EXPEDIENTE Desenvolvida, como projeto acadêmico - VF, pelos alunos da disciplina Editoração Eletrônica II (C406N) do curso de Comunicação Social (Jornalismo, 4º período) da Facha – Faculdades Integradas Hélio Alonso, Rio de Janeiro/RJ - 1º Semestre 2015. Nesta edição você encontrará matérias interligadas com temas diversos em várias áreas. A orientação foi dada pelos professores da disciplina, Gilvan Nascimento e Affonso Fernandes, que não contam com nenhum apoio ou intenção financeira. As matérias podem não ser originais, bem como as imagens. Aquelas que não foram produzidas pelos alunos terão seus créditos devidamente inseridos. Acima de tudo, vale ressaltar que toda a diagramação, planejamento e programação visual foi feita pelos alunos, com a supervisão dos professores da disciplina, e que foram mantidos os erros cometidos pelos mesmos na produção do trabalho.
SUMÁRIO Saúde
03
Mulher
15
Cultura
18
Cidade
23
Sociedade
30
Ciência
35
Turismo
39
Esporte
47
Gastronomia
57
Saúde / Drogas Por Andressa Vigna / Faculdade Hélio Alonso / Matricula 20132613 FOTOGRAFIA ANÓNIMA
AS DROGAS E SEUS EFEITOS Transtorno Psicótico
Cresce cada dia mais o número de viciados em drogas
É um conjunto de fenômenos psicóticos que ocorrem durante ou imediatamente após o uso de substâncias psicoativas e que são caracterizadas por alucinações, ilusões, delírios e/ou idéias de referência, transtornos psicomotores e afeto anormal. O transtorno tipicamente se resolve, pelo menos, parcialmente, dentro de 1 mês e completamente dentro de 6 meses e, é influenciado pelo tipo de substância envolvida e pela personalidade do usuário. Há que considerar sempre a possibilidade de um outro transtorno mental estar sendo agravado ou preciptado pelo uso de substância psicoativa; ex. esquizofrenia, transtorno afetivo, transtorno de personalidade de tipo paranóide ou esquizóide.
Delirium tremens
É um estado toxicoconfusional breve, mas ocasionalmente com risco de vida, que se acompanha de perturbações somáticas. É usualmente uma consequência de uma abstinência absoluta ou relativa do álcool, em usuários gravemente dependentes com uma longa história de uso. Os sintomas prodrômicos incluem insônia, tremores e medo, podendo haver convulsões. A clássica tríade de sintomas inclui obnubilação da consciência e confusão, alucinações e ilusões vívidas de todo o sensório e tremor marcante, (delírios, agitação, inversão do cilco do sono e hiperatividade autonômica, estão usualmente presentes).
Estado de Abstinência
É um conjunto de sintomas, de agrupamentos e gravidade variáveis, ocorrendo na ausência relativa ou absoluta de uma substância, após seu uso repetido, prolongado e com altas doses. A abstinência pode ser complicada por convulsões e delirium.
Abuso de Substância
O abuso de substâncias (álcool e maconha) é um problema comum em pacientes esquizofrênicos, atingindo até 60% destes; piorando com o progredir da doença a interferindo . do paciente ao tratamento. Uma hipótese importante para explicar comorbidade é que o abuso de substâncias poderia causar ou precipitar a esquizofrenia indivíduos vulneráveis.
A nicotina (presente no tabaco) é uma droga viciante
Saúde / Drogas Por Andressa Vigna / Faculdade Hélio Alonso / Matricula 20132613 POR CARLOS SILVA
A droga é apresentada de uma forma sedutora
Droga é toda e qualquer substância As drogas naturais são obtidas através de determinadas plantas,de animais e de alguns minerais. Exemplo a cafeína (do café), a nicotina (presente no tabaco), o ópio (na papoula) e o THC tetra hidrocanabiol (da maconha)
Síndrome de Dependência É um conjunto de fenômenos fisiológicos, comportamentais e cognitivos, no qual o uso de uma substância ou uma classe de substâncias alcança uma prioridade muito maior para um determinado indivíduo, do que outros comportamentos que antes tinham mais valor. Uma característica central da síndrome da dependência é o desejo (frequentemente forte e algumas vezes irresistível) de consumir drogas psicoativas as quais podem ou não terem sido prescritas por médicos.
Codependência Codependência é uma doença emocional que foi “diagnosticada” nos Estados Unidos por volta das décadas de 70 e 80, em uma clínica para dependentes químicos, através do atendimento a seus familiares. Porém, com os avanços dos estudos das causas e dos sintomas, que são vários, chegou-se à conclusão de que esta doença atinge não apenas os familiares dos dependentes químicos, mas um grande número de pessoas, cujos comportamentos e reações perante a vida são um meio de sobrevivência. Os codependentes são aqueles que vivem em função do(s) outro(os), fazendo destes a razão de sua felicidade e bem estar. São pessoas que têm baixa auto-estima e intenso sentimento de culpa. Vivem tentando “ajudar” outras pessoas, esquecendo, na maior parte do tempo, de viver a própria vida, entre outras atitudes de auto-anulação. O que vai caracterizar o doente é o grau de negligenciamento de sua própria vida em função do outro e de comportamentos insanos. A codependência também pode ser fatal, causando morte por depressão, suicídio, assassinato, câncer e outros. Embora não haja nas certidões de óbito o termo codependência, muitas vezes ela é o agente desencadeante de doenças muito sérias. Mas pode-se reverter este quadro, adotando-se comportamentos mais saudáveis. Os profissionais apontam que o primeiro passo em direção à mudança é tomar consciência e aceitar o problema.
Abstinência Narcótica Independente de sexo ou idade, na gravidez ou não, sempre que se suspendem de forma abrupta os narcóticos, poderá eclodir numa pessoa viciada nestas drogas, uma sequência de sintomas que vão caracterizar a síndrome de abstinência narcótica. As primeiras 4 horas de abstinência - Ansiedade, comportamento de procura da droga As primeiras 8 horas de abstinência - Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos frequentes, sudorese excessiva, adinamia, fraqueza geral As primeiras 12 horas de abstinência - Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos frequentes, sudorese excessiva, adinamia, fraqueza geral, dilatação das pupilas, tremores musculares, ondas de frio,
As drogas sinténticas As drogas sintéticas são fabricadas em laboratório, exigindo para isso técnicas especiais. O termo droga, presta-se a várias interpretações, mas comumente suscita a idéia de uma substância proibida, de uso ilegal e nocivo ao indivíduo, modificando-lhe as funções, as sensações, o humor e o comportamento. As drogas estão classificadas em três categorias: as estimulantes, os depressores e os perturbadores das atividades mentais. O termo droga envolve os analgésicos, estimulantes, alucinógenos, tranquilizantes e barbitúricos, além do álcool e substâncias voláteis. As psicotrópicas, são as drogas que tem tropismo e afetam o Sistema Nervoso Central, modificando as atividades psíquicas e o comportamento. Essas drogas podem ser absorvidas de várias formas: por injeção, por inalação, via oral, injeção intravenosa ou aplicadas via retal (supositório). ondas de calor, ereção dos pelos cutâneos, dores ósseas, dores musculares
As primeiras 18-24 horas de abstinência
- Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos frequentes, sudorese excessiva, adinamia, fraqueza geral, dilatação das pupilas, tremores musculares, ondas de frio, ondas de calor, ereção dos pelos cutâneos, dores ósseas, dores musculares, insônia, náusea, vômitos, muita inquietação, aumento da frequência respiratória, pulso rápido, aumento da profundidade da respiração, aumento da pressão arterial, hipertermia (febre), dor abdominal
As primeiras 24-36 horas de abstinência - Ansiedade, procura da droga, lacrimejamento, coriza intensa, bocejos frequentes, sudorese excessiva, adinamia, fraqueza geral, dilatação das pupilas, tremores musculares, ondas de frio, ondas de calor, ereção dos pelos cutâneos, dores ósseas, dores musculares, insônia, náusea, vômitos, muita inquietação, aumento da frequência respiratória, pulso rápido, aumento da profundidade da respiração, aumento da pressão arterial, hipertermia (febre), dor abdominal, diarréia, ejaculação espontânea, perda de peso, orgasmo espontâneo, sinais de desidratação clínica, aumento dos leucócitos sanguíneos, aumento da glicose sanguínea, acidose sanguínea, distúrbio do metabolismo ácido-base
Síndrome de abstinência no recém-nascido Costuma ocorrer após 48 horas do parto de uma gestante viciada em narcóticos com as características: - Febre, tremor, irritabilidade, vômitos, hipertonicidade muscular, insuficiência respiratória, convulsão, choro agudíssimo, muitas vezes pode ocorrer a morte do recém-nascido (Fonte: Salvar o Filho Drogado, Dr. Flávio Rotman, 2ª edição.
Saúde / Drogas Por Andressa Vigna / Faculdade Hélio Alonso / Matricula 20132613
Campanha contra as drogas
Evento nordestino inova e lança campanha contra as drogas – Divulgação Coliseu Extreme Fight Coliseu Extreme Fight
O evento realiza sua próxima edição no dia 6 de setembro em Maceió.
Por planeta-octogono
O esporte pode mudar a vida das pessoas e promover a inclusão social. É pensando nisso que o Coliseu Extreme Fight, evento de MMA alagoano eleito o melhor do Brasil, através da Federação Alagoana de MMA – FAMMA, lança, em parceria com a OAB Alagoas, Secretaria Municipal de Esportes de Maceió e
Construtora Humberto Lôbo, a campanha “Nocauteando as Drogas – Essa luta é de todos nós!” O evento visa recuperar jovens através do esporte. O projeto será apresentado à imprensa, em coletiva no dia 30 de agosto, sexta-feira, as 10:00hs, na sede da OAB Alagoas, com a presença do organizador do Coliseu, Mário Lôbo, o presidente da OABAL, Thiago Bomfim, o secretário municipal de Esportes, Pedro Vilela, o diretor da
Construtora Humberto Lôbo, José Humberto Lôbo, o Presidente da FAMMA, José Cabral e atletas convidados. De acordo com o idealizador da campanha e realizador do Coliseu, Mário Lôbo, a ideia do projeto surgiu a partir do sucesso das campanhas ‘Nocauteando a Miséria’, realizada pelo Coliseu desde a sua segunda edição, e que arrecadou mais de 12 toneladas de alimentos, doadas a instituições alagoanas através da APALA, e da campanha “DOE
SANGUE, DOE VIDA”, onde mais de 300 pessoas doaram sangue para o HEMOAL. “Pretendemos firmar parcerias com clínicas de recuperação, a fim de incentivar os jovens na prática do esporte, seja qual for a modalidade. O esporte ajuda as pessoas a ter perspectivas melhores para o futuro, como se constata em diversos exemplos de dependentes químicos que largaram o vício abraçando esportes e se tornando, inclusive, atletas renomados”, destaca Mário.
Dieta x Reeducação
Saiba a diferença entre um e outro e não erre na hora de se alimentar Minhavida.com.br
Pense bem antes de trocar o doce natural de uma maçã que contém 63kcal por um doce artificial que contém em um chocolate de 60g-185kcal
Gabriela Rodrigues Fonte: Dr. Humberto Barbosa Site: Clinical Time em
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recisamos assimilar a ideia de que não devemos ir ao emcontro de uma dieta, mas de uma reeducação alimentar. Em termos gerais, isto implica realmente em aprender a comer bem e saudável, uma rotina que não exige esforço. Temos de encarar a vida de uma forma saudável. Às vezes, isso pode exigir alguma disciplina para aprender a escolher uma maçã, mesmo quando temos do nosso lado um prato cheio de bolo de chocolate. Mas isso não significa que não podemos cair em tentação, apenas significa que nós caímos em tentação de vez em quan-
do, e não por sistema, e então voltamos ao caminho certo de uma alimentação saudável. A maior terapia envolvida em um plano de reeducação alimentar é a auto-estima. Aprendemos a gostar de nós, para que possamos cuidar bem de nós mesmo. As pessoas mais cedo gostam de olhar para si e gostam do que vêem, mais fácil se torna para ter um estilo de vida saudável.
A fruta é uma grande aliada na prevenção de doenças
Dicas de frutas e legumes que ajudam a eliminar líquido do seu corpo:
- Abacaixi - Água de coco - Melancia - Melão - Morango - Lanranja - Limão - Cenoura - Beterraba - Erva-dece (chá) - Salsa - Muita água
Se Conselho Fosse Bom... Gabriela Rodrigues rodrigues.gabriela02@gmail.com
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ara que haja um resultado satisfatório da reeducação alimentar em todas as idades, é necessário que haja uma resistência e persistência do indivíduo em querer regressar a um processo que foi deixado de ser seguido na adolescência ou até mesmo no final da infância. Aprendemos desde criança que devemos comer na hora certa, não abusar nos alimentos que contenham excesso de açúcar e gorduras saturadas. Mas infelizmente muito de nós não seguimos esse “segredinho” e sentimos a falta dessas regrinhas na terceira idade ou mesmo quando nos deparamos com doença tais como hipertensão, colesterol alto, problema no fígado ou mesmo o sobrepeso. Muitas pessoas radicalizam quando o assunto é perder peso e alcançar o corpo dos sonhos. Excluem do
cardápio proteínas, carboidratos, massas em geral e só ingerem legumes e frutas, não consultam um especialista no assunto, os nutricionistas, e acabam conseguindo o peso desejado e o sonho realizado, mas de uma forma errada e que resultará mais a frente o tão temível “efeito sanfona”.
corposaestetica.com.br
Jovens, adultos, crianças, idosos, homens e mulheres é necessario que haja um acompanhamento de um profissional para que ele possa passar um cardápio de acordo com suas necessidades físicas e idade pois, nosso corpo precisa de vitaminas e carboidratos para que possa funcionar bem e não baixar a imudidade que, sem ela, o corpo do ser humano fica mais propenso a adquirir qualquer tipo de doença imunológica. Como já foi citado em nessa matéria, há um diferença entre fazer dieta e manter a boa forma com uma reeducação alimentar. Na dieta os resultados desejados podem ser visto com mais rapidez, mas os
pesos extras podem voltar. Na reeducação os resultados aparentemente são um pouco mais demorado, entretanto, aqueles que escolhem esse método escolhem por um processo mais demorado, mas não tão sofrido e sem o efeito sanfona ao final do propósito. Regressar aos ensinamentos de crianças como mastigar devagar, não comer além que sua fome real, não comer ingerindo suco, refrigerente ou outro tipo de líquido entre outras coisas que há muito tempo não dávamos atenção colaborará muito nesse novo passo. Fique com essas dicas e pratique esporte que, aliado com uma boa alimentação formam uma a ótima dupla ao combate do sedentarismo e do sobrepeso. Consulte seu nutricionista e seja feliz!
ateliergourmetdaana.blogspot.com.br
Fuja do ultrad.com.br
Sedentarism Gabriela Rodrigues rodrigues.gabriela02@gmail.com
H
á quem pense que para fugir do sedentarismo é preciso gastar muito dinheiro em academia ou até mesmo com remédios. Mas quem disse que para levantar do sofá e ir buscar o controle remoto ao lado da televisão precisa pagar? Mudar pequenos hábitos como esses te ajudará a dar um nosso passo e sair da zona de perigo chamado sedentarismo. Outras dicas valiosas para quem já se deu conta de que está entrando na zona de perigo é fazer caminhadas de pequeno trajeto como, por exemplo: descer dois pontos antes do seu destino e ir caminhando até chegar lá; para aquelas pessoas que tem horário flexível no trabalho e passa mais tempo em casa que no escritório, que tal dispensar os serviços da empregada doméstica, escalá-la quinzenalmente e ter a vassoura e o esfregão como seus aliados? Além de sair da zona
de conforto, você ainda pode economizar um dinheiro a mais no seu orçamento. Se de automóvel ou de transporte público você gasta de 40 minutos a uma hora para chegar no trabalho, na casa de parente, na escola, na faculdade ou na creche do seu filho, significa que você mora perto desses locais, ou seja, deixa o carro na garagem as moedinhas do ônibus na carteira, pegue a bicicleta e vá admirando a paisagem que a natureza lhe oferece. Viu como você pode economizar no seu orçamento e ainda sair da zona de perigo chamada sedentarismo? Que tal levantar de onde você está e começar a praticar? Boa sorte e boa forma!
