Rio de Janeiro
2018 • Ano 4 • Edição 14
Maio - Junho - Julho - Agosto - Setembro - Outubro
O Diálogo com Nádia Mallet fala sobre aleitamento materno e novo dispositivo desenvolvido pela pesquisadora Página 5
•
Na contramão do mundo? Câmara dos Deputados brasileira votará liberação de agrotóxicos proibidos há anos em outros países
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Metodologia DOA: processos mais eficazes, eficientes e transparentes Página 14
Expediente Conselho Curador Valber da Silva Frutuoso Presidente do Conselho Curador Alex Santos Princípe Carlos Augusto Grabois Gadelha Valdeyer Galvão dos Reis Maria Rita Lustosa Byington André Luiz Land Curi Italo César Kircove
Conexão Fiotec-Fiocruz Informativo institucional da Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec). Todo o conteúdo pode ser reproduzido, desde que citada a fonte.
Conselho Fiscal Charles da Silva Bezerra Presidente do Conselho Fiscal Fábio Rodrigues Lamin Florio João Polonini Júnior
Reportagem e fotos Gustavo Xavier Jornalista
Diretoria Executiva Hayne Felipe da Silva Diretor executivo Mansur Ferreira Campos Diretor financeiro Marcelo do Amaral Wendeling Diretor administrativo Mariana Borges Medeiros Diretora técnica
Edição Janaina Campos Jornalista
Nathalia Duarte Estagiária Ana Luiza Siqueira Estagiária Projeto gráfico e diagramação Fernanda Alves Designer Dúvidas ou sugestões? Entre em contato conosco comunicacao@fiotec.fiocruz.br (21) 2209-2600 ramal: 2746 / 2670 Av. Brasil, 4036 - Manguinhos www.fiotec.fiocruz.br
EDI TO RIAL
E
m primeiro lugar precisamos explicar porque não publicamos a 14ª edição do Conexão Fiotec-Fiocruz em julho. A opção se deu por dois motivos principais: o primeiro deles foi o calendário eleitoral. Resolvemos seguir a Instrução Normativa nº 01/2018 da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, que fala sobre alguns tipos de veiculações no período eleitoral, afinal nossas pautas abordam projetos da Fiocruz, apoiados pela Fiotec, como a matéria dos agrotóxicos, que você vai conferir nesta edição. Além disso, a Assessoria de Comunicação da Fiotec passou por algumas reformulações e precisou de um tempo para se reorganizar. Mas voltamos com esta edição recheada por um conteúdo muito interessante. A matéria principal traz um tema de grande relevância; o uso de agrotóxicos. A pesquisadora Sabrina Santos, da Ensp/Fiocruz, que possui uma pesquisa sobre a associação dos agrotóxicos com cânceres de cérebro, esôfago, estomago, mama, leucemias e linfomas, na Região Serrana do estado do Rio de Janeiro, fala sobre o assunto. A coluna “Diálogos com” segue o clima da Semana de Aleitamento Materno, que foi celebrada em agosto. Nádia Mallet, pesquisadora do IFF/Fiocruz, é a entrevistada da vez. A pauta institucional aborda a nova metodologia de apuração de despesas operacionais e administrativas da Fiotec. A edição conta ainda com o tradicional giro pelas principais notícias do período, que desta vez abordará os meses de maio até outubro. Boa leitura!
