Ficha Técnica
Direção Geral: Carlos Gonçalves
Coordenação Editorial: Paulo Esteireiro Filipa Silva
Páginação: Gabriela Silva
Revisão: Filipa Silva Luís Oliveira
Participação: Adriano Silvano Alexandre Neves Ana Irene Rodrigues Angelizabel Freitas Carlos Gonçalves Diogo Correia Pinto Eládio Figueira Francisco Loreto Gabriela Silva Helena Aldinas Helena Berenguer João Nelson Sousa João Pedro Pereira Lara Jumá
Propriedade: Conservatório - Escola Profissional das Artes da Madeira, Eng.º Luíz Peter Clode
Linete da Silva Abreu Luís Oliveira Luz Maria Olim Marco Amaral Marlene Abreu Natalina Cristóvão Noémi Reis Norberto Gomes Paulo Esteireiro Ricardo Araújo Slobodan Sarcevic Tiago Machado Treneddy Mollegas
sobre
O Magazine de Educação Artística é uma publicação trimestral que trará até si uma amostra do mundo da educação artística na Região Autónoma da Madeira.
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Uma edição do Conservatório - Escola Profissional das Artes da Madeira, Eng.º Luíz Peter Clode.
Filipa Silva
Coordenadora do Gabinete de Comunicação, Edicões e Formação
O Magazine de Educação Artística regressou com mais novidades sobre as artes e educação
O Ano Novo entrou em força e penso que muitos de nós cumprimos algumas superstições no momento da viragem do calendário, vistas como sinal de um 2022 em pleno. Uma das mais habituais é associar 12 passas a 12 desejos, durante as 12 badaladas, o que, defendem alguns, trará muita sorte. O mesmo acontecendo com a prática de subir a uma cadeira com uma nota na mão, estrear uma peça de roupa interior azul ou tantas outras que se associam à ideia de renovação e de quebra do passado, quando este não foi de total agrado.
Independentemente das tradições de cada um, o que vale para nós é a convicção de que 2022 será um bom ano para todos: cheio de projetos, de boas práticas, de ideias criativas e aprendizagens, que possamos divulgar a todos os que nos leem. Assim, quisemos entrar com o pé direito neste novo ano a lançar mais um número do Magazine de Educação Artística e presentear os leitores com algumas novidades: mais separadores temáticos com áreas do interesse geral, onde iremos apresentar edições, projetos de âmbito social e investigações em foco, na área da educação e das artes.
Esta edição, que apresenta as últimas comemorações dos 75 anos do Conservatório – Escola Profissional das Artes da Madeira, expõe um separador especial, inédito, com a apresentação de antigos alunos que se destacaram nas suas áreas, elevando o nome da instituição e da Madeira em Portugal e além-fronteiras. A par disso, nos destaques, são também relevadas as atividades comemorativas deste aniversário, nomeadamente a ‘Gala 75 anos do Conservatório’, espetáculo que decorreu no dia 28 de outubro, no Centro de Congressos da Madeira, onde esses antigos alunos foram premiados. Também destacámos as exposições ‘Luiz Peter Clode: o fundador que dá nome ao Conservatório’ e ‘O Conservatório atual’, que culminaram na exibição ‘75 anos de Conservatório (1946-2021)’, patente na Assembleia Legislativa da Madeira entre os dias 29 de outubro e 5 de novembro. Igual relevância para o voto que a Assembleia da República aprovou ‘de congratulação pelo septuagésimo quinto aniversário do Conservatório – Escola Profissional das Artes da Madeira, Eng. Luiz Peter Clode’.
Este número do MEA também destaca o documentário ’40 anos em 40 minutos –Práticas artísticas na RAM’, uma resenha histórica desde a implementação das práticas artísticas nas escolas da região, no ano letivo de 1980/81, até ao presente, através de entrevistas realizadas aos principais responsáveis pela promoção das atividades artísticas, nos diferentes níveis de ensino.
A par dos destaques, podem ficar a conhecer os eventos e projetos mais significativos do Conservatório e da Direção de Serviços de Educação Artística da DRE, que decorreram no último trimestre de 2021, e conhecer outras atividades, pessoas e novidades, nos restantes separadores e artigos que preparamos para vós.
Sabemos que o MEA só é possível graças ao empenho de uma equipa motivada e de colaboradores que, edição após edição, vão partilhando connosco as suas notícias, investigações, atividades e projetos. Prometemos continuar com a mesma força e dedicação neste novo ano que começa e esperamos que continuem a compartilhar as vossas novidades. Um excelente 2022 para todos!
destaques
“40 anos em 40 minutos”
“40 anos em 40 minutos” é o nome do documentário que foi apresentado no passado dia 1 de outubro sobre as práticas artísticas na Região Autónoma da Madeira (RAM) e teve lugar no auditório Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos, Dr. Horácio Bento de Gouveia.
Este documentário faz uma síntese histórica das práticas artísticas nas escolas da RAM, pela voz de vários responsáveis por este projeto, desde a sua implementação - no ano letivo de 1980/1981 - até a atualidade, nomeadamente: Dr. Carlos Gonçalves, Professora Lígia Brazão, Dr. Virgílio Caldeira, e Dra.ª Natalina Cristóvão Santos. Além destes entrevistados, deram também o seu contributo neste documentário o atual Secretário Regional de Educação, Ciência e Tecnologia, Dr. Jorge Carvalho e Diretor Regional de Educação, Dr. Marco Gomes. Diversas questões colocadas aos 6 convidados, e através das quais, se pretendia aferir as suas opiniões em relação ao início do projeto, às dinâmicas criadas, aos projetos que foram nascendo ao longo do tempo, os principais desafios, as suas vivências e expetativas futuras em relação à educação artística.
Façamos então, uma pequena abordagem pelos 40 anos de práticas artísticas, destacando os projetos mais relevantes, conforme identificado no Documentário.
Neste âmbito, o ensino da Expressão Musical no 1.º CEB, na RAM, remonta ao início dos anos 80, através de um projeto experimental que teve como propósito integrar a Educação Musical, no então
ensino primário, através da formação de professores deste nível de ensino, bem como dos alunos finalistas do Curso do Magistério Primário. Apresentado à Secretaria de Educação pelo Professor Carlos Gonçalves, foi o principal responsável pela implementação deste projeto e que esteve muitos anos na sua liderança.
Em 1982, juntou-se ao projeto inicial, a “Expressão Dramática”, com a Professora Lígia Brazão, e este, passou a designarse por “Expressão Musical e Dramática”, e no final dos anos 80, cobria quase a totalidade das escolas da RAM.
Desde a primeira hora, a Educação Artística recebeu o apoio por parte do Governo Regional, oficializando em 1989, através da sua primeira Lei Orgânica, integrada no Decreto Legislativo Regional n.º 26/89/M de 30 de dezembro, com a designação de Gabinete de Apoio à Expressão Musical e Dramática.
Desde então, as escolas da RAM, são apoiadas por docentes, para o desenvolvimento das práticas artísticas, nas componentes curricular e de enriquecimento curricular, no domínio da
No letivo de 1983-84, foi criado o então Gabinete de Apoio à Expressão Musical e Dramática.
música, mais propriamente da Expressão Musical e Dramática, em colaboração com os respetivos professores da turma, passando pela direção, indo ao encontro dos planos e projetos de cada estabelecimento de ensino.
Um outro aspeto evidenciado foi a promoção do projeto MUSICAep, que surgiu em 1983, representando o culminar das atividades, no final do ano letivo. Com este, as escolas tinham a oportunidade de trazer e mostrar à comunidade, o trabalho desenvolvido com e pelos alunos, num espetáculo televisivo; neste, os alunos tinham a oportunidade de levar a palco, as suas performances musicais e dramáticas. A RTP Madeira desde então, esteve ligada em parceria, na divulgação destes projetos que aconteciam no Centro de Congressos da Madeira, parceria esta reforçada no discurso partilhado.
Na altura, as escolas funcionavam apenas no período curricular. É neste contexto que em 1985 surge um projeto denominado de “Grupos corais” e “Grupos instrumentais” criados, não só para ocupar o tempo livre dos alunos, mas também com o intuito do aperfeiçoamento destas técnicas: vocais e instrumentais. A descentralização destes “Encontros” para além da partilha e troca de experiências, serviam sobretudo para mostrar à comunidade, as práticas artísticas realizadas nos estabelecimentos de ensino.
Conforme proferiu Carlos Gonçalves, em 1987 foi introduzida uma nova valência na prática instrumental: a criação dos primeiros núcleos de Cordofones Tradicionais Madeirenses: Braguinha, Rajão e Viola de Arame. A utilização dos cordofones tradicionais madeirenses, em contexto de sala de aula, permitiu aos alunos desenvolverem as suas aprendizagens musicais, em grupo, para além de contribuírem para a preservação do património musical regional, da sua história, assim como da identidade regional.
A implementação da Escola a Tempo Inteiro (ETI), na Região
da Madeira foi outro marco decisivo para o aumento
daquelas práticas, conforme ilustra o Documentário.
Com este modelo de organização escolar, deu-se uma alteração substancial nas práticas artísticas: os alunos passaram a usufruir das aulas curriculares, de uma hora semanal e com caráter obrigatório e uma ou duas horas no enriquecimento, havendo a possibilidade de escolher entre 5 modalidades artísticas: Expressão Dramática, Canto Coral, Canto, Cordofones Tradicionais Madeirenses, Instrumental e Dança.
que passam primeiramente pelo trabalho desenvolvido nesta área no 1.º CEB e depois para o 2.º CEB no projeto de Modalidades Artísticas. Os concursos de artes plásticas a nível regional, nacional e internacional, fazem com que a Expressão Plástica tenha um papel importante na valorização da Educação pela Arte e esta bem patente na sua visibilidade pública, aquando da exposição, em formato de instalação artística, patente na Avenida Arriaga, integrada na Semana Regional das Artes.
A Expressão Plástica foi uma destas áreas. Em 1999/2000, foi criado o projeto Coordenação Regional de Expressão Plástica (CREP), com o propósito de coordenar, dinamizar os professores responsáveis pela expressão plástica. Ao longo deste tempo temos presenciado a mudanças e estratégias,
Um outro projeto referido, diz respeito ao Projeto Regionalização do currículo de Educação Musical no 2.º CEB, em 2002, com o propósito de integrar componentes regionais e locais no currículo de Educação Musical, na Região Autónoma da Madeira, oficializado 2006, com a edição de um livro de apoio ao professor, destinado ao 2.º ciclo do ensino básico e outro em 2009, destinado ao 3.º Ciclo. Este projeto foi mencionado como sendo de grande importância, pois viria a absorver as edições de várias obras no âmbito do Património e Cultura da Madeira.
Para além das áreas performativas, outras áreas foram dinamizadas nas atividades de enriquecimento curricular.
Outro marco importante no panorama das práticas artística, foi a criação em 2010 da Semana Regional das Artes. Em diferentes espaços, no Funchal, procurase a valorização das aprendizagens artísticas, desde o pré-escolar aos ensinos secundário, consubstanciadas nos vários projetos que a escola promove, inseridos em vários momentos do projeto, nomeadamente: ESCOLArtes, Festa no Jardimespetáculo protagonizado com crianças de educação pré-escolar; Encontros de Modalidades Artísticas - espetáculos de expressão dramática/teatro, dança, canto coral; instrumental e cordofones tradicionais madeirenses.
As artes plásticas marcam presença, com a exposição e concursos regionais de expressão plástica e nos últimos anos, o Festival de Audiovisual e Cinema Escolar (FACE). Na valorização da envolvência dos parceiros, a Semana Regional das Artes, foi posteriormente integrada, no Festival do Atlântico, numa organização da Secretaria Regional do Turismo.
Falar de 40 anos de práticas artísticas na RAM implica aprofundar algumas dimensões de forma a entender a sua relevância, para melhor entender as opções e os caminhos percorridos, as decisões tomadas e as suas implicações, em particular na formação de cidadãos, mais e melhor informados e conscientes, conforme refere o texto acima. Por não caber neste texto, recomendamos o visionamento do Documentário que a par deste texto auxiliará nesse entendimento.
E o FUTURO? O futuro passa por construir uma educação e uma formação de qualidade, em que professores e os alunos possam chegar ao fim do processo numa plena concretização dos objetivos e de dever cumprido.
Acreditamos no papel do Ensino Artístico, na mudança de estar e ver o mundo. É necessário estarmos abertos a novas abordagens, investigar novos caminhos, numa evolução constante, até porque a preparação do futuro não se faz sem ousadia e imaginação, não apenas no campo dos conhecimentos e da produção, mas também no campo da sensibilidade e dos valores”. (Perrenoud,1994: 12).
Exposição ‘75 anos de Conservatório (1946-2021)’
O núcleo expositivo, ‘Luiz Peter Clode: o fundador que dá nome ao Conservatório’, esteve patente entre outubro e fevereiro. A segunda exibição, intitulada ‘O Conservatório Atual’ pôde ser visitada na Cafetaria do Conservatório entre março e junho. Esta última, na Assembleia Legislativa da Madeira (ALRAM), pretende apresentar as duas mostras anteriores no mesmo espaço.
Esta iniciativa surge, também, da integração do Conservatório no Plano Nacional das Artes (PNA), no atual ano letivo, num Projeto Cultural de Escola (PCE) que pretende unir a comunidade educativa em torno das comemorações dos 75 anos da instituição, envolvendo alunos e professores na homenagem da história do Conservatório, no presente e no debate do seu futuro.
A última exposição, ’75 anos do Conservatório (1946-2021)’, patente na Assembleia Legislativa da Madeira (ALRAM), pretendeu apresentar as duas mostras anteriores no mesmo espaço.
Esteve patente entre os dias 29 de outubro e 5 de novembro.
‘Luiz Peter Clode, o fundador que dá nome ao Conservatório’
A primeira exposição ‘Luiz Peter Clode, o fundador que dá nome ao Conservatório’, teve como principal objetivo dar a conhecer à comunidade educativa a personalidade multifacetada, disciplinada e empreendedora de Luiz Peter Clode (1904-1990). Assim, ao longo de sete painéis, deu-se a conhecer as facetas de: intérprete e compositor para piano; organizador de concertos; administrador da Academia de Música da Madeira; organizador de exposições; editor e investigador na área da cultura; e promotor das Belas-Artes. Muitas outras facetas ficaram por explorar da sua atividade cultural na Madeira, mas acreditamos que esta exposição irá contribuir para aumentar a curiosidade da nossa comunidade pelo seu fundador. Esperemos que estes painéis cumpram a sua missão e que inspirem os nossos alunos e docentes a continuar a missão iniciada por Luiz Peter Clode, em 1946.
