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#24 Editorial É comum usar a passagem de um ano para outro como período que marca o fim de um ciclo e início de outro, tanto para questões pessoais como profissionais. E 2014 foi um ano de sucesso para a família Campos, capa desta edição. Pai e filhos engenheiros passam, juntos, por altos e baixos do mercado. Neste momento, colocam a empresa novamente nos trilhos do sucesso e se prepararam para a internacionalização da marca Pifer, empresa trirriense do setor ferroviário. Neste clima familiar, já nas próximas páginas apresentamos um exemplo de união em Areal, com a história de um casal que deixou muitos frutos para a sociedade. Por falar nisso, o cantor Alex Corbetta, que está a seguir, também fala sobre a valorização da família no processo de crescimento da carreira. Sabe aquele clichê de “fazer o bem sem olhar a quem”? Algumas pessoas têm a enorme capacidade de ajudar de forma eficaz e lutar por mudanças concretas na comunidade. Um projeto de luta livre, a preocupação com o meio ambiente e aulas de circo são alguns exemplos, todos nesta edição especial de final de ano. Gastou muito com as compras para amigos e família? Também pensamos nisso e preparamos, com auxílio de especialistas, algumas dicas para começar 2015 com controle total do bolso. Economia, arte, saúde, esporte e muito mais... Enquanto um ano vai embora e o outro chega, você aproveita cada página desta edição. Boa leitura! -------------Neste ciclo da vida, no dia 14 de novembro a sociedade perdeu Pedro Octávio Quintella, colunista social, colaborador da Revista e do Portal On, com grande história na mídia local. A equipe Fiobranco agradece toda a contribuição e o carinho com o leitor e o veículo durante todas as edições. Ao final de cada coluna, ele deixava um pensamento para reflexão. Nesta ocasião, é a nossa vez: “Que o teu trabalho seja perfeito para que, mesmo depois da tua morte, ele permaneça” - Leonardo da Vinci.
Índice GENTE 9 15 24 28
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Carreira Cotidiano Entrevista opinião
ECONOMIA&NEGÓCIOS 37 45 49 52 56 67
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Empreendedorismo finanças Exterior Aconteceu Capa Comércio
BEM-ESTAR
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75 Esporte 93 saúde 103 Ciência
COOL 109 114 117 124 132 136 140 148
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Arte música meio Ambiente moda festas Aconteceu viagem sabores
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GENTE
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carreira 9 cotidiano 15 entrevista 24 opinião 28
NOTAS CERTAS POR tAtILA nAsCImEnto SUPERVISÃO fREdERICo noGuEIRA FOTOS ARQuIvo pEssoAL
Liberdade. Essa é a palavra que Alex Corbetta usa como sinônimo do verbo cantar. “no palco posso ser quem realmente quero ser, sem pudor e sem me preocupar com nada. sou um artista e consigo expressar o amor e as perdas da vida musicalmente”, descreve. Guerreiro e otimista, sempre tenta olhar todas as situações de forma positiva e, assim, cada dia conhece mais o sucesso, inclusive em participações na tv.
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GENTE CARREIRA
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o cantor não foi aprovado no primeiro teste feito no programa de calouros do Raul Gil
a carreira e os riscos. “Muitas pessoas usam de muita maldade, em diversos sentidos. Ele tinha medo de acontecer algo. Mas, com o tempo, foi percebendo que isso parte muito de como você se posiciona, se você permite ou não. Como já me conhecia, se tranquilizou”, afirma. A mãe, emocionada, diz que o filho é motivo de muito orgulho para a família. “Se o pai dele estivesse vivo, estaria muito orgulhoso também. Mesmo na época que ele estava doente, nós o levávamos para vê-lo cantar. Ele ficava muito emotivo quando assistia, apesar de não se expressar direito. Sempre dizia para os amigos que vinham o cumprimentar: ‘meu filho que está cantando, ele é meu filho’”, relembra. Aos 16 anos, Alex começou a participar de saraus em Três Rios e, logo depois, de eventos maiores. “Levava ‘playbacks’ e cantava músicas que gosfERnAndA nunEs
pai era cantor profissional e a mãe participou do coral da igreja. Alex Corbetta, hoje com 31 anos, nascido e criado em Três Rios, lembra que teve uma infância muito divertida, sempre com a presença da música em casa. “Sempre gostei. Acredito que cantar seja um dom de Deus, mas o amor pela música veio justamente pelo amor que eu via que meus pais tinham por ela”. Sônia Corbetta, a mãe, revela que Alex foi uma criança tranquila e nunca deu trabalho. “Sempre foi um bom aluno e um bom filho. Desde pequeno gosta de cantar. Como mãe, sou até suspeita de falar, mas graças a Deus ele chegou ao auge que queria”, diz. O cantor tem uma ligação forte com os pais. Afirma que sempre estiveram próximos e deram apoio. “Meu primeiro teste foi no programa de calouros do Raul Gil, mas não fui aprovado. Naquele dia, liguei para minha mãe chorando e ela me disse: ‘calma meu filho, é assim mesmo, mas com o tempo, se for para acontecer, Deus vai abrir as portas’”. Ele conta que o pai, Hélio Moreira, tinha certo receio pela escolha da profissão, pois já conhecia
INFÂNCIA Alex tinha uma relação muito próxima com o pai, Hélio Moreira 10
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APOIO DA MÃE Sônia sempre acompanhou de perto os passos do filho
tava, como da Whitney Houston, que era o que costumava a ouvir. Além, é claro, do sertanejo, que minha mãe é muito fã e sempre esteve presente na minha vida”. A primeira participação em um show grande foi quando o cantor Alexandre Pires se apresentou em Três Rios. Alex fez uma faixa pedindo para cantar com ele. “Acabei sendo chamando e foi ali que tive meu primeiro contato com uma grande produção. Uma vez estava ouvindo uma música na rádio, que por coincidência também era do Alexandre, e, naquele momento, virei para minha mãe e disse que queria ser cantor, que era realmente aquilo que queria fazer. A partir daquele dia comecei a estudar e fazer testes. A participação no show foi muito significativa e emocionante. Ele foi quem impulsionou a minha carreira”. Há dez anos Alex faz parte de uma banda de baile de Minas Gerais. O cantor conta que o convite surgiu após abrir um show da banda. “Os donos estavam querendo colocar um novo vocalista e viram em mim um cantor em potencial para esse tipo de banda, pois na que eu havia formado também cantava vários estilos. Então, recebi o convite, fiz um teste e permaneço na banda há 10 anos. Apartir de 2015 sigo carreira solo, não estou conseguindo mais conciliar as duas atividades”. Mas deixa claro que sempre será muito grato pela oportunidade que teve. “A banda foi uma escola para mim. Além do dom natural que recebemos, tudo que sei de música, todo desenvolvimento, desenvoltura de palco, câmeras, músicos, saber como me comportar com o público, aprendi durante esses 10 anos”. O momento mais difícil da carreira aconteceu com o falecimento do pai, em 2010.“Era uma sexta-feira, eu estava viajando, fazendo show. Como era carnaval, ainda tive que realizar show no sábado, no domingo, na segunda e na
terça-feira. Foi uma queda muito grande, acabei associando a perda dele com o meu trabalho com a música. Fiquei depressivo por um tempo, quis parar de cantar, engordei muito. Não consegui parar de cantar pois era mais forte que eu, porém fazia os shows profissionalmente. Não era o Alex de antes porque ainda associava o fato de não estar com ele no dia com o meu trabalho. Mas, com o tempo, as coisas foram acontecendo de uma forma melhor, eu comecei a perceber que Deus faz as coisas muito certas, que era para ser daquela forma, que não era para eu estar em casa. E tudo acabou melhorando”, conta. Foi no começo de 2014 que a carreira do cantor ganhou mais visibilidade e novos caminhos foram abertos. Em abril, participou do Programa do Ratinho, no SBT. De acordo com ele, um produtor da emissora viu um vídeo na internet, gostou e entrou em contato, o convidando para fazer uma participação em um dos programas da
emissora. Porém, o programa já estava na semifinal e a participação acabou não acontecendo. Permaneceram em contato por dois anos, até que surgiu o quadro “Dez ou Mil”, onde ele teve aprovação máxima dos jurados. “Fui super bem tratado, tinha um camarim
só para mim, é coisa de outro mundo. Embora estivesse ali como um calouro, me senti como um artista realmente. O tratamento foi fantástico”, afirma. Logo após, surgiu o convite para o programa “Máquina da Fama”, também do SBT. “A produção achou legal a mi-
RATINHO Na apresentação como calouro, foi bem avaliado pelos julgadores
MÁQUINA DA FAMA Alex Corbetta interpretou o cantor Stevie Wonder no programa do SBT
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GENTE CARREIRA
NOVOS RUMOS O início da carreira solo após uma década em uma banda de baile marca a nova fase de Alex
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funknejo. Produz os arranjos, o show e escolhe o figurino. Faz questão de cuidar de tudo nos mínimos detalhes. Ele deixa claro que não fica sem cuidar da parte estética também. “Depois que tive depressão, comecei a fazer vários procedimentos estéticos e exercícios, como pilates e academia. Os procedimentos estéticos, tanto faciais quanto corporais, influenciam na carreira. Consigo manter um corpo legal e uma boa imagem, pois o artista
vive de imagem também, e serve para o meu agrado. Olho no espelho e fico feliz, vejo que as coisas estão acontecendo de uma maneira bacana”. Para o futuro, quer continuar com o sertanejo universitário e levar o show para todo o Brasil, além de participar de outros programas de TV. “Quero compor bastante, como já estou fazendo, pois o artista tem que inovar sempre. Pretendo trazer coisas novas, músicas novas. Minha pretensão com meu traba-
PARTICIPAÇÃO O cantor no show da dupla Fernando & Sorocaba em Três Rios
CORPO PREPARADO Alex com a equipe responsável por cuidar da saúde e estética
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nha apresentação, viu que conseguia fazer um timbre próximo do Stevie Wonder. Fiquei cinco dias em São Paulo. Foi outra experiência fantástica, tudo pago por eles”. Alex recebeu nota 9.9 e venceu o programa. “Durante a apresentação, conversei em inglês e isso foi um ponto muito positivo para mim. A produção comentou que eu levei de fato o personagem, pois eles não buscam apenas a voz ou a aparência, mas o artista completo. Na hora passou um filme na minha cabeça, tudo que tinha passado até ali, os momentos vividos naqueles dias”. Alex também já fez participações em shows de Preta Gil, Jorge & Mateus e Fernando & Sorocaba. “Cada uma teve a sua singularidade. A Preta Gil foi uma pessoa fantástica e generosa. Com os cantores sertanejos foi algo surreal. Foi muito grandioso, uma estrutura gigantesca, algo que sonho ter para mim”. Atualmente ele vive pela carreira musical. Montou uma banda que toca sertanejo universitário, arrocha e
“minha pretensão com meu trabalho é crescer, conquistar o sucesso pelo reconhecimento do meu trabalho”, Alex Corbetta lho é crescer, ganhar o mundo, conquistar o sucesso pelo reconhecimento do meu trabalho, das minhas músicas”, diz.
JORGE & MATEUS Alex ao lado de Jorge em apresentação para um grande público
Alex afirma que o reconhecimento é prazeroso. “Quando pedem para tirar foto, fazer uma entrevista ou um simplesmente
parabeniza, você percebe que conseguiu atingir alguém. E música é isso: ou você sente ou não. Então, a partir do momento que você consegue tocar uma pessoa com o seu trabalho, se dá conta que está no lugar certo, fazendo a coisa certa”. O cantor consegue diferenciar a fama do sucesso e não tem pressa para os próximos passos. “Uma vez me perguntaram se eu queria ser famoso ou ter sucesso. Eu disse que quero ter sucesso, pois isso sim é algo consolidado. A fama é passageira. Todos os dias, nas minhas orações tento fazer um retrospecto de tudo que passei. Se pararmos para ver, perceberemos que tudo acontece no tempo certo. Não era para ter passado no meu primeiro teste, não era para eu ter participado no primeiro programa, pois talvez não teria sido legal. Quando tive oportunidade de participar, ganhei e estava preparado para aquilo, talvez antes não tivesse dado certo. Tudo, em todos os momentos da vida, acontece no momento certo, quando tem que acontecer”, finaliza.
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UMA GRANDE FAMÍLIA POR mAYARA stoEpkE
FOTOS ARQuIvo pEssoAL
Essa história começou há 100 anos. A união de um casal gerou uma família enorme no município de Areal e inúmeras tradições que passam para novas gerações. da vida simples no campo aos novos horizontes, passando pelos queijos e broas que sempre fizeram sucesso entre amigos e clientes, filhinho e Arlinda deixaram um grande legado na região, aquele que, mesmo fora dos livros escolares, faz parte da história local.
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T
udo começou quando, na estação ferroviária de Areal, Arlinda, mineira de Serraria, e Aurélio, sul-paraibano, se encontravam pela primeira vez. Na época, a jovem tinha um “namorico” com o primo de Aurélio, que sempre dizia “vai namorando que depois eu caso”. A paixão por Arlinda já o acompanhava desde aquele momento. A moça terminou o namoro e os dois finalmente começaram um relacionamento. Um namoro que durou mais de 70 anos. Seu Filhinho, como era conhecido Aurélio, era um homem do campo e tudo o que conquistou durante a vida foi na palavra. Fazia um trabalho para uma pessoa e ganhava um bezerro; fazia um trabalho para outra, ganhava um pedaço de terra. Aos poucos, comprou com o próprio dinheiro outras terras e animais. Sua integridade foi o que o condicionou a tamanhas conquistas vistas pela família. Não de bens materiais, mas o orgulho e a admiração que todos têm por ele. Aurélio e Arlinda se casaram muito jovens e, em seguida, vieram os filhos. No total, 19 filhos, sendo 11 mulheres e oito homens, todos com os nomes iniciados com a letra A. Com a família
164 MEMBROS Uma pequena parte da família reunida no tradicional dia de domingo 16
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no município de Areal, em qualquer parte é possível encontrar um descendente da família muito grande, a diversão era garantida. A vida simples do campo proporcionou momentos inesquecíveis que são lembrados até hoje e a essência da família está na solidariedade e na união. Participantes ativos da vida de muitas pessoas, ajudar e acolher nunca foram problemas, já que o costume foi passado de geração para geração. O gosto pelo campo é um mistério. O pai de Filhinho, principalmente, nunca gostou. Mas o jovem tinha visão de que aquela vida o permitiria conquistas na vida. Ele achava que lidar com boi era muito mais fácil que lidar com pessoas. O apelido Filhinho? Esse nem os filhos sabem explicar muito bem, mas acreditam que tem origem na forma como era chamado pela mãe e pelas tias. Uma marca registrada da família é a produção de queijos e broas. “Minha mãe, por ser mineira, fazia os quitutes. Ela tinha uma queijeira e apro-
INÍCIO Foi neste local que a história da família começou a ser escrita
veitava o leite que sobrava da produção”, explica Arlete Freitas, filha que dá continuidade à produção das broas. A venda era feita em casa e, às vezes, os filhos mais velhos vendiam nas ruas. A renda dos queijos pagava os estudos e as roupas das crianças e a casa estava sempre aberta aos amigos. “Hoje, muitas pessoas contam que vá-
“muitas pessoas contam que a broa da nossa mãe matou a fome delas, nem nos dávamos conta disso”, Arlene Freitas rias vezes a broa da nossa mãe matou a fome delas, nem nos dávamos conta disso. Essa infância sem muito luxo foi ótima para nós. Não temos essa necessidade de sair comprando tudo, o pouco nos conforta. Além disso, por sermos muitos, tínhamos que dividir tudo, o que é nosso hábito até hoje. É uma característica marcante na família, a solidariedade”, conta Arlene Freitas, outra filha do casal. Essas histórias aconteceram em Areal, onde a família possui pasto até hoje. “Eu, meu pai e meus irmãos trabalhávamos aqui todos os dias, tirávamos uns 400 litros de leite e vendíamos tudo na rua, nos bares. Com o que sobrava, minha mãe fazia o queijo. Foi assim que surgiu toda
DONA ARLINDA E SEU FILHINHO Registro da missa em ação de graças aos 70 anos de casados
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GENTE cotidiano
CIDADÃO AREALENSE O sul-paraibano recebeu o título pela contribuição ao município
essa tradição”, conta Almir Freitas, o filho que hoje toca a produção agrícola da família. Tudo era muito simples e pequeno, não havia uma grande comercialização dos produtos, como explica. “Eu fui o primeiro a querer trabalhar fora. Ganhamos dinheiro, mas a vida é muito diferente, temos que engolir certas coisas que não nos fazem bem. Aqui, as vacas não reclamam de nada”, brinca. A produção atualmente é para consumo próprio, já que não existe uma grande produção, bem diferente de quando tudo começou. “As pessoas vinham aqui porque já sabiam que tinham os quitutes. Apesar de sermos 18
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uma família muito grande, sempre houve fartura de comida, tínhamos muitas frutas no quintal. Fomos criados e ensinados a compartilhar, a vida da minha mãe era fazer esses queijos”, lembra Arlene. Assim a tradição ganhou força e os quitutes passaram a ser conhecidos em toda a cidade. Se, pela regra quase geral, o homem do campo não se dá bem com tecnologia e com o mundo globalizado, com o patriarca não era diferente. “Uma vez ele precisou ir ao banco para fazer um empréstimo, mas a burocracia era muita e ele precisava ter algum bem para conseguir. Então, ele pensou que, se tivesse algo,
não precisava de empréstimo e nunca mais voltou”, lembra aos risos Arlete. Hoje, a produção das broas acontece na “sede”, como chamam a casa onde tudo começou. “Tudo o que a gente tem hoje foi conquistado na palavra, na troca, no tempo em que isso valia”, lembra Arlene. Conforme os anos se passaram, a vida no campo ficou difícil e não dava para viver somente da produção agrícola. Os filhos cresceram e a vida moderna passou a fazer parte do cotidiano. Hoje, a família tem 164 membros, entre filhos, netos, bisnetos, tataranetos, noras e genros do casal e, claro, muitas histórias para contar. “Pela
ARLENE E ARLETE FREITAS As imãs contam a delícia que foi a infância com mais 16 irmãos
tradição, conseguimos manter a união e a essência da solidariedade ensinada a nós. Apesar da família ser muito grande, nos vemos sempre, somos unidos, temos compromissos juntos. É um orgulho muito grande poder fazer parte de tudo isso que nossos pais construíram”, finaliza Arlene. Arlinda e Filhinho já faleceram, mas a vida que construíram juntos virou exemplo para muitas pessoas na cidade de Areal. Em qualquer lugar do município, há um “Freitas” que faz parte da família. A cidade é pequena, mas não é só este o motivo, afinal, eles fazem questão de marcar presença em tudo, prontos para ajudar. “Sempre foi assim, somos muitos, então você sempre esbarra com um de nós”, finaliza Arlene.
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PUBLIEdItoRIAL
Tradição e modernidade a favor da educação Referência em educação, Colégio santo Antônio prepara alunos e forma cidadãos para os desafios do terceiro milênio. FOTOS dIvuLGAção
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o dia 18 de junho de 1951, chegaram a Três Rios quatro Irmãs Filhas do Divino Zelo que iniciaram no Brasil uma história de lutas, bênçãos e determinação. Com garra e trabalho, receberam crianças para educar. Com o objetivo de colaborar para a construção de uma sociedade mais solidária para todos, o Colégio Santo Antônio, fundado por elas, busca desempenhar suas atividades tendo como modelo Jesus Cristo, seus ensinamentos e sua forma de testemunhar o cuidado com a vida.
A instituição conta com salas de aula amplas com recursos multimídia
O fundador da Congregação das Irmãs, Santo Aníbal Maria Di Francia é, também, modelo de educador para a instituição por ser um homem que entregou a própria vida por todos os que estavam à margem da sociedade, doando-se na constante oração pelos bons operários para o mundo e no incansável trabalho de educar crianças, adolescentes e jovens, e, assim, resgatar a dignidade dos filhos e filhas de Deus. Com a missão de acolher crianças, adolescentes e jovens e possibilitar a formação de pessoas éticas, justas e solidárias por meio do ensino e de ações socioeducativas, contribuindo para o exercício da cidadania, o Colégio Santo Antônio faz parte da REDIZE (Rede Divino Zelo de Educação), que mantém um equilíbrio entre tradição e modernidade. Acreditando na inovação que a cada
PARQUINHO Espaço para brincadadeiras e atividades lúdicas
CAPELA O colégio atua diretamente na formação ético-cristã de cada aluno
SALAS MODERNAS Equipadas com o melhor que a tecnologia oferece ao aprendizado
QUADRA POLIESPORTIVA Futsal, basquete, vôlei e handbol são alguns dos esportes oferecidos aos alunos
dia se faz mais necessária na vida, o corpo docente educa os alunos de forma a serem capazes de enfrentar os grandes desafios do terceiro milênio e do mercado de trabalho. Ou seja, os alunos são preparados para se
tornarem seres humanos conscientes, verdadeiros cidadãos, que aliam conhecimentos, habilidades e atitudes. Para favorecer o processo de aprendizagem e concretização do projeto educa-
cional, o Colégio Santo Antônio dispõe de espaços adequados para a realização de atividades nas diversas áreas do conhecimento, contribuindo com eficiência para o desenvolvimento integral do aluno. Entre os destaques estão: laboratório de informática; sala de contadores de história; salas de aula amplas com recursos multimídia; praça de convivência e cantina; quadra poliesportiva; parque infantil com vários espaços e brinquedos diversificados; e escolinhas de esportes, como futsal, vôlei, handebol e basquete. O CSA oferece ensino da educação infantil ao pré-vestibular e trabalha em parceria com o Uno Internacional, sistema que fornece todo o material impresso e digital para os alunos e professores. O sistema disponível no Colégio Santo Antônio é parceiro da Universidade de Cambridge, Apple, TOEFL, Lexium e Avalia Assessoria Educacional. Como a educação vai além das salas de aula, para formar pessoas comprometidas e participativas na construção de uma sociedade sustentável, justa e fraterna, o Colégio Santo Antônio tem foco nos processos e resultados, respeito às diversidades, comprometimento mútuo e fortalecimento das relações humanas entre seus valores. As matrículas para 2015 já estão abertas! Conheça de perto a estrutura e venha fazer parte dessa família.
Rede Divino Zelo de Educação Colégio Santo Antônio 24 2252-0222 www.csa3rios.com.br Rua Gomes porto, 164 Centro – três Rios - RJ
GENTE entrevista
“O tempo é precioso para quem administra um desastre” POR fREdERICo noGuEIRA FOTOS REvIstA on
A rotina do coronel vital envolve o acompanhamento do nível dos rios e a velocidade dos ventos. Com a vida dedicada a salvar outras vidas, ele afirma que a população é de grande importância para bons resultados da defesa Civil, que tem o objetivo de buscar a melhor condição de vida possível para a sociedade.
M
arco Antonio Vital entrou no Corpo de Bombeiros aos 17 anos e, na instituição, chegou à patente máxima de coronel. A maior parte da vida profissional foi na Serra Fluminense, mas está em Três Rios desde 2008 à frente da Defesa Civil. Já acompanhou de perto desastres com centenas de vítimas e, diariamente, evita que outras vidas sejam perdidas em situações que podem ser evitadas.
Como foi sua entrada na Defesa Civil?
Foi o que eu busquei. Terminei um curso de aperfeiçoamento para ser major e, caminhando nas ruas de Petrópolis, encontrei um amigo que era político e o candidato dele se elegeu. Falei que tinha interesse em trabalhar na Prefeitura, mas que não havia votado no candidato dele. Entrei para a Defesa Civil no governo do Sérgio Fadel, fiquei no governo do Leandro Sampaio e no seguinte, do Rubens Bomtempo [prefeitos de Petrópolis]. Depois disso, assumi o comando do quartel de Petrópolis, fui ser chefe estadual da Baixada Litorânea, voltei para comandar a Região Serrana e, já na reserva remunerada, o Vinicius [Farah, prefeito de Três Rios] me convidou. Por que aceitou mais um desafio profissional em Três Rios?
Porque daria continuidade a um trabalho que gosto e que fiz a vida toda. Eu vejo a Defesa Civil como um órgão de muita importância para os municípios porque envolve toda a sociedade. Digo que o olhar da Defesa Civil está na comunidade, ela é o mais importante para nós. A Defesa Civil é eficiente e eficaz quando a comunidade aponta os problemas que existem ao redor. Quando uma pessoa aciona o órgão e você tem recursos e a vontade do governo, buscamos sempre melhorar a vida das pessoas. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros nunca podem dizer ‘não’ para as pessoas. O cidadão busca respostas e soluções para o problema dele. Mesmo que você não vá resolver aquele problema, tem que ter informação para saber direcionar para a solução. A Defesa Civil é para pessoas que realmente gostam e que querem trabalhar, é um órgão que te prende na melhor estação 24
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do ano, que é o verão. Embora os desastres naturais aconteçam ao longo de todo o ano, na nossa região a chuva é o que causa mais transtornos. Precisamos saber sempre buscar respostas para a sociedade. A carreira e o cotidiano no Corpo de Bombeiros foram bases para os trabalhos na Defesa Civil?
Deram muita base. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros no Estado do Rio de Janeiro são bem próximos. O Corpo de Bombeiros é o órgão que dá mais apoio à Defesa Civil. Hoje, oferece, inclusive, cursos para formação, há uma escola que capacita pessoas, treina para gerenciar desastres e minimizar os riscos. O grande ganho da Defesa Civil é quando você pega uma situação de anormalidade e não contabiliza óbitos. Isso é uma resposta rápida para a sociedade. Aqui em Três Rios tivemos problemas que foram dadas respostas rápidas. Você tem que conhecer a geografia do município e ter os planos de contingência. Nós temos os cinco que listam as situações adversas que podem acontecer. O que é um plano de contingência?
Nós definimos, por exemplo, o plano de inundação, fizemos um traçado do que vai acontecer se o município sofrer uma inundação. O mais importante do plano é a tabela de ‘atividade x responsabilidade’. Qual é a sua responsabilidade em um plano de contingência? Em uma ocasião que o prefeito decrete situação de emergência ou calamidade, você vai colocar em prática o plano de contingência que lista tudo o que cada um tem que fazer, tudo já está definido. Então, todos os secretários municipais e autarquias já sabem a atividade de cada um, além dos órgãos estaduais e a sociedade organizada. Se eu precisar, por exemplo, de uma empresa que tenha maquinários para dar suporte ao município, ela já estará catalogada. Temos esse cuidado. Sabemos sempre quem procurar e quem substitui essa pessoa. Em Três Rios temos cinco planos de contingência, o Estado cobrou até mesmo para conhecer quais são as vulnerabilidades no território. Solicitou as cinco possibilidades de desastres dentro de cada município e cada uma tem um plano de contingência diferente. Uma coisa é administrar uma inundação lenta, outra é
administrar um deslizamento de encosta e outra muito diferente é administrar uma corrida de massa, que é um desastre grande. Com o plano e a com a tabela, você direciona as pessoas. Quem atende a imprensa em uma situação de emergência? Não serei eu porque vou estar envolvido em outras situações, isso vai caber à assessoria de comunicação da Prefeitura, que terá toda a informação para repassar. Aliás, a imprensa é muito importante para a Defesa Civil, divulga informações para a população. Pensar em Defesa Civil remete, na maioria das vezes, às imagens de desastres causados pela chuva, mesmo com inúmeras outras atribuições do órgão. O que é a Defesa Civil?