Janaina Campos 3
Sumário /05
/18
Aleitamento materno: não tão simples quanto parece
Fique por dentro do
/14
Saiba tudo sobre a
/10
Agrotóxicos: entenda mais sobre esse mal
metodologia DOA
que rolou nos últimos meses na Fiotec
Nádia Mallet
Aleitamento materno: uma prática importante, mas não tão simples Nádia Mallet, pesquisadora do IFF/ Fiocruz, aborda a questão e fala do dispositivo que está desenvolvendo para auxiliar os recémnascidos pré-termos Por Janaina Campos
Nádia Mallet Anualmente, em agosto, acontece a Semana Mundial de Aleitamento Materno, criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma forma de promover a amamentação, em diversos países do mundo. No Brasil, de acordo com relatório da OMS de 2017, somente cerca de 40% dos bebês se alimentavam exclusivamente com leite da mãe nos primeiros cinco meses de vida, uma taxa que apesar de ser considerada regular, está abaixo do ideal. O tema tem sido tratado como prioritário no Brasil, com regulamentação de leis que promovem e protegem o aleitamento materno, como a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), além de o trabalho da Rede Brasileira de Banco de Leite Humano (Rede BLH), que é a maior e mais complexa do mundo. Apesar disso, a amamentação exclusiva não é tarefa fácil e exige bastante das mães. De acordo com Nádia Rodrigues Mallet, pesquisadora do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), “o aleitamento materno (AM) é um dos processos iniciais mais difíceis e delicados pós nascimento do recém-nascido a termo e do prematuro, haja vista que exige a junção de vários componentes do bebê para que este consiga realizar a sucção, contando ainda com o contato íntimo com a mãe para que o vínculo seja realizado e o aleitamento materno seja eficaz para ambos”. A pesquisadora é responsável pelo desenvolvimento de um novo dispositivo para alimentação complementar do recém-nascido de risco, como uma forma de favorecer o aleitamento materno, baseado na sua experiência no IFF/Fiocruz. Confira a entrevista com Nádia, na íntegra:
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Amamentar parece simples, mas na prática não é sempre assim. Quais são os principais fatores que dificultam a amamentação?
Por que o leite materno é tão importante?
fecções respiratórias, alergias,
O leite materno é um alimento
pertensão, colesterol alto, dia-
completo. Isso significa que, até
betes e obesidade. Além disso,
os seis meses de vida, o bebê
é limpo, está sempre pronto e
não precisa de nenhum outro
quentinho. A amamentação fa-
O fato de ter um filho prematu-
alimento (chá, suco, água ou
vorece um contato mais íntimo
ro é um desafio para a mãe e
outro leite). Ele é de mais fácil
entre a mãe e o bebê. Sugar o
o recém-nascido. O aleitamen-
digestão do que qualquer outro
peito é um excelente exercício
além de diminuir o risco de hi-
to materno nessa população é
para o desenvolvimento da face
uma vitória para o binômio mãe/
da criança, ajuda a ter dentes
bebê. As dificuldades mais co-
bonitos, a desenvolver a fala e
muns encontradas no RN, du-
a ter uma boa respiração.
rante esse processo, são: má pega devido ao reflexo de busca imaturo e o freio de língua curto (frênulo curto), distúrbio neuromuscular, distúrbios respiratórios, cardiopatias congênitas, prematuridade, e doenças do refluxo gastroesofágico. Em relação à mama, temos: demora na apojadura, sendo uma das causas o parto cesáreo,
Toda ação que venha a ajudar na promoção, apoio e incentivo ao aleitamento materno é bem-vinda à IHAC
fissuras no mamilo (rachadu-
Como surgiu a ideia do novo “copinho de alimentação”? Ao longo de minha prática clínica, na unidade neonatal do Departamento de Neonatologia do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), tenho observado algumas dificuldades quanto ao uso de utensílios para administração da alimentação com-
ras), ingurgitamento mamário,
leite e funciona como uma va-
plementar aos recém-nascidos
mastite, candidíase (monilía-
cina, pois é rico em anticorpos,
pré-termo, os quais foram fa-
se), bloqueio dos ductos lactí-
protegendo a criança de mui-
bricados para outra finalidade.
feros e outros.
tas doenças como diarreia, in-
Também observo que diminuir 7
Nádia Mallet
o tamanho de um copo qual-
amamentados no peito ma-
nho da boca do recém-nasci-
quer não lhe dá a adequação
terno, por ser um dos fatores
do pré-termo, evita qualquer
necessária para ser usado na
que dificultam, e às vezes im-
tipo de desconforto peri ou in-
administração da dieta ao re-
pedem, o aleitamento materno.
tra-oral, o desperdício do leite
cém-nascido pré-termo, devi-
Como elicitador do reflexo de
pelas comissuras labiais, com
do à sua anatomia e fisiologia
anteriorização da língua, ajuda
melhora da ingesta. Com o do-
oral imatura.
