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Capítulo 11 A viagem
CAPÍTULO 11
A viagem A viagem A viagem A viagem A viagem
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Já era noite quando chegamos no nosso destino final, estávamos muito cansados e morrendo de fome. Fomos ao BK e pegamos vários hambúrgueres, prefiro o Burger King porque lá é o único restaurante que tem Pepsi, a Renata tomou um guaraná, ela não gosta nem de ouvir falar de Pepsi. - Aí vida, nem acredito que a gente está no Rio de Janeiro. Aqui tem tantos lugares lindos, nem sei por onde começar. - Não precisa nem se preocupar com isso, montei um roteiro incrível para a gente curtir cada lugar desse paraíso.
Ela me deu um abraço bem forte. - Estou amando suas mudanças, obrigado vida. Te amo muitão. - Também te amo muitão.
Chegamos um dia antes da nossa estadia no hotel e fomos passar a noite em um motel. Era um motel barato, mas tinha espelhos para todos os lados, até no teto.
Minha mente começou a imaginar mil posições. “Ela por cima de mim sentava forte e pelo reflexo do espelho do teto eu via aquele bundão maravilhoso, a tirei de cima de mim e ordenei - fica de quatro. Segurava com as duas mãos no seu quadril e metia com muita força. Prendi seus dois braços por trás e ergui seu corpo em minha direção, ela empinou o bundão branco e pelo espelho eu via aqueles peitos perfeitos, siliconados e branquinhos. A virei de frente e a coloquei com
as pernas abertas, minha posição favorita, seu pezinho na minha boca e eu a penetrando profundamente. Quando gozei eu gritei de tesão; me olhei no espelho e sorri.” - O que você está pensando, vida? Vai tomar um banho para a gente descansar.
Tomei um banho demorado e fomos dormir.
Acordamos cedo e o tempo estava horrível. Era véspera de natal e muitos lugares estavam fechados, com o tempo ruim não ia ser legal levar ela nas praias que planejei. - Mudança de planos, vida. Vamos fazer algo que você vai adorar.
Chegamos no Madureira, lá é o maior mercado de rua do Rio de Janeiro, ela falou. - Nossa, vida. Quanta tranqueira tem aqui, adoro!
A gente adora ir em mercadões e feiras, ficar olhando as tranqueiras e comprar umas muambas. É o melhor rolê de pobre que existe.
Tinha algumas coisas do Pablo para entregar ao padrinho dele, fomos levar e acabamos passando o natal por lá.
O dia amanheceu lindo, o sol transpassou pela cortina iluminando todo o quarto. Acordei animado. - Muito bom dia meu amor, bora curtir a praia? - Bom dia, vida, vamos tomar um café primeiro.
Tomamos café da manhã e fomos para a praia da Barra, estava um dia incrível, sol e muito calor, 38°. Nós que somos da capital mais gelada do Brasil, amamos um dia de sol. Eu aproveitei para me banhar no mar e pegar jacarezinho nas ondas, ela adorava tomar um banho de sol e estava determinada a ficar com aquela marquinha.
No fim do dia fomos para a praia do Recreio, subimos uma montanha e lá de cima víamos o mar dividido em dois lados; o sol estava se pondo por detrás do oceano.
Ela comentou.
- Aí vida, eu estou amando. Que praias lindas, nem se compara com as praias do Paraná
- Amanhã vamos viajar!
- Como assim?
Era uma estrada linda, mesmo com o sol brilhando só víamos as sombras das árvores ao redor da estrada. O Caribe brasileiro fica há duas horas da capital.
Quando chegamos na cidade o GPS estava indicando um morro e pelas minhas pesquisas era por lá mesmo.
Subimos aquele morro íngreme e lá do topo avistamos a praia mais linda do Rio de Janeiro. Só tem duas formas de chegar na praia do Forno, de barco ou por uma trilha. Lá de cima avistamos a trilha e de longe observamos a praia mais bela.
Ela ficou impressionada. - Meu Deus, vida, que lugar lindo! Você já tinha vindo aqui?
Sorri e a abracei.
- Queria conhecer essa praia com você.
Descemos a trilha e fiquei bobo quando vi aquele mar azul com leves tons de verde, lembrava os olhos dela. A praia do forno é isolada de tudo, ao redor só tem montanhas e uma vasta vegetação; o mar é o mais lindo, água cristalina como as praias do Caribe.
Não tinha nenhuma onda, o mar parecia uma piscina. A Renata que não gosta de entrar no mar amou aquela praia. Entramos juntos na água e ela era tão clara que podíamos enxergar os peixes, que se afastavam rapidamente conforme a gente se aproximava.
