Galeria Pedestre

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favoráveis a estudo por possuírem mais documentação e quantidade de lojas o que direciona melhor as análises conclusivas do trabalho.

3. Cidade dos pedestres Neste capítulo, propõe-se o estudo de como ocorre a apropriação dos espaços das galerias pelo pedestre, da concepção do projeto até sua atuação na dinâmica urbana da Avenida São Luís, Centro Novo de São Paulo. A explicação prática para a intitulação do capítulo é pautada nos estudos entre cidade e pedestre, baseado nos conceitos já vistos ao longo do trabalho. E o que seria da cidade, ou melhor, o que seria das galerias sem pelo menos a intenção de pertencimento do pedestre, neste momento, todo o estudo já feito acerca da formação tanto da tipologia, quanto dos entornos dos edifícios em questão são utilizados em larga escala. Cynthia Aleixo (2005) sinaliza que, em meio uma pesquisa solícita, infelizmente não há espaço para uma interpretação mais ampla das Galerias Comerciais no perímetro estudado, ou seja, não haverá a possibilidade de estudar todas as galerias comerciais do Centro Novo. E no presente capítulo é necessária a mesma observação. Visto que a escolha dos estudo de casos busca materializar a análise do comportamento social, econômico e arquitetônico dos projetos de galerias comerciais, baseadas na Avenida São Luís e seu entorno, e para isto serão selecionados três projetos. O estudo de casos tem como objetivo a leitura de forma mais reflexiva, da situação das galerias hoje, e como suas circunstâncias provocam a sensação de saudade do que não foi vivido, ou seja, o grande auge das galerias comerciais não é mais palpável. E dessa forma é possível questionar como a apropriação das galerias comerciais pelo pedestre, é algo que hoje em dia não acontece da mesma forma que na década de 1970, principalmente nos edifícios em questão. A partir do estudo da formação das galerias do Centro de São Paulo e da Avenida São Luís, foram escolhidos casos baseados no critério da problemática da monografia. Relacionando as motivações acerca da inserção das galerias, este capítulo representa o destaque às atividades comerciais no Centro Novo, e sua importância para o desenvolvimento das atividades urbanas em sociedade. Nadia Somekh conclui em sua obra A cidade vertical e o urbanismo modernizador que “o espaço é uma totalidade cuja a essência é social [...] a economia está no espaço como o espaço está na economia” (SOMEKH, 1997, p. 157).

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