Mr White MAG 01

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MAG 01
• STREET ART • fotografia • Fabrício Branco •
ÍNDICE INSIGHT 1 • Para que serve a Arte • Luis Carreira 07 INSIGHT 2 • NFT Art • Jamyle Rkain 11 ARTE DE RUA • Personagens Multicoloridos • Toz 14 PIINTURA • Sobre Jorges e Dragões • Jose Igna 24 PHOTO • Negra Luz • Robério Braga 34 GERAÇÃO 70 • Humor e Ironia • Zivé Giudice 48 MULTIMIDIA • Lambes do Mal • Daniel Lisboa 60 DESIGN • EGD • Mr. White Art & Design 73 ARQUITETURA • Arquitetura Orgânica • Heron V B 83 ACHADOS • Coisas legais que vimos por aí 91 LIVROS • Sugestões de leitura 93 • Enquanto hover gelo, há esperança! • Acrílica sobre tela • 100x100cm • Fabricio Branco • MAG 01

Luz Negra com Adereços!

Fotografia: Robério Braga

Desenhos: Mr. White

Impressão Fine Art Paper 60x60cm

Arte em toda Parte.

Vai de treinar o olho e a mente para viver esta incrível experiência transformadora. Certa vez, o Skip Sorvino, professor da SVA em NY nos abordou com a seguinte pergunta: Qual é o segredo da vida? “What you put inside, you throw to the outside”. O que você coloca pra dentro, você bota pra fora.

Daí uma imensa vontade de “ver com outros olhos”, uma curiosidade sem fim e a aventura de buscar referências para compôr o que fazemos com muito prazer: criar. Sobretudo com espontaneidade, ousadia e muito instinto. Viajar o mundo em busca de inspiração é um desafio prazeroso. Trata-se de um preenchimento interno, de encontrar um motivo para seguir em frente, um propósito na vida, pessoal e profissional.

Exercitar o olhar, é revelar a doçura da descoberta e o prazer da criação. Que se faça presente a Arte, onde quer que o olho aponte, enxergar o que nem todo mundo vê. Arte em toda parte é isso e mais, é se apropriar de uma superfície e saber manejar um instrumento para obter no fim o resultado da alma.

Esta primeira edição traz esta minha vivência e o trabalho de artistas que admiro, todos eles baianos, nascidos ou de alma, residentes aqui ou cidadãos do mundo. Me traz enorme prazer compartilhar essa riqueza que a nossa terra, a Bahia produz e pulveriza no universo.

• Floor Grafite • Mr White •
Fabricio Branco

Afinal para quê serve a arte?

Uma pergunta incômoda, capaz de atormentar artistas, professores e especialistas. Para muitos, a resposta está na ponta da língua: a arte não serve para nada. Mas, antes de ter opinião, é melhor compreender as coisas.

Há entendidos que insistem na inutilidade da arte e, para isso, evocam filósofos e artistas importantes. Surge o exemplo de Oscar Wilde que, no prefácio de seu grande romance O Retrato de Dorian Gray, disse: “toda arte é bem inútil”. Filósofos como Kant serão convocados para a conversa.

Fato duro, mas verdadeiro: nem sempre pessoas importantes estão certas. Filósofos se equivocam, artistas também falam bobagens. Além disso, é preciso saber identificar as ironias.

Inútil é o que não serve para nada. Uma coisa assim não pode ser julgada como boa ou ruim, nem merece atenção. Ora, será que a Capela Sistina, as sinfonias de Beethoven, os retratos de Rembrandt, os poemas de Drummond, os romances de Dostoiévski, as peças de

Shakespeare, as canções de Cartola são algo imprestável?

Útil é aquilo de que se pode tirar proveito. Será que não podemos tirar proveito de toda a nossa tradição artística? Será que ela não nos serve em nada, será que não satisfaz nenhuma necessidade humana? Será que não tem nenhum propósito?

Será que todas as obras de arte, até hoje, poderiam nunca ter existido?

Isso é jogar fora a humanidade, é tratar o ser humano como coisa entre coisas, é abandonar a cultura e a civilização, reduzir as pessoas às funções animais.

Somos seres cuja principal característica é a capacidade de transcender nossa condição imediata. Por meio da linguagem, da cultura e da civilização, nós vamos além do nosso aqui e agora. Nós conversamos com o passado e com o futuro. Temos saudade dos que partiram e sabemos que deixaremos saudades um dia. Nós herdamos e deixamos herança de bens materiais e imateriais.

