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A callous on your feelings A insensibilidade de seus sentimentos

A callous on your feelings

By Lula May Reed, Animal Protection Association | amparoaosanimais.org | lulareed@gmail.com

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n an issue of the Veja magazine, Diogo Mainardi wrote “Ficamos Mais Bestiais”— but beasts, animals, are rarely as cruel as humans. He comments on the current lack of civility and of normal courtesy, and cites Samuel Johnson, who wrote: “Pity is not natural to humans. Children are always cruel. Savages are cruel. Pity is acquired and perfected by the cultivation of reason.”

There are many exceptions: in the animal world, some unusual friendships and protections occur, and because they are the exception they catch our attention and are sometimes passed around on the internet as a curiosity. There are exceptions amongst humans, too—random acts of compassion, of unwarranted kindness shown to the unfortunate. And, some places in the world seem to have progressed towards a mutual respect of sorts, for whatever reason, for which we should all be thankful.

However, we should be aware of what Eileen Paris believed: that with repeated exposure to violence and cruelty, we “grow a callous on our feelings”. We become hardened to the point of becoming indifferent. This is, for some, a defensive measure—as there is nothing that can be done about a sad case, we accept our limitations, try to push the case or event out of our mind and go on about our business.

(continued on page 50)

A insensibilidade de seus sentimentos

Por Lula May Reed, Associação de Amparo aos Animais

E

m uma edição da revista Veja, Diogo Mainardi escreveu “Ficamos Mais Bestiais”—mas bestas e animais raramente são tão cruéis quanto os humanos. Ele comenta sobre a atual falta de civilidade e de cortesia da população, e cita Samuel Johnson, que escreveu: “Sentir pena não é natural para os humanos. As crianças são sempre cruéis. Os selvagens são cruéis. Ter pena se adquire e se aperfeiçoa pelo cultivo da razão”.

Há muitas exceções: no mundo animal, alguns tipos de amizades e proteções incomuns ocorrem e, por serem exceção, chamam nossa atenção e são, às vezes, transmitidas pela internet como uma curiosidade. Há exceções também entre os seres humanos—atos de compaixão e de bondade injustificada que são feitos aos desafortunados. E alguns lugares do mundo parecem ter progredido, por alguma razão, em direção a um respeito mútuo, pelo qual todos nós devemos estar gratos.

Entretanto, devemos estar cientes do que Eileen Paris acreditava: que com a exposição repetida à violência e à crueldade, nós crescemos insensíveis aos nossos sentimentos”. Ficamos endurecidos ao ponto de ficarmos indiferentes. Isto é, para alguns, uma medida defensiva—como não há nada que possa ser feito em relação a um caso triste, aceitamos nossas limitações, tenta-

(continua na página 50)

A insensibilidade

Continuação da página 49

mos tirar o caso ou evento de nossa mente e continuamos com nossos negócios. Somos bombardeados por cenas horríveis na mídia, eventos trágicos em todo o mundo, onde pessoas comuns estão presas em desastres aparentemente intermináveis. Nós reagimos (às vezes) dizendo “oh céus—outra catástrofe—coitados”.

Algumas pessoas ficaram acostumadas ao ponto de nem sequer sentirem mais isso, e clicam—mudam de canal, pensando: “Já chega, eu só quero ser entretido”. “Eu tenho meus próprios problemas para resolver” clique, clique.

Assim, tentamos acreditar que, em alguns lugares, o mundo está realmente melhor agora, com instalações sanitárias e médicas melhoradas, que talvez estejamos progredindo para uma etapa mais equitativa e civilizada na história. Entretanto, o mundo tal como o conhecemos é ameaçado por inúmeras coisas: aquecimento global, genocídio localizado, e uma falta geral de civilidade e respeito.

Devemos, para nossa própria sobrevivência como raça, proteger, apoiar e encorajar aquelas preciosas—e poucas—pessoas que ainda estão dispostas a dedicar tempo e esforço para melhorar as condições de todos os seres vivos, inclusive dos próprios seres humanos: aquelas que não cresceram “insensíveis a seus sentimentos”, que instintivamente reagem com bondade quando chamadas, aquelas poucas pessoas altivas que ainda estão prontas para tentar proteger e defender os indefesos

A callous

Continued from page 49

We are bombarded by horrible sights in the media, tragic events across the world where ordinary people are trapped in seemingly endless disasters. We react (sometimes) saying “oh, dear—another catastrophe—poor things.”

Some people have inured themselves to the extent that they don’t even feel that, and click – they change channels, thinking: “That’s enough; I just want to be entertained. I have my own problems to deal with” — click, click.

So, we try to believe that in some places the world is indeed better now, with improved sanitary and medical facilities; that perhaps we are progressing to a more

que sofrem—mesmo que seja uma causa perdida—porque o futuro da humanidade e da civilização como a conhecemos depende dessas poucas pessoas.

Em certa medida, somos todos interdependentes e interconectados. Os humanos precisam do conforto e da certeza de que alguém se importa, para preservar seu equilíbrio mental. Está provado que um dos apoios mais eficazes que uma pessoa pode ter é um animal de estimação amoroso. É caloroso e reconfortante ser saudado quando se chega em casa, e um animal de estimação amoroso oferece fidelidade e boa companhia, alguém com quem conversar a pessoas que, de outra forma, seriam solitárias.

Se seu querido animal de estimação morrer, e você estiver pronto para ter outro,

equitable and civilised stage in history. However, the world as we know it is threatened by innumerable things: global warming, localized genocide, and a general lack of civility and respect.

We must, for our own survival as a race, protect, support and encourage those precious few who are still willing to dedicate time and effort to improving conditions for all living things, people included: those who have not grown “a callous on their feelings”, who instinctively react with kindness when called upon; those precious few who are still ready to try to protect and defend the helpless suffering ones—even if it is a lost cause—because the future of humanity and civilisation as we know it depends on those few.

considere adotar um. Há muitos locais e organizações que oferecem gatos, cachorros ou cães maduros que precisam de um lar, como nós fazemos.

O abrigo da Associação de Amparo aos Animais na Rua Purus, 475 - Diadema está aberto ao público nos dias de semana, das 13h30 às 17h00, ou com hora marcada. O telefone é 4094-2059, somente nas tardes dos dias da semana, no mesmo horário. Fazemos a esterilização de animais uma vez por semana, a preço de custo e com hora marcada.

Por favor, venha nos visitar, em qualquer tarde da semana. Você pode encontrar um novo amigo aqui. ◼ We are all interdependent and interconnected, to some extent. Humans need the comfort and reassurance that somebody is 4094-2059, only on weekday afternoons at the same hours. We do neutering once a week, at cost price and by appointment.

cares, to preserve their mental balance. It has been proven that one of the most ef- Please come and visit us, any weekday af-

fective supports a person can have is a ternoon. You might find a new friend. ◼

loving pet. It is warming and comforting to be greeted when you arrive home, and a loving pet offers faithfulness and good company, someone to talk to, to otherwise lonely people.

If your beloved pet dies, and you are ready to have another one, consider adopting one. There are many sites and organisations that offer cats, puppies or mature dogs that need a home, as we do. The shelter of the Associação de Amparo aos Animais on Rua Purus, 475 in Diadema is open to the public on weekdays, from 1:30pm to 5:00pm, or by appointment. The telephone

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