FB | Revista On Três Rios #17

Page 1

revistaon.com.br

1


2

Revista On Outubro & Novembro


revistaon.com.br

3


4

Revista On Outubro & Novembro


revistaon.com.br

5


#17 Editorial

P

ara entender o presente e prever o futuro, olhe para o passado. A frase pode resumir a capa desta edição. O prédio do Moinho Três Rios é um ícone da cidade e teve grande importância no passado. Quando estava em funcionamento, chamava a atenção de quem passava e podia observar a produção, sacos de farinha, sendo colocada em caminhões ou, antes disso, em vagões de trens. O tempo passa, o tempo voa, e as mudanças acontecem. Da mesma forma que um dia alguém não imaginava que a produção na indústria fosse terminar, a população também não imaginava que a cidade teria certo crescimento após alguns anos, com chegada de grandes empresas. Novos visitantes, novos moradores e consumidores mais exigentes, assim está o município. Para resolver alguns problemas atuais, como necessidade de ampliação do setor hoteleiro, vagas para estacionamento, espaços comerciais, entre outros, o prédio que serviu ao Moinho passa por uma transformação para ser novamente um ícone, mas com outros propósitos. Nesta edição, passado e futuro se encontram na matéria de capa. Se Juscelino Kubitscheck elegeu Três Rios como a esquina do Brasil, a esquina do Moinho pode ser escolhida como de maior destaque da cidade pela reinvenção que está sendo colocada em prática. Ainda nas próximas páginas, você conhece pessoas que se destacam no cenário artístico nacional e iniciaram as carreiras na região; confere uma entrevista com o comandante do 38º Batalhão de Polícia Militar; se aventura com os skatistas; e muito mais! Boa leitura!

Índice GENTE 11 22 27 30 35 42 52

Carreira Entrevista Cultura Educação Cotidiano Comportamento opinião

ECONOMIA&NEGÓCIOS 59 67 70 77

11

59

Capa Meio Ambiente Km livre Mercado de Trabalho

BEM-ESTAR

89

89 Esporte 101 Saúde

COOL 125 133 137 142 144 154

125

Festas Moda Beleza Coluna Social Viagem Sabores

Chegou a loja da Fiobranco Editora. Compre ou assine sem sair de casa...

loja.fiobranco.com.br


revistaon.com.br

7



revistaon.com.br

9


10

Revista On Outubro & Novembro


GENTE

carreira 11 entrevista 22 cultura 27 educação 30 cotidiano 35 comportamento 42 opinião 52

Em palcos e coxias POR SAMYLA dUARTE

FOTOS ARQUIVo PESSoAL

Viniciús domingues Arneiro, 28 anos, natural de Comendador Levy Gasparian, ator e diretor teatral. Tem uma companhia de teatro no Rio de Janeiro e foi indicado ao Prêmio Shell em 2007 pela direção da peça “Cachorro!”. Reparou um acento fora do lugar comum no nome dele e acha que está errado? É Viniciús com acento gráfico na letra “u”, isso mesmo que você leu! Com um diferencial desde o nascimento, o talentoso artista é destaque no cenário nacional.

revistaon.com.br

11


GENTE CARREIRA

O

interesse em atuar surgiu ainda na infância como a brincadeira favorita dele e de alguns amigos e primos. “Juntos, elaborávamos ideias totalmente intuitivas, interpretávamos letras de músicas ou cenas de filmes. Mas não apresentávamos para os familiares. Só ensaiávamos sem a finalidade de apresentar, fazíamos para nós mesmos”. E a brincadeira amadureceu. Aos 13 anos, Viniciús procurou um curso de teatro em Três Rios e chegou ao Teatro Celso Peçanha. Pegou informações sobre as aulas e conversou com os pais, que o apoiaram e entenderam gradativamente a importância da arte para o filho. O Grupo de Amadores Teatrais Viriato Correa [GATVC] é considerado o local da primeira formação pelo artista e lá permaneceu por quatro anos. O reconhecimento veio rapidamente. “Tive o privilégio de começar com o Rodrigo Portella, pessoa que admiro, tenho carinho e gratidão. Depois, parei de fazer o curso, mas continuei em trabalhos com o Rodrigo. Ele me convidou para substituir um ator na peça ‘Álbum de Família’, de Nelson Rodrigues. A montagem foi feita com a companhia que ele tinha na época, esta foi a minha primeira incursão profissional”.

ATOR E DIRETOR Começou a carreira nas aulas do Teatro Celso Peçanha 12

Revista On Outubro & Novembro

POP CORN A trama da peça de Jô Bilac é desenvolvida em torno de uma mesa de jantar

CACHORRO! A direção do espetáculo rendeu a indicação de Arneiro ao Prêmio Shell

A direção de “Cachorro!” rendeu uma indicação ao Prêmio Shell Já no fim de 2003, Viniciús passou em uma prova da Escola de Teatro Martins Penna e no início do ano seguinte mudou-se para a capital fluminense. “A escola foi uma segunda etapa, sem dúvida, uma das maiores experiências que tive. Foram grandes encontros, amizades consistentes que perduram até hoje. Inclusive, a companhia da qual faço parte, Teatro Independente, foi fundada após a formatura na escola, em 2006”, conta ele, que teve mais essa conquista com outros artistas, inclusive com uma trirriense. A atriz e figurinista Julia Marini, de 29 anos, também foi em busca de novos rumos na capital. Eles chegaram juntos ao Rio e passaram na mesma prova da Martins Pena. Foram da mesma turma, dividiram apartamento durante algum tempo e trabalham juntos esporadicamente até hoje. Ela afirma ser quase impossível falar sobre a carreira dela sem citar o nome do amigo, considerado um irmão. “O Viniciús começou uma história que hoje se transformou na nossa companhia. Ele é meu irmão, é meu amigo, é a pessoa que junto comigo tornou possível o sonho de mudar para uma cidade diferente com 19 anos, estudar teatro e viver disso”, diz. Apesar de toda mudança ser difícil, o ator não teve grandes problemas de

adaptação no Rio. Gostou da cidade desde o início, mas o que realmente se tornou complicado foi o fato de ser uma capital cara para viver e morar. “Teve um momento, entre 2006 e 2007, que a situação no Rio ficou difícil para mim. Fiquei um ano morando de favor na casa de amigos, dividindo apenas as contas. O custo de vida no Rio sempre foi muito acima, hoje em dia então, nem se fala. A especulação imobiliária na cidade é insana! É de temer. O preço que se paga para morar numa cidade-cartão-postal, com a sétima maravilha do mundo e sede de tantos megaeventos esportivos está proibitivo. Uma injustiça!”, desabafa o ator. Reconhecimento

Com apenas 28 anos e no auge da juventude, Viniciús ensaia duas peças ao mesmo tempo. O tempo é corrido, mas ele está bem adaptado à intensidade e consegue se organizar. Como ele diz, “é um exercício de concentração”. Além dos ensaios, acaba de estrear “Fando e Lis”, clássico do dramaturgo espanhol Fernando Arrabal, no Teatro Poeirinha, em Botafogo. Já “Fluxorama”, projeto dele e Jô Bilac, estreia no fim de outubro no Oi Futuro, no Fla-


o primeiro contato do ator com o teatro foi no GATVC

CUCARACHA No espetáculo, ele dirige a amiga e parceira Julia Marini

REBÚ Uma peça de época, com texto de Jô Bilac e direção de Viniciús Arneiro

mengo. Nesta, três solos curtos e sem conexão uns com os outros, mas que acontecem no mesmo espaço físico. E não para por aí! Arneiro atua em mais dois espetáculos: “Pop Corn” e “Peça Romântica para um Teatro Fechado”. Seus espetáculos de maior reper-

cussão foram “Cachorro!”, em 2007, “Rebú”, em 2009, e o mais atual, “Cucaracha”, no ano passado. “Os dois primeiros nos fizeram [a companhia] conhecer praticamente todos os estados do Brasil. Em 2010 fomos convidados a participar de um projeto chamado Palco Giratório.

É um projeto incrível do SESC! Circulamos durante todo o ano de 2011 com “Cachorro!” e “Rebú”, foram 22 estados percorridos”, lembra. Segundo Viniciús, as apresentações feitas em capitais eram ótimas, mas os espetáculos em cidades do interior eram ainda mais especiais. “Pessoas que nunca viram teatro estavam ali pela primeira vez partilhando conosco aquela experiência! Para nós era um presente! Isso sem contar com os lugares lindos que conhecemos”, resume. Enquanto isso, o respeitável público conhece as belezas da arte e aplaude o artista que, filho da região, é motivo de orgulho e inspiração para os que acompanham a carreira e torcem pelo futuro.

revistaon.com.br

13


14

Revista On Outubro & Novembro


revistaon.com.br

15


GENTE CARREIRA

OS SHOWS DO PODEROSO! POR FREdERICo NoGUEIRA

FOTOS ARQUIVo PESSoAL

Ele coloca energia nos shows da poderosa Anitta e se destaca a cada apresentação. Nascido em Três Rios, foi em grupos e academias da região que daniel Lourenço deu os primeiros passos na dança. Considera-se um “trirriense-carioca” e mostra que determinação é fundamental para realizar os sonhos. Aliás, ele ainda tem muitos para realizar!

N

a infância, ele já adorava dançar. Fazia imitações de dançarinos de programas da TV, como os apresentados por Xuxa e Angélica, e cover de boy bands, como N’Sync e Backstreet Boys, além de Michael Jackson. “Olhava e admirava. Até dizia que estaria com eles um dia, mas, por ser de família humilde, achava inviável concluir esses desejos. Porém, a perseverança e as ocasiões me levaram a progredir e amadurecer nas metas e sonhos”. Assim Daniel Soares Lourenço resume o início do interesse pela arte que o colocaria em evidência. Aos 31 anos, ele lembra que a dança era secundária naquele período, já que queria ser professor de educação física por gostar de esporte. “Mas o amor à arte foi maior e não deixei de lidar com o ‘físico’ da questão”, brinca. Filho único por parte de mãe e com três irmãos por parte de pai, Daniel estudou no Ciep Marco Polo, no bairro Cantagalo, embora fosse morador do bairro Monte Castelo. Ele conta que o primeiro contato com a dança aconteceu na escola. “Mas o contato real foi aos 14 anos por uma indicação de um primo, o Gabriel. Ele disse que tinha um primo que levava jeito para dançar e assim fui apresentado à Academia Art Ballet, dirigida pela Andréa Vasconcellos, e conheci o street dance. Ali tive a certeza de que era isso que queria e fui buscar coisas novas”. Único homem na turma, ele conta que os primeiros ensaios foram “tensos” por ainda não ter a destreza que os outros alunos demonstravam. “Eu treinava todos os dias em casa, até no chuveiro. Cheguei a ficar obcecado por isso, queria me tornar tão bom quanto os outros. Além disso, no início as alunas não me aceitaram bem, tinham boas condições, e eu era o pobre perdido entre todos. Mas, como sou determinado, escutava piadinhas e não ligava”, revela. Sobre a primeira apresentação aberta ao público, ele volta a adjetivar como “tensa”. Aconteceu em um concurso de dança em Petrópolis três meses após o ingresso na academia. “Deslumbrado com tudo, eu estava nervoso e trêmulo. Mas ficamos em primeiro lugar”, diz. Sobre o apoio dos pais, ele conta que não estavam presentes nestas apresentações. “Mas eu tinha os pais dos amigos e os amigos que sempre estavam me apoiando. Quando chegava em casa, dividia 16

Revista On Outubro & Novembro


“Na primeira academia de dança, tive a certeza de que era isso que queria e fui buscar coisas novas”, conta Daniel as experiências com minha mãe, já que meu pai não prestava muita atenção”. Daniel acredita que todas as pessoas nascem com talentos e que o necessário é lapidar cada um em busca do objetivo final. “Desenvolvi muitas coisas facilmente, mas o mais gostoso foi desenvolver a dança que tenho hoje com o passar do tempo”, enfatiza. Para o processo de lapidação, várias pessoas foram importantes no caminho. “Meus primeiros mentores na dança foram a Flávia Leal, Andréa Vasconcellos, Milene Pimentel e Daiane Soares. Tive muito trabalho para aprender, mas sou dedicado ao máximo a tudo o que me proponho”. Com o desenvolvimento na dança, ele fez conexões com os maiores nomes da arte na cidade e região. “Participei durante cinco anos do Nós da Rua, do Rafa Santos, que é meu amigo e trilha um caminho de glórias e realizações com o grupo. Também participei do Pés Pra Toda Obra, onde residi por oito anos como bailarino, cheio de alegrias, dores, sensações e emoções. Aprendi muito do que sou na compa-

nhia coordenada pelo Caique Bonforte, pessoa de grande peso e influência na dança de Três Rios”, cita. Ele recorda, também, que o lugar onde mais se destacou foi na Êxitu’s, de Paraíba do Sul. “A Renata Raquel, coordenadora, me acolheu com todo amor e se tornou uma mãe, irmã, melhor amiga de todos os tempos que tive. Passei anos dentro dessa escola. Deixei lá meu coração e a maior gratidão que tenho ao meu trabalho”. Depois disso, passou pela Cia. Nova Arte de Dança, em Petrópolis, e o Grupo Street Dance Soul, coordenado por Rodrigo Silveira. Renata Raquel lembra com orgulho de ter visto o início da história de sucesso. “Vi o menino se transformar em um jovem que queria aprender. Foi aluno da Êxitu’s durante três anos e, um dia, quando quebrei meu tornozelo, tive uma surpresa ao ver que podia contar com a determinação dele para ensaiar meu grupo para os campeonatos. Foi uma surpresa além da prevista. No ano seguinte, ele ia coreografar sozinho, até que percebeu que os sonhos iam

TURNÊ Acompanhado de outras dançarinas, Daniel diz que, com a rotina agitada, dormir é um privilégio revistaon.com.br

17


GENTE CARREIRA

PARCERIA Daniel acompanha Anitta e agradece a amizade da cantora

DANÇA O trirriense é responsável por coreografar shows de diversos artistas

PALCOS O artista garante que ainda tem muito a aprender

além. Ralou muito, fez por merecer o que a vida lhe reservava”, conta sobre o amigo. Ela tem Daniel, ainda, como um exemplo de determinação para realizar os sonhos. “É digno de respeito daqueles que não tiveram a ousadia de acreditar nos sonhos”, enfatiza. Daniel lembra que sair de Três Rios não

foi uma decisão fácil, mas foi importante para a mudança que aconteceria na carreira. “Passei pela fase ‘deprê’ da decisão e o conflito sobre o que fazer. Com apoio dos melhores amigos, decidi que arriscar seria bom e, se não desse certo, voltaria para continuar a construção do que já formara com meu nome”. Assim, foi para o Rio

de Janeiro e, no início, dava aulas e trabalhava como freelancer. “Saí da cidade me despedindo da minha mãe e amigos. Sozinho no Rio, pensei que não fosse aguentar. Chorei muito para aprender a sobreviver sem meu território de conforto e hoje me orgulho de cada lágrima de esforço para ficar e ser o que sou”, enfatiza.

18

Revista On Outubro & Novembro


“Só tenho a agradecer o carinho, a confiança, respeito e amizade que Anitta me dá”, enfatiza Daniel Lourenço

DESTAQUE Através das apresentações com Anitta, Daniel ganhou destaque na mídia

Até ser reconhecido pela mídia e fãs como dançarino e coreógrafo da cantora Anitta, Daniel Lourenço participou de diversos projetos. Teve um contrato de dois anos com a Walt Disney Parade, onde esteve no elenco da Parada Disney que aconteceu no Rio de Janeiro e outros estados do país; fez parte do corpo de ballet do Barra Music; e assinou coreografias e dançou no DVD da Marina Elali que homenageia Gonzaguinha, recém-lançado. “Isso alavancou minha carreira. Depois, participei de projetos de cantores e eventos e, assim, cada vez mais subia com meu trabalho. Com o tempo, o nome Daniel Lourenço já era reconhecido. Pouco, mas era. Por acaso, em um show que a Anitta precisava de uma atenção na parte artística, meu nome foi indicado algumas vezes. Há pouco mais de um ano isso aconteceu e só tenho a agradecer o carinho, a confiança, respeito e amizade que Anitta me dá”, diz Daniel, sem esquecer de agradecer duas pessoas também importantes dentro deste projeto, Kamilla Fialho e Renan Felix. Com os novos compromissos, a rotina é agitada. “Dormir é privilégio”, resume. Ainda assim, faz pesquisas para desenvolver ainda mais ideias dentro do que chama “projeto Anitta”. “Mas não reclamo, sou feliz, foi o que escolhi”, conta o dançarino, hoje sempre vistos nos shows, programas de TV e clipes. Com esta trajetória, ele afirma que é possível viver da arte. “Não desistir é a forma correta de viver da arte. Fiz trabalhos de graça várias vezes para

me dar o nome e divulgação que tenho hoje. Não me envergonho de nada do que fiz e vivi para estar, hoje, bem situado e viver confortavelmente da arte. O importante é que emoções eu vivi, como diz Roberto Carlos”, brinca. Ao analisar a carreira, chega à conclusão de que as conquistas não foram fáceis. “Dizer hoje para minha mãe e meus melhores amigos que estou vencendo e quero cada dia mais, é um orgulho gigantesco. Minha trajetória foi árdua, cheia de pedras, orgulho ferido, acomodação de pessoas, humilhações e desespero. Cada vez que batia a insegurança, lembrava de aulas e professores que passaram na minha vida. Não imaginava que seria como hoje, mas que fosse perto disso. Agradeço a Deus por tudo e, com foco, força e fé, vou continuar e prosperar”. Na dança, ele diz que ainda tem muito para aprender. “É um ciclo de renovação”. E tem grandes sonhos a serem realizados. “Quero aprimorar a carreira dentro do teatro, onde já tenho formação, e estar, no futuro, na tela da TV como ator, mas sem perder meus lados coreógrafo e bailarino. Quem sabe, também, assinar mais artistas coreograficamente?!”. Agora “preparado”, ele volta a Três Rios sempre que pode e deixa algumas pessoas “babando” com o sucesso que conquista a cada show. “É minha terra natal, minha família ainda mora na cidade. Amo Três Rios e o Monte Castelo, meu bairro. Foi na cidade que finquei minhas raízes e será nela que distribuirei minhas sementes”. Com tanto destaque na mídia, ele acaba por tornar-se referência para outros dançarinos, mas demonstra competência para tanto. “É uma emoção forte e uma responsabilidade imensa. Espero sempre dar a todos o melhor de mim e o máximo que puder”, finaliza. revistaon.com.br

19


20

Revista On Outubro & Novembro


revistaon.com.br

21


GENTE ENTREVISTA

“SEGURANÇA É UMA RESPONSABILIDADE DE TODO CIDADÃO” POR FREdERICo NoGUEIRA

FOTOS REVISTA oN

o 38º Batalhão de Polícia Militar, com sede em Três Rios, foi destaque na mídia nacional por ser o único do Estado que não efetuou disparos durante pouco mais de dois anos e, ainda assim, ampliou os índices de combate à criminalidade. Comandante do Batalhão, tenente-coronel Quinhões revela as ações de sucesso e ressalta a importância do apoio da comunidade.

M

arcelo da Silva Quinhões é tenente-coronel da Polícia Militar do Estado do Rio De Janeiro. A carreira construída dentro da instituição teve diversas passagens por Três Rios e região, inclusive antes do município ser sede de um batalhão. Há aproximadamente dois anos, ele retornou à cidade com uma das patentes mais altas da Polícia Militar para comandar o 38º Batalhão, que abrange cinco municípios e tem cerca de 350 policiais no efetivo. Quando jovem, abandonou o curso de matemática; hoje os números mostram os resultados positivos do trabalho exercido. 01 Quando e por que tornou-se policial militar? Inicialmente nem tinha essa vocação. Meu pai também foi militar. Quando garo22

Revista On Outubro & Novembro

to, não pensava em ser policial, mas com o tempo fui avaliando a possibilidade. Achei a carreira interessante e me aventurei. Com 19 anos comecei. Antes disso, passei para a faculdade de matemática, mas logo vi que não tinha nada a ver comigo e abandonei. Gostava da matemática, mas não de lecionar. Em 1988 entrei na Polícia, no curso de formação de oficiais. 02

Foram dez meses depois. Já fui subcomandante aqui [Três Rios] e em Barra do Piraí, então já tinha a experiência de assessoramento. E é muito interessante comandar em Três Rios, porque minha história começou aqui, trabalhando em 1992. Mais da metade da minha carreira passei trabalhando na região, com várias patentes. Antes de chegar para comandar, estava em Barra do Piraí, onde fiquei dois anos e meio.

03 Assim que tornou-se tenente-coronel já assumiu o comando de um Batalhão?

04 Quais as diferenças do Batalhão de Barra do Piraí para o de Três Rios? O de Barra do Piraí tem várias cidades pequenas, já o daqui concentra muito em Três Rios. Paraíba do Sul acompanha e tem as cidades menores. Não se iguala ao crescimento que Três Rios tem passado. E as ocorrências são diferentes. São parecidos, mas não é o mesmo ritmo de trabalho.

Já esperava chegar a tenente-coronel? No início de curso não temos nem muita noção da carreira. Mas o sonho é chegar ao penúltimo posto, que é mais certo, e comandar Batalhão. Eu falo que já são dois sonhos realizados. Ter chegado ao cargo de tenente-coronel e comandar um Batalhão.


05 E as diferenças desde sua saída de Três Rios para o retorno? Saí em março de 2008 e voltei em outubro de 2010. Nesse período vimos Três Rios em crescimento. Começamos a ver engarrafamentos, alguns índices criminais diferenciados. Antes o crack não aparecia, hoje já fazemos apreensões de crack com certa frequência. Há um tipo de viciado diferenciado. Três Rios teve uma evolução e, mesmo assim, o Batalhão conseguiu manter padrões de índices de criminalidades baixos. 06 O 38º BPM foi inaugurado em 2002. O que a criação de um Batalhão oferece como benefícios para a comunidade? Antes, havia comando de capitão. O comando do Batalhão ficava em Barra do Piraí. Isso dificultava. Com o comandante distante, alguns processos ficavam complicados. Já fui capitão-comandante aqui e quem me assessorava era um tenente. Éramos apenas dois oficiais, hoje temos 12 aqui na área. A gestão fica mais próxima dos problemas. O prefeito, vereador ou cidadão, quando precisava falar com o comandante, precisava ir até Barra do Piraí. 07

Os comandantes do 38º BPM permaneceram no posto durante períodos curtos. Por que isso acontece? Vários fatores. Alguns foram na gestão anterior, onde não tinha ideia de comandante permanecer por muito tempo. Alguns ficaram por quatro meses, outros seis meses. Dificulta até para começar a implantar ideias. Tive certa facilidade quando cheguei porque já conhecia o Batalhão. Quando assumi, já tinha um conhecimento do Batalhão, das pessoas, da localização. 08 Hoje o Batalhão, que abrange cinco municípios, tem três companhias [Paraíba do Sul, Vila Isabel e Sapucaia]. Como isso facilita o trabalho? Descentraliza. Você tem oficiais nesses pontos que podem interagir, ter contato com a comunidade. Em Sapucaia, que é nosso município mais distante, temos um DPO que está há 120 km daqui, temos policiais trabalhando lá, na Vila do Pião. Hoje o Batalhão tem cerca de 350 policiais.

09

É fácil comandar? É meio complicado. Vejo comerciantes, às vezes, reclamando de 15, 20, 30 pessoas na equipe. E eu tenho 350. E são seres humanos, com problemas, dificuldades, personalidades diferentes. Você tem que saber gerir. Muitas vezes sentam aqui [na sala] e choram apresentando problemas que tento ajudar a encontrar solução. No cargo, às vezes temos que ser pai, psicólogo. Policial tem momentos de estresse. Algumas vezes ele é o repressor. Pode parar um veículo com documento atrasado e o condutor ficar indignado com o policial que está reprimindo e o ofender. O policial precisa se conter em casos assim, quando talvez outro cidadão não teria essa preocupação. E tem que estar sempre com um estado de espírito tranquilo, ir trabalhar pronto para lidar com problemas que podem surgir. Quando assume um serviço de oito, 12 ou 24 horas, o policial pode encontrar de tudo. Pode ter um dia que o máximo que faça é ajudar uma senhora a atravessar a rua, mas pode acontecer de encontrar uma quadrilha assaltando um banco, um homicídio, crianças violentadas. São situações que mexem com o psicológico, mas temos que estar preparados. 10 E além de comandar, o senhor é comandado... O Estado do Rio de Janeiro é dividido em sete áreas administrativas, regiões integradas de policiamento. Estamos subordinados a um coronel que comanda quatro batalhões da região. E ele é subordinado ao comando da capital. 11 Na região, quais são os maiores problemas atualmente? Não só em Três Rios, mas quase no Brasil inteiro, o principal problema é o tráfico de drogas. Com ele, você acaba gerando outros índices de violência. Muitas vezes um homicídio é em função do tráfico de drogas, acerto de contas. Muitos furtos são feitos por usuários de drogas para sustentar o vício. Alguns roubos também são assim. O tráfico de drogas é o pivô da criminalidade existente na nossa área. Nas prisões que fazemos, como em um roubo de rua, quando vê ele é viciado.

12 Por falar em drogas, a Polícia Militar tem o Proerd. Como funciona? É um programa da Policia que trabalha dentro das escolas na conscientização das crianças. Promove aulas falando dos malefícios das drogas. Mas não é qualquer policial que pode ministrar as aulas, são policiais preparados para isso, que passaram por cursos. Eu posso até conversar com crianças sobre o assunto, mas não me acho preparado para passar com a mesma didática dos policiais que fazem parte do programa. [Proerd é a sigla de Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência] 13 Outro ponto interessante do Proerd é o contato com policial. No passado, a população tinha medo, hoje este cenário está diferente. Justamente. Hoje existe a filosofia na Polícia de proximidade. Isso está sendo empregado nas UPPs do Rio de Janeiro. Eles têm uniformes menos agressivos, sem armas pesadas, e têm contato com o cidadão. No passado, o policial chegava e não queria conversa. Hoje não, participamos de conselhos com a comunidade, contato com autoridades. Até porque a questão de segurança pública não é obrigação somente das instituições ligadas à segurança pública. Cada cidadão tem sua participação, cada instituição tem sua participação. A imprensa tem sua participação na segurança ao alertar, informar. Muitas vezes temos informações como de tráfico de drogas que são passadas pela comunidade. Segurança é uma responsabilidade de todos. É uma obrigação nossa atuar, mas é uma responsabilidade de todo cidadão, toda instituição, seja municipal, federal. Todos têm a obrigação de participar da segurança. 14 Hoje há policiais andando nas ruas de Três Rios. Como é essa estratégia? Procuramos fazer uma distribuição com a estratégia de atender onde há demanda. Há algum tempo tivemos um índice de roubo de rua muito grande em Três Rios. O número de pessoas transitando nas ruas é muito maior. Temos um policiamento em Paraíba do Sul que atende à necessidade na medida do possível. Poderia ser maior, mas revistaon.com.br

23


GENTE ENTREVISTA

24

Revista On Outubro & Novembro

não temos recurso de efetivo. Com os que conseguimos colocar no Centro de Três Rios, conseguimos diminuir esse índice de roubos de rua. Esse policial que fica a pé, com colete, é um policiamento que conseguimos colocar como serviço extra, remunerado. A Polícia paga o policial para ele trabalhar mais.

conhece, tem contato maior e, assim, a comunidade se aproxima mais ainda. Ele está presente 24 horas por dia na área onde trabalha. Eu moro aqui na região e mesmo nas horas de folga estou sempre observando, por exemplo, se o posicionamento dos carros está bom ou precisa ser corrigido.

15 Essa ação contribui com a sensação de segurança? A ideia da Polícia Militar é o policiamento ostensivo, ele tem que ser visto. Falo muito com os policiais que eles precisam estar em locais visíveis. Precisam passar segurança para o cidadão de bem e a insegurança para o marginal. Com o giroscópio ligado e a viatura circulando, o marginal que pensa em roubar e vê aquele movimento não concretiza. O centro comercial de Três Rios praticamente não tem esse índice. Acontece ainda nas imediações, mas não conseguimos expandir esse policiamento por falta de policiais. 16 A falta de policiais acontece em todos os Batalhões? Sim. Temos recebido efetivos pequenos. Existe uma perspectiva de melhorar. O Batalhão foi indicado para ter um curso de formação. Não começamos antes por questão de logística, não tínhamos alojamento para todos os alunos. No final do curso, a perspectiva é que o efetivo aumente.

18 O Batalhão ganhou destaque por não dar tiros durante mais de dois anos. Como chegaram a este índice? Descobrimos isso de forma bem curiosa. O Batalhão foi questionado porque não mandávamos relatório de uso de munição. Era o único do estado que não tinha mandado o relatório. Fui ver e estava escrito que tinha que enviar caso usasse munição e não mandamos porque não usamos. Depois disso, até mudaram, passamos a ter que mandar o relatório mesmo sem usar munição. Havia dois anos e quatro meses que não fazíamos disparos. Depois disso, teve um disparo a título de alerta, para cima. Chegamos a esse feito porque sempre fazemos planejamentos, trabalhamos com estratégia, e os crimes nossos não podem ser comparados com cidades grandes. Além disso, chega a ter um sufocamento, temos operações diárias na cidade, policiamento espalhado em vários locais. Com isso tudo, conseguimos evitar confrontos. Antes do marginal pensar em iniciar um confronto, ele desiste.

17 A maior parte do efetivo mora na região, isso também ajuda no trabalho? Ajuda até na questão motivacional. Quando reunimos todos, eu sempre falo que eles são usuários do próprio serviço, são usuários da cidade. Não que um policial de fora vá desleixar com o serviço, ele é profissional e vai trabalhar. Mas um morador daqui utiliza o espaço até nas horas de folga, ele vê com cautela maior ainda. E como é da região, na hora de folga ele observa situações que no dia de serviço pode atuar, ou até mesmo durante a folga. Já tivemos casos de policiais de folga observarem uma situação irregular e chamarem o colega em serviço. Quando o policial é da região, a população

19 A Central de Câmeras tem resultados reais no apoio à PM? Com certeza. Temos um policial militar 24 horas no local e o sistema gera insegurança para o marginal. Várias vezes já tivemos prisões com auxílio das câmeras. Ou eles deixam de fazer porque sabem que estão sendo vigiados ou quando fazem acabamos descobrindo, tanto com o trabalho da PM como da Polícia Civil. Tivemos há algum tempo um roubo no centro de Três Rios e conseguimos descobrir o elemento, junto com a Civil, por imagens. O estupro de uma menina que aconteceu em Três Rios também foi levantado com auxílio das câmeras de monitoramento. Tem ajudado bastante.


20 Enquanto isso, ainda há pessoas que atrapalham com trotes? Acontece, mas tem diminuído bastante. Geralmente são adolescentes, crianças, ou até adultos. E isso traz problemas, porque podemos deixar de atender ocorrências. E é crime passar trote. 21 Há quase dois anos no comando do 38º Batalhão, como analisa o desenvolvimento desde sua chegada? Quando assumi, montamos operações e, com elas, temos ouvido o retorno da comunidade. A redução dos índices, duas premiações, tudo isso entendemos como pontos positivos. O fato de não aumentar faz até com que tenhamos dificuldade de bater nossas metas, chegamos a um ponto que não conseguimos reduzir. Teve um semestre que tivemos um roubo de veículo na área do batalhão inteira. Quando assumimos aqui, a média era de 10 por semestre, hoje a média é de cinco ou quatro. Em homicídios, a média era 12, hoje chegamos a um número de cinco ou seis, geralmente envolvendo tráfico de drogas. Não temos casos de latrocínio, nem grandes roubos em estabelecimentos comerciais. Antes era comum registrar roubos assim, ainda acontece, mas diminuiu bastante. A experiência tem sido positiva com relação às operações que implantamos. O trabalho do serviço reservado também é muito importante, muitas prisões de traficantes acontecem através do serviço reservado. Eles têm levantamentos e pesquisas que fazem chegar às informações. 22 Alguma ação ainda não conseguiu realizar como comandante? Alguns distritos já foram beneficiados com policiamento, tivemos que extinguir por mudanças de escalas e não conseguimos repor esse policiamento, como em Bemposta, Inconfidência e Monte Serrat. Tinha vontade de implantar isso, conseguir instalações melhores. Temos várias ideias que tentamos implantar para melhorar o policiamento. Criar alguns DPOs, como, por exemplo, no bairro Habitat, no distrito de Bemposta.

