ções de vários setores. São considerados dados sobre cenários climáticos, de saúde (doenças), informações socioeconômicas (renda, capacidade institucional dos municípios e etc.) e de sistemas naturais (ecossistemas). A partir dessa combinação de informações, é possível ter um retrato sobre os municípios e o que os tornam mais e menos vulneráveis em relação à capacidade de adaptação às mudanças do clima.
índices, relacionados à exposição, sensibilidade e resposta à mudança do clima. Esses índices capturam a vulnerabilidade e a capacidade de resiliência social e do ambiente também. Até o momento, temos os resultados do Espírito Santo e de Pernambuco. O próximo passo será a realização do treinamento em Vitória e a divulgação de resultados em Recife. Posteriormente, teremos os estudos concluídos para o Paraná, Amazonas, Mato Grosso do Sul e Maranhão.
Quais são os estados objetos deste trabalho? Seis estados estão participando: Amazonas, Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Maranhão, que está em uma área de transição. Os critérios para a escolha foram a necessidade de ter um estado para representar cada região do País, a ausência de estudos prévios, o conhecimento sobre instituições presentes, as facilidades para o desenvolvimento do trabalho, dentre elas a presença da Fiocruz em alguns territórios.
O projeto prevê a criação de
Qual a importância da parceria com a Fiotec nesse projeto? A Fiotec facilita e flexibiliza a gestão dos recursos do projeto, que é grande e complexo, já que é desenvolvido em âmbito nacional. A agilidade da instituição é essencial para o desenvolvimento das atividades nos estados.
Rio de Janeiro
Fevereiro - Março - Abril
2016 • Ano 2 • Edição 5
Alfabetismo científico como processo de formação para a cidadania
um software para atualização e monitoramento de dados. Como funcionará
esse sistema? O sistema é composto por três módulos, incluindo a base de dados com as informações necessárias para o cálculo dos indicadores, a geração dos índices e dos sub-índices e a visualização de resultados por meio de mapas e gráficos. O software calcula a vulnerabilidade humana às mudanças do clima conforme as especificidades de cada município. ChamaEm que fase está da provisoriamente de Sistema o projeto no momento? de Vulnerabilidade Climática A fase atual compreende a di- (SisVuClim), a ferramenta já foi vulgação de dados e o treina- finalizada para os estados do mento dos gestores estaduais Espírito Santo e Pernambuco. para usarem e atualizarem os
Dra Danielle Grynszpan e equipe apresentam o Programa “ABC na Educação Científica – Mão na Massa”, que estimula a aventura em busca do conhecimento e a postura crítica dos estudantes
Diálogo com Ulisses Confalonieri: pesquisador avalia os desafios ligados às mudanças climáticas e fala do projeto de construção de indicadores de vulnerabilidade Página 15
Fiotec inova ao oferecer mais um serviço: divulgação de editais de financiamento em aberto e apoio administrativo na construção da proposta Página 3
Expediente Conselho Curador Jorge Carlos Santos da Costa Marilia Santini de Oliveira Valber da Silva Frutuoso Marcos José de Araújo Pinheiro Jorge Souza Mendonça Mario Santos Moreira Rosamélia Queiroz da Cunha Conselho Fiscal Charles da Silva Bezerra Elias Silva de Jesus Luciane Binsfeld Diretoria Executiva Mauricio Zuma Medeiros Diretor executivo
Reportagem, edição e fotos Janaina Campos Gustavo Xavier Jornalista Responsável Manuella Garcia Registro: MTB - 14633 - MG Projeto gráfico e diagramação Fernanda Alves Revisão Bruna Moraes Dúvidas ou sugestões? Entre em contato conosco comunicacao@fiotec.fiocruz.br
Mansur Ferreira Campos Diretor financeiro
(21) 2209-2600 ramal: 2746
Roberto Pierre Chagnon Diretor administrativo
Manguinhos
Valéria Morgana Penzin Goulart Diretora técnica Gerência Geral Adilson Gomes dos Santos
Conexão Fiotec-Fiocruz Informativo institucional da Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec). Todo o conteúdo pode ser reproduzido, desde que citada a fonte. Assessoria Técnica Responsável: Emilia Wien
Av. Brasil, 4036 - 10º Andar www.fiotec.fiocruz.br
EDI TO RIAL
A comunicação como instrumento de aproximação e prestação de serviços
É
com muita alegria que chegamos ao segundo ano de veiculação do Conexão Fiotec-Fiocruz. Criado para estreitar os laços entre as duas instituições, as quatro edições já publicadas contaram com entrevistas de vários pesquisadores sobre seus projetos, demonstrando que essa parceria tem proporcionado resultados cada vez mais relevantes para a ciência e tecnologia em saúde. Em busca de aprimorar seus produtos e serviços em comunicação, estão previstas mais novidades para este ano. O site institucional está sendo reformulado para melhor organização dos ser-
viços oferecidos através da plataforma, tais como acesso a sistemas, divulgação de vagas e resultados dos projetos. Além disso, o novo layout está sendo construído de acordo com as últimas tendências em design. Outra novidade, que já está em vigor, é a divulgação de editais de financiamento em todos os canais oficiais da instituição e também via e-mail marketing. Os detalhes você pode conferir na reportagem da próxima página. O Relatório de Atividades 2015 também passará por mudanças. Com uma nova metodologia, as informações quantitativas e qualitativas
serão apresentadas com uma linguagem mais agradável, visando facilitar a leitura e transmitir os nossos resultados. Além disso, um capítulo especial apresentará os resumos de todos os projetos iniciados em 2015, como forma de valorizar o trabalho dos pesquisadores. Inovação. Esse tem sido um objetivo de grande destaque no planejamento estratégico da instituição. Afinal, a fundação de apoio a uma instituição como a Fiocruz deve estar sempre aprimorando suas atividades para oferecer uma prestação de serviços de alta qualidade, alinhada à trajetória de sua instituidora.
