Event Point 29

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ANO IX NÚMERO 29 TRIMESTR AL JAN, FE V E MAR DE 2019 5,00 €

GRANDE ENTREVISTA: MARIA JOSÉ ALVES LISBON UNDER STARS VENCE NOS BEA WORLD TERMINAL DE CRUZEIROS DO PORTO DE LEIXÕES

COOL SPONSORS




Ficha Técnica PROPRIETÁRIO Estação Livre, Comunicação NIF 508135648 Rua do Jornal de Notícias, 562, R/C Drt. - 4100‑293 Porto | Portugal Tel: 939 093 030 | info@eventpointinternational.com www.eventpoint.pt GERÊNCIA Rui Ochôa

Índice 06 Eventos associativos: more boring or more sexy?, por Paula Ferreira de Almeida

CAPITAL DA EMPRESA Cláudia Sousa (100%) SEDE DA REDACÇÃO Av. D. Afonso Henriques, 1462 - Ed. Olympus I, 1.º Tras. - 4450-013 Matosinhos | Portugal DIRECTOR Rui Ochôa [rui@eventpointinternational.com] EDITORA / DIRECTORA DE INFORMAÇÃO Cláudia Coutinho de Sousa [claudia@eventpointinternational.com] REDACÇÃO Maria João Leite [mj@eventpointinternational.com] Alexandra Noronha [alexandra@eventpointinternational.com] DIRECTOR COMERCIAL Filipe Silva [filipe@eventpointinternational.com]

08 Grande entrevista: Maria José Alves 14 Empresas 16 Especialista: Ricardo Guerra 19 Consultório de protocolo

ASSISTENTE DE DIRECÇÃO Rita Costa CONSELHO CONSULTIVO Alexandra Torégão, Ana Fernandes, António Gouveia Santos, Isabel Amaral, João Luís Moita, João Paulo Oliveira, Joaquim Pires, Jorge Vinha da Silva, Maria José Alves, Nuno Pinto Magalhães, Paulo Campos Costa, Pedro Magalhães, Pedro Ribeiro, Pedro Rodrigues e Sandra Antunes TRADUÇÕES Diana Reis Marques [diana@eventpointinternational.com] COLABORAM NESTA EDIÇÃO António Marto, Diogo Morgado e Paula Ferreira de Almeida DESIGN Norma Design [geral@normadesign.com]

20 Venue: Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões 26 A influência das tendências na escolha de destinos para as viagens de incentivo, por Diogo Morgado 28 Case Study: “Escape Room” da Google foi sensação na Índia

FOTOGRAFIA DE CAPA OCubo FOTOGRAFIA Minifoto IMPRESSÃO Norprint ‑ a casa do livro Zona Industrial Alto da Cruz - Rua das Artes Gráficas, nº 209 4780‑739 Santo Tirso | Portugal Nº REGISTO ERC 126066 DEPÓSITO LEGAL 330066/11 TIRAGEM 3.500 exemplares PERIODICIDADE Trimestral ESTATUTO EDITORIAL www.eventpointinternational.com/pt/content/18‑about‑us É estritamente proibida a reprodução parcial ou integral de textos ou ilustrações da Event Point. As informações contidas nos anúncios são da exclusiva responsabilidade dos anunciantes. Consequentemente, não podemos ser responsabilizados por qualquer informação incorrecta que se possa verificar. A Event Point não adoptou o Novo Acordo Ortográfico

32 Case Study: No Carmo, contou‑se a história de Portugal debaixo das estrelas 36 Espaço APECATE 38 Formação: Desafio do protocolo: a flexibilidade 39 Espaço APOREP 40 Empresas 42 Reportagem: “Saber receber deve ser encarado como uma arte” 46 Grandes equipas, grandes eventos, por António Marto 48 Destino nacional: São Miguel 52 Destino internacional: Gorongosa 56 Directório


CL ÁUDIA COUTINHO DE SOUSA

RUI OCHÔA

Uma Questão De Afectos Se dúvidas houvesse, foi recentemente escolhida no Congresso da ICCA, no Dubai, como uma das 10 mulheres mais inspiradoras da meetings industry. E nem sequer foi uma escolha nacional, ibérica ou lusófona, foi mesmo mundial. Além disso, o percurso que tem feito, primeiro na hotelaria, e depois no Turismo de Cascais, com responsabilidades na promoção do destino para o segmento MI, é de uma solidez assinalável. A juntar a isto, é uma das pessoas que mais admiramos pela paixão com que trabalha, pelas gargalhadas que nos arranca com histórias deliciosas, e pela amizade que nos tem dedicado. É também por isso uma questão de afectos, esta entrevista que lhe trazemos com Maria José Alves. Lisbon Under Stars, um evento do atelier criativo Ocubo, foi o grande vencedor nacional nos prémios BEA World que se realizaram em Coimbra. Uma ideia que não conseguiu nenhum apoio, e que avançou, no risco, confiando na adesão do público. Aposta mais do que ganhadora, até em questão de prémios internacionais. “Eles vêm aí!”, e já não se trata de chineses que vão à bola, mas de indianos, que começam a conquistar o mercado internacional de eventos, com iniciativas curiosíssimas. Uma delas, uma espécie de "escape room" para a Google, ganhou praticamente tudo o que havia para ganhar na mais recente edição dos BEA World. Sabe o quanto pode ser árdua a tarefa de quem tem que produzir e gerir conteúdos vídeo para projecções de grande formato, que tantos eventos usam hoje em dia? Os resultados podem ser espectaculares, sem dúvida, mas confira a experiência de Ricardo Guerra, da Hello Movement, e perceba como é possível melhorar processos e resultados. E não importa se está do lado da agência ou do cliente, todos podemos aprender algo com este especialista. Se há espaços para eventos que vieram introduzir algo de realmente novo na oferta nacional o Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões é um deles. Curiosamente, nem foi pensado para ser um venue. Talvez por isso, e por ser uma obra de arquiectura notável, ancorada junto à costa, tem deixado muita gente a sonhar. A Maria João Leite, a propósito do 44º Congresso da APAVT, traz para esta edição muitas coisas interessantes sobre os Açores, incluindo uma entrevista exclusiva com Marta Guerreiro, secretária regional da Energia, Ambiente e Turismo, onde fala de turismo e de eventos. Já a Alexandra Noronha leva‑nos a África, a Moçambique, onde, depois de décadas de sofrimento, o Parque da Gorongosa ganha uma vitalidade reforçada, primeiro na vida selvagem, e depois nas oportunidades para o turismo de negócios. Uma viagem que pode aparecer destacada em qualquer lista de destinos a visitar.

Claro que há muitos outros temas de interesse ao longo desta Event Point nº 29, a primeira do ano. Por isso, boas leituras, e até breve!


OPINIÃO 6

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Eventos Associativos: More Boring Or More Sexy? O sector da organização profissional de congressos está há mais de uma década a viver um turbilhão de mudanças.


No presente, só existe uma forma de permanecer com sucesso neste mercado e passa por conhecer, acompanhar e antecipar as tendências do mercado a par das suas restrições regulamentares, sendo esta última, no caso da FactorChave, que se encontra em exclusivo no sector da saúde, um factor crítico de sucesso. Um agência para ter sucesso tem de estar apta a oferecer um serviço ‘chave‑na‑mão’ que inclui consultoria financeira e legal, ser altamente profissionalizada e possuir credenciais que comprovem tal posicionamento. O mercado é, na nossa opinião, actualmente conduzido pelas necessidades crescentes e diversificadas dos clientes a par do seu nível de exigência cada vez maior, a expectativa de que a agência antecipe e preveja planos de contingência para todos os detalhes e pormenores dos quais se faz a coluna vertebral de um congresso ou evento, sendo este um dado adquirido no mercado actual. No mercado da organização de congressos, os eventos cuja organização pertence às sociedades e/ou grupos médicos, conhecidos no mercado enquanto eventos associativos, têm um peso muito significativo. Na nossa opinião a organização de congressos associativos está cada vez mais segmentada, é por nós cada vez mais sentida e estes dois segmentos cada vez mais se afastam entre si! Assim existe o grupo dos eventos ‘saudáveis’, cada vez mais desafiantes para nós do ponto de vista de criatividade e inovação, assentam na procura a cada evento de fazer diferente, mais e melhor, proporcionarem ‘novas experiências’, marcarem os congressistas com momentos inesquecíveis, com aquela essência que na FactorChave gostamos de chamar ’vivenciar experiências’, e que são a aplicação prática da ‘inteligência emocional’. A organização de um congresso associativo com estas características é um duplo desafio para nós, pois é crítico entendermos as necessidades de cada associação para que durante o evento os participantes sintam as suas expectativas respondidas, que vivam o congresso enquanto ‘o Centro’, onde vejam, por outro lado, respondidas as suas necessidades individuais e específicas. Sabemos que alcançamos este objectivo quando no final nos respondem que a sua participação na reunião foi realmente útil e vai fazer a diferença na sua vida diária. Congressos ou reuniões associativas que consigam proporcionar estes momentos, momentos significativos, experiências fortuitas que criam memórias com um impacto memorável no tempo estes são os eventos associativos cada vez mais aliciantes de organizar e este facto faz deles eventos cada vez mais sedutores e ‘more sexy’ até!

Esta vivência de experiências a par de um design inovador, da utilização de multimédia cada vez mais integrada no ‘meeting design’ de congressos e eventos, da escolha do espaço, existe apenas por uma razão: tal como somos todos únicos, diferentes e temos personalidade própria, os eventos também têm seus objectivos, público, e objectivos específicos, não existindo exactamente um igual a outro. Assim, tudo será projectado para se adaptar aos participantes, como eles se relacionarão entre si, com o conteúdo e o espaço do evento, assente num único objectivo de base e transversal: facilitar a interacção contemplando as peculiaridades das associações e dos congressistas.

As organizações que conseguem ter esta visão estão condenadas ao sucesso e a verem os seus eventos crescerem e alcançarem um retorno do investimento garantidamente rápido. Por outro lado as agências são chamadas também pelo outro segmento das associações a desenvolver todo um plano para a realização de um congresso exactamente igual às edições anteriores sempre com menos recursos, muitas vezes com copy/paste do conteúdo e local e cujo único objectivo é o de viabilizar mais uma edição do congresso e mais um ano de existência da associação. Estes congressos classificados por nós de ‘more boring’ vão continuar a existir porque estão muitas vezes assentes em lideranças pessoais das associações, mas têm tendência a falir naturalmente com as mudanças naturais das mesmas lideranças.

PAULA FERREIR A DE ALMEIDA DIRECTOR A COMERCIAL DA FACTORCHAVE


GRANDE ENTREVISTA 8

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“Os incentivos estão a voltar”

© António Camilo


Maria José Alves

A Componente Humana É Fundamental Recentemente reconhecida pela ICCA como uma das “Dez mulheres inspiradoras” do sector da meetings industry (MI), Maria José Alves é um dos “rostos” do Convention Bureau de Cascais e empresta ao destino uma energia e um carisma únicos. A conversa, espontânea e desempoeirada, teve como cenário o Vila Tamariz Utopia, um espaço para eventos na região, com uma vista tranquilizadora sobre o mar.

Como é que chegou a este mundo do turismo de negócios? E quais foram os momentos mais marcantes da carreira até este momento? Formei‑me em Gestão de Empresas Turísticas, na Universidade Internacional. Inicialmente estive no Porto, num estágio no hotel Sheraton durante seis meses. A hotelaria transformou‑se rapidamente numa paixão. Foi muito fácil para mim trabalhar nesta área porque tenho uma grande capacidade de me exprimir, gosto de pessoas, sou extremamente expansiva. Quando regressei a Lisboa, fui para o Hotel Alfa, que hoje é o Hotel Corinthia, e foi uma experiência muito enriquecedora porque aliava a parte operacional e a parte comercial. Depois de três anos no Alfa, fui convidada para ir trabalhar para o Hotel Palácio, um hotel que me marcou muito, porque é um hotel de excelência, de luxo, e onde trabalhei com pessoas que me influenciaram muito. Na altura tinha um director geral que era à antiga, o senhor Manuel Ai Quintas, um homem extremamente interessante e inteligente, com uma capacidade muito grande de persuasão. O Francisco Corrêa de Barros, que na altura era director de F&B, e hoje é geral, uma pessoa extremamente humana; o Manuel Guedes de Sousa, que foi a pessoa que na parte comercial me ajudou muito a crescer. E depois tive uma passagem pelo Hotel Quinta da Marinha, um hotel completamente diferente, moderno, com uma equipa fabulosa, de onde trouxe amigos para a vida. Acho que a hotelaria é também isso. Passamos muito tempo dentro do hotel, é muito absorvente, mas também se fazem grandes amizades.

Essa incursão pela hotelaria foi fundamental para a carreira? Foi, sem dúvida nenhuma. Até mesmo no posicionamento relativamente ao trade, começar a trabalhar com as DMCs, poder orientar‑me no sentido da promoção. Foi extremamente enriquecedor. E como é que chegou ao Convention Bureau? Entretanto fui mãe, e quando a Inês tinha três anos surgiu este projecto de uma nova associação que era o Estoril & Sintra Convention Bureau. Foi um grande desafio. No início o telefone não tocava. Enquanto num hotel estamos sempre a interagir com as pessoas, temos telefonemas constantes, a operação, quando chego ao Convention Bureau rapidamente percebi que eu é que tinha de fazer o trabalho acontecer. Havia um conjunto de associados que fizeram logo parte do Convention Bureau, não só provenientes da hotelaria, mas todas as infra‑estruturas inerentes à organização de conferências, de congressos, e foi aí que tive de dar mais de mim a conhecer, a interagir com os stakeholders. Sendo uma associação que estava a arrancar o trabalho foi muito interessante, porque tivemos que fazer tudo desde o início. Que outras figuras a inspiraram neste trajecto? Há uma pessoa que me tem marcado imenso, e continuo hoje a trabalhar com ela, que é a Carla Gomes, a coordenadora geral do Turismo de Cascais, e que tem sido uma pessoa que me tem desafiado bastante, e com quem gosto imenso de trabalhar. Mas também o João Custódio, que na altura estava como coordenador na ATC, e que saiu entretanto. Ou o Duarte Nobre Guedes, uma pessoa com quem tenho lidado muito e que nos tem feito crescer e que nos dá bastante autonomia.