23 O policial militar já é reconhecido como merece? Acho que ainda falta um pouco. Já tem melhorado muito, na nossa região, por exemplo, a comunidade tem reconhecido mais, não posso reclamar. Temos demostrado que o trabalho dá resultados. O número de reclamações já foi muito maior, hoje são bem poucas perto dos elogios que temos recebido. 24 Comparado aos comandantes anteriores, o senhor já está no 38º há um grande tempo. Deve ficar mais? Existe uma rotatividade. Eu já consegui bater o recorde, ficar mais tempo no comando desde a criação do Batalhão, então vai ficar difícil para os próximos bater esse recorde [risos]. É um prazer estar aqui, é um Batalhão onde cresci junto. Chegar ao comando dele é um sonho realizado. 25 Acredita que sua trajetória seja inspiração para novos policiais? Espero que seja. Falo muito que temos que ser exemplos. Tive outros comandantes como exemplo, aprendemos com os outros sobre o errado e o certo. Tem algumas atitudes que não achava adequadas, então temos exemplo para não fazer daquela forma. Temos que ser observadores sempre para, quando chegar nossa hora de comandar, ter aprendido o suficiente para fazer o melhor. Não sei se inspiração é a palavra, mas tento sempre ser um exemplo, de profissionalismo, de cidadão, de servidor público principalmente. 26

Vale a pena ser policial? Vale, não posso reclamar de maneira alguma. Posso dizer que nasci dentro da Polícia, meu pai já era policial e acompanho a Polícia há 45 anos. Quando garoto, eu frequentava o Batalhão do meu pai e nem pensava no futuro, mas já acompanhava. Sabia o que era um cabo, um sargento, um capitão. Nunca trabalhei em outra profissão antes de ser policial. Minha família é sustentada pelo trabalho como policial. Poderia estar melhor? Poderia, mas poderia estar pior, tem que olhar sempre o lado bom. A instituição tem crescido muito e fazer parte desse processo, ver a estrutura que a Polícia Militar tem hoje, a formação dos profissionais, é estimulante. revistaon.com.br

25


26

Revista On Outubro & Novembro


GENTE CULTURA

OS DO NOS DA

S RUA

S

POR FREdERICo NoGUEIRA

Vire à esquerda, passe pela Nelson Vianna, desça o calçadão da Walter Francklin. No Centro, é quase obrigatório passar pela Walmir Peçanha e Gomes Porto. Na Vila Isabel, a Professor Moreira é uma das principais. Estes são alguns nomes de ruas e avenidas que você passa diariamente em Três Rios. Com esse convívio, nada mais justo que conhecer estas pessoas!

C

aminhe pelas ruas e descubra um pouco da história da sua cidade. Isso vale para a maior parte dos municípios do país e, talvez, de muitos lugares do mundo. Em Três Rios não é diferente. Em que rua você mora? Sabe por que carrega este nome, quem foi a pessoa ou o que aconteceu na data? Se você é assinante da Revista On, esta edição só chegou até suas mãos porque preencheu o nome da rua em um cadastro. Emancipado em 1938, Três Rios é um município relativamente jovem. Até a emancipação, era distrito de Paraíba do Sul. Uma planta topográfica da Fazenda Cantagalo [atual Três Rios] elaborada pelo engenheiro Nicomedes Dié, contratado pelo Barão Ribeiro de Sá, em 1886 já apresentava nomes de algumas ruas da região que hoje é

o Centro de Três Rios, como a Rua da Condessa [Avenida Condessa do Rio Novo]. A planta está no livro “A cidade de Entre-Rios”, de 1942, escrito pelo advogado A. de Ribeiro de Sá. Na emancipação, a maioria das ruas do município tinha nomes de pessoas importantes para Paraíba do Sul e não para o distrito que acabara de tornar cidade. Desta forma, o prefeito Walter Francklin, através do Ato 57, alterou diversos nomes de ruas. No trecho inicial do decreto, o prefeito faz as considerações que levam à resolução de renomear ruas. “Considerando que a denominação de vários logradouros públicos da cidade de Entre Rios não obedece a um critério racional de rememoração ou perpetuação de datas históricas da nossa Pátria e de vultos proeminentes da vida pública, científica ou

cultural do País, do Estado ou do Município; Considerando que é dever da administração municipal trazer sempre viva na lembrança do povo a memória dos concidadãos mortos que, em vida, prestaram assinalados serviços à coletividade”, diz o início do Ato 57. Alguns nomes de ruas existem, então, desde este período e outros são mais recentes. Quer conhecer um pouco mais estas personalidades locais? A seguir, selecionamos alguns nomes e, com informações da pesquisadora Cinara Jorge, autora do livro “Pioneiros dos três rios - A Condessa do Rio Novo e sua gente”, você vai descobrir quem são os “donos das ruas”. Mais que nomes gravados em placas ou correspondências, eles gravaram os nomes na história para que os trabalhos por eles desenvolvidos sejam reconhecidos por novas gerações.

revistaon.com.br

27


GENTE CULTURA

Esta é uma das ruas mais antigas de Três Rios. Formado em Farmácia, Nelson Rodrigues de Paula Vianna nasceu no Nordeste, foi um vereador que promoveu melhorias no distrito de Entre Rios e teve uma farmácia no bairro Portão Vermelho. A rua que hoje leva seu nome chamava-se Rua Pereira e, por indicação de Nelson, foi renomeada para Rua 15 de Novembro. Faleceu em 1892 e, pouco tempo depois, os vereadores homenagearam o ilustre morador colocando seu nome na rua. Assim, desde 1893 a Rua Nelson Vianna tem este nome. Nome da principal avenida da cidade. Mariana Claudina Pereira de Carvalho é considerada a fundadora do município. Filha dos barões de Entre Rios, tomou posse da Fazenda do Cantagalo após a morte da mãe. Teve iniciativas importantes para a época. Seus restos mortais estão em um mausoléo na Capela Nossa Senhora da Piedade. Foi um vigário nascido na Bélgica em 1923 que atuou por mais de 30 anos na Paróquia de São Sebastião. Conrado Neidhart agradava a população pelo jeito carinhoso e simples. Faleceu em agosto de 1992 e foi enterrado em Três Rios. Manuel Antônio Gomes Porto não nasceu no município, mas dedicou mais de 40 anos à cidade. Foi comerciante de armazém, fiscal municipal e subdelegado de polícia. Participou da comissão de construção da Capela Nossa Senhora da Conceição. Gomes Porto promoveu a construção de um reservatório de água no Morro da Conceição [morro do hospital]. Era português e faleceu aos 76 anos. Joaquim Gomes da Silva foi um dos autonomistas que lutaram pela emancipação do município. Tinha esse apelido por ser alto e magro. Foi vigia fiscal do Estado. Morreu jovem, antes da emancipação e, quando ela aconteceu, Walter Francklin levou um buquê de flores recebido por uma menina para o túmulo de Quincão. Ambrosina de Lima Bastos foi cabeça do processo de usucapião que, em 1940, 38 descendentes de escravos da Condessa do Rio Novo moveram para reaver os terrenos que teriam direito. O busto é uma homenagem às mães de leite que amamentavam os filhos dos brancos e está na Vila Isabel porque o bairro foi, inicialmente, a Colônia dos escravos libertos pela Condessa. O busto foi construído por moradores que buscaram auxílio com a população. Durante a construção, sofreu críticas por parte de pessoas que não entendiam a nobreza da homenagem.

Nelson

Vianna

Condessa do Rio Novo

Padre Conrado Gomes

Porto

Quincão

Ambrosina Bastos [Praça da Mãe Preta]

28

Revista On Outubro & Novembro


ancklin r F r e t l Wa

Padre Solano

Professor Moreira

o Jacint ho Sobrin

o Albert s Lavina

Bernardo Bello

Walter Gomes Francklin é considerado por muitos moradores como o maior prefeito da história de Três Rios. Formado em odontologia, farmácia e medicina, fez atendimentos gratuitos na maternidade criada pelo Grupo Espírita Fé e Esperança. Escrevia para a imprensa sobre a péssima qualidade da água no distrito, que não tinha tratamento. Com a revolta que tinha ao ver o estado de pobreza de Entre Rios, entrou na política. Foi eleito vereador e, em seguida, prefeito de Paraíba do Sul, em 1936. Deixou a prefeitura dois anos depois, quando Entre Rios tornou-se cidade e assumiu como prefeito interventor. Entre suas obras, realizou calçamento de ruas, construiu a primeira estação de tratamento de água e fez decretos prevendo o alargamento da Avenida Condessa do Rio Novo e a construção de uma avenida margeando o Rio Paraíba do Sul. José Solano Brackmamm nasceu em dezembro de 1879 e faleceu em junho de 1959. Era capelão da Capela Nossa Senhora da Conceição. Quando visitava os fieis, as pessoas ofereciam guaraná, a bebida preferida do padre. Foi sepultado no mesmo túmulo que serviu, anos depois, para o padre Conrado. Antônio Lopes da Costa Moreira era professor público municipal em Areal. Há notícias dele entre 1893 e 1899 como professor em Entre-Rios. Lecionava em uma casa no final da avenida Condessa do Rio Novo. Jacinto Francisco de Azevedo Sobrinho era apaixonado por Três Rios e pelo esporte. Seu nome aparece em diretorias diversas desde os primórdios do esporte na cidade. Foi ele que fez um pedido ao senhor Áureo Teixeira dos Santos, agente da Estação, para ceder o morro que pertencia à Central do Brasil para fazer no local o primeiro campo do Entrerriense. Dentista, filho de família trirriense. Foi presidente do Caer, onde construiu as primeiras piscinas. Foi vereador e prefeito de Três Rios. No Executivo, concluiu os pensamentos de Walter Francklin e começou a abrir a Beira Rio [que mais tarde teria seu nome]. Foi deputado federal e indicado ao Senado. Retornou a Três Rios, foi eleito prefeito novamente, mas faleceu durante o mandato. Bernardo Bello Pimentel Barbosa foi um advogado que chegou a ser deputado estadual. Teve decisiva atuação na elaboração do decreto de emancipação de Três Rios.

revistaon.com.br

29


GENTE Educação

VINICIAR É

FUNDAMENTAL POR FREdERICo NoGUEIRA

FOTOS ARQUIVo PESSoAL

“As muito feias que me perdoem, mas beleza é fundamental”, é o que diz Vinicius de Moraes na poesia “Receita de mulher”. No ano que o mundo das artes celebra o centenário do autor, novas pessoas descobrem e se apaixonam pela grande obra deixada por ele. Afinal, os outros que nos perdoem, mas Viniciar é fundamental!

30

Revista On Outubro & Novembro


“Temos que tornar a escola um lugar prazeroso. Com projetos como este, conseguimos”, diz a diretora Adriani Oliveira

Em Areal, professores, direção e alunos do Ciep 429 se uniram para homenagear o poeta. No início do ano, o primeiro bimestre foi encerrado com um sarau para comemorar o Dia do Livro. O projeto surgiu tímido, mas, com o comprometimento da equipe e descoberta de talentos dentro da escola, o grupo de trabalho aumentou e, no dia 28 de maio, a ordem era “Viniciar”! “Não encontraremos o significado desse verbo em nenhum dicionário, mas, conhecendo um pouquinho mais sobre a vida do poeta Vinicius de Moraes, descobrimos muitos sentidos para essa palavra. Viniciar pode ser fazer poesia, fazer música, emocionar, tocar corações, criar verdadeiras obras de arte. Assim, alunos, professores e convidados Vini-

APPRoACH

O

dia 19 de outubro de 2013 marca os 100 anos do nascimento do Poetinha, como ficou conhecido Vinicius de Moraes. Nascido no Rio de Janeiro, ele faleceu na mesma cidade em 1980 e deixou uma obra grandiosa para os milhares de admiradores. Alguns escritores e pensadores dizem que só morremos quando a última pessoa a lembrar de nós também morre, sendo assim, Vinicius de Moraes pode ser considerado imortal, membro de um seleto grupo que consegue tal proeza. Para chegar a esta imortalidade, dois lados são fundamentais: o talento do autor e os “fãs-transmissores-apaixonados” que, sempre que possível, repassam a obra para quem ainda não conhece. No ano do centenário, alguns projetos da região são os responsáveis por conquistar novos apaixonados e manter Vinicius vivo.

VINICIUS DE MORAES O autor propagou a cultura brasileira por todo o mundo através das composições

ciaram conosco, entrando numa agradável viagem pela magia da música, da poesia, do mundo e do amor”, conta a ex-diretora, Jaqueline Sá. Com o sucesso do projeto, professores de outros segmentos aderiram à ideia e novas ações foram realizadas, como um sarau noturno e apresentações sobre a Arca de Noé. Na escola, os alunos puderam conhecer ainda mais o autor e o contexto de produção de algumas obras, como “Tonga da Mironga do Kabuletê”, da época da ditadura, e “Rosa de Hiroshima”, na II Guerra Mundial. O contato com a obra fez com que os alunos também aprimorassem os

ESTÍMULO Projetos realizados na região fortalecem os vínculos dos alunos com as escolas revistaon.com.br

31


GENTE Educação

Em Areal, alunos puderam conhecer o autor e o contexto de produção de algumas obras

DANÇA Atividades lúdicas fazem parte do projeto realizado em Areal

CIEP 429 Alunos da escola de Areal conheceram a obra de Vinicius de Moraes

ARTE O contato com o poeta pode ser o primeiro passo para criar o gosto pela leitura

AREAL As professoras Lícia e Nágela com Marcelo e Jaqueline

TRÊS RIOS O animador cultural Tunico e a diretora Adriani Oliveira

32

Revista On Outubro & Novembro

conhecimentos sobre estrutura de sonetos, noções de flauta doce, ritmo, entonação e técnicas de declamação e oratória. Em Três Rios, o Instituto de Educação Professor Joel Monnerat também desenvolveu um projeto, chamado “Um banquinho, um violão”, em homenagem ao poeta. Os professores de todas as disciplinas desenvolveram trabalhos relacionados ao tema e, para finalizar, alunos apresentaram poemas, músicas, danças e outras atividades em um evento na escola. “Por incrível que pareça, os alunos demonstraram muito interesse. Trabalhamos principalmente com música, e adolescentes gostam de música, não foi difícil”, conta a diretora Adriani Santana de Oliveira. Entre as apresentações, houve a encenação de uma entrevista de Vinicius de Moraes dada a Clarice Lispector, ambos interpretados por alunos. A cada apresentação, novos talentos descobertos na escola. “Com a tecnologia, há mais coisas interessantes fora da escola que dentro, temos que atrair a atenção, tornar a escola um lugar prazeroso. Com projetos como este, conseguimos. Se esse projeto não existisse, não descobriríamos os talentos que existem aqui. Muitos alunos que não participaram deste, participaram de outros depois”, diz a diretora. Adriani conta, ainda, que sua relação particular com a obra do poeta surgiu ao assistir “Orfeu”, filme baseado em uma peça de Vinicius. Para a diretora e professora, o contato dos alunos com a obra do poeta é importante para despertar, principalmente, o gosto pela leitura. “Estimulando o gosto por determinado autor, você começa a ler coisas do seu interesse e depois passa a buscar outros interesses. Não adianta começar por obras difíceis, leituras complicadas. A obra de Vinicius de Moraes é muito prazerosa, ele mistura o romântico com


“São poucos os que conseguem fazer coisas simples e geniais”, Natacha Alves da Silva

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO Alguns alunos realizaram encenações de obras de Vinicius

SARAU Enquanto isso, outros apresentaram canções famosas do Poetinha

o sarcástico. E, quando você conhece a biografia dele, a leitura dos textos se torna ainda mais agradável”, analisa. Com o projeto realizado internamente, a escola foi convidada a participar de um evento organizado pelo Clube do Livro de Três Rios, que deve acontecer até o fim do ano. O Clube do Livro tem mais de 3.000 membros que interagem com trocas de informações e livros e é organizado pelas

irmãs Natacha, Natália e Natali Alves da Silva. Já realizou alguns saraus na cidade, mas prepara um especial sobre Vinicius. “Com o centenário, percebemos a oportunidade de proporcionar aos leitores da região uma maneira diferente de apresentar a obra. É um evento que não temos sempre a oportunidade de frequentar, mas uma forma melhor de conhecer a literatura, a música, a poesia”, diz Natacha.

O Clube do Livro existe para desenvolver o gosto pela literatura e, com ela, formar cidadãos mais críticos e com conhecimentos maiores. “Muitas pessoas, quando pensam em literatura, pensam em coisas cansativas. Queremos tirar isso da cabeça delas”, explica. Natacha resume em poucas palavras a paixão pelo autor. “Escreve de maneira simples. São poucos os que conseguem fazer coisas simples e geniais. Mesmo com o passar dos anos, continuam eternizados”, finaliza. “Quando a luz dos olhos meus” e as palavras deixadas pelo Poetinha resolvem se encontrar, parece que a vida fica melhor. “Chega de saudade!”, o poeta ainda está aqui... Viniciar é fundamental!

revistaon.com.br

33


34

Revista On Outubro & Novembro


GENTE COTIDIANO

NAS PORTARIAS POR TIAGo TAVARES

FOTOS REVISTA oN

“Bom dia”, “boa tarde”, “boa noite”, “sim senhor”... Entre as falas carregadas de gentileza, eles seguem garantindo a organização e a segurança dos condomínios. Sempre com muita dedicação, sorriso no rosto e cordialidade, os porteiros são, às vezes, imperceptíveis, mas são fundamentais para o bom funcionamento de prédios comerciais e residenciais.

revistaon.com.br

35


GENTE COTIDIANO

E

les são cordiais, educados e estão sempre prontos para ajudar. Estes são apenas alguns dos adjetivos que podem ser dados aos porteiros. Pessoas que moram em condomínios residenciais ou trabalham em prédios comercias já devem ter se acostumado à figura do profissional, presente diariamente no cotidiano. Eles são indispensáveis para garantir a segurança e organização dos patrimônios e, por isso, precisam ser de confiança e possuir qualidades organizacionais, boa memória e bom relacionamento interpessoal. Por ter essas e muitas outras qualidades, Jorge Batista da Silva, 61 anos, se mantém há tanto tempo na profissão. O porteiro já trabalha há 40 anos no ramo. No Edifício José Vaz, no Centro de Três Rios, ele está há 18 anos. Antes de se entregar ao ofício, ele trabalhou em uma metalúrgica. “Seu Jorge”, como é chamado, afirma que uma das receitas para manter-se tanto tempo na profissão inclui dedicação, ética profissional e respeito às pessoas. “No dia-a-dia da portaria nós temos que ter respeito, tem que ver e ser cego, escutar e ser mudo. A minha responsabilidade é estar ciente e ligado a tudo, então, sempre dou atenção aos inquilinos, aos condôminos e seus clientes, e tratamos todos da mesma maneira, sempre com ética, responsabilidade e respeito”, conta Jorge, que foi escolhido como síndico do prédio onde mora há um ano. Acompanhando de perto o trabalho de Jorge está uma árvore. Isso mesmo, uma árvore localizada em frente à portaria do edifício. “Em julho de 1995 ainda não tinha calçada nem marquise. Algumas semanas depois começou a ser feita a calçada, coloram uma manilha e fiquei com a função de buscar uma árvore para plantar”, relembra. Assim, ao mesmo tempo em que cuida do condomínio, Jorge também cuida da árvore com muito carinho e atenção, o que já rendeu histórias curiosas. “Uma pessoa descobriu que o marido estava sentado no bar com outra mulher. Então, a mulher e a amante começaram a brigar. Eu saí para proteger a árvore e gritei ‘segura, segura senão elas vão quebrar a árvore’”, lembra e logo acrescenta: “Pode ver que ela não tem nenhum machucado. Não deixo colocar prego e quando colocam bicicletas encostadas eu peço para ter cuidado”. 36

Revista On Outubro & Novembro

EXPERIÊNCIA Com mais de 40 anos de profissão, Jorge trabalha sempre com bom humor e responsabilidade

Todo esse respeito é reconhecido pelos condôminos. A fisioterapeuta Lorraine de Almeida Silva, que tem uma clínica no edifício, destaca as qualidades do porteiro. “Estamos aqui desde que inaugurou o prédio e o Jorge sempre foi receptivo e agradável com todo mundo. Faz o trabalho dele nas horas certas e é muito atento. Pessoas já foram furtadas dentro do condomínio e os porteiros descobriram na hora, depois de verem a gravação das câmeras. Eles vigiam muito. Algumas pessoas sobem pelas escadas e eles ficam tomando conta para elas não namorarem. Já houve casos que ele já pegou pessoas em flagrante”, revela Lorraine. O porteiro Juarez Gabriel Ferreira, 60, já é aposentado, mas continua atuando na profissão e declara amores por ela. Está na Galeria Central desde 1994 e já trabalhou como servente de pedreiro, em fábrica de tecidos e até na construção de estradas, mas a satisfação profissional só apareceu quando chegou à portaria. “É o melhor lugar que já trabalhei na vida, eu só paro se ganhar na loteria. Eu já acostumei com

a rotina do trabalho. Separo as correspondências, coopero na limpeza e ajudo os outros funcionários”, conta Juarez. Ao ser questionado sobre histórias engraçadas e inusitadas vividas durante os anos de trabalho, ele sorri e responde de forma séria, sem comentar os fatos que estão guardados nas lembranças de quem já presenciou muitos fatos. “Quem trabalha como porteiro tem que ser cego, surdo e mudo. Já vi várias pessoas passarem por aqui e saírem porque falam demais. Temos que ser muito corretos e não podemos ficar falando da vida particular das pessoas. O negócio é o respeito e tenho as pessoas daqui como uma família”, comenta. A comerciária Lourdes de Oliveira Souza comprova a relação de amizade e o ambiente familiar no edifício comercial. “Constantemente passa na loja para ver se precisamos de alguma coisa e dá assistência se precisamos, traz até café algumas vezes. Ele é um grande amigo”, diz a comerciária. Outro querido pelos condôminos é Ricardo Barbosa de Oliveira, 35 anos,

“No dia-a-dia da portaria nós temos que ter respeito. Tem que ver e ser cego, escutar e ser mudo”, Jorge Batista da Silva


“o melhor lugar que já trabalhei na vida, eu só paro de trabalhar se eu ganhar na loteria”, Juazez Gabriel Ferreira

ZELO A fisioterapeuta Lorraine diz que o porteiro Jorge sempre está de olho em tudo que acontece

zelador do Edifício Vale do Paraíba que já atuou como porteiro por seis anos e há sete ganhou a incumbência de liderar os outros quatro porteiros e duas faxineiras que trabalham no prédio. O zelador também preza pela ética profissional e procura não se envolver com assuntos pessoais dos condôminos, mas precisa resolver

problemas de reclamações envolvendo os moradores. “As pessoas são bem curiosas e sempre querem saber da vida de outras, mas temos que ser bem profissionais. Eu só trato assunto que diz respeito ao prédio e saímos ao máximo da vida pessoal dos moradores para manter sempre a boa convivência. Às vezes a pessoa tem um problema com o vizinho e eu tenho que intermediar”, explica Ricardo. Além de exercer as funções básicas inerentes aos porteiros e zeladores, eles fazem um papel muito importante para a segurança do local de trabalho, já que são a primeira barreira de segurança. Para tornar o trabalho mais fácil, os equipamentos são extremamente importantes. O empresário Ary Salgado Filho, que atua com instalação de equipamentos

eletrônicos em prédios, ressalta a importância da automação de portões e instalação de câmeras para auxiliar os porteiros. “O sistema de segurança é essencial para o trabalho dos porteiros, porque respalda o trabalho deles caso aconteça algum sinistro. Todas as câmeras monitoram os prédios 24 horas por dia, auxiliando os profissionais. As câmeras são materiais de trabalho do porteiro, então é importante instalá-las em todos os locais dos condomínios, como elevadores, garagem, corredores e recepção. Isso ajuda na garantia da segurança dos moradores, mas é importante que toda a central de monitoramento e os portões tenham nobreak, que são baterias que mantém os equipamentos ligados mesmo na falta de luz”, explica Ary.

revistaon.com.br

37


GENTE COTIDIANO

“Já passou da hora de termos um sindicato. Em Três Rios devem ter cerca de 300 funcionários em condomínios e esse número vai crescer ainda mais” Ricardo Barbosa de Oliveira

COOPERAÇÃO O porteiro da Galeria Central, Juarez, ajuda amigos de trabalho e condôminos

DEDICAÇÃO Sempre receptivos e educados, os porteiros têm funções fundamentais

Apesar de toda a importância dos porteiros, eles ainda são pouco reconhecidos e a remuneração ainda está aquém da importância. Segundo informações da Federação Nacional dos Trabalhadores em Edifícios e Condomínios (Fenatec), são mais de um milhão de profissionais que trabalham como porteiros no país. O piso salarial no Estado do Rio de Janeiro é de R$ 891,25. Apesar do crescimento de edifícios na região, não existe um sindicato que res38

Revista On Outubro & Novembro

ponda pelos porteiros, zeladores e profissionais que trabalham nos edifícios e condomínios, então os profissionais precisam recorrer a Fenatec, com sede em São Paulo. Por conta da distância, a federação não atende os profissionais de perto e os contatos são feitos, na maioria das vezes, através de cartas, e-mails e telefone, como conta o zelador Ricardo Barbosa de Oliveira. “Nós pagamos a taxa de federação anualmente, mas em Três Rios e região eles não são

atuantes e só temos contato através de e-mails e cartas”, conta Ricardo. Para suprir a necessidade da federação, o órgão que cuida da parte trabalhista, dissídios coletivos e assuntos que dizem respeito aos porteiros, zeladores e funcionários de limpeza, é o Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais do Rio Janeiro (Secovi Rio). Para Ricardo, há necessidade de criar um sindicato da classe na região, já que o número de profissionais da área vem aumentando junto com os imóveis. “Já passou da hora de termos um sindicato. Em Três Rios tem cerca de 300 funcionários em condomínios e esse número vai crescer ainda mais”, enfatiza. A falta de qualificação profissional também já é sentida por moradores e pelos próprios porteiros. Caso queiram fazer algum curso, precisam ir até Petrópolis ou Rio de Janeiro. Segundo Ricardo, é importante qualificar os profissionais a fim de dar mais qualidade ao trabalho. “Hoje, os condomínios não pedem qualificação, mas já estão sentindo falta. Um porteiro que fale outra língua faz muita falta. Nós já temos condomínios em Três Rios que têm pessoas da Espanha morando e o porteiro precisa de intermediários para a comunicação. Então, o porteiro que quer seguir carreira deve ter um grau de estudo bom, com cursos de atendimento ao público, e saber lidar com as pessoas porque tem que ter muito cuidado e carinho com os condôminos”, analisa Ricardo. Todo esse carinho, ética e respeito fazem desses profissionais mais que importantes e mostram a preocupação e a dedicação que dispõem ao sair de casa e cuidar do lar de outras pessoas. Esses são os porteiros!


SEGURANÇA O empresário Ary Salgado Filho acredita que câmeras auxiliam o trabalho dos porteiros

ÉTICA O zelador Ricardo Barbosa procura se envolver apenas em assuntos relacionados ao condomínio

revistaon.com.br

39


CENTER COPY

COMEMORA CINCO ANOS FOTOS dIVULGAção

Com variedade nos serviços, empresa investe em inovações e qualificação da equipe para acompanhar as necessidades de uma cidade em crescimento.

S

abe aquele momento que você está prestes a abrir uma conta no banco e lembra que não está com as cópias de documentos necessários? Ela está perto para te socorrer! E quando pensa em lembrancinhas criativas para uma festa de aniversário? Ela também está pronta para ajudar! Localizada no centro comercial de Três Rios, a Center Copy Gráfica Express comemora cinco anos de serviços prestados à população. Inaugurada no dia 1º de novembro de 2008, a Center Copy teve como primeiros serviços apenas cópia de documentos em preto e branco e setor de lan house. Após cinco anos e uma grande reforma estrutural, o cenário é bastante diferente e os clientes aprovam as mudanças. Com dois pavimentos desde o ano passado, a Center Copy oferece serviços de encadernação, revelação de fotos,

plastificação de documentos, impressão, digitação de textos, envio e recebimento de fax, criação de filipetas, cartões de visitas, marcas e muitos outros. Além de “salvar” as necessidades que surgem de formas imprevistas no cotidiano, a Center Copy também disponibiliza dois serviços com procura constante: produtos personalizados e plotagem. O primeiro inclui lembranças para festas de aniversários, como caixinhas de chiclete com o nome do aniversariante, convites de casamentos, formaturas e muito mais; já o serviço de plotagem visa facilitar o trabalho de engenheiros e arquitetos. Com o crescimento da construção civil na região, o serviço é de grande utilidade para os profissionais que, antes, precisavam ir a outros centros para realizar os trabalhos. Na Center Copy, um designer gráfico está à disposição para criar mar-

cas e desenvolver os produtos personalizados, como ímãs de geladeira, calendários, brindes e as lembrancinhas. Se você tem uma foto antiga já deteriorada pelo tempo, lá é possível restaurá-la. O sucesso dos cinco anos da empresa só foi possível pela cooperação entre administração, colaboradores e clientes. “Crescemos juntos. Ficamos muito felizes quando as realizações superam nossas expectativas. A empresa funciona porque existe esta união, é uma parceria que dá bons resultados para todos”, afirma a empresária Marcella Salustiano.

Travessa Augusto de Almeida, 16 Centro – Três Rios – RJ 24 2255-1795 contato@centercopy.com.br



GENTE COMPORTAMENTO

EM DOSE DUPLA POR MAYARA SToEPKE

FOTOS ARQUIVo PESSoAL

Ter um irmão pode ser algo muito legal, mas ter um irmão gêmeo pode ser ainda melhor. ou não? Ter uma pessoa igual a você, que convive desde o útero materno, nasceu no mesmo dia e que sempre divide a história, pode ser ao mesmo tempo uma sensação maravilhosa como pode gerar algumas situações constrangedoras.

A

lgumas pessoas se perguntam como acontece a fecundação de gêmeos, então cabe começar com a explicação. Há dois tipos: monozigóticos (univitelinos) e dizigóticos (bivitelinos). No primeiro caso, a mulher libera um único óvulo que é fecundado por um espermatozoide que se divide, são os irmãos idênticos. No segundo, a mulher libera dois óvulos e acontecem duas fecundações, por dois espermatozoides distintos, gerando dois bebês, que podem ser do 42

Revista On Outubro & Novembro

mesmo sexo, mas não necessariamente iguais, ou de sexos opostos. Casos de gêmeos sempre existiram e você deve conhecer alguns. O fato de a mulher estar inserida no mercado de trabalho e engravidar mais tarde, quando a fecundação é mais difícil, aumenta o número de reproduções assistidas. Nestes casos, há maiores chances de gravidez gemelar. A gravidez de gêmeos merece maiores cuidados, como explica a ginecologista e obstetra Christine Corrêa. “Embora desejada por algumas

mulheres, é uma gestação de risco. É importante a realização de um pré-natal cuidadoso e orientar a gestante sobre a possibilidade de parto prematuro. O fato de estar grávida de gêmeos não significa que teremos sempre uma gravidez conturbada ou com problemas, mas é um alerta para estarmos todos (mãe, obstetra e família da gestante) atentos, pois a chegada de bebês prematuros ou com restrição de crescimento de um dos bebês pode acontecer em alguns casos”, conta a especialista.