Nós sabemos cultivar e cultuar, conhecemos valores.

A arte faz uma tradução disso tudo como um poderoso símbolo da experiência humana. Ela nos faz refletir, nos diverte, nos emociona, nos incomoda, nos consola, nos revela o que nenhuma explicação alcança.

Está aí a sua utilidade, a sua função, o seu propósito, que, mesmo variando no tempo e nos lugares, mantém um traço comum: o lembrar-nos quem somos e, segundo George Eliot, ampliar nossos horizontes para além da nossa experiência pessoal.

Como disse Sophia de Mello Breyner Andresen, poetisa portuguesa, “mesmo que fale somente de pedras ou de brisas, a obra do artista vem sempre dizernos isto: que não somos apenas animais acossados na luta pela sobrevivência, mas que somos, por direito natural, herdeiros da liberdade e da dignidade do ser.”

Se a arte serve para isso, convenhamos, não é de pouca utilidade.

• Luiz
Carreira
Doutor em teoria da literatura pela UnB, professor, escritor e fundador da escola “Acasaescola contemporânea de humanidades.”
PRA QUÊ SERVE A ARTE? • Luis Carreira • • INSIGHTS •
• foto: Rui Rezende •
Visite o Parque Nacional da Chapada Diamantina

Arte

substantivo feminino

1.

habilidade ou disposição dirigida para a execução de uma finalidade prática ou teórica, realizada de forma consciente, controlada e racional.

2.

conjunto de meios e procedimentos através dos quais é possível a obtenção de finalidades práticas ou a produção de objetos; técnica.

• Coke Kills• Acrílica sobre papel • 120x100cm • Fabricio Branco •

se fala em crypto art e NFT art… Mas e agora? O que é isso?

Fugindo do vocabulário nerd, explicamos o que é essa arte digital de edição limitada e registrada criptograficamente com um token que não pode ser modificado ou copiado

Mas o que é essa tal de arte criptográfica, ou Crypto Art, que vem ganhando cada vez mais o mercado da arte, especialmente a partir do segundo semestre de 2020, e que está chegando às maiores casas de leilão do mundo? Ela é tudo de bom? Em alguns setores, esse boom foi muito bem visto e tem significado uma revolução para a arte digital. Em outros, causou uma incerteza muito grande sobre quanto tempo essa efusividade vai durar e uma preocupação sobre a alta especulação que isso irá gerar no mercado.

Mas não pense que o interesse por essa área é coisa só de quem mexe essencialmente com o mundo digital. Apaixonado pelo mundo criptográfico, o artista britânico Damien Hirst, expoente do Young British Artists, está vendendo uma série de oito gravuras, intitulada The Virtues e aceitará pela primeira vez pagamento em criptomoedas, Bitcoin (BTC) e Ether (ETH). Isso levantou especulações de que ele não deve demorar tanto para anunciar obras suas em Crypto Art.

Mas o que é isso, pelo amor dos deuses?

De forma bem simples e direta, a Crypto Art é uma arte digital que é colecionável e tem edição limitada

registrada criptograficamente com um token não-fungível por meio de um blockchain. Não foi nada simples, né? Vamos fugir da explicação nerd:

Isso quer dizer que uma arte digital agora poderá ter sua autenticidade provada. Sem esse advento, a arte feita em formato digital (em qualquer formato ou extensão –jpg, png, mov, mp4 e outros) tem alta reprodutibilidade, podendo ser repetida diversas vezes sem que se saiba se é arquivo original. Com o registro criptográfico da obra, que não pode ser modificado, há como provar sua originalidade, agregando valor ao trabalho. Assim, o comprador leva para casa (em um pendrive, um CD-Room, em uma nuvem ou outro dispositivo de armazenamento) um arquivo com autenticação!

E é aí que entra o tal do NFT, que tem sido tema recorrente de discussões nas redes sociais ao se tratar de arte criptográfica! No Clubhouse, a rede do momento, só se fala disso! Todo dia há uma sala de bate-papo para falar sobre “NFT Art”! O NFT nada mais é que o tipo de código de verificação (token) que é permanentemente vinculado à obra de arte. Ele é, portanto, um ativo único que representa a propriedade e autenticidade das artes digitais (como são os certificados e assinaturas dos artistas em pinturas, por exemplo), tornando possível negociá-las com segurança por meio de uma tecnologia que permite que o envio e o recebimento de dados sejam rastreados (blockchain).