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Aposta na diferenciação Quais são as principais mais‑valias de um destino como Cascais para o segmento MI? O segmento MI é um dos produtos estratégicos até porque dá um grande contributo no combate à sazonalidade. Cascais pode diferenciar‑se por ser cosmopolita, mas ao mesmo tempo uma área muito agradável para se viver. Moro aqui, trabalho aqui, tenho uma qualidade de vida espantosa, a todos os níveis. Acho que a diferenciação passa por fazermos propostas tailor made. Cada proposta é única. E em Cascais podemos trabalhar muito a proposta de valor. Temos hotéis grandes, médios e pequenos, vários tipos de venues, somos um destino walking distance.

© António Camilo

Neste mundo tão exigente do turismo, como é que se concilia a vida pessoal e profissional? Acima de tudo tive de ter a capacidade de ser uma pessoa muito organizada e de estabelecer prioridades. Viajo muito, tenho um trabalho exigente de backoffice, mas tenho a vida pessoal, e para isso tenho de organizar muito bem o meu tempo. O trabalhar em equipa também ajuda muito. Hoje somos uma equipa maior, também dá para desenvolver os processos, sem ser só eu. O ter alguma autonomia também ajuda na capacidade de gestão de tempo. Acho que é o que muitas vezes falta, e acontecia muitas vezes nos hotéis, é que nós não tínhamos prioridades, era o que aparecia. Aqui não, nós podemos gerir as nossas prioridades, temos é de ter essa capacidade. Que características pessoais acha que tem que a beneficiam ao trabalhar este sector? Ser espontânea. Por outro lado entrego‑me imenso. O gostar de pessoas, gostar do trabalho que faço.

A sustentabilidade ainda é um argumento de venda para Cascais? Sim, continua a ser. Em termos do Centro de Congressos há uma continuidade na estratégia e acho que se deixou uma marca. Cada vez há uma tendência maior para que os pedidos também venham nesse sentido. A própria Câmara Municipal de Cascais tem esse cuidado com alguns dos projectos que tem apresentado, como é o caso da MobiCascais, um projecto extremamente interessante de mobilidade. Foi complicado o reposicionamento da marca, quando passou de Estoril para Cascais? No início não posso dizer que não tenha sido um bocadinho difícil de explicar. Estamos muito formatados e habituamo‑nos a trabalhar numa determinada situação, mas quando há a mudança adaptamo‑nos e até aprendemos com ela. Tornou‑se fácil. Nós procuramos fazer sempre a conjugação Cascais / Estoril e explicar os factores históricos, o porquê das duas denominações. A história interessante que temos facilita muito a promoção. É fácil trabalhar com Lisboa aqui ao lado? Há sinergias que se estabelecem? Há boas relações, e sempre que é necessário existe o contacto. Há visitas de imprensa, há sempre interacção, porque quer se queira quer não, nós precisamos de Lisboa, precisamos de Sintra. Há aqui um triângulo, uma oferta concentrada, que é muito importante. Aliás, nós temos um claim no nosso projecto de marketing: “One way leads to another”, que é exactamente isto, não podemos considerar que só podemos sobreviver com Cascais, temos de pensar no que está à volta.


Cascais está bem servido de infra‑estruturas, venues, hotéis? Se me perguntar se eram precisos mais hotéis, sim eram precisos. Maiores? Sim, com certeza. Agora temos é que pensar que este não é um destino de massas, e que trabalhamos os eventos médios, mas claro que se houver mais oferta, facilmente se consegue também trabalhar numa dimensão um bocadinho maior. Há uma questão que é importante, nós trabalhamos muito bem em conjunto com hoteleiros, com o casino, com o centro de congressos. Conhecemo‑nos todos muito bem e quando há uma proposta a apresentar, se for preciso eles estarem, e discutirmos a proposta em conjunto, com grande facilidade o conseguimos fazer. A maior parte das pessoas em termos de chefia, de topo, estão há muitos anos nos mesmos sítios, o que também nos ajuda. As equipas nestes hotéis também são extremamente profissionais. Em Portugal temos isso de bom, a entrega com que nos damos ao trabalho, o gosto que temos de fazer bem. Em termos de congressos, eventos, corporate, o que é que domina aqui? Temos muitos lançamentos de automóveis, uma vez que este é um espaço cénico e atractivo, e temos um determinado tipo de oferta turística que é agradável. O que acontece muitas vezes nestas questões dos lançamentos é que o cliente quer sempre espaços novos, e não temos sempre espaços novos a abrir. Antes da crise tínhamos muitos pedidos de incentivos, dos mercados mais variados. Neste momento os incentivos estão a voltar, e os incentivos belgas muito concretamente. Trabalhamos muito a Bélgica, na parte associativa, mas está a surgir um interesse grande pela organização do incentivo corporativo, ou team building, o que para nós é fantástico por causa da procura por hotéis mais pequenos. Hoje em dia que tipo de eventos interessam ao destino? Acho que temos que ser cirúrgicos, porque senão cai‑se na massificação do turismo. Incentivos com algum glamour, com perspectiva corporativa, fazem todo o sentido. Os casamentos também, bem como os eventos ligados ao golfe. Cascais potencia também os seus próprios eventos, temos as Conferências do Estoril, os eventos musicais, o CSI, o Open do Estoril, e uma série de outros, em áreas muito distintas. Quais são os mercados principais para Cascais? Os nossos mercados principais são o Reino Unido, Espanha, Alemanha e agora também França. Quais são os concorrentes de Cascais? Temos de concorrer com destinos mais pequenos, similares ao nosso. É o caso de Cannes, mas também o Norte de Europa, Valência. Mas a mais parecida com o nosso destino é mesmo a Riviera Francesa.

© António Camilo

MARIA JOSÉ ALVES COM O PRÉMIO ATRÍBUIDO PEL A ICCA

Há uma série de produtos conexos, aqui no destino, como o golfe, o luxo, os casamentos. Acha que se conseguem estabelecer sinergias com o MI? O golfe é um complemento importante. Temos três campos de golfe a pouca distância uns dos outros, com uma oferta de sete em termos de região mais abrangente. Em termos de casamentos temos uma procura imensa de estrangeiros neste momento. Estamos a lançar inclusive uma candidatura ao Amour Forum. Também a Universidade Nova pode trazer muitos eventos… É muito importante. A nova Universidade é um espanto, é conhecida lá fora, e é uma das melhores faculdades em business e economics. E nós podemos promover mais um equipamento. Depois a instituição vai trazer jovens para o destino, e eles vão ajudar a desenvolver ainda mais o concelho.


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A componente humana Convidar as pessoas a experimentarem o destino é ainda o meio mais eficaz de trazer mais clientes? Sim. Temos de ir lá fora e fazer a promoção, isso é essencial, mas acompanhá‑las aqui a experimentar e experienciar tudo isto é completamente diferente. E trazer também os próprios fóruns internacionais, fazer o host, e poder organizar em conjunto com os nossos associados o programa é muito interessante e permite que estes tirem partido de trazermos um conjunto de buyers a Cascais. Acha que se ganha um evento aqui no local? Já aconteceu. Estabelecer essa relação humana entre destino e cliente é importante? É muito importante. Podemos ter o melhor site do mundo, uma excelente estratégia de marketing digital – que é importante –, mas o factor humano é fundamental. Em termos do vosso plano de marketing, o que é que destacaria? Existem duas linhas orientadoras, por um lado a participação em feiras internacionais da especialidade, fóruns, e angariação desses mesmos eventos para o destino. Esta actividade é complementada pela implementação de uma campanha de promoção ao nível digital direccionada à audiência do MI, com o claim “Cascais is the Best”. Temos feito uma grande aposta em ter conteúdos relevantes, para sermos interessantes para as audiências. Vamos continuar a apostar fortemente na organização de visitas de inspecção, continuar a fazer candidaturas, e trabalhar a ICCA [International Congress and Convention Association] em termos de ferramenta de prospecção. Este é um trabalho de pesquisa muito grande. Temos também de continuar a sensibilizar as associações nacionais, portuguesas, para tentarem captar os congressos internacionais.

© António Camilo

E estar presente na associação, no Capítulo Ibérico, é importante para vocês? Sim, com certeza. É uma associação muito grande e o próprio Capítulo existe para os associados da região se tornarem um bocadinho mais fortes dentro da própria associação. Acho que é fundamental termos mais portugueses a participarem no Capítulo. Obviamente que por uma questão de escala, Espanha é maior, e são mais interventivos, mas nós temos de ser mais dinâmicos.

Até que ponto o ranking da ICCA é uma obsessão para vocês? É uma preocupação. Em 2017 tivemos 24 eventos, em 2018 temos de ter no mínimo 25.

Ainda acredita nas potencialidades das feiras internacionais? Sente que têm retorno? Acho que as feiras estão a perder de alguma forma a importância que tinham ‑ obviamente que continuamos a estar na IMEX, porque ainda é uma feira forte. A última IBTM [em Barcelona] correu‑nos bem, mas começo a achar que já não é a mesma feira que no passado nos trazia tantos benefícios. É preciso repensar o formato das feiras. Quando se participa num fórum internacional estamos com um buyer quase três dias no mesmo espaço. Conseguimos ter a reunião, e interagir na parte do networking, o que é muito importante. Nas feiras isso não acontece. Nas feiras sinto que as cadeias hoteleiras, que são grandes patrocinadores na vinda dos buyers, contam com eles para os cocktails, conseguem tê‑los a maior parte do tempo. A nós sobram‑nos quinze minutos para uma conversa, isto quando aparecem a horas... Há muito mais oportunidades de chegar ao buyer num fórum, é mais eficaz.

É difícil recolher a informação necessária? É difícil. Temos sobretudo de saber onde ir buscar essa informação para alimentar a plataforma da ICCA. E os requisitos são muito específicos e exigentes. Temos de ter um trabalho de grande proximidade com os parceiros a verificar tudo. Temos um papel crucial de articulação.

Uma vez que lida com pessoas de todo o mundo, com que imagem acha que saímos depois da crise? Com tantos prémios que temos recebido em termos de turismo acho que boa. As crises são cíclicas e acontecem. Temos é de repensar a forma de trabalhar e fazê‑lo a pensar no longo prazo.


E Cascais está atento a esse longo prazo, consegue planear com mais distância? Não há fórmulas mágicas, não vamos inventar mercados. Os mercados que existem são maduros e continuam a sê‑lo. Podem ter um decréscimo de dormidas, mas agora não vamos inventar. Não vamos todos começar de repente a fazer promoção para a China, temos de ser consistentes no que fazemos. E mais… não podemos ir a um destino uma primeira vez, picar o ponto e vir embora. Tem que ser um trabalho continuado. Enquanto observadora, e parte activa no sector, dos eventos a que assiste, que tendências identifica nos eventos actuais? Quando veio a crise tirou‑se muito essa parte do espectáculo aos eventos. Cortou‑se muito nesse item e vai levar o seu tempo a voltar. E não sei se é por aí o caminho. É fundamental a qualidade, mas não sei se vai ser como antigamente, com orçamentos altos e muita espectacularidade. Recebeu recentemente um reconhecimento da ICCA como uma das dez mulheres inspiradoras do sector. O que significa para si este prémio? Foi uma surpresa, fiquei muito admirada. Trabalho desde 2005 na área, já fui a vários congressos, já interagi com imensas associações, pertencemos ao Capítulo [Ibérico], por isso para mim foi um prémio quase de carreira. Nós aqui não sabemos premiar muito as pessoas e ter uma associação internacional a premiar‑me, foi “lindo”. Tenho uma atitude humilde pela situação, mas gostei muito. Dá‑me uma responsabilidade acrescida, mas também um alento para o futuro. Parece‑lhe que o papel das mulheres neste sector é cada vez mais importante? Cada vez somos mais mulheres neste sector. Mesmo em relação aos cursos de turismo, há cada vez mais mulheres a tirarem estes cursos, e com resultantes bastante positivos. Mas no mundo do trabalho, os homens continuam a estar nos lugares de chefia, e a nível salarial ainda há diferenças.

Dez perguntas a Maria José Alves: Uma cidade? Évora Prato favorito? Risotto Destino de férias? Brasil Figura histórica que gostava de ter conhecido? Sá Carneiro Livro na cabeceira? “Não me olhes com esse tom de voz”, de Judite Sousa e Maria do Céu Santo Melhor evento a que já foi? Smart Times, que se realizou em Cascais Que palavra melhor a descreve? Alegre Lema de vida? Ser feliz Se fosse uma personagem de um filme, qual seria? Bridget Jones

Como é que imagina a carreira daqui a 5 anos?

No turismo e nos eventos. Sempre em contacto com pessoas.

CLÁUDIA COUTINHO DE SOUSA

Cascais ou Estoril? Cascais



EMPRESAS WWW.EVENTPOINT.PT

Opção Global

“É no mundo que nos queremos posicionar” Numa folha em branco desenha‑se uma circunferência, “vamos chamar‑lhe mundo”, no espaço vazio acrescenta‑se outra que se sobrepõe. “Essa somos nós, a nossa marca. E eis que surge a OG – Opção Global – Your Event Partner”.