Equipe de Assessoria Técnica 1
2
Expediente Conselho Curador Jorge Carlos Santos da Costa Marilia Santini de Oliveira Valber da Silva Frutuoso Marcos José de Araújo Pinheiro Jorge Souza Mendonça Mario Santos Moreira Rosamélia Queiroz da Cunha Conselho Fiscal Charles da Silva Bezerra Elias Silva de Jesus Luciane Binsfeld Diretoria Executiva Mauricio Zuma Medeiros Diretor executivo
Reportagem, edição e fotos Janaina Campos Gustavo Xavier Jornalista Responsável Manuella Garcia Registro: MTB - 14633 - MG Projeto gráfico e diagramação Fernanda Alves Revisão Bruna Moraes Dúvidas ou sugestões? Entre em contato conosco comunicacao@fiotec.fiocruz.br
Mansur Ferreira Campos Diretor financeiro
(21) 2209-2600 ramal: 2746
Roberto Pierre Chagnon Diretor administrativo
Manguinhos
Valéria Morgana Penzin Goulart Diretora técnica Gerência Geral Adilson Gomes dos Santos
Conexão Fiotec-Fiocruz Informativo institucional da Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec). Todo o conteúdo pode ser reproduzido, desde que citada a fonte. Assessoria Técnica Responsável: Emilia Wien
Av. Brasil, 4036 - 10º Andar www.fiotec.fiocruz.br
EDI TO RIAL
A comunicação como instrumento de aproximação e prestação de serviços
É
com muita alegria que chegamos ao segundo ano de veiculação do Conexão Fiotec-Fiocruz. Criado para estreitar os laços entre as duas instituições, as quatro edições já publicadas contaram com entrevistas de vários pesquisadores sobre seus projetos, demonstrando que essa parceria tem proporcionado resultados cada vez mais relevantes para a ciência e tecnologia em saúde. Em busca de aprimorar seus produtos e serviços em comunicação, estão previstas mais novidades para este ano. O site institucional está sendo reformulado para melhor organização dos ser-
viços oferecidos através da plataforma, tais como acesso a sistemas, divulgação de vagas e resultados dos projetos. Além disso, o novo layout está sendo construído de acordo com as últimas tendências em design. Outra novidade, que já está em vigor, é a divulgação de editais de financiamento em todos os canais oficiais da instituição e também via e-mail marketing. Os detalhes você pode conferir na reportagem da próxima página. O Relatório de Atividades 2015 também passará por mudanças. Com uma nova metodologia, as informações quantitativas e qualitativas
serão apresentadas com uma linguagem mais agradável, visando facilitar a leitura e transmitir os nossos resultados. Além disso, um capítulo especial apresentará os resumos de todos os projetos iniciados em 2015, como forma de valorizar o trabalho dos pesquisadores. Inovação. Esse tem sido um objetivo de grande destaque no planejamento estratégico da instituição. Afinal, a fundação de apoio a uma instituição como a Fiocruz deve estar sempre aprimorando suas atividades para oferecer uma prestação de serviços de alta qualidade, alinhada à trajetória de sua instituidora.
Equipe de Assessoria Técnica 1
2
Editais
DIVULGAÇÃO DE EDITAIS EM ABERTO: MAIS UM SERVIÇO OFERECIDO AOS PESQUISADORES DA FIOCRUZ Além da publicação de oportunidades de financiamento no site e o envio de alertas por e-mail, Fiotec oferece suporte administrativo na submissão das propostas
Por Janaina Campos 3
A Fiotec é a fundação que presta apoio de gestão administrativa, logística e financeira a todas as unidades da Fiocruz, para viabilizar o desenvolvimento de projetos e pesquisas. As demandas, de nível nacional e internacional, são atendidas por profissionais qualificados para atuar nesse gerenciamento, em todas as fases do projeto: iniciação, execução, orçamento e prestação de contas. Alguns serviços implantados nos últimos anos fogem da configuração tradicional de apoio. Como uma instituição que atua de braços dados com os pesquisadores da Fiocruz, a Fiotec busca, cada vez mais, auxiliar no planejamento do projeto, desde a prospecção de oportunidades, até a construção de proposta e auxílio na parte orçamentária. “Sabemos que o pesquisador nem sempre tem tempo para se dedicar a parte burocrática e é aí que queremos ajudar. Nós podemos planejar e construir a proposta junto com eles, seguindo as premissas específicas do financiador”, explicou Eliana Cavalcante, supervisora de Iniciação de Projetos.
Como funciona o serviço Os setores de Iniciação de Projetos e Projetos Internacionais, junto à equipe de Comunicação da Fiotec, têm se empenhado em criar um diferencial que envolve a busca de oportunidades de financiamento, oferecidas por instituições nacionais e internacionais, e sua divulgação para os pesquisadores da Fiocruz. Há pouco mais de dois anos, os editais são publicados no site. Agora, essa estratégia foi aprimorada com o envio de um e-mail marketing com os principais detalhes do edital. A ideia é que os pesquisadores tenham conhecimento sobre os possíveis financiadores em tempo de submeterem sua proposta, atendendo às especificações de cada edital. Fazendo essa ponte, a Fiotec, que possui a expertise sobre os procedimentos administrativos e conhecimentos específicos sobre as premissas de alguns financiadores, poderá dar suporte na submissão das propostas. “Essa construção conjunta proporciona maior aproximação e apropriação do projeto, o que
nos dá ferramentas para refletirmos melhor orçamento, metas, custos adicionais, prazos e importação. Assim, mitigamos alguns riscos que podem gerar desde devolução de recursos, até a inabilitação com os órgãos reguladores e financiadores”, explicou Eliana.
