CONJUNTURA ECONÔMICA NACIONAL: PETROBRÁS
NO OLHO DO FURACÃO
FLORIANÓPOLIS, 24º ENCONTRO ESTADUAL DE DIRIGENTES SINDICAIS TRABALHADORES EM SAÚDE DE DO ESTADO DE SC 10 DE SETEMBRO DE 2015
ZELADORA DA MAIOR RIQUEZA NATURAL DO BRASIL
“O caso do petróleo brasileiro prende-se ao caso do petróleo em geral. Esse produto é o sangue da terra. É acima da indústria moderna. É a alma da indústria moderna. É eficiência do poder militar; é a soberania; e a dominação. Tê-lo é ter o sésamo abridor de todas as portas. Não tê-lo é ser escravo. Daí a fúria moderna na luta pelo petróleo” (Monteiro Lobato, em 1940). “A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se a dos grupos nacionais... (Eu) quis criar a liberdade nacional na potencialização de nossas riquezas através da Petrobras, e mal começou a funcionar, a onda de agitação se avoluma.... Não querem que o trabalhador seja livre. Não querem que o povo seja independente.” (trechos da carta testamento de Getúlio Vargas, de 1954.).
O PETRÓLEO PERTENCE À NAÇÃO “O petróleo pertence à Nação, que há de dividi-lo, igualmente, por todos os seus filhos. A Petrobrás e o petróleo do Brasil não pertencem aos “acionistas” ou aos “investidores”, mas pertencem a todos os brasileiros, sem exceção”. General Horta Barbosa, durante a célebre conferência no Clube Militar, no início da Campanha do Petróleo, em 30 de julho de 1947. “Petrobrás produz conhecimento, combustíveis, plásticos, produtos químicos, e, indiretamente, gigantescos navios de carga, plataformas de petróleo, robôs e equipamentos submarinos, gasodutos e refinarias. A Moody´s vive basicamente, de “trouxas” e de conversa fiada” Jornalista Mauro Santayama.
ZELADORA DA MAIOR RIQUEZA NATURAL DO BRASIL “A Petrobras é a zeladora constitucional da maior riqueza natural que o povo brasileiro ainda tem, que é o petróleo e o gás, para pensar em um projeto de desenvolvimento nacional. É a única forma de rompermos os grilhões com o imperialismo e construirmos uma economia brasileira a serviço do povo”. João Pedro Stédile em Ato em Defesa da Petrobras, em fevereiro de 2015. “A Petrobras não é uma empresa, mas uma nação amiga”. Economista Maria da Conceição Tavares
“Há 60 anos e alguns mais, “O Petróleo é Nosso” foi mais do que uma campanha, foi uma batalha. Olha aí o século 20 de volta”. Jânio de Freitas, jornalista, em 5 de abril/15
ALGUNS NÚMEROS DA EMPRESA “QUEBRADA” ● Ultrapassou, em 2014, a norte-americana, EXXON MOBBIL, como a maior produtora de petróleo do mundo, entre as companhias petrolíferas de capital aberto ●O EBITDA (potencial de geração de caixa de uma empresa) do 1S2015 foi de R$ 41,2 bilhões, 35% superior em relação ao 1S-2014 ●Investe mais de 100 bilhões de reais por ano ● Paga mais de R$ 72 bilhões em impostos para o Brasil ●Opera uma frota de 326 navios, tem 35.000 quilômetros de dutos, mais de 17 bilhões de barris em reservas, 15 refinarias e 134 plataformas de produção de gás e de petróleo
ALGUNS NÚMEROS DA PETROBRÁS ● O pré-sal com apenas 47 poços operando (só Libra terá 100 poços), produz, entre petróleo e gás, 900 mil barris/dia de petróleo e gás (barris-equivalentes, recorde em julho) ● Aumento de 80% na produção no último ano ● Respondeu por mais de 10% de todo o investimento brasileiro no ano passado ● Tem o maior plano de investimento em curso no século XXI, feito por uma única corporação: cerca de U$ 200 bilhões de dólares serão aplicados em exploração e produção entre 2015 e 2019
AÇÕES QUE MAIS SE VALORIZARAM NO PERÍODO JANEIRO/JUNHO 1) 2) 3) 4) 5)
Renner: 47,8% Suzano: 47% Petrobrás: 46,3% JBS: 46,1% Hypermarcas: 35,9%
ALGUNS NÚMEROS DA PETROBRAS ● Opera o maior número de plataformas flutuantes de produção do mundo: 110 unidades de produção na costa marítima brasileira (offshore), 45 flutuantes; quatro plataformas do tipo FSO, que apenas armazenam e transferem petróleo ● Valor de mercado: 15 bilhões de dólares em 2002; atualmente vale 50 bilhões de dólares (apesar do tiroteio contra a empresa) ● A participação do setor de Óleo e Gás no PIB do País, que era de apenas 2% em 2000, hoje é de 13% ●Produção média de petróleo no Brasil somou 2,7 milhões de barris por dia em janeiro, 20,3% superior ao mesmo mês de 2014
VANTAGEM ESTRATÉGICA DA PETROBRAS ●Vantagem estratégica em relação às demais gigantes do setor: possuir suas principais áreas de exploração em uma região sem conflitos militares e plenamente conformada às normas e regulações internacionais ●Mesmo os riscos ambientais alardeados na década passada, quando foi anunciada a decisão de explorar as reservas de alta profundidade, foram desmentidos com o tempo.
