Revista H#42 Farmácias Holon

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SOFIA COELHO SILVA Diretora da Revista H

EDITORIAL

FICHA TÉCNICA

CUIDE DO SEU SORRISO!

O 4º Barómetro da Saúde Oral desenvolvido pela Ordem dos Médicos Dentistas revela que, dos 1102 entrevistados em Portugal, 96.2% afirma escovar os dentes com frequência. No entanto, 70% da população tem falta de dentes naturais e 32,7% nunca visita o médico dentista ou apenas o faz em caso de urgência. Infelizmente, os médicos dentistas alertam para o facto de a saúde oral em Portugal ser uma verdadeira “tragédia” e precisar de “medidas urgentes”. Entrevistámos a Dra. Carlota Duarte de Mendonça, médica dentista e investigadora na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa, que nos explica que uma má saúde oral «interfere na forma como nos relacionamos com os outros, podendo representar uma barreira em termos socioprofissionais», além de estar «associada a autoexclusão social e diminuição dos níveis de autoestima». Por isso mesmo, defende: «nós, médicos dentistas, não tratamos apenas sorrisos: mudamos vidas!». Saiba mais sobre a importância ter um sorriso bonito e saudável no nosso artigo “Em Foco”. Sabe o que é o Pé Diabético? É uma complicação grave, que afeta quem sofre de Diabetes e que está associada a uma grande perda da qualidade de vida. A Diabetes continua a ser um flagelo e os números são claros: em Portugal, mais de 1 milhão de pessoas, entre os 20 e os 79 anos, vivem com Diabetes. Manter a doença controlada é a maior preocupação dos nossos profissionais de saúde. Por isso, o Serviço do Pé Diabético Holon é indicado para todas as pessoas com Diabetes tipo 1 ou tipo 2. O Enfermeiro realiza uma avaliação completa aos seus pés, que permite: - Identificar o seu grau de risco - Receber aconselhamento sobre o autocontrolo da Diabetes - Receber aconselhamento sobre os cuidados a ter com os seus pés Quer comprar medicamentos pela internet? Informe-se dos perigos! Comprar online é, de facto, uma comodidade. Adquirir um medicamento na internet pode ser mais barato e apelativo, mas também pode ser ilegal e, sobretudo, ser prejudicial para a saúde.

• Diretor: Sofia Coelho Silva • Propriedade: Holon S.A. • Capital Social: 5.000,00 euros Órgãos Sociais: José Luciano Diniz Pereira e João Carlos Duarte Monteiro • NIPC: 507336453 • Telefone: 219 666 100; • E-mail: apoio.cliente@holon.pt

• Edição: Hollyfar – Marcas e Comunicação, Lda. Rua General Firmino Miguel n.º 3 - Piso 7 1600-100 Lisboa • Coordenador Editorial: Natacha Pereira (Farmácias Holon), Carla Mateus (Hollyfar) • Colaboram nesta edição: Ana Albernaz, Ana Cláudia Dias, Ana Gonçalves, Dulce Ramos, Lionel Monteiro, Luís Antunes, Priscila Araújo, Stephany Martins, Stéphanie Silveira • Fotografia: Arquivo. • Publicação bimestral • E-mail: revistah@holon.pt • Tiragem deste número: 33.000 exemplares • Os artigos assinados apenas veiculam a posição dos seus autores. • Layout: Holon, S. A. Rua General Firmino Miguel, n.º 3 – piso 7 1600-100 Lisboa | Portugal • Paginação: SALVY • Execução Gráfica: Finepaper – Rua do Crucifixo, 32, 1100-183 Lisboa; • E-mail: info@finepaper.pt • Impressão e Acabamento: Lidergraf Sustainable Printing Rua do Galhano, 15 4480-089 Vila do Conde; • Site: www.lidergraf.pt • Número de Depósito Legal: 361265/13

Descubra tudo na sua Revista H42!

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>INDÍCE

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O QUE DIZEM OS ESPECALISTAS

NÃO É OBRIGATÓRIA A TOMA DE SUPLEMENTOS PARA A PRÁTICA DESPORTIVA

HOLON CUIDA

CANÁBIS MEDICINAL: OS NOVOS DESAFIOS

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23 PREVENÇÃO SAÚDE MEDICAMENTOS COMPRAR ONLINE EM SEGURANÇA

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ATUALIDADE

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OPINIÃO

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PONTO DE VISTA

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O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS

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SER MAIS HOLON

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NA PRIMEIRA PESSOA

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FARMÁCIA ATUA

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EM FOCO

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HOLON CUIDA

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BEBÉ E MAMÃ

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PODOLOGIA HOLON

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PÉ DIABÉTICO

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PREVENÇÃO SAÚDE

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NUTRIÇÃO HOLON

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RECEITA SAUDÁVEL

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VIVA MAIS

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DERMOFARMÁCIA HOLON

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ENTREVISTA ESPECIAL

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AO SERVIÇO DA COMUNIDADE

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MONTRA EM DESTAQUE

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SAÚDE ANIMAL

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H JÚNIOR

ESTATUTO EDITORIAL A H é uma revista bimestral de caráter informativo, circunscrevendo-se às temáticas da saúde e bem-estar, orientada por critérios de rigor editorial. A H é uma revista dirigida a um público plural e é propriedade da Holon S. A. O conceito da revista H passa pela abordagem às diversas questões nas áreas temáticas em que se insere, de modo prático e útil, em respeito pelo rigor científico. A H reconhece que os leitores são a sua principal razão de existência e, por isso, a satisfação das suas necessidades de informação constitui o objetivo primordial. É, assim, uma revista idealizada e produzida com o propósito de ir ao encontro dos interesses dos seus leitores, procurando servi-los sempre de forma isenta e objetiva.

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> ATUALIDADE CABELOS BRANCOS? A CULPA (TAMBÉM) É DO STRESS A sabedoria popular sempre acreditou que as preocupações fazem cabelos brancos. Agora, a ciência conseguiu comprovar esta ideia. O estudo foi publicado na revista Nature e revela que o stress acelera o aparecimento de cabelos brancos. De acordo com os investigadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos da América, o stress acelera o processo de despigmentação do cabelo por causa de uma alteração nas células nervosas. As conclusões foram retiradas de uma série de experiências com ratos que foram expostos a cenários de grande stress. Assim, os cientistas observaram que, quando expostos a dor, existe a libertação de adrenalina e cortisol. Resultado, o coração bate mais depressa e aumenta a pressão arterial, afetando o sistema nervoso, que causa um cenário de stress agudo. Ao fim de algumas semanas, os ratos com pelo preto ficaram completamente cobertos de pelos brancos.

TAMANHO DA CINTURA AUMENTA RISCO DE SEGUNDO ATAQUE CARDÍACO Se já sofreu um ataque cardíaco, tenha atenção ao peso extra à volta da barriga. Um estudo publicado no European Journal of Preventive Cardiology conseguiu demostrar que existe um vínculo entre o peso extra na cintura e um segundo ataque cardíaco. Um risco particularmente mais forte nos homens. Ao longo de quatro anos, a investigação incidiu no acompanhamento de mais de 22 mil pacientes suecos, que já tinham sofrido um ataque cardíaco. A observação contínua conseguiu estabelecer a ligação entre o aumento da circunferência abdominal e um segundo ataque cardíaco e acidente vascular cerebral (AVC) -1232 homens e 469 mulheres voltaram a ter recidivas. De salientar que a maioria dos participantes apresentava gordura abdominal: 78% dos homens, apresentava uma cintura de 94 cm ou acima, e 90% das mulheres mediam 80 cm ou acima. Estes novos dados atestam a relevância de os

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médicos avaliarem regularmente a cintura dos seus pacientes, como medida preventiva de reduzir o risco.

ADEPTOS DE FUTEBOL SOFREM NÍVEIS DE STRESS PERIGOSOS Se é um adepto fervoroso do seu clube está provado que pode experienciar níveis “perigosos” de stress para a sua saúde. Um estudo da Universidade de Oxford, no Reino Unido, concluiu que quem “sofre” pelo seu clube, “vê” os níveis de cortisol - hormona de stress – a aumentar o que, por sua vez, influencia os níveis de pressão sanguínea, ao ponto de ser prejudicial para o coração. O estudo publicado no jornal Stress and Health monitorizou os níveis de cortisol da saliva de 40 adeptos, antes e depois dos jogos, em três mundiais de futebol. O momento mais intenso acabou por se verificar na meia-final do Mundial 2014, com o jogo Brasil - Alemanha. De acordo com as conclusões das observações do estudo, os níveis de cortisol dos adeptos dispararam durante o jogo, assim como a pressão arterial e o risco de eventos cardíacos. E não foram detetadas diferenças entre sexos. Ou seja, os homens sofrem tanto quanto as mulheres.


STEPHANY MARTINS Farmácia Almancil Almancil

> OPINIÃO

DEDICAÇÃO TOTAL À SAÚDE DOS UTENTES «Na Farmácia Almancil somos uma equipa de profissionais dedicados e focados em suprir as necessidades de saúde dos nossos utentes. Esforçamo-nos dia após dia, seja numa simples tosse, uma situação mais complexa ou com uma palavra amiga». Na Farmácia Almancil dispomos de uma equipa de profissionais qualificados, em constante atualização científica e comportamental, só possível com o apoio das Farmácias Holon. Semanalmente, dedicamos tempo e energia para adquirir novos conhecimentos e melhorar as nossas capacidades, para corresponder à confiança depositada em nós. Todos os dias cumprirmos a nossa missão de «melhorar a qualidade de vida dos nossos utentes», acrescentando valor às ofertas de saúde já existentes em Almancil. Sabemos que fazemos a diferença ao disponibilizar produtos de marca própria com qualidade a um preço acessível, ou quando disponibilizamos serviços de saúde que incluem testes rápidos de colesterol, ácido úrico e hemoglobina que complementam o atendimento. Também sabemos da importância de ter os medicamentos sempre disponíveis. Por isso, fazemos todos os esforços para disponibilizá -los em tempo útil, pois os nossos utentes valorizam esta nossa forma de estar. A abertura da Farmácia Almancil veio trazer para a comunidade Almancilense diversos serviços de saúde que preenchem algumas lacunas nos cuidados de saúde locais. O acompanhamento prestado pela nossa enfermeira do Pé Diabético, por exemplo, possibilita às pessoas com Diabetes efetuarem avaliações complementares e terem acesso a informação que permite a adoção de medidas preventivas. A preparação individualizada da medicação (PIM) é um ótimo exemplo de um serviço com extrema importância para uma

comunidade com tantos doentes idosos e polimedicados. Este serviço garante o medicamento correto, na dosagem correta e na hora certa. Toda a medicação é analisada e preparada por um farmacêutico devidamente qualificado para detetar qualquer erro no tratamento. Os utentes levam a sua medicação semanal em blisters, devidamente organizada por hora e dia da semana, o que promove uma maior adesão à terapêutica. O nosso Serviço de Nutrição também já acumula muitos casos de sucesso. Arriscamos mesmo dizer que já «mudamos algumas vidas, para melhor». A Eunice Duarte é disso exemplo. Começou a ser acompanhada pela nossa nutricionista no início da gravidez, com o objetivo de ter um aumento de peso saudável, obter dicas para controlar as náuseas e indisposição e esclarecer dúvidas sobre os alimentos adequados a evitar na gravidez. Iniciou a consulta com um índice de massa corporal normal, que poderia ir até aos 15kg, no entanto, ganhou apenas 10kg. Já está no final da gravidez, sente-se bem e tem vindo a aprender a comer e a cozinhar de forma mais saudável. Apenas com dois anos de existência, somos uma farmácia ousada e cheia de projetos para o futuro. Sempre com o compromisso de sermos melhores dia após dia, de servirmos cada vez melhor a nossa comunidade. Quem nos conhece sabe que pode confiar!