na eficiência dos reflexos orais,
sador, o volume de leite ofer-
favorecendo um padrão oral
tado ao recém-nascido lhe dá
O recém-nascido pré-termo de-
maduro e uma pega adequada
condições de sorver peque-
ve ser pensado com suas limita-
durante a amamentação, redu-
nas quantidades do líquido,
ções, mesmo que passageiras,
zindo o tempo de uso da sonda
ajudando-o na coordenação
mas que resultarão em oportu-
enteral (oral/nasal).
da deglutição e respiração. O
nidades únicas de receber o me-
redutor de fluxo diminui a ve-
lhor para o seu desenvolvimen-
Por ter um bico dosador do
locidade do leite até chegar
to e crescimento, e uma delas
leite compatível com o tama-
ao bico dosador, facilitando
é a de ser amamentado. Diante disso, surgiu a necessidade de desenvolver um utensílio (copinho) que se adequasse o melhor possível às necessidades fisiológicas e anatômicas desses bebês.
Qual é o benefício do uso do copinho para os recémnascidos pré-termo? O principal é evitar o uso de mamadeira nos recém-nascidos pré-termo elegíveis para serem 8
Foto: Ascom IFF/Fiocruz
o controle desse volume pelo
junto ao público-alvo: os recém-
gástrica oro/naso mais cedo.
profissional ou mãe que esta-
-nascidos pré-termo. Segundo
Além de dar maior controle do
rá ofertando a dieta comple-
a Biomédica, a previsão para
volume ofertado, evitando risco
mentar ao recém-nascido.
início da comercialização no
de engasgo e/ou broncoaspira-
mercado nacional é o primeiro
ção, favorecendo a coordena-
semestre de 2019.
ção da deglutição e respiração,
Esses dois diferenciais vão di-
por ingerir pequenos volumes
minuir o desperdício de leite, ajudar o recém-nascido pré-
E estamos em busca de parcei-
de acordo com sua competên-
-termo no seu desenvolvimento
ros para a produção e comercia-
cia oro motora. Toda ação que
sensório motor oral, melhorar
lização no mercado internacio-
venha a ajudar na promoção,
o controle do volume de leite
nal, uma vez que acreditamos
apoio e incentivo ao aleitamen-
ofertado, ajudar na pega do pei-
no potencial da inovação.
to materno é bem-vinda à IHAC.
to materno e a receber melhor o alimento, para seu desenvolvimento e crescimento.
Podemos falar de como está o andamento do desenvolvimento do copinho? Qual a perspectiva de início de utilização?
Como a utilização desse dispositivo impacta os “10 passos para o sucesso do aleitamento materno”, da ONU e Unicef? O uso do copinho na alimentação complementar do recém-nascido pré-termo, nas unidades neonatais, já foi um avanço
No momento, estamos validan-
para evitar o uso de mamadei-
do o copinho produzido em par-
ras, aumentando as chances
ceria com a empresa brasilei-
desses bebês serem amamen-
ra Biomédica, por meio de um
tados. Os diferenciais desse
projeto de pesquisa científica.
novo copinho vão ajudar no
O projeto já se encontra na últi-
desenvolvimento sensório mo-
ma fase, que é a de segurança
tor oral, e na retirada da sonda 9
O perigo está na mesa Apesar dos riscos apontados por diversas organizações de saúde, entre elas a Fiocruz, relatório que propõe flexibilização do uso de agrotóxicos no Brasil é aprovado na Câmara dos Deputados Por Gustavo Amaral
“Lei do Alimento Mais Seguro”
nião de diversas instituições
cos e o desenvolvimento de
para uns. “Pacote do Veneno”
da sociedade civil, como a Or-
doenças cancerígenas.
para outros. A Comissão Es-
ganização das Nações Uni-
pecial da Câmara dos Deputa-
das (ONU), Instituto Nacional
De acordo com Sabrina San-
dos, que debate o Projeto de
do Câncer (Inca) e Fundação
tos, pesquisadora da Escola
Lei (PL) n o 6.299/2002, apro-
Oswaldo Cruz (Fiocruz), que se
Nacional de Saúde Pública Ser-
vou no dia 25 de junho o rela-
manifestaram contrariamente
gio Arouca (Ensp/Fiocruz), “em
tório apresentado pelo deputa-
à aprovação do projeto de lei.
