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Coffee in Portugal ...Lunch in Spain
by Helen Gordon
What an enjoyable and different day we recently spent exploring the towns of Vila Real de Santo António and Ayamonte, bordering the river Guadiana that separates Portugal from Spain, a 50-minute drive from Fairways.
Vila Real’s history makes it a special place. Founded in 1773 by royal proclamation, this is a town built in just two years from scratch, the first in Portugal, planned by the Marquês de Pombal in the aftermath of the devastating Lisbon earthquake of 1755. A strategically important location, the centre was inspired by the geometric design of the Portuguese capital city. Nearly 200 buildings from the original foundation period remain, some still featuring the beautiful ironwork balconies.
Our first stop was the grand central praça, named after its founder, at the heart of this small town. With its striped cobbles, the distinctive square hosts numerous cafes and restaurants, as well as a boutique hotel, church and town hall. Just off the square, we had homemade pastries and coffee at the familyrun Pastelaria Rally on Rua da Princesa, before we strolled through the car-free centre, taking time to browse the finest Portuguese linens, towels and pottery, many exported overseas at significantly higher prices.
Café em Portugal ...almoço em Espanha
Por Helen Gordon
Recentemente, passámos um dia muito agradável e diferente a explorar as cidades de Vila Real de Santo António e Ayamonte, situadas nas margens opostas do rio Guadiana, que separa Portugal da Espanha, a cerca de 50 minutos de automóvel do Fairways.
A história de Vila Real confere-lhe um carácter especial. Fundada em 1773 por decreto real, esta é uma cidade construída de raiz em escassos dois anos, a primeira em Portugal, planeada pelo Marquês de Pombal no rescaldo do devastador terramoto de 1755. Com uma localização estrategicamente importante, possui um centro inspirado no traçado geométrico da baixa de Lisboa. Hoje em dia restam cerca de 200 edifícios do tempo da fundação, alguns dos quais exibindo ainda nas sacadas as bonitas e originais grades de ferro.
On previous visits, we have walked or driven along the scenic riverside down to the mouth of the river, and enjoyed a light lunch by the water at the Grand Beach Club restaurant, owned by the recently renovated Grand Hotel, which sits proudly overlooking the town’s marina. However, on this occasion, our plan was to travel further afield, and so we wandered down to the river to purchase our ferry ticket and boarded our transport to Spain.
For many years, the ferry was the only connection between the two countries in this region, but the construction of the international bridge in 1991 opened up this area. However, the ferry ride takes just 15 minutes and is a very pleasant and inexpensive way to cross the slow-flowing waters of the Rio Guadiana, the natural border, either as a foot passenger or with your car.
On a beautiful winter day, we stood on deck and watched the Portuguese riverbank and the distant walls of the medieval castle at Castro Marim recede, as
A nossa primeira paragem foi na praça central, batizada com o nome do seu fundador, situada no coração da pequena urbe. Com a sua calçada às riscas, esta característica praça abriga inúmeros cafés e restaurantes, bem como um boutique-hotel, uma igreja e o edifício da câmara municipal. Perto da praça, na Pastelaria Rally, de gerência familiar, situada na Rua da Princesa, detivemo-nos para tomar café e comer um bolo antes de passear pela zona central da cidade, vedada ao trânsito, demorando-nos a apreciar os excelentes atoalhados portugueses e artigos de barro, muitos deles exportados para o estrangeiro a preços bastante mais elevados.
Nas visitas anteriores, tínhamos passeado, ou seguido de automóvel, pela margem do rio até à foz do mesmo onde, com vista para o mar, nos tínhamos deleitado com refeições ligeiras no restaurante Grand Beach Club, propriedade do recém-renovado Grand Hotel que, orgulhosamente, se ergue diante da marina da cidade. Desta vez, porém, o plano era prolongarmos a viagem, pelo que descemos até ao rio para adquirir o bilhete do barco que nos levaria a Espanha.
Durante muitos anos, o barco foi a única ligação existente na região entre os dois países, mas a construção da ponte internacional em 1991 abriu a zona. No entanto, a viagem de barco demora apenas 15 minutos, sendo uma forma muito agradável e barata, tanto a pé como de automóvel, de atravessar as vagarosas águas do Guadiana, a fronteira natural entre as duas nações.
Estando um bonito dia de inverno, permanecemos no convés contemplando a margem portuguesa e as distantes muralhas do castelo medieval de our Spanish destination of Ayamonte grew closer. Remembering that Spain is an hour ahead, we stepped off late morning and set off keen to explore.
Ayamonte is divided into four centres, separated by the estuaries and marshes that bathe the surrounding areas. Inhabited since Roman times, the main town is a mix of history and modernity. Immediately, it felt like a different country. The chatter of Spanish voices and the change in architecture are the most obvious. Within a couple of minutes we were in the old town, wandering the narrow streets linking pretty squares, which are tucked away but full of pavement cafes and bars serving great seafood, characteristic of the Huelva region of Andalusia. After a short while, we stumbled upon the Plaza de la Laguna, the main square, Arabic in style with gently waving palm trees. Now, in need of a light lunch, we retraced our steps back to a bustling bar we had passed earlier to enjoy a beer and platter of delicious cheeses. This was a bar for the locals, and we watched with pleasure as they came and went, enjoying briefly being part of this slice of Spanish life.
As we headed back on the ferry, we agreed we would definitely repeat this different day out in the future.
Who was the Marquês de Pombal? (1699–1792)
Known as one of Portugal’s greatest-ever statesmen and politicians. After studying at Coimbra University and serving briefly in the army, he was appointed ambassador to Great Britain and then Austria. A favourite of King Joseph I, he later became prime minister, focusing on reforms affecting every part of Portuguese society and economy. His finest hour came after the strongest earthquake to strike western Europe in the modern period, when he set about rebuilding Lisbon after 1755. His legacy survives to this day in the world’s first earthquake-proof buildings on Lisbon’s riverfront and the grid pattern of the streets.
Castro Marim enquanto Ayamonte, o nosso destino espanhol, se aproximava. Lembrando-nos de que a Espanha está num fuso horário diferente – uma hora a mais – apanhámos o barco ao final da manhã, desembarcando depois cheios de vontade de explorar.
Ayamonte divide-se em quatro áreas centrais, separadas pelos estuários que banham as zonas circundantes. Habitada desde o tempo dos Romanos, a urbe principal é um misto de história e modernidade. Sente-se imediatamente que se está noutro país. A toada do castelhano e a mudança na arquitetura são as diferenças mais óbvias. Chegámos rapidamente à cidade velha, deambulando por ruas estreitas que ligam bonitas praças, aparentemente escondidas, mas repletas de cafés e snack-bares que servem fantástico marisco e peixe fresco, tão característicos da região de Huelva, da província da Andaluzia. Passado pouco tempo, chegámos à praça principal, de estilo árabe e com ondulantes palmeiras, batizada Plaza de la Laguna. Precisando já de uma refeição ligeira, retrocedemos até um movimentado snack-bar que tínhamos visto mais cedo para beber uma cerveja e degustar um prato de deliciosos queijos. Era um estabelecimento frequentado por gente local que ficámos a ver entrar e sair, deleitando-nos com esta breve imersão no quotidiano andaluz.
E de regresso ao barco, concordámos que, no futuro, iríamos sem dúvida repetir este passeio diferente.