Revista On #25

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#25 Editorial

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capa desta edição já diz tudo: é festa! A Revista On acaba de completar quatro anos de conteúdo inteligente com o objetivo constante de apresentar pessoas e ideias que, de alguma forma, contribuem com a sociedade. Chegamos ao número #25! E só chegamos porque você, leitor, nos mostrou como chegar. Isso mesmo. Como a revista é feita para você, estamos sempre atentos aos temas que podem contribuir com o seu crescimento pessoal e aos que interferem diretamente em seu cotidiano. Um bolo para celebrar? Ou seria melhor um jantar? Ficamos com a terceira opção: entender como está o mercado de festas e eventos na região! A conclusão está a partir da página 50 e vai te surpreender. Profissionais e empresas locais acompanharam o crescimento do setor, tanto os que já estavam na profissão como os que acabaram de chegar para dar um gás ainda maior, e já é possível organizar uma festa com produtos e serviços de qualidade sem a necessidade de buscar fornecedores distantes. Preparamos um guia que vai te ajudar! Ainda no clima de festas, um casamento, um aniversário e o sucesso das debutantes também estão nas próximas páginas. Quer música? Sirva-se com Acústico A3, banda trirriense que faz sucesso por onde passa. Quer informações sobre saúde e bem-estar? Conheça os benefícios da corrida em grupo, a importância da amamentação e descubra se seu smartphone está atrapalhando sua vida. Já na página a seguir, conheça a carreira do lutador André Tadeu e, logo depois, uma entrevista com José Barros, político que participou das últimas quatro eleições e apresenta suas opiniões sobre temas atuais. Quer novidade? A partir desta edição, Daniela Samira e Josy Pinheiro assinam novas colunas. Quer mais novidade? Então prepare-se, elas estão chegando... Boa leitura!

Índice GENTE 11 18 24 32 34 38

Carreira Arte Entrevista 5 perguntas opinião Educação

ECONOMIA&NEGÓCIOS 43 50 62 64

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Empreendedorismo Capa RH mercado de trabalho

BEM-ESTAR

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69 Esporte 78 saúde 88 Comportamento

COOL 93 102 118 124 132

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música festas Aconteceu viagem sabores

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GENTE

JoAnICE RodRIguEs

carreira 11 arte 18 entrevista 24 5 perguntas 32 opinião 34 educação 38

ANDRÉ TADEU

DA SILVA POR mAYARA stoEpkE FOTOS ARQuIvo pEssoAl

Se lutar por um sonho é um objetivo, que ele seja cumprido com muita honra e dignidade. o jovem que enfrentou dificuldade na infância e hoje tem sua marca em mais de 24 cidades do brasil conta a trajetória de sucesso marcada por muitos desafios.

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GENTE CARREIRA

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eterminação, força, disciplina, meta e foco. Não tem como começar a contar essa história sem usar tais palavras O mais velho de seis irmãos, morador do subúrbio e com um padrasto alcoólatra, o trirriense André Tadeu da Silva começou a trabalhar aos 10 anos em casa de família. Foi servente de pedreiro e pintor de carro. O menino queria ser jogador de futebol, mas viu nas artes marciais uma forma de mudar a sua história e conquistar os sonhos. A infância de André Tadeu foi marcada pela vontade de ser super-herói. Os sucessos “Karatê Kid” e “Dragão Branco” marcaram o início do sonho. Naquela época em que as artes marciais ganhavam a mídia, André começou a ter interesse pela atividade. O primeiro contato foi com o taekwondo e houve uma imediata identificação. “Antigamente, as artes marciais eram muito mais febre que são hoje porque eram novidade. Então, o Marcos, um amigo, falou sobre uma academia que oferecia taekwondo. Quando cheguei, logo gostei, mas era uma dificuldade muito grande. Eu não tinha dinheiro para competir e comprar as roupas, mas ia tocando”, diz. Durante muito tempo, precisou conviver com os que diziam que o esporte era coisa de “brigão” e de “quem não queria nada com nada”, mas sua

visão já era completamente diferente. Era no tatame que André Tadeu podia sonhar com um caminho diferente. “Eu tive muitas oportunidades de ir para o caminho errado, onde eu vivia existia muita coisa errada”. Da infância difícil, ficam algumas lembranças marcantes, como a ceia de Natal que participava na casa de vizinhos e dos almoços certos quando brincava na casa dos amigos, além da presença da mãe, que sempre o motivou a buscar a realização dos sonhos. “Ela nunca assistiu uma luta minha, não gosta muito, tem medo de me machucar e machucar alguém, mas acompanha e me incentiva”, acrescenta. Sem pensar em uma carreira sólida como lutador, o jovem seguia no esporte apenas por hobby. Foi preciso que Nicole, sua namorada, na época, e hoje esposa, o fizesse enxergar o potencial escondido entre tantas dificuldades e falta de oportunidades. “O que me motivou foi o amor e a minha paixão por ele. Eu tive a oportunidade de estudar e fazer uma faculdade, ele não teve. Então, eu precisava pensar algo que o

PRIMEIRO UNIFORME Os amigos Jânio Quadros e Zanon Moreira doaram a roupa para André

COLÉGIO LAURA CABRAL Primeira oportunidade do lutador como profissional no esporte

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“não vou parar por aqui, ainda tenho muita coisa para fazer”, André Tadeu

fizesse crescer junto comigo”, revela Nicole. Foi nas artes marciais que investiu junto com o marido e tornou-se, desde então, a maior incentivadora da carreira. Com olhar empreendedor, ela conta que passou a orientar André na vida profissional e buscou novas modalidades e competições. Havia chegado a hora de virar o jogo, literalmente. “O Eduardo Andrade Moura [já falecido] tinha um contato muito grande com o mestre Fernando, em Juiz de Fora, que colocava seus alunos em grandes competições, o que não acontecia em Três Rios. Foi quando comecei a disputar alguns campeonatos. Depois de um ano, o mestre Fernando colocou todos os faixas pretas de Três Rios que praticavam o esporte com ele contra a parede e disse que tínhamos que resolver se éramos alunos dele ou não”, recorda. Passou dificuldade, pois esportistas do Rio de Janeiro não poderiam participar de uma escola em Minas Gerais. “Diferente de todos os outros, bati o pé na Confederação Brasileira e disse que faria parte da escola do mes-


TRABALHOS SOCIAIS André com uma das turmas gratuitas para crianças

tre Fernando. Nesse mesmo tempo, tinha ‘meio caminho andado’ com o Colégio Laura Cabral para dar aulas”, conta. Assim, André recebeu a responsabilidade de direcionar mais de 200 alunos do colégio na modalidade esportiva. “Foi uma grande surpresa e vitória para mim, pois neste mesmo momento me tornei aluno do mestre Fernando e tive que lidar com muitas críticas contrárias à minha presença no Estado de Minas”, afirma. Como em outros momentos da vida, era hora de superar e seguir em frente. No mesmo período, Nicole não parava de empreender e teve a ideia de André ter a própria academia de artes marciais. “Foi ela que escolheu o nome ATS - André Tadeu da Silva, há 16 anos”, lembra. Foi nas dependências do Teatro Celso Peçanha, em Três Rios, que André instalou a academia pela primeira vez. O atleta não tinha como investir no negócio, mas a esposa conseguiu ajudar com um dinheiro que ganhou da madrinha. “Eu fico antenada no que as academias de todo o Brasil estão desenvolvendo para eu trazer para a minha, é assim o tempo todo. André entra com a prática e eu com a estratégia. Sem dúvidas foi o casamento perfeito”, brinca Nicole. Três Rios ainda não tinha uma academia exclusiva para aulas de artes marciais e, com a academia em fun-

cionamento, muitos alunos de André no colégio passaram a frequentar as dependências do teatro para os treinos. Em paralelo, outros chegaram para aumentar a turma. “Comecei a ir para o Rio de Janeiro e buscar novas técnicas. Trouxe o jiu-jitsu e Três Rios passou a ter a modalidade conhecida com a ATS”, explica. A disciplina e a filosofia das artes marciais sempre fizeram parte de todo

A disciplina e a filosofia das artes marciais sempre fizeram parte de todo o processo da academia

o processo da academia. Dessa maneira, e com o olhar de Nicole, a ATS inovou e acrescentou o muay thai. “Nesse mesmo tempo, a Nicole queria que eu lutasse o vale tudo, hoje o conhecido MMA. Comecei a treinar para competir com pessoas que eu achava que sabiam a modalidade”, lembra. Nos treinos, uma lesão na coluna deixou o campeão fora do tatame por nove meses, um dos momentos mais difíceis que André enfrentou na profissão. Foi André Tadeu que organizou o revistaon.com.br

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GENTE CARREIRA

“o que me motivou foi o amor e a minha paixão por ele”, Nicole Jaloto

primeiro Campeonato de Luta Livre em Três Rios, em 2005. “Um evento que era para custar R$ 8.000 saiu por R$ 16.000. Foi mais um momento em que conheci realmente os meus amigos”, comenta. O guerreiro seguiu em frente, com lutas, vitórias, derrotas e um espaço cada vez maior na cidade, além do reconhecimento. Entre tantas vitórias, estão as aulas gratuitas para crianças carentes desenvolvidas nos bairros Vila Isabel, Jardim Glória, Monte Castelo e Passatempo. “A Nicole se graduou em muay thai e Jiu-jitsu e, hoje, também dá aulas para meninas carentes dentro da ATS”, acrescenta André. É uma história digna de cinema? Claro, inclusive já virou obra cinematográfica. Edvaldo Freire documentou toda a trajetória de André no longa “Guerreiro André Tadeu”. “A ideia surgiu com uma provocação do apresentador Klécius Peralta, após uma entrevista com André. E, claro, realizei o projeto”, conta. O trabalho foi desenvolvido ao longo de dois anos e tem a participação de grandes personagens que ajudaram o atleta a construir uma história de mais de 16 anos. “O maior desafio foi estar presente na maior parte do tempo com André, já que as agendas eram complicadas”. O futuro do documentário ainda é incerto, mas o objetivo de Edvaldo é disponibi-

FAMÍLIA O atleta com o a esposa Nicole, e o casal de filhos

ATS A academia tem mais de 400 alunos divididos em turmas e modalidades 14

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ESPORTE Ao longo da carreira, André tornou-se exemplo para novos praticantes

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inaugurada há 10 meses. Diferente da ATS, o novo projeto disponibiliza aulas individualizadas. “Eu sou de Juiz de Fora e, em fevereiro do ano passado, vim morar em Três Rios. Em Minas, treinei um ano antes de vir e conheci o trabalho do André por intermédio do meu antigo professor. Estou adorando os resultados, é mais intenso, a cobrança é maior e me identifiquei muito com o trabalho dele”, explica Fernanda. Para Felipe, a seriedade e os princípios básicos do treinamento são os

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lizá-lo na internet e festivais, já André gostaria de levar o vídeo para escolas e incentivar outros “Silva’s” na conquista de sonhos. “Durante as filmagens, descobri um André que luta por seus sonhos e objetivos sem passar por cima de ninguém”, resume Edvaldo. A advogada Fernanda Avelar e o marido Felipe Altino, médico, praticam artes marciais no mais novo empreendimento de André Tadeu, em parceria com o professor de educação física Tiago Vasconcellos, a AT - André e Tiago,

FERNANDA E FELIPE O casal treina no novo espaço do atleta


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NOVA CONQUISTA O projeto foi inaugurado em 2014 e tem objetivos diferentes da ATS

diferenciais. “Ele não coloca o aluno em risco em momento algum, por isso escolhi fazer as aulas com ele, sei que é sério”, completa. Em 16 anos, o reconhecimento já chegou a lugares distantes. “Hoje, graças a Deus, o Brasil todo me conhece. Estou na TFT, uma grande equipe com atletas no UFC; 24 cidades usam o meu nome; participei de um reality show no México; tenho uma faixa de 2.000 mil alunos, no geral; tenho projetos sociais; sou bicampeão do Jungle Fight, tricampeão do Wocs e vou disputar mais um cinturão; recebi dois prêmios de melhor lutador de artes marciais de Três Rios; sou um dos coordenadores de artes marciais de Três Rios e dou aulas para os guardas municipais da cidade”, orgulha-se ao resumir as conquistas no esporte. Na ATS, que já conta com mais de 400 alunos, são oferecidas aulas de luta livre, jiu-jitsu, boxe, muay thai e taekwondo. E, com a força de um guerreiro vencedor, ele garante: “Não vou parar por aqui, ainda tenho muita coisa para fazer”.

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PARCERIA SÓLIDA FOTOS dIvulgAção

uma empresa jovem e fundamental para o desenvolvimento, principalmente, do setor industrial na região. A Tecsolid, que surgiu com o encontro de dois profissionais altamente qualificados, chega aos seis anos de existência com grande reconhecimento da qualidade dos produtos e serviços.

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Tecsolid iniciou suas atividades em 2009, mas sua existência começou a ser planejada alguns anos antes, com o encontro de duas peças fundamentais para a base da empresa. Luis Ricardo Silva Teixeira e Julio César Nascimento Godinho são profissionais com formações e experiências profissionais diferentes. Ricardo é especialista na área de projetos, enquanto Julio tornou-se especialista em solda. “A empresa foi o sonho de duas pessoas que se encontraram”, comenta Julio. Ricardo é de Paraíba do Sul e Julio saiu

A tecsolid atua com caldeiraria leve e média, serviços de corte, dobra, solda e serviços em geral

de Minas Gerais com o objetivo de atuar no setor de petróleo. “Vim para Três Rios com o objetivo de estar mais perto da capital, onde fazia cursos de especialização. Certa vez, fui fazer um trabalho extra na empresa em que o Ricardo trabalhava e nos encontramos. Passei a ter contato direto com ele. Como eu já havia dado aulas e

o Ricardo também, pensamos em montar uma escolinha de solda para formar novos profissionais. Criamos e ela funcionava aos sábados e domingos”, lembra Julio. Com o tempo, os sonhos cresceram e as oportunidades surgiram. Tinham um espaço, compraram algumas máquinas e começaram a fazer peque-


PUBLIEdItoRIAl

CORTE A empresa oferece o serviço de diversas formas, com guilhotina, plasma e oxicorte

nos serviços. “A empresa iniciou de verdade quando uma grande obra na região acreditou que poderíamos ser fornecedores”, comenta Ricardo. Atualmente, a Tecsolid atua com caldeiraria leve e média, serviços de corte, dobra, solda e serviços em geral. Mas nem sempre foi assim. “Começamos com obras pequenas, fazíamos estrutura, toda a parte de ferros, de aço, escada, corrimão... Tudo o que ninguém queria fazer, nós fazíamos”, acrescenta Julio. Com o tempo e a necessidade de aperfeiçoar ainda mais os serviços oferecidos, a marca passou a ter foco em alguns serviços e deixar outros de lado, sempre com o objetivo de garantir o melhor custo-benefício para o cliente. “Hoje 70% dos nossos produtos e serviços estão voltados

PARCERIA Ricardo e Julio com as respectivas famílias, base do sucesso da Tecsolid

DOBRA Um dos serviços mais procurados atualmente na Tecsolid

SOLDA A atividade que deu origem à parceria de Ricardo e Julio

A empresa surgiu a partir dos sonhos de dois profissionais especializados em áreas que se complementam para empresas do setor ferroviário”, diz. Com o setor ferroviário em expansão na região, a Tecsolid é uma parceria valiosa. “Muitas vezes, as empresas pedem um material e conseguimos entregar no mesmo dia. A logística fica facilitada e, além disso, os clientes podem vir acompanhar o processo, caso necessário, para ajustes no percurso”, diz Ricardo. As peças fabricadas pela Tecsolid já estão espalhadas por diversas partes do país, em lugares que você pode nem

imaginar, como em metrôs nas grandes capitais do país. “Começamos muito jovens, mas com bastante experiência. Hoje, o cliente já busca os serviços da Tecsolid e sabe que terá um produto bem acabado e com muita qualidade, o que é um grande diferencial. Com os projetos em 3D, o cliente vê o resultado antes da produção”, explica Ricardo sobre o uso de um software de engenharia que oferece qualidade, agilidade e segurança em cada projeto. Os sonhos dos amigos e empresários para a Tecsolid ainda são muitos, sempre buscando sua ampliação e melhores benefícios para os clientes. “Nossa marca tem uma parte do globo terrestre porque queremos ficar meio mundo conhecidos”, finaliza Ricardo ao apresentar o objetivo da empresa que, hoje, faz parte da família de cada um.

24 2252-6888 www.tecsolid.com.br Rua Isaltino silveira, 561 A Cantagalo - Três Rios - RJ


O COMPOSITOR

DE TEXTOS POR tAtIlA nAsCImEnto

SUPERVISÃO fREdERICo noguEIRA

FOTOS REvIstA on

Na certidão ele é Carlos Fernando Pinheiro Cardoso. Nas ruas, tornase o Fernandinho da gráfica. Aos 65 anos, tem sempre um sorriso estampado no rosto, muitas histórias para contar, uma alegria que contagia e carrega na bagagem profissional mais de 30 anos da arte da tipografia. Embora raros, tipógrafos como Fernandinho são considerados mestres das artes gráficas. Ou simplesmente artistas.

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o século 15, com a invenção da prensa tipográfica, o alemão Johannes Gutenberg redescobriu a tipografia, que pode ser definida como pequenos metais com relevos de letras, números e símbolos, os chamados “tipos móveis”. Inicialmente, foram criados pelos chineses, com a presença de tipos móveis rudimentares, porém não eram reutilizáveis, o que só aconteceria mais tarde. Com a revolução tecnológica, essa prática passou a ser gradualmente substituída por processos de impressão modernos. O processo, apesar de parecer simples, exige bastante técnica e, mesmo com os avanços, ainda é possível encontrar quem prefira man18

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ter a tradição, usando os processos de composição manual e conservando o início da arte gráfica. Em Paraíba do Sul está um personagem real desta arte. Nascido e criado no município, Carlos Fernando revela que começou na área aos sete anos, quando a mãe o colocou para aprender o ofício. “Ela me colocou na gráfica do falecido Heitor Peixoto para aprender. Fiquei lá por muitos anos, até que me mudei da cidade para ser jogador de futebol”. Depois de mais de 20 anos no futebol, inclusive fora do país, a paixão pela tipografia falou mais alto. Fernando decidiu retornar a Paraíba do Sul e, junto com dois amigos, com-

prou a gráfica em que trabalhou. “Eu trabalhei com o Clésio de Queirós e com o Nilo Barbosa, quando era pequeno. Um dia, eles foram até a minha casa para saber se eu não jogaria mais. Disse que não e, então, me ofereceram para ser sócio na gráfica. Permanecemos nessa parceria por décadas, mas me tornei o único proprietário com o passar do tempo”. Entre todas as etapas do processo, a mais fascinante para o tipógrafo é a montagem da chapa. “É uma parte que requer muita habilidade. Para ter uma ideia, chamamos isso de componedor. Um compositor compõe a música igual fazemos na gráfica, você vai compondo as palavras no componedor. Creio


GENTE Arte

A montagem das chapas requer habilidade

PROFISSÃO Fernandinho trabalha há mais de 30 anos com tipografia

FILHO Carlos Vinícius trabalha ao lado do pai e gosta de técnica

que seja por isso o nome”, acredita. Ele exemplifica o trabalho: “A pessoa chega e quer produzir um cartaz para divulgação de um evento. Ela me dá um texto e, a partir disso, vou montando. Tenho que pensar na letra e no tamanho dela, o que vai ser preciso ficar em destaque, o que ficará em negrito. É nesse momento que você para uns 30 minutos, fica observando e vai

montando a chapa. Isso puxa bastante da mente, é incrível. Já me disseram para parar, mas nem ligo. É uma tradição minha. Costumo falar com as pessoas que sou formado em letras sem ter ido à faculdade. Já cheguei a ter mais de 200 caixas de letras, de diferentes tamanhos”, diz emocionado. Para a felicidade e orgulho de Fernandinho, a profissão foi passada para

o filho. “É satisfatório ver meu filho trabalhando comigo. Meu outro filho já chegou a trabalhar também, acho bem legal. Fico orgulhoso deles”. Carlos Vinícius de Assis, 27 anos, trabalha há muitos anos ao lado do pai e desde a infância frequenta a gráfica. “Ficava brincando e observando todo o trabalho que era realizado. Com o passar dos anos, comecei a ajudar. No início fazia serviços de rua, até que um dia comecei a trabalhar na produção. Faço a parte de acabamento, de cortar o papel e colar. É um serviço tranquilo, gosto de fazer”, diz. Carlos relata que pretende continuar na profissão, seguindo os passos do pai, mas se adequando aos avanços tecnológicos. “Não tem outra coisa

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GENTE Arte

EQUIPAMENTOS A gráfica conta com uma máquina tipográfica Heidelberg e uma máquina manual elétrica Minerva

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que eu goste ou queira fazer. Acho legal manter a tradição. Claro que temos que inovar, pois chega uma hora que vai começar a faltar material para trabalhar. Então, vamos ser obrigados a mudar. Mas acho uma arte super bacana e que merece todo o respeito, pois foi a partir daqui que chegamos aos dias atuais”, explica. Fernandinho é declaradamente apaixonado pela profissão e faz questão de manter a tradição. Porém, tem consciência que, precisa se adaptar às novas tecnologias. “Eu gosto, mas em algum tempo acho que terei que mudar, até pelo meu filho que trabalha comigo, para ter uma estrutura mais moderna. Para mim, tem certas tradições que não poderiam acabar. E, mesmo que eu compre máquinas modernas para o meu filho, tudo o que tenho vai continuar na gráfica e vou continuar fazendo a montagem das chapinhas, colocar na máquina e imprimir”, garante.


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Processo de produção de um cartão 1 - A primeira etapa é a composição do texto, ou seja, montar letra por letra no componedor para que a chapa possa ser montada. As letras devem ser colocadas ao contrário, como em um espelho;

5 - É feita a “prova da chapa”. Compara-se o que foi solicitado pelo cliente com o que foi impresso. Com tudo certo, começa a impressão dos cartões, um de cada vez em um processo manual;

2 - Em seguida, o profissional amarra com um barbante e é necessário justificar as linhas;

6 - Quando há confecção de um talão que precisa ser colado, após a impressão o papel é levado para um vibrador;

3 - Com a chapa montada, o próximo passo é apertá-la usando guarnições;

7 - logo depois é levado para a colagem;

4 - Feito isso, a chapa é batida para que as letras fiquem na mesma altura;

8 - Por fim, vai para máquina de corte e o processo está finalizado.

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PUBLIEdItoRIAl

DEZ ANOS NO CAMINHO CERTO FOTOS dIvulgAção

Rota 197 completa primeira década em Três Rios com marca de mais de 2.000 veículos negociados

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uando chega aquele momento de compra ou troca de um veículo, é natural que as dúvidas também apareçam. Qual é o modelo ideal? Qual oferece o melhor custo-benefício para as necessidades? O que observar no automóvel? Quais são as documentações fundamentais? Para responder estas e inúmeras outras perguntas de clientes, Alexandre Calile e Elb Marques Mesquita, ambos com ampla experiência na área, fundaram a Rota 197, em 25 de janeiro de 2005. Poucas empresas do segmento conseguem sobreviver durante uma década em um mercado amplamente competi-

tivo. Entre elas está a Rota 197, que, de acordo com Alexandre, apresenta alguns diferenciais responsáveis pelo

sucesso. “Para nós, é muito importante fazer uma venda com qualidade. Seria fácil apresentar um modelo ao clien-

MARCA Consolidada no mercado por meio de parcerias fortes e clientes satisfeitos

VENDAS O vendedor Rafael Calile apresenta as melhores opções aos clientes


EQUIPE Alexandre Calile, Rafael Calile e Elb Marques estão sempre em busca de novidades para a Rota 197

VARIEDADE Os modelos disponíveis buscam atender todas as preferências

“sempre priorizamos a satisfação total do cliente”, Alexandre Calile te e ele comprar, porém, em seguida, poderia ver que não era o que queria. Então, nós entendemos as necessidades de cada um, apontamos as melhores opções. Sempre priorizamos a satisfação total do cliente”, afirma. A Rota 197 atua com compra, venda e troca de veículos novos e usados. A pessoa que vai comprar um carro precisa conhecer quem está vendendo. Por isso é importante ter atenção a alguns processos, o que é facilitado em uma negociação com uma loja. “Se comprar direto de outra pessoa, pode ser que o veículo tenha multas ou restrição judicial e você só fica sabendo depois, vai dar dor de cabeça. Quando o automóvel passa pela loja, já vemos toda a documentação e deixamos sem qualquer tipo de problema”, diz Alexandre. Nos casos de venda ou troca, todas as etapas burocráticas também merecem atenção especial e são feitas de forma segura e confiável com o auxílio de uma marca que

conquistou a credibilidade no setor. Em dez anos, a Rota 197 tornou-se parceira de concessionárias e oficinas mecânicas de toda a região e já ultrapassou a marca de 2.000 veículos negociados. “Trabalhamos com veículos de qualidade, todos os que chegam à loja passam por inspeção e limpeza geral e temos um despachante. A Rota 197 tem modelos para todos os gostos e bolsos e, hoje em dia, com as financeiras, tornou-se ainda mais fácil e seguro conquistar o automóvel dos sonhos”, acrescenta. Se a Rota 197 é o caminho certo de um bom negócio desde a fundação, este caminho ficou ainda mais fácil com a internet. No site da empresa é possível ver os veículos disponíveis para compra, com especificações técnicas e valores. Com isso, tornou-se ainda mais fácil acompanhar as novidades e passar a ser cliente da Rota 197. Acesse o site e faça uma visita para conhecer de perto seu novo carro!