relação às neoplasias, a partir
do Luiz Nishimori (PR-PR), que
A principal preocupação dos
da compilação do conjunto de
propõe a flexibilização de re-
especialistas é a associação
informações científicas dispo-
gras para facilitar
entre a in-
níveis, o International Agency
a adoção de no-
gestão de
for Research on Cancer encon-
agrotóxi-
trou evidências suficientes de
vos tipos de agrotóxicos no Brasil. Caso seja aprovado na Câmara dos Deputados, o projeto deverá passar ainda pelo Senado e pela sanção presidencial. Os apoiadores da proposta
Aprovação do projeto de lei representaria retrocesso que põe em risco a saúde da população e do meio ambiente, defende Sabrina.
carcinogenicidade em nove dos dezoito agrotóxicos pesquisados,
atualmente
utilizados na agricultura, além de evidências
limitadas
nos
outros nove”. Há 10 anos, muito
dizem
tempo antes da pro-
que com mais defensivos agrí-
posta de flexibiliza-
colas modernos, será possível
ção
aumentar a produção com o
que pode represen-
uso reduzido de produtos quí-
tar um aumento no
micos. Mas não é essa a opi-
uso de agrotóxicos
da
legislação
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no Brasil, o País se tornara o
avaliação dessas substâncias,
na Região Serrana do estado
maior consumidor desse tipo
necessário para a proteção da
do Rio de Janeiro.
de substância no mundo, com
vida e a defesa de um ambien-
a maioria dos produtos uti-
te equilibrado”, destaca Sabri-
“A motivação para a pesquisa
lizados aqui já proibidos em
na, afirmando que a aprovação
partiu do conhecimento de que
países europeus e norte-ame-
do projeto de lei representaria
agricultores
ricanos. Segundo a ONU, os
um retrocesso que põe em ris-
em comunidades rurais, como
agrotóxicos são responsáveis
co a saúde da população e do
as da Região Serrana do esta-
por 200 mil mortes por intoxi-
meio ambiente.
do, apresentam maiores taxas
cação aguda a cada ano, mais de 90% delas em países em desenvolvimento. “Concordamos
inteiramente
Falta de informação contribui para descontrole no uso de agrotóxicos
e/ou
residentes
de mortalidade para algumas neoplasias, provavelmente pela exposição aos agrotóxicos”, esclarece Sabrina.
com a Nota Pública divulgada
Sabrina defende que um dos
O projeto está, hoje, na fase de
pela Fiocruz, contra a flexibili-
principais problemas para se
recrutamento da população de
zação da legislação de agrotó-
debater a temática dos agro-
estudo. Sabrina explica que pes-
xicos, que afirma que as mudan-
tóxicos é a escassez de estu-
soas que tenham os tumores
ças propostas estão voltadas
dos e dados sobre os impactos
estudados e outras que nunca
aos interesses do mercado. A
dessas substâncias na saúde
tiveram câncer, e que são aten-
nota ressalta, ainda, a impor-
humana e no meio ambiente.
didas nos hospitais da região,
tância de ofertar condições
Ela coordena um projeto que
são convidadas a participar do
adequadas de trabalho aos ór-
tem como objetivo determinar
estudo. Caso concordem, res-
gãos competentes pela avalia-
a existência de associação da
pondem a um questionário e
ção e registro de novos agro-
exposição ocupacional e am-
doam uma amostra de sangue.
tóxicos, tais como a Anvisa e
biental aos agrotóxicos com a
“Os questionários avaliam a ex-
o Ibama, ao invés de propor a
manifestação dos cânceres de
posição autorreferida a agrotó-
sua desregulação, o que dimi-
cérebro, esôfago, estômago,
xicos, considerando a duração,
nuiria o rigor no processo de
mama, leucemias e linfomas,
frequência e a intensidade do
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uso ocupacional e domiciliar. Já as amostras de sangue serão utilizadas para a genotipagem dos indivíduos quanto aos polimorfismos estudados”. De acordo com especialistas, a falsa verdade de que o agrotóxico é um mal necessário, disseminada pelos apoiadores do PL 6.299/2002, confunde o debate público. Para eles é possível produzir com qualidade, diversidade e quantidade sem uso dessas substâncias, e que os agrotóxicos são um elo da cadeia de alimentos que precisa ser rompido. Mas o que se vê são políticas públicas que continuam contribuindo para o fortalecimento desse modelo.