Naquela vastidão do mar nos beijamos lentamente; se eu pudesse congelaria o tempo e viveria eternamente aquele momento.
Passamos o dia em Arraial e na volta comentei.
- Na próxima viagem podemos fazer um tour por Búzios, Cabo frio e voltar aqui em Arraial do Cabo.
- Nossa, vida, vai ser perfeito.
Já estava de noite enquanto dirigia de volta ao hotel, estávamos bem cansados; tocou uma música e comecei a cantar todo animado.
- “Noite passou, fazendo amor, nessa loucura me perco na tua cintura amor.”
- Nossa, como você canta animado essa música. Que música é essa?
“Caraca, que mancada. É minha música com a Novinha.” - É Edredom, do Soundplay. Amo essa música. E aí, animada para nossa aventura de amanhã?
- Aí “Buno”, eu tô com medo.
E o medo dela aumentou quando estávamos no tanque, prontos para mergulhar. - Vida, eu não vou entrar. São tubarões de verdade! - Fica tranquila, amor, eu vou estar com você o tempo todo. É muito seguro, nunca teve um ataque.
Ela confiou em mim e entramos no tanque do AquaRio. Foi incrível, tinha uma grande diversidade de peixes e arraias. Os tubarões ficavam mais no fundo, bem distante de nós. Tinha um dos tubarões que estava bem agitado, pelo que o instrutor nos falou não tinha perigo; mas quando aquele tubarão veio na nossa direção meu coração congelou, ele bateu com o rabo na minha mão; foi muito emocionante.
Saímos do tanque e tiramos o equipamento, a Renata estava radiante e falou toda empolgada. - Nossa, vida. Foi muito legal! O tubarão bateu com o rabo na minha mão, eu fiquei com muito medo. - Irado demais né! Agora podemos falar que já mergulhamos com os tubarões.
Rimos, nos abraçamos e nos beijamos. Estávamos muito felizes.
Depois de mergulhar com os tubarões passamos à tarde na praia de Copacabana. E que praia linda, aquela areia não parece real, é muito fofa, os pés chegam a afundar ao caminhar.
Depois de aproveitarmos a praia e o sol, fomos andar no famoso calçadão de Copacabana; avistamos um artista na areia e nos aproximamos para ver a escultura de areia. Ela comentou. - Nossa vida, que lindo! Parece muito com as fotos que vi. - Amanhã vamos fazer uma foto lá.
Acordamos cedo para iniciar nosso tour, contratei uma agência que ia nos levar nos principais pontos turísticos do Rio de Janeiro.
Nossa primeira parada foi na Escadaria Selarón, uma das escadarias mais belas do mundo. Fizemos algumas fotos e seguimos rumo a Catedral Metropolitana de São Sebastião, a igreja mais linda que já vimos; ela é muito alta, mais de 100m de altura. A parte interna é magnífica, seu formato cônico lembra o de uma pirâmide; possui quatro vitrais que convergem do teto para uma cruz em vitral transparente no topo.
Bem no centro da igreja a Renata comentou com um sorriso no rosto e os olhos brilhando.
- Meu sonho é casar em uma igreja assim!
Meu coração acelerou e lembrei o que estava levando no bolso “Será que agora é a hora?”
Fizemos algumas fotos e adiei meu plano para o lugar ideal.
A próxima parada era a mais esperada, de van subimos um morro gigantesco. Depois subimos andando mais três lances de escadas e finalmente chegamos a uma das sete maravilhas do mundo.
Ela estava com os olhos arregalados e de boca aberta. Comentou. - Meu Deus, vida. É lindo demais, é muito maior do que nas fotos.
O Cristo Redentor de braços abertos com todo seu esplendor, aquele era o lugar certo!
Fiz algumas fotos dela e ela fez algumas minhas. Pedi para uma moça fazer uma foto nossa, o Cristo estava nos fundos, era o momento certo para fazer o pedido, coloquei a mão no bolso e a olhei. Ela falou.
-Vida, olha para foto.
A abracei, olhei para câmera e sorri. Tiramos algumas fotos e depois fomos até o mirante; o sol do meio-dia iluminava a cidade maravilhosa, observava todas aquelas lindas praias e mergulhei em meus pensamentos, “é um dos maiores sonhos dela, aqui é o lugar perfeito! É o primeiro passo, casar e depois ter uma família com o meu amor, uma princesinha ou um arteiro igual eu. Mas não vou agir por impulso como sempre, ano que vem quando formos fazer um tour pelo Caribe brasileiro eu peço ela em casamento.”