A organização desta exposição só foi possível devido ao apoio da Direção Regional do Arquivo e da Biblioteca da Madeira (ABM), detentora do espólio de Luiz Peter Clode e que organizou, em 2005, uma primeira exposição dedicada a esta personalidade central da vida madeirense do século XX. Na sequência dessa atividade, surgiu na época a publicação ‘Luiz Peter Clode e o Espólio Legado ao Arquivo Regional da Madeira’, edição que serviu de base à atual exposição.
Estamos, por esse motivo, muito agradecidos à ABM e de forma particular ao seu atual diretor regional, o Dr. Nuno Mota, pelo apoio prestado para que este evento fosse possível no Conservatório. De igual modo, é imprescindível agradecer ao Dr. Filipe Santos, atual diretor de serviços do Centro de Estudos de História do Atlântico, que fez a ponte entre a ABM e o Conservatório, dandonos todo o apoio necessário para que este projeto fosse possível.
‘O Conservatório Atual’
Com o Decreto Regulamentar Regional n.º 5/2019/M, de 7 de agosto, o Conservatório recebeu um conjunto de atribuições, no setor da educação artística, que até então estavam asseguradas pela Direção Regional de Educação. Nesta nova realidade, o Conservatório transformou-se numa instituição educativa com competências mais alargadas e com um maior impacto na sociedade.
Deste modo, o núcleo expositivo ‘O Conservatório Atual’ é constituída por sete painéis que correspondem a sete eixos de ação do Conservatório, no tempo presente:
1. “Produtor de Eventos”, onde apresentamos uma instituição competente na organização de espetáculos de grandes dimensões;
2. “Europeu”, em que é possível observar a presença de alunos e docentes em atividades europeias;
3. “Com Oferta Especializada em Artes”, em que fica clara a enorme variedade da oferta pedagógica disponibilizada;
4. “Descentralizado”, onde se demonstra a presença da instituição na maioria dos municípios da RAM;
5. “Inovador e Produtor de Conhecimento”, onde se apresenta as edições, investigações e a aposta da instituição na realização de ações de formação e masterclasses;
6. “Na Comunicação Social”, em que se apresenta a forte aposta do Conservatório na sensibilização de toda a comunidade para as artes;
7. “Online”, onde fica clara a capacidade de adaptação da instituição aos novos tempos, estando presente em diversas plataformas digitais.
Esta mostra pretende, igualmente, apresentar a vasta rede de ação do Conservatório da atualidade e transmitir, a toda a comunidade educativa, que o Conservatório não é uma instituição fechada em si mesma, mas antes uma organização enérgica e aberta ao seu meio envolvente.
A organização desta exposição só foi possível devido ao apoio de um conjunto de funcionários e professores do Conservatório, bem como de instituições externas, que têm registado fotograficamente as atividades da instituição e que partilharam os seus arquivos digitais, entre os quais destacamos por ordem alfabética: Alexandre Neves, Diogo Pinto, Elena Kononenko, Helena Berenguer, Lénia Serrão, Luís Oliveira, Paulo Barbosa, Rui Camacho (Associação Musical e Cultural Xarabanda), Sergey Abakumov, Tiago Machado, Urbanistas.pt e Volodymyr Petryakov.
Voto de congratulação
A aprovação do projeto de voto n.º 700/XIV/3 (PSD) – ‘De congratulação pelo septuagésimo quinto aniversário do Conservatório – Escola Profissional das Artes da Madeira, Eng. Luiz Peter Clode’, foi realizada na reunião de 23 de novembro de 2021, da Comissão de Educação, Ciência, Juventude e Desporto. Foi aprovada por unanimidade pelos deputados do PS, do PSD, do BE, do PCP, encontrando-se ausentes os deputados do CDS-PP, do PAN, do PEV e da IL.
O Conservatório – Escola das Artes da Madeira, Eng.º Luiz Peter Clode, viu aprovado pela Assembleia da República o voto de congratulação pelo seu septuagésimo quinto aniversário, proposta que foi apresentada através do projeto de voto n.º 700/XIV/3.
Na parte resolutiva do voto pode ler-se “A Assembleia da República expressa nesta data um voto de congratulação e a sua profunda admiração pelo trabalho de excelência desenvolvido pelo Conservatório – Escola Profissional das Artes da Madeira, Eng.º Luiz Peter Clode, em prol da CULTURA e da EDUCAÇÃO ARTÍSTICA em Portugal”.
Foi, recentemente, publicado no Diário da Assembleia da República (II Série, Subsérie B) no endereço eletrónico https://www.parlamento.pt/DAR/ Paginas/DAR2Serie.aspx, em ‘Sumários de A a Z - II Série B’.
Gala dos 75 anos do Conservatório
A Gala dos 75 anos do Conservatório foi uma cerimónia única que pautou os 75 anos de uma instituição que tem primado por formar a sociedade para as artes, promovendo o ensino e a divulgação das artes de palco. O principal objetivo deste espetáculo foi, sobretudo, homenagear esta casa de prestígio e as pessoas que se destacaram e elevaram o nome desta instituição além-fronteiras, principalmente exalunos.
Nas homenagens programadas para este evento, a maioria destinaram-se a exalunos que se destacaram, nas artes e não só, na promoção do nome da Região no exterior e na procura da excelência no seu trabalho diário. Foram premiados nas categorias de Composição, Dança, Música Clássica, Jazz, Investigação e Teatro e ainda um prémio Revelação (conforme as biografias dos mesmos, anexas). Foi igualmente prestado um tributo aos grandes mecenas do Conservatório.
Este evento decorreu no Centro de Congressos da Madeira, no pretérito dia 28 de outubro. Toda a vertente musical do espetáculo foi protagonizada pela Orquestra Académica do Conservatório, com cerca de 50 músicos, dirigida pelo professor e maestro Francisco Loreto. Alguns destes momentos foram acompanhados pelo Coro Juvenil do Conservatório, com direção da professora e maestrina Zélia Gomes, e por bailarinos do Curso Profissional de Intérprete de Dança Contemporânea, com orientação do professor e bailarino Sergey Abakumov. Ao longo dos cerca de 80 minutos de espetáculo, subiram ainda a palco alunos do Curso Profissional de Artes do Espetáculo - Interpretação, sob a orientação do professor João Paiva, acompanhados à viola de arame pelo professor e músico Roberto Moritz.
O evento - com apresentação de Catarina Fernandes e Duarte Rebolo - foi filmado pela RTP-Madeira e transmitido posteriormente, a 6 de novembro. Pode sempre ser visualizado na plataforma da RTP Play, através da seguinte ligação: https://www.rtp.pt/play/p9438/gala-dos75-anos-do-conservatorio
XII Congresso de Educação Artística
O Congresso de Educação Artística da Madeira é a única conferência do género, que se realiza em Portugal, de forma continuada e ininterrupta, há mais de uma década. Ano após ano, tem mantido uma relevante participação de investigadores, professores e outros profissionais ligados às artes e à educação, rondando em média os 200 participantes anuais. São já 12 anos de partilhas e de discussão em torno da educação artística, que muito tem contribuído para o sucesso e inovação destas práticas nas nossas escolas.
A aventura começou no ano de 2010, com a primeira edição. Desde aí até à data, estiveram mais de 2000 congressistas presentes no evento, destacando-se 345 oradores em sessão plenária, 124 comunicações livres apresentadas e a dinamização de mais de 220 oficinas em áreas artísticas, gerais e multimédia. Salienta-se, ao longo deste percurso, a presença de diversas personalidades na conferência de abertura das várias edições do congresso, tais como Elisa Marques (Equipa de Educação Estética e Artística da Direção Geral de Educação), Rui Vieira Nery (Secretário de Estado da Cultura do XIII Governo Constitucional e docente da Universidade Nova de Lisboa), João Soeiro de Carvalho (exComissário da Conferência Nacional de
Educação Artística), Jorge Rio Cardoso (professor e autor de centenas de ações junto de alunos, combatendo o insucesso escolar), Jorge Barreto Xavier (Secretário de Estado da Cultura do XIX Governo Constitucional) e Paulo Pires do Vale (comissário do Plano Nacional das Artes), entre outros de merecido destaque.
Foram mais de 30 momentos artísticos e concertos, protagonizados por alunos, docentes e/ou projetos de destaque na Região Autónoma da Madeira, 13 documentários apresentados e 10 edições destacadas. Tudo em prol da melhoria do ensino artístico na região e no seu impulsionar para um patamar de topo no panorama educativo nacional.
A edição de 2021 foi operacionalizada pelo Conservatório – Escola Profissional das Artes da Madeira em parceria com a Direção de Serviços de Educação Artística da Direção Regional de Educação, e decorreu em setembro, na Escola Básica dos 2.º e 3.º ciclos D. Horácio Bento de Gouveia.
No programa deste ano, destacaramse as presenças de Salwa CasteloBranco (fundadora do Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança, da Universidade Nova de Lisboa), Teresa Eça (presidente da Associação Portuguesa de Professores de Expressão e Comunicação Visual) e Rui Ferreira (fundador do Centro de Investigação em Psicologia da Música e Educação Musical da Escola Superior de Educação do Porto).
Foram, a exemplo dos anos anteriores, três dias em que se realizaram mais de vinte oficinas nas várias áreas artísticas e multimédia; uma conferência de abertura dentro da temática geral da «arte-educação»; três sessões plenárias onde se abordaram as três grandes temáticas escolhidas para esta edição do congresso; espaços para sessões de comunicações livres e ‘temas a debate’; apresentação de edições; e atividades sociais constituídas por momentos artísticos, feira de edições e a entrega do «Prémio Educação Artística 2021», em que este ano se destacou como entidade o Coro de Câmara da Madeira e, na categoria de docente a professora Neli Silva.
aconteceu
‘Antologia de Educação Artística e Sustentabilidade’
A ‘Antologia de Educação Artística e Sustentabilidade - orientações para estratégias de educação ambiental através das artes’, recentemente editada pela Associação de Professores de Educação e Comunicação Visual (APECV), integra dois artigos de colaboradores do Conservatório – Escola Profissional das Artes da Madeira, Eng.º Luiz Peter Clode: Paulo Esteireiro e João Pedro Pereira. Esta edição pretende mostrar que as artes, pelo seu carácter agrupador de disciplinas e poder de pensar, a longo prazo, futuros difíceis de imaginar a olho nu, são talvez uma das melhores aliadas das ciências e dos objetivos para o desenvolvimento sustentável.
‘Contributos da Educação Musical na Educação para a Sustentabilidade’ é o artigo da autoria de Paulo Esteireiro que se foca em dois campos distintos: uma revisão da literatura sobre o papel da música na transição para culturas de sustentabilidade e a identificação de alguns projetos escolares de destaque, onde se tem procurado envolver as artes, incluindo a música, na educação das crianças e jovens para a sustentabilidade, em atividades extracurriculares e interdisciplinares.
‘Pré-Produção de um Filme de Animação Sobre o Ambiente’, da autoria de João Pedro Pereira, descreve todo o processo decorrente da atividade lecionada,
no ano letivo 2019/20, aos alunos do Curso Livre de Cinema de Animação do Conservatório, cujo produto final resultou no filme de animação ‘Migrantes do Espaço’, premiado em alguns concursos nacionais e internacionais. Neste filme, uma grave crise ambiental irá colocar a existência da raça humana no planeta terra em risco, o que provocará um êxodo migratório pelo espaço em busca de um lar que a aceite. Mas esta é uma realidade que continuará a ser negada até que os humanos realmente despertem para ela.
Esta publicação está disponível, de momento, numa versão digital, no sítio oficial da Associação de Professores de Educação e Comunicação Visual (https:// www.apecv.pt/pt-pt/antologia_Edu. Artistica_Sustentabilidade), mas está a ser preparada a sua edição seriada impressa para breve.
A ‘Antologia de Educação Artística e Sustentabilidade’ contou com a participação de 35 professores e investigadores, sendo que o prefácio e organização foi da responsabilidade de Teresa Eça, presidente da APECV.
Alunos de acordeão do Conservatório alcançam o ouro
Maria Inês Vieira Ornelas e Lucas Ismael Azevedo Faria, alunos de acordeão do Conservatório – Escola Profissional das Artes da Madeira, voltam a integrar concurso internacional na Austrália e passam do bronze para o ouro. Lucas Faria recebeu 92.6 pontos e dividiu a medalha de ouro com um concorrente da China, enquanto Inês Ornelas, com 95.4 pontos, foi a vencedora absoluta desta categoria sendo declarada como ‘Laureat’ (Laureada).
O concurso internacional ‘Australian Accordion Teachers Championships and International Festival’, organizado pela Associação de Professores de Acordeão da Austrália – AATA, decorreu entre os dias 20 e 27 de agosto e juntou 169 acordeonistas, de 17 países, em 35 categorias. Decorreu em formato online e o júri internacional, composto por eminentes professores, intérpretes nacionais e internacionais na área do acordeão, avaliou as performances com a pontuação entre os 0 e 100 pontos. Os nossos jovens regressaram a esta competição, depois da medalha de bronze que obtiveram no ano passado, integrando a categoria AI 15 (idades correspondidas até aos 15 anos).
É meritória a lista de participações e vitórias internacionais que estes alunos obtiveram no último ano, elevando o nome de Portugal e da Madeira pelo mundo fora. Após serem medalhados no
‘BCA International and National Graded Anniversary Festival 2021’, organizado pela Escola Britânica de Acordeonistas – BCA, alcançaram o mais alto lugar do pódio no ‘Festival Internacional / Concurso de Acordeão e Ensembles de Acordeões - Ritmos Modernos’ (Ucrânia), trouxeram o ouro no ‘The Czech Accordion OnLine Competition’ (Rep. Checa) e venceram no ‘Akordeon Art Plus 2021’ (Bósnia).
Os jovens frequentam, atualmente, o 3º ano do curso do Ensino Artístico Especializado do Conservatório e iniciaram o seu percurso artístico nos Cursos Livres desta instituição. A responsabilidade pedagógica e artística destas participações foi do professor Slobodan Sarcevic.
As performances dos nossos alunos podem ser visualizadas através da página oficial do concurso, em: https://www.facebook.com/groups/accordi onsydney.
Mostra de Teatro Juvenil
Neste mês de dezembro, o Curso Profissional de Teatro do Conservatório – Escola das Artes da Madeira, Eng.º Luiz Peter Clode, realizou a primeira ‘Sub-18 [Mostra de Teatro Juvenil]’, um conjunto de espetáculos que pretendeu dar a conhecer os trabalhos que os alunos estão a desenvolver no âmbito das disciplinas de Interpretação e Voz.