Pílula anticoncepcional mais moderna pode quadriplicar o risco de trombose Por: Redação para bolsademulher.com
ibtimes.com
Pílulas anticoncepcionais previnem gravidez indesejada e ajudam no tratamento de doenças como a síndrome do ovário policístico. Mas um risco associado ao seu uso preocupa a cada dia mais mulheres. A relação entre tipo de pílula anticoncepcional e risco de trombose foi recentemente avaliada por pesquisadores britânicos. Veja a seguir o que eles descobriram. Anticoncepcionais e trombose Um estudo publicado pelo British Medical Journal analisou a ação de diferentes tipos de progesterona (um dos hormônios presentes nas pílulas)
na ocorrência de trombose. Os pesquisadores analisaram dois bancos de dados médicos de mulheres com idade entre 15 e 49 anos com trombose prévia entre 2001 e 2013. Ao todo foram analisados 10562 casos de trombose. Depois de ajustar outros fatores de risco, como tabagismo, consumo de álcool e índice de massa corporal, os pesquisadores notaram que os anticoncepcionais mais novos apresentam riscos maiores de trombose e suas consequências, como o AVC
Saiba quais os remédios anticoncepcionais que fazem parte do grupo “mais moderno”, que oferece maior risco de trombose
(Acidente Vascular Encefálico). O risco associado às drogas desogestrel, gestodeno, drospirenona, ciproteron era 2 vezes maior que o risco relacionado aos anticoncepcionais chamados de segunda geração, como levonorgestrel, noretisterona e norgestimato e 4 vezes maior em comparação com as mulheres que não tomam pílula. Apesar dos achados, os pesquisadores afirmam que o risco absoluto ainda é baixo e que os contraceptivos orais são extremamente seguros.
Desogestrel Gestodeno Drospirenona Ciproterona Levonorgestrel Noretisterona Norgestimato
Diferenças
natue.com.br
Já a nova queridinha da nutrição, a chia, parece ser uma excelente opção para quem precisa ficar em dia com a balança. “Ela contém um alto teor de proteína, e esse nutriente favorece o controle do apetite devido ao aumento da saciedade”, explica. Uma dica para a hora da compra de ambas é preferir embalagens fechadas e marcas conhecidas no mercado. “Infelizmente os produtos vendidos a granel nem sempre revelam sua procedência”, lamenta Lara. E, em casa, guarde os grãozinhos em recipientes bem tampados e em locais escuros para garantir que todas as suas propriedades se mantenham.
Por: Projetos Especiais para Mdemulher.com.br Data: 15/05/2015
lugardemulher.com.br
A lista de benefícios dessa dupla é extensa: vai desde a melhora do trânsito intestinal até a contribuição no controle do peso e na saúde das artérias. Tudo com comprovação científica. Mas o que torna essas sementes assim, tão especiais? No caso da linhaça, podemos mencionar o alto teor de potássio e de vitamina E, sem contar as festejadas fibras. “Estudos mostram que a semente de linho colabora para o controle dos níveis de colesterol”, comenta a nutricionista Lara Natacci, da clínica Dietnet, na capital paulista.
revistadk.com.br
DIETA DO CABELO
SAIBA QUAIS ALIMENTOS DEIXAM OS FIOS FORTES E BRILHANTES Carol Salles Do UOL, em São Paulo 01/06/2015
A regra é clara: o que comemos tem relação direta com a saúde e a beleza do nosso cabelo. E é bem simples compreender o motivo, já que os fios são constituídos por queratina e melanina, e essas duas proteínas têm em sua composição aminoácidos, sais minerais, vitaminas e outros elementos, cuja fonte principal é a alimentação. Assim, uma dieta pobre em nutrientes pode alterar o cabelo tanto em sua pigmentação quanto na textura resultando em queda, opacidade, falta de maciez e de resistência. Mas não é apenas o que é ingerido que pode contribuir para o quadro mencionado. “Fatores hormonais e genéticos, bem como algumas doenças, são determinantes na saúde dos fios”, explica a nutricionista Simone Maia, do Rio de Janeiro. Daí a importância de prestar atenção nos sinais que o próprio cabelo dá. Se seus fios continuarem opacos, quebradiços ou caindo muito, vale procurar um dermatologista para descobrir se o problema tem outras causas que não a alimentação. Quanto aos cuidados que você pode estabelecer no dia a dia, veja uma lista de alimentos parceiros na saúde dos fios. Espinafre É rico em ferro e ácido fólico, dois elementos que contribuem para a saúde dos fios. O primeiro tem a tarefa essencial de facilitar a entrada de outros nutrientes nas células do cabelo. O segundo ajuda na criação de células vermelhas no sangue, o que contribui para manter firme a estrutura do cabelo Peixe, frango, ovos e carne vermelha São as principais fontes das proteínas que compõem a estrutura do cabelo. A ingestão desses alimentos garante fios com textura boa e crescimento adequado. Aos vegetarianos, a nutricionista recomenda a soja, que também é fonte de proteínas
Linhaça, salmão e sardinha Excelentes fontes de ômegas 3 e 6 [ácidos graxos poli-insaturados], esses alimentos ajudam a hidratar e a dar brilho aos fios
Pimentão O segredo aqui é a vitamina C, nutriente essencial para a beleza e saúde do cabelo. Ela ajuda a produzir colágeno, uma proteína que dá estrutura e firmeza à pele, cabelos e unhas. Além disso, por ser antioxidante, também protege os fios dos efeitos nocivos da exposição solar, nicotina e poluição
Cereais integrais Entram nessa categoria o arroz, o trigo, a aveia e o centeio. Por serem fontes de vitaminas do complexo B, ajudam na multiplicação das células e, assim, favorecem o crescimento e o fortalecimento do cabelo
Suco de uva A fruta é rica em resveratrol, um poderoso antioxidante. “Ele combate a ação dos radicais livres, que envelhecem e destroem o cabelo, além de protegê-lo do estresse ambiental e emocional”, diz a nutricionista Isabel Jereissati, do Rio de Janeiro
Planejando um casaVai casar, mas não sabe por onde começar? Vamos te ajudar a planejar o casamento dos seus sonhos! bobstandards.com
Luíza Nascimento ludimeelo@gmail.com 1– Defina o orçamento Andes de decidir o resto da festa vocês precisam definir quanto podem e querem gastar com o casamento, ambos tem que estar de acordo com a decisão para futuramente não acabar gerando brigas e trazendo desconforto para a relação. Não gaste além do possível, para não começarem o casamento cheio de dividas da festa. 2- Escolha o estilo do casamento Clássico, moderno, rústico, no campo, na praia, no salão... tantas opções, mas esse é o primeiro passo, decidir o tipo de casamento que mais lhe agrada 3- Escolha a data Essa é a hora de juntamente com seu noivo sentar e decidir quando vocês pretendem casar. É sempre bom marcar com certa antecedência, um ano e meio no mínimo, pra vocês conseguirem pagar tudo com tranquilidade e assim você vai conseguir fazer tudo o que desejar para o casamento. Lembrando que além das despesas para a festa, ainda tem casa, moveis e etc.. 4- Defina o numero de convidados Agora vocês precisam definir o numero de convidados para a festa. Antigamente era comum a festa ter 500 convidados, mas hoje em dia os charmosos mini-wedding estão ganhando força e conquistando cada vez mais noivas, onde em sua grande maioria são convidadas até 100 pessoas e a
cerimonia e festa acontecem na casa dos pais dos noivos ou em um restaurante. 5- Escolha o local da cerimonia Definida a data e o numero de convidados é a hora de decidir onde serão realizados a cerimonia e festa, o ideal é pesquisar bastante, comparar preços, e ver comentários de clientes antigos sobre os serviços que são fornecidos pelo local. Esse é o serviço mais importante do casamento e o que mais consome o orçamento, já que é o mais caro. 6- Faça uma planilha Planilha organizadora é a salvação de toda noiva desesperada. Faça uma planilha com os serviços que serão contratados como foto e filmagem, dia da noiva, vestido, lua de mel, lem-
brancinhas, etc... Com seus respectivos valores. Configure a planilha para calcular automaticamente conforme os valores forem sendo alterados. Coloque nessa planilha as parcelas do local onde serão realizados a cerimonia e festa para ter um controle melhor dos gastos.
Esse estilo surge para quebrar um padrão, já que, com o surgimento de tantas tribos ao longo dos anos, criou-se a necessidade de todos estarem inseridos em um determinado grupo. “Como protesto a essa necessidade de inclusão surgiu o ‘normcore’, em que conforto e praticidade estão em primeiro lugar”, acrescenta a consulta
Resgate dos anos 1990 O estilo tem um perfume nostálgico, que remete aos anos 1990, período em que o ‘street style’ e o minimalismo ganharam mais força. Nessa época, usar apenas um jeans confortável e camiseta branca eram sinal de bom gosto. Com uma produção despretensiosa e sem afetação, combinações de jeans e moletom eram muito vistas na época. Um exemplo disso são os seriados norte-americanos que se passaram naqueles anos, como “Seinfeld” e “Friends”, em que os personagens exibiam looks despretensiosos. Quem estiver buscando inspiração, entre os nomes que são unânimes representantes dessa tendência hoje em dia estão famosos como James Franco, Wagner Moura, Jerry Seinfeld, as gêmeas Mary-Kate e Ashley Olsen, que são constantemente fotografadas usando produções bem confortáveis, e até o presidente dos EUA, Barack Obama. As atrizes Gwyneth Paltrow, Jennifer Aninston e Carolina Ferraz, no dia a dia, também adoram exibir looks neutros.
kmart.com.au
Uma pessoa comum, conhecida por sua falta de preocupação com a moda e a maneira normal de se vestir, pode nem saber, mas está por dentro de uma das últimas tendências: o estilo "normcore". O termo surgiu nas ruas de São Francisco, nos Estados Unidos, para identificar não apenas uma forma casual de se vestir, mas, também, uma atitude autêntica de viver a vida, sem se preocupar com modismos ou marcas famosas. "É a combinação das palavras 'normal' e 'hardcore', para se referir a um estilo em que as pessoas não querem se destacar na multidão por terem roupas extravagantes, diferentes e um visual superproduzido", explica a consultora de moda Paty Montagn . Neutralizar a aparência A conduta de neutralizar a aparência de uma forma “cult” é uma reação ao consumismo frenético que o mercado fashion impõe. “O ‘normcore’ se manifestou no mundo da moda, quando o coletivo percebeu que é possível se vestir com conforto e de um jeito sustentável, sem precisar de muito para estar charmoso”, completa Virgínia Nigro, estilista e consultora de moda.
de moda Camy Filgueiras. Sendo assim, esse grupo se expressa sem ser obrigado a ter roupas para afirmar a sua posição na sociedade. “Acredito que a tendência tem mais a ver com atitude do que com a roupa em si. Tem a ver com a conduta com a qual o indivíduo encara a vida e o dinheiro. É o tipo de pessoa versátil, que consegue se encaixar e se adaptar em circunstâncias diversas. É um estilo unissex, de quem se veste com camisetas básicas e lisas, moletons, calças jeans e peças ‘oversized’, normalmente sem ostentar marcas ou logotipo”, acrescenta o stylist e produtor de moda Eduardo Iscaro.
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Danielle Cerati Do UOL, em São Paulo 18/09/2014
kmart.com.au
Agora a moda
MULHER FOTO: SHUTTERSTOCK
Terça-feira, madrugada, um homem entra na casa de sua ex-mulher e tenta mata-la a facadas supostamente por não aceitar o fim do relacionamento. Esse caso é verídico, aconteceu em Belo Horizonte e foi a primeira ocorrência de tentativa de feminicídio registrada logo após a presidente Dilma sancionar a nova lei. Mas o que é, afinal, esse feminicídio que tanto falam e o que muda com a nova lei? Aguenta aqui comigo que eu vou explicar. Mariane Netto Abreu mariane@email.com.br
B
asicamente, feminicídio consiste em crimes cometidos contra mulheres por decorrência de violência doméstica ou discriminação de gênero. A nova lei agrava a pena desses assassinatos tornando o feminicídio crime hediondo. Para ilustrar a situação, o homem do caso acima deve cumprir pena de 12 a 30 anos de prisão, sem direito a fiança – antes da nova lei a pena previa de 6 à 20 anos de prisão. Além disso, caso o crime aconteça durante a gestação ou nos 3 meses posteriores ao parto, a pena aumenta de um terço até a metade; e também são considerados agravantes se a mulher for a) menor de 14 ou maior de 60 anos b) deficiente ou c) se o crime for cometido na frente dos pais ou filhos. Isso muda muita coisa! Então, você se pergunta: e a Lei Maria da Penha não previa esse crime e punição? Bom, sim e não. A lei Maria da Penha foi um avanço maravilhoso e muitíssimo necessário na luta pela defe-
sa da mulher e diminuiu cerca de 10% dos homicídios, de acordo com um recente estudo da IPEA. Ainda assim, o Brasil é o sétimo país com maior taxa de desse crime cometido contra o sexo feminino³. A esperança é que com uma punição mais severa, como a prevista pela nova lei, esses números venham a diminuir e crimes de ódio contra a mulher passem a ser mais investigados. Mas a luta não acaba aqui. Sabemos que a punição é uma medida paliativa, por isso, além dela, é mais do que necessário mudar a cultura do machismo no Brasil e essa tarefa, meus caros, é mais complexa que álgebra. Se até juiz já disse que a Lei Maria da Penha é “exagerada”, o que será que a sociedade pensa da Lei do Feminicídio? Será que o homem comum sequer parou para prestar atenção no pronunciamento da presidente? Parte do movimento feminista já levantou essa questão sobre a lei, dizendo que o Código Penal não é capaz de modificar mentalidades. Por mais que esses questionamentos
não desmereçam um grande passo dado na luta feminista, não podemos deixar de questionar padrões misóginos na sociedade, debater questões de gênero e, principalmente, educar nossos filhos, sobrinhos, irmãos, primos - e quem mais pudermos – sobre a igualdade dos sexos, sobre o respeito às mulheres. É dessa forma, sim, e apenas com o tempo que conseguiremos mudar a nossa cultura e a mentalidade social. iimagem: compromissoeatitude.org.br
MULHER
O assunto que permanece um tabu mata cerca de 250 brasileiras por ano. As dúvidas e controvérsias que envolvem o aborto são inúmeras, assim como as causas por trás da prática. Os debates são silenciados, porém a pergunta permanece: a descriminalização do aborto é um problema ou uma solução? Mariane Netto Abreu mariane@email.com.br
E
m 2012, o Uruguai se tornou o primeiro país da América Latina a descriminalizar o aborto. Mulheres uruguaias podem interromper a gravidez, caso o desejam, até o primeiro trimestre. Estima-se que mais de 40 a cada mil mulheres em idade reprodutiva abortaram no país entre os 1995 e 2002, quando o aborto era ilegal e não existiam políticas educativas sobre sexualidade. Desde legalização, cerca de 5 mil abortos foram realizados, de acordo com pesquisas oficiais e estudos da organização Mulher e Saúde do Uruguai (MYSU). Com a nova lei, o país avançou em termos de direitos da mulher e instigou a retomada de debates em outros países sul-americanos.
No Brasil, abortar só é permitido quando há risco de vida causado pela gravidez, quando a gravidez é resultante de um estupro ou se o feto for anencefálico (desde decisão do STF pela ADPF 54, votada em 2012, que descreve a prática como “parto antecipado” para fim terapêutico). No caso de uma brasileira abortar sem o consentimento legal, ela estará cometendo crime contra a vida humana, com detenção prevista de um a quatro anos. Contudo, o Ministério da Saúde estima que entre 729 mil e 1,25 milhão de mulheres abortam por ano no Brasil, a maioria de forma clandestina, o que torna a pesquisa altamente especulativa. Cerca de 1/3 das brasileiras que passam pelo procedimento ilegal procuram por assistência hospitalar devido a complicações decorrentes da falta de higiene e segurança.