Acompanhe os canais oficiais da Fiotec e inscreva-se para receber alertas Apesar de ainda se tratar de uma ação nova, os editais divulgados já atraíram pesquisadores em busca de informações sobre financiamentos. Os alertas por e-mail não têm uma periodicidade definida. Caso você ainda não tenha recebido, peça a sua inclusão através do e-mail comunicacao@fiotec.fiocruz.br. No site institucional, as reportagens sobre os editais são publicadas, de maneira mais detalhada, também sempre que houver oportunidade aberta. A divulgação é realizada, ainda, nas páginas da instituição no Facebook e no Twitter. 4
Editais
DIVULGAÇÃO DE EDITAIS EM ABERTO: MAIS UM SERVIÇO OFERECIDO AOS PESQUISADORES DA FIOCRUZ Além da publicação de oportunidades de financiamento no site e o envio de alertas por e-mail, Fiotec oferece suporte administrativo na submissão das propostas
Por Janaina Campos 3
A Fiotec é a fundação que presta apoio de gestão administrativa, logística e financeira a todas as unidades da Fiocruz, para viabilizar o desenvolvimento de projetos e pesquisas. As demandas, de nível nacional e internacional, são atendidas por profissionais qualificados para atuar nesse gerenciamento, em todas as fases do projeto: iniciação, execução, orçamento e prestação de contas. Alguns serviços implantados nos últimos anos fogem da configuração tradicional de apoio. Como uma instituição que atua de braços dados com os pesquisadores da Fiocruz, a Fiotec busca, cada vez mais, auxiliar no planejamento do projeto, desde a prospecção de oportunidades, até a construção de proposta e auxílio na parte orçamentária. “Sabemos que o pesquisador nem sempre tem tempo para se dedicar a parte burocrática e é aí que queremos ajudar. Nós podemos planejar e construir a proposta junto com eles, seguindo as premissas específicas do financiador”, explicou Eliana Cavalcante, supervisora de Iniciação de Projetos.
Como funciona o serviço Os setores de Iniciação de Projetos e Projetos Internacionais, junto à equipe de Comunicação da Fiotec, têm se empenhado em criar um diferencial que envolve a busca de oportunidades de financiamento, oferecidas por instituições nacionais e internacionais, e sua divulgação para os pesquisadores da Fiocruz. Há pouco mais de dois anos, os editais são publicados no site. Agora, essa estratégia foi aprimorada com o envio de um e-mail marketing com os principais detalhes do edital. A ideia é que os pesquisadores tenham conhecimento sobre os possíveis financiadores em tempo de submeterem sua proposta, atendendo às especificações de cada edital. Fazendo essa ponte, a Fiotec, que possui a expertise sobre os procedimentos administrativos e conhecimentos específicos sobre as premissas de alguns financiadores, poderá dar suporte na submissão das propostas. “Essa construção conjunta proporciona maior aproximação e apropriação do projeto, o que
nos dá ferramentas para refletirmos melhor orçamento, metas, custos adicionais, prazos e importação. Assim, mitigamos alguns riscos que podem gerar desde devolução de recursos, até a inabilitação com os órgãos reguladores e financiadores”, explicou Eliana.
Acompanhe os canais oficiais da Fiotec e inscreva-se para receber alertas Apesar de ainda se tratar de uma ação nova, os editais divulgados já atraíram pesquisadores em busca de informações sobre financiamentos. Os alertas por e-mail não têm uma periodicidade definida. Caso você ainda não tenha recebido, peça a sua inclusão através do e-mail comunicacao@fiotec.fiocruz.br. No site institucional, as reportagens sobre os editais são publicadas, de maneira mais detalhada, também sempre que houver oportunidade aberta. A divulgação é realizada, ainda, nas páginas da instituição no Facebook e no Twitter. 4
ABC
na Educação Científica Mão na Massa O interesse pela ciência começa na sala de aula Dra Danielle Grynszpan explica a metodologia do trabalho do IOC/Fiocruz, que aproxima cientistas e educadores no desenvolvimento de ações didáticoexperimentais para estimular o interesse dos estudantes
Estimular a curiosidade, valorizar a observação, a criatividade e o processo investigativo: são estes os pressupostos do Programa “ABC na Educação Científica – Mão na Massa/RJ”, coordenado pela pesquisadora titular Drª. Danielle Grynszpan, do Laboratório de Biologia das Interações, Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), desde 2001, sempre com o apoio Fiotec. Sua equipe faz uso de sequências didático-experimentais, voltadas para a melhoria do ensino, com o objetivo principal de contribuir para a formação de cidadãos em um mundo impregnado por ciência e tecnologia. O alfabetismo científico era um conceito pouco conhecido no Brasil no ano de 2001, quando o Programa “ABC na Educação Científica – Mão na Massa” se instalou entre nós. O seu propósito? Por meio de um letramento incessante em ciência e tecnologia, incentivar o gosto pela aventura da investigação científica, suscitando maior valorização às pergun-
tas e dúvidas do que à memorização de respostas únicas e consideradas verdadeiras. Segundo a pesquisadora do IOC e coordenadora da Comissão de Formação e Aperfeiçoamento Profissional/Conselho de Biologia (CFAP), o objetivo também sempre foi o de transformar as práticas docentes, apresentando uma alternativa de trabalho de edu-
cação científica que pudesse aproximar o ensino de Ciências dos contextos socioambientais cotidianos, dando aos alunos a possibilidade de ampliar sua leitura de mundo. Este trabalho conta, ainda, com o reconhecimento da Academia Brasileira de Ciências, o que também explica a designação “ABC”, além da menção ao próprio alfabetismo científico.
