4.ª edição - Jornal Notícias da Gandaia

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Notícias da www.gandaia.pt

Registo n.º 126448 na ERC

CONCELHO DE ALMADA

Novembro 2018 — Ano 1 — N.º 4 — Diretor: Ricardo Salomão

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

MAGANO

Cante, Fado e Jazz

p. 12 e 13

JOAQUIM JUDAS

CRÓNICA de Luísa Costa Gomes

ALMADA ESTÁ A REGREDIR Entrevista exclusiva p. 8 e 9

p. 2

Ribeira da Sobreda

DANÇA EM BOA COMPANHIA p. 4 e 5

p. 7

O seu condomínio em boas mãos ALMADA

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CRÓNICA | NOVEMBRO 2018 Notícias da Gandaia

NÓS E A NOSSA ÉPOCA

UM MUNDO DE ESTALAJADEIROS

|Luísa Costa Gomes Um amigo doutorado em Histó­ ria de Arte agora deu em estalaja­ deiro, como ele próprio diz. Aluga o seu apartamento e vive ao lado. Nos intervalos das lides, estuda e escreve o seu historiar artístico; depois lava roupa, faz camas, limpa as casas de banho, deita fora o que foi destruído pelo visitante e recompõe a figura para novo alu­ guer. Tem o desafogo económico para perseguir as actividades do espírito, todas elas não lucrativas. Outra, professora de Matemática e filósofa em tempos livres, saiu da casa própria, à Graça, fez dela airbnb e foi viver não para muito longe. Continua na zona, contra­ tou uma agência que a troco de comissão faz tudo o que ela não quiser fazer. Isto é gente que teve a sorte de viver nas zonas velhas ou nobres das cidades. Mas grande parte destes estalajadeiros vive agora em periferias que pulu­ lam de lisboetas desalojados, de coimbrões, de portuenses exila­ dos nas ruínas das segundas casas, ou nas quintas derrocadas das fa­ mílias, a sonhar renovações, recu­ perações e alojamentos típicos e de charme. Ou seja, em suma, novos alugueres. Portugal é agora um imenso Algarve. É bem bom que esta extraordinária fase da História Humana se case com mais antiga ambição portuguesa – foi, é, e será, viver dos rendimentos. É a falta de empregos, dir­me­ão. É a crise. Qual quê. Está­nos na massa do sangue. O sonho do português é a reforma, é viver sem trabalhar, ainda que o faça só depois de qua­ renta e cinco anos de trabalho. É o equivalente a ser rico, mas com tempo de serviço. Chamem­nos parvos, a ver se a gente se rala. Nesta altura da conversa há sempre quem chame a atenção para os aspectos positivos do novo paradigma mundial da hote­ laria – todos a viver em casa de

todos. A vantagem óbvia é a recu­ peração das ruínas, o olhar para o património familiar do ponto de vista da exploração económica. A recuperação de ruínas à força da ganância. E nas casas próprias, o que foi investimento vivido no es­ paço que habitávamos, passou a ser desinvestido da sua história privada e familiar para ser abor­ dado do ponto de vista do pro­ duto, da commodity. Ao mesmo tempo que o espaço é desinves­ tido, separa­nos da nossa casa e passamos a vê­la como algo que pode ser cobiçado por outros (não por “ladrões”, mas por “turistas”, que em vez de tirar, dão) e assim nos desligamos da nossa vida an­ terior e da nossa história. Assim que percebemos que as nossas salas interessam a outrem, passam a ter outro valor para nós. Quere­ mos alugar, queremos vender, queremos alienar, queremos ren­ tabilizar. Mas não a qualquer um nem por qualquer preço. Trata­se de um valor, por um lado, inquan­ tificável, porque vem do hábito e do amor que lhe temos, e por outro, inteiramente real. E como, de certa maneira, essas mesmas coisas que os outros cobiçam, para nós, valem simbolicamente, aca­ bam a valer uma cifra abstracta, cem mil, quatrocentos mil, meio milhão, é igual. Daí o extraordiná­ rio paradoxo de uma especulação imobiliária absurda, determinada pela cobiça do estrangeiro, a co­ missão do agente imobiliário e a mirífica fantasia do proprietário. O airbnb é uma operação mun­ dial assaz perversa, uma multina­ cional que opera no ramo do “espaço próximo e familiar”. O derramar da hotelaria por todo o parque habitacional dos residen­ tes é algo de novo na história do mundo. Funciona porque o tempo histórico se foi constituindo para o receber em glória. Muitos factores se puseram de acordo para que o airbnb se pudesse estabelecer como o paradigma da hotelaria contemporânea. Em qualquer local, por mais recôndito, do glo­ bo, se pernoita com o indígena, na cama em que ele dorme, se come na mesa dele, se usa a sua roupa de banho. Isto que seria visto como invasão da privacidade, é hoje a regra de um mundo em que a privacidade não existe e não se recomenda. Quem teve de pesqui­ sar sítios para ficar no airbnb sen­ tiu com certeza essa vertigem de

encontrar na Sicília, no Vietname ou no Hawaii, uma e a mesma casa, o catálogo Ikea, o catálogo Leroy­Merlin, as mesmas camas, as mesmas mesinhas de cabe­ ceira, o mesmo espelho e uma ideia sui generis da decoração de interiores. Uma ideia de flores de plástico, pedras em jarras e tige­ las, almofadas coloridas, eminen­ temente laváveis. O mais adorável, na minha perspectiva, são os to­ ques pessoais que o proprietário é humanamente incapaz de não aplicar, toques pessoais mas não muito pessoais. Mas nada disto tem valor, nem lhe podemos ter amor, porque se destina a ser usado por bárbaros, destina­se a ser sujo ou destruído. É que o tu­ rista quer o típico, mas não exces­ sivamente típico. Quer sentir­se sempre em casa, encontrar os mesmos sofás, os mesmos talhe­ res. O mesmo, mas diferente. Di­ ferente, mas igual. Há qualquer coisa de errado nestes alugueres, que diz venham cá, sou um super­ hospedeiro, simpático como pou­ cos, venham cá seus selvagens dormir na minha cama, grandes gordos alemães, grandes gordos americanos, seus porcos! Alugar a casa de onde a nossa própria ga­ nância nos desalojou acaba por re­ sultar nalgum rancor contra o turista. O modelo da casa de hós­ pedes, da pensão em que Dona Etelvina recebe e se senta à mesa com os convivas, esse, é velho como o mundo. Os naperons dela fazem parte do pacote e não são para desalojar. Nas classes altas e desfavorecidas, nos anos oitenta, a necessidade de restauração dos solares tomou a forma do turismo de habitação. O airbnb é o turismo de habitação das massas trabalha­ doras. E sair da casa própria, trans­ portar os tarecos para outro lado, olhar para o sítio em que vivíamos na perspectiva de quem vem ape­ nas de passagem a fingir que é nosso parente, isso é novo. E as consequências ainda estão por avaliar. |

Autora convidada

Cristina L. Duarte Quarta-feira, 28 de Novembro de 2018 pelas 21:30 – Entrada livre

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Notícias da Gandaia NOVEMBRO 2018 | EDITORIAL

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A MARÉ NEGRA AFOGA O ADMIRÁVEL MUNDO NOVO? |Ricardo Salomão Tinha 18 anos em 1974. Mesmo à beira da tropa e da guerra colonial. Apesar de não estar politizado, o mais básico sentido de justiça le­ vava­me a criticar o regime, mas baixinho, porque as paredes ti­ nham ouvidos e a prisão e a PIDE/DGS eram demasiado reais. Assistir a esta maré mundial de eleições de candidatos autoritários e fascizantes é um arrepio. Espe­ cialmente quando a tecnologia pa­ recia estar a fazer o mundo dar as mãos e começar a haver uma ver­ dadeira consciência planetária. Talvez por isso mesmo. Esse mundo novo, mais igualitário, mais justo, não interessa aos mais ricos entre os ricos. Talvez o que está a acontecer seja uma reação a esses tempos mais equilibrados.