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SARA ALMEIDA SILVA Associação Portuguesa De Celíacos

> PONTO DE VISTA

MISSÃO: INFORMAR SOBRE A DOENÇA CELÍACA A Doença Celíaca é uma doença crónica e autoimune, que surge na sequência da ingestão de cereais que contêm glúten, em indivíduos geneticamente suscetíveis. Esta patologia apenas se desenvolve após a introdução de alimentos que contêm glúten, sendo que se pode manifestar na infância, adolescência ou idade adulta. A sintomatologia é variada, podendo atingir vários componentes do organismo, através de um ou mais sintomas com maior ou menor severidade, ou até mesmo permanecer assintomática. As manifestações poderão ser tão diversas como: distensão abdominal, dor abdominal, diarreia, obstipação crónica, flatulência, atraso no crescimento, anorexia, desnutrição ou irritabilidade (mais comuns em crianças) ou amenorreia inexplicada, infertilidade, abortos de repetição, anemia por deficiência de ferro, dermatite alterações hepáticas, osteopenia precoce, alterações neurológicas e psiquiátricas (mais comuns em adultos). O diagnóstico deverá ser apoiado em várias informações, nem sempre sendo fácil de estabelecer. Adicionalmente à história clínica, deverão ser realizadas análises sanguíneas (serologia) para determinação dos anticorpos antitransglutaminase (tTG), antigliadina desaminada (AGA) ou antiendomísio (AE). São também estas análises que permitem ao médico acompanhar o rigor da dieta. Posteriormente, o diagnóstico deverá ser finalizado com a realização de uma endoscopia digestiva alta com quatro biópsias ao duodeno, de forma a confirmar a presença de lesão e

evitar eventuais erros. Ainda poderá ser efetuada a avaliação dos marcadores genéticos HLA-DQ2/ DQ8, mas esta apenas serve para excluir a possibilidade de se ser celíaco (não serve como confirmação). Aderir à Dieta Isenta de Glúten é, ao início, desafiante. Pode requerer novos conhecimentos e habilidades e exige a modificação de alguns comportamentos alimentares. É, por isso, essencial o esclarecimento dos doentes e seus familiares mais próximos, a supervisão cuidadosa com aconselhamento médico e nutricional regular e a manutenção da dieta em todas as situações do dia a dia. O Nutricionista tem um papel fundamental, pois ajudará no planeamento alimentar e na adaptação social e emocional aos novos hábitos, mantendo a qualidade de vida. Além disso, procederá à avaliação do estado nutricional do celíaco e à realização das intervenções necessárias, visto ser frequente este apresentar perda de peso, anemia, deficiências vitamínicas e/ ou minerais, má absorção de hidratos de carbono e gordura, intolerância à lactose, entre outos desequilíbrios, principalmente na fase inicial do diagnóstico. Adicionalmente, os doentes devem ser incentivados a participar em grupos de apoio à doença celíaca, como é o caso da APC. Está provado que quem o faz apresenta maior facilidade em aderir e cumprir a Dieta Isenta de Glúten e em lidar com os desafios inerentes, preservando o seu potencial de felicidade e realização pessoal.

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> O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS

MÓNICA SOUSA Nutricionista e investigadora na área da Nutrição Desportiva

«A TOMA DE SUPLEMENTOS NÃO É OBRIGATÓRIA PARA A PRÁTICA DESPORTIVA» Os suplementos nutricionais desportivos estão na “moda” e são usados tanto por atletas de alta competição, como por desportistas amadores e até por quem não pratica desporto. A nutricionista Mónica Sousa sublinha a importância de personalizar o tipo de suplementação, bem como a dose a tomar. Para nunca comprometer a saúde. H - QUAL É A REALIDADE DA NUTRIÇÃO DESPORTIVA EM PORTUGAL? MÓNICA SOUSA (MS) - A Nutrição Desportiva tem crescido exponencialmente nos últimos anos. Atualmente, muitos são os clubes e federações desportivas que têm nutricionistas nas equipas médicas. Paralelamente, o apoio da nutrição ao desporto não federado também tem aumentado bastante. Espelho disso é o número crescente de nutricionistas a trabalhar em ginásios ou outros locais de prática de exercício físico. H – ESTA É UMA ATIVIDADE SUPERVISIONADA PELAS

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AUTORIDADES COMPETENTES? MS – O assunto está na ordem do dia. Por essa razão, a Ordem dos Nutricionistas lançou, no segundo semestre do ano passado, a Norma de Orientação de Profissional 002/2019 - Atuação do nutricionista em estabelecimentos destinados à prática de exercício físico e desporto. H - OS ATLETAS PROFISSIONAIS TÊM CUIDADOS REDOBRADOS COM A ALIMENTAÇÃO OU AINDA DESCUIDAM ESTE ASPETO? MS - Deveriam ter cuidados redobrados. E é fácil compreender


porquê. A grande maioria da energia que produzimos vem dos alimentos que escolhemos consumir. Ora, se essas escolhas forem erradas, a qualidade e quantidade de energia disponíveis serão também inadequadas. Tendo em consideração que os atletas têm um trabalho físico (e cognitivo) muito intenso, a qualidade da energia é determinante. Por outro lado, quando há uma adequada escolha alimentar, esta permite também uma correta ingestão de vitaminas, minerais e de outras substâncias como os fitoquímicos, que têm um papel crucial no nosso metabolismo. Claro que continuam a existir atletas que descuram a alimentação e outras valências também importantes, como o sono. Mas, cada vez mais, temos atletas informados e com vontade de potenciar ao máximo o seu rendimento através de estratégias nutricionais e alimentares. H - OS ATLETAS AMADORES E AS PESSOAS QUE APENAS FREQUENTAM GINÁSIOS TAMBÉM RECORREM A ESTES SUPLEMENTOS COM FREQUÊNCIA? MS - Esta realidade é muito variável. Há atletas amadores a treinar mais que atletas profissionais e ainda a conciliar o treino com a sua atividade laboral. E, no outro extremo, há pessoas com uma prática pouco regular de exercício que nos pedem para fazer estratégias nutricionais e de suplementação específicas de atletas. O objetivo será sempre adaptar a estratégia nutricional e alimentar em função de vários fatores, nomeadamente o nível e volume de treino. Deste modo, a abordagem poderá ir desde estratégias muito específicas como, por exemplo, uma contagem rigorosa de alguns nutrientes, à educação alimentar, numa perspetiva de exercício, alimentação e saúde. H - COM O CULTO DO CORPO A GANHAR CADA VEZ ADEPTOS, OS NUTRICIONISTAS SÃO MAIS PROCURADOS? MS - Eu diria que mais que o culto do corpo, é a vontade de se ser mais saudável e o reconhecimento da nutrição como uma área fundamental para esse processo. Por vezes, as pessoas iniciam o processo de alteração alimentar por uma questão de estética (ou para tratar uma determinada patologia), mas rapidamente notam diferença na sua qualidade de vida, o que facilita adesão às propostas de alteração alimentar. H - É HABITUAL AS PESSOAS RECORREREM AO NUTRICIONISTA PARA SE ACONSELHAREM SOBRE OS SUPLEMENTOS? MS - Sim, bastante. Mas o oposto também é verdade. Há

pessoas que dizem, perentoriamente, que não querem tomar suplementação. Existem inúmeros suplementos destinados ao rendimento desportivo, mas a maioria não tem efeito comprovado. Por outro lado, é necessário ter critério de escolha de marca, por motivos de qualidade de produto, e também da altura da toma, para não comprometer o treino nem a adaptação ao treino. H – QUAIS AS VANTAGENS DA SUPLEMENTAÇÃO NA NUTRIÇÃO DESPORTIVA? MS - Depende de que substâncias estamos a falar. Mas as vantagens podem ser diversas. Em primeiro lugar, a praticidade, como no caso de um batido. Depois, a quantidade da substância – há substâncias ergogénicas (aquelas que permitem ao organismo manter energia, mesmo depois de ter estado a fazer exercício físico) que estão presentes nos alimentos, mas em quantidade reduzida. Nestas situações, se a ingestão fosse apenas alimentar, seria necessária uma quantidade muito elevada do alimento em causa. Outra vantagem prende-se com a especificidade da substância. Por exemplo, se for interessante fazer uma ingestão proteica elevada antes do treino e houver uma dificuldade digestiva do leite, poder-se-á optar pela proteína de soro de leite (a famosa whey) que tem uma digestão mais rápida e fácil do que o leite. E por fim, o controlo da quantidade. Existem vários alimentos que contêm cafeína, como o caso do café, mas a quantidade é muito variável e por vezes desconhecida. Para uma melhor manipulação do momento de toma e da quantidade, a cafeína é frequentemente utilizada em suplemento. H - QUEM DEVE ABSTER-SE DE TOMAR SUPLEMENTOS? MS - A toma de suplementos não é obrigatória em nenhum nível de prática desportiva. Aliás, podem ser utilizados por pessoas que não praticam exercício – é o caso da proteína em pó para um snack, ou a cafeína, por uma questão de rendimento cognitivo. É sempre importante perceber quais as motivações para a toma e o objetivo dessa mesma toma, de forma a avaliar o racional para o consumo de determinado suplemento. De realçar que os suplementos poderão estar contaminados com substâncias proibidas no desporto. E atenção: o foco na toma de suplementos poderá desviar a atenção de outras questões fundamentais, como o padrão alimentar. Por isso, é importante avaliar a real necessidade da toma de suplementos, tendo sempre em conta que a estratégia deverá ser sempre individualizada.