Por outro lado, muitas mulheres que abortaram não procuram por ajuda ao sentirem as consequências de um procedimento incorreto, pelo fato de terem cometido um crime ou por ignorância da gravidade de seus casos. Cerca de 2500 brasileiras morrem por ano por causa da interrupção sem assistência correta da gravidez. O projeto de lei PL 1135/91, mais notório visando a descriminalização do aborto no Brasil, foi proposto em 1991 pelos deputados federais Eduardo Jorge (PT) e Sandra Starling (PT). Prevendo a extinção do artigo 124 do Código Penal que criminalizam o aborto praticado com consentimento da gestante, o projeto só foi votado em maio de 2008, após um período de discussões que durou 17 anos. Sendo rejeitado por unanimidade na Comissão de Seguridade Social e Família da
FOTO: BRASIL POST
Câmara dos Deputados, agora está arquivado na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados.
melhor que sejam realizados por médicos com todo o preparo, higiene e segurança.
Com o avanço uruguaio em termos ‘mais liberais’, a questão do aborto no Brasil voltou a fazer parte das discussões nacionais, sempre com três linhas de raciocínio: há quem defenda que a alma se instaura no espermatozoide assim que a fecundação acontece, dessa forma, inicia-se a vida do ser humano e, com isso, o aborto se torna inaceitável. Existem aqueles que acreditam que a vida começa a partir dos três primeiros meses de gravidez, com a formação do cérebro, portanto, o aborto até o primeiro trimestre, seria algo coerente. E, por fim, há o grupo que pensa de forma pragmática: se abortamentos vão ocorrer de qualquer forma, sendo ilegais ou não,
Conciliar tais opiniões tão divergentes não é uma tarefa fácil, tampouco estamos perto de levar a diante um debate maduro sobre o aborto, e ainda mais longe de chegarmos a um consenso. Enquanto a questão se desenrola, a tragédia das mulheres que morrem no campo e na periferia das cidades brasileiras se prolonga. Permanecemos alheios, com exceção aos grupos feministas e ONGs que lutam incessantemente pelo direito que toda mulher deveria ter, o de escolha sobre o seu próprio corpo. O que é pouco compreendido é o fato de que ninguém é a favor dessa solução; o ideal seria a mulher não ter que recorrer ao aborto como alternativa, mas ter a
instrução correta para não engravidar caso não seja planejado. Contudo, a vida humana é mais complexa e mesmo ginecologistas engravidam sem desejar. Culpar a mulher por não ter se prevenido da forma correta ou por não estar preparada para levar a diante a gravidez, não diminui os números de mulheres que recorrem à interrupção, muito menos das centenas de casos que acabam mal. Não falar sobre o assunto nunca foi a melhor solução. O aborto deveria ser tratado como um problema de saúde pública, que necessita de solução urgente. Legalizar o aborto não é uma questão de moral, não é uma questão religiosa. É uma questão de direitos da mulher. Legalizar o aborto é uma questão de vida ou morte. Vida ou morte de 2500 brasileiras por ano.
CULTURA foto: estúdio carlos fortes
Sala de exposição sobre o início da história do Rio de Janeiro
Mariane Netto Abreu mariane@email.com.br
O
Rio de Janeiro completou 448 anos na última sexta-feira, dia 1º de março, e ganhou de presente o MAR – Museu de Arte do Rio. Situado na Praça Mauá, o Museu, que faz parte do projeto de revitalização da Zona Portuária do Rio, é uma iniciativa da Prefeitura com a Fundação Roberto Marinho. O MAR é composto por dois prédios interligados: o Palacete Dom João VI, onde ficam as peças em exposição, e o edifício de estilo moderno dos anos 40, antigo terminal rodoviário, que agora abriga a Escola do Olhar. No terraço, uma cobertura inspirada nas ondas do mar acrescenta um pouco da essência carioca à mistura de estilos – eclético e moderno – dos edifícios. As exposições – Rio de Imagens, O Colecionador, Vontade Construtiva e O Abrigo e o Terreno – são dispostas em quatro andares do palacete, reunindo obras heterogêneas e diversificadas, com coleções particulares e de instituições, contando tam-
bém com o acervo do museu. Obras de artistas brasileiros como Tarsila, Burle Marx, Di Cavalcanti…, podem ser encontradas nas duas primeiras exposições citadas acima; passando por momentos históricos das arte brasileira, como a Semana da Arte Moderna de 1922, movimentos como o Surrealismo, e obras representando a Cidade Maravilhosa, mostrando seu crescimento e desenvolvimento ao longo de mais de quatro séculos. Mas antes de chegar ao palacete, o visitante precisa passar pelo edifício modernista, onde se encontra a Escola do Olhar, simbolicamente ligando a educação à arte. A proposta é integrar os dois universos com programas culturais e artísticos, incentivando o crescimento da arte na rede educacional. É um privilégio para nós cariocas ter na cidade um museu que glorifica e educa seus moradores; que mostra a história do local onde nascemos, crescemos e vivemos de forma tão bela. O MAR tem arte para todos os gostos, e está pronto para agradar cariocas, paulistas, gregos e troianos. O ambiente é simples e es-
tonteante ao mesmo tempo, assim como o Rio; e o passeio é válido pra quem vai sozinho, com a família ou com os amigos. A visitação ao Museu de Artes do Rio é recomendada para os amantes de arte, para quem gosta e conhece – ou quer conhecer – a cidade, e até para quem simplesmente está procurando por uma vista bonita: é só subir ao sexto andar, terraço do MAR e deslumbrar-se com a vista. Ao sair do museu, cresce a esperança de que iniciativas como essa se realizem pela cidade e, principalmente, pelo país. Que o MAR possa servir de exemplo e inspiração para outros projetos culturais e de exaltação à nossa história. Horários de visitação e preços: Terça à sexta: 10h às 17h. Sábados, domingos e feriados: 10h às 17h. R$ 8 | R$ 4 meia entrada Para mais informações: http://www.museudeartedorio.org. com.br
*O título “No mar estava escrita uma cidade” é trecho do poema “Mas viveremos”, de Carlos Drummond de Andrade.
ROTEIRO DOS MUSEUS “ALTERNATIVOS” CARIOCAS
Um passeio pelas casas de cultura menos conhecidas do Rio de Janeiro
A
cidade do Rio de Janeiro tem muitas histórias para contar. Fundada no século XVI, a partir de sua órbita gravitava a vida política, social e cultural do Brasil Colônia. Com o “Grito do Ipiranga”, ato que marcou, em 1822, a emancipação do território brasileiro do Reino Unido de Portugal e Algarves, a centralidade desta cidade não foi menor. Pelo contrário, alçada ao status de capital do Império do Brasil, tornou-se palco de decisões políticas de repercussão nacional. Além disso, capitaneava a vida financeira do país e articulava-se com a esfera internacional por intermédio de seu grande porto marítimo. Durante o Império, a cidade apelidada de “cidade espelho da nação”, ditava as modas e reunia a nata da intelectuaVista da fachada do Museu Nacional
lidade do país. Com o advento da República, a partir de 1889, a importância do Rio de Janeiro não foi menor, concentrando os poderes republicanos e sediando a elite política, social e econômica do Brasil até o ano de 1960. Nesse contexto, o universo dos museus tem início com a criação do Museu Real, em 1818, por D. João VI, com o fim de propagar o conhecimento e o estudo das ciências naturais em terras brasileiras. Com a República, seu acervo passou a integrar o novo museu instalado no antigo Paço de São Cristóvão, residência da família imperial – o Museu Nacional, instituição científica voltada à pesquisa e à memória da produção do conhecimento. Outra faceta interessante nesse panorama dos museus na cidade constitui-se pelos museus dedicados à memória de personagens ilustres, seja no campo das artes, da políti-
ca ou do próprio desejo pessoal de legar à cidade coleções formadas por toda uma vida. Os museus-casa representativos desse universo encontram-se nos bairros da Zona Sul, como o Museu Casa de Rui Barbosa, localizado no bairro de Botafogo. Além de reunir importante acervo museológico, arquivístico e bibliográfico, o local constitui uma miragem parada no tempo e no espaço da cidade; raro exemplar de uma das antigas chácaras situadas no bairro, eleito como moradia pela aristocracia carioca entre os séculos XIX e XX. Muitos foram os museus criados pela Administração Pública, entre eles, museus de ciência, como o Museu de Astronomia e Ciências Afins, em São Cristóvão, museus de arte, como o Museu Nacional de Belas Artes, no Centro, museus etnográficos, como o Museu do Índio, em Botafogo. http://upload.wikimedia.org/
Vera Oliveira www.museusdorio.com.br Acesso em: 20 de maio de 2015
Museu Aeroespacial - Campo dos Afonsos Em exposição estão as coleções históricas de pioneiros da aviação e a coleção de aeronaves de valor histórico e tecnológico. Com uma média de 60.000 mil visitantes por ano, o museu e o tema da aviação desperta grande interesse nos estudantes e no mais aficionado pesquisador sobre o assunto, o qual tem a sua disposição um acervo bibliográfico com cerca de cinco mil títulos especializados, além de um arquivo histórico, contendo documentos escritos e impressos, fotografias, “slides”, negativos, vídeos, filmes, etc.
ciepviniciusdemoraes.blogspot.com
O
Museu Aeroespacial, inaugurado em 18 de outubro de 1976, integra o Campus da Universidade da Força Aérea – UNIFA, administrativamente subordinado ao Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica - INCAER, desde 1986. Tem como missão a preservação e a divulgação das atividades referentes à memória e cultura da aeronáutica brasileira para as futuras gerações. Situado no Campo dos Afonsos, “Berço da Aviação Militar”, ocupa uma área de 15.195 m2, incluindo um prédio de dois andares e cinco hangares em anexo.
Alunos de escolas municipais visitam o Campo dos Afonsos Av. Marechal Fontenelle, 2000 - Campo dos Afonsos. Telefone: (21) 2108-8954 comsocial@musal.aer.mil.br Horário: De terça a sexta-feira de 9h às 15h. Sábados, Domingos e Feriados de 9h 30min às 16h.
Museu Casa do Pontal-Recreio dos Bandeirantes de origem popular e logo começou a adquiri-las, iniciando sua coleção movida pelo gosto pessoal. Durante mais de 40 anos, visitou vilas e povoados e estabeleceu amizades com muitos artistas, mantidas pela vida toda. Em 1991, parte do acervo é tombada, como uma referência cultural da cidade do Rio de Janeiro e do Brasil, por iniciativa de seu filho, o matemático e filósofo Guy Van de Beuque, que assumiu a instituição de 1995 a 2004, ano de seu falecimento. Desde então, http://naomecondene.com.br/
O
Museu Casa do Pontal, instituição privada com fins públicos, é resultado de um projeto de vida empreendido pelo designer francês Jacques Van de Beuque (1922-2000). Formado em Belas Artes em Lyon, na França, chegou ao Brasil após a Segunda Guerra Mundial, trabalhando como designer de exposição para grandes empresas e fixando residência no Rio de Janeiro. Por conta das viagens profissionais, encantou-se com a produção artística
O Museu Casa do Pontal reune obras relevantes da arte popular brasileira
o museu vem sendo gerido pela antropóloga Ângela Mascelani, viúva de Guy, e uma equipe de profissionais. Ordem do Mérito Cultu ral e atendimento especializado Em 2005, o museu recebeu a Ordem do Mérito Cultural, principal comenda de caráter nacional, oferecida pelo governo federal e o Ministério da Cultura a pessoas e instituições com relevantes contribuições à cultura. Hoje, é considerado o mais representativo em arte popular no Brasil. Desde 1996, já atendeu a mais de 400 mil pessoas por meio de seu Programa Social e Educacional, que envolve visitas teatralizadas, exposições itinerantes e formação continuada de educadores e gestores de projetos culturais e sociais, além das escolas públicas, que representam boa parte do programa.
Estrada do Pontal, 3295 Recreio dos Bandeirantes. Telefone: (21) 2490-2429 faleconosco@museucasadopontal.com.br Horário: terça a domingo 9:30-17 horas. Gratuito às terças-feiras.
Museu das Telecomunicações – Oi Futuro ecoviagem.uol.com
Modelos de telefones antigos sáo destaque
O
Museu das Telecomunicações é uma das duas unidades do instituto Oi Futuro, cujos centros culturais desenvolvem e apoiam projetos ligados às áreas de Cultura, Educação e Sustentabilidade, oferecendo uma programação variada. O museu foi concebido como um espaço interativo, onde o pú-
blico é ao mesmo o ator e o espectador da história da comunicação humana, aventura que interliga passado, presente e futuro. Inovador, seu projeto inspira-se no universo do Hipertexto, em que camadas de informações vão sendo reveladas na forma de blocos de textos, palavras, imagens ou sons cujo aces-
so se dá através de hiperlinks. As salas de exposições temporárias ampliam o tema das telecomunicações trazendo ao público mostras de arte contemporânea que dialogam com as novas tecnologias da comunicação. No Centro de Documentação e Pesquisa do museu, o Arquivo Histórico tem como destaque as imagens das antigas estações telefônicas registradas pelas lentes de Augusto Malta, assim como as publicações que ajudam a traçar o painel da expansão da telefonia no Brasil a partir de 1905. Na Midiateca, grande parte do acervo documental e iconográfico do antigo Museu do Telephone está digitaliza e disponível à pesquisa.
Rua Dois de Dezembro, 63 Telefone: (21) 3131-3060 No link: http://www.oifuturo.org.br/contato/ Horário: Museu das Telecomunicações: 3ª a Dom, das 11 às 17h / Centro Cultural: 3ª a Dom, das 11 às 20h
Museu da Vida - Fiocruz quisadores do antigo Instituto Oswaldo Cruz e da atual fundação, além de material de laboratório e de precisão,
material relacionado à produção de medicamentos e vacinas, equipamentos médicos, entre outros itens. http://naomecondene.com.br/
O Museu da Vida, instituição vinculada à Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), é um espaço de integração entre ciência, cultura e sociedade, onde o tema em destaque é a vida como objeto do conhecimento, da saúde e da intervenção do homem. Situado no campus da Fiocruz – uma imensa área verde em meio a uma região densamente habitada por comunidades carentes e com um grande número de escolas públicas –, o museu surge como polo de lazer aliado à cultura e à educação sobre temas ligados a ciências, saúde e tecnologia, de forma lúdica e criativa. O museu mantém sob sua guarda um acervo com cerca de 2.100 itens, entre os quais estão objetos pessoais de pes-
Fachada da Fundação Oswaldo Cruz Campus da Fundação Oswaldo Cruz, Av. Brasil, 4.365 CEP: 21040-360 Telefone: (21) 2590-6747 museudavida@fiocruz.br Horário: 3ª a 6ª, das 9h às 16h30; Aos sábados, das 10h às 16h. Entrada franca
babilakbah.files.wordpress.com
Museu do Negro
Objetos religiosos da cultura negra presente no museu
O Museu do Negro, localizado no centro da cidade do Rio de Janeiro, é um espaço dedicado à representação histórica do negro no Brasil, sua religiosidade e devoções. Misto de museu e de espaço sagrado, o Museu do Negro, gerido pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos, fundada em 1640 fundada por negros alforriados e escravos, tem a peculiaridade de abrigar em seu acervo objetos de culto ligados às práticas e devoções dos fiés. Praça Monte Castelo, nº 25, Centro. Rio de Janeiro. Horário: De segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 16h. Telefone: (21) 2224-2900 Entrada gratuita. mylittleriojournal.files.wordpress.com
Museu do Índio Vinculado à Fundação Nacional do Índio (Funai), o Museu do Índio tem como missão a preservação, a pesquisa e a difusão do patrimônio cultural dos 270 grupos que compõem as sociedades indígenas contemporâneas que vivem no Brasil. Orgulha-se de ser uma instituição pública pautada pelo respeito à diversidade étnica, à informação e à formação de uma nova mentalidade sobre a cultura indígena. Centro de referência para a pesquisa, o ensino e a adoção de novas práticas que privilegiam a parceria com os grupos indígenas com vista ao fomento e à preservação de seu patrimônio cultural. O Serviço de Estudos e Pesquisa SEP é composto por técnicos da área de Ciências Sociais e Humanas Antropologia, Etnologia Indígena, Etnohistória e Comunicação - que desenvolvem trabalhos ligados às diversas áreas de atuação do museu.
