Peugeot 3008 GT Line 1.6 BlueHDi: a passagem a SUV com doçura.
“Vai de 0 a 100 em segundo e meio”. Se, para si, este é um dos critérios principais para a escolha de um carro, esqueça. Se o seu critério têm a ver com conforto, condução, qualidade, tecnologia, então vamos falar do Peugeot 3008. Já agora, acompanhe-nos até à Vila de Óbidos, vamos falando pelo caminho. O novo Peugeot 3008 ganhou o prémio “Carro do Ano 2017” , no preâmbulo do Salão Automóvel de Genebra. Pela primeira vez na história da Peugeot um SUV sagra-se “Carro do Ano”. Um reconhecimento histórico que chega três anos depois do “308” receber a mesma distinção. Ensaiamos a versão GT Line, 1.6 BlueHDi de 120 cavalos e o nosso destino foi a vila de Óbidos, um dos verdadeiros símbolos históricos de Portugal. O vanguardismo do novo 3008 aliado ao efeito de afetividade neo-romântica
entre a vila e quem a visita resultou nesta reportagem. Esperamos que vos agrade tanto, como nos agradou fazê-la. Mais um golpe de mestre. A Peugeot pegou no dossier Vanguardismo e deu uma nova e atraente aparência ao seu SUV, concebido na plataforma do 308. Fora e dentro... O novo 3008 caracteriza-se por um nariz mais quadradão e grelha mais larga...a fim de ancorar no universo da moda SUV. A marca francesa musculou o design e acrescentou um acabamento GT. Simples e funcional, o 1.6 BlueHDi de 120 cavalos é fruto dessa inspiração e resultou muito bem. A bordo (já o escrevi uma vez, quando da sua apresentação), o interior do SUV 3008 agarrou-me com um speed e de uma forma apaixonante de fazer inveja aos milhões de Peugeot-dependentes que rolam nas estradas do planeta. Tendência da primeira geração, o condutor ao volante do 3008 sente que tem um espaço próprio. Muitos apreciam, outros nem tanto. Eu sou dos que apreciam esta arquitetura. A consola mais alta cria um espaço “reservado” qual cockpit cheio de tecnologia.
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Conheço Óbidos DE outra “encarnação” Quando não havia A8 nem telemóveis e, muito menos, redes sociais. O tempo corria devagar e o meu pai conduzia o Opel Olímpia 1.7 (bandeirinha), com o brio de um piloto do rali de Monte Carlo. Nos longos verões, o nosso destino de fim-de-semana era, invariavelmente, a Foz do Lisandro. Saíamos de Lisboa à sexta-feira para regressar no domingo, depois de almoço. Na viagem de regresso, a passagem pela vila de Óbidos – para os adultos saborearam uma ginjinha e o mais pequenos
brincarem aos castelos – foi durante muito anos o nosso ritual de passagem. De todos os meus transtornos obsessivos compulsivos, como ficar apaixonado pelos sítios por onde passo, o mais recorrente é regressar, vezes sem conta, ao mesmo destino. Por outro lado, a coisa mais generosa que a vida de jornalista nos proporciona é poder voltar a lugares já visitados, em trabalho (Caro leitor, juro que isto é o meu trabalho).
O novo Peugeot 3008 ganhou o prémio “Carro do Ano 2017” , no preâmbulo do Salão Automóvel de Genebra.
Hoje, quando passo o arco de entrada da vila de Óbidos, a Porta da Vila, dou comigo a pensar que são poucos os exemplos, no nosso país, onde uma procura atenta de um quimérico cenográfico da Idade Média é tão real, efeito da intemporalidade das ruelas em pedra redonda extraída do mar, do conjunto de muralhas redondas, das fachadas em pedra branca e no vislumbre das ameias do
cimo da muralha de onde se atirava sobre o inimigo, nos transportam num imaginário, como que numa catapulta do tempo, para um período mítico de Portugal. A origem da vila perde-se por tempos imemoriais. Consta que o morro onde foi fundada foi habitado e, de certa forma, fortificado pelos Celtas em 308 a.C.. Mais tarde, passaram por aqui,
... são poucos os exemplos, no nosso país, onde uma procura atenta de um quimérico cenográfico da Idade Média é tão real...
