FB | Revista On Três Rios #18

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Revista On Dezembro & Janeiro


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TRÊS RIOS

UMA CIDADE PREPARADA PARA OS DESAFIOS DE UM NOVO TEMPO Os números comprovam o crescimento. Nos últimos quatro anos, quase 1.200 empresas (entre pequenas, médias e grandes) se instalaram em Três Rios, gerando cerca de 9.000 novos postos de trabalho e colocando a cidade como uma das principais apostas do Estado do Rio de Janeiro. Com investimentos em saúde, educação, obras, segurança, cultura e demais áreas, as constantes transformações que levam Três Rios a ser destaque no cenário nacional são motivos de orgulho para todos os cidadãos.


A

Casa do Empreendedor, inaugurada em novembro, simboliza o quanto o poder público acredita na capacidade do cidadão que busca crescer e aproveitar as oportunidades. Com o objetivo de transformar pessoas em empreendedores de sucesso, a Casa do Empreendedor é a ampliação da Sala do Empreendedor, que já existia no município, mas de forma inovadora no país. Com o Sabrae, AgeRio, Caixa Econômica Federal, Corpo de Bombeiros e Governo do Estado do Rio de Janeiro como parceiros do Município, o cidadão tem acesso à estrutura criada para atender empresários de pequenos negócios, reduzindo prazos, documentação e taxas para emissão de alvarás, licenças, baixas e qualquer outro procedimento necessário à abertura, ao funcionamento e fechamento de uma empresa. Para o prefeito do município, Vinicius Farah, a Casa do Empreendedor é a consolidação da marca da cidade. “Tivemos quase 3.000 pessoas saindo da informalidade e, com isso, a Prefeitura aumentou a arrecadação do ISS, o que permitiu realizar investimentos em todas as áreas. A experiência da Sala do Empreendedor deu certo e a transformamos na Casa do Empreendedor, onde podemos dar mais

CASA DO EMPREENDEDOR O novo local oferece serviços e orientações aos novos empreendedores

agilidade e desburocratização maior ao cidadão que tem um sonho”, explica. Na porta de entrada da Casa do Empreendedor estão o Sebrae e a Prefeitura prontos para oferecer orientação. “Muitos dos negócios dos pequenos empreendedores não dão certo porque eles não têm orientações sobre a realidade do mercado local. A equipe da Casa do Empreendedor orienta, faz treinamento, analisa o mercado e, em resumo, pega um sonho e o materializa”, enfatiza o secretário municipal de Fazenda, Anderson Assumpção. O crédito oferecido aos novos empreendedores é possível através de um convênio da Prefeitura com a Caixa Econômica Federal e a AgeRio. “Garantimos uma linha de crédito diferenciada. O empreendedor que está com o nome negativado e precisa captar recurso para iniciar o negócio também consegue aprovação da linha de crédito através deste convênio. Por uma lei aprovada na Câmara, o Poder Público passa a ser o avalista desse cidadão, é um modelo que não existe em outro lugar do Brasil”, diz o prefeito. Participar de licitações, tornar-se fornecedor da Prefeitura e, ainda, receber o pagamento no prazo determinado também é possível na mais completa Casa do Empreendedor do país. “A pior situação para um micro ou pequeno empre-

“Na Casa do Empreendedor, transformamos o sonho do cidadão em realidade” Vinicius Farah, prefeito de Três Rios

endedor é vender e não receber dentro de uma programação. Por isso, a Prefeitura criou um modelo que, através de três selos, garante esse pagamento. Quem recebe o selo verde, que é o empreendedor individual, recebe em até 15 dias; o selo azul, para microempreendedores, garante o pagamento em 20 dias; e o selo laranja, para empresas de pequeno porte, em até 25 dias”, explica Farah. A Casa do Empreendedor chegou para nunca mais sair! Prova disso é que toda a equipe, com exceção do diretor e uma assistente, é formada por funcionários públicos municipais. “Além disso, temos cinco cargos de direção, que optamos por nomear cinco secretários municipais para ocupá-los e, com isso, não onerar a receita da Prefeitura, já que não recebem a mais por estes novos cargos. Ao colocar a Secretaria de Compras Públicas na Casa, estamos levando todo o processo de licitação, justamente com o conceito de dar transparência ao cidadão”, finaliza o prefeito.

ATENDIMENTO Na Casa do Empreendedor é feito o estudo de viabilidade para projetos


Bairro Cidadão - Dignidade para viver melhor

Uma parceria da Prefeitura de Três Rios com o Governo do Estado e Governo Federal vai mudar a vida de centenas de famílias trirrienses. Já em fase adiantada, o Bairro Cidadão será um modelo de urbanização e habitação inédito na cidade. Em fevereiro de 2014 serão entregues as 426 novas unidades construídas no local e doadas a famílias de baixa renda ou moradores de áreas de risco, previamente mapeadas pelo Poder Público. “O Bairro Cidadão é mais um exemplo da estratégia que o governo criou para gerir o progresso do município. O bairro terá toda a infraestrutura necessária, como asfalto, calçadas, iluminação, praças, um DPO da Polícia Militar e a primeira estação de tratamento de esgoto de Três Rios. Estamos levando dignidade

àquele local, transformado aquela realidade”, comenta Vinicius Farah. Ainda em 2014 deverá ser iniciada a construção de uma escola no Bairro Cidadão. “Com verba do Governo Federal, também vamos iniciar a construção de 272 apartamentos e a reforma das casas antigas, o que demonstra o respeito que o governo tem com o ser humano”, completa o prefeito. Para completar, foi iniciada a obra da Estrada da Barrinha, que ligará os municípios de Três Rios e Paraíba do Sul. “São aproximadamente 9 Km de asfalto e a previsão é que a obra fique pronta no final de 2014. A estrada beneficiará os moradores do Bairro Cidadão e as empresas que estão instaladas no Distrito

Industrial.”, diz o secretário municipal de Obras e Habitação, Josimar Sales. Estão em construção mais de 200 casas no Barros Franco pelo programa Minha Casa Minha Vida. “Também conseguimos mais um projeto do programa e vamos construir mais 2.000 casas no bairro Pilões”, informa Vinicius. A Secretaria está, também, realizando as obras de ligação dos bairros Caixa D’Água e Barros Franco, continua com as ações do programa Asfalto na Porta e volta a construir a Praça do CEU, na Vila Isabel. “Tivemos alguns atrasos na fase de projeto para ampliar a estrutura, mas os trabalhos já retornaram e a praça unirá saúde, educação, cultura e esporte em um só lugar”, finaliza Josimar.

tamos vivendo um momento único e, como cidadãos trirrienses, temos muito que comemorar. Agradeço aos grandes parceiros que tenho, que são o Governo do Estado, Governo Federal, a Câmara de Vereadores, meu vice, José Ricardo, e toda a equipe de funcionários pú-

blicos”, finaliza o prefeito. A Neobus, uma das maiores fabricantes de ônibus do Brasil investiu 90 milhões de reais em sua nova fábrica na cidade de Três Rios. A empresa fabrica cerca de 20 onibus por dia e vai gerar ao longo dos anos 1.200 empregos diretos.

Desenvolvimento industrial

Com localização privilegiada, Três Rios foi escolhida por grandes empresas como Nestlé, Neobus e Latapack-Ball , que hoje fazem parte da história de crescimento motivada pela política de captação de investimentos promovida pela gestão Vinicius Farah. “Es-


Três Rios é a única cidade do Estado pré-selecionada para receber faculdade de Medicina

No início de dezembro, o Governo Federal divulgou a relação dos 42 municípios pré-selecionados para receberem cursos de graduação em Medicina. No Estado do Rio de Janeiro, apenas Três Rios foi selecionada. “Independente da faculdade, isso mostra que estamos no caminho certo da Saúde. Só chegamos a essa condição por preencher com resultados positivos todos os pré-requisitos necessários”, comemora o prefeito. “Tivemos apoios muito importantes para essa conquista. A parceria com

o Governo do Estado foi fundamental, já que muitos projetos não aconteceriam sem ela; a equipe da Secretaria Municipal de Saúde; o deputado federal Celso Jacob, que defende sempre a cidade; mas nada adiantaria se o município não apresentasse os números de crescimento”, analisa Farah. A próxima etapa do processo para a instalação da faculdade é a visita de especialistas ao município para verificar a estrutura de equipamentos públicos e programas de saúde.

Investimentos na Saúde

Com a seleção, Três Rios pode ser considerada a cidade fluminense com melhores indicadores de Saúde. O setor, que recebeu investimento de R$ 10,7 milhões em 2008, fecha o ano de 2013 com orçamento de R$ 70 milhões e pode chegar, em 2014, à marca histórica de R$ 90 milhões destinados à pasta. “Em uma cidade que cresce nessa velocidade, a Saúde tem que crescer na mesma proporção, do contrário teríamos um colapso. Imagine a cidade sem a UPA, sem o Samu, sem os Caps. Passamos o quadro de funcionários da Secretaria de 628 para quase 1.400 nos últimos cinco anos. O mesmo cuidado que tivemos ao atrair empresas e gerar empregos, tivemos com a Saúde”, declara Vinicius Farah. O secretário de Saúde, Luiz Alberto Barbosa, lembra que o município já teve baixos indicadores na atenção básica de saúde e que o cenário foi revertido com os investimentos Desenvolvimento com foco na mobilidade urbana

Em 2013, o cidadão de Três Rios recebeu o Terminal Rodoviário Hélio Soares. Por ele, passam 15 mil pessoas diariamente. “As pessoas se amontoavam em um lugar que parecia um chiqueiro, sem banheiro, sem cobertura, sem proteção. Hoje, oferecemos um espaço que devolve dignidade à população, com conforto, segurança, iluminação, posto médico, banheiros e banco 24 horas”, diz Farah. O terminal recebe ônibus urbanos e interurbanos, atendendo, com isso, a população flutuante do município.

realizados. “As Unidades de Saúde da Família são as portas de entrada para a Saúde no município. As equipes precisam fortalecer o elo com as comunidades e, por isso, o investimento aumentou muito neste setor. Estamos ampliando, reformando e construindo novas USF’s”, conta. Enquanto as unidades de Werneck Marini, Ponto Azul, Moura Brasil, Pilões, Purys, Cidade Nova e Bemposta passam por reforma e ampliação, o município entrega novas unidades nos bairros Jaqueira, Triângulo, Centro, Barros Franco, Boa União e Morada do Sol. Ainda no próximo ano, será inaugurada a Clínica da Família, na Vila Isabel. No mesmo bairro, o Sase será transformado em uma policlínica de reabilitação. Entre as próximas conquistas, estão a ampliação de leitos de UTI e 20 leitos de retaguarda no hospital, a nova sede do Samu e nova Central de Regulação.


Educação com qualidade da creche à universidade

No início de 2012, Vinicius Farah, apoiado pela Secretaria Municipal de Educação, lançou um desafio para o município: colocar uma escola municipal no ranking das dez melhores do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e, até 2015, colocar o município entre os 100 melhores do país. “É um desafio, essa meta serve para motivar toda a sociedade de que podemos conquistar novos patamares. Para isso, buscamos ferramentas que nos ajudassem a fazer as escolas e os alunos perceberem suas potencialidades e que, com uma dedicação maior, conseguiríamos atingir o índice”, analisa Carla Nasser Monnerat, secretária municipal de Educação. Os investimentos na área passaram de R$ 26 milhões para R$ 49 milhões em cinco anos, o que permitiu a realização de novas ações para atingirem o objetivo. “Mudamos a metodologia de ensino, passamos a distribuir uniformes duas vezes por ano, distribuímos pela primeira vez os kits escolares com material gratuito para os alunos e trocamos todas as carteiras das escolas. Introduzimos o programa PEDI, de prevenção às drogas e ao bullying na rede pública, que é um projeto espanhol. Além disso, fizemos o plano de cargos e salários do professor, não podemos mudar a educação sem reconhecer o valor do profissional”, cita o prefeito que lembra, ainda, das reformas de 13 escolas já realizadas.

IDEB A meta da educação municipal é colocar uma escola no ranking nacional

Em 2013, o projeto Família Presente levou pais para dentro das escolas com o objetivo de ampliar a relação entre alunos, pais, professores e diretores. “O desenvolvimento econômico já está acontecendo muito bem no município, agora precisamos transformá-lo em desenvolvimento social, e a educação é a ponte para essa transformação”, diz Carla Nasser. Entre as novidades para 2014 está a criação do Planeta Criança, que começa a funcionar ainda no primeiro semestre, no Ciep do Morro Áureo, com capacidade para mais de 600 crianças entre seis meses e seis anos de idade, e terá ensino em período integral. “Nosso compromisso é formar cidadãos e o Planeta Criança chega com uma perspectiva muito interessante”, explica o prefeito.

Esporte insere Três Rios no cenário nacional

Em Três Rios, a criança pode entrar na creche e chegar à universidade, crescer junto com o crescimento do município. Para isso, além das universidades que já estão presentes na cidade, o governo municipal realizou no final de 2013 um convênio com a Universidade de Católica de Petrópolis para oferecer 80 bolsas de estudos integrais aos cidadãos trirrienses de cursos que ainda não são disponibilizados no município. “O papel da educação é fazer com que as pessoas acreditem nos seus potenciais. Precisamos formar cidadãos que sejam atentos às possibilidades do município”, finaliza o prefeito.

A qualidade do trabalho desenvolvido na ginástica artística em Três Rios é responsável pela nova conquista do governo municipal para o esporte. “Apresentamos ao ministro Aldo Rebelo a realidade da ginástica artística, que já é reconhecida nacionalmente, e conseguimos a construção do Centro de Treinamento Olímpico de Alto Rendimento para a Ginástica Artística, com investimento de R$ 3 milhões pelo Governo Federal e R$ 400 mil pelo Município. A obra começará em 2014 e nas Olimpíadas de 2016 teremos uma seleção treinando neste centro”, conta o prefeito. Ele lembra que o sucesso da ginástica artística é motivo de orgulho para os cidadãos trirrienses e para o poder público. “Quando começamos o projeto, ele tinha 92 alunos. Hoje são mais de 1.200 divididos em quatro núcleos. Com o crescimento e a estrutura proporcionada, o Flamengo e a seleção brasileira feminina já vieram treinar na cidade”, diz. Também está em construção a Praça da Juventude (Vila Olímpica Municipal). Localizada na Rua Isaltino Silveira, no Cantagalo, a Praça da Juventude tem aproximadamente 7.300 m² e contará com quadra society com arquibancada, quadra poliesportiva coberta, teatro de arena, sala de reunião, administração, vestiários masculino e feminino, quadra de vôlei de praia, espaço de convivência para terceira idade, pista de skate, equipamentos de ginástica e local de treinamento para salto à distância.

GINÁSTICA ARTÍSTICA Credenciou o município a receber investimento do Ministério do Esporte

PRAÇA DA JUVENTUDE A Vila Olímpica Municipal conta com espaços para diversas modalidades

Governo oferece bolsas integrais


Infraestrutura e Limpeza

CVT

Café do trabalhador

Novas máquinas com investimentos de R$5.650.000 para renovação da frota atual, fundamental nos serviços de prevenção a enchentes, como desobstrução dos bueiros e córregos da cidade.

Com investimentos na ordem de R$ 5 milhões, o CVT Três Rios conta com modernos laboratórios e oficinas para desenvolvimento tecnológico dos alunos, formando 7.000 profissionais por ano.

Tem o objetivo de oferecer alimentação saudável e correta, dando suporte e energia para um dia de trabalho. São 600 kits oferecidos por dia gratuitamente, com café com leite, fruta e pão com manteiga.

Eventos culturais movimentam o turismo

Segurança

Desde a criação da Secretaria Municipal de Cultura, o setor ganhou novos áreas e grandes investimentos. De acordo com o prefeito, o orçamento da Secretaria para 2014 pode chegar a R$ 7 milhões. “Trouxemos os grandes festivais, de dança, teatro e gastronomia, estamos capacitando os artistas locais e estamos com o mês de dezembro com grande programação”, diz. Ele aponta a cultura como importante geradora de receita para o município. “Os festivais, por exemplo, movimentam R$ 20 milhões por ano na economia local”. Ainda no fim de 2013, grandes shows acontecem no município, como de Dudu

Enquanto a cidade cresce, a segurança também recebe devida atenção. A Central de Monitoramento, que já foi levado para diversos municípios, passa a ter 66 câmeras distribuídas em toda a cidade para auxiliar os trabalhos da Polícia Militar, Polícia Civil e Guarda Municipal.

Nobre e Guilherme Arantes. A dupla Victor e Leo comemora o aniversário de 75 anos Três Rios com show no dia 22. Já no dia 30 de dezembro, Tico Santa Cruz se apresenta na cidade. Para o réveillon, Renatinho da Bahia anima a população na Beira Rio, no evento que contará, ainda, com queima de fogos. E a programação do Carnaval de 2014 já está quase fechada! O maior Carnaval do interior do Estado já tem Michel Teló, Bom Gosto e Tuca (ex-Jammil) como atrações confirmadas, além do tradicional desfile das escolas de samba e blocos carnavalescos.

Vem aí! Restaurante Popular; Nova Biblioteca Municipal; Novo terminal no ponto final do bairro Palmital; DPO Bemposta; Centro de Oncologia; Instalação de mais 13 câmeras de monitoramento nos bairros; Reforma total do SASE; Instalação dos Semáforos em lED; Novo projeto viário no bairro Vila Isabel; Estacionamento Rotativo;

Reforma Estádio Cruzeirinho; Revitalização e Paisagismo Cantagalo; Novo camelódromo; Reforma Rodoviária Nova (Arsonval Macedo); Retorno calçadas e ciclovia; Retorno das calçadas na Rua da Maçonaria (com vagas para estacionamento); Reforma das praças João Rinaldi e Tupinambás (Monte Castelo), Alvorada (Boa união) e Zaquiel (Triângulo), além de praças dos bairros Moura Brasil e Pilões; Canal extravasor


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#18 Editorial Índice

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ual é o seu sonho de infância? O que você tem feito para realizá-lo? O do João era apenas ter a carteira de trabalho assinada. João cresceu, trabalhou muito e dedicou-se à profissão escolhida. João não teve medo ao arriscar em algumas oportunidades que surgiram, sempre em busca de crescimento pessoal e profissional. João construiu uma empresa e, na prática, aprendeu o que algumas faculdades nem ensinam. Há muitos brasileiros com as características de João e esta edição apresenta um deles: João Baptista de Rezende. De Chiador para Três Rios; dos sonhos para a realidade. Entre milhões de brasileiros chamados “João”, ele é o único que carrega o “da Biba” como sobrenome. A aula de empreendedorismo está na editoria Inspiração! No fim de um ano e início de outro é o momento certo para inovar e nossos artistas levaram isso ao pé da letra! O tradicional retângulo com o nome da revista que sempre esteve no canto superior da capa deu lugar a um “On” posicionado de forma inédita na revista que há três anos faz parte do cotidiano de Três Rios, Paraíba do Sul, Levy Gasparian e Areal. A Revista On chega à 18ª edição com o mesmo objetivo da primeira: levar conteúdo inteligente e regionalizado com estilo até você. Ainda nas próximas páginas, conheça as opiniões dos novos moradores de Três Rios sobre o cotidiano do município, seus pontos positivos e áreas que ainda merecem atenção. Sabia que Três Rios já teve uma representante no Miss Brasil? Ela está a seguir, é só virar a página! A deliciosa goiabada da Thereza Quintella, produzida em Bemposta, também está nesta edição! Esporte, saúde, empreendedorismo, comportamento, moda e muito mais! Vire a página e já comece o ano com mais conteúdo sobre a região! Boa leitura!

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Carreira Entrevista Cotidiano Comportamento Opinião

ECONOMIA&NEGÓCIOS

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69 Cidade 84 Inspiração 94 Meio Ambiente

BEM-ESTAR

101

101 Esporte 116 Saúde

COOL 145 148 159 164 168 172 182

145

Gastronomia Moda Cultura Km livre Coluna Social Viagem Sabores

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GENTE

FOTOS REVISTA ON

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carreira 19 entrevista 30 cotidiano 34 comportamento 46 opinião 60

Uma trirriense no Miss Brasil POR MAYARA STOEPKE

FOTOS ARQuIVO PESSOAl

Em 1968, Três Rios teve a honra de ter a jovem moradora Josemary Vasconcelos Corrêa entre as finalistas do “Miss Brasil”. Com muito glamour, a disputa pela coroa lotava as dependências do concurso e pessoas de todas as partes do Brasil paravam para ver os desfiles. Conheça a história da trirriense que “caiu de paraquedas” no concurso e teve sua vida em evidência.

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GENTE CARREIRA

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la nunca sonhou com concursos de beleza nem tinha a pretensão de atrair tantos olhares em pouco tempo. Assim começa a entrevista com Josemary Vasconcelos Corrêa, hoje com 64 anos e dona de casa com muito orgulho. Nascida e criada em Três Rios, é a segunda de sete irmãos e sempre acreditou em sinais ao longo da vida. Um deles veio aos nove anos de idade. “Minha mãe, Odete Maria Vasconcelos, sempre foi muito otimista. Casou cedo e passeava muito pouco, gostávamos de ir ao cinema, era o seu único passeio. Uma vez ela estava triste e, para consolá-la, eu disse que um dia iria levá-la para conhecer vários lugares. Eu não sabia o motivo de pensar assim, não tinha ideia de como faria isso”, conta Mary, como é conhecida. Os anos passaram e Mary levava uma vida normal. Passou a infância simples em um sítio, estudava, ajudava a mãe e cuidava dos irmãos. Muito bonita, chamava atenção pela beleza. Em 1968 foi convidada pelo Caer (Clube Atlético Entre-Rios), presidido na época por Michel Farah, para representar Três Rios no concurso “Miss Estado do Rio”. Tudo aconteceu às vésperas do concurso e a jovem nem imaginava o que estava por vir. “Eu tive uns ensaios com alguém da Socila [escola que ensinava boas maneiras e etiqueta], aprendi algumas técnicas de desfile e andava com um livro na cabeça”, lembra. Em 1° de junho, no Clube Tamoio, em São Gonçalo, conquistou a faixa e foi eleita a mulher mais bela do estado. “O Caer me deu o vestido, a condução, me ajudaram em tudo. Na hora do concurso, as mães ficavam muito nervosas, mas a minha não. Ela foi eleita como a mais calma do concurso”, conta com muitas lembranças da mãe que sempre a acompanhou em todos os eventos. Um fato curioso contado por ela é que, na época, tinha terminado o namoro com Claudio Macedo, seu marido há 38 anos. Ele e seu irmão estavam em Belo Horizonte estudando e não sabiam o que estava acontecendo. “Eles souberam através da dona da pensão onde ficavam. Ela estava folheando uma revista e comentou que a Miss Estado do Rio era da cidade deles. Quando viram, era eu. 20

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ODETE MARIA VASCONCELOS Mary realizou o que prometeu à sua mãe aos nove anos

Ficaram surpresos e a dona da pensão não acreditava que um era meu irmão e o outro meu ex-namorado”, conta. Mary chama atenção pela humildade e conta um detalhe que causa inveja à maioria das mulheres. “Não é mentira minha, eu não tinha celulite mesmo, era incrível. Naquela época a nossa alimentação era muito diferente, não

bebia refrigerantes e não podíamos ter nada artificial”, ressalta. Era muita responsabilidade ser miss e há quem diga que pessoas vieram até Três Rios investigar a vida da jovem. “Eu olhava para a faixa e ficava me perguntando: será que eu ganhei mesmo? Era inacreditável o que eu estava vivendo, nunca imaginei e sonhei passar por tudo aqui-

Ela nunca sonhou com concursos de beleza nem tinha pretensão de atrair tantos olhares em pouco tempo


HOTEL GLÓRIA Caetano Veloso, Miss Alagoas, Miss Rio Grande do Sul, Miss Rio e Miss Maranhão

lo”, lembra-se sobre a noite em que ganhou o concurso. A miss conta que durante o concurso não havia uma rivalidade agressiva, todas se davam muito bem e ela chegou a emprestar joias para outras candidatas desfilarem. Na volta para a cidade, Josemary nem imaginava o que a esperava. Havia uma carreata na entrada de Três Rios, todos queriam ver a miss, presenteá-la, cumprimentá-la, e o Caer fez um baile em sua homenagem. “No baile, meu irmão ficava me tirando para dançar e não deixava ninguém se aproximar de mim. Depois soube que o meu ex-namorado, hoje meu marido, estava lá e morria de ciúmes. Voltamos a namorar”, conta. Depois do concurso, Mary participou de muitos eventos, propagandas, bailes e, em 29 de junho de 1968, menos de um mês após o concurso, estava dentro do Maracanãzinho com aproximadamente 25 mil pessoas e mais 24 concorrentes que disputavam o “Miss Brasil”. O principal concurso na época

era assistido por todo o Brasil. Ônibus especiais saíam de todas as partes, as pessoas participavam até dos ensaios e faziam apostas. “O país parava para nos assistir, o evento era muito glamouroso e nós éramos muito respeitadas”, lembra. Ao longo dos desfiles, vestiu traje de gala, sendo uma das mais aplaudidas, traje típico e maiô. No final, o júri apontou oito finalistas e, em seguida saiu o resultado: 4° lugar - Miss Estado do Rio - Josemary Vasconcelos Corrêa. Foi o único ano na história do Miss Brasil que houve o 4° lugar e, ainda, foi premiada como a mais bela sem maquiagem. O Jornal Última Hora registrou o acontecimento na época com as seguintes palavras: “O casal Vinícius Ricciopo e Solange torcendo pela Miss Estado do Rio, Srta. Josemary Vasconcelos que, na opinião geral, merecia o terceiro lugar. [..] O traje típico de Josemary, ‘Condessa do Rio Nôvo’ foi muito aplaudido, bem como o seu ‘longo’ na tonalidade azul-turquesa, bordado em pedrarias. Joserevistaon.com.br

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GENTE CARREIRA

MARY AOS 18 ANOS Foi eleita como a mais bela sem maquiagem

CASAMENTO Há 38 anos casados, o marido sentia ciúme da época

VIROU MANCHETE Josemary saiu em muitas matérias na época

Muito bonita, Mary chamava atenção pela beleza

MISS BRASIL 1968 Foi a única edição em que houve o 4º lugar 22

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mary teve, além de sua torcida organizada, o calor dos aplausos de cariocas, mineiros e baianos”. Com tantas histórias para contar relacionadas aos dois anos que viveu sobre os holofotes, Mary se lembra de um episódio engraçado. “Eu sempre gostei de lavar minhas roupas no tanque. Teve um dia que eu estava na minha casa, toda desarrumada, lavando minhas roupas, quando a campainha tocou. Ao abrir, era um rapaz querendo contratar a Miss Estado do Rio para um evento, era um baile. Eu pedi que entrasse e aguardasse enquanto eu a chamava. Corri para o quarto, me arrumei toda e quando voltei ele não me reconheceu, achou que eu era outra pessoa”, lembra aos risos. Foram muitos eventos, entrevistas, ensaios, cabeleireiros, maquiadores e compromissos sociais. No ano seguinte ao concurso, em 1969, Mary passou a faixa de Miss Estado do Rio para Maria Aparecida Leite, que re-


CHEGANDO EM TRÊS RIOS Mary não esperava a recepção que ganharia

presentava Paraíba do Sul, deixando em evidência a beleza das mulheres da nossa região. Durante os anos seguintes, Mary acompanhou os concursos e nunca mais participou de nenhum. Resume o que viveu como uma fase. O evento era um dos mais importantes do Brasil, perdia somente para a Copa do Mundo e atualmente não possui o glamour daquela época. Muitas foram as manchetes, os bailes, os comerciais, os presentes e as viagens vividas pela jovem de 18 anos. Há 30 anos Josemary faz parte da Renovação Carismática de Três Rios, é casada há 38 anos com Claudio Macedo, é mãe de quatro filhos e avó de um neto. “Eu tenho ótimas recordações daquela época, foi maravilhoso, não me arrependo de nada. Viajei muito, conheci lugares e pessoas. Nunca fiz nada de errado e sempre me dei o respeito. Realizei o que tinha prometido à minha mãe aos nove anos de idade”, finaliza.

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GENTE CARREIRA

RAÍZES AO VIOLÃO POR MAYARA STOEPKE FOTOS ARQuIVO PESSOAl

A vida simples do campo, o contato com a natureza, o prosear, cuidar dos animais, tocar uma viola e cantar com os amigos. Tudo isso faz parte da vida do cantor e compositor Daniel Monnerat. O estilo simples e humilde do músico encanta, suas músicas falam do cotidiano interiorano e seu sonho é continuar levando alegria às pessoas através da música.

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ascido e criado na Posse, distrito de Petrópolis, Daniel Monnerat é o típico homem do interior. Sua infância foi no quintal de casa, brincou de bolinha de gude, jogou futebol, pescou. Simpático, humilde, humano e de um coração enorme, o cantor e compositor mora em uma casa simples com ar rústico em Areal. Seu dia a dia é simples, gosta de cuidar do sítio, cuida dos pais, pesca, anda a cavalo, gosta de estar com os amigos e, é claro, cantar e tocar violão. O pai era caminhoneiro e o dom da música foi herança da mãe, que cantava na igreja e tocava órgão. Foi nas aulas de órgão, aliás, que tudo começou. Como Daniel, aos quatro anos, atrapalhava as aulas, com brincadeiras, o professor da mãe teve a ideia de dar um violão para ele brincar e se distrair. Foi amor à primeira vista. Autodidata, com oito anos também já tocava flauta. Daniel nunca fez aulas de violão ou canto, para ele é dom. Aprendeu tudo sozinho, na prática. “Fui ritmista de 24

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MÚSICA Daniel se apresenta em pousadas na região todos os finais de semana

escola de samba. Com 14 anos ganhei minha primeira bateria e montei uma banda de garagem de pop rock. Toquei por hobby até os 18 anos, quando entrei para o quartel”, lembra. Ajudou o pai nas tarefas do dia a dia, trabalhou em um laticínio, até que, ao sair do quartel, começou a trabalhar com cavalos. Essa fase traz de volta o lado “caipira” do cantor, mas em meio aos treinos deixou a música de lado. “Assim que cheguei ao haras e viram meu trabalho, gostaram muito. Fiz cursos, me especializei e logo estava treinando grandes cavalos. Depois de um tempo, comecei a treinar no meu sítio, era mais fácil”, conta. Comprou a égua “Cretina”, nome que já tinha quando a adquiriu, e com ela participou de um campeonato, o primeiro de sua vida, já conquistando a vitória. Ele diz que foi uma fase boa, já que aprendeu muito, conheceu pessoas e fazia algo que gostava: lidar com os cavalos. E, assim como na música, Daniel tem dom para a atividade.

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GENTE CARREIRA

“Meu sonho hoje é continuar cantando e tocando, mostrar o meu trabalho de uma forma mais profissional a cada dia”, PÚBLICO O músico já se apresentou para mais de 10 mil pessoas

ÉGUA “CRETINA” Com ela, participou de campeonatos e já conquistou vitórias

VICTOR E LÉO Daniel Monnerat já abriu um show da dupla reconhecida nacionalmente

Foi em 2001 que a música virou profissão. “Eu sempre era chamado por meus amigos para churrascos, festas de aniversário e me pediam para levar o violão e fazer uma música. Todos gostavam. Então, incentivado, resolvi fazer disso meu ‘ganha pão’. Em 2004 formei minha primeira banda, a ‘Estação do Campo’. Nossa primeira apresentação foi em uma sexta-feira, véspera de carnaval. Fizemos muitos shows”, conta com carinho. A banda se desfez no final de 2005. “Nossa última apresentação foi no Natal na Praça São Sebastião, em Três Rios”, conta. Com isso, iniciou uma nova fase, em carreira solo. 26

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Quando o ano de 2006 começou, os shows em pousadas, leilões, coquetéis e parque de exposições também começaram. Em 2008 gravou o primeiro CD, no ano seguinte veio o segundo e, em 2013, gravou o terceiro, com três músicas autorais. As músicas gravadas transportam os ouvintes ao clima da vida rural. O lado compositor de Daniel começou a aparecer na primeira música, feita com seu cachorro, “Rush”, como inspiração. O nome é uma homenagem à banda em que o baterista é seu ídolo. “Eu estava sentado na minha varanda, olhando para meu cachorro, um rottweiler, e escrevi a música. Depois escrevi a ‘Lembranças da Encruzilhada’, ‘Minha

diz Daniel Monnerat

Pequena Cabocla’ e ‘Jardim de Braquiara’”, diz enquanto cantarola o trecho de uma das músicas e pega a viola. Caracteriza o estilo musical como regional-raiz, um estilo que o som da viola é predominante, e tem como ídolos e inspirações cantores como Almir Sater, Renato Teixeira, Zé Ramalho, Sérgio Reis, entre outros. Admira compositores como Paulo Simões, Geraldo Roca e Guilherme Rondon. Quando questionado sobre o sertanejo universitário, Daniel diz não ser contrário, mas enfatiza que os compositores poderiam ter mais cuidado com as letras, já que algumas não dizem nada e ainda são pejorativas. A dupla Victor e Léo é uma das que Daniel gosta e, inclusive, já teve a oportunidade de abrir um show dos irmãos. “Cantei para umas 10 mil pessoas e logo depois eles entraram. Quando acabaram o show, pediram para me chamar. Elogiaram e tiramos uma foto. Adoraram a minha música ‘Lembranças da Encruzilhada’”, lembra com um sorriso no rosto. Os festivais de música também fazem parte da carreira do cantor. Já participou de grandes eventos, entre eles cita o Festival Gastronômico e de Viola de Piacatuba, Festival de Viola do Recreio, Festival de Viola de Santo Antônio do Aventureiro e Festival de Música Popular de Piraí, ganhando troféus e o reconhecimento do público. “Eu não sou louco por fama, nada disso, mas gostaria de um reconhecimento maior, poder levar mais qualidade de vida para minha família, cuidar dos meus pais”, desabafa. Os visitantes de alguns hotéis da região podem desfrutar todos os finais de semana do talento de Daniel Monnerat. “Nessas viagens eu conheço muita gente, faço muitos amigos. Tem pessoas que conheço e depois de um tempo elas me


SUCESSO A participação em programas de TV mostra o reconhecimento do artista

ligam, viram amigos. Essa semana teve um rapaz que fez um vídeo meu tocando em seu aniversário e colocou no Youtube, me ligou parabenizando. Tocar e cantar me faz muito bem”, conta. Quando pergunto sobre seu sonho, a resposta é bem simples: “Meu sonho hoje é continuar cantando e tocando, mostrar o meu trabalho de uma forma mais profissional a cada dia. Estou construindo um espaço no meu sítio para receber as pessoas, poder trazer outros artistas para cantar, oferecer comida de qualidade e música boa”. Para ele é muito gratificante ver a alegria das pessoas com sua música. A música caipira de Daniel tira as pessoas da vida agitada das cidades. Sentar com os amigos, prosear e ouvir canções que nos levam até o estilo de vida do campo renova as energias. Há oito anos, profissionalmente, o cantor leva essa possibilidade a várias pessoas que lhe dão carinho e reconhecimento pelo seu trabalho.

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GENTE ENTREVISTA

“A POSTURA DO PROFESSOR COMEÇA COM O AMOR PELA PROFISSÃO” POR FREDERICO NOGuEIRA

FOTOS REVISTA ON

Aos 75 anos de idade, Maria Eugênia acredita que o amor à profissão é fundamental para o sucesso de qualquer profissional. No caso dela, a escolha foi pelas salas de aula e leciona inglês há 60 anos. Trirriense de coração, ela analisa a evolução da educação e os desafios dos profissionais responsáveis por grande parte da formação da sociedade.

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aria Eugênia Gomes Barbosa acredita que já tenha lecionado para metade da população de Três Rios. E pode estar certa! Professora durante muito tempo nos principais colégios do município, ela continua na ativa em um curso particular, onde ensina inglês para, no máximo, quatro alunos por vez. Acorda pensando em inglês e mantém a mente ativa com o que mais lhe faz feliz: a sala de aula. Por que decidiu ser professora? Na minha época, as mulheres trabalhavam sempre como professoras e o princípio da minha carreira foi muito interessante porque eu comecei em Barão de Angra aos 15 anos de idade. Eu me dediquei mesmo ao magistério, como me dedico até hoje. Partiu de mim mesma escolher a profissão. 01

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02 Como surgiu a primeira oportunidade de emprego? Não havia concursos naquela época. Meu pai era muito amigo de um deputado e ele conseguiu um emprego no Estado para mim. Ainda estava estudando e comecei a dar aulas. Estudei em escola particular em Paraíba do Sul, depois fiz o ginásio no Sul Fluminense e, então, fui para o colégio interno em Petrópolis. Lá, terminei o curso, o primeiro grau, e vim fazer o magistério no Colégio Entre Rios. Depois, fiz duas faculdades. A primeira foi psicologia, mas achei que meu caso era com o magistério mesmo e fui fazer faculdade de letras. Foi quando comecei a dar aulas no Colégio Entre Rios, depois no Rui Barbosa.

03 O que mudou daquela época para hoje com relação ao ensino? Muito. Porque acho que existia mais amor ao magistério. Hoje, há um interesse do salário. Eu nunca soube o quanto ganhava. Se eu quis aquilo, eu achei que não precisava me envolver com a parte salarial. Era mesmo uma coisa com muito amor, como até hoje faço. 04 Os alunos de hoje também são diferentes do passado? Acho que sim. Com a mulher trabalhando fora, a educação das crianças fica aquém do que realmente deveria ser. Hoje, você já vê bebês indo para escola e isso traz um transtorno para aquela criança. A educação acaba ficando com a escola e o professor não consegue dar o que a criança necessita.