INDÚSTRIA NAVAL E A PESQUISA
De sucateada nos anos de 1990 a indústria naval, emprega hoje 80 mil trabalhadores Além dos trabalhadores da Petrobras, o setor de Óleo e Gás emprega mais de 1 milhão de pessoas no Brasil (em janeiro a estimativa é que mais de 10% dos empregos perdidos estão relacionados à crise da Petrobras) No entorno da Petrobras foi montada uma das maiores estruturas do mundo em Pesquisa e Desenvolvimento (RJ), com os principais laboratórios, fora de seus países de origem, de algumas das mais avançadas empresas do planeta (mais recente foi o da General Electric, em novembro de 2014, investimento de 1 bilhão de reais)
QUADRO TÉCNICO E TECNOLOGIA ● Quadro técnico altamente qualificado ● Detentora da melhor tecnologia de exploração de petróleo no mar ● Quarta maior reserva de petróleo do mundo ● Recentemente o Deutsche Bank recomendou fortemente a compra de ações da empresa porque prevê crescimento anual de 10% na produção da empresa ● Em aumento de produção, nenhuma empresa no mundo tem números sequer comparáveis à Petrobras
PRÉ-SAL MUDOU A POSIÇÃO RELATIVA DO BRASIL NO MUNDO A PARTIR DE 2006
Pode conter de 100 a 300 bilhões de barris de petróleo, dos quais 60 bilhões já foram descobertos (em menos de dez anos) Começou-se a recuperar a proteção à indústria nacional, com a proibição da compra de plataformas de petróleo no exterior A partir dele, decidiu-se recompor as Forças Armadas, com o desenvolvimento de submarinos e caças no país, e, também, novos equipamentos de defesa para o Exército
PRÉ-SAL MUDOU A POSIÇÃO RELATIVA DO BRASIL NO MUNDO A PARTIR DE 2006
Reforço da participação do Brasil no Mercosul Ampliação da interação soberana em outros fóruns internacionais, como a UNASUL (União das Nações Sul-Americanas), a CELAC (Comunidade dos Estados Latino americanos e Caribenhos) e os BRICS Criou-se um banco e um fundo monetário dos BRICS
PRÉ-SAL MUDOU A POSIÇÃO RELATIVA DO BRASIL NO MUNDO
Buscou aproximação com os países em desenvolvimento da África, do Oriente Médio e de outras regiões (sem hostilizar os Estados Unidos, a Europa e o Japão) Abandona-se o 'modelo das concessões‘ e adota-se o modelo do 'contrato de partilha' para essa área, que é melhor do que a concessão Decidiu-se também escolher a Petrobras para ser a operadora única do Pré-Sal, o que é estratégico para maximizar a compra de bens e serviços no país Isto tudo contraria diretamente interesses geopolíticos dos Estados Unidos O projeto de Serra no Senado foi para “acertar” as coisas com os EUA
PRÉ-SAL É UMA GRANDE CONQUISTA
Chegou à produção de mais de um milhão barris por dia no pré-sal, em julho/15, apenas oito anos após a primeira descoberta, ocorrida em 2006 Comprova-se a elevada produção média dos poços da camada pré-sal Representa uma marca significativa na indústria do petróleo, especialmente porque os campos se situam em águas profundas e ultraprofundas Foram necessários 31 anos para a Empresa alcançar a marca de 500 mil barris diários de produção, em 1984, com a contribuição de 4.108 poços produtores Petrobras tem perfurado poços no pré-sal em tempo cada vez menor, sem abrir mão das melhores práticas mundiais de segurança operacional Petrobras alcançou 100% de sucesso exploratório no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos em 2014, ou seja, encontrou óleo em todas as perfurações realizadas nessa área
CUSTO DE EXTRAÇÃO NO PRÉ-SAL
Custo de extração de petróleo na camada pré-sal não para de cair Atingiu o patamar de US$ 9 o barril - abaixo da média da estatal, de US$ 14,6 por barril, e da média das empresas do setor, de US$ 15 por barril No começo, estimou-se que o pré-sal seria viável a US$ 45 por barril. Mas os custos caíram graças à escala de produção maior e aos investimentos em tecnologia A previsão é de que os custos caiam ainda mais pela evolução da tecnologia e pelo aumento da escala de produção.
PRESSÃO PARA RETIRAR PETROBRAS DA EXCLUSIVIDADE DA EXPLORAÇÃO DO PRÉ-SAL IRÁ AUMENTAR
Empresa está extraindo muito mais do que os 15 mil barris diários por poço, previstos nos estudos de 2010 A média da produção diária é de 25 mil barris em cada um dos 17 poços nos campos Lula e Sapinhoá, na Bacia de Santos (de São Paulo ao Espírito Santos). Não por acaso, a China acabou de conceder um empréstimo à Petrobras de US$ 3,5 bilhões O senador José Serra já apresentou um projeto para retirada da exclusividade operativa da Petrobras nos poços, como meio de aumentar a produção de petróleo do pré-sal, que, a seu ver, a estatal não tem condições de fazer (isso não bate com a realidade)
PRINCIPAIS AVANÇOS RECENTES
Elevação significativa das reservas Aumento da produção Aumento do refino Construção das plataformas mais modernas do mundo Financiamento e viabilização do ressurgimento da indústria naval
PETROBRAS E A COMPETIVIDADE ● Brasil precisa expandir competitividade das suas empresas, inovando em gestão, em marketing, em logística, em tecnologia (ou vamos perder a indústria)
● Petrobras é chave nesse objetivo ● Empresa forma há décadas uma equipe de 86.000 funcionários, trabalhadores, técnicos e engenheiros, em um dos segmentos mais complexos da atuação humana
QUEDA DO PREÇO INTERNACIONAL DO PETRÓLEO
Nada tem a ver com a Petrobras Afeta igualmente suas principais concorrentes Decisão tomada pela Arábia Saudita de tentar quebrar a indústria de extração de óleo de xisto nos Estados Unidos Tem provocado demissões nos EUA Como o petróleo extraído pela Petrobras destina- se à produção de combustíveis para o próprio mercado brasileiro a empresa deverá ser menos prejudicada por esse processo Brasil tem uma economia diversificada (diferentemente de outras potências petrolíferas)
QUEDA DO PREÇO DO PETRÓLEO ATINGE O PETRÓLEO DE XISTO DOS EUA
Produto garantia bom retorno aos produtores nos últimos anos, com preço do petróleo acima de US$ 100 por barril Com o barril do petróleo tipo Brent a US$ 50 ou abaixo, diversas operações de xisto deixam de ter viabilidade econômica, segundo os especialistas Estimativas dão conta que um preço de US$ 60 por barril prejudica três das seis mais importantes áreas de produção de xisto nos EUA. As ações das duas maiores empresas de óleo de xisto nos EUA caíram mais de 90% em relação ao que valiam no início de 2013 (aí se fosse a Petrobras...)