O tempo nunca volta atrás, mesmo que pareça. Estes regimes são diferentes. Mas há constantes: o medo, desta vez não são os ju­ deus, são os emigrantes, os ho­ mossexuais, as mulheres…man­ tendo­se o nacionalismo, o “orgu­ lhosamente sós”, a capitulação ao grande poder económico, e, ai de nós, sobretudo nas questões am­ bientais, que podem aniquilar a raça humana sem qualquer arma. Claro que as pessoas não são es­ túpidas. Estamos a viver uma épo­ ca de enorme transformação e turbulência. Muitas pessoas estão a ser condenadas à pobreza de­ vido a uma globalização dirigida pelos interesses financeiros, acom­ panhando uma revolução tecnoló­ gica que retira massivamente empregos não especializados. Não são os emigrantes que nos roubam o trabalho. É a deslocaliza­ ção e a tecnologia. Acrescente­se, retirando da miséria milhões de

seres humanos, especialmente na Ásia. Esta grande transformação é imoral porque está a ser feita à custa do empobrecimento de grandes massas sociais, à custa da sustentabilidade ambiental e igno­ rando estratégias de equilíbrio. É imoral porque podia ser feito de outra maneira, dando oportuni­ dade às pessoas. Os muito ricos não seriam tão ricos, mas os po­ bres não seriam tão pobres. Porém, este extremismo, por sua vez, também gera reações. A agressividade acorda muitas pes­ soas para a necessidade de intervi­ rem. Já vimos isto começar a acontecer nas recentes eleições dos EUA. Naturalmente, também come­ çam a abrir os olhos a muitos res­ ponsáveis para a necessidade de mudança na prática política. Thomas Ferguson provou que as

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grandes empresas influíam muitís­ simo mais nas políticas governa­ mentais, qualquer que fosse o partido, do que as legítimas expec­ tativas dos eleitores, apesar das promessas. As eleições são vistas pelas grandes empresas como oportunidades de investimento… Mas não basta pedir mudança aos outros. A mudança começa con­ nosco: mais participação, mais sen­ tido crítico, mais espírito analítico. E mais vida associativa, mais vi­ vência comunitária. Há muitas for­ mas de participar e, por vezes, só pagar uma quota já é uma ajuda. A vida associativa é a rede última que permite às pessoas falarem entre si. É onde se pode discutir e compreender a realidade… aquela rede última a que se recorre na hora de necessidade, quando se precisa de desmontar a demago­ gia, de denunciar as tais “fake news”.

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Não tenham ilusões, essa hora virá. Temos encontro marcado. Seja como for, a bola está do nosso lado. Do seu lado deste jor­ nal. |

O MAR MUDA-NOS TODOS OS DIAS


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REPORTAGEM | NOVEMBRO 2018 Notícias da Gandaia

Ca.DA - COMPANHIA DE DANÇA DE ALMADA

ALMADA DANÇA EM BOA COMPANHIA |Andreia Gama Se uma cidade se caracteriza pela cultura que proporciona à sua comunidade, a 26.ª Quinzena de Dança de Almada, que decor­ reu em Outubro, é uma excelente premissa para dar a conhecer o expoente máximo desta arte no concelho, a Companhia de Dança de Almada – Ca.DA. Maria Franco, directora e fundadora da Ca.DA, é a companhia ideal para nos condu­ zir nesta dança pelo percurso da Compa­ nhia e dar a conhecer o seu espaço na Academia Almadense. Professora há 42 anos, começou, aqui, na Academia, onde a Companhia de Dança de Almada surge, em 1990, ainda como Grupo de Dança de Almada, como recorda: “na al­ tura, a escola ganhou o prémio da crítica dum concurso a nível nacional, o que foi um trampolim para que a Câmara Municipal de Almada nos apoiasse e nós começássemos como Grupo de Dança de Almada.” A Companhia de Dança de Almada surge anos depois, em 1998, com alteração de es­ tatuto do nome, e com objectivos concre­ tos, como explica a sua fundadora: “primeiro dar um percurso artístico a jovens bailarinos e proporcionar­lhes uma carreira artística como profissionais; depois, porque era importante para a afirmação da dança, para o desenvolvimento da dança em Por­ tugal haver companhias de dança, pois na altura éramos muito poucos. Havia a Com­ panhia Nacional de Bailado, o Ballet Gulben­ kian e pouco mais.” A Ca.DA faz questão que as suas estreias sejam sempre em Almada, sendo depois apresentadas em digressões por todo o país. Para além das novas criações, alguns dos espectáculos em circulação estão em reportório e continuam a ser apresentados, como o Fobos ou Dentro do Abraço, “so­ bretudo quando são projectos de inserção social, onde vamos buscar pessoas da co­ munidade para serem inseridas no espectá­ culo”. Neste último, apresentado em Estarreja este ano, fizeram workshops prévios com crianças com deficiências e depois inseri­ ram­nas na apresentação final do espetá­ culo. O mesmo aconteceu com crianças na Croácia, onde também levaram a peça Den­ tro do Abraço. Existem ainda os espectáculos que lhes são solicitados enquanto companhia de dança, para espaços informais, como as es­ treia em 2018 para a Casa da Cerca, ou para o Convento dos Capuchos. A fundadora orgulha­se por a Ca.DA ser uma Companhia que sempre incentivou os artistas, bailarinos e coreógrafos a apresen­ tar as suas criações, e apostando neles em nome da arte, “muita gente deu os primei­

ros passos aqui porque nós demos sempre essa oportunidade, o que é raro, porque é um risco, é um grande investimento que se tem de fazer e pode não resultar.”

26.ª Quinzena de Dança de Almada Criada em 1992, a Quinzena de Dança de Almada realizou­se de 21 de Setembro a 20 de Outubro. p.s. Carmen, foi o espetáculo de abertura da quinzena, inspirado pela ópera Carmen, de Bizet e dirigido por Maria Franco. Incluída no festival, a Plataforma Coreográfica Internacional deu espaço à participação de 20 companhias e criadores independentes de dança contemporânea de todo o mundo, tornando­se num impor­ tante ponto de encontro para coreógrafos e bailarinos. A Plataforma Coreográfica In­ ternacional consiste “naquele conjunto de coreógrafos que juntamos num programa, com 20 minutos de peça, e apresentamos em cinco espectáculos”. A Ca.DA dá opor­ tunidade a “coreógrafos portugueses que trabalham no estrangeiro de virem cá apre­ sentar o seu trabalho, fazerem intercâmbio de experiências e conhecimento, partilha­ rem o trabalho uns com os outros, observa­ rem o que se faz em toda a parte do mundo em relação à dança contemporânea”.

A Mostra de videodança é outra das te­ máticas do festival, que tem vindo a receber cada vez mais candidaturas. Maria Franco reconhece que “há uma procura internacio­ nal muito grande do nosso festival, e esse reconhecimento tem sido notório todos os anos”. A qualidade das candidaturas recebi­ das tende a ser superior, assim como a sua quantidade, podem chegar às 200, o que di­ ficulta a selecção das mesmas por parte da Ca.Da, que não tem capacidade orçamental para dar corpo a todas as que deseja. O financiamento da CMA para a Quinzena de Dança de Almada, no valor de 225 mil euros, tem­se mantido o mesmo na última década, “o que não nos dá hipóteses de

evoluir muito”, como admite a directora, “temos de fazer um esforço, apesar deste ano termos tido um complemento da DGARTES para o festival.”

Apoios A Companhia de Dança de Almada é fi­ nanciada pela DGARTES, como Companhia, escola de formação e ações e sensibilização de públicos. Ficou até em primeiro lugar do concurso, na área da dança, não a nível fi­ nanceiro, mas no que respeita ao projecto mais valorizado e mais votado em termos de pontuação.

Ainda neste âmbito, do incentivo a jovens artistas e apoio na coprodução, a directora faz referência à peça As voltas que a terra dá – Teatro para bebés, que estreou no Auditó­ rio durante a 26.ª Quinzena de Dança de Almada, com crianças em palco acom­ panhadas de adultos. Os participantes Quinzena de Dança de Almada “variam todos os anos, com exce­ ção de alguns, os quais, pela qualidade que demonstraram, repetem com outras cria­ ções e trabalhos. As características das companhias e dos grupos são diferentes, e é importante que cada um destes espaços sejam adequados às necessidades da pró­ pria companhia”, explica a professora. Por isso, se para uns o mês Agosto representa férias, para a Companhia de Dança de Al­ mada é um mês de trabalho exaustivo, com toda a produção e logística associadas. Maria Franco contextualiza, “a Academia Almadense é o único lugar em que temos alguma possibilidade de organizar em ter­ mos de programação, pois os outros espa­ ços como o Teatro Municipal Joaquim Benite e o Auditório Fernando Lopes­Graça, no Fórum Municipal Romeu Correia, estão sujeitos à sua própria programação para nos cederem as sala para apresentarmos os nossos espectáculos.” Como consequência destas variantes, tiveram de alargar o âm­ bito desta quinzena, que afinal durou um mês.