Foram levados a palco três textos diferentes para um público adolescente, num total de 6 apresentações. A enaltecer que esta ‘Mostra Teatral’ teve um carácter solidário.
Iniciou-se nos dias 3 e 4 de dezembro, no Centro Cívico do Estreito de Câmara de Lobos, com os alunos do 2.º ano. Apresentaram a peça ‘E Nós?’, a partir do original ‘Nós numa Corda’, de Miguel Castro Caldas, trabalho que contou com a orientação do professor João Paiva. Na semana seguinte, no dia 9, foi a vez dos alunos do 1.º ano do curso, com ‘O Domador de Sonhos’. Este trabalho, foi realizado igualmente no Centro Cívico do Estreito de Câmara de Lobos, com a orientação do professor Diogo Correia Pinto.
Para finalizar, no dia 17 de dezembro, entraram em cena os alunos do 3.º ano com a peça ‘OS Anjos Tossem Assim’, de Sandro William Junqueira. Desta vez, a apresentação decorreu na Casa da Cultura de Câmara de Lobos, bem no centro da vila, sob a direção da professora Diana Pita.
De referir que esta ‘Mostra de Teatro Juvenil’ está integrada na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, visando desenvolver nos alunos competências na área da solidariedade e entreajuda.
Os Departamentos Sociocultural e Científico e de Teatro do Conservatório realizaram uma recolha de alimentos, antes do início das várias sessões, associada à campanha ‘Cozinha Solidária’, do Centro Social e Paroquial de Santa Cecília.
Previamente, apelou-se ao público que participasse nessa recolha, deixando no local, antes dos espetáculos, alguns alimentos não perecíveis.
Masterclass de bandolim
No passado dia 4 de outubro, decorreu no Conservatório uma masterclass de bandolim orientada por Ekaterina Mochalova, aclamada executante russa, professora na Academia Russa de Música de Gnesins, em Moscovo.
Dando seguimento à parceria entre o Conservatório – Escola Profissional das Artes da Madeira e a Associação Notas e Sinfonias Atlânticas (ANSA) / Orquestra Clássica da Madeira (OCM), o Conservatório recebeu Ekaterina Mochalova, a brilhante executante russa de bandolim e domra (instrumento de cordas folclórico bielorrusso, russo e ucraniano), que já tocou como solista com numerosas orquestras sinfónicas, de câmara e de instrumentos folclóricos. Natural de Vitebsk – Bielorússia, Ekaterina cresceu imersa na música e formou-se com louvor, primeiro na Escola de Música de Vitebsk e, posteriormente, na Academia Russa de Música de Gnesins (Moscovo), onde foi aluna do famoso músico russo de bandolim e domra, o professor Vyacheslav Krouglov.
Nesta masterclass de bandolim, pretendeu-se que os jovens alunos do Conservatório tivessem contacto com uma especialista desta área e que recebessem conselhos desta artista reconhecida e com mais experiência.
Esta foi a 2.ª parceria do atual ano letivo entre a ANSA/OCM e o Conservatório, que tem visto assim alargada e enriquecida a sua oferta formativa, devido ao apoio da ANSA/OCM.
Ekaterina Mochalova, executante russa de bandolim e domra (instrumento de cordas folclórico bielorrusso, russo e ucraniano), tocou como solista com numerosas orquestras sinfónicas, de câmara e de instrumentos folclóricos, tais como a ‘Orquestra de Câmara Solistas de Moscovo’, liderada por Yuri Bashmet; ‘Virtuosos de Moscovo’, liderado por Vladimir Spivakov; ‘Orquestra Nacional Russa Ossipovs’, liderada por Vladimir Andropov; ‘Orquestra de Câmara de Hong Kong’; o ensemble ‘O Telemann Consort’, com o qual participou no Festival Internacional de Bandolim de Osaka (Japão), no ’Sulle vie del Prosecco’ (Itália), no ‘Tamburica-Fest’ (Sérvia) e no ‘Festival Musical Internacional Yuri Bashmet’, entre muitos outros.
Ekaterina é vencedora de 20 competições russas e internacionais, e entre os prémios arrecadados estão primeiros prémios na ‘IX Competição Internacional de Bandolim de Osaka’, na ‘XXIII Competição de Bandolim do
Japão’, no ‘1º Concurso Musical AllRussian’, na ‘Competição Internacional de Necheporenko’ e uma medalha de ouro nos ‘10.º Jogos Delfos da Rússia’.
Desde 2014, é professora na Academia Russa de Música de Gnesins e solista principal da ‘Orquestra de Instrumentos Folclóricos Russos de Ossipov’.
Em 2018, tornou-se candidata à Crítica de Arte com a tese ‘A arte de Interpretar o Bandolim e a Domra - formas de desenvolvimento e colaboração’. É regularmente convidada para membro de júri de diversas competições musicais, seminários e workshops. Em 2011, juntamente com o seu professor Vyatcheslav Krouglov, fundou o Festival Internacional ‘Strings of Young Russia’, em Moscovo, que visa desenvolver a arte dos instrumentos de cordas dedilhadas.
Concerto de abertura do ano letivo
O Conservatório realizou o concerto de abertura do ano letivo, protagonizado pela Orquestra Académica do Conservatório, no pretérito dia 19 de setembro.
Além da abertura do ano letivo, o concerto marcou também a celebração de 20 anos da Orquestra Académica do Conservatório, que iniciou a sua atividade em setembro de 2001.
Foi em setembro de 2001, com a instituição dos Cursos Profissionais de Instrumento no Conservatório, que foi criada a Orquestra Académica do Conservatório. Surgiu aliada à disciplina curricular de Orquestra, cadeira prática que serve de principal viveiro de alunos para a Orquestra Académica, mas que engloba também estudantes do Ensino Artístico Especializado e, mais recentemente, dos Cursos Livres em Artes.
Durante estes 20 anos de atividade, constituíram a Orquestra Académica do Conservatório cerca de 240 alunos, distribuídos pelos vários naipes, sendo que, em média, por ano letivo, a mesma tem sido constituída por cerca de 50 a 70 alunos, formando uma constituição de características sinfónicas: 3 flautas, 3 oboés, 3 clarinete, 2 fagotes, 4 trompas, 3 trompetes, 3 trombones, tuba, harpa, tímpanos, percussão e naipe de cordas com primeiros violinos, segundos violinos, violas de arco, violoncelos e contrabaixos.
O repertório da Orquestra Académica é gerido, anualmente, pelo professor desta disciplina de Orquestra, com objetivos pedagógicos formativos, permitindo que os alunos, durante os 3 anos que frequentam esta disciplina, possam experienciar todos os tipos de repertório escrito para este tipo de formação: música sinfónica, bailado, música operática, música sacra, obras concertantes, música de filmes, contos musicais e obras corais-sinfónicas. Para além da missão formativa dos alunos, a Orquestra Académica também tem o desígnio de contribuir para a formação de públicos, através de concertos comentados, e ou de concertos formativos para crianças das escolas da nossa Região.
Dia Mundial da Música
O Conservatório, comemorou o Dia Mundial da Música com um concerto, em parceria com a Igreja de São Pedro, no dia 1 de outubro. O evento, contou com a atuação do ‘Estúdio de Música Antiga’ do Conservatório.
A 1 de outubro de 1975 é celebrado o primeiro Dia Mundial da Música criado pelo Conselho Internacional da Música (CIM), parceiro oficial da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) desde 2012, com a principal intenção de promover a arte da música em todos os sectores da sociedade. Este ano, assistese à sua 46.ª comemoração.
O ‘Estúdio de Música Antiga’ é uma oferta formativa que o Conservatório disponibiliza aos seus alunos para a prática da música de conjunto, que tem a particularidade de abordar a interpretação de repertório musical antigo, especialmente o repertório do período barroco, de um ponto de vista historicamente informado, adequando-se às mais recentes tendências em relação à execução desta tipologia de música. Desta forma, esta classe de conjunto, formada no ano letivo de 2019-2020, integra alunos que tocam instrumentos de cordas, de sopro e de teclas, relacionados com a música do séc. XVII e primeira metade do séc. XVIII.
Atualmente, o ‘Estúdio de Música Antiga’ apresenta-se numa formação típica do estilo de ‘Concerto’ e ‘OuvertureSuite’, com um tutti formado por duas flautas bisel, seis violinos, duas violas d’arco, dois violoncelos, um contrabaixo, mandola, cravo e percussão, entre os quais se destacam um concertino de dois violinos, viola d’arco e violoncelo.
O agrupamento, desde a sua formação, é orientado pelo professor e cravista Giancarlo Mongelli.
O programa deste concerto visou apresentar uma amostra significativa dos dois estilos musicais mais importantes do período barroco: o estilo italiano de carácter polifónico e o estilo francês, baseado em ritmos de dança. Ao primeiro estilo pertence a ‘Concerto -Sonata II em sol menor ‘Armonico Tributo’’, de G. Muffat, que pertence também ao estilo denominado “da Chiesa” (de Igreja) devido ao facto
de a textura musical, de condução polifónica, ser apropriada aos momentos litúrgicos ou devocionais. Ao segundo estilo pertence a ‘Ouverture-Suite em ré menor’, de J.C. Pez, que se caracteriza por uma série de danças fortemente marcadas ritmicamente, introduzidas por uma abertura musical de carácter solene e celebrativo.
Revista Portuguesa de Educação Artística
Teresa Eça, ex-Presidente da International Society for Education through art (InSEA) é a nova diretora da Revista Portuguesa de Educação Artística, a revista científica dedicada à educação e às artes publicada pelo Conservatório. Esta publicação tem como principal propósito divulgar os resultados de investigações e projetos realizados nas diferentes áreas artísticas, desde que direcionados para a educação. Integram também a direção desta revista Carlos Gonçalves, do Instituto de Etnomusicologia – Estudos de Música e Dança (FCSH/UNL) e Paulo Esteireiro, do Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (FCSH/UNL).
A Revista Portuguesa de Educação Artística (RPEA), semestralmente aceita propostas de artigos inéditos sobre qualquer tema do domínio da educação artística, resultantes de investigação original ou de cariz ensaístico, preferencialmente nas áreas da Educação Musical, Dança, Teatro, Artes Plásticas, Musicologia e História da Arte. São bemvindos os artigos provenientes de todos os Países de Língua Oficial Portuguesa e, em caso de especial relevância, poderão ser aceites trabalhos em língua inglesa. As propostas devem ser enviadas para o e-mail: paulo.esteireiro@edu.madeira. gov.pt.
A RPEA é Indexada e Referenciada pelas seguintes bases de dados internacionais de publicações periódicas científicas:
ERIH PLUS - European Reference Index for the Humanities and Social Sciences
LATINDEX - Sistema Regional de Informação para as Revistas Científicas de América Latina, Caribe, Espanha e Portugal
DOAJ - Directory of Open Access Journals
REDIB - Red Iberoamericana de Innovación y Conocimiento Científico https://www.redib.org/pt-pt
MIAR - Matriz de Información para el Análisis de Revistas
OAJI - Open Academic Journals Index
SIS - Scientific Indexing Services.
CAPES - Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
RCAAP - Repositórios Científicos de Acesso Aberto e Portugal
A RPEA oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização mundial do conhecimento.
Assim, todos os artigos são disponibilizados de forma aberta, livre e sem custos para o utilizador. Para mais informações sobre as normas de publicação, consultar o site: http://rpea.madeira.gov.pt.
Simpósio e Congresso de Musicologia
O Conservatório, esteve representado, no passado dia 9 de novembro, no XI Simpósio Internacional de Musicologia e III Congresso da Associação Brasileira de Musicologia, que decorreu na Universidade Federal de Góias (Brasil), através do investigador Paulo Esteireiro. Na sua apresentação, o investigador do Conservatório abordou os principais
Esteireiro foi convidado pela organização do Simpósio para falar numa sessão plenária, sobre o seu recente livro “História da Música na Madeira”, divulgando assim esta edição junto da comunidade de musicologia do Brasil.
períodos e alguns dos acontecimentoschave da história da música na Madeira. Além disso, referiu igualmente os avanços realizados nas últimas décadas nos estudos musicológicos da região, fazendo um balanço sobre o estado atual da musicologia na Madeira.
O XI Simpósio de Musicologia –Musicologia e Diversidade - teve como finalidade proporcionar reflexões sobre os caminhos plurais da musicologia na contemporaneidade, ampliar o intercâmbio entre núcleos e centros de estudos; incentivar a produção científica e artística no que diz respeito ao campo
musicológico; e tornar oportuna a divulgação das pesquisas existentes na área da musicologia, num âmbito nacional e internacional.
Nesta edição, focou-se também a “Música Crítica e questões musicológicas no presente”, discutindo, além dos aspectos ligados à construção do conhecimento musicológico desenvolvido de forma crítica, a inserção do musicólogo no contexto geral dos fenómenos musicais, abarcando ainda a sua mediação em veículos de comunicação massificados como jornais, revistas, notas de programa, e um semnúmero de medias digitais e/ou físicas.
Breve nota biográfica de Paulo Esteireiro:
Paulo Esteireiro é Diretor de Serviços de Investigação, Comunicação, Edições e Formação no Conservatório – Escola das Artes da Madeira e investigador integrado do Centro de Estudos de Sociologia e Es tética Musical (UNL/FCSH). É licenciado, mestre e doutorado em Ciências Musicais pela Universidade NOVA de Lisboa.
Entre as suas publicações destacam-se História da Música na Madeira, As Artes Performativas no Funchal, Estudos sobre Educação e Cultura, Uma História Social do Piano, Músicos Interpretam Camões, 50 Histórias de Músicos na Madeira, Re gionalização do Currículo de Educação Musical e três livros de composições para Braguinha.
É coordenador da Coleção Madeira Músi ca, da coleção Contributos e Ideias para a Educação Artística e do projeto editorial Antologia da Música na Madeira. É autor de um largo número de artigos e capítulos de livros, em publicações científicas nacio nais e internacionais na área da musicologia e da pedagogia. Realiza regularmente comunicações e conferências em congres sos especializados de artes e educação (Portugal, Espanha, Itália, Escócia, Áustria, Estónia, Polónia, Suécia e Brasil).
Ação de Divulgação no núcleo do Caniço
O Núcleo do Caniço do Conservatório, realizou uma ação de divulgação das suas atividades e oferta formativa, no passado dia 20 de outubro de 2021, no Caniço Shopping. A atividade contou com a participação de alunos da Escola Básica do 1º ciclo do Caniço (Vargem).
Esta atividade de divulgação pretendeu, sobretudo, angariar novos alunos para o novo Núcleo do Caniço, com novas instalações desde setembro. Nesta ação, 12 turmas da Escola Básica do 1º ciclo do Caniço (Vargem) conheceram a maioria dos instrumentos lecionados neste núcleo do Conservatório.