TUDO INDICA QUE OS EUA
ESTÃO POR DETRÁS DA QUEDA DO PREÇO DO PETRÓLEO
Petróleo barato impulsiona economia americana Enfraquece todos os principais inimigos dos EUA: Rússia, Irã e Venezuela. Arábia Saudita tem reservas de US$ 733 bilhões Sauditas tornaram-se exímios operadores em bolsa e compensam as perdas no preço do barril através de ações especulativas
PETROLÍFERAS AMERICANAS DE MENOR PORTE ESTÃO QUEBRANDO
As empresas de óleo e gás dos EUA acumularem, nos primeiros seis meses de 2015, rombo de US$ 32 bilhões A dívida líquida agregada das petroleiras americanas, que era de US$ 81 bilhões no fim de 2010, saltou para US$ 169 bilhões. As informações consideram apenas as companhias listadas na Bolsa de Valores. Estão emitindo mais ações e mais títulos de dívida para se financiar Com a queda no preço do petróleo bancos não querem mais financiar essas empresas
PORQUE O PREÇO DO PETRÓLEO TENDE A SE RECUPERAR NO MÉDIO PRAZO
1º) concorrência do petróleo saudita mais barato com o óleo e o gás de xisto dos EUA, que pode diminuir a oferta de produção local no maior mercado do mundo 2º) Pressão de outros membros da OPEP para que haja corte na produção 3º) Diminuição dos estoques norte-americanos e chineses, que deve ocorrer devido ao aquecimento da economia dos EUA e das exportações chinesas, como já se viu neste ano 4º) Possibilidade de recuperação da economia europeia, caso seja bem sucedido o pacote de estímulo do BCE
PETROBRÁS GANHA EM QUALQUER CASO
Para a Petrobrás e o Brasil, o mercado de petróleo é lucrativo na alta ou na baixa, por causa do monopólio virtual sobre a produção e a distribuição Se o preço está baixo, a Petrobrás ganha no refino e na distribuição. Se está alto, ganha na produção
VIABILIDADE DO PRÉ-SAL COM A QUEDA DOS PREÇOS
Mesmo que houvesse prejuízo na extração do pré-sal (900.000 barris por dia), ainda assim valeria a pena, pelo efeito multiplicador das atividades da empresa Garante, com conteúdo nacional: milhares de empregos qualificados na construção naval, na indústria de equipamentos, na siderurgia, na metalurgia, na tecnologia Estimativas da ANP avaliam que com o barril valendo US$ 45 em diante, o pré-sal é viável
EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DO PRÉ-SAL
RISCOS DOS ATAQUES À EMPRESA
Queda das ações da Petrobras e de empresas como a Vale, devido à baixa do preço do petróleo e das commodities, e outras grandes, poderá diminuir ainda mais o valor de empresas estratégicas nacionais Risco de venda na bacia das almas a investidores e grandes grupos estrangeiros – incluídos alguns de controle estatal País corre o risco de aprofundar a desnacionalização de sua economia Eventual desnacionalização do setor de engenharia por conta da operação Lava Jato, com a quebra ou absorção de grandes empreiteiras nacionais por concorrentes do exterior
FUNDOS DE INVESTIMENTOS AMERICANOS SÃO DESINFORMADOS?
Onze fundos americanos ampliaram a compra de papeis da Petrobras no último trimestre Dados apontam para uma expansão dez vezes maior que a registrada no ano passado, mesmo após uma queda de 70% no valor das ações da estatal no período. Estão aproveitando o baixo valor dos papeis e a relação cambial entre dólar e real
OPORTUNIDADE PARA O BRASIL
Brasil poderia reforçar presença em setores-chave da economia (energia e mineração) para comprar, com dinheiro do tesouro, a preço muito barato, ações da Petrobras (e da própria Vale) Seria um grande negócio (inclusive as ações da Petrobras voltando a se valorizar: 50% só em abril) Mas essa alternativa no momento não tem viabilidade política, pelo nível de polarização e ataques aos governo Assim como em função da cerrada campanha contra tudo que seja estatal ou de viés nacionalista
PETROBRÁS É VÍTIMA TAMBÉM DO PERIGOSO DISCURSO DE FALAR MAL DE TUDO QUE VEM DO PAÍS
Contaminação do ambiente econômico Prejuízo aos negócios Ameaça aos empregos Risco do caos e golpe É legítimo que quem estiver insatisfeito combata a aliança que está no poder, mas não o futuro dos brasileiros
HIPOCRISIA DAS CRÍTICAS
À PETROBRÁS
A corrupção, que obviamente deve ser combatida sem tréguas, está sendo usada como pretexto para se tentar meter as garras no pré-sal Está em jogo, na verdade, é a prosperidade representada pelo pré-sal e o modelo de exploração adotado a partir de 2009, o de partilha Este controla melhor a produção do pré-sal, possibilitando uma apropriação melhor da produção por parte da nação
O QUE QUEREM AS MULTINACIONAIS, PRIVATISTAS, ENTREGUISTAS E OUTROS
● Acabar com as políticas de conteúdo nacional da Petrobrás ● Acabar com o regime de partilha no pré-sal ● Abolir a exclusividade da exploração do pré-sal pela Petrobrás
MODELOS (OPÇÕES EM JOGO)
●Concessão - Empresas interessadas disputam o direito de explorar e produzir petróleo em áreas licitadas pelo Estado. Em caso de descoberta comercial, o concessionário tem de pagar à União, em dinheiro, tributos incidentes sobre a renda, além de ressarcir o Estado com royalties, participações especiais e pagamento pela ocupação ou retenção de área. ■ Áreas onde o modelo é adotado — Marlim, Roncador, Lula e Jubarte. Partilha - Durante a licitação do bloco, a empresa que oferecer à União a maior participação no volume de óleo produzido sagra-se vencedora. Se houver descoberta comercial, ela pode solicitar o ressarcimento de despesas na exploração (o chamado óleo-custo). Como em outros modelos, há a cobrança de royalties, além do pagamento de bônus de assinatura do contrato, fixado no edital. Outra exigência é a participação da Petrobras como operadora exclusiva, com participação mínima de 30% no consórcio. ■ Áreas onde é adotado — Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, foi a primeira a ser licitada sob esse regime. A Petrobras tem 40% de participação nesse bloco. Mas ainda há mais áreas a ser licitadas. Atualmente, o pré-sal engloba cerca de cerca de 800 km de extensão, que vai dos litorais dos estados de Santa Catarina ao Espírito Santo. Cessão onerosa - A União cedeu à Petrobras o direito de exercer, por meio de contratação direta, atividades de exploração e produção em áreas do pré-sal que não estão sob o modelo de concessão, limitadas ao volume máximo de 5 bilhões de barris de petróleo e gás natural. Os contratos de cessão têm duração de 40 anos, prorrogáveis por mais cinco anos. ■ Áreas onde o modelo é adotado — Franco, Florim, Nordeste de Tupi, Sul de Tupi, Sul de Guará, Entorno de Iara e Peroba.
