CARNE Nº190 . OS PROFISSIONAIS NÃO DISPENSAM
Talho Grazina A elegância de um talho RAÇA WAGYU
Na Quinta das Batoquinhas
Símia. Fabricante Nacional de Estufas
Experiência, qualidade e inovação em “alta-costura”... no fabrico de estufas
Churrasqueira Portuguesa da Maia, Steakhouse One Chef Show
Coisas que não deve fazer num restaurante
BIZERBA
Sistema de Deteção de Metais Bizerba iMD pro
GRESILVA
Uma boa carne exige um bom Grelhador!
COVID-19 CONTROLO E DESINFEÇÃO
Previna a disseminação Da covid-19 na sua empresa
: : EDITORIAL : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : :
A percepção das coisas Por M. Oliveira
Há mais de 35 anos, tive o prazer de acompanhar Alísio Criado, um criador de bovinos da região de Mira a um concurso pecuário, na feira de Salamanca. A certa altura, Alísio, dizia-me: “Criar animais é uma paixão, é uma arte e nós (criadores) somos os artesãos dessa arte. É impossível criar bons animais sem ter amor por eles. A melhor carne vem de gado feliz e saudável”. À distancia, esta afirmação não deixa de ser fabulosa e surpreendente. Na época, a revista Carne (ainda com o nome “Talho”) estava a dar os primeiros passos e, eu, um “eterno” aprendiz de vida, gravei aquelas palavras que me tocaram profundamente até aos dias de hoje. Hoje em dia, não é novidade nenhuma. A maioria dos criadores não se inibe de revelar
publicamente o seu amor aos seus animais, à sua profissão ao bem-estar animal e à sustentabilidade. Infelizmente, ainda existem alguns que não tratam bem os seus animais, por incúria, por ignorância, até por incompetência profissional. No entanto, na minha opinião, tudo leva a crer que estes têm os dias contados. E porquê este editorial? Por causa da percepção das coisas. Ao preparar esta edição que está a ler, como habitualmente, enviei os textos e as fotos, para a nossa designer, uma excelente criativa da cidade Invicta, para paginar. Para a peça “Na Quinta das Batoquinhas” (que o aconselho vivamente a ler) entre outras fotografias enviei uma em que Joaquim Silva, criador da raça Wagyu (um exemplo de criador
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com uma filosofia sublime) acaricia um bezerro recém-nascido. Quando recebi a prépaginação para aprovar reparei que a nossa designer não tinha incluído essa foto (que está neste editorial e surge em página dupla na referida peça). Perguntei-lhe porquê. A resposta foi a seguinte: “Eu usei mas depois retirei. Pareceume meio estranho ver alguém mostrar afeto por um animal que vai vender para servir de alimento!”. Apesar da sensibilidade demonstrada, também revela um dado muito curioso: cada um tem a sua percepção das coisas. Nascemos e morremos e o que a experiencia de vida nos diz é que a certa altura o que »
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nos faz mais falta é o amor, o afecto, a companhia, a amizade; temos medo da solidão, e é normal porque nascemos com carinhos e com afetos, fomos criados com carinhos e afetos, o nosso principio é amar e sermos amados mas, sabemos que vamos morrer. É a ultima coisa que fazemos em vida. É a nossa natureza. A minha percepção é que os animais são criados e sacrificados para a sobrevivência humana. O homem é predador? É! Todos os seres vivos o são. É a natureza. Sem a criação de animais haveria muito mais gente a morrer de fome e já não são poucas neste mundo virado contrário. A fome aumenta e atinge mais de 900 milhões no mundo. Então porque não proporcionar aos animais bem-estar, carinho, boa alimentação e tranquilidade? Os animais têm uma vantagem em relação à raça humana: não têm nem consciência da morte (embora os “humanizadores” de animais defendam que sim, sem qualquer base científica, claro). Os animais, ficam nervosos em ambientes estranhos, é verdade, mas não têm consciência da morte. Nós, também ficamos estranhos, com medo e muito nervosos quando, por exemplo, somos internados num hospital, mas com a agravante consciente do estigma da morte. No fundo, duas pessoas diferentes, com qualificações semelhantes, podem ter opiniões diferentes, por exemplo, sobre um livro, pois cada um teria a combinação do conhecimento com o seu contexto de vida. Como o contexto de vida de dois indivíduos nunca será igual, o resultado final também não o pode ser. É caso para dizer que não existe certo ou errado; existem percepções, sim, ângulos diferentes de visão.
Criar animais é uma paixão, é uma arte e nós (criadores) somos os artesãos dessa arte. É impossível criar bons animais sem ter amor por eles. A melhor carne vem de gado feliz e saudável”.
Ao sensível sobressalto da nossa estimada designer, respondi: “Alguns criadores são umas “bestas” mas a maioria dos criadores que conheço tratam os animais como muito carinho. Parece um incongruência mas é verdade. Sabe-se que os animais são para sacrificar mas enquanto estão vivos são muito bem tratados”. Caro leitor, espero que goste desta edição porque foi preparada com muita dedicação e profissionalismo.
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SUMÁRIO Edição bimestral nº 190 setembro / outubro
04 : : EDITORIAL
A percepção das coisas
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08 : : CONSUMO
4 Maneiras de comercializar as vantagens da carne para o consumidor
12 : : Talho Grazina
A elegância de um talho
28 : : RAÇA WAGYU
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A raça Wagyu na Quinta das Batoquinhas
42 : : Símia. Fabricante Nacional de Estufas
Experiência, qualidade e inovação em “altacostura”... no fabrico de estufas
54 : : COVID-19. CONTROLO E DESINFEÇÃO
Previna a disseminação da covid-19 na sua empresa
28
56 : : Churrasqueira Portuguesa da Maia, Steakhouse One Chef Show
66 : : Coisas que não deve fazer num restaurante 68 : : GRESILVA
Uma boa carne exige um bom Grelhador!
70 : : BIZERBA
Sistema de Deteção de Metais Bizerba iMD pro
Revista Bimestral
FICHA TÉCNICA Propriedade: Azitania Global Expedition S.L. C.I.F. b8662786 Calle Génova 15 Piso 3 Derecha 28014 Madrid e. revistacarneportugal@gmail.com Assinatura, artigos e publicidade: e. aglobalexpedition@gmail.com Versão em português Isenta de registo a ERC ao abrigo do Decreto-Lei 8/99 de 9/06 artº12 nº1 A
Redação: Diretor: M. Oliveira Chefe de Redação: Glória Oliveira Gestão de conteúdos: Luís Almeida e Aberto Pascual Design Gráfico e paginação: Patrícia Machado Versão impressa e digital: mais de 250.000 leitores (dados auditados) Revista Carne é associado de: Maitre - Open Plataform for journalists and Researchers e SPJ Society of Professional Journalists
: : Consumo : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : :
4 Maneiras
de comercializar as vantagens da carne para o consumidor A tão esperada recuperação económica já está no horizonte, e para os empreendedores, este é o momento certo para planear e aproveitar o impulso. As compras online estão a crescer. A Covid 19 veio alicerçar hábitos de compra através da internet e agora cabe aos comerciantes e produtores garantirem a informação correta. Os consumidores procuram informações sobre o que comem e cabe à industria de
carnes garantir do que encontram é correto e benéfico para si. O consumidor moderno tem curiosidade em saber o que está a comer e usa as ferramentas à sua disposição para se informar. Blogs independentes de comida, comunicação social, sites populares e influencers podem disseminar rapidamente informações enganosas ou falsas sobre a carne. A produção e a industria de carnes devem trabalhar seriamente neste sentido
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para transmitir a sua imagem online – e substituir insinuações prejudiciais por reações positivas. Para conquistar consumidores, a industria deve comercializar a carne como uma refeição saudável e conveniente. As empresas precisam de ser transparentes sobre a origem dos seus produtos e usar uma estratégia de mensagens consistente » em todas as plataformas de media.