Foram estipulados 6 pontos, em diferentes lugares do centro comercial Caniço Shopping, onde em cada um se apresentaram instrumentos durante 5 a 6 minutos. O circuito foi feito em simultâneo pelas 12 turmas confirmadas, divididas em 6 grupos de alunos.
Foram apresentados 12 instrumentos, pelos alunos do 3.º grau da turma do regime articulado do Núcleo do Caniço.
A distribuição dos pontos foi a seguinte: ponto 1 – guitarra e braguinha; ponto 2 – violino e violoncelo; ponto 3 – piano e contrabaixo; ponto 4 – trompete e trombone; ponto 5 – oboé e fagote; ponto 6 – percussão e saxofone.
Atualmente o núcleo do Caniço está a funcionar em novas instalações, que contam com 8 salas, onde são lecionados os seguintes instrumentos: bateria (percussão), braguinha, clarinete, contrabaixo, fagote, guitarra, oboé, piano, trompete, viola de arco, violino e violoncelo. A sua comunidade educativa é, atualmente, composta por 75 alunos, 19 docentes e 2 funcionários.
Cartaz cultural de Novembro
O Conservatório, teve um intenso cartaz cultural durante o mês de novembro. No total, foi possível assistir a 14 concertos de alunos, em vários espaços do Funchal: sete recitais, sendo três deles em Hotéis do Grupo Porto Bay e quatro no Conservatório, dois concertos a convite, duas atuações de coros, uma Jam Session de Jazz e dois espetáculos com estreia mundial.
Durante o mês de novembro, executaram-se três recitais nos hotéis do Grupo Porto Bay (Porto Mare e Cliff Bay), com alunos do Curso Profissional de Instrumentista (CPI), em contexto de Formação em Contexto de Trabalho (FCT). Estes, decorreram nos dias 4 e 25, no Hotel The Cliff Bay, e no dia 18, no Hotel Porto Mare, todos com início pelas 17h30. Resultado duma parceria entre o Conservatório e o Grupo Porto Bay, em que os alunos deste curso têm a possibilidade de se apresentar em palco em contexto público (sendo isso uma mais-valia na sua formação profissional). As FCT´s fazem parte do plano de estudos (teórico-prático) dos Cursos Profissionais e são obrigatórias para estes alunos.
Também em contexto de FCT, aconteceram outros quatro recitais com alunos do CPI, às sextas-feiras, pelas 20h30, nos dias 12, 19 e 26 no Salão Nobre do Conservatório e, no dia 23, no Auditório do Polo do Bom Jesus. Estes são concertos muito frequentados pelos turistas dos hotéis de proximidade, que já procuram a agenda do Conservatório para assistir a estes recitais.
O Si Que Brade, sob a direção artística do professor Roberto Moritz, das agendadas atuações nos dias 10 e 17 de novembro no Instituto do Vinho e do Bordado da
Madeira, realizou apenas a segunda prevista, a convite de uma entidade de turismo e com acesso condicionado a um grupo de espetadores estrangeiros.
Nos dias 14 e 15 de novembro, o Teatro Municipal Baltazar
Dias foi palco da estreia mundial de ‘O Conto da Ilha
Desconhecida’, baseado na obra de José Saramago, com libreto e música original, encomendada ao compositor Sérgio Azevedo, e produção da Câmara Municipal do Funchal.
Este concerto, inserido na Feira do Livro, foi protagonizado pela Orquestra Académica do Conservatório, sob orientação do professor e maestro Francisco Loreto. Contou também com a participação de alunos do Curso Profissional de Artes do EspetáculoInterpretação (teatro) e encenação da professora Diana Pita.
O segundo concerto da série ‘Jam Sessions Jazz’, promovido pelos alunos do Curso Profissional de Instrumentista de Jazz do Conservatório (CPIJ), manteve a essência do ano anterior, pretendendo ser um espaço onde os músicos exploram, criam e partilham ideias musicais e contactos, tendo um conhecimento de standards de jazz para que se torne fluido o jogo do improviso. Estas jam sessions têm como objetivo primordial dar aos alunos um espaço onde desenvolvam as competências mencionadas, tal como a sua própria linguagem musical de formação em contexto de trabalho. Este segundo
concerto decorreu no pretérito dia 19, no Café do Museu. A iniciativa e coordenação deste projeto foi dos professores de jazz do Conservatório, com destaque para Alexandre Andrade, Filipe Freitas e Francisco Andrade, e contou com a parceria da Associação Melro Preto.
Para além do Concerto de Encerramento das comemorações do Voto a São Tiago Menor, que decorreu na Sé do Funchal a 5 de novembro, os coros Infantil e Juvenil, sob a orientação da maestrina Zélia Gomes, executaram mais dois concertos na Igreja do Colégio e Igreja de São Martinho, a 27 e 28 de novembro, respetivamente. Estes concertos comemorativos integraram o aniversário dos 34 anos do Coro Infantil e dos 30 anos do Coro Juvenil. Os concertos contribuíram para a solenização das missas em que se integraram.
A bolinha de sabão
A bolinha de sabão é uma história original da Equipa de Animação que estreou, em formato presencial, no dia 24 de novembro, na EB1/PE/ Creche da Nazaré, com a presença de, aproximadamente, 60 crianças do préescolar. A mesma foi apresentada em simultâneo nas plataformas digitais do Facebook e do Youtube, pela página da Direção de Serviços de Educação Artística. Apresentada em formato vídeo, com uma animação dinâmica e com ilustrações apelativas e coloridas, cativou a atenção das crianças e adultos presentes.
A apresentação da história inserese no projeto Histórias de (En)cantar, projeto base da Equipa de Animação, na continuidade ao trabalho intensivo e permanente, desenvolvido por esta equipa, nas áreas das expressões musical e dramática. Esta história foi criada com o objetivo de sensibilizar todas as crianças da RAM para os hábitos de higiene, nomeadamente, para a importância da lavagem das mãos, como forma de proteção na luta contra o COVID19, bem como promover a consciência individual e a responsabilidade pessoal e social na luta contra o atual estado pandémico, pondo em prática as medidas de prevenção necessárias.
Deste modo, através das artes e da educação – campos propícios à abordagem das mais diversas temáticas de forma animada e criativa - procura-se contribuir para a formação das nossas crianças, disponibilizando mais uma ferramenta pedagógica que se espera cative a atenção dos mais pequenos. Por outro lado, a partir desta ferramenta, quer da temática, quer das personagens, que o educador poderá explorar outra temáticas que vá ao encontro das necessidades das suas crianças.
Sobre a história: A Lara, uma criança de cinco anos, atenta ao que a rodeia, constata que os hábitos das famílias se alteraram com o aparecimento do coronavírus. Este assunto despertalhe a atenção e em conversa com os seus amigos pássaros acerca, decide embarcar numa aventura que se vai revelar fantástica e vai até à Ilha dos Amendoins, na tentativa de arranjar a
forma de salvar as pessoas daquele vírus. Por entre alguns percalços, consegue chegar à ilha. Lá, residia uma enorme família de elefantes...procura a matriarca desta família e expõe-lhe a situação que tanto a aflige e pede-lhe ajuda para combater o vírus. Prontamente, a matriarca disponibiliza-se para a ajudá-la e com a sua manada, prepara o lançamento de “uma chuva” de água e sabão, transformadas em muitas bolinhas de sabão. No final desta história, a personagem principal, a Lara, deixa uma mensagem especial às crianças: Com o meu sabão não há vírus que se prenda à mão!
Masterclasse de violoncelo
A 3 de setembro, decorreu no Conservatório – Escola Profissional das Artes da Madeira, uma masterclasse de violoncelo orientada por Alexander Chaushian, músico de renome internacional, diretor artístico do Festival Internacional de Música de Câmara Pharos, em Chipre, e do Festival de Música de Yerevan, na Arménia.
Dando seguimento à parceria entre o Conservatório com a Associação Notas e Sinfonias Atlânticas (ANSA) / Orquestra Clássica da Madeira (OCM), o Conservatório recebeu Alexander Chaushian, professor de violoncelo no Royal College of Music, em Londres, que se apresenta regularmente em locais como o Wigmore Hall e Queen Elizabeth Hall, em Londres, Konzerthaus Vienna, Suntory Hall Japan e Carnegie Hall, em Nova York, e Symphony Hall, em Boston.
Chaushian
Ao longo da sua distinta carreira, Chaushian tem actuado em todo o mundo, colaborando com os mais conceituados maestros, orquestras e artistas aclamados pela crítica, em festivais e nas mais importantes salas de concerto.
As suas apresentações incluem concertos com a Real Filarmónica, a Academia de St Martin-in-the-Fields, Orchestre de la Suisse Romande, e os Boston Pops. Também trabalha regularmente com Orquestra Filarmónica da Arménia, e mais recentemente interpretou a Rapsódia do Concerto de Khachaturian com a orquestra sob a direcção de Vassily Sinaisky.
Após os seus estudos iniciais na Arménia, Alexander Chaushian estudou no Reino Unido na Escola Yehudi Menuhin e na Guildhall School of Music and Drama, Londres. Prosseguiu os seus estudos avançados no Hochschule für Musik Hanns Eisler, Berlim.
Desde então, Chaushian ganhou inúmeros prémios de prestígio, incluindo o 12.º Concurso Internacional Tchaikovsky em Moscovo, e no Concurso ARD na Alemanha. Como um ex-aluno dos ‘Jovens Artistas de Concerto’, com sede em Nova Iorque, tem-se apresentado extensivamente nos EUA. Atualmente, é professor de Violoncelo no Royal College of Music, em Londres.
O aclamado violoncelista arménio Alexander Chaushian é director artístico do Festival Internacional de Música de Câmara Pharos no Chipre, e do Festival de Música de Yerevan na Arménia.‘Mútuas Colaborações’
Peça experimental apresentada nos jardins do Conservatório
Decorreu no dia 8 de outubro, nos jardins da Sede do Conservatório, a apresentação da peça experimental ‘Mútuas Colaborações’, obra em que a ação de cada intérprete influencia a de todos os outros. Nesta peça, foi utilizado o sistema computacional ‘Puffin’, que foi desenvolvido por Raul Masu, como parte da sua pesquisa de doutoramento.
A apresentação integra o projeto mais amplo ‘As Nossas Árvores’ e contou com a participação de 4 alunos dos Cursos Profissionais do Conservatório.
De outubro a fevereiro, após um evento
mensal que apresenta cada árvore, a documentação artística ficará disponível online num mapa-roteiro acessível a todos.
Ao desvendar a importância destes seres vivos fantásticos, torna-se visível tudo aquilo que é de valor potencial. Assim, fortalecem-se as relações que tanto os
‘As Nossas Árvores’ é um projeto que nasceu do grupo
Equilíbrio, uma rede de capacitação estratégica em arte e ecologia. Durante 2021, foram selecionadas 5 árvores no Funchal, sobre as quais 5 artistas desenvolveram trabalhos criativos em colaboração com comunidades locais.
locais como os visitantes têm com o património arbóreo madeirense nas suas dimensões ecológicas e culturais.
A peça ‘Mútuas Colaborações’, obra experimental integrada no projeto ‘As Nossas Árvores’, teve como ponto de partida a Sumaúma, que se pode admirar da Ponte do Ribeiro Seco, em frente ao Conservatório, e existe num ecossistema de 263 espécies, vizinhas umas das outras, na Quinta Magnólia. Esta foi uma proposta feita pelo italiano Raul Masu ao Conservatório, Escola Profissional das Artes da Madeira, vizinha da Quinta Magnólia, e na qual 4 jovens dos Cursos Profissionais de Instrumentista participaram – Gabriela Assunção (violino), Consthança Silva (violino), Gabriel Marcos (viola d’arco) e Matias Assunção (violoncelo) –, no formato de formação em contexto de trabalho. Os ensaios e trabalhos de grupo foram realizados durante o mês de setembro e este concerto foi a apresentação do projeto final. Porque “uma árvore não existe isolada, vive num ecossistema complexo de interrelações com o ambiente próximo”, esta peça representou as múltiplas inter-relações através da criação de uma situação musical em que a ação de cada intérprete influencia a de todos os outros.
‘Puffin’ é um sistema computacional através do qual as notas que um intérprete toca num teclado são transformadas numa partitura para os outros três músicos. A forma musical resultante é uma espécie de cânone em que os instrumentistas, por sua vez,
imitam o que o teclado terá executado anteriormente. O teclista passa, portanto, a cocriador e orquestrador. Cada um dos quatro instrumentistas passa alternadamente pelo teclado. Durante os ensaios, criaram a peça de forma colaborativa. Além dessa representação metafórica da ecologia, a peça também incorpora algumas reflexões dos performers sobre a sua própria relação com a árvore.
Sobre o projeto ‘As Nossas Árvores’
Ao longo de 6 anos (2022-2027), 24 árvores (tanto do Funchal como de outras localidades da Madeira) inspirarão 24 projetos criativos que, através do trabalho de 24 artistas, envolverão várias comunidades locais num esforço de valorização do património arbóreo madeirense, particularmente nas suas dimensões ecológicas e culturais.
Consoante a qualidade e a adequação do trabalho que desenvolvem, por ano, serão selecionados 4 artistas; 1 natural da Madeira e residente na Madeira, 1 natural da Madeira, mas residente fora da Madeira; 1 não natural da Madeira, mas residente na Madeira; e 1 não natural da Madeira, e residente fora da Madeira. Cada artista, escolherá uma árvore e, em colaboração com um parceiro (individual ou coletivo; local ou estrangeiro) específico, desenvolverá uma relação de cocriação com uma comunidade local que, por sua vez, está relacionada geográfica- e culturalmente com a árvore escolhida.
Cada artista terá um período de 3 meses para desenvolver atividades participativas, paralelas ou integradas no seu próprio trabalho criativo. Trimestralmente, cada trabalho é apresentado publicamente e, após um processo cuidado de digitalização, tanto do processo como do produto artístico, cada peça fica disponível, em formato digital, numa app móvel e uma web app.
Mais informações em https://equilibrio. website/2020/12/09/partilha-dasnossas-arvores/.
Raul Masu
Raul Masu é um pesquisador da interação humano-máquina; um músico que brinca com computadores interativos e que explora as potencialidades do som. A sua pesquisa concentra-se nas interações dentro de performances que envolvem várias pessoas. Ele está particularmente interessado nos aspectos éticos e ambientais da pesquisa em tecnologia musical e tem uma forte inclinação para o Software Livre.