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SER MAIS HOLON

FÁTIMA FERNANDES Diretora Técnica Farmácia Entre-Vinhas

SABER RESPONDER ÀS NECESSIDADES DA COMUNIDADE «A Farmácia Entre-Vinhas centra-se nas necessidades, no contexto social, económico e na literacia dos utentes». Com 15 anos de existência, a Farmácia Entre-Vinhas é uma referência para a comunidade e apresenta-se com uma equipa coesa, uma liderança forte e uma grande aposta na formação contínua. Mais do que nunca, somos uma farmácia próxima dos utentes, que responde às necessidades locais. A proximidade e o profissionalismo periodizam o nosso quotidiano que assenta em pilares fundamentais: na curiosidade para aprender com o utente, na disponibilidade para mudar e experimentar novos desafios e ser relevante para a comunidade local. Em saúde, o mais importante não são as respostas, mas perguntas! Todos os dias, focamo-nos nas necessidades, no contexto social, económico e na literacia dos utentes. Para tal, disponibilizamos serviços de referência. Através da Consulta Farmacêutica e do Serviço de Preparação Individualizada da Medicação (PIM)

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indagamos os anseios dos utentes, enquanto ajudamos a interpretar e orientar a terapêutica. Isto sem esquecer os serviços tradicionais, muito procurados por todos. Mas não ficámos por aqui. Criámos o Gabinete da Mama, direcionado para apoiar mulheres que têm ou tiveram neoplasia da mama. O gabinete assume uma vertente solidária, muito forte e de caráter gratuito, que funciona com o apoio de uma equipa técnica de voluntários (psicólogo, enfermeiro e farmacêutico). Fazer parte do grupo Holon também é sinónimo de facilidade de gestão, acesso a formação útil e variada, sempre com o foco no benefício do utente e o enriquecimento dos profissionais. Acredito que a adesão ao grupo Holon trouxe mais-valias, que têm ajudado a garantir o sucesso económico e social da Farmácia Entre-Vinhas.


A PREVENÇÃO DO

SUICÍDIO É UM DEVER DE

TODOS!

COM O APOIO:


NOME: XENYA BURMUS IDADE: 21 ANOS LOCALIDADE: ESMORIZ OBJETIVO: CONTROLO DE ACNE E MELHORIA DO ASPETO FÍSICO

> NA PRIMEIRA PESSOA

«SINTO A MINHA PELE MAIS LISA, MAIS BONITA E ESTOU MAIS CONFIANTE!» Xenya Burmus, de 21 anos, vive em Esmoriz. Há mais de seis anos que tinha dificuldade em viver com a acne. Para minimizar os efeitos visíveis recorria a produtos que comprava no supermercado, sem qualquer tipo de aconselhamento especializado. Como o problema não se resolvia, começou a sentir-se insegura com a sua imagem. Numa deslocação à Farmácia Holon Esmoriz, a mãe de Xenya reparou num expositor com produtos para a acne e pediu aconselhamento à farmacêutica Marta Rôla, que recomendou uma avaliação personalizada no Serviço de Dermofarmácia Holon. O conselho foi seguido e, desde 2018, que é seguida pela farmacêutica Susana Henriques.

APRENDER A CONHECER A PELE Desde esse dia que as suas rotinas a cuidar da pele mudaram. Para além do uso regular de produtos mais adequados, Xenya consegue percecionar melhor a evolução do tratamento, através da medição de parâmetros, como a hidratação. As fotografias permitem ver o antes e o depois. Ao final de dois meses: «Sinto a minha pele mais lisa, mais bonita e estou mais confiante!», confessa.

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ACOMPANHAMENTO PERSONALIZADO «Antes não sabia escolher ou utilizar os produtos. Agora, sei quais os mais adequados para mim e estou mais atenta aos ingredientes que se adequam à minha pele», explica. A vantagem de ter um acompanhamento personalizado permite um ajuste imediato: «Sempre que não gosto de um produto, a Susana Henriques encontra uma solução mais adequada». Por esta razão, Xenya Burmus recomenda que não se fique à espera que o problema passe sozinho: «A ajuda especializada e personalizada permite encontrar uma solução mais depressa e de forma mais efetiva».



> FARMÁCIA ATUA

MAIS E MELHOR NUTRIÇÃO PARA OS UTENTES

FARMÁCIA BPLANET: MAIS PERTO DA COMUNIDADE

Sabia que uma porção de castanhas (mais ou menos 10 castanhas) fornece metade da dose diária recomendada de vitamina C? A Farmácia São Nicolau aproveitou o Dia de São Martinho para partilhar esta e outras informações com a ajuda da equipa de nutricionistas residentes. Uma oportunidade para divulgar o Serviço de Nutrição Holon e sensibilizar os mais novos para a importância de conhecer os alimentos que se ingerem.

Durante duas semanas, a Farmácia Holon BPlanet esteve mais próxima da comunidade com duas ações no âmbito do Serviço de Nutrição Holon e do Serviço de Podologia Holon. A primeira iniciativa decorreu junto dos “mais novos”, na Escola Básica Padre Abílio Mendes no Barreiro. No local, a nutricionista Dulce Ramos teve oportunidade de falar sobre “Lanches Saudáveis” e pôr todos os alunos a preparar uma receita de cheesecake saudável. A segunda ação decorreu na ARPIFF - Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos de Fernão Ferro, com o projeto “Dia a Dia com a Diabetes”, e contou com a colaboração da enfermeira do Pé Diabético, Joana Ferreira. A iniciativa contou com a participação de mais de 50 idosos que tiveram oportunidade de fazer o controlo da glicémia, enquanto alguns foram referenciados para a consulta médica.

SENSIBILIZAR PARA O HIPOTIROIDISMO A Farmácia Oeiras Figueirinha juntou 18 utentes, na Biblioteca Municipal de Oeiras, no âmbito da campanha de sensibilização sobre o hipotiroidismo: “Pode ser da Tiroide”. Durante uma hora e meia, a equipa teve oportunidade de esclarecer dúvidas sobre o funcionamento da tiroide, esclarecer sobre os sinais de alerta e deu dicas de como fazer escolhas alimentares mais conscientes e saudáveis diariamente. Esta iniciativa teve por objetivo sensibilizar e promover a partilha de informação sobre o hipotiroidismo junto da comunidade local.

FARMÁCIA DIAMANTINO: ESCLARECER SOBRE A DIABETES O auditório Germano dos Santos Madeira, em Setúbal, foi pequeno para receber a sessão de esclarecimento “Dia a dia com a Diabetes”. Dinamizada pela Farmácia Tavares da Silva, a sessão foi conduzida pela enfermeira Joana Luciano e pela nutricionista Sara Barreirinhas que tiveram oportunidade de desmistificar a ideia de que uma pessoa com Diabetes deve ter uma alimentação especial. Na verdade, uma dieta alimentar equilibrada, variada e sem excessos é perfeitamente adequada, desde que se reduza a ingestão de açúcar, gordura e sal.

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Não há nada mais sedutor do que um sorriso bonito! Mas para que isso aconteça é fundamental poder sorrir abertamente, sem receios ou constrangimentos. E é aqui que os seus dentes assumem o protagonismo. Dentes mais ou menos alinhados, mais ou menos clareados, as questões relacionadas com a saúde oral vão ganhando importância nos dias que correm. Não só por razões de saúde pública, mas também por questões estéticas. Carlota Duarte de Mendonça, médica dentista e investigadora na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa, explica que «o conceito de saúde oral no século XXI não se cinge apenas à qualidade dos tecidos moles e duros da cavidade oral. Esta ocupa um plano muito mais elevado, sendo mesmo considerada uma forma de marketing». Mais do que nunca, na opinião da médica dentista, uma má saúde oral «interfere na forma como nos relacionamos com os outros, podendo representar uma barreira em termos socioprofissionais», além de estar «associada a autoexclusão social e diminuição dos níveis de autoestima». Por isso mesmo, defende: «nós, médicos dentistas, não tratamos apenas sorrisos: mudamos vidas!». DUAS A TRÊS VEZES AO DIA «Uma correta higiene oral é o primeiro passo para a prevenção das doenças orais, com destaque para as cáries dentárias e a doença periodontal», afirma Carlota Duarte de Mendonça. Para prevenir estes problemas, é fundamental, como refere a especialista, eliminar «a placa bacteriana acumulada na superfície dos dentes através de uma correta escovagem dentária, duas a 3 vezes por dia, com um dentífrico fluoretado (1000ppm para crianças e 1500ppm para adultos)». Uma das escovagens deverá ser realizada, obrigatoriamente, antes de dormir. Mas não basta escovar. É preciso fazê-lo de forma correta. E tudo começa com a escova de dentes. O médico dentista Pedro Fonseca Rocha explica que o ideal é que a escova tenha cerdas de nylon, com pontas arredondadas, dureza média ou suave, cabeça pequena, devendo ser trocada de 3 em 3 meses. Embora ainda não exista uma clara evidência científica sobre a melhor eficácia das escovas de dentes manual ou elétrica, o médico dentista Pedro Fonseca Rocha esclarece que, «as escovas elétricas, com movimentos contra rotatórios ou rotatório-oscilante, parecem ser superiores às escovas manuais na redução da placa supragengival em doentes saudáveis ou com gengivite, especialmente em zonas de difícil acesso».

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No entanto, para a que higienização fique bem feita, não basta executa uma escovagem bidiária. «O uso de fio/fita dentário(a) é uma rotina à qual muitos de nós ainda não estamos habituados, mas que importa adotar», clarifica Carlota Duarte de Mendonça. De acordo com dados da Direção-Geral da Saúde, apenas cerca de 6% da população usa o fio dentário com regularidade.

