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BANCOS SOCIAIS

BANCO DE TECIDO HUMANO-PELE Conselho Federal de Medicina autoriza o uso da membrana amniótica em tratamento de vítimas de queimaduras

Ainiciativa do Banco de Pele da FIERGS, publicada em 28 de outubro com o parecer nº 12/2021 do CFM, permitirá o abastecimento dos Bancos de Tecidos do País e ajudará a salvar vidas. O Conselho Federal de Medicina (CFM) aprovou a regularização do uso da membrana amniótica na prática médica em diversas situações clínicas: em queimados, oftalmologia, ginecologia e úlceras dos membros inferiores. Após a tragédia da boate Kiss, em Santa Maria (RS), o Banco de Tecidos, instalado na Santa Casa de Porto Alegre, recebeu pele e membrana amniótica de outros países para ajudar no tratamento das vítimas. Entretanto, nosso país ainda não dispunha de uma autorização para o uso da membrana amniótica como substituto cutâneo em pacientes com grande perda cutânea diferentemente de outros países da América dos Sul, União Europeia, Estados Unidos, Canadá, entre outros. Em 2005, foi fundado, pelos Bancos Sociais da FIERGS o primeiro Banco de Tecido Humano do Brasil, que ganhou o nome de seu idealizador, Dr. Roberto Corrêa Chem. A aprovação do uso da membrana amniótica no Brasil soma-se a importantes triunfos nessa área. “A luta pela aprovação do uso da membrana amniótica foi intensa, e hoje, comemoramos a autorização junto ao Conselho Federal de Medicina. Mais uma conquista que ajudará a salvar milhares de vidas no país”, afirma Jorge Luiz Buneder, coordenador do Conselho de Cidadania da FIERGS. O Banco de Tecido Humano

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Dr. Roberto Corrêa Chem foi o idealizador do Banco de Pele

tem a função de captar, processar, preservar e disponibilizar lâminas de pele alógena com a finalidade de transplante. Nas situações de queimaduras graves, o enxerto de pele é uma excelente opção no tratamento e manutenção da vida dos pacientes. A membrana amniótica pode substituir a pele, com a vantagem de ser mais acessível, além de ser mais econômica. “A membrana amniótica, que após o nascimento da criança é descartada, pode ser utilizada como um curativo biológico, cobrindo determinadas feridas, sejam elas de queimaduras ou de politraumatizado”, afirma Dr. Eduardo Chem.

Procedimento A membrana amniótica (placenta) será captada somente no parto cesárea e com o consentimento da família. Após a captação, será levada a um banco de tecido humano-pele, para que seja feita a esterilização, como se faz com a pele. A utilização da membrana amniótica auxilia na cicatrização e possibilitará o atendimento das necessidades por pele no país. A normatização acerca de sua captação, preparo, conservação e utilização obedecerá à legislação vigente no Brasil e ao regimento sanitário para transplante de órgãos e tecidos, que define os critérios de funcionamento dos bancos de tecidos e alocação gerenciada pelo Sistema Nacional de Transplantes. O Banco de Tecido Humano-Pele Dr. Roberto Corrêa Chem é integrante do Projeto dos Bancos Sociais da FIERGS e está instalado na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, sob a presidência e responsabilidade técnica do Dr. Eduardo Mainieri Chem. O projeto já envia peles para todos os Estados brasileiros e somente em 2021 forneceu 40.488 cm², para 31 transplantes no País.