Reportagem: Equipe do projeto
Drª Danielle Grynszpan, ladeada pelo Dr. Diógenes Campos e Marcos Cortesão, da Academia Brasileira de Ciências, bem como pelos parceiros nacionais do Programa “ABC na Educação Científica – Mão na Massa”. 5
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ABC
na Educação Científica Mão na Massa O interesse pela ciência começa na sala de aula Dra Danielle Grynszpan explica a metodologia do trabalho do IOC/Fiocruz, que aproxima cientistas e educadores no desenvolvimento de ações didáticoexperimentais para estimular o interesse dos estudantes
Estimular a curiosidade, valorizar a observação, a criatividade e o processo investigativo: são estes os pressupostos do Programa “ABC na Educação Científica – Mão na Massa/RJ”, coordenado pela pesquisadora titular Drª. Danielle Grynszpan, do Laboratório de Biologia das Interações, Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), desde 2001, sempre com o apoio Fiotec. Sua equipe faz uso de sequências didático-experimentais, voltadas para a melhoria do ensino, com o objetivo principal de contribuir para a formação de cidadãos em um mundo impregnado por ciência e tecnologia. O alfabetismo científico era um conceito pouco conhecido no Brasil no ano de 2001, quando o Programa “ABC na Educação Científica – Mão na Massa” se instalou entre nós. O seu propósito? Por meio de um letramento incessante em ciência e tecnologia, incentivar o gosto pela aventura da investigação científica, suscitando maior valorização às pergun-
tas e dúvidas do que à memorização de respostas únicas e consideradas verdadeiras. Segundo a pesquisadora do IOC e coordenadora da Comissão de Formação e Aperfeiçoamento Profissional/Conselho de Biologia (CFAP), o objetivo também sempre foi o de transformar as práticas docentes, apresentando uma alternativa de trabalho de edu-
cação científica que pudesse aproximar o ensino de Ciências dos contextos socioambientais cotidianos, dando aos alunos a possibilidade de ampliar sua leitura de mundo. Este trabalho conta, ainda, com o reconhecimento da Academia Brasileira de Ciências, o que também explica a designação “ABC”, além da menção ao próprio alfabetismo científico.
Reportagem: Equipe do projeto
Drª Danielle Grynszpan, ladeada pelo Dr. Diógenes Campos e Marcos Cortesão, da Academia Brasileira de Ciências, bem como pelos parceiros nacionais do Programa “ABC na Educação Científica – Mão na Massa”. 5
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Uma das características centrais do Programa “ABC na Educação Científica – Mão na Massa” é a aproximação dos cientistas com os educadores.
O programa é fruto de um acordo entre as Academias de Ciências da França e do Brasil, com parceiros nacionais de instituições como a Universidade
de São Paulo (USP), além de secretarias de educação pública e do apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).
– além da inclusão social, com o incentivo à integração de todos os alunos. Os docentes são orientados a valorizar as ideias e representações iniciais. Com os
dados da pesquisa que acompanha a prática social da educação, a equipe Fiocruz auxilia os professores na superação dos obstáculos epistemológicos ao desenvolvimento cogni-
tivo dos estudantes, bem como orienta no sentido do favorecimento ao desenvolvimento social e afetivo, que também é esperado como consequência do trabalho em sala de aula.
Salas com equipamentos tecnológicos refletem a valorização do espaço dialógico de ensino-aprendizagem O primeiro contato dos jovens com a ciência pode ser nas salas-ambiente, que fazem parte de uma tecnologia social implantada através do Programa nas escolas. Equipados com microscópios e lupas, além de vidrarias e outros instrumentos para experimentação, estes espaços fo-
ram criados, especialmente, para facilitar a interação entre todos os atores sociais e incentivar a curiosidade científica. “O acesso está diretamente ligado ao estímulo. Não se pode estar interessado por algo que não se conhece. Por isso, as salas-ambiente são tão importan-
tes. Eu vibro porque em todas as escolas de Niterói, de 3º e 4º ciclos, conseguimos implantar um espaço interdisciplinar que oferece condições para experimentar. Um dos estudantes, do sexto ano, afirmou que eles já não se sentiam máquinas copiadoras”, contou Drª Danielle.
O Prof. Dr. Pierre Léna, da Academia Francesa de Ciências, visitou a escola pública Levi Carneiro, na região metropolitana do Rio, acompanhado da Drª. Danielle Grynszpan
Pensar cientificamente e desenvolvimento sociocognitivo Os estudantes são estimulados a observar, propor hipóteses, bem como a debater com base em argumentações baseadas no desenvolvimento da postura crítica - em relação à percepção do entorno ou a evidências experimentais. Pensar cientificamente significa, 7
em essência, poder questionar e buscar responder aos desafios. Assim, os alunos são levados a registrar suas observações e a trabalhar em grupos, sistematizando suas conclusões na discussão em classe e construindo coletivamente os conceitos científicos básicos.
A mesma valorização é dada tanto para os conteúdos como para os processos metodológicos ligados à didática das ciências. Desta forma, o processo educacional promove tanto a autonomia individual como a construção compartilhada de conhecimento 8
Uma das características centrais do Programa “ABC na Educação Científica – Mão na Massa” é a aproximação dos cientistas com os educadores.
O programa é fruto de um acordo entre as Academias de Ciências da França e do Brasil, com parceiros nacionais de instituições como a Universidade
de São Paulo (USP), além de secretarias de educação pública e do apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).
– além da inclusão social, com o incentivo à integração de todos os alunos. Os docentes são orientados a valorizar as ideias e representações iniciais. Com os
dados da pesquisa que acompanha a prática social da educação, a equipe Fiocruz auxilia os professores na superação dos obstáculos epistemológicos ao desenvolvimento cogni-
tivo dos estudantes, bem como orienta no sentido do favorecimento ao desenvolvimento social e afetivo, que também é esperado como consequência do trabalho em sala de aula.
Salas com equipamentos tecnológicos refletem a valorização do espaço dialógico de ensino-aprendizagem O primeiro contato dos jovens com a ciência pode ser nas salas-ambiente, que fazem parte de uma tecnologia social implantada através do Programa nas escolas. Equipados com microscópios e lupas, além de vidrarias e outros instrumentos para experimentação, estes espaços fo-
ram criados, especialmente, para facilitar a interação entre todos os atores sociais e incentivar a curiosidade científica. “O acesso está diretamente ligado ao estímulo. Não se pode estar interessado por algo que não se conhece. Por isso, as salas-ambiente são tão importan-
tes. Eu vibro porque em todas as escolas de Niterói, de 3º e 4º ciclos, conseguimos implantar um espaço interdisciplinar que oferece condições para experimentar. Um dos estudantes, do sexto ano, afirmou que eles já não se sentiam máquinas copiadoras”, contou Drª Danielle.