CAMPANHA: SE JÁ NÃO ESTÁ A ESCOVAR, É PARA TROCAR! “Se já não está a escovar, é para trocar!” é o tema da campanha que irá decorrer durante o mês de abril, na sua Farmácia Holon. O projeto, que conta com a parceria da Pierre Fabre, pretende sensibilizar os utentes para a importância de cuidar da saúde oral, através da adoção de hábitos mais saudáveis. «A nossa saúde começa na nossa boca. Por isso é essencial garantir o autocuidado oral, em que se inclui a escovagem eficaz dos dentes», explica Sofia Macedo, farmacêutica das Farmácias Holon. Na mudança da estação tenha uma escova nova sempre à mão! É recomendada a troca da escova de dentes entre 2 a 3 meses de utilização. A prevenção e otimização da saúde oral contribui para o bem-estar da população, nomeadamente para a melhoria da qualidade de vida.

MAIS CUIDADO COM O QUE COMEMOS Ter dentes e gengivas saudáveis depende da combinação de: escova, pasta de dentes, fio dentário e uma alimentação saudável. Pedro Fonseca Rocha, médico dentista no Hospital CUF Infante Santo, aponta assim os novos hábitos alimentares como um dos grandes responsáveis pela má saúde bucal dos portugueses. «O consumo frequente de alimentos açucarados, acaba por contribuir para o aparecimento de lesões cárie.


Já os alimentos acídicos podem conduzir à erosão dentária. O consumo de tabaco e de álcool, o hábito de roer a unhas (onicofagia), chuchar no dedo ou morder objetos (canetas) também são prejudiciais para a saúde dentária». DENTES NA BASE DA SAÚDE TOTAL São bem conhecidos os problemas associados a uma má saúde oral: a cárie dentária, a doença periodontal, o cancro oral e o controlo de diversas doenças sistémicas. Mas quando falamos em saúde oral, falamos também na promoção da saúde. Por isso, para Carlota Duarte de Mendonça, antes de mais, «é fundamental consciencializar para a importância da prevenção». O primeiro passo consiste em procurar o médico dentista com regularidade, e não apenas quando sentimos dor ou algum desconforto estético. Idealmente, as visitas devem ser regulares, pelo menos duas vezes por ano. ALIMENTOS ALIADOS DO SORRISO A higiene oral e a alimentação têm uma relação muito estreita no que toca à saúde do seu sorriso. Sabia que existem vários alimentos que ajudam a promover a saúde da sua boca? O queijo é um deles. «A sua ingestão, após consumo de um alimento açucarado, contribui para a neutralização do pH salivar,

aumenta a secreção da saliva, bem como a concentração de cálcio da placa, que promoverá a remineralização do esmalte», refere Pedro Fonseca Rocha. Outro alimento benéfico é o leite de vaca: «contém lactose, cálcio, fósforo e caseína, inibindo a cárie». O médico dentista enumera também as vantagens dos alimentos fibrosos (maçãs e cenouras), dos amendoins e das pastilhas elásticas de xilitol, «que estimulam mecanicamente o fluxo salivar». Já o chá preto, «aumenta a concentração de fluoreto da placa e reduz a cariogénese», enquanto os alimentos com açúcares naturalmente presentes, como frutas, vegetais e grãos, contêm nutrientes essenciais para uma boa saúde bucal, em geral. Pelo contrário, há que fugir de alimentos ricos em “açúcares livres”, como as bolachas, as compotas, os chocolates, os refrigerantes e as gomas, que contribuem para as caries dentárias. Deve evitar-se, igualmente, a ingestão frequente de alimentos que possam contribuir para a erosão dentária, como os frutos cítricos (laranja, limão, toranja, lima, tangerina e a cidra, entre outros) e o consumo de refrigerantes, vinagre ou bebidas desportivas. Agora já sabe: se quer manter os seus dentes saudáveis, fuja destes alimentos, adote hábitos mais salutares e cumpra as recomendações para a higiene oral diária. No final, vai sorrir com ainda mais vontade e dizer adeus ao chamado “sorriso amarelo”.

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STÉPHANIE SILVEIRA Farmacêutica

> HOLON CUIDA

CANÁBIS MEDICINAL: OS NOVOS DESAFIOS A canábis é uma das plantas mais antigas do mundo. Nos últimos anos, o interesse pela sua utilização aumentou, principalmente para o tratamento de várias doenças e sintomas. Em Portugal, a sua utilização está legalizada, mas apenas para alguns casos clínicos.

Desde o século XIX que são conhecidas as propriedades psicoativas da canábis. Porém, só agora, com o avanço das técnicas laboratoriais, é que passou a ser possível utilizar partes ou extratos da canábis para benefício terapêutico, minimizando os conhecidos efeitos comportamentais agravados. A canábis medicinal, como é conhecida nos dias de hoje, provém dos compostos extraídos da

Cannabis sativa. Estes compostos, designados por canabinoides, são responsáveis pela ação farmacológica da planta. A sua utilização medicinal está associada a dois destes compostos, havendo uma redução de um destes químicos – THC – para minimizar os efeitos psicoativos, garantindo os benefícios farmacológicos.

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PRESCRIÇÃO MUITO CONTROLADA A prescrição destes medicamentos encontra-se limitada às seguintes doenças ou casos clínicos específicos: Espasticidade – A esclerose múltipla é uma doença autoimune que leva à alteração na contração dos vários músculos e a lesões na medula. Estes novos fármacos atuam no controlo destes sintomas; Náuseas e vómitos – Quando os sintomas são resultantes de tratamentos oncológicos ou da medicação para o HIV e hepatite C; Estimulação do apetite – Em situações em que o peso do doente é vital para a resposta aos tratamentos, são necessárias medidas rápidas e eficazes para controlar este parâmetro; Dor crónica – Principalmente em doenças oncológicas ou lesões no sistema nervoso; Epilepsia – Ação anticonvulsivante, ainda que pouco estudada até à data; Síndrome de Gilles de la Tourette – Controlo dos tiques motores e dos sons associados a esta patologia; Glaucoma – Redução da pressão intraocular; Se tiver dúvidas sobre as indicações terapêuticas do seu uso, consulte o seu médico ou aconselhe-se com o seu Farmacêutico Holon.

REGRAS DE USO APERTADAS O uso da canábis medicinal continua a ser um tema controverso, tanto na sociedade como entre profissionais de saúde. A legislação de 2018 veio definir as regras para a sua prescrição médica e dispensa na farmácia, a qual fica dependente da apresentação de receita médica especial. De acordo com a Autoridade Nacional do Medicamento – Infarmed, entidade responsável por avaliar e fiscalizar medicamentos, a utilização de canábis para fins medicinais depende da avaliação clínica efetuada pelo médico, face às indicações terapêuticas aprovadas. Por sua vez, os médicos apenas poderão prescrever estes medicamentos quando os tratamentos convencionais não funcionem ou, os mesmos, apresentem efeitos adversos.

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UM POUCO DE HISTÓRIA A canábis é uma das plantas mais antigas do mundo. Nos últimos quatro mil anos tem suscitado muito interesse, tendo desde essa altura sido alvo de estudos a fim de se perceber o seu valor terapêutico, chegando mesmo a ser utilizada para fins medicinais nessa altura. O conhecido médico português Garcia de Horta chegou a documentar as diversas propriedades farmacoterapêuticas desta planta. No entanto, os estudos laboratoriais pouco desenvolvidos na altura, bem como as imposições legais, levaram a um abandono da utilização da canábis.



> BEBÉ & MAMÃ HOLON

HIPERESTIMULAÇÃO

QUANDO OS ESTÍMULOS SÃO DEMAIS Parecem cólicas, mas não são. Muito menos “mau feitio”. Se o seu bebé é “demasiado irritadiço” e não consegue sair de casa sem que ele entre “num pranto”, poderá haver uma razão: hiperestimulação. Saiba como lidar com o excesso de estímulos. Lidar com um bebé, ainda mais quando se é pai “de primeira viagem”, é um grande desafio que traz, muitas vezes, angústias e receios para os pais. Se acrescentarmos a tudo isto um bebé que está, frequentemente, irritadiço ou poderá ter, erradamente, “mau feitio”, temos os ingredientes necessários para uma verdadeira provação para qualquer pai. Só que nem tudo o que parece. E no fundo o “apenas” poderá tratar-se de hiperestimulação da criança, o que, com alguns truques e uma boa dose de amor, poderá ser resolvido facilmente. Mónica Pinto, pediatra do neurodesenvolvimento, esclarece que

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«embora não esteja definida como uma perturbação, a hiperestimulação poderá ocorrer em bebés mais sensíveis, do ponto de vista sensorial, os quais assumiram o excesso de estimulação à alteração do ambiente calmo e regular do útero da mãe para um ambiente exterior mais confuso e/ou barulhento». No fundo, como refere a pediatra, estes bebés assumem «maior dificuldade no processamento e integração sensorial, pelo que o uso de excesso de estímulos pode gerar irritabilidade», além de reações, como o choro. O problema, como a pediatra alerta, é que os pais podem inter-



supermercados e desencadear mais birras e menor tolerância a mudanças de rotina». VALORIZAR AS ROTINAS

pretar estas situações, «erradamente, como cólicas ou birra de sono. Muitas vezes, os pais tentam consolar de forma hiperestimulante (com música, abanando ao colo), o que poderá gerar mais irritabilidade, porque são demasiados estímulos para a criança processar». O IMPORTANTE É MANTER A CALMA Mas não são só os bebés que são afetados pela hiperestimulação. Esta situação acaba, também, por gerar uma espécie de reação em cadeia, com os pais a sentirem insegurança, por não conseguirem controlar a criança. É também comum surgirem «ideias erradas de que é uma criança irritável ou com “mau feitio”, o que poderá dificultar a vinculação afetiva», salienta Mónica Pinto. Nestes casos, a pediatra do neurodesenvolvimento defende que «é importante que os pais percebam o seu bebé e aprendam que, por vezes, basta encontrar um ambiente calmo, reduzir a estimulação sensorial do ambiente e a criança reage melhor». Manter a calma, reduzir a estimulação e tentar perceber que tipo de estímulo é melhor aceite pela criança - tátil, sonoro, olfativo -, são, para Mónica Pinto, algumas das atitudes a colocar em prática. Por vezes, «basta dar de mamar num ambiente tranquilo, cantar baixinho ou fazer movimentos suaves e dar tempo para a criança acalmar e não mudar constantemente de estratégias », frisa a pediatra. Embora não haja estudos que mostrem que a hiperestimulação do bebé tem um impacto definido no desenvolvimento e socialização da criança, «o facto de poder interferir na vinculação afetiva com os pais, pode gerar insegurança e manter a dificuldade de integração sensorial mais tarde», salienta a especialista. Estas crianças podem ter igualmente «dificuldade em aceitar ambientes ruidosos e confusos, como a creche, parques infantis,

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Tal como qualquer bebé, as rotinas são importantes, pois permitem uma adaptação gradual aos estímulos que fazem parte dessa rotina. Quando se trata de bebés suscetíveis à hiperestimulação, a manutenção de rotinas assume maior importância, dado que facilita a aceitação aos estímulos extra. «Claro que é importante estimular o bebé, mas temos de saber respeitar o seu ritmo e perceber que, se alguns bebés reagem bem a estímulos intensos e variados, outros precisam de uma estimulação mais regrada e organizada», reforça a pediatra. Ainda assim, há que não ser radical: «Embora a rotina seja importante, não deverá ser demasiado rígida, porque queremos que o bebé se adapte gradualmente e aceite novos estímulos», ressalva.