PORQUE O MODELO DE PARTILHA É MELHOR
-Garante à Petrobras uma participação de, pelo menos, 30% nos consórcios -Se fosse pelo formato de “concessão”, a empresa operadora seria detentora integral do que se produz -Na partilha 75% dos royalties do pré-sal devem ser aplicados na área de Educação e 25% em Saúde
PRODUTIVIDADE DO PRÉ-SAL
-Calculou-se inicialmente que os poços renderiam
de 15 a 20 mil barris diários -Atualmente, a média está em 25 mil, chegando 40 mil em poços dos campos de Sapinhoá e Lula (na bacia de Santos)
PROJETO DE SERRA PARA O PRÉ-SAL
Em 19/03 senador apresentou o Projeto de Lei 131, que altera a lei de partilha (12.351, de 22 de dezembro de 2010), derrubando a participação mínima de 30% da empresa estatal nos consórcios de exploração Projeto determina a revogação da participação obrigatória da Petrobras no modelo de exploração Acaba também com o condicionante de participação mínima. Coloca em risco a política de investimentos das receitas da venda do petróleo em saúde e educação determinada pela Lei de Partilha
PROJETO DE SERRA PARA O PRÉ-SAL
Na prática, o projeto abriria o pré-sal à exploração majoritária por empresas internacionais, como Shell, Exxon e Chevron Como o preço do barril está em patamares muito baixos, as concessões, provavelmente, seriam vendidas a preço baixo Serra defendeu também a privatização parcial da empresa, com a venda de ativos não estratégicos – entre eles, a própria BR Distribuidora
O QUE QUEREM AS MULTINACIONAIS, PRIVATISTAS, ENTREGUISTAS E OUTROS -Projeto do senador Aloysio Nunes Ferreira, o PLS 417/2014, pretende eliminar da legislação brasileira o modelo de partilha de produção, que rege toda a atividade extrativista no pré-sal O projeto do senador José Serra visa revogar a obrigatoriedade de 30% da participação da estatal em licitações para a exploração e produção de petróleo nas camadas do pré-sal
Além disso, Serra quer tirar a obrigatoriedade da empresa de estar presente em todos os poços e de ser operadora única dos consórcios
O QUE QUEREM AS MULTINACIONAIS, PRIVATISTAS, ENTREGUISTAS E OUTROS
PORQUE MANTER A PETROBRÁS COMO OPERADORA ÚNICA DO PRÉ-SAL
Para avançar com soberania energética e ambiental: controlando a produção, garantido o abastecimento nacional, evitando a extração predatória, os riscos de acidentes e maiores custos econômicos no futuro A exclusividade na operação garante ao Estado nacional, que detém a maioria do capital votante da empresa, o planejamento da produção, escapando da armadilha da produção rápida e predatória Petróleo por muitos anos será estratégico como energético (responsável por mais de 50% da matriz mundial) e como matéria prima (presente em mais de 3.000 produtos) Tem que garantir, sua exploração e uso adequado na atualidade, e que não faltará este recurso para as futuras gerações de brasileiros é obrigação de todos Várias nações que submeteram a produção a multinacionais que operam sobre a lógica meramente econômica e hoje se encontram em maus lençóis
PORQUE MANTER A PETROBRÁS COMO OPERADORA ÚNICA DO PRÉ-SAL
Para preservar e ampliar o conhecimento, bem que vale mais do que o dinheiro. Ter a Petrobras como operadora única é essencial para garantir o domínio e a continuação do desenvolvimento tecnológico A Petrobras recebeu em maio de 2015 o prêmio da OTC (Offshore Technology Conference) considerado o Nobel da indústria petroleira. Este prêmio foi graças a nossa produção no pré-sal. Chegar a essa condição custou sangue, suor e lágrimas a gerações de brasileiros As três coisas mais importantes para uma empresa de energia são: mercado, reservas e conhecimento tecnológico. O Brasil através da Petrobras detém os três sendo o conhecimento o mais difícil de ser alcançado
PORQUE MANTER A PETROBRÁS COMO OPERADORA ÚNICA DO PRÉ-SAL
Para garantir que o petróleo produzido e os royalties recolhidos sirvam aos interesses do povo brasileiro A operadora é responsável por medir o petróleo produzido e submeter a informação às instituições de controle e regulação. A produção sobre as condições do pré-sal, a quilômetros de distancia da costa dificulta muito a fiscalização A melhor forma de acompanhamento pelo povo, e por nossas instituições nacionais dessa importante questão é estar sob controle da Petrobrás. Ter a Petrobrás como operadora única, com o adequado controle público, é maior garantia na destinação dos Royalties para educação e para a saúde
PORQUE MANTER A PETROBRÁS COMO OPERADORA ÚNICA DO PRÉ-SAL
A propriedade do petróleo da às nações vantagens geopolíticas, na medida em que, o Estado pode administrar uma base natural rara, não renovável, desigualmente distribuído]no planeta e sobretudo essencial para a sobrevivência a segurança e o bem estar de todos os Estados Para alavancar o desenvolvimento, com o conteúdo local, gerando mais e melhores empregos. A Petrobrás, como operadora única, tem plenas condições de dirigir os empreendimentos. Incentivando de forma organizada o desenvolvimento da indústria de bens e serviços. Apesar da existência de inúmeras operadoras privadas e estrangeiras no Brasil apenas a Petrobras tem encomendas de navios e plataformas aos nossos estaleiros, portanto, a prática nos conduz a convicção, que sem a Petrobrás, a política do conteúdo local tão importante para impulsionar o desenvolvimento nacional ficará só no papel.