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Saúde e bem-estar A carne enfrenta duas questões de saúde e bem-estar: a preocupação do consumidor com o seu valor para a saúde e a concorrência de outros produtos que são vendidos como alimentos ricos em proteína. A razão principal , além do preço, de os consumidores não comprarem carne é a preocupação de que comer carne não é saudável. Embora a procura esteja em alta, mais alta que nunca, à escala mundial devido ao aumento de consumo nos países emergentes ou países em desenvolvimento mas, nos países mais desenvolvidos, a industria de carnes não está a desenvolver um trabalho suficientemente bom como principal fonte de proteína no supermercado. A carne já não é um questão de mais ou menos margem, e a carne fresca não é só um produto a granel e também já foi engolida pelas promoções. A carne deve-se vender tanto na loja, como no subconsciente do consumidor, ou seja, na estratégia de marketing e publicidade, como um produto saudável, com mais valor proteico que os produtos não-cárneos vendidos como alimentos rico em proteínas. As empresas também devem aproveitar a oportunidade de colocar conteúdos gráficos e digitais promovendo a importância da proteína da carne numa dieta saudável. E, sobre este tema, as empresas em Portugal não têm agenda. É um facto.
Conveniência Os consumidores europeus gastam em média cerca de 33 minutos a preparar uma refeição, cerca de um hora e meia a menos do que gastavam em 1975. Para conquistar esses consumidores, a carne terá de ser comercializada como uma refeição rápida, fácil e que possa ser preparada de várias maneiras. Se me pergunta se eu gosto da ideia? Não. Mas a maioria dos consumidores modernos é mais exigente neste sentido e mais criterioso; exige que seja rápido e de qualidade! As estatísticas mostram que o consumidor come mais refeições de um só prato, simples, como uma salada rica, ou massas, e a carne fresca é mais utilizada como ingrediente de prato principal. A industria, tem neste sentido um grande oportunidade de combinar receitas rápidas de um prato de carne rápido e simples. Vender desta forma
é fundamental para o sucesso no mercado. Além disso, é uma mais-valia. Em Portugal, noto que a industria de carne de aves está um pouco mais à frente do que as restantes industrias. Os fabricantes devem trabalhar com os pontos de venda para colocar essas receitas à frente dos olhos dos consumidores, seja na loja, seja com as ferramentas digitais. Por exemplo, receitas e produtos anexados a códigos QR na rotulagem dos produtos direcionando os consumidores para um site ou uma aplicação compatível com os dispositivos móveis e fácil de usar, que exiba links de receitas com destaque.
COMO É QUE É POSSÍVEL QUE UM PRODUTO QUE TENHA MAIS VALOR PROTEÍCO (CARNE) DE QUE QUALQUER OUTRO, POSSA SER ULTRAPASSADO POR UM PRODUTO (NÃO-CÁRNEO) COM MENOS VALOR PROTEÍCO? Um exemplo flagrante: em certos países da Europa, a maionese Hellmann’s da Unilever utiliza um serviço de mensagens instantâneas para fornecer respostas de cozinha ao vivo e conselhos aos consumidores.
Transparência Enquanto um pequeno segmento de consumidores, cerca de 8%, discorda do tratamento dados aos animais, o suficiente para rejeitar o consumo de carne, é imprescindível que o setor das carnes assuma o protagonismo na defesa do bemestar animal e outras questões relacionadas com a origem dos produtos. É de todo recomendável a escolha de rótulos que identifiquem as praticas humanitárias incluído informações adicionais sobre bemestar animal. Alexandre Correia, é um desses consumidores, leu a nossa reportagem sobre os produtos SEL e enviou-nos o seguinte e-mail “ Caros Senhores, Fiquei entusiasmado ao ver o vosso trabalho sobre os produtos da Salsicharia Estremocense. Confesso, que esta marca me tinha passado um pouco ao lado, mas fui à procura e comprei alguns produtos. Muito bons! A Salsicharia Estremocense ganhou mais um cliente. Muito obrigado.
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O sucesso de uma abordagem na internet também depende da capacidade de resposta. Abordar rapidamente os clientes que têm dúvidas sobre práticas de abastecimento de carne e responder rapidamente às suas questões. As estatísticas revelam que 71% dos clientes voltam a recomendar produtos dessa empresa. Informação voltada para o consumidor que forneçam informações sobre carne, produção de gado e bem-estar animal são uma grande oportunidade para promover a transparência online.
Promoção Omnichannel (Omnicanal) Antes de avançar com o fornecimento de mensagens para os consumidores, devem acertar uma estratégia que consolide um mensagem coesa nas plataformas de media. Embora os anúncios impressos ainda sejam a forma mais influente de alcançar os clientes, os consumidores podem estar online em qualquer altura, até dentro da loja, o que é uma boa oportunidade para os comerciantes. Alguns dos mais proeminentes gurus em marketing, recomendam o cocktail feito com publicidade tradicional; imprensa escrita, sinalização em lojas e promoção digital; aplicativos e sites conectados a dispositivos móveis – para conquistar consumidores. Isto é Promoção Omnicanal! Usar códigos QR, links curtos e mensagens de texto pode ser um ótima maneira de conectar a sinalização física a aplicativos e campanhas digitais. Hashtags são uma forma de envolver os consumidores e conecta-lo a um anuncio gerado pelo consumidor como feedback a um uma fonte potencial de anúncios. O marketing omnicanal ajuda a conectar informações online sobre informações online sobre nutrição, bem-estar animal, saúde, entre outros O segredo é fazer com que seja uma mensagem consistente em todos os diferentes canais de media: embalagens de produtos, sinalização (Signage), impressa escrita, recursos digitais, falar a uma só voz.
: : Talho Grazina : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : :
A elegância de um talho Os consumidores cada vez estão mais exigentes! Hoje em dia, não basta ter bom produto ou um excelente serviço. Se uma loja não se revelar um espaço confortável e atraente, dificilmente, terá o poder de seduzir uma clientela exigente. O layout de uma loja impacta diretamente na dinâmica local. Um ambiente confuso e com espaços limitados, faz com que os clientes não se sintam confortáveis. Num estabelecimento de venda de carne, a disponibilização do produto é muito importante, no entanto, embora pareça de somenos importância, a mobilidade dos clientes é igualmente importante. O cliente tem que usufruir de liberdade e da sensação que está perto de qualquer produto exposto.
Dito isto, a nossa visita ao Talho Grazina, situado nas Caldas da Rainha, cidade-jardim, berço das cerâmicas de critica social do artista Rafael Bordalo Pinheiro, revestiu-se de uma agradável surpresa, em todos os aspectos. No Talho Grazina encontramos qualidade de produto, aliada a uma decoração impecável e fora do comum no segmento de estabelecimentos especializados na venda de carne. O Talho Grazina esteve mais de duas décadas localizado na rua Dr. Júlio Lopes,
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onde granjeou credibilidade e confiança da comunidade. A mudança de local e o novo estabelecimento, num edifício próprio, “apresenta o mesmo conceito mas, o projeto é diferente. Foi idealizado para outro tipo de oferta”, começa por dizer Elvira Grazina, a proprietária. “Neste talho temos todas as condições para inovar e surpreender o cliente. Queremos atender o melhor possível o cliente, que saia satisfeito e que volte com satisfação e confiança na nossa qualidade. São estes os »
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nossos objetivos”, explica. Foi a própria Elvira Grazina que assinou o projeto e criou uma loja única com linhas retas, formas simples, cores neutras, espaços claros e amplos, numa mistura de sofisticação e funcionalidade, super cozy! “Demorei um ano a idealizar este projeto. Estive muitas vezes na loja ainda vazia a imaginar como tudo funcionaria. A imaginar a posição do balcão, o espaço e a movimentação dos clientes, a sala de apoio, o espaço para a nossa equipa, a delinear as áreas, as ideias foram surgindo a pouco e pouco. Foi um processo natural, muito bonito, muito tranquilo. No fundo, eu sabia o que queria”, sublinha a proprietária. A loja possui uma vitrina que divide o espaço longitudinal entre os operadores e o público, beneficiando estes últimos da maior área. A vitrina é o centro das atenções, até porque os operadores cortam a carne no balcão
Do ponto de vista do cliente, o talho Grazina transmite ambiência, luz e uma atmosfera muito agradável e única. Um design que deixa o próprio estabelecimento com carácter e singularidade. da própria vitrina. O ambiente de trabalho é completamente visível ao publico. Como não existem as tradicionais bancadas de apoio na retaguarda dos operadores, estes nunca se encontram de costas voltadas para os clientes, atrás dos operadores só existe a parede. E esta ideia, permitam-me dizer, é simplesmente notável!