FUNDAÇÃO GAÚCHA DE BANCOS SOCIAIS Após pandemia Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais retoma cursos de qualificação profissional

Após meses de paralisação das atividades de cursos presenciais devido à pandemia, em abril a Fundação Gaúcha de Bancos Sociais (FGBS) retomou o ensino com dois cursos de iniciação profissional. Entretanto, em breve a fundação começará a ministrar cursos de qualificação profissional, oferecidos por intermédio da ampliação da parceria com o SENAI-RS. “É uma retomada inovadora, pela qual os alunos serão capacitados para atuar profissionalmente em suas respectivas áreas de aprendizagem”, afirma a gerente administrativo-financeiro da FGBS, Lucelene Navarro. Os cursos serão nas áreas de construção civil, mobiliário, computação e vestuário, e terão 160 horas/ aula, com conteúdo programático da grade de ensino do Senai e certificado de conclusão. A previsão é que as aulas de qualificação profissional iniciem até o final do primeiro semestre do ano. Neste meio tempo, as aulas das turmas de iniciação profissional serão finalizadas, tanto o Curso Básico de Informática, de 80 horas/aula, do Banco de Computadores, como o Curso de Transformação de Retalhos Têxteis em Peças de Decoração, de 60 horas/aula, do Banco de Vestuário. “Esse aprimoramento da grade de ensino proporcionará mais conhecimento e maior probabilidade dos alunos entrarem no mercado de trabalho, conseguindo melhores empregos, com melhores salários e chances de melhorar sua qualidade de vida”, destaca Lucelene.

Inscrições Os cursos são gratuitos e abertos à comunidade, para pessoas com mais de 16 anos, sem limite de idade. O agendamento das inscrições deve ser feito através do e-mail cursos@ bancossociais.org.br ou telefone 513026.8020. Após marcado o agendamento, será informado dia e horário da inscrição presencial.

Aulas de informática passarão de iniciação profissional para qualificação profissional

Requisitos e documentação Idade: Acima de 16 anos (menor de 18 anos de idade tem que vir acompanhado do responsável), sem limite de idade. Escolaridade: Saber ler e escrever ou ter no mínimo a 4ª série Identidade, CPF, comprovante de residência, comprovante de vacina Covid-19

Local e horário dos cursos Os cursos ocorrem todos os dias, de segunda a sexta-feira, das 13h15min às 17h15min, na sede da FGBS, localizada na Av. Francisco Silveira Bitencourt, 1928, bairro Sarandi, em Porto Alegre.

Banco de Alimentos e Banco de Livros recebem homenagem do SIMERS

O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) lançou o Hub de Solidariedade, uma plataforma voltada a estimular a promoção, apoio e reconhecimento de ações e projetos de responsabilidade social. Um projeto inovador e vanguardista no país.

Durante a cerimônia de lançamento, em 27 de dezembro de 2021, foram apresentados os resultados finais da segunda edição do Trote Solidário 2021, com a premiação da universidade vencedora, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Também foram agraciados os parceiros da entidade médica em atividades

Equipe da Rede de Banco de Alimentos do RS e do Banco de Livros recebem premiação

sociais durante a pandemia, entre eles, a Rede de Banco de Alimentos do RS e o Banco de Livros.

Para o diretor de Projetos Especiais da entidade médica, Vinícius de Souza, o momento enfrentado com a pandemia evidenciou ainda mais o impacto das ações pelo coletivo. “O Hub nasceu da possibilidade de transformar a sociedade e da demanda da própria sociedade de ser transformada. Conectar projetos e fazer eles se transformarem em realidade é essencial”, destacou Vinícius.

FUNDAÇÃO GAÚCHA DE BANCOS SOCIAIS Executivos da Corsan visitam Bancos Sociais

Multiplicadores da Corsan estiveram na FGBS e outros 100 participaram de palestra online Multiplicadores ambientais da Corsan participaram de uma visita técnica à Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais (FGBS) da FIERGS em abril deste ano para conhecerem o Projeto Bancos Sociais, que tem a Companhia como patrocinadora. O projeto foi apresentado pelo diretor superintendente dos Bancos Sociais, Paulo Renê Bernhard. Representantes da DMAS e multiplicadores das regionais mais próximas (Surmet e Sursin) compareceram presencialmente, e cerca de 100 participantes conferiram a palestra de maneira remota.