São várias histórias e momentos inesquecíveis vividos por pessoas que têm as vidas quase sempre em dose dupla. Alguns gostam de ter um irmão gêmeo, outros nem tanto. Aurélio Miguel e Marco Antônio de Mello, de 15 anos, são gêmeos bivitelinos, ou seja, de placentas diferentes, porém muito parecidos. “Ter um irmão gêmeo é engraçado e chato ao mesmo tempo. É estranho. O ruim são as piadinhas: ‘os gemidos’, ‘iguaizinhos’ e coisas do tipo na escola ou amigos próximos. E o bom é que temos sempre companhia para jogar vídeo game, para sair”, conta Aurélio Miguel. Marco Antônio explica que as pessoas sempre perguntam se eles sentem a mesma coisa ou uma ligação maior por serem gêmeos. Segundo ele, isso não acontece. “Não foi uma gravidez planejada, nos pegou de surpresa. Já tínhamos uma filha de nove anos de idade e nem tínhamos certeza se queríamos mais um filho, o que diria dois! Mas foi uma benção após o primeiro impacto. Nossa família tem histórico. Por parte das avós materna e paterna. A avó materna tinha um irmão gêmeo e a avó paterna teve um casal de filhos gêmeos”, conta Lêda Maria Mello, mãe dos meninos. Até o primeiro ano, passaram por algumas dificulda-

des. Havia revezamento para cuidar das crianças, sair de casa era muito trabalhoso, tudo era em dose dupla, trocar as fraldas, mamadeiras, banhos. Os dois possuem personalidades bem diferentes: um é mais calmo e o outro mais agitado. Nunca foram criados com roupas iguais, mas histórias engraçadas há uma coleção. “Teve uma vez que um deles estava doente. A minha mãe deu remédio para um e, dois segundos depois, o outro perguntou se não ia tomar o remédio porque era ele que estava doente. O mesmo já aconteceu com mamadeira. Um acabou tomando duas vezes e outro ficou sem. Quando eles entraram na pré-escola, a professora, depois de muito tentar, pediu que providenciássemos os nomes bordados nas camisas deles. Coitada, ela não conseguia acertar quem era quem”, conta Ingrid Mello, irmã da dupla. As irmãs Rosimeire e Roseli Domingos, 48 anos, também têm histórias para contar. “Minha mãe adorava nos vestir iguais. Assim que minha mãe liberou esta coisa de usar roupas iguais, eu particularmente adorei, achava uma chatice ter alguém que se vestisse como eu. Sempre quis ser perua e a ‘Lili’ era básica demais para ser minha cara metade”, conta Rosimeire, que adora vestir roupas

A gravidez de gêmeos merece maiores cuidados

MEIRE E ROSELI A mãe adorava vestir as irmãs com roupas iguais

UNIVITELINAS As gêmeas Michela e Mirela Verly apresentam diferenças na fisionomia revistaon.com.br

43


GENTE COMPORTAMENTO

AURÉLIO MIGUEL E MARCO ANTÔNIO Os irmão dizem que ser gêmeo é engraçado e chato ao mesmo tempo

INÍCIO Na infância a família enfrentou algumas dificuldades para lidar com duas crianças

extravagantes. Roseli é cheia de orgulho por ter uma irmã gêmea. Na escola adorava contar essa parte que quase ninguém conhecia, já que não são idênticas. “Eu era muito tímida e a ‘Meire’ muito bagunceira. Às vezes ela ficava de castigo na escola e eu não contava nada para minha mãe, nunca gostei de vê-la sendo castigada por alguma coisa, por isso tentava protegê-la e ela não estava nem aí para nada, muito menos para a minha ‘suposta proteção’. Eu era extremamente dependente”, lembra Roseli, chamada carinhosamente pela família de Lili. Ela conta que as duas possuem uma ligação muito forte e sempre sente quando a irmã está em algum perigo ou triste. “Há dois anos tive a sensação de estar presa em um local fechado e abafado e fiquei muito angustiada, liguei imediatamente para ela e naquele momento ela me disse que estava presa em um elevador de um prédio antigo no Rio de Janeiro, mas pediu que eu ficasse calma porque já havia ligado para o Corpo de Bombeiros”, conta Roseli. Para Rosimeire não existe lado ruim em ter uma irmã gêmea. Para os pais de gêmeos, ela deixa um conselho: “Eles são pessoas diferentes e precisam ser tratados como tal para que não venham a sofrer com comparações, sejam idênticos ou não. Nós duas sempre fomos muito felizes e muito amigas, isso que importa”. As irmãs Michela e Mirela Verly, 35 anos, são univitelinas e muito parecidas. A mãe, Conceição Verly, conta que foi uma surpresa, pois na época não existia ultrassom. “Na família há outros casos

de gêmeos. Eu sou gêmea, minha tia é gêmea e teve filhos gêmeos”, explica Conceição. Michela e Mirela contam que, quando pequenas, sempre eram confundidas, mas hoje já estão diferentes. “É bem legal ser gêmea, pois quando éramos pequenas todos paravam na rua para olhar”, brinca Michela. Conceição lembra uma história engraçada: “Quando elas eram pequenas, os uniformes tinham os nomes, um dia eu os troquei e elas foram para o colégio. Chegando lá, começaram a trocar os nomes e elas falavam que estava errado. Só quando cheguei, à tarde, vi que tinha trocado os uniformes”, conta. A mãe vestia as meninas com modelos iguais, só mudava a cor da roupa, o que ajudou ainda mais a serem confundidas. “Quando éramos pequenas, ninguém sabia quem era quem. Nos primeiros dias de nascida, minha mãe colocou uma pulseira em mim para identificar que eu tinha nascido primeiro. Podíamos ter trocado de lugar, porque ninguém sabia quem era quem, mas nunca fizemos isso”, lembra Mirela. Para Michela, também não há pontos negativos em ter uma irmã gêmea. “Por sermos gêmeas, a ligação é maior porque os gostos parecem, o jeito, a maneira de falar, gostamos das coisas bem parecidas. Quando éramos pequenas e uma ficava doente, depois a outra também ficava. Os sentimentos são muito ligados, sabemos quando a outra não está bem”, conta Michela. Muitas são as histórias de quem tem irmão gêmeo. Imagine quando são trigêmeos? Mas isso é assunto para outra matéria...

44

Revista On Outubro & Novembro

Christine Corrêa responde:

O pré-natal para gêmeos ou trigêmeos é diferente? Esse tipo de gestação é considerado de mais risco, por isso as grávidas fazem mais ultrassons, a fim de verificar como os bebês estão posicionados no útero, como estão crescendo ou se há algum tipo de complicação que deve ser monitorada e tratada.

Grávida de gêmeos. Isso significa que engordarei bem mais? Tudo depende do peso que você tinha antes de engravidar. Se estava abaixo do peso, vai ter que engordar mais, mas, se estava acima, não. As gestantes têm que engordar o suficiente para manter os bebês saudáveis e bem alimentados. Procure manter uma dieta equilibrada para que você e os bebês recebam todos os nutrientes de que precisam. Lembre-se de que gravidez não é hora de fazer regime.

Os sintomas da gravidez são piores quando se espera mais de um bebê? É possível que alguns sintomas comuns de qualquer gravidez fiquem mais exacerbados, o que não quer dizer que isso ocorra com todo mundo que espera gêmeos.


revistaon.com.br

45




GENTE COMPORTAMENTO

FILHOS DO

AMOR

POR MAYARA SToEPKE

FOTOS ARQUIVo PESSoAL

Toda criança tem o direito a uma convivência sadia com uma família. A adoção é um gesto de amor, rompe a fronteira do preconceito e leva felicidade tanto para o adotando quanto para os pais adotivos. o Brasil tem atualmente 8.000 crianças aptas à adoção e 15 mil pessoas cheias de amor para oferecer.

48

Revista On Outubro & Novembro


E

m uma pesquisa, a Associação Brasileira de Magistrados (ABM) constatou o número de 80 mil crianças e adolescentes em abrigos para serem adotados e apenas 8.000 deles estão aptos para a adoção. No Brasil, para conseguir adotar uma criança ou adolescente, é necessário inscrever-se no Cadastro Nacional de Adoção e passar em uma avaliação para ganhar a habilitação que dura por dois anos. É preciso ter mais de 18 anos, não importa o estado civil desde que seja16 anos mais velho que o adotando e estar com a habilitação deferida e inscrita no Cadastro de Adoção. Em Três Rios existe o Abrigo Provisório Antônio Modesto Fabello. Ele é municipal e possui 11 crianças e jovens com idades entre um e 18 anos incompletos. Sete estão prontos para serem adotados. “Três Rios possui no momento 23 pessoas habilitadas para adotarem crianças e jovens. Elas se cadastraram, passaram por psicólogo, assistente social e aguardam o momento da adoção”, explica a juíza Mara Grumbach Mendonça. Geralmente essas crianças são tiradas da família por terem pais usuários de drogas ou sofrerem maus tratos e, depois de um processo, se realmente forem desligadas da família, são encaminhadas para um abrigo provisório. Embora o abrigo carregue o título de “provisório”, algumas crianças ficam por lá até completarem a maioridade. “A procura maior ainda é por recém-nascidos e meninas, já a cor não interfere muito. Até os

cinco anos a procura é boa, depois começa a ficar mais difícil a adoção, os pais querem as crianças menores”, explica a juíza. A visita ao abrigo é emocionante e qualquer pessoa pode ir conhecer as crianças. A única exigência é apresentar-se antes na Vara da Família por medida de segurança. É difícil não se apaixonar. Hérika Fernandes é coordenadora e psicóloga do Abrigo Provisório Antônio Modesto Fabello há dois anos. “Nos tornamos uma família, não deixo que nada aconteça com eles, que sofram qualquer tipo de preconceito. A gente fica com o umbigo enterrado aqui”, conta. As crianças possuem rotina e regras como em qualquer casa. Estudam, ganham uma alimentação balanceada e farta, praticam esportes, fazem cursos, ganham carinho e atenção de todos os funcionários. A casa é alegre e organizada. As famílias das crianças que desejam manter contato têm esse direito e horários de visitas que são bem flexíveis. “Adoção é um ato de amor e generosidade”, resume Hérika. Ela conta que algumas pessoas chegam ao abrigo com uma lista de exigências, como se a criança fosse um boneco, e esquecem que não estão ali somente para satisfazer a vontade dos pais. “Quem escolhe adotar tem que se doar, entender que ela também precisa satisfazer a criança, adotar é ajudar”, completa. Muitas crianças que chegam ao abrigo sofreram violência, são vítimas de maus tratos, pais usuários de drogas ou até mesmo abandono. Hérika

GÊMEOS Vilma diz que cria os meninos com todo amor e carinho

COM A FILHA E A MÃE Angélica conta que os pais apresentavam como a ‘raspinha do tacho’ revistaon.com.br

49


GENTE COMPORTAMENTO

ÍNDICE Segundo a juíza Mara Grumbach, crianças com até cinco anos de idade são mais procuradas

PSICÓLOGA Angelina diz que quando o pedido de adoção é negado, surge a frustração

“Eles sabem que moram na minha casa porque são filhos do amor, eles têm certeza e entendem bem isso”, Vilma Silva

explica que elas são acompanhadas por psicólogos e assistentes sociais e sabem o porquê de estarem ali e que é provisório. “Nesses dois anos de coordenação, quatro crianças foram adotadas e as famílias estão muito felizes”, informa. Histórias que se cruzam, pessoas que, mesmo com sangue diferente, se amam, completam e tornam uma família. Vilma Silva abriu o coração para dois irmãos gêmeos. O amor falou mais alto e é dela a expressão “filhos do amor” que abre esta matéria. Desde um ano de idade, as crianças estão com ela e a irmã. Hoje estão com oito anos. “Quando as crianças nasceram não fizemos nada, eles eram prematuros, então estavam sempre doentes. A mãe ficava com os dois. Com seis meses o Arthur foi internado e não tinha ninguém para ficar com o Igor. Minha irmã, que é madrinha da mãe deles, o levou para minha casa, onde ficou até o outro melhorar. Ficamos todos apaixonados por eles. Todo final de 50

Revista On Outubro & Novembro

semana ela ia pegá-los. Com um ano eles não foram mais embora”, descreve Vilma. A mãe biológica tem a possibilidade de visitar as crianças, porém, Vilma possui um termo de responsabilidade e eles têm plano de saúde, seguro de vida e tudo o que ela tem direito na empresa que trabalha. “Crio eles com todo amor e carinho, tento mostrar as dificuldades, mas tudo numa boa. Não sei se é porque eu sou apaixonada por eles, até os sobrinhos têm ciúmes. Eles são a minha vida, minha prioridade em tudo, choro até hoje se ficam doentes. Às vezes acho que o amor é até maior, faço isso porque quero. Deus colocou os dois na minha vida para serem felizes e tenho certeza que são. Eles sabem que moram na minha casa porque são filhos do amor, eles têm certeza e entendem bem isso, a família deles somos nós. Chamam o meu sobrinho que mora conosco de irmão. Para meu cunhado, os dois são como filhos”, conta Vilma, que mora com a irmã.

Ainda bebê, Angélica Garcia, hoje casada e com duas filhas, foi adotada por Olavo e Lucilia. “Eles vinham de duas perdas muito importantes. Perderam dois filhos biológicos em um espaço de tempo muito pequeno. Eu cheguei logo após, com uma diferença bem grande entre meus irmãos. Para ter uma ideia, o filho biológico mais novo dos meus pais tem 13 anos a mais que eu, regulo idade com as netas mais velhas deles” conta. O pai ficava pouco em casa, então logo se apegou mais à mãe e ao irmão Osmair, que fez o papel de pai. “A minha mãe foi o ser mais próximo da perfeição que conheci. Nós éramos muito ligadas. Sempre me apoiou e me incentivou em tudo. Quando fui para a faculdade, em Barra Mansa, havia alguns finais de semana que não consegui vir por ter que cumprir horário no estágio e ela sempre ia me ver. Era muito engraçado porque, sendo a mãe mais idosa de todas nós na república, era a que mais nos visitava. O pessoal de casa sempre falou que ela era minha puxa-saco”, lembra com carinho. Ter a cor da pele diferente da dos pais nunca fez Angélica sofrer preconceito, sempre foi tratada como da família. “Eles me apresentavam como a ‘raspinha do tacho’. Filha e ponto”, brinca. Nunca teve curiosidade em saber quem são os pais biológicos, “Sempre tive orgulho de ter sido adotada pela minha família, em especial pela minha mãe. Portanto, isso supriu qualquer vontade de conhecê-los. Conheço algumas pessoas que são adotadas e têm esta vontade. Eu, de coração, nunca tive”. Angélica é mãe das meninas Ana Liz e Alice e adoraria adotar um menino, o Gabriel. “Acredito que as pessoas que têm condições deveriam passar por esta experiência. Amar um filho biológico é lindo, maravilhoso, mas é seu. Adotar é escolher amar. Amar um ser que você nunca viu, que não sabe da história. Isso é muito forte e exige um nível muito grande de amor. Não são todos que tem”, define. Não basta ter amor, carinho e vontade de adotar um filho. A adoção é um ato de muita responsabilidade e deve ser feita em processos. A criança e os pais devem passar por etapas para estarem prontos, e entenderem que são pessoas com histórias diferentes, principalmente quando a adoção é tardia. A psicóloga Angelina Mondres


ABRIGO PROVISÓRIO Segundo Hérika Fernandes, crianças e funcionários tornam-se uma família

diz que o tema é bastante extenso e merece muita atenção, já que a adoção pode acontecer por várias razões. “É provável que um dos primeiros passos seja identificar as motivações que estão levando à adoção. Na maioria, são pessoas que, diante da infertilidade, não desistem do desejo de serem pais e a adoção se apresenta como uma possibilidade de realização. Não apenas, pois famílias monoparentais [comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes, presente no artigo 226 da Constituição Brasileira], famílias homossexuais, casamento tardio, famílias que não buscam a adoção, mas se deparam com ela, costumo dizer que são ‘convidados’, e ainda aqueles a quem a adoção se apresenta bem de mansinho. Quase não se nota e quando abre os olhos já aconteceu. Há, também, aqueles que se sentem capazes de amar e cuidar um pouco mais”, enumera Angelina as razões que levam à adoção. Quando um membro chega à família, a felicidade para aqueles que buscavam por isso tam-

bém chega, mas ao mesmo tempo requer cuidados, demanda novas posturas e é preciso superar mitos com relação à adoção. “A criança tende aceitar mais facilmente sua origem se souber desde o início. Os pais precisam identificar e, na medida do possível, superar seus temores para guiarem suas crianças na trilha que constrói a identidade. A revelação é, portanto, um direito, tanto para a criança quanto para os pais já que o estresse de carregar segredos também em nada facilita esse relacionamento”, afirma Angelina. A adoção é a entrega de corações de pessoas que estão prontas para a felicidade, independente de qualquer diferença, seja de sangue, de cor ou de passado. Elas apenas amam e tornam-se família. Por que não ter um filho do amor? Nota: Se você sente vontade de adotar, busque outras informações na Vara de Família, da Infância, da Juventude e do Idoso de Três Rios pelo telefone (24) 2251-7300

revistaon.com.br

51


GENTE OPINIÃO

NEGÓCIO É NEGÓCIO “Eu sempre fui muito gostosa, alta, malhada de academia, me cuido e muito, sei do valor do meu corpo para os homens”.

P

POR RoBERTo WAGNER

erdi minha mãe quando tinha 10 anos, foi uma porrada. Meu pai, de poucas rendas, penou para criar eu e Juliana. Até hoje tenho dificuldade de perdoar Deus por ter me tomado a mãe tão cedo. Juliana sempre aceitou melhor. Eu, mais rebelde, nunca engoli. Passei toda minha adolescência vendo minhas amigas com sua mãe e eu sem a minha. Detestava aquilo. Quando íamos à casa da colega, era fácil notar o olhar diferente para aquelas meninas sem mãe. Meu pai sempre foi um amor de pessoa. Cresci sabendo que haveria de lutar muito para vencer na vida. Diferentemente de Juliana, minha irmã, que sempre me pareceu apaziguada com a vida. Jamais namorei pobre, melhor, nunca sequer fiquei com um pobre, sempre procurei aqueles rapazes que tinham dinheiro, não iria jogar minha vida adulta fora, já me bastava os perrengues da adolescência. Juliana não, sempre doce ficava com ‘qualquer um’, quer dizer, pobre ou rico. Conheci Flávio numa ExpoFest. Lindo e só trajando roupas de marca. Camisa da Dudalina, calça da Colcci, tênis da Lacoste e um perfume delicioso que parecia da Armani. Levou-me em casa numa Land Rover. Apaixonei-me! Eu sempre fui muito gostosa, alta, malhada de academia, me cuido e muito, sei do valor do meu corpo para os homens, e porque não dizer, para mim também. Em pouco tempo já frequentava a casa de Flávio, ou melhor, as casas, Flávio tinha casa em Búzios e Angra dos Reis. Além de lindo e gentil, Flávio tinha o que mais importa na vida: dinheiro. Juliana também arrumou um namorado firme, era lá da nossa cidade, me parecia um sujeito simples, calado, porém gente boa. Tenho pra mim que minha irmã é daquele tipo de pessoa excessivamente normal, o que de certa forma também é um problema, inclusive nominado pela psicologia, são os chamados normopatas, normais demais. Casei-me com Flávio numa festa para 2.000 convidados no maior salão de eventos de nossa região. Toda elite da cidade estava presente. Eu estava exuberante, num vestido que foi desenhado e comprado sob encomenda em Londres. Nossos finais de semana são sempre em Búzios ou Angra, adoramos praia. Juliana e o marido são quase sempre nossos convidados, afinal minha irmã é a única pessoa que de fato eu confio, até hoje. Nessas idas e vindas à praia conheci melhor meu cunhado, um sujeito simples, porém muito educado. Um dia, no sol escaldante de Búzios, fui tomar 52

Revista On Outubro & Novembro

uma chuveirada e Enzo, meu cunhado, estava na minha frente na fila. Sem perceber, fiquei reparando-o tomando a ducha: corpo esbelto, totalmente definido, músculos avantajados, pernas e braços absurdamente grossos e um volume descomunal na sunga que chamava à atenção de qualquer um, inclusive eu. Pela primeira vez prestei atenção em Enzo. Numa conversa na barraca de praia Juliana me contou o calvário do marido, desempregado, com pouco estudo, estava para aceitar agradecido um emprego de pouco mais de um salário mínimo como balconista em uma loja de material de construção. Ela estava bancando a casa, com seus parcos vencimentos de professora. Fiquei tocada com a situação de minha irmã. Naquela noite quase não dormi, a cena de Enzo de sunga com o corpo sarado e molhado me invadia a todo momento, sem falar que também fiquei atordoada com a penúria de minha irmã. Em conversas no jardim de nossa casa em Búzios fui bem objetiva e clara com minha irmã. Se ela ajeitasse o Enzo para ser meu amante, eu multiplicaria o salário dele. Minha irmã me chamou de louca. Todavia, no final da tarde me comunicou que estava tudo ok. A vida de minha irmã melhorou bastante financeiramente, e o meu casamento também, Enzo me preenche, literalmente. Sempre que vamos a Búzios ele vai conosco, e quem compra a sunga dele sou eu. Meu marido diz que não existe nada mais afrodisíaco do que ver ou imaginar a traição, e Enzo, sarcástico, pleiteia 13º salário, afinal, negócio é negócio. Roberto Wagner Lima Nogueira é procurador do município de Areal, mestre em Direito Tributário - UCAM-Rio, advogado tributarista e colunista do portal da Revista On. rwnogueira@uol.com.br

OVERDOSE DE QUADRILHAS A antessala de dilma Rousseff precisa ser submetida a um processo de desintoxicação.

N

POR HELdER CALdEIRA

a última década, o Palácio do Planalto deixou de ser apenas a sede do Poder Executivo e Gabinete Oficial da Presidência da República Federativa do Brasil. Nos luxuosos corredores palacianos multiplicam-se as “quadrilhas vermelhas” especializadas em despojar o patrimônio público e saquear os cofres mantidos por uma das maiores cargas tributárias do planeta. Figura de duvidosa origem, a “presidenta” Dilma Rousseff está cercada por quadrilheiros. Apenas no último mês de setembro, quatro portentosos escândalos de corrupção e crimes variados revelaram ter tentáculos na antessala do gabinete presidencial. O primeiro deles atingiu em cheio Gleisi Hoffmann, ministra-chefe da Casa Ci-


vil e pré-candidata petista à governadora do Paraná em 2014. Seu principal assessor, Eduardo Gaievski, foi preso sob 17 acusações de estupro de vulnerável, além do crime de assédio sexual. De acordo com a denúncia do Ministério Público, entre 2008 e 2009 (período em que era prefeito de Realeza/PR), Gaievski atuava às sombras como garanhão de adolescentes pobres da cidade, chegando a utilizar veículos oficiais da prefeitura para manter relações sexuais com as meninas. Desde a prisão, também passou a ser acusado de tentar intimidar as testemunhas para que mudem seus depoimentos. Os dois escândalos seguintes brotaram do ninho ancorado no Ministério do Trabalho e Emprego, órgão sob o domínio do PDT de Carlos Lupi desde o primeiro mandato ex-presidente Lula da Silva. Duas operações da Polícia Federal (“Esopo” e “Pronto Emprego”) revelaram uma monstruosa quantidade de convênios fraudulentos entre o ministério e ONGs, que teriam desviado quase R$ 1 bilhão dos cofres públicos apenas no governo Dilma. O caso chegou à antessala da “presidenta” na segunda quinzena de setembro, quando o ministro Gilberto Carvalho, titular da Secretaria Geral da Presidência da República, assumiu à imprensa ter feito lobby pela contratação da ONG Centro de Atendimento ao Trabalhador (CEAT). O CEAT é acusado de firmar contratos milionários de fachada com o MTE. A imprensa acabou descobrindo que os contratos e os famigerados aditivos só foram viabilizados após a interferência direta do ministro Gilberto Carvalho, braço direito de Dilma e Lula. Flagrado, o excelentíssimo não negou, mas jogou o abacaxi no colo da Igreja Católica. Carvalho afirmou que só fez lobby para o CEAT em atenção ao “pedido especial” das Arquidioceses do Rio de Janeiro e de São Paulo. A última encrenca bateu à porta da “presidenta” no final de setembro, em outra operação da Polícia Federal: a “Miqueias”. Foram mais de 20 presos, além da apreensão de 10 veículos de alto luxo e uma lancha avaliada em R$ 5 milhões. A quadrilha é acusada de usar 30 empresas falsas para desviar mais de R$ 300 milhões dos nebulosos Fundos de Pensão municipais. Um alto funcionário da Previdência Social, um dos principais acusados, ocupava o badalado cargo de assessor para Assuntos Federativos do Ministério das Relações Institucionais, cuja titular é a petista Ideli Salvatti, pré-candidata ao governo de Santa Catarina e ocupante de sala contígua à Presidência. A Polícia Federal descobriu que a quadrilha utilizava até prostitutas para aliciar prefeitos e gestores dos Fundos de Pensão municipais, que passavam a aplicar os recursos previdenciários em fundos de investimento fraudulentos, com papeis criados e geridos pela própria trupe de bandidos oficiais. Em seguida, as volumosas quantias eram fracionadas e transferidas para centenas de contas pessoais dos envolvidos no esquema, incluindo os assessores federais e os prefeitos e gestores municipais. O cargo no Palácio do Planalto era estratégico para a quadrilha: o assessor para Assuntos Federativos era o principal interlocutor entre a Presidência da República e os mais de 5.500 municípios brasileiros. Trocando em miúdos, a antessala de Dilma Rousseff precisa ser submetida, urgentemente, a um processo de desintoxica-

ção. Há uma overdose de quadrilhas em contínuo bulício ao gabinete presidencial. Será que, como Lula da Silva, ela também vai dizer que “não sabia de nada”?! Helder Caldeira é escritor, articulista político, palestrante, conferencista e colunista do portal Revista On. É apresentador do SBT e autor dos livros “A 1ª Presidenta” e “Águas Turvas”. helder@heldercaldeira.com.br

O INVESTIMENTO EM AÇÕES Com ajuda de um profissional ou sozinho, é uma maneira de diversificar parte do seu patrimônio.

B

POR EULER MASSI

ongiorno! Enquanto escrevo esta coluna, estou em lua de mel pela Itália. É uma experiência incrível conhecer a Toscana e seus mistérios, é tudo encantador! Na próxima edição escreverei sobre a economia local e os reflexos da crise econômica europeia, contando um pouco da história de um brasileiro de 62 anos de idade que reside em Colle Val d’Elsa há 35 anos, ainda tenho alguns dias para enriquecer nossos conhecimentos e acrescentar histórias para você! Nesta edição, falo um pouco de investimento em ações. A Bolsa, como um todo, vem se arrastando há uns três anos, andando de lado, após forte queda das ações. É preciso desmistificar este assunto, buscar este conhecimento, pois mesmo no período de baixa, surgiram várias boas oportunidades. No último mês, o investidor externo decidiu “virar a mão”. O que significa isso? Estavam vendidos, acreditando na queda do mercado, e zeraram suas posições de venda e montaram novas posições. Porém, na ponta de compra, acreditando agora na alta devido diversos fatores econômicos que vieram de fora impulsionando as compras, tendo em vista que o dólar subiu e as ações brasileiras estão bem abaixo do valor de mercado, o poder de compra do gringo aumentou consideravelmente. Isso animou os investidores que resolveram vir às compras! Com isso, a Bolsa subiu aproximadamente 4%. Algumas ações tiveram resultados bem expressivos, como Vale do Rio Doce (VALE3/VALE5) e Petrobrás (PETR3/PETR4). Note que não citei nenhuma ação desconhecida, como o chamado “negócio da China” ou “o pulo do gato”. PETR4 saiu de aproximadamente R$ 15 para R$ 18, alta de 20%, e VALE5 de R$ 26 para R$ 33, alta de 26,9%. O que quero mostrando esses números é despertar em você a curiosidade para uma forma de investimento. Além da que você já possui, é uma maneira de diversificar parte do seu patrimônio. Com ajuda de um profissional ou sozinho, via home broker (plarevistaon.com.br

53


GENTE OPINIÃO

taforma operacional para clientes de uma corretora, que permite operar no pregão on-line Bovespa comprando e vendendo ações), você pode começar seus investimentos, ser sócio de grandes empresas e receber dividendos, isto é, as empresas distribuem parte dos lucros auferidos em determinado período, estes são pagos aos sócios e esta quantia é isenta de imposto de renda! Para ser sócio de uma empresa de capital aberto, basta comprar ações da empresa na Bolsa. Você pode começar com apenas uma ação! Se quiser aprofundar mais sobre este assunto e tirar suas dúvidas, estou à disposição. Será um prazer ajudá-lo! Até a próxima edição, um abraço do correspondente internacional por um dia! Agente autônomo de investimentos, certificado pela Ancord e autorizado pela CVM. Também é palestrante da Ativa Educar, braço educacional da Ativa Corretora, onde opera no mercado de capitais e presta assessoria personalizada para clientes, pessoas físicas e jurídicas na cidade do Rio de Janeiro. Cursa gestão financeira pela Universidade Estácio de Sá. emassi@invistaativa.com.br

EMBARGOS INFRINGENTES O imbróglio no STF e a dificuldade em separar o entendimento científico da opinião popular.