O novo logo da Opção Global pretende posicionar a empresa no mercado internacional e reposicioná‑la no mercado nacional, reforçando as soluções globais criativas para os clientes. “É no mundo que nos queremos posicionar, sendo o seu parceiro para os eventos”, explica a marca.

estruturas e stands para eventos, congressos e feiras faz da Opção Global “uma referência no mercado, com soluções integradas e exclusivas que cobrem todas as necessidades associadas à organização e produção de grandes eventos de cariz mundial”.

Planear, projectar e produzir um evento Esta nova imagem da Opção Global vem alicerçada na capacidade da empresa para desenvolver um projecto de raiz, sustentado num gabinete gráfico próprio com maquetização 3D, apresentando uma visão global do evento, “de forma criativa e contribuindo para o seu sucesso com um resultado coerente e eficaz”. O desafio permanente a que as equipas da Opção Global se propõem é o de integrar cada vez mais soluções criativas que vão ao encontro das necessidades do mercado dos eventos. “Um parceiro credível é o que entrega, “chave‑na‑mão”, o evento feito à medida”. A oferta de soluções de mobiliário e decoração, equipamento audiovisual,

Opção Global Lisboa | 215 832 950 | info@opcaoglobal.pt www.opcaoglobal.pt www.linkedin.com/company/opçãoglobal www.facebook.com/Opção‑Global‑1620878928124295/ www.youtube.com/channel/UCfSSA8rzArU6W7vfx2ID3aw

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ESPECIALISTA 16

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Projecções Em Grande Formato: O Desafio Dos Conteúdos Boa comunicação entre a agência de eventos e o produtor de conteúdos, atenção aos timings, a actualização dos softwares e hardwares são alguns desafios destacados por Ricardo Guerra, da Hello Movement, o nosso especialista desta edição da Event Point.


Quais os desafios que as projecções de grande formato trazem hoje em dia a quem tem que tratar de produzir os respectivos conteúdos? Há muitos desafios a ter em conta quando se trata de produzir conteúdos para eventos de grande escala. Alguns desafios são mais de ordem prática, como por exemplo a complexidade do ecrã a utilizar, o tipo de conteúdos a produzir, ou até os timings de produção. Outros desafios estão mais no campo da criatividade. Por exemplo, como vamos transmitir determinada mensagem, que tipo de grafismo ou animação poderá ser a mais indicada para esta ou aquela marca, etc... Na minha opinião tem que haver uma excelente comunicação entre a produção de conteúdos e a agência de eventos de forma a conseguirmos ir o melhor possível ao encontro das expectativas. Em bom rigor, é a agência quem melhor conhece o cliente final e os seus objectivos.

Os clientes estão suficientemente sensibilizados para os tempos que estão em causa, sempre que, por exemplo, há uma mudança nestes conteúdos? Depende muito da experiência que os clientes têm neste tipo de produções. Um cliente que já tenha produzido conteúdos desta escala, que regularmente visite o estúdio, ou até que tenha algumas noções de produção de conteúdos é com certeza um cliente mais sensível aos timings de produção. Convém termos perfeita noção de que vão sempre surgir alterações ou refinamentos nos conteúdos, pois a aprovação dos mesmos tem muitas condicionantes e nem sempre estão todas centralizadas na mesma pessoa. Penso que a solução não passa por “remar” contra as alterações, mas sim por criar processos de trabalho optimizados de forma a conseguirmos lidar sem grande prejuízo com alterações de última hora.


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Pode dar exemplos do que acontece, que passos têm que dar, e quanto tempo demora a fazer uma mudança simples, um logótipo, por hipótese? Há vários graus de mudanças... que podem ir desde alterar um tipo de letra, cor ou uma imagem até a alterações mais dramáticas, que vão desde um “não é nada disto”, mesmo depois de todos os passos terem sido aprovados por quem de direito, até a um “o ecrã já não vai ter essa configuração” porque, por exemplo teve que se alterar a localização do evento por razões de força maior... Como já referi, há muitas pessoas envolvidas no processo de aprovação, e há também muitos factores “externos” que podem mudar o rumo do evento independentemente do tempo de trabalho que já foi despendido e do tempo de trabalho que ainda temos disponível para efectuar essas alterações. Resta‑nos encarar as alterações como necessárias, e organizar o trabalho de forma a conseguirmos ter tudo pronto a tempo e horas.

Quais as mais‑valias, no seu entender, de usar este tipo de projecções/conteúdos? Um cliente quando investe num evento está a fazê‑lo com dois objectivos presentes: surpreender e comunicar. E estas projecções e conteúdos são hoje em dia a principal ferramenta para este fim. Os conteúdos produzidos em grandes projecções são utilizados como apoio a apresentações de marcas ou discursos de oradores para grandes audiências. Desta forma é possível reforçar a mensagem de uma forma mais dinâmica e impactante. A vertente cenográfica dos conteúdos é também uma grande mais‑valia. Hoje em dia, é possível conseguir uma transformação total de um recinto recorrendo a conteúdos vídeo e grandes projecções, garantindo assim um ambiente bastante mais envolvente, onde a assistência respira e vive a marca ou a mensagem a transmitir nesse evento.

Os equipamentos que usam mudaram muito, para acompanhar esta necessidade/tendência, das projecções de grande formato? Os equipamentos são sempre um elemento em esforço. As projecções são cada vez maiores, os renders são cada vez mais exigentes... Por melhores que sejam as máquinas, é sempre possível exigirmos o máximo delas para conseguirmos um resultado mais bonito. É necessário estarmos sempre atentos a actualizações de hardware e software que possam vir ao encontro das nossas necessidades e nos ajudem assim a responder da melhor forma.

Têm alguma forma de medir o impacto que este tipo de soluções tem sobre os participantes? Chega‑vos algum feedback? O feedback é medido em vários momentos. O primeiro é sentido com a chegada dos convidados. O impacto que a assistência ao entrar em sala é notório. É sempre muito bom ver o publico a olhar para o ecrã boquiaberto, muitas vezes a olhar em toda a volta, a reparar em pormenores. Eu gosto de lhe chamar o “factor WOW”, e é um dos meus benchmarks na avaliação dos conteúdos produzidos. Nas redes sociais conseguimos perceber o impacto de determinada produção ou evento pela quantidade de partilha de imagens, de posts e de comentários. O feedback dos nossos clientes é também muito importante e “fácil de sentir”. Lá está, por mais exigente que uma produção seja para todas as frentes, seja para a produtora de conteúdos, seja para a agência de eventos, seja para os audiovisuais ou até para o cliente final, assim que o evento termina, sente‑se a harmonia, e a energia de um trabalho bem feito, e isso é bastante enriquecedor, sendo até um factor aglutinador para todas as equipas!! Há depois o feedback mais “tardio”, quando por esta ou aquela razão acabamos por falar de conteúdos já produzidos há algum tempo... meses ou até anos. Normalmente começa com uma exclamação do tipo: “Ah foram vocês que fizeram o...”, e segue‑se uma conversa agradável e gratificante.

É possível ter planos B? Ou seja, como lidar ou acautelar eventuais falhas técnicas, uma vez que muita coisa nos eventos depende destas projecções? Um evento é um acto efémero, montado num período de tempo sempre mais curto do que o desejável e raramente ensaiado no todo. Habitualmente corre bem e é um sucesso enorme para o cliente e para os participantes, mas não nos podemos abstrair da realidade de ser uma operação tecnicamente muito complexa e que acarreta riscos dessas eventuais falhas técnicas. Falhas técnicas que podem ser minimizadas com bons fornecedores e equipamentos técnicos, mas a realidade é que podem sempre ocorrer. Um paradigma disso são as redundâncias e aquilo que podemos chamar do “paradoxo do projecto vídeo”. É um facto que um projector vídeo pode falhar (raro face à fiabilidade actual dos mesmos, mas uma possibilidade), mas vamos imaginar que perguntamos ao cliente: quer duplicar o número de projectores para ter um projector de back‑up por cada projector em uso para salvaguardar uma falha técnica, sendo que esta segurança implica mais custos? O cliente responde: mais custos? Não, que esse não é um problema meu, se eu estou a pagar um projector vídeo o mesmo tem que funcionar, esse é um problema vosso.


CONSULTÓRIO DE PROTOCOLO WWW.EVENTPOINT.PT

CRISTINA FERNANDES E SUSANA DE SAL A Z AR CASANOVA

Consultório De Protocolo As especialistas em protocolo e imagem, Cristina Fernandes e Susana Casanova, respondem às perguntas colocadas pelos leitores da Event Point. Envie também as suas dúvidas para info@eventpointinternational.com

É possível usar calças, em vez de vestido, numa cerimónia em que solicitam como dress code: cocktail? Em contextos de grande formalidade (raros, na actualidade), as calças femininas são desaconselháveis em cerimónias após as 18h00. Contudo, em eventos e cerimónias não tão formais, mesmo tendo como indicação de dress code “traje de cocktail”, as calças já são aceitáveis. Recomenda‑se, contudo, que sejam de corte elegante e de tecido mais nobre (por exemplo, seda ou crepe). Vamos ter um evento na empresa com convidados importantes, e temos a dúvida se devemos ir recebê‑los à saída dos carros, que vão parar em frente às nossas instalações. Há alguma regra ou boa prática? Quem deve receber, o CEO? As boas práticas protocolares determinam que os convidados de relevo que visitam uma organização sejam, efectivamente, recebidos à saída do carro, pela personalidade de maior estatuto, neste caso, como refere, o CEO. Se o estatuto do visitante não exigir o recebimento acima descrito (que é o expoente máximo da cortesia), os convidados podem ser recebidos à porta por outros colaboradores da empresa. O ideal é que se proceda a uma equiparação entre pares, isto é, tentando enquadrar o estatuto do visitante com o estatuto do representante da entidade anfitriã (evitando, por exemplo, que uma secretária receba uma alta entidade pública).

Vamos ter um fotógrafo a recolher imagens no nosso evento e tenho uma dúvida: devo solicitar alguma espécie de consentimento dos participantes para serem fotografados? Sim, esse consentimento deve ser solicitado, sobretudo se as fotografias forem divulgadas publicamente. Quando vou a um evento que envolve refeição nunca sei o que fazer à minha mala. Coloco na cadeira? No chão? O ideal é que use uma carteira pequena que não se revele um incómodo. Sempre que possível, deve ser colocada na cadeira, o que será viável se a carteira for pequena. Não poderá é, de modo algum, pousá‑la sobre a mesa. Quanto a coloca‑la no chão, só em último recurso.

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VENUE 20

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Qualidade e flexibilidade


Terminal De Cruzeiros Do Porto De Leixões

Um Espaço Único Para Eventos

Da inspiração do Arquitecto Luís Pedro Silva nasceu um edifício para a história. O icónico e imponente Terminal de Cruzeiros de Leixões faz uma caminhada firme no sector dos eventos, apostando na qualidade e flexibilidade.

Desde que foi inaugurado em 2015, o edifício do Terminal de Cruzeiros não cessa de surpreender quem por lá passa. Situado a 700 metros da praia, mais do que um terminal, ele é uma obra de arte arquitectónica. E também por sê‑lo, este é um local que desde logo começou a atrair a atenção dos organizadores de eventos. O primeiro evento aconteceu em Dezembro de 2015. Em 2018, o espaço recebeu 116 eventos, não sendo esta área o core business deste Terminal, detido pela APDL – Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA. O foco e a prioridade do Terminal é o acolhimento de navios de cruzeiro, e é a esta actividade que está subordinado tudo o resto, nomeadamente a disponibilidade. Sendo os eventos uma actividade secundária, ainda assim ela é encarada com todo o profissionalismo e seriedade.

Sem exclusividade A política do Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões em termos de fornecedores é relativamente flexível. Não há exclusividade nem no catering, nem nos audiovisuais, havendo sim um conjunto de cinco ou seis fornecedores preferenciais, no sentido de garantir a qualidade que o edifício exige. A equipa da APDL faz o acompanhamento total do evento, com um gestor de eventos e um gestor técnico. A segurança e a limpeza são da responsabilidade do espaço. Em termos de eventos são as conferências, os jantares de gala e os lançamentos de produto a dominarem os pedidos. Mas há outras tipologias, dentro do universo corporate, de clientes nacionais, mas também muitos internacionais. Além disso, a APDL tem alguns eventos próprios, nomeadamente o “Dia do Porto”, onde o edifício é aberto à cidade e em que são organizadas uma série de actividades para as famílias. A edição de 2018 contou com 27 mil pessoas.


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Os espaços

Edifício multi‑premiado

O edifício multifuncional, além de toda a operação atinente aos cruzeiros, acolhe no piso 2 o CIIMAR – Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental, UP. O espaço permite construir diversos layouts e por não ter cores fortes – o branco predomina – a imaginação das agências não tem limites. O Piso 0, onde se encontra a recepção principal, é uma possibilidade para o acolhimento dos convidados e para um cocktail de boas vindas, com capacidade para 300 pessoas. É a partir daqui, que uma imponente rampa “em caracol” conduz até à cobertura. No Piso 1 fica a Sala de Embarque que, como o nome indica, tem como função a logística de entrada e saída dos passageiros dos cruzeiros. Com 1050 m2, o espaço recebe eventos como seminários, congressos ou apresentações, até 400 pessoas em auditório. O Piso 3 é o espaço por excelência para o acolhimento de eventos. Polivalente e flexível acolhe os mais variados tipos de eventos, com o bónus de ter uma vista privilegiada para o mar e a costa. Neste piso há ainda um pequeno auditório (70 pessoas) e um mezanino. Em termos de capacidades, o espaço acolhe 300 pessoas em teatro, 350 em banquete e 400 no formato cocktail. O Terraço é um dos mais extraordinários espaços deste edifício, com uma visão deslumbrante sobre as frentes marítimas de Leça da Palmeira, Matosinhos e Porto, e um anfiteatro exterior para eventos ao ar livre, com capacidade para 400 pessoas em cocktail. O edifício conta com estacionamento.