PORQUE MANTER A PETROBRÁS COMO OPERADORA ÚNICA DO PRÉ-SAL
Para manter a integralidade da lei da Partilha. A lei da Partilha 12.351/2010 aprovada pelo congresso Nacional representou um salto de qualidade para a produção de Petróleo no Brasil Esta lei possibilita a estruturação de uma grande nação alavancando o desenvolvimento nacional, garantindo soberania energética e dando destino social ao retorno econômico, resolvendo assim nossos ainda graves problemas sociais A Petrobras, como operadora única do Pré-Sal, é parte fundamental do modelo formulado na partilha para garantir esse tripé: soberania energética, desenvolvimento econômico e destinação social. Mudar esse ponto irá "desfigurar a Lei da Partilha" comprometendo a utilização adequada de um recurso que a natureza levou 150 milhões de anos para produzir
PORQUE MANTER A PETROBRÁS COMO OPERADORA ÚNICA DO PRÉ-SAL
Porque acreditamos no Brasil, na nossa potencialidade e na nossa capacidade A História da indústria do petróleo em nossa Pátria é cheia de desafios, que foram sendo superados um a um com perseverança, determinação e muito trabalho. Superamos o desafio de encontrar o sonhado petróleo no Brasil Superamos o desafio de desenvolver uma empresa e uma indústria potente e exemplar Superamos o desafio de sermos autossuficientes em petróleo
PORQUE MANTER A PETROBRÁS COMO OPERADORA ÚNICA DO PRÉ-SAL
Superamos o desafio histórico, ao descobrir o pré-sal, que para o consumo nacional, temos petróleo para mais de 100 anos Confiamos plenamente no povo brasileiro, na capacidade de superarmos problemas que possam surgir A Petrobrás operadora única no pré-sal é mais uma conquista histórica. Manter esta conquista é um desafio de todos que lutam por um país justo, democrático e fraterno.
CORRUPÇÃO E ESTADO
Procuram associar a corrupção na Petrobrás ao fato dela ser estatal Escondem que este é o setor que envolve mais riscos, mais perigos, mais guerras, mais dinheiro, mais especulação, mais geopolítica Setor estrategicamente mais importante do planeta, porque ligado àquela que ainda é, e continuará sendo por décadas, a principal fonte de energia para transportes e indústria Todos os valores envolvidos na Petrobrás são gigantes, porque se trata do melhor negócio do mundo e da maior empresa da América Latina (uma das maiores do mundo) Não existe empresa de petróleo de médio ou pequeno porte
DIMENSÃO DAS MAGNITUDES ENVOLVIDAS
Operação lava jato constatou até agora um desvio de R$ 800 milhões Estimativas do Ministério Público Federal avaliam que possa chegar a R$ 2,1 bilhões
MAS O PRÉ-SAL ENVOLVE VALORES QUE PODEM CHEGAR A 20 TRILHÕES DE REAIS Isso significa uma divisão de 1/10.000 Só o valor dos depósitos de 8.667 ricaços brasileiros no HSBC da Suíça, fugindo à tributação no país e, portanto, desviando recursos públicos é de R$ 20 bilhões
DIMENSÃO DAS MAGNITUDES: ZELOTES
Esquema que causava o sumiço de débitos tributários, uma forma de desfalcar os cofres públicos Envolve RBS (segundo Estado de S. Paulo, RBS pagou 15 milhões de reais para que desaparecesse um débito de 150 milhões de reais) O esquema desbaratado pela Operação Zelotes subtraiu do Erário pelos menos R$ 5,7 bilhões, de acordo com as investigações de uma força-tarefa formada por Receita Federal, Polícia Federal, Ministério Público Federal e a Corregedoria do Ministério da Fazenda
ZELOTES X LAVA JATO
O rombo poderá chegar a R$ 19 bilhões Já constatou prejuízo de R$ 6 bilhões Diferente da Petrobras, onde os desvios envolviam obras, no caso da Zelotes o dinheiro ia direto do sonegador para o ladrão Uma autuação de R$ 100 milhões era quitada por fora ao preço de R$ 10 milhões A RBS, por exemplo, quitou R$ 150 milhões por R$ 15 milhões Nesse tipo de crime não há partidos políticos nem doações de campanha, legais ou ilegais
MORREU O BRASIL DE 14 BILHÕES DE BARRIS DE PETRÓLEO
Petrobrás fraca, de preferência até privatizada, fica mais fácil levar o petróleo do Pré-Sal O país terá, brevemente, uma reserva de 200 bilhões de barris, que corresponderá a uma das três maiores do mundo Irá requerer muitas medidas de soberania, se a sociedade brasileira quiser usufruir dessa riqueza Na visão do capital internacional, o Brasil não chega a estar se tornando um país antagônico, como China, Rússia, Irã e Venezuela, mas está criando regras e tomando medidas hostis a esse capital