Atualmente é aluno de Doutoramento em Media Digitais no Departamento de Informática da Universidade NOVA de Lisboa, e afiliado ao ITI / LARSyS. O Raul tem uma licenciatura em Música Eletrónica (BA) e um Diploma em Composição (Diploma de 10 anos - equivalente ao nível de Mestre) pelo Conservatório de Música Bonporti (Trento). Após a sua graduação, trabalhou como assistente de pesquisa no Laboratório de Interação (Universidade de Trento).
Os artigos científicos de Raul são publicados internacionalmente nas áreas de Tecnologia Musical (por exemplo, NIME, Audio Mostly) e HCI (por exemplo, CHI, DIS, Personal and Ubiquitous Computing Journal). Como músico, compôs, programou e executou obras apresentadas em vários contextos, como performances (instrumentais ou eletrónicas) e instalações. Estes incluem o projeto Moving Digits do programa da Europa Criativa (Tallin, Düsseldorf, Madeira), o centro Witte de With de arte contemporânea (Roterdão), o Centro Italiano di Cultura (Tóquio), e a Queen Mary University (Londres).
Desde 2020, Raul é um dos agentes ambientais e éticos da conferência internacional de música computacional NIME. Puffin foi desenvolvido por Raul Masu como parte da sua Pesquisa de Doutoramento com o apoio do ARDITI – Agência Regional para o Desenvolvimento e Tecnologia no contexto do projeto M1420-09-5369FSE-000002 – PhD Studentship.
O Festival da Canção Infantil da Madeira
Estão selecionadas as 10 canções a integrar o 41.º Festival da Canção Infantil da Madeira
Um júri, constituído por 5 elementos das áreas da música e da escrita, chegou a um veredicto final após a análise da letra e música das canções a concurso.
Os autores das canções finalistas tiveram até ao dia 13 de dezembro para a entrega, à organização, da partitura com melodia e harmonia cifrada e respetivos arranjos vocais.
O espetáculo está agendado para o dia 23 de abril de 2022, no Centro de Congressos da Madeira.
Eis as dez canções a concurso ao 41.º Festival da Canção Infantil da Madeira, em 2022:
N.º CANÇÃO
1
2
AUTOR DA LETRA
AUTOR DA MÚSICA
Maravilhas da Natureza Adriana Faria Márcio Faria
Estrela Fada José Carlos Mota Cristina Abreu e Marco Vieira
3 Atenção! Protege-te! Adriana Faria e Vânia Silva Márcio Faria
4
5
6
7
8
9
Brincar é mesmo assim! Lisandra Tavares Lisandra Tavares
Ilha da Fantasia João Manuel Pereira Telmo Rodrigues
Salvar o Planeta Terra Vânia Correia Vânia Correia
A Maior Corrida Maria Leonor Mêna Vânia da Silva
Um Mundo de Amor sem Fim Cândida Inácio Emanuel Inácio
Com Admiração Rita Ferreira Rita Ferreira
10 Sou Criança Preciso de Ti Adriana Faria Márcio Faria
Sobre o Festival da Canção Infantil
Com mais de quatro décadas de existência, este é o festival infantil português com mais edições anuais consecutivas, a acontecer ininterruptamente desde 1982. Idealizado por Manuela Aranha, as três primeiras edições deste evento estiveram a cargo da Direção Regional dos Assuntos Culturais tendo, em 1985, passado para a tutela da Secretaria Regional de Educação, através da Direção Regional de Juventude.
A partir da nona edição passou para a Direção Regional da Educação, através do Gabinete Coordenador de Educação Artística, posteriormente designado de Direção de Serviços de
Educação Artística e Multimédia. Desde 2019, passou a ser organizado pelo Conservatório – Escola Profissional das Artes da Madeira. É um festival acarinhado pelo público madeirense e que conta com importantes parceiros, públicos e privados, para que se possa, ano após ano, espalhar a sua magia na plateia e no ecrã televisivo.
O festival possibilitou, até hoje, que cerca de 550 crianças da Região fossem solistas e dessem voz às canções de inúmeros autores de letras e músicas. Ao longo destes anos, foram milhares as crianças e jovens intérpretes que passaram pelo palco deste festival, quer como solistas, integrando os diferentes coros ou outros momentos artísticos, com um espólio que já ultrapassa as
630 canções infantis. Acreditamos, por isso, que nestes 40 anos de Festivais, a Madeira foi a região do País onde se criaram e interpretaram o maior número de canções para a infância. Os resultados estão à vista de todos com o número de crianças e jovens madeirenses que participam em festivais e programas de televisão nacionais e que ganham bons prémios.
Coros do Conservatório celebraram aniversários
O Conservatório, protagonizou no fim de semana de 27 e 28 de novembro, dois concertos seguidos de solenização da eucaristia, em comemoração dos aniversários do Coro Infantil e do Coro Juvenil.
O breve concerto do Coro Infantil, comemorativo do seu 34.º aniversário decorreu no sábado, dia 27 de novembro, na Igreja do Colégio – São João Evangelista. Cantando a 2 e 3 vozes, estas crianças compartilharam os seus talentos com um programa de repertório diversificado de Música Sacra, abarcando diversos compositores e proporcionando aos ouvintes sentimentos e emoções. No final, o objetivo de deixar nos presentes uma mensagem positiva de esperança, amor e paz foi alcançado.
O Coro Infantil do Conservatório ‘nasceu’ em outubro de 1987, na dependência da Secretaria Regional de Educação. Atualmente, é composto por 58 crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 14 anos.
Participa, anualmente, em inúmeras atuações organizadas por entidades públicas e privadas, bem como em espetáculos produzidos pela SRE
ou pelo Conservatório e em programas de rádio e televisão, destacando-se a participação anual no Festival da Canção Infantil da Madeira, onde faz o suporte coral de todas as canções concorrentes. Desde 1990, a direção artística é da responsabilidade da maestrina Zélia Ferreira Gomes.
O Coro Juvenil, por sua vez, comemorou o seu 30.º aniversário, igualmente com um breve concerto seguido de missa, no dia 28 de novembro, na Igreja Paroquial de São Martinho. No programa, antes da celebração eucarística, o destaque foi para temas inspiradores, de motivação pessoal e social.
Ambos os eventos contaram com acompanhamento ao piano da professora e pianista Lénia Franco.
O Coro Juvenil do Conservatório foi constituído em janeiro de 1991, também na dependência da Secretaria Regional de Educação.
Atualmente, é constituído por 39 jovens com idades compreendidas entre os 13 e 18 anos. O seu repertório incide na música erudita, tradicional e ligeira cantando à capella, com playback e com acompanhamento de piano ou orquestra. Possui também um grande repertório de Natal e música sacra.
A direção artística deste grupo coral, desde a sua fundação, é da responsabilidade da maestrina e professora Zélia Maria Ferreira Gomes.
Michael Guttman orientou masterclass
No dia 29 de outubro, decorreu no Salão Nobre do Conservatório, uma masterclass de violino orientada por Michael Guttman.
Dando seguimento à parceria entre o Conservatório – Escola das Artes da Madeira e a Associação Notas e Sinfonias Atlânticas (ANSA) / Orquestra Clássica da Madeira (OCM), o Conservatório recebeu Michael Guttman, violinista belga e diretor musical da Napa Valley Symphony e da Belgian Chamber Orchestra.
Michael Guttman é violinista, maestro e diretor musical de festivais de destaque em todo o mundo, incluindo Pietrasanta em Concerto, Crans Montana Classics na Suíça, Le Printemps du Violon em Paris e Made in Polin em Varsóvia.
Michael Guttman
É igualmente diretor musical da Napa Valley Symphony e da Belgian Chamber Orchestra.
Guttman, foi o mais jovem violinista admitido no Conservatório Real de Bruxelas com 10 anos. A sua estreia aos 14 anos, com Jean-Pierre Rampal, levou-o ao encontro com o seu mentor Isaac Stern, que posteriormente o recomendou estudar na Juilliard School em Nova Iorque, com Dorothy Delay e The Juilliard Quartet.
Estudou com o lendário violinista russo Boris Goldstein para o qual organizou um concurso de violino em sua homenagem com o professor Zakhar Bron em Berna, Suíça, em 2014. Como principal violinista belga, foi escolhido para representar o seu país em 1992, durante a Exposição Universal de Sevilha. Concertos no Lincoln Center, Barbican Hall, Palais des Beaux Arts em Bruxelas, Salle Pleyel em Paris e na Ásia foram seguidos de convites a festivais de prestígio como Progetto Martha Argerich, Flanders Festival, Festival de Elba de Bashmet, Folles Journées em Nantes e Tóquio e o Festival Menuhin
em Gstaad. Estreou o Concerto Duplo de Philip Glass para Violino e Violoncelo com a Dallas Symphony Orchestra nos EUA e a Hong Kong Philhamonic na Ásia, ambas dirigidas por Jaap Van Zweden. Efetuou tournés com Martha Argerich, NestorMarconi, Nigel Kennedy, Boris Berezovsky, Vadim Repin, Salvatore Accardo e Natalia Guttman, entre outros.
Depois de colaborar com compositores e maestros como Lukas Foss e Noam Sheriff, desenvolveu a sua carreira de direção, e em 2017, percorreu as mais prestigiadas salas de espetáculos em Espanha, com o lendário pianista Ivo Pogorelich.
O seu encontro com Astor Piazzolla estimulou a descoberta de diferentes estilos de tango, e em 2017 criou o primeiro concerto duplo para violino e acordeão com a Orpheus Chamber Orchestra e J.P. Jofre, o famoso argentino acordeonista.
Michael Guttman toca num violino Guarneri del Gesù de 1735 que também foi usado pelo violinista e compositor italiano Giovanni Battista Viotti.
Concerto
‘Halloween Voices’
O Coro Juvenil do Conservatório levou a palco, no Salão Nobre da Assembleia Legislativa da Madeira, no dia 30 de outubro o concerto “Halloween Voices”. Evento único e num ambiente que surpreendeu e impressionou o público, cujo programa musical foi dedicado à temática da noite em causa: o “Halloween” ou “Dia das Bruxas”, como é conhecido em Portugal. O coro apresentou um repertório preparado propositadamente para esta ocasião, sob a orientação da maestrina Zélia Gomes. Entre as várias canções exibidas, salientamos: Smooth Criminal e Thriller, ambas interpretadas pelo célebre Michael Jackson, Frozen, de Madonna, e I’m in Love with a Monster, do famoso filme da Sony Pictures Animation, Hotel Transylvania 2.
Juntaram-se ao Coro Juvenil, os Combos dos Cursos Livres em Artes do Conservatório, com direção artística dos professores e músicos Rodolfo Cró e Ricardo Dias, contribuindo assim para uma maior animação e dinamismo tímbrico.
Foi uma noite diferente e divertida para quem gosta de comemorar o Halloween e com sala esgotada.
500 anos do Voto a São Tiago Menor
O Conservatório protagonizou, a 5 de novembro, o ‘Concerto de Encerramento das Comemorações dos 500 anos do Voto a São Tiago Menor’.
O evento decorreu na Sé do Funchal e contou com a participação de mais de 100 alunos do Conservatório.
Foi no dia 11 de junho de 1521 que, juntamente com a Câmara Municipal e em contexto de peste, decidiram escolher um santo padroeiro que livrasse a Região do mal e da epidemia. O sorteio foi realizado, na Sé do Funchal, há 500 anos atrás, e a sorte recaiu sobre o Apóstolo São Tiago Menor.
Esta data foi, assim, assinalada pela Diocese do Funchal, com um calendário programado com várias atividades para conhecer a história, agradecer a intercessão e proteção deste santo padroeiro e o dar a conhecer melhor à comunidade.
Este concerto, que encerrou as comemorações, foi protagonizado pelos Coros Juvenil, Infantil e Ensemble Vocal Feminino Ninfas do Atlântico, e por alunos do Curso Profissional de Instrumentista (flauta transversal, trompa, piano e órgão) e dos Cursos Livres em Artes (flauta transversal e percussão), tendo contado com
a orientação dos professores Zélia Gomes, Anikó Harangi, Paulo Silva, Tânia Fernandes e Pedro Temtem. Foram acompanhados ao piano pela professora Lénia Franco.
O programa deste concerto contou com momentos individuais, protagonizados
A Diocese do Funchal celebra, desde 11 de junho deste ano, 500 anos da escolha de São Tiago Menor como padroeiro principal do bispado.
pelas várias formações artísticas, e culminou com o ‘Hino a São Tiago Menor’, composto pelo padre Ignácio Ferreira Rodrigues, em tutti.
Daniel Davis
Daniel iniciou a sua carreira musical em 2004, começando por tocar percussão e depois saxofone na Banda Municipal de Santa Cruz e pouco tempo depois no Conservatório Escola das Artes da Madeira.
Em 2011, inicia a licenciatura na Escola Superior de Música de Lisboa e o mestrado, na mesma instituição, em 2014. Em 2016, a Guildhall School of Music & Drama, em Londres, ofereceu-lhe um lugar para fazer um doutoramento em composição com os compositores Julian Philips e Richard Baker como orientadores principais, e Julian Anderson como co-orientador.*
Na sua carreira como compositor, Daniel foi o jovem compositor em residência da temporada 2014-2015 da Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras. Em 2014, a Orquestra Sinfónica da Fundação
Calouste Gulbenkian estreou a sua obra ...from the last breath no grande auditório da fundação à propósito de ter vencido o primeiro prémio do concurso SPA/Antena 2 para jovens compositores.
Em 2015, estreou-se na Casa da Música do Porto com a obra between places... encomendada e estreada pela Banda Sinfónica Portuguesa. No mesmo ano, a sua obra Courage...to follow the way, foi nomeada pela Sociedade Portuguesa de Autores como melhor composição de música erudita.
Daniel foi convidado para pertencer à comunidade ENOA com a sua participação no Workshop Novas Tecnologias com o compositor Michel van der Aa no Festival d’Aix-en-provence, e é um dos cinco jovens compositores residentes da London Philarmonic Orchestra para a temporada 2019-2020 em Londres.
Daniel tem feito alguns projectos para a comunidade, como por exemplo, o trabalho realizado com Musicalmente, em Leiria onde escreveu um concerto para bebés (2016). Ainda, para a temporada de 2015 - 2016 trabalhou no Castelo de São Jorge, em Lisboa na composição, produção e organização de um teatro musical, Baú da Descoberta, com o propósito de mostrar e evidenciar o trabalho literário de dois escritores Portugueses de renome - Fernão Mendes Pinto e Fernando Pessoa. Aparte da Casa da Música e da Fundação Gulbenkian, Daniel tem-se apresentado em outros
palcos nacionais e internacionais, como por exemplo Auditório Senhora da Boa Nova em Cascais, Portugal; Auditório do Milton Court em Londres, Reino Unido, Auditório Ventura em Athis Mons, França; Auditório Esplanade em Singapura;
Daniel Encontra-se agenciado pela nomus21, é também representado pelo Centro de Investigação e Informação da Música Portuguesa - MIC e todos os direitos das suas obras estão protegidos pela Sociedade Portuguesa de autoresSPA.