Foto de Pedro Soares


Notícias da Gandaia NOVEMBRO 2018 | REPORTAGEM

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Um novo conceito de pizza!

Maria Franco recorda anos bastante complicados quando perderam o apoio do Ministério da Cultura com a mudança de Governo, “se os grupos culturais não tive­ rem financiamento acabam, não há hipó­ tese. Se não fosse com o contributo da CMA, que tem sido constante, não tínha­ mos conseguido. Nós queremos sempre que as pessoas estejam mais envolvidas, mas para isso teríamos de ter um financia­ mento um bocadinho diferente para che­ gar a mais público, para fazer muito mais divulgação”, reconhece a directora, que não esquece outros apoios igualmente im­ portantes como a mais­valia que é poder fazer apresentações de espectáculos no auditório do Teatro Municipal de Almada. Em relação ao futuro da Ca.DA, fica a ex­ pectativa do que vai acontecer. “Não sei quais as políticas que vão mudar em rela­ ção à CMA. Espero que reconheçam o que nós enquanto companhia estamos a fazer para que nos seja dado o devido apoio. A Companhia tem uma estrutura, não se en­ quadra em concursos de candidaturas para projectos pontuais”, por isso não pode ser avaliada pelos mesmos parâmetros.

Ca.Da Escola Para além desta vertente de dança pro­ fissional e criação artística, a Companhia de Dança de Almada tem ainda a vertente de formação, com a sua escola de dança. A escola de dança tem cursos livres para quem pretende aprender dança enquanto complemento da sua formação artística ou como atividade física e lúdica, e cursos vo­ cacionais, destinado aos alunos que optem por uma formação artística regular e inten­ siva. Neste âmbito vocacional, a existência dum Estúdio Coreográfico proporciona aos alunos experiências coreográficas, e disci­ plinas como Reportório Clássico e Contem­ porâneo, onde os alunos são convidados a apresentarem o seu trabalho ao público. Entre os cursos livres e vocacionais, a Ca.Da Escola tem cerca de 240 alunos. A ca­ pacidade máxima de cada estúdios ronda 16 alunos em média, que se juntam todos após o horário escolar, e por esta razão a escola não pode admitir mais alunos, em­ bora as listas de espera sejam extensas. Com seis professores fixos de ensino ar­ tístico, dança criativa, clássica, contempo­

rânea, este ano têm pela primeira vez um curso de ensino articulado, que foi apro­ vado pelo ministério, e embora ainda em período experimental conta com cinco alunos da escola D. António da Escola. A Dança para Todos é um projecto da Companhia Dança de Almada que aposta “quer na formação e sensibilização para novos públicos, como ir às escolas fazer aulas, convidarmos crianças a assistirem aos nossos espectáculos, quer na inter­ venção social com a comunidade, com as­ sociações. Exemplo disso é o caso do Centro Juvenil e Comunitário Padre Ama­ deu Pinto, em que trazemos crianças aos nossos estúdios e fazemos ateliers de for­ mação para eles perceberem que existem outros contextos sociais, e no final convi­ damos os pais a assistirem a uma apresen­ tação do trabalho deles. Outras vamos nós ao próprio espaço fazer apresenta­ ções.”

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Ser bailarino é uma profissão que exige muito treino e muito trabalho para quem quiser chegar a um nível profissional, re­ força Maria Franco. No entanto, para quem quiser levar a dança duma forma mais descontraída, a fundadora da Ca.Da lembra que esta “é muito importante para o desenvolvi­ mento social, cultural, psicológico, de in­ tegração. A dança não é só uma actividade lúdica e física, obriga as pes­ soas a pensarem, a criarem, a conhecerem o seu próprio corpo. O movimento cria­ tivo é muito importante para todas as ida­ des, não precisa de ter uma técnica associada, faz com que as crianças desen­ volvam as suas capacidades criativas e os seniores as suas capacidades motoras. A dança é para toda a gente!” E como ao Notícias da Gandaia, esta pa­ rece uma excelente ideia para deixar no ar, pegamos no corpo do nosso texto, pomos­nos em movimento e entre danças e contra danças nos despedimos, com a esperança que esta Dança tenha todo o “espaço” que precisa para poder ser arte e cultura. |

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Horizontais: 1- Flamula. 2- Sorri. Oferecer. 3Composição poética lírica Pedra de moinho. 4- Em a. 5- Aperter com nó. Gr. quantidade. 6- Dois (Num. Rom.). Grito aflitivo. 7- Enguia. Cidade da Índia (inv.). 8- Seguir (inglês). Fileira. 9- Toara. Nota musical. Efêmera. 11- Árvore ou arbusto da fam. das fagáceascomum em Portigal (pl.). Verticais: 1- Canal que resulta da bifurcação da traqueia e que se ramifica no interior do pulmão (pl.).2- Peça operática. Adoro (inv.). 3- Veste talar. 4- Oferece. Basta!. Letra grega (inv.). 5- Irmão da mãe 6- Nome de vogal (pl.). D. de companhia. Povoação portuguesa. 7- Rio da Suiça. Doença. 8- Fileira. 9- Seguir. Oferece. Nome de vogal (pl.). 10- De manhã. Contr. da prep. a com o art. def.o (inv.).11- Tudo o que nos pertence e de que podemos dispor livremente.

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Notícias da Gandaia NOVEMBRO 2018 | AMBIENTE

POR ONDE CORRE A RIBEIRA DA SOBREDA?

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|Paula Chainho* seres vivos depende da qualidade da água do rio mas também da es­ trutura das margens, pelo que a degradação dos sistemas ribeiri­ nhos por ação dos seres humanos altera também a composição flo­ rística e faunística dos mesmos, pois há animais e plantas mais to­ lerantes ou mais sensíveis a estas alterações. Por isso, a composição faunística dos sistemas aquáticos pode ser usada como indicadora da qualidade da água. As crianças do JI do Alto do Índio decidiram chamar ao nosso projeto da ri­ beira “Ribeira, ribeirinha, a ribeira é dos insetos”, precisamente por­ que os principais moradores das ribeiras são larvas de insetos.

Quando decidi morar na So­ breda, quis saber um pouco mais sobre a história desta Suvereda, terra de sobreiros, que agora pas­ sam despercebidos, por entre as urbanizações pouco ordenadas e as “florestas exóticas de acácias (mimosas)”. Fiquei a saber que a ocupação da zona da Sobreda re­ monta ao Paleolítico e que a abun­ dância local de água e a fertilidade das terras sempre promoveu a agricultura e a proliferação de hor­ tas. E, aquilo que mais me cativou foi saber que existem duas ribei­ ras, a ribeira da Sobreda e a do Guarda­Mor. Perguntei aos mora­ dores locais, aos pais dos colegas de escola dos meus filhos, aos pro­ fessores, aos funcionários da Junta de Freguesia, onde corriam essas ribeiras. E vi caras estupefac­ tas, que ripostaram: “A vala? O ca­ neiro? O canal? O esgoto? Fiz uns passeios pela área cen­ tral da Sobreda e lá vislumbrei o canal cimentado que passa mesmo no centro da Sobreda, re­ cebendo umas pingas de água da bica localizada mesmo à porta do Solar dos Zagallos, e que serpen­ teia até Corroios, numa caminho bem desenhado para não colidir com as estradas, as escolas, os prédio e as casas. Assim, bem en­ caminhada pelos muros de pedra e betão e pelas condutas, a ribeira da Sobreda/Guarda­Mor, lá segue mesmo encostada Estrada Nacio­ nal 10­1, junto ao muro da Escola Elias Garcia, correndo por entre as planícies da Sobreda e Corroios, até desaguar no estuário do Tejo.