PETROBRAS É RESULTADO DE SANGUE, SUOR E LÁGRIMAS
Não é a primeira vez que a Petrobras passa por dificuldades assim, e nem será a última A Petrobras existe enquanto tal porque a cidadania quis ter a questão energética ligada ao petróleo sob controle estatal Luta árdua lá no começo, nos anos 40 do século passado, e luta árdua ao longo da história da Petrobras
ENTENDER AS DIFICULDADES FINANCEIRAS ATUAIS
Petrobras descobriu pré-sal num momento em que o mundo vivia um problema grave de liquidez Por isso teve dificuldades para alavancar dinheiro para iniciar os trabalhos de exploração nos novos campos Fez dívidas para poder investir nas novas plataformas de exploração no pré-sal Quando a cotação do petróleo começou a cair, foi uma “paulada” nas finanças
CAPACIDADE FINANCEIRA
A campanha contra a Petrobras quer passar a ideia de que a empresa incapaz de assumir áreas de exploração Que está com sua capacidade financeira comprometida por conta dos casos de corrupção A solução seria chamar as empresas estrangeiras Mas a Petrobras tem muita capacidade financeira, bastando que a ANP retire a pressa desmesurada de implantação dos diversos projetos da empresa Pressa esta que significa que o petróleo a ser produzido estará sendo exportado na pior época do preço do barril
CAPACIDADE FINANCEIRA DA EMPRESA
A empresa tem plataformas instaladas suficientes para iniciar um processo crescente de produção nas áreas do pré-sal Se essa crise viesse dois ou três anos atrás, as coisas seriam bem mais difíceis Como a produção do pré-sal já está aumentando o caixa da Petrobrás está sentindo um grande alívio financeiro, porque está reduzindo a sua dependência de capital externo (o potencial de geração de caixa da empresa(Ebitda) foi 35% superior no 1º sem/15 em relação ao mesmo período do ano passado)
PETRÓLEO CONTINUARÁ SENDO INSUMO VITAL PARA A SOCIEDADE
Os estudos sinalizam que o petróleo continuará sendo um insumo vital para o planeta até pelo menos meados de 2.050 Há uma tendência crescente e saudável por combustíveis menos poluentes, com energias limpas Mas petróleo ainda será dominante por um bom tempo, e espera-se um aumento vigoroso da demanda, por causa dos mercados emergentes
LUTA CONTRA A REGULAÇÃO DO ESTADO
Forças reacionárias têm um grande objetivo também que é reverter o modelo que coloca o Estado como condutor e regulador da política econômica Petrobrás se tornou símbolo desse modelo, quando trocou o sistema de concessão, instituído em 1997, pelo de partilha, instituído em 2010
MULTINACIONAIS NORTE-AMERICANAS FICARAM SEM CONCESSÕES NO PRÉ-SAL
Principal manancial de óleo do mundo que não está sendo operado em região sob conflito Interesses geopolíticos feridos As petroleiras norte-americanas ficaram de fora da exploração de uma enorme reserva da área do présal onde estão presentes companhias chinesas, associadas à estatal brasileira (campo de Libra) China quer disputar novos leilões na área do pré-sal, fortalecendo sua presença no Brasil
PETROBRÁS E BRICS
Crise da Petrobras tem que ser compreendida em meio a um quadro maior, que é o problema global do petróleo, envolvendo as pressões feitas recentemente contra a Rússia, tentando encurralar o governo de Putin
EUA E Europa não estão gostando da participação do Brasil nos Brics
O acordo do fundo de contingências dos Brics é uma espécie de novo FMI
Se já estivesse em funcionamento hoje, talvez pudessem mitigar as pressões cambiais que a Rússia e Brasil sofrem Pressões de certos grupos são fortíssimas para que o Brasil se separe dos Brics e também do Mercosul (querem empurrar o Brasil para fazer um acordo com a UE).
POLÍTICA EXTERNA ATIVA E ALTIVA
● Os EUA também estão interessados em baixar a bola do governo brasileiro, que acaba de realizar três grandes operações militares: 1) compra dos caças suecos, num processo que transferirá tecnologia para o Brasil produzir seus próprios caças;
2) avanço da construção do nosso primeiro submarino nuclear;
3) lançamento bem sucedido de um satélite em conjunto com a China.