Presidente da Assembleia Legislativa-RS, Valdeci Oliveira, visita os Bancos Sociais

A Fundação dos Bancos Sociais da FIERGS recebeu a visita do presidente da Assembleia Legislativa do RS (ALRS), deputado Valdeci Oliveira, que foi recepcionado pelo presidente da Rede de Bancos de Alimentos do RS, Paulo Renê Bernhard, e pelo superintendente geral do Sistema FIERGS/CIERGS, Carlos Heitor Zuanazzi. O Presidente da Assembleia Legislativa veio conhecer a iniciativa dos Bancos Sociais visando ampliar este leque de solidariedade junto à sociedade. Em sua gestão pretende fazer um fortalecimento do enfrentamento à fome e pobreza extrema no Rio Grande do Sul. Para alcançar este objetivo almeja lançar um programa que potencializará as entidades já existentes. Participaram ainda da visita Tiago Silveira, superintendente de comunicação da ALRS; Paola Carvalho, assessora técnica da Área Social do Banco de Alimentos; Eluza Rafo, chefe de gabinete da Presidência da ALRS; Alexandro Lopes, chefe de gabinete parlamentar e Joaquim Moura, assessor de comunicação da ALRS. O presidente da Assembleia Legislativa declarou aos meios de comunicação ter ficado impressionado com as atividades desenvolvidas pela Fundação da FIERGS e definiu como um “projeto espetacular”.

Da esquerda para direita: superintendente-geral do Sistema FIERGS/CIERGS, Carlos Heitor Zuanazzi, Paulo Renê Bernhard, e o deputado Valdeci Oliveira

Gustavo Zanatta, prefeito de Montenegro visita os Bancos Sociais da FIERGS

O prefeito de Montenegro, Gustavo Zanatta, e comitiva, conheceram as instalações dos Bancos Sociais da FIERGS e da Rede de Bancos de Alimentos do RS, no dia 7 de março de 2022, buscando apoio e emparceiramento para implantação da metodologia desenvolvida pelos Bancos de Alimentos no município. A comitiva foi recebida pelo diretor da FGBS e presidente da Rede de Bancos de Alimentos, Paulo Renê Bernhard; e pelo superintendente-geral do Sistema FIERGS/CIERGS, Carlos Heitor Zuanazzi. Foram visitadas as instalações dos Bancos Sociais, especialmente a do Banco de Alimentos. Participaram ainda da visita o secretário de Habitação, Luís Fernando Ferreira; o assessor especial da Secretaria de Habitação, Vitor Cardoso; assessores da Secretaria e colaboradores do Banco de Alimentos.

Prefeito Gustavo Zanatta (segundo, da esq. para dir.) e comitiva estiveram no Banco de Alimentos de Porto Alegre para conhecer a metodologia

BANCO DE MOBILIÁRIOS

Banco de Mobiliários da FIERGS recebe 800 prateleiras de aço da Junta Comercial

A Junta Comercial, Industrial e de Serviços do Rio Grande do Sul (JucisRS) destinou no ano passado à Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais da FIERGS 800 prateleiras de aço novas.

As 800 estantes de aço foram repassadas a entidades cadastradas pelos Bancos Sociais e também foram utilizadas nas instalações do Banco de Livros e de Computadores, para armazenamento de doações recebidas.

BANCO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

Banco de Materiais de Construção foi um dos Bancos Sociais mais demandados durante a pandemia

Assim como grande parcela da população, que aproveitou o período de isolamento social durante a pandemia para fazer alguma melhoria em casa, as instituições cadastradas na Fundação de Bancos Sociais do RS também entenderam que seria um bom momento para fazer alguns reparos em suas instalações. Para tanto, procuraram apoio junto ao Banco de Materiais de Construção, que foi bastante demandado em 2020 e 2021. Cumprindo sua missão, o Banco de Materiais de Construção conseguiu ajudar as organizações a renovar seus prédios e/ou acomodações, repassando uma variedade muito grande de materiais. O Banco é mantido com doações de sobras de materiais de obras de empresas da indústria da Construção Civil, tais como tintas, portas, janelas, vasos, telhas, pisos, azulejos, pias, materiais elétricos e hidráulicos, canos plásticos e galvanizados, vidros, cimento, brita, pontas de estoque, entre outros.