E perguntei­me: “É isto a ri­ beira?” Era aqui, no antigo “Largo do Rio” (atual Largo António Piano Júnior), mesmo à porta do Solar dos Zagallos, que as crianças de Sobreda vinham molhar os pés? Enquanto bióloga, a minha cu­ riosidade sobre os ecossistemas naturais não me deixa tranquilizar enquanto não percebo o porquê das coisas. E aquela ribeira trans­ formada em “caneiro” não me tranquilizou. Tentei encontrar a nascente, mas esbarrei contra as vedações das ca­ sas do bairro do Guarda­Mor. Ten­ tei encontrar as árvores típicas das galerias ribei­ rinhas, mas en­ contrei apenas canas, um tufos de cavalinhas e uns rebentos tími­ dos de freixos que tentavam sobrevi­ ver no meio dos enrocamentos, nos intervalos das podas feitas pela Câmara Municipal para garantir a limpeza das linhas de água. E pensei: “Esta ribeira está doente!” Quem melhor do que as crianças para perceber estas doenças da natureza? Esta re­

flexão motivou­me a propor à pro­ fessora Sofia, do Jardim Infantil (JI) do Alto do Índio, levar as crian­ ças do pré­escolar a visitar a ri­ beira da Sobreda e a tentar perceber o seu estado de saúde. Fizemos um primeiro encontro na sala de aula, onde falamos sobre os rios e ribeiras, dos vários tipos de organismos que dependem do rio como fonte de alimento, como por exemplo a lontra, a toupeira­ de­água, o guarda­rios ou a gali­ nha­de­água. A presença destes

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Em Maio de 2016 visitamos a ri­ beira e fomos investigar quem lá morava. Os “moradores” da ri­ beira eram, maioritariamente, lar­ vas de insetos, mas daqueles que indicam uma Qualidade da Água Menos Boa. Em 2017, os alunos do JI transitaram para a Escola Elias Garcia e o professor Jorge abra­ çou esta ideia de seguirmos o es­ tado de saúde da ribeira. Em Maio de 2017 e 2018 recolhemos amos­ tras na ribeira, mesmo ao lado do muro da Escola Elias Garcia, e ve­ rificamos que os insetos que lá moravam eram indicadores de má qualidade. Desde então, temos tentado sensibilizar associações locais, a Junta de Freguesia e a Câ­ mara Municipal para a necessi­ dade de resolver este problema pois os “moradores” da ribeira da Sobreda mostram claramente que há despejo de esgotos não trata­ dos nesta linha de água. Em Outu­ bro de 2018, alguns moradores da Sobreda observara e denunciaram o despejo de esgotos a partir de veículos de limpeza de fossas na ribeira. As crianças da Escola Elias Gar­ cia querem uma ribeira onde pos­ sam passear, ver correr uma água límpida e identificar insetos indica­ dores de boa qualidade da água. Por isso, é urgente uma interven­ ção que reponha a vegetação da ribeira e impeça os despejos ile­ gais de esgotos. Gostaríamos de acreditar que, no futuro, o cami­ nho para a escola será percorrido à sombra das árvores da ribeira, a escutar o contar das aves e das rãs e ver os peixes a nadar por entre os seixos e as águas límpidas. | * Investigadora do Centro de

Ciências do Mar e do Ambiente (MARE), Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Moradora na Sobreda.

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ENTREVISTA | NOVEMBRO 2018 Notícias da Gandaia

JOAQUIM JUDAS EM ENTREVISTA

ALMADA ESTÁ A REGREDIR Um ano depois da mais inesperada derrota eleitoral, o anterior Presidente da Câmara diz que com a nova vereação socialista e social-democrata Almada está em regressão. Mas não perde a esperança nos almadenses. |Ricardo Salomão Rui Monteiro

cia no resultado final? Terá tido alguma influência, embora pelo resultado que houve talvez não tivesse sido decisivo. Os 400 votos para a presidência que separam o PS da CDU indicam mais do que um factor. É provável que alguns des­ ses eleitores, que ainda não conhecem aquilo que é a história de Almada, votassem mais de acordo com a sua ideologia e menos com o conhecimento do que tem sido a prática autárquica. O que, como se sabe, é um voto muito concentrado na rea­ lidade local, que tem mais em conta o que é feito do que a ideologia de quem faz. Na sua explicação não inclui nenhuma responsabilidade do seu executivo?

Fotos de António Nobre

A primeira pergunta é inevitável. Como é que explica os resultados eleitorais que levaram à mudança de executivo camará­ rio ao fim de mais de 40 anos? Da avaliação que fazemos há dois facto­ res que pesam mais. Um deles é a conver­ gência da oposição e o outro é uma certa convicção que se generalizou em sectores

muito largos do eleitorado de que isto es­ tava ganho. Acha, como se disse na altura, que os cinco mil novos eleitores que participa­ ram nesta eleição, a maioria deles vindos de Lisboa em consequência da gentrifica­ ção da cidade, tiveram alguma importân­

Há coisas que nunca correm tão bem como nós desejamos, mas pensamos que existiam expectativas no eleitorado em re­ lação a Almada que poderão não ter sido concretizadas, o que aconteceu porque go­ vernámos em determinadas circunstâncias. Mas creio, também, que existia a consciên­ cia de que Almada, no quadro das dificulda­ des que foram colocadas às autarquias pelas políticas do anterior governo, se en­ contrava numa situação distinta e de uma forma geral era olhada pelos outros muni­ cípios como sendo um exemplo positivo de ultrapassagem dos obstáculos que nos foram colocados. É nesse sentido que faze­ mos a avaliação do nosso desempenho: res­ pondemos bem, agora não conseguimos responder às expectativas que as pessoas tinham. Admitimos que o caso da Charneca, a não realização da obra na 377, que foi uma coisa muito falada, terá tido peso. Sabemos que não correu tudo bem, mas temos a consciência de que o essencial do nosso programa estava adequado às necessida­ des do concelho. Há alguma coisa em concreto que la­ mente não ter conseguido fazer? Estamos a falar de coisas que podiam estar ao nosso alcance. Essa, em concreto, acho que podíamos ter concretizado se ti­ véssemos tido maior autonomia na predis­

posição para fazer a obra. Ou seja, para não sermos tão abstractos: se não estivéssemos à espera que se desenvolvesse o quadro co­ munitário e a mobilização de fundos da União Europeia para fazer algumas coisas em relação à obra; coisas que tinham algum valor, mas que em relação ao volume de re­ cursos financeiros não pesavam assim tanto, a obra tinha sido feita. Concluídas as eleições, porque não fez a CDU um acordo com o PS? Nós estávamos disponíveis para fazer um acordo com o Partido Socialista, mas tam­ bém soubemos que o PS foi primeiro falar com os outros partidos. O que não é razão impeditiva. Agora, o que nós entendíamos é que no quadro de uma tão pequena dife­ rença eleitoral que o equilíbrio em respon­ sabilidades a atribuir devia ser outro. Aliás, tivemos a experiência dos anos de 1980, em que o PS teve grandes responsabilidades em diversos pelouros, e procurámos, na proposta que fizemos, aproximarmo­nos de um entendimento idêntico. Não foi essa a vontade do PS. Qual foi a divergência que tornou o acordo impossível? A grande divergência foi a falta de von­ tade expressa de o PS se querer entender com a CDU. Tinham um entendimento com o PSD que garantia uma maioria confortá­ vel e foi por aí que preferiram ir. E, também, provavelmente, uma vontade de ruptura com o passado que, no nosso entender, não se justifica, mas que a prática tem de­ monstrado ser real, por exemplo, na nova estrutura camarária, ao colocar todos os di­ rigentes em regime de substituição, isto é, podendo ser substituídos a qualquer mo­ mento, mostra que há uma ruptura em curso. Acha que está a ser feita uma “limpeza”? Acho que as coisas vão muito no sentido, não direi que é uma “limpeza”, mas de uma afirmação de seguir uma política diferente que, ao mesmo tempo, procura isolar no plano político a CDU.