As tradicionais bancadas de apoio foram eliminadas
“Uma coisa que ficou muito clara para mim desde o início, é que queria um estabelecimento funcional, elegante, com cores claras, com luz, e com vida. Comecei a ponderar e a conjugar as coisas e cheguei à conclusão que as bancadas atrás de nós, não serviam para nada. Trabalhamos, para o cliente, trabalhamos virados para o cliente. Temos uma excelente sala de desmancha, de preparação de peças de carne e preparados que foi idealizada pelo meu marido (Vítor grazina, CEO da Grazicar), bem equipada que nos dá todo o apoio ao balcão”, sublinha Elvira Grazina. »
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Do ponto de vista do cliente, o talho Grazina transmite ambiência, luz e uma atmosfera muito agradável e única. Um design que deixa o próprio estabelecimento com carácter e singularidade. E neste ambiente encontramos uma equipa de trabalho bem disposta, atenciosa e com vestuário de trabalho elegante com polo castanho, boné e avental creme. A imagem de uma empresa nasce da percepção de como é vista por parte do público, tendo em conta uma grande quantidade de fatores entre eles os valores que a empresa defende, a sua atividade profissional, o grau de profissionalismo e a credibilidade junto do mercado. Além disso, a criação dessa mesma identidade passa muito pelo vestuário de trabalho que os colaboradores da empresa exibem no sue diaa-dia. O Talho Grazina, exibe um look work fashion muito agradável e confortável, que reforça a imagem corporativa.
“Neste talho temos todas as condições para inovar e surpreender o cliente. Queremos atender o melhor possível o cliente, que saia satisfeito e que volte com satisfação e confiança na nossa qualidade. São estes os nossos objetivos” E é aqui que a expressão “vestir a camisola” faz mais sentido Ao usarem vestuário profissional, os colaboradores sentem-se envolvidos com a empresa. Sentem-se mais integrados no local de trabalho com uma sensação de igualdade que é super-vantajosa num ambiente corporativo. “É muito importante ter um bom relacionamento com os colaboradores, porque é bom não esquecer: os funcionários precisam de nós, mas nós também precisamos dos funcionários. São eles que dão a cara ao cliente, são eles que passam a imagem, o nosso conceito de qualidade, o espírito e a maneira de estar da nossa empresa, por isso, é muito importante criar um ambiente de respeito mútuo, de equipa, de tranquilidade, de objetivos e de reconhecimento. Só assim é que as coisas
Carne maturada em exposição.
fluem. Todos “vestem a camisola”. Há coisas que digo e, por vezes, não tenho razão mas rapidamente chegamos a um consenso. Felizmente, trabalhamos em equipa e com uma boa equipa. E para ver que se trata de uma equipa, eu tanto corto carne, como faço limpeza. Na
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nossa equipa existe um grande espírito de entreajuda”, sublinha Elvira Grazina A equipa do Talho Grazina é formada por Elvira Grazina, Igor Bernardino, Edemilson Oliveira, Carlos Assunção, Jerre Silva e Joana Martins. »
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O requinte de um talho com elegância.
Alguns estão na empresa há 15 anos, outros há mais de 10 anos. A exceção é o caso de Joana Martins que entrou recentemente.
Nos últimos anos, o consumidor assumiu a responsabilidade da informação e, consequentemente, tornou-se mais exigente quanto às suas escolhas alimentares, o que motivou uma enorme mudança nos padrões mundiais de alimentação.
O sucesso do Talho Grazina não depende apenas dos produtos ou do serviço. Depende muito das pessoas que trabalham diariamente para manter o sucesso do estabelecimento. Depende do trabalho em equipa, transmitindo o conhecimento e reconhecendo que é possível aprender com o colega que está ao lado, transformando as tarefas individuais num objetivo corporativo. Edemilson Oliveira, está na sala de apoio a confeccionar preparados com a elegância e mestria de um Chefe de cozinha “Há 10 anos quando veio para cá não fazia a menor ideia do que era um talho e agora é um profissional de talho e um excelente cozinheiro (gargalhada). Gosta muito de fazer os preparados. Ao principio era eu que fazia todos os preparados e depois o Edemilson entrou e começou ajudarme. Isto é uma equipa que roda tudo”, salienta » Elvira Grazina.
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Elvira e Vítor Grazina, os proprietários do estabelecimento
Os preparados A montra de preparados do Talho Grazina é considerável e variada. Os produtos reinventam-se. Os preparados não podem ser aborrecidos. Há sabores em que não se pode mexer - normalmente, os mais tradicionais - mas há muitos outros que podem ser reinventados. “Os clientes procuram os nossos preparados. Estou sempre a fazer experiências e a pesquisar novos ingredientes. Hoje em dia, um talho não pode ser só uma espécie de armazém de retém que recebe carne dos fornecedores e vende aos clientes. Um talho moderno tem que diversificar a oferta, temos que ter a capacidade de nos recriarmos. E é isso que todos os dias, tentamos fazer, felizmente, com êxito”, defende Elvira que não considera que os seus preparados sejam o Ex-Libris do Talho Grazina “é um complemento em ascendente”, conclui.
Nos últimos anos, o consumidor assumiu a responsabilidade da informação e, consequentemente, tornou-se mais exigente quanto às suas escolhas alimentares, o que motivou uma enorme mudança nos padrões mundiais de alimentação. “Há 21 anos, quando iniciei esta atividade era muito diferente, cortávamos carne e vendíamos. Hoje é muito diferente. O consumidor está muito bem informado, e ainda bem, é mais exigente mas, ao mesmo tempo, não tem tempo para cozinhar, nem vontade. Temos que vender produtos diferenciados para ir ao encontro das suas necessidades, até mesmo criar alternativas de cortes, como fazem os franceses. Além disso, cada vez mais, as pessoas estão sensibilizadas para os preparados. »
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Espaço amplo para clientes. Ao fundo, uma câmara para carne maturada e outra para produtos congelados. Do lado esquerdo, a sala de refrigerada de apoio, equipada com câmaras frigorificas, máquinas e utensílios, com uma saída direta para o exterior. Dentro do balcão não há bancadas de apoio. Inédito e funcional.
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Antigamente, uma dona de casa passava o dia a fazer comer. Hoje em dia, a dona de casa tem outros interesses sociais e lúdicos e este tipo de preparados é uma mais-valia para a
gestão do seu tempo pessoal, porque vai ao encontro das suas necessidades alimentares e, quando digo suas, refiro-me a toda a família. Hoje também já não há homens que querem a
mulher na cozinha desde manhã até à noite (gargalhada). Chegam aqui as coisas estão feitinhas é só confeccionar. E nós também temos de nos adaptar às necessidades dos clientes. Os clientes são a nossa razão de ser. Quem tem responsabilidades no comércio moderno tem que estar muito atento. Na minha opinião, não é só uma questão de acompanhar as tendências, é sobretudo um questão de antecipação. É apresentar opções que sejam do agrado do cliente. São meses e meses de trabalho para alcançar determinado produto com o objetivo que o cliente interiorize, que o nosso produto fique na sua memória gustativa e tenha vontade de consumir este produto regularmente. É para isso que trabalhamos todos os dias.
Elvira Grazina
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Esq/Dir: Igor Bernardino, Jerre Silva, Edemilson Oliveira e Carlos Assunção.
Qualidade e produção própria Tem produção própria de suínos através da Grazicar, empresa dirigida pelo marido, assim como produção de bovinos em extensivo também dirigida por Vítor Grazina.