05 E o que mudou no ensino de idiomas? A metodologia mudou muito e depende, também, da própria filosofia de cada curso. Pode ser uma formação simplesmente teórica ou realmente para aprender o idioma, falar corretamente, poder viajar. De um modo geral, os cursos ensinam o inglês mais gramatical. 06 Por que é importante aprender um novo idioma? Por que o inglês é o mais procurado? O inglês é o mais forte porque o país EUA ainda é forte. Com toda a problemática atual, ainda tem a língua que comanda o mundo. Acharam que seria mais fácil aprender o espanhol que o inglês, mas o inglês tem uma coisa muito simples, que é a gramática. Já a parte gramatical das línguas neolatinas é muito difícil, como português e espanhol. O novo idioma é importante para viajar e até para quem busca empregos. Aqui em Três Rios já vemos essa procura bem grande. Para um emprego, uma entrevista, são perguntas já muito determinadas, como nome, o que deseja dentro da profissão. 07 Por que as pessoas têm certo medo de começar? Onde está a dificuldade da língua? Qualquer língua estrangeira seria complicada para todos os povos. Mas para quem fala inglês, aprender o português é muito mais difícil. Já tive os indianos que estão chegando a Três Rios, que fizeram aula de português no ano passado comigo. Eles falavam em inglês e aqui estudavam português, era muito complicado para eles. No inglês, a gramática é muito simples, o mais complicado é o vocabulário. A pessoa precisa enriquecer o vocabulário para aprender. Tem que ler, decorar. É como se fosse uma criança que começa a formar frases. A maior dificuldade está no falar e no escrever, mas o inglês é simples porque tem três pontos principais: sujeito, verbo e complemento. 08 O que é ser professor? O que a sala de aula já te ensinou? Ser professora é ser mãe. É ser mãe! E isso é muito importante na vida dos alunos,

uma professora que mostra o amor a eles e ao trabalho. O magistério tem que ser feito com muito amor. A sala já me ensinou muitas coisas. A maior alegria de um trabalhador é o seu trabalho bem feito. 09

Seu curso é um sonho antigo? Eu nunca pensei em ter um curso. Depois que me aposentei nos colégios é que vi a necessidade de continuar, achava que tinha potencial ainda para trabalhar, como até hoje. Continuo estudando, faço cursos, procuro escolas quando vou aos EUA. Aprender sempre, em qualquer situação. Todos os dias tem uma surpresa, um novo aprendizado. Leio muito, então aprendo sempre. Ao preparar as aulas, você já descobre coisas novas. 10 Com 60 anos de magistério, como avalia sua vida profissional? Acho que sou uma vitoriosa. A profissão, hoje, é o que me traz alegria. E é isso que acho que todo trabalhador tem que focar. É aquilo que lhe traz o ‘ganha pão’, então tem que ficar muito alegre. Eu saio de manhã muito alegre de casa, volto às oito da noite. Tenho um horário de mais ou menos dez horas de trabalho e com muito prazer. Nunca houve algum fato em especial que tenha me deixado aborrecida ou triste em sala de aula, sempre consegui controlar a disciplina. Hoje, há uma falha muito grande, o professor se assusta um pouco com a educação da criança, do jovem. Então, ele tem que fazer o reverso, tem que falar baixo, por exemplo. A postura do professor começa com o amor pela profissão. 11 Como os novos professores devem encontrar motivação na profissão? É possível viver bem como professor? Por ele mesmo, ele tem que levar para a sala de aula esse gosto, essa alegria de estar ali entre as crianças, entre os adolescentes. Tem que gostar, amar, amar muito. Aliás, cada coisa que se faz tem que ser com amor. O amor gera outras coisas, como a dedicação e o prazer. Hoje, ajudo mais que cobro. Já fiz minha carreira, vivo muito bem com os meus salários de aposentadoria. Adquiri bens com isso tudo, com a carreira de professor. É possível tranquilamente sobreviver como professor. revistaon.com.br

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ARQUITETURA

EXCLUSIVA FOTOS AlEXANDRO MACIEl

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om mais de 25 anos de experiência no ramo, o arquiteto Alex Martins já é reconhecido por trabalhos em Juiz de Fora e Rio de Janeiro, entre outras cidades. Com o crescimento imobiliário em Três Rios e municípios vizinhos, que inclui bons espaços e apartamentos que precisam ter a cara e personalidade do morador, Alex garante que é fundamental ter a ajuda de um arquiteto para elaborar e colocar em prática os projetos que tornam ambientes comuns em espaços únicos. “Quando o cliente busca o profissional, o primeiro passo é fazer uma entrevista. É importante conhecer as pessoas que vão conviver naquele espeço diariamente. Com a entrevista, você conhece os gostos e estilos do cliente e, assim, foca o trabalho em um caminho que vai agradar. O arquiteto tem que ouvir as vontades do cliente e fazer um ambiente bonito, agradável e harmônico”, analisa Alex Martins. Especialista em arquitetura de interiores de casas, apartamentos, escritórios, consultórios e lojas, ele já oferece os serviços em Três Rios e região e está sempre em busca de novidades para apresentar aos clientes. “Com as viagens internacionais, consigo antecipar tendências. Hoje, por exemplo,

ARQuIVO PESSOAl

Para deixar a casa ou o escritório do jeito que sempre sonhou e, ainda, com sua personalidade, o auxílio de um profissional experiente é fundamental.

“O arquiteto precisa ouvir as vontades do cliente”, diz Alex Martins

com relação às cores, o foco está nas tonalidades mais claras. Outras tendências são os móveis funcionais. As pessoas têm espaços pequenos e muitas coisas para colocar neles. Com um projeto bom e com a ajuda da marcenaria, você consegue aproveitar ao máximo o ambiente”, diz o arquiteto. Por falar em marcenaria, Alex atua com parceiros de várias áreas em diversos projetos, que também estão à disposição dos clientes trirrienses. A Marcenaria Alves, em Juiz de Fora, é uma das parceiras dos projetos. Com a parceria, a marcenaria executa os projetos e móveis diferenciados. “O forte, hoje, é a madeira laqueada. Com relação ao custo-benefício, o MDF é ideal, você faz um trabalho bonito e com custo baixo”, enfatiza. Casas, apartamentos e escritórios em Três Rios e região merecem ter ainda mais beleza. Alex Martins transforma seu cantinho no espaço dos sonhos!

ALEX MARTINS O profissional já tem 26 anos de experiência

Alex Martins Arquiteto (32) 3232-7466 (32) 9987-2860 alexmartinsarquiteto@gmail.com Marcenaria Alves (32) 8406-0925



GENTE COTIDIANO

UMA VIDA NO ARMAZÉM POR TIAGO TAVARES

FOTOS ARQuIVO PESSOAl

Cézar Brandão de Barros, 87 anos, é uma das pessoas mais conhecidas em Paraíba do Sul. A infância marcada por muito trabalho rendeu lições para a vida. Proprietário do Armazém Gêneros Alimentícios Treze de Maio, mais conhecido como “Armazém do Cézar”, ele tem dois filhos, alguns netos e muitos amigos. Tantos, aliás, que a entrevista foi interrompida ao menos uma dezena de vezes para desejar “bom dia” aos que passavam. 34

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riado em Paraíba do Sul, Cézar nasceu em 10 de junho de 1928, filho de Quintiriano Machado de Barros e Helena Brandão de Barros, teve oito irmãos e vivia na fazenda do pai, que ficava no bairro Serra das Abóboras. Além de inspiradora, a história do Cézar também é uma aula de bom humor e de como viver de bem com a vida. Falar sobre Cézar Brandão sem falar do seu armazém seria impossível, afinal a história de vida dele está dentro do estabelecimento que funciona desde 1955 e faz parte da história de Paraíba do Sul. O comércio fica na Avenida Ayrton Senna, uma das principais avenidas da cidade, e destaca-se pelo estilo rústico, bastante diferente dos comércios vizinhos. A bandeira do Flamengo, uma das paixões

de Cézar, está hasteada desde sempre à frente do estabelecimento. Ao entrar, um cenário atípico e aconchegante, com centenas [talvez milhares] de produtos e com um ar de nostalgia do passado que, mesmo quem não viveu, sente saudades. Bem antes de Cézar abrir o sorriso para receber os clientes, já nota-se que aquele local é uma “casa santa”, como ele mesmo diz. Santa também é sua devoção a Nossa Senhora de Aparecida, que já o abençoa em tantos anos de vida e de amizades consolidadas com a humildade e simpatia, confirmadas por todos que passam pelo armazém dando um “salve” ao passar e retribuída com um “bom dia” de um comerciante que ama o trabalho, os clientes e a vida. Vida. Está aí uma palavra que Cézar Brandão gosta de dizer. A cada história

Amigos, família, Flamengo, política e o armazém são as grandes paixões de Cézar

FAMÍLIA Na foto em família, os filhos e a esposa Aurinha, com quem esteve casado por 62 anos revistaon.com.br

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GENTE COTIDIANO

EXPERIÊNCIA O comerciante já está atrás do balcão do armazém há mais de 58 anos

AMIGOS Cézar Brandão ao lado do ex-prefeito Rogério Onofre, do filho Antônio Cézar e do Senador Francisco Dornelles

PASSADO No Armazém diversas fotos contam a história do comerciante, em uma delas está um registro datado de 3 de abril de 1961

contada, faz questão de ressaltar que a vida foi e é maravilhosa. Ao falar do passado, ele lembra com exatidão das boas coisas que viveu, das pessoas que conheceu e se emociona ao mencionar sua amada Aurinha, com quem esteve casado por 62 anos e oito meses [falecida em junho de 2013]. Os filhos, Ângela Márcia Barbosa de Barros e Antônio Cézar Barbosa de Barros, e netos também o enchem de orgulho. O carinho também se estende aos funcionários, que ele faz questão de dizer que são amigos, “baluartes” em sua vida. Outros amores também surgem ao conversar com o comerciante, entre eles estão o Flamengo, a política e, é claro, o armazém. O Armazém Gêneros Alimentícios Treze de Maio tem de tudo e mais um pouco. Além dos produtos típicos, destacam-se o legítimo bacalhau do porto, da carne Porto Belo, do mel genuinamente de abelha, da goiabada maravilhosa, da linguiça de porco, da variedade de vinhos portugueses, queijos e demais iguarias que são encontradas apenas naquele armazém. A história do famoso Armazém do Cézar começou junto com o sogro, Pedro da Costa Barbosa, com quem montou o comércio. Em tantos anos de funcionamento, o armazém é frequentado por pessoas simples, grandes nomes da política, da imprensa, além de jogadores de futebol e outros membros da sociedade, sendo palco de grandes discussões governamentais, sociais e esportistas. “O Zico esteve aqui nesse balcão. Ele estava hospedado na cidade e veio aqui. Mas naquele tempo não tinha facilidade para tirar foto, então não consigo provar com uma imagem. O pai do governador [o jornalista Sérgio Cabral] tem um sítio aqui e, vindo até Paraíba, a

chegada dele é no Armazém. Dr. Sérgio Quintella também é meu freguês. O Sérgio Lacerda e até o Sérgio Chapelin, que é genro do sul-paraibano Ghiaroni [Giuseppe Artidoro Ghiaroni] já veio aqui. A vida multiplicou as minhas amizades”, conta com orgulho e logo completa com humor: “Minhas amizades crescem todos os dias e conquistei sendo humilde, além de ser torcedor do Flamengo, o que faz multiplicar ainda mais”. Além dos amigos e visitantes ilustres, ele tem orgulho em falar sobre políticos da região que são frequenta-

Ainda segundo Cézar, a receita para manter o estabelecimento em funcionamento é tratar todos os clientes como amigos. “Construí muitas amizades. O dinheiro, para mim, não tem máquina, quem vem com ele é que vale. Tenho contato com pessoas ricas e pobres, minha clientela é mista. Eu tenho clientes que conhecem um bom vinho e queijo, mas tenho aquele cliente pequenininho que soma muito. Saber ganhar um tostão é depois ganhar um milhão. Esse armazém é conhecido na cidade porque eu amo trabalhar nesse lugar e tratamos todos com igualdade e respeito, esse armazém é uma casa santa”, analisa. O ex-presidente da Câmara de Paraíba do Sul, Jorge Cácio Barbosa, o Careca, também exalta a importância do comerciante para o município. “Tenho muito respeito e admiração por essa figura que é folclórica na nossa cidade devido à temática de seu armazém. Todos se surpreendem com o vigor e talento comercial com que o mestre Cézar recebe os ilustres clientes. Sou fã do Cézar Brandão, assim como do seu filho, Antônio Cézar, que herdou essa capacidade de nos cativar”, diz Careca. O consultor de vendas Carlos Barros também fala da importância do comerciante. “O tio Cézar é uma lenda viva. Há pessoas que passam dez ou 20 anos sem visitar Paraíba do Sul e, quando voltam, querem ir ao armazém. Ele marca tanto as pessoas que, quando voltam ao armazém, lembram até do produto que compraram. Um agregador, sempre é o centro das atenções e um exímio contador de histórias, além de ser amigo, companheiro, formador de opinião. Quem já foi no armazém sempre volta e

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O armazém é frequentado por pessoas simples, grandes nomes da política, da imprensa, além de jogadores de futebol dores assíduos. “Praticamente todos os prefeitos passaram por aqui. O Rogério Onofre foi o mais divulgado, o que movimentou Paraíba, criava polêmica e aqui era o ponto de encontro dele”, diz Cézar. “Diziam que ele comandava a prefeitura atrás da geladeira do Armazém”, completa o funcionário Ualace Franco Borges. “Tenho uma amizade muito boa com ele. Da vitória do Marcinho [atual prefeito, Márcio Abreu] eu também participei. São quatro ou cinco mandatos de prefeitos ganhos, e isso é uma glória para nós”, conta.


ainda traz mais pessoas para conhecer o tio Cézar”, conta Carlos. Para conseguir viver além do armazém, Cézar contou muito com seus funcionários. Um deles foi o amigo Warley de Moraes, que trabalhou no armazém por quase cinco décadas. “Ele trabalhou comigo muitos anos. Em julho iria completar 50 anos trabalhando aqui, mas infelizmente ele faleceu em junho. Foi um baluarte para mim. Eu sempre tive empregados amigos”, conta o comerciante. Outro funcionário que Cézar trata com carinho é o jovem Ualace Franco Borges, 24, que trabalha há sete anos no armazém. “Trabalhar com ‘seu’ Cézar é aprender. É só ficar quietinho e ouvir falar, um verdadeiro professor da vida, tem ótimo astral, trata todo mundo igual e trabalha incansavelmente de domingo a domingo”, conta Ualace. Se a gratidão pelos colaboradores é grande, maior ainda é a pela esposa, Áurea Barbosa, quem Cézar considera a pessoa mais importante de sua vida, que ajudou não só a manter o negócio,

mas, também, a construir uma vida de muito amor. “Ninguém pode imaginar como ela foi importante na minha vida. Quantas vezes ele ficava aqui quando eu ia ao Rio de Janeiro para buscar

“Todos se surpreendem com o vigor e talento comercial com que o mestre Cézar recebe os ilustres clientes”, diz Jorge Barbosa

mercadoria no caminhão de tijolos, às vezes 1h da madrugada para o frete ficar mais barato”, conta. A recente perda ainda deixa Cézar consternado, mas mesmo assim otimista. “Eu ainda não estou com aquela imponência, mas estou vencendo por Deus e pelo destino, pois nossa caminhada aqui já está es-

crita. Cada um tem um destino, mas a vida para mim é maravilhosa, por isso sigo em frente”, completa. Apesar dos anos de trabalho, Cézar não pretende parar e diz que a filha sempre aconselha que ele desacelere e desfrute da dedicação de tantos anos de trabalho. “A minha filha fala muito para eu descansar e gastar o dinheiro, mas eu estou bem onde estou, me sinto bem aqui. Para mim, trabalhar é um remédio que tomo todos os dias. Eu já viajei, fui para Buenos Aires, para o Chile, já andei muito pelo Brasil junto com a dona Aurinha, tenho retratos que tirei em Bariloche, mas gosto é de trabalhar. O trabalho é uma renovação espiritual e só paro quando eu morrer ou ficar broxa”, diz bem humorado o comerciante, que finaliza: “Eu quero que Deus me ajude e dê forças para estar sempre junto de vocês. Não quero mais nada. Dinheiro para controlar a minha vida, eu já tenho. Quero ter saúde para ter o contato do dia a dia. É maravilhosa a vida e saber viver é uma arte”.

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OS DESAFIOS DA GESTÃO FOTOS DIVulGAÇÃO

Ter e manter um negócio no mercado cada vez mais competitivo não é nada fácil. Quando surge a ideia de um novo empreendimento, é importante analisar todas as questões envolvidas para ter maiores chances de sucesso. Para isso, é importante buscar auxílio de quem entende do assunto.

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or natureza, o brasileiro é empreendedor e todos os dias tem novas ideias para conseguir andar com as próprias pernas e passar de empregado para empregador. Muitos conseguem essa liberdade, mas nem sempre o empreendedorismo vem acompanhado de boa capacidade gestacional. Por isso, muitos empresários colocam em risco patrimônios já constituídos para dar sustentação ao sonho de abrir o primeiro negócio ou expandi-lo. Mas abrir, gerir ou expandir um negócio não é simples e a consolidação financeira é mais difícil ainda de ser alcançada. Pensa-se no que irá dar certo, não levando em conta questionamentos relevantes relacionados ao projeto. Tendo em vista as questões, verifica-se que

Abrir, gerir ou expandir um negócio não é simples e a consolidação financeira é difícil de ser alcançada os chamados projetos não passam de ideias que sequer podem ser julgadas se são boas ou não, deixando de avaliar viabilidade, custos, prazos e recursos a serem empreendidos. Antes de qualquer decisão, os novos empreendedores devem transformar uma ideia em oportunidade, mensurando os seus parâmetros para saber se há viabilidade econômica em determinado

mercado. Para isso, devem saber identificar as oportunidades nos mercados onde querem atuar e os problemas não resolvidos para os quais seus produtos ou serviços podem ser uma solução. Ciente da problemática e a demanda relacionada ao setor empresarial, e usando a experiência gestacional, jurídica e contábil, o advogado Alexandre Faria, o economista Victor Guerchon e o advogado e economista Lior Sternberg fundaram a WYM - Gestão Estratégica. Localizada no Rio de Janeiro e com atuação também no interior, já com uma sede em Três Rios, a WYM estabelece dois pontos estratégicos que visam atender com competência uma gama de clientes, promovendo excelência contínua nos serviços oferecidos.


A escolha da cidade de Três Rios como polo não foi ao acaso. Atenta ao crescimento do mercado e evolução empresarial, a WYM consegue suprir as necessidades do mercado regional e do Estado, prestando orientação nas diversas áreas estratégicas, como na gestão de negócios, financeira, marketing, jurídica, contábil, de custos, participativa e implementação de processos em TI, entre outras. A experiência dos três empresários foi expandida ainda mais nos últimos dois anos, com a parceria desenvolvida com diversos clientes em áreas variadas, além da administração de processos de reposicionamento e parcerias estratégicas com empresas de todo o Brasil e do exterior. “A administração conjunta do controle integrado pelos profissionais da WYM está associada à diminuição das incertezas e problemas nos processos internos que determinam um gerenciamento contínuo para criar eventos futuros e de controle que conduzem as

ANÁLISES Controlar os processos da empresa podem representar aumentos de margem

“Ideias surgem da inspiração do futuro empreendedor ou de diversas outras fontes externas”, Alexandre Faria

CASAL Alexandre Faria e Karla Faria na inauguração da WYM no Rio de Janeiro

GRANDES CIDADES O crescimento dos municípios depende, também, de boas ideias

organizações para um modelo de excelência construtiva. Isso quer dizer que o alinhamento de todas as áreas, jurídica, contábil, financeira e tributária, ou seja, a promoção da integração das informações, promove um alinhamento com as perspectivas de crescimento que cada empresa deseja obter continuamente dentro dos modelos no seu negócio de atuação”, explica Victor Guerchon, economista e sócio da WYM. Os novos empreendimentos sempre surgem de ideais esporádicas, transformando-se em projetos sem o planejamento adequado, como explica o advogado e sócio da WYM Alexandre Faria. “Ideias surgem da inspiração do futuro empreendedor ou de diversas outras fontes externas. Há aqueles que, ao


retornarem das suas férias numa praia com péssimos serviços, num impulso empreendedor, têm a ideia de montar uma pousada ou um restaurante com atendimento diferenciado. Essa pode ser uma ideia, mas será uma oportunidade? Outros, após um exercício de brainstorming, colecionam uma dúzia de ideias, mas qual delas será de fato uma boa ideia? Há, ainda, os que, inspirados por um momento de raiva do chefe, se tornam verdadeiros visionários e veem brotar mil ideias de negócio, onde possam exercer toda sua autonomia e colocar em prática seus talentos. De fato, podem surgir muitas ideias de negócio, porém nem todas são oportunidades”.

O projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto ou serviço único

Outro ponto importante é: quando uma ideia pode ser encarada como oportunidade? Esse questionamento nem sempre é avaliado pelo empreendedor, fazendo com que os investimentos sejam feitos de forma inadequada e não condizente com o mercado atual, que necessita de ações cautelosas com a precisão e rapidez que o mercado pede. “Oportunidades, por outro lado, são ideias que foram analisadas criteriosamente. Para que uma ideia se transforme em oportunidade é preciso fazer um bom trabalho de buscar informações sobre os consumidores, os concorrentes, os fornecedores, os procedimentos tributários e trabalhistas, as licenças necessárias, entre outros. Depois, colocar tudo isso no papel, num plano de negócio, e verificar os números, tais como o lucro que o negócio vai render, em quanto tempo o investimento será pago, quanto o empreendedor poderá tirar de salário (pró-labore). E, por fim, responder duas perguntas essenciais: qual a sua 40

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experiência e conhecimento no ramo? Esse tipo de negócio vai fazer você feliz?”, esclarece Lior Sternberg, o terceiro sócio da WYM. Todo esse cuidado na hora da gestão pode ser facilmente resolvido com o trabalho responsável e direcionado. Entre os serviços oferecidos pela WYM está o desenvolvimento de projetos que levam em conta cinco processos fundamentais: a iniciação do projeto; planejamento; produção; monitoramento e fechamento (conclusão). Além disso, alguns critérios também são bem observados pelos especialistas, como o tempo estimado, o custo previsto, o bom nível de aceitação do cliente, o atendimento de forma controlada às mudanças de escopo, as regras políticas, procedimentos da organização sem causar distúrbios e os aspectos culturais. A WYM respeita as peculiaridades de cada negócio administrado. O projeto, portanto, é um esforço temporário empreendido para criar um produto ou serviço único. Desta forma, um projeto tem início e fim definidos e resulta em um produto ou serviço de alguma forma diferente de todos os outros anteriormente produzidos. Ciente de todas as dificuldades dos setores administrativos, burocráticos, econômicos e jurídicos das empresas, a WYM trabalha para facilitar os processos, prestando assessoria gestacional de forma séria, trazendo a experiência e credibilidade de seus sócios.

(21) 3173-0463 Avenida Rio Branco, 135/708 Centro - Rio de Janeiro/RJ (24) 2255.1476 Rua Prefeito Walter Franklin, 13/307 Centro - Três Rios/RJ


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GENTE COTIDIANO

ADOCÃO POR MAYARA STOEPKE

FOTOS ARQuIVO PESSOAl

Para os adultos, suprem a necessidade de afeto. Para as crianças, além de um amigo, servem para aprendizado. Em pouco tempo tornam-se membros da família e são fieis companheiros. Ter um cachorro em casa pode ser uma experiência incrível e, dar um lar para aquele que está abandonado, muitas vezes passando necessidade, pode ser ainda mais especial.

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eja resgatando das ruas, de abrigos ou petshops, adotar um cachorro abandonado é salvar uma vida que poderia estar perdida, proporcionar felicidade para um animal que não tem culpa de estar naquela situação e poder levar amor e carinho a todos que estão ao seu redor. Adquirir um animal de um abrigo abre vaga para outro que possui a mesma necessidade, gerando um ciclo de amor e de resgate àquele que não tem como se defender sozinho. Além de realizar uma ação de responsabilidade social, é essencial estar livre de preconceitos, pois os mestiços e sem uma raça definida possuem os mesmos direitos que os cachorros de raça. São capazes de levar alegria, preencher o vazio, dar amor e uma amizade pura e livre de qualquer maldade. Em Três Rios, cerca de 3.000 animais precisam de ajuda segundo Kátia Regina, membro da Apatre – Associação de Proteção Animal de Três Rios. Ela diz que 90% foram abandonados e 10% pertencem a famílias de baixa renda que não possuem condições de tratar

os animais adequadamente. A situação é agravada pela falta de castração, já que, como a procriação é muito grande, aumenta rapidamente o número de cães abandonados ou tratados em condições precárias. “As pessoas precisam entender que cada um pode fazer a sua parte, não é preciso comprar um cachorro, há vários animais lindos precisando de um lar. O trabalho não é só das instituições que cuidam da causa, mas de cada um de nós”, desabafa Kátia. Segundo ela, o ato de amor começa na castração do animal, ainda visto com preconceito por algumas pessoas por falta de informação. Essa atitude previne que esses animais se reproduzam sem controle. Em seis anos, uma cadela e seus descendentes podem gerar 64 mil filhotes, o que se torna muito preocupante. A Apatre surgiu em 2012 com um movimento em prol de uma cadela através de uma rede social, quando cerca de dez pessoas se reuniram pela causa. A vontade de proporcionar uma vida e lares dignos para esses animais fez com que algumas

LAYS XAVIER E CACAU A jovem enfatiza que vida nenhuma deve ser comprada

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GENTE COTIDIANO

CRISAINE E LUCKY O sentimento de perda colocou os dois no mesmo caminho

NILMA GUIMARÃES Com sua divulgação em redes sociais, muitas vidas são salvas

KÁTIA REGINA Com a Apatre, já tirou mais de 200 cachorros das ruas

TAÍZ PELIZON Com oito cachorros, não imagina sua vida sem os animais

SARINHA A cadela foi encontrada dessa forma pela equipe da Apatre

TRÊS MESES DEPOIS Já recuperada, é possível ver que a união pode fazer a diferença

pessoas continuassem a ideia. Atualmente, oito pessoas integram a Apatre e já proporcionaram a adoção de aproximadamente 200 animais. Com a ajuda de amigos e veterinários, é possível arrecadar alimentos e castrações para esses animais, porém, ainda é pouco. A equipe precisa de ajuda e, principalmente, de voluntários. Na rede social, Nilma Guimarães, também integrante da Apatre, divulga fotos e necessidades dos animais que precisam de lares, o que facilita a visibilidade da causa entre as pessoas que são engajadas e os apoiam. “É uma trabalho que acontece aos poucos. Muitas vezes pegamos os animais em estado muito crítico, cuidamos e os preparamos para um lar. Ver como a nossa ajuda transforma a

vida deles é incrível”, conta Nilma. Mensalmente, feiras são organizadas e cerca de 15 cães ganham lares, mas, ainda assim, o número é pequeno. Kátia explica que a adoção pode ser feita, também, com os animais ainda na rua. “Quando não é possível retirá-los e dar um lar, podemos adotar castrando, levando comida e água, dando uma vida mais digna, ainda que na rua”, ressalta. A iniciativa acontece porque muitas pessoas não possuem espaço e condições para terem os animais dentro de casa. A adoção é um ato que deve ser feito com responsabilidade, já que o problema não é solucionado se, depois, perceber que não está preparado para cuidar de um animal. A atitude de adotar requer cui-

dados e preparação. Há mudança na rotina da família, já que o animal precisa de atenção, carinho e cuidados na alimentação e saúde. São muitas as histórias de pessoas que abriram o coração e adotaram um animal abandonado. Lays Xavier, estudante, tem quatro cachorros adotados e uma relação de muito amor com cada um deles. “Sempre achei que, assim como pessoas não são compradas, também temos que agir da mesma forma com os animais. É uma coisa que já vem há muito tempo, não teve um fato marcante para isso iniciar”, conta. Cada animal surgiu de uma forma. Totó, o mais velho, foi doado pela vizinha que já tinha muitos animais e

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Em seis anos, uma cadela e seus descendentes podem gerar 64 mil filhotes não poderia dar abrigo para mais um. Cacau e Pretinha foram encontrados na rua e Nina, a mais nova, foi adotada através de um apelo na internet. “Não troco a adoção por compra alguma, vida não é mercadoria. Sempre divulgo feiras, fotos e relatos dos meus bichinhos e isso ajuda as pessoas a terem uma maior consciência sobre o amor que eles podem dar”, completa Lays. O sentimento de perda também é a motivação para a adoção de cães e foi o que aconteceu com a enfermeira Crisaine Arruda. “Eu tinha uma cachorrinha e ela faleceu, desde então eu queria ter outro cachorro. A princípio não cogitava esta ideia, mas quando eu vi os filhotes na página de um membro da Apatre, me interessei”, explica. Ela e a família ado-

taram o Lucky, que está com três meses. Sua filha de quatro anos é apaixonada por cachorros e com o pequeno filhote não foi diferente. “Ter adotado o Lucky no meio de tantos outros filhotes foi estranho. Quando bati o olho nele, logo senti que era para ser meu”, conta. A rotina da família foi modificada com a chegada do animal, todos se sentem responsáveis pela saúde de Lucky. Sobre o trabalho da Apatre, Crisaine defende. “É um trabalho bem bacana que precisa de apoio para continuar dando certo. Eles precisam de um local para abrigar os bichinhos. Sempre vemos muitos deles abandonados na rua e acho que a castração seria uma solução”. Taíz Pelizon, pedagoga, ama cachorros e possui oito. Bruce e Shakira for-

mam um casal que ela retirou da rua e tiveram três filhotes: Beckhan, Madona e Britney. Branca, Malukinha e a Meg também foram retiradas da rua. “Adotei porque eram cachorrinhos de rua e, quando se fala em adotar, o povo tem um preconceito muito grande, acham que são cachorros doentes só porque vieram da rua. Há tantos animais de rua precisando de um lar que o meu lema é: não compre animais, adote”, ressalta Taíz. Os cãezinhos não saem de perto da pedagoga, que se diverte diariamente com os animais e não deixou de fora nem do casamento. Além da adoção, Taíz luta pelos animais que, para ela, vivem em um mundo onde não têm vez. Participa de dois grupos de proteção a animais, a Apatre e o Irmãos Vira-latas. Nos projetos, pede doações às pessoas que são engajadas na causa e seu dever é buscar ajuda para os amigos de quatro patas. “Se me sinto triste, eles também ficam tristes comigo. Os meus cachorrinhos são meus filhos de quatro patas, são anjos na minha vida, não vivo sem eles”, conclui.

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GENTE COMPORTAMENTO

AMOR DE ONTEM, HOJE E AMANHÃ POR MAYARA STOEPKE

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Viver uma história de amor, construir um relacionamento sólido e duradouro é um sonho para muitos casais. Resolver os problemas juntos, sonhar, projetar um futuro e formar uma família. Seria uma realidade dos jovens do século XXI ou é pensamento de gerações passadas? Existe o manual da “vida de casal”?

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ara Angela Maria Faria, 59 anos, não existe segredo, e sim gostar um do outro. Há 36 anos casada com Paulo Roberto Machado, 61 anos, o casal se conheceu ainda na época de colégio e namoraram por oito anos. “Durante dois anos foi ‘escondido’ do meu pai, pois ele achava que tínhamos que namorar e noivar em um ano. Isso não era possível, pois tínhamos 17 e 15 anos. Depois desse período, ficamos dois anos separados, reassumimos o namoro e, depois de quatro anos, nos casamos”, conta Angela, que teve três filhas com Paulo Roberto. Não achar que “se não der certo, separa”, sentir-se responsável um pelo outro e pelo bem-estar de ambos é fundamental, segundo o casal. “Acreditar que a família é uma entidade sagrada e que nela se formam homens de bem, que vão conviver em sociedade, transformando esse mundo em algo melhor”, resume Paulo Roberto. Dividir a vida, problemas, alegrias e tristezas, compartilhar sonhos e saber que não caminha mais só, fazem parte da vida de quem escolhe

viver junto com outra pessoa e construir o mesmo futuro. Seria o amor a base de tudo isso? Para o casal, os jovens, atualmente, preferem curtir a vida a assumir compromissos sérios. Apesar da dificuldade atual em construir um relacionamento duradouro, Paula Faria, 28, filha do casal, segue a tradição da família, que possui casamentos duradouros. Há cinco anos namorando Tiago Costa, 23, o casal pretende casar. “Nos conhecemos em uma festa de aniversário. Eu trabalhava em um buffet e a Paula era convidada. Comecei a reparar como ela era, seu jeito doce e natural de agir. Após a festa, encontrei seu perfil em uma rede social e começamos a nos conhecer melhor, então a chamei para um jantar. Nesse dia conversamos muito. A partir daí, nossos encontros fi-

caram constantes”, conta Tiago. Mesmo jovem, o casal resolveu morar junto há um ano em Juiz de Fora, onde Tiago estuda e Paula trabalha. “Vamos nos casar, mas, como queremos fazer uma festa e viajar, estamos preparando tudo com calma”, explica Paula. Com planos de terem filhos, sempre conversam sobre o assunto, porém, por não estarem financeiramente preparados, o jovem casal fica com receio e prefere planejar para dar um conforto melhor para a família. “Adoro crianças, vai ser ótimo quando tivermos as nossas”, conta Tiago. Segundo eles, não é falta de maturidade dos jovens atuais em não manter um relacionamento longo, e sim falta de respeito. “Acredito que as pessoas não estão pensando uns nos outros como deveriam. Em muitos casos,

Sentir-se responsável um pelo outro e pelo bem-estar de ambos é fundamental para Angela e Paulo Roberto

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GENTE COMPORTAMENTO

ANGELA MARIA E PAULO ROBERTO O casal afirma que ter uma família é a base de tudo

DUDU E THAMIRIS Um registro da primeira viagem de férias do casal, em 2007

PAULA E TIAGO Começaram a conversar através de uma rede social

as pessoas namoram só para não ficarem sozinhas, acho isso muito errado. Sempre fui bem claro nesses aspectos. Se eu estou com a pessoa, é porque acredito que ela é a pessoa certa para eu criar uma família e ficar ao lado sempre”, define ele. Paula afirma que, para manter um relacionamento duradouro, é necessário escolher alguém que te encante, tem que haver sintonia, carinho e respeito. Cada história de amor tem sua particularidade. Leonor Bastos, 50 anos, e Sebastião Candido, 55 anos, mais conhecidos como “Lolinha” e “Ponês”, acreditam que a união faz a força. Ela trabalhava na loja do pai, enquanto ele em uma sapataria. Foi lá que tudo começou. “Eu passava muito por lá e todos compravam calçados nessa sapataria. Um dia, fui trocar uma sandália da minha sobrinha e ele veio me atender. Eu achava muito metido, apesar de bonito. Depois disso, eu passava por lá para vê-lo. Os amigos da sapataria começaram a falar com ele e um dia saímos para conversar. ‘Ficamos’, como dizem hoje em dia”, brinca Lolinha que, em 10 de setembro de 1975 teve o primeiro encontro com o homem com quem está há 38 anos, sendo casada há 27 deles. “Eu a pedi em noivado na cozinha da casa dos pais dela, com uma aliança bem fininha. Um ano depois, marcamos a data com a aprovação dos pais dela, principalmente da minha sogra, ‘Dona’ Lola, que eu sempre considerei uma mãe”, conta Ponês. Assim como para Angela e Paulo Roberto, para o casal, manter um relacionamento de tantos anos não tem segredo algum. É saber que a família é o

bem mais precioso e que casar é ficar junto sem “data de vencimento”, termo que, segundo o casal, ouve-se muito atualmente. “Apesar de achar que, quando um relacionamento não está legal e está atingindo os filhos, o melhor mesmo é acabar e tentar novamente ser feliz. Casos que conhecemos muito bem na nossa família e entre amigos. Hoje estou feliz, satisfeito, com filhos maravilhosos, com uma esposa honesta, dedicada, companheira e uma super mãe de dar inveja a muita gente”, resume Ponês.

do bem, que a parceria dos dois deu certo e que, nos momentos difíceis, podem contar um com o outro, dando força para seguir em frente. Quando a questão é como os jovens estão mantendo relacionamentos, Lolinha resume: “Nem sei direito o que dizer. Está tudo muito mudado, estou vendo falta de amor, de fidelidade, de companheirismo. Hoje, uma simples briga é motivo para juntar as malas e cair fora. Aprecie os pontos positivos e lembre-se que seu companheiro ou companheira é seu melhor amigo, é aquele com quem você pode dividir tudo”. Assim como Paula e Tiago, o jovem casal Thamiris Auad, 21, e Carlos Eduardo Batitucci, [conhecido como Dudu Gasparzinho], 30, teve a rede social presente no relacionamento como forma de se aproximarem. “Nos conhecemos quando minha irmã estava procurando uma academia para malhar em Três Rios e fui acompanhá-la onde o Dudu trabalhava. Depois disso, ele me adicionou em uma rede social e começamos, a partir de então, a conversar diariamente. Marcamos de nos encontrar e ‘ficamos’ algumas poucas vezes antes do pedido de namoro. Já passaram seis anos”, conta como tudo começou. O casal garante que a diferença de idade nunca atrapalhou o namoro, porém, foi difícil conquistar a confiança dos pais de Thamiris, já que tinha apenas 15 anos. Apesar de jovens, pretendem levar uma vida em comum e terem filhos. Ela ainda estuda e ele almeja

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“Está tudo muito mudado, estou vendo falta de amor, de fidelidade, de companheirismo”, Leonar Bastos, a Lolinha

Além de levar uma vida de marido e esposa, ainda possuem um trabalho em comum, o que nunca gerou atrito, já que evitam levar os problemas para casa, fortalecendo ainda mais a relação dos dois. “Ele possui um trabalho paralelo, o que evita ficarmos muito tempo juntos. Ele é bem compreensivo, sabe que preciso dele durante o dia e eu o ajudo muito nesse outro trabalho também”, explica Lolinha. A melhor satisfação para o casal é olhar para os filhos e ver que são pessoas


conquistar a estabilidade financeira. “Acho que temos que aproveitar o agora, o hoje, e o futuro ser planejado com calma, à medida em que nossas vidas vão evoluindo e se encaixando uma na outra”, conta Dudu. Para Thamiris, manter um relacionamento duradouro e saudável não é questão de maturidade. “Acho que manter um relacionamento longo tem muito mais a ver com a forma como você enxerga a vida como um todo e como lida com seus problemas pessoais de uma forma em geral. Além disso, respeitar as vontades de vida do outro, apoiar os sonhos e entender que nenhum dos dois deve viver em função do outro ou do relacionamento. Não é porque estamos namorando que devemos abrir mão de nossas amizades ou parar de fazer atividades individuais que nos dão prazer”, explica ela. Dudu ainda completa que, para levar uma vida feliz ao lado de quem gosta, é preciso ter confiança, respeito e muita cumplicidade. “É preciso estar feliz junto, mas sozinho também”, finaliza.