Notícias da Gandaia NOVEMBRO 2018 | ENTREVISTA Ao fim de um ano como é que vê a admi­ nistração de Inês de Medeiros? Pensamos que há um recuo muito signifi­ cativo, um retrocesso, mesmo, porque quem se candidata vem para governar du­ rante quatro anos. E não é aceitável dizer: acabámos de chegar e agora vamos ver o que vamos fazer, porque a Presidente veio para governar desde o primeiro dia. Por­ tanto tem sempre a obrigação de se prepa­ rar e, apesar da surpresa, tem o dever de rapidamente estar pronta para agir. Pode concretizar? Há um modelo aqui em Almada, que foi construído naturalmente com a CDU, mas que é um modelo dos almadenses. É um modelo construído com contradições, com irritações, mas foi sempre criado um pouco por toda a gente. No último mandato pro­ curámos até sublinhar este aspecto da par­ ticipação. A ideia dos congressos Almada, dando oportunidade à discussão de varia­ dos assuntos, os fóruns para a cultura, para o desporto, as reuniões com as populações sobre os mais diversos assuntos, o envolvi­ mento do movimento associativo e das IPSS não na perspectiva de um processo de contratualização, mas antes de parceria, em que se entende que se concretiza um deter­ minado projecto porque centenas ou mesmo milhares de pessoas, que dão o seu tempo, gratuitamente, para que outros possam beneficiar da sua actividade, são apoiadas com os recursos do município. Esta forma de trabalhar perdeu­se. Talvez esteja a ser um pouco ríspido, mas é como se existisse um regime de não confiança nas estruturas já existentes. Por outro lado há a ilusão de que o governo e a administração central vêm substituir aquilo que nós, autar­ quias, temos de fazer. Aliás, se olharmos para a concretização programática, não há nada de novo – a não ser que se considere novo fazer uma corrida de automóveis nos terrenos da Lisnave. No trabalho da oposição há vereadores que são muito, direi, visíveis por parte dos munícipes, mas outros parecem completa­ mente desaparecidos? Nós, na CDU, funcionamos em equipa. E há também o aspecto concreto de os verea­ dores da CDU e do Bloco de Esquerda não terem pelouros, por isso, como se costuma dizer, tivemos de fazer pela nossa vidinha, ou seja, retomar a nossa vida profissional. O que é importante é que esta equipa tem um espírito de trabalho em conjunto… E vai manter esta equipa nas próximas eleições? Ainda é muito cedo para tomar essa deci­ são. Faltam três anos, há várias eleições pelo meio, o panorama político pode mudar ou manter­se, ninguém adivinha… Por isso é muito cedo para equacionar essa candida­ tura. Mas a CDU tem uma estratégia para re­ conquistar a Câmara? Há uma estratégia e essa estratégia é tra­ balhar para que Almada ganhe. Foi isso que nos deu a vitória nas anteriores eleições, foi

com essa convicção que trabalhámos nesta, mas a nossa preocupação é fazer com que este município progrida e isso só se consegue com trabalho. Há alguns grandes projectos em curso e que têm de ser resolvidos. Estou a pensar na Costa da Caparica, na Fonte da Telha, no Ginjal, na Cidade da Água. O que vai fazer a CDU em relação a estes projectos de que toda a gente reconhece a importân­ cia: colaborar com a autarquia ou torná­los um cavalo de batalha da oposição? Os projectos de desenvolvimento da frente atlântica da Costa, começando por aí, embora haja coisas aprovadas, ainda não têm nenhum projecto alternativo. A Ci­ dade da Água é um projecto da Câmara. Embora aquele terreno seja propriedade do Estado foi a Câmara que fez e pagou o projecto, que foi aprovado pelo governo e publicado em Diário da República, para o Plano de Urbanização de Almada Nas­ cente. Fomos nós que fizemos várias dili­ gências, ainda com o governo Passos Coelho e depois com o governo minoritá­ rio do Partido Socialista, para que se des­ sem passos no que diz respeito à definição do cadastro daquele território e colocá­lo em condições de se poder concretizar o plano. Recebemos, ainda com a CDU na ve­ reação, promotores internacionais e nacio­ nais com interesse no desenvolvimento do plano de urbanização. Portanto, oposi­ ção… não há oposição. Tudo aquilo que está feito e que vai ser feito ainda é dos al­ madenses, foi feito connosco. Em relação ao Ginjal, a mesma coisa. A diferença que há é o que o PS, sobretudo, mas também o PSD e outros, quando estavam na oposi­ ção, diziam: já. “Já” esse que não era con­ cretizável daquela forma por haver

condições que necessitam de ser ultrapas­ sadas, que ainda não foram, e às quais a ac­ tual presidência ainda não deu resposta, pelo contrário parou acções que estavam em curso. Mudando para um assunto mais geral, se não se importa, em breve, tudo indica, haverá uma baixa considerável do preço dos passes na região da Grande Lisboa… É uma batalha que a CDU desenvolveu em relação à promoção do transporte pú­ blico e do transporte público acessível, co­ laborando na Área Metropolitana de Lisboa com os diversos municípios envolvi­ dos. Agora, chamamos a atenção para que não é de um dia para o outro – por muito que este caminho tenha de ser feito, isto que fique claro, e que tudo o que se faça nesse sentido já venha tarde – que a maio­ ria das pessoas, que hoje usa o automóvel, vai deixar de o fazer, principalmente en­ quanto o transporte público não correspon­ der às necessidades reais das populações. E isso ainda demorará o seu tempo. Até por passar por uma reorganização do espaço urbano que está longe de estar feita. É pre­ ciso, por exemplo que a rede de metro se alargue e chegue à Costa e à Trafaria, e mesmo que tenha outra linha entre Cor­ roios e o mar, que faça a Charneca, a So­ breda… E é preciso melhorar a aces­ sibilidade à Fertagus dentro do concelho. Nesta questão dos passes vai ser neces­ sário envolver muita gente, negociar com privados, garantir meios para que o pro­ cesso se desenvolva. Acha que isto vai ser fácil ou as “dificuldades” negociais podem ser uma maneira de adiar o projecto? A CDU tem tido reservas em relação a este processo, pois não ficou claro quem

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paga o aumento da capacidade de resposta dos agentes de transportes públicos. Ou seja: há uma base, que tem um determi­ nado custo e do orçamento de Estado vem esse dinheiro. Mas se as autarquias quise­ rem mais um linha de comboio para um de­ terminado sítio, ou que haja mais de autocarro para outro lugar, o que está pre­ visto é que seja a autarquia a pagar. Daí haver alguma resistência da nossa parte, mas o processo está em curso e estando em curso vamos procurar concretizá­lo da melhor maneira possível. Pensamos que, naturalmente com contradições e dificulda­ des, é um projecto que deve seguir adiante desde que o governo mantenha a vontade política que mostrou em concretizá­lo, e desde que na Área Metropolitana se con­ siga manter a posição mais ou menos con­ vergente que tem existido. Não temos outro caminho, porque as cidades não podem comportar este modelo exponen­ cial do transporte individual da maneira que tem sido utilizado até agora, por haver, neste capítulo, atitudes corajosas que têm de ser tomadas nesta fase. Finalmente. Vai voltar a candidatar­se à presidência? Já respondi a essa pergunta… Isso não é uma resposta… É a resposta possível nesta altura. Eu tenho 67 anos, em 2021 terei 70 anos, e isto é um aspecto pessoal que tenho de pensar. Depois, como sabem, de acordo com a mi­ nha formação desde jovem militante, a de­ cisão colectiva é sempre a decisão que conta nestas matérias. Além daquilo que a gente não sabe, que é a nossa disponibili­ dade amanhã. Por isso é ainda muito cedo.|


10 PATRIMÓNIO | NOVEMBRO 2018 Notícias da Gandaia

A PARÓQUIA DA CAPARICA

|Francisco Silva

Enquanto divisão eclesiástica do territó­ rio a Paróquia da Caparica fundada em 1472 dará origem à Freguesia da Caparica na sequência das reformas administrati­ vas do Liberalismo. Esta unidade territo­ rial só é quebrada em 1926 com a criação da Freguesia da Trafaria (integrando a Costa). Durante 454 anos a grande maio­ ria das povoações e a população do con­ celho de Almada integravam a paróquia da Caparica. Durante o século XIX identifi­ cam­se na Caparica setenta e um topóni­ mos, na sua maioria ainda hoje localizáveis. A grande paróquia da Caparica encon­ trava­se contudo dividida em Varas. Grosso modo esta divisão correspondia às futuras freguesias de Trafaria, Costa da Caparica, Sobreda. Através da designação de cada Vara compreende­se o povoa­ mento do território em função das povoa­ ções designadas como Cabeça de Vara que lhes estão associadas. No século XVIII a paróquia da Caparica encontrava­se di­ vidida por cinco Varas: Fonte Santa, provavelmente a povoa­ ção mais antiga da Caparica, em virtude das abundantes nascentes de água e da sua localização no eixo viário estruturante já utilizado durante o período Romano que liga o Porto Brandão à Torre de Capa­ rica e daí seguia para sul até Sesimbra. Funchal (de funcho), que se passará a designar Vila Nova, desenvolvimento desta povoação poderá estar relacionado com a proximidade a dois espaços con­ ventuais. O desaparecido Convento da Flor da Rosa, fundado em 1413 e o conhe­ cido Convento dos Capuchos fundado por Lourenço Pires de Távora, por decreto que obteve do Papa Pio IV, em 1560 aquando da sua missão diplomática du­ rante o Concílio de Trento. Murfacém, povoação com vestígios de presença islâmica datável dos séculos XI XII, era a povoação mais ocidental do con­ celho de Almada localizada no final da via estruturante que iniciava em Cacilhas atra­ vessando toda a frente norte do concelho de Almada.

localizada no interior do concelho terá aqui sido edificada uma ermida dedicada a S. Sebastião na primeira metade do sé­ culo XVII a qual mais tarde passou a ter como padroeira Nossa Senhora do Livra­ mento. Esta foi provavelmente a primeira capela pública da paróquia da Caparica, o que se justificou não só pela distância a que Sobreda ficava a igreja matriz no Monte, mas também pela capacidade e iniciativa dos habitantes.