São já cinco os prémios recolhidos pelo Terminal de Cruzeiros. Foi considerado um dos três melhores terminais de cruzeiros mundiais, pela Seatrade Cruise; ganhou em 2015 o Melhor Edifício Público pela AZ Awards; o prémio SIL2015 e o Prémio Construir 2016, na categoria de Melhor Projecto de Engenharia; e em 2017, nos Building of the Years Awards, prémio promovido pela ArchDaily, arrecadou o prémio na categoria de Melhor Edifício Público.

Alguns números 350m de comprimento do cais para navios de cruzeiro 15.000 m 2 de área útil no edifício principal Parqueamento para 25 autocarros de excursão, 15 autocarros de ligação ao centro da cidade Porto de recreio náutico para 170 embarcações 300m 2 de espaço no Piso 0 1050 m 2 de espaço na Sala de Embarque 648 m 2 de espaço para eventos no Piso 3 970 m 2 no Terraço



EMPRESAS 24

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iMotion

Nova Imagem: O Meu Coração É Às Cores Há 12 anos no mercado, a agência de eventos surge em 2019 mais madura, e com um novo logótipo. Os responsáveis da empresa, que se mantêm desde a formação, Angelina Castel‑Branco, Patrícia Gueifão e Rodrigo Cordeiro, dedicam‑se a “criar eventos diferenciadores, num mercado cada vez mais competitivo”. A iMotion está no mercado desde 2006 e, durante estes anos, cresceu, evoluiu e amadureceu. “Sentimos que estava na altura de ter uma imagem mais actual, que reflectisse melhor a nossa identidade”. Não mudaram tudo. “Continuamos a comunicar com um coração e com as mesmas cores – faz parte de nós criarmos experiências muito personalizadas para os nossos clientes, muito emotivas e marcantes, e não quisemos perder isso”. Faltava um quê de modernidade, de actualidade, “que agora conseguimos passar com esta nova imagem”. Crescimento equilibrado Nos últimos cinco anos mudaram de instalações e triplicaram a equipa, de forma a dar resposta às necessidades dos clientes. “Crescemos de forma equilibrada, com clientes muito fiéis que nos recomendam, e com novos clientes que nos dão a oportunidade de criar eventos únicos, com elevada atenção ao detalhe. A nossa forma de trabalhar distingue‑se pela criatividade nos projectos – criamos experiências únicas com pormenores que ficam na memória e que impactam realmente os convidados”. Igualmente importantes são a logística e a produção dos eventos. “É óptimo termos boas ideias, mas ideias que resultem efectivamente no terreno”. A equipa da iMotion, hoje já com 18 pessoas, “complementa‑se muito bem nestas vertentes. No ano passado fizemos 152 eventos de Norte a Sul do país, eventos de pequena, grande e média dimensão, de que nos orgulhamos muito”.

RODRIGO CORDEIRO, ANGELINA CASTEL‑BR ANCO E PATRÍCIA GUEIFÃO, OS FUNDADORES DA IMOTION

Reinventar o futuro Apesar do crescimento, cada momento, cada ideia é pensada ao pormenor por uma “equipa forte, coesa e multifacetada que formamos para que tenha sempre o ADN da iMotion. Diferenciamo‑nos por estarmos muito próximos da nossa ‘dream team’, dos nossos clientes e dos nossos parceiros”. Querem por isso continuar a estar entre os principais players do mercado dos eventos e ser uma referência na qualidade dos serviços que prestam. “Vamos continuar a defender os nossos valores: Rigor, Empenho e Confiança; Inovação, Criatividade e Competência. Estaremos cá para muitos desafios, para construir e reinventar conceitos!”

iMotion Paço de Arcos | 210 122 060 | imotion@imotion.pt www.imotion.pt www.facebook.com/iMotion.Eventos


NEW Audiovisuais

Primeiro Ano Acima Das Expectativas Em apenas 12 meses de operação, a NEW Audiovisuais, que disponibiliza serviços de aluguer de sistemas audiovisuais e apoio técnico para eventos, é já um parceiro de referência de espaços como o Centro de Congressos da Alfândega do Porto, o Terminal de Cruzeiros de Leixões, o Europarque ou a Exponor. “Sentimos uma grande receptividade do mercado”, garante João Cardoso, CEO da empresa, que “se traduziu num primeiro ano de actividade acima das expectativas”.

Para explicar esta performance assinalável, João Cardoso diz que em cada dia procuram “dinamizar o sector com a introdução de novas ideias, tecnologias também elas inovadoras, e um serviço capaz e competente”. O próprio João Cardoso é um veterano, com mais de 15 anos de experiência no sector. Assim, a NEW resulta da união entre profissionais dos eventos com uma equipa conhecedora das necessidades do mercado. Beneficia ainda do facto de pertencer a um grupo de empresas ligadas à tecnologia e aos eventos: AVTECH – Projectos e instalação de audiovisuais; SÓCATERING – Serviço de Catering; ALL2RENT – Aluguer de mobiliário.

Pensar à frente Apesar do grande investimento já efectuado em recursos humanos, equipamentos audiovisuais e meios logísticos, a NEW Audiovisuais tem um plano de investimento a quatro anos com o objectivo claro de se tornar

“uma referência no sector, apostando na formação constante da equipa e criando soluções inovadoras”. O futuro passa por "criar relações duradouras com os clientes, e para isso a aposta numa equipa experiente, competente e motivada”, conclui João Cardoso.

NEW Audiovisuais Matosinhos | 229 540 175 | geral@newaudiovisuais.pt www.newaudiovisuais.pt www.facebook.com/NewAudiovisuais


OPINIÃO 26

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“O momento da escolha de um destino para uma viagem de incentivo é de extrema importância”


A Influência Das Tendências Na Escolha De Destinos Para As Viagens De Incentivo As viagens de incentivo corporativas são uma prática antiga e comprovadamente eficaz, ocupando uma fatia, cada vez mais significativa, nos orçamentos de marketing das grandes empresas, para motivar, captar e conhecer melhor parceiros, clientes e funcionários. Num mundo competitivo, com acesso a informação e onde se viaja cada vez mais, o momento da escolha de um destino para uma viagem de incentivo é de extrema importância!

Para atingir os seus objectivos, quanto melhor e mais desejável for o destino, maior será garantidamente o sucesso e cumprimento dos objectivos pretendidos. E é aqui que as tendências criadas por publicações ou sites como a “Lonely Planet”, “Condé Nast” e até o “TripAdvisor” são cada vez mais tidas em conta. Estas viagens são de motivação e não há melhor motivação do que viajar para um destino de sonho e que é publicitado como o “destino a ir” em determinado ano, como foi por exemplo considerado recentemente pela Lonely Planet para o ano de 2019, o Sri Lanka! Se juntarmos ainda a crescente influência da chamada geração de “instagramers”, “influencers”e “bloggers” de viagens que surgiram nos últimos anos e que entram pelos nossos smartphones, tablets, etc… com fotografias de praias de sonho, cidades ou até mesmo destinos inóspitos, vemos esse mesmo reconhecimento, da influência e de uma criação de tendência, através da associação de empresas do meio e companhias aéreas, como mais um veículo de promoção e criação daquele sentimento de sonho e de desejo que as viagens nos trazem e transmitem!

De qualquer forma, o desafio não acaba aqui. Com o destino escolhido, garantidamente ajudado por estas tendências, vem a parte seguinte: o que fazer neste destino? Um programa bem desenhado, com experiências e momentos inesquecíveis, é outro dos ingredientes a ter em conta, para criar um factor de atracção para as pessoas a que as empresas almejem chegar. Ao juntarmos estas premissas base e adicionando ainda a personalização, será proporcionado aos participantes destas viagens um sentimento de oportunidade especial e único, formando elos de ligação fortes não só entre a empresa que lança a viagem de incentivo, mas também entre os participantes, fomentando o networking e uma relação de negócios ou parceira mais frutífera e duradoura!

DIOGO MORGADO BUSINESS UNIT LE ADER, DA UNIDADE DE MEE TINGS & E VENTS DO GRUPO TR AVELSTORE, A EMOTIONSTORE


CASE STUDY 28

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“Escape Room” Da Google Foi Sensação Na Índia O conceito de “Escape Room”, em que um grupo de pessoas é fechado numa sala e tem que encontrar a saída através da resolução de uma série de puzzles, é cada vez mais popular. A agência indiana Laqshya e a Google aproveitaram este conceito para dar uma formação intensiva aos promotores do sistema Google Home no mercado indiano.


A ideia, que venceu o galardão de Evento Educacional nos BEA World de 2018, que tiveram lugar em Coimbra, passou por transformar um quarto de hotel numa casa Google, controlada por dispositivos da multinacional e onde foram “encerrados” 25 promotores de cada vez. O objectivo do jogo era saírem do quarto apenas com recurso à tecnologia da Google. Em entrevista à Event Point, Navneeth Mohan, director e CEO da Laqshya Live Experiences (depois de ter subido várias vezes ao palco para receber prémios por diversos eventos) contou que “é a primeira vez que estamos a participar num concurso e prémios de eventos internacional”, sendo que o grupo já está habituado a receber prémios na Índia.

“Quisemos explorar algumas oportunidades internacionais, e estes são os primeiros prémios a que nos candidatamos. Estou surpreendido, e chocado” com a performance nos Bea World, adiantou Navneeth Mohan.

O CEO da agência acredita no potencial do mercado na Índia. “Temos imensas agências de eventos. É um país enorme e tenho a certeza de que para o ano vai haver muitos mais candidatos indianos aos prémios. Há muita coisa criativa a acontecer”, garantiu. Para Navneeth Mohan, ser nomeado já é muito gratificante. “Fizemos quatro candidaturas, com projectos diferentes, todos foram nomeados, e todos ganharam. Isso mostra mesmo a diversidade em termos do trabalho que fazemos. Há agências que são boas a fazer eventos desportivos, outras a fazer conferências, nós não dizemos isso, dizemos que somos bons em variados tipos de eventos. Fazemos activações, feiras, etc.”, salientou o responsável. O CEO da Laqshya acredita que “os eventos e as experiências são elementos muito importantes na Índia. Há tanta gente, e temos de nos aproximar das pessoas, e falar com elas”, salientou. Navneeth Mohan referiu ainda que “o evento não tem de ser grande, tem de ter uma ideia poderosa, e que possa ser consubstanciada. É tudo o que é necessário. Nenhuma das nossas entradas é uma grande produção, embora elas existam, mas sabíamos que a nossa ideia era forte”, concluiu. Entre os eventos premiados está uma iniciativa de valorização de resíduos gerados pelos eventos, um evento para dar acesso aos habitantes de Mumbai a espaços livres e uma aula massiva de ioga nas ruas da mesma cidade. A agência está integrada no grupo Laqshya Media, criado em 1997 para actuar na publicidade outdoor. Entretanto, a empresa diversificou‑se e lançou novas áreas de negócios sendo que, actualmente, conta com 250 profissionais e escritórios em 25 localizações na Índia, Médio Oriente e Sri Lanka. A área dos eventos é cada vez mais importante na estrutura do grupo, tendo a Laqshya Live Experiences sido lançada em 2014. Conta com presença em Mumbai, Bangalore e Nova Deli.


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Índia “limpa” os prémios BEA World A Laqshya Media foi a agência mais premiada na edição de 2018 dos BEA World. Além do Grande Prémio BEA World, a Laqshya foi eleita a melhor agência. Conheça aqui os prémios recebidos: Grande Prémio

1º lugar: Google Home Training 3º lugar: Equal Streets Melhor Evento Educacional

1º lugar: Google Home Training Melhor Evento Sem Fins Lucrativos

1º lugar: Equal Streets Melhor Evento Público

2º lugar: Yoga by the Bay Melhor Inovação em Sustentabilidade

1º lugar: Zero Waste Management Melhor Cliente

2º lugar: Times of India Melhor Agência de Eventos

1º lugar: Laqshya Media

ALEXANDR A NORONHA



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O evento partiu com um budget zero

© OCubo


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No Carmo, Contou‑se A História De Portugal Debaixo Das Estrelas O Convento do Carmo foi a tela onde, entre 3 de Maio e 30 de Junho de 2018, o atelier OCubo projectou 600 anos da história de Portugal, com a ajuda de músicos, actores, bailarinos, e que impressionou o júri dos BEA World 2018.

O evento, chamado “Lisbon Under Stars” ganhou o prémio de “Melhor Evento Cultural” nos prémios do ano passado, que tiveram lugar em Coimbra, partindo de um budget zero e apenas dependente das receitas de bilheteira. Durante estes dois meses, o Convento recebeu milhares de visitas, para verem um espectáculo que encheu as antigas paredes do edifício de cores, imagens, histórias, dança e música. Nuno Maya, director criativo do atelier, contou à Event Point que a ideia foi “criar algo para o Ano Europeu do Património Cultural”, tendo resolvido avançar para um projecto mesmo sem cliente. “Tivemos mais de 30 mil visitas, em menos de 2 meses, portanto uma média de 600 pessoas por dia,

o que para nós é fantástico”, avançou o responsável. O Convento, que não tem tecto, foi assim palco de um espectáculo imersivo, “debaixo das estrelas”, onde o público, no qual se contavam muitos estrangeiros, “descobriu a nossa história, mas também os portugueses que acabaram por ir novamente, ou pela primeira vez, a este sítio”, salientou Nuno Maya. “O Lisbon Under Stars é um projecto de cultura, é um projecto para todos, que as pessoas podem visitar num espaço cultural. Conta a história da Igreja do Carmo, de Lisboa e até de Portugal, porque essas histórias estão todas ligadas”, referiu o director do atelier OCubo.