(*) Daniel foi financiado pelo Serviço de Bolsas da Fundação Calouste Gulbenkian na totalidade do doutoramento em composição.
Afonso
Vítor é bailarino, professor de dança contemporânea e atualmente, intérprete na Companhia de Dança de Almada
Formado no Conservatório das Artes da Madeira onde obteve formação em dança clássica com o professor Sergey Abakumov, contemporânea e jazz com o professor Leandro Rodrigues e condição física com o professor Yury Rykunov; e uma certificação de intérprete de dança contemporânea.
Foi bailarino e entertainer em hotéis e no Casino da Madeira. Adquiriu conhecimento e enraizou-se na cultura russa uma vez que apresentou espetáculos com o coletivo MBT em diversas cidades da Rússia. Onde esteve um ano letivo em que tirou um curso intensivo da língua e fez aulas com o ex solista da companhia Boris Eifman em São Petersburgo.
Tirou de seguida a licenciatura na escola Superior de Dança em Lisboa, onde teve oportunidade de trabalhar com os seguintes nomes: Amélia Bentes, Catarina Câmara e Bárbara Griggi. Fez aulas/workshops de Miguel Ramalho, Gonçalo Almeida Andrade, Luís Malaquias, Bruno Duarte e Duarte Valadares.
Trabalhou nas companhias de dança: Quorum Ballet, Sublime Dance Company, Companhia de Dança de Almada;fez a abertura da Gala da SPA coreografada por Margarida Belo Costa e Elson Marlon; Projeto ‘Memories’ IN LIMEN coreografado por Allan Fallieri, participou no filme ‘Body Buildings’ de Henrique Pina, coreografado por Victor Hugo Pontes e ‘Duetos’ e ‘Dueto’ no Coliseu do Porto por Diana Niepce.
Iniciou a sua carreira na Madeira, enquanto bailarino. Licenciado pela Escola Superior de Dança de Lisboa, trabalhou com coreógrafos de renome nacional e internacional.
Andrade
O maestro e violoncelista Luís Andrade é uma das personalidades musicais mais versáteis de Portugal.
Nos últimos anos, ele apareceu como maestro na Ópera Produciton de Mozarts Don Giovanni produzida em colaboração com a Orquestra Sinfônica da Holanda e a Stichting Aurora.
É maestro convidado em várias orquestras e conjuntos musicais como a Orquestra Classica da Madeira, Orquestra Sinfónica Holandesa, Orquestra Sinfónica Bankok, Orkest Sinfónica de Limburgs, Conjunto Lyatochinsky Kiev, Orquestra Câmara Portuguesa, Orquestra Juvenil Portugal e Conjunto Valerius.
Apresentações convidadas levaram-no à Ásia, Rússia e Europa para festivais como o Festival Internacional de Música da Santarém, Festival de Bornem,
| Gala dos 75 Anos do ConservatórioDalheimer Sommer, Festival de Música da Madeira, Festival St. Amand em França. Já se apresentou com personalidades como Raquel Camarinha, Eduarda Melo, Alexander Kagan, Pedro Carneiro e Carlo Marchione.
Luis Andrade é solista pesquisador e músico de câmara. Ele dá recitais na Alemanha, Bélgica, Holanda, Portugal e Coréia.
Ele também é violoncelista permanente da Orquestra Sinfônica da Holanda.
Como membro fundador do Trio de Cordas da Orquestra Sinfônica da Holanda, tem se apresentado em concertos e produções de rádio na Alemanha, Portugal e Holanda.
Em 2021 gravou um CD com Trio de Cordas obras de Bach e Bogaert. O seu último CD foi gravado nos finais de 2021 juntamente com o Pianista Constant Notten onde se contam obras nunca antes gravadas. Projectos futuros incluem as gravações das Sonatas de Bach com o Pianista Vadim Zhuravitsky e a obra completa para Violoncelo de J.V. Costa.
É maestro convidado regular de várias orquestras nacionais e internacionais, incluindo a Orquestra Classica da Madeira. Também tem realizado como violoncelista,
recitais em vários países europeus e asiáticos.
Bruno Santos
Bruno é músico, guitarrista, compositor, especialista da área do jazz e assumiu a coordenação pedagógica da Escola de Jazz Luiz Villas Boas / Hot Clube de Portugal. Editou 4 discos em nome próprio, 3 como compositor com o Hot Clube e outros 4 pelo duo Mano a Mano.
Inicia os seus estudos musicais aos 17 anos, ainda residente na Madeira, no Conservatório do Funchal, com Humberto Fournier. Dois anos depois frequenta o Conservatório de Faro e aulas com o contrabaixista Zé Eduardo. Ingressa na Escola Luiz Villas Boas (Hot
Começou o seu percurso musical aos 15 anos, de forma autodidacta, com a banda Quarto Quadrante, da qual é membro fundador.
Clube) em Fevereiro de 1998.
Em 1999 representa o HCP no Meeting IASJ, orientado por Dave Liebman.
Em 2000 começa a leccionar no Hot Clube, em 2001 na escola de Jazz do Barreiro e no curso de jazz do Conservatório da Madeira, através de um protocolo com o Hot Clube.
Em 2009 assume a coordenação pedagógica da Escola de Jazz Luiz Villas Boas / Hot Clube de Portugal, onde ainda se mantém. Leccionou, entre 2009 a 2018, na licenciatura e mestrado jazz da ESML (Escola Superior de Música de Lisboa). Em 2014 foi-lhe atribuído o título de “especialista” na área do jazz, pela ESML.
Editou 4 discos em nome próprio, outros 3 como compositor / arranjador do 7to
do Hot Clube e 4 em parceria com o seu irmão, André Santos, no duo Mano a Mano. Tem-se apresentado também em duo com a cantora / compositora Rita Redshoes.
Tocou com músicos como: André Santos, Bernardo Moreira, Pedro Moreira, João Moreira, Bruno Pedroso, Nelson Cascais, Claus Nymark, Jorge Reis, André Sousa Machado, Filipe Melo, Alexandre Frazão, Carlos Barretto, Joana Machado, Mário Delgado, Perico Sambeat, Chris Cheek, Donald Harrison, Herb Geller, Julien Arguelles, Demian Cabaud, Paulinho Braga, Jesse Davis, Peter Bernstein, Omer Avital, Benny Golson, John Ellis, Seamus Blake, Guillermo Klein, Miguel Zénon, Jerry Gonzalez.
https://brunomfsantos.wixsite.com/mysite
Carina Freitas
Carina Freitas nasceu a 18 de agosto de 1976, na cidade do Funchal. É médica pedopsiquiatra, mestre em Neurociências, e doutorada em Ciências Médicas e Neurociências pela Universidade de Toronto, Canadá.
Cresceu no seio de uma família com tradição musical, participou no 4º Festival da Canção Infantil da Madeira e também frequentou o Conservatório de Música da Madeira.
Adora cantar, tocar piano, e compor canções para festivais. Em 2006, lançou o seu álbum Alquimia, cujo tema principal “Alquimia, segredo guardado” fez parte da banda sonora da novela da TVI “Flor do Mar”, em 2009. Nesse mesmo ano reeditou o álbum no Brasil.
Em 2014 rumou ao Canadá, para frequentar o programa de doutoramento
na Universidade de Toronto, como aluna internacional. Investigou as bases neurológicas da audição da música familiar e a perceção das canções familiares e não familiares em crianças com perturbação do espectro do autismo, usando a magnetoencefalografia. Do estrangeiro, trouxe vários prémios académicos e a nacionalidade canadiana.
Em Toronto colaborou regularmente com a comunicação social promovendo a literacia em saúde em diferentes meios: televisão, rádio, revistas e jornais. Finalizou o ciclo de estudos na América do Norte sendo selecionada para a edição inaugural da pós-graduação Media e Medicina na Harvard Medical School, em Boston, nos Estados Unidos. Dessa formação nasceu o documentário “O poder terapêutico da música no autismo”.
De regresso à Madeira em março de 2020, aventurou-se a frequentar o Máster em Musicoterapia Aplicada, em Madrid, em plena pandemia, concretizando um sonho antigo de ser musicoterapeuta. O seu propósito é estabelecer elos entre as várias paixões para promover a inovação e a investigação nas neurociências da música, música-medicina, musicoterapia neurológica, artes na saúde e saúde dos artistas.
À paixão pela música e pela medicina, aliou-se o interesse pelas neurociências, área científica que lecionou durante 5 anos aos alunos de Medicina da Universidade da Madeira.
Assim, impulsionou a realização da 1ª edição da Pós-Graduação em Neurociências da Música em Portugal, e está comprometida a desenvolver as Artes na Saúde, em contexto hospitalar, implementando a musicoterapia nos cuidados de saúde. É colaboradora da Direção Clínica do SESARAM, EPERAM para as Artes na Saúde e orgulhase de ter promovido o Protocolo de cooperação, recentemente assinado entre o SESARAM e o Conservatório, nos âmbitos artístico, científico e de assistência clínica.
Rafael Kyrychenko
Rafael Kyrychenko começou a tocar piano aos 5 anos de idade com a sua mãe, Cristina Pliousnina. Ganhou um concurso regional seis meses depois de iniciar os estudos musicais e, aos oito anos de idade, foi vencedor do seu primeiro concurso internacional (IV Concurso Internacional Vila de Capdepera, Palma de Maiorca).
Desde então tem participado em vários concursos internacionais, alcançando 1.os e 2.os prémios em Portugal, Espanha, Itália, França, Estónia, San Marino, Chipre, Dinamarca e Estados Unidos da América.
Entre as vitórias dos últimos anos destacam-se o 1.º prémio no Concurso Internacional de Piano de Aarhus (Dinamarca) e o Gold Prize no Concurso Internacional de Música de Manhattan (EUA).
AnosAo longo dos anos, participou em masterclasses sob a orientação de músicos de renome tais como Artur Pizarro, Dmitry Bashkirov, Martino Tirimo, Philippe Entremont, Michel Beroff e Leonid Margarius.
Actuou em auditórios de grande prestígio como o Palau de la Música Catalana em Barcelonam, Sala de Congressos e Teatro Baltazar Dias (Funchal), a Sala de Congressos Geneva (Narva), a Sala de Concertos Estónia (Tallinn), a DeSantis Chapel da Palm Beach Atlantic University (EUA), a Sala Suggia da Casa da Música, o CCB (Lisboa), a Charlottenborg Festsal (Copenhaga) e o Flagey Studio 1 e Studio 4 (Bruxelas), entre outros.
Tem sido convidado com regularidade para tocar a solo e com orquestras tanto em Portugal como no estrangeiro, colaborando com maestros de renome como Andris Poga, Michael Schønwandt, Michail Jurowski, Philippe Entremont,
Joseph Swensen, Cesário Costa e Rui Maddens.
Estudou na Queen Elisabeth Music Chapel em Bruxelas, sob a orientação de Maria João Pires e o Conservatório Real de Bruxelas com Daniel Blumenthal. Desde 2019 frequenta a Academia Pianística de Imola com o Professor Leonid Margarius, e atualmente estuda na Escola Superior de Música Rainha Sofia com a Professora Milana Chernyavska.
Já atuou em auditórios de grande prestígio e tem sido convidado, com regularidade, para tocar a solo e com orquestras, tanto em Portugal como no estrangeiro.
Dinarte Freitas
Dinarte De Freitas começou a sua formação como ator de teatro com 16 anos. Em 2002, ele foi aceite no prestigiado “The Lee Strasberg Theatre & Film Institute”, em Nova York, e estudou com Lola Cohen, Pennie DuPont, Jeffery Ferguson, Ted Zurkowski, Stephan Michaels, Darcy Marta, Gigi Van Deckter, Hildy Brookes, Judith Robinson, Joyce Sarandon, Ilka Monaco, Jan Douglas. Também estudou com Austin Pendleton, na prestigiada HB Studious.
Divide o seu tempo entre o cinema e a televisão, participando em diversos projetos de renome, entre Portugal, Europa e os Estados Unidos.
Gala dos 75 Anos do ConservatórioNo cinema, ele trabalhou em vários projetos, tais como: “Ubo Roi” de Paulo Abreu; “Variações” de João Maia; “O Vento Assobiando nas Gruas” de Jeanne Waltz; “A Canção de Lisboa” de Pedro Varela; “Índice Médio de Felicidade”, “4ªDivisão”, “20,13 Purgatório” de Joaquim Leitão; “Ponto Final” de Miguel López Beraza; “American Reject” de Marlo Hunter; “A Thousand Junkies” de Tommy Swerdlow; “The Wedding Bros.” de Michael Canzoniero e Marco Ricci; “The Boleia” de Ricardo de Almeida, pelo qual ganhou um Prêmio Internacional de Melhor Ator.
Na televisão, trabalhou em vários projetos como “Os Vivos, O Morto e o Peixe Frito” (RTP1); 5Starz (RTP Play); “O Atentado” (RTP1); “Patrulha da Noite” (RTP1); “Ministério do Tempo” (RTP1); “Bem-Vindos a Beirais” (RTP1); “Vôo Directo” (RTP 1); “Sagrada Família”
(RTP 1); “Um Lugar para Viver” (RTP 1); “Diário de Sofia” (RTP1); “Morangos com Açucar” (TVI); “Dias Felizes” (TVI); “Olhos nos Olhos” (TVI); “Laços de Sangue” (SIC); “Hotel Bon Séjour” (RTP Madeira); “Stranger Things” (NETFLIX); “The Gifted” (FOX); “Still the King” (CMT); “Swedish Dicks” (Viaplay/ Lionsgate); “Zero Hour” (ABC); “Team Toon” (Netflix/ Kix)
Também trabalhou como ator em diversos anúncios nacionais e internacionais, tais como “Antena 3”; “Phone-ix”; “Atum Bom Petisco”; “Nestea”; “Doritos”; “Bank Of America”; “Hulu”; “Metro PCS”; “Viasat 1000”; “Harvestland”; “Aegean Airlines”; “NY Life Insurance”; “Spanish Lottery”; “Fuse Tv Promos”; “Adobe Captivate”
edições
Cancioneiro de Música Tradicional
O livro contém um conjunto de recolhas musicais relevantes, realizadas principalmente na década de 1930 pelo próprio Padre Eduardo C. N. Pereira, como também por outras personalidades suas contemporâneas, tais como: Carlos Santos, Cónego Fernando Vaz, Padre Roque Dantas, William Carlton Wilbraham, Artur Lopes, José Vieira França, M. J. Sousa, R. F. Afonso ou Óscar F. Pita.