FAMÍLIA Lolinha e Ponês com os filhos Ana Rosa, Julio e Ana Clara

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PAIXÃO FORA

DAS QUATRO LINHAS POR TIAGO TAVARES

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Emoções, choros, reclamações e o momento do gol, com um grito que ecoa! Situações vividas apenas por quem tem paixão pelo futebol: o torcedor. E o que seria do futebol sem eles? Quem mais poderia se arriscar em meio às multidões e até gastar o dinheiro de um mês de trabalho só para ver o time do coração vencer? Tudo isso, só por amor. 52

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ntre os “loucos” por futebol está o botafoguense Caio Tavares Azevedo. O estudante de fisioterapia torce pelo Botafogo desde que se entende por gente, mas foi depois do título Estadual de 2006 que se entregou de vez à paixão. Desde então, dedica-se ao alvinegro carioca. “A primeira prova de amor aconteceu em 2009, quando o Fogão brigava para não cair no Brasileirão. O último e decisivo jogo foi contra o Palmeiras, que brigava por uma vaga na Libertadores, uma guerra. Um conflito entre amor e medo... O amor venceu! Fui sozinho para a cidade maravilhosa ajudar o meu Glorioso a se livrar daquele fantasma. Foi lindo! A torcida lotou o Engenhão e criou uma atmosfera fantástica e inesquecível e nós vencemos. Essa ideia de ‘nós vencemos’ passou a fazer sentido, pois pela primeira vez me senti fazendo parte da vitória”, relembra Caio. O jornalista Gustavo Leal, que por influência do pai, Jocymar, tornou-se

torcedor, garante que torcer pelo Vasco da Gama já virou tradição em sua família. “Sou vascaíno desde sempre. Já nasci vascaíno por conta do meu pai, que também é vascaíno graças ao meu avô, pai dele. É uma verdadeira dinastia de

“A entrevista [de emprego] foi marcada para o dia do jogo de despedida de Edmundo no Vasco. lógico que parti para São Januário”, Gustavo Leal, jornalista

bons torcedores”, conta. O amor de gerações já atrapalhou Gustavo em uma boa oportunidade de emprego para ver um dos seus grandes ídolos, o atacante Ed-

PAIXÃO Desde muito pequeno, Caio é botafoguense

mundo. “Eu estava participando de um processo seletivo, mas a entrevista foi marcada para o dia do jogo de despedida de Edmundo no Vasco, em março de 2012. Lógico que o coração falou mais alto e parti para São Januário. Faltei à entrevista que, por sorte, foi remarcada de última hora. No fim, valeu participar desse momento histórico para o craque, para o clube, para a torcida e para mim.

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PASSADO A história do Botafogo faz Caio ser mais apaixonado pelo clube

TRADIÇÃO Torcer pelo Vasco é um legado que passa por gerações na família de Gustavo

AMIZADE Gustavo sempre vai aos jogos acompanhado de amigos

Passei o segundo tempo todo colado no alambrado, perto da FVJ (Força Jovem do Vasco), com a cara no vidro tomando chuva. Fizemos 9 x 1 no Barcelona de Guayaquil, com dois gols dele. No fim, ele passou pertinho com a bandeira do Vascão, para delírio de todos. Mais uma noite inesquecível proporcionada pelo ídolo Edmundo”, recorda Gustavo. O tricolor Cleber Zarattini também é um apaixonado e, mesmo nas fases ruins, não abandona o clube do coração, o Fluminense. Em um desses momentos, descobriu um dos grandes ídolos recentes, o atacante Fred. “Ele ajudou o Flu a fugir do rebaixamento em 2009 e a conquistar os títulos brasileiros de 2010 e 2012, além do Carioca, também em 2012”, conta. Mas ele não deixa de falar dos ídolos do passado, como o goleiro Castilho, que jogou no Fluminense entre 1946 e 1964. “O médico disse que ele deveria passar por dois meses de tratamento, mas ele resolveu amputar o dedo para retornar mais rápido aos jogos. Duas semanas depois da amputação, ele já havia voltado a jogar pelo Fluminense. Isso é amor pelo time”, completa Cleber. Outro fanático pelo seu clube é Richard Nixon dos Santos, que escutou várias histórias sobre as conquistas do rubro-negro carioca, o Flamengo, através do pai e declara eterno amor ao clube vermelho e preto. “Minha família influenciou demais. Meu pai era flamenguista louco e passou para os filhos. Minha mãe, apesar de não saber muito, sempre foi ligada e gostava de ver os filhos juntos torcendo. Meu pai,

toda vez que chegava de viagem, pegava o rádio de pilha e ficava ouvindo e me contando histórias de cada jogador”, diz Richard. Mas nem só de amor vivem os torcedores brasileiros e os gastos para acompanhar e vestir-se com as cores dos clubes são bem altos. Uma camisa oficial dos quatro grandes do Rio sai, em média, por R$ 200. Caso queira investir em outros produtos oficiais, o valor fica ainda mais alto. Além disso, tornar-se sócio custa, anualmente, em média, R$ 360, o que afasta muitos torcedores. Apesar do alto custo, os torcedores fazem sempre aquela forcinha para acompanhar os clu-

sozinho para o Rio de Janeiro, os gastos eram maiores que atualmente. Hoje, organizo caravana. Um agravante da baixa frequência das torcidas, em geral, tem sido os altíssimos valores dos ingressos”, relata Caio Azevedo. Vale até fazer rifa, como relata o flamenguista Richard Nixon. “Já fiz muitas loucuras. Até rifa para custear ida em um jogo do ‘Mengo’ eu já vendi”, relata o torcedor. Apesar de cada um torcer por um clube diferente, o amor pelos respectivos clubes faz aumentar ainda mais a rivalidade entre eles, mas, como bons torcedores, sabem que isso faz parte do futebol e vivem um jogo de cada vez.

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Os gastos para acompanhar e vestir-se com as cores dos clubes são bem altos

bes. “Para quem mora no interior, fica meio pesado mesmo ir aos jogos. Em um jogo em São Januário, gasto, em média, R$ 100, contando ingresso, transporte, alimentação, estacionamento. Mas vale cada centavo. Sinto-me em casa em São Januário”, diz Gustavo Leal. Para amenizar os gastos, a melhor solução é unir-se a outros torcedores para baratear os custos de deslocamento. “Os gastos com os jogos são ofuscados pela paixão, mas vale ressaltar que não são pequenos. Quando eu ia

AMOR INCONDICIONAL Mesmo nas fases ruins, Cleber não abandona o Flu


O amor pelos respectivos clubes faz aumentar ainda mais a rivalidade entre eles

FESTA Os jogos do Fluminense viram festas para Cleber

“Levo na boa a rivalidade e não esquento quando me zoam, não respondo e sempre aguardo o jogo seguinte dos rivais para zoar muito”, diz Richard. O botafoguense Caio também encara a rivalidade com naturalidade. “Uma das coisas que incomodam alguns torcedores ‘rivais’ é a maneira com que encaro as brincadeiras, pois não me abalo tanto como a maioria. O Botafogo faz

parte da minha vida e estarei sempre disposto a defendê-lo. Não vou negar que me irrito se alguém tentar menosprezar o meu clube, pois conheço praticamente toda a história do Glorioso e sei da sua importância nos cenários nacional e internacional. Não me escondo nas derrotas e o manto alvinegro estará sempre à disposição no cabide para que eu possa vestir e desfilar pelas ruas”, explica Caio. O tricolor Cleber Zarattini utiliza outra estratégia para livrar-se da perseguição dos torcedores rivais. “Tento, ao máximo, levar na esportiva, mas é ruim quando o Flu perde, principalmente em clássico. Então, prefiro me fazer de desentendido, como se nem tivesse visto

ARQUIBANCADAS Richard Nixon vai ao estádio com o amigo Henrique sempre que pode

o jogo. Isso serve como uma tática”, conta com bom humor. Quando o assunto é futebol não há um consenso, mas o que importa é torcer com tranquilidade e respeito. “O futebol tem a capacidade de fazer com que pessoas que nunca se viram, num momento de gol, se abracem e vibrem juntas como verdadeiros amigos. Isso é fantástico”, finaliza Caio.

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SÃO LONGUINHO, SÃO LONGUINHO! POR SAMYlA DuARTE

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Quebrar espelho causa sete anos de azar. Vassoura atrás da porta dispensa visitas indesejadas. Varrer o pé impede que a pessoa se case. Se a orelha está quente, tem alguém falando mal de você… Muitos acreditam fatos, que são, na verdade, superstições. Coisas do passado? Nada disso! Elas passam de geração para geração e se adaptam. revistaon.com.br

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uperstição é uma crendice popular baseada em fatos não comprovados cientificamente e costumam ser passados por gerações. A aposentada Celeste Maria Jorge Martins, de 61 anos, é uma adepta às crenças e aprendeu desde criança. “Fui educada com muito medo de tudo, talvez por isso as superstições existam. Minha avó conversava com as almas quando algum barulho estranho se apresentava, principalmente à noite. Vovó perguntava a elas se queriam orações. As almas nunca responderam, mas a gente rezava assim mesmo e íamos dormir cobrindo a cabeça com o cobertor para não vê-las”, conta. “Coitado do São Longuinho, ele aguenta cada uma e sempre me socorre. Chinelo virado? Nem pensar! Orelhas quentes, coceira na mão, cruzar os dedos... Fazer o sinal da cruz várias vezes até que eu tenha a certeza da minha concentração”, diz sobre a mais usada. Celeste acredita em todas as superstições, exceto as mais recentes, e justifica isso por ser de geração anterior. Para ela, todas as vezes que apelou para São Longuinho, encontrou o que queria e, em seguida, deu os três pulinhos. Ela conta que as três filhas não são muito adeptas, o máximo que fazem é bater três vezes na madeira, mas os netos, de três e oito anos, seguem os conselhos da avó. Eles gostam de Halloween, histórias assustadoras e fantasias de monstros. Apesar de surgirem algumas dúvidas, as crianças entendem e enfrentam os medos típicos da idade. Eles até fazem uma das preferidas da avó: ir atrás da porta e chamar três vezes o nome de uma pessoa. Segundo Celeste, a pessoa chega! A administradora Rafaela Borsato, de 36 anos, não consegue ver um par de chinelos virado. Segundo a superstição, a mãe do dono dos chinelos morreria com esta cena. “Pode parecer coisa de gente doida, mas até hoje, se vejo chinelo virado, preciso desvirar”, diz. Rafaela conta que isso é coisa da avó, que conseguiu passar as crenças para os 21 netos. Comer de garfo e faca e passar perto de espelhos durante relâmpagos era motivo para a avó chamar a atenção. “O engraçado é perceber como absorvemos essas coisas mesmo que elas não façam o me58

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“O engraçado é perceber como absorvemos essas coisas mesmo que elas não façam o menor sentido”, Rafaela Borsato nor sentido. Acho que todo mundo já se entendeu com o São Longuinho alguma vez na vida. Perder algo, prometer os pulinhos, gritinhos e depois encontrar. Quem nunca? Acho que já cansei de pular e gritar por aí”, diz Rafaela. As ciências exatas evoluíram e a prova disso é a invenção da lâmpada, do avião a jato, do telefone celular e da nanotecnologia, que são relativamente recentes. Já as ciências humanas, em contrapartida, nada [ou pouco] evoluíram. Esta é a opinião do sociólogo Gilberto Caldas. Ele acredita que as ciências humanas, onde entram as superstições, inclusive o conhecimento moral, ainda precisam avançar em grandes proporções como avançaram as ciências exatas. Um exemplo disso, ainda segundo ele, é a produção brasileira fundamentada na compra de matrizes e patentes internacionais. A ideia é sempre comprar fora, não aqui. Acabou se tornando um pensamento comum. As indústrias adquirem peças de fora, primordialmente da China. Se investíssemos em pesquisas, esse costume seria diferente. Mais um exemplo são as manifestações recentes. Caldas aponta que a polícia não tinha estratégias inteligentes para ordenar o movimento e com isso houve brigas violentas. Os conflitos poderiam ser evitados se as pesquisas nas áreas sociais fossem avançadas. “Temos uma defasagem grande em humanas, a superstição está na área de humanas porque é crendice. Crendice é aquilo que a gente acredita sem base científica, mas faz bem. É muito bom para nós termos um suporte que nos dê uma segurança. Na superstição, estamos tratando com o sobrenatural. Como não tem como explicar científica e tecnicamente, tem que levar para o sobrenatural. Essa ânsia de levar para o sobrenatural as coisas que não podem explicar e não sabem explicar, essa necessidade que nós temos de explicar o que não conhecemos, é porque temos medos”, analisa.

Gilberto explica que não passar embaixo de escada é uma superstição que tem uma explicação técnica, porque a pessoa pode ser atingida por um pedaço de concreto. Mas dizem que dá sete anos de azar e isso veio da intervenção popular, assim como os mesmos sete anos de azar para quem quebrar um espelho. O “azar” dura bem menos, tempo em que a pessoa corta a pele. Assim como o gato preto, tão desprezado por quem é fervorosamente supersticioso. Os donos dos felinos são pessoas normais que não tiveram sete anos de azar (ou mais) por esbarrar com o bicho o tempo todo. O sociólogo explica, por fim, que as superstições podem ser saudáveis se dotadas de ânimo. “Todas as superstições que são desanimadoras não trazem resultados. Que procurem sempre fundamentar seus raciocínios em coisas positivas. A história do trevo de quatro folhas é legal porque remete à sorte. Se leu o horóscopo que disse algo negativo, não dê bola”.

CHINELOS VIRADOS Rafaela conta que as histórias foram passadas pela avó


TRÊS PULINHOS São Longuinho já ajudou Celeste a encontrar diversos itens perdidos

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Euler Massi

Ano novo, promessa velha e vida nova! As facilidades de pagamento ajudam a gastar mais do que deveria

emassi@invistaativa.com.br

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m geral, não fomos educados financeiramente e, por isso, os índices de endividamento e até inadimplência, continuam altos. Só vejo uma saída para mudar essa situação no longo prazo: foco na implantação de programas de educação financeira nas escolas. Desse modo, começaremos a construir uma geração mais consciente. Os filhos são espelhos dos pais. Na maioria das vezes não lembramos disso e acabamos dando um mau exemplo financeiro para as crianças. Quem dá mesada para o filho deve também conversar sobre como guardar e gastar o dinheiro de forma eficiente. As crianças são altamente programáveis e é nesta fase da vida que elas precisam de ajuda para não se tornarem adultos com dificuldades de lidar com as finanças. Quando o seu filho quiser comprar algo com a mesada dele, deixe que o faça. Ele se sentirá “adulto” fazendo isso. As crianças adoram, mas converse com ele, explique que com dinheiro ele pode conseguir uma oferta melhor se pechinchar, ensine-o a dar valor ao dinheiro, mas com cautela para ele não se tornar avarento. Uma negociação saudável é onde se consegue o “ganha-ganha”, onde os dois lados sejam atendidos e fiquem satisfeitos, isso é muito importante que a criança aprenda desde cedo. O Natal já está aí e, com ele, as compras dos presentes. Você vai para a rua e percebe que o ano voou. Novamente comprando presentes para o Natal, as ofertas são tentadoras, as facilidades de pagamento ajudam a gastar mais do que deveria. Mais uma vez você está no ciclo indesejado de endividamento para quem não se programou financeiramente durante o ano para esta época.

Na falta do dinheiro na mão para pagar à vista e barganhar descontos, as pessoas recorrem aos cartões de crédito e parcelam tudo a perder de vista. Mais um ano em que tudo se repete e as promessas da virada do ano para se organizar financeiramente ficaram só na promessa. E isso sem falar no IPTU, IPVA, matrícula escolar, etc. Tudo junto ao mesmo tempo! Bom, agora não tem muito a fazer. A data chegou e os presentes serão comprados, mas lembre-se, comprou terá que pagar, pois os juros do cartão de crédito são altíssimos. Melhor manter os pagamentos em dia. Uma dica para o próximo ano para quem não se programou é fazer uma poupança para este período do ano, nem que seja um cofrinho para guardar troco do dia a dia. Eles sempre surpreendem quando abertos para contagem nessa época do ano, vale a pena experimentar! Outra dica é sair de casa com uma lista, com o presente de cada um definido. Isso ajuda a organizar não só a logística das compras, mas, também, no orçamento, pois não te deixa olhar para os lados e ficar na dúvida na hora da escolha. Sendo assim, você já sabia o que queria e não gasta mais que o previsto. No mais, é “chover no molhado”. Ano novo está aí, façam seus balanços e experimentem coisas novas, como diminuir o número de cartões de créditos que carrega na carteira, cortar o limite do cheque especial no banco e reduzir gastos desnecessários. Desejo a todos um Feliz Natal e um Ano Novo cheio de paz, saúde e boas notícias!

Agente autônomo de investimentos, certificado pela Ancord e autorizado pela CVM. Também é palestrante da Ativa Educar, braço educacional da Ativa Corretora, onde opera no mercado de capitais e presta assessoria personalizada para clientes, pessoas físicas e jurídicas na cidade do Rio de Janeiro. Cursa gestão financeira pela Universidade Estácio de Sá. 60

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GENTE OPINIÃO

Helder Caldeira

Vergonha na cara

É desse sentimento decoroso que venho sentindo falta na “Bananeira Jeitinho”

helder@heldercaldeira.com.br

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esde o berço, meus pais fizeram questão de instruir-me quanto às pautas principais - e sinonímicas que devem nortear uma vida em sociedade, seja ela pública ou privada: o decoro, a dignidade moral, a honradez e a decência. Grosso modo, podemos resumir a ópera na consagrada expressão “vergonha na cara”. Tê-la ou não é capaz de definir um ser humano em amplo aspecto. Permita-me, caríssimo leitor ou leitora, prosseguir com um exemplo tão subjetivo quanto trivial. As novas gerações nem devem saber, mas houve um tempo em que a disciplina Educação Moral e Cívica integrava o currículo escolar obrigatório. Uma herança do Regime Militar, instituída pelo Decreto Lei nº 869 de 12 de setembro de 1969, assinado pelo triunvirato governamental de Augusto Rademaker, Aurélio de Lira Tavares e Márcio Melo - junta provisória que ficou conhecida pelos intelectuais como “Os Três Patetas” -, que ocuparam a Presidência da República nos sessenta dias entre o afastamento do tísico Arthur da Costa e Silva e a ascensão de Emílio Garrastazu Médici. No início da década de 1990, a professora Arlete lecionava Moral e Cívica no Colégio Cenecista Sul Paraibano, onde estudei. Apesar de bom aluno, sempre fui uma figura bastante desajeitada, meio descoordenado. Eis que, numa manhã letiva, um aluno grandão, alheio à nossa classe, apareceu à porta e arremessou uma bola de pingue-pongue que alvejou minha cabeça. Não pensei duas vezes! Peguei a bolinha e atirei de volta, com toda força. Absurdamente sem coordenação, ao invés de acertar o imbecil à porta, atingi em cheio a cabeça da professora Arlete, para deleite da plateia de alunos pré-adolescentes. Justo a mestre de Moral e Cívica! Fui tomado pela tal “vergonha na cara”. Não importavam suas ameaças punir-me com uma nota zero, ou mandar-me pra sala da direção, onde teria que enfrentar a temida Vovó Dudu -

como era conhecida a diretora geral da escola - e a voz espessa de Cátia, sua fiel escudeira, por suposto tida como igualmente severa. Eu só queria desculpar-me pelo ocorrido, solicitar escusas pela minha falta de mira que provocou aquilo que, na época, era uma retumbante tragédia. Atualmente, descalabro dos descalabros, alunos atacam e até matam professores sem qualquer vestígio mínimo de “vergonha na cara”. É desse sentimento decoroso que venho sentindo falta na “Bananeira Jeitinho”. Há pouco mais de 10 anos, quando ficávamos sabendo que algum político tinha roubado R$ 1 milhão, isso se tornava um imediato escândalo nacional. Desde que Luiz Inácio Lula da Silva e o “socialismo tropical” do PT tomaram posse, em 2003, são sucessivas e recorrentes as denúncias de quadrilhas políticas roubando os cofres públicos em cifras de R$ 1 bilhão que, de uns tempos pra cá, não parecem assombrar o (ir)respeitável público. Ao contrário: o povo bate palmas e segue reelegendo essa turma. Outro dia, uma máfia foi descoberta em São Paulo onde, apenas em propinas nas cobranças de ISS e IPTU, surrupiaram algo em torno de R$ 1 bilhão. Dois dias depois, a Polícia Federal prendeu em Brasília outra quadrilha de funcionários públicos que desviou quantia semelhante do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), órgão do Ministério da Fazenda. Logo em seguida, a mesma PF estourou outra gangue em Mato Grosso, acusada por desviar meio bilhão. Ninguém se espanta mais. Agora, milhão é só uma espiga grande de milho. Foi-se a “vergonha na cara” para o beleléu! A dos políticos e, também, a do eleitorado brasileiro. Um pedido para 2014? Que neste ano de eleição consigamos resgatar - um pouco, que seja - a “vergonha na cara” que outrora deixamos escapar. De minha parte, devo confessar: até hoje, apenas a lembrança da bolada na cabeça da professora Arlete já é suficiente para fazer minha cara queimar em ruborizada vergonha.

Helder Caldeira é escritor, articulista político, palestrante, conferencista e colunista do portal Revista On. É apresentador do SBT e autor dos livros “A 1ª Presidenta” e “Águas Turvas”. 62

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GENTE OPINIÃO

David Elmôr

A seletiva sociedade do caos

As desconexas escolhas da improdutiva sociedade brasileira sob influência da mídia

david@elmorecorreaadv.com.br

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odiernamente, no mundo globalizado desenvolvido (se assim podemos caracterizar as sociedades democráticas mais evoluídas), no qual se insere o nosso país, que vale dizer, está entre as maiores economias do planeta, privilegia-se a liberdade e a igualdade entre os indivíduos, independentemente da raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, em respeito às garantias fundamentais constitucionais e a manutenção do Estado Democrático de Direito. Todavia, este conceito, liberal e igualitário, começou a ser exercitado tão somente após o irrefutável fracasso de diversas legislações punitivistas e de governos autoritários, note-se, que preconizavam o proibicionismo e a supressão das garantias individuais para o controle do Estado, para garantia da ordem pública, para segurança nacional, estampando, portanto, ideais de “Lei e Ordem”. A Constituição Brasileira é uma das cartas magnas mais evoluídas e garantistas do mundo, contudo, os nossos legisladores, em sua produção legislativa, não conseguem alcançar os seus sublimes objetivos, editando assim leis ordinárias (ex. Código Penal, Código Civil, etc.) desarmônicas aos ideais pretendidos pelo constituinte e preconizados pelo mundo moderno, sendo certo que os juristas pátrios, incautos, ao aplicar a norma jurídica (legislação ordinária) se olvidam da hermenêutica, não interpretando as leis sob o espectro da Carta Magna de 1988, com um olhar filosófico e sociológico, tornando assim, a operação do direito em uma atividade mecânica, inflexível, distante da reflexão e puramente positivista (pragmatismo puro). Isso não é Direito. O jurista brasileiro precisa se reciclar, pois, ele conhece a norma jurídica (e acha que sabe aplicá-la) e desconhece o direito. No mundo capitalista, o consumismo é impulsionado por um bombardeio publicitário, levado a efeito especialmente pela grande mídia. Nesse cenário, o indivíduo passa a ser avaliado pelos outros membros da sociedade pelo que ele tem, e não pelo que ele é, criando, desta forma, um estereótipo de indivíduo (standard), ou seja, um padrão de homem que “deve” ser aceito pela sociedade. Os valores morais restam mitigados pelos valores materiais. O capital é relevante para as famílias se inserirem nesse contexto, no entanto, não é necessário o acúmulo de riquezas, basta a manutenção de um status social que se distancie das classes segregadas, estigmatizadas. Essa é a gênese da seleção. Os indivíduos começam a ser selecionados antes

mesmo de nascer, no ventre de sua genitora, pois, as mães ricas tem acesso ao melhor sistema de saúde, os filhos nascem e vão para um apartamento particular, nos melhores nosocômios; ao passo que as mães pobres são direcionadas ao famigerado SUS, os filhos nascem e vão para uma abarrotada enfermaria de um hospital público. No sistema educacional e no mercado de trabalho o malfadado destino não é diferente. A seletividade se perpetua. A mídia seletivista e capitalista fomenta uma “sociedade ariana” que distingue os bons (indivíduos aceitáveis) dos maus (indivíduos inaceitáveis), censurando pessoas sem que estas tenham sequer cometido uma conduta indesejável, proibida, criminosa, evidenciando uma verdadeira prática “lombrosiana” (Cesare Lombroso), no intento de apartar aqueles que são possíveis inimigos da sociedade (homens de bem). Nós (sociedade civil), “reis dos camarotes”, segregamos, estigmatizamos, suprimimos as alternativas e possibilidades daqueles que são rotulados, etiquetados, e depois, nos cercamos de seguranças, câmeras, cercas elétricas e muros altos, para nos “proteger” do perigo (indivíduo indesejável) que nós mesmos criamos. Que avanço é esse? Essa é a Liberdade e a Igualdade em terrae brasilis diria o Mestre Lênio Streck. A sociedade brasileira faz adorações aos castigos, as penas. Negacear a pena é praticamente uma heresia. O discurso da população tem caráter reprodutivo, vez que apenas repete aquilo que é fabricado e vendido pela mídia seletivista e punitivista. Refletir cansa não é verdade. Os governos e as agências punitivistas agradecem, pois, para o Estado é muito mais barato externar o seu Poder Punitivo através do proibicionismo e do cárcere do que investir em ganhos sociais (saúde, educação, inclusão, etc.), ademais, “Lei e Ordem” no sentindo de se “garantir” (falsamente) a segurança pública e de se suprimir (falsamente) a sensação de impunidade dá mais voto. Segundo lição do Professor Nilo Batista: “muita pena sinaliza pouca oxigenação democrática”. Não queriam experimentar o Poder Punitivo do Estado. Resta evidente que estamos vivendo em um simulacro de democracia, sendo bem verdade que a seletividade e a criminalização da pobreza se apresentam como as principais mazelas a serem guerreadas.

David Elmôr é advogado criminalista, originário de uma das mais respeitáveis bancas de direito do Brasil (SAHIONE Advogados), sócio sênior do ELMÔR & CORRÊA Advogados 64

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Labirinto O desejo é amoral e a vida não é justa

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e me encherem o saco mais uma vez eu vou embora. Assim, em tom ríspido, Paola se dirigiu à mãe em mais um daqueles intermináveis bate boca. Paola, aos 19 anos, prefere a companhia das meninas, em todos os sentidos, e sua mãe pressionada pelo pai, cobra outra postura dela. O pai de Paola chama-se Francisco, é engenheiro químico, a família mora em Higienópolis, São Paulo, porém, Francisco trabalha em Brasília, onde fica durante a semana. Filho dos anos 80, Francisco curte a música de U2, Pink Floyd, Beatles, etc. Não é de conversar muito com a filha, até porque trabalha excessivamente e fora, no entanto, cobra muito de sua esposa. Francisco curtiu a festa de 15 anos de Paola até mais do que ela, adora as formalidades e espera um príncipe encantado para a filha, e sonha conduzir a filha no tapete vermelho da Igreja no dia do casamento de Paola. É mais vaidoso do que as mulheres da casa, pecado atualíssimo. Nos finais de semana detesta ver em seu apartamento as amigas de Paola, sobretudo as horas e horas de porta de quarto trancada a sete chaves. Em Brasília onde trabalha, Francisco frequenta as baladas da Blue Space e da Oficina Club. 66

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Otávio é sempre generoso nas conversas com Rafael. Fala sobre a importância de sua afirmação masculina, muito embora esteja disposto a tudo para acolhê-lo do modo que quiser viver. Rafael é muito sensível e carinhoso e encontra no pai o afeto que um filho necessita para evoluir. Otávio é analista de sistemas, mora também em São Paulo, no mesmo bairro de Francisco, Higienópolis. Ambos se formaram na PUC-SP, e de lá se conhecem, e mantém uma amizade com algum contato já que ambos gostam de motocicletas. A esposa de Otávio pensa diferente, acha que ele exagera nas facilidades que concede ao filho e que deve forçar mais a barra sobre ele, e vez por outra acusa Otávio pela criação ‘equivocada’ do filho, não obstante a vida praticamente fora de Otávio. Ela é a dona da casa e da ‘verdade’. A esposa frequenta a Igreja Universal do Reino de Javé, e o pastor do seu templo já disse que cura Rafael de sua ‘enfermidade’, é só levá-lo ao templo e pagar o dízimo da conversão, que não tem valor fixado, é de acordo com o tamanho do pedido segundo a fé do servo de Deus. Otávio é agnóstico, respeita a religiosidade da

mulher, no entanto, prefere o Edir Marinho na vertente empresário. Otávio trabalha no Rio de Janeiro há vários anos e frequenta a ponte aérea nos finais de semana. No Rio, é frequentador assíduo da Fosfobox Bar Clube e da Le Boy by Gilles, ambas em Copacabana. Embora sequer mantenham contato entre si, Paola e Rafael dividem as mesmas perplexidades do mundo atual, cada um a seu jeito. Paola é transparente, franca, expansiva, exibida e sem papas na língua. Rafael, um moita, cheio de segredos, mistérios e cismas. O desejo é amoral e a vida não é justa. Quando se faz necessário por força do trabalho, Otávio passa o final de semana no Rio de Janeiro. Hospedado no hotel Sofitel, em Copacabana, Rio de Janeiro, Otávio desce para o café da manhã acompanhado de um garotão sarado e dá de cara com Francisco. Você aqui? Tomado de um repentino susto, Otávio apresenta o acompanhante ao amigo: - você conhece o meu sobrinho Marcelo? Francisco sorrindo, cumprimenta o rapaz e dirigindo-se a Otávio diz: - conheço, ele foi meu sobrinho uns meses atrás.


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A iniciativa TelasAmigas oferece informação e vídeos educativos para promover o uso seguro e saudável

VOCÊ CONHECE OS PERIGOS QUE AS CRIANÇAS CORREM NA INTERNET?

das novas tecnologias e fomentar a cidadania digital responsável na infância e a adolescência.

Alguns deles são: perda de privacidade, o sexting, a sextorsão, o grooming e o cyberbullying.

T

elasAmigas, iniciativa que tem como missão a promoção do uso seguro e saudável das novas tecnologias e o fomento da cidadania digital responsável na infância e na adolescência, apresenta um resumo dos perigos que estas faixas etárias podem tem na rede: Entre os perigos que ameaçam todas as pessoas que acessam internet, especialmente os menores, está a perda de privacidade. É importante lembrar que os dados pessoais são protegidos pela lei fundamental dos estados e sua violação é um crime. No site www.cuidedasuaimagemonline.com, é possível conhecer dicas sobre como cuidar dos dados pessoais na net, fazer bom uso da imagem e das redes sociais. O Sexting é o envio de conteúdo sexual (principalmente fotos e/ou vídeos), geralmente produzido pelo próprio remetente e enviado para outras pessoas através de telefones celulares. Um fenômeno intimamente relacionado com o sexting é a sextorsão, forma de exploração sexual em que uma pessoa é chantageada por uma foto nua de si mesma que ela tenha compartilhado através da Internet via sexting. A vítima é, então, forçada a ter relações sexuais com a/o chantagista para a produção de pornografia ou outras ações.

Na web (www.prevencaosexting.com. br) estão disponíveis para o usuário dicas de prevenção, recursos e casos. O grooming ou aliciamento de crianças on-line é um fenômeno que pode se traduzir como persuasão e é usada para descrever as práticas on-line de alguns adultos para ganhar a confiança de um (ou uma) menor, fingindo empatia, afeto, etc., com fins de satisfação sexual (pelo menos, e quase sempre, obter fotos nuas do menor realizando atos sexuais). É, portanto, intimamente relacionado com a pedofilia e a pornografia infantil na Internet. Na verdade, o grooming muitas vezes é o prelúdio do abuso sexual. Um dispositivo com o qual você deve ter cuidado, porque facilita o trabalho dos aliciadores, é a webcam. É claro que em algumas circunstâncias este dispositivo resulta ser muito valioso, mas muitas outras vezes, a própria presença ou o uso inadequado da webcam pode causar problemas graves (www.cuidadocomawebcam.com). O Cyberbullying é o uso de meios eletrônicos (Internet, videogames on-line ou telefones celulares, principalmente) para exercer bullying entre pares. É um caso de cyberbullying quando um menor atormenta, ameaça, persegue, humilha ou irrita outro na Internet, nos celulares, nos consoles de jogos ou em outras tecnologias.


ECONOMIA&NEGÓCIOS cidade 69 inspiração 84 meio ambiente 94

Os novos trirrienses POR FREDERICO NOGuEIRA

Nos últimos anos, o crescimento econômico de Três Rios é amplamente divulgado e visível, com a chegada de grandes indústrias, marcas reconhecidas nacional e internacionalmente, instituições de ensino e serviços que há uma década não eram oferecidos no município. Com o novo cenário, passou a ser normal ouvir sotaques variados em rodas de conversas nas ruas da cidade. São os novos moradores, vindos de diversas partes do país [e do mundo!] para trabalhar ou estudar, na maioria das vezes. Quem são eles? De onde saíram? Como conheceram Três Rios? A seguir, alguns dos novos trirrienses contam como chegaram ao município, curiosidades e apontam os pontos positivos e carências sentidas em uma cidade ainda em desenvolvimento.

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JOÃO MIGuEl

ECONOMIA & NEGÓCIOS CIDADE

Bruna Tchordach

De São José dos Campos (SP) Desde 14/03/2011

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unca tinha ouvido o nome da cidade nem passado por perto. Sua chegada aconteceu quando passou para o curso de ciências econômicas da UFRRJ. “Quando cheguei pela primeira vez, estava com minha mãe. Era madrugada e não sabíamos onde iríamos dormir. Encontramos um taxista que fez um pequeno ‘tour’ pela cidade, me mostrando os pontos principais, uma vez que minha mãe havia contado para ele que eu estava prestes a morar em Três Rios. No outro dia, estávamos totalmente perdidas, rodando o centro da cidade com uma mala pesada, sem saber o local para realizar a matrícula da faculdade. Paramos em um restaurante do centro para almoçar, minha mãe fez amizade com a dona do estabelecimento, que guardou nossos pertences enquanto nós procurávamos o local. Pelas ruas, as pessoas nos pareceram bastante receptivas e 70

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solidárias com quem vem de fora. Achei isso muito legal, uma vez que São Paulo é conhecida por ser uma cidade ‘fria’”, diz. Hoje morando no Centro, a adaptação à nova moradia foi lenta, mas hoje Bruna já sente falta da nova cidade quando está na antiga. Ela conta o que mais chamou atenção em Três Rios. “Acho muito curioso os sotaques, as gírias e as expressões que o pessoal de Três Rios utiliza. Quando estou no Centro, eu simplesmente digo que ‘estou no Centro’ e não ‘estou aqui fora’ como usam os trirrienses. Digo ‘bolacha’ ao invés de ‘biscoito’, ‘bisteca’ ao invés de ‘carré’, ‘bexiga’ ao invés de ‘bola’, ‘sacola’ ao invés de ‘bolsa’. Tem o tal do ‘aqui’ quando começam alguma frase, que por sinal eu já peguei, e o ‘ê-ê’, que, quando falado, eu dou muita risada”. Ao apontar os pontos positivos, ela destaca o progresso da cidade, visível para quem é de fora, tanto socioeconomi-

camente como culturalmente. “E o ponto negativo é em relação ao ‘monopólio’ que Três Rios possui, não só no ramo alimentício, mas em outros setores também. Acredito que concorrência é um ponto favorável ao consumidor, uma vez que estimula promoções, aumento na qualidade dos produtos, ofertas, etc., e a cidade só tem a perder com isso. Além disso, tem a ‘bolha imobiliária’ que se instalou por aqui e que dificulta muito em relação ao aluguel para quem vem de fora e precisa se instalar em boas localidades para se manter próximo da faculdade e do trabalho”. A jovem sente falta da vida noturna de São José dos Campos, mas gosta da vida em Três Rios. “Esse clima de cidade de interior, pessoas receptivas, gosto da minha faculdade, do meu trabalho, da minha casa, dos meus treinos de jiu-jitsu e gosto ainda mais do fato da proximidade da minha casa com tudo isso”.