Rua das Palmeiras, 55. Botafogo. Rio de Janeiro. Telefone: (21) 3214-8702 (21) 3214-8700 Horário: 3ª - 6ª, das 9h às 17h30min.
O patrimonio cultural indigena pode ser visto em Botafogo
CIDADE
foto portomaravilha.com.br
O que vem depois das olimpiadas? Investimentos em mobilidade mudará a cidade nos próximos anos
Projeto de como ficara o Centro do Rio de Janeiro
Thiago Leal Bandeira thiagobande@email.com.br
O legado das Olimpíadas de 2016 para a população do Rio de Janeiro não será apenas esportivo. Mas, principalmente, na melhoria da qualidade de vida do carioca com intervenções em áreas como mobilidade urbana, acessibilidade e meio ambiente. A avaliação é do presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), Márcio Fortes, a quem cabe coordenar os trabalhos dos diversos órgãos públicos e privados envolvidos, para entregar tudo pronto no prazo estabelecido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), em julho de 2015, um ano antes de ser acesa a
pira olímpica que marcará o início das competições. É com essa preocupação que o ex-ministro das Cidades trabalha, mas sem perder o foco na parte esportiva, que é a própria razão de ser das Olimpíadas, que pela primeira vez serão disputadas no Hemisfério Sul, entre os dias 5 e 21 de agosto, e seguidas, conforme a tradição, pela disputa das Paralimpíadas, entre 7 e 18 de setembro, também no Rio de Janeiro. A abertura e o encerramento dos Jogos serão no Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã. Será a 31ª edição das Olimpíadas da Era Moderna, criadas em 1894 pelo
professor francês Pierre de Fredy, o Barão de Coubertin. Os Jogos ocorreram pela primeira vez em Atenas, em 1896, para retomar a origem do evento na Grécia Antiga. “O objetivo do Brasil é alcançar o top ten em 2016, ou seja, no Rio, ficar entre os dez primeiros países no quadro de medalhas de ouro. Para isso, o governo criou no ano passado o Plano Brasil Medalha, que, por meio de apoio a atletas e treinadores, deverá servir de base para que essa meta seja alcançada. E depois, em 2020, melhorar ainda mais o nosso desempenho”, disse o presidente da APO.
Cidade
Belas Obras
Ponte estaiada no bairro da Barra da Tijuca
Thiago Leal Bandeira thiagobande@email.com.br
A
meta do Brasil Medalha é avançar também no esporte paralímpico, subindo para o 5º lugar na classificação geral. Em 2012, o Brasil ficou em 22º lugar na conquista dos ouros olímpicos nos Jogos de Londres, com três medalhas, além de cinco de prata e nove de bronze, ao todo 17; e em sétimo nas Paralimpíadas, com 21 ouros, 14 de prata e oito de bronze, um total de 43. Para que os atletas brasileiros possam entrar nesse grupo dos dez primeiros, o Brasil Medalha prevê investimentos de R$ 1 bilhão até
2016. Os recursos sairão do orçamento do Ministério do Esporte e de fontes de renda como as leis Agnelo-Piva e de Incentivo ao Esporte, com gestão compartilhada pelo Ministério do Esporte, comitês Olímpico e Paralímpico, confederações e empresas estatais. Cabe a Márcio Fortes e à APO, autarquia criada em 2011 pelo governo federal, trabalhar para que tudo isso se transforme em realidade dentro de três anos, quando os brasileiros, pela primeira vez, estarão competindo em casa contra o resto do mundo em uma Olimpíada.
Trabalho é o que não falta na APO, cuja missão é fazer com que, do fornecimento de energia elétrica às vagas nos hotéis, passando pelas instalações esportivas, aeroportos, transportes, telecomunicações, segurança e tudo mais que se relacione com os Jogos Olímpicos, seja cumprido os cronogramas estabelecidos pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Para que isso aconteça, foi constituído um consórcio entre a União, o estado e o município do Rio de Janeiro, que trabalham baseados em uma matriz de responsabilidades, a
foto portomaravilha.com.br
exemplo do que ocorre com a Copa do Mundo de 2014, quando as responsabilidades de cada participante na organização foram definidas em um documento. Márcio Fortes explicou que a APO não faz obras, mas tem a missão de coordenar os trabalhos até a conclusão de tudo o que for necessário para a organização dos Jogos, inclusive nas quatro cidades que sediarão as disputas de preliminares de futebol feminino e masculino: Brasília, São Paulo, Belo Horizonte e Salvador, que também receberão delegações esportivas para aclimatação antes da abertura das competições.
“Para se ter uma idéia das dimensões dessa tarefa, teremos 11 mil pessoas trabalhando diretamente nas Olimpíadas e nas Paralimpíadas, 40 mil jornalistas credenciados [além dos não credenciados], 70 mil voluntários e 4,8 bilhões de telespectadores assistindo os Jogos no mundo inteiro. Só o prédio de broadcast [centro de transmissões de mídia], na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, terá 60 mil metros quadrados”, disse. Além disso, de acordo com Fortes, ocorrerão competições esportivas em vários bairros e locais da cidade: Barra da Tijuca, Deodoro, Maracanã,
Engenhão, Sambódromo, Marina da Glória, Lagoa Rodrigo de Freitas e Praia de Copacabana. “No Porto, seis ou sete navios ficarão ancorados para funcionar como hotéis flutuantes para os turistas, com 10 mil quartos para acomodar 24 mil visitantes. Precisamos pensar na acessibilidade para os atletas paraolímpicos e lidar com 280 cavalos que chegarão do exterior. É um trabalho que vai do macro ao micro e não é fácil, porque se faltar uma tomadinha para carregar um celular, alguém dirá que foi a pior Olimpíadas do mundo”, ressaltou FONTE: HTTP://WWW.EBC.COM.BR/
Criativo FOTO: portomaravilha.com.br
Cidade restaurada
Projeto que vem transformando uma das regiões mais importantes da cidade e que durante anos foi relegada ao abandono. O Porto Maravilha será responsável pela revitalização de uma área de cinco milhões de metros quadrados, que inclui a abertura de novas vias e a reurbanização, deixando para a cidade um dos mais importantes legados dos Jogos Olímpicos de 2016. Thiago Leal Bandeira thiagobande@email.com.br um projeto de requalificação urbana que promove o reencontro da Região Portuária com a cidade, lançando um novo padrão de qualidade de vida no Rio de Janeiro. O Porto Maravilha está recuperando a infraestrutura urbana, o transporte, o meio ambiente, os patrimônios histórico e cultural, além de melhorar as condições habitacionais da região. Construído no início dos anos 50 com o objetivo de ligar as zonas Norte e Sul, o Elevado da Perimetral mostrava sinais de saturação. A demolição é a chave do novo sistema viário do Porto Maravilha, acabando com a imagem de um local de passagem, que marcou a Região Portuária. A derrubada está abrindo caminho para o resgate do patrimônio histórico e arqueológico da área, da qualidade de vida dos moradores do local e da cidade como um
É
todo. A obra contempla o conceito de sustentabilidade, reciclando o concreto, reutilizando-o na pavimentação de ruas e calçadas. Além da reformulação viária, o projeto Porto Maravilha possui outros pontos de destaque: Jardim do Valongo - O lugar, antes abandonado, hoje é motivo de orgulho para o carioca. Localizado na encosta do Morro da Conceição, o Jardim Suspenso do Valongo passou por reforma, que trouxe de volta suas características originais. Inspirado nos jardins franceses do século XIX, o local possuiu características parecidas com as da sua primeira inauguração, em 1906. A reforma faz parte do projeto Porto Maravilha. Museu de Arte do Rio Inaugurado no dia 1° de março de 2013 como parte das comemorações do aniversário da cidade, o Museu de Arte do Rio é um espaço dedicado à
arte e à cultura visual, que abriga exposições, de curta e média duração, promovendo uma leitura da história da cidade, dos desafios e expectativas. Museu do Amanhã - O museu será um espaço dedicado às ciências. O lugar, de arquitetura sustentável, vai explorar as variedades do amanhã nos campos da matéria, da vida e do pensamento, além de proporcionar o debate de diversas questões ambientais, sociais e climáticas. Ele será um ambiente de experiências, que permitirá ao visitante fazer escolhas pessoais, vislumbrar possibilidades de futuro, perceber como será a sua vida e a do planeta nos próximos 50 anos. A inauguração está prevista para o primeiro semestre de 2015. Ao final do processo, em 2016, o Porto do Rio será referência mundial em cultura, lazer e qualidade de vida. Fonte: http://www.cidadeolimpica.com.br
O dia a dia nas ruas A tensão envolvida na reportagem de campo e os desafios profissionais propostos aos jornalistas e cinegrafistas
V
ivendo numa cidade como o Rio de Janeiro, em que a criminalidade é pauta recorrente, o jornalismo policial cumpre papel de destaque nas manchetes. Conversando com alguns jornalistas e cinegrafistas de algumas emissoras de televisão a respeito do jornalismo policial, pudemos perceber toda a tensão envolvida nessa área. Evelyn Bastos, repórter da TV Record, quando questionada a respeito do receio de cobrir matérias policiais aqui no Rio de Janeiro revela que “Sempre há, e sempre temos que ter alguns cuidados (não receio). Na rua, qualquer coisa pode acontecer, a qualquer momento, até mesmo em pautas comuns. Sempre tenho cuidado quando tra-
Melissa Munhoz rep’orter do SBT.
balho em operações policiais, nas comunidades pacificadas ou não. Fico atenta com o que acontece ao redor, tenho cuidado com os colegas de trabalho e claro, comigo. O segredo é estar sempre atento ao que acontece e àquilo que acontece no entorno! Com o tempo e a experiência isso se torna fácil, automático.” Melissa Munhoz, repórter da TV Bandeirantes, usa da experiência de 10 anos em matérias policiais, para sentir o local e avaliar os riscos e afirma que “Nada escapa aos meus olhos. Observo tudo e todos ao redor. E vejo até onde posso ir e até quando permaneço no local. Ali, o repórter tem todo o poder de decisão, de escolha e de responsabilidade também. Claro, que sempre contamos com a ajuda dos policiais, que geralmente são solícitos e atenciosos. O repórter que tiver medo de subir o morro, de entrar numa favela e acompanhar uma operação policial que geralmente termina em troca de tiros, não tem preparo psicológico para fazer tal reportagem. O medo atrapalha e a qualquer momento, o profissional pode entrar em pânico e aí sim entrar numa fria.”
Por ter uma vasta experiência na área, perguntamos a Melissa se o fato de ser mulher era um “empecilho” durante esse tipo de cobertura e ela nos relatou que: “Ser mulher nunca foi empecilho nesse tipo de cobertura. Sempre fui respeitada por colegas de profissão, pelos policiais e até pelos moradores das comunidades. Sempre recebi apoio e incentivo deles. Mas já fui hostilizada por bandidos, que já fizeram ameaças e mandaram recados pessoalmente e por terceiros. Mas de forma geral, acho até que ser mulher nesse meio, ajuda mais do que atrapalha”. Há 16 anos na profissão, João Pedro Barrocas já passou pela maioria das grandes emissoras, durante a sua carreira sempre atuou como jornalista de campo e ao questionarmos sobre a eficácia das UPPs ele nos diz que “É aquela história do cobertor curto, está cobrindo de um lado e cobrindo do outro. A polícia ocupou uma parte e a outra não. Os bandidos vão para essas partes desocupadas e assim se torna um ciclo. Se os criminosos não vendem as drogas deles começam a praticar outros tipos de crime como os furtos, ou seja, a criminalidade não tem fim.” Se para os repórteres de campo é difícil tais tipos de cobertura para os cinegrafistas não seria diferente, conversando com Marcos Coelho, cinegrafista da TV Record,
Evelyn Bastos rep’orter da TV Record questionamos as maiores dificuldades com esse tipo de cobertura: “As empresas e diretorias de jornalismo que sujeitam seus repórteres e técnicos a tal situação, no mínimo devem ser consideradas cretinas, o equipamento inadequado (coletes balísticos ineficientes, ausência de capacete, câmeras pesadas). A favela quando é expugnada por uma operação, é hostil ao policial e ao jornalista. O risco de sofrer uma emboscada é grande, como no caso da morte do cinegrafista Gelson Domingues da Tv Bandeirantes, na qual presenciei e pude perceber o quão inapropriado era o colete balístico que ele usava. E não posso esquecer do receio, pois a qualquer minuto levar uma bala. Lembrando que essa bala pode vir da arma do bandido ou da polícia (isso já aconteceu). Quem sabe um disparo “acidental” ou eu tenha visto algo que não deva?” desabafa.
Questionamos também a preocupação com o enquadramento durante a operação e se alguma vez já precisou abrir mão de boas imagens ou do seu equipamento para se proteger: “É comum como a de qualquer outro trabalho. Eu registro os fatos, faço as entrevistas, o material apreendido, dou detalhes relevantes à linguagem do jornal, etc. O momento em que não há como se preocupar tanto com a imagem é quando o confronto acontece. Eu tento me proteger ao máximo e se possível capto imagem e som do que está acontecendo. Já tive de abrir mão de boas imagens várias vezes. É muito difícil trazer um bom material numa reportagem deste tipo. O risco é máximo. Quanto ao equipamento não o largamos em nenhuma hipótese. Somente em caso extremo.” Relata. Gelson Domingues cinegrafista da Band
Informação na Favela Jornal comunitário da Rocinha faz sucesso entre leitores nordestinos
“Buscamos melhorar a imagem da favela produzindo reportagens sobre a história de moradores”. É assim que Michel Silva, estudante de jornalismo da Pontifícia Universidade Católica (PUC), na Gávea, resume as atividades do Fala Roça, jornal comunitário com circulação bimensal idealizado por ele e por outros moradores da maior favela da América Latina, a Rocinha.
Foto: Agência O Globo
Jornal comunitário faz sucesso na Rocinha
Rodrigo Linhares Fonte: Alessandro Lo-Bianco Site: O Globo em 01/03/2013
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riado em 2012, logo após a chegada da primeira Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), o impresso está em sua quinta edição, comandada por Michel, sua irmã, a publicitária Michele Silva, a estudante de jornalismo Beatriz Calado, também da PUC, e os voluntários Marcelo e Júnior, moradores de outra comunidade carioca, o Vidigal. O público-alvo da equipe são os nordestinos e seus parentes, que compõem cerca de 70% dos moradores da região. “Por isso decidimos criar um jornal com uma temática diferente, voltado para a cultura nordestina”, afirma Michel para, em seguida, explicar o nome da publicação. “A logomarca do jornal foi trabalhada em cima da história da Rocinha, que era uma fazenda que fornecia verduras para a feira da Gávea, na Praça Santos Dumont. Os clientes perguntavam de onde vinham as verduras e os vendedores diziam que vinham lá da ‘Rocinha’. Roça também é um apelido da Rocinha”.
Michel segurando a quinta edição do jornal.