O

POR dAVId ELMÔR

Brasil é o país do futebol. Isso é indiscutível. Logo, em nosso país existem 200 milhões de técnicos de futebol. Isso é um axioma. Além disso, para surpresa de todos, o desdobramento do caso denominado “mensalão”, em trâmite no STF, revelou outra máxima: que nosso país também abriga um incontável número de juristas populares. A questão vem desencadeando uma série de discussões onde todas as opiniões externadas são verdadeiras e falsas ao mesmo tempo, quer se originem de leigos, quer se resultem de técnicos no assunto, depende do espectro de visão de cada um. Uma verdadeira balbúrdia, que tem sua gênese nos despreparados legisladores do país, que vale dizer, foram democraticamente eleitos por aqueles que hodiernamente fulminam os operadores do direito através de críticas infundadas, sobretudo os ministros do STF, que estão com suas vísceras expostas pelos inapagáveis holofotes que são alimentados por uma pressão midiática punitiva. A culpa é de quem? “Embargos Infringentes” é um recurso que sempre se fez presente no ordenamento jurídico pátrio, sendo utilizado para sanar as divergências surgidas nos debates de um órgão colegiado (colegiado de juízes) que proferiu uma 54

Revista On Outubro & Novembro

decisão não unânime, portanto, divergente. O caso em tela restou marcado pela divisão de posicionamentos entre os próprios magistrados, sendo certo que o ponto cardeal da discussão residiu no “julgamento de admissibilidade” dos Embargos Infringentes, ou seja, se a existência e vigência do referido recurso deveria reconhecida, “admitida”, para posterior “julgamento de mérito” (fase principal). Uma corrente, defendida pelos Ministros Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes, posicionou-se no sentido de que o recurso em comento, previsto no art. 333 e parágrafo único do Regimento Interno do STF, teria sido “revogado” pela Lei n.º 8.038/90, e que, ainda, como a Suprema Corte é a última jurisdição do Poder Judiciário, não haveria possibilidade de apreciação de um recurso que não deve ser reanalisado pelos mesmos magistrados que julgaram o processo principal (Primeira Instância). A outra vertente, capitaneada pelo Ministro Luis Roberto Barroso, note-se, seguramente um dos maiores constitucionalistas do Brasil na atualidade, e chancelada pelo insigne decano Ministro Celso de Mello, suprimiu os argumentos elencados pelos magistrados que entendem diversamente, sustentando que os Embargos Infringentes subsistem no âmbito do STF, não suportando derrogação tácita ou indireta em decorrência da superveniente edição da Lei n.º 8.038/90, posto que, segundo a basilar lição de direito aplicável aos casos de conflito de normas no tempo, “a lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível, ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior”, o que, irrefutavelmente, não se verificou no presente caso. Portanto, a decisão que admitiu a existência e vigência dos Embargos Infringentes nos casos de ações penais originárias julgadas pelo STF é juridicamente acertada. A admissibilidade do recurso não guarda qualquer relação com absolvição, tampouco com impunidade, como a mídia incauta aduz. A reapreciação se dará apenas no tocante ao crime de formação de quadrilha, para doze acusados, e em relação ao crime de lavagem de dinheiro, para dois acusados. A decisão respeitou as diretrizes que pautam o Devido Processo Legal (processo justo), privilegiando-se a democracia, muito embora possa parecer antagônica ao sentimento da coletividade, aos anseios populares. Nessa ponderação, vale compilar as lições do brilhante intelectual Leonardo Boff, no sentido de adequar seus ensinamentos a questão em apreço: “Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam. Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender como alguém lê é necessário saber como são seus olhos e qual é a sua visão de mundo. Isso faz da leitura sempre uma releitura. A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Para compreender é essencial conhecer o lugar social de quem olha. Porque cada um lê e relê com os olhos que tem. Porque compreende e interpreta a partir do mundo que habita”. Você também pode pensar diferente. Pense nisso! David Elmôr é advogado criminalista, originário de uma das mais respeitáveis bancas de direito do Brasil (SAHIONE Advogados), sócio sênior do ELMÔR, CORRÊA & MATOS Advogados david@elmorecorreaadv.com.br


revistaon.com.br

55




58

Revista On Outubro & Novembro


ECONOMIA&NEGÓCIOS ARQUIVo PESSoAL

capa 59 meio ambiente 67 km livre 70 mercado de trabalho 77

A esquina de Três Rios POR FREDERICO NOGUEIRA

Quando Juscelino Kubitschek passou por Três Rios, deu ao município o título de “Esquina do Brasil” por sua localização geográfica. Já dentro da cidade, uma esquina pode ser considerada de destaque municipal por ter relevância em dois momentos distintos da história local. Passado, presente e futuro se encontram na esquina do prédio do Moinho, que se prepara para receber um centro empresarial e um hotel com padrões internacionais.

revistaon.com.br

59


ECONOMIA & NEGÓCIOS CAPA

A

História é feita por pessoas e suas ações. A de Três Rios não seria diferente. Emancipado em 1938, o município conta com nomes importantes e fundamentais para o desenvolvimento local que marcaram a cidade com suas obras e feitos. Desde os autonomistas até os mais novos batalhadores do progresso, a cidade cria e abraça pessoas que encontram nesta “gleba feliz e tão rica” o lugar certo para viver. Um dos grandes nomes responsáveis por importantes realizações no município é o de Américo Silva. Quem chega hoje à cidade, pode conhecer seu nome através de um shopping no centro da cidade ou uma escola municipal, homenagens justas e que não deixam tal personagem da história trirriense ser esquecido. Porém, vale conhecer um pouco mais Américo Silva para entender o que faz da esquina citada na capa desta edição ser considerada tão importante. Américo Dias da Silva saiu de Portugal com destino ao Brasil junto com os pais e irmãos. No Rio de Janeiro, onde morou, trabalhou em armazéns como entregador de caixas.

o Moinho Três Rios foi construído em um local estratégico, já que a produção teria escoamento fácil em vagões pela linha férrea ao lado do prédio.

AMÉRICO SILVA Um dos maiores industriais da história de Três Rios 60

Revista On Outubro & Novembro

DESTAQUE Nas fotografias antigas, o edifício se destacava na paisagem da cidade

ARQUIVo PESSoAL

O Moinho Três Rios foi construído em um local estratégico, já que a produção teria escoamento fácil em vagões pela linha férrea ao lado do prédio. Durante algumas décadas, o prédio se destacava na paisagem da cidade, por ser o mais alto. Outro marco importante que o Moinho carrega é o de ter o primeiro elevador de passageiros de Três Rios. Sua produção diária atingia a marca de 70 toneladas e entre os clientes estavam importantes indústrias do país. Localizado na esquina da Avenida XV de Novembro com a Rua Gomes Porto, o Moinho ficou em funcionamento durante décadas e teve grande importância para a economia local. No início do novo século, a indústria foi totalmente desativada e o prédio ficou inutilizado. Porém, o local que marcou a história não poderia ficar assim por muito tempo...

ARQUIVo PESSoAL

ARQUIVo PESSoAL

Mais tarde, trabalhou em uma cervejaria, onde aprendeu muito sobre administração, conhecimento que seria fundamental mais tarde. Chegou a Três Rios [ainda Entre Rios], enquanto trabalhava por conta própria como caixeiro viajante. Viu no ainda distrito o lugar certo para crescer profissionalmente e, assim, mudou-se para o local que ajudaria a desenvolver. Criou indústrias e empresas de diversos segmentos, como alimentação e transporte. Com isso, entra para a galeria dos maiores industriais da história de Três Rios. Uma das fábricas era o Moinho de Fubá Granfino que, na década de 1940, foi transformado em Moinho de Trigo. Na década seguinte, inaugurou sua maior indústria, o Moinho Três Rios, que está nas imagens destas páginas e ainda muito presente nas lembranças da população.

PIONEIRO O prédio foi o primeiro da cidade a ter elevador


ARQUIVo PESSoAL

revistaon.com.br

61


ECONOMIA & NEGÓCIOS CAPA

Após o declínio econômico vivido em Três Rios no final da década de 1980 e início da seguinte, os últimos anos apresentam crescimento econômico e voltam atenções para o município. Assim, os empresários Américo Dias da Silva Neto e Rafael Almada Ribeiro projetaram a revitalização da esquina tão importante em outro momento de forma a suprir necessidades atuais e futuras. Uma pesquisa realizada pela Hotel Invest, maior e mais respeitada empresa de inteligência em investimento hoteleiro no Brasil, apontou carência e necessidade de investimento no setor em Três Rios. Assim, o Grupo Accor, reconhecido mundialmente como a mais completa rede de hospedagem, aprovou a construção de um hotel com bandeira Ibis no município. Rafael Ribeiro mostra alguns motivos que permitiram o investimento na cidade. “É uma forte demanda do turismo de negócio. Três Rios é a cidade que mais cresce no interior do Estado, foram instaladas mais de 1.000 novas empresas em quatro anos. Isso gera uma demanda muito grande de leitos e há defasagem no setor, como a pesquisa mostrou. Esse é o principal motivo da chegada do Ibis”. Rafael ressalta, ainda, que a dIVULGAção

o empreendimento soluciona algumas das principais carências sentidas no município

INOVAÇÃO O novo empreendimento foi projetado com altas tecnologias 62

Revista On Outubro & Novembro

chegada da marca também é importante para o município. “O Grupo Accor é uma referência mundial no setor. A cidade que tem um hotel da rede torna-se referência, ganha certo patamar. A pessoa que sai, por exemplo, de São Paulo, e vê que tem um Ibis Hotel na cidade, já conhece os benefícios, as vantagens e qualidade”, afirma. “Quando veio a proposta de implantação do Ibis na cidade, o espaço do Moinho foi indicado. Mas o local não tinha uma característica apenas hoteleira, vimos que seria possível agregar outros valores naquele espaço”, conta Américo Silva Neto. Assim, surgiu a ideia de sanar outras carências atuais sentidas pela população: um centro empresarial com salas diferenciadas, estacionamento privativo e rotativo, restaurante e centro de convenções. O início do projeto aconteceu no segundo semestre de 2012 e seu pré-lançamento foi em dezembro. Após um período para registros e legalização, as obras e vendas foram iniciadas. Desta forma, a esquina que participou ativamente da economia local volta a ser útil em outro momento histórico. E, o mais importante, oferecendo benefícios à população, seja a que mora na cidade ou a que visita regularmente. “É uma satisfação muito grande ver uma história de sucesso do passado ser transformada em uma história de sucesso novamente. Isso faz bem para todos, mas os investimentos que temos feitos são muito focados no consumidor, sempre. Todas as nossas ações só têm valor se o consumidor estiver dentro, participar. Por isso, é uma satisfação ainda maior contribuir com a vida de todos”, enfatiza Américo Silva Neto. As obras já começaram e algumas partes do antigo prédio foram demolidas para novas fundações, mas o prédio principal do moinho, na famosa esquina, continuará preservado, remetendo lembranças à importância que tem para a cidade e passando apenas por adequações

estruturais. O local que antes produzia farinha, em breve passará a oferecer conforto e bons serviços à sociedade. O hotel contará com apartamentos de padrão internacional, com ar-condicionado, TV por assinatura. minibar, acesso à internet e estação de trabalho. O ambiente ideal para quem precisar passar alguns dias na cidade ou região. O Ibis Styles terá 136 quartos com o objetivo de tornar a noite dos clientes a melhor de suas vidas, com qualidade, novidade e sofisticação em um mesmo empreendimento. O Ibis tem certificação ISO 9001 e, pelo compromisso com o meio ambiente, conquistou a certificação ISSO 14001. Com a tecnologia aliada ao conforto, o hotel terá isolamento acústico para eliminar ruídos externos e proporcionar tranquilidade à noite do cliente. O Centro Empresarial Américo Silva também é outra inovação na cidade. Com salas diferenciadas, especialmente projetadas para atender profissionais como médicos, dentistas, advogados, entre outras especialidades, busca tornar-se um centro de referência para quem precisa de espaço e para quem necessita dos serviços que ali serão prestados. Os proprietários das salas comerciais terão, à disposição, uma vaga no estacionamento privativo, o que oferece ainda mais conforto na hora de ir para o trabalho. Para a população em geral, que utiliza os serviços no prédio e redondezas, um estacionamento rotativo também está no projeto. Hoje, o local já com duas agências bancárias, do Bradesco e da Caixa Econômica Federal, e o objetivo é que este número seja ampliado para facilitar o acesso da população em uma área que agregue vários serviços. E, por fim, o novo espaço contará com restaurante aberto ao público e um centro de convenções, que são necessidades sentidas atualmente. Momentos diferentes; história em evolução. A esquina de Três Rios volta a participar ativamente da cidade e ajudar no desenvolvimento econômico da região.


dIVULGAção

revistaon.com.br

63


64

Revista On Outubro & Novembro

IBIS HOTEL As suítes oferecem conforto para que os hóspedes tenham noites tranquilas

dIVULGAção

O empreendimento, planejado pela RAR Incorporações e Américo Silva Investimentos, além de contribuir com o desenvolvimento da região e garantir novos espaços para clientes e consumidores, apresenta formas inéditas de investimentos na cidade. Enquanto o Centro Empresarial Américo Silva oferece salas de alto padrão, que podem ser usadas como escritórios, consultórios ou clínicas, atendendo demandas sentidas por profissionais, o Ibis Styles Hotel funciona através de um pool hoteleiro. Já imaginou ser sócio de um hotel? O pool hoteleiro é a forma mais prática e rentável apontada por especialistas para que isso aconteça. O investidor torna-se proprietário de uma ou mais suítes do hotel e não precisa passar pelas ações e desafios do cotidiano, como selecionar ou buscar hóspedes, já que uma administradora hoteleira, no caso o Grupo Accor, tem esta missão. Mensalmente, o lucro é dividido entre todos os investidores. Embora as vendas já estejam em estágio avançado, ainda é possível tornar-se investidor. Investir no empreendimento é investir, ao mesmo tempo, em três nomes fortes: Américo Silva, Grupo Accor e Três Rios. O primeiro, você conheceu nesta matéria. Nome importante e transformado em uma marca de sucesso. Hoje, o Shopping Américo Silva, por exemplo, reúne grandes marcas de diversos setores, como vestuário, alimentação, lazer e lojas de departamentos, e está em processo de ampliação. O mesmo padrão de qualidade estará presente no Centro Empresarial Américo Silva. O Grupo Accor também dispensa maiores apresentações, pelo nome de sucesso construído no mundo. Presente na América Latina desde 1977, o grupo opera mais de 4.400 hotéis, totalizando 530 mil apartamentos e 180 mil colaboradores. A receita anual do grupo ultrapassa seis bilhões de euros. Junto às capacidades organizacionais e padrões de qualidade do Ibis e do Centro Empresarial Américo Silva, outro motivo que reafirma o potencial de vantagens para o investimento está na localização. Próximo de todas as agências bancárias, teatro, prefeitura, Correios, clubes e comércio, o imóvel terá valorização natural com o desenvolvimento do município.

dIVULGAção

ECONOMIA & NEGÓCIOS CAPA

CENTRO EMPRESARIAL AMÉRICO SILVA Salas comerciais com padrões inéditos na cidade e estacionamentos rotativo e privado


revistaon.com.br

65


66

Revista On Outubro & Novembro


ECONOMIA & NEGÓCIOS MEIO AMBIENTE

LIXO QUE NÃO É PARA JOGAR FORA POR MAYARA SToEPKE

FOTOS ARQUIVo PESSoAL

Segundo o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, entre 600 mil e 1 milhão de pessoas no Brasil têm renda proveniente da reciclagem. Isso gerava, em 1998, R$ 5 bilhões para a economia brasileira e, atualmente, o número pode chegar a R$ 13 bilhões. Lucrar com o que a maioria das pessoas chama de “lixo” e colaborar com o meio ambiente é possível e de grande utilidade!

revistaon.com.br

67


ECONOMIA & NEGÓCIOS MEIO AMBIENTE

C

om a reformulação da lei sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos, os catadores organizados em cooperativas ganham participação formal no cenário da reciclagem de produtos que se destinariam ao meio ambiente. Em Três Rios não existe cooperativa de reciclagem, apenas catadores, como mostrado em reportagem da edição #16 da Revista On. O trabalho dos catadores é importante para o meio ambiente, pois eles recolhem este material, mas o que acontece depois? Para ser transformado em novos produtos e tornar-se fonte de renda novamente, o lixo passa por algumas etapas, processos e pessoas. Um dos exemplos deste ciclo que acontece na região é formado pela Cooperativa de Catadores de Material Reciclável D’Esperança, de Petrópolis, e as empresas R-Tec Reciclagem e Plastemax. A Cooperativa de Catadores existe desde 2004. Com Marli Gonçalves na presidência e Jorge José Gomes como diretor administrativo, a ideia surgiu para unir a preocupação com o meio ambiente e obtenção de renda. Notou-se que era possível tirar lucro daquilo que era descartado e, hoje, cerca de 20 pessoas trabalham diariamente com a separação dos materiais que chegam até o galpão por meio de uma parceira com a COMDEP [Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis]. O sistema de coleta seletiva funciona em cinco comunidades: os catadores com caminhões recolhem o material e descartam na cooperativa. Mensalmente, 40 toneladas de lixo são recolhidas e vendidas. Nesse processo, a cooperativa chega à faixa de R$ 8.000 por mês. Com o trabalho, o lixo que poderia ir para rios, ruas, bueiros e outros lugares inapropriados é reutilizado e passa a ser fonte de renda. Uma das empresas que recolhe o material na Cooperativa D’Esperança é a sul-paraibana R-Tec Reciclagem. “A empresa atua comercializando e gerenciando os resíduos de grandes indústrias,

gráficas, supermercados e, também, de pequenos ferros-velhos e cooperativas de catadores de materiais recicláveis”, explica Bruno Almeida, diretor da empresa. Assim, a R-Tec compra o material recolhido, limpa, separa e deixa pronto para a comercialização para empresas que fabricam produtos com materiais reciclados. A empresa de Paraíba do Sul atua desde 1991 com a comercialização de resíduos de papel e plástico provenientes do lixo e retira cerca de 600 toneladas de resíduos por mês do meio ambiente. “A importância é vital, visto que conseguimos impedir que esse volume de material chegue até aterros sanitários, lixões e ao próprio meio ambiente. Socialmente falando, conseguimos gerar empregos diretamente diante do nosso negócio e, ainda, gerar uma cadeia de negócios capaz de gerar, em número exponencial, renda e oportunidade para diversas pessoas”, completa Bruno. E aquele material que você julgava não ter serventia pode chegar, depois desse processo, até empresas que transformam novamente em produtos comercializáveis. A Plastemax, em Três Rios, é um dos exemplos. Também fundada em 1991, iniciou suas atividades com a produção de termoplástico e os resíduos produzidos eram descartados. Em 2003, a empresa começou a reciclar sua própria matéria prima e, hoje, 80% do lucro é obtido por meio da reciclagem, não apenas desta matéria, mas do material que compra de empresas como a R-TEC [que compra da Cooperativa D’ Esperança e, assim, forma-se um ciclo sustentável]. Segundo Gilberto Gonzalez, diretor da empresa, mensalmente, 60 toneladas de resíduos que estariam em contato com o meio ambiente são transformados em pás de lixo, cabides, garrafas para óleo lubrificante, desentupidores, rodos e mangueiras. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) indica que o Brasil perde anualmente R$ 8 bilhões por

É possível obter lucro com grande parte do lixo que descartamos diariamente 68

Revista On Outubro & Novembro

MARLI GONÇALVES Dedicação à cooperativa que sustenta cerca de 20 pessoas

CHEGADA O material é recebido desta forma pela R-Tec

BRUNO ALMEIDA Papel e plástico geram renda e oportunidades

PRODUTOS Canecas, desentupidores e mangueiras feitas a patir do lixo


UNIÃO Trabalhadores da Cooperativa de Catadores de Material Reciclável D’Esperança

não reaproveitar materiais recicláveis que poderiam voltar ao mercado. Dentro desse quadro, podemos citar o lixo eletrônico, ou o E-lixo, como está sendo empregado atualmente, ou ainda REEE (Resíduos de Equipamentos Eletro Eletrônicos), que engloba desde computadores, televisores e geladeiras até pilhas e celulares. O volume de lixo eletrônico não para de crescer, já que há constantes substituições de aparelhos por modelos novos. Descartados de forma errada no meio ambiente, podem gerar grandes danos por conterem metais pesados. Esses materiais totalizam 5% do lixo produzido mundialmente. O processo de gerenciamento desse lixo é complexo, deve ser feito por pessoas especializadas e, com o processo de manufatura reversa, partes destes equipamentos também podem voltar a ter utilidade, como é feito no ciclo mostrado na reportagem. Bom para o meio ambiente, para a saúde, para você e para a economia! Entender que a reciclagem é uma necessidade e que há possibilidade de transformá-la em fonte de renda para muitas pessoas é fundamental.

revistaon.com.br

69


ECONOMIA & NEGÓCIOS KM LIVRE

ALUGAR OU NÃO, EIS A QUESTÃO POR TIAGo TAVARES

FOTOS REVISTA oN

Ter um carro atualmente não é luxo. Mas seria mais vantajoso ter um ou alugar nos momentos de necessidade? A velha frase diz que “carro é uma nova família” e isso não é mentira: são dezenas de despesas que encarecem [e muito!] o orçamento. Então, é hora de reavaliar e colocar na ponta do lápis os custos e benefícios.

70

Revista On Outubro & Novembro


revistaon.com.br

71


ECONOMIA & NEGÓCIOS KM LIVRE

A

ndar de carro deixou de ser um luxo. A vida corrida e a necessidade de rápida locomoção, junto com as facilidades de crédito, fizeram com que a frota de automóveis aumentasse consideravelmente nos últimos anos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em Três Rios, por exemplo, a frota em 2007 era de 10.307 automóveis, já em 2012 o número foi para 14.746. A tendência é que o número aumente mais! Mas ter um carro não é nada barato. São inúmeras despesas que encarecem os custos e dificultam ainda mais a aquisição e manutenção dos mesmos. Entre as despesas principais estão o combustível, IPVA e seguro, além de custos de manutenção como troca de óleo, pneus, pastilhas de freio, etc. Custos com avarias, estacionamento, lavagem, arranhões e colisões também são fatores que deixam os gastos ainda maiores.

72

Revista On Outubro & Novembro

BOM PREÇO A locadora de Jacaré possui carros para todos os bolsos


ARQUIVo PESSoAL

CUSTO-BENEFÍCIO Ivan Pereira acha que o aluguel é mais vantajoso em comparação a ter um veículo próprio

SEGURANÇA O jornalista Ricardo opta por aluguéis pela segurança

Para evitar todas essas despesas, muitas pessoas optam pela locação de veículos. O setor registra aumentos consideráveis e a expectativa é que aumente ainda mais com os grandes eventos esportivos que o país sediará nos próximos anos. Segundo a Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis (ABLA), o setor movimentou cerca de R$ 6,2 milhões em

2012 e cresceu 9,9% em relação a 2011. O aumento foi significativo, porém, se comparado com anos anteriores, o crescimento desacelerou. A queda deve-se principalmente à diminuição do IPI para carros em patamar mais baixo. As 2.217 locadoras que atuam no país passaram a contar com 489.548 automóveis, 9,89% a mais do que no ano de 2011. No último revistaon.com.br

73


ECONOMIA & NEGÓCIOS KM LIVRE

VEÍCULOS NOVOS Para fidelizar os clientes, as locadoras devem manter a frota sempre renovada

ano, 57% das locações de automóveis foram destinadas para a terceirização [locação de frotas inteiras de veículos para empresas], 19% para o turismo e lazer [pessoas físicas em férias] e 24% para o turismo de negócios [pessoas físicas em viagens a trabalho]. Para atender à demanda, locadoras de Três Rios e região investem para fidelizar o cliente cada vez mais exigente. Além disso, novos serviços são oferecidos para atender todos os públicos e classes. As locadoras já oferecem aluguéis de carros até por hora, além de pacotes que deixam o serviço ainda mais acessível. O empresário Edelson Jorge Veloso da Silva “Jacaré” apostou no ramo há 15 anos e obteve sucesso. Na década de 90, Jacaré iniciou os serviços em Três Rios e alugava dois carros para clientes. Na época, o serviço novo na cidade atraiu clientes rapidamente e fez com que a frota aumentasse e conquistasse contrato com empresas de grande porte, como Santa Matilde e Sola. O sucesso fez o negócio expandir e atraiu concorrentes. Jacaré conta que, após três anos, cinco locadoras foram abertas na cidade, fazendo com que o mercado não absorvesse toda a demanda. “Fiquei três anos e fiz sucesso. Então, vieram os concorrentes e a crise que fechou a Santa Matilde e o Sola. Eu tinha contratos de locação

com as empresas, a praça não absorvia tudo isso e decidi mudar de ramo”, revela. Com o mercado mais estável e com a expansão econômica da região, Jacaré voltou ao ramo há um ano e meio. Para entrar novamente no segmento, ele decidiu importar uma ideia que já é comum na Europa e nos Estados Unidos: o aluguel por hora. Na modalidade, os carros são alugados por hora e não por dia, semana ou mês. Segundo Jacaré, a opção foi feita por uma necessidade própria. “Quando eu morava em Natal (RN), precisava do carro por duas horas e fui a várias locadoras e nenhuma fazia por hora, somente diária. Então fiquei com aquilo na cabeça e percebi que o serviço precisava existir”, relata. A modalidade não apresenta apenas benefícios ao empresário, já que pode perder a oportunidade de alugar o mesmo veículo por um período maior, mas ele prefere arriscar. “Nosso foco é atender o cliente da melhor forma possível. Então, quando o cliente chega para alugar um carro, a primeira coisa que pergunto é: qual a necessidade? Se disser que é uma locação para duas horas, eu alugo; se precisar para uma hora, eu alugo. Ofereço também a meia-diária. É um risco que corremos, mas é um diferencial”, resume. O tipo de serviço ainda não é comum no país, já que as locadoras ainda op-

tam por atender clientes de negócios e os que buscam os automóveis para turismo, como explica o professor doutor Augusto Prudencio Pimenteira, chefe do Departamento de Ciência Econômicas e Exatas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. “O mercado de aluguel de veículos é para turismo e negócios. O aluguel de veículos está voltado para um nicho de mercado para quem não reside na cidade do aluguel. Este mercado de pessoas residentes que precisa de carros eventualmente não é explorado como em outras cidades do mundo. Com as questões verdes e o uso racional dos transportes no mundo, esta pode ser uma boa opção de negócios no futuro”, diz Pimenteira. Mas realmente vale a pena optar pelo aluguel? Com as reduções de taxas de financiamento e a facilidade para conseguir crédito, a aquisição de automóveis ficou muito acessível, porém, para o empresário do ramo Ivan Pereira, a opção pela locação é uma alternativa viável para algumas pessoas que não querem arcar com despesas. Ivan faz uma rápida conta e aponta que os custos de um carro podem ser altos e, optando pelo aluguel, o cliente pode livrar-se de muitas despesas inerentes a quem é proprietário. “Eu tenho clientes que venderam o carro e optaram pelo aluguel. Para ter o carro,

Empresas passaram a terceirizar a frota de veículos com locadoras para ajudar na economia 74

Revista On Outubro & Novembro


a pessoa precisa ter dinheiro disponível para comprá-lo. Às vezes, as pessoas chegam aqui, dizem que fizeram contas e avaliaram que o gasto com pneus, combustível, troca de óleo, garagem e lavagem é muito maior que o de alugar um carro”, explica. Ele mostra o cálculo: “Suponhamos que a prestação do carro seja de R$ 600, então dividimos esse valor por 30 dias e ficam R$ 20 por dia ou R$ 7,300 por ano. Você faz a mesma conta com o emplacamento, que deve custar uns R$ 1.200 por ano, quase R$ 3,30 por dia; Seguro; pneu a cada dois anos; troca de óleo; lavagem; estacionamento, etc. É só colocar na ponta do lápis e avaliar o custo-benefício. O aluguel pode ser muito vantajoso”, conclui Pereira. Foi para fugir das despesas que o músico Eduardo Silva optou pelo aluguel. Desde que começou a fazer shows em cidades afastadas, ele aluga automóveis espaçosos. “Eu viajo mais despreocupado e não tenho que arcar com despesas de manutenção. Quando saímos de nossas casas para as estradas, estamos su-

jeitos a qualquer tipo de situação. Além disso, as locadoras disponibilizam veículos novos, o que passa mais segurança e não dá problemas”, conta Eduardo. O jornalista Ricardo Nascimento também é um adepto dos alugueis. Por possuir um carro de 1998, ele prefere não arriscar e, sempre que viaja, opta pelo aluguel. “Geralmente alugo nos fins de semana e feriados para visitar familiares em Belo Horizonte (MG). Além de preservar meu carro, posso ter mais segurança, já que o carro da locadora tem seguro e, caso quebre ou aconteça alguma coisa, eles mandam um reboque”, relata Ricardo. Quem também opta pelo aluguel são as empresas. Jacaré enxerga esses benefícios e relata que a maioria dos seus clientes já é formada por empresas. “Atendo 70% empresas e 30% pessoas físicas. As empresas estão colocando tudo na ponta do lápis. A locadora é responsável pela manutenção total dos automóveis, como troca de óleo, correia, pneu e seguro. Grandes empresas já estão optando pelo aluguel e deixaram de ter frota própria”, explica.

Uma locadora de veículos de Três Rios faz aluguel por hora O aluguel de carros pode ser um ótimo negócio e beneficiar pessoas e empresas. O custo médio do aluguel pode ser de cerca de R$ 160 por dia, levando em conta veículos básicos e de luxo, mas os cuidados devem ser dobrados. É importante que todas as informações estejam no contrato e o consumidor seja informado sobre o que fazer em casos como de furto do veículo. É preciso saber, ainda, como agir em caso de acidente e como funciona a cobrança dos custos para os reparos. Se houver alguma diferença entre o serviço contratado e o apresentado, faça uma observação no contrato ou solicite a troca por outro veículo. Vale ressaltar que é importante escolher locadoras de confiança. Tomando os devidos cuidados, é só escolher o carro, alugar e aproveitar a viagem!

revistaon.com.br

75


76

Revista On Outubro & Novembro


ECONOMIA & NEGÓCIOS MERCADO DE TRABALHO

VENDAS POR

CATÁLOGOS POR SAMYLA dUARTE

FOTOS ARQUIVo PESSoAL

A profissão existe há muito tempo. Antes, os chamados caixeirosviajantes vendiam produtos por onde passavam. Hoje, os revendedores fazem papel semelhante, facilitando o acesso de alguns itens aos consumidores e movimentando a economia.

D

e acordo com a última pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Vendas Diretas (ABEVD), o volume de negócios de vendas diretas gerou lucro de R$ 27,2 bilhões em 2011 e cerca de 130 mil novos revendedores iniciaram no segmento. Isso representa 2,8 milhões de famílias brasileiras beneficiadas pelas

vendas diretas como renda formal. Aproximadamente 90% dos trabalhadores deste mercado são do sexo feminino. Lígia Braz Kawase, de 25 anos, é uma delas. Começou a ser consultora de vendas diretas aos 13 anos e há um ano e meio representa a Belcorp, uma empresa peruana de cosméticos que está no Brasil há dois anos. “Sempre tive jeito para

vender as coisas. Nunca gostei de ficar pedindo dinheiro para meus pais, sei que o dinheiro deles era para suprir as necessidades da casa e da família, então eu mesma decidi começar a trabalhar com venda direta”, conta Lígia. Nos oito anos como consultora, a estudante de curso técnico em administração já passou por várias empresas e rea-

revistaon.com.br

77


ECONOMIA & NEGÓCIOS MERCADO DE TRABALHO

o lucro depende da dedicação e do tempo disponível de cada consultor lizou diversos testes até escolher a atual. Como ela diz, é uma área em que existe muita concorrência. Ela também vende outros produtos sem marcas específicas, tudo para agradar as clientes. Quando precisou trabalhar no comércio com carteira assinada, Lígia deu um tempo e só fazia vendas em horários extras, mas logo voltou à ativa. O lucro é bom e pode ser ainda maior, só depende da dedicação e do tempo que cada consultora tem disponível. Geralmente, o mínimo de lucro gira em torno de R$ 700. Ainda segundo Lígia, trabalhando com pronta-entrega, que é quando o produto já está disponível no momento da compra e o cliente não

78

Revista On Outubro & Novembro

JULIANA RENNA A jornalista iniciou no ramo há oito anos e revela que o lucro é variável

precisa esperar os dias necessários para adquiri-lo, o lucro pode chegar a 130% em relação ao valor real. Lígia vê inúmeras vantagens na forma de trabalho e indica que uma das

maiores é a possibilidade de fazer o próprio horário. Como é mãe, ela concilia as tarefas de casa com o trabalho. “Você tem que gostar do que faz, o principal é estar de bem com a vida.