REVISTA ON

Camila Cirelli Venzel Henrique Natalino Lopes

De Juiz de Fora (MG) Desde abril de 2012

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casal trabalhava em uma agência de publicidade em Juiz de Fora e já conhecia Três Rios por atender clientes da cidade. “Ficava aqui pelo menos duas vezes por semana. Essas visitas me fizerem enxergar que a cidade estava se desenvolvendo muito e enxergamos a oportunidade de ter nosso próprio negócio”, conta Camila. Segundo a empresária, a adaptação foi difícil, já que os amigos e a família ficaram em Juiz de Fora. “Como viemos para trabalhar, é mais difícil conhecer pessoas para criarmos novas amizades, o relacionamento é muito profissional. Uma coisa que nos ajudou muito a criar novos amigos foi fazer parte de um clube de serviços (Rotay Club). Conhecemos muitas pessoas legais e que nos ajudaram a nos sentir mais acolhidos. Hoje já estamos adaptados”, diz Camila, que aponta o calor como a característica que mais marcou na chegada. “O que não gosto é o clima quente e também a falta de opção para lazer e alimentação. Gosto da tranquilidade e facilidade de ir e vir que a cidade oferece. No dia a dia corrido, é muito bom sair para uma reunião faltando cinco minutos, pois tudo é perto. Em relação à segurança, também acho ótimo, me sinto segura aqui. Para os negócios, também enxergamos um futuro promissor na área que atuamos, de comunicação e marketing”, finaliza. revistaon.com.br

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JOÃO MIGuEl

ECONOMIA & NEGÓCIOS CIDADE

Vanessa Figueiredo Lima

De Ipatinga (MG) Desde 2010

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uando foi aprovada em três universidades, ela escolheu a UFRRJ em Três Rios por ser mais perto da cidade natal. Não conhecia nem tinha ouvido o nome do município até ali e o primeiro contato foi no dia da matrícula no curso de direito. “Viemos eu e meu pai e ficamos só pela manhã. A primeira impressão era de ser uma cidade muito pequena, pacata e com povo bem receptivo. Lembro que fomos tomar café em uma padaria, o dono, na época, era de Paraíba do Sul, foi super gentil conosco, assim como a funcionária, e se colocaram a disposição para o que precisássemos”, recorda. Moradora do Centro, ela já passou pela Vila Isabel e Portão Vermelho e, entre os hábitos cotidianos de Três Rios, o carro de som com anúncios fúnebres foi um dos que mais chamaram sua atenção. “É muito estranho! Achei meio macabro e engraçado ao mesmo tempo. A primeira vez que ouvi achei que era anúncio de uma festa, quando prestei atenção na mensagem pensei ‘nossa, essa pessoa deve ser muito importante e famosa na 72

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cidade para mandarem passar um carro avisando’. Esse carro é assunto de várias conversas dos que vieram de outros lugares. Além da família e dos amigos, Vanessa sente falta de mais opções de comércio, hospital com mais estrutura e opções de lazer e entretenimento. “O que há de melhor nessa cidade, sem dúvida, é o povo acolhedor. Aqui, conheci pessoas muito boas e que são o grande diferencial. Criei laços que tenho certeza que serão eternos. Acho muito positivo, também, como há uma concentração de gente talentosa e que acredita na arte. Sou fã das pessoas que trabalham incansavelmente pela música, teatro e dança por aqui e dos que trabalham incansavelmente na parte social e da educação. Conheci muita gente comprometida e competente nos órgãos que tive oportunidade de ser estagiária e voluntária. A qualidade dos professores que lecionam aqui no campus da UFRRJ é, para mim, a grande vantagem de ter escolhido essa cidade. A variedade de sotaques, culturas e experiências que vieram com as pessoas de diferentes lugares do Brasil também é

algo que vejo como muito positivo e que enriquece ainda mais a cultura local. O que há para melhorar é a parte estrutural. Parece que a cidade não se preparou estruturalmente para receber tantas pessoas. Os bairros ainda são muito descuidados, o que dificulta as opções de moradia. A rodoviária ainda é muito precária e insegura. A saúde talvez seja o ponto mais sensível de Três Rios. Não há um hospital público e o particular também é muito pequeno para a nova realidade. Já presenciei aqui um surto de dengue, quando eu e meus amigos tivemos dificuldade de atendimento, tanto para os que têm plano de saúde quanto para os que, como eu, dependem exclusivamente da UPA. Para casos mais simples, até é possível atendimento, mas, às vezes, temo que aconteça algo mais grave. Sinto também falta de mais cuidado com as árvores da cidade, de mais arborização. Acho, também, que seria muito bom ter uma política efetiva de preservação do patrimônio histórico para que não se percam coisas valiosas diante do grande crescimento da cidade”, finaliza.


ARQuIVO PESSOAl

Marcelo Ferraz Pinto, Aline Eliza Ribeiro Lopes Pinto, Carolina Lopes Pinto e Sofia Lopes Pinto

De Araras (SP) Desde 2011

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família mudou-se para Três Rios com a transferência de Marcelo para a fábrica construída na cidade, da multinacional onde já trabalhava. Embora cariocas, viviam há seis anos fora da cidade maravilhosa e moravam em Araras, interior de São Paulo. “Não conhecíamos a cidade de visitar, porém, desde que começou a ser falado que a empresa que meu marido trabalha iria construir mais uma fábrica no interior do Rio, começou a especulação de várias cidades e, quando decidiram onde seria a construção, ficamos até felizes porque tínhamos uma família conhecida na cidade e meu marido entrou em contato com eles, que se propuseram a nos ajudar com indicação de escola, moradia, as coisas básicas da cidade”, lembra Aline. O alto custo de vida em Três Rios assustou e a família pensou em morar em Juiz de Fora. “Chegamos ao mesmo tempo em que os outros gestores da empresa que também vieram transferidos, o que ajudou bastante, pois estávamos na mesma situação e, de certa forma, um vai ajudando ao outro”, conta. De positivo, ela coloca a receptividade das pessoas em primeiro lugar, e acrescenta: “Como moramos no Centro, fazemos tudo sem precisar de carro, temos tudo o que precisamos perto. De negativo é o custo de vida altíssimo da cidade, acho que os empresários, as pessoas em geral, estão perdendo a noção de valores, estão vendo nesse crescimento da cidade uma oportunidade ilusória de que vão se igualar à capital, pois os preços das coisas estão um absurdo, os aluguéis estão de assustar”, diz. Ela conta que a família já está adaptada e que as filhas [Carolina, de 14 anos, e Sofia, de 3] gostam da cidade, mas uma situação chamou a atenção no início. “Foi só ter um supermercado, já que em todas as outras cidades que moramos tinham sempre dois ou três, mas já nos acostumamos”, diz Aline que garante, ainda, que a família ficaria muito tempo em Três Rios se dependesse apenas deles. revistaon.com.br

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ARQuIVO PESSOAl

ECONOMIA & NEGÓCIOS CIDADE

Gabriel Massoto Gonçalves

De Nova Iguaçu (RJ) Desde 2012

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udou-se para estudar direito no Instituto Três Rios da UFRRJ. “Só conhecia a cidade por nome e só sabia que ficava perto de Juiz de Fora”, diz. A primeira impressão, na chegada, foi de que a cidade funcionava bem, sem lixo nas ruas, sem tumulto nas calçadas e sem trânsito. “A adaptação foi fácil. Já conhecia um amigo que estudou comigo em Nova Iguaçu e foi na república dele o primeiro lu74

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gar que morei e tive o primeiro contato com os amigos que fiz na cidade”, conta o jovem, que hoje mora no bairro Vila Isabel. Sobre os pontos positivos e negativos encontrados em Três Rios, ele aponta: “Pontos positivos não faltam. A cidade é muito bem organizada. Transporte público, limpeza das ruas e principalmente segurança, se comparados aos da Baixada Fluminense e até mesmo do Rio. São infinitamente melhores e isso, para mim, é um grande

diferencial. De ponto negativo e que acredito que tende a melhorar muito é a questão do entretenimento, principalmente noturno. A cidade está carente de bons lugares para curtir no final de semana”. É da vida noturna agitada que Gabriel sente falta da antiga cidade, mas garante que já está adaptado ao novo município. “Hoje já conheço bem a cidade, já me adaptei a morar sozinho e já fiz boas amizades. Difícil vai ser desacostumar com isso aqui!”.


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LEGALIZAÇÃO SEM DORES DE CABEÇA Há pouco tempo no mercado, Legalizzare reúne profissionais experientes e já conquista clientes em toda a região com a prestação de serviços de qualidade.

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ediada em Areal, a Legalizzare surgiu da constatação de que, no município, 80% dos imóveis existentes não estavam devidamente legalizados e que essa realidade, além de causar transtornos aos então proprietários, também verificava-se uma situação de difícil solução para os mesmos. Dessa forma, através da parceria firmada com o despachante municipal José Carlos Bastos Ferreira, a Legalizzare abriu suas portas no Centro de Areal, tendo também como grandes incentivadores o empresário e cliente Marcos Abdu e o atual secretário de Saúde de Areal, Umberto de Almeida Soares. “Tenho plena confiança nos serviços prestados pela Legalizzare, e isso não é surpresa, vez que, quando soube desta empresa, logo acreditei pela seriedade das pessoas envolvidas”. A Legalizzare é constituída pelas sócias e profissionais Mariana Simonette, Romalha Pereira e Verônica Fontaine, além de contar, ainda, com um corpo técnico composto pelos seguintes profissionais: o engenheiro civil Juvenal Brasil, além de uma engenheira am-

Com a rápida aceitação da marca em Areal, as sócias inauguraram novo escritório em Três Rios biental e engenheiro agrônomo. Com a rápida aceitação da marca no cenário arealense, assim como na região, a demanda pelos serviços ampliou e a advogada Daiana Werneck passou a fazer parte do corpo técnico da Legalizzare. Assim, as sócias inauguraram, em agosto, novo escritório em Três Rios, pelas mãos do médico e empresário Valter Luiz Lavinas Filho que, como cliente, comenta que o comprometimento da equipe é ponto fundamental para o sucesso. “Acredito no potencial dos profissionais que compõem a Legalizzare. Trabalhando com elas, tenho percebido a visão inovadora e o comprometimento com a causa de seus clientes, demonstrando interesse e respeito. Isso torna a Legalizzare uma empresa empreendedora, o que é o diferencial”, diz. Para Marco Raposo, coordenador de curso da Adesg em Três Rios, e Cláudia

Raposo, clientes da Legalizzare, os serviços prestados pelas sócias surpreenderam. “No início deste ano, ao buscarmos uma alternativa para fazermos um bom investimento, optamos pela compra de um apartamento que se encontrava em fase inicial de construção. O pagamento foi realizado à vista, no ato da compra, como forma de obter condição mais favorável. Isso, é claro, exige cuidados redobrados com relação à segurança da operação para que não viéssemos ter sérias dores de cabeça mais adiante. Foi aí que resolvemos contratar a Legalizzare como forma de assessoramento especializado para verificação das garantias contratuais, situação da empresa construtora e seus proprietários, aspectos legais diversos com relação ao imóvel, entre outros. O suporte fornecido pela Legalizzare nos proporcionou a necessária tranquilidade para que a operação


SHuTTERSTOCK

SÓCIAS Daiana, Verônica, Romalha e Mariana se uniram para oferecer os serviços de legalização de imóveis na região

RESIDÊNCIAS Todas as questões e processos relacionados à compra ou venda de imóveis são facilitadas com o apoio da Legalizzare

fosse concretizada com êxito. Graças aos serviços prestados, obtivemos a segurança necessária para a realização de um excelente negócio. Desejamos muito sucesso à Legalizzare”.

contato, seja por e-mail ou telefone. Ou seja, oferecemos ao cliente um acompanhamento dos trabalhos, é uma maneira de mantê-lo informado de tudo o que acontece e, ao final, todos os documentos que foram colhidos são digitalizados e disponibilizados ao cliente”, explica Romalha Pereira. Alguns serviços da Legalizzare estão vinculados à área pública devido a experiência dos profissionais que a compõe, permitindo, assim, a prestação de assessoria e consultoria aos gestores municipais junto às secretarias de Obras, Fazenda, Planejamento e Administração, além da Procuradoria e Controladoria, disponibilizando serviços na área de fiscalização e projetos de obras, assessoria contábil, assessoria na elaboração de leis orçamentárias, consolidação de leis, ações de execução fiscal, respostas ao TCE/RJ, prestação de contas, entre outros. “Geralmente a rotina de um órgão público absorve os gestores, tornando-se necessário o suporte técnico que oferece uma assessoria e consultoria para o bom andamento dos trabalhos, permitindo aos mesmos a segurança para administrar”, comenta Verônica Fontaine. Para concluir, Mariana Simonette define a Legalizzare. “O foco da Lega-

Serviços e diferenciais

A Legalizzare tem como objetivo legalizar e regularizar seu imóvel, impedindo a frustração de um projeto. Assim, as profissionais atuam com consultoria patrimonial na aquisição e venda de imóveis, legalização e regularização de imóveis, legalização de obras, usucapião, inventário, entre outras. O grande diferencial da Legalizzare nesta área é que os serviços de legalização de imóveis são feitos de maneira completa, ou seja, oferecemos os serviços junto aos cartórios, prefeituras e demais órgãos públicos pertinentes, como INEA, Secretaria de Meio Ambiente e, se necessário, acompanhamento judicial. Em todos os processos, um diferencial que aumenta a credibilidade e confiança nos serviços é a atenção dada a cada cliente. “Criamos uma rotina processual no escritório e vamos informando à pessoa tudo o que acontece. Em qualquer alteração, entramos em

lizzare é atuar na área privada, com a legalização de imóveis. Porém, devido às profissionais que a compõem, todas com experiência na área pública, também atuamos com assessoria e consultoria em órgãos públicos utilizando assim o nosso conhecimento”. A troca de experiências entre as sócias, a constante atualização nas áreas dos serviços prestados e o atendimento personalizado conferem à Legalizzare a qualidade necessária para legalização de imóveis e o rápido crescimento da empresa. Ainda prestes a completar seu primeiro ano de fundação, a empresa já é reconhecida na região e amplia cada vez mais os serviços oferecidos.

Avenida Amaral Peixoto, 305, sala 110 Centro - Areal/RJ 24 2257-1608 Rua Presidente Vargas, 595, sala 301 Centro - Três Rios/ RJ 24 2255-3220 legalizzare@gmail.com


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ECONOMIA & NEGÓCIOS INSPIRAÇÃO

JOÃO

POR FREDERICO NOGuEIRA

FOTOS ARQuIVO PESSOAl

Alguns levantamentos apontam que há mais de 3 milhões de homens chamados João em todo o Brasil. Quando o sobrenome já não é suficiente para diferenciá-los, surgem outras relações. Em Três Rios, um deles já foi conhecido como “João da Bel Passo” e, depois de algum tempo, passou a ser o “João da Biba”. Carismático, popular e empreendedor nato, João Baptista de Rezende nunca teve medo de arriscar para conquistar o sucesso profissional. O menino sonhador que saiu de Chiador tornou-se um dos empresários mais reconhecidos da região. E ainda é cheio de sonhos!

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FlĂ VIO DuARTE

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ECONOMIA & NEGÓCIOS INSPIRAÇÃO

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izer que a carreira de João Rezende foi construída “passo a passo” não é apenas um jogo de palavras com o setor que o empresário escolheu para trabalhar e investir. Mineiro, nascido e criado em Chiador, foi com muito trabalho e com suas características marcantes que chegou ao posto de empresário e cidadão reconhecido em Três Rios. Viu, sentiu e passou por mudanças na profissão, na economia do país, na cidade e até mesmo na aparência! A nova fase na vida, mais tranquila, chegou desacompanhada de uma das suas características mais clássicas, visualmente falando: o bigode. “Ele me acompanhou por 37 anos”, conta. E pensar que seu sonho inicial era apenas ter a carteira de trabalho assinada e chegar à aposentadoria. Filho de José de Freitas Rezende e Ilca Itaboraí Rezende, ele resume os pais em palavras simples e fortes. “Meus heróis, meus guerreiros, meus exemplos de vida”. O casal teve 15 filhos e José trabalhou muito para manter a família. “Convivemos mesmo em 12 irmãos, já que três faleceram muito cedo. No início, meu pai tinha um sítio e produzia alguns alimentos, como abóbora. Ele também comprava em sítios vizinhos e mandava por trem para o Rio de Janeiro, onde tudo era vendido. Depois, foi trabalhar na prefeitura de Chiador, em conservação de estradas. Um período mais tarde, abriu um armazém em Penha Longa, mas chegou um ponto que o armazém já não conseguia sustentar a família, então os filhos começaram a sair de casa para ajudar”, lembra. Alguns irmãos saíram para trabalhar em outra cidade e, mais tarde, João, com 15 anos, seguiu o mesmo rumo, mudou-se para o município de Paracambi, onde os irmãos estavam. Foi trabalhar como tecelão em uma fábrica e comandava 16 teares, em uma época que a tecnologia ainda não existia para simplificar as atividades. “Naque-

la época, não tinha com o que gastar o dinheiro, a não ser com uma roupa, um sapato, cinema. Boa parte do que ganhava, mandava para minha mãe, para ajudar os irmãos que ainda estavam em casa. Uma coisa que sempre fiz foi olhar para trás, para a família, os irmãos”, conta. Embora tenha sido esta sua primeira profissão, o jovem do interior tinha apenas um sonho profissional: ter a carteira assinada. “Vivendo numa roça, o que tinha para viver era aquela vida. O sonho era estudar, arrumar um emprego e ter carteira assinada para chegar à aposentadoria”. Ficou durante três anos em Paracambi, no mesmo emprego. “Foi um período muito bom. Criei ótimos relacionamentos de amizade. Pegávamos o trem para ir ao Rio, ao Maracanã, à praia”, diz. A saída do município aconteceu porque João queria estar mais próximo de casa e, assim, mudou-se para o local onde, em pouco tempo, começaria a dar novo rumo à carreira promissora.

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VENDEDOR Mesmo como empresário, João continuou atendendo clientes antigos

Nova cidade, nova profissão

Um primo já morava em Três Rios e foi ele quem indicou que João buscasse emprego na Companhia Lanifício Alto da Boa Vista, em Levy Gasparian. Fez um teste de 15 dias e foi admitido. Trabalhou por oito meses na fábrica e decidiu que não queria continuar no setor de confecção. Atuou como cobrador do Entrerriense durante um período até que o primo novamente indicou outra vaga de emprego: vendedor em uma sapataria. Era o sexto dia do mês de outubro de 1965. Naquela data, João Baptista de Rezende tornava-se vendedor na Cinelândia Calçados, de Dauti Malafaia. “Foi ali que tudo começou para mim, comecei a definir o que faria na minha vida. E é o que estou fazendo até hoje. Não sabia como era vender sapato. Tive a sorte de ter um

“Vender e atender um cliente requer humildade, simplicidade, satisfação no que está fazendo”, João Rezende 86

INÍCIO Na Cinelândia, João aprendeu com o patrão sobre o setor de calçados

INAUGURAÇÃO Ao lado dos filhos na abertura de uma das lojas Biba Calçados

SUCESSO O segredo é inovar sem perder a tradição e credibilidade conquistada


RECONHECIMENTO O empresário recebeu homenagem em Paraíba do Sul

MPE BRASIL 2011 João Rezende na cerimônia, quando a Lumman conquistou o prêmio

FEIRAS Em busca de novos produtos, participa de eventos em todo o país

AMIZADES Com Arlindo Corrêa, um dos muitos amigos que conquistou em Três Rios

patrão que sabia vender sapatos muito bem, que me orientou, me preparou”, analisa. As técnicas de venda e formas de conquistar os clientes, João aprendeu com o patrão e com o tempo. “Era o bom atendimento, a atenção com o cliente, conquistar o cliente para ele voltar. Sempre fiz muito bem isso sem perceber, mas com a ajuda do meu patrão. Quando vi, já era um bom vendedor”. Ele lembra que, muitas vezes, enquanto atendia um cliente, outros esperavam o “Joãozinho” para atendê-los, mesmo com outros vendedores à disposição. “Vender e atender um cliente requer humildade, simplicidade, satisfação no que está fazendo. Vender sapato é igual a um médico que vende uma cirurgia, uma consulta. Mas um médico estuda muito para chegar lá e nós só precisávamos ter os princípios básicos de respeito ao próximo e atenção. Construí amizades com essa minha dedicação e com o tempo eu passei a ser um vendedor que apareceu do nada e começou a vender bem e se destacar. As pessoas passaram a me reconhecer na rua e ampliei meu círculo de amizades”. Após sete anos como vendedor, surgiu a oportunidade de montar a própria sapataria. Juntou-se ao irmão que trabalhava em outra sapataria na cidade, Severino, e a um rapaz que vendia sapatos em uma Kombi, vindo de São Paulo, apresentado por um tio deles. Para conseguir abrir a loja, João precisou vender um apartamento e adiar o casamento, que já tinha data marcada. “Já estava com a chave na mão. Com ajuda do meu patrão, comecei a montar o apartamento e ele estava pronto para o casamento. Como precisava de dinheiro para abrir a loja, pensei em vender. Fui falar com meu sogro e ele foi compreensivo, falou que o casamento podia esperar e que eu devia cuidar da vida antes”, lembra. Assim foi feito e surgiu a sapataria Bel Passo. No dia 20 de outubro de 1972, o menino que sonhava apenas ter a carteira assinada para chegar à aposentadoria tornou-se empresário. “Abrimos com

um estoque pequeno. Tive que usar o relacionamento que tinha com os representantes para conseguir produtos, assim como meu irmão e o sócio. Para atrair clientes, começamos a fazer propaganda, ficar na porta da loja chamando os amigos. Começou a dar certo, vender bem”. O sócio de São Paulo deixou o negócio poucos dias depois da abertura da loja e os irmãos continuaram. “Um ano e meio depois pude comprar um apartamento melhor ainda que o que vendi. Levei os móveis e me casei em janeiro de 1974”. Crescer e evoluir

João passou de vendedor a administrador e começou a se aprofundar, conhecer o outro lado dos negócios, deveres e obrigações. “Sempre procurei trabalhar certo, pagar os colaboradores e fornecedores sempre em dia. Com os fornecedores, é importante pagar sempre em dia para ter crédito. Passamos por apertos, mas nunca deixamos de pagar. Sempre tivemos crédito e isso nos ajudou a superar os momentos difíceis”. Com o primo que o acolheu em Três Rios, João abriu a loja de materiais esportivos Camisa 10, também ao lado do irmão. No ano de 1979, João iniciou a Biba Calçados, reconhecida até hoje como uma das principais da cidade. “Abrimos porque começamos a analisar o mercado e vimos que comportava mais uma sapataria. A Bel Passo ficava na rua da frente (Condessa do Rio Novo) e o comércio começava a mudar de direção, para o outro lado da cidade”, diz. O nome da sapataria é uma homenagem a uma prima, Manoelina de Freitas, que tem o apelido de “Biba”. “Estávamos na farmácia do meu tio e falamos sobre abrir a nova loja. Não tinha nome ainda. Foi quando a Biba, nossa prima, passou na calçada e falamos o nome dela. Todos acharam que o nome da sapataria poderia ser esse apelido e ficou muito bom, Biba Calçados”.

Ele lembra-se do dia que começou a trabalhar no ramo de calçados: seis de outubro de 1965 revistaon.com.br

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ECONOMIA & NEGÓCIOS INSPIRAÇÃO

FAMÍLIA A história que começou em Chiador é contada com orgulho pelos familiares

FILHOS Os três ressaltam que o respeito é um dos maiores valores ensinados pelo pai

NETOS Alícia, Mariana, Mateus e João Lucas são as grandes paixões de João

O “João da Bel Passo” se transformou no “João da Biba” quando passou a administrar apenas esta sapataria, deixando a primeira com o irmão e dividindo a loja de materiais esportivos com o primo. Mesmo com a função de gestor, João não deixava de vender e ter contato com os clientes. “E tinha o maior prazer em fazer aquilo! A gente tem que ser capaz de reconhecer tudo aquilo que a pessoa faz por nós. Via os clientes que compravam comigo quando comecei, com todo carinho, então, por que pararia de atendê-los? Só porque ganhei um pouquinho mais de dinheiro? Eu continuava a mesma pessoa e fazia aquilo com muito carinho”, conta. Enquanto a Biba Calçados já fazia sucesso, João iniciou outras empresas, sempre em sociedade, mas algumas não deram certo. “As pessoas pediam ajuda para abrir uma loja e eu buscava ajudar, mas não tinha tempo para assumir e me dedicar, deixava sempre com elas, que não conseguiam manter”. Porém, com um sócio a situação foi diferente. “Surgiu a possibilidade de abrir uma loja na rodoviária e fechei negócio. Encontrei o Sivanil [de Souza] na rua e ele perguntou se podia fazer parte do negócio, que queria trabalhar. Sempre fui muito flexível e dei a chave para ele. Passamos perrengue por uns quatro anos, mas ele é muito estudioso e sempre foi muito esforçado. Começou a fazer a coisa melhorar, abrir crediário e melhorar as mercadorias”, comenta João. Juntos, abriram outras lojas, inclusive em outros municípios, até que uma conversa cotidiana mudou o rumo dos sócios. “Conversando, falamos sobre

nossos filhos, que já estavam entrando nos negócios. Falamos em acabar a sociedade e dividir as lojas, de uma hora para outra. Foi uma conversa que demorou uns 30 dias. Ele ficaria com as lojas de Três Rios e eu com as de fora. E assim foi feito. Fizemos um churrasco para marcar a separação e mostrar que não era por brigas, mas porque os filhos estavam chegando nos negócios”, explica.

Leonardo e os irmãos, Rodrigo e Luciana, tiveram experiências nas lojas da família ainda na adolescência. O pai deu a oportunidade de conhecerem o trabalho que ajudou a construir e manter a família. “Colocava no setor de crediário, para terem contato com os clientes, é importante”, diz João. Na sapataria, Leonardo foi o que demonstrou interesse em continuar e entender mais os negócios. “Eu nasci dentro dessas lojas. Naturalmente, quando chegou o período da faculdade, procurei o que tivesse relação com o setor e fui estudar administração e, depois, um MBA em marketing”, comenta Leonardo. Quando o filho decidiu que assumiria os negócios, foi iniciado o processo de transição na gestão do Grupo Rezende, o que, segundo os dois, não foi fácil. “Tivemos muitos choques e a sorte é que tivemos amigos que nos ajudaram muito. Um dia, o consultor disse que tínhamos que administrar nossos conflitos, porque daquele jeito não chegaríamos a lugar algum”, lembra João. “Fomos amparados por algumas pessoas, como o psicólogo Davi Ferreira de Souza e o Carlos Eduardo Bermudes. Aprendemos que podíamos divergir sem brigar e isso foi um aprendizado enorme. Eles nos ensinaram que sempre devíamos lembrar que somos pai e filho”, completa Leonardo. Leonardo tinha todo o aprendizado teórico e João já havia aprendido na prática. Quando uniram todo o conhecimento, descobriram a chave do sucesso. “A teoria da faculdade tem uma distância da realidade da vida. A bagagem dele ajuda nisso, mas o conhecimento teórico também ajudou muito no direcionamento da bagagem

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O nome “Biba” é uma homenagem a uma prima de João, Manoelina de Freitas

Menos preocupações

“Meu pai não tem medo de trabalhar, de viajar, de se atirar nas coisas. A coragem dele é incrível. Com isso ele foi abrindo os horizontes”. As palavras são de Leonardo Miguel Rezende, o filho que dá continuidade às empresas iniciadas por João. “Ele começou a vir para dentro do negócio, ter noção, participar das decisões de melhorias de lojas e mostrou que queria continuar a empresa. Achava até que ele deveria ter tomado outro rumo na vida, fazer um concurso, ser um profissional liberal, mas ele disse que queria continuar nos negócios”, comenta João.


O pai, o amigo, o sonhador...

Prova de que a vontade de crescer e aprender nunca acabam é que João Rezende formou-se em marketing e continua em busca de novos investimentos. Um dos mais recentes é a Sorveteria Kibon, onde o filho Rodrigo atua como administrador. “Meu pai me ajuda muito, temos uma relação muito tranquila”, comenta. Adepto ao pilates e academia desde que os horários na profissão foram reduzidos, João busca levar uma vida saudável. “Sempre fui atleta de jogar futebol constantemente. Mas, com essas novas atividades, meu condicionamento melhorou”, comenta. Tricolor de coração, o empresário gosta, hoje, de investir seu tempo livre com os netos [João Lucas, Matheus, Mariana e Alícia], com viagens e no sítio. “Ele é o melhor pai do mundo e o melhor avô. Não conheço um homem melhor que ele. É a paixão da minha vida. Quando minha mãe faleceu, a relação ficou ainda mais forte. Admiro seu caráter, sua sinceridade. Como empreendedor, admiro que tenha conquistado tudo com muita humildade, sem precisar passar por cima de ninguém”, enfatiza a filha, Luciana. A visão da filha é a mesma de Leonardo. “Não aceitar nada que não seja correto, respeitoso. Inúmeras vezes as pessoas ofereciam coisas erradas, aparentemente vantajosas, e ele nunca aceitou. Uma das

coisas mais fortes que tenho de fala do meu pai é a questão de respeitar as outras pessoas. Ele chega ao ponto de respeitar até quem não o respeita”, conta. Para ele, enquanto muitas pessoas acreditam que a vida conspira contra os sonhos, o pai sempre acreditou que a vida conspira a favor. “Meu pai sempre foi muito entusiasmado, muito positivo”. Para o amigo e empresário Geneci Carvalho de Souza, João é um exemplo a ser seguido. “É minha inspiração. Quando cheguei à cidade, ele me acolheu muito bem. O João sempre foi um ícone, uma referência de homem sério, de valor, trabalhador, humano. É um parceiro nas horas difíceis. É uma das poucas pessoas que se tiver defeito a gente não conhece”, analisa. Amigo há mais de 40 anos, Antônio Carlos Rangel de Cristo, da Câmara de Dirigentes Lojistas de Três Rios, diz que João conquistou tudo o que mereceu pelas características próprias. “Chegou ao grande empresário que é pela dedicação nestes longos anos e pela maneira de ser. Uma pessoa educada, simpática, de pensamentos positivos, que engrandece qualquer um que goza da sua amizade”. O carisma e o caráter de João já renderam, inclusive, convites para tornar-se político. “Nunca gostei de misturar política com negócios. Para ganhar uma eleição e permanecer como político, você tem que deixar o negócio meio de lado e eu nunca quis isso. Hoje tenho mais tempo livre, mas estou gostando muito da vida tranquila e entrar na política pode me privar disso. Até que seria legal ser político para devolver a Três Rios tudo o que a cidade me proporcionou, mas ainda não me interessei. Até em Chiador já me chamaram para ser candidato”. Ele chegou ao município de Três Rios sem saber o que esperar do futuro. Acompanhou a evolução da cidade, do país, do mundo e comércio. Sobreviveu ao declínio econômico do final da década de 1980 e aos diversos planos que mexeram com a inflação no país. Como se destacar entre 3 milhões de homens chamados João? O “João da Biba” sabe muito bem a resposta! FlÁVIO DuARTE

prática”, lembra o filho. Em seguida, João começou a se afastar da empresa e hoje faz parte de um comitê que contribui com algumas decisões do grupo. “Nas lojas, o cliente consegue observar a união das duas gerações. Conseguimos inovar sem perder a essência”, finaliza Leonardo. Na nona edição do MPE Brasil - Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas -, em 2011, a Lumman Calçados & Sports, do Grupo Rezende, teve sua gestão reconhecida nacionalmente ao vencer na categoria Comércio pelo Estado do Rio de Janeiro.

Com mais tempo, João pratica pilates e cuida mais da saúde revistaon.com.br

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AIME EMPREENDEDORISMO

COM TOQUES FEMININOS

FOTOS DIVulGAÇÃO

Chegando ao segundo ano de atividades, a Associação Internacional de Mulheres Empreendedoras (Aime) de Três Rios ajuda empresárias e profissionais liberais a se organizarem e sobreviverem em um mercado em crescimento cada vez mais competitivo.

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riada em fevereiro de 2012 pela empresária Renata Campanati, a associação reúne profissionais de vários ramos de atuação, que se auxiliam em diversos assuntos relacionados aos negócios. Oriunda da Wecai (Women in E-commerce – Mulheres no comércio), associação americana criada para unir forças para sair da crise depois do 11 de setembro, a associação trirriense possui além de comerciárias, empresárias de vários outros segmentos. A diversidade de ramos das associadas ajuda não só na troca de experiências empresariais, mas faz com que os conhecimentos adquiridos sejam ainda maiores, deixando o trabalho da associação mais produtivo. Além das próprias

empresárias consumirem os serviços uma das outras, as indicações feitas por elas também aumentam a clientela.

O trabalho da Aime ajuda as empresárias a expandirem seus negócios O trabalho da associação também contribui com a expansão dos negócios, aumentando a motivação. Durante as reuniões que são realizadas mensalmente, são tratados assuntos previamente escolhidos a fim de deixar os

encontros mais produtivos, respeitando a demanda empresarial. Além disso, quando necessário, são chamados consultores, como foi feito no início do ano, quando o comércio passou por um momento difícil. O consultor foi chamado, fazendo com que as associadas ganhassem uma nova injeção de ânimo. Todo o incentivo e a parceria que as associadas dão umas as outras já vem dando resultado. Já é possível ver a expansão nos negócios de várias delas. O incentivo da Aime também foi fundamental para que algumas abrissem seus próprios negócios e tornarem-se efetivamente empresárias de sucesso, assim como todas que compõem a Aime. Em breve, o site da Aime estará em funcionamento, com notícias atualizadas.


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Renata Campanati Presidenta Tri Esportiva Marcella Salustiano Administrativo Center Copy Mara Cater Relações Públicas Hotel Condessa Laudicéa Freitas Tesoureira Ótica Pastor Claudia Martins Tesoureira Contadora Mariela Amodeo Relações Públicas Casa Solo Leninha Chimelli Conselheira A Imperatriz Letícia Schmitz Marcelo Caldas e Leticia Schmitz Corretores de Imóveis

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Sonize Bretas Comercial Trirriense

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Maria Inês Pessoa Santo Graal

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Nicole Perro Jaloto ATS Academia Patrícia Nasser Soma Engenharia Valéria Rodrigues Mercado Central (Cobal)

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Romanda Porto My Place Mariana Kaller Aloísio Menezes Corretora de Seguros Fernanda Gama Andarella Ana Pessoa Guimarães EGOs Monique Maia Victal MMV Pilates Daniela Obeica Fauzi Tatiana Malta Casarão Mayra Oliveira Escola Técnica José Rodrigues


BARBOSA CONTABILIDADE TRADICIONALISMO E INOVAÇÃO Há 56 anos no mercado, a Barbosa Contabilidade inova constantemente e busca aprimorar seus processos, convertendo a experiência em produtividade para melhor atender os clientes, também pensando sempre nos colaboradores.

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HOMENAGEM Os fundadores da Barbosa Contabilidade participaram da cerimônia

de simplificação e integração do processo de registro e legalização de empresários e pessoas jurídicas no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e apesar de ter sido criado em 2007, somente agora está sendo normatizado pelo DREI (antigo DNRC)”, conta Josiel. Outra preocupação constante é a padronização dos processos operacionais para que se mantenha o alto nível da qualidade nos serviços prestados. Todo esse investimento foi reconhecido e coroado com a conquista do Selo de Gestão da Qualidade Contábil, através do ‘Programa Qualidade Necessária Contábil’ (PQNC), que é um programa de certificação de qualidade desenvolvido especialmente para o segmento contábil, com base nos critérios e requisitos da ABNT NBR ISO 9001, que tem como filosofia principal o ‘Comprometimento Total com o Cliente’ (CTC), uma metodologia patenteada e já implantada em diversas organizações contábeis, distribuídas em todo o Brasil. REVISTA ON

presença de colaboradores, clientes, amigos e parceiros, além dos fundadores. Na ocasião, os atuais administradores, Josiel e Felipe, discursaram, contaram a trajetória de sucesso da Barbosa Contabilidade e fizeram uma homenagem a Mário Barbosa e Rita Augusta, entregando-lhes uma placa comemorativa. A necessidade de dinamização nos processos fez com que a empresa investisse em tecnologia e um sistema de rede moderno e integrado. “Estamos em busca da modernidade e não há como fugir dessa nova era da informação. Trabalho há 30 anos nesta empresa e acompanhei a evolução dos processos. As mudanças no setor contábil são evidentes e a tecnologia vem mudando cada vez mais todas as rotinas de nossos departamentos. Exemplos disso é o Sped (Sistema Público de Escrituração Digital), que é a nova revolução de cruzamento de dados e informações, assim como o REDESIM (Lei 11.598/07), que é onde estão estabelecidas as normas gerais REVISTA ON

esde que foi fundada, em 1957, por Mário Canellas Barbosa e Rita Augusta da Cruz Nascimento, a Barbosa Contabilidade cresceu, evoluiu e posiciona-se como uma das maiores empresas contábeis da região. Hoje, os sócios Josiel de Sousa Ferreira e Felipe Guerra Nascimento estão à frente da empresa e dão continuidade ao legado deixado pelos fundadores, conduzindo a empresa com ética e mantendo a credibilidade que foi alcançada com muito trabalho e dedicação. Em uma fase cheia de transformações, novos projetos e um diferente planejamento estratégico para 2014, a Barbosa Contabilidade mudou de endereço, se aliou a novos parceiros, investiu em infraestrutura, equipamentos e qualifica ainda mais seus profissionais através de treinamentos, o que dá mais qualidade aos serviços prestados. Para iniciar o novo ciclo, a empresa organizou uma recepção que marcou a inauguração da nova sede e contou com a

EQUIPE Alguns dos colaboradores brindam na inauguração da nova sede

Três Rios – RJ Rua Sete de Setembro, 159, 3º andar (24) 2252-0626 / 2252-6303 www.barbosacontabil.com.br


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ECONOMIA & NEGÓCIOS MEIO AMBIENTE

REFORMA QUE FORMA POR TATIlA NASCIMENTO

SUPERVISÃO FREDERICO NOGuEIRA

FOTOS REVISTA ON

Com visão empreendedora, há oito anos o projeto social Reforcriativ transforma a vida de jovens sul-paraibanos. Através da reciclagem, os alunos aprendem que nem tudo é lixo e, com a união da responsabilidade social, economia e preservação ao meio ambiente, o projeto encaminha os jovens a uma formação profissional, educacional e social, visando um futuro melhor.