É participação de todos para com todos. É buscar a melhor condição de vida para a sociedade, oferecer estabilidade, segurança e uma vida melhor para toda a sociedade do município que você administra. Quando faço uma vistoria e vejo uma senhora de idade que precisa de cuidados, mesmo que não seja da minha área, vou direcionar, busco respostas do companheiro de outra secretaria para dar uma melhor condição de vida. É o que acontece em Três Rios, na gestão atual todos os segmentos foram melhorados, tudo precisa acompanhar o crescimento para melhorar a vida das pessoas. Na minha área, por exemplo, temos a construção do canal extravasor [na entrada da Vila Isabel], o mapeamento da cidade, a colocação de pluviômetros automáticos digitais, monitoramento da estiagem, entre outras ações. Algumas grandes empresas que vieram para a cidade fizeram pesquisa para saber quais foram os meses com índices pluviométricos mais altos e a vazão do rio Paraíba e prever qual seria o efeito em cima das indústrias. Esse trabalho também passa por aqui. Quando chegou a Três Rios, quais foram os principais desafios encontrados?
No segundo dia do governo tivemos uma chuva forte, a maior da época, que inundou a Praça São Sebastião, a Várzea do Otorino e outras áreas. Deu para identificar bem que precisávamos monitorar, não tínhamos a leitura do índice pluviométrico. É importante monitorar. O que é risco, qual é a área de risco? revistaon.com.br
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Para definir tem que ter um conhecimento técnico e geográfico para identificar e mensurar. Por exemplo, um bairro pode receber chuva de 40 mm e apresentar condições que propiciam acidentes enquanto outro pode receber chuva de 100 mm e não acontecer nada. Tem que ter parâmetros para acompanhar e direcionar. Temos sempre que acalmar a população, não podemos gerar pânico, temos que gerar segurança. No dia a dia vamos vendo as dificuldades, catalogando os problemas. Cheguei em um cidade que já conhecia, mas não com profundidade. Então pegamos as pessoas com mais conhecimento da região e fomos mapeando. Com um ‘raio x’ da região, o município vem gerenciando obras, como o canal extravasor e o controle do lago do América. Em todas as situações vemos as necessidades para dar uma qualidade de vida melhor ao morador. É o que falo brincando: enquanto todo mundo dorme, a Defesa Civil trabalha. A ação humana contribui muito com os problemas?
Muito no deslizamento. Muitos são provocados pelo próprio homem, é aquela cultura de cortar o terreno errado e depois pedir orientação ou ser denunciado por um vizinho. Sempre pedimos para, em caso de notarem uma situação anormal, entrar em contato pelo número 199. Algumas vezes é falta de conhecimento mesmo da pessoa. Em um corte do terreno, por exemplo, não é que ele não vá fazer, mas precisa obedecer as normas técnicas de ângulo do terreno, de captação e drenagem das águas, de plantio de árvore... Passamos todo esse cuidado para a população. Se a população interagir bem com o órgão público, ela vai ajudar e minimizar demais os problemas dela mesma. Ninguém conhece melhor o lugar que você mora que você. Essa participação da sociedade já é grande ou ainda precisa melhorar?
Nos primeiros dias do governo decretamos situação de emergência e a sociedade interagiu bem. Toda a sociedade é organizada, chega junto. Tivemos um exemplo vivo disso. O grande gestor de desastre tem que conhecer duas coisas: 26
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o acidente e o recurso disponível. Por exemplo, se você pega uma via interditada que não passa nada, não adianta mandar duas ambulâncias para lá, tem que mandar uma máquina. Tem que ter agilidade, conhecimento e recurso disponível. Então, não posso, na hora do desastre, perguntar quem tem uma máquina, já preciso saber quem tem e entrar em contato. Primeiro você utiliza os recursos municipais e, quando eles se tornam escassos, você busca ajuda do governo estadual e da sociedade. Durante esta estiagem, apareceu uma fumaça negra na área da Rua Direita. Naquele dia, o Corpo de Bombeiros teve uma dificuldade muito grande de água porque houve uns cinco focos de incêndio grandes na região e ligou para a Defesa Civil pedindo água, pedindo caminhão pipa. Pego o conhecimento que tenho armazenado e consigo. O maior inimigo do acidente é o tempo. O tempo é precioso para quem administra um desastre, precisa conhecer tudo, ter logística muito bem definida. Como é a rotina da Defesa Civil?
Temos duas fases. A primeira é das pessoas que ligam pedindo vistorias e nós vamos, é um trabalho diário. E há um trabalho preventivo, catalogamos tudo e visitamos as pessoas para dar respostas e orientações. A informação para a população é vital, muito importante. A equipe é suficiente para todos os trabalhos?
Temos uma equipe com um número de pessoas satisfatório dentro da nossa normalidade. Temos uma condição de trabalho boa e, se tiver que administrar outros recursos, o que é comum, peço auxílio de outra secretaria. O grande momento de administrar o segmento de Defesa Civil é ter esse conhecimento, ela é um órgão que pede ajuda para alguém e, por isso precisamos ter um banco de dados de excelência. As pessoas ligam pedindo suporte para retirar enxame de abelhas e pode parecer que não temos nada a ver, mas temos muito, porque pode provocar um ataque e resultar na morte de outras pessoas, criar pânico em uma comunidade. Temos que ter contato
com um apicultor, ele ter disponibilidade de ir e dar resposta rápida, por exemplo. Quais as maiores conquistas e necessidades na sua área?
Eu faço sempre um questionamento para mim mesmo: o que eu, como pessoa, preciso melhorar na minha condição de trabalho e na condição do local que sou gestor? Como venho de 30 anos de profissão, vejo o que preciso melhorar. A cada dia acontecem coisas novas. Agora mesmo passamos por uma estiagem, uma coisa preocupante, quem não tiver a cultura de economizar água vai agredir e vai fazer falta lá na frente. Quando você administra um órgão, precisa ter responsabilidade e ter o melhor órgão possível dentro daquilo que você consegue. Tivemos um grande avanço no governo do Vinicius, passamos credibilidade para a população. Eu sinto isso quando faço vistorias, vou às comunidade ou sou entrevistado em uma rádio e as pessoas ligam. Isso é uma resposta boa, mas precisamos aprimorar cada vez mais. Tem a cobrança do poder público municipal, do gestor, que é o prefeito, e mais a sociedade. Se eu não te atender bem, você vai falar mal do meu órgão com razão, então eu preciso atender bem. Preciso ter linguagem para a população entender, não posso ser apenas um técnico que fala de engenharia e de encosta, tenho que ser um técnico com visão macro para dar resposta para a comunidade, proteger de uma situação de anormalidade. Hoje a Prefeitura me dá as condições que preciso para o meu trabalho, como pessoal qualificado que gosta do que faz e material disponível. Temos todos os recursos normais dentro de uma Prefeitura e, se precisar de ajuda, os outros secretários ou a sociedade estão prontos. Há algum grande desafio ou novos planos para a Defesa Civil?
O desafio é constante. Se falasse que já está tudo resolvido, não poderia estar aqui. Cada vez precisamos melhorar mais, buscar mais recursos em cima de propostas claras e viáveis. Não pode criar propostas sem condições de serem realizadas. Você melhora uma situação hoje e amanhã precisa melhorar. Agora os córregos foram limpos e as obras do canal extravasor vão começar. Quando ficar pronto, vamos ter
outras situações de necessidades. Estamos buscando, por exemplo, uma parceria para implantar uma estação meteorológica em parceria com a universidade federal. Estamos buscando um instrumental. Com uma estação aqui, vamos ter condição de fazer leitura em tempo real das formações das nuvens, vai servir para orientar agricultura, voos, registrar estação de chuvas. Hoje aqui é um ponto cego, monitoramos com o radar do Rio, que dá previsão, mas uma estação meteorológica daria informações em tempo real. Então sempre precisamos melhorar. Quando conseguirmos a estação, vamos buscar mais recursos. O gestor não pode falar que chegou ao limite, sempre tem que buscar mais, seja recursos, informação ou capacitação do pessoal. Eu tenho uma doutrina: a resposta de uma solicitação da população, procuro dar em no máximo 24 horas, porque você passou uma informação para mim, mas será que ela não é mais grave? Se eu demorar, será que não vai agravar? Então tem que ter rapidez, e sempre buscamos essa rapidez, um trabalho consciente, humano, muita paciência. Em que a população precisa estar atenta para ajudar ainda mais a Defesa Civil?
Pode ajudar muito. Precisa, primeiro, se proteger. É uma realidade. Nos grandes acidentes, não só na área do desastre, a população foi envolvida por um descuido dela própria ou de quem poderia evitar aquilo. A população precisa conhecer o local que mora, acompanhar diariamente as mudanças. Se você passa em uma rua e vê um poste adernado, não é normal, algo está acontecendo. Se passa e vê que no pé do talude está desprendendo massa, significa que tem um movimento. Se no terreno desce uma água que abre uma trinca e não sabe para onde está indo, precisa conhecer para não ser pego de surpresa. A população é vital, de vital importância para nossa área. A população precisa conhecer e temos pessoas para ir ao encontro dela, para promover palestras. É importante, também, conhecer rotas de fuga do lugar que mora ou trabalha. A população precisa interagir com a Defesa Civil, buscar informações e orientações pelo telefone 199. Tratamos todas as solicitações da mesma maneira. revistaon.com.br
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GENTE opinião
SUCESSÃO TRIBUTÁRIA NO ESTABELECIMENTO COMERCIAL POR RobERto WAGnER
O fisco estadual afirmou na ação que restou evidenciado que a Casa Zizi Eletrodoméstico Ltda. é uma sucessora tributária da bela Eletrodomésticos
A
empresa Bela Eletrodomésticos Ltda., com sede à XVII de Novembro em Três Rios, após mais de 50 anos de ininterrupto funcionamento, literalmente quebrou. Um comércio tradicional que sucumbiu às vendas dos concorrentes via internet. Três Rios também não está livre do impacto da rede mundial no seu comércio local. Senhor Eurico, dono da Bela Eletrodoméstico, fez de tudo para tentar honrar com os compromissos tributários da firma, porém, a avalanche de cobranças fiscais foi maior que a capacidade econômica de seu negócio. Senhor Eurico chegou até a colocar parte do seu patrimônio pessoal no negócio, mas tudo foi em vão, as dívidas tributárias superaram em muito sua capacidade de solvência. O imóvel da Bela Eletrodoméstico era locado, e nos últimos meses até os alugueis ficaram em aberto, enfim, um caos e uma tristeza para os mais antigos moradores de Três Rios. Senhor Eurico entregou a loja ao locador, retirou o estoque que sobrou e ficou em casa com sua família, remoendo a aposentadoria precoce, já que contava com 73 anos, mas saúde de jovem. Dona Otília, uma jovem de 43 anos, alugou o imóvel do proprietário, comprou verbalmente e sem documentos, inclusive, a maioria dos objetos remanescentes da Bela Eletrodomésticos, e abriu no mesmo local a Casa Zizi Eletrodomésticos Ltda., uma linda loja, no estilo moderno de vendas, cada um entra, escolhe o produto e vai ao caixa pagar. O fisco estadual propôs diversas ações contra a Bela Eletrodomésticos, ex-empresa estabelecida no endereço, mas não logrou êxito em receber. Senhor Eurico, inclusive, se mudara de Três Rios. Impossibilitado de receber da ex-empresa, o fisco estadual moveu ação de execução fiscal contra a Casa Zizi Eletrodoméstico Ltda., alegando sucessão tributária no “estabelecimento comercial”, à luz do art. 133 do Código Tributário Nacional, que assim estatui: “Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva 28
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exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato: I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade; II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.” O fisco estadual afirmou na ação que restou evidenciado que a Casa Zizi Eletrodoméstico Ltda. é uma sucessora tributária da Bela Eletrodomésticos, inclusive com a compra de diversos pertences da ex-empresa ali fixada, e aproveitamento da clientela que já conhecia o ponto, em nítida aquisição de fundo do comércio, ademais a presença da fraude tributária é patente, já que a Casa Zizi tenta na verdade se evadir da aplicação do art. 133 do CTN. Um advogado tributarista, renomado professor de direito tributário da cidade, foi contratado para defender a Casa Zizi, e alegou em defesa e em síntese (a petição era enorme!) o seguinte: a) não existe sucessão entre empresas se não houver aquisição total ou alienação total de bens corpóreos ou incorpóreos; b) fraude não se presume, mas tem de ser provada e a prova incumbe a quem a alega, ninguém podendo ser obrigado a provar sua inocência ou que não está praticando fraude em seus negócios. c) há um novo contrato de locação entre as partes e d) o imóvel do locador não pode ser condenado a ficar vazio para toda vida, somente por que um dia foi alugado para uma firma que quebrou. O processo foi “concluso” ao juiz, ou seja, está no gabinete do juiz de direito da comarca para prolação da sentença, porém, ele, eminente magistrado, despachou: “ao MP”... eles sempre despacham assim! Roberto Wagner Lima Nogueira é procurador de Areal/RJ, mestre em Direito Tributário - UCAM-Rio e advogado tributarista. rwnogueira@uol.com.br
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FRAMBOESA FEDORENTA POR hELdER CALdEIRA
dilma Rousseff entocou-se como se derrotada estivesse, ainda que reeleita sob o véu da engenharia falaciosa do marketing eleitoral
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pior que pode acontecer a uma pessoa ou a um povo é o mergulho no mar da amnésia política, trajando a farda da hipocrisia e brilhantes pés-de-pato. Passada a aclamação da ‘(re)presidenta’ numa eleição turbulenta e apertada e os dias seguintes de violento embate nas redes sociais, a classe política brasileira parece disposta à imersão no esgoto de outra eleição importante para a nação, agendada para fevereiro de 2015: a escolha da nova Mesa Diretora da Câmara dos Deputados e, consequentemente, seu novo presidente, segundo na linha sucessória ao Palácio do Planalto. Antes de dar sequência ao raciocínio político, peço licença para costurá-lo com arte. A sétima arte. Em 2002, a atriz norte-americana Halle Berry faturou os principais prêmios do cinema mundial por sua atuação impecável em “Monster’s Ball” - a esquizoide tradução brasileira concedeu ao filme o título de “A Última Ceia” -, entre eles o Urso de Prata, em Berlim, e a consagração de tornar-se a primeira negra a conquistar um Oscar de Melhor Atriz. No ano seguinte, Halle Berry desceu a ladeira e acabou levando para casa o Razzie Awards de Pior Atriz - no Brasil, o prêmio é conhecido como Framboesa de Ouro - por sua atuação deprimente no longa “Mulher-Gato”. Em todos os casos, a atriz, bela e bem humorada, subiu ao palco para receber as estatuetas. No cenário político brasileiro acontece algo semelhante: Dilma Rousseff entocou-se como se derrotada estivesse, ainda que reeleita sob o véu da engenharia falaciosa do marketing eleitoral e na crista do sucesso dos programas sociais, o novo conceito para curral eleitoral, o neocoronelismo estatal; já o real derrotado Aécio Neves alçou voo do ninho tucano e chegou à floresta congressista saudado como o grande líder oposicionista da atualidade, merecendo coro de vitória, salva de palmas e discursos acalorados de apoio, vindos inclusive de parlamentares que integram a suposta base aliada neste quarto governo petista consecutivo. No entanto, há um equívoco grave em curso. Na tentativa de tirar do colo a pecha de tetraderrotado em eleições presidenciais e alimentar a falsa crença de que é possível “ganhar
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perdendo” - quem perde, perde... e ponto final... é absolutamente ridícula a postura do mau perdedor! -, o PSDB está somando forças no Congresso Nacional para eleger o encrencado peemedebista fluminense, deputado federal Eduardo Cunha, como o novo presidente da Câmara. Ao apoiar Cunha - que não é um oposicionista e não tem um currículo louvável, quiçá é uma flor cheirosa -, o PSDB e todos os partidos que atualmente tentam empunhar a bandeira de oposição ao petismo vigente abraçam descaradamente a tese defendida pela campanha de Dilma: “pra eles, quanto pior, melhor!” Porque defender a eleição de Eduardo Cunha para a Presidência da Câmara é o pior que pode acontecer ao Poder Legislativo e consagra à oposição o título de pior atuação, de quem só consegue ser um mau perdedor. Retomo o exemplo de Halle Berry. Em 2004, sem que isso fosse necessário, a atriz subiu ao palco do Razzie Awards para receber sua “Framboesa de Ouro” e foi ovacionada pela plateia ao concluir, emocionada, seu discurso. Numa das mãos, o prêmio de Pior; noutra, o Oscar consagrador de Melhor Atriz: “Quando eu era criança, minha mãe me ensinou que, se você não é capaz de aceitar críticas, não será digna de elogios. Se você não sabe ser uma boa perdedora, será impossível ser uma boa vencedora”. Os partidos de oposição - para que sejam consagrados e legitimados como tal - precisam aprender a lição de Halle Berry, assumir esta e outras perdas e tentar aprender os bons ensinamentos que uma derrota é capaz de conceder. É preciso parar de investir em framboesas fedorentas, como se estivéssemos mergulhados em amnésia política. Isso é coisa de quem jamais saberá vencer. Helder Caldeira é escritor, articulista político, palestrante, conferencista e colunista do portal Revista On. É autor dos livros “A 1ª Presidenta” e “Águas Turvas”. helder@heldercaldeira.com.br
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A COMPRA VIA INTERNET POR dELton pEdRoso bAstos JR
o Código de defesa do Consumidor faculta, em razão de se tratar de compra por internet, o prazo de arrependimento de sete dias
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hegando nessa época natalina, não sai da cabeça de nenhum cidadão (e nem da minha, diga-se de passagem) as compras de Natal, sejam presentes, sejam os itens da ceia, seja uma preparação de viagem. Hoje, as comodidades da internet são inúmeras, possibilitando-nos realizar compras sem sair de casa, tendo um vasto acesso aos mais variados produtos. Contudo, é necessário tomar certos cuidados na hora de comprar, principalmente porque, por não estar acessível a nosso toque, bem como ser possível de alteração visual, o produto adquirido pode não estar a contento, ou seja, podemos literalmente “comprar gato por lebre”. Assim, pensando nesse caso e imaginando a série de dúvidas que devem existir sobre o assunto, pensei em escrever esta coluna para esclarecer alguns assuntos decorrentes de compras pela internet e os direitos do comprador frente ao site. O cuidado inicial a ser tomado é ter um bom antivírus em sua máquina, já que, na compra virtual, é necessário que você preste informações pessoais, dados de seu cartão de crédito e, principalmente, do código de segurança, que é aquela sequência de três dígitos que aparece no verso do cartão. Devemos tomar muito cuidado, já que, de posse de tais informações, pessoas má intencionadas podem fraudar seu cartão ou até mesmo utilizar apenas esses números para novas compras. Outro ponto importante é verificar se o site possui seus requisitos de segurança, que é uma informação que aparece geralmente na parte inferior do site com a informação “site seguro” ou “compra segura”. A indicação é de evitar compras em sites que não possuam esse selo. Escolhido o produto, verificar suas especificações e confirmar se o produto adquirido realmente é aquele que você imagina. No próprio site, geralmente existe uma ferramenta de zoom ou de visu32
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alização aumentada, que permite ver as peculiaridades do produto. O próprio site informa no ato da compra o prazo para a entrega, sendo direito do adquirente que tal prazo seja regularmente cumprido. Caso o prazo seja extrapolado, nossa indicação é de que o consumidor, após tentar rastrear o produto, compareça até uma agência do Procon a fim de registrar a reclamação. Outro ponto importante é fazer uma reclamação junto ao “Reclame Aqui”, já que diversos compradores verificam junto a este site a existência de reclamações com relação às empresas. Tendo a entrega ocorrido devidamente, o correto é, no ato da entrega, proceder à conferência ainda junto ao entregador de que o produto adquirido não encontra-se danificado ou até mesmo se é o mesmo produto que fora comprado. Em casos de impossibilidade de conferência no momento, seja por conta de entrega pelos Correios, seja por conta de alguma outra situação, o Código de Defesa do Consumidor faculta, em razão de se tratar de compra por internet, o prazo de arrependimento de 07 (sete) dias, ou seja, caso o produto adquirido não atinja suas expectativas, você deve entrar em contato com a central de atendimento do site e comunicar que o produto está irregular aos padrões que foram contratados, obtendo no ato um protocolo de reclamação e o endereço para devolução. Espero que tenha esclarecido algumas dúvidas existentes e despeço-me desejando a todos um Natal de muito amor e paz e um Ano Novo repleto de felicidade, saúde e alegria. E vamos às compras! Delton Pedroso Bastos Junior é advogado, sócio-fundador da Bastos Juris Advocacia e membro da Associação Brasileira dos Advogados Tributaristas. deltonbastos@bastosjuris.com.br
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PUBLIEdItoRIAL
Legislar a
favor da vida FOTOS dIvuLGAção
na metade do mandato, vereador fabiano batista apresenta à população seus projetos transformados em leis, os desafios como legislador e as conquistas para a comunidade.
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abiano Batista tem 35 anos, é policial militar da reserva, católico, casado, pai, estudante de gestão pública e, desde janeiro de 2013, um dos 13 legisladores da Câmara de Vereadores Três Rios. Criado no bairro Vila Isabel e com ampla participação na Igreja Católica, ele lembra que, quando criança, as brincadeiras favoritas eram como padre e político. “Mais tarde, quando jovem, a vontade de entrar na política foi ampliada e passou a ser uma possibilidade séria. Em 2008 fui candidato pela primeira vez e não entrei por quatro votos. Já na segunda tentativa, em 2012, recebi 1.271 votos e fui eleito”, diz o vereador. Ele faz questão de reforçar que está vereador por tempo determinado, ou seja, enquanto a população entender que possa ser útil no cargo que considera um chamado de Deus para estar a serviço da comunidade. O vereador busca ampliar o contato e proximidade da população com o legislativo. “Vou trabalhar até o fim do mandato para ter a população mais perto do legislativo. Nossas sessões são sempre abertas, mas muitas vezes com pouca participação popular”. Membro da mesa diretora e um dos ve-
FABIANO BATISTA Vereador quer aproximar o cidadão dos trabalhos legislativos
readores mais frequentes nas sessões parlamentares e no dia a dia da Câmara, Fabiano, filiado ao PROS (Partido Republicano da Ordem Social), apresentou, em dois anos, projetos de leis que foram sancionadas pelo Executivo com o objetivo de valorizar a vida de cada cidadão, resultado de sua formação, visões e trabalhos anteriores, sempre com foco no bem comum. Conheça a seguir as principais leis apresentadas pelo vereador, aprovadas na Câmara e sancionadas pelo Executivo. Programa de Prevenção ao Aborto
COTIDIANO O vereador é um dos mais frequentes no dia a dia da Câmara
Por entender o valor da vida e ser contrário à pratica do aborto, o vereador apresentou o projeto para criar o Programa de Prevenção ao Aborto e Abandono de Incapaz, que foi aprovado e instituído no município pela lei nº 3.980. O programa garante assistência social, psicológica e acompanhamento pré-natal de forma gratuita às mulheres e,
caso a mãe e família não tenham vontade de ficar com a criança, orientar e encaminhar os procedimentos de adoção. “Esse projeto de lei nasceu em uma reunião que participo, chamada ‘Católicos na Política’. Ele tramita na Alerj há alguns anos, com o objetivo de servir a todo o Estado. Então tivemos a estratégia de municipalizar esta lei. Com diversos municípios abraçando a causa, será mais fácil ela tornar-se estadual. É nosso dever defende a vida desde a concepção até a morte natural”, informa. Código de Posturas
Duas leis assinadas pelo vereador atualizaram trechos do Código de Posturas do Município. A primeira (lei nº 3.835) está relacionada aos proprietários de terrenos parcialmente edificados ou sem edificação. Com a alteração, estes proprietários passaram a ter 15 dias para efetuar a limpeza do terreno e 30 dias para cercar o local quando
PARCERIA O amigo e deputado federal Hugo Leal já enviou R$ 1,2 milhão para Três Rios
for constatado que o ambiente contém detritos, mato, galhos de árvores e água empoçada, itens que contribuem para o surgimento de problemas sanitários e ambientais na comunidade ao redor. Além disso, houve mudança na multa em caso de descumprimento da lei, que aumentou para 10% da Unidade Fiscal por metro quadrado. A segunda lei que atualizou o Código de Posturas (lei nº 3.903) diz respeito à fiscalização de ambulantes que comercializam gêneros alimentícios. Passou a ser exigido que o ambulante apresente boletim da Vigilância Sanitária e atestado de saúde Prevenção à violência contra educadores
O vereador encontrou um projeto de lei nacional engavetado há anos e, com devidas alterações no texto, desenvolveu o projeto que deu origem à lei municipal nº 3.939, que cria o Programa Municipal de Prevenção à Violência contra Educadores. “Criamos esta lei para buscar e abrir um diálogo. A escola precisa ser um local de respeito, e vemos muitos casos de violência física e moral cometidos contra educadores. Com a lei, buscamos implementar medidas preventivas, cautelares e punitivas para situações em que os profissionais estejam em risco de violência que comprometa sua integridade no ambiente escolar”, diz o vereador. Trânsito
Duas leis sancionadas a partir de projetos apresentados por Fabiano Batista visam ampliar a conscientização sobre segurança no trânsito. A lei nº 3.816 institui a Década de Ações para a Segurança no Trânsito. A lei obriga que o poder público desenvolva ações educativas, infor-
mativas, de promoção, conscientização e estímulo à participação da sociedade para a redução da violência no trânsito. “Vidas são ceifadas de maneira irresponsável, por isso a conscientização no trânsito é tão importante”, diz. Já a lei nº 4.105 institui no município o Maio Amarelo – Atenção pela Vida, a partir de uma tendência mundial. “A partir deste projeto, o poder público municipal, entidades de classe, escolas públicas e privadas, demais segmentos organizados e a população em geral realizarão no mês de maio de cada ano palestras, audiências públicas, entre outras ações de cunho educativo sobre o tema”. Parceria de sucesso
“Meu primeiro contato com o deputado federal Hugo Leal foi em 2006, na Igreja. Em 2010 recebi o convite para trabalhar na campanha dele em Três Rios para o Congresso. Foi um trabalho para conscientizar a população, porque na nossa parceria política e na nossa campanha eleitoral não existe oferta de benefícios em troca de votos ou compra de votos porque acreditamos que a política pode ser 100% honesta, com bons políticos e população consciente”, lembra Fabiano. Com a proximidade, amizade e parceria política, o deputado federal já enviou mais de R$ 1,2 milhão em recursos orçamentários para ações em Três Rios. As emendas parlamentares foram destinadas à reforma da Unidade Saúde da Família do bairro Ponto Azul, compra de materiais de consumo para três instituições (Asilo São Vicente de Paulo, Asilo Carlota Pereira Louro e Casa de Passagem), materiais para equipar o Centro de Atendimento Psicossocial e para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). “E, com um valor menor em relação a essas outras emendas, conseguimos realizar um sonho do Asilo São Vicente que está perto de ser concluído. Conseguimos uma lavanderia nova para a instituição no valor de R$ 70 mil. Essa ação resume o que é o trabalho na política: fazer o bem sem olhar a quem”, afirma o vereador, que já informa sobre uma nova emenda direcionada à Secretaria de Saúde, de R$ 500 mil, que pode servir parar aquisição de um mamógrafo, dois aparelhos de ultrassonografia e dois aparelhos de eletroneuromiografia.