“Brinco que não vendo maquiagens ou perfumes, eu vendo beleza e autoestima”, Ligia Kawase

Você não conseguirá vender nada se não estiver com um humor bom e um sorriso sincero no rosto. A primeira coisa que você tem que vender é você mesma. Eu brinco que não vendo maquiagens ou perfumes, eu vendo beleza e autoestima. O mais importante é que isso me deixa muito mais realizada”. A profissão também vem de longa data para a jornalista Juliana de Oliveira Renna, de 30 anos. Ao contrário de Lígia, Juliana é consultora da Natura e nunca passou por outra empresa. Ela faz parte dos 1,5 milhão de vendedores da maior empresa de vendas diretas do país e a quinta maior do mundo, que alcançou no último ano um faturamento recorde de R$ 8,5 bilhões. Ela começou há cerca de oito anos por gostar da empresa e para adquirir os produtos com mais facilidade, mas vendia por outra consultora. “Dois anos depois, virei consultora direta, mas tive dificuldade para administrar tudo porque trabalhava também em uma empresa. Ser consultora através de outra, na época, era bem mais fácil. O lucro era menor, mas não tinha que me preocupar com data de pedido, pagamento de fatura e outras coisas. Minha preocupação era vender”, conta a jornalista. Segundo Juliana, o lucro é variável. Ela conta que, se vender R$ 500 em produtos, o lucro fica em torno de R$ 150. Porém, a empresa oferece mais oportunidades para que a renda seja maior. Apesar dos ganhos, Juliana já teve prejuízos. “Tive que bater na porta de um cliente que simplesmente não me pagou e foi uma situação constrangedora. Claro que fui bem sutil, mas é ruim ter que cobrar alguém. Infelizmente, faz parte do papel de qualquer vendedor, não tem jeito. Mas esses poucos casos não me desanimam a vender, adoro o que faço”. Ela concilia as vendas com um emprego

LÍGIA KAWASE Entre as vantagens, elege a possibilidade de fazer o próprio horário como a melhor

fixo e afirma que acontece naturalmente, há uma rotina. Juliana acrescenta, ainda, que utiliza os produtos da marca e com isso se torna a própria propaganda. “As pessoas confiam mais quando você diz que é bom e prova isso mostrando que usa a mercadoria”. Se o mercado comporta cada vez mais pessoas dispostas a vender as marcas, as empresas também estão dispostas e recebê-las. “A venda direta ganhou popularidade como uma atividade para complementar a renda da família. Temos um grande prazer em trabalhar com consultoras, que a cada dia vêm se destacando nos seus trabalhos”, afirma o presidente da Jequiti, Lásaro do Carmo Júnior. A constatação dele é que a venda direta tem crescido aceleradamente e isso acontece pelo novo poder de compra da classe C. A empresa tem mais de 200 mil consultoras e é por meio delas que os produtos da marca são conhecidos em todo o país. Responsabilidade, paciência e perseverança são algumas características que os interessados no setor devem possuir, mas existem outras! Ter carisma, boa apresentação, capacidade de persuasão e apresentar conhecimento sobre os produtos vendidos também é importante, sem deixar de lado a capacidade de administrar seu pequeno negócio. Quer complementar a fonte de renda? Esta pode ser uma boa alternativa! revistaon.com.br

79


FIOBRANCO EDITORA

APRESENTA SOLUÇÕES CORPORATIVAS NO CENTRO SUL NEGÓCIOS 2013 FOTOS REVISTA oN

Entre os dias 14 e 17 de agosto, o campo do Entrerriense, em Três Rios, sediou a 13ª edição do Centro Sul Negócios, o maior evento de negócios da região.

O

Grupo Fiobranco de Comunicação participou da feira com stand no Salão da Imprensa, realizando a cobertura diária do evento para o portal revistaon.com.br. Além do portal de notícias, o grupo é responsável pela publicação das revistas On, com edições em Três Rios e Petrópolis, e oferece Content Marketing como solução corporativa. Durante o evento, aconteceu o lançamento da Revista On #16 que teve, na capa, os engenheiros Hélio Gomes, Waldir 80

Revista On Outubro & Novembro

dos Santos Jr. e José Roberto de Oliveira, responsáveis pelo sucesso da HWJ Engenharia. Os empresários também participaram do Centro Sul Negócios, no Salão da Construção, onde receberam a edição e foram parabenizados pelos visitantes. O Content Marketing é uma tendência mundial e tem a Fiobranco Editora como pioneira e única a oferecer este serviço na região. Nos Estados Unidos, por exemplo, a maior parte dos diretores de marketing enxerga o conteúdo como o futuro do marketing. “O mais

A missão da Fiobranco é produzir conteúdo relevante com estilo importante para desenvolver conteúdo relevante não é falar sobre os produtos que a empresa vende, mas sobre o que ela sabe. Desta forma, a marca torna-se referência no setor que atua. Além de fidelizar os atuais, o serviço facilita a


PUBLICAÇÃO CUSTOMIZADA Gera engajamento entre a marca e os parceiros, como clientes e fornecedores

VINICIUS FARAH Prefeito de Três Rios prestigiou o stand da Fiobranco Editora

NÍVEA STELMANN A atriz sul-paraibana lançou seu livro no evento e recebeu a edição da Revista On

para o público-alvo dos nossos clientes”, esclarece Bárbara Caputo, coordenadora de marketing da Fiobranco. Com três grandes pilares [marketing, jornalismo e design], a editora contribui para o maior engajamento possível do público com as marcas. Esta é a arte de compreender exatamente o que os clientes precisam saber e entregar a eles de forma relevante e atraente. Portanto, obter resultados diretos e fortalecer a marca são os objetivos principais de uma estratégia de Content Marketing, e

não o número de seguidores ou curtidores em redes sociais, que são métricas secundárias. Para conhecer ainda mais este serviço, outros produtos e dicas de Content Marketing, acesse fiobranco.com.br. O Centro Sul Negócios 2013 foi realizado pelo Sicomércio Três Rios, com organização da Open Brasil, apoio da Fecomércio-RJ, Instituto Ativa, parceria do Sesc, Prefeitura do Município de Três Rios, Codetri, patrocínio do Sebrae, Senac e co-patrocínio da Latapack Ball, Guanapack, Neobus e Cereais Bramil.

EQUIPE Os profissionais responsáveis pelo conteúdo produzido pela Fiobranco

captação de novos clientes, uma vez que o conteúdo produzido é de interesse do público-alvo”, explica Felipe Vasconcellos, diretor da Fiobranco Editora. Content Marketing é o termo em inglês que pode ser traduzido para “marketing de conteúdo”. “Com planejamento estratégico, conteúdo relevante e estilo, geramos relacionamento entre as empresas e seus clientes. Revistas, informativos, anuários, sites, blogs corporativos e redes sociais são canais de distribuição do conteúdo produzido

revistaon.com.br

81


ACONTECEU

HWJ ENGENHARIA

COMEMORA 25 ANOS FOTOS CIA FoToGRÁFICA

os convidados eram presenteados com uma foto personalizada dos 25 anos da empresa.

O

s 25 anos de sucesso da HWJ Engenharia foram comemorados em grande estilo na Ilha di Capri, em Três Rios. Os anfitriões da noite, Hélio Gomes de Moraes, Waldir dos Santos Júnior e José Roberto de Oliveira Costa, sócios-diretores da construtora, receberam mais de 300 convidados para um requintado jantar, no último dia 30 de agosto. A festa reuniu os fundadores e a nova geração da HWJ Engenharia: 82

Revista On Outubro & Novembro

a arquiteta Maria Clara Lopes do Santos, filha de Waldir, Leandro Gama de Moraes, filho do sócio Hélio, e Lucas Salomão Costa, filho de José Roberto. Logo na chegada, os convidados foram presenteados com uma foto personalizada dos 25 anos da empresa. No repertório musical que animou a noite, uma revisada aos grandes sucessos dos anos 70, 80 e 90, além de sucessos atuais. Além de brindar os 25 anos de investimentos em toda região, que fize-

ram da empresa referência no mercado da construção civil, a HWJ Engenharia comemorou o sucesso do seu mais novo empreendimento, o Centro Empresarial Guerra Rodrigues, em Três Rios, com grande parte das unidades comerciais vendidas já no lançamento. A construtora também lança os residenciais Varandas do Rio e Águas de Março, que trazem como diferenciais o alto padrão estético aliado a um projeto contemporâneo surpreendente.


Hélio Moraes e seus familiares

Waldir dos Santos Júnior, sua esposa Ana Nélia e filhas

Élcio Amaral, Irlei Amaral, José Roberto, Luciane e José Ronald

Dr. Ângelo Tamiozzo, Waldir e Dra. Flávia Tamiozzo

José Michel Farah e a esposa, Titina

Carlos de Almeida e família

José Roberto e Waldir com os convidados Alceir José Correa e esposa Rosilene , Dannielle Fonseca, Sra. Waltraud Keuper Rodrigues Pereira e seu esposo Gastão Reis

Os sócios José Roberto Oliveira, Waldir dos Santos Jr. e Hélio Gama

João Batista Rezende e Maria Cristina

Os anfitriões receberam os convidados na Ilha de Capri

Os sócios com o prefeito Vinícius Farah revistaon.com.br

83


ACONTECEU

FAZENDA SANTA TEREZA SEDIA LEILÃO DE BRAHMAN FOTOS REVISTA oN

A Agropecuária reverteu a verba arrecadada em dois animais para a Casa de Profetas, que também foi beneficiada com a rede solidária

C

riadores de toda a região tiveram a oportunidade de participar do leilão Brahman Grandes Marcas, evento realizado na Fazenda Santa Tereza, em Três Rios, no dia 14 de setembro. Mais de 500 pessoas e três grandes fazendas criadoras de gado da raça Brahman participaram: a anfitriã Santa Tereza Agropecuária, a Brisa Agropecuária (Assu) e a PortoBello. As três fazendas disponibilizaram 40 reprodutores Pura Origem (PO), 30 Matrizes Pura Origem e 300 bezerros e novilhas de corte comercial para o leilão. Segundo o proprietário da Santa Tereza Agropecuária, Douglas Cameron McLeod, o evento foi importante para reunir os fazendeiros e criar vínculos com outros produtores. “O leilão foi importante para reunir os criadores de Brahman e criadores em geral. Através do leilão, conseguimos reunir os fazendeiros do Estado do Rio de Janeiro e criamos amizades e apoio para criação de gados. Nosso objetivo é fazer mais leilões anualmente e estamos lutando com nossos parceiros e agropecuaristas para fazer isso acontecer”, contou Mcleod. Na ocasião foi oferecido um completo serviço de bar e o evento contou com um delicioso almoço à base de muito churrasco. Antes do leilão, aconteceu a rede solidária, onde alguns participantes fizeram doações para a Casa de Profetas, clínica de recuperação de dependentes químicos que funciona em Três Rios. Além 84

Revista On Outubro & Novembro

Foram vendidos 370 animais da raça Brahman, uma das melhores para reprodução das doações espontâneas, o valor arrecadado no primeiro lote foi integralmente convertido para a entidade. O gerente da Agropecuária Santa Tereza, Almerindo Neto, disse que a responsabilidade social é de toda a sociedade e, se cada um fizer um pouco, o resultado será maior. Pelo e-mail aneto@stagropecuaria.com.br é possível ser um parceiro social. Algumas barracas de produtos como mel, biscoitos e compotas produzidos na fazenda também foram montadas. Almerindo ressaltou a importância do evento para o desenvolvimento do agronegócio na região. “Esse evento é o primeiro da minha gestão e com certeza em setembro do ano que vem iremos promover outro ainda melhor. O leilão traz muitos benefícios para a região”, diz Neto. Quem também elogiou o evento foi proprietário da Brisa Agropecuária, Edgar da Silva Ramos, que destacou a importância da criação de mais um ponto de vendas de gado na região. “O mais importante é criar um canal de vendas novo em Três Rios, já que temos propriedades aqui perto, em Rio das Flores. Já temos um canal de vendas no leilão PortoBello todo ano, em março, e agora abrimos mais esse. Isso é muito impor-

tante”, frisou Edgar. Carlos Jardim Borges, da PortoBello, também compartilha a opinião e fala da motivação para a criação do leilão. “A ideia é reviver esse espaço e essa região que já foi importante para a criação do gado e tem uma estrutura muito boa, e atender a região que está carente de oferta de gado de boa qualidade. Isso foi o que nos motivou a promover o evento”, completou. O veterinário geneticista André Andrade fez menção à alta qualidade do gado que foi oferecido no leilão e à importância da fazenda para o Estado e para o país. “O Brahman é um gado mais precoce, com mais acabamento, mais carcaça e volume de carne, ocupando o mesmo espaço de um animal que tem menos carcaça e menos capacidade de desenvolvimento. Além disso, tem a melhor maciez de carne, que tem a ver com seu abate mais precoce. A Santa Tereza conseguiu distribuir e democratizar essa genética na Região Serrana do Rio de Janeiro para as cidades circunvizinhas e para o resto do país. Com certeza o que tem de melhor na genética Brahman a nível mundial está aqui nos trabalhos desenvolvidos pela Santa Tereza”, destacou André.


revistaon.com.br

85

ANdRÉ BERARdINELLI

ANdRÉ BERARdINELLI

ANdRÉ BERARdINELLI


86

Revista On Outubro & Novembro


revistaon.com.br

87


88

Revista On Outubro & Novembro


BEM-ESTAR THAÍS dIAS

esporte 89 saúde 101

Prancha, rodas e aventura POR TIAGo TAVARES

o país é considerado o do futebol, terra de Pelé, Zico, Nilton Santos, Romário, Neymar, entre outros craques que com as bolas nos pés fizeram e fazem milagres. Assim como o futebol, outro esporte atrai atenção de crianças e jovens e forma nomes de peso no país. Bob Burnquist, Sandro dias, Marcelo Bastos, Pedro Barros, Luan de oliveira, Lincoln Ueda e as garotas Letícia Bufoni e Karen Jonz são alguns dos destaques no skate, que ganha novos praticantes a cada dia na região. revistaon.com.br

89


BEM-ESTAR ESPORTE

N

no que estava começando a aprender. Ele gostava mais de bola e eu mais de skate, então eu dei minha bola em troca do skate dele. Foi a melhor troca que eu já fiz na vida [risos]. Fui descobrindo que eu levava jeito para a coisa e ganhando espaço no meio da turma”, conta Wilian. Para chegar à Europa, Wilian juntou dinheiro por meses, acreditou no objetivo e, como ele diz, “foi da maneira: faça você mesmo. Um amigo do Rio de Janeiro, Pedro Dylon, me convidou, junto com o skatista carioca Yan Felipe, para irmos. Nesse dia, nos olhamos e decidimos que iríamos. A partir daí, juntei dinheiro por aproximadamente um ano, tirei passaporte, comprei a passagem e fui realizar o grande sonho da minha vida, que era conhecer Barcelona”, resume o skatista. Além da própria vontade, ele recebeu apoio dos pais para embarcar para o Velho Continente, largar o emprego e passar três meses vivendo pelo skate. “Meus pais me apoiaram muito, principalmente minha mãe, que sempre acreditou em mim, mesmo sem entender nada de skate. Quando contei sobre ir para a Europa, ela tentou enganar a saudade e disse: ‘vai viver seu sonho meu filho’. Meu pai também me motivou bastante. Eu tinha a dúvida de ficar apenas um mês de férias ou pedir as contas do emprego. Ele disse: ‘Já que vai arriscar, arrisca direito. Vai e fica

durante os três meses’. E aqui estou eu. Sem dúvida foi a melhor coisa que fiz na minha vida”, conta Pequeno em entrevista por e-mail. Enquanto realiza o sonho, Wilian Pequeno encara os desafios de viver longe de casa. “Estou terminando de filmar as cenas da minha parte no vídeo aqui no Velho Continente e também reunindo imagens para minha participação no House Skate Video”, conta. Bem antes de Wilian pensar em andar de skate, outros já se aventuraram sobre a prancha com rodas em Três Rios, como Guilherme Roberto Costa Lima. O vendedor, de 30 anos, ganhou alguns quilos desde os tempos que circulava pelas madrugadas trirrienses em cima do skate, mas o amor pelo esporte ainda pode ser visto no jeito de vestir. O tênis largo não sai dos pés. “Comecei a praticar com nove anos. Ficávamos andando durante a madrugada toda pelas ruas. Infelizmente, quando eu tinha 24 anos, sofri um acidente de moto e fiquei seis meses de cama. O meu tornozelo nunca mais foi o mesmo”, conta. Para manter a continuidade do “sangue skatista”, Guilherme já está inserindo o filho [Matheus, de um ano e seis meses] no esporte. “Algumas vezes estamos em casa, ele vê o skate e já começa a pedir. Coloco ele no colo desde os seis meses e dou umas voltas, ele adora”, conta Guilherme. YAN FELIPE

a cidade de Três Rios e municípios vizinhos, skatistas mais antigos e pequenos prodígios do esporte dividem os mesmos espaços. Enquanto alguns praticam por hobby, outros buscam reconhecimento entre os grandes skatistas do Brasil. Este é o caso de Wilian Bernardo Vieira de Souza, o Wilian Pequeno, que está se destacando no cenário nacional e internacional, já que recentemente viajou com a finalidade de fazer fotos e vídeos para “Do Rio Skate Video”, projeto que o jovem faz parte. Antes de sair pelo mundo registrando as aventuras em cima do shape do skate, Wilian Pequeno trabalhou muito, buscou o sonho e conseguiu alcançar. Foi para a Europa em agosto realizar o projeto. Nascido em 1992, recebeu o apelido de “Pequeno” por ser o menor entre os skatistas e tem grandes sonhos. Na adolescência, trocou a bola pelo skate e, desde então, tem sido feliz pela escolha. “Eu tinha uns sete anos e já gostava muito de skate, mas andar mesmo e me envolver com o esporte foi quando eu tinha aproximadamente 13 anos e ficava todo dia vendo os meninos do Purys [bairro de Três Rios] andarem. Eu sempre pedia para dar uma voltinha, já que não tinha o meu. Um dia, fui à quadra com a minha bola e, nisso, chegou a galera do skate e mais um meni-

EUROPA Além de praticar o esporte, Wilian aproveita para conhecer vários pontos turísticos 90

Revista On Outubro & Novembro


THAÍS LoBo

PROJETO Wilian Pequeno radicalizando no Museu das Artes Contemporâneas de Barcelona

A união e o companheirismo entre os praticantes é um fator que ajuda nas conquistas coletivas André Luiz Lopes Soares, de 30 anos, há 15 pratica o esporte e ainda encontra prazer nele, mesmo com a vida mais corrida que no início. Quando mudou para Três Rios, procurava algo para ocupar o tempo e achou o skate como alternativa perfeita. “Senti uma diferença grande na mudança [morava no Rio de Janeiro] e comecei a procurar algo legal para fazer por aqui. Como sempre curti o skate por causa de nomes fortes como Bob [Burnquist] e Tarobinha [Márcio Luiz Pinto], logo fiz amizade com um cara, Romero Bressan, que me chamou para dar um rolé de skate e daí em diante não parei mais”, conta André. Quando começou, optava pelo skate convencional, mas trocou o shape pequeno por um de longboard. “Tinha receio de me machucar com carrinho, foi então que mudei para o longboard. Não teve tanta mu-

dança de perigo [risos]”. Entre muitas aventuras sobre o skate, André e o amigo Romero já desceram até o morro do cemitério em Três Rios. Para André, andar de skate é o momento de relaxar e esquecer os problemas. “Dá uma sensação de liberdade que só quem anda pode descrever, é um momento que você esquece um pouco os problemas do dia-a-dia e das dificuldades”, descreve. Mas nem só de alegrias vivem os skatistas, já que alguns preconceitos ainda envolvem o esporte. “Sempre rolou esse preconceito, mas hoje parece que está menor. Vemos sempre alguns pais levando os filhos na pista para começar a andarem de skate. Isso está mostrando que diminuiu. Assim como em Três Rios, vejo isso no Rio de Janeiro, Bahia e Minas Gerais. Muito bom para o skate no país ver profissionais como Bob e Mineirinho [Sandro


AQUIVo PESSoAL

ESTILO DE VIDA André Lopes usa o esporte para esquecer os problemas cotidianos

DEDICAÇÃO Thalys Novaes anda de skate diariamente em Três Rios

Dias], que mostram que é possível viver do esporte”, analisa André. Wilian Pequeno ressalta a importância da divulgação do esporte para conhecimento da população. “Infelizmente o preconceito é uma realidade na nossa sociedade, ou melhor, na cabeça das pessoas. As pessoas têm a mente muito fechada, ainda mais em cidades pequenas como a nossa. Ainda acham que skate é coisa de vândalos, desocupados, de drogados e um monte de outras coisas. Há uma grande diferença de um cara que possui um skate e queima a imagem do esporte para um skatista. Acredito que quando as pessoas souberem distinguir isso, o preconceito diminuirá”, diz. Se o preconceito é um obstáculo, a união e o companheirismo entre os praticantes é um fator que ajuda nas conquistas coletivas. Foi assim que os skatistas conseguiram a pista “Charlie Brown Jr. – Chorão” na Avenida Al92

Revista On Outubro & Novembro

REVISTA oN

CHORÃO A pista de skate da Beira Rio é o ponto de encontro dos skatistas trirrienses

REVISTA oN

GERAÇÕES Guilherme Lima já insere o filho, Mateus, no esporte

REVISTA oN

REVISTA oN

BEM-ESTAR ESPORTE

PRATICANTE Guilherme Secão já disputou competições no Estado

berto Lavinas, em Três Rios. Desenhado pelos próprios skatistas, o local tornou-se ponto de encontro do esporte. Na inauguração, a pista recebeu a visita do cantor Chorão, vocalista da banda Charlie Brown Jr., falecido em março. Em um breve discurso, o músico ressaltou a importância da construção da pista e do incentivo ao esporte. “Assim como futebol, basquete, tênis e outros esportes, o skate precisa ter um lugar para a molecada ter a oportunidade de exercer, tirar uma onda, ter um lazer e, quem sabe, virar um atleta de ponta. Quem sabe alguém vai representar a cidade em um campeonato brasileiro e, quiçá, em um mundial?! Demais!”, declarou Chorão. O número de adeptos aumenta, assim como a chance de realizar a “profecia” de Chorão. Um projeto coordenado por Wilian Pequeno será implantado em parceria com a Secretaria de Esporte de

Três Rios. “Esperamos que deste projeto surjam muitos talento para representarem nossa cidade”, diz. Guilherme Luna [Secão], 19, e Thalys Novaes, 17, que não saem da pista de skate, também incentivam a garotada. “Temos que incentivar os mais novos a começarem cedo. Quanto mais skatistas na cidade, melhor, então procuramos ajudá-los”, conta Guilherme Secão. A popularidade do skate ainda está distante dos esportes coletivos como o futebol, vôlei e o basquete, mas apresenta crescimento constante. Um passo importante para que o esporte tenha mais adeptos e cresça com mais rapidez é que o preconceito de alguns, como citado, seja deixado de lado. “O skate não tem idade, sexo e não precisa de preconceito, precisa apenas de incentivo e respeito. Então o negócio é ousar da liberdade, usar a criatividade e se divertir. Skate é arte, é cultura, é esporte, é estilo de vida. Valeu!”, finaliza André Lopes.


revistaon.com.br

93


94

Revista On Outubro & Novembro


BEM-ESTAR ESPORTE

RUMO AO VERÃO FOTOS REVISTA oN

POR TIAGo TAVARES

Antes tarde do que nunca. Esse é o ditado ideal para quem começa a buscar um corpo bonito para o verão no fim do ano. Mas será que ainda dá tempo?Existem caminhos mais curtos para a conquista do objetivo? Qual a alimentação ideal?

revistaon.com.br

95


BEM-ESTAR ESPORTE

O

“de 30 avaliações que faço, metade das pessoas querem melhorar a estética”, Leandro Spangemberg 96

Revista On Outubro & Novembro

CUIDADOS O fonoaudiólogo Jonatan Bandeira não descuida da alimentação

ARQUIVo PESSoAL

verão já está próximo e as academias estão cada vez mais lotadas. Porém, para chegar à forma física ideal, não existem atalhos e é necessário trabalho árduo, muita dedicação e disciplina, além de não descuidar da alimentação. Apesar do aumento na procura por academias, não existe mágica e os profissionais de educação físicas são enfáticos ao dizerem que é preciso dar continuidade durante o ano inteiro nas atividades. O professor de educação física Roque Melo de Matos Carvalho explica a orientação dada nas academias. “O Colégio Americano de Medicina do Esporte (American College of Sports Medicine), uma das referências no assunto, diz que para ser considerado ativo fisicamente, é necessário fazer exercícios físicos no mínimo três vezes por semana, 30 minutos por dia. Então, não adianta chegar à academia em novembro, malhar duas vezes por semana e querer chegar em janeiro legal”, diz. O professor de educação física Leandro Miranda de Toledo Spangemberg esclarece que o ideal é dar início as atividades físicas pelo menos seis meses antes do objetivo principal, assim o corpo tem tempo para responder aos estímulos e as perdas ou ganhos serem reais. “A própria adaptação demora um pouco mais. Não é em um mês que você consegue resultado positivo”, enfatiza Spangemberg. A auxiliar de escritório Claudilene Serafim Gabriele, que nunca tinha frequentado academias, buscou uma visando o verão. Depois de dois meses, começou a sentir os efeitos das atividades. “Vim incentivada por uma amiga e estou gostando. Já sinto que estou mais disposta e sinto o enrijecimento dos braços e pernas. Espero que no verão eu esteja mais bonita”, conta. Já a consultora de vendas Lorraine Furtado, frequentadora assídua das academias, acorda cedo e não para

NUTRIÇÃO Para João Paim, é essencial o acompanhamento alimentar por um profissional

SAÚDE Para Leandro Spangemberg, a busca por mais saúde vem motivando novos alunos


“Para ser considerado ativo fisicamente, é necessário fazer exercícios físicos no mínimo três vezes por semana”, Roque Melo de Matos Carvalho

PREVENÇÃO O estudante Yuri Gaspar procurou a academia para evitar futuros problemas na saúde

nem no inverno. “Já malho há dois anos diariamente. Amo academia. Chego às 6h, antes de ir para o trabalho. Se eu parar uma semana, já me sinto flácida, hor-

rível, por isso procuro não faltar. Além disso, chego mais animada ao trabalho e isso faz toda a diferença”, ressalta. A procura por academias não é somente visando efeitos estéticos, mas também por quem perdeu o condicionamento físico natural, como revela o professor Leandro Spangemberg. “De 30 avaliações que faço, metade das pessoas querem melhorar a estética porque vão fazer uma viagem ou querem estar bem no verão. A outra metade diz que quer subir uma escada melhor, quer sentar sem sentir dor nas pernas. Muitos relatam que sentem cansaço por caminhar dez minutos e, por isso, querem melhorar a condição física e a saúde”. Prevenir problemas de saúde é outro motivo que leva pessoas às academias. Yuri Gaspar é um dos exemplos. “Minha família

tem alguns casos de problemas de saúde, então eu procurei a academia em busca da prevenção. Aproveito para manter um corpo legal. Frequentando, me sinto mais disposto e canso menos”. Dados recentes da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) mostram que o índice de obesidade nos brasileiros está em crescimento. A pesquisa aponta que 17,4% dos brasileiros são obesos, índice que era de 15,8% no ano de 2012 e 11,4% em 2006. Para sair das estatísticas ou nem entrar nela, a receita é simples: atividade física e alimentação equilibrada. O nutricionista esportivo João Araújo Paim explica que cada pessoa tem um biótipo diferente, então é essencial respeitar

revistaon.com.br

97


BEM-ESTAR ESPORTE

FREQUÊNCIA Roque Carvalho ressalta a importância de praticar os exercícios regularmente

esse contraste e buscar um especialista para ajudar na alimentação. “Cada pessoa tem uma necessidade nutricional e até o treinamento que a pessoa realiza determina uma conduta diferente. Junto ao profissional de educação física, os iniciantes devem procurar um nutricionista para traçar um plano alimentar de acordo com as necessidades nutricionais e energéticas de forma individualizada”, indica Paim. Outra dica do nutricionista é sobre o que comer, já que muitas pessoas começam as atividades físicas e continuam com hábitos que não ajudam na perda ou no ganho de massa muscular. “De forma geral, sempre recomendo que as pessoas substituam os carboidratos simples, como o açúcar, pão branco, biscoito e arroz branco, pelos carboidratos complexos, dando preferência à mandioca, batata-doce, inhame, macarrão integral e arroz integral. Também é indicado que em todas as refeições consumam uma fonte de proteína de alto valor biológico, como carne, frango, peixe, ovos, leites e derivados. Mas, como disse antes, para cada pessoa é uma dieta e uma diretriz diferente”, diz o nutricionista. Ainda segundo Paim, os alimentos como frituras, os de fast-foods, salgadinhos, refrigerante, açúcar refinado, álcool, biscoitos, cachorro-quente, alimentos embutidos, bacon e manteiga devem ser evitados ao máximo. Leandro Spangemberg salienta que o trabalho dos profissionais de educação física e nutrição ajudam ainda mais a acelerar o alcance do objetivo, principalmente para quem começou os exercícios 98

Revista On Outubro & Novembro

DEDICAÇÃO A consultora de vendas Lorraine Furtado acorda cedo e não deixa de ir à academia

agora e quer resultado para o verão. “O trabalho aliado do nutricionista e do profissional de educação física ajuda a obter resultados mais rápidos”. Investir na alimentação é realmente fundamental para melhoria do condicionamento físico e da saúde. O fonoaudiólogo Jonatan Bandeira e o ferroviário Jader Carvalho mostram que acreditam nisso. O primeiro treina há cerca de quatro anos e o segundo há oito. Os amigos de academia compartilham a filosofia da boa forma e não deixam de malhar, além

de não abrirem mão da alimentação que, para eles, é investimento alto. Segundo Jader Carvalho, o gasto entre suplementação e alimentação é alto. “Eu gasto quase R$ 900 por mês com suplementação e alimentação, isso porque eu planto minha batata doce no quintal”, comenta Jader. Jonatan ressalta que a alimentação deve ser cuidada durante todo o dia, além de dar tempo para o descanso do corpo. “A academia é 24 horas por dia. Nós costumamos dizer que a academia é uma hora, mas o que vai determinar o resultado são as outras 23


“Quem impede de praticar atividades físicas é você mesmo, você cria obstáculos”, diz Jader Carvalho

horas. Alimentação e descanso são fundamentais, então nós comemos com regras nos horários certos e os alimentos certos, além de dormir bem, o que é importantíssimo”, explica Jonatan A dedicação na alimentação e na academia deu à dupla corpos de causar inveja, o que faz muitas pessoas acharem que eles usam anabolizantes e que exageram na hora de malhar, mas eles frisam que as conquistas surgiram com os anos de dedicação. “Não pensando no corpo, mas fazemos isso [malhar] porque temos prazer em fazer. O corpo acaba sendo o resultado do prazer que sentimos em treinar. Como elas [outras pessoas] não conseguem porque treinam apenas um mês antes do verão, querem dizer que usamos esteroide, mas não veem que comemos bem 24 horas,

que treinamos pesado, coisas que elas não fazem. As pessoas que estão de fora pensam que estamos ali só para o verão, mas estávamos ali no inverno, no sol, na chuva, em todos os momentos”, afirma Jonatan. Quem ainda não entrou na academia nem começou a praticar esportes deve correr e dar início aos trabalhos antes que fique ainda mais perto do verão. “Trace pequenas metas, busque objetivos plausíveis e aproveite ao máximo o que as academias oferecem. Aulas coletivas, parte aeróbica, principalmente para quem quer perder peso, e as aulas de musculação para quem quer ganhar massa. Assim há mais motivação para buscar novas metas”, diz Spangemberg. Jader Carvalho explica que a chave para a continuidade dos exercícios é a

BEM-ESTAR Claudilene ganhou gosto pela academia e já vê os benefícios

determinação e fala diretamente com quem busca saúde para o corpo e para a mente. “Muitas coisas podem influenciar na hora de ir à academia, como o frio, a chuva, o mal-estar. Mas isso tudo não é nada. Quem impede de praticar atividades físicas é você mesmo, você cria obstáculos. A sua força de vontade determinará se a chuva vai ser forte, se o frio vai ser intenso. Tudo isso é sua determinação que vai dizer”, enfatiza.

revistaon.com.br

99


100 Revista On Outubro & Novembro


BEM-ESTAR SAÚDE

ALIMENTOS FUNCIONAIS POR TIAGo TAVARES

FOTOS REVISTA oN

Eles são famosos aliados dos que buscam alimentação saudável. Além de ajudarem na redução de medidas, os funcionais são indicados por especialistas para auxiliar na diminuição das taxas de colesterol e açúcar no sangue. Além de todos os benefícios, eles têm componentes importantes que ajudam prevenir o envelhecimento precoce e diminuir a incidência de algumas doenças.

revistaon.com.br

101


BEM-ESTAR SAÚDE

C

“o consumo deve ser indicado por um profissional, que ajudará na elaboração de uma dieta equilibrada”, Maralize Pravato de Abreu, nutricionista

potencialmente benéfico na redução do risco de doenças crônicas degenerativas, como câncer e diabetes, além de auxiliar na perda de peso, prevenir o envelhecimento precoce, ajudar no funcionamento do intestino e reduzir a absorção de gordura no organismo. Porém, para que os efeitos sejam positivos, o acompanhamento feito por um profissional é o indicado. “O consumo deve ser indicado por um profissional que ajudará na elaboração de uma dieta equilibrada”, diz a nutricionista Maralize Pravato de Abreu. O aumento da procura pelos alimentos funcionais e a curiosidade fizeram a empresária Lucilene Medeiros investir em uma loja especializada. Ela fica no bairro Vila Isabel, em Três Rios, e possui mais de 15 tipos de alimentos, entre eles estão a linha102 Revista On Outubro & Novembro

ARQUIVo PESSoAL

omo está sua alimentação? Você usa alimentos muito calóricos e abusa do consumo de açúcar e colesterol? Se a resposta para esta pergunta for positiva, você pode estar correndo grandes riscos de adquirir doenças que podem te acompanhar por toda a vida. Além dos problemas cardíacos, diabetes e outras ocasionadas por consumo de alimentos nada saudáveis, a má alimentação faz os quilinhos indesejados surgirem. Para ter refeições melhores, os alimentos funcionais se tornaram grandes aliados. São centenas deles e a maioria não tem efeitos colaterais. Caracterizam-se por oferecerem vários benefícios à saúde, além do valor nutritivo inerente a sua composição química. Tais alimentos podem, ainda, desempenhar um papel

CUIDADOS Paula Wilbert controla os níveis de colesterol dos filhos Miguel e Maria Luíza com os funcionais

ça, chia, quinoa e germem de trigo, além dos kits diet e os para diminuir o colesterol. “Sempre fiz muitas pesquisas e vi matérias na televisão falando sobre os benefícios dos alimentos funcionais, então comecei a me interessar, pedi várias opiniões, percebi que realmente funcionavam e decidi montar a loja”, explica Lucilene. Segundo a empresária, entre os alimentos mais procurados estão a linhaça e a chia, muito recomendados por nutricionistas. “As pessoas já saem dos consultórios com a chia recomendada. As misturas que têm farinhas de berinjela, laranja amarga, fibra de maçã, banana verde, quinoa, maracujá e amaranto, que auxiliam na redução do colesterol, também são muito vendidas”, conta. O advogado José Souto Tostes procurou os alimentos funcionais buscando a redução do colesterol e já obtém bons resultados. “Uso de manhã, uma vitamina batida com mamão, laranja, berinjela e linhaça. Além disso, como uma noz, uma castanha e uma ameixa. Esse é meu café da manhã”, conta José. Que antes tomava café com pão com manteiga. Ainda de acordo com o advogado, outro benefício foi sentir o intestino funcionar melhor.