Segundo Beatriz, os sábados da equipe são dedicados ao jornal. “Nós fazemos reuniões todos os sábados: reuniões de pauta, entrevistas, pesquisas para a construção das matérias, reuniões com anunciantes e entrega dos jornais. Mas, eventualmente, durante a semana, nós também nos reunimos para resolver alguns problemas ou fazemos reuniões de emergência que possam surgir. Também usamos
“A logomarca do jornal foi trabalhada em cima da história da Rocinha, que era uma fazenda que fornecia verduras para a feira da Gávea, na Praça Santos Dumont. ” o Whatsapp e um grupo no Facebook para contatos mais imediatos”, diz a estudante, destacando algumas matérias marcantes do Fala Roça. “Nesta quinta edição tivemos uma matéria sobre o lixo que teve um bom retorno. A questão do lixo é muito grave na Rocinha e está ligada a diver-
sos problemas, entre eles os pouquíssimos pontos de coleta na comunidade e a falta de saneamento básico. Os moradores também têm uma parcela de culpa, pois jogam lixo nas ruas. A falta de coleta pode culminar indiretamente em doenças. Recebemos um email de uma professora de uma escola municipal da Rocinha dizendo que usou a matéria em sala de aula para poder trabalhar essa questão. Isso nos deixou muito felizes, pois é o reconhecimento do trabalho que fazemos. Quando escrevemos uma matéria e ela tem um impacto na comunidade, seja uma reflexão, uma discussão ou até mesmo um reconhecimento, é muito gratificante”. Michel também destaca algumas histórias. “A cada edição escolhemos uma reportagem de uma questão social para ser a capa do jornal. As reportagens sobre a supervalorização e a luta pelo saneamento básico na Rocinha foram marcantes. Assim como a história de uma alemã que se hospedou no Rio durante um tempo e conheceu uma moradora da Rocinha que trabalhava no hotel em que ela estava
Foto: Agência O Globo
hospedada. Elas perderam o contato e essa alemã pediu ajuda ao Fala Roça para localizarmos a moradora. O jornal publicou uma reportagem e, durante a entrega dos exemplares numa localidade da Rocinha, um morador reconheceu a antiga moradora, que estava no Ceará. Conseguimos conectar as duas novamente e foi muito gratificante para todos nós”. Conhecendo as principais redações de Nova York
Quebrando estigmas Desde sua criação, há quase três anos, o Fala Roça se propõe a oferecer aos moradores da Rocinha e à população em geral uma visão diferente da comunidade, constantemente associada à violência e ao tráfico de drogas. Para Beatriz, é aí que reside a importância do jornalismo comunitário. “Muitas vezes a favela é retratada como um lugar violento, de forma muito negativa pela mídia em geral. Quando os próprios
Da direita para a esquerda, Michele, Beatriz, Roberta, Michel e os voluntários Marcelo e Bruno.
moradores desses locais começam a falar por si, de dentro pra fora, o discurso muda. Não é que não vamos destacar os pontos negativos, isso também será abordado. Mas damos destaque para pontos positivos, para coisas que a Rocinha tem de bom e que não encontram espaço na mídia para divulgação. Buscamos sempre dar destaque para os próprios moradores, que podem participar ativamente da construção do jornal e da imagem da Rocinha que se quer passar”.
Para Michel, aos poucos, este tipo de visão começa a mudar. “O estigma é um problema que demanda muito tempo para melhorarmos. As visões sobre as favelas estão mudando aos poucos com a democratização do acesso à informação”, diz o estudante. Beatriz complementa. “Buscamos ir a lugares dentro da Rocinha onde poucas pessoas vão. E as nossas entregas são uma oportunidade para estarmos em contato com os moradores. Desses encontros surgem novas histórias e sugestões de pautas”.
Foto: Agência O Globo
Michel também comemoraria viagem que fez para os Estados Unidos no ano passado, a convite do Consulado Americano no Brasil. O objetivo do programa, intitulado “Vozes Urbanas do Consulado Americano no Rio” era promover um intercâmbio entre jornalistas comunitários dos dois países, Estados Unidos e Brasil. “Eu visitei as redações da CNN, New York Times e TV Globo. Muitos jovens estão se envolvendo com comunicação comunitária nos últimos anos nos dois países. O Brasil perde na qualidade do jornalismo por conta da estrutura. Percebi que o governo americano e as empresas privadas ajudam os jornais comunitários locais. No Brasil, não existe isso. Precisamos debater essa questão nos seminários de comunicação social e propor mudanças para a valorização do jornalismo comunitário no Brasil”, afirma.
CIÊNCIA Tudo o que você precisa saber sobre o suposto asteroide ‘enviado por Deus’ para destruir a humanidade em setembro NASA descarta nova onda de boatos apocalípticos iniciada por um profeta em 2010 que viralizou nos últimos meses
ANDRÉ JORGE DE OLIVEIRA / REVISTA GALILEU Teóricos da conspiração e profetas do apocalipse conseguiram, de novo, infestar a internet com boatos sobre o fim do mundo. Desta vez, a data da tão temida destruição da humanidade foi marcada para daqui a poucos meses - mais especificamente entre os dias 22 e 28 de setembro, talvez no dia 24. O site The Inquisitr fez uma pesquisa detalhada sobre o que está por trás dessa onda específica de rumores e descobriu que ela começou em 2010, quando um certo reverendo Efrain Rodriguez, auto-proclamado profeta, teria recebido uma mensagem divina alertando para a chegada de um asteroide gigantesco, que colidiria com a Terra na região costeira de Porto Rico. A catástrofe daria origem a uma série de terríveis terremotos e tsunamis, que devastariam a costa leste dos Estados Unidos, do México e das Américas Central e do Sul. Nos últimos cinco anos, uma série de fatores fizeram com que a profecia acabasse gerando uma histeria online, a ponto de a NASA desmentir publicamente as alegações. “Não sabemos de nenhum asteroide ou cometa que esteja atualmente em rota de colisão com a Terra, então a probabilidade de uma colisão de grande porte é muito pequena”, disse um porta-voz da agência ao site Yahoo News. “Na verdade, com base em tudo o que sabemos, nenhum objeto grande deve atingir a Terra nos próximos vários séculos”. Mas declarações do gênero dificilmente amenizam
a convicção fervorosa dos apocalípticos: para muitos deles, especialmente para os conspiracionistas, a NASA trabalha em conjunto com os governos mundiais para esconder informações relevantes da população e evitar o pânico em massa. Eles encaram um exercício completamente fictício, que simula um plano de emergência a ser seguido em caso de impacto de asteroide, como uma prova clara de que a agência está a par de uma ameaça iminente, mas esconde a verdade. Alguns vão mais longe e afirmam que tudo isso é orquestrado pela elite, pelos illuminati ou pelos líderes da nova ordem mundial: os teóricos da conspiração acreditam que eles já estão se preparando para escapar do cataclisma e pretendem, deliberadamente, deixar que a humanidade morra. Esse tipo de teoria, obviamente desprovida de qualquer evidência concreta, costuma fascinar pessoas mais suscetíveis, e por isso ganha tanta popularidade. Em 2013, por exemplo, se espalhou pela internet um boato de que o órgão federal dos EUA responsável pelo gerenciamento de emergências, a FEMA, teria armazenado milhares de caixões especiais - o que, é claro, deu ainda mais força à profecia. Um tempo depois, teóricos bíblicos associaram a atual tétrade de Luas de Sangue ao apocalipse do asteroide, devido a uma coincidência com o pe
teremos a mesma sorte? Um dos maiores temores da humanidade é que a Terra esteja em rota de colisão com algum asteroide gigante que tenha o potencial de nos aniquilar por completo. O medo não é de forma alguma infundado: estes monstros existem mesmo no espaço e podem, sim, se chocar contra nós. Na verdade, a história do nosso planeta é repleta desses impactos. Enquanto ainda estava em formação, a Terra era bombardeada com maior frequência, e acredita-se que a Lua tenha sido formada graças a um destes eventos.
Ilustração da Hutington Post sobre a colisão do asteróide com a Terra
ríodo de festividades judaicas. Em um plano mais “mundano” e político, recentemente, numa declaração feita em maio do ano passado ao lado do secretário de estado americano John Kerry, o então ministro de relações exteriores da França, Laurent Fabius, disse que o mundo “tem apenas 500 dias para evitar o ‘caos climático’”. Não ficou muito claro o que ele quis dizer com isso, mas como o tal período caía bem no dia 24 de setembro, não demorou até que associassem as duas coisas. E assim, como numa bola de neve, boatos se juntam a profecias, interpretações bíblicas se unem a teorias da conspiração, e tudo isso junto acaba formando estas pequenas histerias coletivas online. É possível afirmar com bastante certeza - não, nenhum asteroide nos atingirá em setembro. Mas a pouca credibilidade desse tipo de informação significa que não precisamos temer a possibilidade de um impacto de asteroide? De jeito nenhum - os cientistas estão certos de que esta é uma das maiores ameaças à humanidade. O físico e divulgador de ciência Brian Cox disse recentemente ao Daily Mail que “existe um asteroide com nosso nome nele, e ele vai nos acertar”. Cox estava chamando a atenção para a urgência de que as nações unam esforços e criem formas concretas de evitar colisões. Desta pedra podemos estar a salvo - mas até quando
De acordo com o Jet Propulsion Laboratory, da NASA, 556 asteroides pequenos cruzaram a atmosfera de 1994 até 2013. A maioria deles se desintegra, no entanto alguns conseguem chegar até a superfície e provocar estragos, como o objeto que atingiu a cidade de Chelyabinsk, na Rússia, há dois anos. Mas o que aconteceria com o nosso planeta se colidisse com um asteroide ~realmente~ grande? O Discovery Channel fez uma simulação que dá uma resposta a esta dúvida. O vídeo mostra um asteroide com diâmetro de 500 quilômetros (quase a distância de São Paulo a Belo Horizonte) se chocando contra o Oceano Pacífico e produzindo ondas de choque que viajam em velocidades hipersônicas. Um episódio destes decretaria o fim da vida na Terra. A força do impacto seria tamanha que romperia completamente a crosta terrestre da região, lançando os detritos ao espaço. Eles entrariam em uma órbita baixa e, conforme fossem caindo, destruiriam toda a superfície. Como se o cenário não fosse catastrófico o bastante, a destruição não para por aí: uma tempestade de fogo se espalharia pela atmosfera e vaporizaria qualquer forma de vida em seu caminho. Em apenas um dia, o planeta inteiro se tornaria inabitável. O mais chocante de tudo é a quantidade de vezes que os cientistas acreditam que tal apocalipse tenha acometido a Terra ao longo de sua história - seis. Além de conter imagens de tirar o fôlego, a simulação ainda é acompanhada pela belíssima ‘The Great Gig In The Sky’, do Pink Floyd. Podemos ficar aliviados - desta pedra estamos a salvo. Mas os asteroides representam, sim, um risco enorme para a Terra e para a humanidade. Por existirem aos montes no Sistema Solar, nós ainda não conseguimos mapear as órbitas da maior parte deles. Os gigantes são mais fáceis de serem localizados: nós conhecemos mais de 96% dos cerca de mil que têm um quilômetro de diâmetro ou mais. O mesmo não pode ser dito dos asteroides com diâmetro
a partir de 140 metros, que já fariam um grande estrago. Estimativas sugerem que eles sejam 25 vezes mais numerosos, e uma das metas atuais é fazer com que o número destes objetos conhecidos chegue a 90% ou mais. Nada impede que algum deles se choque contra o nosso planeta, eventos que já aconteceram diversas vezes no passado, como o episódio que levou à extinção dos dinossauros. Para evitar uma catástrofe do gênero e nos dar tempo de agir caso alguma ameaça seja confirmada, diversos programas estão sendo desenvolvidos. Um deles é o Near Earth Object Program, da NASA, que inclusive estimula astrônomos amadores a descobrirem novos asteroides. Quanto mais gente colaborar com a busca, melhor. Mas e se eventualmente acontecer de nós não conseguirmos evitar uma colisão? No caso do NT7, que tem 2 quilômetros de diâmetro, o estrago seria enorme, mas provavelmente sobreviveríamos. Recentemente, nós divulgamos o que aconteceria se um asteroide de 500 quilômetros colidisse com a Terra. No ano de 2005, um congresso da Nasa rendeu uma missão específica à agência espacial: localizar 90% dos asteroides próximos à Terra até o ano de 2020. Contudo, nove anos depois do tal evento, foi divulgado que apenas 10% dessa informação já foi compilada pela empresa. De acordo com o inspetor geral Paul Martin, houve um significativo aumento no número de descobertas desde 2010, mas que possivelmente a Nasa não será capaz de bater a meta até 2020.O fato vem à tona depois de um pequeno asteroide ter passado extremamente próximo ao nosso planeta. O corpo celeste esteve 10 vezes mais perto que a Lua e só foi descoberto pelos nossos satélites uma semana antes. Caso o asteroide fosse maior, ainda estaríamos vivendo as consequências de sua passagem próxima à Terra. Por mais aterrorizante que possa parecer essa situação,
Ilustração da Hutington Post sobre a colisão do asteróide com a Terra
dificilmente daremos de cara com um gigantesco corpo celeste que irá acabar com a vida humana na Terra. Isso se dá por cientistas terem encontrado mais de 90% dos asteroides capazes de tal feito (aqueles com largura maior que um quilômetro) e nenhum deles está vindo para cá. Contudo, as más notícias aparecem quando descobrimos que os asteroides de médio porte (maiores que 140 metros de largura e também muito capazes de causar grandes danos a nós) podem atingir a Terra com muito mais frequência e que apenas pouquíssimos já foram reconhecidos. Um caso em específico mostra bem as consequências de uma colisão de médio porte: o evento de Tunguska. No ano de 1908, um asteroide entre 30 e 60 metros de largura atingiu uma região remota da Sibéria. Calcula-se que sua explosão gerou uma quantidade de energia mil vezes maior do que a bomba atômica de Hiroshima, acabando com mais de 80 milhões de árvores em uma região de 1300 km².Especialistas afirmam, no entanto, que casos assim ocorrem uma vez por vários séculos. Mesmo assim, não deixam de ocorrer. Outro exemplo, mas de menor proporção, foi o do asteroide de 18 metros de largura que passou sobre a cidade de Chelyabinsk, na Rússia, no ano passado. Mais de mil pessoas ficaram feridas por causa de janelas quebradas e, cientificamente, casos assim são muito mais comuns. Como se defender Cientistas afirmam que o passo mais importante para proteger o planeta de um asteroide é encontrá-lo. Exatamente por isso, o projeto “Near-Earth Object Program” – responsável por cumprir a missão dos 90% - recebeu 40 milhões de dólares em investimento nos últimos cinco anos. Porém, para conseguir visualizar corpos desse
Foto divulgação Nasa
Foto da Sonda Rosetta sobre o cometa 67P
tipo, seria melhor se os telescópios estivessem no espaço. E eles não estão. Por motivos financeiros, esses aparelhos têm que trabalhar da Terra, diminuindo sua efetividade por causa da atmosfera e do brilho do sol. Duas fundações estão angariando fundos para levarem seus satélites ao espaço, mas atingir os 450 milhões de dólares não tem sido fácil. Depois de reconhecer, não há problemas para “abater” o asteroide. A ação normal seria enviar uma nave para dividir o corpo em menores partes, assim fazendo com que não atinja a Terra. A ONU possui uma proposta de reunir as agências espaciais de todo o mundo para viabilizar uma “resposta padrão generalizada” contra esse tipo de ameaça, mas ainda aguarda a confirmação das parcerias, já que se estima um custo de dois bilhões e meio de dólares. Crédito: Artigo retirado da edição digital da revista galileu: http://revistagalileu.globo.com/ Ciencia/Espaco/noticia/2015/06/tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-o-suposto-asteroide-enviado-por-deus-para-destruir-humanidade-em-setembro.html 06 de Junho de 2015
Água da terra foi trazida por asteroides, segundo sonda Os dados obtidos pela sonda europeia Rosetta apoiam a visão de que a maior parte da água da Terra foi trazida por asteroides, ao contrário de uma teoria mais recente, que indicou que os oceanos foram criados por cometas. Desde que a Rosetta entrou em órbita próxima de um cometa chamado 67P/Churyumov-Gerasimenko em agosto, a sonda tem analisado a assinatura química de gases do astro. Um dos objetivos era verificar se a água é a mesma encontrada em nosso planeta. Se fosse, poderia apoiar a visão de que cometas gelados colidiram com a Terra prmitiva e trouxeram água pela primeira vez. Mas o mais recente estudo mostra que a assinatura química da água do cometa 67P é distinta da que existe na Terra. Acredita-se que o 67P, assim como muitos cometas, se originaram dos confins do sistema solar, o que prejudica a visão de que os cometas eram a principal fonte de água para os oceanos da Terra. “Não é a mesmo água que terrestre, é muito mais pesada”, disse Kathrin Altwegg, físico da Universidade de Berna, na Suíça, e principal autor do estudo publicado nesta quarta-feira na revista Science. Os cientistas agora esperam que a teoria seja testada mais profundamente. A fonte da água da Terra tem sido um enigma de longa data. Há cerca de 4,6 bilhões de anos, o planeta foi extremamente quente e provavelmente abrigou pouca ou nenhuma água. As teorias mais prováveis é de que a água do nosso planeta veio de cometas ou de asteroides ricos em gelo.