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ara Valdinei Marques, 39 anos, sustentabilidade pode ser definida como a palavra chave de um estofador. Durante todo processo de reforma e produção, 90% do material utilizado é reciclado. Fundador do projeto Reforcriativ, desde cedo sonhava ter um negócio próprio. Relembra que um dia saiu de casa e, caminhando pela rua, viu um estofador trabalhando e se encantou. Chegou perto e disse que gostaria de aprender aquela arte. A partir desta experiência, sentiu o desejo de continuar com a atividade. 94

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Anos depois, decidiu montar o próprio negócio. “Meu chefe, que tinha anos de experiência, disse que seria muito difícil e que eu não conseguiria. Porém, quando você é jovem, não vê dificuldades. Você tem um sonho e é isso que importa. E esse sonho ficou como uma tatuagem em mim”, diz Valdinei. O estofador chegou a abrir uma empresa, porém não obteve sucesso. Foi então que percebeu que, para entrar no ramo, era preciso ter um capital e uma estrutura, o que para um jovem de 17 anos seria bastante complicado. Valdi-

nei entendeu que deveria começar devagar. Foi quando teve a ideia de criar um projeto social e, assim, dar continuidade ao que mais gostava de fazer enquanto ajudaria outras pessoas. A primeira “aluna” e responsável pela ideia do projeto foi uma prima. “Ela era atleta e tinha um histórico de vencedora. Estava passando por um momento bastante difícil e, com isso, começou a deixar para trás tudo o que havia conquistado. Na primeira vez que alguém chegou e elogiou um sofá produzido por ela, algo diferente aconteceu. O elogio


METÁFORA Um dos métodos de aprendizado no projeto é o cultivo de uma horta

PROFISSÃO Marcos Antônio Aranha se mantém somente com a renda das reformas que realiza

FAMÍLIA João Pedro Silva conta que tem o total apoio dos pais

RETORNO FINANCEIRO O dinheiro arrecadado com as vendas é totalmente revertido para o projeto

PRODUÇÃO Os alunos aprendem todas as etapas da produção de puffs e pequenos sofás revistaon.com.br

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ECONOMIA & NEGÓCIOS MEIO AMBIENTE

“Quando você só fala algo, nem você mesmo sabe que é capaz. Porém, quando olha alguma coisa concreta, é diferente”, Valdinei Marques, fundador da Reforcriativ

TURMA O projeto é realizado aos sábados e conta com meninos entre 12 e 15 anos

mexeu com a estrela que estava apagada. Eu percebi que, novamente, ela estava motivada. Neste instante, tive a certeza que era isso que queria para a minha vida e decidi abrir o projeto para jovens do município de Paraíba do Sul. Percebi que acima de uma profissão, tinha o dever de ajudar o próximo”, relembra. O projeto, que começou a ser realizado no bairro Jatobá, há três anos acontece no bairro Eldorado, em um espaço maior, que serve para a fabricação de “puffs” e “mini sofás” e para reforma de estofados em geral. No começo, por falta de apoio, o projeto passou por

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dificuldades, chegando a faltar pregos e madeiras. Com o passar do tempo, começaram as parcerias com empresas que, em troca de propagandas divulgadas no blog do projeto, sediam os materiais para a produção. Atualmente, o projeto funciona aos sábados com uma turma de oito adolescentes, entre 12 e 15 anos, que aprendem todas as etapas da fabricação. O Reforcriativ trabalha com formação, preparando os alunos para o primeiro emprego. O intuito, no futuro, é criar uma fábrica e usar a mão de obra dos jovens que passaram pelo projeto. Além das aulas, há um

acompanhamento com a família e no colégio. A cada dois meses acontecem reuniões com os pais, para que todos possam acompanhar as realizações, enquanto a parceria com o colégio tem o objetivo de avaliar o rendimento escolar. Segundo João Vitor Araújo, 12, o projeto o ajudou bastante. “Eu fazia muita bagunça no colégio. Agora sou bem mais comportado. É muito legal, porque enquanto estamos aqui, não estamos aprendendo coisas da rua. Nós oramos também e entramos em comunhão com Deus. Acho isso muito importante”, afirma o caçula da turma. O jovem João Pedro Silva, 14, conta que tem total apoio dos pais. “Meus pais gostam e sempre dizem que tenho que respeitar o professor e não faltar às aulas. Aqui aprendemos a dar um pontapé na nossa vida. Saímos da rua e aprendemos que não devemos nos envolver com pessoas ruins”, conta. Muitos meninos já passaram pelo projeto. Marcos Antônio Aranha, 20, é um deles. O jovem garante que teve a vida transformada e hoje se mantém somente com a renda das reformas que


realiza. “Antes de participar, não tinha planos para o meu futuro. Antigamente não fazia nada. O Valdinei me encontrou na rua e me chamou para participar. Hoje sou alguém na vida, tenho uma filha, sou casado e tenho um foco. Acho importante quando pessoas assim aparecem. Hoje vivo disso e espero continuar trabalhando com reformas”, diz. Um dos métodos de aprendizado adotados no projeto, para facilitar o ensino, é o cultivo de uma horta. Todos os sábados, após o término do curso, eles se reúnem na horta para plantar e cuidar das plantações. Valdinei explica que a ideia surgiu para que os alunos pudessem assimilar, de uma maneira mais fácil, o presente e o futuro. Segundo ele, os alunos chegam querendo resultados rápidos, mas o convívio com a horta faz perceber que tudo depende do tempo. “O que eles fazem na horta, fazemos aqui com eles. Ensinamos agora, visando

algo na frente. O objetivo é que através deles nasçam várias hortas, ou seja, projetos similares a esses”. Segundo Valdinei, depois de muito esforço o projeto já consegue atrair a atenção. Ele relata que há pessoas querendo ajudar, mas não encontram uma maneira. Por isso, foi criado o “Consórcio Social”. Nele, o interessado participa de um consórcio entre 12 pessoas, tornando-se um patrocinador do projeto. A cada mês é sorteado um puff produzido pelos alunos e, ao final de um ano, todos ganharão o produto enquanto ajudam o projeto. “Existem muitas pessoas boas, mas encontramos pessoas ruins também. Por isso o consórcio foi criado. Fazemos uma troca, valorizamos o projeto e os meninos e, em troca, a pessoa leva um produto do projeto para ela”. Além do consórcio, os produtos podem ser encontrados em algumas lojas do município ou no próprio local onde são produzidos.

De acordo com Valdinei, o dinheiro das vendas é totalmente investido no projeto, para a compra de materiais. O objetivo principal é construir com os jovens uma linha de produção para que, no futuro, eles possam fabricar os produtos nas suas residências. “Eu gostaria de ter uma reunião com os gerentes da Reforcriativ no futuro e ver que todos foram formados aqui. Isso que faço é plantar uma semente. Planto, rego e eles vão ajudar outras pessoas depois. Sinto-me realizado porque, quando você só fala algo, nem você mesmo sabe que é capaz. Porém, quando você olha alguma coisa concreta, é diferente. Quando digo que eles podem, é porque sou um exemplo disso. Somos seres humanos e somos inconstantes. Você vai passar por vários momentos difíceis durante a vida, mas se cumprir sua parte, pode ter certeza que Deus vai fazer a dele”, finaliza Valdinei, já emocionado.

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ADMINISTRAÇÃO PATRIMONIAL

COM ÉTICA ,TRANSPARÊNCIA E RESPONSABILIDADE FOTO SHuTTERSTOCK

A experiência em administração imobiliária do Grupo Saidler Consultoria é destaque na região.

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Quer saber qual o valor do seu imóvel? Quer atualizar o valor do seu aluguel? Quer garantia documental referente ao imóvel que pretende comprar? Quer uma administração patrimonial responsável? Quer legalizar seu imóvel para fins de financiamento bancário?

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administração patrimonial desenvolvida pelo Grupo Saidler Consultoria regula e compõe o mercado imobiliário em nossa região com a qualidade dos profissionais habilitados pelos principais órgãos de classe (CRECI/RJ, CREA/RJ e OAB/RJ). São advogados, gestores, corretores de imóveis e técnicos em construção civil que investiram em aperfeiçoamento profissional, como pós-graduação e outros cursos de extensão.

Escritórios de advocacia renomados e profissionais liberais, como arquitetos e engenheiros, buscam a assistência técnica do Grupo Saidler Consultoria A consultoria especializada do Grupo Saidler Consultoria no direito imobiliário e direito securitário lhe auxilia com toda a competência e profissionalismo, o que permitiu ao longo dos anos a realização de parcerias com grandes instituições, como o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e suas Comarcas espalhadas por todo o Estado, além de diversas empresas e bancos financiadores, como Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e BNDES, que buscam apoio no trabalho técnico da avaliação oferecido pelos profissionais que compõem a equipe do Grupo Saidler Consultoria. Escritórios de advocacia renomados e profissionais liberais, como arquitetos e engenheiros, buscam a assistência técnica do Grupo Saidler Consultoria nas seguintes demandas judiciais: Desapropriação, reintegração de posse; manutenção de posse; interdito

proibitório; usucapião; ações dominais reinvindicatórias, demarcatórias, divisórias, extinção de condomínio, retificatória de registro, ações renovatórias, entre outras (Dúvida de registro, Averbação de Escritura, etc...); Avaliações de patrimônio (Lei nº 11.441 de 04/01/2007), inventário, partilha, separação consensual, divórcio - Via Administrativa - Tabelionatos; Avaliações de bens para penhora (Lei 11.328/06 de 22/01/2007). Credores podem escolher os bens para penhora. Na hora de comprar e vender um imóvel, você deve ficar atento às certidões e documentos que garantem um negócio livre de surpresas desagradáveis, portanto, contrate um profissional experiente e competente para lhe auxiliar. O Grupo Saidler Consultoria providencia com rapidez e segurança as certidões que você precisa. O Grupo Saidler Consultoria realiza avaliações judiciais e extrajudiciais, com peritos judiciais, assistentes técnicos em avaliações para empresas, avaliações particulares, avaliações para prefeituras, avaliações para consórcios imobiliários, avaliações de mercado para bancos financiadores e avaliações para compra e venda. O Grupo Saidler Consultoria possui experiência na área do direito imobiliário atuando e prestando serviços nas áreas de consultoria empresarial imobiliária; avaliações; compra, venda e locação de imóveis; construção civil; assessoria jurídica contratual; assessoria jurídica em convenções de condomínio e assembleias; transferência de propriedade de imóveis; doação; orientação para retirada de registros, escrituras, certidões e outros documentos necessários à regularização de imóvel; baixa de usufruto gravada em registro; elaboração de contratos de compra e venda; promessa de compra e venda; locação; comodato e prestação de serviço.

Principais referências profissionais Vara Cível da Comarca Três Rios RJ Vara Cível da Comarca Paraíba do Sul RJ Vara Cível da Comarca Rio Novo MG Vara Cível da Comarca Mendes RJ Vara Cível da Comarca Rio Claro RJ Vara Cível da Comarca São Gonçalo RJ Vara Cível da Comarca Paty do Alferes RJ Vara Cível da Comarca Capital RJ Vara Cível da Comarca Petrópolis RJ Vara Cível da Comarca Miguel Pereira RJ 1ª Vara de Família Barra da Tijuca Comarca da Capital RJ Segunda Vara de Fazenda Pública Comarca da Capital RJ Ministério Público do Estado Rio de Janeiro Vara de Família Regional Madureira Comarca da Capital RJ

Rua Dr. Walmir Peçanha, 64 / 307 Centro – Três Rios – RJ (24) 2251-5677 (24) 98815-9774


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BEM-ESTAR esporte 101 saúde 116

Arte, história e muito trabalho POR TIAGO TAVARES

FOTOS ARQuIVO PESSOAl

Tudo acontece muito rápido e quase não é possível ver os movimentos. Braços e pernas dançam no ar, não conforme a música, mas de acordo com as orientações do mestre. Os comandos são dados em chinês e são representados com precisão. Assim é o Kung Fu, que combina a doutrina social com as áreas física e espiritual.

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BEM-ESTAR ESPORTE

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ara a prática, não basta apenas conhecer os movimentos. O Kung Fu é bem mais profundo e são necessárias algumas horas para entender a história da arte. Assim como outras artes marciais conhecidas, surgiu na Ásia e, segundo o mestre João Luis Cesário, a China é o país onde a arte do Kung Fu foi mais desenvolvida. A lenda diz que o mestre budista Bodhidharma - 28º patriarca do Budismo e fundador do Budismo Zen -, migrou de seu país e partiu em uma longa jornada em busca da iluminação espiritual. “O mestre budista se instalou no Templo Shaolin, localizado na província de Honan. Lá, ele teria meditado em uma caverna por nove anos. No templo, transmitiu conhecimentos do budismo e, também, uma série de exercícios físicos para que os monges conseguissem suportar as longas horas de meditação”, conta João Cesário. Ele diz, ainda, que o termo Kung Fu é aplicado às artes marciais há séculos e significa “trabalho duro”. A descrição se aplica ao aprendizado e à prática das artes marciais.

MOVIMENTO O Kung Fu combina agilidade, técnica e força

A arte marcial possui mais de 360 estilos diferentes A complexidade histórica e dos nomes pronunciados em mandarim e chinês dificultam o entendimento da arte marcial que possui mais de 360 estilos diferentes. O mais disseminado é o Wushu, que é uma das modalidades esportivas que pode tornar-se esporte olímpico, dependendo apenas do aval do Comitê Olímpico Internacional (COI). O grande número de estilos, os movimentos e a história só aumentam a beleza do esporte, que combina dança e teatro, principalmente nas vestimentas das apresentações. Além da beleza estética dos movimentos, no Kung Fu a técnica supera a força, fazendo com que muitas mulheres escolham o esporte. Uma delas é a atleta Bruna Terra Donato, que há cer102 Revista On Dezembro & Janeiro

ARTE A movimentação do Kung Fu ajuda a melhorar a elasticidade e a concentração


“Muitos movimentos do Kung Fu são melhor executados pelas mulheres”, Bruna Terra Donato

PROJETO O projeto ‘Lutar também é arte’ atende dezenas de pessoas em Areal

ca de três anos é praticante. “Sempre gostei de artes marciais, faço parte da equipe de Kung Fu, mas luto taekwondo e jiu-jitsu. Comecei a fazer arte marcial porque minha mãe queria que eu me defendesse, principalmente por ser mulher. Apesar de estar mudando, ainda há muito preconceito na maioria das artes marciais. Hoje, você chega às federações e não consegue ter a mesma visibilidade que os homens. No jiu-jitsu, por exemplo, existem algumas atletas que estão conseguindo reverter esse quadro, como a Kyra Gracie e a Gabi Garcia. Muitos movimentos do Kung Fu são melhor executados pelas mulheres”, diz Bruna.

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BEM-ESTAR ESPORTE

HOMENAGEM Os atletas receberam uma moção de aplausos na Câmara de Vereadores

Um dos únicos mestres de Kung Fu Wushu na região é João Luiz Cesário. A paixão pela arte surgiu ainda muito jovem, com cerca de nove anos. Influenciado pelo pai (João Cesário) e por filmes do Bruce Lee, por animes como Ninja Jiraya e Changeman, e pelo seriado do David Carradine, escolheu o Kung Fu e dedica-se a treinar, dar aulas e estudar a história da arte marcial. “Meu pai era mestre de obras e sempre me incentivou a treinar, mesmo nunca tendo ido a um treino meu. Depois que ele faleceu, minha mãe me manteve nos treinos, principalmente porque eu era gordinho e o médico disse que tinha que praticar alguma atividade física. Tentei vários esportes, mas optei pelo Kung Fu. Conheci o treinador Artur Giovani, que me apre104 Revista On Dezembro & Janeiro

sentou a modalidade e fiquei treinando com ele por cerca de nove anos. Depois, fui para o Rio de Janeiro, onde treinei com o campeão mundial, Ronaldo Meireles”, relembra João. Atualmente, João Cesário dedica-se a sua empresa, onde oferece aulas para oito atletas que disputam competições oficiais da Federação do Kung Fu do Estado do Rio de Janeiro e outras de níveis nacional e internacional. O mestre também oferece treinos em projetos sociais, um deles é o projeto “Lutar também é arte”, que funciona em Areal e são oferecidas aulas de Kung Fu e Tai Chi Chuan gratuitamente para pessoas de todas as idades. Além disso, dá aulas em sua academia para todas as idades e oficinas em teatros.

Entre as competições conquistadas pela Eclo Wushu, de João Cesário, estão o Estadual de 2006 e 2008, a Copa Wu Tao de 2010 e 2011, Copa Niteroiense de Kung Fu, além do Internacional Festival Open de Kung Fu Championship, que rendeu uma moção de aplausos na Câmara de Vereadores de Três Rios. “A competição internacional foi a mais difícil para nós, pois tivemos que treinar o dobro devido à presença de atletas de fora do país. Além disso, não tínhamos academia para treinar, equipamentos, acompanhamento médico e condições financeiras. Porém, todas essas dificuldades nos fizeram perceber o mais importante da arte marcial chinesa: a simplicidade em resolver e enfrentar problemas”, declara.


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TECNOLOGIA, CIÊNCIA E CÉLULAS TRONCO MESENQUIMAIS PARA RECUPERAÇÃO DE ÚLCERAS FOTOS DIVulGAÇÃO

Na Regenere, em Itaipava, a terapia celular desponta como a melhor opção para o combate das feridas que atingem, principalmente, pacientes com diabetes, problemas vasculares e outros traumas.

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ormadas a partir de lesões e ferimentos superficiais, as úlceras deixam os tecidos mais profundos expostos e afetam parte considerável da população mundial. As dores são sua consequência mais comum, afetando a produtividade e a qualidade de vida dos portadores. O ferimento pode ter várias causas - desde agentes externos e radiação até isquemias e complicações do diabetes - e exige cuidados especiais por parte dos pacientes e dos profissionais de saúde. “Por isso é importante fazer o tratamento correto da doença, que é, hoje, uma endemia e atinge pessoas de todas as idades e classes sociais.”, afirma o Dr. Carlos Eduardo Tenório, endocrinologista e responsável clínico médico ortomolecular na Regenere, pioneira em procedimentos de reconstrução tecidual no Brasil. A clínica alia tecnologia de ponta ao reparo tecidual com o objetivo de auxiliar o paciente a recuperar a saúde completa. Para isso, os profissionais afirmam que não basta um tratamento só: a cura completa vem apenas com a união de especialidades, como a endocrinologia, nutrição, odontologia, infectologia, angeologia e fisioterapia, que formam a modalidade de Reparo Tecidual. É a combinação que permite o sucesso da terapia celular. Como o próprio nome indica, essa forma de tratamento utiliza células na recuperação da saúde de tecidos e é uma área em expansão e pesquisa há vários anos. Inicialmente restrita à hematologia e

É a combinação que permite o sucesso da terapia celular hoje presente em outras especialidades, a terapia celular é um dos mais promissores tratamentos nesse campo, com estudos feitos para recuperação de tecidos danificados, melhoria da qualidade de órgãos transplantados, construção de tecidos em laboratório e para tratamento de doenças imunológicas, metabólicas e degenerativas. “Começa a se destacar a medicina que se dedica à restauração de células e tecidos com o uso da biotecnologia, engenharia genética, biologia celular e engenharia de tecidos. Se antes as células-tronco do sangue eram a única fonte de matéria-prima, hoje em dia despontam células derivadas da medula óssea, de gordura, células imaturas de fígado, células-tronco do cordão umbilical, do sangue menstrual, da pele e dos dentes”, explica Dr. Marcus Vinicius de Mello Pinto, pesquisador, pós doutor em clínica médica e diretor científico da Regenere. No Brasil já existem laboratórios credenciados para a coleta, armazenamento, cultivo e proliferação em larga escala de células-tronco. Ali mesmo, no laboratório da Regenere, é feito o cultivo de agentes cicatrizantes do próprio corpo: fibrina, colágeno e plasma rico em plaquetas, em um procedimento inédito no estado do Rio de Janeiro. A partir de sua

análise microscópica, é possível criar uma malha de tecido que será colocada em áreas que sofreram perda de pele. Mas a recuperação só é real quando aliada a um tratamento que leva em conta todos os fatores - e é aí que entram aliados importantes como a medicina ortomolecular. “Ela vem a auxiliar na recuperação. Os radicais livres e agentes oxidantes, por exemplo, são muito importantes na terapia fototerápica, pois envolve metabolismo nutricional, hormonal e glicêmico. Todos esses fatores ajudam na regeneração feita pela terapia a laser”, completa o Dr. Carlos Eduardo Tenório e Dra Cristiane Martins. O tratamento conjunto usa métodos desenvolvidos pelos especialistas da clínica e costuma surpreender os pacientes pela melhoria rápida e pela diminuição quase imediata da dor. O ineditismo dos métodos aplicados pela Regenere traz pessoas de todo o estado e até de Minas Gerais. Além de procurar mais qualidade de vida, alguns deles também investem em reparos estéticos, já que a terapia a laser é um dos métodos mais indicados para remediar as injúrias da pele, cicatrizes pós traumáticas e até contribuir para o rejuvenescimento facial. Assim, é possível trazer muito mais qualidade de vida aos pacientes.


Antes

Depois

Nutrição em reparo tecidual: indispensável para a cicatrização

O que muitos pacientes não sabem é que a nutrição é fundamental no tratamento de uma úlcera, e a desnutrição pode favorecer seu surgimento. uma dieta balanceada e controlada é indispensável para a cicatrização das feridas, e o acompanhamento com um profissional dessa área ajuda a apostar nos alimentos que facilitam o processo - e a ficar longe dos que o prejudicam. “Com a alimentação feita corretamente, a recuperação é mais rápida e a condição, reversível”, argumenta Dra Adriana Mattos, nutricionista especialista em úlceras da Regenere. Assim como em outras enfermidades, a alimentação não pode ser um cuidado único neste tipo de tratamento. “Por isso, é importante o tratamento multidisciplinar, trazendo vários especialistas, já que é um processo complexo que vai da nutrição ao laser e trata-se de uma doença multifatorial”, conclui Dra Adriana.

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BEM-ESTAR ESPORTE

XEQUE-MATE POR TIAGO TAVARES

Concentração, olhar fixo e silêncio. O único barulho sai do movimento das peças e da batida no relógio. Esse é o xadrez, esporte mais praticado do mundo, depois do futebol, que tem a terceira maior federação esportiva do mundo e já conta com campeões em Três Rios.

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BEM-ESTAR ESPORTE

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brasileiras, algumas inserem o esporte como disciplina extra. No Ciep Marco Polo, em Três Rios, a prática é comum entre os alunos. Implementado na inauguração do colégio, em 1994, o esporte passou por várias fases. “Quando o Ciep funcionava em período integral, tínhamos oficinas à tarde. Eu e o professor Carlos Ibrahim dávamos aula e eles começaram a se desenvolver. Com a mudança de governo, eles acabaram com o projeto de horário integral e o de xadrez parou, mas os alunos que já sabiam não queriam parar, então internamente continuamos, mesmo sem receber, e os alunos puderam continuar jogando”, conta o diretor Marcos Costa Reis Dutra. Atualmente o colégio possui cerca de 300 alunos que jogam assiduamente e mais 600 que sabem mexer as peças com os movimentos básicos do jogo. Segundo Marcos, a prática do xadrez, juntamente com outras atividades complementares desenvolvidas na escola, como esportes e teatro, dão resultados dentro das salas de aula. “O maior IDEB [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] do nono ano das escolas estaduais da região é do Marco Polo, e isso deve-se também

ao xadrez junto com outras práticas”, conta o diretor. Os resultados dentro das salas refletem, também, na disputa dos Jogos Estudantis Municipais (JEM). Desde 2005, o Ciep Marco Polo é campeão. Em 2013, dos seis troféus possíveis, os alunos conquistaram cinco, entre eles quatro de primeiro lugar e um de segundo. Um dos incentivadores do xadrez no Ciep é o ex-aluno Mário Luiz Rosa, que aprendeu a jogar na escola e é voluntário no ensino do esporte. “O xadrez ajuda na interação entre os alunos. Durante a prática, os vejo conversando, brincando, se divertindo, enquanto aprendem. Isso é ótimo para o convívio dentro da escola”. Apesar dos benefícios, ainda há muito preconceito com a prática, já que, diferente de outros esportes, ele tem maior complexidade de movimentos e exige maior dedicação dos praticantes. Para quebrar o paradigma de esporte restrito, o diretor Marcos Costa incentiva a prática a todos os alunos, não importando o grau de escolaridade. “Conseguimos quebrar o preconceito no dia a dia. Um aluno vê o outro jogar e acaba se interessando. Então, aqueles que se destacam no esporte fazem viagens e os outros alunos acabam se motivando, já

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sado também como instrumento pedagógico em escolas de todo o mundo, o xadrez estimula a criatividade, a concentração e ajuda em disciplinas como matemática e história. “Tem uma coisa essencial no xadrez na escola, que é aprender a concentrar melhor. Aprende a perceber as jogadas e desenvolver isso na hora de fazer uma prova. Aprende maior capacidade de leitura, dinâmica, concentração, isso ajuda em todas as disciplinas”, explica o professor Marcos Costa Reis Dutra. O médico pediatra e enxadrista Patrick Pereira Monnerat completa: “Além de ajudar o aluno de várias formas, o xadrez aumenta uma capacidade muito importante para vida, a capacidade de ser responsável pelos próprios atos. Uma jogada mal feita no xadrez, uma dama que você coloca em uma casa ruim, você sofre com essas consequências. O jogo é uma forma muito legal de aprender isso. Então, se pudermos entender isso de uma forma lúdica e gostosa em nosso dia a dia, como aspecto pedagógico, é muito importante”, explica. Apesar não ser uma disciplina obrigatória na grade curricular das escolas

VITÓRIA A equipe do Ciep Marco Polo ganhou vários trófeus no JEM

O Clube de Xadrez de Três Rios ficou na quarta colocação do Campeonato Estadual em 2012 110 Revista On Dezembro & Janeiro


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DESTAQUE A enxadrista Clarice é uma das grandes esperanças do esporte no Estado

que também querem viajar e, assim, vão aprendendo uns com os outros, acaba quebrando o preconceito”, diz. Para ampliar ainda mais o acesso ao esporte, há grandes possibilidades de que algumas escolas da rede municipal de Três Rios coloquem o xadrez na grade curricular ou como atividade complementar. A primeira foi a Escola Municipal Santa Luzia, na Jaqueira. Os alunos têm aulas de xadrez duas vezes por semana com João Luiz França Monnerat. Se nas escolas o xadrez já é bem aceito, fora delas ainda é pouco disseminado. Por isso, o Clube de Xadrez de Três Rios (CXTR) trabalha para mudar o quadro e ampliar os números de praticantes na região. Fundado inicialmente com o nome Três Rios Xadrez Clube na década de 1990, deixou de funcionar em 1995. Em 2008, o clube voltou a funcionar, já com o nome atual e, desde então, é referência no esporte no estado. Já ficou na quarta colocação do Campeonato Estadual em 2012 e, atualmente, ocupa a terceira colocação da Taça Eficiência, que mede o desempenho do clube durante todas as competições do ano. “Em 2007, meu pai, João Luiz França Monnerat, mudou-se de Leopol-

dina para Três Rios e sempre jogávamos uma partida quando nos encontrávamos. Então, minha esposa, Olga, viu que o Sesc tinha oficina de xadrez. Começamos a vir toda as quartas-feiras, mas eram apenas três jogadores e não existia mais nada além disso. Entramos em contato com os membros do antigo clube e em 2008 nós o ‘refundamos’”, conta o ex-presidente e atual diretor técnico do CXTR, Patrick Monnerat. Com o retorno das atividades, o clube passou a ser filiado à Federação Estadual de Xadrez (Fexerj) e vem conquistando jogadores de toda a região. O clube trirriense conta com vários jogadores de Juiz de Fora, São Paulo, Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, Além Paraíba, Santos Dummont, Paraíba do Sul, Comendador Levy Gasparian e outras cidades. “Somos um ponto de apoio para muitos atletas de Minas Gerais, por exemplo, já que a maioria das competições em Minas acontece mais longe. Então, essas pessoas de Juiz de Fora preferem disputar as competições no estado do Rio de Janeiro e, por isso, somos um clube forte e respeitado”, explica Patrick.


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BEM-ESTAR ESPORTE

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INCENTIVO No Clube de Xadrez os associados ajudam uns aos outros

INTERAÇÃO Escolas públicas e privadas participaram do JEM 112 Revista On Dezembro & Janeiro

Entre os enxadristas que optaram pela filiação ao Clube de Xadrez de Três Rios está o atleta Salim Cohen Neto, de Além Paraíba, 29º no rating da Federação de Xadrez do Estado do Rio de Janeiro. Assim como Salim, o atleta de Juiz de Fora Thalles José Fernandes de Castro optou por jogar pelo clube trirriense e vem ganhando inúmeras partidas. Outro destaque do clube é o trirriense Rafael de Souza Carvalho, vencedor em inúmeras competições que desponta como um dos grandes enxadristas do Estado. As irmãs trirrienses Clarice Simões Monnerat e Ana Clara Monnerat já venceram juntas sete estaduais. Outro enxadrista promissor é o Enzo Emanuel Victor Fontes, de Juiz de Fora, atual campeão estadual na categoria Sub-10. O trirriense Rafael de Souza Carvalho também é um dos grandes jogadores do clube, com a conquista de várias competições.

As irmãs trirrienses Clarice Simões Monnerat e Ana Clara Monnerat já venceram juntas sete estaduais Manter tantos jogadores de xadrez não é nada fácil. Além das despesas com tabuleiros e relógios, as competições acontecem por todo o estado. Para amenizar as despesas, a Secretaria de Esporte de Três Rios cede vans, sempre que possível, para levar os atletas aos campeonatos. Além disso, o Sesc disponibiliza uma sala para os encontros do clube, onde os membros ensinam xadrez gratuitamente todas as quartas-feiras a partir das 18h30. Já no caso do Ciep Marco Polo, o sustento do projeto vem de recursos próprios do colégio, que faz parte da rede estadual de ensino. Os alunos que estudam no Ciep Marco Polo e praticam xadrez estão, na maioria, filiados ao CXTR, porém nem todos têm condições de arcar com as despesas para as viagens mais longas e para campeonatos nacionais. Por isso, tanto o Clube de Xadrez quanto o colégio buscam apoio da iniciativa privada e de órgãos públicos que queiram contribuir com os atletas e com o crescimento do esporte.


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BELEZA, ESTÉTICA E SAÚDE

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BEM-ESTAR SAÚDE

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FOTOS ARQuIVO PESSOAl

A yoga existe há mais de 2,5 mil anos. Quando foi expandida para o mundo, virou febre principalmente entre quem precisava encontrar a paz interior ou até mesmo uma forma de encarar a vida sem muitas preocupações. uma estimativa da Associação Brasileira de Yoga aponta a existência de cerca de 500 mil praticantes no Brasil. É uma atividade que exige, inicialmente, apenas roupas confortáveis e pode conquistar qualquer pessoa.

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A

na Lucia Rodrigues, instrutora de yoga há três anos, acredita que a técnica seja a união de mente, corpo e espírito. Reticente em definir a yoga de forma única, ela a referencia como “disciplina espiritual” e explica que há diversos benefícios na prática. “Podemos praticar yoga pelas mais diversas razões: para manter a forma física, para conservar ou recuperar a saúde, para reequilibrar o sistema nervoso, acalmar nossa mente excessivamente ativa e levar uma vida mais significativa. Todos esses objetivos merecem nossa atenção e nosso esforço”, diz ela. Questionada sobre o perfil de praticantes da yoga, a instrutora afirma que a técnica é democrática e compreende todos. “Independente da religião, cor,

“Yoga é um modo de vida amplo. É um caminho sagrado que nos conduz do irreal ao real, da falsidade à verdade, do temporal ao eterno”, Ana Lucia Rodrigues

tipo físico ou classe social, nada é cobrado ou julgado, tudo é facilitado”, salienta. Ana Lucia ainda explica a ligação da yoga com a espiritualidade e como a técnica facilita o encontro da calma e da paz interior. “Yoga é um modo de vida

amplo, no qual a realidade última, o espírito, tem precedência sobre quaisquer outras preocupações. É um caminho sagrado que, nas palavras de um antigo Upanishad [escrituras], nos conduz do irreal ao real, da falsidade à verdade, do temporal ao eterno”, avalia. A instrutora, que cursa terapias medicinais da Índia, medicina Ayurveda [a ciência da autocura], expõe a yoga como ramo da medicina terapêutica e a vê como facilitadora da cura de inquietudes espirituais, do aumento da vitalidade e flexibilidade, da melhora da saúde, da tonificação dos músculos, do alívio do estresse e ansiedade, entre outros benefícios físicos. Para a saúde mental, ela aponta melhorias como o aumento da capacidade de raciocinar, a tranqui-

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BEM-ESTAR SAÚDE

NO PAÍS Ana com o professor Hermógenes, que difundiu a yoga no Brasil

AULAS Segunda Ana Lucia, o interessado na prático da yoga deve ter paciência e persistência

lidade e ordem dos pensamentos. “É o perfeito caminho para o silêncio interior de que tanto necessitamos quando precisamos de paz, equilíbrio, concentração e direção. Tudo fica mais claro e o poder de raciocínio fica livre dos sentimentos algozes que nos tiram o foco. Os nossos problemas não acabam, mas adquirimos mais habilidade para lidar com eles”. Para Ana Lucia, o Hatha Yoga tradicional, modalidade ministrada por ela, pode aumentar a força (Hatha) que aborda a realização de si mesmo por meio do corpo físico e a matriz energética, conhecida como prânica, através de posturas (ásanas), técnicas de respiração (prânâyâmas) e meditação. Ela recomenda, ainda, a prática mínima de duas a três vezes por semana para que os benefícios sejam sentidos mais facilmente. Apesar dos atrativos, o interessado na prática da yoga deve ter paciência e persistência, pois o primeiro contato com a técnica pode ser desafiador. “Conheci o yoga com 17 anos. Não sabia nada a respeito, era tudo novo, não veiculava nenhuma noticia sobre o assunto, os livros eram em língua estrangeira, os poucos traduzidos eu não tinha acesso. Era um mistério”, relembra Ana Lucia. A instrutora conta que por muitas vezes precisou regressar ao início da prática, mas jamais pensou em desistir. A dentista Aurora Garcia e Souza, de 52 anos, relata ter encontrado a tranqui-

lidade com a yoga. A inspiração veio ao assistir um filme baseado em uma história verídica sobre mulheres que elaboravam um calendário com o objetivo de arrecadar dinheiro para fazer caridade. As voluntárias faziam tai chi chuan, prática que a dentista cogitou iniciar antes da yoga. O início também foi complicado para ela, mas a solidariedade presente em um grupo de amigas a fez persistir. “Não é fácil na primeira aula, que você não conhece, é muito tenso”, comenta, lembrando ter iniciado a prática em um momento de muito trabalho no consultório e em casa, cuidando dos três filhos.

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“Tem gente que vai como ginástica, para alongar, fortalecer os músculos, melhorar a coluna”, diz Aurora Garcia

As aulas que Aurora participa acontecem em um grupo aberto e gratuito que se reúne no Horto de Três Rios, o mesmo espaço onde iniciou a prática há cinco anos. “É uma coisa para cada pessoa. Tem gente que vai como ginástica, para alongar, fortalecer os músculos, melho-

rar a coluna... Tem quem vá só escutar o que a Priscila [instrutora] diz”, conta. Aurora acredita que, durante as aulas, cada um tem um objetivo e várias fontes estão disponíveis. Ela, que pratica yoga às 8h de sábado, acredita que a técnica a tranquiliza e ajuda no dia de trabalho. “Acredito que aprendi a ficar sozinha comigo mesma”, responde, sobre os principais benefícios da prática da yoga. “Tem momentos em que você precisa melhorar. Ela [a instrutora] diz: ‘preocupe-se com coisas que o dinheiro não pode comprar’, e isso trabalha o lado espiritual e psicológico também. Trabalhamos a humildade com a prática”, enfatiza. Para a arquiteta Juliana Freitas, de 36 anos, a yoga surgiu em um retiro de meditação há cerca de dois anos. Juliana, que mora em Três Rios, acredita ter mais disposição e tranquilidade desde que começou a praticar a técnica. “Há sempre mais a aprender. [A yoga] melhora a condição física, a capacidade respiratória, a concentração, o bem-estar de um modo geral; é um momento especial de dedicação a si mesmo. Cada um vai no seu ritmo”, explica. Ao contrário do que muitos pensam, Juliana afirma que a aula é diversificada, dinâmica e deixa um recado para quem pretende iniciar a prática: “Para quem acha que yoga é parado, só fazendo uma aula para entender como mexe com tudo”, convida.