O Conservatório lançou, no âmbito do XII Congresso de Educação Artística, o livro “Cancioneiro de Música Tradicional do Arquipélago da Madeira. O Acervo do Padre Eduardo Nunes Pereira”. A obra foi apresentada pelo Dr. Filipe dos Santos, Diretor de Serviços do Centro de Estudos de História do Atlântico.
Convém aqui realçar que parte desta relevância advém do facto das principais recolhas de canções populares madeirenses conhecidas terem sido feitas por António Aragão e Artur Andrade, no período entre 1972 e 1977, e, no pós-25 de Abril de 1974, pela Associação Musical e Cultural Xarabanda (mais especificamente, no período entre 1981 e 2001). Assim, as recolhas presentes no acervo aqui referido constituem as recolhas madeirenses mais antigas com partituras, que se conhecem até ao momento, com as quais se procura estabelecer um cancioneiro madeirense ou, pelo menos, compilar a maior variedade possível de canções populares da Madeira, quer ao nível de géneros, quer ao nível geográfico da recolha.
No que toca a géneros, encontramse: Cantigas de Trabalho (Música da Sementeira, Canção da Ceifa, Canção da Eira, Canção da Erva, Canção da Repisa ou Canção da Carga); Cantigas Religiosas, principalmente relacionadas com o culto do divino Espírito Santo ou com o Ciclo de Natal e Cantares dos Reis; Cantigas de Embalar; e Cantigas de Entretenimento (Cantar ao Desafio, Chama-Rita, Lengalengas e Xaramba) e Danças (Mourisca, Baile da Meia-Noite, Baile da Meia-Volta, Baile do Ladrão, Baile Sério, Baile do Porto Santo, Bailinho das Camacheiras ou Bailinho dos Vilões).
Cruz, Porto Moniz, Porto Santo, Santa Cruz, São Jorge e São Vicente. No livro, não foi seguida a ordem das canções que foi atribuída pelo Arquivo Regional no inventário do acervo, mas sim categorias funcionais, usando, grosso modo, o modelo proposto por José Bettencourt da Câmara no livro “O Essencial Sobre a Música Tradicional Portuguesa”. Deste modo, estruturou-se o livro em quatro capítulos: 1. Cantigas de Trabalho; 2. Cantigas Religiosas; 3. Cantigas de Embalar; e 4. Cantigas de Entretenimento e Danças.
O livro foi coordenado por Paulo Esteireiro, que também escreveu o estudo introdutório que abre esta obra, sobre as canções que constituem esta edição. A transcrição musical é da responsabilidade da Néli Silva, o design gráfico de Gabriela Silva e Tiago Machado, sendo que a direção geral é de Carlos Gonçalves.
Ao nível geográfico, apesar de nem todas as canções terem menção ao local de recolha, muitas delas têm essa indicação geográfica, tendo sido encontradas as seguintes referências: Estreito da Calheta, Estreito de Câmara de Lobos, Leste da Madeira, Ponta do Sol, Porto da
Da parte do Padre Eduardo C. N. Pereira houve nitidamente a preocupação de compilar as diferentes variantes de cada um dos géneros, sempre que estas existissem.
‘Democratização da Educação Artística’
A ‘Democratização da Educação Artística - Antologia de Estudos sobre o caso da Região Autónoma da Madeira’ é uma publicação que reúne uma série de artigos que visam comemorar 40 anos de existência do projeto de democratização da educação artística, no ensino genérico, na Região Autónoma da Madeira.
Nesta edição, com autoria de Carlos Gonçalves, Natalina Cristóvão e Paulo Esteireiro, são partilhados os sucessos, as conquistas e as fragilidades deste projeto original com quatro décadas, que tanto impacto tem tido na vida artística das crianças e jovens que beneficiaram destas práticas. Os estudos apresentados neste volume foram todos aplicados em contexto escolar e escolhidos por apresentarem projetos educativos que visam responder a problemas da educação artística atual.
Assim, nesta edição são apresentados um conjunto de artigos que abordam boas práticas do departamento de educação artística na Madeira, que poderão ser replicadas noutros contextos: acompanhamento pedagógico singular de docentes realizado por coordenadores especialistas; formação contínua de professores direcionada para as várias atividades inerentes ao projeto; desenvolvimento de várias modalidades artísticas (canto; cordofones tradicionais madeirenses; dança; expressão dramática/teatro; instrumental e artes plásticas) e criação de grupos artísticos nas escolas; ações de sensibilização para as artes e promoção regular na televisão e na restante comunicação social; produção de eventos de modo a permitir a presença constante de alunos em palco (encontros e espetáculos regionais); melhoria da dinâmica cultural das escolas (promoção de concursos,
eventos, festivais regionais, nacionais e internacionais); a criação dos grupos de recrutamento 140 (professor na área de expressão plástica) e 150 (professor nas áreas artísticas — música, expressão dramática e dança); monodocência coadjuvada em contexto curricular; e a criação de emprego para profissionais ligados às artes, através dos grupos de recrutamento acima referidos e das estruturas de apoio ao projeto.
Os estudos presentes neste livro foram apresentados em congressos nacionais e internacionais, bem como em livros e revistas científicas com revisão por pares. Neste livro, selecionaram-se nove desses artigos, que foram categorizados em três secções: ‘As investigações sobre as artes no ensino genérico’; ‘As pesquisas sobre as atividades extracurriculares e a produção de eventos’; e, uma terceira parte, dedicada ao ‘Papel da educação artística na identidade cultural’. Terminase o livro com um capítulo que funciona
como epílogo, onde se dá a voz aos alunos que beneficia(ra)m do projeto.
Esta edição foi apresentada no passado dia 17 de dezembro, no Salão Nobre do Palácio do Governo Regional da Madeira, pela professora e investigadora da Universidade da Madeira Ana França. Contou com a ilustre presença do Presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, e do Secretário Regional de Educação, Ciência e Tecnologia, Jorge Carvalho.
A ‘Coleção Contributos e Ideias para a Educação Artística’ tem como principal propósito divulgar os resultados de investigações e projetos realizados nas diferentes áreas artísticas, desde que direcionados para a educação, de forma a estimular o debate e o avanço do conhecimento neste domínio. Esta edição já está disponível em www. lojaconservatorio.pt.
conservatório social
Projeto África
O Conservatório associou-se a uma campanha de doação em prol das crianças de África.
A Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos do Estreito de Câmara de Lobos lançou o desafio às escolas da RAM. O Conservatório abraçou esta campanha que visa a recolha de manuais escolares e material escolar.
Os manuais e materiais escolares (como lápis, borrachas, cadernos, estojos, mochilas, canetas ou outros) que já não sejam usados podem ser entregues na Biblioteca das Artes do Conservatório (sede do Conservatório e Polo do Bom Jesus), até ao mês de fevereiro de 2022.
Estas doações serão enviadas para África para apoio na Educação destas crianças.
Participe! Apoie! Ajude na educação destas crianças e na construção de um futuro melhor para elas!
Conto Contigo
O Projeto “Conto Contigo” tem por missão a angariação de bens alimentares para serem distribuídos pelas famílias mais necessitadas da RAM. No ano letivo passado, este projeto apoiou 345 famílias com 10 491 alimentos recolhidos nas escolas da Madeira.
A Cáritas Diocesana do Funchal é uma Instituição Particular de Solidariedade Social e é reconhecida como Pessoa Coletiva de Utilidade Pública. Tem vindo a desenvolver o seu trabalho na área da ação sócio caritativa, tendo como público alvo as pessoas/famílias em situação de pobreza, vulnerabilidade e exclusão social, independentemente do seu género, etnia ou religião.
O Conservatório voltou a abraçar este projeto e, como tal, pedimos à nossa comunidade escolar que participasse nesta causa, ajudando a alcançar o primeiro Objetivo de Desenvolvimento Sustentável, apoiando famílias em situação de pobreza na região.
Durante a semana de 8 a 12 de novembro, decorreu mais uma vez esta campanha de recolha em que os bens doados foram entregues na Cafetaria e na Biblioteca da sede do Conservatório, na Biblioteca do Polo do Bom Jesus e no Polo da Levada, ao cuidado do Sr. Paulo Sousa.
Aguardamos o apuramento do total dos bens angariados este ano, na certeza porém de que serão um contributo para confortar neste Natal quem menos tem e mais precisa.
“Transformar o nosso mundo, não deixar ninguém para trás!”
dos leitores...
“Amigos e Conhecidos”
Decorreu até ao início de dezembro a Exposição “Amigos e Conhecidos”, da autoria de Miguel Vieira da Silva e João Nelson Gonçalves Sousa, na Casa da Cultura de Santana.
A ideia da Exposição “Amigos & Conhecidos”, surgiu inicialmente com o objetivo de comemorar os 17 anos de atividade do Hotel Costa Linda e Restaurante Praça do Engenho, e simultaneamente homenagear várias personagens madeirenses, portugueses da nossa história. A primeira mostra desta exposição decorreu no Restaurante Praça do Engenho (Porto da Cruz), em maio de 2021 e agora na Casa da Cultura de Santana, a convite da mesma, afim de divulgar o seu trabalho noutros recantos.
Este evento conta a história de como uma amizade de infância pode perdurar durante muito tempo, embora os protagonistas estivessem quase vinte anos sem se falar um com o outro devido à distância. Após um novo encontro a falar um pouco, foi como se se tivessem falado ontem, pela última vez!
A pandemia fez com que olhassem para dentro de si próprios, e foi assim que descobriram e aperfeiçoaram estas qualidades artísticas, que desconheciam ou eram pouco exploradas por estar mergulhados na rotina do dia a dia.
Desta forma, a crise - consequência da pandemia - situação desfavorável a nível
financeiro, fez com que procurassem, através da poesia e do desenho uma satisfação pessoal para enfrentar esse momento. Fez igualmente com que o tempo de espera de surgir a normalidade novamente fosse mais agradável, olhando sempre o lado positivo das coisas, com fé e acreditar que sim, podemos!
Esta união e amizade reflete-se neste trabalho conjunto que dá a conhecer o talento artístico e poético de Miguel Vieira da Silva e de João Nelson Gonçalves de Sousa, respetivamente.
Assim, aliado a cada retrato elaborado pelas mãos do designer e publicitário Miguel Vieira da Silva, haverá uma poesia da autoria de João Nelson Gonçalves de Sousa alusiva à personalidade retratada.
Miguel Vieira da Silva, nasceu em 1973 no Funchal e desde muito cedo
descobriu a sua capacidade para desenhar e desenvolver diferentes tipos de expressão plástica, quer de âmbito manual ou digital. Em 1995 conclui o curso superior e universitário de Técnico Superior em Publicidade e Marketing, em Caracas, Venezuela. Desde 1997 desempenhou funções em reconhecidas empresas de publicidade (FCB Venezuela, Ogilvy & Mater Venezuela ou Y&R Venezuela) como Diretor de Arte e Designer Gráfico, para famosas marcas como a Nestlé, Movistar, Master Card, Hertz, Ballantine’s e outras empresas que contratavam os serviços à entidade para a qual trabalhava. Em simultâneo, realizava trabalhos a título particular para várias empresas de “Rent a Car” e para alguns grupos hoteleiros. Pelo seu excelente trabalho, já muito conhecido, foi contratado para realizar o logótipo dos 50 anos da “Colgate” na Venezuela.
Na Madeira, realizou alguns trabalhos
fora deste âmbito, para seu sustento, e ao mesmo tempo contribuiu desde a sua chegada com a publicidade do Hotel Costa Linda e Restaurante Praça do Engenho. Muito recentemente está a trabalhar para uma empresa de Publicidade e Marketing denominada “Make a Point” que muito o tem apoiado e cada vez está a conquistar mais mercado regional e nacional.
João Nelson Gonçalves de Sousa, nasceu
em 1974, em Caracas, Venezuela. Com raízes madeirenses, a sua família regressa à Madeira após mais de 20 anos. Sempre foi um apaixonado pela cultura, pois morava muito próximo da maior zona cultural e das artes no sítio “Bellas Artes” (Venezuela), onde se encontravam vários teatros, galerias e salas de concertos, como o reconhecido “Teatro Teresa Carreño” um dos mais completos centros culturais, localizado junto a um belo jardim onde também realizava atividade
física diariamente.
Em 1997, concluiu o curso superior e universitário de Engenharia Industrial, na especialização de Gestão, e inicia a sua carreira como engenheiro, numa empresa de consultoria, convidado pelo seu orientador de estágio e trabalho final do curso. Foi assim que conheceu e contactou com várias empresas. A Gerente de Recursos Humanos de um reconhecido grupo multinacional quis que trabalhasse em Pavco de Venezuela, S.A., no Grupo Amanco, um grupo com várias empresas na América Latina (com sede principal na Suíça). Neste grupo desempenhou cargos nas áreas de Segurança, Qualidade, Ambiente, Logística, Manutenção e Produção Industrial. A sua família encontrava-se a viver na Madeira, quando se inscreveu num programa patrocinado pelo Estado Português e a TAP Air Portugal, denominado “Estagiar em Portugal”, onde é selecionado para trabalhar na “Philips Ovar Mechanization” (POM), na melhoria de processos produtivos industriais. Aí, desenvolveu projetos para importantes empresas como a “Auto-Europa” e outras indústrias do sector automóvel. Após esse período, é contratado pela “Remote Control Sistems”, do Grupo Philips, para exercer funções nas áreas de Qualidade, Ambiente e Segurança.
João Nelson está na Madeira desde 2002, para auxiliar o projeto do seu pai, o Hotel Costa Linda e Restaurante Praça do Engenho e estar consequentemente mais próximo da família. Integrou-
se com facilidade. Trabalhou na SDM
- Sociedade de Desenvolvimento da Madeira, S.A. onde chegou a ocupar o cargo de gerente, na qual desempenhou várias funções (avaliação de projetos, supervisão de obras, coordenador, responsável da Segurança e Responsável Ambiental). Em 2015 deixou de exercer funções na empresa para dedicar-se exclusivamente ao negócio da família.
No âmbito cultural, desde muito cedo descobriu habilidades para o desenho e para as artes, integrou os grupos corais e musicais na escola, nos diferentes graus de ensino (primária, secundária e universitária), fez parte do Grupo Coral e de animação e foi um dos primeiros integrantes do “Machetinho”, outro dos grupos da Associação Cultural Flores de Maio, do Porto da Cruz. Por motivos profissionais teve de retirarse. No entanto, apoia as suas filhas para que continuem a fazer parte desta importante Associação.