Mensagem do vereador “Apresento, aos que ainda não conhecem, a minha família, base importante para que eu seja capaz de desenvolver com seriedade e muito empenho esta missão que me foi confiada, de legislar para a comunidade e ser um fiscal, trabalhando ao lado da população e sempre a favor dela. neste momento, eu, minha esposa, Alessandra, e meu filho, João Lucas, desejamos um natal repleto de paz e união para você e sua família. boas festas e feliz 2015!”
fabianobatista@cvtr.com.br facebook.com/vereadorfabianobatista fabianobatista.com.br
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ECONOMIA&NEGÓCIOS
empreendedorismo 37 finanças 45 exterior 49 aconteceu 52 capa 56 comércio 67
FORMALIZADOS POR fREdERICo noGuEIRA E tAtILA nAsCImEnto FOTOS REvIstA on
Taxistas, mototaxistas, chaveiros e fotógrafos são alguns exemplos de profissionais que, se antes eram chamados apenas de autônomos, acompanharam mudanças na vida profissional a partir da formalização, possibilitada pela criação do microempreendedor Individual.
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ECONOMIA & NEGÓCIOS empreendedorismo
N
o último mês de julho, a figura jurídica do microempreendedor individual, o MEI, completou cinco anos de existência. Desde a criação, mais de 4 milhões de brasileiros se formalizaram e conquistaram, com isso, um CNPJ e direitos previdenciários. Esta categoria de empresa foi criada para dar cidadania empresarial àqueles que viviam na informalidade. Para quem busca legalizar seu negócio ou está prestes e criar um, o MEI pode ser o início de tudo, mas é necessário atender a alguns pré-requisitos: não participar de outra empresa como sócio ou titular, faturar até R$ 60.000 por ano, trabalhar sozinho ou ter no máximo um empregado e não possuir filial. “Já vi casos de pessoas que começaram como microempreendedores e precisaram mudar para microempresários porque a empresa cresceu. Isso é positivo, é crescimento”, explica Maria Aparecida Gonçalves Pacheco, orientadora de negócios do Sebrae. Em Três Rios, mais de 3.000 pessoas já fizeram a formalização como MEI’s. Atualmente o processo é feito na Casa do Empreendedor, de for-
o mEI foi criado para dar cidadania empresarial àquelesque viviam na informalidade
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ma rápida e gratuita. “O CNPJ sai na hora”, completa Maria Aparecida, que informa, ainda, o apoio que os novos empresários recebem. “O Sebrae oferece cursos gratuitos sobre vendas, compras, planejamento, entre outros. São cursos noturnos, com duração de três horas e certificado. Além disso, orientamos sobre gestão, finanças e outros temas fundamentais. Hoje em dia, se você tem uma ideia e quer colocar em prática, a formalização é o de menos, é feita de forma rápida. A grande questão é aprender a gerir o negócio”, aponta. Quem é formalizado como MEI pode emitir nota fiscal, participar de licitações e comprar direto de fornecedores, entre outras vantagens. O fotógrafo Igor Vinagre é um exemplo de microempreendedor individual que já notou estas vantagens. “Fiz a formalização há dois anos. Havia escolhido ser autônomo, não trabalhar
IGOR VINAGRE O fotógrafo ampliou as possibilidades de trabalho com a formalização 38
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JOSIVALDO DOS SANTOS Diz que passou a ter melhores oportunidades com MEI
para empresas. Então precisava de uma assistência do governo, e a formalização proporcionou isso. Só pude realizar uma exposição porque sou MEI e emito nota fiscal, por exemplo. Consegui ampliar meu ramo de atendimento por ser formalizado”, explica Igor, que também obteve mais facilidades no banco quando precisou trocar seus equipamentos. O MEI também tem direito aos benefícios previdenciários. Com dez contribuições mensais, tem direito ao salário-maternidade; com 12 contribuições, direito ao auxílio-doença e aposentadoria por invalidez; a partir do primeiro dia pagamento em dia, direito a pensão por morte. No caso da aposentadoria por idade (mulheres aos 60 anos e homens aos 65), são necessárias 180 contribuições mensais . Para manter-se legal, o microempreendedor individual deve pagar um valor fixo mensal, reajustado anual-
VANDER CARDOSO O taxista conheceu uma vantagem do MEI quando quis trocar de carro
mente, de acordo com a correção do salário mínimo. Em 2014, estes valores estavam em R$ 37,20 para comércio ou indústria e R$ 41,20 para prestadores de serviços. O número de atividades permitidas para a categoria está próximo de 500, em uma lista que vai de alfaiates e barbeiros a humoristas e ourives. “Na cidade, há uma procura grande de legalização por pessoas que trabalham no ramo da alimentação, como salgadeiras, e da construção civil, como pedreiros e pintores, além de cabeleireiros e manicures”, diz a orientadora de negócios. O chaveiro Álvaro Lima, o “Binha”, trabalha desde 1969 e conheceu o MEI a partir de uma sugestão do contador. “A grande diferença é poder trabalhar com firmas que estão chegando em Três Rios. Elas necessitam dessa nota fiscal, precisam dessa garantia, e se não tivermos, não podemos fazer o serviço. Ser um microempreendedor trouxe mais clientela”, garante.
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ECONOMIA & NEGÓCIOS empreendedorismo
o microempreendedor pode complementar a contribuição mensal para ter melhor aposentadoria O taxista Vander Cardoso também já viu de perto os benefícios da formalização. “Fui procurar a Prefeitura para providenciar os papeis necessários para comprar um carro novo e me informaram que deveria ir até a Casa do Empreendedor. Fica mais fácil para fazer minha contribuição do INSS e a documentação se tornou mais fácil e ágil. Lembro que na década de 90 tínhamos que esperar semanas para conseguir finalizar processos como este”, diz. Já Josivaldo dos Santos precisou passar pela formalização para ser um mototaxista legalizado no município, em 2010. “Não tínhamos o INSS. Muitos mototaxistas não pagam o INSS e
não sabem as vantagens que têm. Se sofrermos acidente, podemos ‘encostar’, por exemplo. As coisas mudaram muito depois que me tornei microempreendedor individual, passei a ter melhores oportunidades”, garante. Importante ressaltar, ainda sobre a Previdência Social, que o microempreendedor pode, se quiser, complementar a contribuição mensal para ter direito a um valor mais alto quando chegar à aposentadoria. No quadro ao lado, conheça algumas atividades enquadradas nesta categoria de empresa. Para conhecer a lista completa, basta acessar o Portal do Empreendedor (www.portaldoempreendedor.gov.br).
SEBRAE A orientadora de negócios Maria Aparecida atua na Casa do Empreendedor
Algumas atividades permitidas A Abatedor (a) de Aves Açougueiro (a) Adestrador (a) de Animais Agente de viagens Agente funerário Alfaiate Animador (a) de festas Artesão (ã) de bijuterias Astrólogo (a) B baleiro (a) barbeiro (a) bike propagandista bordadeiro (a) borracheiro (a) C Cabeleireiro (a) Carpinteiro (a) Chaveiro (a) Comerciante de Artigos de Armarinho Comerciante de Artigos Eróticos Comerciante de Artigos Esportivos Comerciante de bebidas Comerciante de Embalagens Comerciante de material Elétrico Confeiteiro (a) Contador (a) / técnico (a) Contábil Coveiro D depilador (a) dublador(a) E Editor (a) de Jornais Eletricista de Automóveis Engraxate Esteticista F fabricante de Chá fabricante de Gelo Comum ferramenteiro (a) fotógrafo (a) G Gesseiro (a) Guia de turismo
H humorista E Cotador de histórias I Instalador (a) de Antenas de tv Instrutor (a) de Artes Cênicas Instrutor (a) de música J Jardineiro (a) Jornaleiro (a) L Locador de Andaimes M manicure / pedicure maquiador (a) marceneiro (a) mecânico (a) de veículos motoboy mototaxista O ourives P padeiro (a) Panfleteiro (a) pedreiro personal trainer pintor (a) de Automóveis pipoqueiro (a) promotor(a) de Eventos Q Quitandeiro (a) R Relojoeiro (a) S sapateiro (a) serralheiro (a) sorveteiro (a) T taxista tintureiro (a) transportador (a) Escolar V verdureiro
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Sistemas de gestão FOTOS dIvuLGAção
Empresa trirriense desenvolve softwares que facilitam a rotina de empresários e oferece inovações e soluções tecnológicas para o controle de diversos segmentos, como restaurantes.
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erir um negócio não é simples. O gestor precisa estar atento a todos os processos, etapas e setores da empresa, seja para acompanhar sua evolução ou desenvolver inovações para os clientes. Em um restaurante, por exemplo, é necessário controlar o fluxo de caixa, acompanhar a saída e entrada de ingredientes dos pratos oferecidos, estar atento aos horários de maior e menor movimento para desenvolver novas estratégias, entre diversas outras preocupações. Tudo isso ainda é somado à qualidade do serviço prestado aos clientes, que sempre esperam o melhor atendimento possível. Porém, hoje em dia já não é preciso perder noites de sono com preocupações relacionadas aos processos internos. Sistemas tecnológicos contribuem com o desenvolvimento do setor. O Eclettico Restaurante, de Três Rios, descobriu esta possibilidade já na inauguração, há dois
anos. “Decidimos usar pela facilidade e agilidade que traz. Ajuda muito para o controle de estoque, no controle de compras, a evitar desperdício, controle de validade de mercadoria e controle financeiro de contas, tanto a receber quanto a pagar. E, em relação ao atendimento ao cliente, oferece muita agilidade”, diz Ruan Guimarães, gerente geral do restaurante. O sistema foi desenvolvido pela API Systems, que desde 1998 oferece soluções para vários segmentos do varejo. A empresa trirriense tem três sistemas desenvolvidos que atendem aos segmentos: API Loja, para lojas como sapatarias, confecções, móveis e eletro, entre outras; Maxxi Varejo, para mercados, padarias, lojas de conveniência, açougues, entre outros; e Maxxi Restaurante, para restaurantes, pizzarias, deliverys, lanchonetes e similares. Facilitar o gerenciamento é o objetivo de cada produto desenvolvido, como no
caso dos restaurantes. “O sistema oferece o informativo de toda a movimentação do negócio por horário. No fechamento do caixa, o empresário tem a estatística indicando quantos atendimentos fez por hora, por exemplo. No sistema de retaguarda, todas essas informações estão em gráficos, o gestor passa a ter uma visão maior do estabelecimento”, explica Sérgio Rodrigues de Carvalho Junior, fundador e CEO da API Systems. Ele explica que no módulo para restaurantes, assim que o cliente faz o pedido ao garçom, este envia as informações di-
DESENVOLVIMENTO A equipe busca soluções que simplificam o trabalho cotidiano das empresas
SUPORTE Os clientes contam com uma equipe de suporte para as necessidades
INVESTIMENTO Ruan Guimarães utiliza o sistema desenvolvido pela API Systems
facilitar o gerenciamento é o objetivo de cada produto desenvolvido
retamente à cozinha por meio do sistema, o que pode acontecer de diversas formas. “Oferecemos o módulo de touch screen e estamos terminando de desenvolver esta funcionalidade para tablets. Os pedidos feitos nas mesas já serão enviados para a cozinha. Nela, o pedido pode sair impresso ou aparecer em um monitor. Os funcionários da cozinha sabem exatamente há quanto tempo o pedido foi feito”, diz. Além disso, o empresário de restaurantes e lanchonetes pode montar kits de produtos, cadastrando desta forma no sistema. Por exemplo, um kit com refrigerante, batatas fritas e sanduíche torna-se um item no sistema. Conforme cada prato ou bebida é vendido, o sistema também dá baixa naqueles materiais no estoque. “O sistema para restaurantes faz controle de vendas nas mesas, no delivery e no balcão, pode controlar todos os tipos de venda em um sistema”, acrescenta Sérgio. Nota fiscal do consumidor eletrônica A API Systems também acrescenta nos sistemas desenvolvidos a Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e), que substitui o cupom fiscal. “O cliente não precisa mais comprar uma impressora fiscal. Antes, se tivesse qualquer problema na impressora, precisava enviar para o interventor, e tanto o equipamento como a solução destes proble-
FACILIDADE No cardápio eletrônico, os itens disponíveis são divididos em grupos
TABLET Com a tecnologia, o garçom envia os pedidos feitos na mesa diretamente à cozinha
mas eram muito caros. Com a NFC-e, ele usa uma impressora térmica comum, com custos muito menores”, diz Sérgio. A API Systems adequou o Ponto de Venda (PDV) para a emissão de nota fiscal eletrônica e criou uma tecnologia que não torna necessária a instalação de um certificado digital em cada PDV. Com somente um certificado é possível emitir nota fiscal do consumidor eletrônica (NFC-e) e nota fiscal eletrônica (NF-e) de qualquer computador da rede. O armazenamento dos dados em um único local facilita, inclusive, na hora do envio ao contador. Com 16 anos de atuação no desenvolvimento de softwares, a API Sys-
tems continua evoluindo para contribuir com a evolução do mercado. Desenvolveu um sistema para consultórios médicos, o API Consult, em que as informações dos pacientes podem ser acessadas pelo médico de qualquer lugar, em caso de emergências, por meio da computação em nuvem. Outra novidade é que a API Systems passou a ser revendedora da marca Elgin, o que dá mais comodidade aos clientes que precisam de periféricos, como impressora, balança, leitor de código de barras, monitor, entre outros. A API Systems tem equipes de desenvolvimento e suporte, o que dá a garantia da qualidade dos sistemas.
24 2255-3481 | 2255-2516 www.apisystems.com.br travessa Augusto de Almeida, 44 sala 321 - Galeria Central Centro - três Rios - RJ CONTROLE O sistema no restaurante gerencia e controla os pedidos feitos por cada mesa
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Revista On Dezembro & Janeiro
ECONOMIA & NEGÓCIOS finanças
No controle do bolso POR fREdERICo noGuEIRA FOTOS REvIstA on
Ano novo, planos novos! O que você quer em 2015? Comprar uma casa? um carro? ter um plano de saúde? fazer a viagem dos sonhos com a família? Independente do seu desejo, saiba que é possível realizar, mas tudo depende apenas de você e da forma como controla seu dinheiro. saiba como economizar, investir e transformar seus hábitos financeiros a partir de agora.
Q
uantas vezes você já deixou de fazer algo viável que queria muito por não ter dinheiro? Não precisa responder agora, até o final desta reportagem você entenderá que esse “adiamento” dos objetivos pode ter sido um descuido seu. Com tantas preocupações cotidianas, cuidar do bolso se transforma em uma tarefa complicada, mas é necessário controlar as finanças e saber que a educação financeira pode ser o caminho para a realização de sonhos que dependem do dinheiro. De acordo com o economista Julio Hegedus Netto, diretor da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac Rio),
devemos ver o dinheiro como instrumento, não como objetivo. “Na nossa visão, usando Aron Belinky como fonte, o principal objetivo da educação financeira é ‘proporcionar qualidade de vida, garantia de que tenhamos, hoje e no futuro, segurança material e condições de vida feliz, com realização profissional e pessoal’. Devemos primeiro ver a satisfação do consumo. Para Belinky, viver bem não é comprar mais um carro, mais um celular, mas sim aproveitar a vida, viajar, comer bem, conhecer e experimentar novas culturas, etc”, explica citando o consultor e palestrante internacional. Melhor e mais fácil que transformar o comportamento financeiro de adultos é o incentivo à educação financeira desde a infância, tanto em casa, com exemplos dos pais, ou na escola, como
forma complementar. “Princípios de boa educação financeira deveriam ser passados de pai para filho, como existem nos princípios éticos e nos valores. É importante ressaltar, no entanto, que as famílias têm se endividado em excesso nos últimos anos, passando valores negativos aos filhos. Isso se explica pela total falta de educação financeira das famílias. A inflação estável tem 20 anos no país. Antes vivemos o caos de uma inflação, que chegou a mais de 900% ao ano. Passada essa fase, houve um boom de crédito no país, com o saldo passando de 20% a 55% entre 1998 e 2013. Com isso, as pessoas começaram a se endividar e muitas vezes perderam o controle. Estudos indicam que a dívida das famílias, em muitos casos, ultrapassa 60% revistaon.com.br
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ECONOMIA & NEGÓCIOS finanças
MARCO LAZARINI O agente explica que existem diferentes perfis de investidores
da renda mensal”, analisa Julio. Como superar isso? Com educação financeira. Cabe ressaltar que nos EUA e em países da Europa o aprendizado de educação financeira já existe nas escolas. Não é necessário ser economista ou estar diretamente ligado à área para ser bem educado financeiramente, mas é importante ter conhecimentos básicos, como explica Julio. “Devemos aprender o que é política
Estudos indicam que a dívida das famílias, em muitos casos, ultrapassa 60% da renda mensal monetária, o que é inflação, mercados, taxa de juros, câmbio, princípios de matemática financeira e de contabilidade. Uma pessoa precisa, por início, montar uma planilha de despesas e receitas, tentar reduzir as despesas não essenciais e elevar os ganhos. Daí a importância dos ganhos no mercado financeiro ou na compra de ativos reais, como imóveis, dólar e ouro”. Agora, você pode estar perguntando: por onde começar a mudar meus hábitos e economizar? As dicas são: gastar apenas o essencial, com as necessida46
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des básicas. Se sobrar recursos, invista em educação e qualificação profissional. Depois, reservar uma parcela para poupança ou outros investimentos [que daqui a pouco você vai conhecer!]. Por fim, invista em lazer, cultura e viagens. Investimentos
A partir do momento que você tem controle sobre as finanças, e não ao contrário, é hora de ter resultados concretos com esta, inicialmente, difícil missão. “Se você não tem uma base do que está acontecendo a sua volta nem noção das opções disponíveis no mercado para aplicar seu rico dinheirinho, ficará preso eternamente no investimento mais fácil, porém menos rentável, que é a poupança, e terá dificuldades em alinhar seu capital em investimentos mais vantajosos. Mas, se você procura engajar conhecimento financeiro, vai conquistar um resultado bem acima”, afirma Marco Lazarini, agente autônomo de investimento. Ele explica que, como as pessoas crescem sem a mínima noção de como planejar o futuro financeiramente, existe uma dificuldade de ter e aceitar a necessidade desse conhecimento. “Por isso, quando chegam à idade economicamente ativa, vem a dificuldade de entender o processo econômico e só se
conhece a poupança ou investe o dinheiro onde o banco quer. Ou seja, o dono do dinheiro, na maioria das vezes não decide onde aplicá-lo”, afirma. A forma de investimento varia de acordo com o perfil de cada pessoa, mas é possível que qualquer um, mesmo com renda mensal baixa, seja um investidor. “Hoje você pode começar a investir R$ 30 por mês em Títulos do Tesouro Direto, por intermédio de uma corretora, com rentabilidade superior a caderneta de poupança, mas poucas pessoas sabem disso”, exemplifica. O perfil de cada investidor aponta para formas de investimentos, e é neste momento que o profissional pode auxiliar e apresentar cada um deles. “Existe o conservador, que busca rendimentos mais seguros, porém modestos. O importante para esse investidor é a segurança do seu patrimônio e ele não admite perdas. Concentra boa parte de suas aplicações em poupança, renda fixa e Tesouro Direto. Já o perfil moderado, apesar de estar bem concentrado nas aplicações tradicionais, arrisca os primeiros passos em alocar uma pequena parte do seu capital em outras aplicações que podem ter um pouco de risco (como algumas ações de grandes empresas), mas um retorno melhor. Por fim, há o agressivo, que concentra boa parte ou a maioria dos seus investimentos em aplicações de risco (ações, fundos de renda variável, clubes de investimentos), buscando um retorno bem superior que as aplicações tradicionais”, mostra Marco Lazarini. Ou seja, a melhor aplicação depende de cada perfil. Para ajudar a tornar-se um investidor, responda para si mesmo: Quanto eu posso destinar ao mês para aplicação? Quanto eu posso canalizar para o meu planejamento financeiro sem prejudicar minha vida social? Segundo Marco, estas são perguntas fundamentais. “Trace a meta e cumpra. Tire um dia do mês e aplique religiosamente o valor escolhido em uma aplicação condizente com o seu perfil. Se não tem disciplina, coloque em débito automático. Assim como colocamos luz e seguros para pagamento automático, podemos também programar nosso futuro financeiro”, diz. As opções são diversas além da caderneta de poupança e um agente pode auxiliar e apresentar cada uma delas com detalhes: CDB (Certificado Depósito Ban-
cário), LCI (Letras de Crédito Imobiliário), e LCA (Letras de Crédito Agrícola), FI (Fundos de Investimento), FII (Fundos Investimento Imobiliários), ações, Títulos do Tesouro Direto, entre outros. Dicas para começar bem o ano
A primeira é sobre o 13º salário que, ao contrário do que muitos imaginam, não serve para ser usado descontroladamente. “Devemos primeiro pagar as dívidas, depois comprar lembranças de final de ano (sempre, ou de preferência, pagando à vista) e, sobrando, poupar. Não acho necessário gastar em bens supérfluos ou naqueles que já tem em casa. Devemos sempre buscar ser unicistas, viver na simplicidade e na parcimônia, sem ostentação. Somos pelo que somos e não pelo que temos”, avalia o economista Julio Hegedus Netto. A segunda informação é voltada aos empresários que, quando cautelosos
nos gastos pessoais, certamente refletem o perfil na empresa. É importante estar atento aos sinais básicos da economia, taxa de juros, taxa de câmbio e inflação. “No caso da inflação teremos um ‘tarifaço’ em algum momento em 2015, com reajustes de transportes e energia elétrica. Além disto, com as mudanças nos EUA, o juro iniciando um ciclo de elevação, acabará inevitável uma readequação da liquidez mundial, com investidores retirando recursos dos emergentes e realocando em títulos públicos norte-americanos. Isto representará uma pressão de depreciação do real. Nossas estimativas são do dólar a R$ 2,55/2,60 ao fim de 2015. Em resposta a isso, o Bacen terá que elevar o juro previsto ao fim deste ano em 12,5%. Sendo assim, devemos buscar alternativas em renda fixa (fundos), no Tesouro Direto, LFTs e NTNBs, títulos lastreados em inflação, e também estar atentos as LCA e LCI, isentas de IR”, adianta o diretor da Anefac Rio.
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Lotes Residenciais e Aptos
Vendas: (24) 2220 2560
Local: Rua Marechal Rondon I Três Rios.
REALIZAÇÃO:
CONSTRUÇÃO:
FINANCIAMENTO:
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S OBRA S DA INICIA
NÍVEL A
Loteamento Residencial Jardim América, registrado na matrícula n° R4-4.763 Livro 2Q do Cartório 1° Ofício de Justiça de Três Rios/RJ. Condomínio Residencial Jardim América memorial de incorporação encontra-se devidamente registrado na matrícula n° 16.959, Livro 2BK do Cartório 1° Ofício de Justiça de Três Rios / RJ. A Área de Lazer de propriedade da Construtora/Incorporadora Mil de Três Rios será utilizada pela Associação de Moradores através de Contrato de Comodato. Imagens meramente ilustrativas. Prevalece o memorial de incorporação. Área de Lazer será regida por Associação de Moradores. Financiamento sob análise de crédito.
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ECONOMIA & NEGÓCIOS exterior
Cidadão multinacional
POR fREdERICo noGuEIRA
FOTOS ARQuIvo pEssoAL
helder marques nasceu em três Rios e viveu na cidade até a adolescência. o sonho de morar fora do brasil foi realizado quando mudou-se para os Estados unidos. Ao ter a oportunidade de viver na Europa, arrumou as malas e partiu. brasileiro, norte-americano e espanhol, ele conta como é a vida distante da terra de samba e futebol.
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Espanha tem touradas, flamenco, paella... E tem trirriense! Helder Marques tem 32 anos de idade e há nove vive em terras europeias. Antes disso, passou pelos Estados Unidos, o que era um sonho antigo. Deixou Três Rios há 15 anos com destino à América do Norte. “Tendo família nos EUA, sempre foi um so-
nho. E, quando conseguimos realizar um sonho, é algo gratificante”, diz. Muito antes de Barack Obama chegar ao poder, Helder Marques chegou aos Estados Unidos. “Os primeiros meses foram bem complicados, apesar de todo o apoio de duas tias que foram como mães para mim. Imigrar não é algo fácil, mas, com fé e perseverança, consegui o que queria. Fui e voltei [ao Brasil] muitas vezes durante
alguns anos”. Ele lembra que seu primeiro trabalho foi no país. “Trabalhei em restaurante e tive a oportunidade de chegar a ser gerente de um grande em Manhattan. Estudei, trabalhei e dei aulas de inglês para estrangeiros”, comenta. Como a cultura e o idioma sempre fascinaram Helder, ele afirma que não sentiu muita diferença na mudança. “É como se eu tivesse nascido no país equivocado”, brinca. revistaon.com.br
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ECONOMIA & NEGÓCIOS exterior
“A mudança para a Espanha aconteceu quando eu precisava crescer profissionalmente e pessoalmente”, Helder Marques A Espanha surgiu na vida de Helder de forma diferente dos EUA. Não foi um sonho, ele nem imaginava esta possibilidade. “Por meio de um amigo que conheci em Nova Iorque tive a oportunidade de estudar espanhol na Espanha. A mudança aconteceu em uma época onde eu precisava crescer profissionalmente e, também, pessoalmente. A primeira cidade que morei foi Granada e, logo depois, passei a morar em Madri, onde estou até hoje”. Chegou ao país sem falar o idioma. O que poderia ser uma grande barreira tornou-se passado. “A Espanha foi uma grande escola em todos os sentidos. No princípio tinha muitos amigos brasileiros, até por questão de comunicação. Depois de alguns meses, já com o idioma mais afiado, comecei a fazer mais amizades. Imediatamente entrei para um partido político, onde tive a oportunidade de conhecer muitas pessoas e participar de congressos e debates com políticos mundialmente conhecidos”. A política espanhola ganhou destaque mundial nos últimos anos com a economia em recessão no final de 2008, uma crise que afetou todo o país. Helder sempre esteve empregado desde a chegada ao país e explica como acompanha as mudanças. “A crise no meu setor não existe, ao contrario, nos ajudou a crescer mais. O desemprego é resultado da má gestão do governo anterior, que acabou com o país. Agora, pouco a pouco estão recuperando e arrumando os estragos feitos pelo o governo socialista. Temos uma forte recuperação econômica e do prestígio internacional”, avalia. Um ponto negativo na política espanhola, segundo Helder, é semelhante ao que ocorre no Brasil. “Escândalos de corrupção são muito comuns nos dois países. Na Espanha, sem dúvidas os julgamentos são mais sérios, a justiça funciona para todos, seja rico ou pobre”, enfatiza. 50
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O interesse pela política surgiu pelo contato com amigos políticos e pelo avô, Armiro Marques, também político. Como acompanha de perto, consegue avaliar a atual situação política do país. “O grande problema deste país é que tudo é culpa dos políticos. Qualquer negócio que não dá certo, as pessoas culpam os políticos. É uma maneira de colocar a culpa em alguém e se sentir melhor. A população espanhola sempre lutou e reivindicou. A Espanha é um grande país, com muita mão de obra qualificada, mas acredito que falte um pouco mais de força de vontade por parte dos cidadãos”. Com uma carreira voltada à educação que começou como professor de inglês, hoje Helder também é professor de “business” em um mestrado e coach e examinador da Universidade de Cambridge. “Minha vida é tranquila, trabalho muito. Chego a estar 15 horas fora de casa diariamente. Minha rotina é bastante apertada. Saio para trabalhar às 6h30 e, normalmente, não retorno para casa antes das 21h. Viajo a trabalho três ou quatro vezes por ano, como professor de inglês na Inglaterra e na Irlanda. Tenho a possibilidade de viajar e conhecer outros países, pessoas e culturas”, resume. Na profissão, também avalia grandes diferenças nas carreiras de professores espanhóis em comparação aos brasileiros. “Os espanhóis são muito classistas, no sentido que um professor que ensina em inglês deve ser americano ou nativo de qualquer outro país de língua inglesa. Sou ‘americano-brasileiro-espanhol’. Quanto aos salários, sem duvida é melhor. Os colégios pagam pelo menos duas vezes mais que o Brasil. A melhor maneira de ganhar dinheiro é sendo autônomo, porque ganhamos por hora trabalhada. Na Espanha, um professor de idiomas ganha entre 15 e 40 euros por hora, dependendo da formação e da experiência. Já o sistema
um dos trabalhos de helder na Espanha é como examinador da universidade de Cambridge
HELDER MARQUES O trirriense foi entrevistado recentemente pela BBC
de ensino é bem parecido, a diferença é que a maioria dos colégios funciona de 08h30 até 17h30, com atividades de teatro, esporte e línguas”, explica. Após oito anos no país, conseguiu a cidadania espanhola e tem todos os direitos de um cidadão: pode votar, viver e trabalhar em qualquer país da União Europeia. “Na Espanha obtive a convalidação dos
meus estudos, conquistei espaços jamais imaginados. Aprendi outro idioma e, além disso, sobre a cultura desse país. Me considero uma pessoa de sorte por ter conseguido tudo o que tenho hoje, mas ainda tenho muitos sonhos”, diz, com a certeza de que conseguirá, mais uma vez, realizá-los. Um dos sonhos, ele revela: “Eu gostaria de ter os meus pais comigo, pois eles são as pes-
soas mais importantes na minha vida, a minha base, minha educação”. Ele retorna ao Brasil uma vez por ano, normalmente no Natal, e aproveita cada momento no país que, embora não fosse o dos sonhos iniciais, passou a ser o lugar das grandes realizações. Mas, como nem só de trabalho vive o homem, Helder tem a oportunidade de ampliar ainda mais os horizontes e o conhecimento. “Madri é uma cidade encantadora e com muitas ofertas de lazer para todos os tipos de pessoas. Além disso, temos vários países perto e sempre que tenho um fim de semana de folga no trabalho tento viajar e conhecer lugares novos”, finaliza.