RECONHECIMENTO A empresa já foi premiada como destaque no segmento em Três Rios

24 2252-1905 rota197.com.br Rua Dr. Vasconcelos, 197 Centro - Três Rios - RJ


“APESAR DO MARKETING DIZER O CONTRÁRIO, O SAAETRI É A MAIOR OBRA DA NOSSA HISTÓRIA” POR fREdERICo noguEIRA FOTOS REvIstA on

sempre disposto a bater um papo e falar sobre ideias que podem transformar Três Rios e região, José barros guarda boas histórias vivenciadas nos pouco mais de 80 anos de vida. Política, imprensa e meio ambiente são os ingredientes principais de uma boa conversa.

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osé Barros participou das quatro últimas eleições, duas vezes como candidato a prefeito de Três Rios e duas concorrendo a uma vaga na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, pelo Psol. Também atua na imprensa regional, em uma carreira que começou com transmissões esportivas. Na entrevista, ele analisa o município e a região como observador atento a tudo o que acontece ao redor: “Três Rios necessita ser abençoada com uma salutar alternância de poder”, afirma.

Natural de Pocrane (MG), como e quando foi sua chegada a Três Rios?

Após meus pais terem passado longo período com comércio e morando em Belo Horizonte, resolveram uma mudança para a pequena cidade de Itapina (ES), de onde decidiram optar por Paraíba do Sul, onde adquiriram um hotel. Em idade adolescente, comecei a trabalhar em Três Rios, na rádio do mesmo nome, levado pelo Edson Jorge (pai), que necessitava de um narrador de partidas de futebol para dividir a função com seu saudoso irmão Edwilson Jorge e Adalberto Paes. Naqueles tempos, a Rádio Três Rios seguia um tipo de programação parecida com a Rádio Nacional, apresentando novelas e jornalismo. Tinha até um programa chamado “Comando L-7”, cujo titular era Manoel Senra, que acabou ficando conhecido pela alcunha de “Comando”. Muito comunicativo como eu, gostava de cantar. Nos finais de semana, saíamos em serenatas por ruas da cidade, onde o melhor seresteiro era o Carlos Alberto, que depois ficaria consagrado nacionalmente. Manoel morreu muito novo. Era um dos mais velhos da família. Seus irmãos Geraldo e Walter, sem perceber, acabaram também herdando o apelido até os dias atuais. Se você se referir a Walter ou Geraldo Senra, na cidade, ninguém saberá quem é. Mas se disser Walter Comando ou Geraldo, todos saberão. A RTR funcionava num antigo prédio da Praça São Sebastião. De sua marquise, transmiti muitos desfiles dos blocos carnavalescos, comandado pelos


GENTE entrevista

saudosos Beth Cruz, Alão, Petronílio, Luiz Enpenado, Calixto e tantos outros. Minha primeira experiência em jornal impresso ocorreu por volta de 1957, quando o diretor da RTR me encarregou da elaboração de um tabloide denominado Rádio Jornal, com notícias de Três Rios e de Paraíba do Sul. Era impresso numa gráfica localizada no bairro de Cascatinha, distrito de Petrópolis. Anos mais tarde, também escrevi coluna no Jornal de Paraíba o Sul, do Esmail Teixeira de Abreu. Por que a escolha por trabalhar na imprensa?

O rádio e o jornal sempre tiveram enorme significado para mim, e encontrei a oportunidade na RTR. Depois de uns dois anos, fui logo convidado para trabalhar na Petrópolis Rádio Difusora, dirigida pelo empresário Wilson Carneiro Malta, emissora que transmitia jogos do campeonato carioca, no Maracanã. Onde atuou e quais foram os momentos mais marcantes na trajetória profissional como jornalista e comunicador?

Participei ativamente como locutor de algumas rádios como Rádio Três Rios, Difusora de Petrópolis, Difusora de Caxias, Rádio Guanabara, Emissora Continental e até Rádio Globo. Sempre nas áreas esportivas e jornalísticas, tendo sido narrador de futebol nas cinco primeiras. Tive a honra de aprender muito com o saudoso Oduvaldo Cozzi, considerado o maior locutor esportivo da época. Era conhecido como o ‘literata do futebol’, em razão do domínio de um ótimo português. Isso foi na Emissora Continental. Na Globo, eu era repórter de campo e integrante do setor de jornalismo. Como narrador, tive a oportunidade de transmitir jogos de futebol de times cariocas participantes do campeonato local e até da seleção brasileira. Brasil x Rússia, no estádio do Pacaembu, e Brasil x Inglaterra, no Maracanã. Isso através da Difusora de Petrópolis. Voltando ao jornal impresso, lembro

que a ditadura acabou destruindo o jornal Última Hora, ficando seus funcionários perseguidos como se fossem comunistas, fichados pelo SNI. Fui muito prejudicado naquele período, pois era proibido de trabalhar em um setor que me aprazia tanto e para o qual estava preparado. Tive que exercer funções clandestinas, até como motorista de ônibus, sem registro algum, pois os compromissos familiares exigiam. Dois anos mais tarde, graças à abertura, convidado pelo editor Iran Frejat, no jornal O Globo, já era encarregado de matérias sobre a Região Sul Fluminense. Uma das reportagens de maior repercussão foi a cobertura daquela ‘corrida do ouro’ no nosso Vale do Paraíba. Foi na década de 70, quando cerca de 300 garimpeiros e suas barcaças se estabeleceram na região. Em sua maioria, eram mineradores que haviam sido expulsos da Serra dos Carajás. Outra de destaque foi a cobertura da poluição causada pela Paraibuna de Metais, no rio Paraibuna. Eram matérias diárias ouvindo técnicos e moradores ribeirinhos, contendo contestações dos dirigentes da empresa localizada nas vizinhanças da cidade de Juiz de Fora. A fauna e a flora do rio foram dizimadas naquela ocasião. Ambas as matérias, que escrevia diariamente, tiveram repercussão internacional. O que há de mais fascinante e encantador na imprensa?

Aprendi com Hélio Fernandes a lutar pelas reinvindicações populares, o que nos obriga a estar sempre atentos para saber o que está sendo feito, por que e com quais recursos. Volto ao caso dos garimpeiros e as reportagens diárias, com cobertura das operações. Durante os dias que se sucederam e as publicações das suítes [desdobramentos da matéria principal] sobre a atuação dos garimpeiros e suas balsas, procurava esclarecer os leitores sobre as consequências do uso de mercúrio no processo de extração do ouro em rios. Apesar da vantagem de catalisar o processo de identificação do ouro com uso do mercúrio, por


GENTE entrevista

exemplo, procurava esclarecer que essa substância química é responsável por gerar graves danos ao meio ambiente e aos seres humanos que a ela ficam expostos. Nos seres humanos, ele é conhecido por causar enfermidades neurológicas graves e cumulativas. Considero fascinante você fazer uso de uma mídia como O Globo para esclarecer a população. Como resultado positivo, veio a proibição de toda a atividade, para o bem de todos e proteção do nosso rio Paraíba do Sul. Uma vitória para o repórter. Para mim, a reversão de quadro assim não tem dinheiro que pague. E o senhor também foi funcionário público...

Na década de 65, após ter sido convidado por Samuel Wainer, fui trabalhar como repórter e colunista do antigo jornal Última Hora. Acabei sendo escolhido para fazer parte de uma equipe de jornalistas para assessorar o falecido governador Ademar de Barros. Ele precisava ficar mais conhecido no Rio para viabilizar sua candidatura à presidência da república. Foram dois anos de viagens e promoção de visitas a obras da administração paulista. A candidatura acabou não acontecendo, já que teve seu mandato cassado pelo então presidente Castelo Branco. Depois do trabalho como assessor executivo, através de concurso, fui nomeado fiscal municipal em Três Rios, me aposentando em 2000. Em uma entrevista durante sua campanha de 2012, o senhor também lembrou que já trabalhou com políticos como JK e Jango.

Há um pequeno engano em tal interpretação. Apenas era um entusiasta dessas duas figuras da política nacional, que contavam com total apoio do jornal onde trabalhava, que pertencia ao Samuel Wainer e ao deputado federal Luiz Fernando Bocaiuva Cunha. Esses dois foram meus patrões. Por que surgiu o interesse em participar ativamente da política?

Com o advento da ditadura, fui convidado e voltei a Três Rios para ser se26

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cretário executivo do grande e saudoso prefeito Alberto Lavinas. A luta desse bravo político para dotar a cidade de inúmeras melhorias me despertou um enorme sentimento de amor por Três Rios que, para ele, era a oportunidade de transformá-la numa ‘pequena Lisboa’. Ajudei-o na luta para realização de várias obras, principalmente para criação do Saaetri, que se tornaria a meta síntese de uma administração. Apesar do marketing dizer o contrário, esta é, sem sombra de dúvidas, a maior obra da nossa história. Não há como comparar uma obra de elevado alcance social com uma outra apenas de cimento e ferro. Nossos quase 100 mil habitantes são beneficiados por ela. Algum dia, ainda pretendo contar as diversas particularidades para que pudéssemos conseguir a liberação da verba para fazer face a esse notável empreendimento. Acompanhei o saudoso Alberto Lavinas em suas campanhas políticas, aprendendo muito. Grande admirador da natureza, com ele e boa equipe, plantamos milhares de árvores pelas nossas ruas. Depois, com seu sucessor, Samir Nasser, na mesma função de assessor. Na década de 70, cheguei a conseguir que fosse eleito e reeleito presidente do antigo Codivap - RJ, um órgão que reunia em seu colegiado os municípios situados no Vale do Paraíba Fluminense. Levei-o para palestras em Nova Iorque, onde foi entrevistado pelo jornalista Lucas Mendes, da TV Globo Nacional, já que naquela época ainda não havia filiadas. Foi visitar instalações ambientais daquela cidade e o processo de recuperação do rio Hudson. Com a morte prematura desses notáveis cidadãos, meu sentimento foi uma espécie de orfandade política. A falta deles provocou em mim o desejo de realizar alguns dos projetos que ficaram no papel. Em 2008 o senhor disputou a Prefeitura de Três Rios. Como foi a campanha?

Como sempre, uma campanha extremamente desigual, já que lutava contra um oponente que se achava no cargo, dispondo de toda a estrutura da máquina administrativa municipal. O


mesmo ocorreu em 2012. São situações herdadas da ditadura, que colocam de um lado um candidato que dispõe de centenas de DAS’s e todo tipo de moderno equipamento, além de fantásticos recursos financeiros. Do outro, um oponente com ótimas ideias de mudanças, mas pobre de recursos, apenas fazendo uso da sola do sapato e pouquíssimos voluntários e auxiliares. Após a derrota nas urnas em 2008, o senhor participou das três eleições seguintes. O que o faz ter vontade de não desistir da vida pública?

Primeiramente, preciso dizer que estamos filiando novos companheiros, que vão se juntando a outros quadros importantes que também desejam servir nosso município. Além disso, contamos com cidadãos competentes e probos da nossa sociedade, dispostos a nos ajudarem numa eventualidade de vitória nas urnas. São pessoas de probidade reconhecida em todos os cantos da cidade. De minha parte, creio que adquiri muitos bons conhecimentos administrativos por ter tido longo período de atuação na PMTR. Conheço inúmeras carências do município e gostaria de colocar em prática um plano de governo voltado para prioridades. Não sou muito favorável às reeleições. Mais do que nunca, estou convicto que Três Rios necessita ser abençoada com uma salutar alternância de poder, ou seja, um outro grupo de pessoas, novas ideias. Neste particular, lembro esta máxima do famoso Eça de Queirós: ‘Os políticos e as fraldas devem ser trocados frequentemente, e pela mesma razão’. Seu partido possui diferenças notáveis em comparação a maioria dos outros existentes no país. Por que a escolha pelo Psol? Quais as posições adotadas pelo partido que mais te agradam?

O principal objetivo do Psol é o combate às práticas que tanto prejudicam nossa população. Isso foi fundamental para minha escolha. Heloísa Helena responderia de forma mais contundente do que eu. Acho que ain-

da há tempo para cuidar de carências que vão ficando para trás. São coisas que foram boas em 1938, mas que necessitam de atualização. A cidade vai crescendo e ninguém se lembra de prepará-la para que algumas dessas obras possam acompanhar esse desenvolvimento, que nem depende tanto do dedo do prefeito. A ele cabe apenas ir aparando arestas, mas com boa visão de futuro. O Psol é um partido que não faz coligações com outros e, em uma cidade pequena como Três Rios, o candidato tem ainda menos verba disponível para uma campanha. Como o senhor supera esta barreira?

Nós do Psol, veja bem a campanha do nosso recente candidato a governador, Professor Tarcisio Motta, temos por princípio acreditar que os eleitores acabarão refletindo melhor as diferenças. Afinal, são milhões de reais que [outros partidos] investem nas campanhas. Todos sabemos que, em quatro anos, a soma total do salário que o cidadão eleito receberá será insuficiente para recuperar nem mesmo a metade de toda a vultosa fortuna que foi aplicada na campanha. Ainda tem vontade de ser prefeito de Três Rios?

Por toda parte que passo, as pessoas me pedem para continuar nessa luta. Hoje, não tenho uma decisão a respeito. Até o início de 2016, terei que decidir. Por quê? Meu amor por Três Rios é enorme. Sinto que tenho uma dívida de gratidão com esta cidade que sempre me acolheu de braços abertos. Presente no dia a dia de Três Rios, quais foram os maiores acertos e erros políticos nos últimos anos para o município?

Não gosto de ficar citando o que deveria ser feito, pois existe um prefeito em exercício. As pessoas não podem sair por aí dizendo que está tudo errado. Entretanto, posso dizer que sou contra a febre dos aluguéis, o excesso de DAS’s e o abandono dos bairros, mas posso citar uma área que necessita de um verdadeiro choque de gesrevistaon.com.br

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GENTE entrevista

tão. Apesar do marketing dizer o contrário, nossa saúde é um setor que necessita de melhorias. Não posso me conformar que pessoas que vão lá para tratar de patologias sejam informadas que somente dali a três ou quatro meses poderão ser atendidas. Afinal, são sempre pessoas pobres, que não possuem planos ou outros recursos financeiros. E patologias nem sempre podem ficar aguardando longo tempo. Já como deputado estadual, quais seriam suas ações voltadas para a região?

Todos sabem que deputado não pode ficar prometendo obras, que são atribuições do Executivo. Em primeiro lugar, o deputado precisa fiscalizar os atos do Executivo, como manda a legislação. Vi propaganda de certo candidato que dizia: Bolsa Família é com Fulano, o mesmo com a casa própria, o Minha Casa Minha Vida, empregos, etc. Recebeu votação regular. Agora, isso é estar em rota de colisão até com o próprio Deus, que não nos recomenda esse tipo de atitude. Quanto a mim, tinha, entre tantos outros projetos, o objetivo de revolucionar a área ambiental do nosso estado. Nossa região necessita de uma autarquia encarregada da recuperação da área que foi devastada em todo o Vale do Paraíba, onde iniciaria com o plantio de mini florestas e sistemático combate às pessoas que se dedicam às queimadas que tantos males causam, não só à natureza, mas também à saúde das crianças e adultos. Matas ciliares também seriam criadas objetivando a revitalização do nosso rio Paraíba do Sul e seus córregos e riachos. Projeto tão abrangente, contaria com a participação de órgãos nacionais e internacionais que se dedicam ao meio ambiente. O Psol tem uma característica especial de ouvir as reivindicações populares em praça pública. Dali, vão surgindo propostas de todos os tipos. Sendo viáveis, recebem total apoio e se tornam projetos de utilidade pública. O senhor tem grande atenção e preocupação com questões relacionadas ao meio ambiente. A partir de quando e por que seus olhares se voltaram para tais questões? 28

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Foi a partir da década de 60, na administração Lavinas. A cidade era dotada de um clima verdadeiramente tórrido. Um convênio nos permitiu o plantio de milhares de espécies na cidade. Chegamos a trazer o Burle Marx para nos orientar sobre um tema que ele dominava. A partir dali, comecei a estudar o assunto e me tornar um propagador das vantagens de lutar pelo meio ambiente. Acabei sendo convidado a fazer parte da Comissão Ambiental, mantida pela Diocese de Volta Redonda, onde tivemos grande atividade através do Codivap - RJ. Meu sonho é tornar Três Rios uma referência na área ecológica, criando leis destinadas a transformar árvores em patrimônio público municipal. Não somente plantando novas, mas cuidando daquelas que se acham tomadas por pragas daninhas. De 2001 a 2005, novamente tive oportunidade de plantar centenas na margem direita. Toda tarde, com uso de garrafas pet, eu e alunos de algumas escolas, cuidávamos das regas e do aceramento para evitar que o fogo destruísse as espécies. Por alguns motivos, pedi afastamento do cargo e sucessores se esqueceram dos aceros, tendo o fogo destruído boa parte. A população e moradores de prédios da Avenida Prefeito Alberto Lavinas são testemunhas do que estou afirmando. O que é a política na sua vida? Ainda é possível fazer uma política de forma totalmente honesta?

Nós temos já alguns exemplos de administradores cujas atuações se acham voltadas para o bem comum. É verdade que maus exemplos se multiplicaram nos últimos tempos, tanto que a figura do político passou a ser coisa pra lá de pejorativa. Estamos chegando ao fundo do poço. E é de lá que a coisa terá que passar por uma reformulação geral. Mas, reforma política, com a maioria daqueles que estão no Congresso, não é coisa para se acreditar. Caso contrário, iremos para o buraco negro, o que nos traz uma correlação com os motivos que culminaram com a Revolução Francesa. E isso não interessa a ninguém.


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PUBLIEdItoRIAl

NOITES COM

MAIS SABOR FOTOS dIvulgAção

Cansado de sair à noite em Três Rios e encontrar as mesmas opções em restaurantes e lanchonetes? Um casal que também passava por esta situação encontrou a forma de contribuir com a mudança no cenário e você já pode aproveitar!

F

oi durante uma viagem que Leandro Soares de Paula e Natália Ponciano Cruz descobriram como inovar no mercado gastronômico de Três Rios. O casal já tinha vontade de empreender no setor, mas buscava alguma novidade. “Tivemos a ideia de abrir uma creperia porque era algo novo para a cidade. Sempre que saíamos, as opções eram as mesmas e esta também era uma reclamação comum dos nossos amigos”, conta Leandro. Com o objetivo definido, era hora de planejar e colocar o projeto em prática.

“Nossa ideia era abrir algo legal que, no futuro, poderia ser uma franquia ou ter filiais. Então, tudo foi pensado com muito cuidado, desde o cardápio à identidade visual”, explica o empresário. Durante oito meses, o casal testou as receitas em reuniões com amigos. “Chegamos ao resultado que queríamos. Fizemos muitos testes para chegar à massa do crepe, que é um dos pontos mais elogiados hoje em dia. Porém, depois que decidimos abrir uma creperia, também pensamos em associar outros pratos diferentes do habitual”, comenta Natália. Assim

nasceu o Voilà Bistrô e Creperia, inaugurado em agosto de 2014. A decoração do ambiente é um charme à parte, com referência à França, país que originou o tipo de crepe oferecido no Voilà. Entre os crepes, aqueles especiais possuem nomes à altura, como Museu do Louvre, Arco do Triunfo e Torre Eiffel. “Na parte do bistrô, colocamos omelete recheada, escondidinho feito com mandioca e batata belga, além de uma novidade que acaba de chegar ao cardápio, um delicioso drink. Como temos chopp, também incluímos alguns petiscos”, diz Natália. Após a inauguração, os clientes tor-


MUSEU DO LOUVRE Servido com sorvete de creme, é recheado com brigadeiro e banana ou morango

OMELETE Destaque do bistrô, com recheios variados, como camarão

CASAL Natália e Leandro buscaram pratos diferentes para o cardápio e uma decoração aconchegante para o ambiente

RIO SENA É recheado com strogonoff de frango e acompanhado com batata palha

naram-se amigos e frequentadores assíduos, logo, passaram a sugerir novidades. “Já estamos testando novos sabores de crepes para acrescentar no cardápio”, adianta Leandro. Localizado em uma área tranquila, reservada e em crescimento, no centro de Três Rios, próximo à área de lazer da Beira Rio, o Voilà Bistrô e Creperia tornou-se um local frequentado principalmente por

24 2255-1879 Rua Luís Bravo, 22, loja 1 Centro - Três Rios - RJ

casais e famílias. Além disso, clientes que vão ao Voillà e que são clientes do delivery já podem se preparar para uma novidade: “Estamos preparando promoções especiais para presentar quem está sempre provando nossos pratos”, adianta Natália. Olhou as imagens da página e já ficou com água na boca? O Voilà está de portas abertas para te receber. Se preferir, peça o seu pelo delivery.


GENTE 5 perguntas

JOSÉ

ROBERTO PADILHA Ex-jogador de futebol, jornalista e secretário de Esporte e Lazer, acaba de lançar o livro “Crônicas de um fracasso anunciado” POR fREdERICo noguEIRA

FOTO REvIstA on

01 Como surgiu a ideia de um livro sobre a Copa do Mundo?

‘Crônicas de um fracasso anunciado’ diz respeito a uma crônica que escrevi logo após a Copa das Confederações. Quando terminou, já havia um clima de muito otimismo e escrevi dizendo que não queria entrar naquela corrente. Achava que, mesmo vencendo, tínhamos um treinador ultrapassado e os adversários não estavam à altura do que seria uma Copa do Mundo. Depois da Copa do Mundo, lembrei da crônica e ela virou o prefácio do livro. 02 Antes da Copa, também teve algum pensamento positivo sobre o campeonato?

Teve, em razão dos jogadores. Sou um admirador da nossa matéria prima. Ninguém faz jogador como o Brasil. Já exportamos açúcar, pau brasil, cacau e, hoje, temos os jogadores. Sempre digo que quem atrapalha é quem os dirige. Nunca tivemos um treinador à altura da seleção brasileira. O Felipão é completamente ultrapassado, ninguém joga com a Alemanha com o esquema 4-2-4. Acho que perdemos a Copa porque não tivemos um treinador à altura. Mas há muitas crônicas que exalto a capacidade deles apesar de não terem comando e ganharem muitos jogos. 03 Como assistiu ao Brasil x Alemanha?

Primeiro, assustado com a escalação. Acho que foi uma coisa inédita, ninguém havia enfrentado a Alemanha daquele jeito, com aquele esquema. Foi estarrecedor e esperava alguma coisa diferente no jogo. Infelizmente, aconteceu o que temí32

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amos e saí muito decepcionado. Os jogadores merecem uma organização melhor. 04 O livro surgiu logo após o jogo?

Sim. A Copa do Mundo rendeu uma produção muito grande no Brasil, o futebol foi muito falado. Eu tive uma produção literária absurda, escrevi 60 crônicas no ano passado. As crônicas que estão no livro registram o que foi o Brasil em 2014, antes, durante e após a Copa. 05 Como selecionou os textos que entrariam?

Escrevo sobre e minha cidade e não abri mão de ter crônicas dela. Sou de Três Rios e faço questão que o leitor saiba que sou daqui. Também tem cosias da região, do Campeonato Estadual, da Copa do Mundo e após o campeonato. Reuni essas crônicas e corri atrás de patrocínio. Queria que fosse o primeiro livro sobre a Copa. O saldo foi muito positivo porque eu quis fazer e consegui. O que eu luto com meus livros é que as pessoas respeitem um olhar diferenciado, de quem jogou futebol. Um olhar de quem viu o futebol de dentro. Não quero competir com os grandes jornalistas esportivos, como Juca Kfouri, mas apresentar o futebol com um olhar diferente, com a ótica do jogador. Infelizmente não temos jogadores que escrevem estas histórias. Hoje, mesmo após a faculdade de jornalismo, ainda sou olhado com certas restrições pelo meio. Agora, aguardo críticas, quem escreve precisa de críticas construtivas. Mas estou feliz e já trabalhando no projeto de reescrever meu primeiro livro, que é sempre muito solicitado, o ‘Futebol: a dor de uma paixão’.

Não quero competir com os grandes jornalistas esportivos, como Juca Kfouri, mas apresentar o futebol com um olhar diferente, com a ótica do jogador”.