O Prof. Dr. Pierre Léna, da Academia Francesa de Ciências, visitou a escola pública Levi Carneiro, na região metropolitana do Rio, acompanhado da Drª. Danielle Grynszpan
Pensar cientificamente e desenvolvimento sociocognitivo Os estudantes são estimulados a observar, propor hipóteses, bem como a debater com base em argumentações baseadas no desenvolvimento da postura crítica - em relação à percepção do entorno ou a evidências experimentais. Pensar cientificamente significa, 7
em essência, poder questionar e buscar responder aos desafios. Assim, os alunos são levados a registrar suas observações e a trabalhar em grupos, sistematizando suas conclusões na discussão em classe e construindo coletivamente os conceitos científicos básicos.
A mesma valorização é dada tanto para os conteúdos como para os processos metodológicos ligados à didática das ciências. Desta forma, o processo educacional promove tanto a autonomia individual como a construção compartilhada de conhecimento 8
Cerca de 600 alunos trabalharam a temática “Energia e Sociedade Sustentável” Uma das sequências didático-pedagógicas recentes foi ligada à questão da energia, temática que permeava, especialmente, o contexto brasileiro - dada a perspectiva de falta de água para produção hidroelétrica e aumento dos custos para os cidadãos. Através de sequências investigativas, a ideia foi favorecer a percepção dos estudantes participantes
sobre o consumo energético, bem como sensibilizar com relação ao desperdício, alertando à possibilidade de aproveitamento da energia natural em determinadas situações. Para a compreensão do significado de sociedade sustentável, o roteiro investigativo envolveu, ao final, a observação por meio de uma “lâmpada artesanal”, com aproveitamento
de luz natural por garrafas PET. A preocupação com o consumo energético levou à comparação entre três tipos de lâmpadas: incandescente, fluorescente e LED (Light Emitting Diode). O trabalho alcançou ampla divulgação, alcançando um público de 600 pessoas apenas no evento da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, em 2015, além do “Fiocruz pra Você”.
Giro Compromisso com a responsabilidade socioambiental Pelo quarto ano consecutivo, a Fiotec recebeu o Certificado Empresa Cidadã, que reconhece, a partir das informações contidas nos relatórios e balancetes, que a instituição cumpre os requisitos necessários e se enquadra na condição de empresa socioambiental. A solenidade de outorga foi realizada em janeiro. Os representantes da Fiotec na ocasião foram Alexandre Valinoti, gerente da Administração Financeira e Contábil, e Carlos Mesquita, contador da instituição. O título é concedido pelo Conselho Regional de Contabilidade (CRC-RJ), em parceria com a Fecomércio-RJ, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Sistema Firjan. No total, 61 empresas foram certificadas este ano.
Os alunos foram incentivados a consumirem energia elétrica de maneira responsável ao observarem a ação da luz natural por meio de uma lâmpada artesanal
Foco na promoção da saúde e qualidade de vida: formar cidadãos, quiçá cientistas O Programa “ABC na Educação Científica - Mão na Massa” visa contribuir para a construção de uma perspectiva humanista do desenvolvimento científico, o que significa compromisso social. “Como pesquisadora da Fiocruz, acredito que a educação seja um determinante social chave para a promoção da saúde e melhoria da qualidade de vida. Se o estudante vir a ser cientista, ótimo, mas o essencial é que venha a ser um cidadão sábio, que possa fazer opções com base em ciência e usar seus conhecimentos no dia a dia”, concluiu a Drª Danielle. 9
Ferramentas de TI da Fiotec são apresentadas a fundações de apoio No dia 23 de março, foi realizado o evento “Compartilhando Soluções”, em que o supervisor de Tecnologia da Informação (TI) da Fiotec, Rodrigo Santos, apresentou ferramentas da área disponíveis para compartilhamento exclusivo entre fundações de apoio. Realizado na Fundação Coordenação de Projetos, Pesquisas e Estudos Tecnológicos (Coppetec), o encontro foi uma iniciativa do Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e 10
Cerca de 600 alunos trabalharam a temática “Energia e Sociedade Sustentável” Uma das sequências didático-pedagógicas recentes foi ligada à questão da energia, temática que permeava, especialmente, o contexto brasileiro - dada a perspectiva de falta de água para produção hidroelétrica e aumento dos custos para os cidadãos. Através de sequências investigativas, a ideia foi favorecer a percepção dos estudantes participantes
sobre o consumo energético, bem como sensibilizar com relação ao desperdício, alertando à possibilidade de aproveitamento da energia natural em determinadas situações. Para a compreensão do significado de sociedade sustentável, o roteiro investigativo envolveu, ao final, a observação por meio de uma “lâmpada artesanal”, com aproveitamento
de luz natural por garrafas PET. A preocupação com o consumo energético levou à comparação entre três tipos de lâmpadas: incandescente, fluorescente e LED (Light Emitting Diode). O trabalho alcançou ampla divulgação, alcançando um público de 600 pessoas apenas no evento da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, em 2015, além do “Fiocruz pra Você”.
Giro Compromisso com a responsabilidade socioambiental Pelo quarto ano consecutivo, a Fiotec recebeu o Certificado Empresa Cidadã, que reconhece, a partir das informações contidas nos relatórios e balancetes, que a instituição cumpre os requisitos necessários e se enquadra na condição de empresa socioambiental. A solenidade de outorga foi realizada em janeiro. Os representantes da Fiotec na ocasião foram Alexandre Valinoti, gerente da Administração Financeira e Contábil, e Carlos Mesquita, contador da instituição. O título é concedido pelo Conselho Regional de Contabilidade (CRC-RJ), em parceria com a Fecomércio-RJ, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Sistema Firjan. No total, 61 empresas foram certificadas este ano.