NFT é a sigla em inglês para token não-fungível e eles são os melhores para serem utilizados ao registrar a obra porque não podem ser recriados, modificados ou substituídos. Ou seja, eles são únicos. Existem diversos tipos de NFTs, mas dois dos maiores grupos de NFTS são os das artes digitais e das coleções digitais. Por isso, elas também podem ser chamadas, além de Crypto Art, de NFT Art.

Sendo uma arte que agora pode ter a autenticidade verificada, as obras digitais em Crypto Art se tornam economicamente valiosas e podem ser vendidas por milhões de dólares, coisa que antes não acontecia por não ser possível atestar a singularidade do arquivo que carrega a obra! Tradicionalmente, a Crypto Art estava relacionada à ascensão de criptomoedas como bitcoin e ethereum e tinha simbolismo em torno disso que estava vinculado sobretudo ao mundo das finanças, do lucro, do investimento. Agora, ela é mais livremente aceita como qualquer arte digital que foi tokenizada no blockchain para associar uma prova digital de propriedade.

• • INSIGHTS •
Jamyle Rkain
Feijoada e Coca Cola Fabricio Branco Acrílica sobre papel 120x100cm • Jamyle Rkain • é jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.
• fotografia • Fabrício Branco •

Tomaz Viana, natural de Salvador, é um artista plástico brasileiro. TOZ, como é conhecido nas artes, dedica-se à pesquisa e experimentação do graffiti há 20 anos e à criação de telas e objetos há 10 anos, já tendo participado de várias exposições coletivas e individuais, no Brasil e no exterior, vem ao longo do tempo ganhando notoriedade e reconhecimento pela identidade do seu trabalho. Ao longo da sua carreira, criou diversos personagens cujas cores e padronagens se espalham nos muros das cidades e das instituições culturais nacionais e internacionais. Em 2014, Toz fez sua primeira exposição institucional individual: Metamorfose, no Centro Cultural Hélio Oiticica, no

Rio de Janeiro, RJ. No ano seguinte, 2015, abriu sua primeira exposição individual em Paris com a Instalação Vendedor de Alegria, que foi realizada em parceria com o Projeto SCOPE da Prefeitura do 13°Arrondissement de Paris. Em 2017, veio o convite da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira para pintar um carro alegórico para o desfile do Carnaval no Sapucaí. O mesmo ano foi realizada a exposição POVO INSONIA, no museu Chácara do Céu (Rio de Janeiro, RJ). Em 2018 e 2019 foi realizada a itinerância da mostra individual TOZ CULTURA INSONIA nas unidades da Caixa Cultural Rio de Janeiro, e de Recife.

• TOZ • @tozfcb • tozofficial.com •
• Exposição Vazio Voraz •
Solar
Galeria
do Ferrão
Salvador
Bahia
Lambe Lambe
Fabricio Branco

Asérie dos São Jorges produzida recentemente por José Igna despertaram a minha curiosidade e uma espontânea vontade de escrever a respeito, independente de qualquer apelo ou demanda colocada. Conheço inumeráveis e inusitadas interpretações do santo e da cena icônica que o caracteriza, eu mesmo já realizei, pelo menos, quatro versões, uma delas bem diferenciada, onde vários São Jorges lutam entre si, num jogo especular, mas nestas de Ignácio há nuances que provocam a minha imaginação e desejo de externar esta percepção, mais do que eu consiga resistir e me recolher à minha insignificância.

Antes é preciso que eu fale da minha crença de que o artista nunca é o autor da sua obra, como se a arte emanasse dele, assim como os pais não são autores de seus filhos, assim como as bananeiras não são autoras das bananas. Creio que a arte está, como sempre esteve, toda no ar (ou na tal da nuvem, como se diz hoje em dia, pra ficar up to date), ela é

instância da unidade cósmica onde estamos todos implacavelmente mergulhados. Os ditos artistas só precisam ter a capacidade e sensibilidade de capturar uma parte disso, de processá-la com algumas ferramentas e habilidades chamadas de talento e técnica e de entregá-la, primeiro a si mesmos e depois à humanidade, de modo a provocar espanto, perplexidade ou surpresa, que desaguem em revelações.