CERCO NÃO É EXCLUSIVO SOBRE O BRASIL
Argentina vem sendo pressionada Está em marcha novamente um golpe contra a Venezuela Os demais países da América do Sul, que têm governo progressistas, sofrem duras pressões também
PRINCIPAIS AMEAÇAS À PETROBRAS
Privatização Denúncias de corrupção reanimou a sanha privatista Fatiamento em pequenas partes e vender aos pedacinhos Fim da partilha da produção do pré-sal brasileiro
DESTRUIÇÃO DAS EMPRESAS DE ENGENHARIA
Está em curso a tentativa também de destruição das empresas nacionais e da própria engenharia nacional Com as denúncias estão sendo cancelados os projetos de construção de plataformas no Brasil, privilegiando as contratações no exterior Isso prejudica o desenvolvimento da tecnologia nacional e ameaça os empregos As empresas de engenharia civil brasileiras formam quadros e fomentam setores como o de serviços e o da indústria
DESTRUIÇÃO DAS EMPRESAS DE ENGENHARIA
Neste ano o setor da construção já demitiu cerca de 250 mil pessoas no Brasil Estaleiros, como o Rio Grande, no Sul do País, e o Enseada, na Bahia, estão praticamente fechando as portas Caso os acordos de leniência sejam inviabilizados o saldo de demissões poderá superar a cifra de 1 milhão de trabalhadores provocando o colapso da infraestrutura no País Mas é isso que alguns desejam
INTERESSES ESTRANGEIROS CONTRARIADOS
Este contexto explica a campanha de muito ódio e enorme manipulação executada pela mídia desse capital no período eleitoral A CIA, utilizando empresas estrangeiras aqui estabelecidas, contribuiu com recursos para eleger os seus candidatos em 2014, formando uma bancada no Congresso, com grande número de entreguistas e corruptos Com a descoberta dos ladrões na Petrobrás, o terceiro turno da campanha presidencial tomou corpo na mídia A população está sendo levada a acreditar que a Petrobras rouba dinheiro do povo e não são os ladrões ocupantes de cargos nela que roubam
PRINCIPAIS CONFLITOS DA ATUALIDADE ENVOLVEM PETRÓLEO
Política externa dos Estados Unidos tem como principal foco o controle político dos países dotados de valiosas reservas de energia, em especial o petróleo Iraque: prestes a ser invadido por tropas estadunidenses a pretexto de combater os terroristas do Estado Islâmico (3ª maior reserva) Rússia sofre uma forte pressão do imperialismo estadunidense e das potências europeias a ele subordinadas (Inglaterra, França, Alemanha) Irã, outro grande produtor de petróleo, há 35 anos é alvo do assédio das potências imperialistas. Para aplicar sanções econômicas, os EUA inventaram uma mentira sobre o programa nuclear iraniano, com base em acusações sem provas Venezuela: enfrenta mais uma ofensiva golpista da direita. a maior reserva mundial de petróleo.
PRINCIPAIS CONFLITOS DA ATUALIDADE ENVOLVEM PETRÓLEO
Com o pré-sal Petrobrás se tornou uma peça central no tabuleiro mundial da energia Inimigos do Brasil querem romper o marco jurídico, para entregar o pré-sal ao apetite voraz das multinacionais petroleiras, num primeiro momento Em seguida completar o banquete com a privatização total da Petrobrás
REBAIXAMENTO DAS NOTAS DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DA PETROBRÁS
Agência de classificação de “risco” Moody´s recentemente rebaixou a nota de crédito da Petrobras de Baa2 para Ba2, fazendo com que ela passe de “grau de investimento” para “grau especulativo” A alegação é "preocupações sobre investigações de corrupção“ Foi o terceiro rebaixamento da empresa neste ano, o poderia resultar na queda do valor da empresa na bolsa
QUEM É A MOODY´S?
Tem sede nos EUA, o país mais endividado do mundo O Brasil é, atualmente, o quarto maior credor individual externo dos EUA Agencia existe para vender a ideia que Europa e os EUA ainda são o centro do mundo “Petrobrás produz conhecimento, combustíveis, plásticos, produtos químicos, e, indiretamente, gigantescos navios de carga, plataformas de petróleo, robôs e equipamentos submarinos, gasodutos e refinarias. A Moody´s vive basicamente, de “trouxas” e de conversa fiada” (Mauro Santayama).
MOODYS ESTÁ SOB INVESTIGAÇÃO
Por ter concedido avaliações positivas a ativos baseados em hipotecas, entre 2004 e 2007 A acusação é a mesma feita à agência Standard & Poor's, com quem o Departamento de Justiça dos EUA está próximo de um acordo da ordem de US$ 1,37 bilhão No período de investigação, a Moody's e a S&P deram notas AAA para aos títulos, tornando-os elegíveis mesmo para investidores com perfil conservador
PARECER DA MOODY’S NÃO TEVE EFEITO ECONÔMICO REAL (SÓ POLÍTICO)
O Bradesco (R$ 3 bilhões), o Banco do Brasil (R$ 3,7 bilhões) e a Caixa ofereceram créditos à Petrobrás DEPOIS que a Moody’s divulgou a nota Recentemente, final de março, a China fez um empréstimo de US$ 3,5 bilhões concedido pelo Banco de Desenvolvimento da China para a Petrobras
Depois disso, quero ver quem vai dizer que a Petrobras não tem crédito no mercado internacional
O REGIME DE PARTILHA
Determina que as empresas interessadas em explorar o petróleo do pré-sal constituam consórcio com a Petrobras, no qual a empresa pública deve ter participação mínima de 30% Além disso, o comitê operacional do consórcio deve ter metade dos membros, inclusive o presidente, indicados pelo governo Produção oriunda da exploração deve ser dividida entre a empresa exploradora e a Petrobras — dessa forma, a União lucra diretamente em barris de petróleo, não em dinheiro. O petróleo obtido dessa forma é gerido pela Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural — Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), que o revende ou armazena Parte adicional do lucro, acima do royalty, vai para o fundo social, e parte do petróleo vai para o Estado brasileiro
O REGIME DE CONCESSÃO
Nesse modelo, a União cede os direitos exclusivos de exploração de petróleo em uma determinada área a uma empresa, em troca de compensação financeira O modelo de concessão como o do Brasil é raríssimo Nenhum país exportador de petróleo utiliza um modelo de concessão como o do Brasil O mais próximo seria o modelo dos Estados Unidos na sua porção do Golfo do México. Mas os EUA são importadores de petróleo, daí o grande incentivo à produção pelo setor privado Não tem sentido ceder os direitos para petróleo já descoberto e mapeado depois de décadas de pesquisa
EM PAÍSES EXPORTADORES A PRODUÇÃO DE PETRÓLEO É CONTROLADO POR