Os alunos foram incentivados a consumirem energia elétrica de maneira responsável ao observarem a ação da luz natural por meio de uma lâmpada artesanal
Foco na promoção da saúde e qualidade de vida: formar cidadãos, quiçá cientistas O Programa “ABC na Educação Científica - Mão na Massa” visa contribuir para a construção de uma perspectiva humanista do desenvolvimento científico, o que significa compromisso social. “Como pesquisadora da Fiocruz, acredito que a educação seja um determinante social chave para a promoção da saúde e melhoria da qualidade de vida. Se o estudante vir a ser cientista, ótimo, mas o essencial é que venha a ser um cidadão sábio, que possa fazer opções com base em ciência e usar seus conhecimentos no dia a dia”, concluiu a Drª Danielle. 9
Ferramentas de TI da Fiotec são apresentadas a fundações de apoio No dia 23 de março, foi realizado o evento “Compartilhando Soluções”, em que o supervisor de Tecnologia da Informação (TI) da Fiotec, Rodrigo Santos, apresentou ferramentas da área disponíveis para compartilhamento exclusivo entre fundações de apoio. Realizado na Fundação Coordenação de Projetos, Pesquisas e Estudos Tecnológicos (Coppetec), o encontro foi uma iniciativa do Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e 10
de Pesquisa Científica e Tecnológica (Confies). As ferramentas apresentadas foram: o Gerenciamento Eletrônico de Documentos (GED), o aplicativo de Assinatura Digital e o sistema para cadastramento de profissionais para o eSocial.
Marco Legal em pauta Representantes de fundações de apoio de todos o País se reuniram no dia 22 de fevereiro, no Encontro Regional do Sudeste do Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (Confies), que debateu o novo “Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação”, sancionado pela presidente Dilma Rousseff, em janeiro. O diretor executivo da Fiotec, Mauricio Zuma, esteve presente no evento com o gerente geral, Adilson Gomes dos Santos, gerentes e trabalhadores, que juntos acompanharam o debate sobre os desdobramentos da lei. Pedro Barbosa, vice-presidente de gestão e desenvolvimento institucional da Fiocruz, também participou do evento.
Fiotec Sustentável Em março, a Fiotec passou a fazer parte do Plano de Ação de Coleta de Resíduos Sólidos da Diretoria de Administração do Campus (Dirac). As lixeiras comuns e para coleta de papel foram reorganizadas entre as salas e recipientes para coleta de materiais específicos foram distribuídos na sede da instituição. No refeitório, os coletores foram organizados seguindo as cores padrão da reciclagem: amarelo para metais, azul para papéis e papelão, verde para vidros e vermelho para plásticos.
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Desenvolvimento de loja virtual para a Editora Fiocruz Profissionais das gerências de Tecnologia da Informação e Projetos estiveram reunidos com representantes da Editora Fiocruz no dia 2 de fevereiro. O encontro marcou o início da fase de testes da plataforma que está sendo configurada para a venda on-line das publicações da editora. A iniciativa é inédita, já que não se configura no trabalho tradicionalmente realizado pela Fiotec. O serviço de configuração da plataforma é um exemplo da capacidade de adaptação da instituição e do compromisso dos profissionais com a realização de atividades inovadoras.
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de Pesquisa Científica e Tecnológica (Confies). As ferramentas apresentadas foram: o Gerenciamento Eletrônico de Documentos (GED), o aplicativo de Assinatura Digital e o sistema para cadastramento de profissionais para o eSocial.
Marco Legal em pauta Representantes de fundações de apoio de todos o País se reuniram no dia 22 de fevereiro, no Encontro Regional do Sudeste do Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (Confies), que debateu o novo “Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação”, sancionado pela presidente Dilma Rousseff, em janeiro. O diretor executivo da Fiotec, Mauricio Zuma, esteve presente no evento com o gerente geral, Adilson Gomes dos Santos, gerentes e trabalhadores, que juntos acompanharam o debate sobre os desdobramentos da lei. Pedro Barbosa, vice-presidente de gestão e desenvolvimento institucional da Fiocruz, também participou do evento.
Fiotec Sustentável Em março, a Fiotec passou a fazer parte do Plano de Ação de Coleta de Resíduos Sólidos da Diretoria de Administração do Campus (Dirac). As lixeiras comuns e para coleta de papel foram reorganizadas entre as salas e recipientes para coleta de materiais específicos foram distribuídos na sede da instituição. No refeitório, os coletores foram organizados seguindo as cores padrão da reciclagem: amarelo para metais, azul para papéis e papelão, verde para vidros e vermelho para plásticos.
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Desenvolvimento de loja virtual para a Editora Fiocruz Profissionais das gerências de Tecnologia da Informação e Projetos estiveram reunidos com representantes da Editora Fiocruz no dia 2 de fevereiro. O encontro marcou o início da fase de testes da plataforma que está sendo configurada para a venda on-line das publicações da editora. A iniciativa é inédita, já que não se configura no trabalho tradicionalmente realizado pela Fiotec. O serviço de configuração da plataforma é um exemplo da capacidade de adaptação da instituição e do compromisso dos profissionais com a realização de atividades inovadoras.
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Inauguração
Fiotec 18 anos Março foi um mês especial para Fiotec, período em que foi comemorado o aniversário da instituição. Este ano foi ainda mais marcante, pois foram completados 18 anos. Para comemorar, trabalhadores da Fiotec, diretores e convidados se reuniram na sede para uma pequena confraternização. Na ocasião, os profissionais que completavam 10 anos de instituição foram homenageados. “Uma empresa não pode esperar 18 anos para atingir a maioridade, acredito que a Fiotec já atingiu a sua. Durante esses anos, ela vem crescendo e conquistando mais maturidade a cada ano, e desempenhando cada vez melhor o papel que se propõe em fazer mais e melhor pela Fiocruz”, afirmou Mauricio Zuma, diretor executivo da Fiotec, durante a cerimônia de comemoração, que aconteceu no dia 31 de março.
