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Júri Prémios Fleet Magazine
Este Júri vai decidir vencedores das categorias “Carro de Empresa” e “Gestora de Frota”
Gestores de frota e responsáveis pela escolha e aquisição de viaturas para as suas empresas vão tomar contacto, ensaiar e votar cada um dos automóveis que concorrem às diferentes categorias do prémio “Carro de Empresa” e ainda decidir o vencedor do troféu destinado à melhor “Gestora de Frota”.
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TIAGO MIGUEL CTT CORREIOS DE PORTUGAL Gestor de Compras Área de Transportes
Tiago Miguel é Presidente do Júri. Fez parte do júri do ano passado e será o elemento de ligação com cada jurado da edição de 2022. Vai competir-lhe a recolha dos boletins de voto e a certificação de cada documento, antes da sua entrega à equipa da Fleet Magazine que faz a contabilidade final dos pontos de cada concorrente. ARMANDO RODRIGUES GRUPO FUTEBOL CLUBE DO PORTO Gestor de Frota
FREDERICO VIANA SIEMENS Head of SCM Procurement
HUGO PRÓSPERO CLARANET Fleet Specialist
JORGE CAMPOS CARL ZEISS Area Country Manager
JOSÉ RODRIGUES DECSIS - SISTEMAS DE INFORMAÇÃO, S.A. Category Fleet Expert
MARCO GIL ROVENZA Category Fleet Expert
PAULO HERMANO TELCABO Responsável de Frota PAULO MANSO SANTA CASA MISERICÓRDIA LISBOA Diretor Núcleo de Gestão de Frota
PAULO VIEGAS GRUPO VENDAP Direção de Suporte e Compras
PEDRO DUARTE WONDERCOM Gestor de Frota e Gestor de Projetos
PEDRO ERNESTO DPD PORTUGAL Gestor de Frota Verizon Connect patrocina Prémios Fleet Magazine
A Verizon Connect, empresa especializada em sistemas de localização de veículos e soluções avançadas na gestão de frotas através de GPS, volta a ser patrocinadora oficial dos Prémios Fleet Magazine. Com vasta experiência na gestão de viaturas e de equipas móveis com recurso a telemetria, os serviços prestados pela Verizon Connect visam obter ganhos de eficiência e de produtividade, além de promoverem a segurança das operações. Permitem obter uma efetiva redução do consumo de combustível, por exemplo, através da diminuição dos tempos de imobilização da viatura ao ralenti, uma definição mais assertiva de rotas e, no capítulo da segurança, a localização das viaturas em caso de furto ou ainda a promoção de uma condução menos agressiva, por isso, menos exposta a imobilizações, em consequência de desgaste ou incidentes rodoviários. Através da plataforma REVEAL, por computador ou dispositivo móvel, o gestor de frota pode efetuar o acompanhamento das viaturas e das equipas no terreno. Este software de Gestão de Frotas possibilita o a criação de métricas do desempenho de cada viatura e estabelecer alertas para as várias necessidades relacionadas com a utilização de veículos em ambiente de frota de uma empresa. "Patrocinar os prémios Fleet Magazine é para nós uma oportunidade única de poder apoiar um projeto inovador no sector de frotas português. Ao premiar não apenas viaturas mas também projetos de mobilidade responsáveis e sustentáveis no sector das frotas, a Fleet Magazine marca a diferença e contribui para que haja um maior conhecimento sobre o que de melhor se faz neste sector em Portugal", diz Mónica Dias, diretora de marketing da Verizon Connect no nosso país.
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Com licenciatura e mestrado na área dos Recursos Humanos, Cláudia Monteiro tem um percurso profissional desenvolvido na Banca. Atualmente, exerce funções de Head of Procurement no Grupo Montepio. As áreas comerciais foram sempre a sua linha orientadora, integrando o projeto de centralizar as compras do Grupo Montepio desde o primeiro dia. Gosta de acreditar que foi a função de Procurement que a escolheu, pois a monotonia não faz parte dos seus dias. Por isso, aprecia a mudança, a sensação de começar de novo e de não ter dias padronizados. Acredita que uma área de Procurement robusta faz toda a diferença na estratégia das empresas e trabalha com esse propósito.
