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QUALIDADE E CAPACITAÇÃO
Projetos contribuem para que Banco de Alimentos cumpra sua missão
Cumprindo sua missão de responsabilidade social, de propiciar alimentos a quem mais necessita, assegurando a boa nutrição e segurança alimentar, o Banco de Alimentos, em parceria com importantes parceiros, como as universidades Unisinos, PUCRS, UFCSPA, Fadergs, Sogipa, La Salle e UFRGS, vem proporcionando aos usuários, ligados às instituições atendidas pelo Banco atividades de educação em saúde e nutrição, em seis proje-
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Possibilitar mais saúde e qualidade de vida por meio de uma alimentação adequada, saudável e segura é um dos pilares da instituição
tos, cujos objetivos são melhorar a qualidade de vida. Mesmo no auge da pandemia, em 2020 e meados de 2021, quando o momento exigia isolamento social, as equipes de trabalho de cada um dos projetos não pararam. Não mediram esforços para continuar seu compromisso pelo bem social e, rapidamente encontraram a solução migrando para atendimentos virtuais. Desafios superados, em 2021, aos poucos, os acompanhamentos passaram a ocorrer de forma híbrida, presencial e virtual, ou voltaram ao presencial. Veja a seguir os resultados de cada um ao longo de suas histórias.
Projeto Nutrindo o Amanhã
O Projeto Nutrindo o Amanhã surgiu em 2004, sendo o primeiro projeto criado pela equipe do Banco de Alimentos. O objetivo principal é a manutenção da saúde e a prevenção de doenças de crianças e adolescentes das instituições cadastradas parceiras, através de dinâmicas de educação alimentar, de saúde e de higiene. Outra importante função do projeto é monitorar o estado nutricional das crianças e adolescentes atendidos. Esse controle é de suma importância para detectar mudanças no estado nutricional e, assim, poder planejar, junto à escola, à Unidade Básica de Saúde e à família, estratégias para combater a má nutrição. Ao longo de 16 anos, o Nutrindo o Amanhã contribuiu com a saúde de quase 15 mil crianças e adolescentes das mais diversas instituições comunitárias e filantrópicas da capital gaúcha, cuja importância foi reconhecida inúmeras vezes através de prêmios e homenagens aos seus idealizadores e organizadores. O projeto, conduzido pelo nutricionista Kayode Assis da Silva, mesmo durante pandemia se manteve ativo, contando com a colaboração de 13 estagiários e três voluntários. Em 2021, a equipe foi responsável por monitorar e realizar avaliação nutricional de 323 crianças e adolescentes. Foram realizados 2.053 atendimentos, 119 visitas, 61 dinâmicas de educação alimentar e nutricional, 19 dinâmicas higiene e saúde, em cinco Escolas de Educação Infantil (EEI) de Porto Alegre.
Projeto Cozinha Nota Dez
O Projeto Cozinha Nota Dez foi iniciado em 2010 para auxiliar as instituições atendidas a resolver diversas inadequações, e situações de risco de contaminações dos alimentos, atendendo, assim, às boas práticas de manipulação em todas as etapas do processo de produção das refeições.
As necessidades, apontadas em visitas buscam garantir que os alimentos sejam preparados e consumidos de acordo com as exigências da legislação higiênico-sanitária.
Em 2021, o Cozinha Nota Dez, liderado pelo nutricionista Kayode Assis da Silva, com a ajuda de três estagiários curriculares e voluntário, atendeu cinco instituições parceiras. Das instituições participantes do projeto, quatro evoluíram de categoria e uma manteve o selo de Cozinha Nota Dez.
O projeto capacitou todos os manipuladores de alimentos das instituições participantes através de cursos e palestras, e também realizou a doação de Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Outra mudança em 2021 é a migração para o formato mais sustentável, eliminando o papel para aplicação de questionários e planos de ação para formato digital.
Entre os beneficiados, está o Instituto Espírita Dias da Cruz. “A parceria com o Banco de Alimentos veio em um momento muito importante para todos nós. Estamos tentando melhorar o nosso atendimento, mas precisávamos de uma ajuda com a cozinha. O Kayode mostrou que estávamos seguindo por um caminho errado e nos ajudou a seguir por um caminho correto. Ele e as estagiárias treinaram os nossos estoquistas e com a ajuda dos Bancos Sociais forneceu jaleco e toucas para as cozinheiras. Só temos o que agradecer a todos”, ressalta a diretora Claudia Franciosi.
Em mais de dez anos de projeto, foram beneficiadas 141 instituições de Porto Alegre e capacitados 553 manipuladores de alimentos pelos nutricionistas e estagiários, beneficiando 20 mil pessoas.
QUALIDADE E CAPACITAÇÃO Projeto Primeiros Passos
O projeto Primeiros Passos foi criado em 2010 a partir das demandas observadas no projeto Nutrindo o Amanhã, que identificaram a necessidade de cuidado e atenção com as crianças dos berçários de Escolas de Educação Infantil (EEI) atendidas pelo Banco de Alimentos. Com a implantação do projeto, o Banco incentiva as práticas alimentares adequadas e a adoção de hábitos de higiene, para a prevenção de doenças e a minimização dos riscos inerentes à saúde.