“A qualidade da nossa carne e dos nossos produtos é um dos fatores de êxito do nosso talho. O facto de termos produção própria, é uma mais valia para o cliente. Além disso, os
nossos eventuais fornecedores sabem quão criteriosos somos na qualidade que exigimos”, conclui. »
A qualidade da carne é determinada por um conjunto de fatores, uns mais determinantes que outros mas, que no cômputo final, é responsável pela maior ou menor qualidade, lembrando ainda que, a qualidade é uma característica que está fortemente associada aos costumes e tradições. Tenrura, suculência, cor, quantidade de gordura, marmorização, entres outras. Neste sentido, podemos dizer que o Talho Grazina tem “as costas quentes”. Beneficia da produção própria de suínos, através da Grazicar, conceituada empresa de carne de porco fresca e outros produtos de referencia com a salsicha fresca, dirigida pelo marido, assim como a produção própria de bovinos, em extensivo, também dirigida por Vítor Grazina.
Joana Martins
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raça Wagyu
na Quinta das Batoquinhas A natureza aqui é deslumbrante...tão delicada e frágil como agreste e poderosa. O património que ao longo de séculos foi edificado, as lutas travadas, os sinais do povos que estiveram, dos que partiram, dos que fugiram, dos que ficaram, nas pedras, nos objetos, nas memórias...os costumes, as comidas, as vestes, as emoções e o carácter, “construiu solidamente as gentes destas paragens: o povo do Sabugal. E é no seio desta dança de sentidos que vamos
ao encontro da Quinta das Batoquinhas, no concelho do Sabugal, propriedade com 223 hectares, paredes-meias com o país vizinho e com 2,6 Km de linha de fronteira, onde Joaquim Silva, o proprietário, nos prepara o “Hanami” que significa contemplar ou apreciar a “sakura” a flor de cerejeira, tão característica do país do sol nascente. O leitor franze a testa e acha estranho, concordo, mas se lhe disser que fomos à Quinta das Batoquinhas apreciar e
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contemplar - em vez das ditas cerejeiras uma manada de gado Wagyu, a famosa raça bovina oriunda do japão, ou se lhe disser que Joaquim Silva, criador de gado por paixão, nutre uma admiração muito grande pela cultura japonesa, a nossa analogia já faz mais sentido, não faz? O gado bovino Wagyu foi introduzido no Japão a partir da Ásia, através da península coreana, por volta do século II com o objetivo de fornecer tração para o cultivo do arroz. »
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Muito séculos depois, que carregam tanta e tanta a história do mundo, a raça Wagyu chega ao concelho do Sabugal de forma apaixonada, pela mão – quase missionária de Joaquim Silva. Desde o principio dos anos 90 do século passado, viajou para vários países da Ásia mas, sobretudo, foi no Japão que lhe despertou uma paixão e um vínculo emocional muito forte aquele pais da Asia Oriental “Após conhecer o Japão, a minha percepção das coisas mudou. Tem sido uma experiência única e surpreendente, acho que fiquei de coração aberto para absorver a sua cultura. Fiquei maravilhado com os seus conceitos, filosofias de vida e o seu modo de ser tão complacente”, começa por nos dizer Joaquim Silva. E prossegue: “Uma coisa que chama a atenção é a educação. A maneira polida de falar, o gesto de se curvar ao cumprimentar, que demonstra humildade e civilidade uns com os outros. É gratificante entrar numa loja e ouvir a palavra Irasshaimase! (que significa “Bem-vindo). Esse é o tratamento padrão. É fascinante”.
A raça Wagyu adapta-se perfeitamente ao nosso clima.
A raça “Wagyu” significa simplesmente “gado japonês” E sob esse genérico estão classificadas quatro raças Wagyu oficiais: a Japonesa Black, a Japonesas Brown, a japonesa Poll e a Japonesa Shorthom. A raça mais popular de Wagyu é a japonesa Black, responsável por mais de 90% do gado do país. Dentro da raça japonesa Black existem três linhagens – Tajima, Kedada e Shimane. A linhagem da região de Tajima é a mais conceituada, muito valorizada pela sua capacidade de desenvolver níveis extremamente altos de marmoreio que resulta numa carne extremamente tenra e saborosa.
Numa das suas viagens, algumas peças de carne expostas num Teppanyakis (restaurante especializado em carnes) chamou-lhe atenção e não resistiu à tentação de degustar a carne de bovino Wagyu conhecida, mundialmente, como a Louis Vuitton das carnes. Rótulo, que se juntou a outros “como a melhor carne do mundo” ou “a carne mais cara do mundo”.
“Era uma carne rosada, bastante marmoreada e despertou-me a curiosidade. Quando provei, rendi-me” confessa. A experiência gastronómica que ficou logo com o “bichinho” de produzir carne Wagyu, em Portugal “A partir do momento em que provei aquela carne, criar Wagyu era o meu objetivo, tinha que o fazer”. O criador desenvolve na Quinta das Batoquinhas a criação de bovinos puros da raça Limousine e suínos da estirpe porco preto, com uma produção anual de mais 150 animais e, ainda, explora atividades cinegéticas, mantendo ativo o habitat das espécies objeto de caça.
A carne de Wagyu também é conhecida por carne KOBE, porquê? Foi a partir da II Grande Guerra Mundial (1939–1945), quando os marines regressavam do Japão a dizer que tinham comido a carne mais saborosa e tenra do mundo, o bife de Kobe, o principal porto marítimo da época. O “Kobe Beef” como diziam os marines não é mais do que a carne Wagyu daquela região.
Os animais importados pela Quinta das Batoquinhas, 24 ao todo; 5 da primeira vez “que vinham cheias” e 19 da segunda vez, são da linhagem genética Tajima da região de Hyogo. O sabor da carne depende da qualidade do gado e ,neste ponto, a opinião dos especialista é unânime: a linha Tajima é a melhor! O gado Tajima apresenta fibras musculares mais finas que facilitam a infiltração de gordura. Entretanto, já nasceram 14 animais na Quinta das Batoquinhas. Os japoneses são conhecidos pela paciência, disciplina e resiliência. Virtudes que despertam um senso de coletividade e humildade que pode ser visto no dia-a-dia. É lindo ver como os japoneses se relacionam
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com a natureza através dos seus costumes milenares. Esta aproximação à natureza deve-se ao xintoísmo, a crença religiosa originária do japão, baseada no respeito e culto da natureza. A relação homem-natureza é o ponto central do xintoísmo, onde se observa a busca incessante do equilíbrio entre o ser humano e a natureza. A criação de gado Waygu é um exemplo clássico disso. Apesar do gado japonês ser de existência milenar, a história da carne japonesa tem pouco mais de um século, tendo sido proibida como produto alimentar durante grande parte da era feudal do país. Durante o Período Edo, o isolamento do Japão do mundo »
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Bezerro recém-nascido. O gado Wagyu é muito fértil e a maioria das fêmeas fecha o ciclo antes dos 12 meses de idade.
A raça mais popular de Wagyu é a japonesa Black, responsável por mais de 90% do gado do país. exterior garantiu a pureza do seu gado, criado, exclusivamente, com a finalidade de servirem de animais de tração para o cultivo do arroz. A Restauração Meiji, no final de 1800, suspendeu a proibição do consumo de carne bovina e, em 1919, o governo introduziu o registo de gado japonês e o termo “Wagyu”, foi adotado oficialmente. Neste sentido, os criadores de gado Wagyu inserem-se no espírito nacional e criam o seu gado acreditando que o equilíbrio entre o ser humano e o animal, entre o ser humano e a natureza deve refletir uma grande espiritualidade, porque acreditam que animais e seres inanimados possuem
essência espiritual. Daí, os animais serem criados com todo o carinho e bem-estar. Joaquim Silva, defende que a qualidade da carne está interligada com o critério de manejo. “Durante séculos, os criadores de Wagyu desenvolveram este espírito de
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criar bem e devagar. Para além da linha genética surpreendente, a qualidade da carne também é um reflexo do bem-estar animal. Quando adquiri os animais foi, desde logo, com a ideia de criar com essa filosofia de criação e chegar ao nível dos criadores » japoneses”. Sublinha.