Tenhamos a certeza de que a primeira e a maior revelação da arte é feita ao próprio artista, antes de qualquer outro ser vivente. Vi num programa do Canal Art 1, ainda nesta semana, o arquiteto e cineasta Isay Weinfeld falando que o outro famoso cineasta, Hector Babenco, falecido e de quem era amigo, dizia que fazia filmes porque não sabia o porquê de fazê-los, dizia que se descobrisse por que deveria fazer um filme, antes de fazê-lo, jamais o teria feito. Penso da mesma maneira e padeço do mesmo mal: arte é revelação, mais pra quem faz do que pra quem a vê.

José Ignácio • @joseigna art •

E a que prova de que o artista não é o autor da arte que produz é a enorme capacidade da mesma de provocar revelações das quais ele, artista, não faz a mínima ideia, cada espectador terá a sua revelação independente das intenções do artista, já que ele foi apenas um canal condutor de uma mínima porção de toda esta arte que está e que sempre esteve no cosmos.

Pensando assim, me sinto à vontade para falar da(s) revelação(ções) que tive com a série dos São Jorges de José Igna e neste momento me distancio completamente do amigo, a quem admiro, pela intensidade humana e do artista, a quem admiro pela expressividade plástica, para que consiga me apropriar daquelas imagens que passam a ser minhas por direito. Pelo direito que me confere meu cérebro e meu aparato da visão, que fique bem claro!

Não tenho certeza da ordem em que as telas foram produzidas, mas me baseio na percepção que tive através do Instagram. A primeira foi a do S. Jorge solitário, nu, provido apenas de uma mera espada. Não foi a primeira versão que vi do guerreiro nu mas na outra ele ainda carregava o manto, o elmo, o escudo e a lança, montava o sólito cavalo e cavalgava sobre o sólito e dominado dragão. Nesta, feita por Igna, o despojamento é quase absoluto e me revela a extrema vulnerabilidade da condição humana que, pouco a pouco, já vai me dando pistas para o que vem a seguir. Percebo que o Jorge passa a ser corpo, naquilo que ele tem de mais frágil. Corpo que está sujeito a dores e delícias, forças e fraquezas, prazeres e mortificações. Corpo que, sozinho, prenuncia alterações, turbulências, avisos de algo que está p acontecer. Entendo que esta primeira imagem é, certamente, transitória e ambígua pois anuncia, sem anunciar claramente, a falta do que a complementa. Digo isto porque todos temos, no nosso imaginário, toda a cena épica do dito santo, hoje cassado pela Igreja Católica.

Apesar da imagem heroica, a tradição da lenda, onde o santo mata o dragão para salvar a princesa em troca de 20.000 conversões ao cristianismo também revela uma situação ambígua. No fundo de tanta sacralidade há um mercantilismo, uma negociata espúria, em nome de Deus.

Cá, nas imagens seguintes em que surge o dragão, o santo se metamorfoseia e ganha uma expressão também monstruosa, quem sabe a única capaz de confrontar a fera. Surgem no seu corpo mais membros que me sugerem ora um Cérbero descontrolado, ora a deusa Kali com seus infinitos braços e infinita sanha destruidora, e então as ambiguidades se alternam, pois o dragão, quando aparece, é apenas cabeça. Enquanto a tradição impõe a eterna luta cristã entre o bem e o mal, o embate aqui se estabelece entre outros contrapontos: é corpo contra cabeça, instinto contra razão ou ainda a luta entre monstros mesmo mas que emergem de culturas e tradições diferentes e, por isso, portadores de representações e simbolismos distintos. Vejo no santo um Cérbero, a medusa, a hidra, o Ciclope com seu único olho, a deusa hindu, tudo isso se contrapondo a um dragão que é só cabeça, só razão, só iluminação e sorte, de acordo com

a tradição sino-nipônica. E neste jogo dos contrapontos a vulnerabilidade se inverte: quem, na verdade, será o terror e quem irá nos salvar do mesmo?