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GENTE opinião

CAFÉ DA MANHÃ POR RobERto WAgnER

mulher que fala o que quer, na hora que quer e com quem quer, afinal, tem “cultura no banco”, como dizem no Rio

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oana, a nora, João Pedro, o filho, Leticia e seu irmãozinho, Cauã, os netinhos, tomavam café da manhã na companhia da vó Jussara. A família reunida e em férias curtia mais um dia de sol escaldante na cidade de Búzios. O casal Joana e João Pedro é o estereótipo do casal moderno. Mulher sarada, resolvida, tem opinião sobre tudo, resolve tudo manda em tudo, e durante o café não desagarra um instante sequer do seu iPhone 6. Ainda que de férias, a empresa onde trabalha não abre mão dos contatos diários com ela, ou ao contrário, ela não abre mão de seus contatos diários. João Pedro, marido garboso, elegante, alto, atleta de Ironman (onde o desafio é chegar ao fim depois de nadar 3.800 metros, pedalar 180 km e percorrer a pé 42 km e 195 metros de corrida), já participou de provas deste tipo no mundo todo, é empresário e companheiro de Joana em boa parte de seus exercícios, quando não está viajando, por evidente. O casal possui duas lindas crianças, Letícia e Cauã. Como filhos de casais modernos, fazem tudo que querem à hora que querem, os pais não se valem da palavra “não”, têm muita culpa por deixarem as crianças com a avó (bem pouco) ou com a empregada, que é mais diarista do que a empregada. Dona Jussara, mãe de João Pedro, é pensionista do marido militar falecido, vive passeando no Shopping Leblon, às vezes até com os netinhos, mas, o que mais faz é pegar sol na praia todos os dias em Ipanema, bem ali no posto 9, onde adora curtir o visual da meninada sarada. Dona Jussara é mulher atualizada, falante, articulada, leitora de Fernanda Torres, Danuza Leão e Maitê Proença, enfim, mulher que fala o que quer, na hora que quer e com quem quer, afinal, tem “cultura no banco”, como dizem no Rio. Em breves linhas, querido leitor, é assim que posso delinear aquelas lindas pessoas que formam a família ali reunida (bem próximo a nós) de frente para o mar, diante daquela farta mesa de café da manhã. Todos com aparência de vida bem vivida. Todavia, o

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diabo mora nos detalhes, nos pequenos detalhes. Eu conto já a você. Joana toma um desjejum regado a muitas frutas e sucos, cabelo presos, sandália havaiana slim, ela se destaca em meio a não menos bela paisagem que adorna o ambiente. João Pedro, atleta, come de tudo um pouco, menos mamão, que detesta. As crianças ficam mais no iPad Air do que de fato comendo, a vó Jussara, já de canga, é a primeira a partir em direção à praia. Em meio ao silêncio da mesa, ouve-se insistentemente as opiniões de dona Jussara, desde sugestões para criação dos filhos, até pitacos no excesso de exercícios físicos do filho e da nora. Vó Jussara é impulsiva e convicta, esposa de militar falecido, patente alta. João Pedro reclama na mesa que padece de intestino sempre retido, a vó sugere mamão com mel, com o que Joana retruca: - Dona Jussara, a senhora sabe muito bem que o João tem horror a mamão! – É porque você não sabe arrumar para ele. Pera aí. A vó se levanta, vai à mesa, prepara um “mamão com mel” e traz para João. Ele, diante do olhar impávido da esposa, prova o mamão com mel e diz “não é que está uma delícia mamãe!”. Joana levanta-se com uma rabanada, quase derrubando a mesa, e se retira sem dar uma palavra. Ao chegar no quarto após o café, João encontra Joana furiosa: - Eu já aturei tudo, dezenas de viagens pelo mundo todo atrás desse Ironman; criei essas crianças praticamente sozinha, dívidas, mau humor seu, seus amigos chatos e arrogantes; seus negócios mal feitos, seu sexo insosso, agora João, “mamão com mel” não, isso não João, tudo, tudo, menos “mamão com mel”. Vamos embora agora, e avisa sua mãe que ela não vai voltar no carro conosco, se vira João, se vira, você não gosta de “mamão com mel”, agora dá seu jeito! Roberto Wagner Lima Nogueira é procurador de Areal/RJ, mestre em Direito Tributário - UCAM-Rio e advogado tributarista. rwnogueira@uol.com.br


DIABO FEITO POR HEldER CAldEIRA

Como a moçoila dispunha de tantos números positivos em relação à administração durante sua campanha à reeleição?

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m silêncio sepulcral tomou conta do Palácio do Planalto desde o dia quando Dilma Rousseff foi reeleita à Presidência da República. Durante acirrada campanha eleitoral, sabia-se fartamente que o Brasil estava à beira do abismo, embicado para um mergulho num dos períodos mais dramáticos de sua história recente. Ainda assim, a então candidata petista recusava-se a admitir a desgraceira. No melhor de seu limitado vocabulário, disse Dilma à época: “Numa eleição, faz-se o diabo para vencer!” Trato feito, ela venceu. Diante do descalabro no cenário político - roubalheira na Petrobras, bandalheira na Eletrobras, desatino nos Correios, calamidade na Caixa Econômica Federal e tudo de pior que estamos assistindo -, a “(re)presidenta” assumiu, silenciosamente, a face diabólica que resta a quem promove o desgoverno. Contrariando todos os compromissos de campanha - só os muito trouxas acreditaram naquilo! -, Dilma colocou na conta dos eleitores todas as faturas da má gestão e farra promovidas pelo PT e seus aliados desde que tomaram posse em 2002. Pra piorar a lambança, os sistemas de abastecimento de água e energia elétrica entraram em colapso. O Brasil está esfacelado, com sede e sem luz. Nessa toada, muito em breve - não muito longe, a partir do segundo semestre - boa parte do país estará passando fome. Solitária e silenciada pelos fatos, Dilma fugiu dos importantes compromissos em Davos, na Suíça, e foi refugiar-se na posse tribal do esquerdista Evo Morales para seu excrescente terceiro mandato consecutivo à frente da Bolívia. Sem entrevistas, óbvio. Bico fechado e punhos cerrados. Uma vergonha internacional, em suma. Mas, ao contrário de Dilma, sejamos justos: a crise da água e o apagão no setor elétrico não podem ser colocados exclusivamente no colo da “(re)presidenta”. Afinal, como a moçoila dispunha de tantos números positivos em relação à administração durante sua campanha à reeleição? Aliás, diga-se de passagem, números corroborados e chancelados pelos principais órgãos, fundações e institutos oficiais, do IBGE à FIP. Estão vendidos? Pressionados? Amordaçados? Claro que não! A verdade é que esses números existem, mas não correspondem à íntegra da realidade.

Atualmente, um município não consegue sobreviver com seus próprios recursos. Mais da metade de seu orçamento vem de repasses do Estado e do Governo Federal. No caso do saneamento básico e dos recursos hídricos, para que um município com até 50 mil habitantes - ou seja, a expressiva maioria dos municípios brasileiros - tenha acesso ao dinheiro federal, obrigatoriamente precisa estabelecer convênios com a Fundação Nacional de Saúde. Por sua vez, a FUNASA exige dos municípios a confecção de uma série incontável de “planos”: Plano Diretor, Plano de Saneamento Básico, Plano de Abastecimento, Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e congêneres. Tais “planos” nada mais são que números vazios e não raro inventados, supostos estudos técnicos específicos e um conjunto de “boas intenções” - daquelas que lotam o inferno! - assumidos pelos governos municipais, em geral, inexequíveis, ainda que prefeitos tivessem mandatos de 10 anos. São exatamente esses “planos” no papel que engrossam o caldo dos números oficiais. Uma cidade diz que pretende furar 20 poços artesianos e construir reservatórios para garantir o abastecimento e os órgãos federais passam a computá-la no compêndio das cidades com seguridade hídrica. Nessa altura do campeonato, a liberação de tais recursos fica condicionada aos gabinetes de deputados federais e senadores e metade do dinheiro já morreu na corrupção. Resultado: nenhuma obra é executada, o povo fica sem garantia de abastecimento de água, mas o governo mantem os números positivos. Grosso modo, é assim que acontece em todo Brasil. Como culpar apenas dona Dilma? Não existe diabo erguido em solo onde impera a lisura, a responsabilidade e, sobretudo, a vergonha na cara. Como no Brasil estas são qualidades extintas, o diabo está feito. Agora aguente. Helder Caldeira é escritor, articulista político, palestrante, conferencista e colunista do portal Revista On. É autor dos livros “A 1ª Presidenta” e “Águas Turvas”. helder@heldercaldeira.com.br

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GENTE opinião

A REESTRUTURAÇÃO FINANCEIRA POR dElton pEdRoso bAstos JR

Como evitar que o endividamento leve a empresa à falência

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onto, atualmente, com pouco mais de dez anos de formado e, no início de minha carreira, tive grande parte de minha atuação na área de Direito do Consumidor, até que me encantei com o Direito Empresarial e o Direito Tributário. Hoje, analisando as situações trazidas por clientes e vendo a série de aumentos de impostos e o governo literalmente “apertando cinto” do setor empresarial, vejo como de grande valia a experiência adquirida no Direito do Consumidor, já que o cidadão lesado pode valer-se do Poder Judiciário para revisar contratos que possua junto a instituições financeiras. Grande parte do meio empresarial necessita valer-se do crédito bancário para a movimentação de suas empresas e, acreditando nas promessas feitas pelo governo e na esperança de melhoras em seus negócios, acaba por adquirir empréstimos e financiamentos para investimentos na empresa. Quando os negócios não vão tão bem quanto o esperado, acaba ocorrendo o que chamamos de alto endividamento, ou seja, as parcelas de empréstimos e refinanciamentos já atingiram um ponto tal que tornaram-se impagáveis e a sua existência impede o crescimento da empresa e, principalmente, podem levá-la ao colapso. A empresa possui uma dívida e, erroneamente pensando que dias melhores virão, acaba por procurar novamente o estabelecimento bancário e faz uma renegociação de seu débito, aumentando ainda mais o rombo e tendo uma falsa impressão de que conseguirá cobri-lo. Além de todos os fatores acima, temos ainda a famosa “venda casada”, onde o estabelecimento bancário, para a concessão do crédito, praticamente obriga a empresa a contratar seguros, 36

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consórcios, títulos de capitalização e a realizar investimentos oriundos do próprio empréstimo. Nesses casos, a melhor forma que entendo é a imediata busca por um auxílio jurídico no sentido de tentar, a princípio, um contato extrajudicial com o estabelecimento bancário, esclarecendo a situação e buscando um estancamento dos juros e um novo parcelamento do débito, sem que isto signifique uma nova obtenção de empréstimos, já que isto geraria novo pagamento de IOF, Taxa de Abertura de Crédito (TAC) e o Fundo Garantidor (FGO), que é um seguro embutido nas prestações para garantia de recebimento por parte do banco. Caso a tentativa amigável seja ultrapassada, é necessário o cálculo acerca da ocorrência de cobrança abusiva de juros e multas e de outras cobranças indevidas, levando ao conhecimento do Poder Judiciário tais fatos. Isso é feito através de Ação de Revisão de Juros, Consignação em Pagamento e outras medidas protetivas do direito e garantidoras de sua existência. Importante pedir sempre a revisão do contrato, que pode se basear até mesmo numa alteração da realidade financeira da empresa, o que já se viu em momentos anteriores, como, por exemplo, a subida do dólar no final da década de 90. O mais importante, empresário, é agir buscando uma medida de proteção para a sua empresa o mais rápido possível, fazendo de tudo para que o endividamento não o leve à falência. Delton Pedroso Bastos Junior é advogado, sócio-fundador da Bastos Juris Advocacia e membro da Associação Brasileira dos Advogados Tributaristas. deltonbastos@bastosjuris.com.br


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GENTE educação

MEIO MINEIRO, MEIO CARIOCA Estudos sobre o falar trirriense revelam que mesclamos o s mineiro e a ditongação carioca, tornando o “sotaque” trirriense bastante peculiar. Daniela Samira da Cruz Barros danielasamira@globo.com Linguísta; pós-doutora em Sociolinguística e Dialetologia; pesquisadora e professora adjunta de Língua Portuguesa do Instituto Três Rios da UFRRJ.

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credito que quase todos os trirrienses, sobretudo os que nasceram e sempre viveram na região, já tenham passado por alguma situação, no mínimo, curiosa no que diz respeito à sua maneira de falar, ao seu, digamos, “sotaque”. Isso porque o município de Três Rios está localizado numa região de fronteira entre os estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, acarretando contato intenso e contínuo entre trirrienses, fluminenses, mineiros e cariocas. Essa localização na fronteira entre dois estados com falares tão marcados acaba acarretando situações peculiares de contato linguístico e isso se reflete na maneira como falamos. O chamado “falar trirriense” parece, incialmente, não muito marcado, não achamos que falamos dessa ou daquela maneira até que algum vizinho mineiro ou carioca nos aponte características linguísticas que nos diferencie. Em Minas, dizem que somos cariocas e falamos prolongando ou chiando o S em final de sílaba (O fonema /s/, ou seja, o som de S, mesmo que escrito com a letra z.), e dizem ainda que

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colocamos um “i” antes desse S em final de sílaba (processo denominado “ditongação diante de sibilante”) como em “arroiz”, “feiz” e “paiz”. No Rio, dizem que somos mineiros porque temos “fala de S”, usamos o S sem o chiado típico do carioca. Na verdade, Três Rios mescla, de forma peculiar, características dos falares dos dois estados, o que caracteriza o falante trirriense como carioca ou mineiro, dependendo da referência linguística utilizada, já que sua fala típica é familiar tanto a mineiros quanto a cariocas, mas por razões distintas. Assim, nós, trirrienses, somos identificados como mineiros pelos cariocas e como cariocas pelos mineiros, porque, devido ao contato linguístico próprio da região de fronteira, desenvolvemos um “sotaque” que mistura características dos dois falares, ou seja, o falar trirriense é meio mineiro, meio carioca, uma espécie de “mineiroca”, conforme os resultados da minha pesquisa de Pós-Doutorado, que investigou nove cidades do continuum linguístico existente entre Rio de Janeiro e Belo Horizonte.


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ECONOMIA&NEGÓCIOS empreendedorismo 43 capa 50 rh 62 mercado de trabalho 64

UM NEGÓCIO

SAUDÁVEL POR João mIguEl

FOTOS REvIstA on

Enquanto mais pessoas buscam aumentar a qualidade de vida, o mercado também está em crescimento para atender tais demandas. Empresários investem em novidades na região para oferecer mais saúde à população e começam a ampliar oferta de produtos e serviços.

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uem nunca entrou em uma dieta que atire a primeira pedra. Com o risco de doenças cardiovasculares e da obesidade, a preocupação com a saúde e a boa alimentação é crescente. É cada vez mais comum investir em produtos saudáveis e diferenciados, tudo para melhorar os hábitos alimentares. Quem faz isso para viver com saúde, ou pensa em fazer, está na mira de empreendedores da região que apostam neste mercado com público em expansão. O empreendedor Eduardo Ether Nogueira é um deles. Ele viu a oportunidade de expandir seus negócios em Três Rios e abriu sua terceira loja de uma franquia, a maior da América Latina em produtos naturais e orgânicos. “Tenho uma loja em Petrópolis, outra em Itaipava e, no ano passado, abri mais uma loja, aqui em Três Rios”, conta. A relação dele com a empresa é bem diferente de outros franqueados. Em 2009, Eduardo foi um dos sócios da marca e, por dois anos, trabalhou na sede da franqueadora como diretor financeiro e de logística. “Eu gostei tanto do negócio, achei que gerava tanta oportunidade, que resolvi virar franqueado também. Foi quando, em 2011, tive a oportunidade de

“É um mercado que está crescendo e ainda tem muito a explorar”, Eduardo Ether Nogueira, empresário

comprar a loja de Petrópolis. Foi a minha primeira loja, da qual sou sócio com meu pai”, comenta. Após certo tempo, ele saiu da rede para se dedicar somente à loja. Para Eduardo, Três Rios tem uma demanda crescente por esses tipos de produtos. Ele reconhece que alimentação saudável não é barato, mas acredita no potencial da nova loja. “Eu acredito muito na cidade. Das três lojas que tenho, acho que a de Três Rios é a que tem um potencial enorme para crescer. É uma loja Estrela”, afirma Eduardo, indicando que é uma loja com alta taxa de crescimento e alta participação no mercado. Ele considera que o segmento está em franca expansão por vários fatores, como a conscientização da importante de uma alimentação saudável. “É um mercado que de fato está crescendo e ainda tem muito a explorar”, diz.

VARIEDADE Segundo o empresário Eduardo Ether Nogueira, a franquia de produtos naturais em Três Rios tem constante crescimento 44

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ECONOMIA & NEGÓCIOS empreendedorismo

produtos sem glúten e sem lactose são os que mais fazem sucesso no mercado Eduardo, que tem uma busca incansável por novidades, costuma testar primeiro em Petrópolis os novos produtos, antes de oferecer em Três Rios, por ser uma loja já estabelecida no mercado. “Atendo lá entre 400 a 500 clientes por dia, que entram e compram, sem contar os que olham e não compram nada. E muitos clientes têm vindo aqui na loja de Três Rios e procurado por vários produtos. Quando não temos no estoque, fazemos transferências de mercadoria de outras lojas para atender à demanda”, diz. Ainda de acordo com o empresário, os clientes comentam que, antes, precisavam ir para outras cidades, como Juiz de Fora, em busca dos mes-

mos produtos. “Venho crescendo de 8 a 10% em relação aos meses anteriores. Sabemos que existe uma curva de maturação e a loja vai chegar ao ponto de equilíbrio”, explica. Entre os alimentos mais buscados pelos clientes, Eduardo cita alguns que fazem bastante sucesso na loja. “Produtos sem glúten estão na moda e saem muito, além de produtos sem lactose, porque muitas crianças vêm desenvolvendo intolerância e tem alergia ao leite. Como somos pioneiros nesse segmento de alimentos naturais e orgânicos, levamos uma vantagem competitiva”, conclui. Justamente de olho neste segmento, motivada pelo aumento de pacientes

ELISA BARCELOS A nutricionista apresenta alguns produtos que conquistaram quem busca vida saudável

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CRESCIMENTO A fábrica de Elisa está instalada em Três Rios e abastece o mercado de produtos naturais em toda a região

celíacos ou com alguma intolerância alimentar, a nutricionista Elisa Barcelos, que trabalha com nutrição funcional, e sua irmã, Fernanda Barcelos, apostaram neste mercado. Elas investiram na produção de salgados que podem ser consumidos por pacientes com alguma intolerância. “De início, o público-alvo da empresa era formado pelos celíacos e os que tinham algum regime especial ou intolerância alimentar, mas estamos conquistando cada vez mais a confiança dos amantes da vida saudável”, comemora Elisa. Com isso, as jovens empresárias atingiram um segmento de atletas e pessoas comuns, que estão em algum regime alimentar ou simplesmente buscam uma vida saudável sem ter 46

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“o objetivo é comer sem culpa”, Elisa Barcelos

que abrir mão de velhos conhecidos da culinária tradicional, como os pastéis, empadões, esfihas ou até mesmo a famosa empadinha de frango. “Após cerca de dois anos de pesquisas de receitas e muitos testes, o resultado atingido foi um salgado saudável, que agrada o paladar de todos. Nossos produtos são sem glúten e sem lactose, com isso, o salgado fica muito mais leve e proporciona uma digestão sem complicações. Ou seja, o objetivo é comer sem culpa”, afirma Elisa.

TESTE Elisa e Fernanda garantem a ausência total de glúten nos produtos


EMPADAS Sem glúten, são comercializadas apenas por lojas especializadas

A empresa, que começou a produzir há menos de um ano, já foca no mercado dos grandes centros. “Já é possível encontrar nossos produtos em várias das mais importantes lojas na cidade do Rio de Janeiro. Vamos começar as vendas em todo o Estado do Rio, como Vassouras e Petrópolis e, em breve, teremos distribuição em Belo Horizonte”, conta Elisa. Para conquistar ainda mais a confiança dos consumidores, a empresa possui um

rígido controle de qualidade. “Realizamos periodicamente em toda a produção o EZ Gluten Test, um teste de presença de glúten sensível o suficiente para detectar baixos níveis da substância, o que garante ao consumidor final ausência de contaminação por glúten”, garante. A fábrica está instalada em Três Rios, mas os produtos não são vendidos diretamente para o consumidor. Os salgados sem glúten e sem lactose são comercia-

lizados apenas por lojas especializadas e mercados que trabalham com setor de produtos naturais, mas já podem ser encontrados no comércio de Três Rios. Quem também ganha com estes exemplos de empreendedorismo é o consumidor de Três Rios e região, que faz um ótimo negócio ao levar uma vida saudável e, ao mesmo tempo, gera oportunidades. Com alternativas como estas, ter saúde e aproveitar a vida fica ainda mais fácil.

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a t s e f A sรณ comeรงou!

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ECONOMIA & NEGÓCIOS CApA

mercado de festas e eventos na região oferece cada vez mais serviços e produtos de qualidade ao cliente. Transformar uma ocasião especial em um evento incrível e inesquecível já é possível em parceria com fornecedores locais, o que fortalece o segmento e proporciona redução de custos ao cliente. POR fREdERICo noguEIRA

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lanejar uma festa de casamento, aniversário de 15 anos ou bodas, entre tantos outros motivos que merecem uma celebração especial, está mais fácil nos últimos anos em Três Rios e cidades vizinhas. Em um passado ainda próximo, poucos profissionais e um número limitado de segmentos estavam disponíveis com produtos e serviços de qualidade para transformar estas festas em eventos inesquecíveis, com um nível que só seria alcançado se a maior parte da equipe fosse importada de municípios como Petrópolis, Juiz de Fora e Rio de Janeiro. Com o crescimento da população e, consequentemente, do mercado consumidor, profissionais locais desenvolveram ainda mais seus trabalhos e novos surgiram para o fortalecimento do setor de festas e eventos. Chegamos ao ano de 2015 com a oportunidade de organizar uma festa em grande estilo com custos reduzidos, uma vez que o deslocamento dos profissionais torna-se menor.

Além disso, como o planejamento de uma festa deve começar com antecedência, o contato com os fornecedores torna-se mais prático para as tomadas de decisões ou reajustes ao longo do caminho. Só quem conhece de verdade os desafios da organização de uma festa de casamento ou aniversário de 15 anos é quem já passou ou está passando por este processo. São milhares de detalhes, centenas de opiniões ouvidas, dúvidas, indecisões e a vontade de que tudo funcione no dia marcado. Nas próximas páginas, a Revista On apresenta empresas e profissionais que se destacam pela qualidade e inovação em alguns dos itens mais importantes para um evento. A melhor notícia: todos estão bem perto e prontos para contribuir com o sucesso da sua festa! Como as tendências para festas e eventos estão em constante mudança, a expectativa é que áreas ainda carentes de mão de obra local sejam preenchidas em breve. A festa só começou e pode ficar ainda melhor, tanto para clientes como para os empreendedores do setor. revistaon.com.br

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Locação

Hugo CARnEIRo

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Hugo CARnEIRo

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elebrar o casamento com a natureza como testemunha. Comemorar mais um ano de vida ao ar livre. Isso é possível no Lagoon, um dos mais novos espaços para festas na região que, em um ano e meio, tornou-se o local mais desejado para eventos sociais. Ao buscar o local para uma festa, é importante ter atenção ao espaço, conforto que oferece, facilidade de acesso para os convidados e serviços adicionais. Em todos estes quesitos, a escolha pelo Lagoon mostra-se certeira. Localizado entre Três Rios e Comendador Levy Gasparian, o espaço oferece o cenário como diferencial. “Quando o convidado chega, a natureza já impressiona. Festas simples tornam-se encantadoras com a paisagem”, comenta Bruna Lavinas, administradora do local. No Lagoon, é possível realizar a cerimônia de casamento ao ar livre e, em seguida, recepcionar os convidados com um jantar ou almoço e aproveitar a festa. Para as debutantes, as vantagens são as mesmas. Aliás, noivas e aniversariantes contam com um quarto especial, para passar as horas que antecedem o evento. Ambiente climatizado, estacionamento, equipe de limpeza, cozinha completa e seguranças completam o pacote oferecido.

uma festa ao ar livre, com a natureza como testemunha de um dos momentos mais felizes da vida, torna-se inesquecível e com ainda mais encantos

Hugo CARnEIRo

Hugo CARnEIRo

Lagoon Eventos & Festas

Hugo CARnEIRo

24 2255-1358 | 98165-7199 /lagooneventos comercial@lagooneventos.com.br Estrada União Indústria, Km 128, nº 345 - Três Rios/RJ


Buffet

24 2255-1441 /adrianeguerragourmet adrianeguerragourmet@hotmail.com Rua Barbosa de Andrade, 170 Centro - Três Rios/RJ

Adriane Guerra

N

des do cliente”, afirma Adriane. Com atendimento personalizado, é possível montar um cardápio agradável aos noivos ou aniversariante e convidados por meio de um sistema exclusivo que dá liberdade total de escolha. Comidas árabes, japonesas e até mesmo a típica comida mineira são algumas das opções que garantem mais sabor ao seu evento.