A história do hotel mais glamuroso do Rio de Janeiro
O hotel mais luxuoso do Rio teve inicio com sua contrução por Octavio Guinle em 1923 no bairro mais charmoso do mundo. Hotelaria
Por: lta.com.br/releases/a-historia-do-hotel-copacabana-palace
Foto: 40forever.com.br
Copacabana palace em sua construção original
L
ocalizado na praia mais famosa do mundo, na época, a praia de Copacabana ainda era semi-deserta e desconhecida, o Hotel Copacabana Palace, além de ser conhecido pela tradição e o luxo de suas instalações, tem grande valor histórico para a ci-
dade do Rio de Janeiro. Desde sua inauguração, o suntuoso hotel foi palco de grandes acontecimentos do cenário carioca e transformou Copacabana num dos mais famosos bairros do mundo. Na década de 30, o Golden Room foi
inaugurado como a primeira casa de espetáculos da América Latina. Por lá passaram artistas consagrados como Dionne Warwick, Josephine Baker, Ella Fitzgerald, Marlene Dietrich, Ray Charles e Nat King Cole. Adquirido da família Guinle pelo
grupo Orient-Express Hotels, em 1989, o Copacabana Palace foi tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional. O grupo, que possui quase 50 unidades operacionais entre hotéis, trens, navios fluviais e restaurante, já investiu US$ 50 milhões desde que o comprou, realizando um extenso programa de reformas com o objetivo de manter e realçar a sua posição de melhor hotel da América do Sul. O Copacabana Palace está entre as três mais importantes unidades do Orient-Express. Como parte da recuperação do hotel, um novo sistema de iluminação, inaugurado em 1990, permite que a sua fachada leve e brilhante sobres-
saia ainda mais tanto à noite quanto à luz do dia. No final de 1991, a área da piscina do hotel, uma das maiores e mais bonitas piscinas da cidade, foi totalmente renovada. O interior do hotel foi totalmente reformado, remetendo aos seus tempos de glória. O responsável por essa restauração foi o decorador francês Gerard Gallet. Conhecido mundialmente, também decorou hotéis como Bedford (em Paris), Villa San Michele (Florença) e o Cipriani (em Veneza). A pintora francesa Dominique Jardy foi uma das escolhidas para reproduzir algumas das criações de Gallet. Suas obras, em diferentes técnicas artísticas, podem ser encon-
tradas no restaurante Cipriani, no interior de elevadores e nas Penthouses, que são as suítes do sexto andar. Entre seus hóspedes figuraram membros da realeza, presidentes, astros do cinema e da música, esportistas, políticos, executivos que visitam a cidade e personalidades importantes em vários campos de atuação, nomes como Santos Dumont, Gene Kelly, Orson Welles, Nelson Mandela, Princesa Diana, Príncipe Charles e Arturo Toscanini. Seu Livro de Ouro vem sendo assinado por hóspedes ilustres há oito décadas e o hotel também tem uma galeria de fotos das principais personalidades. Em 1933, foi utilizado como cenário
Foto de Antoine Jasser
Foto atual da Fachada do Copacabana Palace
Foto: blta.com.br
Foto do salão principal do Copacabana Palace
para o filme “Flying down to Rio”, um marco cinematográfico no qual pela primeira vez dançaram juntos Fred Astaire e Ginger Rogers. Em 1994, substituindo o antigo Bife de Ouro, um dos três melhores e mais requintados restaurantes do país, foi inaugurado no hotel o Cipriani. O melhor da culinária italiana esteve nas mãos, até 2010, do chef Francesco Carli, veneziano criativo e surpreendente, vindo direto do Hotel Cipriani & Palazzo Vendramini, em Veneza. Do ano passado para cá, assumiu a cozinha outro italiano, da região do Abruzzo, Nicola Finamore. A culinária é coroada pela vista: janelas do restaurante se abrem para a piscina. O Copacabana Palace conta também
com o Pérgula, restaurante localizado entre a praia de Copacabana e a piscina, aberto para café da manhã, almoço e jantar. O hotel ocupa uma área de mais de 12 mil metros quadrados em Copacabana, possui 243 apartamentos e suítes, dos quais 147 ficam no prédio principal e 96 no prédio anexo, incorporado ao hotel em 1948. Em 1992, estas acomodações foram modernizadas e equipadas com sistema à prova de som. Entre 1991 e 1995, o prédio principal e o Anexo foram totalmente remodelados e modernizados. Todos os apartamentos e suítes do Copacabana Palace são de luxo. Os apartamentos podem apresentar camas king-size, casal e solteiro, de
acordo com a escolha do hóspede. Todos têm vidros à prova de som, arcondicionado, banheiro, ducha, rádio-relógio, TV por assinatura com canais de notícias, filmes, séries e esportes, telefones com duas linhas e discagem direta internacional, conexão para fax e internet banda larga, minibar e cofre individual. Sete luxuosas suítes com uma piscina exclusiva e total infraestrutura de tecnologia compõem o sexto andar do Copacabana Palace. Tecidos franceses, obras de arte e tapetes orientais são alguns dos detalhes que fazem deste andar a acomodação perfeita para os que procuram privacidade e máximo conforto na visita à cidade maravilhosa.
Foto: Flavio Veloso
A piscina de 10×4 metros, totalmente negra, cercada por treliças branca
compõe um cenário paradisíaco com vista deslumbrante para a praia de Copacabana. Presidentes, reis e personalidades já desfruta-
ram do sexto andar. Era no sexto andar que a grande dama da hotelaria brasileira, Dona Mariazinha Guinle, morou desde seu casamento com o fundador do Copa, Octávio Guinle. Toda a restauração deste andar começou em 1989 quando James B. Sherwood comprou o hotel das mãos dela. Gerard Gallet foi o responsável pelo trabalho. Incorporado ao hotel em 1948, o Anexo tem 96 apartamentos e ganhou fama por ser preferido dos paulistas. Conhecido por seu luxo e tradição, o Copacabana Palace reabriu em novembro de 2005 a ala de apartamentos em frente à piscina. Em quase um ano de reformas, foram investidos R$ 5,5 milhões em 36 apartamentos com vista para a piscina e, mais à frente, para a praia. A coluna dos fundos, que fica em frente à Avenida Nossa Senhora de Copacabana, foi inteiramente reinaugurada no réveillon de 2010, com a transformação de algumas suítes em apartamentos. Do segundo ao nono andar,
há duas suítes e quatro apartamentos em cada andar. No primeiro piso, os quartos não sofreram alterações, foram adaptadas para portadores de necessidades especiais. As suítes da piscina têm aproximadamente 70 metros quadrados. São compostas de sala, banheiro, varanda privativa com vista para a praia de Copacabana e quarto com colchões Sealy – todos ortopédicos e extremamente confortáveis – e enxoval com acabamento de alto padrão Trussardi 300 fios. Todas são equipadas com duas linhas telefônicas, acesso a internet de banda larga, fax, cofre eletrônico, roupões de banho, pantufas e outros. Os hóspedes das suítes piscina contam com serviço de check-in expresso e atendimento exclusivo. As suítes de frente para a Avenida Nossa Senhora de Copacabana possuem são belamente decoradas, com banheiros com cerâmica italiana, varandas privativas e vista para a cidade. Todas são equipadas com duas linhas telefônicas com conexão para modem, e-mail de voz, aparelho de DVD, cofre eletrônico, roupões de banho, pantufas e mais A novidade é o novo ambiente para seus hóspedes desfrutarem: uma biblioteca. Para trazer aos visitantes essa área de descanso e leitura, o luxuoso
hotel, inaugurado em 1923 e desenvolvido pelo arquiteto francês Joseph Gire, selecionou peças garimpadas em países como Inglaterra, França, Portugal e Brasil. O mais interessante é que os móveis propõem uma viagem no tempo, com itens do século XVII até o XIX. Muitas cores quentes, sobretudo o vermelho, estampas florais e madeira tornam o espaço acolhedor. Sob uma grandiosa mesa francesa com cadeiras de diferentes modelos, um cavalo de carrossel é o destaque no local. “Procurei móveis eruditos, cheios de classe, que contrastam com as peças inglesas. Escolhi itens muito relevantes para o espaço, onde quatro países são representados”, conta Arnaldo Danemberg, do antiquário carioca AD Chopin, que construiu cada detalhe do ambiente. Móveis de farmácias portuguesas em pinho de riga, poltronas neoclássicas, estante giratória para livros trazida da França e feita em madeira nogueira são outros itens que enriquecem esta biblioteca. “A inspiração para montar o ambiente veio do quanto eu acredito que a leitura representa para a humanidade. Já perceberam que nesses espaços não há músicas ou barulhos? É para o homem se escutar, estar com ele mesmo”, ressalta Danemberg.
“Deixa sempre uma saudade na gente Copacabana o mar eterno cantor Ao te beijar ficou perdido de amor E hoje vive a murmurar só a ti Copacabana eu hei-de amar” Tom Jobim
ROMA Fizemos uma viagem a quatro cidades italianas de carona na mochila de uma estudante brasileira. Durante o intercâmbio realizado no final do ano passado, Camila Sanches (25) estudante de Turismo encantou-se com quatro cidades italianas, descritas por ela como as mais charmosas da Europa. A culinária, a história, a cultura local entre outros atributos fizeram a nossa guia tornar a Itália seu foco para novas descobertas. Ela pretende se mudar para lá, assim que o curso terminar. Diz que o país reúne tudo com o que gostaria de trabalhar: gastronomia, História e, claro, turismo.
Uma das fontes de água natural disponíveis.
Jornalista responsável: Jamily Normando
D
esde a sua fundação, em 753 a. C., que a história da civilização moderna tem passado pela capital italiana, deixando provas de todas as eras, descobertas sucessivamente em novas escavações. Desde a época das Guerras Púnicas, que deram a Roma a supremacia na área do Mediterrâneo, ao tempo do Império Romano, que, com a paz implementada pelo imperador Augusto, permitiu o planejamento urbano e o bem-estar social, a cidade criou os seus recursos para conquistar o mundo, pelo menos o que se conhecia na altura. Mais recentemente, após a desagregação do Império Romano, a cidade tornou-se o centro do Cristianismo e, depois de várias inflexões, acabou por se tornar a capital do reino de Itália, em 1870. A história do século XX assistiu à sua reconstrução da cidade, destruída por sucessivos bombardeamentos e sempre pronta a restaurar os seus tesouros artísticos e arquitetônicos. Hoje, Roma cresceu à volta de um núcleo antigo, cheio de locais pitorescos e rodeado pelas antigas muralhas defensivas. Para os apaixonados pela metrópole, uma vida não é suficiente para conhecê-la. Ruas importantes, com nomes ligados à própria História de Roma, saem em todas as direções. Uma destas Ruas é a Via del Fori Imperiali. Esta é a antiga “Estrada do Imperador”, que passa pelo Fórum Romano, o berço de toda a atividade cívica e econômica da cidade (com o Mercado Trajano do outro lado da via), e, mais abaixo, desemboca num dos monumentos favoritos de todos os turistas, o verdadeiro símbolo de Roma: o Coliseu. A marcante Fontana di Trevi é a maior e mais ambiciosa construção de fontes barrocas da Itália e está localizada de fronte ao Palácio do Quirinal. Um marco da cidade, que tem ao longo de suas ruas e vielas outras pequenas fontes de água potável e límpida. Vindas direto do Rio Tibre.
Coliseu de Roma
A Itália pelo olhar de uma estudante brasileira
VENEZA
Carnaval de Veneza: símbolo da cidade
C
Maravilhoso é participar de um dos “Bacaro Tour” organizados pela cidade. Onde é possível experimentar a culinária de vários restaurantes e bistrôs estando á bordo de uma das típicas barcas da cidade. Além disso, ver de perto os mascarados é indescritível. Estar presente em uma manifestação de arte tão tradicional e misteriosa como o Carnaval de Vezeza.
Domínio público
ento e vinte ilhas, separadas por numerosos canais e interligadas por mais de 400 pontes, constituem a cidade de Veneza. Toda a vida desta cidade assenta, literalmente, sobre água e os transportes são igualmente efetuados deste modo, seja usando os vaporettos (o equivalente aos nossos carros, mas em versão anfíbia), barcos-táxi ou barcos particulares. As populares gôndolas são usadas, sobretudo pelos turistas. O centro histórico, com menos de 70 mil residentes permanentes, estão situadas as funções administrativas e ligadas à poderosa indústria do turismo. O turismo é essencial nesta região italiana, movimentando mais de 12 milhões de pessoas por ano. Para tal, contribui todo o misticismo e monumentos históricos desta antiga cidade-estado, mas também as atividades culturais presentes ao longo de todo o ano, como a Bienal de Arte, o Festival Internacional de Música Contemporânea, a Mostra de Cinema ou a programação musical do famoso Teatro La
Fenice. A história de Veneza está intimamente ligada à da sua arte, reproduzida nos inúmeros monumentos que dão cor aos bairros que dividem a cidde, os sestieri. Os dois núcleos principais são compostos pelo complexo arquitetônico da Piazza de San Marco, o cartão de visita da cidade, e as zonas burguesas e comerciais do Rialto. Na Piazza de San Marco, que Napoleão descreveu como “a mais elegante sala de recepções” da Europa, milhares de turistas visitam diariamente os mais importantes marcos históricos de Veneza, como a Basílica, o Palazzo Ducale, o Campanile, o Museo Correr ou a Torre dell’Orologio. Ainda nesta praça, situam-se elegantes cafés, rivalizando entre si com o serviço prestado ou as orquestras musicais que fazem as delícias dos turistas.
Barca de Veneza
Domínio público
Domínio público
NÁPOLES Domínio público
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A cidade de Nápoles beirando o mar.
ápoles é a capital da região da Campânia, conhecida por ser rica em história, artes, cultura, arquitetura, música e gastronomia. Há mais de 2.800 anos que desempenha um importante papel na península italiana. Situada na costa oeste de Itália, está no meio de duas importantes áreas vulcânicas: o monte Vesúvio e Campi Flegrei, o supervulcão adormecido no golfo de Pozzuoli. Nesta região reina a pobreza, o crime organizado e o desemprego. Porém, a mesma apresenta contrastes: paisagens magníficas, uma gastronomia de tirar o chapéu além da história e cultura pulsantes! Fundada no século IX a.C., como uma colônia da Grécia Antiga, é uma das mais velhas cidades de todo o mundo. Seu centro histórico é um dos maiores da Europa e foi classificado pela Unesco como Patrimônio Mundial. Ao longo da sua história, foi a capital de ducados, reinos e de um império, assim como um importantíssimo centro cultural, especialmente durante o período da Renascença e do século XVII ao XIX. Durante inúmeros séculos, Nápoles dominou todo o território do sul da Itália. À beira de uma bela baía tem ao lado as bonitas ilhas de Capri, Procida e Ischia à frente. As pessoas de Nápoles são muito semelhantes aos cariocas, na receptividade com turistas. São realmente calorosos, acredito que até pelo clima do local. Apesar de não possuir especificamente um ponto turístico, a arquitetura é de tirar o fôlego. Outro local que não se pode deixar de conhecer quando se chega lá é a Ilha de Ischia. As praias da Ilha são muito parecidas com as da Ilha Grande no Rio de Janeiro e ainda tem lojinhas e feirinhas de rua que vendem artesanato feito pelos moradores.
Atividade pesqueira é comum aos moradores da cidade.
Domínio público
A Ilha de Ischia abriga ilhas paradisíacas.