HORTO Em Três Rios, as aulas gratuitas acontecem aos finais de semana

BENEFÍCIOS Aurora, ao centro, diz que a técnica ajuda até durante a rotina de trabalho

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BEM-ESTAR SAÚDE

MUDANÇA DE HÁBITOS POR MAYARA STOEPKE

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A vida agitada faz com que os cuidados com a saúde sejam deixados de lado e, quando nos damos conta, o corpo reclama. Força de vontade, determinação e apoio são fundamentais na hora de mudar a rotina e ter uma vida saudável sem remédios e cirurgias. revistaon.com.br

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ntre 2006 e 2012, o índice de obesidade no Brasil cresceu 54% segundo pesquisa do Ministério da Saúde. Esse é um dado preocupante, já que atinge 17,1% da população do país. A pesquisa indica, ainda, que 51% das pessoas acima de 18 anos possuem massa corporal acima ou igual a 25, o que significa sobrepeso. Esses dados se constituem pelo sedentarismo e alimentação errada das pessoas. A ausência de atividade física pode causar, a longo prazo, o aparecimento de diversos problemas articulares, motores, metabólicos, cardíacos, posturais e até musculares, é o que afirma o professor de educação física Leandro Spangemberg. A preocupação com a saúde no futuro exige hábitos mais saudáveis. Como diz o ditado, “é me-

“Foi uma superação muito grande aos quase 30 anos passar da boemia ao ‘healthy life style’”, diz Izabella Luz

lhor prevenir do que remediar”. Com cuidados diários, é possível evitar muitos problemas. “Independente da rotina diária, temos que separar pelo menos 30 minutos do dia para cuidar de nossa saúde. Procurar uma boa orientação nutricional, organizar os horários para treinar, ir ao médico regularmente e procurar profissionais qualificados para a prática de suas atividades. São mudanças que devem fazer parte da nossa vida”, orienta Leandro. Regularização do sono e do metabolismo basal (quantidade mínima de energia/ calorias), redução da porcentagem de gordura, melhora no condicionamento cardíaco e na capacidade neuromuscular são apenas alguns dos benefícios que a atividade física pode oferecer. A atriz e estudante de farmácia Izabella Luz, 30 anos, é a prova de que 122 Revista On Dezembro & Janeiro

Antes

Depois

IZABELLA LUZ Em fevereiro de 2013, tinha 60kg e 30% de gordura corporal

MUDANÇAS Em outubro do mesmo ano já estava com 52kg e 18% de gordura corporal

mudanças de hábitos são fundamentais. “Desde que me mudei para o Rio de Janeiro, aos 18 anos, meus hábitos alimentares mudaram para pior. Eu detestava cozinhar e, com isso, consumia muitos congelados, enlatados, miojo, nuggets, pizza, brigadeiro. Foi aos 18 anos que também comecei a consumir bebida alcoólica”, explica ela que, aos 30, sentiu o peso de uma vida sedentária e com alimentação errada. No começo de 2013 resolveu cuidar da saúde. Tudo começou com uma corrida, o que desencadeou outras mudanças. Com o emagrecimento, devido às corridas, resolveu procurar uma nutricionista funcional para conseguir uma reeducação alimentar. E conseguiu. Hoje, consegue passar meses sem consumir bebidas alcoólicas e tem uma alimentação balanceada.

Para fortalecer a musculatura, começou a fazer musculação. Os resultados de Izabella são visíveis e o apoio dos amigos foi fundamental. “Amigos que já corriam há mais tempo, em especial o Luiz Henrique Cândido e o Bernardo Vergara, me incentivaram muito com a corrida, me falaram sobre suas experiências e da importância de levar uma vida equilibrada e saudável. Foi uma superação muito grande aos quase 30 anos passar da boemia ao ‘healthy life style’”, conta orgulhosa. Como futura farmacêutica, indica os remédios em casos extremos de doença e com prescrição médica. “Eu sou, com certeza, uma pessoa mais bonita, mais feliz e mais interessante depois de toda essa mudança. Nosso corpo é nosso templo, então precisamos cuidar da alma para estarmos bem para mudar o corpo.


Antes

Depois

FELIPE CURDI Os quilos a mais atrapalhavam até a vida social do jornalista

MEIA MARATONA DO RIO Ele encontrou motivação na corrida para manter a vida saudável

Mente sã, corpo são. E o que me deixa muito feliz, também, é saber que tenho incentivado muitos amigos e conhecidos meus. Isso me faz querer ser forte, pois a gente nunca sabe a quem serve de inspiração”, finaliza. Casos de preocupação com a estética também levam jovens e adultos à procura por uma vida mais saudável. Foi a procura da felicidade com o corpo que fez Felipe Curdi, jornalista de 29 anos, mudar a vida por completo. Uma vida corrida, com muitos trabalhos e uma luta constante com a balança fizeram com que Felipe levasse uma rotina mais recolhida. “Na realidade, eu vivi um ‘efeito sanfona’. Eu já havia emagrecido significativamente entre 2008 e 2009, mantendo o mesmo peso por quase dois anos. Em 2011 fiz um intercâmbio de trabalho na Nova Zelândia e não me adaptei à comida do país. Nes-

se período, as opções eram sempre fast food. Sem praticar exercícios, viajando muito para diferentes cidades nos finais de semana e sem levar uma vida regrada com exercícios e alimentação nas horas certas, engordei 12 kg em três meses”, relata. Felipe ainda engordou mais 10 kg no Brasil. Insatisfeito com o corpo, já não tinha vida social, não se olhava no espelho, comprar roupas era uma tortura, não gostava de se assistir da TV e começou a se dedicar somente ao trabalho. Foi em 2011, com o apoio de uma amiga, que Felipe percebeu a chegada da hora de mudar. Com as dicas alimentares que ganhou da amiga e a caminhada, emagreceu 30 kg em quatro meses. “Foi uma superação, pois é uma luta diária resistir às tentações e conciliar trabalho, estudo e a prática de exercícios físicos. Outra superação revistaon.com.br

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REVISTA ON

BEM-ESTAR SAÚDE

DETERMINAÇÃO Izabella participou da etapa Inverno do Circuito das Estações Adidas

é que comecei a atividade física com caminhadas e hoje sou um ‘viciado’ em corrida de rua. Participei ao longo de 2013 de diversas corridas, entre elas a Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro, completando 21 km em 2h05”, conta. Além disso, Felipe faz musculação três vezes por semana e segue dieta para criar condicionamento físico. Já sofreu preconceito e a mudança na vida social é uma motivação. O jovem que antes não gostava de sair, agora esbanja autoestima. “Antes, ao entrar em uma loja de roupas, alguns vendedores evitavam o atendimento e não tinham muita paciência, pois nenhuma roupa ficava legal e eu não levava nenhuma peça. Agora é completamente diferente, os vendedores são mais atenciosos”, relata.

Entre 2006 e 2012, o índice de obesidade no Brasil cresceu 54% Felipe e Izabella encontraram no esporte em comum, a corrida, uma motivação para seguir em frente. Ambos têm essa prática e, com a alimentação balanceada, adquiriram uma vida saudável sem o uso de remédios e cirurgias. Em Três Rios, algns espaços ao ar livre são gratui124 Revista On Dezembro & Janeiro

PROFISSIONAL Leandro Spangemberg diz que as pessoas devem pensar em como querem envelhecer

Com cuidados diários é possível evitar muitos problemas.

tos para a prática de atividades físicas: a Beira Rio, a Academia Popular, o horto, as quadras de areia e futebol, além de igrejas que também oferecem atividades físicas coletivas. E você, vai ficar aí sentado? Como você quer envelhecer?

Como calcular o IMC – Índice de Massa Corporal

O IMC é calculado com a divisão da massa (em quilos) da pessoa pelo quadrado de sua altura (em metros). Exemplo de IMC Para uma pessoa com 92 quilogramas de massa e 1,77 metros de altura, teremos 92kg

IMC =

(1,77m . 1,77m)

Resultado do cálculo IMC

Situação

Abaixo de 18,5

Você está abaixo do peso ideal Parabéns — você está em seu peso normal! Você está acima de seu peso (sobrepeso) Obesidade grau I Obesidade grau II Obesidade grau III

Entre 18,5 e 24,9 Entre 25,0 e 29,9 Entre 30,0 e 34,9 Entre 35,0 e 39,9 40,0 e acima


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ALIMENTAÇÃO NATURAL FOTOS DIVulGAÇÃO

Quer melhorar a saúde e a aparência? O primeiro passo é cuidar da alimentação e, para isso, a Pronatural passa a oferecer em Três Rios os produtos necessários para você começar a transformar sua qualidade de vida.


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om a nutricionista Orion Araújo como consultora, as irmãs Priscila e Roberta Padilha inauguram, em breve, em Três Rios, a Pronatural, loja especializada em produtos naturais. Localizada no Shopping Olga Sola, oferecerá itens que ainda não são encontrados na cidade, mas muito procurados. “Já estávamos sentindo falta de uma loja assim. Criamos a Pronatural para atender uma demanda de muitas pessoas que já comentaram conosco sobre a carência de produtos naturais no município”, conta Priscila. Na Pronatural será possível encontrar suplementos alimentares para esportistas e alimentos variados sem corante, sem aditivos, integrais e muito mais! O mais importante: todos passam pelo aval da nutricionista Orion Araújo. “Vamos buscar sempre produtos de qualidade, focando em itens com baixo teor de sódio, de gordura, alimentos que possuem vitaminas, sais minerais, entre outros”, explica Orion. Fundamental para quem busca o auxílio de um nutricionista para o plano alimentar, a loja também estará de portas abertas para quem já está acostumado a buscar alimentos saudáveis e, ainda, quem quiser desenvolver este hábito. “As pessoas não conhecem muito bem a nutrição funcional. A loja com produtos diferenciados vai fazer com que os leigos entrem, conheçam, experimentem e vejam que não são ruins. Mesmo quem não conhece de perto, já viu ou leu reportagens sobre o tema e vai experimentar. Os benefícios dos alimentos vão chamar a atenção”, comenta a nutricionista. Hoje em dia, redes sociais e a mídia em geral mostram os benefícios de manter o corpo em equilíbrio, seja para estética ou saúde. Nesta área, aliás, a Pronatural vai contribuir com quem busca melhorar o estilo de vida.

“A população está doente. Obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, câncer... Estudos mostram que 50% destes casos estão relacionados à alimentação ruim”, diz Orion, que completa: “Algumas vezes, a pessoa começa a fazer um plano alimentar sem auxílio de profissional, acha que está comendo só alimentos saudáveis, mas não está. Acabam ganhando peso, mesmo com uma alimentação ‘boa’, mas que não está de acordo com suas necessidades”. A procura por nutricionistas aumentou nos últimos anos e cada vez mais as pessoas estão com a mentalidade de procurar auxílio, ter um plano alimentar e evitar problemas de saúde. “Por isso estão buscando essa alimentação saudável. Os resultados vão desde maior disposição no dia a dia até o fim da queda de cabelos, pele mais bonita e poucas celulites. O alimento muda, mas não faz milagre. Ele ajuda muito, mas a atividade física também é importante”, diz Orion. A Pronatural contará com sucos de detox, verde, roxo, anticelulites, que reduzem inchaço, entre muitos outros, todos feitos a partir de folhas, frutas e cereais adequados. “Toda a linha que indico para meus pacientes estará na loja e facilitará na busca pelos produtos. Vamos ter uma variedade muito grande, o que é fundamental para que o plano alimentar seja sempre atraente. Para quem está na linha de alimentação detox, por exemplo, a Pronatural terá produtos sem glúten, sem lactose, pouca gordura. Vamos trazer alimentos diferenciados e que trazem resultados”, comenta. Saúde, beleza, prevenção a doenças crônicas... Tudo em uma só loja, bem pertinho e com o controle de uma das nutricionistas mais reconhecidas do Estado. A Pronatural está chegando para transformar sua vida para a melhor!

Os resultados de uma alimentação saudável vão desde maior disposição no dia a dia até a pele mais bonita

LOCALIZAÇÃO A Pronatural fica no Shopping Olga Sola, no Centro de Três Rios

NUTRICIONISTA Orion Araújo é consultora da nova loja e escolhe os melhores produtos


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POR DENTRO

DO HPV POR SAMYlA DuARTE

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A notícia de estar infectado por uma doença sexualmente transmissível já é assustadora, imagina por uma que possui mais de uma centena de tipos, sendo que 13 deles podem levar ao câncer. O vírus do papiloma humano pode ter atingido 291 milhões de mulheres no mundo. No Brasil, a estimativa chega a 685 mil pessoas. Muitas ainda se assustam com o tema, mas é necessário ter informações sobre a doença que motivou o Ministério da Saúde a desenvolver a primeira vacina para combater um tipo de câncer. revistaon.com.br

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engenheira R. C. C., de 25 anos, ainda sente as consequências do HPV. Desde os 18 anos de idade, ela tinha um corrimento que não julgava normal e não cessava. Chegou a consultar vários ginecologistas e, com isso, fez uma série de exames inconclusivos. Cinco anos, depois chegou à resposta definitiva: HPV. “Fiquei em choque, porque tudo que se trata deste assunto hoje é bem alarmante. No início, apareceu uma ‘feridinha’ no colo do útero, cauterizei e passou. Porém, o corrimento não passava e depois foi detectada outra ferida na vulva. Precisei fazer uma cirurgia, mas pelo local ser delicado, não consegui que ela desaparecesse. A orientação médica é cuidar da imunidade para que o vírus saia do organismo e não volte”, conta a jovem. A cura parece estar longe, mesmo depois de usar muitos medicamentos, fazer cauterização e cirurgia. A próxima fase é a cirurgia a laser. Segundo ela, a carga viral já diminuiu bastante. “Até agora estou nessa luta”, lamenta. A vida sexual continuou normal e ela fez questão de ser autêntica com os parceiros que teve. “Meus namorados sempre ficaram sabendo, mas eu contava como se fosse novidade, do tipo ‘estou descobrindo agora’. Alguns entenderam

Para confirmar o diagnóstico, é recomendado, também, o exame de captura híbrida bem, outros ficaram um pouco assustados, mas todos me apoiaram. E camisinha sempre! Enquanto o vírus não sair, tem que usar preservativo”, conta a engenheira, torcendo para que as pessoas se cuidem mais em relação às doenças transmitidas pelo ato sexual. Acompanhamento ginecológico regular e exame preventivo são sempre as melhores escolhas para que as mulheres descubram rapidamente se são portado130 Revista On Dezembro & Janeiro

CÂNCER DE COLO DE ÚTERO Acompanhamento ginecológico e exames de rotina são as melhores escolhas para a detecção precoce

ras do HPV, como diz Alexandre Chieppe, superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde. “São medidas que têm bastante eficácia, mas a única forma de prevenir infecção é o uso regular e persistente do preservativo”. Para confirmar o diagnóstico, é recomendado, também, o exame de captura híbrida. É um exame capaz de detectar o HPV antes mesmo de aparecerem os primeiros sintomas. O procedimento consiste em retirar uma amostra do muco

vaginal e colocar em um recipiente próprio para enviar ao laboratório. Alexandre afirma que, de todas as doenças sexualmente transmissíveis, o HPV é uma das mais difíceis de contabilizar, por isso não há números concretos sobre os casos, apenas estimativas. “O HPV não é uma doença de notificação obrigatória. Os profissionais de saúde não têm que informar às autoridades sanitárias sobre a ocorrência da doença”. A falta de estatísticas assusta ainda mais quem precisa de esclarecimentos.


O HPV não é necessariamente uma doença, porque nem sempre está relacionada ao vírus Ainda de acordo com a Secretaria de Saúde, o HPV não é necessariamente uma doença, porque nem sempre está relacionada ao vírus. Existem também os casos mais sintomáticos, quando aparecem verrugas genitais, e com o maior risco de lesões pré-malignas, ocasionando o câncer de colo de útero e pênis. Isso mesmo, os homens também podem ser infectados e, com isso, as verrugas aparecem. Os casos assintomáticos são mais comuns. Uma estimativa da Secretaria de Saúde aponta que cerca de 90% da população com HPV ainda não sabe da doença ou só descobriu em fase bem avançada e apenas 10% soube desde o início. Nestes casos, há necessidade de tratamento com pomada, cauterização

de verrugas ou lesões no aparelho reprodutor e acompanhamento médico constante. O tratamento, quando necessário, pode ser feito em ambulatórios das clínicas de saúde da família, caso o paciente não tenha plano de saúde. Quando o caso é mais simples, pode ser cuidado em casa. A faixa etária da imunização contra o HPV foi ampliada pelo Ministério da Saúde. A partir de 2014, meninas de 11 a 13 anos podem receber as primeiras doses; a segunda é aplicada seis meses após a primeira. Já a terceira dose, cinco anos depois. Para 2015, meninas entre nove e 11 anos poderão ser vacinadas. As idades mencionadas fazem parte do público-alvo. Esta é a primeira vacina que protege contra o câncer

VACINAÇÃO Em 2014, meninas de 11 a 13 anos já podem receber as primeiras doses

oferecida gratuitamente pelo Ministério da Saúde. O objetivo é atingir cerca de 80% do público-alvo, o que equivale a mais de 5 milhões de pessoas. A doença é responsável pelo segundo lugar nos índices de câncer em mulheres, perdendo apenas para o câncer de mama. Já no colo do útero, 95% acontece por conta do HPV.

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CRESCER COM MÚSICA POR MAYARA STOEPKE

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Quem não gosta de uma boa música? Ela relaxa, diverte e ensina. A musicoterapia para crianças utiliza a música como instrumento de ritmo, melodia e harmonia para estimular ações e reações com a finalidade de promover a concentração, a coordenação e facilitar a comunicação.

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crianças, jovens e adultos há mais de duas décadas. Na instituição, as aulas para a fase infantil começam aos cinco meses, porém, ainda no ventre da mãe, o primeiro contato com o som já pode acontecer. “As crianças podem começar a ter contato com a música desde a barriga da mãe, promovendo um contato maior entre e mãe e filho. Aos cinco meses eles podem vir para as aulas, onde trabalhamos a coordenação motora, a percepção, a fala, entre tantas outras questões”, afirma Fiamma Sola, pós-graduada em musicoterapia. Os pequenos precisam sempre estar acompanhados por uma pessoa de confiança deles, pode ser a mãe, o pai, os avós, a babá ou qualquer pessoa próxima. Dessa forma, elas sentem-se seguras e conseguem o desenvolvimento nas aulas. Além de ajudar a controlar os pequenos, que não param um minuto na maioria das vezes, o responsável tem a oportunidade de participar das atividades junto com o bebê, promovendo um contato maior entre os dois. Muitas brincadeiras acon-

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egundo a psicóloga Manuela Caldas, a musicoterapia na fase infantil consegue estimular a expressão dos problemas e das inquietudes da criança, favorece o desenvolvimento emocional e afetivo e fomenta a inter-relação social, além de ajudar a resolver problemas psicológicos e mudar condutas estabelecidas. “Também pode ser uma importante ferramenta educacional, pois auxilia na formação, no desenvolvimento pessoal e na superação de dificuldades de aprendizagem. O uso da música para ajudar crianças na aprendizagem e na memorização do material baseia-se no uso de uma pauta estrutural, a música está presente simultaneamente com o material que tem de ser aprendido”, acrescenta a psicóloga. Já percebeu que pessoas que tocam algum instrumento ou cantam sempre são bem-vindas em grupos e festas? A música leva alegria, favorece a socialização, traduz momentos em harmonia. Em Três Rios, a escola Fiamma Música e Arte oferece aulas de música para

PSICÓLOGA Segundo Manuela Caldas, a música também é um instrumento educacional

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BEM-ESTAR SAÚDE

ENSAIO Professora Helena França nos preparativos para a apresentação de Natal

JANAINA, ALICE E FIAMMA A forma lúdica é fundamental para ensinar a música

EDUARDO E MIGUEL Muito amigos, a aula de música aproxima ainda mais os meninos

“As crianças podem começar a ter contato com a música desde a barriga da mãe, promovendo um contato maior entre e mãe e filho”, Fiamma Sola

HORA DA PINTURA Sempre com muita diversão, as crianças desenvolvem a coordenação motora 134 Revista On Dezembro & Janeiro

tecem durante a aula. “No primeiro momento, motivamos o ritmo, em seguida a percepção e a coordenação motora através da música e da dança. As crianças ganham papel e tinta para pintarem, brincamos de bola de sabão, entre tantas outras brincadeiras, sempre com a participação do responsável”, explica Fiamma. As crianças que possuem a síndrome de Down, ou qualquer outra alteração que interfira em seu desenvolvimento, sentem dificuldade em algumas atividades que dependem da coordenação motora. É o caso da pequena Alice Nascimento, de 10 meses. Nas sessões de terapia, foram recomendadas atividades com música como forma de reverter a dificuldade em segurar os objetos, além da socialização. “Hoje, ela já brinca melhor, segura os brinquedos com as duas mãos, antes ela não conseguia. Começou com oito meses e já sinto uma diferença muito grande”, conta a mãe, Janaina Campos, que recomenda para qualquer criança, já que ajuda na socialização, inclusive de mãe e filho. Também é isso que conta Karina Corrêa, mãe de Bernardo, de pouco mais de dez meses de vida. Como as aulas precisam da presença de um responsável de confiança da criança, geralmente isso

acontece com as mães, fazendo com que se aproximem ainda mais do bebê, criando um laço maior de confiança entre os dois. Desde os seis meses nas aulas de música, Bernando já mostra um amadurecimento visto logo ao término no primeiro mês. “O que me motivou foi o trabalho desenvolvido pela professora Helena França, minha amiga, e pela Fiamma, que já conhecia, pois minha afilhada fazia a aula. Ele já começou a ter um olhar mais atento para qualquer música que toca, até fora da aula. Ele é apaixonado por tambor, tanto que ganhou um da madrinha que foi em uma apresentação dele na escola de música e viu sua paixão”, conta Karina, orgulhosa. A partir dos seis anos, a criança tem a possibilidade de escolher um instrumento específico para continuar os estudos. Nesse momento, geralmente, as crianças que realmente têm interesse pela música continuam na escola, já que os pais não interferem tanto, quando a ideia é, além dos benefícios vistos, realmente se tornar um músico. Há aquelas que iniciam nessa fase, já maiores, pois alguns pais procuram as aulas de música como forma de melhorar concentração e a dispersão, como foi o caso de Hygor Isaque Ulombe.


KARINA E BERNANDO As aulas proporcionam uma aproximação maior entre os dois

Hiperativo, não conseguia ficar parado e sentia dificuldade na escola. “No estado que ele está hoje, é impressionante. Ele começou a frequentar as aulas esse ano e já é perceptível a mudança, já consegue se concentrar em pequenas coisas, a memória melhorou e ele já guarda as notas musicais”, conta Francisco Ulombe, pai de Hygor. A música exige disciplina e educação, é necessário prestar atenção para aprender a lidar com os instrumentos e as notas musicais, isso faz com que as crianças se concentrem. Durante as aulas de piano, Hygor precisa manter-se calmo, prestar atenção no que a professora ensina e fazer os exercícios de forma correta. “Na hora de dormir, também usamos a música como uma forma de relaxamento. Faço da mesma forma com minha outra filha, faço questão de colocar a música sempre na vida deles. Um fato curioso e engraçado é que até vizinhos já comentam a diferença e as professoras também. Ele

sempre teve dificuldade de ficar parado, é muito agitado”, brinca. Com Miguel Amado não foi diferente. A experiência com a música clássica já faz toda a diferença em sua vida. “Esses dias, eu estava tomando banho e ele estava vendo um DVD. Quando olhei, ele estava fazendo movimentos como se estivesse regendo uma orquestra, é muito legal ver essa transformação”, conta o pai, Douglas Ornelas, que critica o momento musical que vivemos atualmente. “As crianças acabam ouvindo músicas que não acrescentam em nada. Aqui na escola de música elas pegam um gosto musical de qualidade, algo que agrega na vida deles, é muito legal”, completa. Como as atividades, geralmente, são feitas em grupo, ajudam até mesmo na vida profissional futura da criança. Trabalhar em grupo certamente será mais fácil. Como na música, cada um tem sua função, mas todos trabalham pelo mesmo objetivo.

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RESULTADOS Os exames realizados passam por análises do corpo clínico

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ma parceria entre a Santa Isabel Diagnóstico por Imagem e a Cedimagem, tradicional centro de medicina diagnóstica de Juiz de Fora, é a mais nova conquista do Grupo. A inauguração da Santa Isabel Ressonância Magnética acontecerá no primeiro semestre de 2014 e funcionará na esquina das ruas Sete de Setembro e 14 de Dezembro, no Centro de Três Rios. A Santa Isabel adicionará à sua expertise toda a qualidade da Cedimagem, através de uma parceria com radiologistas locais e trará para a região um equipamento de ressonância magnética de última geração. A ressonância magnética retrata imagens de alta definição através de um campo magnético. O exame não utiliza radiação, mas um potente campo magnético. O médico pode pedir que o paciente realize o exame em diversos casos, como para diagnosticar esclerose múltipla, tumores na glândula pituitária, tumores no cérebro, derrames em estágios iniciais e infecções no cérebro, medula espinal ou articulações. Com a ressonância magnética também é pos-

A inauguração da unidade de ressonância magnética em Três Rios acontece no primeiro semestre de 2014 sível visualizar lesões e avaliar massas nos tecidos macios do corpo. Para o Dr. Manoel Vasconcellos, médico responsável pela unidade em Três Rios, o investimento em uma nova clínica focada no serviço de ressonância magnética oferecerá mais comodidade aos pacientes locais e segurança aos médicos na hora de definir um tratamento. “Com a instalação dessa nova clínica Cedimagem/Santa Isabel, os pacientes poderão realizar seus exames com alta qualidade sem precisar fazer grandes deslocamentos para outras cidades”. De acordo com o diretor de expansão da Alliar Medicina Diagnóstica, terceira maior empresa do segmento no país, Rodrigo Abdo, “a Alliar, por meio da Cedimagem, se uniu a médicos que são referências na região para atender a crescente demanda de médicos e pacientes”.

A parceria para a unidade em Três Rios é o resultado da soma de forças e conhecimento de grandes e renomadas instituições e a certeza de resultados excelentes para a população. O Grupo Santa Isabel se orgulha por estar presente na vida de cada um dos que buscam por seus serviços e acredita que a melhor recompensa para cada um de seus colaboradores é a possibilidade de contribuir com o bem mais precioso da população: a vida.

(24) 2252-1170 Rua Oswaldo Cruz 312,5 6 e 7 Três Rios - RJ 25802-140 /santaisabeldiagnostico


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PARA ROMPER

O CORDÃO UMBILICAL POR MAYARA STOEPKE

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Carregar no ventre uma vida totalmente dependente, dar amor para uma pessoa que nunca viu e saber que terá, em alguns meses, um sentimento incondicional para o resto da vida pelo filho é o sonho de muitas mulheres. Entender a transformação do corpo durante a gestação e escolher o tipo de parto faz parte do processo.

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ar à luz é algo divino. Passar por todos os momentos que uma gestação proporciona, entender cada etapa, desde o pré-natal, escolher o enxoval, o nome e, finalmente, chegar ao parto. Segundo Carolaine Bitencourt, ginecologista e obstetra, existem, basicamente, dois tipos de parto: a cesariana e o parto vaginal/ normal. “A forma de cada um é bastante diversa. O parto normal, por exemplo, pode ser feito com analgesia, de forma mais natural, sem muitas medicações ou até mesmo de forma instrumental, quando precisa utilizar alguns instrumentos para ajudar na saída do feto. Já a cesariana, em geral é mais simples, determinada pela forma de operar de cada obstetra”, diz ao apontar as peculiaridades. As vantagens e desvantagens de cada um dos partos dependem do perfil e do desejo de cada mãe. A cesariana, por ter dia e hora marcada, é mais cômoda, já que permite que a família se organize para receber o bebê. Já o parto normal depende

da vontade da mãe, de seu corpo, de sua força. Neste, ela é a dona do processo, não tem hora marcada e é mais demorado. “A mulher pode escolher o tipo de parto que deseja, dependendo das circunstâncias de sua gestação e também do seu perfil. Uma mãe ansiosa pode ter um grande sofrimento em esperar o parto normal, e este

As vantagens e desvantagens de cada parto dependem do perfil e do desejo da mãe

momento especial virar uma grande angústia, ao invés de um momento de felicidade. Já existem algumas situações, como quando o bebê está sentado, em apresentação pélvica, que não deve ser realizado

CAROLAINE BITENCOURT Ao lado do filho, diz que a mulher pode escolher o tipo de parto

o parto normal, então a mãe infelizmente não terá opção”, explica. Segundo a profissional, a questão da segurança é muito relativa. Se bem acompanhado, o parto normal é bastante seguro. O que acontece é que, durante o parto normal, não existe controle sobre a evolução, apenas monitora-se o que está acontecendo, podendo surgir alguma

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O Brasil é campeão de cesarianas no mundo anormalidade que exija que o parto se torne cesariana. “No Brasil, nós não temos cultura de parto normal. As mulheres preferem a comodidade da cesariana, que é um procedimento controlado pelo médico. Assim, os eventos ocorrem dentro do que foi previsto, sem surpresas”. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é campeão de cesarianas no mundo e ela é indicada para as mulheres ou bebês que correm risco. Carolaine explica, ainda, que geralmente as paciente de consultório particular não têm evoluções “atípicas”, pois são bem controladas. Já no Sistema

EMOÇÃO Laís, Walci e a pequena Yasmin logo após o parto

“Foi uma experiência que me deixou segura e com certeza minha próxima gestação será cesariana”, Laís Brandão

Único de Saúde, alguns casos de pré-natal não são feitos com o cuidado necessário e as situações acontecem fora do previsto. Para as futuras mamães que estão planejando o nascimento do bebê, existem também as seguintes modalidades de parto normal: parto na água e cócoras e o parto natural e humanizado. O primeiro é feito em uma banheira ou piscina pequena com água morna e o pai possui participação durante o parto, já que dá apoio à mulher. Quando a gestante possui diabetes, hipertensão, HIV positivo, herpes genital ativo, hepatite B ou o bebê tem mais de quatro quilos, segundo o Ministério da Saúde não é indicado. O parto natural tem como diferença do normal a não utilização de intervenção química ou cirúrgica. O humanizado respeita as vontades da mulher e a melhor posição. Pode haver alguém dando suporte e acontecer em casa ou no hospital. 140 Revista On Dezembro & Janeiro

CESARIANA Laís optou pelo método e contou com uma equipe médica capacitada

Muitas mamães de primeira viagem escolhem a cesariana por insegurança, como foi o caso da empresária Laís Brandão. “Apesar da minha médica, aconselhar o parto normal, escolhemos a cesariana por insegurança e, também, por ser a primeira gestação. Foi uma experiência que me deixou segura e, com certeza, minha pró-

xima gestação será cesariana”, conta. Seguindo os cuidados que a médica orientou, sua recuperação foi rápida e sem nenhuma complicação, fato que gera segurança na hora da escolha. “A Yasmin foi muito desejada e amada desde que descobrimos que seríamos pais. Apesar de toda emoção do nascimento da nossa primeira filha, fomos


“Minha recuperação foi bem rápida, como ocorrem em partos normais”, Charlene Martins

NORMAL HUMANIZADO Charlene pediu que não fosse colocada no soro e que o marido participasse

amparados por uma equipe maravilhosa que criou um ambiente confortável com música clássica para a chegada da nossa princesa, tornando esse momento ainda mais emocionante” finaliza. Também mãe de primeira viagem, Charlene Martins, analista de sistemas, insegura e com medo de uma cesaria-

na, pediu para que sua médica conduzisse o parto da melhor forma para ela e seu filho, realizando o parto normal humanizado em ambiente hospitalar. “A única exigência que fiz foi que não me colocasse no soro para induzir o parto e pedi para que meu esposo estivesse comigo durante todo o momento. Graças a Deus correu tudo bem comigo e com meu filho. Minha recuperação foi bem rápida, como ocorrem em partos normais”, conta. Charlene explica que suas contrações iniciaram-se em uma sexta-feira pela manhã, sua médica foi monitorando e, quando começou a perder o líquido, foi encaminhada até o hospital.

“Eu não tinha conhecimento a respeito do parto humanizado, a minha única e principal intenção era o melhor para o meu filho. Como sempre tive medo de cesariana, optei pelo parto normal, seguida por exemplos que sempre tive na minha família. Indico, sim, esse tipo de parto. Você sente várias sensações. Ter a opção de escolher pelo uso anestesia/ analgesia, monitorar os batimentos cardíacos do bebê, escolher quem estará ao seu lado nessa hora tão importante dá uma segurança muito grande”, explica. O final de uma gestação acontece, geralmente, entre 37 e 40 semanas e, quando as contrações começam, o nascimento está perto. Em meio às escolhas de enxoval, decoração, ajustes na casa e busca por lembrancinhas, além de escolher o nome da criança, é importante analisar, sempre com o apoio de um profissional de confiança, as opções de parto e a ideal para o caso. Depois disso, é só curtir cada momento com a nova vida e emocionar-se para sempre!

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TRATAMENTOS

MÉDICOS MELHORAM AS

ESTRIAS FOTOS DIVulGAÇÃO

Os tratamentos iniciados no começo das lesões têm melhores resultados

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mulher de forma geral, se preocupam muito com o corpo. Querem sempre estar com tudo em cima. Para isso, malham, fazem tratamentos para gordura localizada, celulite, manchas. Ainda assim, uma coisa envergonha: as estrias. Mas, para a alegria da mulherada, já tem tratamento para os tão temíveis “riscos” brancos na pele. “As estrias são lesões causadas pela degeneração das fibras elásticas da pele que ocorrem por sua distensão exagerada ou alterações hormonais”, explica a médica Mariana Wogel. De acordo com ela, é comum o surgimento das estrias na puberdade, devido ao crescimento acelerado nesta fase, e também na obesidade e

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gravidez. “É mais comum nas mulheres. Os lugares que mais aparecem são nas coxas, nádegas, abdômen e mamas. Nos homens, aparece mais no dorso”, ressalta. Normalmente, a pele da área afetada possui certo grau de flacidez. A auxiliar de escrita fiscal Ana Carolina Fonseca procurou a Med Estec, pois sofria com o problema das suas estrias. “Eu tinha vergonha de usar biquíni, assim como muitas mulheres também têm. É um incômodo estético”, conta Carolina. De acordo com ela, depois da terceira sessão, viu resultados significativos. “Já fiz seis sessões e melhorou muito. Algumas já até sumiram”. A dentista Michelle Correa está fazendo o tratamento há cinco meses. “Na terceira sessão já houve uma grande melhora na aparência das estrias, que se acumulavam desde o início da adolescência e se agravaram com a minha gravidez. As estrias me incomodavam muito. Vivia tomando sol para tentar disfarçar”. As estrias inicialmente são avermelhadas ou róseas devido ao rompimento sanguíneo. Nesta fase, o resultado do tratamento é mais eficaz, pois as células continuam vivas e com maior capacidade regenerativa. “Com o tempo, elas tornam-se esbranquiçadas. Infelizmente são lesões irreversíveis. Mesmo com tratamentos modernos, não é possível acabar com 100% delas”, destaca a médica Dircelene Loth. Os tratamentos visam melhorar os aspectos das lesões, estimulando a formação de tecido colágeno subjacente e tornando-as mais semelhantes à pele ao redor. “As estrias diminuem e ficam mais finas, às vezes tornam-se imperceptíveis”, diz Dircelene. “É importante ressaltar que os melhores resultados são conquistados quando os tratamentos são combinados. O tratamento da foto foi intradermoterapia e radiofrequência. É o que fazemos na clínica para estrias brancas”, conclui Mariana. Para as estrias recentes, geralmente são feitos peelings e dermoabrasão.

Med Estec R. Doutor Oswaldo Cruz, 236 - 2º andar Três Rios – RJ | (24) 2255-2316

Antes

Depois

Confira os tratamentos para estrias realizados na Med Estec

Dermoabrasão - lixamento das estrias com reação semelhante a dos pellings, mas com a vantagem de regularizar a superfície da pele. Intradermoterapia - injeção ao longo e sob as estrias de substâncias que provocam uma reação do organismo estimulando também a formação de colágeno onde as fibras se degeneraram. A própria passagem da agulha provoca uma discreta subcisão. Laser - provoca o fechamento dos pequenos vasos nas estrias avermelhadas e promove a formação de novo colágeno, com diminuição do tamanho das estrias. Peelings - mesma ação dos ácidos, mas age de forma mais acelerada e intensa, tendo melhor resultado. Também indicada para estrias recentes. Subcisão - introdução de uma agulha grossa, com ponta cortante, ao longo e por baixo da estria, com movimento de ida e volta. O trauma causado leva à formação de tecido colágeno no local, preenchendo a área degenerada. Tratamento com ácido - especialmente o retinóico, que estimula a formação de tecido colágeno, melhorando o aspecto das estrias. Apresenta melhores resultados nas estrias vermelhas. Radiofrequência - o aparelho eleva a temperatura da pele para aproximadamente 41ºC, aumentando a produção de mais fibras colágeno, dando mais sustentação e firmeza à pele. Com isso, além de tratar as estrias atuam na flacidez presente no local.

Como prevenir

A prevenção é fundamental, sobretudo em quem tem histórico familiar de estrias; Recomenda-se a hidratação intensa da pele, tanto com o uso de cremes e loções hidratantes, como com o consumo diário de pelo menos dois litros de água por dia; Manter uma alimentação saudável, para evitar o ganho rápido de peso; Praticar exercícios físicos regularmente.


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COOL

gastronomia 145 moda 148 cultura 159 km livre 164 coluna social 168 viagem 172 sabores 182

A goiabada de Thereza e do mundo POR MAYARA STOEPKE

FOTOS REVISTA ON

De Bemposta, distrito de Três Rios, para todo o Brasil e até mesmo o exterior. Assim pode ser resumida a história da Goiabada Thereza Quintella, a tradição de família que virou empreendimento e conquistou o paladar de pessoas de várias regiões. O carinho, a satisfação e a surpresa de cada um que experimenta o doce é o que motiva os produtores.