Regressar a Óbidos de Peugeot 3008 foi um cocktail de emoções. Uma mistura fina de prazer, nostalgia e descoberta.
visigodos, romanos e muçulmanos, estes últimos, deixaram evidentes vestígios da sua passagem: parcelas e ruelas, ainda hoje existentes de feições mouriscas. No contexto da reconquista cristã, imagine-se o que as hostes de D. Afonso não passaram para expulsar os invasores. As forças do Rei de Portugal após as conquistas de Santarém e Lisboa (1147), encontraram forte resistência para conquistar a povoação e o castelo de Óbidos, o que só veio
Existem automóveis que dão imenso prazer na condução,
outros, não. Existem motores que parecem ter sido construídos para determinados automóveis, outros, parece que estão deslocados. O 3008, pertence decididamente aos primeiros. De Lisboa a Óbidos são cerca de 80 km; uma horinha de viagem, pela A8. Sob o
acontecer em 1148. Apesar da sólida e orgulhosa muralha, a vila de Óbidos, é alvo dos “ataques” diários de milhares de turistas que chegam dos quatro cantos do mundo, para a conquistarem, não obstante, ficarem prisioneiros da sua beleza. Regressar a Óbidos de Peugeot 3008 foi um cocktail de emoções. Uma mistura fina de prazer, nostalgia e descoberta.
capô do 3008, o 1.6 BlueHDi de 120 cavalos, assenta que nem uma luva com um binário de 300 Nm às 1750 rpm. Mas, a partir das 1500 rpm , já este diesel dá o melhor de si; rola suavemente sem qualquer dificuldade e, se for caso disso, ultrapassa com excelente performance (apenas 9 segundos
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Peugeot 3008 GT Line 1.6 BlueHDi
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Os toques «piano» em alumínio reagrupam as diversas funções do ecrã táctil...
de 80 a 120 km/h, em quinta). Uma facilidade muito apreciada até porque o rapport da caixa de velocidades são longos ( alcança 130 km/h, com apenas 2200 rpm, em sexta)Poderoso e muito sóbrio (5,7 km/h), este bloco sabe como manter a velocidade constante, é suficientemente discreto e não xinga na aceleração. Em termos de rotulagem não tem nada que enganar. A frente felina, a grelha direita, as numerosas entradas de ar, a linha de anca elevada, com altura ao solo de 22cm fazem deste 3008 um verdadeiro SUV. Não há necessidade de fazer perguntas, as proteções à volta do veiculo, a dimensão das rodas e as barras de tejadilho, dizem tudo.
No entanto, temos um consenso no interior. O interior é impressionante. Arrisco-me a dizer que é diferente de outros veículos da mesma classe. Além disso, é extremamente moderno e futurista. Qualitativamente, Peugeot, não quis fazer a coisa por menos. Um excelente ideia para a concorrência. Os materiais são de qualidade. Os toques «piano» em alumínio reagrupam as diversas funções do ecrã táctil. Com o Mirror Screen, pode-se conectar o smartphone. Assim pode aceder às principais funcionalidades, às suas aplicações, assim como ao conteúdo multimédia compatível, sem subscrição de contrato suplementar. Inovadora, a função Mirror Screen foi desenvolvida
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Excelente qualidade de construção
O Advanced Grip Control (sistema de controlo de motricidade), presente em opção, possui cinco modos de aderência: normal, neve, lama, areia, ESP OFF. Este é controlado por um seletor localizado na consola central e tem ainda no HADC (assistente de apoio a descidas) um poderoso aliado para vencer alguns desafios no campo da condução fora de estrada. O 3008 estreia o i-Cockpit, que inclui um ecrã táctil de 8 polegadas posicionado como um tablet e um painel de instrumentos digital de 12,3” ao centro completamente configurável.
Não é preciso percorrer muitos quilómetros para perceber a suavidade do 3008 e a insonorização eficaz...
em conjunto com os fabricantes de smartphones e os editores das aplicações compatíveis.
são numerosas (o banco do condutor é 100% elétrico), e a boa posição de condução é fácil de encontrar. Não é preciso percorrer muitos quilómetros para perceber a suavidade do 3008 e a insonorização eficaz.
Os estofos estão bem desenhados e são de boa constituição. As configurações
A consola central completamente redesenhada e orientada para dentro,
marca uma evolução real, quer para a ergonomia, quer para o design. Num mercado SUV altamente competitivo, Peugeot destaca-se criando uma assinatura muito própria. Na frente, o olhar felino, atrás, as garras da Peugeot. Um estilo que se pode dizer muito assertivo, independentemente dos gostos. Alguns dizem que o veiculo tem uma estrutura muito complicada e outros vão dizer o contrário.