A linhaça é a mais procurada para quem quer diminuir os níveis de colesterol e triglicerídeos e, segundo Maralize, ela possui diversos nutrientes como carboidratos, proteínas, gorduras e fibras, que ajudam a diminuir o risco de algumas doenças, pois seu consumo contínuo pode proporcionar aumento da defesa orgânica e redução do ritmo de envelhecimento. Na composição da semente de linhaça estão presentes proteínas, fibras alimentares e ácidos graxos poli-insaturados (Ômega 3 e Ômega 6), que lhe conferem a propriedade de alimento funcional. A designer Danila Gomes também é uma consumidora de linhaça e vê resultados no consumo. “Utilizo na primeira refeição do dia, com frutas, mel e aveia. Conheci a linhaça pela indicação do nutricionista, procurei saber mais sobre os benefícios e pude percebê-los com o passar do tempo”, conta Danila, que usa a semente há quatro anos. Se para alguns os alimentos funcionais são opcionais, para os filhos da sul-paraibana Paula Wilbert são quase remédios. Maria Luíza e Miguel possuem um problema genético chamado hipercolesterolemia, que mantém a


NEGÓCIO Após pesquisar sobre os alimentos funcionais, Lucilene decidiu abrir uma loja especializada

quantidade de colesterol acima da faixa de normalidade no sangue. Para manter os níveis, eles fazem exames quadrimestrais e, para ajudar ainda mais o controle, a nutricionista e a endocrinologista recomendaram o uso diário da linhaça e da quinoa, que dão resultados e ajudam a manter o equilíbrio da saúde das crianças. “Eu já dou a quinoa e a linhaça há um ano e meio e esses alimentos vêm ajudando no controle do colesterol e fizeram diminuir os remédios que eles tomam. Eu também dou maçã, aveia e castanha do pará”, diz Paula. Apesar dos benefícios dos alimentos funcionais, Maralize alerta os riscos de consumi-los sem a prescrição de um nutricionista ou de médicos, já que o consumo exagerado de alguns alimentos pode causar intoxicação alimentar e problemas sérios na saúde. “Normalmente não tem contra indicação, mas o perigo é a ingestão exagerada. O diabético, por exemplo, que já usa a insulina, se consumir muita fibra durante o dia, pode

revistaon.com.br

103


BEM-ESTAR SAÚDE

NUTRICIONISTA Maralize Provato de Abreu recomenda o uso diário dos alimentos funcionais com atenção

COTIDIANO Os alimentos funcionais podem ser inseridos na alimentação de várias formas

CANELA O condimento, além do sabor agradável e característico, apresenta muitas propriedades funcionais

baixar demais a glicemia e ter hipoglicemia e passar mal. Por isso é importante a indicação de um profissional”, explica. O consumo de ômega 3, presente em alguns alimentos funcionais, também merece atenção. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), os valores sugeridos para um bom equilíbrio entre as quantidades de ômega 6 e ômega 3 é de uma razão de 5:1, podendo chegar até 10:1. “Para uma melhor absorção, o organismo depende de um conjunto de fatores e até de vitamina, 104 Revista On Outubro & Novembro

então não é indicado que as pessoas saiam comprando cápsulas de ômega 3 sem indicação. Ela precisa ser associada com algumas vitaminas. A alimentação precisa ser equilibrada, já que um alimento depende do outro, ajudando na absorção. Quando indico essas cápsulas de chia, por exemplo, elas já vêm com vitamina C, que ajuda na absorção. Se as pessoas utilizarem ômega 3 demais, pode haver um desequilíbrio do organismo”, esclarece Maralize. Apesar dos cereais estarem evidência o quadro de alimentos funcionais são mais abrangentes e alguns são consumi-

dos no dia-a-dia, como o alho e da cebola, que são alimentos que ajudam a reduzir o colesterol, a pressão sanguínea, na melhora do sistema imunológico. Outros alimentos constantemente utilizados são o tomate e derivados, a goiaba vermelha, o pimentão vermelho e a melancia. Embora apresentem muitos benefícios, os alimentos funcionais devem servir como suporte à alimentação, dizem os especialistas. “Os funcionais não fazem milagres, então a pessoa precisa ter uma alimentação equilibrada e fazer exercícios físicos regularmente”, finaliza a nutricionista Maralize Pravato.


revistaon.com.br

105


106 Revista On Outubro & Novembro


BEM-ESTAR SAÚDE

TRATAMENTO NATURAL POR SAMYLA dUARTE

FOTOS ARQUIVo PESSoAL

Quando a saúde fica abalada, ir ao médico e buscar tratamentos eficazes são as primeiras ações. Após a consulta, é hora de comprar os medicamentos indicados e deixar a saúde renovada. Em maior número nas cidades estão as farmácias tradicionais, porém há os que buscam nas farmácias de manipulação o tratamento. Conheça a homeopatia.

revistaon.com.br

107


BEM-ESTAR SAÚDE

É

comum ouvir relatos de pessoas que precisam consultar com médicos de diferentes especialidades ao apresentarem sintomas que podem indicar diversas doenças. Alergias, dores de garganta e gastrite são ocorrências comuns que podem voltar a incomodar a qualquer momento, por exemplo. Enquanto alguns pacientes buscam a cura nos medicamentos tradicionais, os alopáticos, outros encontram na homeopatia uma forma de tratamento. A empresária Olívia Ladeira Uzai Reis, de 31 anos, conheceu a homeopatia há cinco anos por meio da irmã e escolheu o método por não querer tomar medicamentos fortes. “Estava sentindo muitas dores no corpo e, através dela, foi detectada uma espécie de fibromialgia. Depois de alguns exames e conversas com a médica, comecei o tratamento. Meu organismo aceitou muito bem a homeopatia e já tive resultado em menos de uma semana”, conta Olívia. Por isso, ela conta que durante a gravidez não foi necessário o uso de remédios convencionais. O pequeno Ian, filho de Olívia, de apenas um ano e oito meses, também reagiu bem ao tratamento com homeopatia e usa sempre que necessário. No início, era preciso tratar as cólicas e, em seguida, preveniu crises de bronquite e gripe.

A mãe diz que, como o menino já frequenta a escola, a homeopatia está presente ajudando a aumentar a imunidade. De acordo com o médico pediatra e mestre em homeopatia Carlos Brunini, esse é um hábito comum atualmente. “Em relação às crianças, nós sabemos que, como os pais precisam trabalhar, muitas delas [crianças] são deixadas precocemente em berçários e seu sistema imunológico ainda está incompetente para um convívio tão próximo”. Os medicamentos homeopáticos, ainda segundo o médico, são vantajosos para bebês e crianças, já que não há o efeito supressivo, como um antialérgico derivado de corticoide. A homeopatia também funciona como o melhor remédio para acalmar as crises de choro de Ian durante a madrugada que, segundo Olívia, foi mais um problema eliminado. A empresária ainda amamenta e diz que este é outro motivo para que não use medicamentos tradicionais, apenas o anticoncepcional e algum analgésico em caso de forte dor de cabeça. A homeopatia agradou tanto Olívia que ela já tratou diversos problemas, como sinusite, gripe, fortes dores no calcanhar e um mau jeito em uma das costelas por má postura ao amamentar. Brunini, que também é doutor em clínica médica e professor de fitoterapia, expli-

ca que, em alguns casos, é necessário o uso de alopatia para um tratamento mais forte e específico, geralmente quando o paciente está internado em um hospital por ter sofrido acidente ou uma parada cardíaca, por exemplo. “A homeopatia não visa apenas tratar o sintoma, mas a causa. Muitas vezes o melhor medicamento para um nariz escorrendo é o lenço e a melhor receita para uma diarreia é ingerir líquidos. Os homeopatas são mais conservadores e procuram entender o que está por trás do sintoma e não apenas medicar o efeito”, diz ele. A psicóloga e gerente de recursos humanos Juliana de Alvarenga Arantes Oliveira, de 27 anos, iniciou um tratamento em 2008 por conta de faringite alérgica. Além de excessivos, os medicamentos alopáticos não eram suficientes para conter as crises mensais. O tratamento homeopático foi uma indicação de amigos e ela decidiu testar. “Na época, fazia tratamento convencional para alergia com vacinas aplicadas semanalmente, porém todo mês entrava em crise, tendo que fazer uso de corticoides e antibióticos. Cansada de gastar dinheiro com as vacinas e, mesmo assim, ficar doente, resolvi tentar outro tipo de tratamento. Já no primeiro mês consegui amenizar a crise e depois ficar um bom tempo sem”, diz Juliana. Uma das vantagens do tratamento é que um só médico pode tratar todas as

“Meu organismo aceitou muito bem a homeopatia e tive resultado em menos de uma semana”, Olívia Ladeira Uzai Reis

JULIANA DE ALVARENGA Ela decidiu testar a homeopatia após indicação de amigos 108 Revista On Outubro & Novembro

doenças. Por conhecer o paciente e fazer acompanhamento geral, focando também no emocional, é mais fácil saber quais as necessidades. Juliana teve sucesso ao tratar sinusite, gastrite, refluxo, tendinite, queda de cabelo e prisão de ventre. Ainda com todos os benefícios promovidos pela homeopatia, há a outra vantagem: o valor dos medicamentos é bem mais baixo comparado aos alopáticos.


OLÍVIA E IAN Mãe e filho sentem os benefícios do tratamento com homeopatia

Nas farmácias

Os medicamentos homeopáticos só podem ser prescritos por um profissional especializado em homeopatia, é o que conta Tales de Miranda Coelho, farmacêutico e empresário do ramo. “Estes medicamentos podem ser de origem vegetal, animal ou mineral, onde a cura acontece através de medi-

camentos não agressivos que estimulam o organismo a reagir, fortalecendo seus mecanismos de defesa naturais”. Segundo Tales, o medicamento é caracterizado por uma técnica chamada dinamização, que são diluições sucessivas decorrentes de agitação. A técnica faz com que a concentração ativa da substância seja diminuída, desde que as

propriedades medicinais da substância original sejam mantidas. Para entender o motivo da prática ser tão procurada e possuir tratamento para vários tipos de doença, existem cerca de 2.000 substâncias que tiveram os efeitos específicos testados no corpo humano. A farmacêutica homeopata Daliana Ribeiro de Miranda confirma a constatação de Juliana sobre valores. Por serem medicamentos individualizados, não são produzidos em larga escala. “Outro fator que ajuda a baratear o custo é a produção realizada em um laboratório próprio, sendo assim é vendido diretamente para o cliente e não revendido como é feito nas drogarias”. Tales recomenda o tratamento. “A alternativa mais confiável é manipular a dose certa. Quando se trata de homeopatia, assinamos embaixo, acreditamos ser a melhor proposta para a reversão do quadro de doença baseada em seus conceitos. O benefício é tratar cada um de acordo com sua real necessidade”, finaliza.

revistaon.com.br

109


XÔ CELULITE! Freecel é o tratamento que vai preparar você para o verão

110 Revista On Outubro & Novembro


os resultados do Freecel Antes

Depois

O

terror de qualquer mulher é ter as coxas e bumbum parecidos com a casca de uma laranja, concorda? A celulite é conhecida e temida justamente por deixar a pele com este aspecto, cheia de marcas e furinhos. No entanto, o problema que tira o sono das mulheres está com os dias contados. A Priscila Estética apresenta o Freecel, um tratamento que age nas ondulações e nas deformidades causadas pela celulite, deixando a pele mais firme e lisinha. O Freecel é um tratamento desenvolvido pela clínica Priscila Estética através de técnicas e aparelhos exclusivos. O tempo médio de tratamento é de dois meses, no entanto, o número de sessões pode variar de acordo com a necessidade de cada cliente, que é descoberta através de uma avaliação individual. Além disso, os benefícios do Freecel são visíveis e garantidos por um certificado. A celulite é o resultado da acumulação de toxinas e gordura nas camadas superficiais da pele, causando o indesejado efeito “casca de laranja”. O problema não é restrito apenas às pessoas com excesso de peso. Os furinhos afetam a maioria da população feminina. Vários fatores podem causar celulite. Entre eles estão os problemas de circulação, a ingestão insuficiente de água durante o dia, o tabaco e a falta de atividade física. No entanto, o Freecel é o único que trata a celulite de grau avançado e deixa a sua pele mais lisa e uniforme. Aproveite a dica e não abra mão da estação mais quente do ano. Prepare-se para o verão. Marque uma avaliação na Priscila Estética.

Av Alberto Lavinas, 1261 Centro – Três Rios – RJ Tel.: (24) 2252-2663 Acesse: priscilaestetica.com.br Curta: facebook.com/esteticaderesultados




Ações realizadas em todo o mundo buscam conscientizar a população sobre a prevenção ao câncer de mama. Profissionais do Centro de Terapia Oncológica de Três Rios esclarecem dúvidas e ressaltam a importância da descoberta precoce.

O

movimento começou nos EUA onde vários estados realizavam ações voltadas à prevenção do câncer de mama no mês de outubro. Em 1990, a “Fundação Susan G. Komen for the Cure” distribuiu o laço rosa, símbolo da campanha, na primeira Corrida pela Cura realizada em Nova York. O Outubro Rosa ganhou destaque mundial e, nos últimos anos, motiva milhões de pessoas em torno da causa, inclusive no Brasil. Em todo mundo, diversos monumentos ganham a iluminação rosa em alusão à causa. “Divulgar a prevenção do câncer é válido em qualquer circunstância e, quando uma campanha é estabelecida neste âmbito, com dimensões tão grandes, gera informação sobre prevenção e traz grandes resultados”, resume a oncologista Flávia Cupello Tamiozzo do Centro de Terapia Oncológica de Três Rios. O câncer de mama é um dos que apresentam maiores taxas de incidência. “A mulher precisa fazer o autoexame nas mamas para detectar qualquer alteração. Uma sugestão é que faça todos os meses sempre na mesma data, levando em consideração o ciclo menstrual. A detecção precoce contribui com o sucesso do tratamento”, esclarece Julio Vieira de Melo, oncologista do CTO Três Rios. O câncer surge quando uma célula adquire capacidade de invasão. “As pessoas falam muito que quem procura acha, mas é importante ressaltar que, quem procura acha e quem acha cedo e busca tratamento, aumenta as chances de cura! O tratamento é duro, mas cada vez mais conseguimos administrar os efeitos colaterais e ele funciona. Não é o bicho de sete cabeças que todos falam e traz

FOTOS dIVULGAção

DR. JULIO VIEIRA DE MELO É importante dar atenção aos primeiros sinais e buscar auxílio médico

DRA. FLÁVIA CUPELLO TAMIOZZO Quando identificado no início, o câncer de mama tem altas chances de cura

resultados”, diz a oncologista que indica ainda que, quando possível, as mulheres realizem mamografia uma vez por ano. Julio Vieira de Melo ressalta que a mulher deve procurar o médico se detectar, durante o auto exame, um nódulo na mama ou na axila, perceber alguma deformidade da pele, alguma alteração no mamilo ou saída de secreção. O profissional fará um rastreamento através de exames. Caso exista alguma imagem sugestiva de tumor, outros exames serão realizados com a intenção de identificar se é maligno ou benigno. Uma vez confirmado o diagnóstico de câncer de mama, iniciará o acompanhamento oncológico. A partir deste momento será definido seu tratamento, necessidade de cirurgia e terapias. Os números de casos aumentam, assim como a taxa de cura, mas por que o câncer surge? “Existem vários fatores de risco relacionados ao câncer de mama. O aumento da idade, hábitos alimentares, falta de exercícios físicos e predisposição genética são alguns deles. É sempre bom lembrar que o câncer de mama pode atingir qualquer pessoa e a prevenção é fundamental.”, explica Dra. Flávia.

A medicina nem sempre cura doenças, como em casos de pressão alta e diabetes, mas desenvolve tratamentos que fazem a pessoa levar uma vida normal, e isso também acontece com relação ao câncer, como explica Julio. “O objetivo da oncologia também é esse. É possível controlar o câncer. Por mais que alguns pacientes passem por tratamentos que são tóxicos, isso é apenas por um período, depois há muita vida pela frente. A taxa de controle é cada vez maior”, finaliza. O CTO Três Rios oferece os melhores tratamentos para câncer disponíveis no mundo.

Centro de Terapia Oncológica de Três Rios

Rua Prefeito Joaquim José Ferreira, 318 (Antiga Rua Manoel Duarte) Centro – Três Rios/RJ Tel.: (24) 2252-3816 www.ctotresrios.com.br


revistaon.com.br

115


BEM-ESTAR SAÚDE

OSTEOPOROSE A DOENÇA SILENCIOSA POR MAYARA SToEPKE

FOTOS REVISTA oN

No Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas sofrem com a osteoporose, sendo na maioria mulheres que atingiram a menopausa. O diagnóstico mais eficaz é feito pela densitometria óssea e a prevenção é o melhor remédio. Conheça essa doença silenciosa.

116 Revista On Outubro & Novembro


A

osteoporose é uma doença causada pela descalcificação progressiva dos ossos, ou seja, a perda de cálcio, e atinge homens e mulheres. A queda de hormônios faz com que a mulher perca mais cálcio, logo, são as mais afetadas quando atingem a menopausa. É uma doença silenciosa, progride lentamente e geralmente não apresenta sintomas até a primeira fratura ocorrer. Aparecida Werneck, de 66 anos, tem a fase inicial da doença, a osteopenia, que é a fase de alerta para osteoporose. “Descobri em 2008. Minha ginecologista pediu o exame densitometria óssea, que constatou que eu tinha uma perda de cálcio, estava no início”, conta. Começou a fazer fisioterapia para tratar as dores na coluna quando descobriu a doença e começou a tratá-la, também, com as sessões, reposição de cálcio e uma alimentação balanceada. Regina Elena, 61, também tem o mesmo problema. “Sentia muitas dores na perna, não aguentava mais andar, a minha perna ficou mais curta. Com os exercícios da fisiote-

OSTEOPENIA Aparecida Werneck tem a fase inicial da osteoporose

revistaon.com.br

117


BEM-ESTAR SAÚDE

ADRIANA A fisioterapeuta afirma que o melhor remédio é a prevenção

REGINA ELENA Ela conta que sentia muitas dores na perna e não aguentava andar

quebrado o fêmur devido à osteoporose. Fiz uma cirurgia e implantei uma placa de titânio. Aconteceu algo incrível comigo: no ano passado, estava saindo do banheiro quando a minha perna travou. Fui ao médico e descobri que tinha quebrado a prótese, o médico disse que nunca tinha visto isto”, conta Nadir. Ela trata a doença com sessões de fisioterapia, toma sol, tem uma alimentação balanceada e toma cálcio. A densitometria óssea é o exame mais eficaz para descobrir a doença. Luciane Idalina Miranda é técnica em radiologia e explica que o exame é simples e indolor. “O paciente deve deitar-se de barriga para cima, com os pés virados para dentro. Ativando o aparelho, o laser faz uma leitura da densidade mineral dos ossos. É

“Há dois anos eu estava andando e fui caindo bem devagar”, conta Nadir de Araujo Areas, de 87 anos

SUSTO Nadir caiu enquanto caminhava e na hora não sentiu dores

ODETE CHAVES O exame dura cerca de dez minutos e é indolor

rapia normalizou tudo”, explica ela, que faz as sessões de fisioterapia há um ano e meio. Adriana Guimarães, fisioterapeuta, explica que os resultados são atingidos porque, durante os exercícios, acontece a tração dos ossos, o que ajuda na captação de cálcio. “Até a fase de crescimento, o cálcio é importante. Sol e exercício físico captam cálcio nessa fase. No decorrer do envelhecimento, você perde naturalmente cálcio, mas se tiver uma quantidade legal, não chega à doença”. Adriana deixa um alerta: “O cálcio é perigoso, tem que tomar com acompanhamento médico para não

deixar concentrar nas artérias”, completa. A fisioterapeuta relata que, nos homens, acontece também, mas geralmente tem relação com outras doenças. A prevenção é a melhor atitude em relação à doença. Nadir de Araujo Arêas, 87, foi diagnosticada com osteoporose há 16 anos. Quando as dores no joelho surgiram, o filho, que é médico, recomendou uma cirurgia. Fez um exame e descobriu que tinha osteoporose no joelho. “Há dois anos, estava andando e fui caindo bem devagar. Quando vi, estava no chão. Na hora, não senti dor. Fiz um exame e descobri que tinha

118 Revista On Outubro & Novembro

importante o paciente ficar imóvel. O exame dura em torno de dez minutos e não dói. Quando termina, o técnico analisa as imagens e imprime. O laudo impresso é baseado nas informações obtidas através da leitura que o aparelho faz e é interpretado e assinado pelo médico radiologista”, resume. Geralmente, os pacientes chegam com pedido de exames de ginecologistas, geriatras, reumatologistas, ortopedistas e endocrinologistas com o principal objetivo de prevenção da osteoporose. “São pacientes que apresentam patologias e dores ósseas, mesmo que a dor não seja associada à osteoporose”, explica Luciane. Enquanto a técnica explicava o procedimento, Odete Chaves, 65, fazia o exame tranquilamente. “Todo ano eu faço uma bateria de exames. Ano passado não fiz, esse ano estou sentindo muita dor e a médica me encaminhou para o exame. Tenho osteoporose no fêmur e faço o exame para controlar a doença”, diz Odete. O Núcleo de apoio a Saúde da Família [NASF] de Três Rios desenvolve desde


ARQUIVo PESSoAL

NASF Ticiane explica as campanhas de prevenção realizadas pela Secretaria de Saúde

2011 a campanha “Cuide-se bem e viva melhor !”, de prevenção à osteoporose em mulheres pós-menopausa, que já realizou 3.377 exames, diagnosticando 579 casos de osteoporose e 1.376 de osteopenia. O projeto é desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde em parceria com um laboratório. “É realizado nas Unidades Básicas de Saúde na Secretaria de Saúde. No caso de diagnóstico de osteoporose, as mulheres são acompanhadas por médicos especialistas em ginecologia e pela equipe multiprofissional do NASF. Também é disponibilizada a medicação através da farmácia de medicações excepcionais da Secretaria de Saúde. Nos casos de osteopenia, as mulheres são acompanhadas e orientadas nas Unidades Básicas de Saúde e, também, pela equipe multiprofissional do NASF, que conta com nutricionistas, fisioterapeutas, educadores físicos e psicólogos, entre outros”, explica Ticiane Almeida, coordenadora do NASF Três Rios.

Alimentos para prevenção e tratamento Dieta rica em cálcio e vitamina Leite e seus derivados (iogurte desnatado, leite desnatado, queijos, requeijão, sorvete...) Verduras com folhas verde-escuras (brócolis, couve-flor, couve mineira, espinafre...) Peixes (sardinha, atum, viola, salmão...) ovos, margarina Evite Café/Cafeína (chá preto e verde, mate) Bebidas a base de “cola” Bebidas Alcoólicas Fumo

Para agendar o exame de densitometria óssea na Santa Isabel Diagnóstico por Imagem Ligue (24) 2252-1170


CELULITE E

GORDURA

LOCALIZADA?

NUNCA

MAIS! FOTOS dIVULGAção

Aquele bumbum lisinho sem celulite, aquela barriga chapada sem as gordurinhas indesejadas. Com o avanço da medicina e dos tratamentos médicos/estéticos, esses “sonhos” agora podem ser realidade. Não. Não existe milagre. Existem tratamentos que podem ser realizados, mas, para resultados mais satisfatórios, sempre deve-se associar à alimentação saudável e à prática de atividades físicas.

O

s resultados dos tratamentos para gordura localizada e celulite podem ser percebidos após uma semana e, normalmente, são necessárias 10 sessões para que um bom resultado seja alcançado, mas isso muda de um paciente para outro. A médica Mariana Wogel reforça a importância de hábitos saudáveis para a manutenção do tratamento. “A manutenção é sempre necessária, mas nem sempre é feita na clínica. Os hábitos saudáveis, como atividade física e alimentação correta, são indispensáveis tanto para que os resultados satisfatórios sejam alcançados como para a manutenção destes”, enfatiza. Na Med Estec, em Três Rios, são oferecidos mais de 20 tratamentos para corpo e rosto, sendo oito com o objetivo de eliminar celulites e gordura localizada [veja mais nos quadros]. O paciente interessado passa por uma avaliação médica onde é definido o melhor tratamento para o caso. Geralmente, é realizado mais de um procedimento.

“Os tratamentos, na maioria das vezes, são combinados, ou seja, são feitos dois ou mais procedimentos para que o resultado final seja satisfatório. Após a avaliação médica do paciente podemos indicar a melhor combinação de tratamentos, mas a escolha também depende do paciente. Se ele não suportar tratamentos com agulhas, por exemplo, nunca poderemos escolher a mesoterapia e a carboxiterapia. Se ele estiver com colesterol elevado, a ultracavitação não poderá ser indicada”, explica a médica Dircelene Loth. Os tratamentos estéticos podem ser feitos de adolescentes a idosos. Já os tratamentos clínicos, como de doenças da pele, podem ser feitos em qualquer idade. As diretoras clínicas e responsáveis pelos procedimentos médicos são Dircelene Loth e Mariana Wogel. Na clínica, os tratamentos mais procurados são os de gordura localizada, celulite, estrias, emagrecimento e rejuvenescimento facial. Mariana Wogel alerta que todos os procedimentos possuem contra indicações: “Uso de medicações que aumen-


Tratamentos Med Estec

TRATAMENTO A médica Mariana Wogel optou pela mesoterapia com o objetivo de diminuir a camada de gordura da paciente

CORPO Dircelene Loth escolheu a endermoterapia para remodelação corporal

Manthus Ultracavitação Radiofrequência Carboxiterapia Mesoterapia Toxina Botulínica Peelings faciais e corporais Tratamentos para estrias, celulite, gordura localizada, melasma, acne, cicatriz da acne, manchas na pele Emagrecimento Rejuvenescimento facial Peeling de cristal Endermoterapia Depilação a laser Drenagem linfática Massagem modeladora Massagem relaxante Dermarroler Escleroterapia (varizes)

Tratamentos para celulite e gordura localizada

RADIOFREQUÊNCIA Melhora a tonicidade da pele e diminui medidas através de ondas eletromagnéticas

tam o sangramento, doenças autoimunes como o Lúpus, alergias medicamentosas, gestantes, pacientes com câncer, com diabetes e/ou hipertensão não controladas são alguns casos de contra indicação. Por isso a avaliação médica pré-tratamento é fundamental”. Mas quem pensa que fazer o tratamento é um compensador para conseguir o corpo ideal e transformar suas refeições em bombas calóricas, ricas em gorduras e açúcares, por exemplo, está enganado. Hábitos saudáveis são aliados muito importantes, como destaca Mariana. “O número de adeptos da atividade física e da alimentação balanceada e, principalmente, funcional, está aumentando. Acredito que a nutrição funcional, juntamente com a medicina ortomolecular e a atividade física, são grandes

aliados na prevenção e tratamento de doenças, trazendo assim mais qualidade de vida aos seus adeptos”. Vale lembrar que todos os procedimentos são realizados ou supervisionados pelas médicas após uma avaliação criteriosa do paciente. O objetivo é um corpo e uma pele bonitos, e não colocar a vida em risco. Por isso, para que a beleza e o bem-estar não se transformem em uma dor de cabeça, uma boa clínica com profissionais sérios e competentes é fundamental. Med Estec

Rua Doutor Oswaldo Cruz, 236 - 2º andar Centro - Três Rios - RJ Telefone: (24) 2255-2316 Facebook: Med Estec

Mesoterapia Aplicação de injeções no tecido adiposo a fim de diminuir a camada de gordura. Carboxiterapia Trata celulite, estria e gordura localizada, através da infusão de gás carbônico em diferentes camadas da pele. Manthus Ultrassom que age na quebra das células de gordura com uma corrente que ativa o sistema linfático. Endermoterapia É um aparelho que exerce uma pressão negativa e atua na remodelação corporal. Ultracavitação Lipo sem corte, onde a onda de energia liberada atinge diretamente a gordura, fazendo com que aconteça a eliminação dela. Radiofrequência Aumenta a tonicidade da pele e diminuiu medidas através da emissão de ondas eletromagnéticas. Não invasivo, simples e rápido. Massagem modeladora Utiliza manobras mais vigorosas em todo o corpo. Melhora o contorno corporal, alivia tensões e melhora a circulação sanguínea. Drenagem linfática Técnica de massagem que trabalha o sistema linfático, estimulando-o a trabalhar de forma rápida.