No âmbito desportivo foi atleta federado em artes marciais e conseguiu atingir o pódio em competições nacionais e internacionais. Atualmente é coodenador e dinamiza o grupo de artes marciais Shaolin Kung-fu A Danza do Dragão, da Associação Porto da Cruz Trail Team. Pelas suas aulas já passaram duas gerações de atletas e, atualmente os treinos são realizados na sede desta associação, no Porto da Cruz, onde pais e filhos partilham momentos de exercício físico com grandes benefícios para a saúde.
Alice Condeças Tedim
Alice Condeças Tedim, nasceu em Março de 2010 e iniciou o seu percurso no Conservatório, no Polo de Machico, aos seis anos de idade. Aos sete anos começou a tocar saxofone, sob orientação da professora Ana Irene Rodrigues.
Durante a sua aprendizagem, revelou ser uma criança interessada, participativa e muito ativa. Desde que adquiriu domínio técnico suficiente, começou a participar no grupo de percussão do Polo de Machico sob direção do Professor Sérgio Gomes: os “BatuKanos”, sendo a saxofonista mais pequenina pioneira entre os percussionistas. Participou em todas as audições de classe e gerais do Polo de Machico que eram possíveis, sempre com grande entusiasmo.
A sua primeira participação num concurso, ainda com nove anos de idade, foi no XIII Concurso Infanto Juvenil do CEPAM, em Março de 2019, onde arrecadou o 2º prémio do 1º e 2º nível da modalidade de sopros
O seu percurso no saxofone tem sito traçado com muita dedicação e empenho, alcançando sempre resultados muito positivos na sua performance.
Fruto desse trabalho, culminou mais recentemente na sua participação no VIII
Festival Internacional de Saxofones de Palmela 2021 (FISP).
Um evento de renome e já com largos anos, no panorama artístico e pedagógico do saxofone em Portugal e além-fronteiras.
O Festival proporciona um momento único aos participantes, através da vasta oferta de concertos, masterclasses, workshops e partilha de conhecimentos na área do saxofone; onde engloba variadíssimas linguagens artísticas desde o clássico ao jazz, da música contemporânea e electrónica, entre tantos outros. O vasto leque de convidados intérpretes e pedagogos é de alto nível, desde a pedagogia à performance. Integra também um concurso internacional que carrega o grande nome do aclamado e pioneiro saxofonista Vitor Santos, que no presente ano realizou a oitava edição.
Esta oportunidade de participar, deuse também porque este ano o Festival,
assim como o concurso, realizaram-se de forma online, facilitando o processo de participação a todos os saxofonistas que assim o pretendessem.
Do ponto de vista pedagógico, para mim, na qualidade de docente, considero de grande importância a participação ativa neste evento, assim como noutros de igual formato. No entanto, devo sempre ter como prioridade os interesses, ambições e evolução artística dos meus alunos. Neste sentido, abordei todos os alunos da minha classe quanto à oportunidade de participarem neste evento, tendo em consideração as questões financeiras e temporais que o mesmo acarreta.
Nos seus percursos artísticos, sabemos de antemão, que nem todos os alunos irão ser profissionais do saxofone, mas que este caminho é, e será sempre, parte fundamental do crescimento individual, da formação da personalidade e das capacidades cognitivas e sociais. Quero com isto dizer que, considero importante
Alice Condeças Tedim de 11 anos de idade arrecadou a menção honrosa na categoria infantil de entre 23 participantes de todo o mundo.
compreender que existe um palco e um momento para cada aluno, onde este se sente mais ou menos à vontade no seu percurso artístico. Cabe ao professor orientar e valorizar as aptidões de cada aluno na sua personalidade musical.
A participação da Alice surgiu de forma autónoma e decidida. Com o apoio dos pais e, obviamente com o meu também, decidimos em aula, de entre um vasto repertório que dei a escolher, a peça que mais gostou, e que mais se adequava a apresentar no concurso e, realizámos a sua inscrição.
As semanas que se seguiram foram de intensa preparação, dedicação e empenho. A Alice revelou responsabilidade e persistência no decorrer das dificuldades, superandoas com grande qualidade artística e performativa.
É ainda de salientar que demonstrou uma evolução muito significativa a nível técnico/interpretativo no saxofone, o que se revelou um fator muito positivo na motivação intrínseca para a prática contínua do instrumento.
O VIII concurso internacional “Vitor Santos” foi dividido em diversas
categorias - desde infantil a séniortendo em conta as idades dos alunos, assim como a categoria de música de câmara. Este ano realizou-se em formato online, em Julho de 2021, tendo as performances dos participantes sido todas partilhadas no You Tube.
Do ponto de vista pedagógico, estas iniciativas são de grande valor no que remete à coragem e bravura dos alunos. Visto que é um “palco avaliativo” onde a competição está induzida no aluno, por um resultado, muitas vezes não esperado.
O processo de preparação, na minha opinião, deve ser traçado de forma
muito cuidadosa no que diz respeito às expectativas, em especial quando a concorrência é de todos os cantos do mundo.
Durante o tempo de preparação, não posso deixar de sublinhar a importância do uso do Salão Nobre do CEPAM para ensaios, aulas e gravações. Na verdade, para um aluno, traz qualquer coisa de mágico à performance estar numa verdadeira sala de concerto, a tocar com um piano de cauda e sentir o palco na sua essência, transformando-se em emoções musicais, benéficas para o momento da performance, daí que em todos os aspetos, o apoio do CEPAM foi verdadeiramente crucial.
E por último, mas não menos importante, acrescentar que este caminho não seria possível sem a colaboração incansável dos pais no processo artístico que engloba a preparação de um evento desta natureza; no que diz respeito à marcação de aulas e ensaios extras, que foram também no Funchal.
Com a colaboração voluntária da professora Aniko Harangi ao piano (à qual expresso a minha profunda gratidão), a Alice interpretou a obra de Gilles Martin “Danse du Sax” para saxofone alto e piano. Bem hajam!
Link para visualização e enquadramento da participação da Alice: https://www.youtube.com/watch?v=giQAJJf9usY
investigações em foco
Estudos recentes em Musicológia
No artigo “A paisagem sonora das unidades de terapia intensiva neonatal: experiências acerca da música e da afetividade”, os autores Luanda Souza, Viviane Cândido e Dante Gallian, ao reconhecerem a importância do hábito de cantar enquanto embala ou entretém uma criança, refletem especifica mente sobre como a Música ao vivo modifica a paisagem sonora em unidades de terapia intensiva neonatal e pos sibilita a vivência do afeto ao tornar as emoções audíveis.
A partir da análise empírica do Grupo Saracura em três hospitais da cidade de São Paulo, da observação partic ipante e da entrevista de história oral com os pacientes, suas mães, profissionais de saúde e músicos, se concluiu que a música, além de tornar o ambiente mais alegre, sereno e confortável para todos, transformou as relações vividas nesse espaço e, consequentemente, tornou-se ponto de partida para a ampliação da humanização na unidade de terapia intensiva neonatal.
Mesmo a considerar referenciais teóricos já consider ados antigos na literatura da musicoterapia, o artigo tentou aprofundar a reflexão da presença da música em contexto hospitalar, atentando para a sua capacidade de gerar vínculos, principalmente, quando o tratamen to exige que o bebé permaneça na incuba dora, fisicamente longe da mãe. Os autores concluíram que a música, ao possibilitar a vivência do afeto, contribui para aumentar a afetividade entre mães, filhos, pacientes e profissionais de saúde, de forma a tornarem potências da vitalidade humana.
Souza, L., Cândido, V., Gallian, D. 2021. “A paisagem sonora das unidades de ter apia intensiva neonatal: experiências acerca da música e da afetividade”. Revista Opus, nº 27, vol. 3. Disponível em: https://www.anppom.com.br/revista/index. php/opus/article/view/opus2021c2704
O artigo “Musicoterapia en el manejo de la ansiedade en madres adoles centes primigestantes”, de Jhoan Alex Juanis-Re strepo e Carolina Ro bledo-Castro, buscou examinar o efeito e a viabilidade de um programa de musicoterapia focal obstétrica sobre a ansiedade em mulheres adolescentes em primeira gestação. A partir de investigação com desenho quase experimental de um único grupo, participaram 19 jovens, entre os 13 e os 19 anos, com idade gestacional média de 17,7 semanas, em 12 sessões semanais de 60 minutos. Os níveis de ansiedade foram obtidos a partir de medidas fisiológi cas, neuropsicológicas (escala STAI), a intervenção com autorrelatos e registos das sessões. Verificou-se que o grupo analisado mostrou diminuição nas suas medidas fisiológicas (pressão arterial e pulso) e no nível de ansiedade. Os resultados evidenciaram a viabilidade e os efeitos benéficos da musicoterapia obstetrícia.
Juanis-Restrepo, J., Robledo-Castro, C. 2021.
“Musicoterapia en el manejo de la an siedade en madres adolescentes pri migestantes”. Revista Opus Revista Opus, nº 27, vol. 3. Disponível em: https://www. anppom.com.br/revista/index.php/opus/ar ticle/view/opus2021c2706
o mea explica
Factos que talvez não saiba sobre uma das músicas mais badaladas do Natal: ‘All I Want For Christmas Is You’
Vinte e sete anos após a estreia da música ‘All I Want For Christmas Is You’, Mariah Carey continua a bater recordes com o seu single natalício. Descubra algumas curiosidades sobre esta canção que se tornou um sucesso a nível internacional.
Na época natalícia, em Portugal, é quase certo ouvir a ‘All I Want For Christmas Is You’ pelos espaços comerciais e de lazer como ver Kevin McCallister a ser deixado ‘Sozinho em Casa’, pela enésima vez nos nossos ecrãs. É tradição? Nós achamos que sim e, por isso, resolvemos ir perceber melhor o sucesso que esta música natalícia continua a alcançar após 27 anos do seu lançamento.
Em 2019, este tema de Mariah Carey chegou ao número 1 da tabela Billboard Hot 100 – que analisa as vendas de álbuns, temas e visualizações em streaming. A própria cantora bateu um recorde e conseguiu estar em primeiro lugar com 19 músicas diferentes. À sua frente só estiveram os Beatles. Sendo uma das canções mais famosas em todo o mundo, será que sabe que, por exemplo, foi escrita num quarto de hora? Conheça esta e outras curiosidades sobre este tema:
1. A letra foi escrita em apenas 15 minutos
Mariah Carey reuniu-se com Walter Afanasieff, produtor musical, e os dois demoraram apenas 15 minutos a escrever a letra, a preparar a melodia e a estrutura da música. Numa entrevista ao New York Post, o produtor disse: “Não é o Lago dos Cisnes, definitivamente. Mas é por isso que é tão popular. Porque é tão simples e fácil de gostar”.
2. Foi gravada na casa da própria cantora
A primeira versão deste tema foi gravada com uma banda, num estúdio na Califórnia, mas a versão final teve lugar na casa de Mariah Carey, em Nova Iorque, e desta vez sem banda. O piano e a bateria, por exemplo, foram instrumentalizados na canção.
3. O tema de Natal foi gravado no verão É inevitável pensarmos em neve, pinheiros de Natal e a típica decoração da época. Contudo, o single natalício foi gravado em agosto de 1994. Para entrar no espírito, a cantora decorou a sua casa com enfeites, luzes e árvores de Natal.
4. Mariah Carey esteve quase a recusar gravar a canção Isto porque, por norma, as músicas ou álbuns de Natal eram associados a artistas que estariam no fim da sua carreira musical. Ainda que estivesse reticente, a cantora acabou por reconsiderar por achar que o tema poderia vir a ser um sucesso. E acertou em cheio.
5. Não é o primeiro tema com este nome
A canção de Mariah Carey é um original, mas o seu título nem por isso. A banda Vince Vance & The Valiants já tinha lançado um tema com o mesmo nome ‘All I Want For Christmas Is You’, em 1989, mas nada tem a ver com esta versão natalícia.
Tire as suas dúvidas no YouTube, pesquisando por ‘Vince Vance & The Valiants - All I Want for Christmas Is You’.
6. O pai Natal do vídeo é o ex-marido da cantora
Lembra-se do pai Natal que leva um presente a Mariah Carey? É Tommy Mattola, co-proprietário da Casablanca Record, empresário e ex-marido da cantora. O casal separou-se três anos depois de o tema ter sido lançado.
7. Só em royalties, o tema já rendeu dezenas de milhões de dólares
Segundo um artigo do The Economist, a canção de Mariah Carey já rendeu, desde 1994, 60 milhões de dólares em royalties (direitos de autor).
8. Bateu todos os recordes na véspera de Natal de 2018
Foi o tema mais ouvido em streaming na véspera do Natal de 2018 – tocou mais de 10 milhões de vezes no Spotify, ultrapassado o single Sad, de XXXTentacion, depois do rapper ter sido assassinado. No YouTube, o videoclip oficial da cantora, publicado em novembro de 2009, teve, até à data, mais de 724 175 000 visualizações.
9. Há até um livro sobre a canção
A cantora quis levar o sucesso da canção até à literatura e criou um livro infantil com o mesmo título.
10. Os animais da quinta adoram o All I Want For Christmas
A história parece surreal, mas é verídica. Em 2010, um agricultor foi notícia no Reino Unido por dizer que as cabras da sua quinta produziram muito mais leite depois de ter posto este tema a dar repetidamente. Coincidência ou não, foi um ano de grande produção para este agricultor.
11. Ganhou três recordes mundiais do Guinness Mariah Carey ganhou três recordes mundiais do Guinness com esta música: 1) música de Natal com maior sucesso na ‘Billboard US Hot 100’ por um artista solo; 2) na maioria das semanas do Natal, na parada de singles Top 10 do
Reino Unido; 3) música mais transmitida no Spotify em 24 horas. Na verdade, o recorde da música mais tocada no Spotify foi alcançado por duas vezes: no dia de Natal de 2018, com 10,82 milhões de reproduções em 24 horas, mas foi batida alguns meses depois por Ed Sheeran e Justin Bieber em “I Don’t Care”. Então, no dia de Natal de 2019, a música voltou ao pódium com mais de 12 milhões de streams.
12. A música já foi cantada por, literalmente, toda a gente Fifth Harmony, Michael Bublé, Ariana Grande, Miley Cyrus, Shania Twain, John Mayer, Kylie Minogue, Justin Bieber, As Cheetah Girls, Demi Lovato, Jimmy Fallon and The Roots, My Chemical Romance, entre outros, foram muitos dos que já interpretaram este tema natalício. E todos nós, a cada Natal, já cantamos algumas partes também, certo?