DICAS PARA OS PAIS Existem diversas formas de estimular o bebé, algumas delas de forma descontextualizada e exagerada. Para evitar cometer esse erro, a pediatra Mónica Pinto recomenda aos pais: - Conversar ou cantar; - Fazer alguns exercícios calmos, alongando braços e pernas, fazendo massagem ou apenas festas; - Quando o bebé está calmo, usar objetos com cores, sons ou texturas diferentes, estando sempre atentos à sua resposta e reduzindo a intensidade, se for excessivo; - Usar o chão (tapete de atividades) a partir dos 2-3 meses, sempre com um adulto por perto para brincar. Deve evitar-se o uso de cadeiras ou espreguiçadeiras, pois limitam os movimentos; - Se o banho for muito estimulante, embrulhar o bebé na toalha e manter ao colo para ajudar a reduzir a excitação. Se a criança fica relaxada após o banho, usar esse momento para alongar os braços e pernas enquanto o limpam, por exemplo.



ANA CLÁUDIA DIAS Podologista

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QUANDO O PÉ NOS DÁ SINAL DE DOENÇAS Para além de suportarem todo o corpo, os pés também podem dar sinais de que algo não está a funcionar bem no nosso organismo. Nunca pensamos muito no assunto, mas na verdade os nossos pés transmitem-nos importantes sinais de alerta dos vários sistemas do nosso organismo. Por serem uma extremidade do corpo, acabam por ser os primeiros a refletir as consequências da má circulação do sangue. Um dos primeiros sinais poderá ser o inchaço nos pés. A razão é simples: os vasos sanguíneos nestas zonas são mais reduzidos e a distância ao coração é maior, o que dificulta o retorno do sangue a este órgão. Assim, se o inchaço surgir de forma recorrente nos seus pés, tal poderá ser um indício não só de problemas na circulação como também de problemas no coração. É o caso da insuficiência cardíaca, que sugere que o coração não está a bombear sangue tão bem quanto deveria. Por isso, o inchaço ao nível dos membros inferiores acaba por ser um dos sinais indicativos desta patologia.

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O QUE DIZEM AS UNHAS Também as unhas dos pés podem dar sinal de doenças, nomeadamente de psoríase. Neste caso, é muito comum a alteração da sua cor e espessura. Outro sinal de alerta é a presença de uma linha preta debaixo das unhas. Esta poderá indicar a presença de um fungo ou ser um sinal de melanoma, um tipo de cancro da pele. Apenas um diagnóstico feito por um especialista poderá deslindar o problema. Se pratica atividade física com regularidade, também deve ter atenção redobrada. É muito comum o aparecimento de várias lesões no nosso corpo, nomeadamente nas pernas e nos pés, já que estes são os membros que mais sofrem o impacto. Antes e após a atividade física, realize alongamentos e opte sempre por calçado confortável e adequado à prática do exercício físico que irá realizar. Esclareça as suas dúvidas e aconselhe-se com o seu Podologista Holon!

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LIONEL MONTEIRO Enfermeiro

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DIABETES: PÉS EM PERIGO O Pé Diabético é uma das complicações decorrentes da Diabetes e está associado a perda de qualidade de vida e incapacidade. Seguir os tratamentos e fazer o acompanhamento regular, reduz o risco de problemas mais graves. No Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes, de 2015, os números são claros: Em Portugal, mais de 1 milhão de pessoas, entre os 20 e os 79 anos, vivem com Diabetes. Outro dado a destacar é que, estatisticamente, os homens (15,9%) têm uma prevalência de Diabetes mais alta do que as mulheres (10,9%). Manter em todos os momentos a Diabetes controlada é uma preocupação básica no tratamento do Pé Diabético. Por outro lado, adotar pequenos cuidados no dia a dia podem ajudar a impedir as infeções e complicações graves. Uma ferida, por mais pequena que seja, é um sinal de alerta. Para prevenir complicações futuras graves, a pessoa com Diabetes, deverá adotar cuidados específicos: • Observe diariamente os seus pés e detete possíveis ferimentos; • Lave e seque diariamente os seus pés, principalmente nas zonas entre os dedos; • Coloque creme hidratante de pés, exceto nas zonas entre os dedos;

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• Utilize meias sem elásticos, viradas do avesso para evitar o contacto com as costuras; • Evite a utilização de sapatos apertados e prefira sapatos largos e confortáveis. Se é mulher e tiver Diabetes e deformidades ósseas, o uso de salto alto está fora de questão! • Trate das suas unhas de forma cuidada. Em vez de as cortar, pode sempre optar por limá-las, diminuindo assim o risco de ocorrer um ferimento; • Se tem problemas de visão, utilize meias brancas para facilitar a deteção de feridas! É importante que esteja sempre atento aos sinais e sintomas sugestivos do desenvolvimento de Pé Diabético. Deverá também realizar anualmente uma consulta para avaliar os seus pés. Conte sempre com o aconselhamento da equipa do Serviço de Pé Diabético Holon.





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> PREVENÇÃO SAÚDE

MEDICAMENTOS

COMPRAR ONLINE EM SEGURANÇA Existem milhares de fármacos à distância de um simples clique. Mas a internet não está isenta de riscos. Conheça os cuidados a ter antes de comprar medicamentos online. Informe-se! Cada vez mais pessoas recorrem à internet para comprar medicamentos. De acordo com a ACEPI - Associação da Economia Digital, as compras online representam, atualmente, 9% do total de compras e estima-se que o valor do mercado da saúde online, via farmácias e espaços de saúde, já movimente entre 5,5 e 6 milhões de euros. Comprar online é, atualmente, uma comodidade e, muitas vezes, uma forma de poupar dinheiro. No caso da saúde, adquirir um medicamento na internet pode ser mais barato e apelativo, mas também poderá ser ilegal e, sobretudo, ser prejudicial para a saúde. «As vendas pela internet estão em crescimento exponencial em

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todas as áreas. O problema é que a indústria dos medicamentos falsificados aproveita esta tendência para os distribuir em todo o mundo, fugindo a qualquer tipo de regulamentação e colocando os doentes em risco», alerta Henrique Santos, farmacêutico. PERIGOS À ESPREITA Em todo o mundo, incluindo em Portugal, existem duas realidades de venda de medicamentos online. As que decorrem de venda direta, na página oficial de uma farmácia ou local autorizado, e que atuam com as mesmas regras que realizam num espaço de rua.


«Trata-se de um serviço de venda via e-commerce que facilita a vida do utente que, em caso de dificuldades de deslocação, consegue ver o seu problema resolvido de forma rápida e segura», explica o farmacêutico. Os perigos reais advêm da compra de produtos de saúde em sites não licenciados e não regulados pelas autoridades competentes. Na verdade, aqui não existem garantias de que os produtos em venda cumprem as regras de farmacovigilância, abrindo porta para a comercialização de produtos falsificados ou de contrafação, ou mesmo ter a sua composição ou prazo de validade alterados. Consequentemente, aumenta o risco de o medicamento não produzir o efeito pretendido ou causar efeitos secundários inesperados. «Apesar de terem a mesma aparência (imagem), na verdade nos sites não certificados não existe a garantia do cumprimento das regras de farmacovigilância. Ou seja, não existe o avale das entidades reguladoras de que os medicamentos disponíveis cumprem as regras de uso, regras as quais incidem sobre os medicamentos fabricados, distribuídos, dispensados e prescritos», realça Henrique Santos. OS PERIGOS DA AUTOMEDICAÇÃO Por norma, os produtos mais procurados online, segundo Henrique Santos, são os que só podem ser adquiridos numa farmácia com receita médica. «Hormonas, corticosteroides, antibióticos, anticancerígenos, estimulantes sexuais, entre muitos outros, podem ser adquiridos na internet de modo fácil», indica. Este é, ainda de acordo com o especialista em Indústria Farmacêutica e Farmácia Comunitária, «um risco de elevada magnitude para saúde pública. É urgente avançar para ações de esclarecimento junto da comunidade, uma responsabilidade que é de todos, desde o Estado, passando pelos profissionais de saúde e população em geral». A compra de fármacos na internet aumenta também o risco da automedicação. O especialista dá, a título de exemplo, a possibilidade de se poder comprar a pílula do dia seguinte ou caixas de xarope para crianças com paracetamol, ou adquirir quantidades de ibuprofeno em caixas de 60 comprimidos. «Estes medicamentos requerem, para um uso correto, o apoio de um profissional de saúde», ressalva. Na sua opinião, o setor ainda não está preparado para responder a estes novos desafios. Por isto, o também professor universitário, defende uma «alteração da lei» no sentido de melhorar o controlo do que pode ser adquirido pela internet, de forma a garantir mais informação ao utente e, assim, contribuir para um uso correto do medicamento.