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COOL Gastronomia

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história que começou em meados do século XIX teve início com uma receita de família, simples e caseira. A matriarca, Luiza Werneck, começou a fazer o doce, ainda jovem, como sobremesa. Sua nora, Mila Geoffry, herdou a receita e deu sequência na produção dos doces, ainda para consumo próprio. Há muitos anos, a goiabada faz parte da mesa da família, estando presente nas reuniões, datas comemorativas e festivas. Com a morte de Mila, sua nora, Thereza Quintella, deu continuidade à tradição e transformou o que era de consumo próprio em fonte de renda da família, mudando a vida e o paladar de muitas pessoas. Thereza nasceu no Rio de Janeiro, onde morou até os 16 anos. Ao chegar a Bemposta, distrito de Três Rios, região de origem de sua família, conheceu o marido, Altivo de Souza, com quem é casada há 55 anos e teve quatro filhos. “Meu marido é meu grande parceiro, nada disso aqui existiria sem ele. Fazemos tudo juntos, nós que entregamos toda a mercadoria”, conta. Para Altivo, a admiração pela esposa é recíproca e os dois lidam naturalmente com a vida de empresários e casados. “Com 55 anos de casamento, trabalhar com essa mulher que eu amo é muito bom”, ressalta Altivo. O doce sempre fez sucesso entre os familiares e amigos que os aconselharam

GOIABADA Passada de geração para geração, começou a ser vendida na década de 1990 146 Revista On Dezembro & Janeiro

A matriarca, luiza Werneck, começou a fazer o doce a comercializá-lo. Em 1993, já com os filhos criados, ela e o marido perceberam que havia chegado a hora de mostrar o doce para outras pessoas e começaram a comercializar em grande escala. Foi uma aposta que deu certo. “Como valorizo a tradição, é muito bom ver que contribuí, que ajudei a preservar uma tradição, não só da família, mas de uma época em que todos que viviam no meio rural faziam goiabada”, orgulha-se Altivo. Com a produção totalmente caseira, feita em tachos de cobre, e grande parte das goiabas de plantação própria, 1.000 quilos de goiabada são distribuídos em Petrópolis, Itaipava, Araras, Corrêas, Rio de Janeiro e Três Rios. Algumas pessoas chegam a comprar no Brasil e levar para o exterior, o que faz a goiabada desbravar fronteiras. “Esses dias me ligaram de Londres para elogiar o meu doce. Teve um rapaz de Lisboa que me ligou perguntando se eu vendia o doce em Brasília, porque iria até lá e gostaria de comprar a goiabada. Em outra situação, meu sobrinho estava em Miami e quando disse o seu sobrenome, Quintella, lhe perguntaram o que ele tinha a ver com a

RECONHECIMENTO Thereza com carta escrita por cliente elogiando a goiabada

goiabada Thereza Quintella. Essas coisas nos motivam, é o que dá força para a gente continuar”, orgulha-se. São várias as histórias como essas. Há o médico que teve na goiabada a força para se livrar do alcoolismo e hoje, nas reuniões dos Alcoólicos Anônimos, indica o consumo do doce durante a abstinência. Há a senhora de 71 anos que escreveu uma carta agradecendo pelo doce e elogiando a sua textura, carta essa que ganhou até moldura e lugar de destaque na casa de Thereza. E ainda uma pessoa que levava o doce na mala e, ao chegar na revista em um aeroporto, os funcionários brincaram que só o liberariam se deixasse o doce para eles. Sem segredos, ela atribui o sucesso da receita ao capricho com que é feita e ao teste de qualidade, já que participa de todo o processo e depende de sua aprovação. A conservação do modo de preparo rústico também faz parte do sucesso e da peculiaridade do doce. A fama da Goiabada Thereza Quintella chegou até o jornalista Chico Junior, que há

“Esses dias me ligarem de londres para elogiar o meu doce”, diz Thereza


ARQuIVO PESSOAl

Sem segredos, ela atribui o sucesso da receita ao capricho com que é feito

CASAL Thereza e Altivo estão juntos há 55 anos

MARAVILHAS GASTRONÔMICAS A goiabada foi indicada para concorrer ao prêmio

três anos experimentou o doce e se encantou durante uma reportagem. Ao idealizar o concurso “7 Maravilhas Gastronômicas do Estado do Rio”, que tem o objetivo de mostrar e reconhecer as relíquias culinárias fluminenses, a goiabada foi escolhida através de votação para participar da categoria “Doces e Sobremesas”, com escolha feita por votação pública. “Eu nunca imaginei participar de um concurso assim, Chico que nos inscreveu. Soube porque me ligaram perguntando se eu sabia que estava concorrendo no concurso, e eu não sabia [risos]. É o reconhecimento de um trabalho feito com amor, dedicação e qualidade.

Todo mundo me elogia muito, eu acho até engraçado porque, quando as pessoas me encontram, falam: ‘Então é você a Thereza Quintella, famosa’”, brinca. Simplicidade, qualidade, tradição e um sabor inigualável é o que leva a Goiabada Thereza Quintella às mesas. Manter o modo de produção caseiro, sem conservantes, com frutas escolhidas a dedo é o que pretende Thereza, dando continuidade à tradição da família. Com a goiabada é possível fazer outros doces e Thereza deixa a receita de um muito fácil, rápido e que faz o maior sucesso na família!

Farella de ‘Quintella’ Ingredientes • 500g de farinha • 200g de manteiga • 250g de açúcar • 1 ovo • 1 colher de fermento

Modo de preparo Misture todos os ingredientes com as mãos, formando uma farinha. Em um tabuleiro grande, coloque metade da farinha. Desmanche 1 Kg de goiabada com um pouco de água em fogo baixo. Espalhe em cima da farinha e acrescente a outra metade do mesmo. Leve ao forno por 40 minutos e, ainda quente, corte em quadradinhos. Bom apetite! revistaon.com.br

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COOL MODA

Fernanda Eloy fernanda.eloy@hotmail.com.br Designer de moda e proprietária da marca Fernanda Eloy e do blog de moda www.sushidechocolate.com FOTOS SHuTTERSTOCK

RENDA-SE! A eterna tendência das rendas, que nunca saem de moda

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ntra verão e sai verão, entra inverno e sai inverno, a renda continua bombando em todas as estações. E, agora, não foi diferente. A renda foi um tecido que reinou nas passarelas de Primavera/Verão 2014. Estamos acostumadas a vê-la sempre fazendo a linha super romântica, mas acho que agora ela voltou muito mais além. Ela vem com uma pegada “cool”, sendo combinada com couro, em cores diferentes, mos148 Revista On Dezembro & Janeiro

trando mais pele e glamour. Mil e uma maneiras de poder usar renda com estilo e sem cair no ‘boring’. Vale a pena investir na tendência e usar do seu jeitinho – o que é sempre a escolha certa! Particularmente, amo renda e acho que é uma tendência que veio para ficar. Ela não vai mais sair de cena, o caminho é que ela venha cada vez com um novo shape, uma nova cara. Mostrando toda a diversidade que pode ter, renovando sempre seu estilo.


Novo Eau de Parfum #radarmakeb boticario.com.br/radarmakeb revistaon.com.br

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ACONTECEU

NOVO CLUBE MELISSA EM TRÊS RIOS FOTOS DIVulGAÇÃO

Coleção We Are Flowers aposta na tendência botânica, com cores e alegria

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asceu mais um clube de apaixonados, sonhadores e autênticos. O Clube Melissa Três Rios inaugurou no dia 26 de novembro e é o seu novo ponto de encontro oficial da Melissa para conhecer toda a coleção, além de participar de muitas experiências, informações, intervenções de arte, moda, cultura e promoções especiais! Sem falar na possibilidade de levar para casa todos os modelos criados pe-

los parceiros mais incríveis: Vivienne Westwood, Alessandra Ambrósio, Jason Wu, Julia Petit, Pedro Lourenço, Karl Lagerfeld, entre outros. Já pensou em participar de um clube do qual seus designers favoritos também fazem parte? Então aproveite o Clube Melissa, um clube de sonhadoras que propõe uma nova experiência da Melissa para você! Para a nova coleção “We Are Flowers”, a Melissa apostou forte na ten-

dência botânica para enfeitar e perfumar o verão 2013/2014. A nova coleção vem trazendo a alegria e o colorido de um dos principais ícones do universo feminino em produtos que valorizam os detalhes, abusam de modelagens reveladoras e trazem doses certeiras de sensualidade. O seu Clube acaba de chegar em Três Rios, no Shopping Américo Silva! Viva essa essa experiência única que a Melissa preparou para você! Clube Melissa, você já é sócia e não sabia!


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COOL MODA

VERÃO CALOR E MUITO ESTILO POR TATIlA NASCIMENTO SUPERVISÃO FREDERICO NOGuEIRA

SHuTTERSTOCK

A alta temperatura já pode ser sentida e, para refrescar-se, nada melhor que curtir uma praia, um clube ou até mesmo uma piscina em casa. Para as mulheres, esta época é o momento ideal para conseguir o bronzeado perfeito. Para isso, recorrem aos mais variados tipos de biquínis. A peça faz parte do guarda-roupa feminino, porém, escolher o melhor modelo não é uma tarefa simples! Ele tem que ser bonito, confortável e, principalmente, valorizar o corpo.

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uitos não sabem: apesar do Brasil ser referência mundial em fabricação e consumo de biquínis, eles não foram criados no país. Os americanos fizeram uma série de testes atômicos no atol de Bikini, no Oceano Pacífico, e os inventores franceses Louis Réard e Jacques Heim batizaram a peça de biquíni porque acreditavam que seria uma explosão. E eles estavam certos! Em 1946, Michelle Bernardini vestiu o primeiro e causou furor, como o efeito de uma bomba no mundo inteiro. No Brasil, a atriz Leila Diniz, na década de 70, também causou reação semelhante quando foi vista em uma foto com a barriga de seis meses e de biquíni na praia de Ipanema. Na época, o país ficou indignado. Mas, com o passar dos anos, a situação mudou. Hoje em dia, não há quem não tenha pelo menos um par em casa. Para Frederico Pires Affonso, designer de moda e pós-graduado em ‘moda, cultura de moda e arte’, é preciso levar em

consideração alguns fatores. Segundo ele, o que vai diferenciar na hora de fazer uma boa compra é a qualidade da lycra, os modelos e as cores. “As tendências femininas para o verão terão como inspiração a flora selvagem, a exótica estrelítzia, folhas de bananeiras e costelas-de-adão, formando as estampas. Temos também o tie dye, animal print, P&B e listras. Os tons fortes, como o verde, amarelo, branco total, laranja, azul e rosa marcam presença”. A primeira dica de Frederico é experimentar. É importante que você conheça seu corpo e que, de acordo com o modelo experimentado, consiga identificar as falhas e acertos para não errar e valer o investimento. O sutiã “cortininha” fica bem em praticamente todos os tipos de bustos. Quem tem seios médios ou pequenos deve preferir sutiã meia-taça. Já para quem tem seios separados é indicado usar sutiã com amarração na frente. As estampas são aconselhadas para as mulheres mais baixas, já que ajudam a alongar o corpo, enquanto as mais altas podem usar sutiã sem alças.

COLEÇÃO Valquíria Duarte coleciona biquínis desde que começou a trabalhar com moda praia

REVISTA ON

REVISTA ON

A primeira dica é experimentar. É importante que você conheça o seu corpo e que, de acordo com o modelo, consiga identificar as falhas e acertos

GABRIELA Uma das opções da confecção Cravo e Canela foi a possibilidade de clientes montarem seus conjuntos


ACERVO RIO DE SOl

ACERVO RIO DE SOl

COOL MODA

DISFARCE O biquíni de franja passa uma impressão de volume maior

VERÃO Chamado de “biquíni coração” ou “frufru”, tem como função empinar o bumbum

Uma das grandes dúvidas é a escolha da cor. De acordo com o designer, mulheres com pele branca podem optar por peças voltadas para o azul, chumbo, marrom e cores vibrantes. É importante evitar, nas estampas, tons pasteis para não ficar apagada. As morenas podem recorrer aos tons pastel, branco, azul, vermelho, violeta e laranja, porém é preciso ter cuidado com a transparência. Para as negras, é indicado evitar preto e marrom, mas podem abusar do amarelo, violeta, laranja e dos tons claros. Frederico afirma que tudo o que a mulher precisa é evitar que a cor fique muito próxima ao tom da pele. “Procure alternar estampa com cor única, cor no sutiã e outra na parte inferior, use acessórios, mas nada extravagante”, completa. A empresária Valquíria Duarte de Araujo Vieira coleciona biquínis desde que começou a trabalhar com moda praia, na loja onde é proprietária. Os modelos que mais gosta são os “cortininhas” e os de “lacinhos”. Ela conta que toda vez que vai viajar compra um biquíni novo, mas nem

sempre chega a usá-lo. Possui, inclusive, peças que nunca usou. “Sou apaixonada por biquínis e gosto de ousar. Tenho vários modelos, no total tenho em torno de uns 50 pares. Lavo à mão, com sabão específico para peças íntimas, e guardo em embalagens adequadas”, afirma. O sócio proprietário da confecção trirriense Cravo e Canela, Carlos Elmôr, que, ao lado de Maria Elizabeth Elmôr e Sônia Regina Teixeira Elmôr, atua no mercado desde 1985, conta que existem modelos tradicionais que todos os anos fazem parte da linha, mas ressalta que modelos exclusivos estão sempre presentes. Segundo o empresário, os mais vendidos são o “cortininha”, o “tomara que caia”, sutiã de bojo, sutiã de franja, calças de babado, os biquínis de lacinho e calças, em média, com dois dedos de largura. Um método adotado na loja foi a possibilidade das clientes poderem “montar” o par do biquíni, combinando tamanho, cores e estampas, que vão de encontro às suas perspectivas.

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um fator que não pode ser esquecido é o cuidado necessário para a conservação do biquíni

Um dos fatores analisados e levado em conta na hora de uma compra é o preço do produto. Em relação a isso, Carlos diz que não existe um valor estipulado. “O valor varia muito. Vai de acordo com o tipo de lycra [lisa ou estampada], modelo e, também, do tamanho. Geralmente os tamanhos G e GG são um pouco mais caros”, afirma Carlos. A estudante Gabriela Moraes, 18 anos, adora biquínis. Conta que tem vários modelos e diz preferir os tamanhos menores. “Ter vários biquínis é sempre bom. Ainda mais quando você vai viajar. Faz anos que compro, mas, todos os anos, tento comprar um modelo novo, pelo menos, para estar renovando e ficar sempre na moda”, afirma. Há 10 anos Suélen Januário trabalha com venda de biquínis. Em 2007, montou sua própria fábrica, criando a marca “Rio de Sol”. Ela explica que 95% da produção, que é realizada totalmente no município, é exportada para mais de 100 países. A empresária conta que sempre frequenta feiras internacionais, como a “Mode City”, maior feira de moda praia do mundo. Suélen diz que vende biquínis de todos os modelos e explica que a escolha depende muito da pessoa. Segundo ela, existe uma tendência de biquínis maiores, mas relata que o público em geral opta por biquínis um pouco menores. Sobre as tendências para 2014, ela destaca dois modelos que prometem fazer sucesso. O primeiro é o biquíni de franja. Eles passam uma impressão de volume maior, o que acaba realçando os seios. Mas, se não for a intenção, é aconselhável usar franjas mais curtinhas. O outro modelo destacado por ela é o biquíni


plástico e no dia seguinte tirar para lavar, correrá o risco de manchá-lo, independente da marca ou da qualidade da lycra. O cuidado é muito importante, principalmente na primeira lavagem. Uma dica para quando não tiver jeito de lavá-lo na mesma hora é envolvê-lo em uma toalha. Ela absorverá um pouco da água. Isso fará com que a peça tenha maior durabilidade”, finaliza a empresária.

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conhecido nos Estados Unidos como “Ripple”. No Brasil, é chamado de “biquíni coração” ou “frufru”. Tem como característica um elástico na parte de trás, que tem a função de empinar o bumbum. De acordo com ela, este modelo é a forte tendência entre todas as marcas. Um fator que não pode ser esquecido é o cuidado com a conservação do biquíni. É essencial lavá-los à mão, na água fria, com sabão neutro, e secá-los na sombra. É importante nunca deixá-los de molho e evitar o contato com superfícies ásperas e produtos químicos, como protetor solar, bronzeadores e cremes. De acordo com Suélen, nunca deve-se pegar o biquíni, embolar e colocar dentro de um saco plástico. Não há biquíni que resista a isso. “O tecido de um biquíni é o mais resistente que existe no mercado. Mesmo assim, se você pegar um biquíni, seja ele colorido ou preto e branco, e guardá-lo dentro de um saco

Moda para homens

Apesar de ser considerada uma mania da mulherada, os homens também gostam de estar na moda e possuem peças pensadas exclusivamente para eles. Para os homens, o que está em alta continua sendo o sungão. Uma dica é optar por estampas vivas. Existem várias marcas e o que deve ser levado em consideração é a escolha da estampa e se a lycra é realmente boa.

MODA A primeira dica de Frederico é experimentar modelos


ACONTECEU

ANDARELLA HOMENAGEIA

CLIENTES EM EVENTO FOTOS ROSANE VEIGA

A marca consolidada no mercado, que começou sua história em Copacabana, comemora o primeiro ano em Três Rios.

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o mês de novembro, a Andarella comemorou o primeiro ano da loja em Três Rios. Com mais de 36 anos de mercado e 70 lojas espalhadas em todo o Brasil, a Andarella é referência quando assunto é calçado, bolsas e acessórios. Para comemorar o ano de sucesso, a Andarella promoveu uma festa para as clientes, com a participação do modelo Vinícius Lemos e do DJ Rafael Drumond. Segundo a empresária Fernanda Gama, proprietária da franquia trirriense, o intuito da comemoração foi homenagear as clientes. “O evento serviu para agradecer as clientes que já se fidelizaram à marca.

Clientes ganharam brindes durante a festa da Andarella A Andarella vem crescendo muito na região e já temos clientes de Areal, Paraíba do Sul, Sapucaia, além de Petrópolis, Juiz de Fora e Rio de Janeiro, mostrando como a marca vem sendo aceita no mercado”. Na ocasião, foi montada no segundo piso do Shopping Américo Silva, onde funciona a loja, uma tenda com várias bolas com gás hélio para as clientes ganharem prêmios ao estourá-las. Entre os

brindes, estavam descontos especiais, bolsas, nécessaire e sandálias. Depois do sucesso do primeiro ano, Fernanda Gama busca novos desafios. Além de valorizar as clientes que têm a Andarella como referência e conhecem a qualidade dos produtos, ela quer trazer um público mais variado para a loja, que possui produtos de qualidade, que caminham com a moda e têm preços acessíveis, com ótimas condições de pagamento. “É preciso quebrar o tabu de que loja de shopping possui produtos mais caros. Temos produtos de ótima qualidade, com preços para todos os bolsos, e temos excelentes condições de pagamentos”, finaliza.



ACONTECEU

DANÇA CERTIFICADA FOTOS DIVulGAÇÃO

Referência na região, Escola de Dança Maria Emília sedia exame da Royal Academy of Dance

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o dia 6 de outubro, foi realizado o exame anual da Royal Academy of Dance na Escola de Dança Maria Emília, em Três Rios. A examinadora foi Sandy Anderson, da Inglaterra, que chegou a cidade após passar por Juiz de Fora, onde aplicou o exame no espaço de dança Myriam Mockdece. A Escola de Dança Maria Emília teve 100% de aprovação dos alunos inscritos e, para o exame, Clara Mockdece foi a intérprete e Ana Maria, de Belo Horizonte, esteve ao piano.

A Royal Academy of Dance, de Londres, emite a escolas de dança o certificado internacional profissionalizante por meio de exames anuais, como este. Em Três Rios, a Escola de Dança Maria Emília é a única credenciada da academia a qualificar profissionais de dança. Fundada em 1970, a Maria Emília é referência em dança na região e investe no aperfeiçoamento do corpo técnico constantemente, com participação dos professores em cursos em todo o mundo. Confira os alunos que participaram do exame.

A Escola de Dança Maria Emília foi fundada em 1970

Pre-Primary Ana Luiza Barbosa de Almeida Maria Clara Torreão Lemos Sofia Mockdece de Oliveira Primary Alicia de Souza Salles Maia Laura de Castro Mello Rachel Maria Melo França Soares I Grau Alexandra Gualberto Vieira, Alice Barbosa André Melissa Samella Pereira III Grau Alice Lugão de Souza Santos Alicya Isadora Silva Santos Ana Luiza de Jesus Camino Gabriela do Amaral Afonso dos Santos Larissa de Avellar Oliveira Maria Gabriella Silva Menezes lV Grau Carol Cerqueira Matheus Silvério Cardoso

2004 Marianne, Therezinha, Sandy, Ana Maria, Mariclara e Myriam, quando Sandy esteve em Três Rios

2013 Clara, Myriam, Sandy, Marianne e Mariclara, no último exame realizado

CERTIFICADO Equipe da Escola de Dança Maria Emília em outubro de 2013, no dia do exame

JOVENS Algumas alunas da Escola de Dança Maria Emília, referência na região

Interfoundation Isabella Pinazo Geremias Laís Sanseverino do Nascimento Sheila da Costa Almeida Victoria Felipe Ferreira Lisboa.


COOL Cultura

OS ESCRITORES POR FREDERICO NOGuEIRA

FOTOS ARQuIVO PESSOAl

Plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro. Vamos deixar de lado os dois primeiros itens que, segundo um antigo ditado, levam o ser humano à felicidade e apresentar algumas pessoas que já realizaram o que talvez seja o mais desafiador de todos.

Não apenas nas pequenas cidades e no interior, mas em todo Brasil, a profissão de escritor é jogada na vala comum da vagabundagem. Quando comecei a escrever, à exceção da minha mãe e de uma tia, todos me olhavam sob o viés crítico do ‘vagabundo que não dará certo na vida’. Fui vítima da minha própria família que, até pouco tempo, ainda me julgava como um retumbante idiota inútil. Atualmente isso já mudou bastante”. As palavras são de Helder Caldeira, escritor nascido em Paraíba do Sul que conquistou o Brasil e diversos países do mundo desde a publicação do

“Se você é um anônimo e não tem um público, você é um investimento de risco para as editoras”, Daniel Bittencourt

livro “A 1ª Presidenta”, que narra a trajetória de Dilma Roussef. Em dois anos, o livro beira os 10 mil exemplares vendidos no Brasil e, em seis meses, atingiu a marca de 50 mil vendidos na Coreia do

Sul. Ele pode falar com propriedade sobre os desafios para atingir tais marcas, já que cada um dos seus dois primeiros livros publicados venderam menos de 100 exemplares. Aos três anos de idade, o pai comprou uma minibiblioteca, com 40 volumes de diversas áreas, o que fez Helder despertar o interesse pela leitura. “Ele era um simples metalúrgico e estávamos vivendo os piores dias da Companhia Santa Matilde, que logo depois abriu concordata. Mas, ele dizia: ‘Essa é a maior herança que posso deixar para o meu filho’. Foi assim revistaon.com.br

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COOL Cultura

HELDER CALDEIRA Nascido em Paraíba do Sul, o sucesso chegou com a obra sobre Dilma Roussef

SÃO PAULO O escritor realizou tarde de autógrafos em diversas cidades brasileiras

FEIRAS Helder Caldeira ao lado do escritor Zeca Fonseca e da publisher Bia Willcox na Bienal do Livro em 2011

que me ambientei com as palavras e as histórias e acabei aprendendo a ler muito antes de ser matriculado na escola. Aprendi a ler em biografias políticas! De fato, meu pai tinha absoluta razão: foi a maior e melhor herança que ele me deixou”. Entre 2007 e 2008, ele publicou os livros “Bravatas, Gravatas e Mamatas” e “Pareidolia Política”, com coletânea de artigos já publicados. “Foi uma extraordinária experiência do que é o sombrio e movediço mercado editorial brasileiro, cheio de equívocos brutais e bem pouco disponível aos jovens escritores de primeira viagem”, lembra. Ainda em 2008, a atuação da então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, chamou a atenção de Helder. “O senador José Agripino Maia (DEM/RN) caiu na tentação de achacar a ministra-chefe com uma pergunta sobre ‘suas mentiras nos tempos da ditadura’. Dilma Rousseff não pensou duas vezes e levantou a voz contra o senador da oposição, num discurso feroz e absolutamente emotivo. Foi um espetáculo! Naquele exato momento, bateu-me uma certeza: essa mulher será escolhida por Lula como sua candidata à sucessão em 2010”. Começou a pesquisar sobre a vida de Dilma, uma mulher ainda sem muitas informações públicas de sua vida e do passado. “Esse trabalho consumiu dois anos da minha vida. Mas, foi uma emoção enorme quando, dois anos depois, peguei o primeiro exemplar do livro que transformaria minha trajetória”, cita.

Dilma Roussef tomou posse no primeiro dia de janeiro de 2011 e Helder já tinha a biografia completa e editada da trajetória pessoal e política da mulher que assumiu o governo do país. O livro foi lançado no dia 26 do mesmo mês. “Sem querer, acabei surpreendendo o mercado editorial e a mídia, ainda atordoados com aquele novo momento na política brasileira. Acabei conseguindo ‘furar’ o bloqueio aos jovens escritores e minha vida virou uma loucura”, lembra. Com o sucesso, Helder conquistou espaço na mídia e começou a ser procurado por editoras. Desenvolveu, logo depois, o livro “Águas Turvas”, que já atingiu a marca de 50 mil exemplares vendidos e, como consequência, mais destaque e muita cobrança. “A Editora Quatro Cantos, um selo jovem que pertence a um dos editores da gigante Companhia das Letras, comprou os direitos de publicação e ‘Águas Turvas’ será relançado no Brasil, em larga escala e numa edição ‘premium’ de primeiro gabarito e com tiragem na casa das centenas de milhares. Eles estão realizando um forte investimento nessa história, dentro e fora do país. Enquanto isso, já dei a

largada nas pesquisas e na construção de dois novos romances de ficção e um livro político de não-ficção. Agora, inserido no contexto das editoras maiores, tenho prazos a cumprir e um tempo menor para desenvolver e apresentar projetos. Mas, isso é parte da profissionalização da arte de escrever. Quanto maior a visibilidade, maiores serão as cobranças... dos editores e, principalmente, dos leitores”, revela. No difícil caminho para chegar a uma editora, ser publicado e chegar às mãos de um grande público, a saída mais fácil é desistir. Porém, a paixão pela escrita e a vontade de contar boas histórias não desanima quem nasceu ou desenvolveu este talento. “O caminho é extremamente difícil e movediço. As editoras brasileiras raramente leem os originais que os autores encaminham na esperança de serem publicados. Você manda os originais e seis meses depois recebe um e-mail ou uma cartinha padrão ‘agradecendo o envio e lamentando a impossibilidade de edição’. É ridículo, mas é verdade. Uma editora brasileira está selecionando hoje, os títulos que irá lançar em 2015. Ninguém leva em conta a pertinência e a temporalidade de uma obra”, explica Helder Caldeira.

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“Inserido no contexto das editoras maiores, tenho prazos a cumprir e um tempo menor para desenvolver e apresentar projetos”, Helder Caldeira


REVISTA ON

JOSÉ ROBERTO Trirriense levou para os livros as situações vividas em campos de futebol

DANIEL BITTENCOURT O professor começou o livro como um trabalho da faculdade de filosofia

Quem conhece bem este procedimento é o também sul-paraibano Daniel Bittencout. Após construir o personagem Gregório Nassau para um trabalho da faculdade de filosofia, ele decidiu que precisava terminar de contar a história do jovem que decide entrar para o mercado pornográfico para sair de uma vida de fracasso. Assim nasceu, em meados de 2006, o livro “Pornô Hardcore”, que

só foi lançado em 2013. “A história ainda não tinha terminado na minha cabeça, por isso decidi terminá-la. A demora para o lançamento aconteceu porque é uma luta publicar um livro no Brasil. Uma editora é como uma gravadora de discos, se você é um anônimo e não tem um público, você é um investimento de risco. O livro é uma mercadoria e a editora precisa ter garantia que irá vender.

Comecei a procurar editoras em 2006 e nem respostas me enviavam, elas ignoram”, diz Daniel. Até que, no ano passado, conheceu a Editora Patuá, que lançaria novos autores gratuitamente. “Sempre me neguei a pagar para publicar o livro. Mas essa editora fez um trabalho muito bom. Não tive custos, participei de todo o processo de criação do livro, fiquei muito satisfeito com o resultado. O problema é que a editora é pequena e os livros não são distribuídos nas livrarias. Não ganhei dinheiro com o livro e não me frustrei por isso, já sabia como seria. O que me frustrou foi a falta de distribuição”, comenta. Daniel conta que já começou a escrever outros livros, embora tenha passado por toda a dificuldade no primeiro livro. Helder coloca as redes sociais com importante função para os novos escritores. “Com publicidade de baixo custo, conseguem alcançar um número expressivo de leitores na rede e ampliam suas possibilidades. Um exemplo pessoal: meu livro ‘Águas Turvas’ foi lançado por uma


COOL Cultura

HENRIQuE SANTOS / ARQuIVO PESSOAl

PORNÔ HARDCORE O livro de Daniel foi lançado após anos fazendo contato com editoras

PALESTRAS Helder no lançamento de “A 1ª Presidenta” na Fliporto em 2011

editora média e primeiro fez sucesso nas redes sociais. Daí veio o ‘boca-a-boca’ (na era digital, talvez seja melhor falar em ‘post-a-post’) e, só então, o livro começou a vender bem. Na sequência, vieram as críticas positivas dos especialistas da grande mídia e, finalmente, o contrato de cinco anos com uma editora grande. Ou seja, é um caminho feito a Bolsa de Valores: envolve muitos investimentos 162 Revista On Dezembro & Janeiro

pessoais, profissionais e financeiros e o risco é alto”, analisa. José Roberto Padilha já lançou cinco livros, todos relacionados a uma de suas maiores paixões: o futebol. “Tudo começou quando, na concentração do Fluminense, muitos jogadores não sabiam escrever e eu escrevia cartas a pedido deles. Ficava feliz em poder ajudar. Quando acabei minha carreira como jogador,

escrevi ‘Futebol: a dor de uma paixão’, em 1986. Consegui transmitir todas as angústias de um atleta. Você fica alguns anos na profissão e, quando acaba, ainda tem muitos anos de vida, muito tempo para chegar à aposentadoria, fica sem chão. O livro foi importante até mesmo financeiramente naquele momento, teve duas edições”, lembra o atual secretário municipal de esporte de Três Rios. Ele conta que fica na expectativa de que alguém leia o livro e fale que merece uma editora e credita o sucesso do primeiro a uma possível curiosidade popular. “O meu livro me satisfaz, mas ele não tem uma rede de distribuição, não chega às pessoas nem para ser julgado se é bom ou ruim. No primeiro, não só pela qualidade do livro, ele fez sucesso porque surgiu quando nenhum jogador de futebol tinha escrito qualquer coisa. Sou o único atleta de futebol que escreve, e isso deve ter despertado a curiosidade”. Dos três, Helder Caldeira é o único que sobrevive com a profissão de escritor e conta que, quando começou a ganhar dinheiro com as obras, houve uma “festa solitária”. “As pessoas dizem tantas coisas ruins, que você acaba acreditando nelas. Hoje consigo viver do que escrevo e não posso reclamar um único milímetro da vida que tenho. Para alguém que bebia ‘água santa’ em Matosinhos e andava a pé em Queima Sangue, receber um elogio do Der Spiegel, na Alemanha, e uma supercrítica positiva no The Boston Globe, dos EUA, significa que consegui ir muito além do que de fato merecia ou fosse capaz de imaginar nas minhas mais secretas fantasias”. Aos novos e futuros escritores, ele deixa uma mensagem: “É difícil dizer ‘não desista’ para alguém que vive num país que só dá pauladas em seus cidadãos, tornando-os menores do que de fato são. Mas é isso: não desista! A vida por aqui é assim mesmo: um punhado de coisas ruins, chatas, intolerantes e amargas em volume discrepante às migalhas de coisas boas que podemos viver. Talvez o segredo (se é que existe um!) seja esse: enfrentar tudo que há de ruim com dignidade, altivez e sem hipocrisias, para conseguir viver plenamente os bons momentos, rendendo-lhes o devido valor”, finaliza.


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COOL KM Livre

CARROS E HISTÓRIAS POR TIAGO TAVARES

FOTOS REVISTA ON

O amor por carros está na veia dos brasileiros. Em Três Rios e região, algumas relíquias estão escondidas em garagens e, com sorte, podemos vê-las circulando pelas ruas, despertando curiosidade e saudosismo. A paixão por esses veículos faz algumas pessoas mantê-los com carinho e, enquanto isso, preservam a história dos automóveis.

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O

amor pelos carros nem sempre é compreendido e possivelmente não deva ser. Anualmente são vendidos milhões de automóveis em todo o mundo e, com a abertura da economia, muitos brasileiros já conquistaram a tão sonhada condução própria. Enquanto para alguns os carros são apenas meios de transporte, para outros é amor, paixão. Há quem gaste verdadeiras fortunas em reformas, transformação e manutenção dos carros e, se tiverem valor histórico, a dedicação é ainda maior. Uma das histórias de amor envolve Ambrosio e Olivier. O primeiro nasceu em 1972, de origem americana, filho de Henry Ford, e foi adotado pelo segundo há mais de 30 anos. Sua cor azul sempre chama a atenção de quem o vê. Limpo, polido, impecável e em pleno funcionamento, o Corcel 72 é tratado como um filho pelo dono, Olivier Sebastião da Chagas, de 94 anos, tanto que tem até nome e é tratado feito gente. A decisão de adquirir o carro veio com paixão que Olivier tem pela marca Ford desde a infância. Quando apareceu a oportunidade, fez o negócio na hora. “Eu sou o segundo dono do carro. Troquei o Corcel em um Aeroilis 1968 que eu tinha. Falei com meu filho que se aparecesse um carro mais novo que o Aero, trocaria. Não deu outra, ele arrumou alguém rápido. A pessoa que

era dona do Ambrósio queria um Aeroilis para tirar o motor, então meu filho conversou com ele e trocamos na ‘orelha’. Eu tinha acabado de pagar o antigo na agência em Juiz de Fora e troquei. Desde então ele está comigo”, conta Olivier. Além de nome, o carro tem histórias e muitos quilômetros rodados com o dono. Ele desperta interesse de muitas pessoas, mas Olivier garante que o carro nunca será vendido. “Algumas vezes estou estacionado no centro da cidade, passa um camarada e pergunta ‘vende esse, moço?’, e eu digo, ‘não, esse vai para o museu junto comigo’”, conta aos risos. Quando questionado se não deseja ter um carro novo, ele é direto: “Nós dois entendemos um ao outro. Não me interessa apanhar um carro novo, eu já estou com 94 anos e gosto desse, ele vai comigo”. Outro apaixonado por carros é Antônio de Souza Teixeira, que possui relíquias na garagem que poucos sabem que lá estão. Três carros históricos fazem o passado voltar e mostrar a beleza, o luxo e o conforto do passado. Um deles, o Buick 1955 azul, possui todos os componentes dos carros modernos: vidros elétricos, direção hidráulica, câmbio hidramático, quatro portas e muito mais, tudo em pleno funcionamento, mesmo depois de tantos anos. “Estou com esse carro há mais de 40 anos. Não tem como encontrar problemas

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O Corcel 72 é tratado como um filho pelo dono, Olivier Sebastião da Chagas, de 94 anos

AMOR Olivier e o carro Ambrosio, amigos inseparáveis

RELÍQUIA O Ford Cupet 1929 está na família de Sérgio há mais de 64 anos revistaon.com.br

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COOL KM Livre

nos carros antigos. Carros como o Buick não têm ponto fraco, motor 1.4, carro todo bom, só falta falar”, diz Antônio. Além do Buick, Antônio ainda tem um Ford Taunus branco 1952 e um Hudson vermelho 1955, que vez ou outra sai da garagem para fazer festas de casamento. O primeiro está com ele há mais de 30 anos e o segundo há duas décadas. “Demorei oito anos para restaurar o Hudson. Ele veio de Curitiba, mas comprei no Rio de Janeiro. Veio sem a armação, mas comprei de outro carro americano e adaptei. A capota é hidráulica, você aperta apenas um botão e abaixa”, conta mostrando os detalhes do modelo. Todos os carros funcionam perfeitamente, apenas o Buick está parado para manutenção. “Pelo menos duas vezes por semana ando com os outros dois carros. O Buick, inclusive, tem que tirar de lá [bancada], pois tenho que limpar a poeira e lavar, lá não dá para lavar”, diz ao demonstrar o cuidado com as relíquias. Dono de outra grande relíquia, o comerciante Sérgio de Souza Giácomo mantém um Ford Coupe 1929, que foi do avô. “Esse carro está na minha família mais que meus 64 anos de vida. Ele foi do meu avô, do papai, da mamãe e agora é meu. Não vendo ele por dinheiro nenhum”, conta Sérgio. Segundo o proprietário, o carro ficou parado por cerca de 20 anos, até que decidiu fazer uma reforma na qual gastou mais de R$ 30 mil. “Peguei amor pelo carro, reformei há quatro anos e gastei o valor de um carro popular. Só de pneu e roda eu gastei cerca de R$ 8 mil. Mandei cromar a tampa do motor, carburador e lateral. Não tem dinheiro que o compre. Algumas modificações você precisa fazer, aquelas rodas de arame não aguentam, quebram e você não acha para comprar. Eu tive que colocar outro motor porque não achava peça facilmente. Para vir duas maçanetas e puxadores da América do Norte, ficou quase em R$ 5 mil, quem aguenta isso?”, conta Sérgio.