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Fiobranco Filmes foi a produtora oficial da Feira do Empreendedor no Rio de Janeiro FOTOS fIobRAnCo fILmEs
produtora audiovisual do Grupo fiobranco apoiou um dos maiores eventos de empreendedorismo do país, realizado em novembro
NALBERT Com equipamentos de ponta, Fiobranco Filmes fez imagens do ex-jogador de vôlei da seleção brasileira, um dos palestrantes do evento
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Fiobranco Filmes, empresa do Grupo Fiobranco de Comunicação, participou da última edição da Feira do Empreendedor, realizada entre 27 e 30 de novembro pelo Sebrae RJ na capital do Estado. A equipe realizou a cobertura dos quatro dias do evento, com imagens das diversas atividades da programação e 52
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entrevistas com participantes, com o objetivo final de apresentar o vídeo institucional da Feira aos organizadores com a qualidade Fiobranco, ou seja, um produto corporativo audiovisual que une a linguagem cinematográfica com o jornalismo. Realizada no Riocentro, a Feira do Empreendedor contou com 144 estandes distribuídos por 21 mil m² e apresentou
oportunidades de negócios para empreendedores em potencial e micro e pequenas empresas. A programação teve 350 palestras e workshops, além de oficinas, apresentações de inovações, lojas conceito e consultoria. Considerado um dos maiores eventos de empreendedorismo do Brasil, a Feira do Empreendedor é promovida pelo Sebrae desde 1994 em todos os es-
para a cobertura do evento, a equipe da fiobranco filmes acompanhou de perto cada detalhe, desde a abertura até o encerramento da feira
DRONE Imagens aéreas foram importantes para mostrar as dimensões do evento
Feira do Empreendedor
DETALHES A produtora buscou ângulos que mostram de forma diferente o que os participantes viram durante a Feira
tados do país e reúne, em um único local, informações sobre abertura de empresas, gestão, alternativas de negócios, novos empreendimentos, inovações tecnológicas, acesso a mercados, oportunidades e crédito aos empreendedores. Para a cobertura do evento, a equipe da Fiobranco Filmes acompanhou de perto cada detalhe, desde a abertura até o encerramento da Feira. “Foi um processo longo, desde as reuniões para alinhar todos os objetivos do produto final com o Sebrae RJ, passando pelos testes no Riocentro e culminando com os roteiros diários, gravações e entrevistas. Com o material registrado, o resultado final será surpreendente”, disse Rafael Cerqueira, coordenador da produtora, ao final das gravações. Para Felipe Vasconcellos, CEO e fundador do Grupo Fiobranco, foi grande a responsabilidade, mas a produtora, por ter uma
genética muito boa, em alusão aos “pais” Revista On e agência QG23, se prepara para todos os desafios. “Nossa missão começa muito antes de apertar o ‘rec’, desde a escolha da hospedagem para a equipe até os equipamentos adequados para a produção. Neste caso, investimos especificamente para o evento, com a compra de novos equipamentos. Cada pessoa que passou pela Feira do Empreendedor enxergou o evento de uma forma particular e nós enxergamos o que quase ninguém viu”, enfatiza. Com a participação no evento, a produtora mostra que está pronta para romper barreiras e limites geográficos. “Neste ano, Petrópolis, Angra dos Reis, Paraíba do Sul, Tiradentes e, claro, Três Rios, foram alguns dos nossos destinos. Produzir para um importante evento na capital é um incentivo para ampliar nosso mercado”, comenta Rafael Cerqueira.
A edição realizada no final de novembro apresentou algumas novidades, como a Sessão de Negócios, onde o empreendedor pode apresentar sua empresa para outros 20 empresários. Houve encontros específicos, como um para aqueles que querem fornecer para as Olimpíadas Rio 2016. A Feira também apresentou o Espaço Comércio Eletrônico, com empresas consolidadas, como Facebook e UOL, dispostas a auxiliarem os empresários na inserção do negócio no mundo digital. Outra novidade foi o Ambiente Inovação, onde inventores apresentaram suas ideias de negócio. No Espaço Inovação, analistas do Sebrae RJ atenderam os empreendedores para aplicar o Business Model Canvas, uma ferramenta de planejamento estratégico que permite desenvolver e esboçar modelos de negócios novos ou já existentes. O Canvas é um mapa visual onde os empresários, junto com os analistas, colaram post its com informações sobre nove questões cruciais da empresa: proposta de valor, custos, mercado alvo, modelos de relacionamento com clientes, canais de venda, atividades chave, recursos, receitas e parcerias. Com isso, saía da Feira com um modelo de negócio feito gratuitamente. O evento foi patrocinado pelo Correios, OnBus, Uol, CEDAE, NET, Santander, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Sicoob e a Associação Brasileira de Franchising (ABF). Os apoiadores foram Fiobranco Filmes, Instituto Endeavor, Central Telecom, Novo Estação de Recarga, Central de Interpretação de Libras (CIL) e Agência Estadual de Fomento do Rio de Janeiro (AgeRio). revistaon.com.br
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DE VOLTA
AOS
TRI
LHOS POR fREdERICo noGuEIRA FOTOS ARQuIvo pEssoAL
Após ser reconhecida como uma das empresas que mais cresceram no país em 2010, a pifer acaba de sair de uma crise do setor ferroviário e está pronta para novos desafios. Conheça a indústria comandada por pai e filhos engenheiros que se prepara para a internacionalização enquanto aguarda ações de incentivo por parte dos governos estadual e federal para permanecer em três Rios.
ECONOMIA & NEGÓCIOS capa
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“Eu queria fazer engenharia, mas não podia ficar sem trabalhar, então fiz o curso técnico”, Otávio Henrique Ilha Campos co, me tornar um profissional, começar a trabalhar e só depois prestar o vestibular”, lembra. Durante o curso, conseguiu um estágio e, ao término, o primeiro emprego. “Entrei em uma empresa chamada Fonseca Almeida, onde aconteceu meu primeiro contato com o setor ferroviário, área da qual nunca mais saí”, comenta. Ficou na empresa durante cinco anos, período que considera de muito aprendizado, até que foi convidado para trabalhar para a Companhia Industrial Santa Matilde, no Rio de Janeiro. “Mas, quando precisei mudar para Juiz de Fora, para ficar perto da família, fui transferido para a fábrica em Três Rios, em 1981”. Na CISM, Otávio começou como chefe da linha de produção e alcançou os cargos de gerente de engenharia e gerente comercial. Foi no período que concluiu o curso de engenharia. “Comecei no Rio de Janeiro e terminei em Petrópolis, demorei dez anos para concluir a graduação”, diz. A saída da Santa Matilde aconteceu em 1987, com os problemas que a empresa enfrentava. Mas aquele não seria o fim da relação do engenheiro com a empresa. “Passei dois anos fora da área ferroviária e voltei logo em seguida, em uma empresa no Rio que trabalhava com reforma de trens. Foi a primeira vez que minha carteira de trabalho foi assinada como engenheiro. Até que em 1994 fui chamado para ser interventor judicial da Santa Matilde. Aceitei
pelo coração. Fiquei durante quatro anos. Quando cheguei, ela faturava R$ 60 mil por mês e tinha 250 funcionários. Com o conhecimento que tinha, trouxe algumas empresas para fazer reforma de trens no espaço dela e, quando saí, já faturava R$ 1 milhão por mês”, recorda sobre aquela que seria sua segunda [mas não a última] passagem pelo terreno da Santa Matilde. Após outros trabalhos na capital do Estado, a empresa Alstom sugeriu que Otávio reunisse profissionais que trabalhavam com fibra de vidro em Três Rios e montasse uma parceria para fornecer interiores de trens. “Vi que precisava montar a empresa e criei a Pifer. Contratei a Santa Matilde para realizar aquele serviço no espaço dela. Mas os sindicatos entraram na Justiça cobrando da Alstom uma dívida da Santa Matilde, e ela ainda nem havia entrado no terreno. Logo, ela desistiu de vir, mas me deu dois contratos para ‘startar’ a Pifer”, diz sobre fatos que aconteceram em 2001. Após as produções e um período sem trabalhos, em 2004 surgiram novos contratos e, com eles, a mudança para a atual sede e contratação de equipe especializada, muitos deles saídos da Santa Matilde. “Depois da Alstom, meu segundo cliente foi a Hyundai Rotem, com exportação de assentos. Tivemos contrato com o Metrô Rio e os anos foram complicados, com subidas e descidas muito fortes. Até que em 2010 faturamos o triplo de 2009, o que colocou a
INFÂNCIA O engenheiro nasceu e foi criado no subúrbio do Rio de Janeiro
REGISTRO Imagem apresenta os bisavós e a avó de Otávio, Angela
FAMÍLIA ROSSINI Encontro anual de gerações da família do empresário
povoamento de Três Rios teve apoio da ferrovia, com ferroviários e suas famílias que passaram a viver nas terras no município. Mais tarde, o setor foi responsável por empregar milhares de cidadãos trirrienses e movimentar a economia. Após a queda do setor e das empresas relacionadas a ele, os últimos anos trouxeram de volta a vocação ferroviária da região. Carioca, nascido e criado no subúrbio do Rio de janeiro, Otávio Henrique Ilha Campos tornou-se um dos mais importantes nomes neste processo, desde o período que atuou como interventor da Companhia Santa Matilde até a fundação do Grupo Pifer, do qual é presidente e, ao lado de dois dos quatro filhos, supera os desafios do setor para manter a empresa na cidade. Esta relação forte com o segmento ferroviário foi despertada ainda jovem, no primeiro emprego com carteira assinada. Com os pais separados, ele morava com o único irmão e a mãe de forma modesta. Sabia que a única forma de transformar a realidade seria por meio dos estudos. Assim, iniciou um curso técnico em mecânica, ainda jovem. “Eu queria fazer engenharia, mas não tinha condições de ficar sem trabalhar, era uma questão prática. Primeiro tinha que fazer um curso técni-
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FAMÍLIA Com o irmão, a mãe, a nora Rafaela, filhos e netos
BATIZADO Parte da família de Otávio na celebração pelo batizado do neto mais novo, Francisco
Pifer entre as empresas que mais cresceram no Brasil”, lembra o empresário.
Já o filho Otávio, embora sempre com vocação para a engenharia mecânica, sabia que um dia estaria na empresa do pai, mas o momento chegou antes do que esperava “Foi em junho de 2006. Estava com estágio em uma empresa, queria até ter passado por outras, mas a Pifer precisou de mim e estou aqui desde então. Ele explica que a busca por aperfeiçoamentos é constante. “Estamos entrando em uma fase de gestão de produção com controle de tudo o que fabricamos. Buscamos diversas ações para aperfeiçoar os trabalhos internos. Muitas inovações podem parecer pequenas, mas geram uma economia de tempo enorme para os colaboradores, o que otimiza demais a produção. Agora estamos em um momento de demanda forte. Hoje trabalhamos olhando para frente, so-
Trabalho em família
Com 170 colaboradores produzindo interiores de trens, o Grupo Pifer tornou-se uma empresa familiar com a entrada de dois filhos de Otávio na empresa. Otávio Cotta Campos e Ana Carolina Campos são, respectivamente, diretor industrial e diretora administrativa. Além deles, a nora, Rafaela D’Angelo, é gerente de tesouraria do Grupo. “A entrada dos filhos na empresa foi natural. Tenho quatro, um está cursando jornalismo, a outra é dentista e oficial da Marinha, e os dois que se formaram engenheiros fizeram um caminho natural de entrar na empresa”, comenta o pai. Ana Carolina entrou na Pifer como estagiária de engenharia, há 11 anos. “Passei por vários setores e hoje estou no administrativo. Aprendi muito, tanto nos altos como nos baixos momentos. Lembro que, na festa de dez anos, comemoramos a superação de um período difícil que vivemos”, afirma.
CASAL Otávio com a esposa, Denise Grossi de Lima
mos uma empresa muito mais forte que há dez anos, mais estruturada”, acredita. Rafaela D’Angelo, esposa de Otávio Cotta Campos, foi convidada a entrar na equipe em 2009. “A Ana Carolina me convidou para entrar no setor financeiro por ser organizada, embora não tivesse experiências anteriores nesta área”, diz. Sobre os momentos vividos na empresa, ela diz que aprendeu com cada um. “Nos últimos anos fizemos muitos investimentos, mas a história da Pifer tem momentos de altos e baixos. Como costumam falar, cuidar do financeiro de uma empresa com muito dinheiro é fácil, o difícil é gerir quando não tem muita receita. Conseguimos passar bem por todas as etapas e a previsão é de crescimento no setor e dias ainda melhores para a Pifer”. De acordo com Ana Carolina, a relação
NOVAS GERAÇÕES O empresário com o neto Luiz Otávio, os filhos Daniel e Otávio, o neto Francisco, as filhas Tarsila e Ana Carolina e a enteada Gabriella revistaon.com.br
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o ano de 2014 foi de recuperação para a empresa
Atualmente, a família Campos conta com o apoio de um profissional e amigo no avanço da empresa. “O Hermes Farnesi, economista de altíssima competência e um amigo fraterno dos meus primeiros anos na Santa Matilde, está nos honrando com suas orientações e comando nas funções de contador e controller, ajudando a mim e principalmente aos meus filhos a compreender que empreender requer observância de diversas técnicas de gestão e controle”, diz.
HISTÓRIA Colaboradores, direção e autoridades na primeira exportação da Pifer
Campestre. “Hoje faço mais trabalhos para fora que dentro. Mas, quando precisa olhar para frente, o mercado, os rumos, parcerias e até desenvolvimento de produtos novos, acompanho de perto”, afirma. Além da parte da família que trabalha no dia a dia da empresa, Otávio tem outro importante auxílio, a esposa, Denise Grossi de Lima. “Ela apareceu em minha vida como uma das pernas de um tripé fundamental para o nosso sucesso: Família em paz e harmonia; energia para transformar e generosidade. Além disso, no processo de internacionalização da Pifer, me ajuda fortemente, pois além do espanhol, preciso do inglês para me comunicar com os parceiros internacionais, e ela, professora com proficiência no idioma, me orienta até hoje. Não é fácil fazer com que coreanos entendam os intricados procedimentos no Brasil e ela me auxilia”, declara.
PARCEIROS Aroldo Lima, Ana Carolina, Celso Jacob, Otávio e Julio Cesar Rezende de Freitas
PREFEITURA Otávio considera o apoio de Julio Cesar, José Ricardo e Vinicius Farah fundamental
Novos desafios
Após o destaque em 2010, a Pifer teve queda no faturamento nos anos seguintes. “Agora, o ano de 2014 foi de recuperação e vamos terminar com faturamento próximo ao de 2010”, informa o fundador da empresa. Os problemas que levaram a Pifer ao cenário ruim, ele aponta com facilidade. “Posso garantir que 90% do que foi fabricado na empresa foi para São Paulo. O Estado do Rio de Janeiro, quando foi comprar trens, comprou da China. E pode ser que compre novamente. Em Três Rios tenho forte apoio da Prefeitura, do prefeito Vinicius Farah, do povo e muito incentivo por parte destes, o que é muito bacana, mas do Estado não temos nenhum. Nosso mercado está em São Paulo, atualmente. Estamos em um Estado que não tem incentivado o desenvolvimento industrial e a geração de
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na empresa com o pai e o irmão caminha para o profissionalismo total. “Aprendemos a separar bastante o relacionamento familiar do empresarial, como tem que ser. Meu pai é minha referência, meu ídolo. Como empresário, também o admiro muito. Na empresa, ele faz voos altos, tem muitos sonhos, meu irmão é pé no chão e eu sou um equilíbrio entre os dois”. Portanto, com os pés nos chão, Otávio Cotta Campos resume o diferencial da empresa da família perante os concorrentes: “Ela sempre buscou não ser só uma fabricante que recebe o desenho do cliente, fabrica e entrega. Ela quer oferecer ao cliente uma solução mais completa”, finaliza. Com a participação dos filhos, da nora e de uma equipe formada por profissionais sérios, o presidente do Grupo já se sente confortável ao precisar estar ausente do dia a dia da empresa, inclusive para o tradicional futebol entre amigos no Clube
FRENTE DO MONOTRILHO Otávio e o líder de modelagem Márcio Schmitz em frente ao produto
fIobRAnCo fILmEs fIobRAnCo fILmEs
COLABORADORES A Pifer conta com 170 profissionais divididos em diversos setores
“No setor há muito desestímulo, então os estímulos fiscais de três Rios são fundamentais”, Otávio Henrique Ilha Campos empregos ao optar por comprar mais caro da China”, desabafa Otávio. Ele ressalta que sempre teve apoio do Executivo municipal e que os incentivos fiscais também são grandes responsáveis por ainda manter a indústria em Três Rios. “O município sempre foi um grande polo ferroviário e para voltar a ser precisou de alguns estímulos, que são importantes. Desestímulos há muitos, então, em um segmento difícil como o nosso, esses estímulos tributários e fiscais são fundamentais”, enfatiza. Para transformar o cenário em relação ao apoio estadual para empresas como a Pifer, Otávio acredita que o planejamento e a gestão fazem a diferença. “Em São Paulo o cenário é totalmente diferente, nenhum chinês ganha concorrência lá, eles aplicam a preferência nacional. Quero ter a oportunidade de concorrer para oferecer meus produtos ao Estado onde estamos, que ainda paga caro por produtos duvidosos”, acrescenta, enquanto acredita ser possível ter mudanças a partir da próxima gestão. Com novos projetos para o próximo ano e previsão de crescimento no faturamento, o Grupo Pifer também amplia a capacidade de produção e os produtos. “Vamos ter três empresas no espaço que ocupamos. Além da Pifer, que desenvolve
e produz interiores ferroviários, teremos uma parceria com uma empresa coreana de freios e temos a Pifer Plastic Products, que faz cadeiras para ônibus e estádios”, explica o presidente do Grupo. A Pifer trabalha para empresas nacionais e com exportação, o que, segundo Otávio, eleva a qualidade do material produzido. “Você tem que entregar o produto correto. Se tiver algum problema técnico, não tem como ir consertar. Na primeira exportação que fizemos, tive que jogar fora o que mandei, tivemos erros e consertamos. Por isso precisamos de ISO 9000, um bom sistema de produção, entre outras qualidades técnicas e organizacionais”. Com o crescimento previsto, o sonho de transformar a Pifer em uma multinacional com origem trirriense pode se concretizar a qualquer momento. “Por vários momentos quase nos internacionalizamos, como em uma parceria que por pouco não tornou-se realidade no Chile, onde abriríamos uma subsidiária. Estamos passando por uma evolução técnica e de pessoal muito grande e participando de eventos internacionais, como o Design Awards 2015, na Alemanha. A qualquer momento, com estas condições que estamos criando, a oportunidade da internacionalização vai acontecer”, finaliza Otávio. revistaon.com.br
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TEMPORADA DE
OPORTUNIDADES POR mAYARA stoEpkE
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A oportunidade ideal é, muitas vezes, o que basta para uma pessoa mostrar seu talento e conquistar um lugar no mercado de trabalho. Em períodos como o fim do ano, por exemplo, o número de empregos temporários cresce e é uma ótima chance de mostrar comprometimento para crescer na profissão e enriquecer o currículo.
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As funções com mais vagas para trabalhos temporários são as de vendedor, balconista, caixa e garçom
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ocê busca por uma vaga temporária de emprego ou uma contratação? As melhores oportunidades de conquistar uma vaga temporária no mercado de trabalho acontecem entre outubro e novembro, correspondendo a 75% das vagas temporárias disponíveis no ano. O varejo ainda é o setor que mais investe em temporários, com a estimativa de 138 mil vagas no país durante o período em 2014, segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC
MÔNICA MESQUITA Começou na empresa como temporária e hoje é gerente da loja 68
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Brasil), o que corresponde a 66% das vagas geradas. O perfil mais procurado pelos empresários ou contratantes é de jovens entre 25 a 34 anos e, posteriormente, entre 18 e 24 anos, com, no mínimo, o ensino médio completo. Em alguns casos também é levada em consideração a experiência anterior. O contrato de trabalho temporário foi instituído pela Lei 6.019/1974, por meio do Decreto 73.841/1974, dispondo condições e possibilidades para a efetivação do contrato tem-
porário, conhecido como emprego temporário. Apesar de ter uma grande procura em datas sazonais, a vaga temporária também pode surgir a partir da necessidade do empregador quando um colaborador estiver de férias ou sair de licença médica, por exemplo. Para que isso aconteça, é necessário elaborar um contrato entre a empresa e o colaborador. As normas são: contrato entre o contratante e o contratado, declaração no documento do motivo da contratação bem como a modalidade da remuneração da prestação de serviços, o início e o término do contrato, que pode ser superior a três meses desde que não ultrapasse nove meses em seu total. Outra forma de regularizar a contratação é pelo registro do trabalho na carteira de trabalho, de um a 90 dias, o que garante ao colaborador os direitos legais, como jornada de trabalho de oito horas, 13º salário, férias equivalentes, repouso semanal remunerado, vale-transporte e proteção previdenciária. As funções que mais aparecem à disposição em trabalhos temporários são as de vendedor e balconista (46%), caixa (28%), garçom (24%), estoquista e repositor (15%), auxiliar de limpeza (10%) e ajudante de cozinha (6%), segundo o Serviço de Proteção ao Crédito e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Foi no maior grupo, de vendedores e balconistas, que Mônica Mesquita entrou e se destacou, há quatro anos. Gerente de uma loja de calçados em Três Rios, ingressou na empresa em uma vaga temporária de final de ano como vendedora e atribui à dedicação e identificação com a vaga o seu sucesso. “Eu simplesmente me apaixonei por vendas e comecei a me destacar porque batia todas as metas. Cumpri os três meses como vendedora temporária e fui contratada”, conta. Após estabilizar-se, recebeu um convite para fazer um curso de assistente de vendas e deslanchou. “Fiz o curso e, mais uma vez, me identifiquei com a função. Não passou muito tempo e
fui promovida à gerência, desde esse período já passaram dois anos”, lembra. A profissional garante que esse tipo de vaga colocada à disposição é uma ótima oportunidade de ingressar no mercado e que todos os anos a empresa faz contratações de mão de obra para períodos festivos, principalmente no final do ano. Saber identificar as oportunidades é o que faz um colaborador se destacar no mercado. “As contratações temporárias são comuns nas principais datas comemorativas, como o Natal, Dia das Mães, Dia dos Pais e a Páscoa. Para o comércio, a data que gera mais oportunidades de emprego
“Cumpri os três meses como vendedora temporária e fui contratada”, Mônica Mesquita
OPORTUNIDADE Claudia e Bianca garantem que o emprego deve ser tratato com seriedade
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“para o comércio, a data que gera mais oportunidades de emprego é o natal”, Roselito Moraes, diretor da CDL Três Rios
é o Natal. Com a busca de presentes para os familiares, o movimento nas ruas e nas lojas aumenta muito, aumentando também a necessidade de novos colaboradores”, explica Roselito Moraes, diretor da CDL Três Rios. Assim como em todo o Brasil, em Três Rios as vagas temporárias são ótimas oportunidades de emprego, já que os comerciantes estão confiantes e com a expectativa do aumento das vendas, o que torna necessário o reforço na equipe. A jovem Bianca da Silva, de 18 anos, conquistou o primeiro emprego com carteira assinada em uma vaga temporária há um ano, exatamente para colaborar com as vendas de Natal em uma loja de roupas masculinas. “Minha prima falou que estavam precisando de reforço e corri atrás dessa oportunidade. Acredito que a minha permanência tenha sido devido à minha postura, pois sempre respeitei as normas e o local de trabalho”, explica. Atualmente Bianca concilia o trabalho com os estudos e afirma que sua gerente a ajuda. “O colaborador tem que vestir a camisa da empresa, ter qualidade, saber conversar, ter foco, ter disciplina, ética, entre tantas outras qualidades. Dessa maneira fica fácil permanecer na equipe, assim como a Bianca”, afirma a gerente Claudia Mello. Ela conta que todos os que entraram como temporários permaneceram na loja devido à identificação com o trabalho e garante a legalidade para assegurá-los. “Assim que ingressam na loja, pego todos os documentos, assino a carteira e faço um contrato de experiência de 45 dias e, em seguida, há a prorrogação de mais 45 dias. Como 70
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JOSÉ CARLOS COELHO O diretor de RH diz que é preciso mostrar talento para ser contratado
o bom comportamento garante uma percepção positiva da imagem do colaborador a venda aumenta muito, também precisamos de mais segurança e uma pessoa para embalar as mercadorias. Estes colaboradores, geralmente, são diaristas, pois preciso por, normalmente, dois dias”, explica. Como se destacar? Como fazer com que o gerente ou empregador enxergue em você um bom profissional? Algumas perguntas são frequentes neste momento e o consultor de empresas e de recursos humanos José Carlos Coelho dá algumas dicas. “Nesse período a oportunidade é bem interessante para as pessoas que desejam iniciar suas carreiras no mercado, pois essas devem demonstrar-se da melhor maneira possível a fim de serem percebidas como talentos ou raridades. Em vendas e atendimento, por exemplo, essencialmente o candidato deve ter habilidade em comunicação, ser simpático, ter espírito ativo e gostar de servir às pessoas. Já nas áreas
de suporte, como estoquistas, caixas e expedição, é importante que tenha atenção, concentração, senso de organização, disciplina e simpatia para contribuir ao bom clima entre as pessoas na empresa. Seja em um desses cargos ou em outros, essas qualidades devem sempre ser levadas em consideração”, explica. Para José Carlos, o bom comportamento garante uma percepção positiva da imagem do colaborador e contribui para o alcance das metas estratégicas da empresa: satisfação dos clientes e bons resultados. “A contratação do temporário é real, porém, às empresas que identificam um talento compatível ao seu perfil. Sendo assim, ela buscará retê-lo. Caso contrário, a contratação não é garantida, já que se trata de uma vaga temporária”, finaliza. Se você busca por uma oportunidade, que tal começar temporariamente e fazer o possível para que ela cresça? Boa sorte!