COMPRE DE FORMA SEGURA Os medicamentos falsificados são uma grande ameaça para a saúde pública. O INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde está atento a esta tendência e disponibiliza informação que ajuda os consumidores a identificar os sites que operam legalmente. Desde 1 de julho de 2015, que as páginas na internet de farmácias e locais de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica (LVMNSRM) têm um logótipo comum, que permite confirmar se o website está devidamente licenciado. Assim, ao carregar no logótipo, o utente é reencaminhado para o site do INFARMED que valida se o site encontrado é ou não legal. Por exemplo, se a farmácia estiver registada em Portugal, o link leva-o ao site do INFARMED, onde poderá consultar a lista de entidades licenciadas para a venda de medicamentos online e confirmar se a entidade em questão se encontra licenciada. Estes locais são os únicos que garantem que os medicamentos vendidos respeitam as regras da segurança, qualidade e eficácia, ao mesmo tempo que asseguram a prestação de informações sobre a toma no ato da entrega, por parte de profissionais credenciados.

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DULCE RAMOS Nutricionista PRISCILA ARAÚJO Nutricionista

> NUTRIÇÃO HOLON

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ALERTA ÀS ALERGIAS ALIMENTARES Estima-se que 5 em cada 100 crianças e 3 em cada 100 adultos sofram de alergia alimentar. Entender o que é a alergia alimentar e quais os cuidados a ter é essencial para evitar riscos para a sua saúde. O aparecimento de uma alergia alimentar é mais comum nas crianças, podendo acontecer também em idades adultas. Uma alergia alimentar é uma resposta exagerada do nosso organismo, desencadeada pelo sistema imunitário quando este reconhece erradamente um alimento como um agressor. A fração do alimento responsável por desencadear essa reação é uma proteína denominada por alergénio. Quando ingerido, este alergénio acaba por desencadear uma reação alérgica, que poderá manifestar-se em diferentes partes do corpo, sob a forma de bolhas vermelhas na pele, inchaço nos olhos, boca ou língua e, nos casos mais graves, os sintomas podem levar a dificuldades em respirar. Mas nada de alarmismo! O importante é estar atento aos sinais e recorrer a um médico especializado, um imunoalergologista, para assegurar um diagnóstico e tratamento adequados.

RECONHECER OS SINAIS As manifestações clínicas da reação alérgica podem variar de moderadas a graves, podendo mesmo, em alguns casos, ser fatais. Os sintomas surgem rapidamente, entre alguns minutos até 2 horas após a ingestão do alergénio, e podem incluir manifestações cutâneas, na pele e mucosas, gastrointestinais, respiratórias e cardiovasculares, de forma isolada ou combinada. Em cerca de 90% dos casos, as alergias alimentares são ao leite de vaca, ovo, amendoim, frutos secos oleaginosos, peixe, marisco, trigo e soja. Existem ainda outros alergénios menos prevalentes nomeadamente o aipo, a mostarda ou o tremoço. Menos frequentemente, algumas pessoas podem ser alérgicas a mais do que um alimento, e neste caso, estamos perante uma

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FAÇA AS PAZES COM A NATUREZA LIBERTE-SE DAS ALERGIAS

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CETIX é um medicamento não sujeito a receita médica que contém cetirizina, sob a forma de cloridrato, como substância ativa. CETIX é um medicamento antialérgico COM SABOR A MAÇÃ. Indicações: Em adultos e crianças com idade superior a 6 anos, está indicado no alívio dos sintomas nasais e oculares da rinite alérgica sazonal ou perene e no alívio da urticária crónica idiopática. Contraindicações: Não tome este medicamento se tem hipersensibilidade (alergia) à substância ativa ou a qualquer outro componente de CETIX, à hidroxizina ou a derivados da piperazina; ou se tem doença renal grave (insuficiência renal grave com depuração da creatinina inferior a 10 ml/min). Leia atentamente o Folheto Informativo e, em caso de dúvida ou de persistência dos sintomas, consulte o seu médico ou farmacêutico. CETIX Spray Nasal é um medicamento não sujeito a receita médica de dispensa exclusiva em farmácia, sob a forma farmacêutica suspensão para pulverização nasal. Cada dose (pulverização) contém 64 microgramas de budesonida (substância ativa). CETIX Spray Nasal está indicado na prevenção e tratamento da rinite alérgica sazonal (“febre dos fenos”) e da rinite perene (todo o ano) alérgica ou não alérgica, em adultos e jovens com idade superior a 18 anos. Alivia os sintomas alérgicos da “febre dos fenos” e outras alergias (alergias a animais, ácaros e bolores), tais como espirros, corrimento nasal, comichão no nariz e nariz entupido, até 24 horas. Se os sintomas não melhorarem após 14 dias, deve consultar o médico. Contraindicações: Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes do medicamento. Infeção localizada não tratada que afete a mucosa nasal. Idade inferior a 18 anos (exceto se prescrito pelo médico). Leia atentamente o Folheto Informativo e, em caso de dúvida ou de persistência dos sintomas, consulte o seu médico ou farmacêutico. Cetix-2020-01-JC-01 elaborado em janeiro 2020. Medinfar Consumer Health – Produtos Farmacêuticos, Lda. Rua Henrique Paiva Couceiro, nº 27, Venda Nova 2700-451 Amadora. Nº Cont. 504 939 980 – Nº verde: 800 204 661


alergia alimentar múltipla, por exemplo alergia ao ovo e ao leite. MAIS ATENTO AO QUE COME Identificada a causa da alergia alimentar, a base do tratamento passa pela eliminação do alergénio e de todos os alimentos e preparações culinárias que o possam conter. Porém, é fundamental assegurar que a ingestão de nutrientes não fica comprometida, sendo por isso importante consumir outros alimentos nutricionalmente equivalentes, mas que não contenham o alergénio. Nesta fase, o acompanhamento pelo nutricionista é de extrema importância, de forma a ajudá-lo a orientar e planificar uma alimentação equilibrada, completa e saudável. Adicionalmente, existem outros cuidados a adotar: • Esteja atento aos rótulos dos alimentos e de refeições précozinhadas. Se tem alguma alergia ou intolerância alimentar, verifique a presença de alergénios na lista de ingredientes. No rótulo nutricional irá encontrar os alergénios/aditivos com obrigatoriedade legal, nomeadamente cereais que contêm glúten (trigo, cevada, centeio, espelta, kamut), leite, ovo, moluscos e crustáceos, peixe, soja, amendoim e frutos secos de casca

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rija, sementes de sésamo, aipo, mostarda, tremoço, dióxido de enxofre e sulfitos. Por vezes, um determinado alergénio poderá estar presente no alimento por contaminação cruzada. Nestas situações, a indústria alimentar coloca uma advertência no rótulo, como por exemplo: “Pode conter vestígios de…”. Nos estabelecimentos que vendem ou fornecem produtos alimentares poderá também encontrar informações sobre a presença de alergénios. Quando estes não se encontram discriminados, questione e garanta que o alergénio não se encontra presente. • Redobre os cuidados na preparação e confeção dos alimentos para reduzir o risco de contaminação cruzada. A gestão adequada do uso de utensílios, equipamentos e instalações comuns e o cumprimento das boas práticas de higiene e segurança alimentar são medidas que devem ser aplicadas para reduzir os riscos decorrentes da contaminação cruzada. A contaminação cruzada ocorre quando dois alimentos diferentes entram em contacto e o alimento “seguro” passa a conter uma pequena quantidade do alimento alergénico, tornando-se assim perigoso para o individuo com alergia alimentar, mesmo que essa quantidade seja mínima. Este contacto poderá ser


ALIMENTOS A EVITAR Quando se faz alergia a um alimento, todo o cuidado é pouco. Conheça os alimentos a evitar de acordo com o alergénio.

Alergénio

direto, colocando por exemplo um alimento em cima de outro, ou indireto, contaminação através das mãos, utensílios ou equipamentos. Por isso, tenha atenção para não utilizar tachos, panelas ou frigideiras, que foram utilizadas na confeção de um alimento ao qual é alérgico, na confeção de uma refeição. Apesar do risco, as alergias alimentares não devem privá-lo dos seus gostos ou comprometer a sua qualidade de vida. Aconselhe-se com o seu Nutricionista Holon!

Alimentos a excluir Massas, couscous, farinha de trigo, produtos de pastelaria e padaria, todos os tipos de pão ou broa, tostas, flocos de cereais, gelados com bolachas/ biscoitos, papas lácteas e não lácteas com trigo, chocolates com bolacha, sopas pré-confecionadas, molhos, seitan.

RECONHECER AS REAÇÕES ALÉRGICAS As reações alérgicas são respostas inadequadas do sistema imunitário a uma substância que normalmente é inofensiva. Umas mais, outras menos leves, conheça os sinais que o nosso corpo manifesta quando exposto a um alergénio:

Manifestações cutâneas

"Erupções cutâneas Eczema Urticária Edema da glote (inchaço na garganta) e da língua Sensação de formigueiro na boca"

Manifestações gastrointestinais

Peixes azuis: atum, sardinha, truta, salmão, arenque, cavala, enguia.

"Vómito Dores abdominais Diarreia"

Manifestações respiratórias

"Dificuldades em respirar"

Amendoim, amêndoa, avelã, caju, noz, pinhão, pistacho, sementes de sésamo.

Manifestações cardiovasculares

"Diminuição da pressão arterial Perda de consciência"

Caranguejo, lagosta, camarão, mexilhão, ostras, ameijoas, lulas, polvo, chocos. Gema e clara de ovo. Peixes brancos: pescada, bacalhau, linguado, galo, nero, cherne, corvina, garoupa.

Soja, feijão de soja, rebentos de soja, tofu, molho de soja, molho shoyu, miso, farinha de soja, óleo de soja. Leite de vaca/cabra/ovelha; leite condensado, evaporado, desnatado e em pó; iogurtes; queijo (qualquer tipo); requeijão; manteiga; natas; papas lácteas com leite para crianças.

A reação anafilática é uma manifestação alérgica grave, potencialmente fatal. Os sintomas caracterizam-se por dificuldade em respirar e/ou tonturas, sensação de desmaio, geralmente associados a urticária e inchaço. Esta reação pode desenvolver-se após a ingestão do alergénio, quando este é inalado ou por contato direto com a pele. As alergias que mais se associam à anafilaxia são a alergia ao leite de vaca, ovo, peixe, marisco, amendoim e frutos de casca rija.