Senhora do Monte Agência Funerária

Pera / Ribeiro, a povoação de Pera e o lugar do Ribeiro localizam­se na encosta sul do vale interior que se desenvolve ao longo da linha de água que desagua na Trafaria, actualmente designada Enchur­ rada, corresponde a uma zona de solos férteis de aluvião com disponibilidade de água e boa exposição solar

Gerência de: António Brás e Sérgio Brás

Algumas das cabeças de vara durante o século XVIII perderam importância em função do desenvolvimento de outras po­ voações. Nomeadamente a Fonte Santa, que é substituída pelo Monte de Caparica dada a concentração do povoamento em torno da Igreja matriz. Bem como através do desenvolvimento das zonas litorais. Nesse sentido a Vara do Funchal/Vila Nova passa a designar­se da Costa enquanto as povoações de Ribeiro, Pera e Murfacém perdem importância em favor da Trafaria. Constata­se também que o povoamento se concentra a norte, onde se encontram os solos com mais aptidão agrícola e os caminhos principais. A sul onde actual­ mente se encontram as freguesias da Charneca, Laranjeiro e Feijó o coberto ve­ getal era composto de mato e pinhal. Em­ bora aí se recolhesse lenha, caça e outros recursos silvestres como a grã (usada na tinturaria para fazer a cor púrpura), eram territórios desabitados e pouco acessíveis e só vão conhecer um crescimento popu­ lacional a partir da segunda metade do sé­ culo XX.

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A divisão da paróquia da Caparica em Varas irá manter­se durante o início do sé­ culo XX, em particular em função do Círio ao Cabo Espichel, disso trataremos na pró­ xima ocasião.

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Sobreda, povoação já referenciada no século XIV por Fernão Lopes, encontra­se entre uma das mais antigas do território,

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Notícias da Gandaia NOVEMBRO 2018 | MOBILIDADE 11

com a utilização de carros autónomos, sem condutor. Esta seria a primeira linha dedicada a este tipo de veículos cuja ten­ dência será cada vez mais uma alternativa, ainda que de uma forma experimental.

|Tiago Rocha

FAZ DE METRO MAS NÃO É METRO Fala­se muito na extensão do Metro de Superfície até à Costa da Caparica, defendendo a extensão das atuais linhas, que atualmente acabam na Faculdade do Monte da Caparica, até à cidade da Praia do Sol, capitalizando o intenso fluxo de passageiros especial­ mente na época balnear. Porém, também no Seixal, na Moita, no Barreiro, até Montijo e Alcochete querem ver a extensão das linhas desde o seu término atual em Cor­ roios. Como pano de fundo, temos os governos a dizerem que não há dinheiro.

ser analisada de uma forma inte­ grada. É por isso fundamental promo­ ver a discussão em torno das alter­ nativas aos atuais meios de transporte públicos que servem a margem sul. Temos hoje uma rede de trans­ portes que precisa de servir mais e melhor a população e inverter os fluxos pendulares de transportes particulares que todos os dias mar­ tirizam os cidadãos e as cidades, como Almada e Lisboa.

Há muito tempo que se devia ter centralizado ou pelo menos coor­ denado a forma como os cidadãos da Área Metropolitana de Lisboa se deslocam e o que fazer para mi­ nimizar o impacto do uso do trans­ porte particular na qualidade de vida das populações. Falamos de tempo gasto diariamente e da po­ luição causada pelo uso excessivo do automóvel.

Todos os dias entram e saem mi­ lhares de pessoas trabalhar e não só. Pessoas que se espalham por toda a cidade, vivem na periferia e trabalham longe de casa (e este é um tema que também deveria ser debatido, como a compra de casa própria deu origem à fixação de populações longe dos seus empre­ gos, obrigando à deslocação diária de milhares de pessoas entre a casa e o emprego).

Na verdade, se numa primeira fase a mobilidade sustentável é um tema premente, esta deverá

As alternativas devem passar por uma escolha pragmática e ra­ cional entre as opções existentes

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e com base nas experiências ad­ quiridas mas também na observa­ ção de soluções implementadas noutros locais com problemas se­ melhantes, uma vez que este pro­ blema é recorrente em todas as grandes cidades. Em primeiro lugar temos uma rede de infra­estruturas existente que pode ser aproveitada para dar essa resposta, adaptando­a à ins­ talação de uma rede de transpor­ tes públicos realmente capaz de dissuadir a utilização do trans­ porte particular, passando tam­ bém pela utilização de transportes amigos do ambiente, movidos a energias renováveis e não poluen­ tes como por exemplo o hidrogé­ nio.

Linhas Dedicadas A criação de linhas dedicadas nos IC´s e auto­estradas poderia servir para dar essa resposta. Estas linhas dedicadas podem também ser utilizadas por aquele que decerto vai ser o futuro da nossa mobilidade, e que se prende

Ao contrário da ins­ talação de um metro de superfície, mesmo que ligeiro, a instala­ ção de um BRT (Bus Rapid Transit) é mais barata e mais fácil de exe­ cutar. Ao contrário dos transpor­ tes em carris, a utilização de autocarros permite que facil­ mente desbloquear a via e reto­ mar circulação normal. O número de autocarros a circular pode ser adequado às necessidades em cada período de tempo durante o dia. A possibilidade de utilizar as vá­ rias interceções viárias que che­ gam e cruzam o IC20 como ponto de recolha de passageiros e a pro­ ximidade com alguns transportes de grande eficácia, com por exem­ plo os comboios CP e FERTAGUS é também um ponto a favor da oti­ mização e melhoramento da oferta no que diz respeito aos transportes públicos. A escolha deste tipo de solução deverá ser acompanhada de uma clara vontade política orientada para a resolução dos problemas.

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Devemos discutir o futuro da mobilidade de Almada, tornar o nosso concelho amigo do am­ biente, dar mais tempo às pessoas para viver em harmonia, mais tempo para a família e os amigos. Este é o grande desafio da nossa sociedade. Passemos à ação.|

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12 MÚSICA | NOVEMBRO 2018 Notícias da Gandaia

MAGANO: COMO RENOVAR A TRADIÇÃO Renovar a tradição é o propósito dos Magano. Frase que a banda de Sofia Ramos, Nuno Ramos e Francisco Brito demonstra no seu primeiro álbum ao juntar cante, fado e jazz. |Rui Monteiro Como é que de uma residência artís­ tica, tanto quanto sei dedicada ao fado, saem os Magano?

Individualmente qual é a vossa histó­ ria musical. E como é que essas vonta­ des se juntaram?

As residências de fado do “Povo” duram cerca de três meses. Durante esse tempo, para além do fado, o artista é incitado a explorar outros géneros mu­ sicais. Dessa exploração surgiu a von­ tade de exprimentar o cante, logo aí com uma nova abordagem. A Sofia de­ safiou o Francisco a tocar no contra­ baixo Alentejo, Alentejo e, após a primeira actuação ao vivo, o Nuno jun­ tou­se formando­se assim um trio, com duas vozes e contrabaixo. Na noite em que tocámos juntos pela primeira vez tornou­se óbvia a vontade de continuar a tocar.