ARQuIvo pEssoAl

festas tradicionais ou modernas, para muitos ou poucos convidados, devem dar atenção especial ao cardápio oferecido

Hugo CARnEIRo

Hugo CARnEIRo

Hugo CARnEIRo

Há mais de uma década no mercado, Adriane Guerra Gourmet tem a experiência em eventos de diversos portes como garantia de uma festa com requinte, qualidade e muito sabor. “Trabalhamos com produtos de alta qualidade, preparamos em ambientes seguros, higienizados, além de a equipe ser treinada para atender, com atenção e respeito, às necessida-

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o planejamento de uma festa, a escolha do buffet servido aos convidados merece uma atenção muito especial. Assim como a música e a decoração, a qualidade do serviço de buffet precisa ser alta para evitar que escolhas ruins virem assunto durante a festa. Por isso, o mais importante critério de escolha é a confiabilidade da empresa.

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Cenografia

OUI

ouicenografia.com.br 24 98854-8525 | 99943-0057 contato@ouicenografia.com.br

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ada festa é única e precisa ter o estilo dos noivos, aniversariantes ou, no caso de instituições, da marca. A cenografia cumpre esta missão. “É importante ouvir, entender e analisar as necessidades do cliente para apresentar caminhos e soluções”, afirma Sabrina Sá, diretora executiva da Oui Cenografia, que desenvolve projetos de decoração, ambientação e cenografia para estas ocasiões. Pesquisar muito e abusar da criatividade são partes fundamentais do processo. Após a reunião com o cliente, a equipe da Oui Cenografia desenvolve o conceito e começa a buscar texturas, cores e elementos que estejam em sintonia com o evento. “Em seguida, apresentamos uma planta baixa de como a festa ficará, com disposição do mobiliário e outros itens no espaço, além das opções de cores e objetos decorativos”, explica Diego Raposo, diretor criativo. Ou seja, é possível visualizar o resultado final bem antes de colocá-lo em prática. Além disso, a Oui Cenografia conta com bons parceiros para a execução dos projetos de festas de aniversários, casamentos, inaugurações, lançamentos de produtos, entre outros, para otimizar o recurso do cliente. 54

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Irreverência, carinho e toques de inovação fazem parte dos projetos de decoração e ambientação da Oui Cenografia


Beleza Dublin Hair Salão de Beleza

e cabelo, usamos produtos importados e cumprimos com rigor o horário”, comenta Livia Tavares, sócia do salão ao lado de Danilo Tavares, que trouxe para a região o aprendizado na Irlanda. fERnAndA nunEs

eternizados. O Salão Dublin Hair entende a importância do dia e oferece mimos como frutas e espumantes enquanto a cliente tem sua beleza destacada. “Temos um olhar sofisticado e moderno para a maquiagem

Doces

Ana Doce Bem Casados

O

bem-casado representa a união e não pode faltar em um casamento. Não é apenas massa, recheio e calda de açúcar, mas o símbolo de cumplicidade e respeito mú-

tuo. Porém, nem só em matrimônios ele está presente! Ganhou os nomes de “bem-nascido”, “bem-vivido” e “bem-sucedido” para outras ocasiões especiais. “É um doce que demora a ser feito e formado por

fERnAndA nunEs

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ara um dia especial, em que a noivas, madrinhas ou aniversariantes são os centros das atenções, é necessário estar com a aparência impecável, afinal, estes momentos ficarão

24 2252-6608 /dublinhairtr dublinhair@hotmail.com Rua Presidente Vargas, 595 - Sala 308 Ed. José Esteves - Centro - Três Rios/RJ

24 98801-7154 /AnaDoceBemCasados anadocebemcasados@yahoo.com.br

duas partes que se unem”, explica Alliana Daud, da Ana Doce Bem-Casados, que, além do recheio tradicional com doce de leite, produz os de limão, coco, nozes, amendoim, trufado e mirtilo.

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ECONOMIA & NEGÓCIOS capa

Fotografia

Flávio Duarte

multimagemfotoevideo.com.br 24 2255-4003 /multimagem.duarte multimagemdigital@gmail.com Rua Rita Cerqueira, 78 Centro - Três Rios/RJ

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uando a festa termina, as luzes se apagam e a música para, aqueles momentos felizes não ficam apenas apenas nas lembranças, mas gravados para sempre em fotografias. Qualidade, competência e experiência são fundamentais na escolha do fotógrafo. Há 24 anos no ramo e com mais de 2.000 eventos registrados, Flavio Duarte explica que a fotografia tem o poder de, em qualquer época, transmitir as emoções daquela festa. “Costumo dizer que a criatividade consiste, também, em perceber o que já está lá. As fotos posadas são importantes, mas é fundamental fotografar as emoções de cada momento, aqueles que acontecem apenas uma vez”, comenta. Ele indica que é fundamental buscar o profissional com antecedência, para garantir a data do evento. “O cliente e o fotógrafo devem ter uma empatia, assim os resultados são ainda melhores”, afirma. Além de cerimônias e festas, Flavio Duarte fotografa ensaios Pré Wedding e Trash The Dress, no caso de casamentos, para dar ainda mais beleza ao álbum dos recém-casados. 56

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os álbuns são produzidos com material de alta qualidade e registram os momentos mais marcantes de casamentos e aniversários


Filmagem

Fiobranco Filmes

fiobrancofilmes.com 24 2252-8524 /fiobrancofilmes sac@fiobrancofilmes.com Rua Prefeito Joaquim José Ferreira, 14 Cobertura 01 - Plaza Center - Centro - Três Rios/RJ

S

ua história merecia estar nos cinemas? Então, talvez esta seja a hora de transformá-la em um lindo filme. Carregado de emoções e boas lembranças, com detalhes que podem até passar despercebidos aos seus olhos, o registro em vídeo garante a eternização daqueles momentos de forma atraente e diferenciada. Completando um ano de existência, a Fiobranco Filmes utiliza linguagem cinematográfica e técnicas de reportagem para transformar festas de aniversários, casamentos, batizados e bodas em verdadeiras obras de arte audiovisuais. “Desde o making of até a pista de dança, produzimos filmes com linguagem dinâmica e muito ricos em detalhes. Antes da entrega do filme final, apresentamos um trailer, assim como acontece de verdade no cinema. O grande objetivo é descontrair, emocionar e tirar o fôlego do telespectador com as imagens da vida real”, diz Felipe Vasconcellos, diretor da empresa. Com equipamentos de qualidade e equipe capacitada, a Fiobranco Filmes está pronta para fazer você chegar às “telonas” dos amigos e familiares.

Acesse o site da fiobranco filmes e perca o fôlego com as emoções da vida real transformadas em obras cinematográficas

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ECONOMIA & NEGÓCIOS capa

Música

Clarim dos Sonhos

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úsicas marcam momentos especiais e a emoção é maior quando os músicos estão bem perto e os acordes atingem cada espectador do dia especial. A Cla-

rim dos Sonhos existe desde 2013 e oferece mais charme e glamour aos eventos, com músicos capazes de emocionar ao som de instrumentos como clarins triunfais, trompetes, saxofones, violinos, flautas, teclados

Convite

Gráfica Boa União

O

primeiro contato do convidado com o seu evento é por meio do convite, aquele que chega às mãos já desperta uma mistura de emoções. Para a produção do material, buscar qualidade de impressão e acabamento é fundamental. A Gráfica Boa União oferece diversas opções de cores e papeis, além de modelos como referência, mas a escolha final é do cliente. Os convites tradicionais ainda estão na preferência, mas alguns casais e aniversariantes buscam novidades que a Gráfica Boa União tem a oferecer. 58

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24 2252-8835 | 98812-8220 /clarimsossonhos clarimdossonhos@gmail.com Rua Joaquim Gomes Veiga, 195 - Bloco 5 Apto 404 - Vila Isabel - Três Rios/RJ

e violões para as clarinadas de anunciação, a orquestra e a saxband. “Todo o repertório é escolhido junto ao cliente, como músicas que marcaram a trajetória do casal, nos casamentos”, explica Lindomar Ramos.

graficaboauniao.com.br 24 2255-9007 /graficaboauniao atendimento@graficaboauniao.com.br Rua José Kalil, 85 - Boa União Três Rios/RJ


Som & Luz

D’Sound

24 2255-7310 | 99230-8407 /danieldasilvaamaral dsamaral26@yahoo.com.br Rua Sebastião Vieira, 85 Vila Isabel - Três Rios/RJ

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quipamentos de som e luz dão vida à festa. A iluminação deixou de ser acessório e passou a ser item fundamental para acender o evento e mostrar cada detalhe da decoração. A valorização do ambiente, seja na mesa do buffet ou na pista de dança, passa pelo projeto de iluminação. “Há uma diferença enorme entre uma festa sem luz e uma iluminada”, garante Daniel Amaral, da D’Sound. Há cinco anos no mercado, a empresa oferece toda a estrutura de som e luz, como treliça, laser, canhão de led, chuva de prata, globo espelhado e cortina de led.

Tendas e Coberturas

Eventual Locações

eventuallocacoes.com.br 24 2263-2011 | 98843-5025 /eventuall eventual-locacoes@hotmail.com Rodovia BR 393 Km 183 , 800 Paraíba do Sul/RJ

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e a festa vai acontecer ao ar livre, a preocupação com o tempo e o clima deve ser leveda em conta e um importante investimento deve ser colocado na lista de serviços necessários. Seja para proteger os convidados e objetos da chuva, do vento ou do sol, as tendas, além desta função, fazem parte da decoração, criam ambientes, direcionam som e luz e oferecem um requinte a mais. A Eventual Locações oferece diversos formatos e tamanhos de tendas e coberturas personalizadas, com alta qualidade e apresentação impecável, além de pisos, que tornam a estrutura do seu evento ainda mais grandiosa. revistaon.com.br

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ECONOMIA & NEGÓCIOS RH

O QUE AS EMPRESAS

ESPERAM DOS JOVENS

Algumas características estabelecem diferenciais aos jovens e são observadas na hora da definição de candidatos para ocupação de vagas. Josy Pinheiro josy@progenth.com.br psicóloga organizacional com mbA em gestão estratégica de pessoas e gestão empresarial pela FGV. Sóciadiretora da pro-genth talentos Humanos, coach e consultora estratégica de diversas empresas dos setores de serviços, atacado, varejo e indústria.

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m meio à escassez de profissionais preparados para atendimento de certas demandas do presente para garantia do futuro das empresas, principalmente nas áreas de inteligência estratégica, existe no mercado uma grande expectativa quanto à identificação de potenciais jovens talentosos que, descobertos em programas internos de estágio, trainee e de aprendizes, podem fazer diferença e somar com seus valores. Os investimentos e a atenção nas áreas de gestão de pessoas (RH) estão voltados a essa “nova” geração de profissionais. É fundamental que esse novo talento demonstre desde o início do processo seletivo habilidades que o difere, além da vontade e determinação para desenvolvimento de suas competências nas diversas áreas do negócio. Existem comportamentos e características de perfis que são observados na hora da escolha e definição dos candidatos para ocupação dessas vagas, como: Atitudes de interação e de bom relacionamento - O “Eu” foi substituído no mundo corporativo por “Nós”. O profissional que sabe atuar em equipe consegue estabelecer competitividade e um bom clima ao ambiente. Ele nunca deseja estar no topo sozinho. Sempre terá ao seu lado outros para compartilhar e comemorar conquistas. Visão de futuro e acelerada maturidade - A visão de mundo está relacionada à maturidade do indivíduo. A influência dos pais é fundamental para o amadurecimento. Ter o hábito de leitura desde cedo, espelho familiar e ex-

periências escolares permitirá demonstrar perspectivas de futuro e do planeta. Não ter medo de errar e de correr riscos - Vivemos em um mundo competitivo, repleto de dificuldades, riscos, desafios e de oportunidades. O novo mercado exige uma postura de avanço, porém, a conquista de territórios, necessariamente, deve ter como base a ética, o respeito e a parceria, onde a relação ganha-ganha é devidamente cuidada. Ambição profissional e metas pessoais - Importante o candidato saber onde está e aonde quer chegar. Esse exercício é essencial ao desenvolvimento de sua carreira. Não basta ter apenas a vontade, mas, também, iniciativas e atitudes que oferecem resultados sustentáveis. Foco na criatividade e inovação - O ser criativo e inovador consegue projetar algo que beneficia diretamente a vida humana. Fazer diferente, usar a inteligência para se sobressair nas urgências. A inovação é a chave que irá garantir o aperfeiçoamento das descobertas. Assim como as outras características acima, essas estabelecem diferenciais aos jovens de talentos. O conhecimento nas áreas de tecnologia, entre outros voltados para a área que pretende atuar, é “quase tudo”. Digo isso pois é preciso ter cuidados especiais às questões pessoais, como aprender a lidar com pessoas, respeitar as diferenças, desenvolver perfil de liderança e se sentir um eterno aprendiz, baseado na essência da humildade e na frase reflexiva deixada por Sócrates: “Só sei que nada sei”.


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ECONOMIA & NEGÓCIOS mercado de trabalho

PARA COMEÇAR

BEM POR mAYARA stoEpkE FOTO REvIstA on

Com a competitividade do mercado, a qualificação e as experiências no ramo que deseja atuar são fundamentais para uma carreira bem sucedida. Oportunidades em programas de estágio, aprendiz e trainee são consideradas escolhas certeiras para o início da vida profissional. Mas você sabe quais são as diferenças entre cada um eles?

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scolher uma profissão e ingressar no mercado de trabalho não é algo tão simples quanto parece. Ter atenção às oportunidades e buscar qualificação para elas é fundamental. Para facilitar o processo de inclusão de um jovem no mercado de trabalho, há três caminhos bastante comuns: estágio, trainee e aprendiz, que são oportunidades para conseguir a tão cobrada experiência profissional e estar à frente em recrutamentos e seleções. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep), no Brasil há pouco mais de 7 milhões de estudantes no nível superior e apenas 740 mil deles em estágios. Ou seja, a maior parte não consegue ou não busca uma oportunidade de trabalho. Já o número de aprendizes cresce, segundo o Projeto de Fiscalização - Inserção de Aprendizes da Superintendência Regional do Trabalho. Em abril de 2010, foram inseridos 4.979 aprendizes no quadro de funcionários das empresas no país, 64

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“ser um aprendiz também é uma responsabilidade muito grande”, Ana Carolina Marchi enquanto em 2013 foram 29.647. Para entender as diferenças entre estagiários e aprendizes, basta estar atento aos deveres e obrigações da empresa para com o jovem. Poliana Matos, assistente de desenvolvimento profissional do Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) de Três Rios, explica que não há vínculo empregatício de um estagiário com a empresa. “Por isso, não tem carteira assinada e o contratado não tem direito aos benefícios sociais. Cabe a ele receber somente uma bolsa-auxílio salário, vale-transporte, recesso remunerado e férias”, informa. O estagiário deve ter idade igual ou superior a 16 anos e estar matriculado em curso de ensino médio, educação profissional, educação superior ou educação especial.

Já os aprendizes têm idades entre 14 e 24 anos e devem estar matriculados em um programa de aprendizagem de uma ONG, escola técnica ou do Sistema S (Senai, Senac, Senar, Senat e Sescoop). “A contratação de um Aprendiz Legal é facultativa para microempresas, empresas de pequeno porte e empresas optantes pelo Simples Nacional. As demais categorias de empresa são obrigadas a contratar jovens para o programa de aprendizagem”, explica. O número de jovens aprendizes contratados por empresa está fixado entre 5% e 15%, calculado sobre a quantidade de empregados de cada empresa contratante. “Este tipo de contratação gera vínculo empregatício, uma vez que o aprendiz tem


O estagiário recebe bolsa-auxílio, vale-transporte, recesso remunerado e férias

POLIANA MATOS Explica as obrigações da empresa em cada caso

carteira assinada em forma de contrato especial de trabalho, com data já pré-determinada para encerrar, e tem direito a todos os benefícios sociais, porém esta modalidade de contratação não dá direito ao seguro-desemprego”, diz Poliana. Enquanto isso, os trainees são jovens que estão perto da formatura no ensino superior ou recém-formados. O programa possui vínculo trabalhista formal e dura, em média,

um ano. O diferencial é que os profissionais passam por diversos setores, processo também conhecido como “Job Rotation”. O termo traduz a prática de maximizar o aproveitamento e o aprendizado de um funcionário dentro da empresa. Nesse processo, o funcionário passa por diversas áreas com a finalidade de conhecer todos os processos e atividades, podendo ser contratado para atuar no setor que teve melhor desempenho. A jovem Ana Carolina Marchi, 19 anos, cursa recursos humanos e pretende fazer o curso de medicina. Ingressou no Hospital de Traumatologia e Ortopedia Dona Lindu, em Paraíba do Sul, como aprendiz e atua no setor de faturamento. É o seu primeiro contato com o mundo profissional. “Ser um aprendiz também é

uma responsabilidade muito grande. Existem pessoas que pensam que ser aprendiz não é ter um cargo importante, mas trabalhar assim é uma experiência em que adquirimos muitos conhecimentos. Não aprende somente uma função, mas várias, isso é muito produtivo”, afirma. Para ela, é uma excelente forma de compreender a rotina de trabalho, conhecer melhor o ramo em que quer atuar, fazer contatos profissionais, aprender e conhecer o papel que a empresa tem na sociedade. Começar a vida profissional não é fácil, mas, acompanhar de perto as oportunidades que surgem com programas para inclusão no mercado de trabalho e buscar qualificação já são boas iniciativas para trilhar uma carreira de sucesso.

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PUBLIEdItoRIAl

UM IMPORTADO

NA GARAGEM FOTOS dIvulgAção

Riverside Veículos deixa moradores da região mais próximos da conquista do carro importado

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uem é apaixonado por carros, certamente acompanha as novidades do mercado e busca estar perto das melhores marcas. Se antes os moradores da região precisavam viajar aos grandes centros para encontrar veículos importados, há um ano este cenário está diferente. O empresário Renan Gonçalves Vieira, com a experiência adquirida no segmento em Petrópolis e no Rio de Janeiro, inaugurou a Riverside Veículos para facilitar a realização do sonho do carro importado. “O objetivo é proporcionar uma compra com tranquilidade. O cliente não precisa ir ao Rio de Janeiro, por exemplo, para adquirir seu importado. Uma vez que falamos da capital, o receio já surge, tanto pela distância para resolver questões burocráticas como pela questão da segurança”, diz Renan. Entre as marcas, Mercedes e BMW são destaques na loja e atraem olhares da população, já que o mostruário fica em um dos locais mais movimentados da cidade. “A Riverside também conta com Mitsubishi, Hyundai, Audi e Volkswagen, entre outras marcas. São carros sempre impecáveis”, afirma. Carra importado é sinônimo de valores

que podem ser pagos apenas por milionários? Esta ideia ficou no passado. “Não só a classe A pode conquistar estes veículos. Há carros importados zero quilômetro a partir de R$ 85 mil e, com a vantagem do financiamento, é possível realizar um sonho”, garante Renan. Entre as vantagens dos importados, conforto e segurança são grandes diferenciais, além da sensação indescritível de ter na garagem uma grande marca, reco-

LOCALIZAÇÃO A loja especializada em veículos importados está em um ponto de fácil acesso em Três Rios

nhecida internacionalmente. No primeiro ano na cidade, a Riverside Veículos já conquistou clientes e o reconhecimento pelo trabalho de qualidade desenvolvido com o prêmio ISO Empresarial 2014. “Nosso objetivo é ampliar o estoque, desenvolver a marca e melhorar ainda mais a loja. Nossos patrimônios são os clientes e por cada um deles buscamos este desenvolvimento”, finaliza Renan.


MARCAS As mais reconhecidas mundialmente estão na Riverside

INTERIORES Os carros importados oferecem mais conforto e tecnologia ao motorista

C 180 Mercedes é uma das marcas mais procuradas por clientes

ELANTRA A Riverside oferece veículos 0 km, como o novo modelo da Hyundai

(24) 2255-2644 / 7836-2113 98170-5494 / ID 916*10147 Av. Zoelo Sola, 2.646 Triângulo - Três Rios - RJ


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BEM - ESTAR esporte 69 saúde 78 comportamento 88

HORA

DE CORRER POR MAYARA STOEPKE

FOTOS ARQUIVO PESSOAL

Que a corrida é um ótimo exercício para ter a vida mais saudável não é novidade, mas você sabia que o esporte queima gorduras, protege as articulações de lesões, tonifica músculos e deixa o coração mais forte? Cerca de 40 minutos podem ser ainda mais eficientes se ela for praticada em grupo, o que já ocorre com frequência na região.

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BEM-ESTAR ESPORTE

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professor de educação física Fernando Marchi explica que a prática de exercícios físicos regularmente proporciona benefícios múltiplos ao indivíduo. “Auxilia na melhora do condicionamento físico, dá força, tônus muscular, flexibilidade, fortalecimento dos ossos e articulações”. Praticar uma atividade entre três e sete dias por semana também oferece uma melhora significativa no peso, aumento de massa magra, diminuição da frequência cardíaca de repouso, ajuda no controle dos níveis pressóricos e da diabetes, além de ser eficaz na diminuição do colesterol ruim e no aumento do bom, segundo o especialista em atividade física em saúde e reabilitação cardíaca. Com a corrida, os benefícios não são diferentes. “No caso dessa prática específica, melhora a capacidade física, o bem-estar, o ânimo, a capacidade cardiorrespiratória, a capacidade cardiovascular, previne a osteoporose, entre outros”. A corrida é um dos exercícios que mais queimam calorias e ainda ajuda no controle da hipertensão e diabetes. No caso de correr em grupo existe um somatório de fatores positivos, como in-

JAQUELINE SÁ Descobriu recentemente os prazeres da corrida em grupo 70

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SEGUINDO PASSOS Tradicional foto do grupo após os treinos

centivo, aumento dos laços de amizade e menor desistência dos treinos. “Quando corre sozinho, acaba tendo um foco maior na respiração, postura e ritmo. Já em grupo, ocorre uma descontração maior e o treino passa mais rápido, a fadiga demora mais a chegar. Além disso, existe um compromisso com terceiros em relação à hora”, explica Fernando, que treina grupos de corrida e chega a participar de seis grandes eventos por ano no Rio de Janeiro, Juiz de Fora, entre outros municípios. Jaqueline Sá descobriu recentemente os prazeres da corrida em grupo. Começou em agosto, na segunda corrida de um grupo que estava em formação. “Éramos cinco pessoas e, com o passar do tempo, fomos convidando amigas e amigos. Já estamos com um grupo grande”, explica. Os treinos do grupo acontecem duas vezes por semana, sempre à noite, com percursos que variam entre 4 km e 5 km, com ou sem subidas. “Os resultados são visíveis em todos do grupo. Estamos mais dispostos, animados e com vontade de correr sempre mais”, conta Jaqueline, que ainda faz atividades na academia com personal trainer três vezes por semana. “A corrida


“Correr em grupo oferece um somatório de fatores positivos”, Fernando Marchi nos leva à superação, vontade de vencer nossos próprios obstáculos”, acrescenta. Ainda no início do ano, o grupo já participou de dois eventos: o Circuito do Sol, no Aterro do Flamengo, e a Etapa Folia Itaipava, desafio de corrida de rua. “Vou participar do Circuito Ligth Rio Antigo, que começa em março e tem cinco etapas, e da WRUN 2015, a corrida mais esperada pelas mulheres”, anuncia. Ela participa, em Areal, do grupo de corrida “Seguindo Passos - Corridas e Caminhadas”, que faz parte do projeto “Segmentos”, da Sociedade Esportiva GABY (S.E.G.). Sua criação aconteceu com o objetivo de difundir o esporte e promover a saúde por meio da prática de atividade física. Com uma média de 25 pessoas, o

grupo acompanha algumas provas na região e no Rio de Janeiro. Segundo o professor Valber Moraes, do “Seguindo Passos”, todos podem participar por ser um grupo diversificado, com pessoas que têm ou não experiência em corridas e caminhadas, mas que buscam uma melhor qualidade de vida. “Além dos treinos, realizamos uma caminhada ecológica nas trilhas de Areal e região”, diz. O cronograma de treinos e eventos é divulgado na página do Facebook e o grupo possui parceira com a Prefeitura de Areal, que apoia, segunda os organizadores, com a realização de exames de eletrocardiograma, transporte para algumas provas e acompanhamento

FERNANDO MARCHI Explica que é preciso ter acompanhamento de um profissional durante a prática