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Construção em família FOTOS dIvuLGAção
há mais de 50 anos, Walter e Lucy começaram a formar uma família e uma empresa. hoje, celebram o sucesso das duas.
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or trás de todo negócio de sucesso há uma grande história. Por trás de toda família de sucesso, também. Este é o caso de Walter da Silva Furtado, que saiu de Anta, distrito de Sapucaia, em 1956, apenas com a roupa do corpo, com destino a Três Rios, onde transformaria sua vida. Criado em fazendas, onde trabalhava junto com os pais e irmãos desde cedo, ainda jovem precisou sair, com a família, do lugar que morava. Quis o destino que Três Rios fosse o lugar escolhido para a nova etapa. “Quando cheguei,
FAMÍLIA O casal Walter e Lucy com as filhas e três netos na loja que voltou a ser comandada pela família
trabalhei tirando areia do rio. Depois fui trabalhar em estradas, fazendo valas de manilhas e, mais tarde, fui chamado para trabalhar em um armazém. Nunca havia trabalhado com vendas, não entendia nada daquilo. Aprendi a trabalhar no comércio”, lembra Walter. Em 1959, o patrão montou uma loja no bairro Vila Isabel, onde Walter foi trabalhar. “Depois de um ano, ele disse que, se eu não pudesse ficar com a loja, estaria desempregado. Consegui o dinheiro, fiquei com a loja e comecei em 1960”, recorda. Logo depois, em um ano, conheceu, namorou e ca-
sou com Lucy Estoller Furtado, com que formaria uma família. No início, o casal vivia na pequena loja. Enquanto ele cuidava dos materiais de construção, ela produzia calças e bermudas para vender no mesmo espaço. “As entregas eram feitas em carrinho de mão. Como rodava dinheiro na cidade, começamos a crescer”, diz Walter. desde 1960 a família Estoller e furtado atuam no comércio do bairro vila Isabel
FILHO Walter Estoller Furtado quando trabalhava na loja da família
VARIEDADE A família Estoller Furtado está de volta ao comércio de materiais de construção e utilidades para o lar
Do casamento, nasceram Marise, Walter e Fernanda Estoller Furtado, todos criados sempre perto do comércio, que unia produtos de armarinho e materiais de construção. A loja ficou pequena e, em uma oportunidade, adquiriu um terreno próximo. Em um ano, construiu o prédio que abriga, até hoje, a loja. “Falavam até que eu havia ganhado na loteria. Mas não foi isso, eu comprei aos poucos, estoquei e construí”, revela Walter. Depois de muitos anos, a “Estoller e Furtado”, como ficou conhecida a
PRIMEIRA LOJA Walter, Lucy, avó Lilina e Marise em registro de 1959
A loja passa, no momento, por uma reestruturação para atender antigos e novos clientes
loja, deixou de pertencer à família. Porém, desde outubro, eles retornaram aos negócios, agora com ainda mais força, já que a terceira geração já está presente, com os netos Rafaela, Alef, Alice, Marx Emmanuel li-
VILA ISABEL O prédio (verde) onde funciona a Ponto Certo, na década de 1980
gados à loja, agora Ponto Certo Materiais de Construção e Utilidades. Neste momento, a família se reúne para oferecer produtos de qualidade e bons preços às outras famílias, clientes que acabam por se tornar amigos. “Estamos recomeçando e as pessoas gostam muito de nós, já temos uma história grande na Vila. A partir de agora, não somos apenas uma loja de materiais de construção, vamos passar a ter um setor com tudo o que as pessoas precisam para suas casas, como panelas e outros itens”, finaliza Fernanda. Ponto Certo Materiais de Construção e Utilidades 24 2255-6720 Rua professor moreira, 832 vila Isabel - três Rios - RJ
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BEM - ESTAR esporte 75 saúde 93 ciência 103
OS NOVOS
GLADIADORES POR fREdERICo noGuEIRA
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Lutar pelo bem e pelo futuro em uma batalha cheia de dificuldades e tropeços, mas com grandes momentos de felicidade intensa. formar campeões nos tatames é um objetivo, mas, neste caso, pode ser considerado o menor deles. Conheça o projeto social que, mesmo sem receber auxílio financeiro, transforma a vida de jovens e crianças em um bairro de três Rios.
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iz uma famosa canção que “se o bem e o mal existem, você pode escolher”. Algumas vezes, escolher sozinho pelo bem não é tão fácil e, nessas horas, é necessário ter pessoas dispostas a contribuir. Evandro Lopes da Silva, de 37 anos, é um brasileiro como muitos outros: soma os salários de dois empregos para viver e dar conforto à família. Apaixonado por artes marciais, descobriu que o esporte, além de fazer bem para a própria vida, poderia ser útil para ajudar jovens na escolha pelo caminho do bem. Duas vezes por semana, a Igreja Batista Plenitude, no bairro Jardim Primavera, em Três Rios, se transforma. As cadeiras abrem espaço para um tatame, os hinos e louvores dão lugar aos sons de corpos encontrando o solo e a pregação do pastor é substituída pelos ensinamentos do instrutor de luta livre. No lugar dos fieis e das bíblias estão crianças e jovens com um objetivo muito semelhante: encontrar bons exemplos para alcançar a salvação. “Sempre falo que é o ministério da luta”, diz Evandro. O vigilante começou, ainda quando criança, a praticar karatê e chegou à faixa preta da arte marcial aos 16 anos. “Mas comecei a trabalhar e parei de treinar. Andei em caminhos errados depois, mas graças a Deus me converti ao evangelho de Cristo”, comenta sobre o passado. O retorno ao esporte aconteceu quando conheceu André Tadeu, da ATS, por meio de um sobrinho que treinava na academia. “Comecei no Muay Thai, mas meus horários livres deixaram de bater com os horários dos treinos e passei para a luta livre”, explica.
ORAÇÃO Ao final das aulas, os jovens fazem seus agradecimentos 76
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“A igreja estava de portas abertas para o projeto, mas ninguém ajudava”, Evandro Lopes O objetivo no esporte era graduar, não tinha a intenção de ser instrutor até um convite feito por André. “Ele queria ampliar a ATS, colocar nos bairros para ajudar a tirar crianças das ruas e formar atletas. Fui ver um seminário de um amigo e o André perguntou se na igreja que eu frequentava não havia espaço para um projeto. Falei que sim. Primeiro pensei em quem poderia trazer para ser o instrutor, não tinha em mente que poderia ser eu”, diz Evandro. O local estava garantido, mas não havia dinheiro para investir no projeto. “Comecei a pedir ajuda a alguns vereadores e até o pastor chegou a conversar com um político, mas ninguém mostrou interesse. Vi algumas barreiras grandes que colocavam e fiquei esperando em Deus. A igreja estava de portas abertas para o projeto, mas ninguém ajudava”. O pastor Elliel Rosa recorda os primeiros contatos com Evandro. “Ele apresentou o projeto que teria a opor-
ESPAÇO As cadeiras usadas nos cultos dão lugar ao tatame
tunidade de mudar a vida das crianças. Mesmo não sendo seguidor de lutas, resolvemos abrir a igreja para esse sonho dele. Recebemos críticas no começo, falavam que a igreja não combinava com luta, mas tínhamos certeza do objetivo final e persistimos”. Elliel também foi o responsável por dar nome ao projeto: Gladiadores de Cristo. “O nome foi uma coisa interessante. Depois que o Evandro me deu essa missão, orei e logo remeti ao passado, pensei nas arenas, nos cristãos que enfrentavam os leões com a certeza de que, mesmo que a luta fosse muito grande, eles iam morrer por uma boa causa. E o objetivo do projeto é esse, enfrentar e mudar uma geração”, explica o pastor. Sem a estrutura mínima necessária para o projeto acontecer no bairro, André abriu as portas da ATS para Evandro e a turma que começou a ser formada. “Ficamos lá por um ano. Começou com 35 alunos e, no final desse período, ficaram apenas cinco pelo
TURMA Meninos e meninas de idades variadas participam da mesma aula
problema da distância”, comenta. A mudança para o bairro Jardim Primavera aconteceu após uma importante doação. “Trabalho em um banco e, comentando com um amigo sobre as dificuldades do projeto, ele disse que doaria os tatames. Fez a compra, demoraram a chegar e, quando chegaram, ele mesmo trouxe para a igreja. Desde setembro de 2014 estamos na igreja”. O grupo cresceu novamente, com crianças e jovens moradores do bairro. Um deles é Fernando Quintiliano Nazareth, de 17 anos. Primeiro aluno do projeto, ele conta que começou por curiosidade, já que nunca havia praticado. “Sempre gostei, mas nunca tive uma oportunidade até que surgiu essa, com o Evandro. O esporte me tirou das ruas, das drogas, eu andava para o mau caminho, então percebi muito a mudança na minha vida”, declara. Antonio Castro, de 17 anos, também percebe o que os poucos meses no esporte já foram capazes de transformar. “Muda o jeito de pensar, de agir e de comunicar com o outro. Somos uma família”, afirma.
A escolha pelo local não foi por acaso. “Aqui temos uma parte muito precária, com tráfico de drogas intenso. Muitos meninos que andavam lá já vieram para o projeto. A arte marcial tem o poder de atrair e, quando começam a se envolver com a luta, começamos a mudar a postura deles”, diz Evandro. “É um bairro que realmente precisa de projetos como esse, a igreja fica orgulhosa por cumprir esse papel, de abrir as portas para tentar mudar o bairro. Uma igreja é aberta para fora, esse é o papel dela, por isso apoiamos desde o princípio”, acrescenta o pastor Elliel. Para André Tadeu, são projetos como este os responsáveis pelo crescimento da arte marcial em Três Rios. “A ATS está em 22 cidades e uma filial no México usando nossa bandeira. Aqui, o crescimento vai acontecer com pessoas assim, como o Evandro, que arrumam tempo para ajudar crianças e jovens. É um celeiro que vai formar campeões, é só esperar”, comenta. Assim como os Gladiadores de Cristo, há outros projetos
“Eu andava para o mau caminho, percebi muito a mudança na minha vida”, Fernando Quintiliano, de 17 anos revistaon.com.br
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“é um bairro que realmente precisa de projetos como esse”, pastor Elliel Rosa
MUDANÇAS Os jovens observam as transformações que o esporte proporciona
LIÇÕES Evandro passa os ensinamentos básicos aos mais novos
de artes marciais no município ligados à ATS. “Queremos fazer uma reunião na praça para colocar todos para lutarem entre eles. Vamos tirar algumas regras, para não machucar. O intuito não é ter campeões em cada luta, todos serão, mas incentivar e mostrar para cidade que há uma possibilidade. Sempre que passo nos projetos falo com as crianças que o que vai definir a vida delas não é o que têm, mas quem são”.
Durante os treinos e aulas, o respeito dos alunos, ainda que novos, pela arte marcial e pelo instrutor são notórios. “Tirei muita lição do karatê, muita disciplina. No início, não sabia o que faria como instrutor, mas quando comecei a falar, pela primeira vez, tudo fluiu. Hoje me sinto totalmente capaz de assumir essa turma. Eu gosto de desafio. É gostoso ver a transformação da criança, a conduta começa
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a mudar. E ainda consigo mostrar quem é Deus por meio da luta. A arte marcial é uma peça fundamental para a criança começar a mudar, sair das ruas, começar a mudar em casa e no colégio”, acredita Evandro. Dos menores aos maiores, todos participam juntos. “É difícil lidar com várias idades ao mesmo tempo. Tento passar o mais básico para o menorzinho e peço aos maiores para me ajudarem”, explica. Ainda sobre mudanças no comportamento, ele completa: “São visíveis. Eles começam de uma forma e mudam a conduta, a forma de treinar. Começam falando e gritando muito e vamos trabalhando, começam a dimi-
OBJETIVO Evandro quer contribuir com a formação de cada aluno
“o crescimento das artes marciais em três Rios vai acontecer com pessoas assim, que arrumam tempo para ajudar”, André Tadeu nuir a voz, melhorar o desempenho”, aponta Evandro, que conta com o auxílio da esposa na organização das aulas. Como em diversos projetos, o maior desafio deste está em crescer sem apoio financeiro. “A pessoa vê na televisão o lutador levantando o cinturão e é bonito, mas a arte marcial é um esporte que, no Brasil, ainda está largado, não tem apoio igual um esporte de primeira linha, como futebol, vôlei e natação”, analisa André Tadeu. Evandro acrescenta: “Sempre falta investimento. Promessa tem, muita gente promete, mas precisa de investimento para ampliar”. Com investimento em projetos sociais de luta, os maiores beneficiados são os jovens atletas, como diz André. “O atleta precisa de academia, manter a limpeza, um cortador de unha, por exemplo. Algumas vezes as crianças não têm condição de pagar um corte de cabelo e, com um projeto que tenha dinheiro para investir nelas, você vai pagar. Quando entra em um campeonato muito forte, precisa de
recurso para colocar em academia de musculação profissional e, dependendo da idade, já entra a parte de suplementos. Se machucar, o dinheiro do projeto pode pagar a fisioterapia”, exemplifica. Por que, mesmo com tantas barreiras e dificuldades, Evandro doa parte do tempo livre ao projeto? “Isso é o desejo de ver essas almas transformadas. Se vier uma renda, vai ser bom, mas o principal de tudo é tirar das drogas, das ruas, ganhar essas almas para Cristo e serem grandes profissionais, tanto na arte marcial quanto na vida. Minha visão é a seguinte: quero ver crescer, investir mais nas crianças. Não penso em nada grande, penso no básico, penso em transformar esses meninos e meninas tendo uma estrutura. Deus está abençoando e as coisas estão acontecendo nesse espaço pequeno. O esporte pode transformar a vida deles, há casos de atletas de alto nível que saíram de projetos sociais assim”, finaliza. revistaon.com.br
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A revolução tem nome: CrossFit FOTOS dIvuLGAção
Conheça o programa de treinamento que mais cresce no mundo, agora em três Rios
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m programa de treinamento diferente de tudo que você e seu corpo estão acostumados. Este é o CrossFit, que acaba de chegar em Três Rios pelo professor de educação física Bruno Verly, especialista em treinamento desportivo e credenciado coach CrossFit Level 1. “Hoje somos pioneiros não só em nossa cidade, mas também em toda região Sul Fluminense. Nosso box, que é como chamamos os locais credenciados pela CrossFit Inc., veio para proporcionar aos nossos alunos o resgate do prazer de se movimentar, a alegria e satisfação de se superar e a socialização. Aqui todos se ajudam, se conhecem, conversam e fazem o ambiente do box o melhor possível”, explicou Bruno Verly, proprietário da CrossFit Três Rios. Ele explica também que se movimentar de forma funcional pode ser
mais simples do que se pensa. “Pense em uma criança. Quando ela busca algum objeto no chão, ela agacha, dobra os joelhos e mantém o tronco alto, e por não otimizarmos nossas capacidades durante o tempo, ao decorrer das fases vamos perdendo flexibilidade, mobilidade e passamos a nos curvar para pegar coisas no chão. Esse é um exemplo simples. Nosso objetivo em relação a isso é preparar, melhorar e otimizar a forma que as pessoas se movem”, acrescenta. O programa CrossFit é para todos.
CROSSFIT TRÊS RIOS O comprometimento com os treinos é fundamental para bons resultados
BRUNO VERLY O coach resume de forma simples o CrossFit: movimentos funcionais, feitos em alta intensidade e constantemente variados
Todos podem treinar CrossFit, sem nenhuma restrição. As aulas têm duração em média de uma hora e a média de frequência semanal é de três vezes por semana. “A gente costuma usar uma frase para resumir o programa: o CrossFit é para todos, mas nem todos são para o CrossFit. Temos todas as possibilidades possíveis para atender crianças, através do CrossFit Kids, até idosos com qualquer idade. Nossos treinos são 100% adaptáveis”. O treino é geralmente dividido na parte de mobilidade, warm up (aquecimento),
skill (habilidade de algum movimento proposto), strenght (parte de força) e o WOD (Work Of the Day), que é o treino do dia. Em relação aos resultados, naturalmente dependem da frequência dos alunos no box, uma alimentação que possibilite treinar de forma intensa e segura e seu descanso. “Sabemos da dificuldade do dia a dia, mas temos artifícios que ajudam os alunos a dividir melhor a relação treino-alimentação-descanso”, explicou professor Bruno. “Se você está em busca de um ambiente diferente, livre de egos, onde você fará parte de uma família, nos procure! A CrossFit Três Rios precisado seu perfil. Se você ainda está curioso e incrédulo, venha nos visitar, a surpresa será grande”, brincou professor Bruno.
GRUPO Com até seis praticantes por aula, a interação entre eles é grande
Aureluci Campos, 52 anos, empresária me surpreendi, pois eu estava acostumada a fazer exercícios em aparelhos e vi o tamanho da força que a mente, junto ao corpo, podem alcançar, e a facilidade da perda de peso, sem restrição de idade. o Crossfit realmente é para todos. Maria José Fernandes, 55 anos, representante comercial Crossfit, para mim, é isso: vencer o preconceito da idade, o medo e provar que, se eu quero, eu consigo.
Willyan Mello, 20 anos, estudante Ali no box eu encontrei tudo que sempre quis: exercícios intensos e que exigem equilíbrio, coordenação, força física e mental e uma série de outros fatores que fazem eu me apaixonar cada vez mais por essa modalidade. Giullia Auad, 20 anos, estudante treinar e fazer parte da família CrossFit Três Rios está sendo muito gratificante. o Crossfit é intenso, viciante e único, estou adorando.
Fabrício Figueredo, 39 anos, pneumologista o Crossfit é uma modalidade esportiva viciante. Ela une exercícios que trabalham o corpo inteiro, desenvolve força, agilidade, consciência corporal, condicionamento físico, produção hormonal aumentada, queima de gordura, ou seja, teoricamente perfeito. Pedro Henrique de Castro, 20 anos, estudante Conheci um tipo de treino completamente diferente de tudo e que a cada dia me motiva, me faz ir além. também conheci o sentido da palavra companheirismo, onde os atletas sempre se ajudam e se incentivam.
24 2252-1997 facebook.com/crossfittresrios instagram @crossfittresrios Rua nelson viana, 398, Loja b Centro – três Rios – RJ
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CAMINHO CERTO POR mAYARA stoEpkE
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Caminhar na academia, caminhar ao ar livre, caminhar... A caminhada é a atividade física mais comum nos finais de tarde em Três Rios, principalmente na Avenida Beira Rio. Uma das formas de combater o sedentarismo, que mata cerca de 13,2% dos brasileiros, a caminhada também é uma ótima aliada da mente.
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o Brasil, 13,2% das mortes são ocasionadas por sedentarismo, segundo uma pesquisa publicada pela revista médica Lancet. A falta de atividade física é a causa de 8,2% dos casos de doenças cardíacas e 10,1% dos casos de diabetes tipo 2, de acordo com a pesquisa. É possível considerar o avanço tecnológico como um dos principais fatores deste índice alarmante. Os jovens são os mais afetados por estarem ligados diretamente às ferramentas que simplificam ou anulam os serviços braçais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) indica a prática de, no mínimo, 30 minutos de exercícios físicos por dia, o que pode prevenir as mortes por sedentarismo. Para quem quer começar a praticar uma atividade física, a caminhada serve como preparação para outras modalidades, como afirma o professor de educação
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física e atleta profissional de futebol Celso Gustavo, o “Pingoto”. “Muito se fala sobre a caminhada, pois digo que o grande benefício dela está relacionado em preparar o corpo e a mente para atividades mais intensas”, destaca. Para quem quer iniciar qualquer tipo de atividade física, inclusive a caminhada, procurar um médico, preferencialmente um cardiologista e um ortopedista em paralelo a um bom profissional de educação física, é fundamental para ter as melhores orientações e um bom desempenho do trabalho a ser executado. “Após isso, é só ter força de vontade, pois caminhamos desde que deixamos de engatinhar”, lembra o profissional. Além de ser uma atividade que condiciona seus praticantes a outras modalidades, a caminhada auxilia na circulação sanguínea e respiração, combate a osteoporose, afasta a depressão, aumenta a sensação de bem-
PROFESSOR Pingoto considera a caminhada ocmo porta de entrada para outras modalidades
“operei e continuei caminhando, para mim é ótimo”, Maria Angela
-estar, deixa o cérebro mais saudável, diminui a sonolência, mantém o peso e o equilíbrio, além de emagrecer, controlar a vontade de comer, proteger contra derrames, infartos e diabetes. Outro ponto importante sobre o treinamento aeróbico proporcionado pela caminhada é que ela é capaz de reverter a resistência à insulina, fator de extrema importância para o surgimento da diabetes. A caminhada pode ser feita em vários tipos de terreno, desde que o praticante esteja preparado para o local escolhido. Pode acontecer em pista de grama, no asfalto, na areia, dentro da piscina, na terra, entre outros, segundo o professor Celso. Outra preocupação importante é com a roupa correta: as mais leves são as mais indicadas. O
protetor solar deve ser utilizado quando a atividade é feita em exposição ao sol, o tênis deve ser específico para caminhada e a hidratação para repor a água perdida deve ser constante. Em Três Rios, o local mais procurado para a caminhada e outras atividades físicas é a Avenida Alberto Lavinas. Pela manhã, no final da tarde e à noite, o número de adeptos é grande. Porém, segundo o professor, o local não é o mais apropriado para a atividade física e faz um alerta. “Há uma inclinação na pista que pode ocasionar lesões no joelho e no tornozelo do praticante, mas é o local mais utilizado por ser no centro e ao ar livre”. O biólogo e ator Vandriane Lazarine confirma que o local não é mais apropriado, mas garante que o visual
MARIA ANGELA Começou a caminhar após a descobrir problemas de saúde revistaon.com.br
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“é como ler um livro, sinto a necessidade de caminhar diariamente”, Vandriane Lazarine e o ar puro são grandes atrativos para as caminhadas frequentes. “Eu sempre caminhei. Primeiro porque tenho o conhecimento dos benefícios das atividades físicas, segundo porque sou ator e preciso cuidar do meu corpo. Para mim, é como ler um livro, sinto a necessidade de caminhar diariamente”, conta. Além da atividade, Vandriane faz acompanhamento médico regularmente. “A caminhada é um vício bom, você libera a dopamina de uma forma saudável. A caminhada é diferente porque trabalha a mente também. Estou em turnê nacional e, onde eu estiver, sempre busco um lugar legal para praticar a caminhada”, finaliza. Maria Angela da Silva, 55 anos, caminha todos os dias após o trabalho e garante que a vida mudou com a atividade. “Eu comecei a caminhar por suspeita de problema de circulação.
BEIRA RIO É o local mais procurado em Três Rios para a prática
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VANDRIANE Atividade relaxa sua mente e faz parte da rotina
Depois descobri que os problemas de saúde que eu tinha eram devidos a outros fatores. Operei e continuei caminhando, para mim é ótimo”, garante. A atividade é ideal para qualquer idade, pois é fácil, exige pouco esforço e tem baixo impacto. Ou seja, os riscos de lesões são menores devido à baixa incidência de quedas e machucados em relação às atividades consideradas mais agressivas. Na terceira idade, o corpo passa por muitas transformações e há a queda de massa muscular. Além desse fator, a queda da capacidade aeróbica, flexibilidade e coordenação fazem da caminhada a atividade ideal para esta fase. Com tantos benefícios, talvez este seja o que mais conquistas fãs: o emagrecimento. Suzane Nascimento caminha desde que o médico a orientou a buscar uma atividade por conta do sobrepeso. “Além do sobrepeso, sentia muita fadiga. Conforme os anos foram passando, emagreci, ganhei condicionamento físico e muita coisa mudou”, diz. A autoestima melhorou e a rotina no trabalho ficou mais leve depois de iniciar a caminhada. “Para mim, a caminhada ao ar livre é muito melhor, você se distrai e tudo fica mais leve”. O professor de educação física completa que a atividade física ao ar livre é mais eficiente, pois o esforço apresentado no ambiente aberto como o atrito no solo ou a resistência do ar ocorre com menos intensidade nas esteiras da academia. “A caminhada deve ter uma orientação profissional, pois não é simplesmente andar e, sim, caminhar”, explica. As dicas para uma caminhada saudável são: fazer uma avaliação médica, praticar no mínimo 15 minutos de alongamento, manter a postura e a respiração corretas, estimulação de mãos e pés para que fiquem aquecidos, usar agasalho em caso de frio, preferir as roupas leves, proteger a pele contra o sol, ter atenção à alimentação e à hidratação. Dessa maneira, seja na Beira Rio ou não, uma caminhada pode mudar sua vida e oferecer diversos resultados.
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DEPRESSÃO NÃO É TRISTEZA POR mAYARA stoEpkE
FOTOS ARQuIvo pEsoAL
É necessário ter cuidado para não confundir depressão com tristeza. na depressão há um comprometimento dos neurotransmissores responsáveis pelo funcionamento normal do cérebro, diferente da tristeza. Cerca de 18% das pessoas apresentarão depressão em alguma fase da vida, por isso, fique atento aos sinais e procure a orientação apropriada.