A Sofia está ligada ao fado e sempre foi no fado que traçou o seu percurso musical. O Nuno sempre compôs as suas músicas, deixando­se influenciar pelos mais diversos estilos, sendo que o cante uma destas referências. O Francisco tem na sua maior influência o jazz, sendo que a música tradicional é algo que sempre lhe despertou interesse. A vontade de fazer algo dedicado ao cante alentejano já havia desde algum tempo atrás da parte do Nuno, tendo feito diversas gra­ vações de versões de modas alenteja­ nas. No momento em que a Sofia e o Francisco se juntaram para tocar o Alen­

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Notícias da Gandaia NOVEMBRO 2018 | MÚSICA 13 que as pessoas que vivem com esta música não aprovem aquilo que está a ser feito, no entanto, as críticas estão a ser bastante positi­ vas. Temos tido muito apoio, inclu­ sivé já nos disseram “Levem o cante para a cidade!”. Tivemos já algumas experiências incríveis, no­ meadamente em Melides, num evento dedicado ao cante alente­ jano, em que tivemos o prazer de cantar rodeados de grupos corais, o que é de arrepiar. E fora do Alentejo, há uma dife­ rença na relação do público com as canções? Sim, a reacção é diferente pois não há tanta gente com uma liga­ ção tão profunda a este género mas é igualmente positiva. As pes­ soas elogiam a forma como abor­ damos a música.

tejo, Alentejo não fazia sentido fazê­lo sem o Nuno, irmão da Sofia. O vosso álbum foi editado no início de Outubro, com certeza já foi rodado em concertos. Qual tem sido a reacção do público? A nossa música tem sido muito bem recebida e isso é muito grati­ ficante porque sentimos que, de alguma forma, estamos a fazer as coisas bem. Da vossa parte, nos espectácu­ los, sentem necessidade de mudar alguma coisa na forma como in­ terpretam, há alguma “adapta­ ção” das canções ao palco?

A forma como interpretamos as músicas não tem uma adaptação para palco. Podemos ter algumas coisas que não são exactamente como na gravação e aí adaptamos aos intrumentos que tocamos, mas a essência é a mesma. Como é que o cante alentejano surge como força inspiradora das canções? A ligação ao cante é familiar. A família materna do Nuno e da Sofia é de Safara. O avô, João Felí­ cio, cantava no grupo coral da al­ deia. Aos serões surgia sempre uma moda e essa memória é uma inspiração para cantar esta música que faz parte da nossa identidade.

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O que vos atraiu primeiro para este género? A primeira ligação tem a ver com o que está referido na resposta an­ terior, faz parte daquilo que somos, são as nossas raízes. Para além disso, o cante é desprovido de instrumentação, logo surge um espaço que pode ser preenchido musicalmente sem ter de alterar a música na sua origem Como é que está a ser recebida entre alentejanos, que já conhe­ cem bem o cante? É sempre uma grande responsa­ bilidade pegar numa música tradi­ cional e abordá­la de uma forma diferente. Há sempre um receio de

A vossa música é inspirada pelo cante, por fado e por jazz. Como é que se “casam” géneros e se chega a um resultado final origi­ nal, isto é, que não é verdadeira­ mente cante, fado ou jazz, mas uma coisa diferente?

O cante é o objecto central da nossa música. O facto de haver in­ fluências do fado e do jazz não é propositado. O Francisco é contra­ baixista e a sua formação é em jazz. A Sofia é fadista. Foi um acaso que, como é óbvio, não deixa de influenciar a música porque faz parte daquilo que somos. Como é que pode ser definido o vosso álbum? O nosso álbum é uma aborda­ gem ao cante alentejano feita por pessoas que não nasceram no Alentejo mas que têm uma forte li­ gação com este género musical. O álbum assenta muito em re­ portório tradicional. É este o vosso caminho, ou existe um de­ sejo de criar temas originais? Existe esse desejo sim, mas tendo sempre o Cante como refe­ rência principal mas também nos interessa­nos continuar a explorar o repertório tradicional pois para além de ser bastante vasto, é ri­ quíssimo.|


14 REPORTAGEM | NOVEMBRO 2018 Notícias da Gandaia

REFOOD QUANDO A BOA VONTADE É O MELHOR ALIMENTO quem precisa”. Daí que actual­ mente a Refood Almada apoia 300 beneficiários, que se distribuem por cerca de 80, 90 famílias.

|Andreia Gama Agir local, pensar global, poderia ser um dos princípios do Movi­ mento Refood, uma organização independente sem fins lucrativos. Para quem este nome ainda não é familiar, é importante dizer que o movimento assenta em dois objec­ tivos concretos: eliminar o desper­ dício de alimentos e ajudar a combater a fome nas comunida­ des locais. Com o slogan “Aproveitar para alimentar”, a Refood identifica os recursos não utilizados que podem ser aplicados para melho­ rar a qualidade de vida a nível local e ativa esses recursos, recolhendo comida em bom estado que é dia­ riamente desperdiçada e conde­ nada ao lixo por falta de uma alternativa viável. A ideia deste projecto partiu de Hunter Halder, um americano a viver em Lisboa. Durante um jantar num restaurante, a sua filha mais velha questionou­o sobre o des­ tino a dar à salada que sobra, e não gostou da resposta que ouviu, que vai para o lixo, assim como toda a comida que sobrar, quer seja ali ou noutros restaurantes. O pai explicou­lhe que não era culpa do pessoal do restaurante, que não sabiam quem precisava de ali­ mentos e não tinham alternativa. Perante este confronto com a rea­

lidade, Hunter Halder pensou numa alternativa, em 2011 criou uma rede de distribuição e mon­ tado numa bicicleta recolhia co­ mida e entregava­a aos mais necessitados. O movimento foi crescendo e em 2018 já conta com cerca de 46 núcleos em todo o país, mais de metade situados em Lisboa.

Refood Almada Hoje o Notícias da Gandaia dá a conhecer o trabalho da Refood Al­ mada, que surge em 2013, e para isso veio ao encontro do seu coor­ denador, António Calado, de 61 anos. Ex­director técnico despor­ tivo, com duas licenciaturas, de­ sempregado há alguns anos, começou por colaborar com a or­ ganização na zona da Ameixoeira e encontrou na Refood a melhor maneira de disponibilizar o seu tempo, “aqui o que mais me mo­ tiva por um lado é obviamente estar ocupado, manter algumas rotinas porque é evidente que não é fácil estar desempregado, mas acima de tudo porque acho que desta forma posso ser mais útil e posso mostrar às pessoas que existem várias formas de trabalhar e esta é uma forma desinteressada de trabalhar. Obviamente que me dá prazer ajudar essencialmente

A abertura do novo centro de operações da Refood, no Feijó, está prevista para dia 2 de Dezem­ bro. Embora as obras já tenham terminado e o espaço se encontre equipado, ainda está só a funcio­ nar para recolhas, como explica António Calado, “nós não estamos a servir refeições completas, ainda estamos na base da operação pão e bolos. Entregamos três vezes por semana bens alimentares: terça, quinta e sábados em Al­ mada, na Costa da Caparica, Trafa­ ria e Cova da Piedade”. Assim que o centro esteja ope­ racional, e após realizadas as reco­ lhas de bens alimentares, uma equipa de sete, oito pessoas no centro do Feijó, prepara, divide e embala a comida, (sopa, refeição e eventualmente reforço de mer­ cearia) que é aqui entregue em sacos às famílias carenciadas. A es­ perança é conseguir manter este ritmo de recolha e entrega de se­ gunda a sexta­feira. A Refood Almada conta com uma equipa de cerca de 70 pes­ soas: cerca de 38 gestores, que tratam da organização do núcleo, e mais 35 voluntários nas rotas de distribuição/angariação. Todos os meses é realizada, nos Bombeiros Voluntários de Almada, uma reu­ nião com os gestores, onde é feito o balanço e analisadas eventuais dificuldades.

Existem mais voluntários inscri­ tos, que só poderão dar o seu con­ tributo quando o centro do Feijó inaugurar. A Junta de Freguesia de Laranjeiro e Feijó, como não deve­ ria deixar de ser, actuou como poder local e deu algum contri­ buto ao nível das instalações do centro. O núcleo de Almada tem seis pastas: beneficiários, voluntários, fontes de alimentos, operações, comunicação e apoios da comuni­ dade. Os gestores distribuem­se por estas pastas e vão actuando nas suas áreas. O coordenador exemplifica algu­ mas das funções, para que melhor compreendamos todo este pro­ cesso. Os responsáveis “pela fonte de alimentos vão contactar restau­ rantes, pastelarias, cantinas a per­ guntar se têm remanescentes. Chamamos remanescentes e não restos. Há muitos espaços que têm, mas dizem­nos que entregam aos empregados ou que já têm uma ou duas pessoas que lá vão buscar. Nos apoios da comuni­ dade, é aquele grupo de malta que vai por exemplo ao Jumbo, ao Leroy Merlin, ou aos mais diversos sítios para angariar material de es­ critório, de limpeza”. Para se ter uma noção, neste âmbito conse­ guiram da CP – Comboios de Por­ tugal um termoacumulador e uma bancada de inox. Quanto aos beneficiários, “na rota da Costa de Caparica, recolhe­ mos e entregamos maioritaria­ mente à Fundação Arcelina Victor Santos IPSS, que tem um jardim de

infância, um lar, uma loja social e das famílias que nós ajudamos 80 são da Fundação". Ajudam ainda outra família do Parque de Cam­ pismo do CCL, a quem vão fazer entrega três vezes por semana. No entanto ainda há muito para actuar no concelho. A Refood pre­ cisa de encontrar um espaço na Costa da Caparica, que possa ser um novo centro de operações para servir a cidade e a zona da Trafaria. O ideal seria encontrar também um espaço em Almada Velha, outro dos pólos da Refood Almada. À Charneca da Caparica e Trafaria “ainda não chegámos mas não é tão preocupante porque está lá a Associação Colmeia Vigi­ lante, que trabalha muito bem e faz algo parecido com o nosso tra­ balho, embora numa escala menor”.