O que está em jogo no projeto de lei • O PL propõe que o termo “agrotóxico”, utilizado atualmente, seja substituído por “defensivo fitossanitário e produtos de controle ambiental”. Os defensores da alteração dizem que o termo usado hoje, no Brasil, é depreciativo. Já as entidades contrárias ao PL afirmam que a mudança pretende aumentar a aceitação aos agrotóxicos, com um nome menos impactante; • Deslocar a aprovação de novas substâncias, hoje feita pelo Ibama, Anvisa e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para a Comissão Técnica Nacional de Fitossanitários (CTNFito), criada no âmbito do Ministério da Agricultura; • Diminuir o poder de fiscalização dos estados e municípios, centralizando-o na União, a única que poderia criar leis específicas sobre o tema; • Hoje, para realizar propaganda comercial de agrotóxicos, em qualquer meio de comunicação, é obrigatório que esteja clara a advertência sobre os riscos do produto à saúde das pessoas, animais e ao meio ambiente. Com a aprovação do PL passaria a valer a regra da Lei nº 9.294/1996, que diz que a propaganda de agrotóxicos deverá restringir-se a programas e publicações dirigidas ao agronegócio. Fonte: revistagloborural.globo.com
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Em 2015 a Fiotec iniciou uma
A metodologia
a Fiotec. A equipe de Iniciação
série de estudos e testes com
Para chegar a DOA, são utiliza-
de Projetos da instituição terá
o objetivo de desenvolver uma
dos os valores de custo de 21
uma participação mais ativa
nova maneira de apurar os cus-
produtos que representam as
junto aos escritórios, coorde-
tos internos dos projetos. Ao
principais atividades realizadas
nadores de projetos e equipes
longo de três anos uma série de
nos projetos pela Fiotec. O cus-
de apoio, para uma construção
testes, validações e orientações
to de cada um desses produtos
conjunta do planejamento e pre-
baseadas em instituições que
é calculado pela participação
enchimento da ferramenta, que
já aplicam um método diferen-
de cada centro de custo da ins-
substitui a memória de cálculo
ciado, ajudou a Fiotec no desen-
tituição. Para se chegar ao va-
utilizada atualmente.
volvimento da metodologia de
lor total do custo que o projeto
apuração das Despesas Opera-
vai acarretar à Fiotec, multipli-
Quando o projeto entrar em exe-
cionais e Administrativas (DOA),
ca-se o valor unitário de cada
cução também haverá uma
aprovada este ano pelo Conse-
produto pela quantidade esti-
nova dinâmica de trabalho, que
lho Curador da instituição.
mada, levando-se em conside-
é o acompanhamento da plani-
ração a complexidade do proje-
lha, no desenvolver do projeto,
Tornar os processos mais efi-
to e o tempo de duração. Dessa
no momento de gerar o Rela-
cazes e eficientes, principal-
forma, o valor da DOA irá variar
tório Parcial de Atividades e se
mente no quesito transparên-
de acordo com os serviços que
houver necessidade de repac-
cia, é uma premissa da Fiotec.
o projeto demanda.
tuação da DOA.
Trabalho mais próximo
Histórico de atividades
Por isso, a utilização da DOA, além de eliminar o risco jurídico apontado pela Controladoria Geral da União (CGU), possibili-
Todo novo processo gera algum
A nova forma de apuração tam-
ta um melhor planejamento do
impacto. Afinal, trata-se de uma
bém foi divulgada em julho, no
projeto e facilita a confecção
nova maneira de trabalhar, não
II Fórum Fiocruz e Fiotec, e já
do projeto básico por meio da
só para os coordenadores e
está sendo aplicada em novos
utilização de planilhas eletrôni-
analistas dos escritórios das
projetos. Ainda em julho, coor-
cas automatizadas.
unidades, como também para
denadores de projetos foram 15
informados sobre a DOA, por
mesmo mês, novos treinamen-
e está alinhada às ações da
meio de comunicado enviado
tos foram realizados, se esten-
instituição em busca de tornar
via e-mail. Em agosto, treina-
dendo até novembro.