A romântica vila de Óbidos foi,
durante muitos anos, presente de casamento às rainhas de Portugal. Em 1210 D. Afonso II doa a vila à sua mulher, D. Urraca. Em 1282, D. Dinis e a Rainha Santa Isabel passam núpcias em Óbidos. Com a doação da vila, como prenda de casamento, esta passa a fazer parte integrante de dote de todas as rainhas portuguesas, até 1834. A vila continua a espalhar romantismo e, alguns séculos depois, parece que nada mudou. Visitar Óbidos é fácil; é viajar no tempo; é desafiar a imaginação; é, sobretudo, como português, uma viagem intrínseca. Calcorrear as ruas e ruelas de Óbidos é um exercício de descoberta impar. Não existe um só cantinho em Óbidos que não seja fotogénico. Faça chuva, faça sol. Não vale a pena levar a sério aquelas recomendações absurdas dos operadores turísticos “Em duas horas, conheça Óbidos”. Em duas horas pode passar por Óbidos mas fica sem conhecer nada. Óbidos, exige e merece um dia inteiro. Se, optar por pernoitar; melhor! As ofertas de alojamento são muito simpáticas e para todas as
carteiras. Almoçar ou jantar, beber um ginjinha e degustar as típicas trouxas-deovos, lampreia das Gaeiras, alcaides e as pegadas ou pastéis de Moura é interiorizar da melhor maneira, o melhor de Óbidos. Abaixo, à esquerda, na rua Direita (não se preocupe, encontra facilmente) está a igreja de Santa Maria, onde o Infante D. Afonso (Mais tarde Afonso V) se casou com a prima D. Isabel. O noivo tinha dez anos, a noiva oito. Na mesma praça, encontra o Museu Municipal de Óbidos, que proporciona uma viagem pela produção artística e pela devoção religiosa da história da Vila. A coleção testemunha a ação das colegiadas religiosas e o enriquecimento cultural marcado por encomendas a alguns dos maiores nomes da Arte Portuguesa. Destaca-se a coleção de pintura dos
Volume mínimo da bagageira: 520 dm3 ; volume máximo da bagageira: 1.482 dm3; volume total dos compartimentos de arrumação no habitáculo: 32 litros; capacidade do depósito de combustível: 53 litros.
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séculos XVI e XVII, onde constam obras de Josefa d’Óbidos que, apesar de ser espanhola, passou grande parte da sua vida aqui e foi portuguesa d’alma e coração. Destacou-se como pintora numa época em que o talento artístico de uma mulher era quase uma leviandade. Pode ver em vários locais referencias ao seu nome e ao seu magnifico trabalho.
Do lado da tecnologia o 3008 faz o pleno. A Travagem Automática de Urgência (Active Safety Brake); o Alerta de Risco de Colisão (Distance Alert); o Alerta Activo de mudança involuntária de faixa (Active Lane Departure Warning); Hill Assist Descent Control; comutação automática de luzes; reconhecimento de sinais de velocidade e consequente recomendação; Adaptive Cruise
Control com Stop (BVA); Sistema Activo de Monitorização de Ponto Cego. Tecnologias a mais, dirão alguns. A verdade é que a Peugeot apresenta o seu 3008 como um veiculo tecnológico. No entanto, ficamos desapontados por ver apenas uma porta USB em todo o veiculo.
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Ensaiamos A caixa de velocidades manual ficou aquém das nossas expectativas, ao contrário, a caixa automática, superou. Ensaiamos a versão 1.6 BlueHDi de 120 cavalos. Comparando com a versão Pure Tech de 130 cavalos, ganhamos logo vantagem por ser diesel; binário disponível mais cedo e, consequentemente, poupança de combustível. O 3008 é um carro muito agradável de conduzir em estrada e é, na minha opinião, um dos mais agradáveis de conduzir em cidade, apesar das suas
dimensões: comprimento: 4.447 mm, largura máxima: 1.841 mm, altura (com barras de tejadilho): 1624 m. A caixa manual de 6 velocidades não surpreende, mas cumpre, e a caixa automática é bem mais agradável embora se sinta as passagens de velocidade devido ao motor de 120 cavalos. A direção é firme e com 300 Nm às 1750 rpm é suficientemente poderoso para ultrapassar em segurança e com boa reatividade da caixa. Vai de 0 a 100 km/h em 12 segundos.