No final de 2022, só 8% da frota não terá carros plug-in ou 100% elétricos
—— Em 2019, o grupo Montepio encetou um movimento de transição energética da totalidade da sua frota automóvel, que deverá estar praticamente concluído no final de 2022. Um trabalho acompanhado e avaliado pela ADENE, que distinguiu o projeto com o Prémio Frota Verde nos Prémios FLEET MAGAZINE em 2021
Até ao final de 2022, na linha de um percurso iniciado em 2019, o grupo Montepio deverá ter uma frota maioritariamente constituída por viaturas de passageiros 100% elétricas ou híbridas plug-in. Neste momento, atingir esse objetivo depende, por razões conhecidas, da capacidade de entrega dos modelos destinados a renovar a totalidade das viaturas que ainda funcionam apenas com motor de combustão. Concluído o processo, o grupo Montepio atinge a intenção inicial, a de se tornar no primeiro grupo financeiro português com um parque automóvel totalmente composto com veículos plug-in ou integralmente elétricos.
“Iniciámos o processo de substituição dos veículos a combustão por veículos 100% elétricos ou plug-in, de acordo com a maturidade dos contratos de renting. À medida que os contratos dos veículos exclusivamente a combustão com que ainda operamos terminarem, a nova viatura atribuída será plug-in ou 100% elétrica”, explica Cláudia Monteiro, Head of Procurement no grupo Montepio.
A gestão das viaturas está centralizada na Unidade de Serviços Partilhados, a quem compete também, de acordo com a política de frota do grupo, o acompanhamento de alguns procedimentos de rotina, uma vez que os utilizadores das viaturas dispõem de alguma autonomia para a gestão de serviços inerentes ao uso da viatura, junto de uma rede de parceiros.
O que motivou o grupo Montepio a avançar para a eletrificação?
O nosso posicionamento como instituição do Setor Social acarreta responsabilidades acrescidas perante a comunidade associativa e a sociedade. Temos, desde sempre, preocupações no âmbito da sustentabilidade. Em 2019, percebemos que tínhamos uma grande oportunidade para fazermos a diferença, com uma “simples” decisão de gestão: alterar a composição da frota automóvel, tornando-a mais amiga do ambiente. Foi quando decidimos procurar o que o mercado tinha para oferecer, e iniciámos a transição para uma frota mais amiga do ambiente. Deixámos de ter uma frota 100% a combustão e iniciámos a sua substituição com viaturas plug-in e 100% elétricas. Foi um desafio que nos propusemos realizar entre 2019 e 2022. Foi necessária muita persistência, pois a oferta de viaturas 100% elétricas, ou mesmo plug-in, não era substancial. Ou os modelos que nos eram apresentados estavam muito acima dos valores considerados na construção da nossa grelha, ou algumas viaturas não estavam disponíveis para entrega…
Entretanto, o mercado evoluiu consideravelmente ao nível da oferta. Mas em 2019 era um desafio! Não nos desviámos do objetivo. Estabilizámos a grelha e iniciámos as substituições por viaturas mais amigas do ambiente, à medida que os contratos de renting se venciam. Fomos consultando o mercado estabelecendo sempre uma condição: “cotação para viaturas 100% elétricas ou plug-in”. Assim iniciámos a mudança, com o objetivo de contribuir com a poupança de toneladas de emissão de CO2.
Vamos detalhar um pouco as etapas desse processo. Em 2019 começaram por substituir cerca de 70 viaturas… está a correr como previsto?
Como referi, o calendário de substituição está alinhado com o fim do contrato de renting da viatura anterior. O utilizador recebe uma nova viatura da grelha, que é plug-in ou 100% elétrica.