seus processos mais eficazes e
mentos práticos para utilização
eficientes, corroborando com a
da planilha eletrônica automa-
Como toda nova ferramenta,
definição de negócio da Fiotec,
tizada foram realizados com
dúvidas
questionamentos
elaborada durante o Planeja-
profissionais indicados pelas
aparecem no dia a dia de uti-
mento Estratégico Participati-
vices de gestão, bem como
lização. Por isso, a equipe da
vo (Pepar), que é oferecer “so-
com profissionais dos Escritó-
Fiotec está aberta e disponível
luções inovadoras para gestão
rios de Projetos das unidades e
para prestar todos os esclareci-
compartilhada de programas e
coordenadores de projetos que
mentos relacionados ao tema.
projetos em saúde”.
e
demandaram a capacitação. Em outubro, os coordenadores
A metodologia DOA é um im-
indicaram os participantes. No
portante avanço para a Fiotec
Treinamento com profissionais da Fiocruz, ministrado por Eliana Cavalcante, supervisora de Iniciação de Projetos. 16
O que é DOA? São as despesas assumidas pelas Fundações por sua função no processo de gestão dos objetos executados por meio dos instrumentos previstos na legislação aplicável, a exemplo das Leis nº 8.958/1998 e 10.973/2004, ressarcidas na medida de sua compatibilidade com o plano de trabalho, e obedecendo, como teto de montante, os percentuais eventualmente previstos na legislação relacionada, percentuais estes estabelecidos a partir do enquadramento do objeto do acordo. Destaca-se, ainda, que o patrocinador/financiador tem a possibilidade de estabelecer, via regramento próprio, o percentual de DOA para os respectivos projetos. Trata-se de instrumento que visa manter o equilíbrio econômico-financeiro do acordo. (TERMO DE ENTENDIMENTO DO PROJETO DE AUTORREGULAÇÃO DAS FUNDAÇÕES DE APOIO, CGU, PGF, MCTIC, MEC, CONFIES - PROJETO DE AUTORREGULAÇÃO 2017 – Publicação do CONFIES – Abril/2018)
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Encontro reúne cientistas para discutir implementação em larga escala do Método Wolbachia
Os desafios que caracterizam a implantação do Método Wolbachia em larga escala foram analisados por um grupo de cientistas, em um encontro realizado na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), organizado pelo World Mosquito Program (WMP), iniciativa global de combate a doenças transmitidas por mosquitos. O encontro, realizado nos dias 17 e 18 de maio, nas dependências da Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec), no Rio de Janeiro, reuniu pesquisadores brasileiros e estrangeiros, além da liderança global do WMP. Leia na íntegra. Fonte: portal do projeto World Mosquito Program (WMP). 18
Fiotec promove capacitação profissional de pessoas com deficiência (PcD)
O Programa Conviver, uma iniciativa da Fiotec para a qualificação profissional de Pessoas com Deficiência (PcD), certificou duas novas turmas em 2018. Durante o mês de junho, entre os dias 13 e 19, o segundo grupo a participar do projeto recebeu sua certificação. A terceira turma, reunida entre os dias 17 e 21 de setembro, também concluiu a formação. O programa é desenvolvido a partir de uma parceria com a Secretaria de Estado de Trabalho e Renda do Rio de Janeiro, a Setrab, responsável por fazer a seleção e encaminhamento dos candidatos para a Fiotec. Já na instituição, os alunos participam de palestras e debates sobre as mais diversas áreas de atuação, ministrados pelos próprios profissionais da Fiotec. Os participantes têm contato com conteúdos relacionados à comunicação corporativa, gerenciamento de documentos e gestão de pessoas, por exemplo.
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Fiotec entre as 50 melhores organizações do Brasil para se trabalhar
Em junho, a Fiotec recebeu a notícia de que a instituição ocupa a 18ª posição do ranking “Best place to work”, do site Infojobs. A premiação, feita pela primeira vez em 2018, nomeia as 100 melhores empresas para se trabalhar segundo os próprios funcionários e ex-funcionários. De acordo com o site, há três tipos de rankings e cada um deles se refere a uma tipologia de empresa: pequeno, médio e grande porte. As organizações de pequeno porte devem ter, pelo menos, 10 avaliações; as de médio porte, no mínimo 20 avaliações; enquanto as de grande porte devem ter sido avaliadas pelo menos 50 vezes. A lista é atualizada mensalmente e a instituição que possuir a maior pontuação, naquele momento, ocupa a primeira posição. Entenda melhor a premiação.