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BEM-ESTAR ESPORTE

da Guarda Municipal em determinados circuitos de treinamentos e provas. “Estamos planejando criar uma assessoria específica e individual aos atletas que forem se destacando no grupo e oferecer um treinamento personalizado aos atletas da região que queiram melhorar seu condicionamento e aumentar suas metas em provas de longa distância”, destaca Samanta Gomes. Muitas pessoas iniciam a atividade física após a descoberta de algum problema de saúde, como aconteceu com Mariana Alves. Na adolescência, começou a praticar musculação devido à escoliose, já a prática da corrida só aconteceu em 2014, com o intuito de eliminar medidas. “Porém, com a melhora do condicionamento físico, encontrei na corrida uma forma de cuidar da minha saúde e, consequentemente, melhorar minha qualidade de vida”, diz. Integrante do grupo “Seguindo Passos”, ela garante que na atividade coletiva há comprometimento e solidariedade entre os participantes, o que estimula a continuidade do esporte, além dos laços de amizade que formam. “Antes eu não corria nem 100 metros e, hoje, já participo de corridas oficiais. Não me achava capaz de correr, acreditava não ter o perfil de uma corredora, mas, com o grupo, percebi que a corrida é um esporte integrador, que independe da diferença de

idade. Nosso grupo é bem homogêneo e dinâmico. Além do mais a corrida é um esporte de baixo custo e de grande perda calórica”, acrescenta. Janaína Soares também é adepta das corridas e prefere praticar a atividade em grupo. “O estímulo do grupo é o que nos incentiva e conseguimos superar nossas dificuldades. O apoio é excelente”, afirma. Aos 40 anos, o empresário Rodolfo Gobbi correu seus primeiros 10 km aos 18 anos ao lado de sua cadela, “Juma”. Sem nenhum acompanhamento ou planilha, conciliava as corridas com o trabalho e a faculdade. “Treinava hidroginástica com o professor Fernando e, quando ele inaugurou o Studio de Performance Física, passei a me dedicar às corridas com um acompanhamento profissional”, conta. Começou a treinar para 10 km, mas, com o incentivo dos amigos, passou para 21 km por ser uma modalidade que combinava com sua faixa etária e, também, por ser uma prova mais equilibrada. Para ele, correr em grupo é mais

prazeroso. Rodolfo treina de duas a três vezes por semana na academia e uma vez na rua, procura selecionar algumas provas e focar pesado no treinamento. “Meus próximos objetivos são correr a Meia Maratona de Juiz de Fora, a Meia Maratona do Rio, a Maratona do Rio e uma prova de 42 km em Búzios”. As corridas de aventura também passaram a fazer parte dos treinos do empresário, como as que possuem subidas e descidas. O publicitário Hallison Cestari foi contagiado pelos benefícios da atividade. Há três anos, quando mudou-se de Três Rios para Paraíba do Sul, estava sem praticar esportes e uma competição chamou sua atenção. “Assim que mudei, teve uma corrida em Paraíba, o ‘Circuito das Águas Minerais’. Fiz a inscrição para ver no que dava. Sem treinar, acabei chegando em segundo lugar na corrida de 5 km”, conta. Foi assim que percebeu que poderia ir mais longe se treinasse regularmente. Em sua segunda corrida, encarou uma trilha de 10 km e muito frio. Percurso concluído

HALLISON CESTARI A fadiga e o cansaço deram lugar à disposição e à criatividade

RODOLFO GOBBI O empresário correu seus primeiros 10 km aos 18 anos

MARIANA ALVES Ansiosa, se surpreendeu com os resultados na corrida Circuito Rio Antigo

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“Antes eu não corria nem 100 metros e, hoje, já participo de corridas oficiais”, Mariana Alves


“É um momento em que relaxo e coloco a cabeça no lugar”, Hallison Cestari

CIRCUITO DO SOL O grupo “Seguindo Passos”, de Areal, participou do evento no início do ano

em 1h03. “Eu me empolguei com esse resultado. A partir de então, fiz obstáculos, corri no Rio de Janeiro e conheci muitas pessoas. É incrível”, enfatiza. Antes de correr, Hallison conta que ficava exausto ao subir três andares de escada, cenário completamente trans-

formado com a atividade. “Como trabalho com a criatividade o dia todo, a corrida me estimula até na hora de fazer minhas atividades profissionais. É um momento em que relaxo e coloco a cabeça no lugar”. As corridas em grupo também fun-

cionam como estímulo para ele. Quando a turma do Studio Pimentel Fitness, onde treina, se reúne para correr em eventos dentro e fora da cidade, Hallison participa. “Tenho projetos voltados para o esporte que, em breve, conseguirei colocar em prática, organizando campeonatos de algumas modalidades esportivas, inclusive corrida de rua”, diz. Pronto para correr? Só não esqueça que antes de qualquer prática esportiva é importante passar por uma avaliação médica e ter acompanhamento de um profissional para que lesões e problemas maiores não aconteçam.


PUBLIEdItoRIAl

SAÚDE É O

QUE INTERESSA FOTOS dIvulgAção

Seja nos profissionais capacitados, nos equipamentos de qualidade ou nos pequenos detalhes que fazem a diferença, a Academia dragão branco completa 25 anos com apenas um objetivo: oferecer mais qualidade de vida à população.

Q

uando você pensa em uma academia, quais são as primeiras imagens que surgem? Esqueça ambientes cansativos onde os exercícios são encarados como obrigação e conheça um modelo de sucesso na região que completa 25 anos de existência. Segunda academia mais antiga em funcionamento em Três Rios, a Academia Dragão Branco surgiu com a missão de contribuir para a melhoria da qualidade de vida e bem-estar dos alunos com o profissional qualificado, proporcionan-

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A Academia dragão branco funcionou durante 12 anos na garagem da casa de Rocky do saúde, alegria e satisfação de todos com qualidade e competência. A história da Academia Dragão Branco começou na juventude de Wolney José de Carvalho, o Rocky, que sempre gostou de artes marciais, participava com frequência de campeonatos e, como consequência, passou a ensinar a arte e for-

mou-se em educação física. “A academia começou na garagem da minha casa, onde funcionou durante 12 anos. Mais de 200 pessoas se revezavam durante o dia para treinar”, lembra o profissional. O tempo passou e, hoje, em um espaço muito maior e prestes a ser ampliado, a academia oferece atividades para todos


EQUIPAMENTOS Sempre renovados e com manutenção em dia, proporcionam atividades variadas

os gostos e necessidades, como aerojump, ginástica, personal trainer, artes marciais e musculação, entre outras. Com uma nova área, que já está em construção, a Academia Dragão Branco passará a ter mais de 1.000 metros quadrados e contará com novas atividades, como pilates. “Prezamos pelo bem-estar do aluno. A academia é um lugar para que todos fiquem bem. Por isso, vamos além das atividades físicas e oferecemos um completo espaço para o aluno relaxar e aproveitar, enquanto cuida da saúde. Seja para começar bem o dia ou após um jornada de trabalho, o aluno precisa sentir prazer em estar na academia, e isso só é possível com muita dedicação e cuidado”, explica Rocky. Desta forma, a Academia Dragão Branco conquista cada vez mais alunos que, como diz o profissional, passam a considerá-la como a segunda casa. “Temos TV por assinatura, jornal, uma lanchonete completa que, em breve, passará a oferecer refeições, equipamentos sempre com manutenção em dia e um espaço sempre organizado e limpo”, acrescenta. Para atender os mais de 1.000 alunos matriculados, oito profissionais de educação física atuam diariamente na academia, divididos em turnos. “É obrigatório ter profissionais formados para o funcionamento e nós temos vários para oferecer ainda mais qualidade nas atividades. Na academia, os alunos formam uma verdadeira família Dragão Branco, sempre ajudando uns aos outros durante as atividades”, completa Rocky. Na trajetória profissional, Rocky faz cursos de aperfeiçoamento e especialização todos os anos, sempre com o objeti-

ARTES MARCIAIS A Academia Dragão Branco conta com espaço para a prática de modalidades e instrutores qualificados

“Na academia, os alunos formam uma verdadeira família dragão branco”, Rocky Carvalho vo de melhorar as atividades oferecidas na Academia Dragão Branco. Quem também contribui com o crescimento da academia é Roque Melo de Mattos Carvalho, filho do fundador e profissional de educação física, que, assim como o pai, busca e acompanha novidades na área para oferecer aos alunos. Há um momento certo para buscar atividades físicas? Rocky esclarece: “Academia é para se sentir bem, a hora certa é aquela que a pessoa quer ter uma saúde melhor, aumentar o bem-estar. Hoje em dia, as pessoas não buscam as atividades apenas por estética, mas pelos benefícios que sente no corpo, como me-

lhoras na postura e na respiração”. Ele diz, ainda, que qualquer pessoa pode praticar uma atividade, desde que seus limites e objetivos sejam acompanhados de perto. “Por isso é importante ter sempre um profissional de educação física na academia. Na Academia Dragão Branco, ainda fazemos avaliações dos alunos a cada dois meses para acompanhar a evolução”, afirma. Se saúde é o que interessa, chegou a hora de melhorar a sua com quem já tem capacidade reconhecida de ajudar neste processo. Faça uma visita e conheça de perto a estrutura da Academia Dragão Branco.

ROCKY CARVALHO O profissional está em constante busca por novidades para a academia

24 2251-0334 Rua João Batista Teixeira, 02 Palmital - Vila Isabel - Três Rios


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BEM-ESTAR saúde

AMEAÇA POR João mIguEl

SILENCIOSA FOTOS ARQuIvo pEssoAl

B

oca seca, sede, diurese e fome excessivas, cãibras, alterações visuais, tonturas, emagrecimento. Estes são alguns dos sintomas que podem surgir em um paciente que sofre de diabetes, doença que atinge 347 milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A doença é caracterizada pelo aumento na taxa de glicose sanguínea, ou seja, quando a taxa de açúcar no sangue, chamada de glicemia, é alta demais. “Isso pode ocorrer seja pela ineficiência do pâncreas em produzir insulina ou pela pouca capacidade da insulina em penetrar nos tecidos”, explica Kalina Massi Novelino, endocrinologista. Quando uma pessoa come, o pâncreas é estimulado a produzir insulina, que é essencial para o metabolismo de carboidratos e responsável pela entrada do açúcar nas células, onde ele é transformado em energia. Se o pâncreas tem dificuldade de transportar o açúcar para as células, pode começar a produzir mais insulina até ficar sobrecarregado e vir a falhar, causando a doença. Isso também pode ocorrer quando 78

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há ingestão de açúcar ou gordura demais. O diabetes possui duas classificações, o tipo 1 e o tipo 2. Segundo Kalina, o tipo 1 não pode ser evitado e pode ocorrer em crianças e adultos jovens de até 35 anos. “Ele aparece quando o pâncreas para de funcionar e perde a capacidade de produzir insulina. Já o tipo 2 aparece, principalmente, em adultos e idosos, mas não significa que um idoso também não possa ter o tipo 1. Com a epidemia da obesidade, crianças e jovens estão sendo cada vez mais diagnosticados com o tipo 2. No caso do diabetes tipo 2, grande parte dos casos poderia ser evitada com a prática de atividades físicas regulares e uma alimentação saudável”, explica a endocrinologista. Independente do tipo de diabetes que um paciente tenha, o mais importante é que ele sempre se cuide. Isso é fundamental para não agravar o quadro e evitar outros problemas. Segundo Kalina, a doença pode acarretar sérias complicações sem o tratamento adequado. “As principais delas são renais, como a nefropatia diabética, que pode levar à insuficiência renal crônica; a retinopatia diabética, em seu maior grau pode levar à

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Segundo a OMS, cerca de 350 milhões de pessoas no mundo têm diabetes. O Brasil é o quarto país com mais portadores da doença, que exige uma série de cuidados e muitas informações para aprender a conviver com ela.

KALINA MASSI A endocrinologista explica que o diabetes tipo 1 não pode ser evitado

cegueira; a neuropatia diabética, que causa dores, perda ou aumento de sensibilidade principalmente em pés; a vasculopatia diabética, que causa problema circulatório e pode levar à amputação; e o aumento na incidência e mortalidade por doenças cardiovasculares, como infarto e AVC”, afirma a médica. Para prevenir tais complicações, o paciente deve tratar a doença de forma adequada, tomar os medicamentos e consultar regularmente um médico para pesquisar as possíveis complicações e tratá-las a tempo. É o que faz a enge-


nheira aposentada Fátima Fróes. Há 10 anos ela percebeu que sua glicose estava alta. “Descobri o diabetes depois que perdi minha mãe, aos 50 anos. Hoje tenho 60 e, desde então, convivo com a doença”, conta. Ela diz que é preciso estar sempre atenta ao que comer, além de tomar a medicação corretamente e fazer exercícios regularmente. “Não é simples, tem uma rotina a ser seguida, além do controle do endocrinologista, de três em três meses”, afirma. A contabilista Lidia Machado Pereira também faz o controle do diabetes com bastante disciplina. Ela descobriu a doença quando entrou na menopausa. “Sentia muita sede e a boca estava sempre seca, parecia que eu não tinha mais saliva e urinava bastante. Com esses sintomas, procurei um médico que pediu um exame chamado “curva glicêmica” e descobri que estava diabética. Foi um baque”, conta. Lidia diz que o diabético precisa abrir mão de várias coisas, mas, em compensação, adquire hábitos bastante saudáveis.

LIDIA MACHADO A contabilista adquiriu hábitos mais saudáveis para controlar o diabetes

FÁTIMA FRÓES A aposentada descobriu a diabetes aos 50 anos e precisou mudar seus hábitos

“Primeiro tem que abolir o cigarro, o álcool e as comidas calóricas. Depois, dar preferência aos alimentos saudáveis, além de procurar manter o peso”, explica. O diabético pode esquecer o chopinho e o cigarro, mas precisa lembrar que é fun-

damental controlar bem seus índices de glicemia. Lidia, por exemplo, toma insulina várias vezes ao dia, além de remédios pela manhã e à tarde. “Sempre que saio de casa tenho que levar um kit: o isopor com as insulinas e o medidor de glicemia. Apesar dos pesares, eu gosto da vida e acho que mesmo tendo certas limitações, vale a pena viver e tentar com afinco ser feliz!”, conclui, dando uma grande lição de que é possível, sim, conviver com o diabetes sem perder a alegria e o gosto pela vida.

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BEM-ESTAR saúde

FONTE

DE VIDA POR mAYARA stoEpkE FOTOS ARQuIvo pEssoAl

processo natural e fundamental para o crescimento e desenvolvimento da criança, a amamentação também é um dos principais momentos da nova fase da mulher, o que requer cuidados especiais e muita atenção para que aconteça de forma eficiente e saudável para mãe e filho.

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urtir os primeiros passos, acompanhar o aprendizado do dia a dia, o crescimento, os estudos... Esses são alguns dos momentos que todos os pais desejam passar ao lado dos filhos. Entre eles, um dos mais marcantes, principalmente para as mães, é a amamentação. Além de fortalecer o elo, o principal objetivo da amamentação, principalmente nos seis primeiros meses de vida, é oferecer proteína, carboidratos, gorduras e minerais ao bebê. Ou seja, o leite materno é fonte de saúde. De acordo com a pediatra e gastroenterologista pediátrica Patrícia Padilha, o leite materno supre todas as necessidades nutricionais do bebê até os seis meses de vida e protege a criança da desnutrição, infecções e alergias. “Também existem estudos que mostram maior coeficiente intelectual em recém-nascidos que receberam leite materno, assim como a amamentação favorece o desenvolvimento do sis-

“não tem como explicar, é uma sensação única”, tema sensório motor oral”, explica. Além disso, ainda há a diminuição da prevalência de obesidade e doenças cardiovasculares nas crianças que se alimentam do leite materno. Para garantir a saúde da criança, vale ressaltar que o histórico familiar, as condições em que ela vive, entre tantos outros aspectos devem ser observados em conjunto. Entretanto os benefícios não ficam apenas no bebê, mas também chegam às mães. Segundo a especialista, a amamentação ajuda a reduzir a hemorragia pós-parto, previne o câncer de mama e de ovário, ajuda a recuperar o corpo e, consequentemente, a autoestima. A jovem mãe Bianca Martins conta que, apesar de não pensar muito sobre o assunto durante a gestação, o

Bianca Martins

PATRÍCIA PADILHA A pediatra garante que o melhor alimento para o bebê é o leite materno

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BEM-ESTAR saúde

“Insisti e continuei amamentando, mas meus seios ficaram feridos e optei pelo uso do bico de silicone”, Ana Mara Berião

BIANCA E MURILO A mãe garante que a amamentação fortalece o elo entre os dois

precesso de amamentar foi tranquilo. Murilo, de um ano e nove meses, deve receber o leite materno até os dois anos. “Não acho que existe qualquer outra forma de estabelecer um vínculo tão grande com seu bebê além da amamentação. É aquele momento que você para e conta os dedinhos da mão dele enquanto olha nos seus olhos. Não tem como explicar, é uma sensação única”, conta. A escolha de amamentar o bebê até os dois anos partiu de uma decisão em conjunto com o pai de Murilo, Marlon Martins. “Agora que a data tão esperada está se aproximando, ele é o primeiro a dizer que nós vamos partir para os ‘dois anos ou mais’, uma vez que o Murilo não parece nem um pouco interessado em parar de mamar”, brinca Bianca. A jovem explica, ainda, que o médico que acompanhou sua gestação sempre apontou os benefícios da amamentação para a criança. “Além de todos os benefícios para a saúde 84

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do bebê, passar o tempo da amamentação com ele, logo no início da sua vida, é importante para mãe e filho se conhecerem e a aumentarem o vínculo”. Esse contato durante a amamentação reduz a possibilidade de abusos, agressões e abandonos dos recém-nascidos, pois gera uma verdadeira ligação, explica Patrícia. Algumas dicas são importantes para que esse momento seja vivido de forma saudável e com qualidade. “Procurar um lugar tranquilo para amamentar, posicionar o bebê de forma confortável para que ele abocanhe não somente o mamilo, mas, também, a maior parte da aréola, é importante. A mãe deve manter uma alimentação saudável para uma boa produção de leite, assim como não fumar ou fazer ingestão de álcool”, ressalta a médica. Apesar de todas essas precauções, alterações anatômicas (mamilos retraídos ou invertidos), fissuras, sangramentos e infecções locais (mastite), além do uso de chupetas e mamadeiras pelos bebês, podem atrapalhar a amamentação. “Situações externas podem ocasionar abalos emocionais e/ou situ-

ANA MARA E THEO Mesmo sem o leite materno no tempo indicado, aos dois anos é uma criança saudável

ações de estresse que podem interferir na produção do leite materno”. Ana Mara Berião pode ter passado por uma destas situações. Após o parto, ainda anestesiada, ela ficou presa no elevador, o que causou um grande nível de estresse. “Depois, fiquei com uma dor de cabeça muito forte e tive que voltar para a sala de cirurgia para fazer uma punção”, lembra. Ao sair fragilizada do hospital, sua produção de leite pode ter sofrido alterações em decorrência da situação. “A primeira mamada do Theo foi no hospital, meio sem jeito, pois ele ainda estava aprendendo a mamar. Ao chegarmos em casa, ele ficava por volta de uma hora mamando, porém, chorava muito e eu achava que era cólica”, explica. Porém, o que acontecia com o pequeno Theo é que ele tentava mamar, mas Ana Mara não produzia leite suficiente para saciar sua fome. “Insisti e continuei amamentando, mas meus seios ficaram feridos e optei pelo uso do bico de silicone”. Ao perceber o emagrecimento do filho, procurou imediatamente o médico que constatou a perda de 500g em uma semana.


Os bancos de leite humanizados podem ser uma saída para as mães que apresentam dificuldade para amamentar

TENTATIVAS DOLOROSAS O pequeno Theo chegava a ficar uma hora tentando mamar

“Com esse número, o médico indicou um complemento que era dado após a mamada no peito”. Em seu terceiro mês, teve que parar de amamentar, en-

quanto o filho deixava de mamar e o leite secava. “O Theo, graças a Deus, é uma criança muito saudável, e eu acredito que não só o leite materno torna a criança saudável. Tive uma ótima gestação, com acompanhamento nutricional, e acredito que isso tem relação com o desenvolvimento do bebê dentro e fora da barriga”, finaliza. Para manter uma boa produção de leite, a mãe deve oferecer o peito ao bebê sempre que ele solicitar, pois o principal estímulo para essa produção é a sucção. Porém, quando, mesmo com todos os cuidados citados, a amamentação não acontece, é preciso complementar. “O ideal é fazer o uso de fórmulas infantis complementares adequadas para a faixa

etária da criança. Hoje em dia, temos várias marcas e todas devem seguir normas estabelecidas pela Anvisa”, afirma a pediatra. Segundo a profissional, é importante ressaltar que, apesar das fórmulas atuais se aproximarem do leite materno, o mesmo ainda apresenta um valor nutricional superior. Os bancos de leite humanizados podem ser uma saída para as mães que apresentam dificuldade para amamentar. Eles oferecem apoio, proteção e promoção à amamentação. Para doar, é preciso que a mãe, além de produzir um volume alto de leite, seja saudável, não faça uso de medicamentos que impeçam a doação e se disponha a ordenhar e doar o leite excedente.

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PLANO DE

CONQUISTAS FOTOS dIvulgAção

Unimed Três Rios, pelo segundo ano consecutivo, é a melhor operadora de planos de saúde do Estado do Rio de Janeiro

A

Agência Nacional de Saúde (ANS) divulgou recentemente o Índice de Desempenho em Saúde Suplementar (IDSS) e, pela segunda vez consecutiva, a Unimed Três Rios é considerada a melhor operadora de plano de saúde do Estado do Rio de Janeiro. Além de estar a frente das demais Unimeds do Estado do Rio, o resultado da cooperativa trirriense também supera o das operadoras como Amil, Bradesco Saúde, Golden Cross e Sul América. Ressalte-se ainda que a cooperativa trirriense recebeu da Federação das Unimeds do Estado do Rio, dentro da premiação das “Melhores Práticas de Gestão”, que contempla sete categorias, o primeiro lugar em Controladoria e também o terceiro lugar em outras três categorias (Sustentabilidade, Gestão de Pessoas e Regulação), além de ter conquistado o prêmio Unimed Destaque “Ouro” dentre as 19 Unimeds do Estado do Rio de Janeiro. Para o diretor-presidente da Unimed Três Rios e também diretor administrativo-operacional da Federação das Unimeds do Estado do Rio de Janeiro, Dr. Fábio Nasser Monnerat, “é muito gratificante e representativo este resultado, pois trata-se de uma avaliação do órgão responsável pela regulação do setor de planos de saúde no Brasil e do órgão representativo das cooperativas médicas Unimed no Estado do Rio de Janeiro, o que demonstra o bom desempenho desta empresa, em especial dos seus médicos cooperados, colaboradores e parceiros”.

Conheça outras premiações recebidas pela Unimed Três Rios em 2014:

Empresa Cidadã A Unimed Três Rios recebeu o certificado “Empresa Cidadã” concedido pelo Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro (CRC-RJ). A certificação foi dada às companhias como reconhecimento acerca da responsabilidade socioambiental que praticam na comunidade onde atuam, e aos contadores responsáveis pelos balanços sociais de empresas na utilização de práticas contábeis, que demonstram e registram os objetivos socioambientais.

Selo Ouro de Sustentabilidade A cooperativa conquistou a categoria Ouro do Selo de Sustentabilidade 2014, concedido pela Unimed do Brasil. Este resultado revela que a Unimed Três Rios assimilou o conceito da gestão sustentável e boa parte de seus processos refletem a implantação, planejamento e monitoramento das ações. Em sua 12ª edição, o Selo reconhece as cooperativas do Sistema Unimed que incorporam os temas essenciais da sustentabilidade em sua gestão, nos âmbitos social, econômico e ambiental, alinhando-se às principais tendências de mercado para operadoras de planos de

DIRETORIA E GERÊNCIAS DA UNIMED TRÊS RIOS Márcio Mello (gerente administrativo), Dr. Fábio Nasser Monnerat (diretor-presidente), Dr. Alcendino de Almeida Junior (diretor administrativo), Dr. Alfredo Manuel Mendes da Cunha (vice-presidente) e Ignácio Tepedino (gerente de controladoria)


O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Dr. Selmo de Oliveira Sabino, Dr. Edson Silva Soares, Dr. Rodolfo Martello Souza e Dr. Francisco Marcio Souza Noel

EQUIPE Colaboradores que fazem parte do sucesso da Unimed Três Rios

saúde somadas às especificidades das características do cooperativismo.

controle que deverá nortear sua atuação neste segmento e também da concorrência, assim como na definição de escolha do plano de saúde por parte dos clientes.

