Movimento Moderno Crítica e revisão no pós-guerra. As transformações mundiais no final do séc. XIX e início do séc. XX como as grandes migrações, e o sistema capitalista, geraram reflexões sobre as mudanças tecnológicas desde a Revolução Industrial. Com a destruição das cidades causada pela primeira guerra, o arquiteto desse período coloca-se à frente nas responsabilidades para com a reconstrução das mesmas e protagoniza as discussões acerca das necessárias mudanças na forma de planejar as cidades. Já no cenário pós segunda guerra, os próprios arquitetos não se consideram mais os únicos agentes capazes de melhorar o mundo. Por volta da década de 20, o sentimento era de esperança e otimismo com relação ao desenvolvimento industrial. Porém a segunda guerra mundial deixou um rastro de desamparo e destruição. A máquina que iria trazer evolução e desenvolvimento foi usada para destruir cidades e vidas. O que refletiu em um sentimento de pessimismo, nas artes, houve uma tendência a mostrar o caos enquanto na arquitetura há uma tentativa de reorganizar o mundo pós guerra. A Europa foi o berço da arquitetura moderna, no entanto, a partir dos anos 30, com o regime comunista e a ascensão do fascismo e nazismo, o movimento é descentralizado e toma uma escala global. O movimento moderno busca romper com os moldes tradicionais. Possui um desejo de controlar a forma. Com o desenvolvimento tecnológico, possibilitou-se uma grande liberdade de criação e liberdade formal na construção civil. Procura criar elementos e projetos que podem ser feitos em larga escala com rapidez e eficiência, traço que fortalece o período industrial. O contexto pós segunda guerra é marcado pela falta de mão-de-obra, o que reflete na construção civil, dessa forma, o aspecto tátil do concreto ganha espaço. Discussões sobre o lugar, o contexto, as necessidades determinadas pelo lugar que se insere, entre outras, ganham espaço entre os arquitetos modernistas. Começavam a perceber que elementos usados na cultura europeia não faziam muito sentido em países tropicais e vice-versa. Em oposição à arquitetura fria centro-europeia, o estilo chega ao Brasil com os arquitetos da escola paulista, as curvas das serras tomam um tom livre e sensual, quase que uma identidade para a arquitetura moderna brasileira, principalmente com as obras de Oscar Niemeyer.
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