PAIXÃO O Buick é um dos carros preferidos do colecionador Antônio de Souza 166 Revista On Dezembro & Janeiro

Para ter o carro dos sonhos, Jorge luis Gomes Assunção fez diferente e construiu o próprio veículo

Para ter o carro dos sonhos, Jorge Luis Gomes Assunção, o Jorginho, fez diferente e construiu o próprio carro. A concepção da réplica do Le Zebre 1909 começou na garagem da própria casa, bem ao lado de sua metalúrgica. Depois de ganhar uma mala da Associação de Veículos Antigos (AVAJF) que vinha com um emblema de um Calhambeque, pediu à filha para achar algumas fotos na internet de um carro parecido para construir. “O Le Zebre foi o primeiro carro popular fabricado no mundo, um carro que atendia a classe média. Até então, os carros eram mais sofisticados e caros”, explica Jorginho. Apesar da desconfiança na capacidade de construir o carro, o metalúrgico colocou em prática todo o conhecimento adquirido no trabalho e montou o veículo há quatro anos. Segundo Jorginho, todos os componentes do carro foram montados e modelados por ele, com exceção de algumas peças que foram retiradas de outro carro. “Muita coisa foi fabricada aqui e usei a mecânica do Chevette, como o motor, caixa e diferencial. A parte de vidro do farol tirei do Fusca”, conta. Para construir o veículo, o metalúrgico gastou cerca de R$ 14 mil, entre os gastos com peças, pagamento de ajudantes e ajustes que precisou fazer antes de chegar ao resultado final. “O valor ficou um pouco acima porque eu não tinha medidas, foi tudo no olho, então fiz, desmanchei, e tornei a fazer até chegar ao ideal. Tudo foi criado através da habilidade que tenho, afinal trabalho com metalurgia desde 1979”. A riqueza de detalhes atraiu olhares de todos os lugares, principalmente depois que o carro virou pauta de programas jornalísticos transmitidos até no exterior. “Um colecionador de Portugal pediu para um rapaz do Rio de Janeiro vir comprar o carro. Mandou colocar preço, mas eu não vendo por dinheiro nenhum”, conta. Um novo Le Zebre está em construção e Jorginho pretende fazer outros carros sob encomenda. “Vou continuar, inclusive estou aperfeiçoando mais esse novo que estou montando. Quando conseguir aumentar um pouco mais o espaço da empresa, aí as coisas vão fluir melhor. Pretendo montar cinco carros por ano, por encomenda, realizar sonhos. Se a pessoa quer ter um carro, ela vai trazer a foto e nós vamos produzir”, finaliza.


BELEZA O Hudson 1955 mostra toda a imponĂŞncia

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COOL COLUNA SOCIAL

EVENTOS, SOCIEDADE, INAUGURAÇÕES E DESTAQUES FOTOS PEDRO OCTAVIO

Nesta edição, cliques do lançamento do livro “um século de moda”, de João Braga; da inauguração do residencial Vila Flora; e do aniversário de Ana Maria Pessoa, entre outros assuntos. Pedro Octavio C. Quintella 34 anos de colunismo social Como colunista social, já participou de “O Cartaz”, “Diário de Três Rios”, “Jornal Arealense”, “Jornal de Areal”, “Tribuna Post” e “Bafafaetc”. Trabalhou na Rádio Globo e na TV Rio. Atualmente assina uma coluna para o “Entre-Rios Jornal” e para o portal Revista On. Comanda um programa diário na 87,7 FM.

Brigaderia

A Twin’s Brigaderia é uma empresa que surgiu com o propósito de apresentar um diferencial no segmento de brigadeiros gourmet. Com receitas totalmente artesanais e algumas até de família - já que as gêmeas e sócias Camila e Daniela Almeida nasceram em uma família que é referência no setor alimentício de nossa região – a Twin’s tem como maior objetivo a satisfação total de cada cliente. A missão da Twin’s Brigaderia é estar presente nos bons momentos da vida de cada um. Vocês vão ver que os doces são recheados de sorrisos, abraços e emoções variadas. Entrem em contato e experimentem os brigadeiros gourmet. Produtos de alta qualidade e um sabor incomparável. Na assessoria de comunicação da Brigaderia está a jornalista Idalice Martins.

ver intercâmbio entre as equipes, teve a apresentação dos cases de sucesso das empresas HWJ Engenharia, Paraibuna Embalagens e TTR Vidros Ltda. A presidente da Representação Regional da FIRJAN/CIRJ na Região Serrana, Waltraud Keuper Rodrigues Pereira, abriu o encontro falando sobre a importância da união das empresas para o fortalecimento das indústrias locais e o crescimento da região. “Fico feliz em ver cada vez mais representantes das empresas participando dos nossos eventos. Isso mostra a preocupação deles com o desenvolvimento e o fortalecimento de seus negócios”, destacou ela, que lembrou que 18 empresas já apresentaram seus cases em encontro de relacionamento promovidos pela FIRJAN na região.

Campanha CDL

Prêmio

A mais esperada campanha da cidade está indo de vento em popa: o “Natal em clima de festa”, promovido pela CDL – Três Rios, com show de prêmios e sorteios extras. Pela terceira vez, a CDL-TR, com esses sorteios, vem atraindo expressivo número de consumidores para o comércio da cidade. Seu principal prêmio é um Gol 0Km, sorteado no dia 26 de dezembro no Estádio Odair Gama, com vários outros prêmios

Dalia El Mahin (Daliana Riberio de Miranda) conquistou este ano o selo de qualidade NABAK, conferido aos profissionais de comprovado talento, pelo professor e bailarino árabe Tufik Nabak, que dirige e ensina danças árabes em Juiz de Fora. O Grupo Ishtar, que tem à frente Daliana Ribeiro de Miranda, tem como objetivo o estudo e a prática de danças femininas como forma de autoconhecimento, trazendo desenvoltura e vitalidade ao corpo. As aulas são realizadas no CASa - Centro de Arte e Saúde Ceci Miranda, situado na Av. 15 de Novembro, 402, sala 108, às 2ª e 4ª feiras, das 19h30 às 21h30. O Grupo participou de festivais em cidades vizinhas como Barra do Piraí, Vassouras, Petrópolis, Juiz de Fora, Mercado Persa São Paulo, conquistando reconhecimento e premiações nesses eventos.

Encontro

Oitenta e duas pessoas, entre empresários e funcionários de empresas instaladas em Três Rios, Paraíba do Sul, Sapucaia e Areal, além de autoridades do Poder Executivo e do Poder Judiciário, participaram do 6º Encontro de Relacionamento Empresarial promovido pelo Sistema FIRJAN em Três Rios. O evento, que teve como objetivo promo168 Revista On Dezembro & Janeiro


Voo livre # Casaram-se no dia 22 de novembro no Cartório do Registro Civil de Três Rios, a professora Sheila da Silva Sousa e o médico Dirceu Menezes (leia Trimagem) # Dicas - No Táxi: - as mulheres sentam ao lado esquerdo e o homem à direita. Sabemos de antemão que é o homem quem abre a porta para as mulheres entrarem e saírem. # Santa Isabel Análises Clínicas SIAC faz sua festa de confraternização de fim de ano no sábado, dia 17 de dezembro, no Sabor & Festas. ROGÉRIO CERQuEIRA

INAUGURAÇÃO Empresário Josemo Corrêa de Melo, sua mulher, Marlene, e os filhos, Caio e Josemo Jr, durante o lançamento da Casa do Empreendedor

# Justiça do Trabalho entra em recesso na quinta-feira, dia 20 de dezembro. Volta ao batente no dia 6 de janeiro.

NOVIDADE Mário Barbosa e D. Rita Nascimento durante a inauguração do novo escritório da Barbosa Contabilidade DIVulGAÇÃO

CONSTRUÇÃO Padre Geraldo com Paola e Carlo Sola na inauguração do Vila Flora

# Com uma cozinha irretocável, o restaurante Vovó Celeste, em Areal, tem como frequentadoras assíduas as atrizes Silvia Bandeira e Márcia Cabrita, e os colunistas da Revista On Bê Mattos e Luiz César, duas feras em gastronomia.

# O cardiologista Benjamin Leidersnaider e sua mulher, a pediatra Sonia Leidersnaider, Rosângela e o empresário Marco Aurélio Rego Vaz, lideraram grupo de Vip’s trirrienses que esteve recentemente em Recife. # O destacado ortodontista da cidade Sergio Wogel e sua mulher, Daniela, com as filhas Alícia e Giulia passam dias em Buenos Aires.

FESTIVAL GASTRONÔMICO Jussara Lima, Bê Mattos, Ed Freire e Luiz César na abertura DIVulGAÇÃO

SAÚDE Equipe do Sicomércio que participou do projeto Saúde em Movimento

PREMIADA Dalia El Mahin (Daliana Ribeiro de Miranda) do Grupo Ishtar

# A neuropsicóloga e terapeuta familiar sistêmica Noemi Moreira Lopes participou do XII Simpósio de Terapia Familiar Sistêmica do Rio de Janeiro, que teve como tema “Terapia de casal, novas e velhas práticas”. # O diretor de Secretaria da Justiça do Trabalho de Três Rios, Antônio Sampaio, e sua mulher, Roze, e a filha, a advogada Bárbara Sampaio, estão nos EUA, visitando Nova York, Nova Jersey e Washington.

FESTA Ana Maria Pessoa, no dia do seu aniversário, com o marido, o neurocirurgião Rodolfo Martello

# Hospedados na Pousada Marbella, Anésia Vieira e o empresário Almir Barenco, Ana e o empresário Oswaldo Faraco, aproveitaram as belezas da praia de Geribá, em recente fim de semana, em Búzios. revistaon.com.br

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COOL COLUNA SOCIAL

Lançamento do Residencial Vila Flora

Lançamento do livro do João Braga

Ana Maria com as irmãs, Tcha Tcha, Lúcia e Silvia

Carla Sola, ao centro, com as cunhadas Karla Giselly e Fernanda

João Braga, Bê Mattos e Mariela Amodeo

Ana Maria com a dentista Rosângela Muller e seu marido Nelson Muller

Carlo Sola, a filha Carla e o genro Ricardo Silvestre

D. Conceição Melo com o casal Denise e Ignacio Vieira de Melo Neto

Ana Maria e as amigas, Rejane Quintella, Aldair Gaspar e Marilea da Cruz.

Karla e o marido, empresário Paolo Sola

Ângela e o médico Mário Miguel com João Braga

Ana Maria, neurocirurgião Dinizar Araújo Filho e Andrea

Presidente da Construtora Sola, Sauro Sola, engenheiro Clesio Sebastian, superintendente da Caixa Econômica Maurício Borges, Paolo Sola e Carlo Sola

Apresentador do Canal 5, Luiz César, e a jornalista Idalice Martins

ROGÉRIO CERQuEIRA

ROGÉRIO CERQuEIRA

ROGÉRIO CERQuEIRA

ROGÉRIO CERQuEIRA

Aniversário da Ana Maria Pessoa

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TRANSPORTE COM CONFORTO E SEGURANÇA FOTOS DIVulGAÇÃO

Há mais de 20 anos em atividade, a Nobre Turismo está presente no crescimento da região com o auxílio para transporte e viagens turísticas.

FROTA Veículos novos oferecem conforto durante as viagens

F

undada em 1992 por Joel e Márcio Piaz, pai e irmão, respectivamente, de Márcia Piaz, administradora ao lado de Cézar Lacerda desde 2006, a Nobre Turismo atua no fretamento de veículos para transporte de colaboradores de empresas e viagens turísticas. A empresa começou com dois veículos e, atualmente, possui 30 na frota. Credenciada em todos os órgãos legais que regulamentam o transporte no estado e no país, a Nobre Turismo oferece diversas vantagens para os contratantes. No caso do fretamento para transpor-

te de colaboradores de empresas, com o crescimento econômico e expansão do setor industrial da região, o serviço atende e auxilia as grandes empresas que, muitas vezes, são instaladas longe do centro comercial das cidades, como ELC Produtos de Segurança, Neobus, Paraibuna Embalagens, Pifer, Plumatex e Utsch Brasil, entre outras. Desta forma, o empregador pode contratar a Nobre Turismo, que torna-se responsável por buscar e levar os colaboradores de casa para o local de trabalho. “O cliente pode ficar tranquilo, a responsabilidade por esse transporte pas-

sa a ser toda nossa”, conta Márcia. Já para quem precisa viajar em busca de lazer, seja com amigos, vizinhos ou turma de escola, a Nobre Turismo também oferece o fretamento dos veículos com motoristas capacitados. Os ônibus são confortáveis, com TV, ar condicionado, internet e poltronas reclináveis. “A pessoa organiza e aluga o ônibus. Fretamos o veículo com o motorista e os demais opcionais”, acrescenta Márcia Piaz. A Nobre Turismo também atua no transporte de universitários e com translado de aeroportos para os municípios da região.

TURISMO

Escritório Travessa Augusto de Almeida, 44/ 307 Galeria Central – Centro – Três Rios/RJ (24) 2252-0844 (24) 9395-4403 (24) 9395-4001 nobreturismo@yahoo.com.br www.nobre.tur.br CÉZAR LACERDA O empresário assumiu a Nobre Turismo em 2006

MÁRCIA PIAZ Ao lado de Cézar, aumentou a frota e ampliou os serviços da Nobre

Garagem Rua João Augusto de Carvalho, 30 Werneck – Paraíba do Sul - RJ


COOL CHECK-IN

A SABEDORIA MILENAR QUE

FAZ TODA A DIFERENÇA POR BERNARDO VERGARA

FOTOS TADEu TORRÃO MAlAVAZI

O que esperar de uma nação tão pequena, com posicionamento geográfico tão problemático e com desastres naturais tão presentes e eminentes? Tinha tudo pra não dar certo, não é? Definitivamente não foi o que aconteceu! Esse incrível Japão desafia toda a lógica natural e desponta cada vez mais como uma das grandes potências mundiais. Sabedoria milenar, patriotismo afloradíssimo, respeito como palavrachave, manutenção de costumes de eras passadas e uma forma de levar a vida extremamente doutrinada fazem desse pequeno país um gigante a ser seguido.

Aos pés do M

onte Fuji

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Japonesas caracterizadas com trajes típicos


P

oucas vezes nos tempos de viagem me enganei tanto em relação à pré-concepção e à realidade vista! Quando comprei o bilhete aéreo para desbravar o tão distante, porém sonhado, Japão, tinha comigo a imagem de um país apenas avançado em tecnologias e diferente se tratando de religião e costumes. Confesso que essa imagem cibernética até foi confirmada na capital Tóquio, mas o que vi ao longo da ilha foi absurdamente diferente do que imaginava. Digo em relação a tudo, desde uma natureza riquíssima, passando pela exploração de templos budistas milenares magníficos, até uma forma de viver super qualificada e, ao mesmo tempo, simples. Ah, claro, pude confirmar a diferença notória de ter mais de mil anos de história! Sabedoria realmente vem com o tempo, não tenho mais dúvidas em relação a isso. Pude ver um sistema que dá moldes iguais ao seu povo e que prega uma vida equilibrada e honesta a todos os cidadãos. Quase não notei a diferença entre os carros que cruzavam as ruas, todos pare-

ciam iguais e uniformes. Me surpreendi ainda pelo fato de ter estado no país por 15 dias e não ter achado um pedaço de lixo no chão. Tá achando que os garis fazem bom trabalho? Não, eu creio que eles nem existam, o cidadão é que não suja as ruas mesmo. Ah, como foi bom ver um povo com moldes de educação! Fiquei extremamente feliz em ver o respeito pelos idosos e pelos professores, que eles corretamente nomeiam mestres. Eles entendem que o idoso tem muita experiência a dividir e que o professor é a base de mudança de uma sociedade! Vou parar de rasgar elogios, por que daqui a pouco minhas linhas se acabam e eu não dividi minhas experiências vividas no país. Em 15 dias de estada no país, desbravei bastante coisa. Desembarquei por lá imaginando que o país era pequeno, mas o que vi foi uma enormidade de lugares e riquezas a serem exploradas. Cheguei junto a um grande amigo, o Rodrigo Zaquieu, a fim de me encontrar com um conterrâneo trirriense que vive no país e que nos recebeu por lá. Até pisar lá, confesso que o Tadeu Malavazi era um parceiro de infância, mas

“Ah, claro, pude confirmar a diferença notória de ter mais de mil anos de história”

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COOL CHECK-IN

“Trouxe dessa viagem significados bem compreendidos que andam meio turvos e distorcidos por essa parte do globo que habito” após a recepção que nos foi dada por parte dele e da mulher, Livia Kawase, eu tive a certeza que fiz mais dois grandes amigos. Ficamos tão à vontade no lugar que já podíamos nos sentir parte dele. A cidade que eles vivem e que foi escolhida como nossa base no Japão se chama Hamamatsu, centralizada em relação ao país e muito acolhedora. Fizemos muitos bate voltas, outras idas com retorno em dois ou três dias e, assim, fomos descobrindo diferentes partes e culturas da nação. Assertivamente, compramos ainda no Brasil um passe ilimitado de exploração do Shinkansen, o famoso e fantástico trem-bala japonês. Tendo acesso àquele trem de alta velocidade, ficou fácil percorrer as fronteiras. Vimos de perto a histórica Hiroshima,

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que passou pela destruição da bomba atômica, exploramos os diferentes ambientes da agitadíssima capital Tóquio, curtimos uma data festiva nas feiras de rua de Nagoya, vivenciamos a era Edo e seus templos magníficos nas cidades de Quioto e Nara, exploramos e subimos o mítico Monte Fuji e ainda tivemos tempo de passar um dia na superinteressante Disneylandia japonesa, que se localiza próximo a Tóquio, na cidade de Chiba. Isso sem contar as aventuras vividas em Hamamatsu e arredores, onde botávamos o carro na estrada junto ao casal e tínhamos dias ativos, produtivos e de total aprendizado. Todos os dias nos surpreendíamos e aprendíamos algo novo com os cidadãos japoneses. Impressionante! Eu trouxe

dessa viagem significados bem compreendidos que andam meio turvos e distorcidos por essa parte do globo que habito. De verdade, não me interessei em fazer comparações e nem julgamentos, o que me interessou é querer conhecer um pouco mais disso tudo e, talvez, tentar me aproximar e viver dessa maneira. Acho que, depois dessa síntese de texto, nem é preciso convidar os leitores da Revista On a explorar o país. As palavras acima valem muito mais que um convite. Arigato Japão!

Trupe com p

leta


Japão Região leste da Ásia Capital Tóquio Área 372, 820 km² População 127 milhões de habitantes Língua Japonês Moeda Iene Religiões predominantes Budismo e Xintoismo Governo vigente Monarquia constitucional

Quando ir Durante a primavera (março a maio), quando florescem as cerejeiras e iniciam os tempos de renovação da natureza e consequente homenagem às crianças. Como chegar Voando Delta (pt.delta.com) do Rio de Janeiro a Tóquio, com uma escala na cidade de Atlanta, nos EUA, desde R$ 3.600. Onde ficar Em Tóquio, sugiro o hotel APA Hotel Shibuya, localizado na região de Shibuya, com diárias na faixa de R$ 300 para o casal; em Kyoto, o Hotel Best Western Kyoto, localizado em Nagagyo Ward, com diárias na faixa de R$ 250; e em Hiroshima, recomendo o hotel New Hiroden, situado no centro da cidade e com diárias na faixa de R$ 250 para o casal.

sushi da cidade, o Sawada Sushi. Cito, ainda, o restaurante Tempura Kondo, que é especialista no preparo de tempurás, além de outras boníssimas opções de restaurantes ocidentalizados espalhados pela cidade, como é o caso do restaurante Beacon, com suas fartas opções de carnes grelhadas e frutos do mar. O que fazer Explorar Hiroshima e o superinteressante museu da bomba atômica, conhecer os templos budistas milenares da região de Quioto e Nara, viver a rotina super agitada e eclética de Tóquio, conhecer ainda em Tóquio o zoológico de Ueno e seus pandas gigantes, subir ou pelo menos chegar aos pés do belíssimo Monte Fuji e definitivamente aproveitar a natureza do país, que é riquíssima e encantadora! Antes de viajar Turistas brasileiros necessitam de visto de visitante para entrar no país. Esse visto pode ser solicitado junto aos consulados do Japão nas principais cidades brasileiras, com baixa exigência de documentação, serviço ágil e custo consular de R$ 70. Quem Leva A empresa betrip solução em viagens. Para maiores informações sobre roteiros, datas e valores, seguem os contatos: www.betrip.com.br e (24) 98829-2645.

Onde comer Considerando que Tóquio é uma das capitais mundiais gastronômicas, vamos listar opções na cidade. Primeiramente, cito o restaurante que serve o melhor

bu na Corredores cercados de ebam oov região de Bamboo Gr revistaon.com.br

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COOL CARTÃO POSTAL

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RAPOSO.CO

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reà parte. Para almoçar, na s so ca o sã s ha jin lo e oçar rantes da missão “parquestro, onde você pode alm e você já se cansou de comer bem e comendo o Paris Bi passar e, se você estiver por lá outlet” e está a fim uma cidadezinha calçada e ver a vida , não perca a feira de orgânicos. conhecer o clima de eça Winter Park. A no sábado de manhã não deixe de ir a Peterbrooke do almoço, pequena dos EUA, conh ade encanta Depois atier. A loja é um sonho para os chocólatras e cid a , do lan Or de rro ol 30 minutos de ca lembra muito Choc pode ver a produção dos chocolates artesanaise e qu da ga pe la pe e e ocolate, inclusiv tumou você pela tranquilidad . Se você já se acos rente. através de um vidro. Tudo é de ch us pe ro eu s ejo lar vi os batata chips. em Orlando, lá é dife a fazer tudo de carro tudo a pé! Tudo acontece na a pipoca e a na hora de jantar que complica. A cidade Agora, é Estacione o carro e façaecisamente entre a Fairbanks tes premiados e opçõeso an ur sta re us se r po pr a os ais us Pig, mas nã jas e é fam Park Avenue, m A rua é repleta de lo rque não vão faltar. Tem o famoso Ravenocê terá a melhor e. Av r ste eb W a e e pa Av ados e tem até um la fachada modesta. Vo restaurantes super trans, onde os moradores passam se engane pegastronômica que a cidade oferece: mechamado Central Park o sol e fazendo piquenique. experiênciavinho branco e até foie gras. Se você gosalgum tempo curtindo rama mais artístico, existem xilhões no de comida italiana, vá ao Prato, comida Se você curte um prog adas pelas ruazinhas e, de ta mesmo é décor super bacana. Agora, se quiser muitas galerias espalheu super bacana, o Charles excelente e riência com uma pegada mais oriental, quebra, tem um musm of American Art, com uma alguma expe rous que você tem que ir! Depois do k?! Hosmer Morse Museu ner Louis Comfort Tiffany, é no Bospho inha para um late-drin ses ad tic es a um tal sig e de qu , do jantar rimentar do . grande coleção e Room é possível expe mosa joalheria Tiffany filho do fundador da fanda mais o dia em Winter No The Winriados e caros vinhos do mundo sem a Para aproveitar ai o Scenic Boat Tour é in- dos mais va comprar uma garrafa inteira. É uma de rc Park, o passeio de ba m duração de uma hora e necessidadetunidade para experimentar aquele vinho te or ur op to a que dispensável. O ter Park. Além ótimvocê sempre teve vontade de conhecer, mas fim in W de s go la te se s do pode que Ou, se está a passa por três ade do passeio, você a coragem de pagar... da beleza e tranquilidincríveis de celebridades e nunca teve etel mais elaborado, tem o Luma, um usa de um coqu admirar as mansões a contemporânea que nid m co de r ba is. te/ ca an lo ur ge rantia de por resta personalidades oduzidos na região. Ga contrar muitos turistas Ainda hoje é difícil enessa cidade surgiu a partir ingredientes pr scolada. Não se surpreenda em ver de , lá e, segundo a históriaílias ricas de outras regiões do te bonita eluxo, gente educada e elegante. Vindo de m de fa es de e rrõ paraíso! cons- ca da necessidad do frio e começaram a rece que você chegou ao país que queriam fugir . Por conta disso, os restau- Orlando, pa truir suas casas por ali

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FOTO CORTESIA DA CIDADE DE WINTER PARK/ DEPARTAMENTO DE COMuNICAÇÃO


COOL DIÁRIO DE BORDO

Países Bálticos

Países Estônia, lituânia e letônia Localização Costa leste do mar Báltico Extensão 174.800 km² População 6.870.000 hab.

Como chegar

De avião. Fizemos conexão em Paris e, de lá, Moscou. No aeroporto, fizemos o câmbio para adquirir a moeda local, o Rublo. No dia 19/07/13, R$ 1 valia 8 Rublos. O que fazer

Paisagens, igrejas, o metrô, palácios, ruas, parques, praças, teatro e muito mais! O texto conta com diversas dicas imperdíveis! Dicas para a viagem

Lembre-se: russo fala russo. É uma língua difícil e um guia é obrigatório, porém nos aventuramos um pouco e encontramos algumas pessoas que falavam inglês.

Rio Moscova e o prédio estilo Stalin

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Palácio de Inverno em São Petersburgo

Terezinha na Rússia e Países Bálticos

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iajar é conhecer lugares, mas, sobretudo, pessoas. Enriquecer-se com novas perspectivas e, no novo que se descortina entre paisagens e história, risos e correrias, tecer o conhecimento “in loco” sob o foco do nativo que viveu a história, transformou a realidade e deixou legados. Era manhã de 18 de julho quando o micro-ônibus parou à minha porta. Lá dentro já estavam os amigos cativos das cinco viagens anteriores acrescidos de alguns novos viajantes que conosco se dispuseram à aventura. Chegamos a Três Rios e outros embarcaram, na verdade, a outra metade do grupo; faltava apenas mais uma que embarcaria em Areal. Capitaneados por Leatrice e José Maria, lá fomos nós, 18 destemidos viajores em busca das grandes planícies russas e bálticas, do rio Volga com suas histórias e o desejo de “sentir” toda a cultura, arte, odores, gastronomia e sensibilidade desses povos que iríamos visitar. Na Rússia, o que primeiro nos chama atenção é a planície, nós acostumados às montanhas. Amplidão até aonde a vista pode alcançar. Moscou, com suas avenidas largas, construídas sob a tutela de Stalin, e o rio Moscova com suas embarcações. Visitar o Kremlin é inolvidável. A grande Praça Vermelha que costumamos ver na TV é imensa. Larga, muito larga. Um jardim magnífico com flores baixas multicoloridas formando desenhos geométricos margeia a extremidade oposta onde corre uma via. No momento, o movimento é grande, haverá uma corrida de bicicletas e um prédio totalmente restaurado que rouba a cena. É lindo. Enorme, mostra toda


Compras em Varsóv

ia

Parque da Canção e os

18 aventureiros

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COOL DIÁRIO DE BORDO

a pujança da era dos czares. Na calçada, jovens vestidos a caráter e brincalhões fazem propaganda do Circo de Moscou, um espetáculo que não podemos perder. O sol nos abandona, uma chuva fina cai, mas não tira a graça nem nosso entusiasmo no passeio. Atravessamos a muralha vermelha e entramos no Kremlin. Lá é imenso. O palácio do czar hoje é sede do governo e residência do presidente. Igrejas, essas que nos impressionam com suas torres douradas como “velas para o céu” se abrem à nossa visitação. No seu interior, pinturas e cores fortes. Não há imagens nem bancos, é ortodoxa. Lá fora, espaço amplo, bosque, jardins prédios, igrejas e história - eis o Kremlin. O interessante é notar que com toda história socialista, a ocupação e divisão das casas grandes dos antigos nobres para várias famílias, muito dessas construções se preservaram. Ruas inteiras revelam, na fachada de seus casarões, o seu passado histórico. Os prédios grandiosos tão a gosto de Stalin, seus palácios, nos chamam atenção. Bonitos e imponentes, encontramos em diversos países da ex-União Soviética que visitamos. Um espetáculo à parte é o metrô de Moscou (palácio do povo). As escadas rolantes são muito rápidas. Algumas tão altas que vistas de baixo se afunilam e não vemos quando termina. Mármore, granito, alto relevos, pintura, esculturas, estátuas em bronze, todos os materiais se encontram harmonizados em estações diversas. Para decorar cada estação houve um concurso, daí tanta criatividade. Esta é uma visita imperdível. Fizemos o caminho para São Petersburgo, antigas Leningrado e Petrogrado. Cidade construída sobre pântano. Planejada por arquitetos italianos seguindo modelo europeu dos séculos XVIII e XIX. O rio Neva com suas inúmeras pontes que unem a grande avenida com seu casario que encanta os olhos e vez por outra o perfil de uma igreja com suas torres douradas surge inesperadamente e eis um momento único para guardar na memória e, se possível, dar o clique para a posteridade. Uma série de passeios: a Fortaleza de São Pedro e São Paulo, marca o primeiro bastião da fixação dos russos na re180 Revista On Dezembro & Janeiro

gião tomada aos suecos, o que lhes deu controle sobre o profundo rio Neva e acesso ao mar Báltico. Esse é o início de São Petersburgo, firmado sobre o delta do rio Neva com suas ilhas, criado sob modelo europeu, mas com envergadura da grandiosidade russa. Impressiona o cais em granito em frente à Academia de Belas Artes às margens do rio, cujas escadas são decoradas com esculturas de esfinges vindas do antigo Egito. O Palácio Hermitage guarda um tesouro. Há por volta de três milhões de objetos expostos, obras de arte de várias épocas, países e povos. Os pisos são fantásticas obras de marchetaria. Paredes e tetos decorados em ouro. Muito a visitar: a igreja de São Salvador, o Palácio de Catarina, o Palácio de Peterghof com suas 120 fontes em Pushin é obrigatório. E mais, muito mais... À noite, “O Lago dos Cisnes” no teatro Maximilian, pequeno teatro barroco de fins do século XVIII, lindo, aconchegante, decorado em ouro, vermelho e branco, acústica perfeita. Excelentes bailarinos e ótima orquestra trouxeram à vida nessa noite a obra do também russo Tchaikovsky - um dos maiores gênios da música erudita. Seguimos rumo à Estônia. Talin com sua cidade medieval inteiramente preservada vale o codinome de “Joia do Báltico”. Riga com sua parte antiga também preservada possui um bairro em estilo Art Noveau. Fabuloso. Quem estava em visita oficial à capital da Letônia era o estadista israelense Shimon Perez. Vilnius tem sua cidade antiga, mas é o moderno que lhe afere grandeza. Arquitetura ousada em aço e vidro. Shimon Perez seguiu-nos. Hospedou-se no mesmo hotel que nós, também em sua visita oficial à Lituania. Nos três países, a mesma história. Conseguiram a independência da antiga União Soviética pacificamente. Em 1988 fizeram uma corrente com dois milhões de pessoas se dando as mãos da Estônia à Lituânia. Mais tarde, através da música, protestaram contra o regime e cantaram sem parar pedindo liberdade, entoando hinos nacionalistas. Em 1990, a Estônia foi a primeira das repúblicas bálticas a conseguirem a liberdade. Seguimos para Varsóvia, uma

Palácio de Varsóvia

a, Praça Vermelh u em Mosco

Palácio Hermitage


das cidades que mais sofreram no período Hitler. Na segunda guerra teve 85% de suas edificações destruídas. Fez parte da União Soviética. Hoje, a terra de Chopin esbanja charme nas suas avenidas com seus casarões restaurados, seus palácios, mas, também, mantém viva a lembrança do famoso Gueto de Varsóvia, do campo de extermínio de Treblinka. Cidade moderna, visitada por nós pela segunda vez, desta, com sol e calor. Para fechar, o registro de algo muito especial vivido em Riga, cidade que como em outras, há músicos nas ruas. Nosso guia perguntou a uma dupla de instrumentistas de sopro se sabiam tocar alguma música brasileira. Eles iniciaram o nosso Hino Nacional. Nesse momento, paramos, a voz soltou e cantamos com a alma todo amor que temos à nossa Pátria. Foi um momento único. Era manhã na Letônia e, em Riga, em uma de suas muitas ruelas antigas, o Hino Nacional Brasileiro ecoou forte nas terras distantes do Báltico. Foi emocionante!

Catedral de São Basílio


COOL SABORES

Filé Wellington

É

no mínimo curioso quando vamos a um restaurante e nos deparamos com um cardápio repleto de pratos com homenagens a alguns nomes, personalidades da nossa história que desconhecemos. Quando um chef elabora a preparação de um novo prato, ele pensa em aromas, texturas e sabores. Pesa muito, também, a trajetória de quem, ou o que, ele está pensando em homenagear, como artistas, lugares, formação de um povo e até mesmo as guerras, os generais que comandam a batalha. Foi assim que surgiu o Filé a Wellington. Uma homenagem à vitória do general britânico Arthur Wellesley sobre as tropas de Napoleão, na Batalha de Waterloo. Arthur Wellesley (1769-1852), britânico, também conhecido como duque de Wellington, foi um influente general e político inglês. Sua carreira militar foi brilhante e levou-o ao cargo de primeiro-ministro. Estrategista muito respeitado, combateu o bloqueio continental imposto por Napoleão, enfrentando os franceses em Portugal e na Espanha. Os portugueses também o têm como herói. Ele os ajudou a expulsar as tropas napoleônicas do seu país. Os portugueses relacionam Wellington a outro prato famoso. Quando estabeleceu seu quartel-general nos Armazéns de Lavos, no sul de Figueira da Foz, ele conheceu a canja de galinha. Descreveu a receita em carta à mulher. Ao ler a correspondência, a duquesa de Wellington ficou espantada e contou em suas memórias que o marido não sabia cozinhar e comia apenas para matar a fome. Wellington não se notabilizava pelo bom gosto à mesa. Gostava de pratos gordurosos e indigestos. Comia tão rápido que os companheiros de mesa não conseguiam acompanhar o ritmo. Cozinheiros 182 Revista On Dezembro & Janeiro

contratados para servi-lo pediram demissão, frustrados por não conseguirem demonstrar as qualidades ao patrão. Mas, então, vocês se perguntariam que relação existe entre um general britânico e a gastronomia? Algumas versões foram apresentadas como “O prato é uma referência à paixão de Wellington por carne. Há boatos de que suas tropas, em tempos de guerra, consumiam 300 bois por dia” ou “Nada, à exceção do prato que foi batizado com seu nome. Na verdade, Wellesley não dava a mínima para a comida”. Alguns dizem que a receita foi batizada não exatamente em sua homenagem, mas às suas botas: quando pronto, o prato se torna um cilindro marrom claro, igual ao calçado de couro que usava. Fato é que o prato típico da cozinha inglesa se tornou muito apreciado pelo elegante efeito à mesa e de uma suculência incomparável. Algumas variações foram apresentadas com o passar do tempo, como usar uma peça inteira de filé mignon. Outros cortam em porções individuais. Muitos sempre fritam antes a carne na manteiga, deixando-a mal passada. Depois, embrulham na massa e levam ao forno. Outros preferem colocar o filé no forno na etapa preliminar. Entre a carne e a massa, pode ir patê, inclusive de foie gras, molho duxelles ou de cogumelos, além de presunto. Enfim, a receita pode trocar o filé por salmão, cordeiro ou salsicha. Foi com a ideia de que a história pode ser contada a partir do que os homens comem e cozinham, que o documentarista britânico James Winter decidiu buscar as origens e o contexto dos nomes de pratos consagrados. Só nos resta partir para a confecção desta delícia e saboreá-la com a família ou amigos e com um bom vinho.

INGREDIENTES

250 g de cogumelos Paris 2 colheres de cebola picada 1 copo de água 1 colher de sopa de alho picado Sal, pimenta do reino e azeite 1 kg de filé mignon limpo e cortado em cilindro MONTAGEM

14 fatias de presunto de Parma 400 g de massa folhada ou massa para torta 4 gemas para pincelar


JClICK

MODO DE PREPARO

Corte os cogumelos fatiados e coloque com água no liquidificador. Bata bem até formar um creme. Na panela, acrescente um fio de azeite e refogue a cebola e o alho. Misture o purê. Junte o creme de leite e aqueça. Deixe descansar na geladeira. Tempere o filé dos dois lados com sal e pimenta. Coloque azeite na panela quente e doure o filé dos dois lados. Não espete faca ou garfo. Depois de pronto, coloque para secar. Enrole num pano e leve à geladeira. Num papel filme, coloque as fatias de presunto lado a lado e cubra com o creme de champignon. Coloque o filé e enrole. Guarde na geladeira. Espalhe farinha de trigo e abra a massa. Enrole o filé, pincele com as gemas e feche as bordas. Deixe na geladeira por 30 minutos e leve ao forno médio por mais 30 minutos. Pode ser servido com um molho escuro de carne, com champignons fatiados.

Bernadete Mattos Consultora graduada em gastronomia bemattos1@gmail.com Luiz Cesar Apresentador do programa Papo Gourmet, no Canal 5 luizcesarcl@uol.com.br

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COOL SABORES

Panetone Natalino INGREDIENTES

Derreta o chocolate branco com o licor e o leite em banho Maria e reserve. Corte um panetone em fatias finas e reserve. Pegue o segundo panetone, faça um buraco no fundo e retire todo o miolo, deixando totalmente oco. Molhe com um pouco de chocolate branco derretido e, em seguida, vamos rechear: uma fatia de panetone, uma camada de chocolate branco e uma camada de frutas cristalizadas com nozes. Repita esse processo até fechar todo o panetone. Coloque-o em um prato e decore com estrelas de Natal de chocolate branco e açúcar de confeiteiro. Sirva com sorvete de chocolate preto amargo e calda de chocolate amargo. ARQuIVO PESSOAl

2 panetones 400g de chocolate branco 6 colheres de leite 2 cálices de licor de damasco 2 colheres de nozes picadas 1 xícara de frutas cristalizadas 2 L de sorvete de chocolate preto amargo

MODO DE PREPARO

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INGREDIENTES

250g de cacau em pó Leite para dar o ponto de calda 80g de manteiga 1 cálice de licor de cacau MODO DE PREPARO

Levar todos os ingredientes ao banho maria por 20 minutos.

HENRIQuE MAGRO

ARQuIVO PESSOAl

Calda de chocolate amargo

Barão Chef do restaurante Barão Gastronomia & Eventos, indicado e recomendado pelo Guia Quatro Rodas 2012 e 2013. www.baraogastronomia.com.br Facebook.com/baraogastronomiaeventos contato@baraogastronomia.com.br

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