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aracterizada pelo distúrbio afetivo acompanhado por tristeza, pessimismo e baixa autoestima, que podem aparecer simultaneamente, a depressão evidenciou-se ainda mais com as recentes mortes do ator Robin Williams e do humorista Fausto Fanti. Para diferenciar a tristeza habitual da depressão, é necessário ter ajuda de um especialista, mas é possível identificar diferenças que alertam para o
problema: depressão é um estado patológico, já a tristeza é um fenômeno normal que faz parte da vida psicológica de todos. A tristeza tem duração limitada, enquanto a depressão pode afetar o indivíduo por mais de 15 dias. Apesar da seriedade do diagnóstico, dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que seis a cada dez pessoas com sintomas de depressão na América Latina não procuram ou não conseguem qualquer
suporte médico para o tratamento. A depressão é uma doença crônica e, com o acompanhamento adequado, é possível reduzir o número de episódios e deixá-los menos graves e duradouros, variando de indivíduo para indivíduo sua intensidade e direcionamento do tratamento. Estima-se que uma pessoa que tenha sofrido um episódio de depressão tenha 50% de chance de ter o segundo e, se acontecer este, passa para 70% a chance revistaon.com.br
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depressão é um estado patológico, já a tristeza é um fenômeno normal que faz parte da vida psicológica de todos de acontecer o terceiro. Existindo o terceiro, há 90% de possibilidade de acontecer a quarta crise. Por isso, o indicado é procurar o tratamento o mais rápido possível e esquecer qualquer preconceito que ainda possa existir. Dados do Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad) revelam que 21% dos jovens brasileiros de 14 a 25 anos têm sintomas depressivos. A pesquisa revela, ainda, que os números são maiores entre as mulheres (28,3%, contra 14,1% dos homens). “Fatores hormonais contribuem para esse número superior entre as mulheres, principalmente mudanças no ciclo menstrual, gravidez, aborto, período pós-parto, pré-menopausa e menopausa. Atualmente reconhecemos que a depressão pode emergir em qualquer fase da vida e sua incidência em adolescentes e adultos jovens nos faz repensar a ideia da maior incidência nas idades médias”, explica a psicóloga Angelina Mondres. Um novo estudo mostra, ainda, que a depressão está associada ao risco de doenças no coração em ambos os sexos, porém, nos
FOTÓGRAFA Bia Pias passou pela depressão e criou uma forma de ajudar outras mulheres 94
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homens ela demonstra-se de forma mais discreta, como sentimento de desânimo, desamparo ou desmotivação, os deixa mais irritados, nervosos e sem coragem, por isso, é difícil identificar a depressão nos homens. “Eles geralmente mascaram a doença com o uso de álcool e drogas, ou, ainda, trabalhando exaustivamente”, completa. Para ajudar mulheres de todo o Brasil, a fotógrafa Bia Pias desenvolveu o projeto “Divas Notáveis”, que usa a fotografia, cursos de maquiagem e palestras para resgatar o amor próprio, principalmente das que passam por problemas de saúde e divórcio, que apresentam o quadro de depressão. “Eu passei por uma grande depressão em 2009, me levantei do pó, me superei pela fé e, desde então, comecei a olhar para os lados. Vi a quantidade de amigas e conhecidas que estavam passando pelo mesmo problema e não tinham a mesma força que eu”, explica. O trabalho começou devagar e ganhou força nacional, porém tem o objetivo de dar suporte ao tratamento e não substitui a ajuda de especialistas. Já foram mais de 12 mil fotos de “divas” ao longo da história do projeto. Algumas das mulheres que passam por Bia retornam com depoimentos de superação. “Já recebi até testemunhos de casamentos que foram restaurados porque a mulher mudou”, afirma a fotógrafa. É importante entender que não existe somente uma causa específica para o desenvolvimento da depressão, como explica a psicóloga. “Depressão pode ser causada por um ou mais fatores. É fundamental diferenciar a de-
PSICÓLOGA Angelina Mondres explica que a depressão pode surgir por vários fatores.
pressão da tristeza habitual, tristeza que é compatível com um evento traumático e que cede com o avançar dos dias faz parte da vida. Quanto à depressão, nem sempre está relacionada a um evento desagradável específico, não é passageira e tende a comprometer as funções cognitivas, sociais e emocionais. O consenso mais aceito nos dias atuais é que a causa da depressão esteja nos diversos fatores de ordem biopsicossocial”, define a especialista. A depressão nem sempre surge acompanhada de desleixo, cansaço e improdutividade. Cada vez mais este perfil muda e é possível encontrar depressão em pessoas aparentemente saudáveis, dependendo do estágio do adoecimento. Simone de Castilho, de 25 anos, há cinco meses enfrenta a depressão. Após fases traumáticas da sua vida, identificou a patologia e procurou ajuda. “Eu passei por muitos problemas,
“passei por muitos problemas, mas foi quando senti vontade de me matar que percebi a necessidade de procurar ajuda”, Simone de Castilho, 25 anos
vivia muito triste, sem paciência com a minha filha, mas foi quando senti vontade de me matar que percebi a necessidade de procurar ajuda”, conta. Foi por meio de consultas com uma psicóloga que obteve uma melhora na saúde. “Tem um mês que estou fazendo terapia e já percebo uma melhora, pois descobri que o meu maior problema é a insegurança”, conta. Sua história não é muito diferente da jovem Fabiola Andrade, de 21 anos. Ela descobriu a depressão em sua primeira gestação há quatro anos, pois apresentava uma forte tristeza e não comia. “Eu só chorava e não saía de casa”, diz. A gravidez de Fabiola foi marcada por problemas familiares que desencadearam uma série de problemas psicológicos. “Eu só chorava e havia emagrecido sete quilos na gravidez da minha primeira filha”. Foi neste momento que surgiu a necessidade de um tratamento, quando
“depressão pode ser causada por um ou mais fatores”, Angelina Mondres
ela enxergou que o que sentia não era uma simples tristeza devido aos problemas e decepções que passou neste período. “Por fim, os meus remédios e os tratamentos não estavam sendo suficientes, foi na igreja que encontrei o auxílio que faltava para a minha recuperação”, ressalta. Hoje, Fabíola está grávida do segundo filho e tem a depressão controlada. Ficar atento aos sintomas mais comuns é fundamental: obesidade, emagrecimento, dores físicas persistentes à medicação adequada, dores crônicas, alterações de apetite, sono e memória, tristeza constante e profunda, pensamentos de morte e suicídio, pessimismo e também excesso de cuida-
dos aparentes (menos valia), excessiva dedicação ao trabalho (fuga) e alegria forjada, entre outros. Geralmente, a patologia ocorre junto a algumas doenças orgânicas, principalmente as de prognóstico no geral sombrio, são elas: Acidente Vascular Cerebral (AVC), doença cardíaca, esclerose múltipla, câncer, doença de Parkinson, doença de Alzheimer e diabetes. “O quadro de depressão também pode acompanhar outros transtornos mentais, tais como os transtornos alimentares, transtornos de ansiedade, incluindo a Síndrome do Pânico, Transtorno Obsessivo-Compulsivo e Síndrome de Estresse Pós-Traumático. São as chamadas comorbidades”, finaliza Angelina.
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BELEZA
DE DENTRO PARA FORA POR mAYARA stoEpkE FOTOS ARQuIvo pEssoAL
Que a pele envelhece com o passar dos anos, você já deve saber. mas sabia que com uma alimentação balanceada é possível prevenir este mal e muitos outros que afligem, principalmente, as mulheres? 98
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pele é a parte do corpo mais afetada por lesões e doenças, pois está exposta e é o órgão mais extenso do corpo humano, portanto, requer cuidados importantes para mantê-la saudável. A dermatologista Patricia Argolo explica que os nutrientes, as vitaminas e a água contribuem para melhora da qualidade, luminosidade e hidratação da pele, dos cabelos e das unhas. “Dessa maneira, a pele fica mais bonita, saudável e resistente a fatores externos, tais como o sol e o vento, e também às doenças sistêmicas e cutâneas”, ou seja, doenças capazes de gerar alterações em outras partes do organismo. Ela explica que as queixas mais comuns no consultório estão relacionadas à acne e pele seca, geralmente relacionadas à má alimentação. A pele é constituída por três camadas: a epiderme, camada mais externa que está em constante renovação; a derme, que é a camada mais importante da pele, pois é responsável pela resistência e elasticidade
por possuir colágeno e fibras elásticas; e a hipoderme, porção mais profunda da pele e onde se localiza os adipócitos, células que armazenam a gordura e, consequentemente a famosa celulite. A alimentação tem um papel fundamental no processo de prevenção a problemas de saúde, como explica a dermatologista. “Algumas doenças mais graves, como a desnutrição, apresentam muitas manifestações cutâneas e necessitam, sem dúvida, de uma orientação nutricional, assim como doenças crônicas, tais como diabetes, obesidade e problemas de tireoide, que também podem interagir com alterações na pele e necessitam de acompanhamento multidisciplinar, envolvendo endocrinologista, dermatologista e nutricionista”. Os extremos etários, crianças e idosos, necessitam de um maior cuidado, mas o ideal é manter sempre uma dieta adequada, independente da idade, visando a manutenção de uma pele saudável e menos suscetível à ação de fatores externos. A nutricionista Geisa Ribeiro explica que, atualmente, a alimentação
GEISA RIBEIRO A nutricionista alerta que os alimentos atuais estão pobres em termos nutricionais
está muito pobre em termos nutricionais, onde há a predominância de produtos industrializados. “Esses alimentos são, em sua maioria, ricos em calorias, como açúcares e farinhas refinadas, gorduras saturadas e cheios
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A beleza e a saúde da pele vão muito além de cremes hidratantes e nutritivos
ALICE AMARAL A especilista indica a água como principal fonte de saúde do corpo
de produtos químicos utilizados para dar maior validade aos produtos e, com isso, a quantidade de radicais livres produzidos é maior”, ressalta. A beleza e a saúde da pele vão muito além de cremes hidratantes e nutritivos.
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Com uma infinidade de recursos de cosmetologia e tratamentos estéticos, pouco se fala sobre uma alimentação saudável na hora de cuidar do maior órgão do corpo humano, alerta a nutricionista Tatiana Carvalho. “Estas estratégias fazem pouquíssimas diferen-
ças se a alimentação não suprir o organismo da matéria-prima que precisa para recuperar a pele das agressões externas, combater os radicais livres que aceleram o envelhecimento e, ainda, produzir colágeno que dá sustentação ao tecido cutâneo”, afirma. Para auxiliar nos problemas mais frequentes relacionados à pele, o fundamental é garantir a reposição de vitaminas e minerais, ou seja, a beleza deve ser conquistada de dentro para fora. “A carência de nutrientes, como vitaminas A, C e E, e minerais como selênio e zinco, pode acelerar o envelhecimento cutâneo. Os polifenóis e flavonoides presentes em alimentos como chá verde, suco de uva, morango, maçã, ce-
bola, brócolis, nozes e sementes atuam na fotoproteção da pele”, completa. Já os alimentos como abóbora, manga, brócolis, cenoura, salsa e mamão são ricos em vitamina A, também importantes para a saúde e a beleza da pele. As vitaminas C e E também têm papel importante neste processo de prevenção. “Quando uma alimentação é rica em vegetais, frutas, legumes e cereais, o nosso organismo consegue combater os radicais livres e eliminá-los, diminuindo sua agressão ao corpo e consequentemente a nossa pele”, conclui Geisa. Ela indica uma alimentação específica para cada tipo de pele, determinado pela interação da condição genética do indivíduo, alimentação, estilo de vida e meio ambiente. “Para manter uma pele saudável, macia e com boa aparência, em geral os procedimentos para tal fim envolvem recomendações básicas como alimentar-se regularmente a cada três horas com uma dieta balanceada, fazer exercícios físicos, dar preferência aos alimentos naturais, ingerir líquidos e aderência a alguns cuidados com a pele, como a utilização de filtro solar, hidratantes corporais, produtos para fazer a limpeza e a tonificação adequada da pele, entre outros”, finaliza.
DICA! A nutricionista Geisa Ribeiro ensina a receita de um suco detox. O suco transforma as toxinas que captamos do meio ambiente em substâncias que são eliminadas pela urina, fezes e bile. Confira e faça em casa! INGREDIENTES
100 ml de água 1 folha de couve picada 2 fatias médias de abacaxi 4 folhas de hortelã Adoçante a gosto MODO DE PREPARO Corte o abacaxi em pequenos cubos. Coloque todos os ingredientes e bata no liquidificador. Peneire bem e, se preferir, coloque cubos de gelo.
problemas como a acne e a celulite têm fortes relações com a alimentação Problemas como a acne e a celulite têm fortes relações com a alimentação, como explica Tatiana. “A acne é um problema de predisposição genética e tendência hereditária, onde a manifestação depende da presença de hormônios sexuais, podendo atingir adolescentes e adultos com distúrbios hormonais. Estudos demonstraram que a carência de ácidos graxos essenciais, vitaminas e minerais auxiliam no desequilíbrio hormonal, favorecendo o aparecimento da acne”, explica. Portanto, uma dieta rica em ácidos graxos essenciais (sementes de girassol e linhaça), vitaminas A, C, B6 (lentilha, banana, aveia, cereais integrais), e minerais como zinco, selênio (castanhas, nozes, cereais integrais) e cromo (carnes, cereais integrais, nozes), atuam na prevenção e tratamento da acne. Já a celulite, em suas diversas causas, tem o efeito tóxico da constipação, acúmulo de líquido corporal, aumento da permeabilidade capilar, insuficiência linfática e desequilíbrio hormonal que predispõem seu aparecimento. “A chamada ‘alimentação ocidentalizada’, rica em cereais refinados, açúcares, lipídeos, sal e com poucos alimentos in natura, contribui para o aparecimento ou agravamento do problema”, alerta a nutricionista. Segundo a especialista em nutrologia e medicina do exercício e esporte Alice Amaral, não existe uma idade estipulada para se alimentar corretamente. A boa alimentação deve começar pelo leite materno e se tornar um hábito até o último suspiro. “Devemos abusar das frutas vermelhas, como a romã, e também abacate, uva, abacaxi, laranja, limão, tangerina, que são ricas em substâncias antioxidantes e evitam o envelhecimento precoce da pele. Outra boa pedida são as sementes, como a castanha do Brasil, e os peixes”. Além da alimentação, é importante ressaltar que o corpo humano é constituído em sua maior parte por água, por isso, sua ingestão, algumas vezes esquecida, tem fundamental importância neste processo, afirma a especialista. revistaon.com.br
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VOCÊ TEM MEDO DE FICAR OFF-LINE? POR João mIGuEL
Imagine um dia inteiro sem internet, sem celular... Sentiu um incômodo? Atenção, você pode ter “nomofobia”. o estudo feito por uma psicóloga de três Rios sobre a dependência da tecnologia apresenta relatos surpreendentes.
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nova geração já nasce deslizando seus pequenos dedos por telas touch de tablets e celulares e, assim, todos crescem e vivem ao lado de aparelhos tecnológicos, totalmente conectados. Aprendemos a passar cada vez mais tempo de nossas vidas on-line, porém, como tudo em excesso faz mal, com os recursos tecnológicos o cenário não é diferente. Existem transtornos e graves doenças modernas causadas pelo uso excessivo e indiscriminado da tecnologia. Por isso, uma psicóloga de Três Rios conduz um estudo sobre o tema. “Este estudo tem como objetivo principal avaliar o impacto destas transformações culturais e científicas em relação às perturbações men-
Algumas pessoas simplesmente não conseguem largar o aparelho e, com isso, entram em um estado de profunda ansiedade
tais do indivíduo moderno”, explica Octávia Barros, mestranda em Saúde Mental pelo Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPUB/UFRJ). Para o estudo, ela utiliza a netnografia, um método de pesquisa destinado a investigar as novas formações sociais que surgem quando as pessoas se comunicam e se organizam no universo digital. No Laboratório de Psicopatologia e Subjetividade do
IPUB/UFRJ, Octávia se fixou no estudo das diferentes ferramentas de mídias digitais, desde os sites às redes sociais. Ela conta que a ideia de estudar o uso demasiado da tecnologia e o seu impacto no cotidiano das pessoas surgiu ao cursar uma das disciplinas do mestrado. “Deparei-me com a ‘nomofobia’, que se refere aos sintomas de angústia, nervosismo, ansiedade, enrevistaon.com.br
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OCTÁVIA BARROS A psicóloga que desenvolve a pesquisa explica que é preciso ter bom senso e saber diferenciar o uso normal do patológico para manter o uso consciente das tecnologias
“A dependência patológica compromete a vida pessoal, social ou familiar e traz consequências indesejáveis”, explica Octávia Barros tre outros, que surgem quando o indivíduo se vê impossibilitado de se conectar ou quando não pode fazer ligações no telefone celular”, explica Octávia. O termo “nomofobia” surgiu na Inglaterra, em 2008. A palavra é a abreviatura para “no mobile phobia”, ou seja, o medo de ficar sem celular. Algumas pessoas simplesmente não conseguem largar o aparelho e, com isso, entram em um estado de profunda ansiedade ao ficarem sem créditos, sem conexão ou se virem a carga da bateria perto do fim. Algumas vezes, a necessidade de estar conectado pode ultrapassar os limites, como demonstra o estudo conduzido pela psicóloga. Para avaliar a dependência tecnológica, Octávia aplica um questionário, cujo resultado sugere o grau de envolvimento do indivíduo com as tecnologias. “Para o estudo que desenvolvemos, entrevistamos algumas pessoas para descobrir se as tecnologias chegam ou não a gerar dependência, por exemplo. Os relatos são surpreendentes, as pessoas realmente fazem uso abusivo da tecnologia”, conta Octávia, preservando a 104 Revista On Dezembro & Janeiro
identidade dos entrevistados. Por exemplo, B., um entrevistado de 25 anos, sente necessidade de voltar à internet quando não está mais conectado, chegando a ter episódios de ansiedade e insônia. Para se sentir realizada, A., de 19 anos, troca a foto do perfil várias vezes ao dia em rede social e acompanha quantos amigos comentaram ou curtiram. Já S., de 18 anos, tenta reduzir a quantidade de tempo que passa na internet, mas não consegue. A sensação descrita por M., de 30 anos, também é comum: angústia, agitação e medo quando fica com celular sem crédito, sem bateria ou fora da área de cobertura. Quem apresenta este tipo de transtorno tem dificuldade para resistir à tentação de fazer algo que possa ser prejudicial para si ou para os outros e sente um alívio e diminuição de tensão emocional e física quando esta ação é realizada. Caso contrário, a pessoa tem sensações de inquietação psíquica e até sintomas físicos desagradáveis. Alguns entrevistados preferem ficar mais tempo conectados na internet ao
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BEM-ESTAR ciência
Quando o indivíduo sentir que o uso de qualquer tecnologia começa a comprometer ou resultar em prejuízos para a qualidade de vida, é interessante procurar ajuda invés de sair com outras pessoas. Outros foram prejudicados nos estudos por passarem muitas horas em redes sociais e já receberam reclamações de amigos e familiares sobre o tempo que ficam na internet. Segundo a psicóloga, quando o uso é comprovadamente abusivo e prejudicial, é sugerido acompanhamento psicológico com objetivo de orientar o uso consciente. Ela afirma que é importante destacar a diferença entre dependência ‘normal’ e dependência patológica. “A dependência ‘normal’ nos permite tirar proveito de todas as inovações tecnológicas para o crescimento pessoal, trabalho, relacionamentos sociais, entre outros. Já a
dependência patológica compromete a vida pessoal, social ou familiar e traz consequências indesejáveis”, explica. Isso quer dizer que mesmo o uso diário e por muitas horas não significa uma dependência negativa ou uma doença. Porém, quando o indivíduo sentir que o uso de qualquer tecnologia, seja computador, telefone celular ou internet, está começando a comprometer ou resultar em prejuízos para a qualidade de vida, é interessante procurar ajuda. De acordo com Octávia, para manter o uso consciente das tecnologias é preciso ter bom senso e saber diferenciar o uso normal do patológico. Além disso, é importante valorizar as relações familiares e refletir sobre
as atitudes virtuais e os hábitos cotidianos. Também é importante fazer intervalos regulares e dar preferência a uma vida social real ao invés da virtual, com relacionamentos e amizades reais. “Os pais, educadores ou responsáveis devem assumir o papel de propagadores dos bons hábitos. A falta de formação dos responsáveis faz com que reduza a sua capacidade de intervenção”, conclui a psicóloga. É possível viver utilizando as novas tecnologias de forma saudável e, principalmente, sem medo de ficar desconectado. Até porque, não há como esquecer que a primeira conexão de nossas vidas é via cordão umbilical, totalmente off-line.
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PUBLIEdItoRIAL
Transformar é preciso! FOTOS dIvuLGAção
Aproveite a chegada do novo ano e comprometa-se com o bem-estar
ANTES Priscila criou o método, mas ainda não havia se submetido ao Lipoconfort
T
ransformar exige muito esforço, foco e disciplina. Então, um tratamento estético confortável e que oferece resultados rápidos pode dar o “start” para o difícil início de uma mudança de hábitos. A fisioterapeuta Priscila Cunha ajuda, desde 1996, muitas pessoas a fazerem essa opção pela melhoria da qualidade de vida. Em 2010, seu modo de trabalhar foi patenteado e passou a ganhou o nome de Lipoconfort. Com a identidade, o método que nasceu em Três Rios ganhou asas e chega, agora, em São Paulo, além de continuar sendo oferecido aos trirrienses pela fisioterapeuta Simone de Assis, sob a coordenação de Priscila.
DURANTE Nas primeiras sessões, os resultados já eram visíveis
DEPOIS Com os resultados, Priscila aumentou a autoestima
Como diz o ditado, “em casa de ferreiro, o espeto é de pau”. Portanto, mesmo ajudando tantas pessoas, Priscila ainda não tinha se submetido ao próprio método e, em 2013, antes de apresentá-lo em São Paulo, decidiu tornar-se um exemplo e se transformar. Os resultados são visíveis, como as fotos mostram! De bem com o espelho, ela deixa o recado: “Em 2015, siga meu exemplo e utilize o Lipoconfort para ‘startar’ seus resultados”, diz. Com o Lipoconfort, seu bem-estar está garantido e sem sofrimento! Sem dor ou procedimentos invasivos, dê adeus à gordura localizada, flacidez e celulite e comece 2015 ainda mais feliz! Se você tem uma clínica e o interesse em oferecer o método Lipoconfort
aos seus clientes ou obter o direito de uso da franquia, entre em contato pelo telefone (11) 97051-7754.
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COOL
arte 109 música 114 meio ambiente 117 moda 124 festas 132 aconteceu 136 viagem 140 sabores 148
ENTRE ACROBACIAS E TECIDOS POR mAYARA stoEpkE
FOTOS ARQuIvo pEsoAL
O amor pela arte, a vontade de ensinar e o dom de fazer acrobacias fizeram com que jovens trirrienses se unissem na criação do Grupo móbile com o objetivo de disseminar a arte circense na região.
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COOL arte
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abe aquela vontade de caminhar com as próprias pernas e ter a chance de desenvolver o trabalho que ama de uma forma diferente? Foi isso que motivou a acrobata e bailarina Ceci Miranda há quatro anos. A jovem é fisioterapeuta, formou-se na Escola Nacional de Circo e, em 2006, estudou técnicas de tecido acrobático e dança indiana clássica em Kerala, na Índia. Voltou para a terra natal, Três Rios, e passou a transmitir os conhecimentos para jovens aprendizes em parceira com mais seis bailarinos, formando o Grupo Móbile, em 2010. Com o passar do tempo, Luis Leal, Mirian Reis e Maria Aparecida permaneceram no grupo com Ceci. “A Mirian, por exemplo, começou aos cinco anos de idade. Hoje está com 15 e estudando escola de circo no Rio de Janeiro”, conta Ceci Miranda. Na época, a arte circense era menos conhecida e as dificuldades apareceram logo no primeiro momento: encontrar um lugar que comportasse os aparelhos. Era necessária uma estrutura forte, resistente e com espaço para que as aulas fossem desenvolvidas. O Clube Atlético Entre-Rios (Caer) tinha um espaço assim e cedeu para os jovens.
o teatro Celso peçanha ficou lotado para a apresentação do primeiro espetáculo, em 2010
Os encontros eram realizados para que o grupo pudesse ensaiar o primeiro espetáculo, chamado “Arte no Espaço”. Para o desenvolvimento do espetáculo, alguns artistas locais foram convidados. “Eu convidei outros artistas, inclusive atores, para tornar a apresentação mais completa e disseminar a novidade de forma mais rápida. Precisávamos aparecer e mostrar a nossa arte de forma profissional para as pessoas”, lembra Ceci. Foi o momento de estruturação do grupo. 110 Revista On Dezembro & Janeiro
GRUPO MÓBILE Da esquerda para a direita Ceci, Luis, Mirian e Cida
Apesar da vontade de atender outras pessoas e dar aulas de forma profissional, ainda era preciso ter organização. “Como ainda não tínhamos aluno e precisávamos ganhar dinheiro, fazíamos apresentações em paralelo, algumas gratuitamente. Temos parcerias com instituições como o Sesc Três Rios com projetos sociais”, explica. Finalmente, no final de 2010, o Teatro Celso Peçanha estava praticamente lotado para assistir ao primeiro espetáculo. Foi a partir desse momento que Três Rios passou conhecer o trabalho que era desenvolvido na cidade. Após um ano no Caer, foi preciso encontrar outro lugar para os ensaios. “Nós pensávamos, pensávamos e não conseguíamos encontrar um lugar que, novamente, comportasse a nossa estrutura e que fosse cedido, pois ainda não tínhamos condições de ar-
car com um aluguel”, conta Luis Leal, bailarino e coreógrafo formado em balé clássico, dança contemporânea e jazz. “Foi quando apareceu a oportunidade de irmos para o Colégio Roberto Coelho Pedroso. Em troca dávamos aulas para os alunos do colégio. Ficamos por lá um ano e conseguimos apresentar o espetáculo ‘Ora Bolas’ no final de 2011”, completa Ceci. Em 2012 o grupo encontrou a sede em que está instalado atualmente, na Rua Nelson Viana. Desde então, passou a investir no “Espaço de Criação Móbile”, proporcionando aulas para crianças e adultos interessados na cultura circense com mais comodidade. “Aqui era muito abandonado e feio, mas foi o espaço que encontramos. Resolvemos investir e adaptar de forma que pudéssemos ter um ambiente mais profissional para receber os
ARTE NO ESPAÇO Em 2010 o grupo fez a primeira apresentação de um espetáculo
ORA BOLAS Registro do segundo espetáculo, apresentado em 2011
IGoR vInAGRE
OS TRÊS REIS Em 2012, a sede atual ficou lotada para a apresentação do espetáculo
A MAGIA DO QUEBRA-NOZES No espetáculo, o grupo mostrou a evolução alcançada
alunos. Foi um ano de investimento”, lembra Ceci. Foi no novo espaço que ensaiaram o espetáculo “Os Três Reis”, apresentado, também, com casa cheia. As declarações de amor ao grupo e à arte são várias. “Cada vez me apaixono mais pela arte, então, há um ano, resolvi fazer um curso de formação no Rio de Janeiro sem abrir mão do Grupo Móbile”, ressalta a integrante mais jovem, Mirian Reis. Em paralelo
aos ensaios e apresentações do grupo, acontece o projeto social “Picadeiro Imaginário”, voltado para crianças carentes. Foi em uma das aulas oferecidas gratuitamente em bairros e escolas que Yan Mateus destacou-se. Aos 12 anos, foi o personagem principal do espetáculo de 2013, “A Magia de Quebra-Nozes”. Dedicado, sorridente e tímido, ele conta que o projeto e a arte circense mudaram sua vida. “Sou
do projeto do bairro Santa Terezinha, me destaquei e tive o meu talento reconhecido. Minha vida mudou muito depois que vim para cá e eu amo fazer parte das aulas”, destaca Yan. A bailarina Maria Aparecida começou a participar quando as aulas ainda eram no Caer. “Eu me identifiquei muito com as atividades acrobatas aéreas, no tecido, no trapézio, na lira, enfim, tudo era novidade para mim”, explica. Para ela, o começo não foi fácil. “Eu sentia um pouco de vergonha, pois sou da terceira idade e os outros alunos eram novinhos”. Aos 45 anos, a enfermeira Cida, como é chamada, apresen-
“Resolvemos investir no espaço e adaptar de forma que pudéssemos ter um ambiente mais profissional”, Ceci Miranda
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COOL arte
PICADEIRO IMAGINÁRIO Crianças carentes têm a oportunidade de conhecer e praticar a arte
“Além de ser uma atividade física diferente, é uma forma de aliviar o estresse”, afirma Jaqueline Combat
EXERCÍCIOS Para Jaqueline, as atividades lúdicas são mais eficientes
tava sedentarismo e artrite, mas nem por isso desistiu. “Mesmo cansada do plantão que faço no Rio de Janeiro, não deixo de fazer as aulas”, conta. Desde que passou a fazer parte do grupo e praticar as modalidades circenses, o sedentarismo foi deixado de lado e as atividades, que proporcionam a perda de calorias, também modelam o corpo, a mente e a alma. “Agradeço a Ceci por ter acreditado em mim e ao Luis por ser um professor tão fofo, carinhoso e incentivador”, finaliza. Além de ser uma atividade artística que resgata a cultura circense, as au112 Revista On Dezembro & Janeiro
las são atividades físicas, que proporcionam condicionamento, equilíbrio e concentração. Cansada de academias e em busca de uma atividade fora do convencional, Jaqueline Combat encontrou nas aulas o que procurava. “Quando eu era mais nova, praticava balé e ginástica olímpica. Sempre gostei de esporte, mas não gosto muito da rotina das academias. Mesmo em pouco tempo de aulas, sinto diferença no condicionamento físico e minhas atividades diárias são desenvolvidas de forma mais leve. Convido todos para virem conhecer. Além de ser uma atividade física diferente, é uma forma de aliviar o estresse”, afirma. O Espaço de Criação Móbile, onde acontecem as aulas, surgiu com o intuito de ser um lugar artístico para que artistas de vários segmentos pudes-
sem compartilhar ideias, experiências e, de alguma forma, enriquecerem a sociedade. “No dia 15 de novembro, lançamos um projeto adulto no Espaço para promovermos encontros com a finalidade de disseminar toda forma de arte e unir artistas, chamado ‘Circultural - Circo & Multiarte’. A ideia é que seja um lugar mais alternativo, com música ao vivo, literatura, dança e qualquer tipo de forma artística. Em 2015 teremos mais cinco edições do projeto, com ingressos vendidos para o público em geral, focando nos adultos”, destaque Ceci. Além dessa novidade, o Espaço também proporciona cursos de férias para as pessoas que não têm tempo de fazer as atividades durante o ano. “É uma ótima oportunidade para conhecer a modalidade circense”, afirma Ceci.