Domínio público
Pizzas são o carro chefe da culinária italiana. Em Nápoles existem muitas pizzarias.
cidade de Pisa é uma das “joias da coroa” da Itália, e tem muito mais a oferecer que apenas sua famosa torre inclinada. Pisa tem um centro histórico belíssimo, com vários edifícios com fachadas de mármore que reluzem à luz do sol, e criam uma paisagem de tirar o fôlego. Bem conectada com o resto da Itália e da Europa, tanto por trem, quanto através do seu aeroporto, que recebe voos de várias companhias, a cidade é facilmente acessível. O Battistero é o belíssimo pré dio em formato oval que domina a paisagem. Era lá que aconteciam os batizados da elite de Pisa, e o prédio realmente reflete a importância do lugar para o povo da cidade. Com estátuas impressionantes, cuidadosamente posicionadas no exterior do prédio, o batistério chama atenção pela sua riqueza de detalhes. O Camposanto é um cemitério monumental que tem este nome porque, segundo reza a lenda, foi construído em volta de solo trazido de navio da Terra Santa, durante a Quarta Cruzada. Apesar de ter sido danificado durante bombardeios da Segunda Guerra Mundial, após diversas restaurações, o monumento conseguiu reter a sua beleza clássica, e tem uma coleção impressionante de belas estátuas de mármore e afrescos, além de sua arquitetura, que é de tirar o fôlego. A beleza da Catedral de Santa Maria Assunta é estonteante. A intenção por trás da construção da catedral, era refletir as glórias das conquistas marítimas de Pisa. A catedral tem diversos elementos de diferentes culturas e estilos, com peças que vão de colunas de templos romanos a arcos bizantinos.
Domínio público
As ruas de Pisa são marcantes pela arquitetura. Pisa tem, além da torre, as ruas como pontos atrativos. São ruas bucólicas mas muito charmosas. Na rua onde fica a torre de Pisa existem igrejas de tamanhos diversos, mas todas feitas em ouro e bronze. A Piazza de Miracoli é onde se concentram a Torre, o Batistério e o Campo Santo. Praticamente tudo de mais interessante em conhecer, concentrado em um só local. É uma região carregada de simbolismos religiosos.
Domínio público
Torre de Pisa e a Catedral.
A
PISA
Conheรงa como comeรงou o futebol dos 4 gigantes clubes cariocas Guilherme Pinheiro
Retumbante de Glórias Site: fluminense.com.br
TÍTULOS HONRARIA Taça Olímpica*: 1949 * Considerada como o Prêmio Nobel do Esporte. O Fluminense é o único clube da América Latina a tê-la conquistado, além de ser o único clube de Futebol do mundo a ter seu nome inscrito nela. MUNDIAIS Copa Rio Internacional: 1952 Invicto NACIONAIS Campeonato Brasileiro: 4 (1970, 1984, 2010 e 2012) Copa do Brasil: (2007) Campeonato Brasileiro Série C: (1999) REGIONAIS Torneio Rio-São Paulo: (1957 Invicto, 1960)
Time campeão carioca de 1937
C
orria o ano de 1901 e o jovem Oscar Alfredo Cox voltava da Suíça, onde estudou e aprendeu a gostar de futebol. Na chegada ao Brasil foi o principal responsável pela implantação do esporte no país. Em 1º de agosto de 1901, o primeiro time formado por Oscar Cox e seus companheiros partiu para Niterói para enfrentar uma equipe formada por ingleses. Sua principal realização, porém, aconteceu na data de 21 de julho de 1902, quando, junto com mais vinte integrantes, fundou o Fluminense Football Club, em uma reunião na Rua Marquês de Abrantes, 51 – então residência de Horácio da Costa Santos. O nome Fluminense surgiu naturalmente, sem maiores debates, apesar de a ideia inicial ter recaído sobre Rio Football Club. Acabou prevalecendo Fluminense, derivado do latim flūmen, que significa “rio”. O termo também é usado para se referir aos nativos do Estado do Rio de Janeiro.
ESTADUAIS
Graças ao pioneirismo e espírito empreendedor de Oscar Cox, que implantou, difundiu e popularizou o futebol fundando o Fluminense, um dos primeiros clubes de futebol no Brasil, o esporte bretão se tornou uma paixão entre os brasileiros. Desde esta época, o Fluminense já cumpria o seu papel de protagonista no futebol brasileiro, promovendo o esporte com iniciativas pioneiras, como a promoção de partidas beneficentes. O primeiro jogo do Fluminense foi disputado em 19 de outubro de 1902, contra o Rio Football Club, no campo do Payssandu, a primeira goleada: Flu 8 a 0. Em 6 de setembro de 1903, aconteceu a estreia em jogos interestaduais, com três jogos no campo do Velódromo, em São Paulo. O escrete carioca somou um empate e duas vitórias.
Campeonato Carioca: 31 (1906/1907¹/1908/1909, 1911, 1917/1918/1919, 1924, 1936/1937/1938, 1940/1941, 1946, 1951, 1959, 1964, 1969, 1971, 1973, 1975/1976, 1980, 1983/1984/1985, 1995, 2002, 2005 e 2012). 1: co-campeão, junto com o Botafogo. Taça Guanabara: 9 (1966, 1969, 1971, 1975, 1983, 1985, 1991, 1993 e 2012). Taça Rio: 2 (1990 e 2005). Torneio Início: 9* (1916, 1924, 1925, 1940/1941, 1943, 1954, 1956 e 1965).
Somos uma Nação Site: flamengo.com.br
TÍTULOS Internacionais Mundial Interclubes 1981 Taça Libertadores da América 1981 Copa Mercosul 1999 Copa Ouro Sul-americana 1996 (invicto) Nacionais e Interestaduais Campeonato Brasileiro (6 títulos) 1980, 1982, 1983, 1987, 1992, 2009 Copa do Brasil 1990 (invicto), 2006 e 2013 Torneio Rio-São Paulo 1940 e 1961 Copa dos Campeões Regionais 2001 Copa dos Campeões Mundiais 1997 (invicto) Taça dos Campeões Estaduais 1956 Taça dos Campeões Brasileiros 1992 Torneio do Povo 1972
Flamengo antes do clássico contra a equipe do fluminense 1944
S
e na época da fundação do Flamengo o remo reinava absoluto como esporte favorito dos cariocas, em pouco tempo outra modalidade começou a rivalizar pela preferência do público: o futebol. E o Flamengo estava predestinado a ter papel de protagonista nesta nova paixão nacional. Em 1911, houve um desentendimento interno no Fluminense. Alguns jogadores falavam em trocar de clube, enquanto outros até mesmo pensavam em abandonar o futebol. Foi quando Alberto Borgerth, um dos jogadores do Fluminense, fez a proposta de criar uma seção de futebol no Flamengo, onde já era remador. A ideia foi aprovada e, no dia 8 de novembro daquele ano, foi criado o Departamento de Esportes Terrestres rubro-negro. A nova equipe chamava a atenção e dava os primeiros passos para ganhar enorme popularidade treinando na Praia do Russel. Em 3 de maio de 1912 acontece a primeira partida do Flamengo: uma grande vitória de 15 x 2 sobre o Mangueira, no campo do América. A escalação rubro-ne-
gra naquele jogo foi Baena, Píndaro e Nery; Coriol, Gilberto e Galo; Bahiano, Arnaldo, Amarante, Gustavo e Borgerth. Não demorou muito para vir o primeiro título: em 1914 o Flamengo ganhou seu primeiro Campeonato Carioca. A conquista veio com uma rodada de antecedência, após a vitória de 2x1 sobre o Fluminense. Riemer fez o gol do título. A primeira camisa do futebol foi a “Papagaio de Vintém”, quadriculada em vermelho e preto. Em 1914, a equipe passou a atuar com a “Cobra-Coral”, que tinha listras horizontais rubro-negras convivendo com listras mais finas brancas e foi utilizada pela equipe do primeiro título estadual (foto abaixo). O Manto Sagrado passou a ter apenas listras horizontais vermelhas e pretas a partir de 1916, quando o novo uniforme estreou em uma vitória de 3x1 sobre o São Bento, de São Paulo.
Estaduais Campeonato Carioca (33 títulos) 1914, 1915 (invicto) 1920 (invicto), 1921, 1925, 1927,1939, 1942, 1943, 1944, 1953, 1954,1955, 1963, 1965, 1972, 1974, 1978,1979 (invicto), 1979, 1981, 1986, 1991, 1996 (invicto),1999, 2000, 2001, 2004, 2007, 2008, 2009, 2011 (invicto) e 2014. Taça Guanabara (20 títulos) 1970, 1972 (invicto), 1973 (invicto), 1978, 1979, 1980 (invicto),1981, 1982, 1984, 1988, 1989 (invicto), 1995,1996 (invicto), 1999 (invicto), 2001, 2004, 2007, 2008, 2011 (invicto) e 2014. Taça Rio (9 títulos) 1978 (invicto), 1983, 1985 (invicto), 1986, 1991 (invicto), 1996 (invicto),2000, 2009 e 2011 (invicto) Taça da Capital do Rio de Janeiro 1 9 9 1 (invicto) e 1993 Copa Rio 1991 (invicto) Torneio Extra do Rio de Janeiro 1934 Torneio Aberto do Rio de Janeiro 1936 ( Invicto ) Torneio Relâmpago do Rio de Janeiro 1943 Copa Record 2005 Torneio Início do Campeonato Carioca (6 títulos) 1920, 1922, 1946, 1951, 1952, 1959
A Cruz de Malta é o meu pendão
Site: botafogo.com.br
TÍTULOS Copa Libertadores da América 1998 Copa Mercosul 2000 Campeonato Sul-Americano de Campeões 1948 Torneio de Paris 1957 Campeonato Brasileiro 1974, 1989, 1997, 2000 Campeonato Brasileiro Série B 2009 Torneio Rio São Paulo 1958, 1966, 1999 Lembrando que o título de 1966 foi dividido com o Botafogo o Santos e o Corinthians. Campeonato Carioca 1923, 1924, 1929, 1934, 1936, 1945, 1947, 1949, 1950, 1952, 1956, 1958, 1970, 1977, 1982, 1987, 1988, 1992, 1993, 1994,1998, 2003
Vasco, torneio municipal 1948
A
pós remadas de sucesso, o Vasco, por sua grandeza, sentiu necessidade de cravar a bandeira cruzmaltina em outras modalidades esportivas. Por conta desse desejo de expansão, surgiu, então, o interesse em formar um time de futebol. No dia 26 de novembro de 1915, os vascaínos resolveram se fundir ao Luzitânia SC, clube dedicado ao futebol e que, até então, somente admitia portugueses em seus quadros. Após a fusão, o Vasco da Gama filiou-se à Liga Metropolitana para participar da temporada de 1916. Ao dar os seus primeiros passos No dia 29 de outubro de 1916, o Vasco da Gama obteve a sua primeira vitória no futebol. O Gigante da Colina ganhou o River por 2 a 1, no campo do São Cristóvão, pela Terceira
Divisão da Liga Metropolitana. Candido Almeida e Alberto Costa Júnior foram os autores dos gols vascaínos. Em 1922, o Vasco, já na Série B da primeira divisão da Liga Metropolitana, sagrou-se campeão e conquistou o direito de disputar a promoção à Série A numa partida extra contra o último colocado da Série A, o São Cristóvão. O resultado de 0 a 0 garantiu ao Vasco a participação na elite do futebol carioca no ano seguinte. O lugar que o Vasco da Gama ocupa na elite do futebol brasileiro tem a marca gloriosa do time conhecido como os camisas negras que, em 1923, com uma campanha arrasadora (11 vitórias, dois empates e apenas uma derrota), conquistou o primeiro titulo de campeão carioca de sua História.
Taça Rio 1984, 1988, 1992, 1993, 1998, 1999, 2001, 2003, 2004 Copa Rio 1992, 1993 Torneio Início do Rio de Janeiro 1926, 1929, 1930, 1931, 1932, 1942, 1944, 1945, 1948, 1958 Copa do Brasil 2011
O glorioso
Site: vasco.com.br
TÍTULOS CAMPEONATO BRASILEIRO 2 títulos 1968 e 1995 taça COPA CONMEBOL 1 título 1993 taça TORNEIO RIO-SÃO PAULO 4 títulos 1962, 1964, 1966 e 1998 taça COPA DOS CAMPEÕES ESTADUAIS RJ-SP 1 título 1931 taça
Time do Glorioso liderado pelo mago das pernas tortas Garrincha 1956
O
Botafogo de Futebol e Regatas nasceu oficialmente no dia 8 de dezembro de 1942, como resultado da fusão de dois clubes com o mesmo nome: o Club de Regatas Botafogo e o Botafogo Football Club. Os dois clubes tinham suas sedes no bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, e se uniram depois de um triste fato. No dia 11 de junho de 1942, os dois clubes disputavam uma partida de basquete pelo Campeonato Estadual e o jogador Albano, do Botafogo F.C., durante o intervalo, caiu em quadra, vítima de um ataque fulminante. A partida foi interrompida a dez minutos do final, quando o placar marcava CRB 21x 23 BFC. O corpo de Albano saiu da sede de General Severiano e, quando passava em frente ao Mourisco Mar, o então presidente do C.R.Botafogo, Augusto Frederico Schimidt, disse: “Comunico nesta hora a Albano que a sua última partida resultou numa nítida vitória. O tempo que resta do jogo interrompido os nossos jogadores não isputarão mais”. O
então presidente do Botafogo Football Club, Eduardo Góis Trindade, respondeu: “Nas disputas entre os nossos clubes só pode haver um vencedor, o Botafogo!” Schimidt então selou a fusão: “O que mais é preciso para que os nossos dois clubes sejam um só?”. Com a fusão foram feitas apenas três alterações: a bandeira perdeu o escudo das letras entrelaçadas do BFC e ganhou a estrela solitária do Clube de Regatas Botafogo; a equipe passou a usar calções pretos e a bandeira ganhou um retângulo preto, com uma estrela branca ao alto. Nos anos 30, durante a cisão entre amadores e profissionais, o Botafogo conquistou o único tetra do Campeonato Carioca, representado por quatro estrelas acima do escudo na camisa. Atualmente, porém, o Botafogo não utiliza mais essas estrelas complementares, deixando apenas a do escudo e fazendo valer o apelido de Estrela Solitária.
CAMPEONATO CARIOCA 19 títulos 1907, 1910, 1912, 1930, 1932, 1933, 1934 1935, 1948, 1957, 1961, 1962, 1967, 1968 1989, 1990 1997, 2006 e 2010
Foto: Getty Images
DEVOLVE ELE AQUI!
O UFC 189, que será realizado no dia 11 de julho em Las Vegas (EUA), promete ser um dos eventos mais assistidos de toda a história da organizacão. Dana White, presidente do Ultimate, chegou a apostar em um gigantesco tour - que começou no Maracanãzinho, Rio de Janeiro, e terminou na Irlanda, para promover o combate entre o brasileiro, detentor do cinturão dos penas há quase cinco anos, e o falastrão irlandês Conor McGregor, que chega para desafiar o manauara sem ter enfrentado um único top cinco da categoria. Nome: José Aldo
Nome: Conor McGregor
Idade: 28 anos
Idade: 26 anos
Altura e peso: 1,70m e 65 kg
Altura e peso: 1,75m e 65 kg
Cartel no MMA: 25-1-0
Cartel no MMA: 17-2-0
O PATRÃO FICOU MALUCO Foto: Reprodução
Lazlo Dalfovo
Fonte: Luis Fernando Coutinho LANCE!Net em 28/05/2014
D
esde que foi anunciada, a disputa de cinturão dos penas entre José Aldo e Conor McGregor, que acontece no UFC 189, no dia 11 de julho, em Las Vegas (EUA), durante a semana internacional da organização, vem sendo tratada como a “maior luta do ano” para a franquia. Como prova da esperança que os diretores têm de bater recordes e atingir números históricos com o duelo Brasil x Irlanda, o Ultimate já acumula uma Turnê Mundial promovida com Aldo e McGregor - que passou por cidade espalhadas pelo mundo durante 10 dias - e uma superprodução de comerciais que estrearam durante a transmissão do UFC 187, no último dia 23 de maio. Em evento realizado para falar sobre os projetos que envolvem a promoção do confronto entre José Aldo e Conor McGregor, o presidente do UFC Dana White reuniu jornalistas e detalhou o trabalho e investimento feito pela companhia para o combate.