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Aposta na tecnologia A empresa montou um pequeno estúdio, com fundo verde, onde gravou actuações de Mariza, Rão Kyao, Teresa Salgueiro, entre outros. A Companhia Nacional de Bailado e a Orquestra de Câmara da GNR estavam entre os vários convidados, num espectáculo narrado por Catarina Furtado. Durante duas semanas, o atelier filmou os artistas, incluindo oito bailarinos, que interpretaram vários estados de espírito do filme, relacionados com uma altura específica da história portuguesa. Os músicos foram filmados ao vivo e depois colocados no filme digitalmente, para a audiência assistir à sua performance virtual. Nuno Maya deu conta da importância crescente da área tecnológica no negócio do atelier, numa altura em que, cada vez mais, as agências procuram diferenciação. “No OCubo somos um atelier multifacetado, temos a parte criativa, que é o nosso coração, foi aí que nasceu o atelier, e pouco a pouco fomos criando a nossa área tecnológica, exactamente para dar resposta aos desafios do ponto de vista criativo, e para não estarmos sempre a depender

de terceiros, e de empresas de renting de audiovisual”, salientou. O resultado desta estratégia foi que o atelier acabou “por criar um parque tecnológico”. A empresa é autónoma a nível de servidores, de projectores, e “isso também foi positivo do ponto de vista de alguns projectos” para clientes corporativos, marcas multinacionais e mesmo eventos totalmente culturais com museus e Câmaras Municipais, segundo o responsável. “Tudo isso permitiu‑nos, para cada projecto, ter o equipamento próprio e poder dar a melhor resposta a nível de evento. É uma autonomia muito importante que acreditamos que nos vai permitir continuar a crescer nesta área dos eventos”, referiu Nuno Maya. O responsável deu ainda conta da experiência do atelier na área cultural, com “eventos em locais património da UNESCO, em grandes cidades, em Singapura, em Wellington, nos Estados Unidos, e todos esses projectos têm um fundo cultural”, referiu o director. “Mesmo os trabalhos que fazemos na área corporativa para grandes marcas, costumam escolher‑nos sempre para ter esse lado artístico em prol do evento que estão a fazer”, salientou.


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O Convento Datando inicialmente do século XIV, a construção da igreja do Carmo remonta ao ano de 1389, com o apoio do Condestável do Reino, D. Nuno Álvares Pereira, que quis lá ser enterrado. A sua dimensão e beleza rivalizavam com a Sé de Lisboa e o Convento de São Francisco, em Lisboa, tendo recebido, ao longo dos séculos que se seguiram, numerosos acrescentos e melhorias. Em 1755, o terremoto de Lisboa quase destruiu o edifício, sobretudo devido ao incêndio que se seguiu. Em 1756 começou a sua reconstrução, interrompida definitivamente em 1834, com a extinção das Ordens Religiosas. O facto de o corpo das naves se manter a céu aberto contribuiu para aumentar o misticismo do Convento, que é hoje um monumento ao terremoto. Um cenário ideal para contar a história de Portugal, com tecnologia do século XXI.

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ESPAÇO APECATE 36

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2019: Apostas E Desafios 2018 ficou marcado pelo intenso trabalho realizado e pela nossa aposta na construção do sector.

Iniciamos 2019 com o já tradicional Congresso. O nosso VII Congresso vai abordar muitos dos temas em que vamos trabalhar nos próximos meses. Apesar do momento mais favorável para o sector do Turismo e em especial

dos Eventos e Animação Turística, é muito importante continuar o trabalho de consolidação, sendo a reflexão e formação sobre temáticas como o ordenamento, construção e promoção dos produtos, qualificação de


recursos humanos, criação de redes e aprofundamento de conhecimento sobre o mundo digital, essenciais para o crescimento sustentado do sector. O VII Congresso tem como tema Da “moda” à consolidação – Caminhos e desafios do Turismo em Portugal. O evento vai contar com seis painéis que vão procurar reflectir sobre algumas das questões fundamentais. Quando falamos em consolidar o sector, não podemos deixar de falar em sustentabilidade, este é um dos temas de fundo para o turismo. Desenvolvimento sustentável, qualificação e certificação de destinos. O futuro do Turismo em Portugal não pode depender de dinâmicas imprevisíveis como são as modas ou a desgraça alheia, nem ser comprometido por falsas questões que são mais sintoma das nossas incapacidades para gerir o crescimento do que problemas reais. O Turismo em Portugal vai ser o que formos capazes de consolidar, desde já, pela via da qualificação, da certificação e de uma aposta clara na sustentabilidade dos nossos recursos. Este é o ponto de partida para a reflexão sobre esta problemática. Um dos factores estruturantes é a passagem de competências do estado central para as autarquias, problema que vai levantar, com especial incidência nas questões do ordenamento, várias questões que se não forem suficientemente debatidas podem provocar ainda mais desequilíbrios e constrangimentos às empresas. Esta é a preocupação do nosso segundo painel. O mar é um território com uma extrema importância para Portugal: é um recurso multifacetado e, na perspectiva dos agentes turísticos que representamos, é um palco de eventos e um meio por excelência para a recreação e lazer. Ordenar é definir usos – e, neste aspecto, é muita a literatura existente sobre o mar – mas é, também, definir critérios que permitam compatibilizar os diferentes interesses dos utilizadores quando os espaços são partilhados. É neste ponto que é imperativa a nossa acção: as questões do ordenamento são fulcrais para o desenvolvimento do Turismo, em particular para sectores emergentes como a Animação Turística e os Eventos. Com a transferência de competências para as autarquias, muitos destes desafios ganham novas dimensões, o que traz para a ordem do dia a discussão de questões como os critérios globais para utilização de espaços pelos seus diversos utilizadores e a eventual necessidade de os adequar a especificidades locais. Como outro tema pertinente, vamos discutir a legislação laboral e, também, os custos de contexto. As empresas portuguesas pagam muito para conseguir trabalhar e criar riqueza, e têm grandes dificuldades em conseguir contratar e trabalhar de acordo com as suas necessidades operacionais, levando‑as a ter problemas laborais. Quer as empresas de animação turística quer os organizadores de eventos e congressos têm necessidades específicas de funcionamento às quais deve corresponder uma gestão de recursos humanos que exige uma grande flexibilidade. Será que o actual Código do Trabalho contempla de forma adequada estas especificidades sectoriais? Quais são as obrigações a cumprir pelos empresários? Quais os aspectos da lei que permitem a necessária flexibilidade?

Como é que esta questão e todas as outras contribuem para os custos de contexto? A aposta na digitalização, nas novas tecnologias de comunicação e marketing, são uma realidade, as empresas não vão conseguir vencer senão apostarem na melhoria da sua comunicação e na junção de sinergias. Considerando a nova cadeia de comunicação – captação da atenção para os nossos produtos num mundo global e concorrencial, tratamento da nossa reputação online num mundo de redes sociais que são paus de dois bicos, relação directa com o cliente que, resolvidas as duas fases anteriores, finalmente chega a nós – será fundamental: agilizar a gestão operacional e rever a comunicação dos produtos; conhecer bem as técnicas do marketing digital e como se articulam com técnicas tradicionais de promoção; reequacionar competências para dotar a empresa de quadros capazes de se situarem neste novo mundo de promoção e venda. Por fim, é importante trabalhar algumas questões estruturantes do sector da animação turística como a certificação dos activos. Se a questão das empresas e das garantias ao cliente estão resolvidas, é muito importante qualificar e certificar os recursos humanos. Qual deve ser o caminho? Esta é uma já velha aspiração do sector, que vai discutir uma proposta muito operacional de construir uma certificação validada pela APECATE. Perante a existência da qualificação do Técnico de Turismo de Ar Livre e da impossibilidade, até à data, da certificação de conhecimentos e competências dos técnicos no activo do sector, parece ganhar cada vez mais importância a criação de uma certificação APECATE. É este o caminho a trilhar? O sector dos Congressos e Eventos, irá continuar o seu debate de como conseguir estruturar e recolher dados, para este sector. Como o identificar, qualificar e tornar ainda mais credível? Como se pode e deve promover as empresas? Vai ser um dos maiores debates em 2019 que terá o seu lançamento no Congresso. Face à inexistência de vontade política, por parte da tutela, de promover o enquadramento jurídico das empresas de congressos e eventos, por nós proposto e trabalhado, qual a resposta dos empresários? Que medidas tomar para a estruturação, formação e promoção do sector? A plataforma do TP para a Meeting Industry pode ser um instrumento de identificação dos players do sector, que era um dos objectivos do registo?

Estes e outros temas vão ser o nosso Desafio de 2019. ANTÓNIO MARQUES VIDAL PRESIDENTE DA DIRECÇÃO DA APECATE


FORMAÇÃO 38

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Desafio Do Protocolo: Flexibilidade Convidado das Jornadas de Protocolo da Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo, Jean Paul Wijers é responsável da Protocolbureau, empresa que presta serviços para eventos e que oferece uma panóplia alargada e diversificada de formação nesta área do protocolo. Com uma visão moderna desta matéria, Wijers é um dos mais reputados especialistas na Europa, e esteve à conversa com a Event Point. A Protocolbureau é uma das mais reputadas empresas de protocolo da Holanda, responsável por exemplo por cerimónias reais, mas também por eventos high‑profile que se realizam naquele país. O segredo do sucesso está na flexibilidade e na capacidade de abraçar aquilo que é novo. “Nós, as pessoas do protocolo, não somos muito progressistas, nem muito ligadas à inovação de uma forma geral, mas eu tento ser as duas coisas. E acho que isso é a chave do sucesso”, refere Jean Paul Wijers. Note‑se que a sociedade holandesa é muito informal, “mas ainda assim precisa de protocolo”, alerta o especialista. Mesmo a monarquia “é muito moderna e informal, portanto encontramos uma maneira de sermos protocolares e sermos ao mesmo tempo modernos e informais”. Mas o que significa, de facto, ser moderno no protocolo? Para Wijers significa focar a atenção no “porquê” e no tipo de protocolo que vai permitir atingir o objectivo do evento. “Embora saibamos as regras, elas devem poder ser mudadas, e serem diferentes. Por exemplo, as pessoas do protocolo dizem: não se deve estar de pé com as mãos nos bolsos, e acho que isso é uma abordagem errada. Em algumas situações, talvez raras claro, até pode ajudar estar de mãos nos bolsos”, exemplifica o especialista. Portanto devemos comunicar o protocolo como sendo flexível, adaptável. “Nós não somos o objectivo, somos uma forma de chegar ao objectivo. Se abordarmos desta forma o protocolo, então ele é moderno, e novo”. Para o responsável não há grandes diferenças em termos de exigência em fazer grandes cerimónias, com altos dignitários, e eventos corporate. “Desde logo em eventos corporate não devemos usar a palavra protocolo. De resto

© Marco Espírito Santo

não é assim tão diferente. Claro que o rei tem uma carruagem dourada e uma coroa, e o mundo corporate não tem isto, mas tem seating, sobretudo com propósitos de networking. Mais uma vez, o objectivo é diferente, mas há que ter regras do protocolo”. O protocolo, segundo Wijers, pode ajudar no “return on relationship” e aumentar o número de contactos relevantes. “Com o protocolo tem a garantia que numa sala com 500 pessoas, o director de facto vai contactar com os clientes importantes. Para designers de moda o protocolo é a garantia de que as mulheres não vão para casa antes de conhecerem o designer”, sublinha. Para se ter sucesso nesta profissão há algumas soft skills essenciais. Desde logo a capacidade de empatia, diz Jean Paul Wijers. Por outro lado, “ter a percepção das situações, daí que 75, 80% dos profissionais sejam mulheres, ter a capacidade de ler entrelinhas, entender aquilo que não é dito, ou que não está escrito”. Mas de uma coisa o responsável não tem dúvidas: “A nossa profissão vai ser imensamente importante no futuro. Com um mundo cada vez mais digital, as pessoas têm cada vez mais dificuldade em comunicar, e os encontros entre as pessoas estão a tornar‑se algo de luxo. Os profissionais capazes de estabelecer contactos e relacionar as pessoas vão tornar‑se cada vez mais importantes”.

CLÁUDIA COUTINHO DE SOUSA


ESPAÇO APOREP WWW.EVENTPOINT.PT

As Precedências Em Eventos Especiais Precedência, dizem os dicionários, é o substantivo feminino que significa “qualidade do que é precedente; preferência; primazia”. A palavra designa ainda o "direito de preceder outrem ou de ocupar um lugar superior ao dele em cerimónias oficiais”.