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Características da raça • Cor de pelagem preta ou avermelhada.
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O Wagyu é excepcionalmente saudável e adapta-se prontamente a uma ampla variedade de condições climáticas.
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Os cornos são retos e ligeiramente curvados para a frente e começam com uma cor esbranquiçada e escurecem para o preto no final.
• São conhecidos pelo temperamento pacifico. Os criadores nipónicos acham que é por causa da sua história e o seu jeito especial de demonstrar respeito.
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Menor peso ao nascer, permite partos com maior facilidade. A faixa média de peso ao nascer cifra-se entre os 30 e os 40 kg.
• Os touros podem cobrir 50% mais fêmeas do que a maioria das outras raças. • O gado Wagyu tem uma conversão superior de carne marmoreada, quer através de alimentação à base de grãos quer à base de pastagem. •
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O gado Wagyu é muito fértil e a maioria das fêmeas fecha o ciclo antes dos 12 meses de idade.
Quando cruzado com outras raças, a Wagyu, aumenta o marmoreio, melhora a qualidade da textura, a suculência e a tenrura, dando mais consistência á carcaça.
São conhecidos pelo temperamento pacifico. Os criadores japoneses acham que é por causa da sua história e o seu jeito especial de demonstrar que têm respeito.
A exploração da Quinta das Batoquinhas A exploração é composta por abegoarias tipicamente portuguesas. Boxes espaçosas, limpas com boa ventilação, refletindo a salvaguarda do bem-estar animal. As instalações são ótimas e os animais ficam protegidos durante a noite e nos períodos mais adversos. Fora daí, passam o dia tranquilamente, ao ar livre, percorrendo as zona de planalto, a seu bel-prazer.
Dos autofalantes estrategicamente colocados ouve-se música clássica. O repertório abrange Beethoven, Mozart e Chopin. A música é colocada durante um período da manhã e outro da tarde. O gado Wagyu descontrai e os vizinhos Limousine já não querem outra coisa. Segundo Joaquim Silva, a qualidade da carne depende 50% da genética e 50% do manejo (alimentação e bem-estar).
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Joaquim Silva quer ser fiel à filosofia de criação dos produtores de Tajima mas reconhece “É muito difícil, porque eles têm uma forma muito especial, muito espiritual de o fazer”. Durante quatro anos os animais atingem entre 600 e 700 kg. Nos últimos 8 meses de confinamento, os animais são submetidos a mordomias únicas: são massajados, e durante a massagem são borrifados com Saké e bebem um litro de cerveja por dia. »
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“A massagem com Saké e a cerveja facilitam a penetração da gordura no músculo. E com a música clássica, dormem melhor á noite e engordam melhor. Tal como os criadores de Tajima, também gosto de acreditar nisso”, confessa Joaquim Silva. “Durante quase 1500 dias, cada novilha terá engordado sem stresses e com muito carinho”, refere Joaquim Silva enquanto acaricia a cabeça de um dos animais. E acrescenta: “A qualidade da carne depende de boas práticas de criação. Selecionei os animais com base na sua propensão genética para fixar gordura na carne e criá-los sem stresses, sem exercícios, sem variação de temperatura, para que produzam o máximo de gordura e queimem o mínimo”.
A carne Wagyu O gado Wagyu é ancestral. Os japoneses souberam preservar a linha genético, como se tratasse de um tesouro. Embora durante algum tempo fosse tentada a introdução de raças estrageiras, sem resultado. A alimentação é cuidada e o bem-estar animal é salvaguardado com atenção aos mínimos detalhes.
“... Quando adquiri os animais foi, desde logo, com a ideia de os criar com esse espírito nipónico, com essa filosofia de criação e chegar ao nível dos criadores japoneses...” - Joaquim Silva
A carne é caracterizada pela gordura infiltrada nas fibras musculares formando desenhos perfeitos ao qual se designa por marmoreio. Quando cozinhada, a fina gordura derrete sobre as fibras musculares exaltando a suculência e uma sensação ótima no paladar.
A gordura infiltrada nas fibras musculares da carne Wagyu (marmoreio), contém HDL, o chamado bom colesterol, influenciado pela ingestão de ácidos gordos ómega
O sabor da carne tem uma relação direta com o seu teor de gordura. Por isso mesmo, uma carne saborosa é a que mantém o equilíbrio entre suculência, tenrura, paladar e textura. A carne de Wagyu, é geralmente fatiada e grelhada de modo muito breve numa grelha. A gordura derrete-se tão rapidamente que se pode cortar a carne com o garfo. Os japoneses têm outras maneira de saborear esta carne. Uma das formas é o sukiyaki ou shabu-shabu, onde as fatias de carne são cozidas também de modo muito breve em caldo fervente. Mas, também existem os puristas que preferem os sabores da carne comendo-a crua, ao estilo sashimi. Para grelhar carne Wagyu é preciso ter muito cuidado, porque esta liberta mais gordura
que a carne normal. Isto significa que para grelhar não precisa de meter qualquer gordura adjacente. Uma dica: todos sabemos que um bom bife pode – e deve - ser acompanhado com um tinto encorpado mas, curiosamente, a carne Wagyu combina melhor com um vinho tinto leve e com menos taninos.
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Sobre este assunto consultamos Mendes Nunes, conceituado jornalista, que escreve sobre vinhos que aconselha para acompanhar um prato de carne Wagyu grelhada, por exemplo, “ um bom tinto da região do Dão. É mais suave e tem menos taninos”. Existem outros criadores de gado Wagyu em Portugal e, provavelmente, quando sair esta edição já estará constituída e legalizada a Associação Portuguesa de Criadores Bovinos Wagyu.
: : Símia. Fabricante Nacional de Estufas : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : :
Experiência, qualidade e inovação no fabrico de estufas de "alta-costura" Símia, desenvolve e produz estufas de fumagem, cura e cozedura, desde 1979. Durante este período a empresa conquistou uma forte reputação entre a industria de carnes. É o grande especialista nacional no fabrico destes equipamentos para a área alimentar. Ombreando com os principais fabricantes mundiais de estufas, a Símia aposta na diferenciação, na versatilidade e na
capacidade de ir ao encontro das reais necessidades do cliente, independentemente da sua dimensão. É o savoir-faire, a qualidade e inovação de uma empresa cuja filosofia é de “alta-costura” no fabrico de estufas de fumagem, cura e cozedura em contraponto com o usual “pronto-a-vestir”, onde o cliente é que tem de se adaptar às medidas padrão do fabricante. Produzir estufas à medida do
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cliente é uma especialização com base na experiência, qualidade e inovação. A formulação, a inovação, fiabilidade e a confiabilidade dos equipamentos, são o fator de sucesso de um bom produto de salsicharia. Délio Coutinho, CEO da Símia, que também acumula a responsabilidade de liderar o projeto de desenvolvimento e produção de »
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estufas, garante: “ Estamos ao mesmo nível das grandes marcas internacionais, só que somos mais baratos. Um estufa desses fabricantes custa o dobro ou o triplo das nossas. Estamos ao nível de uma Vemag ou de uma Fessmann. A única coisa que não fazemos porque em Portugal não é viável são alguns acessórios que estas marcas têm: comandos com mais ou menos automatizações e funções, que nós também o poderíamos fazer mas que iria encarecer bastante o produto final”. A Símia foi pioneira, em Portugal, na construção de estufas de fumagem, cura e cozedura, sendo líder incontestável no fabrico
Construção das estufas As estufas Símia, quer na gama “S” (aquecimento a vapor), quer na gama “E” (aquecimento elétrico), são totalmente construídas em inoxidável e de forma modular, com painéis laterias e traseiros construídos em inox AISI 304 ou AISI 316, que resiste à corrosão da maioria dos produtos oxidantes, garantindo uma durabilidade assim como uma fácil higienização, conforme exigem os equipamentos onde se processam produtos alimentares. A estrutura interior é produzida em tubo
deste tipo de equipamentos, contando com mais de 300 unidades instaladas em quatro décadas de experiência, o que permite à empresa sediada no Montijo, agitar a bandeira da “qualidade máxima em processos térmicos”. Questionado sobre a fiabilidade das suas estufas, Délio Coutinho é pragmático: “Nem ouvimos falar delas. A primeira estufa que construímos foi em 1979; está a funcionar em pleno e está como nova. Pode ser vista na antiga empresa 7 Irmãos Unidos (atual BeiraLamego), a funcionar em pleno e com muito bom aspecto”.