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COOL música
A VOLTA DAS AULAS DE MÚSICA NAS ESCOLAS (PARTE 2) A lei foi sancionada, mas nunca saiu do papel na maioria dos municípios brasileiros Márcio Simões marciosassis@gmail.com Graduado em administração com habilitação em marketing, é fundador da Ask Indústria, proprietário da primeira loja especializada em instrumentos musicais na região, associado da Associação brasileira da música, radialista e escritor.
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assaram dez anos da manifestação em prol da música abordada na última edição. O presidente sancionou no dia 18 de agosto de 2008 a Lei nº 11.769, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de música nas escolas de educação básica. A aprovação da lei foi, sem dúvida, uma grande conquista para a área de educação musical no país. Mas só ficou na vontade. Na maioria dos municípios brasileiros nunca saiu do papel. Um dia histórico para o nosso país. Quando falamos da volta é porque, no passado, tínhamos aula de música. Mas mudaram a lei de diretrizes básicas da educação, colocando a música na matéria de artes e, assim, perdeu-se o foco principal. Existe uma proposta factível para esta atividade voltar às grades extracurriculares, mas neste momento do Brasil de transformações e de muita corrupção endêmica, algo jamais visto em todos os poderes, torna-se muito complexo cumprir algo que não tem conhecimento técnico, porque a maioria dos cargos são políticos e sem visão administrativa.
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É como exigir de uma criança a realização de equação do segundo grau sem aprender as quatro operações. Óbvio que a música ficará ainda distante das grades extracurriculares com esta inépcia e incompetência geral administrativa pública. Salvo com raras exceções, vemos alguns municípios com pessoas técnicas desenvolvendo um belo trabalho em um esforço fora do comum para implantar a aulas de músicas. De maneira alguma é fácil colocar em prática devido à logística limitada de nossas escolas. Na maioria do país não existem salas de aulas com acústica disponível para implantação deste projeto importantíssimo para as nossas crianças. Há necessidade de, no mínimo, cinco salas de aulas, uma para aprender a tocar os instrumentos de cordas, outra para percussão e uma para sopro, outra para piano e uma para canto. Importante ressaltar que a maioria das escolas no país não tem espaço nem logística para implantar, além da carência da mão de obra qualificada dos profissionais formados. Ao dizer isto, fico preocupado de o governo querer importar músicos formados lá fora para darem aula.
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COOL meio ambiente
Semeando
o futuro
Ambientalista de três Rios desenvolve projeto para promover a recuperação de áreas ambientais degradadas e combater um grande problema: a falta de sensibilização ambiental. POR João mIGuEL
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ma coisa que não falta aos pouco mais de 77 mil habitantes de Três Rios é consciência ambiental. A popula-
FOTOS ARQuIvo pEssoAL
ção conhece muito bem a importância de preservar as florestas, as árvores e os rios. Mas, por que vemos um meio ambiente cada vez mais degradado com as ações do
homem? Quem traz a resposta para este e outros questionamentos é a ambientalista Simone Carvalho, graduanda em biologia, moradora de Três Rios e criadora do revistaon.com.br
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COOL meio ambiente
simone constatou, em uma pesquisa, que 96% dos entrevistados gostariam de ter florestas no entorno da cidade projeto “Semeando Mata Atlântica”. O projeto é uma iniciativa da ambientalista para tentar sensibilizar as pessoas quanto à importância de preservar o meio ambiente e promover a recuperação de áreas ambientais degradadas. Simone criou uma página do projeto nas redes sociais que atualiza diariamente com fotos, textos e importantes informações sobre o meio ambiente na região. Simone realizou uma pesquisa com moradores de Três Rios para apresentar no Fórum de Cidadania da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). Nesta pesquisa, ela ouviu 100 pessoas do município em quatro pontos da cidade: no terminal rodoviário, na praça São Sebastião, na praça da Autonomia e no calçadão. “Eu perguntava aos entrevistados se eles gostariam que existissem mais florestas no entorno da cidade e pedia para citarem pelo menos um benefício que as florestas podem trazer para Três Rios”, conta.
SIMONE CARVALHO A ambientalista ouviu moradoresde Três Rios sobre problemas no entorno da cidade 118 Revista On Dezembro & Janeiro
Desta forma, Simone constatou que 96% dos entrevistados gostariam de ter florestas no entorno e todos conseguiram mencionar pelo menos um benefício que a floresta traria. “A maioria citou a qualidade do ar, com um ar mais fresco, mais úmido. Outra parte falou sobre a questão do abrigo da fauna de pássaros e outros animais, e duas pessoas mencionaram que seria bom para o retorno das águas, pois elas tiveram poços que secaram recentemente por conta do desmatamento. Outros falaram sobre áreas de lazer, para fazer trilhas e acampamentos”, conta a ambientalista. Com a pesquisa, ela concluiu que a população tem a consciência do problema e sabe dos benefícios que as florestas trazem para a cidade e para elas, porém falta um grau de sensibilização para mudar. “Uma coisa é você conhecer os problemas, outra é você ter a sensibilidade de transformar esta
realidade. Se eu não tentar mudar, eu nunca vou ter um ar puro, nunca vou ter um lugar para acampar, fazer trilha, nem vou ter minhas nascentes de volta e o abrigo para os animais”, explica Simone. O que é preocupante, pois, ao mesmo tempo, todos querem mais áreas verdes, porém não agem para que isso aconteça. A ambientalista considera importante que a população se organize para cooperar com o meio ambiente. Seja para fiscalizar, cobrar dos órgãos competentes, ou até se reunir para um trabalho de reflorestamento ou recuperação dos rios. “Jogam a culpa muitas vezes nas prefeituras, mas isso é uma obrigação de todos, tanto na hora de cobrar quanto na hora de tomar medidas para recuperar a natureza”, explica. Portanto, é preciso mais que iniciativa. É preciso ter sensibilidade. “Enquanto as pessoas não se sensibilizarem, sentirem o
ESGOTO É jogado diretamente no Rio Paraíba do Sul
o primeiro passo da solução, segundo simone, seria o maior envolvimento dos órgãos públicos com a população
FAUNA Simone fotografa diversas espécies de animais que vivem na região
drama que é a questão das florestas, a perda das águas, o sofrimento dos animais com as queimadas... se você não sentir isso por dentro, você nunca vai realizar uma ação. É isso que falta para todos. Dependemos de um entorno bem preservado para termos qualidade de vida”, afirma. Em Três Rios, entre os problemas ambientais existentes, a ambientalista cita as queimadas frequentes em vários locais, o desmatamento nas margens dos rios e a poluição do rio Paraíba do Sul, com despejo de esgoto sem tratamento. Como solução a curto
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COOL meio ambiente
“uma coisa é você conhecer os problemas, outra é ter a sensibilidade de transformar esta realidade”, Simone Carvalho
QUEIMADAS Um problema ambiental frequentemente visto no centro de Três Rios
CONSCIENTIZAÇÃO É fundamental para evitar maiores danos à paisagem
prazo, ela enxerga um maior envolvimento dos órgãos públicos com a população. “Você tem que ir onde está a população, falar diretamente com os moradores e levar o conhecimento. E é isso que não acontece. Para revitalizar os bairros, é preciso envolver a socie120 Revista On Dezembro & Janeiro
dade para que os moradores abracem os projetos como verdadeiros agentes de preservação”, afirma Simone. Para a solução do problema ambiental a longo prazo, a ambientalista enxerga outra etapa do projeto Semeando Mata Atlântica, que vai além da internet. O objetivo é criar alternativas para a preser-
vação ambiental, com informação e infraestrutura em parcerias com as propriedades rurais. “Nas propriedades rurais do município estão os maiores fragmentos de mata da cidade. O projeto traz possibilidades para protegê-las e até aumentá-las com a preservação da fauna, da flora e das nascentes dos rios. A ideia é trabalhar aos poucos com uma equipe de biólogos, em parceria com os proprietários rurais, fazendo um levantamento da área, se existe uma área de mata ou nascente para proteger. É necessário levar informação ao proprietário rural e mostrar que existe parceria, levando conhecimentos da universidade para a comunidade tanto urbana quanto rural”, explica. O projeto Semeando Mata Atlântica surgiu quando a ambientalista começou a plantar árvores há cinco anos, no sítio do pai, próximo ao Distrito Industrial. “Com dois anos de faculdade comecei a plantar as primeiras, então já estava com aquilo na cabeça, preocupada com os problemas relacionados às queimadas. No sítio do meu pai vi que seria possível recuperar uma área degradada desta forma”, conta. Na internet, Simone mantém atualizações frequentes com fotos feitas por ela mesma. Em seis anos, já são mais de 5.000 fotografias com registros do meio ambiente da região. A ambientalista treina fotografia científica para mostrar a beleza e todos os detalhes da fauna e da flora. Ela utiliza essas fotos na pesquisa do curso, para apresentar, em imagens, o retorno da biodiversidade com a recuperação destas áreas. Ela pretende realizar uma exposição de fotos em escolas da região para levar aos alunos conhecimento sobre as características da natureza que ainda faz parte da nossa realidade. Uma grande iniciativa para recuperar tanto as áreas ambientais degradadas quanto a sensibilidade das pessoas.
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PUBLIEdItoRIAL
Amor
por animais FOTOS dIvuLGAção
Conheça a história de amor e superação de um casal e uma ave que deu origem ao marronas pet, de três Rios
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Marronas Pet, em Três Rios, completou, em outubro, quatro anos de uma história que começou pela paixão de Andreia Castro de Souza e Adriano Batista de Souza por animais. Mais do que isso, pela paixão por um animal que transformou a vida do casal. “Tudo começou quando meus avós faleceram e fiquei um pouco deprimida. Sempre gostei muito de animais e, um dia, o Adriano estava fazendo compras quando encontrou calopsitas à venda. Pensou em comprar para me ajudar naquele momento e escolhemos dois machos, que são os que cantam”, lembra Andreia. Por esta característica, deram às aves os nomes de Bruno e Marrone. Uma semana depois, o Bruno apresentou problemas e morreu. Logo depois, Marrone também começou a passar mal. “Não queríamos perder ele também. Procuramos vários tratamentos. Um veterinário especializado em aves, de Juiz de Fora, também nos ajudou, mas disse que não garantiria a recuperação. Demorou, mas ele foi
BRUNO E MARRONA Calopsitas que deram origem ao pet shop
Quando o casal pensou em montar um negócio, o nome surgiu como homenagem à calopsita
reabilitado. Esse veterinário ainda disse que a calopsita foi salva por amor e fé, já que nem ele esperava o resultado”, conta. A surpresa ainda estava por vir. Um primo de Andreia deixou sua calopsita macho junto com Marrone, pois precisava viajar. Pouco tempo depois, Marrone colocou um ovo. “Então fomos
FUNCIONAMENTO A Marronas Pet tem horário diferenciado para atendimento aos clientes
descobrir que ele nunca cantou porque era uma fêmea. Começamos a chamar de Marroninha e Marrona. Depois disso ela teve muitos filhotes”, comenta. Quando decidiram montar um negócio relacionado ao universo pet, a escolha do nome foi fácil: Marronas Pet, em homenagem àquela que deu origem às buscas
AVES EXÓTICAS Andreia mostra um dos animais exóticos oferecidos na Marronas
ESPÉCIES No início, Andreia e Adriano pensaram em trabalhar apenas com aves
por conhecimento sobre este universo. “Não sabíamos se a loja seguiria para o lado de pet shop ou de casa de ração. O tempo foi passando e direcionamos para um pet shop, com shampoos, acessórios, medicamentos, brinquedos, entre outros. O ponto principal seria aves, mas sempre pensamos em colocar variedade de animais. A pessoa que gosta de bichos gosta de chegar em um local com variedade”, explica Adriano.
Com diversos produtos e espécies, a Marronas tem como diferencial a relação com cada cliente, antes, durante e após as vendas. Coelhos, aves, chinchilas, hamsters... E um canil com diversas raças aguardando novos lares. “Temos yorkshire, shih tzu, labrador, golden, pug e buldogue inglês, todos muito companheiros, ideais para ter em casa e fazerem parte da família. Se o cliente quiser outra raça, nós provi-
denciamos. Neste fim de ano, um animal de estimação é melhor que muitos presentes, vai levar alegria para dentro de casa”, indica Andreia. Com horário de funcionamento diferenciado, a Marronas atende de segunda a sexta, das 8h às 20h, aos sábados entre 8h e 18h, e domingos e feriados, entre 8h e 13h. As entregas são gratuitas e rápidas. Para finalizar, uma curiosidade: Marrona, a calopsita que deu origem ao negócio, morreu neste ano, mas deixou muitos frutos, entre filhotes, alegria e o sucesso do pet shop. Para homenagear de forma especial, foi enterrada em um vaso de planta na loja, bem perto de toda a felicidade que proporcionou ao longo dos anos.
CASAL Adriano e Andreia unem o trabalho com o amor por animais
VARIEDADE A loja conta com rações diversas e materiais para o conforto dos pets
24 2252-6081 Av. Condessa do Rio novo, 1.111 Lojas 3 e 4 - Centro - três Rios - RJ
A marronas tem como diferencial a relação com cada cliente, antes, durante e após as vendas
COOL moda
ADEUS 2014!
FOTOS fARm RIo
não sei para você, mas para mim esse ano passou voando. Por isso, nossa coluna irá abordar roupas para usarmos no final do ano, já que 2015 está quase chegando. As tão famosas batas são perfeitas para quem vai passar a noite à beira mar, naquele clima de sossego. são lindas para usar com shortinhos, saias mais curtas e rasteirinhas. A bata também deixa o look pós-praia mais arrumadinho, podendo usar por cima do biquíni.
Fernanda Eloy fernanda.eloy@hotmail.com.br designer de moda e proprietária da marca fernanda Eloy e do blog de moda www.sushidechocolate.com
Vestido não pode faltar, né? Longo e fluido ou curtinho, a peça é sempre uma boa pedida, principalmente para quem vai para a festa e quer uma produção mais bacana. não esquece o brincão!
Roupa para festa combina muito com peças rendadas e bordadas, brasileiríssimas, que enchem a gente de orgulho! dessa vez, não vai ser diferente: da renda guipire até bordados cuidadosamente feitos à mão.
Rio de Janeiro, aquele calorão do fim de ano… A gente sabe bem como é. na dúvida e na hora de buscar um look fresquinho, opte pelo short! perfeito para quem vai assistir aos fogos na areia da praia ou para dar aquele ‘tibum’ na piscina no auge da festa!
E para fazer dupla com o shortinho ou a saia de cintura alta na hora do calor, os tops cropped (com ou sem recortes, bordados ou com alça cruzada) estão lindos demais!
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REvIstA on
COOL moda
ASSUMIR AS RAÍZES POR tAtILA nAsCImEnto
SUPERVISÃO fREdERICo noGuEIRA
FOTOS REvIstA on
A cada dia, mais mulheres assumem seus cabelos do jeito que são. A ditadura do cabelo liso vem se desfazendo, assim como ter cabelos brancos já não é visto como descuido. As mulheres provam que podem ser bonitas naturalmente, sem influência das imposições da mídia e sociedade.
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universitária Mariah Oliveira, 18 anos, já utilizou vários métodos para alisar o cabelo. Entre eles, diversos tipos de progressivas, que afirma se arrepender bastante. Atualmente, a jovem realiza um tratamento com produtos que realçam os cachos e deixam um visual de naturalidade nos cabelos. “Particularmente amei o novo corte do meu cabelo.
Não sei como pude passar tanto tempo sendo ‘escrava da chapinha’. Acho que nunca fui tão feliz com meus cabelos como sou hoje. O cabelo compõe o seu look, define seu estilo e, de certa forma, revela sua personalidade. No meu caso, o cabelo faz parte da minha identidade, mostra quem eu sou, de onde vim e prova que não preciso me submeter a processos químicos que me deixam igual a
outras garotas só para ficar bonita. Sou bonita do meu jeito e com o que tenho”. Ela conta que hidrata o cabelo duas vezes por semana e passa creme de pentear todos os dias, não abrindo mão de lavá-los na água fria. “Assim como eu, as mulheres que assumem seus cabelos cacheados, lisos, volumosos, baixos, curtos, pretos, loiros ou sejam eles como forem gostariam de mais compreensão, até porrevistaon.com.br
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COOL moda
que cada um sabe como se sente bem”. Para a cabeleireira Nilzenia de Oliveira, as mulheres não têm mais receio em assumir sua verdadeira identidade e, com isso, os cachos e crespos estão em evidência. Segundo ela, a ditadura do cabelo liso está com seus dias contados. A profissional explica que o cabelo crespo tem a fibra capilar mais seca e, portanto, necessita de um tratamento mais intensivo, custoso e trabalhoso. “Ele é um tipo de cabelo mais delicado, tem mais tendência à queda e ao frizz”. Já sobre o cabelo cacheado, explica que geralmente são mais sedosos que os crespos e mais fáceis de cuidar, pois têm uma estrutura capilar mais resistente. Para manter o cabelo cacheado, Luana Terra usou dos 14 aos 22 anos um produto. Porém, com o passar dos anos, percebeu que o cabelo foi perdendo o brilho, os fios começaram a quebrar e, com isso, os cachos sumiram. “Com 23 anos resolvi cortar ele todo, fiquei sete meses sem passar química. Após isso, comecei um tratamento em um salão especializado em cabelo afro. A única coisa que me arrependo é ter usado o produto”. Luana conta que tinge o cabelo todos os meses com uma tintura específica para seu tipo de
“Antes original do que uma cópia da personalidade alheia”, Luana Terra
InGRId fRAnçA
cabelo e afirma que gosta de fazer penteados diferenciados, como trança. “Gosto de usar o meu crespo com poucos cachos. Para manter deste jeito, uso um pente, o famoso ‘garfo’, e vou modelando até arredondar. Dá trabalho, mas vale a pena”. Ela conta que a maior parte das pessoas acha o estilo bem legal, mas ressalta que ainda há quem olhe torto. “Sempre tem aquele cidadão comum da sociedade que fica olhando meu ‘black’ como se fosse coisa de outro mundo. Nem ligo, gente comum me cansa. As mulheres estão cada vez mais independentes e seguras de si, isso afeta no comportamento social, visual, entre outros. Seguir padrões pré-estabelecidos pela sociedade é uma coisa chata. Não tenha medo de ser você mesma e siga sempre sua personalidade. Antes original do que uma cópia da personalidade alheia,” indica. Diferente de Luana, Valéria Bastos nunca fez tratamento para alisar os cabelos. Para ela, é extremamente natural assumir o cabelo como ele é. De acordo
LUANA TERRA Com atitude, afirma gostar de fazer penteados diferenciados 128 Revista On Dezembro & Janeiro
VALÉRIA BASTOS Nunca fez tratamentos para alisar os cabelos
com ela, não assumi-lo é falta de personalidade, mas lembra que é necessário ter uma boa dose de coragem. Ela conta que há 10 anos pinta o cabelo de vermelho e que já o deixou em diversos tamanhos. Em relação aos tratamentos, ela apenas usa creme para pentear após a lavagem. “Depois que passo o creme, dou uma ‘amassadinha’ com a toalha. Isso ajuda a definir mais os cachos e deixo ficarem como querem”. Valéria acredita que cada vez mais mulheres estão se libertando do modismo e descobrindo que chique mesmo é ser diferente. “Nada mais lindo que cabelos naturais. Quem gostar de você de verdade vai ser do jeito que você é, sem máscaras. Cabelo que tem volume, tem volume, e daí? Quem determinou o que é feio ou bonito? Cada um é um ser único, com suas particularidades. Nada mais cafona do que tentar ser aquilo que não é”. Yanca Firmino relata que gosta de usar o cabelo sempre bem volumoso.
YANCA FIRMINO Confessa que já teve vontade de alisar os cachos, mas gosta do cabelo sempre volumoso
Confessa que já teve vontade de alisá-los, mas diz que pensou bem e mudou de ideia. “Amo acordar e vê-lo cada vez mais volumoso. Acho que é uma forma de se expressar e se sentir bem. Cada dia mais as mulheres estão assumindo os cabelos naturalmente, isso se deve à praticidade, liberdade ao tempo corrido que estamos vivendo. Toda essa naturalidade dos fios virou até moda”. Como dica, Nilzenia aconselha cortar as pontas a cada três meses, fazer hidratação a cada oito dias, não dormir com eles molhados e não prendê-los úmidos. “É um cabelo que dá bastante trabalho, porém, se estiver bem cuidado, chamará bastante atenção positivamente. É um cabelo fácil de modelar, basta saber usar a criatividade e os acessórios (grampos em pedraria, lenços, arcos, tiaras, entre
NILZENIA DE OLIVEIRA A profissional aconselha cortar as pontas a cada três meses
“não sei como pude passar tanto tempo sendo ‘escrava da chapinha’”, diz Mariah Oliveira
outros) disponíveis no mercado de beleza, de fácil acesso, e que tem um resultado final muito elegante e charmoso. Primeiramente, não tenha medo de dar esse passo. Dirija-se a um profissional de sua confiança e faça um corte que valorize seus traços e que realce sua beleza natural. Assumir esse novo perfil irá possibilitá-la realizar inúmeros penteados e se divertir com o seu novo estilo. E lembre-se que o primordial é ser feliz”, destaca.
NEIVA BERNARDES A cabeleireira explica que a tendência dos fios brancos foi fortalecida após um filme revistaon.com.br
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“Quando dizem que estou parecendo uma velha, imagino que são pessoas que gostam de mim, mas de uma maneira meio torta”, Cinara Jorge
Os fios brancos
de tingir, comecei a usar um tonalizante que só tingia os fios brancos. Usei por muito tempo e, um dia, notei que estava ficando loira. Aí disse para eu mesma: ‘Mas eu não sou loira!’. Essa constatação não me fez bem. A impressão era de que eu estava parecendo o que nunca fui. Observei que o tempo perdido para deixar os cabelos tingidos não era recompensado, porque poucos dias depois, perto das orelhas e junto da testa, surgia aquele ‘caminho’ de cabelos brancos, denunciando a verdade, e pior, dando a impressão de pessoa relaxada”, explica. Já Rosa Elena Abreu, 51 anos, diz que seus cabelos brancos começaram a aparecer aos 36, após uma doença chamada alopécia areata. “Depois disso, eles começaram a nascer brancos e comecei a pintá-los. Nascia e eu pinfERnAndA nunEs
Há alguns anos, ao primeiro sinal do cabelo branco, as mulheres já corriam para o salão de beleza para pintá-los, pois eram vistos como desleixo. Atualmente, o cenário apresenta mudanças, com mulheres que recusam as tinturas e dão espaço ao cabelo branco, que passou a ser sinônimo de estilo e atitude. Cinara Jorge, de 61 anos, revela que tem cabelos brancos desde os 16 e que há três deixou de tingi-los. Conta que pintou os cabelos durante 20 anos, começando com os reflexos dourados e, posteriormente, com tintura. Porém, começou a perceber que perdia muito tempo com esses processos. “Enquanto esperava, não podia fazer nada. Quando me cansei
CINARA JORGE A pesquisadora revela que tem cabelos brancos desde os 16 anos 130 Revista On Dezembro & Janeiro
ROSA ELENA Rosa Elenea acredita que os fios brancos apresentam certo charme
tava, até que repentinamente cansei. Você pinta de preto e, na nuca, nasce branco. Ficar pintando e retocando dá um trabalho danado. Então resolvi parar de pintar há mais de 10 anos”. Rosa Elena conta que seus cabelos brancos aumentam a autoestima. “Não concordo que seja um vilão, acho que tem certo charme. Tenho vontade que ele fique todo branco, eu acho lindo e charmoso. É uma questão de estilo. Uma coisa natural e consequência da vida. Você tem que saber encarar que vai mudando, nós somos iguais borboletas. Somos bebês, adolescentes, jovens, meia idade, terceira idade. Devemos agradecer a Deus por nos permitir ter cabelos brancos, muita gente nem consegue chegar à idade do cabelo branco”. Para Cinara, o que importa mesmo é a sua própria vontade, mas afirma que existem pessoas que não resistem a um comentário. “Quando elogiam, fico feliz, e quando dizem ‘você está parecendo uma velha’, imagino que também são pessoas que gostam de mim, mas de uma maneira meio torta, e pensam que dizendo assim estão me fazendo bem. E tem aquelas pessoas que vejo que estão reparando, mas não dizem nada. Quando eu tingia os cabelos também existiam pessoas assim, umas gostam da cor, outras não gostam. É impossível ter a unanimidade”. A cabeleireira Neiva Bernardes explica que essa tendência se fortaleceu após o sucesso do filme “O Diabo Veste Prada”, onde a atriz Meryl Streep adotou o estilo “Silver Gray”. “O cabelo branco normalmente é mais rebelde e resistente porque tem menos capacidade de se nutrir e produzir queratina, por isso requer mais atenção. Como são naturalmente mais ressecados, uma boa dica seria fazer hidratações ou reconstruções semanais. Quem deseja assumir seus fios brancos deve optar por um bom corte, o que deixará o visual mais moderno”, finaliza.
by Sinai Interativa
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“TODOS OS DIAS
dA nossA vIdA”
POR mAYARA stoEpkE
Legalizado desde 14 de maio de 2013 no Brasil, o casamento homoafetivo ganha visibilidade e torna-se uma conquista marcada por preconceitos e renúncias. Casais que vivem juntos há muitos anos ou poucos meses têm a oportunidade de serem reconhecidos assim perante a lei.