Preceder, por seu turno, significa “anteceder, adiantar, antepor‑se; vir antes de; estar colocado imediatamente antes de; ir adiante de”. Isto basta para se entender porque é que as precedências constituem a questão essencial do protocolo e por que são sempre uma dor de cabeça para quem organiza eventos. Este tema foi, desde sempre, nos mais diversos lugares, uma fonte de dificuldades. Basta ter presente as demoras, as discussões e as dificuldades provocadas pela elaboração da Lei das Precedências do Protocolo de Estado Português, que foi publicada em 2006, para se perceber a delicadeza – e a importância – desta questão. Desde a publicação desta lei, não há evento com presença de altas entidades em Portugal, que se possa organizar sem conhecimento das normas consagradas naquele diploma. A lista de precedências de altas entidades, diz o diploma, “prevalece sempre, mesmo em cerimónias não oficiais”. As precedências, sejam oficiais ou empresariais, definem critérios de ordenação de autoridades e/ou personalidades. Servem para definir a composição e plano da mesa de presidência; a ordem de discursos; a ordem na fila de cumprimentos e nas primeiras filas da assistência; os lugares numa mesa para assinatura de um contrato; os planos de sala e de mesas num banquete ou num jantar da empresa; as mesas de abertura e de encerramento de congressos ou seminários, etc. As dúvidas surgem, por exemplo, quando temos de aplicar as precedências e está presente alguém que provoca anticorpos nos outros participantes. Os organizadores de eventos têm de recorrer ao bom senso para resolver estas situações. Podem servir‑se de casos que ocorreram na esfera pública. Por exemplo, na cimeira de Lisboa, em 2000, muitos dos Estados membros fizeram saber que os seus representantes não queriam ficar próximos do chanceler austríaco, nem estavam dispostos a ser fotografados na sua companhia. Para contornar esta situação, o tradicional «retrato de família» foi substituído por um mero “retrato de grupo”, onde o chefe do governo da Áustria não apareceu, ainda que tivesse tomado parte em todos os trabalhos.

Outro episódio, de que me recordo e que pode servir de referência, ocorreu durante a organização da Cimeira UE – África. Esta reunião era uma das prioridades da Presidência portuguesa de 2007, mas o Primeiro Ministro britânico, Gordon Brown, ameaçou boicotar a reunião, quando se confirmou a presença do Presidente Mugabe do Zimbabué. Para sanar esta situação delicada, foi inventado um esquema engenhoso de plano de sala em que a ordem alfabética era em português, em vez de inglês, alternando os delegados entre os dois lados do lugar central da presidência. O representante do Reino Unido aceitou participar na cimeira, porque ficou sentado do outro lado da sala, bem longe do Presidente Mugabe. Os organizadores de eventos podem com imaginação e criatividade escolher desenhos de sala originais de modo a não ter de sentar lado a lado dois conhecidos “inimigos de estimação”. O protocolo conseguiu, ao longo dos séculos, sanar atritos e conflitos. Mas foi e é muitas vezes invocado para fazer afirmações de superioridade entre os participantes num evento. Ainda recentemente, nas cerimónias do centenário do armistício em Paris, o Presidente da Russia ficou à espera que chegasse o Presidente norte americano, que por sua vez, chegou depois de todos os outros líderes que vieram de autocarro. Só depois do carro ter deixado o Presidente Trump junto do Arco do Triunfo, é que apareceu o carro do Presidente Putin que assim conseguiu ser o último a chegar: em protocolo os últimos são os primeiros! Conscientes de que as precedências são um tema delicado, os organizadores de eventos em Portugal devem estabelecer um critério de ordenamento de participantes “à prova de bala” e, no caso de estarem presentes altas entidades, devem ter sempre no bolso uma cópia da Lei 40/2006 de 25 de Agosto, para poderem justificar com autoridade e assertividade, o critério que escolheram para o assentamento de convidados.

ISABEL AMAR AL PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE ESTUDOS DE PROTOCOLO

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EMPRESAS 40

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Infrasom

Empresa De Audiovisuais Aposta No Corporativo A Infrasom oferece um serviço integrado, que inclui desde a instalação de audiovisuais à completa organização do evento.

Centralizando as necessidades de cada cliente nas mãos de uma equipa multidisciplinar, a Infrasom consegue colocar à disposição, através de parcerias fortes e eficientes, todos os meios essenciais: vídeo, som, iluminação, tradução simultânea, estruturas, cenografia, mobiliário, televoto e outros serviços multimédia. E se o que procura é o espaço certo para o seu evento, sabendo que cada evento é único, e deve ser recebido num espaço que se identifique com as características da empresa e do conceito escolhido, então a Infrasom também o pode apoiar nessa tarefa. Ser capaz de ouvir os clientes é uma das chaves do sucesso da Infrasom, assumindo que essa é a forma de entender os públicos, as marcas, os objectivos e as mensagens, e só construindo depois as ideias e soluções que asseguram um evento bem sucedido. Largo espectro Apesar de muito focados nos eventos corporativos, os serviços da Infrasom abarcam outras áreas, como os eventos desportivos, congressos, eventos sociais, televisão, iluminação arquitectural e teatro.

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Altice Forum Braga

O Novo Espaço De Referência Para Grandes Eventos No Norte Do País Mais de 100 eventos realizados desde Maio de 2018 e mais de 200 mil visitantes. São estes os números do Altice Forum Braga, o novo espaço de referência no Norte do país para a realização de grandes eventos. Um polo dinamizador económico, empresarial e cultural. 2018 ficou marcado pela requalificação total do antigo Parque de Exposições de Braga, agora designado por Altice Forum Braga, no seguimento da parceria formalizada com a Altice Portugal. As parcerias com grandes marcas não se ficam por aqui. Também a Sagres se tornou patrocinadora. A cerimónia de inauguração oficial decorreu em Setembro, presidida pelo Presidente da República e apadrinhada pela banda norte‑americana Thirty Seconds to Mars. O concerto juntou mais de 10 mil pessoas e marcou um ponto sem retorno nesta história ainda curta. A partir de agora é possível a Braga e à região Norte do país receber iniciativas de outra envergadura. Entre os eventos realizados em 2018 destaque para as tradicionais feiras, como a Agro, o Salão Auto, a Expo Animal e a Braga Noivos, que voltaram a "casa" após as obras de requalificação. E ainda para inúmeros eventos culturais e empresariais. Muita música, com os Postmodern Jukebox e Harlem Gospel Choir em destaque, e também o português Tiago Bettencourt. Ainda os musicais Cinderela e Vaiana e a peça de teatro Mais respeito que sou tua mãe! A saúde esteve também amplamente representada em Braga, com o IV Congresso da Ordem dos Psicólogos Portugueses, o I Congresso Nacional Transdisciplinar de Oncologia ou a INL Summit. Espaço ainda para eventos de áreas diversas, como o 18.º Congresso da ANTRAM, o TEDxBraga, o Portugalfit, os Prémios Millennium Horizontes e o Rally Região Norte 2018 da Tupperware. Para 2019 já está definida uma agenda cheia de eventos, entre os quais se

destacam a realização de diversos congressos médicos, o World Dance, as já conhecidas feiras, grandes concertos e muito mais, a revelar oportunamente. O Altice Forum Braga é hoje um espaço moderno e de última geração, capaz de receber os melhores eventos nacionais e internacionais até 20 mil pessoas. Gerido pela InvestBraga, e situado no centro de Braga, tem a segunda maior sala de eventos e espectáculos do país (com capacidade para receber 12.000 pessoas, num espaço climatizado) e o maior auditório da região Norte (com mais de 1450 lugares). É ainda composto por diversos espaços complementares, como uma galeria de arte (Forum Arte Braga), restaurante e espaço self‑service, cafetaria, auditório de 250 lugares e configurações até 12 salas de reunião que vão até aos 450 lugares, e uma extensa área exterior com 26 mil m2 e 650 lugares de estacionamento.

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REPORTAGEM 42

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Aposta nos eventos desportivos

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“Saber receber deve ser encarado como uma arte” Estar de portas abertas ao mundo acarreta desafios que qualquer território tem de enfrentar e melhor saber ultrapassar. Isto aplica‑se quer se fale de um país como um todo, quer se fale de uma região, como os Açores, que tem ganho nos últimos anos grande visibilidade internacional. Em três anos, segundo o indicador das dormidas, o arquipélago registou um crescimento de 93% e, no ano passado, a região acolheu 2.300 milhões de visitantes.

Saber receber é uma arte, como lembrou Marta Guerreiro, secretária regional da Energia, Ambiente e Turismo (SREAT) dos Açores, que falou à Event Point durante o 44º Congresso da APAVT – Associação das Agências de Viagens e Turismo, que decorreu de 22 a 24 de Novembro, em Ponta Delgada, e que debateu os desafios do crescimento do turismo em Portugal e também, de uma forma mais específica, nos Açores. O reforço da marca Açores, o crescimento sustentável do destino, a distribuição equilibrada do turismo por todas as ilhas, a aposta nos recursos humanos, a competência, a formação e a valorização das profissões ligadas ao sector são alguns dos desafios que no caso açoriano se destacaram no painel. E investimentos estão a ser feitos. No que toca ao turismo de negócios, Marta Guerreiro contou à Event Point que tem sido feita uma aposta nos eventos desportivos, porque permitem

comunicar também os produtos de cada uma das ilhas. A SREAT lembrou eventos como o Red Bull Cliff Diving, um evento internacional que “traz não só a questão da dinâmica no local, mas que leva também a visibilidade dos Açores para os vários canais que acompanham o evento”. Em termos de representatividade, o mercado português “continua a ter a maior fatia”, na ordem dos 42%, sendo os restantes 58% de mercados internacionais. Dentro destes, “a Alemanha continua a ter um peso bastante grande e há um mercado muito emergente que é o mercado dos Estados Unidos, que se tem afirmado também de forma bastante significativa”. Por ser maior, a ilha de São Miguel é das nove a que mais se tem destacado no sector do turismo de negócios, mas as restantes ilhas têm um grande potencial de crescimento nesta área, de acordo com Marta Guerreiro, que destaca também, em termos percentuais, as Flores e o Pico.


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Cinco perguntas a Marta Guerreiro Qual o posicionamento dos Açores em relação ao turismo de negócios? O turismo de negócios, a meetings industry é, a par do turismo de aventura e dos eventos desportivos, um turismo que nós incentivamos muito para combater as questões da sazonalidade, procurando atrair para os Açores grupos que possam fazer os seus eventos cá. No que diz respeito à questão desportiva, também muito ancorados nos produtos que depois nós vendemos para o mercado no seu todo, e estamos a falar das caminhadas, do ciclismo, do surf, da vela, de muitos desportos que depois permitem transmitir essa perspectiva dos Açores. Que investimentos têm sido feitos no sector? Neste sector, e falando em termos de qualificação da região, temos a componente da qualificação dos recursos humanos, que é muito importante, e da qualificação das estruturas físicas propriamente ditas. Neste aspecto, dado o crescimento que temos tido nos últimos anos, temos feito um esforço grande na qualificação dos locais, especialmente dos que têm maior procura por parte de turistas, com a implementação de algum modelo de gestão diferente, intervenções nos locais, regulamentos de acesso, tudo para permitir que quem vem consiga ter uma experiência de acordo com aquilo que defendemos que deve ser a experiência de estar nos Açores. Compete‑nos também a diversificação e é isso que temos procurado fazer, encontrar novos pontos e investir neles para que constituam novos locais de interesse turístico. Relativamente aos eventos, os investimentos não são físicos. Têm a ver com a captação e o apoio em trazer os mesmos para a região, tentar também não os concentrar apenas em São Miguel e levá‑los para as outras ilhas. E temos conseguido fazer isso… Temos imensas actividades que, associadas aos produtos específicos de cada uma das ilhas, que são sempre muito singulares, permitem potenciar o que cada uma tem de melhor para vender.


E no que toca à capacidade hoteleira? Temos tido capacidade de alojamento. Na região tem crescido bastante e, neste aspecto, gostava de realçar que esta capacidade hoteleira – que tem surgido muito também com o contributo e honra seja feita ao alojamento local, e muito alojamento de local de boa qualidade –, esta oferta permite um crescimento, uma resposta à procura que de outra forma não seria de todo possível. Mas sobre esta questão gostava de dar nota que é uma preocupação que temos, e que está reflectida na alteração do Plano de Ordenamento Turístico da Região Autónoma dos Açores, de termos estruturas de média e reduzida dimensão, que permitam experiências de quem nos visita bem integradas dentro daquilo que são as nossas vivências, as nossas culturas… Queremos também, naturalmente, que os ganhos desta fase muito auspiciosa em termos de crescimento económico e do turismo seja repartido, e o mais repartido possível. Essa também é uma preocupação que temos e que consideramos perfeitamente alinhada com a nossa estratégia de desenvolvimento turístico. Que impacto teve a entrada das low cost nos Açores? Claro que teve um grande impacto. Mas no ano de 2014, e mesmo sem low costs, sentimos já um crescimento bastante significativo, por exemplo, do mercado norte‑americano. Isto porque apanhámos uma altura em que a conjuntura internacional também estava a mudar… Claro que foi muito benéfico, mas não foi o único factor. Conseguimos esta conjugação, que foi muito feliz, e permitiu que, além de ter aberto o mercado aéreo para operações low cost, também se conseguisse estabelecer um modelo muito justo de igualdade dentro das ilhas, no sentido em que qualquer açoriano, em qualquer ilha, pode sair pelo mesmo valor, independentemente de beneficiar de ligações directas para low cost ou não. E o mesmo acontece com os turistas que chegam de Portugal continental. Se conseguirem um preço muito atractivo numa companhia de baixo custo para a ilha Terceira, por exemplo, mas se o que quiserem é ir para a Graciosa, não vão pagar mais por isso. Isso também foi um modelo muito bem conseguido, que teve resultados bastante positivos.