- Nossa sessão do Embedded é um sucesso nunca antes visto, gerando 13 milhões de visualizações somando todos os episódios da turnê. Para essa luta, a série terá dez episódios. Vamos fazer acordos de transmissões pelo mun-
Europa, Austrália, América do Sul... Estamos falando com mais de 140 países - declarou Dana, antes de apresentar o comercial milionário produzido para o confronto. A produção conta com Aldo e McGregor caminhando pela Strip, principal avenida de Las Vegas. Além dos astros, uma espécie de legião brasileira acompanha o campeão, assim como torcedores irlandeses estão atrás do falastrão Conor. Uma arte especial finaliza o vídeo com ambos dentro de um octógono preparados para se enfrentarem na cidade de Nevada, o que cativa ainda mais os fãs de
MMA.
mente o mais caro que já produzimos. Essa será uma das maiores lutas que já fizemos globalmente. O mundo inteiro está interessado nessa luta. Vocês vão ver isso em todo lugar. Achamos que vamos vender um milhão ou mais pacotes de Pay-Per-View. Gastamos muito dinheiro. Nós sempre quisemos fazer isso, mas olhamos muitas coisas e não gostamos de nada. Essa produção nos agradou muito. A música, o duelo Brasil x Irlanda... Todos se importam com essa luta - declarou, revelando que na opinião de McGregor o evento venderá 4 milhões de
‘Vou bater nele como se fosse a minha última luta da PPV - o recorde do UFC foi minha carreira’ (José Aldo) em 2009, com sua centésima
- Esse comercial foi produzido pelo mesmo direto do filme “Benjamin Button”. Isso foi um grande projeto, definitiva-
hão de assinaturas.
edição, que vemdeu 1,6 mil-
Ao ser questionado se teme que tamanha promoção
Foto: Cynthia Vance
acabe sofrendo um impacto negativo caso a luta dentro do octógono não seja o esperado, Dana White garante que as chances de Aldo x McGregor fazerem uma luta entediante são pequenas. - Essa luta será o que Mayweather x Pacquiao não foram. Conor vai atrás de José, e quando você vai atrás dele, consegue tirar o melhor do campeão e ele tenta arrancar a sua cabeça. Não há chances no mundo de essa luta ser ruim - cravou. Por fim, o mandatário revelou que 25% dos ingressos vendidos para o show foram comprados por torcedores irlandeses ou do Reino Unido. Já os fãs brasileiros compraram 17% das entradas. Não para cravar um vencedor, mas, sem dúvidas, o manauara entra como favorito para o combate, já que, além de ser o dono do cinturão, está invicto na carreira desde 2005, quando foi derrotado no Jungle Fight.
Foto: Divulgação / UFC
TROCAÇÃO FRANCA Quando e por quê você começou a lutar? Eu comecei a treinar na minha adolescência porque eu queria lutar e ser um dos melhores do mundo logo Você tem algum herói no mundo das lutas? Mike Tyson O quê significa para você lutar no UFC? É uma grande honra e oportunidade estar no maior evento de MMA do planeta Qual é o seu time de futebol do coração?
Ah, essa todos já sabem. Flamengo! (risos) Qual era a sua ocupação antes de começar a lutar? Eu jogava futebol antes de ser lutador
NUMERALHA
28
É a idade do manauara José Aldo
25
É o número de vitórias de Aldo na carreira
1
Aldo só perdeu uma luta, que foi em 2005
4
Aldo tem o cinturão há 4 anos e 8 meses
O potencial da cerveja artesanal brasileira - uma análise econométrica São ao menos 200 pequenas fábricas, segundo dados da Associação Brasileira de Bebidas
Gastrônomia
Por Márcio Berg - O Globo
03/10/2014
Repetindo os resultados de 2013, o ano de 2014 foi profícuo para o mercado de cervejas artesanais brasileiro. Mais do que novos empresários, o setor observou um avanço em número de pontos de venda e no consumo das marcas, nacionais e importadas, que vão cristalizando seu espaço na preferência do consumidor. Foto: Bruno Agostini
O Brasil pode chegar a 2,5 mil cervejarias em 20 anos, tomado por base o crescimento dos EUA nas décadas de 1990 e 2000.
O
tamanho e a evolução do mercado cervejeiro artesanal do Brasil são, hoje em dia, impossíveis de quantificar precisamente, devido à ausência de informações fundamentais. Já afirmei em diversos outros posts e em quase todos os eventos que tive oportunidade de participar, e repetirei até o dia em que os dados, finalmente, se-
Cerveja artesanal tem tudo para ser uma paixão brasileira
jam apresentados pela administração pública e pelo setor a partir de cálculos confiáveis e transparentes. Não há, por exemplo, dados oficiais detalhados das cervejarias ativas no país, por porte. Só se conhece os números da produção por região e tipo de embalagem – por questão de sigilo fiscal, sequer são divulgados por estado, afirmou-me a Receita Federal. Os nú-
meros de registros de estabelecimentos, que obtive junto ao Ministério da Agricultura (Mapa) e publiquei em 2013 e em 2014, não garantem que sejam cervejarias em funcionamento, o que é um detalhe importantíssimo. Os números de cervejarias segundo a Receita e o Mapa são diferentes. Outros, para destacar o suposto futuro brilhante do segmento, se valem de
O Mestre cervejeiro, Renato, passa um pouco do seu conhecimento sobre cervejas artesanais
uma comparação esdrúxula com os Estados Unidos, cuja realidade histórica, econômica e social em relação à cerveja é tão radicalmente diferente do Brasil o paralelo seria ridículo, se não fosse triste. A tradição cervejeira americana começou com os passageiros do lendário navio Mayflower, no começo do século 17, e permaneceu entranhada na cultura exceto por um breve período, menos de 20 anos. Assim, costumam apontar que
o Brasil pode chegar a 2,5 mil cervejarias em 20 anos, tomando por base o crescimento dos EUA nas décadas de 1990 e 2000. Talvez seja pior que a estimativa grosseira porque é uma falsa simetria travestida de projeção confiável. E há ainda os para impressionar, se valem de uma comparação percentual com o mercado da grande indústria cervejeira... que possui uma escala quase 300 vezes maior, portanto uma
base significativamente maior, que tornará todo avanço nominal percentualmente menos significativo. Felizmente, existem pesquisadores sérios e cervejeiros oriundos de vários ramos do conhecimento, que podem ajudar a dar um rumo mais técnico a estas discussões. Tive a satisfação de conhecer vários ao longo destes últimos anos. Quando comecei a trabalhar em uma análise mais aprofundada do verdadeiro potencial das
Foto: Bruno Agostini
cervejarias ditas artesanais, pedi a colaboração do economista Jarbas Menezes (UNESP), também cervejeiro caseiro de mão cheia, para fazer uma análise econométrica fundamentada nos – poucos – dados disponíveis. EM 2034, BRASIL PODE TER 1.455 CERVEJARIAS Para começar, nos concentramos no que se sabe de fato. Os registros do
Mapa apontam, entre 2004 e 2013, ou seja, nos últimos dez anos, período que coincide com o que se convencionou chamar de o “renascimento da cerveja artesanal”, a abertura de 214 estabelecimentos de produção de cervejas e chopes. “Mesmo que esse número não discrimine o tamanho dessas cervejarias, é razoável pensar que quase todas sejam de microcervejarias, uma vez que o número é bastante próximo da
quantidade estimada de microcervejarias existentes no Brasil até 2013”, afirmou Jarbas, referindo-s ao dado de “cerca de 200 microcervejarias” frequentemente mencionado como proveniente da associação dos fabricantes de bebidas em geral, que soma menos de 40 integrantes. Assim, nosso consultor economeiro-cervejista (ou vice-versa) fez projeções para as aberturas de cervejarias nos próximos 10 e 20 anos, basean
do-se em previsões de crescimento da renda per capita no Brasil, que busquei nas ferramentas estatísticas da plataforma Perspectiva Econômica Global (WEO, na sigla em inglês) do Fundo Monetário Internacional (FMI). Nessa projeção, o Brasil chegaria a 699 microcervejarias em 2024, e 1.455 em 2034 – pouco mais de metade do previsto atualmente na comparação com os EUA, que mencionei acima. Alguns pontos mais relevantes da projeção completa podem ser vistos no gráfico a seguir: A produção exata do mercado artesanal é outra incógnita, visto que as cervejarias não têm o costume de divulgar dados, alegando sigilos comerciais estratégicos, e muitas vezes não respondem a pedidos de informações. Outros blogueiros esbarraram neste obstáculo em suas tentativas de abordar o assunto. Ao abordar a Receita Federal, que como expliquei não divulga dados separados sequer por estado, quanto mais por empresa, uma das informações que obtive é que o Sistema de Controle de Bebidas (Sicobe) monitora atualmente 99,7% da produção brasileira, deixando de fora portanto, considerando em torno de 13 bilhões de litros por ano, o equivalente algo em torno de 40 milhões de litros por ano. Como o Sicobe, em tese, não atua em cervejarias com produção pequena demais para justificar o custo da instalação do sistema, é justo inferir que esses 0,3% correspondem integralmente a cervejarias micro ou artesanais. Analisando os números de Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) inscritos no Sicobe no ano passado, pude verificar que 44 das 65 unidades pertenciam às quatro maiores empresas do setor cervejeiro do país – Ambev, Grupo Petrópolis, Kirin Brasil e Heineken Brasil. Juntas, as Quatro Grandes produzem, segundo os ma-
teriais de comunicação da associação que as representa, 96% dos cerca de 13 bilhões de litros nacionais. Dos 3,7 pontos percentuais restantes, pode-se supor que a maioria refere-se a cervejarias regionais de médio porte, sem a característica artesanal de diversificar estilos, produzindo somente “tipo pilsen” geralmente a preços populares, deixando mais cerca de 10 milhões de litros por ano de artesanais (estimados). “Assumindo-se estimativa de produção de 50 milhões de litros de cerveja artesanal em 2013 para um universo de 214 microcervejarias, algo como 0,37% da produção total de cerveja no Brasil, temos uma capacidade média de quase 20 mil litros por mês. Mantendo-se a mesma capacidade média, a produção saltaria para 163 milhões de litros em 2024, ou algo
como 0,8% da produção nacional. Em 2034, a produção daria outro salto para 340 milhões de litros, mas ainda seria 1,2% do mercado”, explica Jarbas Menezes. “Alternativamente, pode-se assumir que essa capacidade média tende a crescer no longo prazo, ou seja, microcervejarias existentes aumentam sua capacidade, assim, como novas microcervejarias nascem com capacidades crescentes em relação a hoje. Em um exercício em que a capacidade média suba para 30 mil litros/ mês em 2024 e 40 mil litros/mês em 2034, teríamos 252 milhões de litros em 2024, ou 1,2% do mercado, e 698 milhões de litros em 2034 ou 2,5% do mercado”, conclui o economista. Novamente, muito abaixo dos 5% ou até 10% de participação com que sonham alguns players neste médio prazo.
Foto: Crédito: Editoria de Arte/O GLOBO
O ESTILO DE VIDA VEGANO
A
ntes de tudo é importante ressaltar que o veganismo é um estilo de vida que busca excluir, na medida do possível e praticável, todas as formas de exploração contra os animais na alimentação, vestuário e qualquer outra finalidade. Sendo assim, um vegan (vegan lê-se vígan, ou aportuguesado: vegano) não come alimentos de origem animal, carnes de todas as cores e tipos, ou que contenham qualquer resíduo: leites, queijos, salsichas, ovos, mel, banha, manteiga, etc; Não veste roupas ou sapatos feitos de animais: couro, seda, lã, etc; Evita o consumo de cosméticos e medicamentos testados em animais ou que contenham componentes animais na formulação: sabonetes feitos de glicerina animal, maquiagem contendo cera de abelha, xampu com tutano de boi,
etc; Não apoia diversões contendo exploração animal, como rodeio, circo com animais, rinhas, etc; Pofissionalmente não trabalha com exploração animal (vivo ou mor-
corporais como comida, dentre outras atividades. O vegano leva sua vida normalmente, com a diferença de pensar antes nos animais em todas as escolhas, e faz isso unica-
to), como venda de animais em pet shop, lojas de aquário ou gaiolas para passarinhos, venda de qualquer produto que contenha derivado animal (p.ex. bolsas e sapatos de couro), restaurante que utilize animais ou seus resíduos
mente em respeito a eles. Se você quer respeitar os animais e decidiu não comer apenas carne, mas tolerar resíduos como queijo e ovos, está sendo incoerente. O animal de indústria vai ser morto ali dentro de qualquer
jeito, e morre exausto pela exploração de uma vida inteira. A vaca leiteira, por exemplo, é inseminada artificialmente a vida inteira (sem filhos = sem leite) e seus filhotes são abatidos aos 3 meses como vitela/ baby beef, e ao final de uma vida inteira de exploração, quando baixa sua produção leiteira, a vaca é mandada para o abatedouro do mesmo jeito. As galinhas poedeiras (que põem ovos) passam a vida presas em gaiolas, e no final, o destino também é o abatedouro. É bem pior ser fêmea, o sofrimento é maior do que simplesmente ser assassinada. Quando se trata de indústria, tudo é feito visando um único objetivo: lucro. Animais são
vistos como máquinas, a produção não pode parar: hormônios são injetados para acelerar o crescimento, antibióticos indiscriminadamente utilizados para conter doenças num ambiente caótico lotado de animais pressentindo a morte, e tudo isso vai para dentro do organismo de quem consome os cadáveres ou subprodutos feitos a partir de secreções dos corpos de animais. Nada disso é necessário, se você não quiser. Que sentido tem em se alimentar assim, só porque você não vê o que acontece antes com sua comida? Pessoas que trabalham em ambientes assim são as que mais procuram ajuda
psicológica/psiquiátrica, uma vez que são dessensibilizadas pelo sistema. Os consumidores também estão dessensibilizados, deixando-se levar pela propaganda da indústria da carne e pela velha cultura de que carne é bom. Carne não é bom nem para nós, nem para os animais. Depende de cada um a mudança no mundo, afinal, quando não houver mais procura, não haverá mais oferta. É muito mais fácil do que pensa ser vegan. Pode levar algum tempo para se acostumar com as mudanças da dieta vegan, explorar novos alimentos e desenvolver sua rotina. Felizmente, hoje
em dia há abundância de opções vegans prontas no mercado: várias marcas de leite vegetal fortificado, pratos prontos congelados ou enlatados, hamburgueres, salsichas, linguiças, almôndegas, margarinas, queijos, patês, maioneses, salgadinhos de pacote, irresistíveis sobremesas como chocolates, sorvetes, chantilis, creme de leite de soja, doce de leite, iogurtes, biscoitos e outra infinidade de produtos que você pode escolher. Com as substituições adequadas, você descobre que ainda pode desfrutar de suas refeições favoritas: adaptar receitas de família torna-se fácil com a proteína de soja e o glúten,
feitos em casa ou comprados prontos. Explore sites de receitas veganas na internet, utilize essa preciosa ferramenta e aproveite para fazer novas amizades e abrir seus horizontes. Há muitas coisas que podemos fazer para tornar o mundo um lugar melhor, e com certeza o veganismo é a maneira mais maravilhosa para contribuir várias vezes ao dia. Não se trata de perfeição ou tentar ser melhor do que os outros, e sim o melhor que podemos ser em nós mesmos, reduzindo ao máximo possível o sofrimento animal. O boicote às indústrias ou a qualquer comércio que explore o sofrimento animal é uma escolha inteligente, associado ao ato de levar essa informação adiante. Fazer escolhas é a afirmação definitiva da nossa humanidade, enquanto nessa condição devemos utilizá-la, lembrando que para os animais só importam as coisas que fazemos.