Curtimos aquela paisagem maravilhosa, fomos almoçar e depois passamos pelo Sambódromo da Marquês de Sapucaí. Ela comentou.
- O carnaval aqui deve ser incrível!
- Vou vestido de Deadpool.
- Você ficou lindo de herói.
- Os vilões combinam mais comigo.
Rimos e seguimos no passeio. A penúltima parada foi no imenso estádio do Maracanã; não gosto muito de futebol, mas tinha que zoar o pai do Moscão, ele é vascaíno roxo. Mandei um vídeo para ele.
- Olha onde estou, é o estádio do Mengão! Que coisa linda hein.
Prontamente ele respondeu. - Ô seu favelado, o estádio é do governo! Todos os clubes podem jogar aí.
Nem ligo para futebol, como dizia o Zitão “vai ficar torcendo para 22 machos correndo atrás de uma bola?”
A última parada é onde tem a vista panorâmica mais linda do Rio de Janeiro. Entramos no bondinho do pão de açúcar e ela estava rece-
osa, conforme nos afastamos do chão ela me abraçou com medo da altura.
- Aqui é muito alto, não tem perigo de cair?
A abracei forte, beijei sua testa e falei. - Fica tranquila vida, não tem perigo.
A vista do mirante mais alto é deslumbrante, lá de cima podíamos ver milhares de barcos na praia de Botafogo, bem de longe o Cristo Redentor e todas as belas praias da cidade maravilhosa.
Ela encostou-se no mirante e eu a abracei carinhosamente por trás, dei um beijo no pescoço dela e ficamos ali, juntos, admirando todas as belezas do Rio de Janeiro.
Quando o sol já estava se pondo, o guia nos chamou para ir embora e ela me agradeceu. - Obrigado, vida, hoje foi incrível! Sempre quis conhecer todos esses lugares. - Nós vamos conhecer o mundo juntos! E hoje tem mais, vamos para o baile funk do Rio de Janeiro.
Ela ama shows e fervo, e o baile funk do Rio é uma loucura; eu tinha certeza que ela ia amar. Quando estávamos indo embora, por coincidência, ela encontrou um amigo de Curitiba; os dois se abraçaram e ficaram todos empolgados. - Não acredito que nos encontramos aqui, “miga”. - Eu já estava indo embora. - Fica mais um pouco, depois vamos tomar alguma coisa.
Ela me olhou e me conhecia, não sou o maior fã dos amigos dela. - O nosso guia já está indo, mas podemos marcar alguma coisa de noite.
- Claro, “miga”, vamos marcar.
Eles se abraçaram e se despediram. No caminho de volta ao hotel ela me perguntou.
- Você ficou com ciúmes do meu amigo? - Eu não. Da fruta que ele gosta eu passo longe. Rimos.
- Você é foda hein amor.
A verdade é que fiquei com ciúmes sim. Ela se transforma quando está com os amigos, parece que quer aparecer ou que realmente fica mais alegre do que quando está comigo. E acho um absurdo que o melhor amigo dela não seja eu, para mim meu amor é minha melhor amiga. Mas como prometi para mim mesmo, “nunca mais vou ter uma crise de ciúmes.” Prefiro ficar calado e mudar de assunto, nenhum tipo de ciúmes leva a lugar algum.
Após um longo dia de turista chegamos no hotel, fomos tomar um banho e descansar um pouco; pois a noite prometia.
Às 23:00h já estávamos no bairro mais badalado do Rio de Janeiro. Fomos num barzinho beber e comer petiscos. Nos sentamos na única mesa disponível, o barzinho estava lotado; pedi um copão de chopp, a bebida que mais me anima e a Renata bebeu uma caipirinha de saquê. Enquanto comíamos nossa porção de batatas com calabresa, falei todo animado sobre o próximo rolê. - O baile funk fica aqui na Lapa também, você vai curtir demais, lá tem uma pista de dança gigantesca! - Aí vida, não sei se é uma boa ideia. - Lá é bem seguro, já pesquisei e deixei tudo reservado. Vamos comer e dá para a gente ir andando, fica a 5 minutos daqui. - Acho melhor a gente deixar. Essas coisas são legais de fazer com os meus amigos.
Fiquei sem palavras, depois de tudo que fiz nesses últimos dias ela me fala isso? Fiquei muito chateado e nessa noite quando fomos para o hotel ela foi dormir e eu fui escrever no meu diário.
Passamos o último dia curtindo a praia e no pôr do sol voltamos para Curitiba.