“O Folio é uma grande festa do livro e do pensamento” José Eduardo Agualusa
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A vila de Óbidos tem uma dinamização muito própria. São vários os eventos, durante o ano, que atraem turistas à vila medieval. O Festival Internacional do Chocolate; Mercado Medieval de Óbidos; Semana Internacional de Piano de Óbidos ou o FOLIO Festival Literário Internacional de Óbidos. A nossa preferência vai para este último. “O Folio é uma grande festa do livro e do pensamento” sublinhou José Eduardo Agualusa, escritor e curador da última edição. Neste evento que ocorre entre finais de setembro e principio de outubro, o que mais sobressai é a diversidade. A presença de autores de países muito diferentes, oriundos de todos os continentes, com experiencias e projetos literários muito distintos. Já passaram por Óbidos nomes como V.S. Naipaul, Ion Kalman Stefánson, Salman Rushdie, Breyten Breytenbach, Juan Pablo Villalobos, Andrea del Fuego (Prémio José Saramago), António Lobo Antunes, Richard Zimler, Ana Margarida
de Carvalho, José Gil, Mega Ferreira, Gonçalo M. Tavares, Walter Mãe, Clara Ferreira Alves, entre muitos outros. O FOLIO é realmente uma festa do livro e do pensamento. Mas é, sobretudo, uma festa da arte, da consciência e da utopia: ilustração, teatro, cinema, música, memórias, autoficções, Europa, romance, tentações, manifestações artística de rua e até a gastronomia, são temas de construção de um território comum no espaço da língua portuguesa e da arte universal.
O FOLIO é realmente uma festa do livro e do pensamento... uma festa da arte, da consciência e da utopia: ilustração, teatro, cinema, música, memórias, autoficções, Europa, romance, tentações, manifestações artística de rua e até a gastronomia...
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Peugeot 3008 GT Line BlueHDi 120 cv Alguns dados técnicos: Cilindrada (cm3): Potencia máxima: Binário Máximo Nm: Stop & Start: Norma anti-poluição: Tipo de injeção:
1.560 120 cv às 3500 rpm 300/1750 rpm Sim Euro 6 Direta
Pneus da versão ensaiada:
Michelin 225/55 R18
Travões e suspensões Travões frente: Atrás:
Discos ventilados de bloco flutuante e recuperação automática de desgaste. Discos de bloco flutuante.
Cx de velocidades:
6 (Manual)
Velocidade máxima: 80 a 120 Km (quinta): 80 a 120 Km (sexta):
189 Km/h 9,6 s 12,9 s
Suspensão à frente: Atrás:
Consumo mínimo e máximo ciclo misto (indicado pelo construtor):
4,0/4,3. O melhor que conseguimos foi 5,2.
Rodas independentes Eixo tipo pseudo Mc Pherson , molas helicoidais e amortecedores hidráulicos integrados, pressurizados. Rodas semi-independentes Eixo de travessa deformável, amortecedores hidráulicos, pressurizados.
PVP: a partir dos 30,680 ¤ Versão ensaiada: 37.180 ¤ Consulte todos os preços em: http://www.peugeot.pt
Referências da vila de Óbidos, a não perder.... Calcorrear as ruas da vila, sem preocupações de tempo, é a melhor forma de descobrir. A vila não é muito grande e um boa caminhada junta o útil ao agradável. Não é permitida a entrada de veículos ( a não ser autorizados). Portanto deve deixar o carro num dos parques de estacionamento e entrar – triunfalmente
– pela Porta da Vila. E, aqui, não há nada a fazer, ficamos logo enfeitiçados pela porta principal de Óbidos. Um porta que alberga a capelaoratório de nossa Senhora da Piedade, a padroeira da vila que nos dá as boasvindas com uma magnifica varanda de azulejos datados do século XVIII, com motivos sobre a “Paixão de Cristo”. A rua Direita é porventura a mais conhecida e mais concorrida. Vai da Porta da Vila até ao Paço dos Alcaides. Apesar de ter perdido alguns dos antigos portais góticos, no terramoto de 1755, mantém as características primitivas.
Igreja de Santa Maria. Remonta ao período visigótico e já foi uma mesquita na época da ocupação muçulmana. Só, em 1148 , quando da conquista por D. Afonso Henriques é que foi transformada em igreja. São bastantes os monumentos de Óbidos mas quase todos estão dentro das muralhas do castelo. Para os descobrir pode percorrer as ruas ao acaso. Não se vai perder, de certeza. Mas, se preferir, leve um folheto do Posto de Turismo, que fica no parque de estacionamento junto à Porta da Vila. Estando na rua Direita, considere que se encontra no centro do “mundo”; a partir daí parta à conquista de Óbidos e dos seu fantástico castelo. Não vai resistir...
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