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Brasil é o terceiro país latino-americano a legalizar o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo, seguindo os passos da Argentina e do Uruguai. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou em 14 de maio de 2013 a resolução que legaliza o casamento homoafetivo, o que faz cartórios transformarem a união estável, legal desde 2011, em casamentos, se assim for solicitado, e casar pessoas do mesmo sexo sem passar pela união estável. Há três anos, com a legalização da união estável, juízes liberavam ou não os casamentos e alguns tribunais davam sentenças diferentes, não havendo direitos iguais para todos os casais. A partir de maio de 2014 a lei passou a garantir o casamento. Vale ressaltar que o estado civil das pessoas não é alterado quando há união estável, apenas com o casamento. O processo começa com a manifestação da vontade perante o Oficial de Registro Civil da residência de uma das partes do casal. Então, são iniciados os trâmites necessários para a re-
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alização do casamento, como as publicações dos editais, ato já bastante conhecido entre a população, e demais atos administrativos. Foi assim que o cabeleireiro Sérgio Kauffman Sousa e o comerciante Luiz André Moresi converteram a união estável em casamento, sendo o primeiro casal homoafetivo do Brasil a conseguir a documentação, ainda em 2013. Em Três Rios já houve três casamentos homoafetivos. Segundo Fabio do Vale, responsável pelo expediente do Registro Civil de Três Rios, a faixa etária dos casais é entre 19 e 45 anos. “Existe uma grande satisfação por ter havido essa conquista jurídica, porém, ainda não se converte a tal ponto que se consolide unicamente como estímulo às formalizações sociais. Muitas vezes, por carência de informação ou mesmo intenção de se suprir somente uma necessidade jurídica, opta-se pela Escritura de União Estável. É preciso conscientizar que a conquista desses casais ultrapassa os limites burocráticos e precisa evoluir ainda mais, configurando-se mesmo como
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COOL festas
LuCIAnA vIEGAs
famílias e solidificando essas relações como verdadeiros matrimônios”, explica. Na semana que a novela “Em família”, da TV Globo, exibia o casamento das personagens Clara e Marina, aconteceu o casamento de Fátima Sampaio e Vanessa Soares em Três Rios. As duas se conheceram em uma rede social e, após seis meses, resolveram se casar. A cerimônia aconteceu no dia 17 de julho de 2014 e contou com a presença de familiares e amigos. “Resolvemos nos casar por nos gostarmos muito e para darmos segurança uma à outra. Estamos pensando em nosso futuro”, explica Fátima. O casamento seguiu o tradicional, porém, com dois diferenciais: uma dança flamenca e um cachorrinho que entrou com as alianças, escolhas do casal. “É uma emoção muito grande, um dia muito especial para mim e estou muito feliz”, diz Vanessa. Na presença dos amigos e padrinhos, as duas disseram “sim” e, em seguida, aconteceu a festa. “Estou muito feliz de assumirem essa felicidade, é o máximo. O amor não tem barreira e isso deve acontecer mais para as pessoas começarem a encarar como uma coisa normal”, afirma Marjore Chaves, amiga e madrinha do casal. Depois da festa, elas aguardavam apenas a oficialização da união no cartório, conquistando os mesmo direitos de todos os casais. Marcos Esteves, de 25 anos, e João Braz, 24, se conheceram há um anos e pensaram: “Por que não nos casar?”. Os planos eram para oficializar a união em meados
FÁTIMA E VANESSA Cerimônia com festa marcou a união do casal
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REvIstA on
é preciso conscientizar que a conquista desses casais ultrapassa os limites burocráticos e precisa evoluir ainda mais”, Fabio do Vale
de janeiro de 2015, mas, em junho deste ano, quando entraram no site do projeto “Rio Sem Homofobia” [riosemhomofobia.rj.gov.br], tiveram o conhecimento da segunda cerimônia coletiva de uniões estáveis homoafetivas organizada pela Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, por meio da superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos. No ano passado, 43 casais oficializaram a união nesta cerimônia. Foi quando começou toda a correria. O que eles não esperavam é que toda a família se mobilizaria e organizaria uma cerimônia antes, com direito a padrinhos, dama de honra, buquê e alianças. A cerimônia recheada de momentos especiais era o primeiro passo e a preparação para o casamento legal. “Decidimos fazer uma reunião somente para a família, mas tudo tomou uma proporção muito grande. Decidimos que seria no dia 23 de agosto, uma preparação para a oficialização que estava por vir”, conta João. Com um número grande de inscrições para o casamento coletivo, que é gratuito, houve uma prorrogação, o que atrasou o casamento oficial. “Tudo começa ligando para o Disk Cidadania Homossexual [0800280-5688], que funciona muito bem. Pegamos informações e mandamos todos os documenLuCIAnA vIEGAs
JosI & bRunA
FABIO DO VALE O profissional diz que a faixa etária dos casais é entre 19 e 45 anos
FELICIDADE A festa aconteceu em julho de 2014 134 Revista On Dezembro & Janeiro
CELEBRAÇÃO O ritual feito por um amigo em comum marcou a cerimônia de João e Marcos
ARQuIvo pEssAL
JOÃO E MARCOS Para o casal, o casamento garante os direitos que possuem
Estamos pensando em nosso futuro”, afirma Fátima Sampaio.
tos solicitados. É uma realidade e o trabalho funciona mesmo”, completa. No dia 23 de novembro, o casal tornou-se o primeiro de Três Rios a se casar em uma cerimônia coletiva. Para Marcos, as pessoas precisam ter consciência dos seus direitos e lutar por eles. “Todos somos seres humanos e temos sentimentos, independente da opção. As pessoas precisam ter coragem de serem felizes e demonstrarem o amor que sentem. É um direito nosso e não importa se você está há 30 anos com uma pessoa ou se acabou de conhecê-la, como o nosso caso. Não existe tempo para o amor. Os meus objetivos e os do João são os mesmos, então por que não oficializar e garantir os nossos direitos?”. O casal, que pensa em ter filhos, garante que o olhar das pessoas ainda é de susto ao falar que são casados e ficam curiosos, mas não abrem mão de deixar claro que formam um casal. A garantia dos direitos na oficialização da união é uma conquista que começa a tomar proporção em grandes e pequenas cidades. Em Três Rios, o número ainda é pequeno, mas entende-se que, com o passar do tempo, os casais posicionem-se na sociedade e garantam seus direitos.
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COOL Aconteceu
Santa Isabel e Cedimagem inauguram clínica
de Ressonância Magnética em Três Rios FOTOS JoAnICE RodRIGuEs
Coquetel de inauguração aconteceu em outubro e reuniu médicos, empresários e autoridades.
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radição e tecnologia se uniram e, na esquina das ruas Sete de Setembro e 14 de Dezembro, no centro de Três Rios, já está estampada a novidade: Quando duas grandes clínicas se aliam, a sua saúde sai ganhando. Foi inaugurada no dia 23 de outubro a Santa Isabel Ressonância Magnética, uma parceria do Grupo Santa Isabel, presente há mais de 30 anos no município, com a Cedimagem, tradicional centro de medicina diagnóstica de Juiz de Fora. Médicos, empresários e autoridades da região participaram do coquetel de inauguração e conheceram de perto a novidade. Para Cláudio Prata Ramos, diretor da Cedimagem, a parceria é importante no momento de crescimento do município. “Para nós, é muito importante estar em Três Rios. A cidade se transformou nos últimos anos, é moderna e bonita. Já tínhamos muitos clientes que saíam daqui para realizarem o exame em Juiz de Fora, então, a nova clínica dará mais conforto a todos. Demoramos a encontrar um parceiro e, quando conhecemos a equipe da Santa Isabel, encontramos o parceiro certo”, afirma o médico radiologista. Ele explica que o equipamento de ressonância magnética instalado na clínica tem tecnologia de ponta. “É um aparelho moderno, da Siemens. Instalamos um exatamente igual a esse na nossa clínica em Juiz de Fora. Os médicos e pacientes da cidade e região estarão muito bem servidos”, informa. O exame de ressonância magnética de alto campo proporciona a tranquilidade de um diagnóstico preciso e mais segurança na definição do tratamento.
Diretor da Santa Isabel, o médico radiologista Manoel Vasconcellos Filho comemora a nova fase da empresa. “Inaugurar a ressonância magnética só foi possível com esta parceria. Estamos unindo a experiência e tradição de uma clínica que está na terceira geração de médicos especialistas com um grupo tecnologicamente muito forte. A população e os médicos ganham muito com esta conquista”, finaliza.
Dr. Manoel Vasconcellos, Luiz Alberto Barbosa e dr. Claudio Ramos
“A população e os médicos ganham muito com esta conquista”, Manoel Vasconcellos Filho, diretor da Santa Isabel
Guilherme Bastos, dr. Manoel Vasconcellos, dr. Claudio Ramos, dr. Leonardo Macedo, dra. Renata Vasconcellos e dr. Ricardo Viana
Teresa Assumpção, dra. Elen de Freitas, dr. Bruno Custodio e Ricardo Rocha
Dr. Norton Portela, dr. Wilson Carvalho, Rafael Machado e Sivanil Souza
“A nova clínica dará mais conforto a todos da região”, Cláudio Prata Ramos, diretor da Cedimagem
Marco Monnerat, Mônica Martins, Vanessa Santos, Nilma e dr. Manoel Vasconcellos, Déborah Fagundes, Guilherme Bastos, Carla Aksenow, dr. Claudio Ramos, Lauriane Gomes e Heloísa Ramos
Dr. Ivson Ribas, dr. Alcendino Almeida e dr. Renato Muniz
Elisângela Morais, Jurandir Correa e Mário Correa
Ingrid Rizzo, da agência QG23, e Luciana Vaz, da Santa Isabel
Dra. Renata Martins, dr. Nilson Areas, dra. Paloma Areas e Marco Monnerat
Dr. Selmo Sabino, dr. Carlos Alberto Junqueira, Frederico Junqueira, dr. Fernando Chimelli e dra. Viviane Visconti
Rafael Machado, dra. Renata, dr. Manoel e Nilma, Sabrina e Felipe Vasconcellos, dra. Tatiana e Tiago Correa
Marco Monnerat, dra. Tatiana Vasconcellos, dr. Ricardo Viana, dr. Vinícius Bonfante, dr. Carlos Alberto, dr. Manoel Vasconcellos, dr. Leonardo Macedo e dr. Hélcio Serpa
Dr. Ricardo Ribeiro e dr. Thiago Elmor
Larissa Abdu, Sabrina Vasconcellos, Felipe Vasconcellos e Diego Raposo
24 2252-4729 santaisabeldiagnostico.com.br Rua 14 de Dezembro, 186 Centro - Três Rios
COOL Aconteceu
Emporium Cestini comemora primeiro ano em Três Rios FOTOS sAndRo fAustIno
data especial reuniu amigos e clientes no ambiente mais charmoso da cidade.
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o dia 28 de outubro, a Emporium Cestini abriu as portas com muitos motivos para celebrar e dividir os momentos com clientes e amigos. Localizada na Galeria Martha Dutra, Centro de Três Rios, a cafeteria surgiu e ganhou forma por meio dos sonhos e inspirações de Karen Kelly Chimatti, Alessandra Mangini Pança e Wilson Ricardo Chimatti. “Tudo começou com uma ideia de fazer cestas de café da manhã e, com o tempo, fomos aperfeiçoando e inserindo novidades, como os produtos importados, que incluem cho-
colates belga, polonês e turco, que hoje fazem sucesso”, conta Karen. Lugar ideal para um café acompanhado por delícias doces e salgadas a qualquer hora do dia, a Emporium Cestini apresenta um novo conceito no município, com ambiente decorado para agradar todos os públicos. “As pessoas saem de suas casas para tomar nossas bebidas aqui, que é uma continuidade da casa, se sentem à vontade”, comenta Alessandra. Os doces e os salgados da Emporium Cestini são diferentes e únicos, desde a aparência até o sabor. Brigadeiros gourmet, brownies, cupcakes, coxinha
de gorgonzola com nozes, quiche de queijo brie com geleia de damasco... E as bebidas, quentes e geladas, irresistíveis! A Emporium Cestini que os trirrienses conheceram e aprovaram no último ano será, em breve, conhecida por mais pessoas. “Nosso plano é transformar em franquia, é um modelo que deu certo”, revela Alessandra. Aberta de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h, e aos sábados, das 9h às 15h, a cafeteria mais charmosa e aconchegante da cidade espera sua visita. Acompanhe, também, a Emporium Cestini no Facebook.
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BALI
POR bERnARdo vERGARA
FOTOS ARQuIvo pEssoAL
Pais Indonésia Área 5.780 km² População 4,22 milhões de habitantes Economia Agrária e turismo Clima tropical Moeda Rupia indonésia Idiomas bahasa bali, bahasa indonésio e Inglês
A mística ilha dos mil templos
CONTEMPLANDO O MÍTICO TEMPLO TANAH LOT
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Misticismo, religião, paraísos naturais e sabedoria. Dessa maneira eu escolho sintetizar a ilha de Bali, na Indonésia. Entre as quase 17.000 ilhas que compõe o arquipélago Indonésio, essa tem uma atmosfera especial, única e inesquecível. Esse paraíso de belezas naturais, água verde cristalina e aproximadamente mil templos espalhados pelos vilarejos, é cenário digno de filme.
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ra para ser apenas mais uma parada durante uma grande viagem que eu estava fazendo pelo sudeste da Ásia junto a um amigo, mas, por fim, foi muito mais que isso. O descobrimento daquela ilha paradisíaca e espirituosa me fez repensar muito sobre a vida. Sim, eu esperava me surpreender com as belezas naturais do lugar, diria até que com a religião e com a paz vindas da meditação, porém não esperava ver um povo tão religioso, espirituoso e de bem com a vida. Encravada no meio de um país que possui a maior população islâmica do planeta, a ilha de Bali tem sua religião focada no Hinduísmo budista, uma forma de religião muito peculiar e única. O povo balinês adora uma grande quantidade de deuses e todos os dias lhes oferece as chamadas canang saris, espécies de cestinhas contendo flores, frutas, doces e dinheiro. São cidadãos de muita fé, que não se cansam de agradecer pela vida, esteja ela da maneira que for. Além dos aproximadamente mil templos que cercam a cidade, quase todas as residências possuem o seu santuário próprio para rituais de agradecimento e oferecimento aos deuses. Nos passeios que dávamos pela ilha, eu e meu fiel companheiro de mochila, Rodrigo Zaquieu, nos deparávamos com santuários de formas e belezas diversas. Um mais lindo e bem trabalhado do que o outro. Cabe citar que aquelas estátuas magníficas de pedra ou concreto que compõe os templos e santuários são artesanalmente feitas por artistas da região. A vontade de comprar aquelas peças, que são vendidas nas lojas da ilha, para ornamentar nossas casas no Brasil era grande, porém em uma mochila que nem roupa suja mais cabia, acabava não sendo possível. Com toda essa espiritualidade e paz adquirida por nós, nossa estada na ilha foi de muito relaxamento, mas, ao mesmo tempo, de muita produção. Ora de carro, ora de moto, nossos dias se iniciavam com o nascer do sol e eram usufruídos da melhor maneira
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“são cidadãos de muita fé, que não se cansam de agradecer pela vida, esteja ela da maneira que for” possível, com ganho cultural, espiritual e de muito prazer pessoal. Todos os dias explorávamos uma nova praia ou, às vezes, uma nova ilha, quando tomávamos uma lancha para lugares vizinhos de beleza ainda mais incrível e água mais cristalina. As praias de Bali são belas, mas as praias das ilhas vizinhas de Nusa e Gili [1] é que são as cerejas do bolo balinês. A água, que já é verde, se torna incrivelmente mais límpida, com areias mais claras e alguns bangalôs muito bem estruturados. Em um dos dias à beira de um bangalô, tomando um suco e apreciando aquele mar infinito, concluímos que aquele destino seria ainda mais bem aproveitado ao lado de nossas parceiras. E seria mesmo, mas como lá elas não estavam, nos restou a função de fazer uma chamada revistaon.com.br
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de áudio e vídeo para as duas no Brasil e matar a saudade apresentando imagens daquele marzão cristalino. Acredito que ambas tenham tido vontade de nos matar naquele momento, ao ter acesso, mesmo que por vídeo, àquele mar e céu azul que se confundiam na mesma intensidade de coloração. Ilhas e praias paradisíacas, culinária variada e bastante boa, templos inesquecíveis, como o templo Tanah Lot, situado em uma formação rochosa à beira mar, prática de esportes, como uma descida de mountain bike do vulcão Batur[2], e pores do sol cada dia mais exuberantes. Ufa, fizemos muito para somente cinco dias no destino. Chegamos a ter a impressão de que nossa estada por lá tinha varado uma semana adentro. A verdade é que saímos de Bali renovadíssimos e muito mais energéticos do que lá entramos. É impossível não levar a forte e positiva energia que a ilha e o povo transmitem. O povo de Bali é um caso a parte, tamanha a bondade, lealdade e feli-
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“Das crenças locais me identifiquei muito com uma que sigo e acredito: tudo o que você faz aos outros volta para você, tanto para o bem quanto para o mal” cidade que encaram a vida, fica difícil até explicar. Em determinado momento conhecemos um cidadão chamado Angelo, que em 15 minutos de conversa e bons assuntos nos emprestou sua moto para que explorássemos a ilha. Acredite se quiser, mas isso ocorreu conosco logo no primeiro dia. Das crenças locais, me identifiquei
muito com uma que sigo e acredito de olhos fechados. Ela prega que tudo o que você faz aos outros volta para você, tanto para o bem quanto para o mal. Posso afirmar que Bali foi um dos destinos mais fantásticos que já fui e super indico aos leitores da Revista On uma visita à ilha. Terima Kasih Bali!
QUANDO IR Durante o a estação seca (junho a outubro), temporada que tem dias quentes, mas ao mesmo tempo não tão abafados e com baixa intensidade de chuva. As estações de Bali se dividem em duas: estação das chuvas e estação seca.
sentar às mesas e apreciar o belíssimo pôr do sol de um ponto privilegiado da ilha.
COMO CHEGAR Voando pela companhia Qatar Airways (qatarairways. com) do Rio de Janeiro a Bali, com uma escala na cidade de Doha no Catar, a partir de R$ 3.750. ONDE FICAR Sugiro se hospedar na região de Seminyak, que além de estar próxima do aeroporto que serve Bali, se situa na capital da ilha, Kuta. Tem estrutura física bastante boa e ainda facilidade na logística de saída para outras ilhas do arquipélago. Minha sugestão de acomodação é pelo Amadea Resort & Villas (amadeabali.com), situado na principal rua de Seminyak, cercado por bons restaurantes e lojas, com diárias na faixa de R$200. ONDE COMER Sugiro o restaurante de cozinha asiática Sarong (jalan petitenget 19 / kerobokan), famoso pela fina gastronomia e, ainda, pelo requinte do ambiente. A sugestão de prato fica por conta do pato caramelizado ao estilo vietnamita. Sugiro ainda o restaurante do beach club Ku De Ta (jalan Kayu Aya 09 / Seminyak), a fim de beliscar qualquer petisco da casa que lhe permita
O QUE FAZER Entre os muitíssimos programas para fazer na ilha, vou listar alguns dos meus preferidos. Descer o vulcão Batur de Mountain Bike cruzando as vilas de nativos e apreciando de perto a rotina dos cidadãos locais; explorar o bairro de Ubud, considerado a capital cultural da ilha; conhecer o belíssimo templo hindu Tanah Lot, situado em uma formação rochosa à beira mar; apreciar o pôr do sol em uma das praias da região de Kuta; atravessar de barco até a ilha de Nusa Lembongan e explorar as praias em uma scooter; se hospedar por pelo menos uma noite em uma das três ilhas Gili e realizar um mergulho; e, por fim, aproveitar as boas festas. ANTES DE VIAJAR Turistas brasileiros têm direito a emissão do visto de visitante para estadas de até 30 dias no aeroporto de chegada ao país. Exige-se passaporte brasileiro com vigência mínima de seis meses, certificado internacional de vacina contra a febre amarela e o pagamento de taxa de visto no valor de US$ 35. QUEM LEVA A empresa betrip solução em viagens. Para maiores informações sobre roteiros, datas e valores, entre em contato pelos telefones (24) 2220-2494 e (24) 98829-2645. revistaon.com.br
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COOL diário de bordo
MOCHILÃO NORDESTE ESTADOS VISITADOS 04 CIDADES VISITADAS ARACAJú (sE), CAnIndé dE são fRAnCIsCo (sE), mACEIÓ (AL), poRto dE GALInhAs (pE), oLIndA (pE) E pIpA (Rn).
QUANDO IR
Em dezembro e janeiro (alta temporada) o clima é perfeito, mas tudo é mais caro e as praias estão superlotadas. Então, sugiro visitar o nordeste em novembro ou fevereiro.
RIO GRANDE DO NORTE pRAIA do mAdEIRo
COMO CHEGAR
Eu viajei sozinha, por isso fui de ônibus de uma cidade para a outra. mas se você estiver em grupo, vale a pena alugar um carro para percorrer o litoral com mais tranquilidade. ONDE FICAR
se o objetivo é viajar gastando pouco, faça contato com a galera do Couchsurfing, que é uma rede onde os membros oferecem hospedagem gratuita no mundo inteiro. foi assim que me hospedei em maceió. também indico o Albergue de olinda e o pipa hostel, ambos são muito bem localizados e o atendimento é ótimo. ONDE COMER
turismo gastronômico não é meu forte. mas recomendo o camarão crocante do barcaxeira, em porto de Galinhas. só de lembrar, me dá água na boca. DICA
Assista os vídeos da viagem e confira todas as curiosidades, acesse: facebook.com/canalchegai
MANOELA NOBRE
A
NO NORDESTE
minha paixão por viagens é desde a infância. Sempre sonhei rodar o mundo e conhecer novas culturas. E quando, enfim, a oportunidade chegou, eu pensei: Por que não compartilhar esses momentos? Me julguem, eu mereço! Pois os destinos internacionais sempre foram as estrelas dos meus planos. E foi justamente por onde comecei. Mas os “gringos”, que são enlouquecidos pelo Brasil, me levaram a uma reflexão... Preciso priorizar a minha terra também! Foi por isso que coloquei minha mochila nas costas e segui rumo ao Nordeste. Conhecer algumas das praias mais encantadoras do Brasil foi o foco dessa aventura. O meu objetivo era gastar pouco e conhecer pessoas. O resto eu resolveria pelo caminho. E foi assim que desembarquei em Aracajú e já me surpreendi com a beleza e organização da cidade. Na capital sergipana, a Orla de Atalaia é o cartão postal e um verdadeiro complexo de lazer que reúne parque infantil, lagos artificiais, feiras de artesanato, kartódromo e a famosa Passarela do Carangueiro, com diversos restaurantes e barzinhos que se iluminam nas revistaon.com.br
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COOL diário de bordo
PORTO DE GALINHAS mERGuLho
noites aracajuanas. A posição privilegiada de Aracajú, entre Bahia e Alagoas, também possibilita vários passeios de bate e volta. Eu fui conferir dois deles: Mangue Seco, onde você se aventura de buggy entre as dunas branquinhas até chegar à praia deserta, com águas calmas; e o segundo (meu preferido), Canindé de São Francisco de onde parte o passeio de Catamarã pelos Cânios de Xingó. O contraste entre a terra seca do agreste sergipano e a fartura de água do Velho Chico, margeado pelos imponentes Cânios de Xingó tornam o cenário único e exuberante. Seguindo viagem, passei rapidamente por Maceió. Foram apenas dois dias, mas o suficiente para entender a fama
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PORTO DE GALINHAS vILA
do litoral alagoano. Conheci as praias da Ponta Verde, Francês e Barra de São Miguel, e parti com um pouquinho de frustração, pelos muitos lugares que não tive tempo de conhecer. Mas uma coisa é certa, voltarei! Porto de Galinhas foi minha próxima parada. Mal coloquei meus pés na vila e já me apaixonei. De buggy, conheci a toda a região logo no primeiro dia. Começamos pela praia de Maracaípe, point dos surfistas, e depois, seguimos em sentido oposto, até a praia de Muro Alto, onde a água calma é perfeita para stund-up. Depois de conhecer tudo por terra, me joguei na água e fiz batismo de mergulho nas piscinas naturais. Ainda em Pernambuco, encontrei história e boemia nas la-
MURO ALTO pAssEIo dE buGGY
RIO GRANDE DO NORTE pRAIA Em pIpA
deiras de Olinda. Entre os vários títulos que a cidade possui, o mais ilustre é o de Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade declarado pela Unesco. Os casarões antigos e ruas estreitas nos transportam para o século XIX, mas a música, presente em todos os cantos da cidade, faz de Olinda uma cidade boêmia, centro cultural, berço do frevo e destino de carnaval. Pipa, no Rio Grande do Norte, foi meu último destino. Pude sentir uma energia jovem e positiva que toma conta da região. Tem badalação, esportes e natureza em um único lugar, o que garante o agito dia e noite nas ruas estreitas da vila. Os paredões de falésias cercam todas as praias, onde o acesso só é possível por escadas. Uma boa sugestão (o que eu fiz) é checar a tábua de marés e sair para uma caminhada com a maré bem baixinha. Eu percorri as praias do Amor, Centro, Baia dos Golfinhos e Madeiro, em cerca de uma hora. Inclusive, se você ficar atento, vai conseguir ver golfinhos na praia, outra opção é pegar um barco para ver os bichinhos de perto. À noite, Pipa se transforma. E foi nas baladas - tem pra todos os estilos - que me despedi dessa terra maravilhosa, que já sinto saudade! revistaon.com.br
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Sabor de amor
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Esse texto delicioso, escrito pela nossa querida gastrônoma Andrea Rosa, nos faz lembrar a importância em deixar fluir o que muitas vezes nos privamos de experimentar, de ousar, de investir. Todos nós temos dons e vale muito tentar desenvolvê-los e, quem sabe, des-
Minha primeira experiência com gastronomia foi certamente na infância. Os deliciosos sabores temperados com muito amor pela minha segunda mãe, Ernestina, minha babá e mãe de criação (como eu costumo dizer). Ernestina colocava tanto amor no ato de me alimentar e de me mimar através das gulodices maravilhosas que ela fazia que, ao longo da vida, fui me aventurando a cozinhar, buscando o sabor e aquela sensação deliciosa do passado. Assim, fui descobrindo que possuía aquele mesmo dom de alimentar com amor e, quando percebi, a gastronomia e a nutrição já faziam parte da minha vida. Quando mudei-me para a Serra, uma das primeiras coisas que fiz, além de criar galinhas, patos, carneiro, cabritos, coelhos, cavalos e vacas, foi preparar uma horta. Troquei as pedras preciosas das minhas peças como joalheira, que foram apreciadas nacional e internacionalmente, pelas verduras e legumes orgânicos, que são hoje a minha maior riqueza. A gastronomia está relacionada diretamente com o ato de amor. Costumo dizer que, se perguntarem a algumas pessoas: Qual a comida mais gostosa do mundo?, certamente a resposta será unânime: ‘A comida da minha mãe!’ ou ‘A comida da minha avó!’ ou ‘A comida da minha tia!’. Todas as respostas lembram a comida com sabor de amor.” Andrea Rosa
Peito de frango cozido e desfiado Alface Broto de alfafa Mostarda, azeite, vinagre balsâmico, mel, pimenta do reino Nozes Queijo parmesão ralado
CHEF Andrea Rosa coloca amor na culinária
SUAVES A salada é uma das sugestões ensinadas pela profissional
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cobrir novos sabores. Salada de frango e salmão defumado são duas sugestões suaves preparadas com muito amor pela chef Andrea Rosa. Os canais para entrar em contato com a chef são: (24) 99916-8493, (21) 99973-5138 e facebook.com/andrea.rosa.3367174.
Salada de frango INGREDIENTES
MODO DE PREPARO
Em um recipiente, coloque a mostarda, tempere com azeite, vinagre e pimenta do reino. Depois de temperada, acrescente o mel a gosto. Rasgue as folhas de alface e vá arrumando em uma travessa.
Por cima, coloque os brotos de alfafa. Quebre as nozes e salpique pela alface e brotos de alfafa. Rale o queijo e, por cima de tudo, arrume o frango desfiado. Depois, coloque o molho de mostarda.
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Salmão defumado INGREDIENTES
1 pacote de salmão defumado Alface Cream cheese Alcaparras Alecrim Azeite 2 fatias de pão de forma sem abas MODO DE PREPARO
Coloque o azeite sobre um prato, tempere com alecrim, alcaparras e um fio de vinagre balsâmico. Nessa mistura, coloque o salmão defumado e deixe por uns minutos. Corte as alfaces em lâminas, tempere com sal, azeite e vinagre balsâmico. Reserve. Pegue as fatias de pão e
leve à torradeira ou ao forninho só para aquecê-las. Não deixe torrar. Disponha as torradas sobre o prato. Por cima delas coloque as lâminas de alface e as fatias de salmão até que cubra totalmente a alface. Enfeite com algumas alcaparras. Está pronto para servir. Bom apetite!
Bernadete Mattos Consultora graduada em gastronomia bemattos1@gmail.com Luiz Cesar Apresentador do programa papo Gourmet, no Canal 5 luizcesarcl@uol.com.br
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