Essa grande questão que se coloca vai tornando o embate cada vez mais esquentado e estimulante. Relevante também é a ausência do cavalo que deixa o Jorge literalmente jogado no chão. Embora já também transformado num monstro, o santo continua nu, deitado no chão e com uma única espada voltada para a terra, enquanto o dragão-cabeça paira acima de tudo como uma consciência que domina o instinto: a animalidade do único pretenso “humano” da cena econômica de apenas dois personagens, um terceiro seria redundante nesta belíssima e nova construção de ambiguidades, mais uma vez.

Então surgem as figas nas extremidades dos membros do santo que podem significar uma tentativa de proteção ao olhar maléfico do dragão mas podem também passar uma mensagem da sua dimensão libidinosa, invertendo o jogo, estabelecendo uma sedução.

O santo-quase-humano, neste momento, dá sinais de uma sexualidade também ambígua, que tanto pode ser fálica quanto côncava (questões de gênero, neste caso, têm pouco ou nenhum peso), como se a dizer ao dragão: “faz de mim segundo a tua vontade”.

Nada mais a se esperar do que o sucumbir do dragão ao jogo erótico pela lei da atração dos opostos que é mais forte que ele seu bom senso, sua sensatez, seu discernimento, já que ele pretendia ser a cabeça ou a razão, neste jogo.

Por fim, como nos rituais de acasalamento do reino animal, ambos ganham conotações corpóreas diferente: o dragão com pintas de onça e o S. Jorge com tonalidades cerúleas pois a sedução chegou e ganhou este jogo. ...e o dragão “revira os oinhos, dizendo eu sou filho de São Salvador”

Ouviu, meu senhor?

A arte é a autoexpressão lutando para ser absoluta.
• Bairro Alto • Lisboa • Foto: Fabricio Branco •
Fernando Pessoa

Robério Braga, Fotógrafo, possui obras no acervo Permanente dos Museus Afro Brasileiro (Ibirapuera, São Paulo), MIS (Museu de imagem e Som, São Paulo) e MACS (São Paulo), é de Salvador, Bahia, Brasil e iniciou sua carreira em 1993, quando participou da Bienal do Recôncavo em São Felix e da Mostra Nacional de Fotografia (UFBA). Em São Paulo atuou como diretor de fotografia em cinema e publicidade, cursou por 3 meses a NYFA (New York Film Academy) tornandose também diretor de cena. Em 2003, fundou a Produtora Maria Bonita Filmes e sua divisão de conteúdo e entretenimento, responsável por projetos para a televisão, documentários, longasmetragens e novas mídias. Em 2014 Robério Realizou a exposição de fotografias sobre a África, “LUZ NEGRA” no Maio Fotografia Museu de

imagem e som de São Paulo, MIS SP, juntamente com 4 fotógrafos de peso entre eles o consagrado Josef Koudelka e o americano Gregory Crewdson. Luz negra itinerou pelo Museu Carlos Costa Pinto (Salvador - BA), Museu De Imagem e Som- MIS (São Paulo - SP), copacabana palace ( Rio de Janeiro) e Fundação Dom Luis I (Portugal) com grande repercussão na mídia, publico e critica. Hoje Integra o seleto grupo de fotógrafos da Galeria Mário Cohen Fine Art que representa também o brasileiro Sebastião Salgado. tendo participado de 4 edições da SP Arte e Sp Foto Braga está itinerando nesse momento com a exposição “A MISSA” e já é finalista do prêmio Fundação Conrado Wessel (XIV Edição) fazendo parte da sua prestigiada publicação anual. Braga acaba de ser premiado em 3o lugar ( único brasileiro premiado) em uma das mais importantes premiações do Brasil, A “Paraty em Foco 2018”.

• @roberiobraga1 •
Robério Braga
Rua Flórida 245, Graça • @choppshopartersanais True Love issuu.com/fabriciobrancodesouza/docs/pgs_amarelas_1
@ atma.gallery issuu.com/fabriciobrancodesouza/docs/pgs_amarelas_1
Cópias originais

homor e ironia humor e ironia HUMOR E IRONIA

As imagens atravessam, em seus signos, um sertão e uma mata atlântica baiana onde nasceu e viveu a infância, e dela uma ação de contar histórias, registrar espaços, extrair impressões, passando pela vida adulta na urbanidade de Brasília, onde incorporou humor e ironia. Isso sem esquecer a cidade da Bahia, cidade da adolescência e juventude, à qual está de volta hoje, marcada pela formação e a informação, o conhecimento da arte e do mundo, quando a obra ganhou uma dramaticidade que se juntou ao imaginário, abarcando melancolia e alegria, e tornou imperioso realizar um trabalho que não seja crítica social. Muitas palavras poderiam pontuar sua trajetória – instigante, intenso, figurativo, entre outras – e todas abrangeriam um momento ou vários momentos da sua arte, desenho e pintura que se misturam e se completam por um caminho conduzido pelo artista para instigar, em seus temas, e no fazer de técnica e tons, a exigência de uma arte para pensar e se pensar, questionadora do hoje e da condição humana.