retangular inox, sendo a espessura do painel de 60 mm, isolado termicamente com lã mineral de alta densidade: 60 mm. Os painéis do teto tipo monobloco, com caixa de impulsão e apoio de todos os componentes incorporados, têm espessura de isolamento de 60mm, espessura da chapa de 2mm, totalmente em inox, quer no interior, quer no exterior. A frente também é, obviamente, construída em aço-inox de 2,5 mm de espessura,
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...Em Portugal somos o único fabricante de estufas, o resto são representações de estufas estrangeiras. Há vendedores a tentarem vender estufas, sem saber, minimamente, o que é uma estufa...”, Délio Coutinho, CEO da Símia.
isolada termicamente com lã mineral de alta densidade, sendo a espessura da frente de 100mm. A porta é construída totalmente em aço inoxidável, com uma estrutura interior em tubo retangular 80x40x2mm e igualmente isolada com lã mineral de alta densidade, com uma espessura de 100mm. Por fim, o pavimento também é em inox de 4mm de espessura reforçada interiormente com perfil 60x30x1,5 ou 3mm, construído de forma a permitir uma higienização eficaz e suportar uma carga superior a 1.000kg/m2. »
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Construção modular A construção avançada e robustas das estufas Símia apresentam um sistema modular, fácil de montar e desmontar. Porta, fechos, dobradiças e sistemas de vedação modernos e eficazes não exigem qualquer tipo de manutenção. Délio Coutinho destaca a construção modular, como uma grande vantagem para as empresas: “A vantagem dos nossos equipamentos começa logo na montagem e numa eventual desmontagem, é tudo modular. Quer a montagem, quer a desmontagem é simples e rápida. Se um cliente tiver a necessidade de mudar a estufa para outro local, que é mais frequente do que se possa pensar, é fácil e pouco dispendioso”.
Pormenor de fabrico: ao contrário do usual, o painel da parede sobrepõe-se ao rodapé para otimizar a higienização.
Délio Coutinho, destaca a qualidade superior das suas estufas e a sua similitude com os grandes fabricantes mundiais.
As unidades industriais, por razões de otimização de procedimentos ou eficácia de espaço, por vezes, tem necessidade de fazer alterações de layout e mudar a posição, ou o local dos equipamentos, porque o layout é um fator determinante na eficiência do processo produtivo de uma industria. O papel de um estudo eficiente de layout industrial é preponderante na integração de
todos os elementos envolvidos no processo produtivo de forma mais conveniente possível. Para reduzir custos operacionais que não se traduzem em valor acrescentado ao produto, é preciso minimizar a manipulação de matériaprima e lead time de todos os processos, fomentando a proximidade entre os vários departamentos.
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O aproveitamento de forma racional dos recursos físicos disponíveis, a busca pela segurança quer dos operadores, quer do produto, a maior flexibilidade no processo e facilidade na gestão de produção, são objetivos inerentes ao layout industrial, aos quais as empresas inevitavelmente terão de dar mais atenção. »
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Sistema de montagem modular, facilidade na montagem e desmontagem.
“...É a primeira vez que este cliente nos compra uma estufa. Mas já lhe reparamos uma estufa da concorrência. No fundo, transformamos essa estufa que trabalhava com muitos problemas, numa estufa nossa, sem problemas...”, Délio Coutinho, CEO da Símia.
para as deslocar. A nossa estufa é modular, muito simples de montar e desmontar e deslocar. Dois técnicos são suficientes para fazer o trabalho. Inclusivamente, numa grande industria de carnes do nosso país, tivemos que mudar de
Dito isto, quando uma empresa tem necessidade de requalificar o layout e mudar os equipamentos, as estufas Símia, são fáceis de desmontar e remontar sem qualquer problema, conforme explica Délio Coutinho: “ Estas alterações são recorrentes e contrariamente à concorrência que conhecemos, têm máquinas montadas que depois de desmontadas dificilmente se conseguem remontar, ou exigem grandes intervenções técnicas com custos insuportáveis, porque são compostas de peças enorme inteiriças que exigem gruas »
local 10 estufas. As nossas foram facílimas de mudar, as da concorrência foi um processo diabólico. Elementos enormes inteiriços, que na nossa opinião não fazem qualquer sentido ao nível tecnológico. Exigiram gruas para as desmontar, além disso tivemos que as refazer, com custos enormes”.
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Nas instalações da Símia A nossa equipa de reportagem teve acesso à unidade fabril da Símia onde uma equipa técnica ultimava a construção de uma estufa de oito carros para uma industria de carnes do centro do país. “Neste caso, estamos a acabar um estufa de oito carros, para cozer fiambre, secar chouriço, fazer bacon, tudo o que possa ser processado termicamente. Como o nosso sistema modular, a eficácia funciona como um máquina para cada carro. Todas elas funcionam de maneira independente em termos de aquecimento, de ventilação e secagem”, refere Délio Coutinho. “Depois, existem as opções”. A empresa construiu duas estufas para clientes nos EUA e Angola iguais à que vimos mas com a opção 4+4, ou seja, duas estufas no corpo de uma. A estufa foi dividida a meio com um painel e recebeu comandos independentes. Esta opção traduz-se em diversas vantagens: “Começa logo por ficar mais barato para o cliente, depois pode iniciar o processo com metade da capacidade. É o ideal para uma empresa que tenha uma ou duas enchedoras. Estar à espera que sejam processados 8 carros, é diferente de estar à espera de encher 4 carros. Além disso, depende da produção de cada empresa, num lado pode cozer fiambre e no outro, pode fazer bacon, por exemplo”, esclarece o nosso interlocutor. “No caso desta estufa que estamos acabar, é uma estufa que também vai fazer fiambre e tem que suportar grades multi-moldes, estamos a falar de 1500 a 2000 Kg por metro quadrado. É um estufa que tem um reforço especial assim como perfis de 3mm. As rampas são mais resistentes e mais prolongadas para reduzir a inclinação e suportar o peso. No interior também leva um corrimão, para proteger das pancadas dos carros. Se fosse só para chouriço e outros enchidos não precisava deste reforço. Outra vantagem tem a ver com a higienização. O chão da estufa sobe 60 mm no painel da parede que por sua vez sobrepõe-se ao rodapé. Em termos de higiene não há hipótese de qualquer infiltração. O sistema de dobradiças foi desenvolvido por nós, assim como o fecho. Não há manípulos a atravessarem a porta porque o fecho é lateral. E, também temos um sistema automático de abertura da porta que é muito vantajoso. O cliente pode ir para casa, deixa a estufa »
Portas, fechos, dobradiças e sistemas de vedação modernos, desenvolvidos pela Símia, modernos e eficazes e sem manutenção.
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a trabalhar e quando o programa terminar o sistema automático abre a porta. Um sistema totalmente desenvolvido por nós”, explica Délio Coutinho. Recentemente, a Símia instalou uma estufa numa industria de carnes da zona oeste, a
norte de Lisboa, e duas estufas de 3 carros numa industria de carnes no Ribatejo. No entanto, as estufas de cura, cozedura e fumagem Símia, são abrangentes a todos os produtos alimentares, como desidratação de frutas, secagem de produtos snack, secagem e fumagem de peixe a quente e a frio, etc.