DESCUBRA AS VANTAGENS DA

FISIOTERAPIA UROGINECOLÓGICA FOTOS JR7 PRodUçÕES

Serviço inovador de fisioterapia em Três Rios oferece mais qualidade de vida e benefícios para a saúde

P

ensando na saúde e na qualidade de vida, Gabriela Meyer Ragazzi especializou-se em fisioterapia uroginecológica para atuar no tratamento e prevenção de disfunções dos músculos do assoalho pélvico, localizados na região íntima, que circundam a uretra, vagina, ânus e têm função urinária, fecal, sexual e no parto. “Assim, senti a necessidade de oferecer aos pacientes uma clínica em Três Rios, já que nas grandes cidades do país essas clínicas já existem”, explica. Entre as disfunções do assoalho pélvico tratadas pela fisioterapia uroginecológica está a incontinência urinária, que é a perda involuntária de urina após tossir, espirrar, rir, praticar esportes ou, ainda, após forte vontade de urinar. Acontece com muitas mulheres, mas também pode acontecer com homens após cirurgia de retirada da próstata ou em crianças. Outros casos tratados com a fisioterapia são: infecção urinária repetida em adultos e crianças; incontinência fecal, de flatos (gases) e constipação intestinal (intestino preso); dores pélvicas (como em tratamento para cólicas

ATENDIMENTO O cliente tem novo espaço para cuidar da saúde e beleza em Três Rios 122 Revista On Outubro & Novembro

menstruais); prolapso (queda da bexiga ou útero); disfunção sexual em homens e mulheres. No caso das mulheres, a fisioterapia uroginecológica atua no tratamento de dores antes ou durante as relações sexuais e dificuldade de sentir prazer, além de atuar na melhoria da qualidade da relação sexual, deixando o canal vaginal mais estreito. Assim que os sintomas surgem, é importante buscar o tratamento para que os resultados sejam ainda mais eficazes. A fisioterapia especializada para gestantes também apresenta diversos benefícios. Com acompanhamento na gestação e no pós-parto, os exercícios para o assoalho pélvico mantêm a região fortalecida, já que durante o período, ela sofre com o peso do bebê no útero e ação de hormônios. Com os músculos flácidos, pode ocorrer incontinência urinária, queda de órgãos e falta de prazer ou dor nas relações sexuais, afirma Gabriela. Na clínica, é possível realizar tratamentos estéticos inovadores para a região íntima, como diminuir gordura, flacidez e clareamento. “Todas as pessoas devem exercitar o assoalho pélvico para terem

INOVAÇÃO Os serviços são novidades na cidade e já há grande procura

qualidade de vida e saúde”, diz Gabriela. Pensando nisso, a fisioterapeuta ainda oferece FisioPilates, que é um pilates personalizado para cuidar da postura, aliviar dores e exercitar o assoalho pélvico.

DRª. GABRIELA MEYER RAGAZZI Fisioterapeuta pós graduada em fisioterapia uroginecológica

Agende uma visita! Rua Maestro Costa Barros, 39 Sala 303, Centro – Três Rios /RJ (24) 2255-4683


revistaon.com.br

123


124 Revista On Outubro & Novembro


COOL

festas 125 moda 133 beleza 137 coluna social 142 viagem 144 sabores 154

Casar com estilo POR MAYARA SToEPKE

FOTOS JCLICK

No casamento, duas pessoas celebram a união e fazem daquele momento um dos mais especiais da vida. os casais apaixonados se entregam e buscam demonstrar de várias maneiras o amor que há na união. Enquanto alguns optam pelas cerimônias mais tradicionais, outros colocam detalhes que dão ainda mais estilo à data. Nada pode dar errado e a atenção aos mínimos detalhes é fundamental.

revistaon.com.br

125


COOL FESTAS

O

s convites, o vestido, a festa... Tudo precisa estar impecável! Para nada sair do controle, geralmente as noivas contratam um cerimonialista. “O cerimonial é o braço direito da noiva e do noivo, responsável por indicar e coordenar a equipe que estará trabalhando no dia, além, é claro, de contribuir na concepção e organização do evento como um todo”, conta Flavio Barbosa, que desempenha esse papel em Três Rios e região. Tradicionais ou não, alguns pontos são comuns. A bebida sempre suficiente e gelada, fartura em comida, uma variedade de doces, decoração, música e a festa, que é o ponto alto na maioria dos casamentos. “O que todos querem mesmo é uma festa divertida e bem animada. Para isso, uma banda ao vivo ou um bom DJ mantém a pista de dança sempre aquecida”, completa Flavio. Diversas são as formas de realizar esse momento e alguns casais querem sair do tradicional. Uma das modas do

TATUAGEM O casal se conheceu no estúdio de Estácio 126 Revista On Outubro & Novembro

momento é colocar toques da história dos noivos na celebração, itens que possuem sentido e valor para os dois. Os noivos que passam por esta experiência contam que o casamento ficou intenso

No casamento de Estácio e Alice, alguns padrinhos foram com camisas de banda e com ainda mais sentido. “O mais inusitado que fiz foi realizado em Paty do Alferes. Um casal jovem que resolveu fazer um casamento fora do tradicional, reunindo amigos e familiares em uma cerimônia realizada por um amigo, cheio de poesias e ritos com velas e areia”, lembra Flávio. Assim, os con-

vidados tiveram a oportunidade de se reencontrarem sem muita formalidade, utilizando trajes mais à vontade. Os convidados também passaram por uma experiência fora do tradicional: registraram o casamento através de três câmeras filmadoras que passavam de mão em mão. A festa também foi de acordo com os gostos do casal. “Todos dançaram e se divertiram ao som de Cazuza, Rita Lee, Rita Ribeiro, Djavan, entre outros clássicos da MPB”, lembra Flavio. Que tal um convite, uma música, um ritual, um vestido e uma festa diferente que conte a história de amor do casal? Foi o que Alice e Estácio Hagge fizeram. Ela é bióloga, ele tatuador. Ambos são músicos e apaixonados por rock. O casal se conheceu por meio de uma tatuagem que Alice fez com Estácio. No início, passavam horas mostrando suas músicas preferidas, até que noivaram e casaram. Em uma cerimônia bem simples e organizada por Alice, o casal conseguiu manter o tradicional, porém com o toque


MÚSICA Presente em todo o relacionamento, não podia ficar fora do casamento


COOL FESTAS

MOTO O casal saiu da igreja em clima de aventura

128 Revista On Outubro & Novembro

Heavy Metal. “Não podíamos simplesmente fazer tudo o que queríamos. Minha vontade era entrar com um vestido vermelho, por exemplo, mas nossos pais estavam lá, nossa família esperou muito por esse momento, tínhamos que agradar todos”, conta Alice enquanto mostra o álbum de casamento. O tema não poderia ser outro: música. A surpresa foi logo na entrada dos noivos na igreja. Ao som de violoncelo e violino, a canção escolhida foi do Metallica. Os pajens entraram com tênis All Star pretos. “Eu sempre quis entrar com meu pai e minha mãe na igreja, mas meu pai não quis, disse que todas entravam somente com o pai e ele também queria assim. Então para realizar o meu sonho e o dele, eu entrei até a metade da igreja com minha mãe, que me entregou ao meu pai e me levou ao altar. Foi muito legal”, conta. O lírio, flor que fez parte do namoro dos dois, estava presente, inclusive com a mãe de Alice e as madrinhas,


ARQUIVo PESSoAL

ARQUIVo PESSoAL

CECI MIRANDA E LUCAS MAGRANI Ritual “Handfasting”, que significa “atar as mãos”

TEATRO Bruna e Rodrigo Portela casaramse no palco do teatro em Três Rios

que entraram carregando a flor. Alguns padrinhos roqueiros foram com camisas de bandas. Estácio chegou à igreja em uma moto e, no final, os noivos foram embora radicalmente nela. A recepção teve banda com blues e jazz; o bolo tinha notas musicais e um casal de noivos bem diferente que Alice se encantou. Para o álbum de casamento, além de fotos com guitarras, fizeram um ensaio “Trash the Dress”, tendência atual. “Nosso casamento foi lindo, deixamos com a nossa cara. Pretendemos fazer uma cerimônia para comemorar cinco anos de casamento e nesse vamos fazer tudo aquilo que não podemos fazer por conta de nossos familiares”, conta Alice rindo. Quando o mundo da arte entra em cena, o casamento também pode ficar bem diferente. Bruna e Rodrigo Portella são conhecidos por suas atuações no teatro e a relação com a arte não poderia ficar fora do casamento. “Pensamos em fazer uma cerimônia no teatro, já que foi o lugar onde nos conhecemos. Pensamos em realizar no teatro de Rio das Ostras, onde tudo começou, mas não fomos autorizados pela prefeitura, já que o teatro é público. Então conseguimos o Teatro Celso Peçanha”, lembra Bruna. A noiva desceu em um balanço do alto do teatro e as alianças foram entregues por uma bailarina que dançou desde a plateia até o palco. “No princípio as famílias estranharam um pouco. Meu pai, que achei que fosse ficar um pouco chateado por não entrar na igreja comigo, foi o que mais se divertiu e emocionou”, diz Bruna. Alguns casais são de religiões diferentes ou apenas não fazem questão de uma celebração religiosa e optam por ritu-

ais que podem ser realizados por qualquer pessoa, até mesmo um familiar. Foi o que aconteceu com Ceci Miranda e Lucas Magrani. “Eu não sou católica, não conseguia me imaginar de branco, véu e grinalda, dizendo aquele texto tradicional e, depois, tirar foto de mesa em mesa com todos os convidados sem aproveitar a minha festa”, explica Ceci. “Eu também não fazia questão de ter um casamento tradicional, o que me fez escolher outro jeito de celebrar a união”, completa Lucas. O casal, aliás, trocou alianças de noivado em lugar bastante diferente: um supermercado. O casamento aconteceu em uma cerimônia com um ritual Celta e Ceci explica como aconteceu. “Minha tia sugeriu e conduziu a cerimônia, que consiste em um ritual chamado de ‘Handfasting’, um termo inglês que significa ‘atar as mãos’. Durante a cerimônia nossas mãos foram atadas, representando a união entre nós. Ela ainda complementou com outras ideias, como a benção dos pais e a homenagem dos padrinhos para os noivos. Além disso, tivemos surpresas dos artistas presentes e um ‘flashmob’ ensaiado por mim e meu grupo”. Todos tiveram participação na cerimônia, o que deixou a celebração mais emocionante. “Apesar de nossos convidados serem apenas familiares e amigos íntimos que já imaginavam que não faríamos um casamento tradicional, todos elogiaram a ornamentação, os rituais, o buffet e principalmente os padrinhos, que tiveram um papel fundamental no ritual”, afirma Lucas. Casar com estilo é isso! Seja em cerimônias simples ou mais elaboradas, o importante é que o casal seja feliz e tenha sempre boas recordações da data especial! revistaon.com.br

129


UMA ILHA DE FESTAS E EVENTOS FOTOS dIVULGAção

o lugar ideal para suas comemorações está em um paraíso bem perto do centro de Três Rios

H

á mais de cinco anos, a Ilha di Capri, em Três Rios, oferece um espaço com padrão de qualidade para quem busca o lugar ideal para realização de festas e eventos. O moderno e elegante espaço une conforto, sofisticação e segurança. Embora a Ilha di Capri seja reconhecida há muitos anos como um refúgio para os trirrienses, foi nos últimos anos que a casa de festas localizada nela ganhou novos ambientes que proporcionam novas possibilidades para a realização de festas de casamentos, aniversários, formaturas, eventos corporativos e muito mais! “Temos um ambiente raro aqui, já que estamos localizados em uma ilha, onde há bastante contato com a natureza em um local reservado e com total segurança”, conta a administradora do local, Adriana Saidler. Vale ressaltar que a casa de festas tem um amplo estacionamento para acomodar veículos de todos os convidados. 130 Revista On Outubro & Novembro

o paisagismo e o charme da Ilha formam a moldura perfeita para que o evento seja inesquecível Além do contato com a natureza, o paisagismo e o charme formam a moldura perfeita para que o evento seja inesquecível. Os casais que optam por uma cerimônia de casamento ao ar livre, também encontram na Ilha o lugar certo, já que possui um lindo gazebo, dando um toque especial à data. Além disso, fotos na fonte eternizam os momentos maravilhosos das festividades. Os noivos contam, ainda, com local reservado para descanso e preparação antes da festa. A Ilha di Capri tem três ambientes que atendem todos os gostos e demandas. O salão principal conta, inclusive, com um palco, que pode ser utilizado por palestrantes, transformando o local em ambiente ideal para ministração de cursos, palestras e apresentações corporativas.

“Estamos preparados para receber qualquer tipo de evento corporativo. Nosso salão é amplo e comporta um grande número de pessoas”, acrescenta Adriana. Com ótima localização e pronta para oferecer o espaço certo para realização de eventos, a Ilha di Capri apresenta sempre inovações e você é convidado especial a conhecê-las. “Diferente de outras casas de festas, aqui há constante evolução a fim de atender melhor o cliente”, finaliza Adriana.

Avenida Zoello Sola, 1.117 Triângulo – Três Rios/RJ (24) 9247-2133


revistaon.com.br

131


132 Revista On Outubro & Novembro


COOL MODA

Fernanda Eloy fernanda.eloy@hotmail.com.br designer de moda e proprietária da marca Fernanda Eloy e do blog de moda www.sushidechocolate.com FOTOS SHUTTERSToCK

TREND PREVIEW As tendências da coleção Primavera/ Verão 2014 apresentadas em Nova York

N

o mês de setembro, tivemos as semanas de moda internacional, a chamada Fashion Week. Eu, claro, acompanhei todos os desfiles e compartilho com você as principais tendências que pude notar nos desfiles de Nova Iorque das marcas mais conceituadas. Enquanto as fashionistas apostaram no preto para comparecer à semana de moda de Nova Iorque, as passarelas apontavam um novo caminho, o Branco Total. A cor foi usada dos pés à cabeça, apareceu em praticamente todos os desfiles da temporada Fashion.

O

s tons sorbet, também conhecidas como tons pasteis, despontam como tendência para o verão 2014. Esses tons adocicados não irão dar trégua na moda e aparecem tanto em looks sexy como em linhas esportivas. Para atualizar o visual, a ideia é investir na coloração lavada da cabeça aos pés, como bem mostraram as passarelas.

Fashion Week

S

e depender dos desfiles, o sexy do verão já tem forma definida, as fendas. Elas vem nas mais variadas versões, indo de pequenos recortes mais discretos até os mais profundos e poderosos. E enganam-se aquelas que acham que o recurso é apenas para o estilo femme fatale, mas um estilo mais comportado também foi destaque na temporada.

Já podemos aderir essas tendências ao nosso guarda roupa! revistaon.com.br

133


COOL MODA

O CHARME DOS CURTOS POR TATILA NASCIMENTo

SUPERVISÃO FREdERICo NoGUEIRA

FOTOS ARQUIVo PESSoAL

Cabelos compridos sempre foram associados à feminilidade. Antigamente, ter cabelo curto era uma opção somente quando as mulheres chegavam à terceira idade e, até mesmo, considerado um corte masculino. Hoje em dia, essa realidade mudou e é fácil encontrar jovens adeptas aos cortes curtinhos. Eles deixam a mulher mais moderna, valorizam o rosto e deixam o look mais leve. Há quem diga até que rejuvenesce!

E

stá mais que provado que cabelo curto está na moda. As famosas, que sempre ditam moda, estão abusando dos mais variados tipos de cortes curtos. Nas ruas, é normal encontrarmos jovens que decidiram fazer uma mudança radical no visual. Pollyanna Mota, de 32 anos, é uma que se rendeu ao encanto do cabelo curto. Ela afirma que cortar o cabelo foi uma das melhores opções já feitas. Segundo ela, cabelo longo exige tempo para mantê-lo bonito e, depois que se tornou mãe pela segunda vez, o tempo livre ficou raro. Ela relata que o corte foi inspirado no cabelo da atriz Camila Pitanga. “Sempre tive cabelo longo, mas chegando aos 30, decidi que queria mudar. Foi difícil, porém resolvi fazer algo diferente e aceitei a ideia de cortar igualzinho ao da atriz. Procurei um bom profissional e me apaixonei pelo corte”, conta. Ela comenta, ainda, que não pretende deixar o cabelo voltar a ser longo. Já Deisiane Abreu, 21, optou pelo corte pela segunda vez. “Busco sempre algo que me faça feliz e que me traga ideias e sensações novas. O corte de cabelo, no caso, veio acompanhado de uma nova fase de vida, de novas perspectivas e olhares”, afirma. A jovem relembra que instantaneamente as pessoas a chamaram de ‘louca’, mas que com o tempo gostaram. “No começo, me faziam girar para olhar melhor 134 Revista On Outubro & Novembro

e acabavam gostando”. Sobre o corte, diz que inicialmente foi feito em um salão, mas afirma que acabou dando um toque pessoal. “Cheguei ao salão e disse que queria um corte curto. Porém, quando voltei para casa, acabei pegando a tesoura e finalizei do meu jeito, e essa ideia permanece até hoje”. Segundo o cabeleireiro José Carlos Dotta, o ‘Tal’, o cabelo curto nunca sai de moda. Ele afirma que não existe moda de cabelo comprido, o que existe é moda de cabelo cortado. Portanto, o

Há oito anos, Camila Schyneyder mantém o cabelo curto. A cabeleireira, que antes tinha o cabelo até a altura da cintura, afirma que a mudança aconteceu aos poucos. “Inicialmente, cortei por ele estar muito agredido em consequência de mudanças impensáveis. Fui cortando devagar, até que um dia, radicalmente, pedi à cabeleireira que cortasse bem curtinho”. Aos 24 anos, ela afirma não ter a intenção de deixá-lo crescer. “Não consigo me ver de cabelo longo novamente, já me acos-

“o corte de cabelo, no caso, veio acompanhado de uma nova fase de vida, de novas perspectivas e olhares”, afirma Deisiane

cabelo vai estar sempre na moda. Mas alerta que não é qualquer tipo de corte que fica bem em todas as pessoas. De acordo com o cabeleireiro, é necessário, primeiramente, avaliar o formato do rosto, a estatura e o tipo físico da pessoa, pois existe um “curto” para cada tipo de rosto. Ele relata que o cabelo tem que estar sempre cortado ou pode perder a forma, e aconselha realizar o corte a cada dois meses.

tumei com ele mais curtinho, acho que combina mais comigo”. Em relação ao tratamento, ela afirma que cuidados são indispensáveis quando o assunto é mudança de visual. Para ela, cabelos curtos sempre dão menos trabalho, porém o cabelo requer tanta paciência e cuidados quanto um cabelo longo. “Uso os melhores produtos e as melhores marcas para ter o resultado de um cabelo sempre com aspecto de saudável e bonito”.


POLLYANNA Ela afirma que cortar o cabelo foi uma das melhores opções que já fez REVISTA oN

DEISIANE A jovem relembra que instantaneamente as pessoas a chamaram de louca

CABELEIREIRO Carmindo Guimarães diz que não existe uma regra quando o assunto é corte de cabelo

CAMILA A mudança aconteceu aos poucos e há oito anos mantém os fios mais curtos

É natural pensar que cabelos curtos têm cuidados mais facilitados, mas o cabeleireiro Carmindo Guimarães afirma que o maior erro da mulher acontece quando ela acha que, por ter o cabelo curto, não precisa de tratamento constante. Ele diz, ainda, que não existe uma regra para escolher o corte, já que na maioria dos casos o corte vai depender do caimento e da quantidade que a pessoa tem de cabelo. “Tem que ser avaliado o conjunto rosto, cabelo, movimento e forma”. Para quem tem um cabelo cache-

ado, o profissional aconselha usar uma pomada para definir as pontas, o que, segundo ele, dará acabamento e caimento melhor aos fios. Já para pessoas com cabelos lisos, é indicado que seja feito acabamento com uma escova de ferro nas pontas, fazendo uma virada de leve. Em todos os casos, é preciso tratar frequentemente, hidratar semanalmente, usando máscaras, e, acima de tudo, sempre procurar bons profissionais capazes de contribuir com a mudança de visual e iniciar a nova fase. revistaon.com.br

135


ESTILO E

SOFISTICAÇÃO FOTOS dIVULGAção

Luna Fashion apresenta novas coleções e tendências em lojas aconchegantes em Paraíba do Sul

A

Luna Fashion, em Paraíba do Sul, apresentou a nova coleção no final de agosto e as peças estão à sua espera! Com muito estilo e sofisticação, a coleção aposta em cores cítricas, tons de amarelo, verde, rosa e azul. Segundo a empresária Luciana Barros, o amarelo e o branco são cores em alta e o blazer acompanhado de peças assimétricas também é tendência. Ela acrescenta outros itens da moda: peças despojadas, pérolas, roupas detonadas, desenhos étnicos, transparências em tule, shorts e calças com detalhes rasgados. Embora a Luna Fashion do Centro de Paraíba do Sul tenha apenas um ano, a marca já existe há 11 anos. A relação de Luciana Barros com a moda surgiu ainda na infância e com 13 anos começou a trabalhar com roupas. Com 15, abriu a primeira loja, chamada Luciana Modas; aos 17, montou uma pequena loja na garagem de casa e, quando mudou-se para o Rio de Janeiro para cursar Moda, criou a marca Luna Fashion. No retorno, nasceu a Luna Fashion da Rua das Palhas. “Tudo o que tenho hoje conquistei com a ajuda do meu pai, Dr. Cid da Mota Barros, e da minha mãe, Dirlene Carvalho Barros. Eles sempre me ajudaram muito, tenho um apoio muito grande em tudo”, conta Luciana. Inaugurada em abril de 2012, a Luna Fashion do Centro foi decorada por Luciana, que também é design de interiores. O espaço simples e vazio foi transformado em uma loja com estilo romântico, sofisticado, charmoso e muito aconchegante. A Luna Fashion tem

modelos exclusivos e uma variedade de cores disponíveis, além de ser representante exclusiva das marcas Antix, Mural e Trama. Duas vezes por ano há o lançamento de nova coleção, sempre com coquetel para os clientes e amigos. Já a Luna Fashion da Rua das Palhas é um outlet que oferece descontos de 30% a 40% nas peças. O caminho arborizado que leva à loja faz você ter certeza de estar no mundo dos sonhos. A primeira loja da marca trabalha com peças das coleções anteriores, que já saíram das vitrines da segunda loja. Com uma equipe capacitada e atenciosa, o atendimento personalizado na Luna Fashion é outro ponto que agrada e conquista novos clientes. Faça uma visita e conheça a nova coleção! As lojas funcionam de segunda a sexta, entre 9h e 19h. Aos sábados, a loja do Centro funciona até às 17h e o outlet até Às 14h. Com agendamento, também é possível conhecer as peças em horários especiais.

Loja 1 Av. Prefeito Bento Gonçalves Pereira, 368 Rua das Palhas - Paraíba do Sul/RJ (24) 2263-5589 Loja 2 Praça Garcia, 56 Centro - Paraíba do Sul/RJ (24) 2263-0040 Facebook.com/lunafashion


COOL BELEZA

PINTANDO MODA POR TATILA NASCIMENTo

SUPERVISÃO FREdERICo NoGUEIRA

FOTOS ARQUIVo PESSoAL

Elas vão das mais simples às mais detalhadas. Algumas são discretas, outras chamativas. Unhas decoradas se tornaram essenciais em todos os salões de beleza e, é claro, na vida das mulheres. A moda rapidamente se espalhou no mundo feminino e chegou à região.

Q

uando o assunto é decoração de unhas, as opções são amplas. Na internet, por exemplo, há inúmeros tutoriais que ensinam técnicas e passam muitas dicas e praticamente todos os salões de beleza têm manicures especializadas nesta arte, que sempre

estão em busca de novidades. A manicure Liara Granadeiro trabalha com decorações em unhas há quatro anos, atende clientes de todas as idades. Afirma que elas adoram as decorações, procuram sempre inovações e não conseguem ficar uma semana sem fazer. Segundo ela, as unhas de

“oncinha” e “cup cake” fazem muito sucesso. Ainda de acordo com Liara, a decoração nas unhas pode durar uma semana, dependendo das atividades que a pessoa realizar. A estudante Thaisa Piza, de 22 anos, decora as unhas há um ano e meio e, embora tenha preferência por laços e revistaon.com.br

137


COOL BELEZA

oncinha, diz que gosta de diversificar. “Algumas vezes escolho desenhos diferentes e em outras prefiro os mais básicos, depende da semana. Em algumas ocasiões, quando tenho um lugar específico para ir, aproveito e escolho um desenho apropriado”, diz. Thaisa conta que busca novidades na internet e expõe suas unhas no perfil da rede social. Taís dos Santos, 19 anos, moradora de Paraíba do Sul, também é adepta da decoração de unhas e relata sempre cuidar delas. Segundo a jovem, no início fazia decorações mais simples, mas há dois anos abusa dos mais variados desenhos e formas. Taís conta que faz as unhas toda semana, mas, se pudesse, faria diariamente. “Gosto de andar com unhas diferentes. Adoro unhas decoradas, são cheias de charme e dão aquele toque artístico”, afirma.

1 Após cutilar as unhas, aplicar a base e, logo após, duas mãos de esmalte preto

2 Em seguida, dê duas pinceladas, afastadas uma da outra, sobre o esmalte preto ainda molhado

3

Praticamente todos os salões de beleza têm manicures especializadas nesta arte

A manicure Thais de Souza, que trabalha há um ano no ramo, além de estar sempre à procura de novos modelos, também cria desenhos próprios. Segundo ela, a inspiração surge nos dias que está mais feliz. “Já tenho mais de 20 desenhos meus que surgiram naturalmente”, diz. Thais conta que atende, na maioria das vezes, crianças e adolescentes, entre cinco e 18 anos. Ela afirma que esta é uma faixa etária muito divertida e relata que existem clientes de vários perfis. “Na maioria das vezes chegam com modelos extraídos da internet, mas existem as que preferem as mais simples e as que gostam das que chamam mais atenção. Há também as indecisas, que nunca sabem o que fazer”, completa. Para as mulheres que optam fazer as unhas em casa, uma opção para decorá-las, são os adesivos. Geralmente são mais rápidos e práticos para aplicação 138 Revista On Outubro & Novembro

Com um palito de ponta fina, faça riscos no esmalte, ainda molhado, dando assim um efeito marmorizado

4 Faça em todas as unhas, sempre na mesma direção

5 Passe uma mão de extrabrilho, depois de pronto

6 Limpe todos os dedos

7 Passe o óleo secante

8 Unhas finalizadas


REVISTA oN

e podem ser colados em qualquer lugar ou hora. São adquiridos em lojas de cosméticos e também pela internet. A atriz Rouse Santana diz que, pela praticidade, prefere os adesivos. “Compro pela internet, são muito mais práticos. Faço do jeito que me agrada e com várias combinações. Geralmente pinto todas as unhas e o coloco somente em um dedo, sempre combinando com a cor do esmalte”, conta. Uma técnica que tem sido muito utilizada é a do “adesivo de caixa de leite”, que podem ser feitos com bastante facilidade em casa. Basta pegar uma caixa de leite vazia, abrir e, na parte metálica, passar uma camada de base e esperar secar. Logo após, a pessoa deve desenhar por cima da base, com esmalte, o que desejar. Quando secar, é necessário passar outra camada de base e esperar secar novamente. Após o processo, é só retirar a película da caixinha e aplicar na unha. A aposta para a próxima estação, de acordo com a manicure Thais de Souza,

PARAÍBA DO SUL A moda das unhas decoradas invadiu os salões de beleza da região

MANICURE Thais de Souza, além de estar sempre à procura de novos modelos, também cria os próprios desenhos

são as variações em preto e branco. Segundo ela, são duas cores que combinam e que possibilitam criar inúmeras decorações, mas garante que a “francesinha” tem o lugar garantido entre as unhas preferidas da mulherada, pois combina com

tudo. Para as crianças, afirma que os desenhos de animações continuam como os mais pedidos. Quer aprender a fazer unhas decoradas? Thais mostra o passo a passo nas imagens ao lado para você começar e não parar mais!

revistaon.com.br

139


ACONTECEU

CORES E

MUITO ESTILO FOTOS REVISTA oN

Fauzi lança coleção que agrada todos os gostos e oferece peças de conceituadas marcas em Três Rios


A

estação das flores acaba de chegar, cheia de cores e muito sol. Para acompanhar os tons e a alegria com estilo, a Fauzi apresentou a coleção Primavera/Verão 2014 com peças incríveis que encantaram os clientes, amigos e visitantes que foram até a loja. Roupas cheias de estilo que abusam da elegância, com marcas já conhecidas como Cantão, Dudalina, M.Office, entre outras. Além das estampas e cores presentes nas novas coleções, as peças trazem algo a mais, já que estão ainda mais despojadas, com toques especiais que prometem agradar mulheres de todas as idades. A coleção Primavera/Verão pode ser conferida na Fauzi, que fica no Shopping Américo Silva, em Três Rios. São centenas de peças para gostos distintos e aprimorados. Sob nova direção, a Fauzi aproveita o trabalho já desenvolvido, que as clientes conhecem, e dá um toque extra de sofisticação, trabalhando com muito carinho para garantir qualidade e melhor atendimento. Pensando nos clientes, a partir de outubro a Fauzi acrescenta as linhas masculinas da Dudalina às vitrines para atender pais e filhos com muita elegância. As peças serão incorporadas à coleção para o Natal. “Agregamos novas marcas, como Maria Filó e a Enjoy, que tem roupas elegantes e românticas para a mulher madura e que sabe o que quer. Além da Eva, grife feminina da Reserva”, explica a empresária Daniela Obeica. No evento de lançamento da coleção, os clientes e amigos foram recebidos com champanhe e boa música por Daniela e pela equipe da Fauzi. Nas fotos você pode conferir os registros de quem passou pela loja e algumas peças incríveis. Um brinde ao bom gosto e à elegância!

Fauzi Três Rios (24) 2252-6938 Rua Barão do Rio Branco, 303 - Loja 33 Shopping Américo Silva


COOL COLUNA SOCIAL

TRIRRIENSE TOMA POSSE NO INSTITUTO HISTÓRICO DE PETRÓPOLIS FOTOS PEdRo oCTAVIo

Cinara Jorge participou de cerimônia realizada na Casa Cláudio de Souza e tornou-se membro do IHP

Pedro Octavio C. Quintella 34 anos de colunismo social

Como colunista social, já participou de “o Cartaz”, “diário de Três Rios”, “Jornal Arealense”, “Jornal de Areal”, “Tribuna Post” e “Bafafaetc”. Atualmente assina uma coluna para o “Entre-Rios Jornal” e para o portal Revista on. Comanda um programa diário na 87,7 FM.

O

mundo intelectual da Cidade Imperial se reuniu no dia 12 de agosto na Casa Cláudio de Souza, do Instituto Histórico de Petrópolis, para prestigiar e aplaudir a posse de seus novos membros: como sócios honorários, Dom Manuel de Bourbon de Orleans e Bragança e Ronaldo Pereira Rego e como membros associados correspondentes, Cinara Maria Bastos Jorge Andrade do Nascimento e Cláudia Witte. Presentes, o comandante do Grupamento do Interior do Corpo de Bombeiros, coronel Paciência; o presidente do Instituto, Luiz Carlos Gomes; o comandante do 32º BIMTZ Batalhão Dom Pedro II, tenente coronel Getúlio Mattos Ribeiro Netto; o diretor-presidente da Tribuna de Petrópolis, príncipe D. Francisco Humberto de Orleans e Bragança; príncipe Dom Pedro Carlos de Orleans e Bragança; os familiares da Cinara, José Pontes Fidelis, Haroldo Martins, as irmãs Ceres e Lolinha, os filhos Ciro e Roberta, com o marido, Luciano Pereira da Silva e o filho Danilo; a presidente do Colégio Brasileiro de Genealogia, Regina Cascão Viana, Rosângela Ribas Florentino, Rejane Quintella e

PERSONALIDADES Príncipe Dom Manuel de Orleans e Bragança, princesa Cristina de Orleans e Bragança e Fernando Costa 142 Revista On Outubro & Novembro

NOVOS MEMBROS Ronaldo Rego, Cinara Jorge do Nascimento, Dom Manuel de Bourbon de Orleans e Bragança e Cláudia Witte

Christina Wandalsen Fahram, entre outros. O diretor do cerimonial, Fernando Costa, foi o mestre de cerimônias, como sempre impecável. Comemoração

As atenções da sociedade trirriense estiveram voltadas no dia 30 de agosto para a comemoração dos 25 anos da fundação da HWJ Engenharia, que tem no comando os engenheiros Hélio Gomes de Moraes, Waldir dos Santos Júnior e José Roberto de Oliveira Costa que, em grande estilo, receberam na Ilha di Capri para comemorar, com coquetel seguido de jantar. Entre outros presentes que foram cumprimentar os empresários estavam presidente da Câmara, Joacir Bargaglio, Paola e Carlo Sola, Fernanda e Sauro Sola, Tânia e João Augusto Figueiredo da Rocha, Rositânia e Mário Destro, Regina e Betinho Barbosa, as irmãs Maria Elisa e Betinha Rocha, Micheli e Josimar Salles, Ronilda e Irineu Cheohen Guedes, Rita Gomes e Abrahão Barbosa, Simone e Raul Nunes Filho, Lecy e Zezinho Nunes, Titina e José Michel Farah.