Zivé Giudice nasceu em Jitaúna, Bahia. Formou-se pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia em 1980. Entre suas individuais: 1976- Individual na Galeria Canizares, 1977- Individual na Galeria do ACBEU; 2020 - Cojetiva virtual, COMO ANDAM NOSSOS ESPÍRITOS, na Paulo Darzé Galeria; 2021- Coketiva BAHIA FOR ÉVORA, no museu nacional de Évora. 1985 – Escritório de Arte da Bahia, Salvador, BA; 1997 – Galeria de Arte da Casa Thomas Jefferson, Brasília, DF; 1988- Panorama nacional no MAM São Paulo; 2000 – Espaço Cultural Le Corbusier, Embaixada da França, Brasília, DF; 2004 – A cidade é bela, Espaço Cultural Politec, Brasília, DF. Em coletivas: 1998 – Bahia a Paris – Arts Plastiques d’aujourd’hui – Galerie Modus, Paris, França; 1998 – Cem Recuerdos para Garcia Lorca – Espaço Cultural- 508 Sul – Brasília, D.F.; 1999 – Arte em um Céu para Todos –Pipas pintadas por artistas latino-americanos / 50 anos dos Direitos Humanos – Memorial da América Latina –São Paulo. Foi premiado em Salões Universitários; em 1986 – VII Mostra do Desenho Brasileiro – Curitiba, PR; 1986 – IV Salão Arte-Pará – Menção Honrosa.

• Zivé Giudice • @zivegiudice •

“Na verdade, eu não uso mais a “arte”

como dispositivo de enquadramento. Acho que estou apenas praticando coisas, praticando a vida, praticando a criação.”

• Theaster Gates • • Buracão • Salvador • Foto: Fabricio Branco •

LAM BES DO MAL

Quem já passou por Salvador certamente já se deparou com uma das obras do Lambes do Mal, nos locais mais frequentados da cidade, como Rio Vermelho, Barra ou a Praia do Buracão. Quem sabe até em algum local escondido da cidade você já passou por um dos cartazes de coloração berrante, formatação simples, preenchido por frases impressas em tinta preta. Daniel Lisboa é o criativo responsável por este projeto. Cineasta e a mente efervescente

por detrás das frases inspiradoras, questionadoras e perturbadoras do Lambes do Mal. Diretor e um dos donos da Cavalo do Cão Filmes, Daniel, já de carreira consolidada, conta com 15 anos de experiência na área. Já dirigiu filmes de grande repercussão, como O fim do Homem Cordial, Sarcófago e Tropykaos. Obras essas que mexeram com o imaginário da cidade de Salvador e que possuem o mesmo caráter político e questionador das frases do Lambes do Mal.

• @lambesdomal •
• Daniel Lisboa

Desde 2015, na cidade de Salvador, as pessoas são surpreendidas por frases que subvertem a lógica cotidiana propondo outras trilhas para o pensar. Coladas nos muros, postes e viadutos da cidade, utilizando o formato lambe-lambe, as frases da “Lambes do Mal” já fazem parte da paisagem urbana da capital baiana e de outras cidades brasileiras.

A poética antissistema dos lambes tem como principal objetivo produzir ruído, desobedecer, desconsertar o leitor, resignificar a norma. As palavras quebradas, separadas, desmembradas, dificultam uma leitura imediata criando armadilhas semióticas, labirintos gramaticais, que capturam o leitor antes mesmo desse compreender a mensagem. Hoje, as frases que surgiram nas ruas alcançaram as redes sociais onde são acompanhadas por mais de 12 mil seguidores. @lambesdomal

crie + preserve + ame +

ESPAÇO CULTURAL
Santo Antônio • Bahia

Hospede-se num cartão postal.

