOME Fernão Ferro 917 224 866 eurodomes@gmail.com www.eurodome.pt (Domes e outras estruturas)

HOTEL SÃO LÁZARO Bragança 273 302 700 comercial.hsl@hoteis‑arco.com www.hoteis‑arco.com

AXIS OFIR Esposende 253 989 800 reservas@axisofir.com www.axishoteisegolfe.com

LE MERIDIEN PENINA GOLF E RESORT Portimão 282 420 200 reservations.penina@lemeridien.com www.lemeridienpenina.com MONTE DA QUINTA Almancil 289 000 300 mqreservas@mqclub.com www.montedaquintaresort.com SHERATON ALGARVE HOTEL & RESORT Albufeira 289 500 100 pinecliffs.reservations@luxurycollection.com www.sheratonalgarve.com


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TIVOLI MARINA DE VILAMOURA Vilamoura 289 303 303 htmarinavilamoura@tivolihotels.com www.tivolihotels.com

RITZ FOUR SEASONS HOTEL LISBOA Lisboa 213 811 400 fsh.lisbon@fourseasons.com www.fourseasons.com/lisbon

G U A R D A

SHERATON LISBOA Lisboa 213 120 000 sheraton.lisboa@sheraton.com www.starwoodhotels.com

HOTEL LUSITÂNIA CONGRESS & SPA Guarda 271 238 285 lusitania.dir@naturaimbhotels.com www.naturaimbhotels.com L E I R I A MARRIOT PRAIA D’EL REY & BEACH RESORT Óbidos 262 905 100 info.pdr@marriott‑pdr.com.pt www.praia‑del‑rey.com L I S B O A ALTIS BELÉM Lisboa 210 400 200 info@altisbelemhotel.com www.altishotels.com CORINTHIA LISBOA HOTEL Lisboa 217 236 363 lisboa@corinthia.pt www.corinthiahotels.com FONTANA PARK HOTEL Lisboa 210 410 600 geral@fontanaparkhotel.com www. fontanaparkhotel.com Ver página: 85 HOTEL CASCAIS MIRAGEM Cascais 210 060 600 reservations@cascaismirage.com www.cascaismirage.com HOTEL DOM PEDRO LISBOA Lisboa 213 896 600 lisboa.reservations@dompedro.com www.dompedro.com HOTEL REAL VILLA ITÁLIA Cascais 210 966 000 realvillaitalia@hoteisreal.com www.realhotelsgroup.com

VIP EXECUTIVE ART’S Lisboa 210 020 400 hotelarts@viphotels.com www.viphotels.com Ver página: 83

HOTEL MONTEBELO Viseu 232 420 000 montebeloviseu@visabeiraturismo.com www.montebeloviseu.pt MELIA CONFORT GRÃO VASCO Viseu 232 423 511 geral@hotelgraovasco.pt www.hotelgraovasco.pt A Ç O R E S

PORTO PALÁCIO CONGRESS HOTEL & SPA Porto 226 086 600 geral@portopalaciohotel.pt www.portopalaciohotel.pt POUSADA DO PORTO Porto 225 311 000 guest@pousadas.pt www.pousadas.pt SHERATON PORTO HOTEL & SPA Porto 220 404 000 sheraton.porto@sheraton.com www.sheratonporto.com THE YEATMAN Vila Nova de Gaia 220 133 100 reservations@theyeatman.com www.theyeatman.com TIARA PARK ATLANTIC Porto 226 072 500 reservas.porto@tiara‑hotels.com www.tiara‑hotels.com S A N TA R É M DOM GONÇALO HOTEL & SPA Fátima 249 539 330 mail@hoteldg.com www.hoteldg.com V I A N A D O C A S T E L O AXIS GOLF PONTE DE LIMA Ponte de Lima 258 900 250 reservas@axispontedelima.com www.axispontedelima.com

LISBON MARRIOTT HOTEL Lisboa 217 235 400 claudia.ventura@marriotthotels.com www.marriott.com/hotels/travel/ lispt‑lisbon‑marriott‑hotel/

FLÔR DE SAL Viana do Castelo 258 800 100 reservas@hotelflordesal.com www.hotelflordesal.com V I L A R E A L

PESTANA PALACE Lisboa 21 361 56 00 sales.portugal@pestana.com www.pestana.com

AQUAPURA DOURO VALLEY Lamego 254 660 600 aquapuradouro@aquapuradouro.com www.aquapurahotels.com

P O R T O

HOTEL VILLA RICA Lisboa 210 043 000 hotelvillarica@viphotels.com www.villaricahotelsgroup.com

PALÁCIO ESTORIL Estoril 214 648 000 front‑desk@palacioestorilhotel.com www.palacioestorilhotel.com

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