Apae Três Rios

Durante o Centro Sul Negócios, realizado em Três Rios, a atriz Nívea Stelmann, da TV Globo, realizou noite de autógrafos do livro “Dedo Podre”. Lançado em abril, o livro é inspirado em fatos reais e escrito junto com Lua Veiga sobre os fantasmas dos fins de relacionamentos. Nívea é de Paraíba do Sul e tirou fotos com fãs na feira. Ela estava na companhia dos pais, Janice e Francisco Leôncio.

Durante os desfiles de 7 de Setembro em Três Rios, o prefeito Vinicius Farah, falou sobre o decreto que aumenta o repasse para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais. O presidente da instituição, Elder de Matos Ázara, participou da assinatura do termo aditivo. Por meio da Secretaria do Idoso e da Pessoa com Deficiência, a prefeitura passa a destinar mensalmente R$ 18 mil.

LANÇAMENTO Nívea Stelmann com os pais, Janice e Francisco Leôncio

ASSINATURA Prefeito Vinicius Farah e Elder Ázara no desfile de 7 de Setembro

Inauguração

Voo Livre

O expert em cerimonial Flávio Barbosa agitou a noite trirriense na inauguração do Espaço Flávio Barbosa. Entre os convidados, estavam o apresentador do Canal 5 Luiz Cesar e Bernadete Mattos, ambos colunistas da Revista On, e Sueli Santiago, que aparecem no click na hora do tim-tim.

# Luiz Francisco Azevedo, montando Ocre de Villers foi o grande vencedor da 12ª edição do Concurso Hípico de Inverno do Haras Massangana que foi realizada na Posse. # O médico Cláudio Merotto Aguiar, uma referência em angiologia na região, é o mais novo membro da Sociedade dos Cirurgiões Vasculares dos Estados Unidos. # Sicomércio ofereceu simpático coquetel durante o Centro Sul Negócios para as sócias da Associação Internacional das Mulheres Empreendedoras de Três Rios. # Durante o Fórum Estadual de Segurança, que aconteceu em Friburgo, o tenente coronel Quinhões, comandante do 38º BPM, recebeu elogios pelo exemplar trabalho que vem realizando nos municípios de Três Rios, Paraíba do Sul, Areal, Levy Gasparian e Sapucaia. Também presentes, a delegada Cláudia Abbud e o secretário de Ordem Pública, Alexandre Mansur.

dIVULGAção PMTR

Autógrafos

FESTAS Flávio Barbosa entre Luiz Cesar, Bernadete e Sueli

revistaon.com.br

143


COOL CHECK-IN

A TRANSFORMAÇÃO DE UM

DESERTO EM METRÓPOLE FOTOS ARQUIVo PESSoAL

Uma transição do antigo para o moderno, do passado milenar para um futuro sem limites. Isso é dubai! Um dos sete emirados que compõe os Emirados Árabes Unidos e que em menos de 20 anos teve uma transformação econômica e estrutural inigualável. A estrutura física construída em torno de uma área desértica, a princípio nada favorável a qualquer tipo de projeto, é digna do conceito superlativo e foi quem abriu as portas para novos investimentos estrangeiros e para uma atividade turística grandiosa e muito bem explorada. Em dubai, tudo o que se pode imaginar, pode se realizar. Pode acreditar!

Ida ao parq cidade vizinuheada Ferrai, na de Abu Dhabi junto ao Tarde de comprasJu or Borsato anfitrião e amigo ni 144 Revista On Outubro & Novembro


N

ão se trata de mais uma região com desenvolvimento fenomenal, diria que estamos falando do grande fenômeno arquitetônico do último século. Chega a ser inimaginável pensar que tamanha estrutura foi erguida nos últimos 20 anos, ainda mais se tratando de um deserto. A primeira impressão que temos ao chegar ao centro moderno de Dubai é de um filme futurístico abordando cenários que somente computadores poderiam reproduzir. É quase que inimaginável entender como aquela estrutura de cidade foi desenvolvida e trabalhada por mãos humanas. Tudo é extremamente grande, de formatos no mínimo exóticos, compostos por traços tão inovadores que desafiam a engenharia moderna. Você vai me perguntar de que maneira tudo isso foi possível. Esse crescimento teve um preço alto e foi possibilitado primeiramente pela exploração maciça de petróleo na região, tendo sido ajudada

nos últimos anos pela chegada de grandes investimentos estrangeiros na cidade, provenientes de uma política de incentivos a operações estrangeiras e, ainda, por um boom no turismo, que cada vez mais se estrutura e gera frutos maravilhosos a Dubai e emirados adjacentes, como Abu Dhabi. Em uma pequena volta pela cidade é possível entender o significado real de grandiosidade. Ver o maior prédio do mundo, conjuntos de ilhas que simulam uma palmeira e os cinco continentes, o maior shopping center já desenvolvido, contando com uma pista de ski artificial indoor, o maior sistema de metrô automatizado do planeta e ainda um grande lago artificial que tem espetáculos de água pra ninguém botar defeito. Esses são apenas alguns dos superlativos de Dubai [e eu poderia citar aqui pelo menos mais uns dez]. Acabei conhecendo esse paraíso na oportunidade de visitar um grande amigo, o Junior Borsato, que trabalha em um projeto do governo dos Emirados Árabes

revistaon.com.br

145


COOL CHECK-IN

Tarde de caiaque no complexo Wadi Adventure

146 Revista On Outubro & Novembro

ministrando aulas de Jiu-Jitsu para jovens e crianças locais. Tive o prazer de me mandar para Dubai junto a outro amigo e companheiro de viagens, o Diogo Vaz, e tivemos lá grandes dias entre amigos. Um lugar que já seria bacana conhecer como “turistão”, se tornou mais interessante ainda aproveitando a estrutura local que o Junior já estava inserido e que nos apresentou com toda a boa vontade de um anfitrião. Por fim, conhecemos bastante além de Dubai, tendo explorado também a capital Abu Dhabi e seu distrito Al Ain. Como atrações imperdíveis e sugeridas, destaco algumas. Conhecer a Palm Island, uma ilha artificial que tem formato de uma palmeira e é um dos famosos pontos turísticos da cidade; subir o Burj Dubai, que nada mais é do que o maior prédio do mundo, e apreciar uma vista impressionante da cidade; ir até o calçadão do canal Creek, que divide a cidade ao meio, e ver de perto a mistura de construções modernas com construções históricas; esquiar no Ski Dubai e

entender como se construiu uma grandiosa estação de ski dentro de um shopping center no deserto; adentrar o Dubai Museum para se informar um pouco sobre a cultura e os hábitos daquele povo; tirar fotos em um dos pontos mais fotografados dos emirados, a Mesquita Jumeirah; percorrer os desertos em um Jeep 4 x 4; passar uma tarde no Gold Souk, o imenso mercado de ouro com aproximadamente 350 lojas; e, por fim, conhecer o Burj Al Arab, o luxuoso hotel que tem formato de uma vela, inspirado em um barco árabe. Essa viagem me fez entender como projetos bem elaborados e trabalhados podem sair do papel. Por mais fácil que pareça se estruturar com o incontável dinheiro que o petróleo fornece, ali houve um planejamento, uma execução em tempo perfeito e acima de tudo um sonho comprado. Aos leitores da Revista On, fica ai o meu convite a desbravar essa região que desafia a lógica e transcende todos os limites da engenharia.


Dubai /Emirados Árabes Região Costa sul do golfo pérsico População 1,7 milhão de habitantes Área 4.114 km² Moeda Dirham Língua Árabe Temperatura Média Anual 25°C Site www.dubaitourism.ae

Quando ir De novembro a março, quando as temperaturas estão mais amenas e há possibilidade de curtir os espaços e atrações ao ar livre. Como chegar Voando Tap (flytap.com) via Lisboa por R$ 3.955. Com a British Airways (britishairways.com), a passagem fica em torno de R$ 4.008, com conexão em Londres. Onde ficar Estudios Nuran Marina Serviced Residences, localizados na marina de Dubai e próximos a praia, diárias a partir de R$ 470. Indico ainda o Hotel Radisson Blu Dubai Media City, localizado no coração da cidade, com diárias a partir de R$ 440.

Onde comer Indico o restaurante Bastakian Nights (Al Fahidi Str. Bastakiya), com especialidade em comida árabe e ambiente romântico com vista para o Creek; e ainda o restaurante At.mosphere, localizado no centésimo vigésimo segundo andar do Burj Khalifa, que serve comida contemporânea e tem uma vista da cidade valiosa. O que fazer Subir até o último andar do Burj Dubai, o prédio mais alto do mundo, para apreciar a vista da cidade de uma altura de aproximadamente 800 metros e sugiro, ainda, praticar Ski e Snowboard no Ski Dubai, uma pista de ski indoor artificial alucinante, montada dentro de um shopping center. Acredite se quiser! Antes de viajar Turistas brasileiros necessitam de visto de visitante para entrar no país. Esse visto pode ser solicitado junto ao consulado dos Emirados Árabes no Brasil ou conseguido por empresas que atuem nos ramos de turismo, aviação e hotelaria e que estejam localizadas nos Emirados Árabes. Quem Leva A empresa betrip solução em viagens. Para maiores informações sobre roteiros, datas e valores, seguem os contatos: www.betrip.com.br e (24) 8829-2645.

Aos pés do localiza o g Burj khalifa, onde rande lago s artificial e revistaon.com.br

147


COOL CARTÃO POSTAL

A BARCELON CA DA EUROPA IO R A C IS A M E D A CIDA RAPO POR DIEGO

SO

DIEGO CONTATO@

RAPOSO.CO

M

inais. Não se galerias e lojinhas orig s, do la da ba s re ba o Museu Picasso. aia, calor, gente jovem abe aquele clima de pr e Barcelona, segunda esqueça de visitar na onda artística, vá Continuando Catalunya). e animada? É assim qunha e a maior metrópoeu Nacional de Arte dam sua praia, us pa (M Es C da A N de M da ci ao or ai m neo, encanta todos. e românica não fore le da costa do mediterrâece pelo Park Güell, Se artes gótica Caixa Forum, um centro cultural com e vá ao Para entrar no clima, dí e, de quebra, você terá passe reto sima. Depois, suba para espiar a arena au rís . G ei famoso pela obra de dade. Depois, desça de metrô de prim , com a famosa pira das Olimpíadas de 92 , uma vista linda da ci cia, a avenida mais linda e Olímpica a Fundació Miró, outro museu imperdível até o Passeig de Gràsite as duas louquíssimas ca- Siga parae o passeio no Castelo de Montjuic. s chique da cidade, e vitlló, também de Gaudí. Você e termin onde está a comida espanhola que todo Mas rtes, restau sas La Pedrera e Ba ouvir sobre ele. De lá, ainda o pode perder o 7 Poola e famoso nã ê oc V e ? r m la ve fa de ar a, míli espanh vai cans i , vá até a Sagrada Fa dicional de comida no espírito de Gaudí a que está em construção e rante traellas, arroz negro e afins. Você não va a igreja diferentíssimação. No fim da tarde, sente- pelas pa embora! sem data para finaliz da Rambla Catalunya (a irmã querer ir ite que Barcelona pega fogo! A cidade”, É à no gue nas “tapas -se em um dos cafés para descansar as pernas e bares e boates. Se joas. Se você prode da a) ta bl lo m é Ra da ol chique “comidinhas” espanh olhar o vai e vem. mbla até cansar, curtindo as famosas bar mais simples, tipo uma taverna, vá Suba e desça a Ra es e as bancas de flores. cura um Negra, que fica no bairro Gótico, está e ntor estátuas vivas, os pi restaurante que adoro, o La ao Ovellalotado e as especialidades são sangria r É nela que tem um do e comidinhas orientais. sempre s (pipoca). Mas, se você quer um bao Xina, com decor lin rceloneta para ver o mar e palomitaas” mais chic e com uma vista de tirar o de “tap fica no terraç Siga em direção a Ba a. Se você estiver a fim abela é o lugar. Ele egante e é bom Is on el La rc , Ba go le de fó a im cl vá o to, sentir decoração el praia e quiser confor do Hotel 1898, tem bém o Dry Martini, famoso de passar um dia na hotel W. serva, ou tam er ao Salt, beach-club doria, entre na Carrer Ferran e fazer re us coquetéis. Depois disso tudo, se estiv nMar, ela fu Se você curte histó Gótico. Perca-se sem pres- pelos se perca a boate Opium is vira balada, o nã o o, irr ad Ba im no an e -s he rta po al, cu e de embren bocas, entre na catedr do como restaurante osa por suas vielas e bi o é cheio de segredos e his- ciona ce ande e com gente variada, chic e o “d ! irr gr cada pracinha. O ba eio pelo Born, o filé mignon muito não dá mole! Então capriche no visual tória. Continue o pass o de restaurantes charmosos, ormate” da Cidade Velha, chei

S

148 Revista On Outubro & Novembro


revistaon.com.br

149


COOL dIÁRIo dE BoRdo

Peru

Capital Lima Área 1.285.220 km² População 29,5 milhões Moeda Novo Sol Nacionalidade Peruana Idiomas Espanhol, Aimará e quíchua

Quando ir

Melhor época é o verão, pois o país é muito frio Como chegar

De avião. Buscar passagens na internet é muito bom, mas comprei mais barato e com mais segurança em uma agência em Três Rios. É mais fácil trocar passagem e se comunicar em caso de urgência. Onde comer

A própria pousada ou os restaurantes locais oferecem comidas deliciosas. O que fazer

Ilhatur, passeio de barco, PlanaSub, batismo de mergulho, trilhas, alugar um buggy, enfim... todos os passeios que a ilha oferece valem a pena! Dicas para viagem

Leve sempre papel higiênico, pois é totalmente pessoal e não é encontrado em nenhum lugar. Leve o seu com você.

150 Revista On Outubro & Novembro

as

rm Praça de A

A missão de Leandro Marcelino

M

eu nome é Leandro, sou evangélico, membro da igreja Metodista do Purys, em Três Rios, e fui enviado durante uma semana para um trabalho missionário no Peru, junto com Raquel Jollo e mais 34 jovens de todo Brasil, com o objetivo de levar palavras de paz, esperança e salvação, baseadas na Bíblia e nos costumes e fé cristã. Estive em três lugares muito especiais, cada um com suas características e particularidades. O primeiro foi Pedregal, um lugar muito pobre, com pessoas desconfiadas e fechadas. Achei estranho quando fui comprar comida nas bodegas (bar, mercearia). Todas ficam trancadas e compramos pela grade, assim acontece com todas as casas. Além da armadura montada em volta de todos os lugares, todas as casas têm no topo a bandeira do país, não por opção, mas por determinação do governo. Sempre que falamos do Peru, todos visam Machu Picchu, Cusco... Mas Lima, a capital do país, também tem suas belezas e curiosidades. Estar frente a frente com o oceano Pacífico é marcante. É lindo ver os barcos sumirem em meio à neblina que permanece todo tempo. Além de construções magníficas, a cidade é linda e conta com vários pontos turísticos. Tive a oportunidade de ver a banda nacional tocando em frente ao prédio onde mora o presidente. Seria lindo se não tivéssemos a brilhante ideia de sambar ao som da banda! Quando nos demos conta que todos tinham feito uma roda e estavam nos filmando, não tinha mais volta, mostramos que somos típicos brasileiros capazes de fazer festa em qualquer lugar do mundo.


Praรงa de S an

Martin

Igreja de

d

la Merce

revistaon.com.br

151


COOL DIÁRIO DE BORDO

Fiquei encantado com as crianças do país, todas muito atenciosas e muito carentes de amor e carinho. Lembro de estar tocando violão em uma praça pública em Chosica, o terceiro lugar que estive, e quando estávamos indo embora, um garoto me puxou pelas calças e pediu: ‘Sólo podía cantar una última canción’. Foi tão bonita a cena que juntamos os 34 jovens e cantamos junto com aquele menino que tanto nos contagiou com sua alegria. Quando estamos no Peru, sons de buzina e música são constantes. Se andar no país sem ouvir buzinas o tempo inteiro, de duas uma: ou você está surdo ou saiu do país e não se deu conta. Também fiquei maravilhado com os cachorros, de todas as raças, soltos na rua, com roupas e muito dóceis, independente de ser rottweiler ou dogue alemão. Fui conhecer as ruínas onde histórias marcantes são contadas. Nenhuma pedra foi colocada em vão, todas têm um sentido ou significado importante. Não posso deixar de falar da comida. Nós, brasileiros, temos uma variedade de alimentos gigante e, muito diferente do que vemos nos programas de

152 Revista On Outubro & Novembro

culinária, a maioria da população come arroz e frango. O prato é feito de diversas maneiras. Frango para eles é como feijão para nós, inclusive na churrascaria tinha frango na brasa. O melhor restaurante da cidade é o KFC (especializado em frango). A viagem foi maravilhosa e marcante, mas o propósito de ter ido naquele lugar foi muito mais importante. Sempre que viajamos para algum lugar adquirimos conhecimento, experiências, conhecemos novas pessoas e nunca deixamos nada para o país. Neste caso saímos de cabeça erguida e sensação de missão cumprida. Voltamos como pessoas muito mais amorosas que antes, com mais amor à vida e ao próximo, respeitando, doando, se abraçando. Quando abraçamos um peruano, demos a ele esperança de um mundo melhor, pois há pouco afeto no país, não é costume. Uma coisa todos devem saber: o povo peruano ama o povo brasileiro, em todos os lugares fomos bem recebido. Se um dia for ao Peru, lembre-se de abraçar um deles e mostrar que o Brasil não é só o país do futebol, mas é o país de pessoas que amam o próximo.

Raquel Jollo, com

panheira de viagem


Detalhe na Praรงa das A r

mas

s

a Praรงa das Arm

revistaon.com.br

153


COOL SABORES

Paella Valenciana

P

ara apresentarmos o prato desta edição, precisamos falar de onde ele surgiu e de sua história. Valência é a terceira cidade mais populosa da Espanha e localiza-se na costa do Mediterrâneo. É uma cidade muito antiga, sendo referenciada já no século II a.C. Com uma longa história, diversos museus e tradições populares, é uma das cidades mais conhecidas e visitadas no país. O prato surgiu entre os séculos XV e XVI na região de Albufera, lugar com grandes arrozais e grande produção de verduras frescas. Na origem, o prato popular criado pelos camponeses que partiam para o campo com a paella, arroz, azeite e sal e agregavam ingredientes da caça, legumes da estação e as sobras que possuíam. O tomate só foi acrescentado posteriormente, assim

como o frango, que era muito caro para os padrões da época. O prato é chamado paella devido à paellera ou paella valenciana, uma espécie de frigideira de ferro ou aço, onde são preparados vários pratos da culinária valenciana. O formato da paella favorece o cozimento do arroz por igual. Há diversas receitas, mas a autêntica paella valenciana é a união de vários alimentos característicos da região, como arroz, frango, coelho, pato, variedades de feijão, tomate, azeite e açafrão. Ocasionalmente, pode se adicionar alcachofras e caracois. Alguns também adicionam ervilhas. Em suas diferentes variações, encontram-se ainda as “paellas marineras” (peixe e frutos do mar) e a “paella negra”, com tinta de lula. No Brasil, normalmente é feita com frutos do mar.

INGREDIENTES

300g de lombo de porco cortado em cubos 300g de frango cortado em cubos 12 camarões grandes, com cabeça e casca 12 mexilhões com casca 300g de lulas em anéis finos 300 gramas de polvo cortado em anéis de 2 cm ½ kg de arroz “bomba” espanhol (próprio para paella) ou arroz agulha parabolizado tipo 1 3 litros de caldo de peixe Açafrão a gosto diluído em um pouco do caldo quente (peixe) 300g de cebola picada 1 pimentão amarelo cortado em fatias finas 3 tomates sem pele e sem semente cortados em 4 partes 20 dentes de alho picados Azeite para untar Sal e pimenta a gosto PARA FINALIZAR

6 camarões grandes 6 mexilhões com casca 1 pimentão vermelho grande cortado em rodelas finas 2 colheres de sopa de salsa picada

154 Revista On Outubro & Novembro


JCLICK

MODO DE PREPARO

Unte a paelleira (panela própria para paella) com azeite; Coloque os camarões e cozinhe durante três minutos ou até ficarem dourados. Retire e reserve; Na mesma paelleira, coloque a cebola, o pimentão amarelo, o alho, as carnes, as lulas e mexa mais uns 10 minutos, também até dourarem; Acrescente o arroz e misture bem. Junte o açafrão diluído em um pouco de caldo e o caldo de peixe em quantidade suficiente para cobrir todos os ingredientes. Deixe cozinhar por aproximadamente 15 minutos ou até o arroz ficar cozido; Acrescente os mexilhões, o sal e a pimenta e deixe cozinhar mais cinco minutos; Enfeite com salsa picada e o pimentão e sirva na própria paelleira. Sirva num almoço de domingo em família e faça a festa! Bom apetite!

Bernadete Mattos Consultora graduada em gastronomia bemattos1@gmail.com Luiz Cesar Apresentador do programa Papo Gourmet, no Canal 5 luizcesarcl@uol.com.br

revistaon.com.br

155


COOL SABORES

ARQUIVo PESSoAL

Bolo de milho da vovó

A

ntes de colocar a mão na massa, que tal um pouco de história? O milho é uma planta da família Gramineae, com origem na América Central datada de cerca de 7.000 anos. Seu nome é uma homenagem aos Mais, um dos povos importantes da América. Os povos antigos tinha relação maior que de alimentação com o produto, era uma ligação de cunho religioso com ele. Até o descobrimento do continente americano, os europeus não conheciam o milho. Quando foi difundido na Europa, o alimento ganhou diversas denominações, como choclo, corn, jojoto, maize, elote e granone. Enquanto Brasil era colônia de Portugal, milho e mandioca eram os ali-

156 Revista On Outubro & Novembro

mentos mais utilizados pelos escravos africanos, que desenvolveram formas de preparo e variedades incríveis. Em Angola, a farinha de milho era chamada de fubá e o pirão de milho, angu. Hoje, os termos estão incorporados à cultura brasileira. O milho é fonte de energia, já que contém carboidratos e quantidades consideráveis de vitaminas B1 e E, além de sais minerais. Por ser de fácil digestão, pode ser consumido por quem tem o aparelho digestivo delicado. Um dos alimentos mais queridos pelos brasileiros e um dos principais produtos agrícolas do país, o milho chega à mesa de diversas formas, como pamonha, canjica, curau, cremes e muitos outros! O Bolo da Vovó é uma delas e você vai gostar!

INGREDIENTES

02 xícaras de milharina 04 xícaras de açúcar 06 ovos 04 colheres de sopa de manteiga 01 vidro de leite de coco 02 xícaras de milho verde 01 colher de sopa de fermento bem cheia MODO DE PREPARO

Bata no liquidificador o milho, os ovos, a manteiga e um vidro de leite de coco. Depois, em uma tigela, misture tudo. Unte o tabuleiro com manteiga, milharina e coco ralado


HENRIQUE MAGRo

ARQUIVo PESSoAL

Bar達o Chef do restaurante Bar達o Gastronomia & Eventos, indicado e recomendado pelo Guia Quatro Rodas 2012 e 2013. www.baraogastronomia.com.br Facebook.com/baraogastronomiaeventos contato@baraogastronomia.com.br

revistaon.com.br

157


Parceiros desta edição Aditivos Petrópolis (24) 2222-3391

Emotion (24) 2252-3109

Music Station (24) 2252-2951

aditivospetropolis.com.br

emotionmix.com.br

lojamusicstation.com.br

Alfa Centro Empresarial (24) 2252-3229 Arquitetura Positiva (24) 2222-4260

Espaço Michely Bilheri (24) 2252-6299 Fabiano Leal (24) 2263-2387

arquiteturapositiva.eco.br

fabianoleal.jur.adv.br

Armazém Gourmet (24) 2255-2944 Arte de Curar (24) 2252-3672 Arteodonto (24) 2252-1533 ASO (24) 2252-1563

Farmácia Real (24) 2252-0808 Fauzi (24) 2252-6938 Fazenda Hotel Jatahy (21) 2225-6293

NBX Imobiliária (24) 2255-9009 Oriental Taiyo (24) 9287-5459 Ótica Pastor (24) 2252-0742

asotresrios.com.br

Auto Peças Juiz de Fora (24) 2252-1823 Bastos Juris Advocacia (24) 2252-3651 bastosjuris.com.br

BB Imobiliária (24) 9963-8589 Betrip (24) 8829-2645 betrip.com.br

Bramil (24) 2251-6000 bramil.com.br

Carla Zainotti Fotógrafa (24) 2255-1737 carlazainotti.com.br

Carlins Colchões (24) 2252-4069 carlinscolchoes.com.br

CDL (24) 2251-9600 cdltresrios.com.br

Center Copy (24) 2255-1795 Centro Médico Santa Catarina (24) 2255-0605 Chez Cox (24) 2248-8883 chezcox.com.br

Cirúrgica Três Rios (24) 2252-4181 CNA Três Rios (24) 2220-2470 COE (24) 2252-2620 Construtora Consel Engenharia (24) 2255-2797 consel.com.br

CTO Três Rios (24) 2252-3816 ctotresrios.com.br

Cultura Três Rios (24) 2252-3626 cultura3rios.com.br

Diplomaster (24) 2255-5209 diplomaster.com/loja

Don Bistrô (24) 2222-6226 donbistro.com.br

Elmôr, Corrêa & Matos Advogados (24) 2252-5053

jatahy.com.br

Fiobranco Editora (24) 2252-8524 fiobranco.com.br

FMP/Fase (24) 2244-6471 fmpfase.edu.br

Fornalha (24) 2257-2171 G9 Óptica (24) 2255-2980 Gabriela Ragazzi (24) 2255-4683 Hélio Dutra (24) 2251-6500 Hotel Fazenda Morro Grande (32) 8408-8406

oticapastor.com.br

Planejar Construtora (24) 2263-1233 planejarconstrutora.com

Podologia Marta Fernandes (24) 8802-5483 Pólux Iluminação (24) 2291-4940 Predimóveis (24) 2255-4202 predimoveis.com.br

Premier Medicina Especializada (24) 2252-0952 Priscila Estética (24) 2252-2663

riachosdeitaipava.com.br

Ilha de Capri (24) 9247-2133 Jacauto Rent a Car (24) 2220-2145 Jovem Pan (24) 2252-3368 Kia Motors Via Serra (24) 2222-0400 Laboratório Tinoco (24) 2255-2973

Rian Design (24) 2255-3756

Líder Extintores (24) 2255-4400 liderextintores.com.br

Loja de biquini (24) 2252-1126 lojadebiquini.com.br

Lumman Calçados & Sports (24) 2252-2077 lumman.com.br

Luna Fashion (24) 2263-5589 Maria Luiza Cruz (24) 2255-3661 Mastercasa mastercasa.com.br

Med Estec (24) 2255-2316 Mel Maia (24) 9243-7517 Multimagem fotografia e filmagem com arte (24) 2255-4003 multimagemfotoevideo. com.br

elmorecorreaadv.com.br

158 Revista On Outubro & Novembro

vitorinmoveis.com.br

Vovó Celeste Restaurante (24) 2257-2452 Wert.ex Câmbio (24) 2220-2086 wertex.com.br

riandesign.com.br

Royale Condo Hotels (24) 8127-0960 S&L Home (24) 2251-0200 Santa Isabel Diagnóstico por Imagem (24) 2252-1170

Agências CMI (24) 2255-4030 agenciacmi.com.br

Do It Comunicação (24) 2249-3759 doit.art.br

Go! Mídia (32) 3692-5600 gomidia.com.br

H10Design (24) 2252-1859

Santa Tereza Agropecuária (24) 2251-4431

agenciah10.com.br

stagropecuaria.com.br

intermediapropaganda.com.br

Sapataria 3 Rios (24) 2252-2358

NovaStudio (24) 2232-0078

mirellacalcados.com.br

novastudio.com.br

Serraria Líder (32) 3275-1018

Owl Interativa (24) 2255-4299

madeiraslider.com.br

owlinterativa.com.br

SIAC Análises Clínicas (24) 2252-1692

Planeg Comunicação (24) 2243-5092

Silvia Estima (24) 2255-1319 silviaestima.com.br

Solução Equipamentos (24) 2252-2075 Sonorização Andrade (24) 2255-7509 SR Uniformes (24) 2252-8674 sruniformes.com

Financeiro Sabrina Vasconcellos (sa@fiobranco.com.br) Juliana Brandelli (juliana@fiobranco.com.br) Coordenação Bárbara Caputo barbara@fiobranco.com.br (24) 8864-8524 Edição Frederico Nogueira (frederico@fiobranco.com.br)

Comercial Três Rios: Emeline Maia emeline@fiobranco.com.br (24) 8843-7944

santaisabeldiagnostico. com.br

laboratoriosiac.com.br

Direção Felipe Vasconcellos (felipe@fiobranco.com.br)

Redação Marianne Wilbert (marianne@fiobranco.com.br) Tiago Tavares (tiago.tavares@fiobranco.com.br)

rtecreciclagem.com.br

hwjengenharia.com.br

labtinoco.com.br

Vik Brechó & Multimarcas (24) 2252-2298 Vip Lar Interiores (24) 2255-4548 Vitorin Móveis Planejados (24) 2251-2804

Puro Sabor (24) 2255-2004 R-Tec Reciclagem (24) 2263-8157

HWJ Engenharia (24) 2255-1997

#17

unimed.coop.br/tresrios

priscilaestetica.com.br

Refrigeração Edmeq (24) 2252-2474 Riachos de Itaipava (24) 8819-3284

hotelmorrogrande.com.br

Tal’s Cabeleireiros (24) 2255-2986 Teludi Academia (24) 2252-3354 Tianastácia (24) 2252-3016 Unimed Três Rios (24) 2251-6262

Intermedia (24) 4104-2464

planegcomunicacao.com.br

PontaPé Comunicação e Marketing (24) 2255-5025 pontapemarketing.com.br

Publika Comunicação (24) 3064-2440 publikaonline.com.br

RJ5 Comunicação (24) 2231-2974 rj5.com.br

Support Comunicação (32) 3216-2957 supportcomunicacao.com.br

Luiz Fellipe Aguiar luiz.fellipe@fiobranco.com.br (24) 8852-8529 Pamela Corrêa pamela@fiobranco.com.br (24) 8852-8527 Petrópolis: Ingrid Rizzo ingrid@fiobranco.com.br (24) 8862-8528 Criação Felipe Vasconcellos (felipe@fiobranco.com.br) Jonas Souza (jonas@fiobranco.com.br) Estagiários Maicon Pereira (maicon@fiobranco.com.br) Tatila Nascimento (tatila@fiobranco.com.br) Colaboração Barão(contato@baraogastronomia.com.br) Bernadete Mattos (bemattos1@gmail.com) Bernardo Vergara (contato@betrip.com.br) David Elmôr (david@elmorecorreaadv.com.br) Diego Raposo (contato@diegoraposo.com) Euler Massi (eulermoraes@gmail.com) Fernanda Eloy (fernanda@dafilha.com.br) Helder Caldeira (helder@heldercaldeira.com.br) Heverton da Mata (heverton@fiobranco.com.br) Luiz Cesar (luizcesarcl@uol.com.br) Mayara Stoepke (mayara@fiobranco.com.br) Nathália Pandeló (nathalia@fiobranco.com.br) Pedro Octávio (pedrooctavio@hotmail.com) Roberto Wagner (rwnogueira@uol.com.br) Samyla Duarte (samyla@fiobranco.com.br) Distribuição Gratuita e dirigida em Três Rios, Paraíba do Sul, Areal e Comendador Levy Gasparian. Também à venda nas bancas. Tiragem 3.000


revistaon.com.br

159


160 Revista On Outubro & Novembro


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.