Monopólio: Arábia Saudita Contratos de partilha de produção: Angola Joint venture: Venezuela e Noruega Contratos de prestação de serviço: Irã
Como tudo indica que o Brasil será exportador de petróleo e derivados, o retorno do modelo de concessão em áreas estratégicas não faz o menor sentido
A QUESTÃO DO CONTEÚDO NACIONAL
Se abrirmos mão dos atuais patamares de conteúdo nacional, podemos acelerar o ritmo do crescimento da produção De fato, a Petrobras tem hoje uma grande carteira de áreas a serem desenvolvidas, o que exige altíssimos investimentos Mas o conteúdo nacional tem valor estratégico para o país (geração de empregos, renda e produção em toda a cadeia produtiva)
PROPOSTA DAS CENTRAIS E CLUBE DE ENGENHARIA NO EVENTO DE 25.02
1. Garantia do Tesouro, através do BNDES, de assegurar os recursos necessários para as necessidades de caixa de curto prazo e para sustentar os programas de investimento em curso da Petrobrás (incluindo seu entorno econômico que representa mais de 13% da economia brasileira) 2. Comprometimento explícito do Governo com o modelo de operadora única no regime de partilha do Pré-Sal e com a política de conteúdo nacional de equipamentos, sempre tendo em vista a geração e preservação do emprego no Brasil; 3. Comprometimento do Governo com a defesa da Engenharia Nacional, evitando a ruptura da cadeia de pagamentos e recebimentos por simples suspeitas de irregularidades na operação Lava Jato, colocando como condição fundamental o pagamento das folhas salariais na cadeia do petróleo e do setor público
FIM DO MONOPÓLIO DA PETROBRÁS
Embora tenha se comprometido a não privatizar a Petrobrás, com a aprovação da Lei nº 9.478/1997, o Governo Fernando Henrique Cardoso promoveu uma “privatização parcial” da empresa, vendendo cerca de 180 milhões de ações que estavam sob o controle da União A participação da União caiu de 82% para cerca de 51% do total de ações com direito a voto. Deste montante, apenas 25% foram adquiridas no Brasil, por 310 mil optantes do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). O restante das ações foi vendido para investidores internacionais. Com esta operação, a Petrobrás obteve a incorporação de uma série de acionistas minoritários vinculados ao capital estrangeiro, pagando, segundo Carlos Lessa, dividendos a acionistas residentes no exterior em volumes muitas vezes mais elevados do que os salários ou juros pagos pela empresa. Esta alteração societária tornou a atuação da Petrobrás muito mais voltada para interesses comerciais, não necessariamente estratégicos, do que já vinha sendo até então
CUSTO DE PRODUÇÃO
Custo de extração de petróleo pela Petrobras é da ordem de US$ 15 por barril Com cotações mais elevadas, o pagamento da participação governamental passou para US$ 17 por barril Somada a participação governamental e outros custos gerais, o custo de produção de petróleo da Petrobras é da ordem de US$ 28 por barril. O custo de refino, mais US$ 3. No total, US$ 31 por barril Com as cotações em US$ 56 por barril, a lucratividade média será de US$ 25 por barril
INVESTIMENTOS DA PETROBRÁS
Com a descoberta do pré-sal, entre 2002 e 2012 os investimentos da Petrobras multiplicaram-se por dez Em 2012 a empresa respondeu, isoladamente, por 10% da Formação Bruta de Capital Fixo De 2012 a 2015, a cadeia do petróleo e gás deverá responder por 60% dos investimentos previstos para o setor industrial Em 2013 os investimentos foram de R$ 98 bilhões, contra R$ 79,8 bilhões em 2012
ACORDOS DE LENIÊNCIA
Empreiteiras poderão contratar com o Estado um acordo de leniência pelo qual se submetam espontaneamente a um controle externo, eventualmente estatal, da sua atuação, como forma de prevenir novos atos de corrupção e de zelar pelo cumprimento futuro da lei e das melhores práticas de governança Pressupõe o ressarcimento pelos danos que tais empreiteiras eventualmente causaram à Petrobras e ultimamente aos cofres públicos brasileiros O ressarcimento do Estado, que recobraria o valor de mercado da Petrobras, é o objeto principal do acordo de leniência, do qual dependem as empreiteiras para continuarem vivas É uma solução bastante oportuna de ressarcir o Estado, impor controles à atuação do particular que delinquiu e, ao mesmo tempo, de evitar a perda de milhares, senão milhões, de empregos
PRESENÇA DA PETROBRAS NO MUNDO ● Presente em 24 países, na descoberta e exploração de óleo e gás ● Dos campos do Oriente Médio ao Mar Cáspio, da costa africana às águas norte-americanas do Golfo do México
PRESENÇA DA PETROBRAS NO MUNDO
QUEDA DO PREÇO DA GASOLINA
COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA DA PETROBRAS
Apenas 33% do capital pertencem ao Estado, 67% estão em mãos privadas O que mantém o controle da empresa em mãos do Estado é o fato de que este controla metade mais uma do total de ações com direito a voto (ordinárias) Isto preserva a Petrobras como sociedade de economia mista
COMPRA DA BG PELA SHEL
Primeira grande operação de fusão entre petroleiras do mundo nos últimos 20 anos Retorno do ciclo de concentração do setor, que ocorre todas as vezes que os preços de petróleo caem Claro reconhecimento da produtividade e oportunidades do pré-sal brasileiro, de onde surgirá o maior potencial de expansão das reservas da nova empresa por décadas Avaliação da grande capacidade técnica, operacional e gerencial da Petrobras, especialmente considerando os atuais marcos da legislação nacional, que atribui a ela o papel de operadora única das novas oportunidades do pré-sal, com contratos de partilha de produção
COMPRA DA BG PELA SHEL
As estimativas iniciais falam em aumento imediato de 25% das reservas mundiais de petróleo da Shell e de 20% na produção, depois da fusão Fusão da BG com a Shell cria a segunda maior petroleira do mundo com ações negociadas em bolsa Aguas profundas são cada vez mais atraentes para a Shell e para as grande companhias de petróleo do mundo. Neste setor, não há duvida do papel de campeã da Petrobras
COMPRA DA BG PELA SHEL
A lógica da integração da Shell, como seu orientador estratégico, reflete nesta operação de fusão da BG a sua escolha e importância do Brasil como fundamental para seu crescimento futuro Neste contexto, a Petrobras é também ator fundamental. Dois gigantes se enfrentarão no futuro deste setor.