Quando iniciámos o plano de uma frota mais sustentável, em 2019, nesse mesmo ano reduzimos o número de viaturas a combustão de 100% para 82%. Os restantes 18% passaram a ser viaturas plug-in ou 100% elétricas. Em 2021, 40% da nossa frota já era constituída por viaturas plug-in ou 100% elétricas e, no final de 2022, ano em que temos desde o início previsto renovar o maior número de unidades, estimamos ficar com um valor residual de apenas 8% de viaturas a combustão.
B.I.
> Número de viaturas: cerca de 670 unidades; > Marcas e modelos presentes na frota atual: constituída integralmente por veículos de passageiros das marcas Renault, Nissan, BMW, KIA, Mercedes-Benz, Volvo e Tesla; > Distribuição de veículos por tipo de motor: 16% dos veículos são 100% elétricos; 23% dos veículos são plug-in e há 61% de veículos exclusivamente de combustão, a renovar em 2022; > Idade média da frota atual: inferior a 48 meses; > Financiamento: exclusivamente Renting, 60 meses, 125 mil quilómetros, manutenção e substituição de pneus incluídos; > Equipamento sempre requerido na consulta ao mercado: Bluetooth, GPS e sensores de estacionamento; > Utilizadores habituais das viaturas: membros dos órgãos sociais da Associação Mutualista Montepio, do Banco Montepio e respetivas empresas participadas. Diferenciação dos modelos adotados por função desempenhada (quadros superiores, quadros médios e comerciais); > Grelha de distribuição das viaturas híbridas plug-in e 100% elétricas:
ESCALÃO MARCA + MODELO
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Volvo V60 T8 Inscription Station (PHEV) BMW 320e Touring (PHEV) BMW 320e Berlina (PHEV) BMW X1 25e (PHEV) Kia Niro 1.6 GDI PHEV EX (PHEV) Nissan LEAF Acenta (BEV) Nissan LEAF Acenta (BEV)
> Software de Gestão de Frota: desenvolvido internamente com esse objetivo. A gestão das viaturas é acompanhada diariamente pela Unidade de Serviços Partilhados; > Política de Frota: Existe. O utilizador é responsável pelo cumprimento da legislação em vigor, pela boa utilização da viatura e pelo seu recondicionamento no momento da entrega; > Sistemas de georreferenciação: não se aplica; > Frota decorada: não se aplica.
Está a cumprir-se a expectativa quanto ao contributo destas viaturas para a redução das emissões de CO2?
Claramente. Alcançámos uma redução significativa de toneladas de emissão de CO2 e é muito gratificante saber que estamos a contribuir para o futuro do nosso planeta.
E em termos de custos de utilização?
Em termos de custos de utilização, o business case desenvolvido confirmou-se. Registámos uma redução de custos anuais por via da frota. A pandemia obrigou-nos a adotar novos métodos de trabalho por força dos vários confinamentos impostos pelas autoridades de Saúde, o que acabou por condicionar também a utilização das viaturas pelos nossos colaboradores.
Como decorreu o planeamento no que se refere à atribuição das viaturas, nomeadamente por razões de autonomia ou facilidade de carregamento?
A atribuição e distribuição das viaturas aconteceu de forma gradual, alinhada com a oferta dos pontos de carregamento disponíveis em várias zonas geográficas. O primeiro slot de viaturas foi distribuído nos grandes centros: Lisboa e Porto. Depois decorreu de acordo com a oferta de carregadores existentes nas diversas localidades, sendo que o grupo Montepio investiu
na modernização das infraestruturas elétricas dos edifícios centrais equipados com garagens, nas quais é possível efetuar carregamento a partir de dispositivos próprios. Desde 2019 que a oferta de pontos de carregamento públicos também tem vindo a aumentar, apoiando-nos neste nosso projeto. Outra preocupação foi privilegiar acordos com parques de estacionamento que ofereçam o serviço de carregamento elétrico nas suas instalações, respondendo assim à distribuição geográfica da nossa rede comercial.
Foi necessária formação dos utilizadores destas novas viaturas?
Os utilizadores recebem formação relativa à nova viatura e a Unidade de Serviços Partilhados mantém acompanhamento regular, de forma a partilhar as melhores práticas para que possam tirar o maior partido do carregamento das suas viaturas.