A Fiotec parabeniza as unidades parceiras que, ao seu lado, trabalham para o desenvolvimento tecnológico e promoção da saúde COC 30 anos
Homenagem da Dirac No dia 8 de abril, aconteceu no Museu da Vida a comemoração dos 30 anos da Diretoria de Administração do Campus (Dirac/ Fiocruz). A Fiotec foi representada no evento pelo seu diretor executivo, Mauricio Zuma. Na ocasião, os ex-diretores, o atual diretor da unidade, o Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc) e a Fiotec foram homenageados pelo trabalho e parceria firmada no decorrer desses anos. Eles receberam uma placa produzida pela oficina de artesões e de vidraçaria da própria Dirac. 13
Dirac 30 anos ICICT 30 anos Farmanguinhos 46 anos
Legenda, legenda, legenda, legenda, legenda, legenda, legenda, legenda, legenda, legenda, legenda
* Aniversários que foram comemorados nos respectivos meses desta edição. 14
Inauguração
Fiotec 18 anos Março foi um mês especial para Fiotec, período em que foi comemorado o aniversário da instituição. Este ano foi ainda mais marcante, pois foram completados 18 anos. Para comemorar, trabalhadores da Fiotec, diretores e convidados se reuniram na sede para uma pequena confraternização. Na ocasião, os profissionais que completavam 10 anos de instituição foram homenageados. “Uma empresa não pode esperar 18 anos para atingir a maioridade, acredito que a Fiotec já atingiu a sua. Durante esses anos, ela vem crescendo e conquistando mais maturidade a cada ano, e desempenhando cada vez melhor o papel que se propõe em fazer mais e melhor pela Fiocruz”, afirmou Mauricio Zuma, diretor executivo da Fiotec, durante a cerimônia de comemoração, que aconteceu no dia 31 de março.
A Fiotec parabeniza as unidades parceiras que, ao seu lado, trabalham para o desenvolvimento tecnológico e promoção da saúde COC 30 anos
Homenagem da Dirac No dia 8 de abril, aconteceu no Museu da Vida a comemoração dos 30 anos da Diretoria de Administração do Campus (Dirac/ Fiocruz). A Fiotec foi representada no evento pelo seu diretor executivo, Mauricio Zuma. Na ocasião, os ex-diretores, o atual diretor da unidade, o Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc) e a Fiotec foram homenageados pelo trabalho e parceria firmada no decorrer desses anos. Eles receberam uma placa produzida pela oficina de artesões e de vidraçaria da própria Dirac. 13
Dirac 30 anos ICICT 30 anos Farmanguinhos 46 anos
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* Aniversários que foram comemorados nos respectivos meses desta edição. 14
Nos últimos anos, houve grandes avanços População à Mudança do Clima no Brasil. Eles
Ulisses Confalonieri
sobre o entendimento da exposição ao risco da servirão de insumo para a elaboração de parmudança do clima em alguns setores. Porém, te das ações do PNA, uma vez que auxiliam a pouco se sabe sobre a vulnerabilidade e a dis- viabilização de políticas de promoção de retribuição geográfica ou territorial desses riscos siliência e permitem a comparação entre ese a sua relação com condições adversas exter- tados, com escala de orientação e prioridade nas, tais como as condições socioeconômicas. de políticas públicas locais. “Os indicadores Ainda que o Plano Nacional de Adaptação às serão muito úteis para a administração estaMudanças do Clima (PNA) tenha sido criado dual, que terá condições de enxergar, por meio
Metodologia de avaliação da vulnerabilidade auxilia a elaboração de políticas de proteção ambiental e social Através da construção de indicadores, será possível produzir material de qualidade que facilitará a proteção da sociedade e da economia no que diz respeito às mudanças climáticas Por Janaina Campos
15
pelo governo federal, é necessária a criação de de mapas e gráficos, qual parte do território uma metodologia de indicadores para avalia- está mais e menos vulnerável às alterações do ção da instabilidade climática. Essa é a pro- clima e os mais aptos a se recuperar de posposta do projeto coordenado pelo pesquisador síveis impactos climáticos. Com isso, o gestor Ulisses Confalonieri, do Centro de Pesquisas terá um instrumento para nortear suas ações e René Rachou (Fiocruz Minas).
um critério quantitativo para dar prioridade às
O projeto tem como foco a criação de um estratégias de atuação”, explica o coordenador. Sistema de Indicadores de Vulnerabilidade da Confira a entrevista na íntegra: Qual a importância da
Em sua opinião, quais são
criação do Plano Nacional
os maiores desafios ligados
de Adaptação à Mudança do
à questão climática a serem
Clima para o nosso País? O PNA é um instrumento formal que o governo federal criou para organizar ações de adaptação em diferentes setores, envolvendo diversas áreas, como saúde, energia, transporte, agricultura, conservação da natureza, entre outras. Tal documento define os princípios que serão seguidos para orientar essas politicas de adaptação às alterações climáticas. A proposta é que o PNA seja unificador e orientador, não um conjunto de normas fixas, mas sim uma definição de linhas de trabalho.
enfrentados no Brasil? Sob o aspecto da saúde e da vulnerabilidade humana, temos alguns elementos que são desafiadores. Um deles seriam os eventos climáticos extremos, que podem estar associados à mudança do clima e são mais visíveis. Outra questão importante relacionada a esse tema são as mudanças paulatinas nos sistemas biológicos. Por exemplo, hoje fala-se no controle do Aedes Aegypti em algumas regiões mais frias do País e com a elevação da temperatura, pode ocorrer um aumen-
to na incidência. Quando um ecossistema fica mais hostil, as espécies migram para outros lugares. Um desafio também a ser apontado é a agricultura, tendo em vista que certas plantas ou cultivares possuem um ciclo limitado por causa da temperatura. Exemplo disso é o café e a macieira, que se estiverem expostos a temperaturas elevadas não florescem. Como estão sendo construídos os indicadores de vulnerabilidade do projeto? A construção de indicadores tem sido feita pela Fiocruz há 15 anos. A metodologia foi aprimorada e, hoje, combina informa16
Ulisses Confalonieri
Nos últimos anos, houve grandes avanços População à Mudança do Clima no Brasil. Eles sobre o entendimento da exposição ao risco da servirão de insumo para a elaboração de parmudança do clima em alguns setores. Porém, te das ações do PNA, uma vez que auxiliam a pouco se sabe sobre a vulnerabilidade e a dis- viabilização de políticas de promoção de retribuição geográfica ou territorial desses riscos siliência e permitem a comparação entre ese a sua relação com condições adversas exter- tados, com escala de orientação e prioridade nas, tais como as condições socioeconômicas. de políticas públicas locais. “Os indicadores Ainda que o Plano Nacional de Adaptação às serão muito úteis para a administração estaMudanças do Clima (PNA) tenha sido criado dual, que terá condições de enxergar, por meio
Metodologia de avaliação da vulnerabilidade auxilia a elaboração de políticas de proteção ambiental e social Através da construção de indicadores, será possível produzir material de qualidade que facilitará a proteção da sociedade e da economia no que diz respeito às mudanças climáticas Por Janaina Campos
15
pelo governo federal, é necessária a criação de de mapas e gráficos, qual parte do território uma metodologia de indicadores para avalia- está mais e menos vulnerável às alterações do ção da instabilidade climática. Essa é a pro- clima e os mais aptos a se recuperar de posposta do projeto coordenado pelo pesquisador síveis impactos climáticos. Com isso, o gestor Ulisses Confalonieri, do Centro de Pesquisas terá um instrumento para nortear suas ações e René Rachou (Fiocruz Minas).