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Importante certificação para relacionamento com parceiros internacionais é renovada
O “Duns Number – Data Universal Numbering System” é reconhecido internacionalmente como um identificador comum de empresas junto ao EDI (Eletronic Data Interchange) e nas transações de comércio internacional. Após algumas reestruturações organizacionais, pela primeira vez, em 2018, a equipe de Iniciação de Projetos, responsável pela interlocução entre financiadores e coordenadores no momento de abertura de um projeto, assumiu a responsabilidade pela busca da documentação e cumprimento dos procedimentos necessários para que a Fiotec recebesse a certificação.
Fiotec executa, desde abril deste ano, seu Planejamento Estratégico Participativo
Como em qualquer instituição, o planejamento estratégico tem como objetivo traçar e decidir antecipadamente o que fazer, de que maneira fazer, quando fazer e quem deve fazer, para o alcance de uma situação desejada. Ou seja, por meio do planejamento se apresentam os caminhos a seguir, de modo mais eficiente, eficaz e efetivo, com a melhor concentração de esforços e recursos. Hoje, a Fiotec já definiu seus objetivos estratégicos e desde o começo do mês de setembro os profissionais se reúnem, em grupos de trabalho, para desenvolver e posteriormente executar as iniciativas estratégicas voltadas à cada área da instituição.
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Treinamento sobre financiamentos do Conselho Europeu de Pesquisa
No dia 2 de agosto, analistas da área de Projetos da Fiotec participaram de um treinamento realizado na Fiocruz e promovido pela ENRICH, a Rede Europeia de Centros e Polos de Pesquisa e Inovação, com o objetivo de conhecer melhor sobre a submissão de projetos ao Conselho Europeu de Pesquisa (ERC). Durante o dia, os profissionais aprenderam sobre as opções de financiamento oferecidas pelo ERC, os passos e as razões para solicitar subsídios, além de terem acesso aos critérios e processos de avaliação do conselho.
Fiotec entre os cinco primeiros colocados no ranking do Programa de Eficiência Logística da RIOgaleão
A instituição foi premiada na categoria farmacêutica, pelo desempenho nos meses de janeiro, abril e junho, com uma média de 20 horas de permanência de carga, em um segmento cuja média é 63 horas. Elisângela Bevitori, supervisora de Compras Internacionais da Fiotec, se mostrou muito satisfeita com a boa colocação da instituição e ressaltou que isso é fruto de um esforço da equipe. “Estamos trabalhando com empenho dentro da área para conseguir o desembaraço no primeiro período, primeiro porque economiza custo, depois porque deixa o cliente satisfeito e ainda temos menos risco de perder a carga”, explicou. 22
ImPrEP realiza primeira oficina para educadores de pares do projeto
Nos dias 17 e 18 de setembro, foi realizada na Fiotec a primeira oficina para os Educadores de Pares do projeto ImPrEP. Na abertura, a pesquisadora líder do ImPrEP, Valdiléa Veloso, deu as boas-vindas aos participantes e fez uma apresentação geral do projeto e suas ações. Os principais eixos da oficina foram: a vinculação do público-chave do projeto aos serviços de saúde que oferecem a PrEP, a questão da educação comunitária e a mobilização de gays, homens que fazem sexo com homens, travestis e transexuais para gerar demanda de PrEP aos serviços de saúde. Fonte: portal do projeto ImPrEP. 23
Auditório Internacional da Ensp/Fiocruz recebeu, em setembro, II Enfasud
Evento realizado em 27 de setembro, com o tema “Ciência, tecnologia e inovação: o papel das Fundações de Apoio”, foi executado em parceria pela Fiotec, Fundação Euclides da Cunha (FEC), Fundação Universitária José Bonifácio (FUJB), Fundação Coppetec e Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Computação Científica (FACC). O encontro reuniu cerca de 20 fundações, além das que assistiram pela TV Confies. Para o diretor executivo da Fiotec, Hayne Felipe, eventos assim são uma forma de fomentar o debate no sentido de se construir uma maneira de ser olhado e de discutir o papel importante que as fundações de apoio têm na prestação de serviços para o desenvolvimento científico-tecnológico e inovação no Brasil. Acesse a cobertura do II Enfasud na íntegra
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