Barraca de Frutas • Salvador
Foto: Fabricio Branco •

ENVIRONMENTAL GRAPHIC DESIGN

Odesign gráfico ambiental, ou EGD, é um campo multidisciplinar de design no qual as disciplinas de design gráfico, arquitetura, arte, iluminação, paisagem e outros campos são utilizadas como uma forma de aprimorar a experiência do usuário por meio da tradução visual de ideias no ambiente construído.

O design tem potencial para estimular a inovação e criar um impacto positivo no mundo.

A Mr. White Art & Design é um estúdio independente de design multidisciplinar. Nosso trabalho abrange identidade, produtos e embalagens, ambientes, exposições e instalações, sites e experiências digitais, publicidade e comunicação, vídeo e ilustração.

Nossa convicção é de que um ótimo design não pode acontecer sem paixão, inteligência e acima

de tudo compromisso pessoal, e é demonstrado por um portfólio que abrange duas décadas e clientes de todos os tamanhos.

Design de ambientes é a área do design responsável por desenvolver diferentes tipos de projetos sociais transdisciplinar e multidisciplinar para espaços em que se está, sejam eles internos, como os supermercados, ou externos, como parques.

O Design Thinking é parte da nossa estratégia. Atualmente é tido como uma vantagem competitiva no mundo dos negócios. Sua implementação ajuda na identificação, entendimento e, também, na melhor solução dos problemas que afligem empresas e seus clientes. De certa forma ele valoriza as soluções por meio de processos, criatividade e inovação, em oposição aos aspectos tradicionais.

• Mr. White Art & Design • @mrwhite_artdesign • EGD • TASCA PEREIRA • Itaigara • Salvador •
• Ã BURGER • Apipema • Salvador • • OITO • Graça • Salvador •
• CHOPP SHOP • Graça • Salvador • • KAWAI • Rio Vermelho • Salvador •
• ORGÂNICO • Salvador Shopping • Salvador • • AZOUGUE • Salvador Shopping • Salvador •
são úteis a você. seja você
o papel
RECICLE!
útil ao planeta,
o plástico e

Abusca por integrar a natureza aos espaços internos e externos de construções não é algo recente. Esse estilo é conhecido como Arquitetura Orgânica. Os ambientes inspirados nessa tendência buscam valorizar a interação do homem com o ambiente, enfatizando aspectos naturais como a iluminação, os materiais orgânicos, os traços da obra e a função do espaço.

A Arquitetura Orgânica é ampla e propõe um alinhamento entre a natureza e a filosofia humanista (em termos arquitetônicos, mais adaptáveis às formas agradáveis e necessárias para o humano, menos rígidas).

A obra é considerada um organismo vivo, com elementos que respeitam a natureza e aprimoram as características básicas da construção (iluminação, ventilação e ambiente natural, por exemplo), priorizando o bem-estar dentro da casa e aproximando a arquitetura de atividades comuns e diárias.

A integridade é o pilar que afirma a uniformidade

do projeto, colocando a obra como uma unidade indivisível, que se relaciona com o ambiente externo e com o próprio interior. Todas as partes têm a mesma importância e estão juntas, sem deixar a beleza e a harmonia de lado, fazendo parte da paisagem.

A continuidade é considerada de duas maneiras: a espacial e a física. Ambas reiteram a presença da construção no meio, mas a espacial contempla a integração fluida entre os espaços externos e internos, recusando o conceito de cômodos pensados como caixas. A continuidade física aborda a unidade da fachada como um único plano, sem rupturas.

A plasticidade é quando observamos uma edificação e não conseguimos diferenciar a forma e a função, sempre aproveitando os conceitos de integridade e continuidade no todo.

Sempre valorizando os recursos naturais, Valadares aponta que esses materiais são fonte de inspiração e criação: o profissional deve aprender a observá-los e conhecer a melhor maneira de aplicá-los, ressaltando as suas propriedades físicas.

Heron Valladares Batista • @ heronhvb

Os materiais mais utilizados pelo arquiteto são pedra e madeira.

Considerando toda a construção, o que for observado deve transmitir um único discurso com base na forma do edifício. Os elementos harmonizam de tal maneira que falam a mesma língua.

A simplicidade é tida como característica primordial da Arquitetura Orgânica, eliminando qualquer elemento que possa ser acrescentado posteriormente e que não converse com a unidade. Mas isso não significa falta de graça, e sim respeito com o melhor que a natureza tem a oferecer para cada projeto.