um critério quantitativo para dar prioridade às
O projeto tem como foco a criação de um estratégias de atuação”, explica o coordenador. Sistema de Indicadores de Vulnerabilidade da Confira a entrevista na íntegra: Qual a importância da
Em sua opinião, quais são
criação do Plano Nacional
os maiores desafios ligados
de Adaptação à Mudança do
à questão climática a serem
Clima para o nosso País? O PNA é um instrumento formal que o governo federal criou para organizar ações de adaptação em diferentes setores, envolvendo diversas áreas, como saúde, energia, transporte, agricultura, conservação da natureza, entre outras. Tal documento define os princípios que serão seguidos para orientar essas politicas de adaptação às alterações climáticas. A proposta é que o PNA seja unificador e orientador, não um conjunto de normas fixas, mas sim uma definição de linhas de trabalho.
enfrentados no Brasil? Sob o aspecto da saúde e da vulnerabilidade humana, temos alguns elementos que são desafiadores. Um deles seriam os eventos climáticos extremos, que podem estar associados à mudança do clima e são mais visíveis. Outra questão importante relacionada a esse tema são as mudanças paulatinas nos sistemas biológicos. Por exemplo, hoje fala-se no controle do Aedes Aegypti em algumas regiões mais frias do País e com a elevação da temperatura, pode ocorrer um aumen-
to na incidência. Quando um ecossistema fica mais hostil, as espécies migram para outros lugares. Um desafio também a ser apontado é a agricultura, tendo em vista que certas plantas ou cultivares possuem um ciclo limitado por causa da temperatura. Exemplo disso é o café e a macieira, que se estiverem expostos a temperaturas elevadas não florescem. Como estão sendo construídos os indicadores de vulnerabilidade do projeto? A construção de indicadores tem sido feita pela Fiocruz há 15 anos. A metodologia foi aprimorada e, hoje, combina informa16
ções de vários setores. São considerados dados sobre cenários climáticos, de saúde (doenças), informações socioeconômicas (renda, capacidade institucional dos municípios e etc.) e de sistemas naturais (ecossistemas). A partir dessa combinação de informações, é possível ter um retrato sobre os municípios e o que os tornam mais e menos vulneráveis em relação à capacidade de adaptação às mudanças do clima.
índices, relacionados à exposição, sensibilidade e resposta à mudança do clima. Esses índices capturam a vulnerabilidade e a capacidade de resiliência social e do ambiente também. Até o momento, temos os resultados do Espírito Santo e de Pernambuco. O próximo passo será a realização do treinamento em Vitória e a divulgação de resultados em Recife. Posteriormente, teremos os estudos concluídos para o Paraná, Amazonas, Mato Grosso do Sul e Maranhão.
Quais são os estados objetos deste trabalho? Seis estados estão participando: Amazonas, Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Maranhão, que está em uma área de transição. Os critérios para a escolha foram a necessidade de ter um estado para representar cada região do País, a ausência de estudos prévios, o conhecimento sobre instituições presentes, as facilidades para o desenvolvimento do trabalho, dentre elas a presença da Fiocruz em alguns territórios.
O projeto prevê a criação de
Qual a importância da parceria com a Fiotec nesse projeto? A Fiotec facilita e flexibiliza a gestão dos recursos do projeto, que é grande e complexo, já que é desenvolvido em âmbito nacional. A agilidade da instituição é essencial para o desenvolvimento das atividades nos estados.
Rio de Janeiro
Fevereiro - Março - Abril
2016 • Ano 2 • Edição 5
Alfabetismo científico como processo de formação para a cidadania
um software para atualização e monitoramento de dados. Como funcionará
esse sistema? O sistema é composto por três módulos, incluindo a base de dados com as informações necessárias para o cálculo dos indicadores, a geração dos índices e dos sub-índices e a visualização de resultados por meio de mapas e gráficos. O software calcula a vulnerabilidade humana às mudanças do clima conforme as especificidades de cada município. ChamaEm que fase está da provisoriamente de Sistema o projeto no momento? de Vulnerabilidade Climática A fase atual compreende a di- (SisVuClim), a ferramenta já foi vulgação de dados e o treina- finalizada para os estados do mento dos gestores estaduais Espírito Santo e Pernambuco. para usarem e atualizarem os
Dra Danielle Grynszpan e equipe apresentam o Programa “ABC na Educação Científica – Mão na Massa”, que estimula a aventura em busca do conhecimento e a postura crítica dos estudantes
Diálogo com Ulisses Confalonieri: pesquisador avalia os desafios ligados às mudanças climáticas e fala do projeto de construção de indicadores de vulnerabilidade Página 15
Fiotec inova ao oferecer mais um serviço: divulgação de editais de financiamento em aberto e apoio administrativo na construção da proposta Página 3