Que desafios traz aos Açores toda esta visibilidade nacional e internacional? Traz desafios muito grandes. Um deles tem precisamente a ver com a formação e com os recursos humanos. Este crescimento que nós vivemos é fantástico, mas é muito recente… O problema que existe a nível nacional de falta de recursos humanos no sector é especialmente sentido aqui. Estão em curso iniciativas que pretendem não só dotar a região de mais pessoas com formação nesta área, mas também algo que para nós é muito importante: a valorização das profissões do sector. Elas não são ainda vistas como devem ser vistas. Saber receber deve ser encarado como uma arte. Isto não se muda por decreto. Faz‑se com muito investimento e com o passar do tempo. Temos aqui algumas questões culturais que é preciso ultrapassar. Estamos a investir muito nas escolas profissionais com mais formações na área do turismo. Estamos a trabalhar com as escolas em conteúdos na área do turismo, em especial do turismo sustentável, dando sempre o mote de como o turismo pode contribuir para o crescimento dos Açores e como as profissões ligadas ao turismo são muito importantes e têm de facto de ser valorizadas. Estamos a trabalhar com o IPDT [Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo] numa formação que também vai chegar a todas as ilhas, que se vai chamar ‘Açores Recebe Bem’, que tem como objectivo pôr os actores ligados ao sector a se autocriticarem na forma como recebem, para que dessa reflexão saiam propostas de como melhor receber. Temos também parcerias com a AHRESP [Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal] no sentido da valorização gastronómica dos nossos restaurantes. Portanto, há muito trabalho em curso… Ganharemos todos com um turismo mais qualificado e mais apto a receber bem.

MARIA JOÃO LEITE* *VIAJOU AOS AÇORES A CONVITE DA APAV T


OPINIÃO 46

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“Ninguém é nada sozinho”


Grandes Equipas, Grandes Eventos Num texto em que me é dada a liberdade para escrever, as minhas palavras vão directamente para aquilo que acho ser fundamental no sucesso de um evento. Eficiência, Qualidade, União, Inteligência, Paixão e Amizade, são as iniciais da palavra que é a chave do sucesso de um evento: EQUIPA.

Muitas são as definições que encontramos para a palavra equipa, mas se me permitem acho tenho uma definição pessoal, porque tenho tido o prazer de ter uma ao meu lado, e das verdadeiras. Equipa significa partilhar (sem cobrar direitos), dar espaço para criar (sem impôr limites), validar ideias e acatar ordens. Equipa é a primeira “almofada” de conforto e de confiança em situações adversas e felizes. Na minha forma de olhar para o processo, as soluções são encontradas em equipa e as decisões tomadas em equipa. Ter a capacidade de trabalhar bem em equipa mostra humildade, tolerância, inteligência emocional e companheirismo. Ninguém é nada sozinho, muito menos na gestão e produção de um evento. Todos sabemos que um bom serviço de catering, um bom sistema de som e luzes ou até mesmo a climatização são uma das partes fundamentais de qualquer evento, mas e o sorriso, a boa atenção e a disponibilidade? São essas as qualidades que fazem toda a diferença e não têm preço nem comparação. Recordo o último evento que tive oportunidade de fazer acontecer, onde na equipa estava uma professora, um consultor, um jornalista, duas estudantes universitárias e um especialista em mixologia e, claro, os técnicos de som e imagem. Pois é, na verdade um grande cocktail de perfis que resultou num entusiasmante grupo com competências diversificadas e complementares, onde o sorriso, uma atenção e uma indicação explícita fizeram toda a diferença. Quem lidera a operação, como disse anteriormente, tem de ter a capacidade de se ausentar, pois acredito que quanto maior a liberdade, maior será a responsabilidade. É importante dar espaço para conseguir identificar as capacidades individuais da equipa. Mestre é aquele que o consegue fazer. Quando se pretende produzir um bom evento e uma boa experiência,

o trabalho em equipa é união e amizade em prol de um bem e de um objectivo comum, por isso é muito mais nobre do que uma batalha individual ou uma guerra de egos. Não é em vão que dedico este espaço de escrita à importância de uma boa equipa como papel decisivo em organizar um evento de excelência. Trabalhando em equipa ficamos mais motivados e comprometidos, afinal uns dependem dos outros, e todos são responsáveis pelas falhas e pelo sucesso. Sendo assim, trabalhar em equipa é partilhar o fracasso e o sucesso, o choro e o riso, a alegria e a tristeza. Além disso, é saber ouvir, pois apenas ouvindo, podemos tomar decisões mais eficientes e mais acertadas. A minha equipa é a minha base, e confesso, não poderia ser mais feliz tendo uma base forte como esta.

Uma boa leitura para todos, especialmente para aqueles que sabem que o segredo de um evento de sucesso está no trabalho de uma grande equipa. ANTÓNIO MARTO SECRE TÁRIO‑GER AL . FÓRUM TURISMO


DESTINO NACIONAL 48

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Os Açores ganharam nos últimos anos uma enorme visibilidade


São Miguel

Um Tesouro Guardado Nos Cofres Do Atlântico São muitos os adjectivos que se podem utilizar para descrever a ilha de São Miguel. E incrível é um deles. De uma beleza estonteante, a maior das ilhas do arquipélago dos Açores tem um património natural invejável e inúmeros atractivos que garantem fazer as delícias dos visitantes de lazer e de negócios.

Há uma cor que domina o espaço. Uma ilha de origem vulcânica pintada a verde, nas suas diferentes tonalidades e texturas, adornada com vacas refasteladas nos campos, onde dizem que são felizes e até se compreende que assim sejam… Mas há também o azul, o do mar, que guarda o horizonte infinito. São Miguel tem uma das sete Maravilhas Naturais de Portugal, a Lagoa das Sete Cidades, com as lagoas Verde e Azul, que, reza a lenda, foram formadas pelas lágrimas de um pastor e de uma princesa diante das amarguras de um amor proibido. E toda esta maravilha, uma espécie de pintura que obriga a respirar fundo quando vista, pode ser observada do miradouro Vista do Rei, que assim se chama a propósito da visita, em 1901, do rei D. Carlos e da rainha D. Amélia. Mas não é a única vista que causa olhos arregalados de consolo. Um dos

mais belos ângulos das Sete Cidades pode ser visto do miradouro da Grota do Inferno. Dali vê‑se a lagoa e a povoação, e admira‑se a paisagem composta por crateras, caldeiras, lagoas e picos. Por ali, ainda há tempo para apreciar a Lagoa do Canário. A caminho de Ponta Delgada, um outro miradouro sugere também uma paragem. Do Pico do Carvão vê‑se a costa norte e a costa sul da ilha, os seus recortes, o interior com formas modeladas pelo tempo, do que resta de vulcões que adormeceram. Este é um dos percursos possíveis numa visita a São Miguel. Aliás, no decorrer do 44º Congresso da APAVT – Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, que teve lugar em Ponta Delgada, no passado mês de Novembro, a excursão às Sete Cidades foi feita a bordo do Big Truck, o camião da LMJC Azores Tours, que assim proporciona uma experiência


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Destino atractivo para lazer e negócios original e uma forma diferente de conhecer os recantos da ilha. E há tanto para conhecer… Um dos caminhos a percorrer vai dar ao miradouro da Bela Vista, de onde se aprecia a Ribeira Grande, e um outro ao miradouro de Santa Iria, de onde se vê a costa norte, o formato recortado do território e uma vista para o Atlântico de tirar o fôlego. Outro caminho leva o visitante à Lagoa do Fogo – mais um local impressionante que mostra o quão extraordinária é a natureza – e à Caldeira Velha e às suas águas quentes. Mais uma volta e o visitante chega às Furnas: à lagoa, às panelas que cozem no chão, ao cozido, às caldeiras e aos vapores e aos cheiros à solta, aos costumes. Outros locais de paragem obrigatória são a Ponta da Ferraria, o Parque Terra Nostra e a Ribeira Quente. Havendo oportunidade de visita, é de apontar as plantações de ananás e as de chá – São Miguel tem duas fábricas de chá: a da Gorreana e a do Porto Formoso. E depois, os queijos e o bolo lêvedo... E as pessoas que recebem tão bem.

Ponta Delgada é cidade pintada a preto e branco. Discreta na forma de estar, é, contudo, exuberante e orgulhosa por tudo o que a ilha tem para oferecer. Na cidade há para visitar as igrejas de São José, de São Sebastião e de São Pedro, por exemplo, o Mercado da Graça ou o Museu Carlos Machado, entre outros espaços e curiosidades. E há também as Portas da Cidade, um lugar simbólico, que incentiva a passeio pelas ruas históricas de Ponta Delgada. A ilha de São Miguel é toda ela um tesouro turístico. E se o património natural não fosse já suficiente, a ilha oferece as melhores condições para uma série de actividades, como mergulho, observação de cetáceos, passeios pedestres, a cavalo e de bicicleta, golfe, vela, surf, bodyboard, canoagem ou parapente. Tudo isto torna o destino ainda mais apelativo e interessante, não só para os viajantes de lazer como para os de negócios, que podem aproveitar as aberturas na agenda de trabalho para dar uma volta pela ilha, conhecê‑la, respirá‑la. Os Açores ganharam nos últimos anos uma enorme visibilidade e


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têm captado visitantes nos dois segmentos. Há vários espaços para eventos em São Miguel. Um deles é o Teatro Micaelense, em Ponta Delgada, onde decorreu a última edição do Congresso da APAVT. O venue conta com um auditório com capacidade para 739 pessoas, um Salão Nobre, quatro salas e um foyer, aptas para diferentes tipos de eventos e reuniões de trabalho. Também em Ponta Delgada, existe o complexo Portas do Mar – um projecto que requalificou a frente marítima da cidade e que, além de um terminal de cruzeiros e de uma marina de recreio, tem espaços de lazer e o Pavilhão do Mar, que pode acolher uma gama variada de eventos. Mas há também a Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada, o Coliseu Micaelense e o Teatro Ribeiragrandense, entre outros. O aeroporto João Paulo II serve a ilha de São Miguel, ligando‑a rapidamente quer ao continente europeu, quer ao continente americano – a sua localização é, por isso, bastante atraente. E a oferta hoteleira é bastante diversificada,

desde hotéis de quatro e cinco estrelas ao alojamento local. São Miguel tem todas as condições para abraçar a meetings industry, sem descurar os abraços aos viajantes de lazer. E tudo de forma controlada, sustentada, para que, sem se perderem as experiências, não se deixem escapar as características que fazem este destino tão atractivo. Esta é uma ilha de natureza viva, de sal, de vento, de sol, de quatro estações num dia só, de poesia, pintada em todos os verdes disponíveis na paleta. Um tesouro guardado pelas ondas do Atlântico.

MARIA JOÃO LEITE* *VIAJOU AOS AÇORES A CONVITE DA APAV T


DESTINO INTERNACIONAL 52

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Hotspot de vida selvagem

© Jeff Trollip


Gorongosa Abre Portas Ao Sector MICE No coração de Moçambique encontra‑se uma das maravilhas naturais da África, um lugar onde os visitantes podem contemplar algumas paisagens cinematográficas e cenas da vida selvagem, contribuindo para apoiar a sobrevivência de espécies ameaçadas de extinção.

Alojamento e salas de conferência O Parque Nacional da Gorongosa, um símbolo desta nação Africana de expressão portuguesa muitas vezes referido como o "Serengeti do Sul", é um hotspot de vida selvagem que normalmente só se vê em programas de televisão. Leões majestosos andam sem serem perturbados pelos inúmeros safaris que acontecem durante todo o ano. Grandes grupos de elefantes amontoam‑se em buracos de água e as famosas várzeas estão cheias de pântanos. Crocodilos assustadores nadam em torno de piscinas naturais, esperando por algum animal incauto que se aventure mais perto da água. O parque é também o lar de cerca de 440 hipopótamos, inúmeras aves e uma espécie rara de zebra. Todos esses seres coexistem em paz, num cenário espectacular. O Grande Rift tem o seu extremo sul na Gorongosa e, antes de dividir o continente africano em dois, criou uma terra fértil e verde. Mesmo na ponta desta formação geológica de 30 milhões de anos está o Lago Urema, para onde vários rios correm, como o lento, mas constante, Vunduzi, que desce o Monte Gorongosa. 20% do parque é composto de vastas pradarias, onde a vida selvagem segue a sua rotina diária, incluindo, é claro, tornar‑se o almoço de grandes predadores. Com todas estas atracções, não é de admirar que os visitantes se amontoem no parque. Vasco Galante, assessor de imprensa da Gorongosa, disse à Event Point que existe um “crescente interesse de turistas de todo o mundo, seja para viagens individuais ou corporate”. O parque está numa fase inicial de investimento no sector da Meetings Industry, especialmente no que diz respeito a incentivos. “O parque já recebeu conferências, workshops, seminários e reuniões”, disse a mesma fonte. Esses eventos vêm dos “sectores científico, empresarial e educativo”, segundo Vasco Galante.

O parque tem as suas próprias vilas e chalés, que possuem salas de conferência. Assim, para um evento diferente, a Gorongosa pode organizar algumas pequenas reuniões, com uma sensação de luxo no safari. Montebelo Gorongosa Lodge e Safari é o lugar para ficar no parque e fazer algum trabalho entre aventuras. Apesar da logística não ser fácil no parque, especialmente devido às más condições das estradas, a procura existe. Para aqueles que estão dispostos a enfrentar essas dificuldades, a Gorongosa será um cenário inesquecível, numa das villas e quartos do Montebelo. As actividades incluem safaris de jipe e o parque também está a actualizar a sua oferta de ecoturismo. É necessário, no entanto, ter em conta que o parque está fechado entre Dezembro e Março e que nas primeiras semanas nem todas as estradas podem estar disponíveis para os visitantes. O parque da Gorongosa foi criado em 1920, como reserva de caça, por uma empresa privada que explorava a área. Em 1935, a área original foi expandida para proteger algumas espécies, incluindo rinocerontes. Na década de 40, os leões começaram a vaguear por um prédio abandonado no parque, ainda conhecido como a casa dos leões. Em 1951, o campo de Chitengo foi construído como sede da Gorongosa e para receber turistas. Em 1960, foi finalmente transformado em parque nacional e nessa altura o seu tamanho já era de 5.300 km2. A Gorongosa sofreu muito durante as guerras civis que se seguiram à independência de Moçambique, com intensos combates a decorrer no parque até 1992. Depois disso, os caçadores furtivos ajudaram a reduzir a vida selvagem em 90%. O espaço foi reconstruído no final dos anos noventa, com a ajuda de instituições internacionais. Gradualmente, as espécies foram reintroduzidas no parque e hoje elas voltaram a passear‑se livremente.