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> RECEITA SAUDÁVEL

INGREDIENTES 200G DE QUINOA TUFADA (APROXIMADAMENTE 1 CHÁVENA (EM ALTERNATIVA PODE USAR ARROZ OU MILLET TUFADO)

100G DE COCO RALADO (APROXIMADAMENTE ½ CHÁVENA)

8 ALPERCES SECOS/DESIDRATADOS 2 CENOURAS COZIDAS (APROXIMADAMENTE 150G)

1 COLHER DE SOPA DE SEMENTES DE LINHAÇA (10G) CANELA A GOSTO (OPCIONAL) RASPA DE CASCA DE LIMÃO Q.B.

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Informação Nutricional por 100g: Calorias (kcal) 59,8 | Lípidos (g) 2,5 | Hidratos de Carbono (g) 8,2 | Proteína (g) 1,8 | Fibra (g) 1,5

BOLINHAS DE COCO, ALPERCE E CENOURA MODO DE PREPARAÇÃO: Num robô de cozinha, coloque todos os ingredientes, incluindo as sementes de linhaça, e bata durante alguns minutos até obter uma massa homogénea. Reserve um pouco de coco ralado para a fase final. Com as mãos humedecidas, comece a fazer pequenas bolinhas. Por fim, polvilhe cada uma das bolinhas com coco ralado.

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QUINOA É um alimento de alto valor proteico devido à sua composição. A quinoa é isenta de glúten, pobre em gordura e rica em hidratos de carbono, sob a forma de amido. É uma boa fonte de fibra e é rica em vitaminas do complexo B, em minerais como ferro, magnésio, fósforo e zinco. Poderá optar por incluí-la no seu pequeno-almoço, em substituição dos cereais habituais, ou nas refeições principais, integrada em sopas ou saladas. Pode ainda ser usada enquanto acompanhamento, onde pode cozê-la como o arroz, fazer puré, ou em sobremesas.

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Contribui para o normal FUNCIONAMENTO MUSCULAR e do SISTEMA NERVOSO, e para a REDUÇÃO DO CANSAÇO e FADIGA - Magnésio Mag ADVANCED é um suplemento alimentar que tem como base a associação de bisglicinato de magnésio e um complexo de vitaminas e minerais. Mag ADVANCED é constituído por: Magnésio | Vitamina B1 | Vitamina B2 | Vitamina B6 | Vitamina C | Vitamina D | Vitamina E Zinco | Manganês | Cobre | Selénio | Crómio

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Indicações: Devido à junção do aminoácido glicina com o magnésio, o bisglicinato de magnésio garante uma maior biodisponibilidade e melhor absorção do magnésio. Conselhos de utilização: 1 comprimido por dia, a uma refeição principal. Apresentação: 30 comprimidos – 37,5 g

Por 1 comprimido Magnésio Zinco Vitamina C Vitamina E Manganês Cobre Vitamina B1 Vitamina B2 Vitamina B6 Vitamina D Selénio Crómio

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> VIVA MAIS

PADEL

UM DESPORTO PARA TODOS Jogado num campo mais curto do que o de ténis, o padel é o desporto ideal para quem quer ficar em forma, desenvolver os reflexos e o equilíbrio. E não exige grandes aptidões atléticas. Aceita uma partida? Quem joga garante que este deporto tem tanto de divertido como de viciante. A origem do padel, que começou por chamar-se “ténis de alto-mar”, remonta a 1890, quando a bordo de navios ingleses os tripulantes jogavam ténis em espaços mais pequenos, durante as travessias do Atlântico. Nos dias de hoje, esta mistura de squash e ténis, é o novo desporto de raquetes que está a conquistar milhares de adeptos em todo o mundo. E Portugal não é exceção. A Federação Portuguesa de Padel (FPP), criada em 2012, estima que existem cerca de 100 mil jogadores que praticam a modalidade nos cerca de 400 campos existentes no país. Em 2011, como revela Luís

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Centeno Fragoso, vice-presidente da FPP, havia apenas 50. REGRAS DO JOGO O dirigente desportivo explica que este desporto de raquete, jogado a pares, utiliza raquetes e bolas próprias. O campo é retangular, totalmente fechado, tem 10 metros de largura por 20 de comprimento e uma rede no meio. Apesar de ser jogado com raquetes, a modalidade difere substancialmente do ténis, sendo a diferença mais visível o campo onde se pratica, mas também na própria dinâmica de jogo. «O padel


pratica-se num campo 10x20 metros com paredes, onde a bola pode bater e continuar o ponto. Ou seja, mesmo que a bola passe pelo jogador, o ponto não está terminado porque vai bater no vidro, dando hipótese ao jogador de continuar a jogada», explica Luís Centeno Fragoso. Por outro lado, as bolas são mais leves e as raquetes são mais pequenas e não tem cordas, ao contrário do que acontece no ténis. Os cuidados necessários para uma iniciação no padel são os mesmos que nos restantes desportos: aquisição de equipamento adequado e um bom aquecimento e alongamentos, no final, para evitar lesões. FÁCIL E ACESSÍVEL Se é daquelas pessoas que fica “cansada” só de ver jogar os grandes craques do ténis na televisão, pode ficar tranquilo. O padel, ao ser praticado em campos mais curtos, permite que as jogadas sejam mais fáceis já que é mais simples colocar a bola no campo adversário. Em termos competitivos, «é bastante mais complicado terminar o ponto num jogo de padel, o que torna o resultado muito mais incerto e cativante», explica o responsável. Luís Centeno Fragoso vai mais longe e acrescenta que esta modalidade não exige grandes dotes desportivos para se iniciar a sua prática, adiantando que qualquer quer pessoa pode praticar este desporto. «A grande vantagem do padel em relação aos restantes desportos é que é uma modalidade muito fácil de iniciar, daí existirem muitas jogadoras do sexo feminino a praticar a modalidade».

TODOS VÃO A JOGO Sendo uma atividade para todas as faixas etárias e para ambos os sexos, basta haver predisposição para a diversão desportiva. «É difícil encontrar um desporto de equipa que tenha tantos adeptos de ambos os sexos e que assuma uma abrangência etária tão grande (dos 5/6 anos aos 80). Esta é uma das características mais interessantes do padel, que muitas vezes é jogado em família», sublinha o vice-presidente da FPP. Outra vantagem apontada pelo dirigente é a facilidade de aprendizagem, sendo possível trocar bolas e disputar pontos desde a primeira experiência. Para além disso, «é um desporto divertido, com muitas trocas de bolas e, por ser jogado a pares, social», afirma. UMA ATIVIDADE MUITO SOCIAL Mas, atenção: Não é por ser fácil de aprender e poder ser jogado em família que se torna um desporto pouco exigente, lembra o dirigente. «Num nível competitivo, o padel é tão exigente fisicamente como outros desportos de raquete e tem uma grande complexidade tática e estratégica». É importante realçar que a principal razão para o sucesso da modalidade é o facto de ser altamente «viciante», diz o dirigente, o que poderá explicar «a taxa de retenção de jogadores que continua a jogar depois da primeira vez, superando provavelmente os 80 a 90%». Agora, é praticar e tomar-lhe o gosto!

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ANA GONÇALVES Farmacêutica

> DERMOFARMÁCIA HOLON

A IMPORTÂNCIA DA HIDRATAÇÃO PARA A PELE Cerca de 70% da nossa pele é constituída por água. Como o nosso corpo é incapaz de a armazenar, é importante mantê-la bem hidratada! A Organização Mundial de Saúde recomenda o consumo diário de 2 a 3 litros de água. Contudo, sabemos que a quantidade de água a ingerir diariamente varia em função do peso, faixa etária, condições ambientais e nível de atividade física que se pratica.

A ÁGUA E A PELE Sabia que cerca de 70% da nossa pele é constituída por água? A epiderme – camada mais externa da pele – atua como um escudo e evita que a água evapore. Na pele saudável, esta função é conseguida graças ao reduzido espaço entre as células que a constituem e ao filme hidrolipídico. Esta película, uma mistura de água e lípidos (gorduras), atua como uma barreira contra as bactérias e fungos. Em situações de desidratação, esta barreira fica mais sensível e quebradiça, deixando de cumprir estas funções. Assim que a concentração de água na pele diminui, surgem alguns sinais: • Pele baça e áspera; • Descamação; • Sensação de picar e/ou repuxar; • Sensibilidade aumentada; • Linhas de desidratação (pequenas rugas, que desaparecem com a aplicação de um hidratante).

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PELE SECA OU DESIDRATADA: COMO DISTINGUIR? É frequente confundir uma pele seca com uma pele desidratada. A pele diz-se seca quando a quantidade de sebo que produz é reduzida. Neste caso, é a falta de gordura à sua superfície que causa os sintomas de desidratação. Já a pele desidratada caracteriza-se por um baixo conteúdo de água. Os indícios de desidratação podem ser os mesmos associados aos da pele seca. Mas neste caso, não há falta de gordura, podendo surgir sinais de oleosidade como tez luzidia, pontos negros, pontos brancos ou borbulhas.

HIDRATAÇÃO PARA CADA TIPO DE PELE O primeiro truque para manter a pele hidratada passa pela ingestão de muita água e do consumo de alimentos ricos em água. Quando aplicados sobre a pele, alguns produtos aumentam os níveis de água e reforçam a sua ação barreira, evitando a evaporação excessiva. De uma forma geral, estes produtos contêm elevadas concentrações de agentes humectantes – como a glicerina, a ureia ou o ácido hialurónico - que ajudam a pele a manter os seus níveis de água. Podem ainda incluir quantidades variáveis de ingredientes oclusivos - óleos ou manteigas vegetais, silicones ou lípidos semelhantes aos que a pele produz -, que diminuem as perdas de água através da pele. Já sabe: o importante é nunca esquecer uma boa hidratação!


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> ENTREVISTA ESPECIAL

Fotografia: Rita Carmo

RUI MASSENA «SE POP VEM DE POPULAR, É UM ORGULHO ESTAR PERTO DAS PESSOAS» A sua paixão pela música vem desde cedo. Gosta de quebrar regras, de desafios, de levar a música às pessoas. Apelidado por muitos como o “maestro” pop de penteado radical, Rui Massena não renega este “rótulo” e tem, aos 47 anos, uma carreira reconhecida pelo grande público. H - COMO SURGIU A PAIXÃO PELA MÚSICA? SER MAESTRO SEMPRE FOI O SONHO DA SUA VIDA, OU SURGIU DE FORMA INESPERADA? RUI MASSENA - Surgiu naturalmente. No jardim de infância perceberam que eu tinha jeito para a música e falaram com os meus pais. Fui estudar música com um compositor, o César de Morais, e depois disso fui para uma Academia de Música em Vilar do Paraíso, no concelho de Vila Nova de Gaia. Com o tempo fui descobrindo juntamente com os meus amigos, uma

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vocação para começar projetos e dirigi-los. E tornou-se um sonho. Segui-o. H - OS MAESTROS SÃO FIGURAS FASCINANTES, QUASE SEMPRE EXCÊNTRICAS, TOCADAS PELO GÉNIO. REVÊSE NESSA IMAGEM? RM - Acho que a figura de um bom Maestro é fascinante, o seu papel para um projeto orquestral é decisivo. Revejo-me na imagem de dedicação que a música exige, no fascínio que


exerce sobre mim dirigir um projeto orquestral e a excentricidade só a compreendo ao abrigo do amor e paixão que tenho pelo que faço.

tro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, o meu espetáculo de PIANO SOLO.