Concurso 5S de Sustentabilidade Ainda relacionado ao tema sustentabilidade, a cooperativa obteve a primeira colocação na categoria “Projeto com Vínculo Social” em premiação da Unimed Central Nacional. O prêmio é fruto do apoio da Unimed Três Rios ao Projeto Tô Limpo, desenvolvido pela CAPS AD (Centro de Atenção Psicossocial de Três Rios). Este projeto consiste na inserção social dos usuários de álcool e outras drogas através da fabricação de sabão caseiro. A cooperativa adquire uma médica mensal de 100 unidades do sabão e distribui para os novos clientes, além de promover a divulgação do projeto. Entrevista Dr. Fábio Nasser Monnerat (diretor-presidente da Unimed Três Rios)

Qual a importância do IDSS para as operadoras de plano de saúde? O Índice de Desempenho de Saúde Suplementar (IDSS) criado pela ANS avalia quatro aspectos importantes de atividades operacionais de uma operadora: econômico-financeiro, assistencial, satisfação dos beneficiários e estrutura da operação. Todos estes aspectos proporcionam à operadora ter uma ferramenta de avaliação e

Qual o impacto deste resultado para os cooperados e para os clientes da Unimed Três Rios? Para os cooperados, que são os proprietários da empresa, traz confiança e credibilidade, além de demonstrar o desempenho da cooperativa. Para os clientes o retorno é a melhoria no atendimento assistencial e na condição financeira (saúde financeira) da empresa que escolhem para si e sua família e/ou empresas, no caso de pessoa jurídica. Qual o impacto do IDSS para o mercado de Três Rios e região? Coloca Três Rios em evidencia neste cenário e também destaca a Unimed Três Rios frente aos concorrentes, pois consegue oferecer um serviço de qualidade e dentro das normas de regulação estabelecidas pela ANS. A que aspectos o senhor atribui o resultado alcançado pela cooperativa trirriense, por dois anos consecutivos? Responsabilidade, trabalho em equipe e consciência de melhor servir aos clientes. Este resultado tem a participação efetiva de todos que compõe a família Unimed: médicos, colaboradores, clientes, prestadores e fornecedores.

Histórico da Unimed Três Rios fundada em 21 de junho de 1995 com o intuito de dar sequência ao modelo de cooperativismo médico do sistema Unimed, a cooperativa de Três Rios foi criada com o objetivo de estabelecer condições mais adequadas para o trabalho médico, além de promover melhorias no acesso e na qualidade da prestação de serviço em saúde aos cidadãos da região centro-sul fluminense. A Unimed Três Rios atua também nos municípios de Paraíba do Sul, Sapucaia, Areal e Comendador levy gasparian. Atualmente, a equipe conta com a colaboração de 125 médicos das mais diversas especialidades e mais de 50 colaboradores. Em 2014, a cooperativa médica alcançou um quantitativo superior a 15 mil clientes, sendo líder na região no segmento saúde suplementar.

24 2251-6262 unimed.coop.br/tresrios Rua Dr. Bernardo Bello, 63 Centro, Três Rios - RJ praça garcia, 29 A Centro - Paraíba do Sul - RJ


BEM-ESTAR comportamento

CONECTADOS 24 HORAS POR tAtIlA nAsCImEnto

A relação entre pessoas e celulares está cada vez mais forte. É um mundo paralelo que já não desperta apenas a curiosidade da chamada “Geração Z”, ou seja, aquelas pessoas que já nasceram “dependentes” da tecnologia. Todos estão conectados. Até onde a troca do real pelo virtual pode ser benéfica? 88

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SUPERVISÃO fREdERICo noguEIRA

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psicólogo Thiago Moraes explica que, quando qualquer prática gera interferência nas atividades básicas da vida de uma pessoa, tornando-se elemento mais importante que a alimentação, higiene, relações sociais e afetivas, estudo, trabalho, entre outros, é sintoma de que algo está fora do lugar. “Se, ao sair e esquecer o celular em casa, perceber que ele está sem sinal, que a conexão com a internet foi interrompida ou, ainda, que aquele amigo ainda não respondeu à mensagem no WhatsApp apesar de já tê-la visualizado, e a

FOTOS ARQuIvo pEssoAl

pessoa notar a ocorrência de sintomas físicos como taquicardia, sudorese, tremores, sinais de ansiedade em decorrência de tais situações, é sinal de que essas tecnologias estão tomando um lugar de demasiada importância”, afirma. Taylane Barros se considera um desses exemplos. A jovem afirma que não vive sem o smartphone e que perde a noção do tempo com ele nas mãos. “Já deixei de sair por causa de bateria fraca, lugar sem sinal. Já perdi horário do ônibus por estar no celular. Quando estou com meus amigos, eles fala ‘larga isso’, ‘sai desse vício’. A pior parte é quando


Nem na hora do banho Raiana Andrade fica longe do celular

TAYLANE BARROS A jovem confessa ser viciada em trocar as capas do celular

estou no celular e alguém pergunta ‘não é mesmo Taylane?’. Fico sem saber o que responder porque não estava prestando atenção. Já acostumei a ficar com o celular e conectada à internet. Só de pensar em ficar sem fazer isso, parece que está faltando algo, fico incompleta”. Entre ficar em casa e sair, Raiana Andrade diz que prefere sair. Porém, desde que tenha acesso à internet. “Quando saio, não fico totalmente dispersa, deixo o celular perto e, algumas vezes, dou uma olhada”. Para ela, a internet ajuda a organizar a vida, a ficar informada sobre notícias no mundo e deixar mais próxima dos amigos e familiares, mas ressalta que, às vezes, pode prejudicar aos que se expõem demais. Nem na hora do banho Raiana fica longe do celular, o que gera re-

clamações dos familiares e namorado. “Só largo quando estou dormindo, mas fica ao lado do meu travesseiro e não desligo a internet hora nenhuma, fico 24 horas conectada”. Taylane, além das ligações, conta que usa o celular para escutar música, enviar SMS, tirar fotos, fazer pesquisas e, principalmente, acessar as redes sociais. “Os celulares modernos vieram para facilitar, reuniram muitas funções de outros aparelhos em um só. A internet é uma ferramenta muito boa, usufruo bastante, mas sei que tem seus pontos positivos e negativos. Se chega a um uso extremo, acaba prejudicando, se torna uma dependência, um vício, incomoda família e amigos”, analisa. Thiago Moraes ressalta que, em

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BEM-ESTAR comportamento

“Ando com três baterias carregadas”, Thiago Roderich

RAIANA ANDRADE Não larga o aparelho e adora fazer selfies

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THIAGO RODERICH Quando dorme, o celular fica embaixo do travesseiro

alguns casos, é aconselhável acompanhamento de um psicólogo, pois, de acordo com o grau de dependência e da interferência no cotidiano, as consequências podem ser nocivas. “O diagnóstico é feito a partir do momento em que o indivíduo sente que sua rotina é prejudicada pelo uso excessivo do celular e da internet. Um olhar profissional pode detectar outras situações, como distúrbios mascarados por este uso abusivo, entre eles a depressão, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, transtorno de ansiedade, transtorno obsessivo compulsivo”, explica. O produtor Thiago Roderich fica 24 horas conectado e, quando dorme, o celular fica perto. “Com o celular ,


em qualquer lugar do mundo resolvo toda a minha vida. Eu ando com três baterias móveis carregadas”. Ele lembra que já passou por uma situação constrangedora. “Esqueci a mala no aeroporto e os carregadores do meu celular estavam nela. Como a bateria acabou e não tinha como recarregar, fui na lan house e esqueci o Facebook aberto. Alguém acessou a minha conta e mandou mensagens denegrindo minha imagem e de amigos”. Thiago troca com frequência o aparelho. “Perco sempre e, na mesma hora que isso acontece, vou correndo comprar outro, nem que seja parcelado no cartão”. Raiana também faz isso. “Geralmente não fico mais de um ano com o mesmo. A tecnologia está sempre evoluindo e eu sempre acho que vou precisar de alguma função diferente que meu celular atual já não tem”. Como são tratados como filhos, os smartphones recebem cuidados especiais. O mercado apresenta as novidades e o público consome. Taylane confessa que é viciada nas capinhas. “Adoro, já troquei várias vezes até que arrumei uma que amo. Minha capa é uma barra de chocolate. Por

PSICÓLOGO Para Thiago Moraes, nada substitui o contato feito com olhos nos olhos

“Há pessoas que batem altos papos pela internet e se sentem constrangidas pessoalmente”, Thiago Moraes, psicólogo

enquanto parei nessa, mas já tive capinhas de várias cores, bichinhos e modelos diferentes”, diz. Adultos, jovens e... crianças! Os pequenos já ganham celulares de forma precoce e trocam atividades normais pelo mundo virtual. “Brincar é coisa séria na vida de uma criança. De acordo com as principais perspectivas teóricas, o brincar tem extrema importância, uma vez que é a sua linguagem, é pelo brincar que a criança expressa seus sentimentos, desenvolve a atenção, a imaginação, a criatividade, a autoconfiança, a empatia, entre outros aspectos importantes à formação de sua identidade”, diz Thiago Moraes. O psicólogo finaliza com uma informação básica, mas que já tem sido esquecida: nada substitui o contato feito com olhos nos olhos. “Quando alguém pedir para que entremos no WhatsApp, uma boa alternativa é propor um encontro real. Há pessoas que batem altos papos pela internet, mas, quando se encontram pessoalmente, se sentem constrangidas e não veem a hora de irem cada qual para sua casa para poderem conversar melhor pelo computador. O que poderia ser mais patológico se tratando de relações interpessoais?”, questiona. Ela dá a dica: “Vamos sair e aprender a apreciar e valorizar o espetáculo que a natureza nos proporciona todos os dias, mas que muitas vezes não vemos por estarmos olhando sempre para baixo, para a tela de um smartphone. Vamos passear, viajar e até fazer nossas ‘selfies’, porém, menos pela ânsia de logo postá-las nas redes sociais, e, sim, pela recordação. Tudo no seu tempo. Postemos bem depois, quando já tivermos desfrutado do mundo real e vivido tudo o que há para viver”, finaliza. revistaon.com.br

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Revista On Fevereiro & Marรงo


COOL

A REpúblICA

música 93 festas 102 aconteceu 118 viagem 124 sabores 132

ELES ENFRENTAM O CÉU E O MAR POR tAtIlA nAsCImEnto SUPERVISÃO fREdERICo noguEIRA

Eles são jovens, cheios de vida e de sonhos. Com um estilo bastante eclético que agrada todos, já se apresentaram por toda a Região Sul-Fluminense. Com músicas como “fico a imaginar”, “Anjo sol” e “outra vida”, a banda trirriense “Acústico A3” investe ainda mais na carreira musical em 2015 para a consolidação no mercado e a conquista de mais fãs.

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COOL música

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Juninho Hiote explica que a ideia era fazer um som acústico, sempre com três pessoas, por isso o nome “Acústico A3” A música entrou cedo na vida dos jovens. Primos, Gustavo e Tiago revelam que sempre foram muito próximos e contam sobre um trabalho que apresentaram no colégio quando tinham 11 anos. “Estávamos na quinta série e, como já tínhamos uma veia artística, o Gustavo, por conta do avô e do pai, e eu, por influência do nosso tio Fabiano, resolvemos montar uma banda para apresentar o trabalho”, diz Tiago Cunha, de 29 anos. A relação de Tiago com a bateria começou nesse período. “Quem compra a bateria? O Tiago compra a bateria porque ela é sempre o instrumento mais caro [risos]. O Gustavo já tinha

um tecladinho, então nos apresentamos: eu, ele e mais três amigos. Com 13 anos já fazíamos shows em Três Rios e região. Na época, precisávamos até de autorização de juízes para tocar. Toquei em alguns grupos, até que comecei a jogar futebol profissionalmente e dei uma parada na música, só voltei de fato com o Acústico, onde me reencontrei”. Aos 30 anos, Gustavo também recorda momentos marcantes da infância relacionados à música. “Lá em casa, ficávamos enchendo o saco da minha mãe. O Tiago ficava no braço do sofá, batendo com o pente, tocando no balde. Não tínhamos dinheiro A REpúblICA

ormada pelos músicos Gustavo Cunha (voz e violão), Tiago Cunha (bateria) e Juninho Hiote (baixo), a banda Acústico A3 surgiu há seis anos. Gustavo conta que tudo começou com uma brincadeira, quando ele e Juninho, além de trabalharem no mesmo local, já tocavam juntos em uma banda e faziam participações em diversos grupos. “Após sair da banda que fazíamos parte, tivemos a ideia de montar uma para tocar MPB em barzinhos. Até que nosso patrão pediu para fazermos um ‘barulho’ no aniversário dele, no dia 6 de dezembro 2008. No início, seríamos eu, Juninho e outro rapaz. Porém, ele não pode ir e acabamos chamando o Tiago para tocar. Começamos a fazer uma brincadeira, sem ensaiar, só para divertir a galera. O pessoal gostou muito e acabamos recebendo o convite para tocar na Boate de Natal do Caer naquele mesmo ano. E não paramos mais”, lembra.

NOVIDADES A banda se prepara para lançar o segundo CD ainda em 2015 94

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A REpúblICA

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para comprar instrumentos nem para pagar uma pessoa para ensinar, então pegávamos revistinhas e instrumentos emprestados. Com oito anos, montamos a ‘Banda dos Parentes’. Eu tocava teclado na máquina de costura da minha avó, foi o primeiro instrumento que aprendi. Ninguém tocava nada de verdade, era só na brincadeira. Começamos a fazer cover dos ‘Mamonas Assassinas’ e logo depois veio a apresentação no colégio”. Juninho Hiote, 27, conta que começou a ter interesse por música aos nove anos, por influência do pai. “Vamos vendo e espelhando. Aprendi muito com revistinhas de músicas, pois naquela época era tudo mais difícil, e com as experiências no dia a dia, que é onde realmente aprendemos. Toquei em banda de rock, um pouco de contemporânea, grupos de pagode e bandas de forró. Depois montamos esse projeto do Acústico e me identifiquei, vi que aquilo era a minha praia”.

GUSTAVO CUNHA Compositor, afirma que todas as músicas têm um significado

TIAGO CUNHA O baterista diz que os três se consideram irmãos

Juninho explica que, no início, a ideia era fazer um som acústico, sem-

pre com três pessoas, por isso o nome “Acústico A3”, mas diz que, com pas-

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COOL música

“O Acústico A3 é um tripé, se um de nós falharmos, desmorona tudo”, Tiago Cunha

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que as inspirações são diversas. “Não é só rimar, tudo tem um fundamento para estar ali. A letra tem que ter algo a mais para ter um conteúdo. Procuro fazer uma letra que acrescente alguma coisa. O nosso estilo é mais um reggae, um pop. Não que não tenhamos outros estilos de músicas, mas preferimos esses. Eu componho as músicas, faço melodia e letra e mostro para os meninos. Começamos a analisar e produzir”. Em 2015, a banda se prepara para lançar o segundo CD. “Estamos gravando músicas novas, selecionando nossas melhores músicas para ser um trabalho diferente. Acabamos de fazer uma roupagem nova da música ‘Fico a imaginar’ [o título da matéria faz referência a um trecho da canção], em uma versão banda, com a ajuda do Fabiano Andrade, produtor de diversas duplas sertanejas e bandas de Juiz de Fora. Já havíamos gravado na versão acústica, então vamos lançá-la na versão banda, que é a cara que o Acústico A3 está para vendas de shows. Nosso projeto é que,

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sar dos anos, algumas pessoas começaram a abreviar o nome para “AC3” ou “A3”. “Quando tocamos em barzinho, somos somente nós três. Mas, atualmente, muitas das nossas apresentações são feitas com banda para mostrar um diferencial, algo que as pessoas ainda não viram. Estamos sempre procurando mostrar o melhor”, diz Juninho. Gustavo completa sobre a versatilidade: “Conseguimos tocar em barzinho, com todos aqueles estilos que as pessoas pedem, tocamos em casamentos e, também, conseguimos nos apresentar em eventos maiores, como exposições. Abriu mais um leque de possibilidades”, diz. Quando se apresentam com banda, mais dois músicos participam: Samuel Arouca (guitarra) e Rodrigo Boni (teclado). A banda, que já se apresentou por toda a região, destaca a exposição de Três Rios e a cidade de Sapucaia como alguns dos momentos mais marcantes da carreira. “A exposição é marcante pela grandiosidade do evento, já tocamos para milhares de pessoas e foi muito emocionante. Já em Sapucaia, o carinho que temos é diferente. As pessoas conhecem nossas músicas do começo ao fim. O show fica sempre cheio. É uma cidade que nos abraça, gostamos muito de tocar lá. Se quisermos, podemos tocar só as nossas músicas”, diz Tiago. O Acústico A3 está presente, também, no mundo virtual. Além da página e perfil em uma rede social, possui um site com todas as músicas disponíveis para download. “Se vivêssemos há alguns anos, as pessoas talvez não conhecessem tão bem o nosso trabalho. O Facebook foi uma ‘mão na roda’ para nós. Usamos para divulgar nossos shows, clipes e músicas, além da credibilidade que passa aos contratantes, pois podemos disponibilizar fotos de shows, tudo o que já fizemos durante nossa carreira e músicas que estamos trabalhando. A internet ajuda bastante”, afirma Gustavo. A banda tem diversas músicas autorais. Gustavo, que é o compositor, diz

JUNINHO HIOTE Começou na música aos nove anos, por influência do pai


A REpúblICA

BANDA Na nova fase o trio se apresenta com outros músicos

com essa nova roupagem na música, ela possa alcançar outros lugares que ainda não alcançou. Estamos produzindo

um show amplo, com mais músicas, visualmente diferente. Esse é o ano que estamos tentando mudar um pouco do

nosso paradigma, sair um pouco mais da nossa região e tentar outras cidades e estados”, diz Juninho. A música será, mais uma vez, a principal na divulgação da banda. “Com ela, ficamos em segundo lugar no Festival Antense da Canção de 2009 e, como tocou nas rádios, fez muito sucesso. Passou a ser toque de celular de muita gente”, diz Tiago. “Acreditamos nela porque, como a galera já gostou de uma versão mais acústica, vamos abrir mais horizontes com uma produção profissional, com um trabalho de estúdio a nível nacional”, completa Juninho. Para encerrar, o trio garante que o respeito entre os músicos é fundamental para o sucesso. “Nos consideramos irmãos. Em nenhum momento deixamos de acreditar. Falamos que o Acústico é um tripé, se um de nós falharmos, desmorona tudo”, diz Tiago, que completa com uma frase que traduz a banda: “A melhor banda não é a que tem os melhores músicos, mas a que tem os melhores amigos”.

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COOL música

A MÚSICA CELESTIAL A história da obra musical composta por um músico surdo para uma amiga cega Márcio Simões marciosassis@gmail.com graduado em administração com habilitação em marketing, cursou até o oitavo período de Letras na ULBRA para tentar melhorar o português.

A

ntes de Wolfgang Amadeus Mozart e Ludwig Van Beethoven, a música como conhecíamos era tribal em todos os seus sentidos. Mozart compôs sua primeira sinfonia com cinco anos e Beethoven começou a compor com menos de oito anos, a partir deles a música torna-se na terra celestial com belas composições, arranjos e melodias. Transcendem os nossos corações. Eu peço a você, leitor, que dê uma pausa neste ponto da leitura e faça uma busca rápida na internet. Vá ao Google ou ao Youtube, seja através do tablet, smartphone ou notebook, e digite “música Sonata ao Luar”. Localizou? Comece a escutar e inicie a leitura novamente. Beethoven, após quatrocentas composições, próximo do fim de sua vida, triste pela falta de carinho das pessoas, vivia numa pensão com a surdez que o torturava. Ao andar na rua, ele utilizava uma espécie de corneta acústica para colocar próximo ao ouvido e poder escutar as pessoas. E muitos caçoavam dele gritando “o surdo!”, sem qualquer afeto ao artista. Betina, sua amiga, que cuidava dele, era quem o escutava com atenção. Certa feita,

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Beethoven anunciou a ela o desejo de dar fim a sua existência, por não poder mais compor e escutar a sua música. No mesmo instante da sua colocação, Betina diz: “Você ainda toca bem, não pense nisso. Eu sou cega e sempre sonhei e gostaria, em toda a minha vida, de ver ‘uma noite de luar’ e, mesmo assim, nunca pensei dar fim a minha vida”. Ao escutá-la, Beethoven refletiu e compôs para ela uma das mais belas canções que a Terra conheceu. “Sonata ao Luar”, esta mesma, caro leitor, que você está escutando. Ele, surdo, não pode escutar a sua bela composição que fez para Betina, que era cega e pode ouvir e sentir na alma como era uma noite de um luar. Ao escutar esta bela página musical composta por este músico das estrelas, ela se emocionou pela melodia composta. Dizia a Betina: “Sinto-me obrigado a deixar transbordar de todos os lados as ondas de harmonia provenientes do foco da inspiração. Procuro acompanhá-las e delas me apodero apaixonadamente. Vou multiplicando todas as modulações e venho, por fim, a me apropriar do primeiro pensamento musical”. Escute agora, é uma sinfonia...


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PUBLIEdItoRIAl

STUDIO CARMINDO GUIMARÃES APRESENTA CURSO PROFISSIONALIZANTE

“LUZ & VIDA” FOTOS dIvulgAção

Objetivo é formar profissionais para o crescente mercado de trabalhono setor de beleza na região

sHuttERstoCk

O

curso profissionalizante Luz & Vida foi elaborado para os profissionais da beleza que gostariam de aperfeiçoar suas técnicas e para as pessoas que buscam a oportunidade de aprender uma nova profissão e ingressar no mercado de trabalho. Tem como objetivo formar profissionais para o mercado de trabalho de Três Rios e região, para que possam ter seu próprio negócio, como também estarem aptos ao mercado que tende a crescer nos próximos anos, de acordo com Carmindo. “Queremos fazer esse trabalho para melhorar a qualidade profissional nessa área em Três Rios. Temos que fazer um trabalho bacana de base, para que, daí em diante, qualquer curso que os alunos venham a fazer, só faça com que eles melhorem cada vez mais. Se fizerem uma base técnica bem feita, tudo que fizerem após só vai fazê-los crescer. Quando a base é mal feita, nunca irá formar um bom profissional. O curso será diferente de tudo que já existe. Pretendo fazer algo mais avançado, serão vários

cursos em um só. Então os alunos terão uma base bacana e vamos cobrar para que venham a evoluir e crescer, estando aptos para o mercado”. O curso apresenta, também como proposta, ações sociais. Segundo Carmindo, pelo menos uma vez por mês será realizado um trabalho social. Segundo o cabelereiro, o mesmo pretende deslocar-se até os locais mais carentes da cidade. “Queremos nos voltar para esse lado social, tudo sem cobrar nada. É importante que eles se formem, mas que não se esqueçam de que o trabalho social existe”. Com aulas realizadas duas vezes por semana e duração de aproximadamente um ano, englobará aulas teóricas e, principalmente, práticas, oferecendo a oportunidade dos alunos colocarem a “mão na massa” e aprenderem a trabalhar no segmento. Com conteúdo inovador, técnicas exclusivas, abordagem prática e certificação, o curso acontece no próprio salão do profissional e tem vagas limitadas.

LOCALIZAÇÃO O Studio de Beleza fica no Centro de Três Rios


O profissional

A trajetória de um dos profissionais da beleza mais renomados de Três Rios e região começa quando Carmindo Guimarães tinha apenas 16 anos de idade. No primeiro curso profissionalizante que o jovem cursou no Senac de Três Rios, teve o seu talento descoberto por Jair, seu professor e grande profissional. Logo após, foi convidado a trabalhar em um salão que o ajudou a conquistar mais experiência e aperfeiçoar o que vinha aprendendo. Permaneceu por lá durante cinco anos e aprimorou o seu trabalho participando de vários cursos no Rio de janeiro e São Paulo. Passado o período de formação e aperfeiçoamento, montou o seu primeiro salão de beleza no Edifício Chiquitão, aos 21 anos, passando a ser considerado o salão mais moderno da região. Após quatro

anos, Carmindo decidiu aprimorar o seu trabalho para que pudesse trabalhar em qualquer país do mundo. No mesmo período, o já respeitado profissional decidiu fechar o seu empreendimento por Três Rios enfrentar a maior crise financeira de sua história. Mudou-se para Campinas (SP), onde permaneceu durante três anos e se consolidou como cabeleireiro. Ao retornar para a sua cidade natal, Carmindo trouxe consigo a certeza de estar pronto para disponibilizar aos seus clientes os serviços e a qualidade oferecidos por grandes salões de beleza. Além da sua força e dedicação, o profissional traz consigo a certeza de que Deus o deu a direção e o talento para trabalhar, assim como ajudar outros profissionais do ramo como, por exemplo, o curso Luz & Vida.

CARMINDO GUIMARÃES Está pronto para contribuir com a formação de novos profissionais de beleza

Conteúdo do curso Módulo 1 lavatório Escova lisa Escova modelada Módulo 2 Coloração tratamento para cabelos opacos, quebradiços e ressecados Módulo 3 Alisamento tradicional Alisamento definitivo Escova progressiva Escova inteligente Escova redutora Escova francesa e outras

STUDIO CARMINDO GUIMARÃES Estrutura de alto padrão que conquista e fideliza novos clientes e cada ano

Módulo 4 luzes balaiagem mechas ombré Hair

sHuttERstoCk

Módulo 5 Corte

24 2255-2065 Rua 7 de Setembro, 277 - Loja 07 Centro - Três Rios - RJ


COOL festas

DEBUTAR! POR tAtIlA nAsCImEnto

SUPERVISÃO fREdERICo noguEIRA

FOTOS studIo ClICk

Já dizia o poeta: “E um dia os livros de historinhas se fecham, os sapos viram príncipes de verdade, sonhos se transformam em realidade, ilusões acabam”. Quando uma menina completa 15 anos, a tradição diz que a comemoração deve ser marcante. Glamour e diversão marcam as festas de debutantes, que estão de volta ao gosto das jovens.