Controlador / microprocessador fácil de operar e em idioma português
Características técnicas / microprocessador bastante intuitivo, fácil de operar e em vários idiomas, inclusive o português. • Bateria de aquecimento sobredimensionada permitindo um aquecimento rápido. • Sistema de ventilação homogéneo e eficaz de forma que não haja diferenças de temperatura superiores a 1ºc. • Motores 2,2 Kw/carro que se traduz numa economia de energia de 45% relativamente aos 4,5 Kw da concorrência. • 1500 rpm de rotação das turbinas o que faz com que as nossas estufas sejam as mais silenciosas do mercado. Isto deve-se a um facto técnico relevante: as turbinas da estufas Símia têm grande dimensão, quase o dobro de alguns modelos da concorrência. • Pré-instalação de vapor totalmente em inox. • Válvulas e actuadores pneumáticos da marca SMC. • Material e aparelhagem elétrica Schneider • Motores Siemens ou WEG • Controlador
Construção avançada e robusta. Mais de 300 estufas instaladas.
“Ainda enfrentamos o estigma do que que vem de fora é que é bom” As perspetivas da Símia são aumentar o fabrico de estufas a curto-prazo. Nos últimos cinco anos, a empresa dirigida por Délio Coutinho, iniciou paulatinamente, ou seja, como complemento à produção nacional o processo de exportação. Os resultados foram
animadores: uma estufa vendida em Espanha, 2 nos EUA, 1 na Venezuela e outra em Angola. “Mas o nosso grande objetivo, é dinamizar o mercado nacional. Temos competências, temos qualidade, confiabilidade, fiabilidade, e somos bastante competitivos mas, enfrentamos um preconceito enraizado: o que
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vem de fora é que é bom. É um estigma mas é verdade”, sublinha Délio Coutinho. O objetivo premente da Símia é construir 10 a 15 estufas por ano. “Este ano, que é um ano atípico vamos com 7 estufas construídas” refere o CEO da Símia. »
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Ombreando com as principais fabricantes mundiais de estufas, a Símia aposta na diferenciação, na versatilidade e na capacidade de ir ao encontro das reais necessidades do cliente, independentemente da sua dimensão. Mas afinal o que é que falta para atingir o objetivo, perfeitamente, alcançável? “Há vários fatores: Apesar de provar que os nossos equipamentos têm um preço mais baixo, e que são similares e nalguns casos até melhores que estufas que vêm do estrangeiro e estarem ao mesmo nível dos fabricantes de topo mundial, o cliente interioriza, provavelmente, por ser substancialmente mais barata, que a nossa estufa é inferior, que o material é inferior ou que tem menos qualidade. É um preconceito empresarial. Por outro lado, se aumentarmos o preço, o cliente acha que é caro para um produto feito em Portugal. Parece uma incongruência, mas é verdade”. Assim até parece que a concorrência é uma questão adjacente... Não é, mas a concorrência das grandes marcas alemãs não nos mete medo. As que incomodam são, por exemplo, as de fabrico polaco, com pouca qualidade. Garantidamente, sem a nossa qualidade. É material realmente inferior? São substancialmente inferiores, em todos os aspectos. São cópias algumas mal conseguidas. E depois há que salientar um aspecto muito importante: a assistência técnica e o pós-venda. É aí que Símia ainda faz mais a diferença, a nossa experiencia deixa-nos à vontade para modificar equipamentos da concorrência de forma a reparar algumas incorreções e melhorar o funcionamento dos mesmos. Para as industrias que têm esses equipamentos? Claro, uma industria de carnes que tenha uma estufa a trabalhar com deficiência acarreta prejuízos substanciais. E com as margens que o mercado impõe as empresas não podem ter falhas na cadeia de procedimentos, no processo produtivo. Conheço casos de estufas paradas dias e dias, por falta de técnicos, por falta de peças, por falta know-how, o que não deixa de ser caricato. O comprador de uma estufa Símia, evita estes prejuízos? Quando vendemos uma estufa, estamos também a proporcionar um serviço pós-venda, formação, acompanhamento, manutenção ativa, assumimos um compromisso com o cliente. Adaptamos a estufa aos produtos dos nossos clientes. Não fazemos como muitos fazem: montam a estufa e depois o cliente que se “desenrasque”. O termo não é correto mas é mesmo assim. O cliente não pode ficar entregue à sua sorte. Qual é a estratégia da Símia para sensibilizar o mercado? Para incrementar as nossas estufas no mercado nacional, a nossa estratégia passa por manter a qualidade superior, assumir compromissos com os nossos clientes e de forma muito humilde mas firme sensibilizar os eventuais compradores que as nossas estufas estão ao melhor nível mundial. Nestes quarenta anos de atividade já montamos mais de 300 estufas com provas dadas de qualidade, inovação, confiabilidade, fiabilidade e inovação. As nossas estufas estão todas a trabalhar. É a nossa regra de ouro.
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: : Covi-19 Controlo e desinfeção : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : : :
PREVINA A DISSEMINAÇÃO DA COVID-19 NA SUA EMPRESA Como é do conhecimento geral, o mundo enfrenta um pandemia, estado declarado pela Organização Mundial de Saúde a 12 de março de 2020, denominada Covid-19. Nome atribuído pela própria Organização Mundial da Saúde, à doença provocada pelo novo coronavírus SARS-COV-2, que causa infeção respiratória grave como a pneumonia. Este vírus foi identificado pela primeira vez em humanos, no final de 2019, na cidade chinesa de Wuhan, província de Hubei, tendo sido confirmados casos em outros países.
Os coronavírus são um grupo de vírus que podem causar infeções nas pessoas. Normalmente estas infeções estão associadas ao sistema respiratório, podendo ser parecidas a uma gripe comum ou evoluir para uma doença mais grave, como pneumonia. Devido à globalidade generalizada de pessoas e bens, cruzou fronteiras e chegou à maior parte dos países, estando presente em todos os continentes. A sua taxa de contágio é bastante elevada, transmitindo-se através de gotículas respiratórias e contacto com superfícies
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infetadas. Devido a esta facilidade de contágio, são necessárias medidas e comportamentos adicionais à nossa rotina. Para prevenir a disseminação da COVID-19 e o seu risco para a saúde pública, para além do importantíssimo ato de lavar as mãos e distanciamento social, tornase extremamente importante a desinfeção de espaços e locais com presença habitual de pessoas e de maior utilização, como por exemplo as habitações, os locais de trabalho, » entre outros.
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Na fase atual em que nos encontramos da pandemia de COVID-19, qualquer pessoa ou superfície pode ser um potencial foco de contágio do vírus. Por esta razão, é essencial que as empresas tomem medidas afim de garantir a segurança sanitária de colaboradores para que não sejam um ponto
de contágio nem um risco extra para eles e para os seus próximos.. É unânime que estamos perante um novo desafio que requer novas soluções. Com isto a Divertec apresenta o Biotúnel. Um módulo de controlo e desinfecção com capacidade para desinfectar 20 pessoas por minuto.
Características deste módulo: - Dimensões 2500 x 4000 x 2100 - Sistema de deteção de incêndio - Entrada e saída com rampas de acesso - Pavimento vinilico para tráfico intenso, antideslizante e anti-estático - Portas de vidro automáticas com sensor de presença - Câmara termográfica IP Safire com Blackbody Safire (Equipamento de calibração) - Estabilidade térmica mediante cortinas de ar condicionado - Monitor LED de 21,5’ de novel industrial - Ozonizador, com ativação mediante sensor de não presença - Gravador NVR com reconhecimento facial - Dispensador de Hidrogel - Luz de purificação UV74, com ativação mediante sensor de não presença - Sistema de Limpeza das solas de sapatos opcional
Design profissional O Biotúnel foi desenhado por uma equipa de profissionais com mais de 15 anos de experiência no setor industrial, segurança privada e do setor de prevenção de incêndios.
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One Chef Show Desdobra-se em múltiplas funções, parece um canivete suíço: é chefe de cozinha, gestor de restauração, dá workshops de cozinha, posta vídeos no Youtube à velocidade da luz, brilha nas redes sociais(chega a fazer dois diretos por dia com mais de 5 milhões de visualizações), desenha e promove a sua própria merchandising. Têm a áurea de Food Star da “escola” dos States e refere com vaidade que começou a trabalhar aos 17 anos e aos 18 “já tinha a carteira profissional de cozinheiro de primeira”. Chama-se António Sequeira, é transmontano, tem 48 anos e é, na verdadeira acepção da palavra, o One Chef Show da Churrasqueira Portuguesa da Maia.
