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Capítulo 20 Tive uma ideia

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Epílogo

Epílogo

CAPÍTULO 20

“ “ “ “ “T T T T Tiv iv iv iv ive uma ideia!” e uma ideia!” e uma ideia!” e uma ideia!” e uma ideia!”

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Vou fazer algo que nenhum lutador nunca fez, mais! Vou fazer algo que nenhum homem nunca fez, vou escrever um livro e provar com uma atitude que eu mudei, que agora a entendo e quero o mesmo que ela.

Usei a pergunta que rege minha vida “O que você faria se vivesse de volta?”

Eu iria reconquistar o amor da minha vida e viver a vida dos sonhos ao lado da Renatinha.

Mas era horrível escrever no computador e no celular; escrever no caderno ia dar muito trabalho, pensei “vou fazer um teste”.

Me sentei na cadeira que escrevi as primeiras cartas para ela e quando a minha mão se juntou com a caneta, as palavras fluíram como um riacho e as minhas memórias se ativaram lembrando de cada detalhe.

Quando me sentava para escrever era como se voltasse no tempo, estava de volta em 2008, 2016 e em todas as datas que tenho memória. Mas o que mais me doía era que eu voltava no passado, mas não podia mudar nada, cometia os mesmos erros e sabia que no fim da história ia perdê-la.

Mas eu acreditava que assim como eu ela iria reencontrar nosso amor naquelas palavras.

vés da sua biografia se espalhou. A revista mais famosa do Paraná fez uma entrevista comigo e eles falaram que eu disse que ia lançar o livro até o fim do ano. O compromisso estava firmado.

Fui fazer a sobrancelha em uma amiga e patrocinadora e contei para ela algumas histórias do Moscão. Ela se divertiu muito com as histórias do meu ex e comentou.

- Sua história com o Moscão daria outro livro.

- Melhor nem citar ele, já estou no capítulo 4 e só falo da Renatinha. Eles se odiavam, se falar minhas histórias com ele é aí que ela não volta.

A sugestão dela entrou na minha mente, ia ficar divertido trazer algumas histórias com o Moscão. Comentei com o Beans e ele falou. - Irmão, você não acha que é demais escrever um livro para ela? Sei lá, escreve sobre suas lutas. Se quer mesmo voltar com ela não é melhor ligar e conversar? - Nem te contei o que eu fiz né!? Pedi para um amigo e patrocinador colocar um outdoor meu no caminho da casa dela.

- Irmão, você é maluco! Liga para ela.

O Beans tem razão, escrever vai demorar muito e vai ser difícil conseguir uma editora. Mas como vou ligar para ela? Exclui o número dela da minha mente e estou bloqueado em todas as redes sociais.

No final de semana fui na casa dos meus pais, tinha apagado o número dela até do celular da minha mãe. Depois do almoço meu pai pediu para arrumar a configuração do WhatsApp dele e não acreditei no contato que ele tinha. Só de olhar o número ficou gravado para sempre na minha memória.

Relutei muito em ligar para ela, para tomar coragem fui até a frente da nossa antiga casa. Já era de noite, encostei o carro na frente daquele muro gigante e lembrei de como era incrível quando a gente morava juntos. Segurando o celular, minhas mãos tremiam, meu coração estava muito acelerado. Digitei no meu diário todas as possibilidades. Mesmo com muito medo liguei.

O telefone chamou e ela desligou no primeiro toque. Fiquei muito desanimado, mas venho um pensamento que me deu força, “ela desligou porque ainda tem seu número salvo ou porque nunca esqueceu o seu número. Não desista!”

Ouvi meus pensamentos e não desisti. Segui escrevendo e na mesma semana vi uma postagem que foi uma bomba. O treino acabou e estava guardando meu material na mochila, um amigo que estava ao meu lado fazendo o mesmo, me perguntou.

- Você viu o que a Renata falou de você no insta dela?

- Não, o que ela disse?

Ele pegou o celular e me mostrou os prints, ela estava me zoando, me humilhando nas redes sociais dela. Naquele momento fiquei desolado e decidido a encerrar o projeto.

Horas depois recebi a ligação de uma editora, ficaram sabendo da minha história e queriam agendar uma reunião comigo.

No dia seguinte fui na editora, o responsável foi me recepcionar na porta, ele tinha os cabelos negros e pele clara, usava óculos e tinha a mesma estatura que eu. Nos cumprimentamos e fomos até o escritório dele. Nos sentamos e ele me ofereceu um café, amo café com bastante açúcar. Peguei a xícara e coloquei 3 colheres de sopa com açúcar.

Ao redor da mesa tinha muitas estantes cheias de livros e já comecei a imaginar o meu em uma delas.

Contei a ele tudo sobre o livro, ele perguntou se seria uma trilogia e afirmei que seria apenas um livro e a história acabaria no cinturão da Rússia. Ele me incentivou a trazer as histórias da luta junto com a história de amor, eu fiquei muito empolgado.

Conforme continuei escrevendo vi que o livro ia ficar muito grande e tantas idas e vindas seriam cansativas para o leitor. Decidi escrever dois livros, assim poderia descrever com mais detalhes e fazer duas histórias com começo, meio e fim.

Estava mantendo os treinos na academia nova, mas o mestre de lá

teve uma proposta irrecusável para ir dar aula em Miami. Sem ele por lá não fazia sentido continuar, era melhor voltar a treinar com os meus irmãos. Conversei com o Tio e voltei a treinar lá também.

Mantinha meus treinos e minha aula de noite, escrevia nas minhas horas livre e parei com os rolês. Não fazia mais sentido a superficialidade de apenas fazer sexo. Mesmo que fossem mulheres maravilhosas, aquilo era muito pouco.

No sábado à noite estava parado na frente de casa ouvindo música no carro, sozinho e pensando “é isso? Vou ficar sozinho sem conhecer ninguém? A Renatinha não me quer mais, preciso seguir em frente.”

É isso que vou fazer! Vou focar na luta e chegar no UFC, vou escrever o livro e contar as minhas histórias, parar de sair com um monte de mulheres só para transar, quero mais que isso.

Peguei meu celular e bem na hora uma menina tinha respondido uma mensagem que mandei há 3 meses atrás. Ela era muito simpática e acabei me empolgando e chamando ela para sair no mesmo dia.

- Infelizmente hoje não posso. - Melhor ainda, podemos nos conhecer mais por aqui.

A conversa fluiu e demorou um pouco mais do que o habitual para a gente se conhecer, quando nos conhecemos ela foi me surpreendendo cada vez mais.

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