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“Existem várias formas e facilidade de custeio destes desejos que são muito comuns entre as adolescentes”, Flavio Barbosa, cerimonialista

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urante algum tempo, as festas de 15 anos foram trocadas por viagens ou presentes especiais, mas, nos últimos anos, a tradição está de volta, como explica o cerimonialista Flavio Barbosa. “Antes, até por conta de custos, a família tinha que optar por uma festa ou uma viagem. Hoje, como há um planejamento, é possível conciliar viagem e festa. Existem várias formas e facilidade de custeio destes desejos que são muito comuns entre as adolescentes. Em média, realizamos 20 festas de 15 anos durante um ano, isso é um grande número considerando que estamos no interior do estado”. Em 2014, Eduarda Martins viveu esse momento. De acordo com Jaqueline Mar-

EDUARDA MARTINS A festa começou a ser organizada dois anos antes para sair como ela gostaria

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ARQuIvo pEssoAl

COOL festas

COREOGRAFIA A “valsa” da festa de Eduarda contou com a participação de amigos e surpreendeu os convidados

DANÇA Renata Raquel conta que a moda é uma valsa estilizada

tins, mãe de Eduarda, a festa começou a ser organizada dois anos antes. “Ela sempre quis fazer uma festa de 15 anos, pois se inspirou na minha. Ainda tenho meus vestidos e ela os usava para brincar e dizia que, quando fizesse 15 anos, usaria [risos]. Sempre sonhei em fazer uma festa de princesa para minha filha e realizar o sonho dela. Porém, perto do aniversário, cheguei a oferecer viagens, mas ela não aceitou. A

ros. “Como faltar uma valsa na festa de 15 anos de uma bailarina? Fui chamando meus amigos que dançam para participarem dessa loucura e eles aceitaram. Nós ensaiávamos nos finais de semana. Foram 10 músicas, pois queria que todos que foram importantes participassem. Dancei com minha avó, mãe e tia músicas da época delas e com as damas e cavalheiros queria uma coreografia no estilo do filme

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festa representou, para mim, a realização do sonho de um ser que gerei, vi crescer, eduquei e agora virou uma moça linda, com seus próprios sonhos”. Ela relembra que a imagem que mais ficou marcada foi da entrada da filha no salão, ao som de “Just the way you are”, de Bruno Mars. Com relação à valsa, Eduarda revela que, no início, pretendia fazer algo tradicional, com 14 damas e 14 cavalhei-


ENSAIO As fotos produzidas antes da festa precisam mostrar a personalidade da aniversariante

“Cada festa tem seu charme particular, tento fazer com que fique do jeitinho da aniversariante”, Renata Rachel, professora de dança

ARQuIvo pEssoAl

‘Se ela dança, eu danço’, onde todos estão disfarçados e começam a dançar do nada, no meio das pessoas”, explica. A professora de dança Renata Rachel Padula conta que já monta coreografias voltadas para esse tipo de festa há mais de três anos e afirma que as aniversariantes sempre optam por valsas estilizadas. Diz que são necessários aproximadamente cincos ensaios. “O prazer de dançar se torna o centro da festa, o momento de interação dos convidados. Cada festa tem seu charme particular, tento fazer com que fique do jeitinho das aniversariantes. É muito bom viver este

FOTOGRAFIA Rita Valle afirma que há um aumento na procura por fotos de festas de 15 anos

momento. Já fiz estilo anos 60, tradicional que virou MPB e funk, além de uma que toda a família dançou”. Coreógrafa também da valsa do aniversário de Eduarda, Renata conta que o resultado foi bastante satisfatório. “Foi incrível, os participantes eram bailarinos. Devido a isso, ficou mais fácil criar, montei em três ensaios. Enquanto rolava a dança tradicional, os bailarinos se misturaram no meio dos convidados e, quando começaram a dançar, ninguém sabia para onde olhar, eu mesma fiquei chocada. Foi lindo, os fotógrafos não sabiam o que fotografar”, relembra. Eduarda conta que depois de muitas dúvidas, escolheu as cores amarela e branca para a decoração da festa e que usou três vestidos, um para cada momento da noite. “Foi o dia mais feliz da minha vida, com todas as pessoas que fizeram parte da minha história, que me viram pequena”. Segundo o cerimonialista, o ideal é que a família procure o profissional pelo menos com 12 meses de antecedência, porém, com relação ao local da festa, é importante ainda mais antecedência para garantir que a data esteja livre. “O acompanhamento se faz indispensável, pois, com o profissional de assessoria em eventos, a debutante e sua família poderão acertar na escolha dos serviços que serão contratados e oferecidos revistaon.com.br

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COOL festas

BRUNA KOEHLER A jovem quis uma festa diferente do estilo tradicional e escolheu o vestido uma semana antes

aos convidados. O cerimonialista irá desenhar o roteiro do evento e coordenar para que tudo saia exatamente como planejado e idealizado”, diz Flavio.

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A decoração é um ponto de destaque em cada festa. Andréa Azevedo, proprietária de um buffet, diz que há uma grande procura por organização de festas de 15

anos, mas afirma que o estilo tradicional foi deixado de lado, pois as debutantes querem cada vez mais ousar. “As meninas preferem ousar nas cores, querem ser dife-


“meu convite foi um ingresso de show e pulseiras com meu nome”, Bruna Koehler rentes. São solicitados, além do tradicional, mesas de doces com cascatas de chocolate, mesas de frutas, barman... As músicas, cores, o jeito de arrumação tem que ser novo, mais atual. Hoje, quase não usam temas, pedem uma arrumação com cortinados”. E os momentos especiais merecem ser registrados para sempre em fotografias. A fotógrafa Rita Valle afirma que há crescimento no número de meninas em busca de um book antes da festa. “Elas curtem muito essa fase, como se fossem verdadeiras princesas”. Ela explica que as fotos, além de servirem como recordação, são usadas na decoração da festa e, claro, publicadas nas redes sociais. Sobre os cenários para o ensaio, a aniversariante tem liberdade para escolher. “Caso queira que eu opine, dou sugestões, mas deixo claro que a vontade dela prevalece. O importante é que tudo seja feito com amor, dedicação, paciência e a direção de Deus. Esse é um momento único para cada menina. Me entrego totalmente e vivo com elas a alegria, a emoção, o choro, o deslumbramento. Acompanhando o dia da aniversariante, busco registrar todos os momentos, principalmente os inesperados, os mais naturais, que na maioria das vezes são os que realmente transmitem o que está dentro do coração”. Flavio Barbosa comenta que, embora existam mudanças, ainda sente dentro de cada debutante a alegria e o sonho da realização da festa. “O mundo globalizado permitiu grandes mudanças em todos os sentidos de nossas vidas, como não mu-

DETALHES Bruna pensou em cada item da decoração da festa

daria também as festas das debutantes? A internet é uma grande ferramenta de pesquisa e, muitas vezes, fundamental na tomada de decisão, seja nas cores, estilos, detalhes, make up´s e vestidos”. Bruna Koehler preferiu realizar a festa com um estilo totalmente diferente do tradicional. “Pedi uma festa mais simples, porém com tudo que eu tivesse direito, como um vestido moderno, placas com frases que eu mesma criei e pista de dança em formato de X. Minha mãe mandou fazer um adesivo com meu retrato, com fotos do meu book, para colocar na pista de dança. Queria um barman e chinelos no final da festa. Meu convite foi um ingresso de show e pulseiras com meu nome, que as pessoas apresentavam ao segurança na porta. Não quis dançar valsa, acho brega [risos]. Queria uma entrada com tochas e muitas flores do campo”, conta. A jovem revela que a festa sempre foi um sonho da mãe e que ela queria uma viagem para a Disney. Optou pela festa um mês antes da data. Sobre o vestido, a ideia inicial era um de cor rosa, para combinar com a decoração. “A menos de uma semana da festa, entrei em uma loja e bati o olho em um vestido preto. Amei. Minha mãe teve que mudar a cor da festa toda. Colocou alguns detalhes em rosa, a iluminação do salão, as velas das mesas, o convite, os chinelos e as forminhas dos doces, mas valorizou o preto e o branco e incluiu o prata. Vou ter uma bela recordação, além de ver a alegria da minha mãe. Ela estava radiante. Me senti muito feliz com todos os meus amigos e familiares presentes”. A festa foi organizada por sua mãe, a empresária e decoradora de festas Mônica Koehler. “No dia que ela topou, não perdi tempo. Como sempre faço com meus clientes, perguntei a ela como ela queria e executei, juntando o meu bom gosto. A Bruna fez uma lista dos drinks e o barman fez do jeitinho que ela queria. Teve a mesa de guloseimas, crepe, salgadinhos, mesa de frios... Foi um sonho realizado, uma sensação de alegria e felicidade”, conclui. revistaon.com.br

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COOL festas

EXÉRCITO DA DIVERSÃO POR mAYARA stoEpkE

FOTOS mol fotogRAfIA

A primeira festa de aniversário de um filho é a realização de um sonho para os pais, o momento de celebrar a vida e reunir os amigos, além de proporcionar diversão para a criança. O primeiro ano do Francisco foi muito especial para ele e para os papais Otávio e Rafaela, em uma festa com o tema Soldadinho de Chumbo.

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FELICIDADE Rafaela, Francisco e Otávio celebraram a data com uma festa marcante

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afaela D`Angelo e Otávio Campos iniciaram os preparativos para a festa de um ano do filho Francisco, que aconteceu no dia 6 de dezembro de 2014, com cinco meses de antecedência e garantem que deveriam ter começado antes. “Desde que ele nasceu, eu já pensava em como seria a festa e até pesquisava o tema. Mas foi em junho que comecei a organizar. Para escolher o local e a data que queria, deveria ter começado a organizar um pouco antes. Não consegui fazer no dia do aniversário dele porque o local não tinha disponibilidade”, explica Rafaela. A festa aconteceu duas semanas após o aniversário, que foi no dia 21

DETALHES Organização com antecedência foi fundamental para a beleza da festa

“desde que ele nasceu, eu já pensava em como seria a festa e até pesquisava tema”, Rafaela D`Angelo

de novembro. O local escolhido foi o Lagoon, em Três Rios. “Não queria fazer fora da cidade porque queria muito que os amiguinhos dele estivessem presentes”. Uma dica de Rafaela é pesquisar bastante. Ela seguiu perfis no aplicativo Instagram para ajudar na decisão do tema da festa. E deu certo! “Queria uma coisa que não fosse comum. Nessas minhas pesquisas, vi a festa do Soldadinho de Chumbo e me apaixonei. Achei a festa linda e nunca tinha visto antes, era o que eu queria. A festa tem as cores que eu mais gosto, vermelho e azul marinho, que, por coincidência ou não, são as cores que decoram o quarto do Francisco”. A beleza ficou por conta da Oui Cenografia, empresa que desenvolve projetos de decoração, ambientação e cenografia para festas e eventos. Sabrina Vasconcellos, diretora da Oui Cenografia, explica que é importante ouvir, entender e analisar as necessidades


COOL festas

DECORAÇÃO A Oui Cenografia foi responsável pela festa com o tema Soldadinho de Chumbo

EM FAMÍLIA Na hora do parabéns, amigos e familiares entraram no clima da festa com uma camisa especial

do cliente para apresentar caminhos e soluções. “Fazer a festa de um ano do Francisco foi muito gostoso. A Rafaela nos deixou muito à vontade para criarmos tudo aquilo que julgávamos importante e, para nós, há sempre algo importante (risos). A união foi muito saudável, pois a confiança que ela nos depositou, fazendo com que tivéssemos total liberdade para escolher cada 110 Revista On Fevereiro & Março

detalhe, fez com que o resultado final ficasse realmente incrível”, conta. Sabrina explica, ainda, que as festas infantis demandam muita organização, fôlego para pesquisas intermináveis e muita criatividade. “Proporcionar que crianças de diferentes idades tenham diferentes experiências é, sem dúvida, um desafio. No aniversário do Francisco, conse-

guimos fazer com que os bebês tivessem o seu cantinho, com as suas papinhas, suquinhos e biscoitos, enquanto as crianças maiores se encantavam com oficinas, cama elástica, grupo de animadores e outras atividades em que puderam liberar suas energias”. Com o local e a decoração definidos, o casal partiu para as “guloseimas” da festa. “O buffet que escolhi foi da Adriane Guerra. Já tinha feito algumas festas com ela e não poderia fazer com nenhum outro. Sou muito preocupada com essa questão de comida, não pode faltar nada. Gosto que todos os convidados possam comer na hora que quiserem e o quanto quiserem”, diz Rafaela. Ela ainda acrescenta que os doces foram feitos pela mãe, que adora fazer tais delícias na cozinha. “Quando falei pela primeira fez sobre a festa de um aninho do Francisco, na mesma hora ela falou que faria os docinhos. Mesmo trabalhando no Rio, se organizou e fez tudo sozinha”, conta. O registro de todo o resultado do esforço também era necessário. O objetivo era lembrar de cada detalhe da festa no futuro. “Para fotografar, escolhi a Mol Fotografia. Não conhecia o trabalho da Olivia, cheguei até ela por indicação. Ela é ótima, mui-


“fazer a festa de um ano do francisco foi muito gostoso”, Sabrina Vasconcellos

ALEGRIA Francisco aproveitou ao máximo cada momento da festa

to atenciosa e ama o que faz”. Para registrar em vídeo, optaram pela Fiobranco Filmes, produtora que já havia feito o registro do batizado de Francisco. “Também não tive dúvida de que eles fariam a festa. Se superam a cada trabalho, conseguem passar a emoção por meio das imagens. O trailer do aniversário ficou demais! Toda hora eu assisto, já vi umas mil vezes. O meu filho também adora ver. Toda vez que coloco, ele fica paradinho assistindo e, quando acaba, pede para colocar de novo”. Ao contrário do que diz a “lenda”, Francisco aproveitou todos os minutos da festa. Segunda Rafaela, isso é o resultado de um trabalho bem feito e organizado com muito carinho. “As

pessoas falavam que a criança não aproveita a festa de um ano, mas com meu filho não foi assim. Ele curtiu muito, aproveitou tudo e brincou demais. Ele estava muito feliz. Ficou até o final da festa sem reclamar. Saímos da Lagoon quase uma hora da manhã e ele ainda estava rodando pelos tapetes, rindo à toa e brincando”, lembra. Organizar com cuidado, carinho e antecedência é o grande segredo, segundo Rafaela. “Se tiver que alugar um espaço, faça com bastante antecedência, pois pode acabar não conseguindo a data que você quer. Uma coisa muito importante é escolher os profissionais que você confia, assim dará liberdade para que eles possam fazer o melhor e o resultado será maravilhoso”, finaliza.


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COOL festas

ANO NOVO COM FAMÍLIA NOVA POR fREdERICo noguEIRA

FOTOS Hugo CARnEIRo

O ano de 2015 começou diferente para giulia e Fabiano. O jovem casal celebrou com amigos e familiares a união e já estão prontos para a nova fase da vida a dois. revistaon revistaon .com.br .com.br 113 113


COOL festas

“A giulia é muito guerreira, é a mulher da minha vida”,

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dia 3 de janeiro de 2015 começou com muita emoção para Fabiano Corrêa de Castro e Giulia Lavinas Almeida de Castro, 28 e 22 anos, respectivamente. Ainda era manhã quando o padre Medoro, em uma cerimônia que reuniu os familiares do casal na Igreja de São José Operário, em Três Rios, abençoou a união e celebrou o início de uma nova fase da vida a dois. “Fazíamos questão de uma cerimônia na igreja. Então, quando a cerimônia simbólica e a festa aconteceram, mais tarde, já estávamos casados”, revela Fabiano. Assim foi o grande dia de uma história que começou em 2010... Com amigos em comum, o destino fez questão que, em uma festa, os dois se encontrassem e o clima de ro-

CERIMÔNIA Um ministro da Igreja Católica abençoou a união perante amigos e familiares do casal 114 Revista On Fevereiro & Março

Fabiano Corrêa de Castro

mance tivesse início. “Ele me pediu em namoro no dia 16 de janeiro de 2011”, lembra Giulia. Com o tempo, as conversas sobre casamento surgiram e, dois anos após o início do namoro, chegou o noivado. “Eu sempre dizia que queria casar cedo, ser mãe cedo. No dia do noivado, recebemos uma benção na igreja e o Fabiano fez o pedido formal ao meu pai”, conta. O casamento aconteceria em junho de 2015, mas foi adiantado para o início do ano e isso só foi possível com o total apoio dos fornecedores para a festa. “Quando começamos a pensar no casamento, minha família ajudou muito, afinal, já têm experiência com festas no Lagoon. Não abria mão de três pessoas: o Cristiano Janiques para o cerimonial, o fotógrafo Hugo Carneiro e o buffet da Adriane Guer-

ra”, diz Giulia. Em seguida, outras decisões foram tomadas para que o evento tivesse a cara do casal, como o som do DJ Mau, vestido assinado por Eraldo Silva e a Fiobranco Filmes para registrar cada detalhe em vídeo. “O mais difícil foi escolher as cores da festa. Quando acertamos o rosa com o verdade, logo pensei na escola de samba Mangueira, não conseguia imaginar a festa pronta com esses tons. Mas a Márcia Lima nos surpreendeu, ajudou muito. Todos os detalhes da decoração foram preparados e planejados com ela”, acrescenta Giulia. A escolha do vestido também não foi simples. “Ouvi muitas opiniões. Sempre quis casar, mas nunca me imaginei casando, com vestido de noiva. Estávamos fazendo o vestido de um jeito, mas, no meio do cami-


FAMÍLIA Com os pais da noiva, Giovana e Fábio, e os pais do noivo, Lenir e José Ricardo

nho, pedi para refazer ele todo. Deu tudo certo”, comenta. No último dia do ano, a festa já estava pronta, com tendas, mesas, mobiliário e decorações esperando apenas a chegada da data marcada para o casamento.

DANÇA Ensaiada com antecedência para divertir e animar os convidados

“Naquela tarde, uma chuva com ventos fortes derrubou tudo. O primeiro pensamento é que não teria como acontecer o casamento. Mas ligamos para todos os fornecedores e, juntos, no dia 2, conseguimos montar a festa inteira. Se não ti-

véssemos esses parceiros, não aconteceria. Contando durante a festa, ninguém acreditava”, lembra Fabiano. Como em todas as histórias de amor, a de Giulia e Fabiano foi marcada por momentos inesquecíveis no dia 3 de ja-

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COOL festas

FESTA Padrinhos e madrinhas que acompanham de perto a história de amor do casal

neiro. “Foi um dia muito especial. O casamento estava marcado para 19h, mas sou muito ansioso e comecei a me arrumar às 16h. Durante a cerimônia, o ministro da igreja nos deu o microfone para falarmos um ao outro, foram falas muito espontâneas”, lembra Fabiano. “Falo em público tranquilamente, mas falar sobre uma pessoa é muito difícil e, quando esta pessoa é o Fabiano, torna-se ainda mais complicado. Pensei em escrever, mas não consegui. Falei o que o coração mandava”, completa Giulia. A noiva ainda teve outro momento muito especial, este ao lado do pai.

DECORAÇÃO Seguiu tons de rosa e verde e foi pensada pela Márcia Lima, que ajudou os noivos na escolha 116 Revista On Fevereiro & Março

Demos certo porque conseguimos crescer juntos. O Fabiano significa metade de mim”, Giulia Lavinas Almeida de Castro

“Quando estávamos prestes a entrar, dei um lenço que dizia que era para enxugar as lágrimas de alegria. Ele viu, disse que não ia chorar e me deu um beijo. Somos próximos, mas em momentos assim ficamos ainda mais”, recorda. A festa foi marcada por muita alegria, um show animado que agradou

todos os convidados, uma coreografia ensaiada pelo casal e, por fim, o desejo de que o dia não terminasse. A viagem de lua de mel aconteceu alguns dias após a festa. Foram para Cancún e Miami. Nos Estados Unidos, aproveitaram para curtir uma lua de mel diferente. Giulia e Fabiano estão à

DETALHES Fazem a diferença na organização de uma festa


LAGOON O cenário ao redor tornou o casamento de Fabiano e Giulia ainda mais belo e encantador

espera do primeiro filho que, durante a viagem, ganhou um enxoval. “Além disso, foi lá que descobrimos o sexo. É um menino, Miguel, que deve nascer em agosto”, comemora a mãe.

Recém-casados, os dois estão prontos para encarar os novos desafios da vida com a certeza de que fizeram a escolha certa. “A Giulia é muito guerreira. Quando a conheci, achava

meio bruta, meio moleque, mas fui conhecendo melhor e admirando suas qualidades. Quando comecei a perceber a força de vontade que ela tem para as coisas que quer, logo pensei que era essa menina que ia construir algo comigo. Ela é a mulher da minha vida”, declara Fabiano. Giulia tem a mesma certeza. “Uma vez, ouvi que procuramos uma pessoa que seja parecida com nossos pais. Vi muitas vezes meu pai e o Fabiano juntos, e eles são muito parecidos. É muito família, cuidadoso, faz qualquer coisa para ajudar qualquer pessoa. Demos certo porque conseguimos crescer juntos. Ele me incentiva muito até na vida profissional. O Fabiano significa metade de mim. Temos vontade de construir uma família, dar a melhor educação possível para esse filho que está a caminho. Casar com ele foi a decisão mais certa que tomei na minha vida”, finaliza.

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COOL aconteceu

Escola de Dança Maria Emília

apresenta versão de Frozen em Três Rios FOTOS dIvulgAção

Espetáculo foi apresentado em novembro de 2014 e contou com mais de 150 dançarinos

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sucesso “Let it go”, que caiu no gosto das crianças e jovens fãs do filme “Frozen: Uma aventura congelante”, foi uma das músicas coreografadas pela Escola de Dança Maria Emília para a apresentação que aconteceu em novembro de 2014, no Teatro Celso Peçanha, em Três Rios. O espetáculo montado foi uma adaptação do filme da Walt Disney, compacta e muito divertida. “Os alunos já falavam sobre Frozen e pediam músicas do filme desde o início do ano. Não tivemos como fazer outra escolha para nosso espetáculo de encerramento”, diz Marianne Mockdece, diretora da escola de dança. De acordo com Mariclara Mockdece, também diretora da escola, desenvolver os 90 minutos de espetáculo foi um desafio maior que nos anos anteriores. “A história já estava pronta e muitas pessoas conhecem, foi uma responsabilidade

o espetáculo lotou o teatro Celso peçanha durante as apresentação em três dias

grande, mas o público aplaudiu e disse que conseguimos resumir de forma que superou as expectativas”, afirma. Mais de 150 alunos, com idades entre dois e 40 anos, participaram do espetáculo, divididos em dois elencos, o Lua e o Sol. “Dividimos em dois elencos para oferecer mais conforto no teatro, tanto para o público como para os alunos. Os ensaios começaram em agosto e o espetáculo reuniu várias modalidades, como ballet clássico e acrobacia aérea”, explica Marianne. Entre as coreografias, a escola de dança apresentou algumas premiadas no Festival de Dança de Três Rios. Além de Frozen, a

Escola de Dança Maria Emília apresentou “O que transforma o mundo”, com coreografias que retrataram algumas atitudes necessárias para esta transformação, com coreografias de jazz, danças urbanas, contemporâneo, acrobacia aérea, entre outras. O espetáculo marcou o início das comemorações de 45 anos da Escola de Dança Maria Emília, fundada por Therezinha Maria Nunes Mockdece. A produção do espetáculo contou com coreografias de Clara Mockdece Neves, Karol Lima, Jassom Xavier, Sheila Almeida. Diana Cecília Magalhães Coelho assinou a direção teatral, Karla Pedroso a cenografia e Luciene Pinho a produção executiva.