Os projetos pensados a partir do cotidiano, que seguem traços mais simples, em sua maioria. Podem ser caracterizados por conter muitas janelas, trabalho de paisagismo muito forte com plantas e áreas gramadas, paredes revestidas com pedras e plantas na vertical, vigas de madeira aparentes e técnicas de engenharia para reduzir o impacto ambiental, como o gasto energético.

A arquitetura é muito mais que desenhos e construções, é uma atividade fundamental para a sociedade e consegue unir estética, história, sustentabilidade e o meio em que vivemos. E é um campo de possibilidades, com infinitas inspirações.

CÉLIA EUVALDO

ACHADOS

Coisas legais que vimos por aí.

MINIATURAS

MICRO-TRAINS N • VAGÃO FECHADO, ENVELHECIDO E GRAFITADO.

Vagão fechado (Railbox) Série 2, com portas deslizantes funcionais, com pintura envelhecida e com grafite.

Jun Matsui é um tatuador de origem nipo-brasileira nascido em Recife-PE no ano de 1972. Iniciou seu trabalho com a tatuagem em Tokyo em 1993. Foi o primeiro tatuador no Japão a se dedicar ao trabalho influenciado pelo grafismo étnico tribal que tem como características mais marcantes o uso da tinta preta em grandes áreas do corpo humano. É considerado um mestre no processo de tatuagem sem o uso do papel ou stencil, os desenhos nascem diretamente na pele em harmonia com as linhas,medidas e proporções da anatomia do corpo humano.

MINI DOC

Ed Hardy é o godfather da tatuagem. Ele aumentou sua popularidade e o elevou à categoria de arte. Ele não faz mais tatuagens, mas se dedica a preservar sua rica história.

TATTOO
www.robertoalbangaleria.com.br • @robertoalbangaleria

LIVROS

Sugestões de leitura

James Victore é um homem tenaz. As ideias dele sobre como otimizar sua criatividade, fazer um trabalho incrível e construir uma vida inspiradora destruirão seus limites. E mostre como vencer. Comece antes de você estar pronto e outras lições sobre como viver uma vida feliz e criativa: renomado designer James Victore quer arrastá-lo do sofá e jogá-lo de cabeça em uma vida de criatividade ousada. Em Feck Perfuction, Victore irá guiá-lo por todas as reviravoltas, provações e triunfos de começar sua carreira criativa, desde encontrar sua voz até escolher o momento certo para iniciar um projeto (dica: é agora). Traga suas ideias maiores, mais loucas e mais revolucionárias, e ele vai te dar a força necessária para torná-las reais.

Descubra como os artistas têm enganado o olho humano por séculos nesta linda e ampla exploração da arte da ilusão. Este fascinante olhar sobre a história e o desenvolvimento da arte ilusionista revela técnicas abrangentes que despertaram o fascínio do público por este meio. Lindamente reproduzidas, as imagens apresentadas no livro incluem obras centenárias, como o cenário do Teatro Olimpico em Vicenza, Itália, e os afrescos do teto da Residência Würzburg, na Alemanha, que mostram processos como trompe l’oeil e anamorfose. Ele também apresenta obras dos séculos 20 e 21, incluindo as clássicas obras surrealistas de René Magritte e os desenhos mágicos e matematicamente precisos de M. C. Escher.

O grafite é um museu a céu aberto que traduz a identidade de um povo. Mas como arte efêmera, pode durar mais ou menos tempo a depender da quantidade de sol e chuva nos muros da cidade. Na tentativa de eternizar essa expressão artística, o livro Ruas Salvador (Editora Gris | 398 páginas) registrou a produção da arte urbana dos últimos 30 anos na capital baiana, com curadoria do grafiteiro Eder Muniz, que tem quase 25 anos de carreira. Contemplado pela Lei Aldir Blanc, o Ruas Salvador teve sua primeira edição esgotada e agora se organiza para ampliar a tiragem com o novo edital que será lançado em julho. Registro histórico, o livro contempla grafites e pixos feitos em Salvador entre os anos 1990 e 2020.

• Fabrício Branco • PSICODELIC_29 • fotografia manipulada • 80x120cm • impressão fine art •
@mrwhite_artdesign mrwhite.com.br

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