H - HÁ QUEM O APELIDE DE “MAESTRO POP”. É UMA ETIQUETA QUE LHE AGRADA? RM - Se POP vem de popular, é um orgulho estar perto das pessoas. Agrada-me fazer parte da vida da população, levar a música a muitas casas. É um grande elogio. H - DEPOIS DE MUITOS ANOS COM ORQUESTRA, ESTREOU-SE COMO COMPOSITOR. COMO E QUANDO SURGIU ESTA SUA FACETA? RM - Surgiu numa altura em que senti o apelo de mudar. Precisava de um novo desafio e a criação caminhava ao meu lado há muitos anos sem nunca lhe ter dado voz. H - O QUE O FEZ SALTAR DO MUNDO DA MÚSICA CLÁSSICA E ABRAÇAR NOVAS SONORIDADES? RM - A vontade de ser verdadeiro comigo próprio e o apelo de criar. Estava a precisar de praticar um estilo de vida que me trouxesse tranquilidade. Não só modifiquei o lifestyle como criei música ao piano que me fizesse sentir tranquilo. Música que fosse uma boa companhia. Julgo que os meus álbuns, acreditando no que me vão dizendo, são uma boa companhia para muitas situações. Tenho algumas pessoas que me dizem, quando faço autógrafos e me encontro com o público, que a minha música é terapêutica. É um grande elogio. H - COMO SE DEFINE O RUI MASSENA PARA QUEM NÃO O CONHECE O SEU TRABALHO? RM - Sou um comunicador através da música. Sou maestro e compositor. H - COMO MANTÉM O EQUILÍBRIO NA SUA VIDA? PRATICA EXERCÍCIO FÍSICO OU TEM ALGUM CUIDADO EM RELAÇÃO À ALIMENTAÇÃO? RM - Gosto de correr, tenho um estilo muito próprio, e tenho alguns cuidados com a alimentação. H - COM A DEDICAÇÃO À CARREIRA, SOBRA TEMPO PARA A FAMÍLIA E PARA ALGUM HOBBY? RM - Não tenho hobbys. Tenho atividades que gosto de fazer que estão muito ligadas ao desenvolvimento pessoal. Ler, ir ao cinema, conversar, e claro, ir ao futebol. H - QUAIS SÃO OS SEUS PROJETOS PARA O FUTURO? RM - São vários, mas neste momento estou em composição do meu quarto álbum de originais. A 2 de Abril, estreio no Cen-

RUI MASSENA Idade: 47 anos Onde nasceu: Vila Nova de Gaia Filme preferido/que a tenha marcado: “Into the Wild”, realizado por Sean Penn Livro preferido/que esteja a ler: “Siddhartha”, de Herman Hesse Música: Muitas, de séculos diferentes Viagem: Gostava de fazer uma viagem longa pela América Comida preferida: Gosto imenso de Bacalhau. De todas as formas

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> AO SERVIÇO DA COMUNIDADE

JAIME MELANCIA Presidente da PSOPortugal – Associação Portuguesa da Psoríase

PSOPORTUGAL

ACABAR COM O ESTIGMA E DESINFORMAÇÃO Estima-se que em Portugal mais de 200 mil doentes psoriáticos lidem, diariamente, com o preconceito associado à falta de informação. A PSOPortugal tem vindo a mudar este cenário, mas ainda há um longo caminho para percorrer. Criada em 2005 por um grupo de doentes, a PSOPortugal – Associação Portuguesa da Psoríase tem como objetivos «promover a melhoria da qualidade de vida dos portadores de psoríase, bem como desenvolver iniciativas de índole social e cultural, que ajudem a esclarecer e sensibilizar a opinião pública», afirma Jaime Melancia, presidente da instituição.

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Aqui todo o trabalho é desenvolvido «com o intuito de alertar, despertar e sensibilizar a sociedade para a discriminação social e profissional de que são alvo as pessoas que sofrem de psoríase», acrescenta o responsável. Isto porque, apesar de não ser contagiosa, a psoríase é uma doença crónica da pele, fortemente impactante e estigmatizante, que interfere em larga medida com a


qualidade de vida de quem a tem. Quando não tratada, esta doença sistémica autoimune pode levar a diversas comorbilidades, nomeadamente artrite psoriática, doenças cardiovasculares, Diabetes e síndrome metabólica. Um dos grandes problemas reside no facto de a origem da doença não ser clara, «embora se saiba que é geneticamente determinada e envolva alterações no funcionamento do sistema imunitário, que provocam inflamação e aumento da velocidade de renovação das células da epiderme», afirma Jaime Melancia. PEQUENAS CONQUISTAS: RASTREIO POR TELECONSULTA A falta de informação sobre a psoríase a par das ideias erradas sobre as formas de contágio, que é inexistente, leva a PSOPortugal a desenvolver ações de sensibilização junto do público, bem como dos profissionais de saúde e da classe política. Paralelamente, e em conjunto com outras associações de doentes, a PSOPortugal tem vindo a trabalhar na elaboração do Estatuto do Doente Crónico. Uma das conquistas mais recentes da Associação é o desenvolvimento do projeto de teleconsultas, «fundamental para facilitar o acesso às consultas da especialidade, uma vez que as listas de espera em dermatologia são das mais longas do Sistema Nacional de Saúde (SNS), chegando a ultrapassar um ano e existindo centros hospitalares onde não há sequer perspetiva de consulta», salienta Jaime Melancia. Para o presidente da PSOPortugal, o rastreio teledermatológico é «um serviço em funcionamento em muitos locais e de grande utilidade na referenciação, mas não resolve o problema das consultas dos doentes de psoríase, que necessitam de regularidade no acompanhamento pelo dermatologista». PARA A VIDA TODA Um doente com psoríase enfrenta lutas diárias. «Talvez a mais antiga, e sem sentido nos dias de hoje, é a questão da discriminação», aponta Jaime Melancia acrescentando que «a psoríase é uma doença que não mata nem é contagiosa, mas é para a vida e incomoda ao olhar». E incomoda muito mais a quem é olhado do que a quem olha, de tal forma que «há doentes que nem querem sair de casa quando os surtos aparecem. Há doentes que são despedidos», afirma. Além do impacto causado pelas manifestações cutâneas e pela doença em si, que poderá ser limitativa, as implicações psicológicas que a psoríase provoca poderá levar os doentes ao isolamento

e a estados depressivos. Jaime Melancia salienta que, apesar de não existir uma cura, «há já um conjunto de tratamentos que, usados isoladamente ou em conjunto, permitem um melhor controlo dos sintomas». No entanto, também aqui os doentes enfrentam obstáculos. Apesar de ter sido aprovada a Lei n.º 6/2010, de 7 de maio, que enquadrou no escalão A de comparticipação os medicamentos queratolíticos e antipsoriáticos, de aplicação tópica e sistémica, destinados aos doentes portadores de psoríase, «toda a terapêutica auxiliar do tratamento, como os cremes, loções e champôs, além de não ser comparticipada, tem a taxa máxima do IVA», lamenta Jaime Melancia. Atualmente, a PSOPortugal tem perto de 1.000 associados e todos eles têm acesso a alguns protocolos e acordos de cooperação com estabelecimentos de saúde e ao programa “A Cuidar da Sua Pele”. Este programa «resulta de um protocolo assinado entre a PSOPortugal, laboratórios aderentes e Associações de Farmácias, que permite aos utentes usufruir de descontos na aquisição de cremes hidratantes, champôs e outros auxiliares terapêuticos. Os produtos constam de uma tabela de comparticipações, elaborada e disponibilizada pela PSOPortugal», finaliza o dirigente.

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> SAÚDE ANIMAL

ANTÓNIO MIEIRO Médico Veterinário

UM PERIGO CHAMADO LAGARTA DO PINHEIRO Nesta altura do ano, um dos maiores perigos para os animais de estimação são as lagartas do pinheiro. O contacto direto poderá desencadear uma intoxicação, causando necrose dos tecidos envolvidos ou ser mesmo fatal. Também denominadas “processionárias” (devido ao modo como várias lagartas se deslocam em fila, fazendo lembrar uma procissão), são uma praga muito comum em Portugal, devido ao elevado número de pinheiros – o seu principal hospedeiro – nas nossas florestas. O ciclo de vida deste inseto tem duas fases: uma no pinheiro e a segunda fase subterrânea. Esta transição ocorre entre os meses de janeiro e maio, um período de cinco meses que requer atenção redobrada. É durante esta “travessia” que o perigo aumenta, uma vez que a “procissão” de várias lagartas desperta a curiosidade dos nossos amigos. O perigo está no contato direto com as lagartas. Como forma de defesa, estas possuem pelos urticantes capazes de desencadear grandes reações de hipersensibilidade. O contacto entre a lagarta do pinheiro e os nossos animais poderá desencadear uma intoxicação, causando necrose dos tecidos envolvidos

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ou, no pior dos casos, ser mesmo fatal. Geralmente, a língua é o órgão mais afetado, juntamente com toda a mucosa oral. Os principais sinais clínicos deste contacto são: comichão e inchaço do focinho, espessamento da língua (que tende a ficar mais azulada), aumento de salivação, dificuldade em comer e vómito. Se suspeitar que o seu cão teve contacto com lagartas do pinheiro deverá dirigir-se imediatamente a um médico veterinário. O prognóstico geralmente é reservado. Como forma de prevenção deverá evitar os passeios junto a pinhais na altura da primavera. Não sendo possível, redobre a atenção e reforce a vigilância sempre que o seu animal se aproximar dos pinheiros. Todo o cuidado é pouco, por isso esteja vigilante ao possível aparecimento das lagartas do pinheiro ou ao possível contacto com as mesmas.




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