ALUNOS As turmas da escola de dança foram divididas em dois elencos para a apresentação do espetáculo

SUCESSO A história do filme foi adaptada para o palco após pedidos dos alunos

COREOGRAFIAS O espetáculo “Frozen” foi desenvolvido com diversas modalidades de dança, como contemporâneo, ballet clássico, acrobacia aérea, sapateado e hip hop


COOL aconteceu

ISO EMPRESARIAL 2014 FOTOS dIvulgAção

o Instituto brasileiro de pesquisas e Eventos JRv agradece e parabeniza os destaques na pesquisa de opinião pública

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1 SIAC - Santa Izabel Análises Clínicas - Rua Dr. Oswaldo Cruz, 312, Centro - (24) 2252-1692 / 2255-4265 | 2 Shopping Estética - Estética facial e corporal, cabeleireiro e manicure - Praça São Sebastião, 330, Shopping Olga Sola, loja 14, Centro - (24) 2252-1654 | 3 Marmoraria Casa das Pedras - Estrada União e Indústria, Km 124, nº 505, Boa União - (24) 2251-3909 | 4 Jardim Escola Pedacinho do Céu - Delta - Rua Mariano Procópio, 157, Centro - (24) 2252-1050 / 2255-2768 | 5 Açougue Ki-bife - Rua Nelson Viana, 278, Centro - (24) 2252-1119 / 2263-3034 | 6 Restaurante e Pizzaria da Praça - Praça São Sebastião, 20, Centro - (24) 2255-1772 / 2252-3078 | 7 Turquinho Locações de Munck - Av. Zoelo Sola, 37, Ponte das Garças - (24) 98845-6787 / 98843-1950 | 8 Casa da Patroa Cama - Mesa - Banho - Rua Barão do Rio Branco, 303, Shopping Américo Silva, lojas 28 e 29, Centro - (24) 2255-3336 | 9 Dexakeulavo Lavanderia - Rua Marechal Deodoro, 292, Centro - (24) 2252-0427 | 10 Comac 3 Rios - Móveis para escritório e papelaria - Rua Barão do Rio Branco, 397, Centro - (24) 2252-2030 | 11 Ferreirinha Obras Estruturais - Rua Arthur Sebastião de Toledo Ribas, 1719, Cantagalo - (24) 2251-1989 / 98804-6378 | 12 Flora Boa Esperança - Praça Salim Chimelli, 71, Centro - (24) 2252-1507


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JRV realizou durante o período entre 10/10/2014 e 10/11/2014, com 1.000 e-mails divididos entre população e comércio de Três Rios, a pesquisa de empresas e profissionais liberais que atuam com qualidade no município. Foram respeitados critérios científi-

cos de avaliação. Conceitos de qualidade no atendimento, honestidade nos negócios e respeito aos clientes são fatores que contribuem de maneira destacada nas empresas e profissionais liberais. No dia 17 de dezembro foi realizado o jantar com a entrega do prêmio e dois selos “ISO Empresarial 2014”, na

Churrascaria Gauchão. Os selos podem ser usados pelos empresários e profissionais liberais com exclusividade. A JRV parabeniza e deseja sucesso às empresas que merecem todo o respeito e credibilidade por atuarem sempre em busca do melhor resultado em seus produtos e serviços.

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13 Riverside Veículos - Av. Zoelo Sola, 2646, Triângulo - (24) 2255-2644 / 98170-5494 | 14 Fornela Pizzaria & Chopperia - Rua Duque de Caxias, 360, Centro - Av. Pref. Samir Nasser, 286, Vila Isabel - (24) 2252-9386 / 2255-3154 | 15 Gold Hands Tattoo e Piercing - Tiago Rezende e Christiano Santos - Rua da Maçonaria, 75, Edifício Ana Nery, sala 103, Centro (24) 2252-2754 / 99201-7125 | 16 Águia Azul Prestadora de Serviços em Segurança Patrimonial e Eletrônica - Rua da Maçonaria, 129, sala 06, Centro - (24) 2252-1216 / 3311-8007 | 17 J. Pecene Vidraçaria e Decorações - Av. XV de Novembro, 157, Centro - (24) 2252-3120 | 18 Salão Beleza Mundial Unissex - Lúcia cabeleireira - Travessa Dr. Bezerra, 81, Centro (24) 2251-1286 / 99223-4744 | 19 Plano Funerário Faria & Schmitz e Funerária Santa Terezinha - Rua Pref. Walter Franklin, 165, loja 10, Galeria Central, Centro - (24) 2255-2639 | 20 Perfiplan Indústria Metalúrgica - Estrada União e Indústria, Km 40, 122, Anexo I, Cantagalo - (24) 2252-1696 | 21 Multimagem Duarte - Fotografia e filmagem com arte Rua Rita Cerqueira, 78, Ed Dias Duarte, sala 101, Centro - (24) 2255-4003 / 98824-4003 | 22 Ciclomoto Rua Barbosa de Andrade, 36, Centro - (24) 2252-3518 / 2252-4404 | 23 Evolution Fitness - Evoluindo o seu corpo com saúde - Rua José Vaz, 77, sala 05, Centro - (24) 2252-4811 | 24 Churrascaria Gauchão - Br-393, Km 167, Ponto Azul - (24) 2251-5936


COOL aconteceu

IGUI PISCINAS INAUGURA

UNIDADE EM TRÊS RIOS FOTOS dIvulgAção

Coquetel reuniu empresários, arquitetos, engenheiros e construtores na chegada da marca de piscinas mais respeitada e admirada do mercado

N

os dias quentes, não há nada melhor que passar horas em uma piscina com a família e os amigos. Para que o momento de lazer seja completo, uma marca que está há 20 anos no mercado acaba de inaugurar a unidade em Três Rios com o objetivo de atender toda a região. Líder no segmento de piscinas de fibra de vidro, a nova Igui foi inaugurada no dia 5 de fevereiro. Com confortáveis instalações, ela está no bairro Ponto Azul (BR-393, Km 168, nº 400). Camila Oliveira e Leonardo Medeiros estão à frente do empreendimento. “Igui é sinônimo de segurança e qualidade. Foi eleita, em 2014,

pelo prêmio ‘As Melhores Franquias do Brasil’, da revista ‘Pequenas Empresas & Grandes Negócios’, como a melhor franquia para investir. A certeza de que investiríamos nela veio pelo fato de termos uma piscina Igui na nossa casa”, explica Camila. A Igui conta com produtos e tecnologias que facilitam a vida de quem tem uma piscina em casa. “Inauguramos com uma grande novidade, a piscina pastilhada, com segurança, facilidade no tratamento diário e design de uma piscina de concreto toda revestida com pastilhas de vidro, sem os problemas que normalmente esta oferece, como vazamentos e falta de mão de obra qualificada”, conta.

Quer mais um motivo para conferir de perto? O que acha de uma sauna a vapor com som ambiente, luz, hidromassagem, cromoterapia, chuveiro, duchas, espera para telefone e controle remoto? Esta é mais uma novidade da Igui! Enquanto isso, a linha Disney promete fazer a alegria das crianças, com cascatas e coletes salva-vidas com os personagens Mickey e Minnie. Além de produtos com instalação completa e garantia, a Igui oferece serviços para a manutenção da piscina e delivery dos produtos. Faça uma visita e conheça mais novidades. Se preferir, entre em contato pelos telefones (24) 2252-5661 e 99257-6848 ou pelo e-mail: tresrios@igui.com.br.

Leonardo Medeiros e Flávio Justi

Amigos de longa data Thalita e Giovani

Empresários Leonardo Medeiros e Camila Oliveira

Fachada da nova loja

Empresário Junior Dibiasi e o Franqueador da Igui Flávio Justi

Equipe Igui


COOL AContECEu

Empresários George da Reflorest, Leonardo Gonçalves e o contador Múcio Bromana e sua esposa

Empresários Carlos Mattos, Heleno Salgado, André Sesto, Leandro Piran e Leonardo Gonçalves

Tom Dutra, Leonardo Medeiros, Heleno Salgado e Carlos, proprietário da Alvi Fama

Engenheiro Leandro Piran, arquitetos Ronan e Angela, engenheiro Welington e construtor Selmir Romeu

Representantes da Caixa Econômica Federal, os gerentes Cíntia, Mariana e Anderson e Ivone Cardoso

Leonardo Medeiros e Camila Oliveira com o filho Lucas e o franqueador Igui, Flávio Justi, e sua esposa

Arquitetos e engenheiros da região prestigiando o evento

Empresários José de Souza, Gabriela Mazzarope, Valquíria e Guto Mazzarope

Arquiteto Getúlio Júnior, engenheiro Carlos Almeida e suas esposas

Empresário Carlos Mattos (Timão) e sua esposa Melina com o casal

Leonardo Medeiros e Camila Oliveira com o empresário Edmário Miguel

Família: Irmão Antonio, cunhada Kalyne e o sobrinho Antonio Neto; Márcia e Antonio Oliveira, pais de Camila; Maria José e Antonio Medeiros, pais de Leonardo; e o filho do casal, Lucas


COOL check-in

CINGAPURA

POR bERnARdo vERgARA

FOTOS ARQuIvo pEssoAl

Área 710 km² População 5,4 milhões de habitantes Clima Equatorial tropical Moeda dólar de Cingapura Idiomas Inglês, Malaio, Chinês e Tâmil

A gestão de sucesso do tigre asiático

IMPRESSIONADO COM OS JARDINS GARDENS BY THE BAY

124 Revista On Fevereiro & Março

A primeira impressão que tive foi de que não poderia passar mais do que dois dias na cidade, tão cara ela se apresentava para um mochileiro low budget. Com o passar dos dias me adequei e comecei a entender como Cingapura tinha prosperado tão significantemente e chegado a patamares de modernidade e organização tão grandes.


E

u realmente não tinha a noção do que era um verdadeiro tigre asiático até pisar em Cingapura. O termo era bastante familiar, de leituras e até de experiências recentes pelo continente asiático, mas a verdadeira ilustração eu pude comprovar durante essa viagem. Pisei na cidade vindo de ambientes do sudeste asiático completamente opostos. Vinha mochilando por nações incríveis, com belezas naturais, mas completamente sem estrutura em termos de sociedade. Como aquela pequena nação, que até poucos anos atrás pertencia à desordenada Malásia, havia se tornado aquela potência em eficiência estrutural? Precisei de dois dias para digerir esse questionamento e começar a entender o processo. Me questionava sobre como a população de chineses, malaios e indianos vivia de forma tão pacífica e ordenada, como quatro diferentes idiomas eram falados e não geravam desentendimentos, como aquelas ruas eram tão limpas e eu não avistava sequer um gari... Eram muitos os questionamentos em minha cabeça. As respostas começaram a vir no momento em que comecei a sentir o custo de estar ali. Fazia câmbios de moeda todos os dias e o pouco dinheiro que tinha desaparecia em uma rapidez tão grande que meu bolso parecia estar furado. Aquela organização tinha um alto preço financeiro, considerando que a cidade é nada mais do que a de maior custo do planeta. Mas também tinha um importante aspecto regulamentador, que fora imposto pelo governo. Os altos preços cobrados geravam serviços bem prestados e a consequência direta era o bem-estar das pessoas que ali viviam. Eu já havia vivenciado no mundo empresarial o fator remuneração x qualidade de material humano. Era a prova vivencial de que trabalho bem prestado tinha alto valor e remuneração à altura. Indo mais a frente e questionando a doutrina do povo, que me chamara muito atenção, fui avisado de que se jogasse um chiclete no chão ou atravessasse uma rua fora da faixa de pedestres, sofreria severas multas. Então veio a resposta de como o povo havia chegado àquele nível de conscientização social e coletiva. Mexia-se no

SINGAPORE FLYER

“Comparava o governo do país com uma grande empresa e só pensava em cases de sucesso” bolso das pessoas para que elas pudessem entender as regras e coeficientes para o sucesso de uma sociedade. Por fim, conversando com um cidadão malaio que já vivia por lá há mais de cinco décadas e havia vivenciado o processo de desvinculação da cidade junto ao governo da Malásia, em meados de 1965, acabei de entender de onde vinha o sucesso do modelo de gestão da cidade. Perguntei sobre o grande número de línguas faladas no país e ele me respondeu que existiam quatro línguas sendo faladas, mas que o inglês havia sido pensado como língua principal desde o início com objetivos de interação e contato com as principais nações do mundo moderno. Ali, mais uma vez, notei que aquele país havia sido pensado e preparado para dar certo. Na mesma hora me questionei sobre revistaon.com.br

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COOL check-in

minha nação. Os moldes adotados no meu país eram tão opostos. Interrompi o pensamento imediatamente para não perder o foco no local e segui ainda mais curioso na busca de novas respostas. Naquele momento, comparava o governo daquele país com uma grande e bem estruturada empresa de negócios. Só me vinham à cabeça cases de gestão empresarial de sucesso. E, de fato, o que acontecia ali era um modelo de gestão potentíssimo e organizadíssimo. Aquela economia que já era uma das mais dinâmicas e modernas da Ásia tinha menos de 50 anos de vida e havia sido iniciada a partir de um local agrário e completamente sem recursos naturais. Já no final da viagem, sentado em uma rodoviária à espera de um ônibus que me levaria para Kuala Lumpur, fui buscar no Google alguma informação sobre aquele modelo de governo que tanto havia me encantado. Achei muitas referências vagas e um nome que explicava todo o processo: Lee Kuan Yew, um dos

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MERLION


“Como aquela pequena nação, que até poucos anos atrás pertencia à desordenada malasia, havia se tornado aquela potência em eficiência estrutural?” principais responsáveis por toda aquela revolução política e social. Já no Brasil, vim a comprar sua biografia de nome “From third world to first”, que na tradução para nossa língua resulta no título “Do terceiro mundo para o primeiro”. É preciso dizer mais algo? Acredito que não, o título do livro fala

por si. Ainda não terminei a leitura e não tão cedo vou terminar, mas, de vez em quando, passo um olho em capítulos saltitados e cada vez mais compreendo a importância de uma boa gestão, seja ela da especificidade que for. Recomendo a todos os leitores da Revista On esse case de sucesso, ou melhor, essa nação de sucesso. Até a próxima!

QUANDO IR Por se tratar de um país de clima tropical, onde o clima é quente e úmido o ano todo, recomendo explorar o local em qualquer época do ano, apenas desconsiderando o período das monções, que vai de novembro a janeiro, quando as chuvas são mais abundantes.

deve ser comido com as mãos.

COMO CHEGAR Voando pela companhia Emirates (emirates.com) do Rio de Janeiro a Cingapura, com uma escala na cidade de Dubai, nos Emirados Árabes, a partir de R$ 4.100. ONDE FICAR Sugiro se hospedar na adjacência de Clarke Quay que, além de boa estrutura de bares, restaurantes e entretenimento, tem localização bastante central e se situa próximo a um grande número de atrações da cidade. Minha sugestão de acomodação é pelo Gallery Hotel (galleryhotel. com.sg), situado na rua Nanson Road, número 1, com diárias na faixa de R$ 365. ONDE COMER Sugiro o restaurante de cozinha asiática The Rabbit Stash (231 Outran Road / Level R Wangz Hotel), conhecido por sua boa e diversificada culinária asiática e, ainda, por seu ambiente calmo e aconchegante . Sugiro o típico e local prato Bak Kut The, que em outras palavras se trata de uma deliciosa sopa de costelas de porco mergulhadas em ervas sortidas . Há, também, o muito saboroso caranguejo chilli, que é preparado de forma picante e

O QUE FAZER Explorar a área de Marina Bay e suas muitas atrações. Como principais, cito a estátua do peixe leão Merlion, que é símbolo da cidade; a roda gigante Singapore Flyer, que é realmente gigante e possibilita uma bela vista da cidade; o famosíssimo e exótico hotel Marina Bay Sands, que sustenta uma gigantesca piscina suspensa em suas três torres; e ainda o belíssimo jardim botânico futurista Gardens by the bay; explorar durante a noite a badalada área de Clarke Quay e sua infinidade de bares e restaurantes; conhecer os distritos de China Town, Little India e Arab Quarter; passar uma tarde no distrito colonial, área do berço da cidade; e, por fim, para os que apreciam comprar, dar um passeio por Orchard Road, o polo comercial da cidade. ANTES DE VIAJAR Turistas brasileiros não necessitam de visto para estadas de até 30 dias como turista . Exige-se passaporte brasileiro com vigência mínima de seis meses e certificado internacional de vacina contra a febre amarela. QUEM LEVA A empresa betrip solução em viagens. Para mais informações sobre roteiros, datas e valores, entre em contato pelos telefones (24) 2220-2494 e (24) 98829-2645. revistaon.com.br

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COOL diário de bordo

ABU DHABI PAÍS EmIRAdos áRAbEs unIdos ÁREA 67.340 KM² POPULAÇÃO 1,85 mIlHÕEs

QUANDO IR

A cidade tem sol o ano inteiro! Os meses mais agradáveis para ir são entre novembro e abril, quando as temperaturas oscilam entre 13ºC, à noite, e 24ºC durante o dia. COMO CHEGAR

Em são paulo, há voos diários para Dubai. Os voos duram 15 horas, mas chegando lá, há ônibus para Abu dhabi saindo de 30 em 30 minutos.

HOTEL EmIRAtEs pAlACE

ONDE FICAR

Abu dhabi cresceu tão rápido que os hotéis não conseguiram acompanhar o aumento do turismo. Os hotéis variam entre três e seis estrelas, porém existem opções mais baratas em regiões próximas de Abu Dhabi. ONDE COMER

Abu dhabi não tem uma culinária tradicional, mas vale à pena entrar nos cafés da cidade e experimentar os kebabs libaneses e a comida étnica, deliciosas e bem mais em conta que a dos hotéis. DICA

nas ruas de Abu dhabi, a bebida alcoólica é proibida. Por isso, vale ficar atento pois estas bebidas só são permitidas dentro dos hotéis ou em restaurantes credenciados.

PAOLA CRAVO EM ABU DHABI

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m abril do ano passado, resolvi realizar um de meus grandes desejos: conhecer os Emirados Árabes Unidos. Comecei a aventura na Índia, em uma espécie de fantour. Em seguida, fui para Dubai, onde participei de um safari no deserto e fiz um rally pelas areias - simplesmente demais! A capital dos Emirados Árabes tinha um brilho especial e despertava a minha curiosidade. Um dos motivos porque queria conhecer Abu Dhabi era o Emirates Palace, um dos mais luxuosos hotéis do mundo, com suas bases construídas em ouro maciço. Além disso, o Ferrari World, parque temático da montadora de carros, também me deixou super revistaon.com.br

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COOL diário de bordo

VISTA Al RAHA bEACH HotEl

curiosa. Sendo assim, não pensei muito e estiquei a viagem até Abu Dhabi, que é apenas a 1h30 de distância viajando de carro. Tenho que admitir: fiquei admirada com todo o esplendor das mais belas mesquitas e, ainda, me diverti na montanha russa mais rápida do mundo. Abu Dhabi é o local onde o tradicional e o antigo convivem. E muito bem! Inaugurada em 2007, a Grande Mesquita Sheikh Zhayed é um dos locais mais visitados em Abu Dhabi. Considerada uma das maiores mesquitas do mundo, a atração tem capacidade para receber 40 mil fiéis. A arquitetura do espaço e a decoração são delirantes: são 80 cúpulas e mais de mil colunas; o interior é coberto por tapete persa, simplesmen-

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RESTAURANTE HotEl YAs IslAnd RotAnA

te o maior do mundo, com mais de cinco mil metros quadrados e pesando 47 toneladas! Estive em dois hotéis, Hotel Centro Yas Island by Rotana e Al Raha Beach Hotel, porém o segundo foi o que mais me marcou. Classificado com cinco estrelas, o local tem uma praia paradisíaca privativa à disposição dos hóspedes e também oferece piscinas e diversos ambientes com atividades como squash, dardos, pingue-pongue, entre outros. Vale lembrar que o local também disponibiliza atividades para quem está viajando com os filhos. Porém, nenhum hotel pode ser comparado com o Emirates Palace. Para quem não puder reservar uma noite no local, vale fazer uma refei-


PASSEIO fERRARI WoRld

GRANDE MESQUITA SHEIKH ZHAYED

ção em um dos 15 restaurantes do Emirates. A curiosidade é que o ouro não é só usado para adornar o hotel, mas também utilizado nos pratos servidos. Puro luxo! Falando em crianças, um dos locais mais legais para levar os filhos é o Ferrari World, o maior parque temático coberto do mundo. Foi lá que conheci a montanha russa mais rápida já construída, chegando a 240 km/h em cinco segundos! Para os fãs de automobilismo, vale visitar o Circuito de Yas Marina, que fica na mesma ilha do parque e é utilizado para testes de várias montadoras. No Ferrari World aconteceu uma das situações mais inusitadas da viagem: tive de usar um lenço nas pernas para não mostrá-las, pois fui de short. A capital é em sua grande maioria muçulmana e o costume é que as mulheres andem cobertas para não chamar atenção para os corpos. Minha dica para a mulherada é ir de calça ou bermuda abaixo do joelho, assim você aproveita os brinquedos e ainda fica confortável. Se você quer ter uma viagem inesquecível e luxuosa, Abu Dhabi vai te proporcionar noites dignas de uma rainha! revistaon.com.br

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COOL Sabores

Uma pizza guerreira

A

pizza surgiu há pelo menos 6.000 anos, provavelmente no Egito. Sua massa era farinha mesclada com água, lembrando nosso atual pão sírio. Essa mistura era também conhecida como “piscea”, que derivou para pizza. Afirma-se também que a pizza era consumida pelos gregos que produziam a massa com farinha de trigo, arroz ou grão de bico, assando-as em tijolos ardentes. Era costume entre os fenícios e os turcos, durante a Era Medieval, rechear seus pães com carne e cebola. Neste intercâmbio de valores e elementos culturais entre povos distintos, durante as Cruzadas, esse costume acabou desembarcando na Itália pelo porto de Nápoles. Durante os anos, foram acrescentados alguns ingredientes à pizza, como

NATUREZA A Pedra do Elefante compõe a paisagem 132 Revista On Fevereiro & Março

ervas da região, azeite de oliva e o tomate recém-chegado da América pelos espanhóis. Em meados do século 19, o pizzaiolo dom Raffaele Espósito, padeiro de Nápoles, a serviço do rei Umberto I e da rainha Margherita, confeccionou uma pizza homenageando a bandeira italiana usando suas cores. Para isso, usou ingredientes que permitissem obter as cores da bandeira; mussarela, tomate e manjericão. A rainha apreciou tanto este prato que dom Raffaele decidiu batizá-la de Margherita. A pizza chegou ao Brasil com os imigrantes italianos. Prato delicioso e com muitas possibilidades de sabores, foi disseminada por todo nosso país. Carlos Henrique, conhecido como Guerreiro na nossa região, provavelmente o nosso dom Guerreiro, desenvolveu uma das mais deliciosas pizzas já conhecidas. Grande observador, Guerreiro começou a desenvolver seu estilo de pizzaiolo preparando massas bem finas com seus ingredientes elaborados e assados no forno à lenha. O sucesso fez com que ele trabalhasse por 10 anos seguidos no mesmo restaurante e conquistando uma enorme clientela. Sempre inovando, após esses anos decidiu que poderia fazer suas pizzas na casa de seus clientes atendendo festas, jantares e reuniões. Trabalhando em feriados, finais de semana e não importando a hora, Guerreiro alcançou mais um sucesso em sua carreira de pizzaiolo, fidelizando uma vasta clientela. Mais uma vez decidiu que algo poderia melhorar além de suas pizzas já famosas e deliciosas. Resolveu, então, abrir no local de sua própria residência a Pizzaria da Pedra, em homenagem à Pedra do Elefante, que compõe a paisagem local. Localizada em Pedro do Rio, em um ambiente familiar e integrado com a natureza, você pode usufruir de toda

beleza, de toda a energia pulsante no local além de saborear deliciosas pizzas assadas no forno à lenha. Vale a pena lembrar que todos os temperos são colhidos na hora na própria horta. São 35 sabores de pizzas (salgadas e doces) assadas no forno à lenha. Para saborear essas delícias bem próximas de nós, a Pizzaria da Pedra funciona de quarta-feira a sábado, das 18h30 à meia noite. Aos domingos, o horário é de 17h30 às 23h. O endereço é: Estrada do Taquaril, 2090, Pedro do Rio, Petrópolis-RJ. Telefones: (24) 2223-3917 e (24) 99917528.

Pizza Taquaril INGREDIENTES

Massa de pizza Molho de tomate Tomate seco Shitaque Rúcula


JClICk

MODO DE PREPARO

Abra bem a massa até ficar bem fina. Passe o molho de tomate por toda a superfície. Coloque o tomate seco, o shitake e cubra com mussarela. Leve ao forno já aquecido por no máximo cinco minutos. Tire do forno e cubra com as folhas de rúcula. Ela está pronta para saborear!

Bernadete Mattos Consultora graduada em gastronomia bemattos1@gmail.com GUERREIRO O pizzaiolo ensina uma das receitas de sucesso

Luiz Cesar Apresentador do programa papo gourmet, no Canal 5 luizcesarcl@uol.com.br

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Parceiros desta edição A Imperatriz (24) 2255-1111 Academia Dragão Branco (24) 2251-0354 Adriane Guerra Gourmet (24) 2255-1441 Aloisío Menezes Seguradora (24) 2255-2110 Ana Doce Bem Casado (24) 98801-7154 Andrêsa Campos (24) 2220-2393 API Systems (24) 2255-3481

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Centro Médico Santa Catarina (24) 2255-0605 Clarim dos Sonhos (24) 2252-8835 Cross Fit (24) 2252-1997 Cultura Inglesa - Três Rios (24) 2252-3626 cultura3rios.com.br

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