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© Clive Dreyer

Moçambique, uma preciosidade por descobrir O sector MI tem vindo a crescer de forma constante em Moçambique, juntamente com o turismo tradicional, devido às características únicas do país. Ainda não foi descoberto pela maior parte do mundo, excepto no universo lusófono. É uma jóia africana, com florestas exuberantes, campos abertos e praias de areia branca, banhadas pelo Oceano Índico. A sua capital, Maputo, já circula no sector de congressos, beneficiando‑se de novos hotéis e infraestruturas, além de uma sensação de relativa segurança.

ALEXANDR A NORONHA



DIRECTÓRIO 56

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GOURMET SPORTS HOSPITALITY LISBOA | 216 092 872 | GSH@GOURMETSPORTS.PT W W W.GOURMETSPORTS.COM "A GOURMET SPORTS HOSPITALIT Y FOI FUNDADA ATR AVÉS DA SÓLIDA PARCERIA ENTRE A KOFLER & KOMPANIE GMBH E A INFRONT SPORT HOSPITALIT Y MANAGEMENT, UMA EQUIPA DE ESPECIALISTAS EM HOSPITALIDADE COM MAIS DE DUAS DÉCADAS DE VASTA EXPERIÊNCIA EM GR ANDES E VENTOS DESPORTIVOS, CULTUR AIS E ENTRETENIMENTO. ENCAR AMOS A HOSPITALIDADE COMO UM TR ABALHO EM EQUIPA, NO QUAL A INOVAÇÃO, O PL ANE AMENTO CUIDADOSO E A EXCELÊNCIA DOS SERVIÇOS OFERECIDOS SÃO A FUNDAÇÃO PAR A SE CRIAR E VENTOS FEITOS SOB MEDIDA E COMERCIALMENTE VIÁVEIS PAR A TODOS OS NOSSOS CLIENTES."

IMPPACTO ‑ CATERING E EVENTOS ALMADA | 212 962 365 | 937 200 350 | INFO@IMPPACTO.COM W W W.IMPPACTO.COM W W W.FACEBOOK.COM/GRUPOIMPPACTO W W W.INSTAGR AM.COM/IMPPACTO "SOLUÇÕES GASTRONÓMICAS E DECOR ATIVAS CONTEMPOR ÂNE AS."


DESTINATION MANAGEMENT COMPANIES

HOSPEDEIRAS | STAFF

XPTO EVENTS AND DMC

BTRUST

LOULÉ | 289 417 092 | 961 701 280 | ANABEL A@XPTOE VENTS.COM W W W.XPTOE VENTS.COM W W W.FACEBOOK.COM/XPTOMARKETING W W W.INSTAGR AM.COM/XPTOE VENTS_DMC "DESENVOLVEMOS SOLUÇÕES INOVADOR AS, CRIATIVAS E DINÂMICAS COM O OBJECTIVO DE EXCEDER EXPECTATIVAS."

PORTO | LISBOA | 220 108 033 | 212 471 687 | VIP@BTRUST.PT W W W.BTRUST.PT W W W.FACEBOOK.COM/BTRUST.PT W W W.LINKEDIN.COM/COMPANY/B‑TRUST "A BTRUST É UMA AGÊNCIA ESPECIALIZADA NA IMPLEMENTAÇÃO DE EVENTOS CORPOR ATE, COM STAFF EM MAIS DE 30 PAÍSES. CRIA, DE FORMA CONSISTENTE, SERVIÇOS ÚNICOS, SOLUÇÕES INOVADOR AS, IMPRIMINDO CRIATIVIDADE E QUALIDADE ÍMPARES."

ESPAÇOS MULTIUSOS

ORGANIZADORES PROFISSIONAIS DE CONGRESSOS

ALFÂNDEGA DO PORTO PORTO | 223 403 000 | GER AL@CCALFANDEGAPORTO.COM W W W.CCALFANDEGAPORTO.COM W W W.FACEBOOK.COM/ALFANDEGADOPORTO W W W.LINKEDIN.COM/COMPANY/ALFANDEGA‑CONGRESS‑CENTRE‑‑‑PORTO “MELHOR CENTRO DE CONGRESSOS DA EUROPA”.

FACTOR CHAVE ALGÉS | 214 307 740 | CONGRESSOS@FACTORCHAVE.PT W W W.FACTORCHAVE.COM W W W.FACEBOOK.COM/FACTOR.CHAVE W W W.LINKEDIN.COM/COMPANY/FACTORCHAVE "TR ABALHAMOS EXCLUSIVAMENTE NO CAMPO DOS E VENTOS LIGADOS À SAÚDE. TR A ZEMOS UMA EXPERIÊNCIA DE MAIS DE 14 ANOS NO PL ANE AMENTO DE E VENTOS DE DIFERENTES TIPOLOGIAS E DIMENSÕES."

ALTICE ARENA LISBOA | 218 918 409 | COMERCIAL@A ARENA.PT W W W.ALTICE ARENA.PT W W W.FACEBOOK.COM/ALTICE ARENA W W W.INSTAGR AM.COM/ALTICE ARENACORPOR ATEE VENTS/ "UM BENCHMARK NACIONAL EM ARENAS MULTIUSOS E ESPAÇOS PAR A GR ANDES E VENTOS, ESTE VENUE RECEBE UMA MÉDIA DE 80 E VENTOS POR ANO, DE DIFERENTES TIPOS, E PAR A MAIS DE 400 MIL PESSOAS. DESDE CONCERTOS, ESPECTÁCULOS DE FAMÍLIA E E VENTOS DESPORTIVOS, ATÉ L ANÇAMENTO DE PRODUTOS, REUNIÕES DE EMPRESAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS, GR ANDES CONVENÇÕES, FEIR AS E GAL AS."

THE HOUSE OF EVENTS PORTO | 228 348 940 | INFO@THE.PT W W W.THE.PT W W W.FACEBOOK.COM/THEHOUSEE VENTS W W W.LINKEDIN.COM/COMPANY/THE‑THE‑HOUSE‑OF‑E VENTS "A EQUIPA DA THE HOUSE OF E VENTS DESTACA‑SE PEL A SUA AL ARGADA CAPACIDADE DE COMUNICAÇÃO E PEL A FACILIDADE EM ENCONTR AR SOLUÇÕES INOVADOR AS PAR A CONGRESSOS E E VENTOS."

ORGANIZADORES DE EVENTOS

ALTICE FORUM BRAGA BRAGA | 253 208 230 | ANA.MACHADO@INVESTBRAGA.COM | WWW.FORUMBRAGA.COM “O NOVO FORUM BR AGA CHEGA EM ABRIL DE 2018!”

DESAFIO GLOBAL LINDA‑A‑VELHA | 214 149 550 | PEDRO.RODRIGUES@DESAFIOGLOBAL.PT W W W.DESAFIOGLOBAL.PT W W W.LINKEDIN.COM/COMPANY/DESAFIO‑GLOBAL W W W.INSTAGR AM.COM/DESAFIO_GLOBAL "A DESAFIO GLOBAL GANHOU MAIS DE 100 PRÉMIOS NACIONAIS E ESTRANGEIROS, COM DESTAQUE PARA O DE MELHOR EMPRESA EUROPEIA DE EVENTOS NOS EUROPEAN BEST EVENT AWARDS. COM UMA ESTRUTURA QUALIFICADA DE COLABORADORES, COMBINA CRIATIVIDADE, COMUNICAÇÃO E LOGÍSTICA PARA A REALIZAÇÃO DE EVENTOS DE SUCESSO."


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WWW.EVENTPOINT.PT

BRIDGE

VOQIN'

PORTO | 223 245 493 | MAIL@BRIDGE2EMOTIONS.COM W W W.BRIDGE2EMOTIONS.COM "A BRIDGE TEM NO SEU ADN UMA IDEIA DE E VENTOS ONDE O ENTRETENIMENTO E A INOVAÇÃO SÃO OS FIOS CONDUTORES QUE LIGAM E REFORÇAM OS L AÇOS AFETIVOS QUE UNEM CLIENTES (MARCAS E INSTITUIÇÕES) E PÚBLICOS (AS SUAS AUDIÊNCIAS), ATR AVÉS DO IMPACTO DAS EMOÇÕES QUE PROVOCAM E DAS EXPERIÊNCIAS QUE ENTREGAM. DESTE ADN FA Z PARTE UMA EQUIPA MULTIDISCIPLINAR COM UMA VASTA EXPERIÊNCIA EM PRODUÇÕES DE ELE VADA QUALIDADE, QUE TR A Z CONSIGO UM CURRICULUM CONSTRUÍDO EM CONJUNTO E UMA MESMA PAIX ÃO PEL A CRIATIVIDADE."

LISBOA | 213 213 060 | INFO@VOQIN.COM W W W.VOQIN.COM W W W.FACEBOOK.COM/VOQINEXPERIENCE ANDE VENTS W W W.LINKEDIN.COM/COMPANY/VOQIN "VOQIN’ TRAZ O MELHOR DO DESTINATION MANAGEMENT E DO LIVE MARKETING DESENVOLVENDO SOLUÇÕES QUE PROVOCAM EMOÇÕES SIGNIFICATIVAS."

XPTO EVENTS AND DMC IMOTION PAÇO DE ARCOS | 210 122 060 | IMOTION@IMOTION.PT W W W.IMOTION.PT W W W.FACEBOOK.COM/IMOTION.E VENTOS W W W.YOUTUBE.COM/CHANNEL/UCJ4IGNEJLMPBCY0TAL8B2UG W W W.INSTAGR AM.COM/IMOTION_E VENTOS "SOMOS EVENTOS, COMUNICAÇÃO E MARKETING. TUDO INTEGR ADO NUMA SÓ AGÊNCIA PAR A REALIZAR TODO O EVENTO, OU APENAS UMA PARTE. PROFISSIONAIS E ESPECIALIZADOS EM ENCONTR AR AS MELHORES SOLUÇÕES, AS MELHORES HISTÓRIAS, AS TENDÊNCIAS MAIS ACTUAIS… ”

LOULÉ | 289 417 092 | 961 701 280 | ANABEL A@XPTOE VENTS.COM W W W.XPTOE VENTS.COM W W W.FACEBOOK.COM/XPTOMARKETING W W W.INSTAGR AM.COM/XPTOE VENTS_DMC "DESENVOLVEMOS SOLUÇÕES INOVADOR AS, CRIATIVAS E DINÂMICAS COM O OBJECTIVO DE EXCEDER EXPECTATIVAS."

TECNOLOGIA PARA EVENTOS

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OPÇÃO GLOBAL VENDA NOVA | 215 832 950 | INFO@OPCAOGLOBAL.PT W W W.OPCAOGLOBAL.PT W W W.FACEBOOK.COM/OP%C3%A7%C3%A3O‑GLOBAL‑1620878928124295 W W W.YOUTUBE.COM/CHANNEL/UCFSSA8R Z ARU6W 7 VFX2ID3AW W W W.LINKEDIN.COM/COMPANY/OP%C3%A7%C3%A3OGLOBAL "A OPÇÃO GLOBAL É O ÚNICO PARCEIRO COM SOLUÇÕES INTEGRADAS E EXCLUSIVAS QUE COBREM TODAS AS NECESSIDADES ASSOCIADAS À ORGANIZAÇÃO E PRODUÇÃO DE GRANDES EVENTOS A NÍVEL MUNDIAL."

PORTO | 913 647 504 | 912 000 952 | GER AL@E VENTKE Y.PT W W W.E VENTKE Y.PT W W W.FACEBOOK.COM/E VENTKE Y W W W.LINKEDIN.COM/COMPANY/E VENTKE Y‑LDA “FA ZEMOS SOF T WARE DE GESTÃO PAR A PEQUENOS E GR ANDES E VENTOS. ACREDITAMOS QUE A MELHOR FORMA DE TODOS OS INTERVENIENTES DE UM E VENTO COL ABOR AREM, É ATR AVÉS DE UMA PL ATAFORMA COMUM, ONDE TODOS CONTRIBUAM ONDE QUER QUE ESTE JAM”.

SPIC – CREATIVE SOLUTIONS LOULÉ | 289 358 326 | INFO@SPIC.PT | W W W.SPIC.PT W W W.FACEBOOK.COM/SPIC.PAGE W W W.INSTAGR AM.COM/SPIC.PAGE "A SPIC APRESENTA AO MERCADO UMA VASTA OFERTA DE PRODUTOS E SERVIÇOS CRIATIVOS, ALIADOS ÀS NOVAS TENDÊNCIAS E TECNOLOGIAS. DESTACAM‑SE OS PROJECTOS NAS ÁRE AS DE DESIGN E NE W MEDIA, NAS DIVERSAS LINGUAGENS DE PROGR AMAÇÃO E TECNOLOGIA, COM ESPECIAL DESTAQUE PAR A AS APLICAÇÕES DIGITAIS DE INTER ACÇÃO HUMANA."




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