E que importância tem poder contar com o empenho de uma equipa e com o engajamento dos utilizadores?
A Sustentabilidade deve ser uma responsabilidade de todos e sentimos que estamos a fazer a nossa parte. Este processo de transição energética foi possível porque todos os colaboradores, desde muito cedo, compreenderam a importância do seu contributo para o objetivo da Instituição. Por isso, quando recebemos o prémio “Frota Verde”, recebemo-lo todos!
Prémio Frota Verde
Ao vencer o Prémio “Frota Verde” nos Prémios Fleet Magazine e a certificação MOVE+ atribuída pela ADENE, Agência para a Energia, o grupo Montepio pode beneficiar de uma avaliação criteriosa de parâmetros que asseguram melhorias de eficiência energética no desempenho de uma frota automóvel. “A ADENE trabalhou muito de perto com a nossa Unidade de Serviços Partilhados, porque sendo a área que garante o dia-a-dia da gestão da nossa frota é indicada para disponibilizar todos os dados e demonstrar as evidências necessárias a uma avaliação objetiva e eficaz. Foram muitas sessões de trabalho, ao longo das quais fomos avaliados com um nível de exigência que só confirma que este projeto tem um propósito bem definido e um processo subjacente devidamente estruturado e organizado. As apreciações da ADENE ajudaram-nos a consolidar e a comprovar que estamos no caminho certo. Somos muito gratos pela forma profissional com que sempre trabalharam connosco e nos incentivaram a continuar no caminho da eficiência energética”, reconhece Cláudia Monteiro. A conquista do prémio dá ainda mais convicção a uma decisão que levou a traçar um caminho iniciado há apenas três anos. “Este prémio é o reconhecimento de um percurso que iniciámos em 2019, com o objetivo de tornar a nossa frota mais sustentável e amiga do ambiente. Tem sido um projeto desafiador, do qual nos orgulhamos, até porque nos posiciona como o primeiro grupo financeiro português a fazer a descarbonização da sua frota automóvel. Vencer este prémio é a confirmação de que estamos no caminho certo”.
Paulo Santos, da ADENE, Agência para a Energia, entrega o certificado MOVE+, que o grupo Montepio recebeu com a conquista do Prémio Frota Verde. Além de Cláudia Monteiro, subiram ao palco da Conferência Gestão de Frotas Expo & Meeting, Luís Montanha Rebelo, Paulo Sá e Pedro Fragoso da USP, Unidade Serviços Partilhados. Prova superada
Que desafios tiveram de enfrentar ao longo deste processo?
Sendo o primeiro grupo financeiro português a fazer esta transição energética na sua frota automóvel, tivemos que ultrapassar obstáculos e desafios inerentes a um processo de mudança desta natureza, nomeadamente: • • Aceitação e confiança por parte dos utilizadores; Oferta reduzida e até algum desconhecimento dos players envolvidos neste mercado; • • Escassez de oferta de pontos de carregamento pelo país; Falta de soluções, ainda hoje, economicamente aceitáveis para partilha de custos de eletricidade. Por exemplo nas residências dos colaboradores, no sentido de potenciar o carregamento da viatura em sua casa; • Falta de oferta de aplicações que permitam uma gestão única de um cartão Duo, com a vertente elétrica e de combustível no mesmo cartão.
Apesar de tudo, a decisão está a ser bem-sucedida? Que sugestões deixariam para quem pretenda ou esteja a iniciar o processo de eletrificação da frota?
Sem dúvida que está a ser um sucesso, até porque o nosso sucesso é também um sucesso para o ambiente e, consequentemente, uma aposta no futuro. Já partilhámos com outras instituições a nossa experiência e aprendizagem. É um processo contínuo e temos muito gosto nessa partilha. Quantas mais instituições optarem por esta solução, maior a pressão que teremos sobre o mercado, para que disponibilize mais e melhor oferta, e maior será a contribuição de todos para um ambiente mais sustentável.