BANCOS SOCIAIS BANCO DE LIVROS

Projeto Passaporte para o Futuro abre infinitas possibilidades

O Banco de Livros tem executado um importante papel na sociedade: oportunizar a expansão de horizontes por intermédio da leitura. Assim é no projeto Passaporte para o Futuro, executado desde 2012 e abrangendo, hoje, 104 unidades prisionais do Estado, impactando mais de 43 mil apenados. “Temos vários relatos de apenados que mudaram sua

Durante a pandemia, o mediador de leitura Jairo Klein gravou vídeos com dicas literárias, contação de histórias e mediação de leitura

visão e perspectiva de melhoria de vida. Já ouvimos que a biblioteca na unidade prisional é como um oásis ou que foi o maior presente recebido. Isso é muito gratificante”, conta Neli Miotto, bibliotecária do Banco de Livros. O impacto positivo pode ser medido pelo aumento nas notas dos apenados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) carcerário, principalmente em redação e linguagem. “Antes, 40% dos apenados entregavam a folha de redação em branco. Em 2016 e 2017, apenas uma folha voltou em branco”, revela Neli, que completa ter conhecimento de quatro apenados estarem cursando faculdade no modelo de Ensino à Distância (EAD), nos cursos de Direito, Pedagogia, Sociologia e Ciências Agrícolas. Além disso, o projeto Passaporte para o Futuro foi desdobrado em um subprojeto, que está em fase de elaboração de sua quinta edição: o livro Vozes de um Tempo, que será lançado na próxima Feira do Livro de Porto Alegre. A publicação reúne textos de apenados, que são livres para se expressar. No início, em 2012, o número de textos não chegava a 100. Agora, são 350. Durante a pandemia, o projeto proporcionou aos apenados algumas atividades online de dicas literárias, contação de histórias e mediação de leitura. As atividades eram gravadas na sede do Banco de Livros e encaminhadas para as unidades prisionais, para que os beneficiários não ficassem sem o incentivo à leitura.

Projeto Leitura Unindo Gerações integra jovens e idosos em uma rica troca de experiências

Cadeirantes dançando, pessoas com problemas de locomoção pedindo apoio para se jogar na pista e aproveitar os embalos da música, e outros se jogando ao som das marchinhas de carnaval, dançando, cantado, relembrando os velhos e bons tempos. Esse foi o cenário testemunhado pela equipe do Banco de Livros que executa o projeto Leitura Unindo Gerações em muitas casas de longa permanência (asilos) ao trabalharem a dinâmica de música para o resgate de memórias promovendo um Carnaval nas unidades participantes.

O projeto, iniciado este ano em oito casas de longa permanência de Porto Alegre, consiste em estruturar uma biblioteca nos locais e trabalhar a leitura com dinâmicas, escrita, música e contação de histórias, por intermédio de uma parceria com o Projeto Pescar.

A proposta é que os jovens do Pescar participem de atividades com os idosos, reestabelecendo os vínculos dos mais velhos com os jovens, e oportunizando à juventude a experiência de aprender com esse relacionamento. “O ganho é de ambos os lados”, destaca Neli Miotto, bibliotecária do Banco de Livros.

O Banco de Livros mantém inúmeros projetos, desde escolas infantis até unidades prisionais.

Sede está muito mais arejada e organizada Sede do Banco de Livros ganha novo layout

A sede do Banco de Livros foi totalmente reestruturada neste ano. O local recebeu prateleiras novas de aço, doadas pela Comercial, Industrial e de Serviços do Rio Grande do Sul (JucisRS) e com as novas estruturas também teve melhorias na organização do espaço, ficando muito mais arejado e reorganizado. Agora, o local também conta com um espaço para o processamento técnico e de higienização dos livros.

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