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O assédio moral no serviço público
O setor público é um dos ambientes de trabalho onde o assédio se apresenta de forma mais visível e marcante. Muitas repartições públicas tendem a ser ambientes carregados de situações perversas, com pessoas e grupos que fazem verdadeiros “plantões” de assédio moral. Isso pode acontecer por falta de preparo de alguns chefes imediatos, mas com frequência ocorre por pura perseguição a um determinado indivíduo.
É preciso fortalecer a ideia de que é responsabilidade de uma instituição manter o ambiente de trabalho saudável e respeitoso para todxs xs trabalhadorxs . Quando isso não acontece, e, ao contrário, é incentivado à disputa, ameaças, medo e tortura para “obter resultados”, constitui-se uma forma assediadora de administrar.
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Neste ambiente, o assédio moral tende a ser mais frequente em razão de uma peculiaridade: o chefe não dispõe sobre o vínculo funcional do servidor. Não podendo demiti-lo, passa a humilhá-lo e a sobrecarregá-lo de tarefas inócuas. isto acontece porque os chefes são indicados tendo por base seus laços de amizade ou de suas relações políticas, e não por sua qualificação técnica e preparo para o desempenho da função. nesse contexto, o chefe pode tornar-se extremamente arbitrário, buscando compensar suas evidentes limitações, considerando-se intocável.
Em alguns ambientes o assédio moral está praticamente institucionalizado, como é o caso do Judiciário que é marcado pelas relações hierárquicas e conservadoras Organização Internacional do Trabalho (OIT) avaliou que nos setores de serviços é onde há mais assédio moral, especialmente nos de educação e saúde por serem locais de trabalho onde há mais hierarquia interna e maior número de mulheres e negros e negras