Resultados O projeto originou a construção de um Curso de Capacitação teórico prático, direcionado a educadores e manipuladores de alimentos. Além disso, o Banco de Alimentos editou o Manual Vigilância à Saúde em EEIs, com orientações sobre a organização do ambiente e cuidados com a saúde. Em 2018, sob a coordenação da nutricionista Evelyn Carvalho de Lima, foi campeão do Prêmio Criança, da Fundação Abrinq, que premia os melhores projetos do Brasil voltados para a defesa de direitos de crianças e adolescentes. Em 2021, sob responsabilidade do nutricionista Kayode Assis da Silva, o projeto também passou a atender grupos de mães em processo de amamentação. Ainda em 2021, o projeto fez 93 postagens nas redes sociais, 11 vídeos, oito episódios de Podcast e dois e-books, abordando cuidados do recém-nascido, amamentação, introdução alimentar, educação alimentar e desenvolvimento infantil.
Projeto Oficina do Sabor
O projeto Oficina do Sabor iniciou em 2017 para estimular práticas alimentares saudáveis, por meio de oficinas culinárias direcionadas aos idosos ligados a instituições cadastradas no Banco de Alimentos. Com a finalidade de estimular a melhora no padrão alimentar e na adesão ao tratamento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (obesidade, diabetes, hipertensão, alteração nos níveis de colesterol e osteoporose), o projeto também estimula a prática de hábitos alimentares saudáveis para a prevenção de doenças, a melhora na autoestima e a autonomia dos idosos. Durante a pandemia, de abril de 2020 a setembro de 2021 as oficinas culinárias ocorreram de forma virtual, com vídeos gravados, postados nas redes sociais e enviados aos idosos. Também foram ministradas oficinas ao vivo pelo YouTube e desenvolvidos materiais didáticos, enviados semanalmente aos idosos. Desde a criação do projeto foram ministradas 278 oficinas culinárias com 460 idosos de 42 instituições e grupos de convivência. Foram confeccionados 182 materiais educativos, assim como 514 fichas técnicas de preparações foram calculadas e entregues aos idosos. Desenvolvido na sede do Banco de Alimentos, no Laboratório de Análise Sensorial, o projeto é coordenado pela nutricionista Nathalia Perazzo Martins, contando com cinco estagiários de Nutrição, um motorista que faz o deslocamento dos idosos e uma auxiliar de serviços gerais.
Projeto Funcionalidade para Idosos
O projeto Funcionalidade para Idosos foi criado em 2019 a partir de uma demanda identificada no projeto Passos da Longevidade, onde foi evidenciada grande fragilidade entre os idosos atendidos, em decorrência do próprio processo de envelhecimento, e de alterações fisiológicas, destacando-se as perdas graduais na capacidade física, na função cognitiva e a diminuição das atividades sociais. O projeto conta com uma fisioterapeuta e uma nutricionista, além dos estagiários e voluntários, tendo como coordenadora a fisioterapeuta Priscila Pinheiro dos Santos e Marina Petrasi como a nutricionista responsável. O projeto é direcionado ao público acima de 60 anos e atende idosos de instituições vinculadas ao Banco de Alimentos oriundos de comunidades em situação de vulnerabilidade social. Atende, atualmente, 40 idosos, de dois grupos de convivência de instituições na zona norte de Porto Alegre. As atividades presenciais incluem
O Passos da Longevidade é um projeto interdisciplinar, que visa manter e melhorar a qualidade de vida e prevenir agravos de idosos participantes de grupos de convivência ligados às instituições parceiras. O projeto conta com as áreas da Nutrição, Psicologia e Serviço Social. Implementado em 2013 pela nutricionista Adriana Lockmann, o projeto se propõe a auxiliar as comunidades a manterem seus idosos independentes e autônomos. Para tanto, os profissionais e estagiários do projeto vão até as instituições semanalmente. Inicialmente, realizam as avaliações dos idosos e realizam intervenções em saúde de forma lúdica, através da educação alimentar e nutricional e a prática de exercícios terapêuticos, associados à participação em oficinas de saúde e ao estímulo ao maior consumo de proteínas, por meio do fornecimento, semanalmente, de kits de alimentos fonte de proteína de alto valor biológico, como atum, albumina em pó, leite desnatado, peito de frango e queijo muçarela.
Os exercícios terapêuticos, realizados em grupos de dez idosos ocorrem na frequência de duas vezes por semana e com duração de 50 minutos, sendo empregado um protocolo de exercícios multicomponente. As oficinas de saúde são quinzenais e abordam temas pertinentes à saúde do idoso, de forma lúdica, atrativa e de fácil compreensão, além de terem uma abordagem multidisciplinar. Neste sentido, o Projeto Funcionalidade proporciona prevenção de doenças e agravos à saúde, promovendo integração social e qualidade de vida aos atendidos.
Projeto Passos da Longevidade
educação psicossocial. A equipe é composta por nutricionista, psicóloga, assistente social e já contou com 136 estagiários e voluntários destas áreas e, mesmo durante a pandemia, o projeto não parou suas atividades. No ano de 2021 seguiu de forma virtual e também presencial. Realizou 314 encontros virtuais, 23 presenciais, 85 avaliações do consumo alimentar, 242 atividades de Nutrição, 299 de Psicologia, 328 interdisciplinares e 219 de Serviço Social no atendimento a 105 idosos e com a participação de 19 estagiários e voluntários destas áreas. Desde sua criação, o projeto já realizou 1.980 encontros, 911 avaliações do estado nutricional, 1947 de consumo alimentar, 425 avaliações cognitivas, 464 avaliações do grau de dependência, 229 de qualidade de vida, 716 atividades de Nutrição, 702 de Psicologia, 594 interdisciplinares, 20 de Fisioterapia e 289 de Serviço Social no atendimento a 371 idosos.