Parcerias São 20h30 duma terça­feira e ao entrarmos na Academia Alma­ dense, o que salta à vista são al­ guns cabazes de frutas e legumes. Pertencem à Fruta Feia, uma coo­ perativa que visa combater o des­ perdício de produção, trabalhando directamente com os produtores da região, recolhendo nas suas hortas e pomares hortaliças e fru­ tas que estes não conseguem es­ coar. Embora aqueles cestos já este­ jam vendidos, se não forem levan­ tados por quem os pagou até às 21h00, passam a pertencer à Re­ food, que os distribuirá pelos seus beneficiários. O senhor Manuel

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Notícias da Gandaia NOVEMBRO 2018 | AGENDA 15 aparece na esperança de poder levar algum que sobre. Com qua­ tro filhos e a esposa desempre­ gada, precisa deste apoio e é “extremamente grato” à Refood. António Calado admite que exis­ tem muitas pessoas com vergonha de pedir ajuda, mas reconhece que esta partilha “é também uma forma de equilibrar as tensões e os problemas sociais que se vão acu­ mulando”. Com um stand presente na “2.ª Semana Social – Almada Somos Nós”, que se realizou em Outubro, “divulgámos as nossas activida­ des, angariámos voluntários, publi­ citámos os apoios que ne­ cessitamos e fizemos propaganda da peça no Teatro Azul”. Esta ini­ ciativa consistia na angariação de 70 espectadores indicados por parte da Refood Almada, para que metade da receita da bilheteira re­ vertesse a favor da instituição. Contudo, acabaram por não con­ seguir atingir o objectivo pro­ posto. O coordenador faz questão de referir algumas das parcerias, menos ou mais pontuais, mas todas elas importantes, porque é dessa caridade que a instituição sobrevive e consegue chegar a mais bocas. Pães, bolos e salgados são os produtos alimentares que mais recolhem, desde sempre. A par com a Padaria da Praia, a Xan­ dite foi primeiro parceiro da Re­ food de Almada, que actualmente trabalha com algumas pastelarias do grupo. A Tradifana, uma con­ feitaria de bolos do grupo Na­ beiro, pontualmente contacta a Refood para entregar cerca de um milhar de biscoitos, bolachas, bolos secos. Com o Aldi têm uma parceria que se traduz na recolha dos rema­ nescentes às terças, quintas e sá­ bados, que são normalmente frescos, fruta, vegetais, carne, io­ gurtes, e produtos de mercearia. Na Cantina Portuguesa, do Ginásio Clube do Sul, em Almada, reco­ lhem os remanescentes três vezes por semana. Na 4Bio e na Alma Bioalma, a recolha é mais pontual, uma vez por mês.

seminários que realizam. A Re­ food espera estabelecer um acordo com o Arsenal do Alfeite, para também este passar a ser um sítio de recolha de bens ali­ mentares.

NOVOS CURSOS

Agir local, pensar global

CONDOMÍNIO – LEI e PRÁTICA Dr. Miguel Cardina Quatro sessões de 90 minutos, uma vez por semana ao longo de um mês. 10€

António Calado diz que feliz­ mente conseguem dar destino a toda a comida resgatada, “tam­ bém não são quantidades indus­ triais, mas tem sido tudo entregue, tudo consumido e até hoje não tem havido problemas com nada estragado ou fora de prazo”.

INTRODUÇÃO AO WORD, EXCEL E POWERPOINT Eng.º Carlos Pimentel Duas sessões semanais de 90 minutos ao longo de dois meses. 4ª e 6ª feiras – 19:30H às 21:00H. 20€ / mês. Obrigatório trazer computador

E como não falta tudo para o Natal, importa referir que a Re­ food Almada organiza um almoço festivo para beneficiários e popu­ lação necessitada, no restaurante Moinho Alentejano, em Almada. Só “não há almoços grátis” se não houver boa vontade, empenho e dedicação, já que a base do movi­ mento é sustentabilidade finan­ ceira, social e ambiental.

HIGIENE e SEGURANÇA ALIMENTAR Dra. Mafalda Forjó Uma sessão semanal de 90 minutos ao longo de 3 meses. 10€ / mês OFICINA DA LÍNGUA PORTUGUESA Prof. Doutor Ricardo Salomão Curso de Expressão Oral e Escrita Uma sessão semanal de 90 minutos ao longo de um mês. 10€ / mês Curso de Gramática Portuguesa Uma sessão semanal de 90 minutos ao longo de um mês. 10€ / mês

Informações e inscrições: deao@univpopgandaia.pt

Os interessados em apoiar esta causa devem “gostar de ajudar, preocupar­se com os outros e ter pelo menos duas horas livres por semana”, reforça António Calado. Mas para o movimento dar frutos (e outros alimentos) é essencial o contributo de empresas e institui­ ções, que às vezes é o mais difícil de angariar. Cada refeição resgatada reduz os resíduos produzidos nas cida­ des e o impacto negativo da bio­ massa que degrada o meio ambiente. Mas não é só o impacto ambiental que sai beneficiado, apaziguar a fome de famílias da sua comunidade será a melhor gra­ tificação que quem ajudar pode ter.|

Soluções da página 6

As faculdades do concelho tam­ bém estão solidárias com as famí­ lias carenciadas. Tanto o Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz, como a Faculdade de Ciências e Tecnologia, são pontos de recolha anual, por ocasião dos remanescentes resultantes dos

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ELECTROPESCADOR • PLENO ESPAÇO • TARLATINI • KENTUCKY • SPÁZIO • ESPAÇO M KOQUI • JK COSMÉTICOS • TINA FASHION • TUGARICA • ERVA DOCE • PÓ D’ARROZ LOJAS O PETISCO • EURO-TRIANGULAR • FIDALGUS • ONLY 4 YOU • JACKARY • MIMITITO MORAES CAFÉ • BY ORIENTE • O ROUPINHAS • O PESCADOR • A TOSCA • GANDAIA AO SEU DISPOR BOTA EXPRESS • LUSO TRANSFERS • CASANOVA • TARÔT • THE BLACK WIDOW NO CENTRO ABUNDANTE • MINI • FRANCYS • ACADEMIA DE ESTUDO • PERFUMIA• ALLIANZ DA SUA CIDADE CENTRO COMERCIAL CADENA • LINDA ROSA • GOMAMANIA • MAIS LINGERIE • SANDRA GARRETT L&M NATURE • TN CABELEIREIROS • DRª BARBARA CARVALHO • 8LINEDESIGN COSTA DA CAPARICA “O PESCADOR”


COSTA DE CAPARICA

Dezembro – Praça da Liberdade 01

Chega o herói desta quadra, o Pai Natal. Visita-o na sua casinha e tira uma foto com ele.

Vamos também fazer:

01 e 8 02 e 9

Escreve uma carta ao Pai Natal e vem fazer um postal de Natal para desejar Boas Festas a quem mais gostas. Molas decorativas de Natal.

15 e 22

Outros elementos decorativos de Natal.

16 e 23

Etiquetas de Natal para colocares nas prendas.

24

Jogos Tradicionais.

Mas há mais! A nossa iluminação pelas ruas da Freguesia trazendo mais brilho, calor, alegria e cor às suas noites. Com o Pai Natal, vamos levar ao teatro as crianças das nossas Escolas para verem “O Romance da Raposa” e vamos trazer “As Aventuras da Princesa Alva”, um conto de Natal que também é cantado, aos nossos pequenitos dos jardins de infância, não esquecendo uma pequena lembrança para todos deste dia inesquecível.

Av. 1.º Maio, 9-B – 2829-504 Costa de Caparica – Tel. 212 911 089 / 212 911 091 jfccaparicageral@gmail.com – www.jf-costacaparica.pt InfoCosta


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