Movimenta-se no restaurante com a personalidade, intencionalidade e sensualidade de um ator em palco, numa espécie de devir-consciente, recriando-se a si mesmo, sob os “holofotes” como quando, por exemplo, apresenta o Golden Steak, uma peça de carne Wagyu, que é servida numa folha de ouro de 24 quilates (comestível) e é cortado à frente do cliente. A sala costuma parar quando chega um, até porque o serviço é aparatoso, com direito a foguete e tudo, ao jeito do talhante turco Nusret Gökçe, mais conhecido por Chef Salt Bae (em tradução literal: namorado do sal), que costuma lançar um punhado de sal grosso, quase com desdém, sobre a carne.
“Cada um é para o que nasce”. Assim diz o povo na sua sabedoria e experiência de tempo vivido e provas passadas. Não quer dizer que não sejamos educáveis. Não se trata de um fatalismo. Bastou cinco minutos de conversa com António Sequeira para perceber que foi predestinado para a cozinha. Não só como Chefe mas, sobretudo, como criativo na arte de bem-servir carne.
No caso de António Sequeira não há desdém, nem nenhuma despretensão. É um Chefe, um especialista em carnes, que vê nos 70 tipos de carnes diferentes que serve, outras tantas possibilidades de servir e proporcionar uma experiência única ao cliente.
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“O objetivo é surpreender e servir bem o cliente. Fazer com que o cliente memorize »
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esta experiência de comer carne” e na Churrasqueira Portuguesa da Maia a coisa não se faz por menos: desde o costeletão maturado, durante mais de 30 dias em vinho do Porto, do grandioso T.Bone, uma costeleta especial, com o corte feito na transversal, em que o osso da coluna fica em forma de T dividindo o lombo da vazia (vazio), passando pelo lombo de Wagyu que conquistou o status de “carne de luxo”, ao nível do caviar ou da lagosta.
“a melhor carne de Angus que consumimos aqui no restaurante é a proveniente da Austrália. Os criadores australianos de Angus estabeleceram um alto padrão para a produção...
Ou desde a carne de Rubia Gallega passando pelas autóctones portuguesas como a barrosã, entre outras, até ao Tomahawk, uma costeleta com o alongamento do osso da costelas, que é
servido e apresentado ao estilo francês, dandolhe uma apresentação elegante e espetacular. Além disso, a grande infiltração de gordura intramuscular (marmoreado) e intermuscular
de existência e com uma maturação mínima de 190 dias, os clientes - que usualmente são recebidos com uma flute de champagne - podem optar por uma carne com mais ou menos gordura, com ou sem maturação, simples, intenso ou Hollywoodesco, claro, com a classe cénica do Chefe.
A carne é na maioria das vezes grelhada mas, atenção, “nem todas as carnes são iguais, nem todas se grelham da mesma maneira”, quem o diz é o Chefe Sequeira. “Cada carne exige um forma diferente de grelhar, porque a textura é diferente. Por exemplo, a carne de bovino Wagyu se a deixas
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junto com o osso da costela confere-lhe sabor e suculência excepcionais, sem esquecer o corte Ribeye, a lista é extensa. Cortes feitos a preceito, grelhados na hora, resultam num festim muito apreciado pelos amantes da carne. O entrecosto sem osso ou com osso, com gordura visível na parte lateral que é muito consensual face a quem não dispensa um bom corte. O lombo com um sabor mais equilibrado na boca, ou mais intenso dependendo da raça e da maturação. Desde as carnes Wagyu que dispensam maturação ao Golden Premium, um costeletão extraído de um bovino com mais de 20 anos
estar mais tempo do que é preciso, a carne começa a derreter. Por vezes temos peças para grelhar com 8 quilos! E depois, os grelhadores também têm muita influência para o que se quer fazer. Nós temos um Gresilva e é espectacular”. António Sequeira e mais quatro sócios dirigem uma cadeia de sete restaurantes. A sua »
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“Captain America beef (Bife Capitão América). Quase dois quilos e meio de carne, numa peça que abrange a Chã de Fora, Ganso Redondo, o Pojadouro (jarrete) e a Rabadilha.
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Cortes feitos a preceito, grelhados na hora, resultam num festim muito apreciado pelos amantes da carne. paixão pela carne começou muito cedo, desde muito pequeno na sua terra natal, Alijó, no distrito de Vila Real. Da mesma forma o conhecimento sobre a carne maturada deu-se ainda nos primórdios da sua carreira profissional, numa deslocação às Astúrias, onde conheceu as duas raças predominantes, a raça asturiana dos vales e a asturiana da montanha. Ambas produzem carne muito tenra, suculenta e com um sabor peculiar. E no que diz respeito à carne maturada de animais com mais de 15 anos, só provando e, provando, temos que dar o braço a torcer. “É uma das minhas carnes preferidas” A carne das Astúrias, assim como a Cidra são ex-Libris de uma das regiões mais bonitas do país vizinho: os Picos da Europa. António Sequeira considera-se pioneiro em carnes maturadas. Defende o consumo da carne com unhas-e-dentes, e alega que
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Golden Steak, uma peça de carne Wagyu, que é servida numa folha de ouro de 24 quilates (comestível) e é fatiada à frente do cliente.
“O objetivo é surpreender e servir bem o cliente. Fazer com que o cliente memorize esta experiência de comer carne”... a carne de animais jovens não tem sabor. Parece uma heresia, no entanto, para os gastrónomos, especializados em carne, o sabor de uma carne maturada é, sem margem para dúvidas, de uma textura e sabor inabaláveis. Têm as suas nuances próprias, textura e paladar diferentes dependendo da raça e das suas características. “É como degustar um bom vinho, temos que o provar com atenção, analisar as suas qualidades, através da visão, olfato e paladar. E é com este conceito que nos ajuda a formar um memória de aromas e sabores que nos são muito úteis, como apreciadores de carne”, refere. Atualmente, a Churrasqueira Portuguesa da Maia recebe carnes provenientes de 18 países. Já recebeu carne da raça Angus do Japão, no entanto, na opinião do Chefe António Sequeira: “a melhor carne de Angus que consumimos
primeiros criadores da raça em Portugal (ver reportagem nesta edição). “Fiquei surpreendido com a qualidade da carne. Compramos a rês, com 420 quilos de carcaça ao Sr. Joaquim Silva e, como disse, fiquei surpreendido com a textura e com o sabor da carne. Vendemos muito bem e fiquei muito satisfeito por saber que já podemos comprar carne desta raça com esta qualidade, em Portugal”, sublinha António Sequeira.
aqui no restaurante é a proveniente da Austrália. Os criadores australianos de Angus estabeleceram um alto padrão para a produção do chamado Grainge Beef. Ou seja, os animais tem uma alimentação à base da pastagem, alternando com sequeiro fazendo o confinamento de 120 a 150 dias com cereais ricos que lhe confere um marmoreio natural, sabor e maciez. Um pouco à semelhança do que fazem os produtores de Wagyu no Japão”, refere o Chefe. Curiosamente, a nossa equipa de reportagem chegou à Churrasqueira Portuguesa da Maia, através de uma rês de raça Wagyu que foi vendida por Joaquim Silva, um dos
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Av. Visconde Barreiros, 180 4470-151 Maia
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A aposta em carnes maturadas e de qualidade superior, faz da Churrasqueira Portuguesa da Maia, um Steak House de referência para os verdadeiros apreciadores de carne e para o fãs dos bons grelhados.
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tel. (+ 351) 229 481 542 www.churrasqueiraportuguesadamaia.com
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Coisas que não deve fazer num restaurante Quem é que não gosta de sair para um jantar? Um jantar deve ser sempre um momento especial, independentemente, se é num restaurante de cozinha de autor ou num castiço. O importante é sentirmo-nos bem, usufruir da comida ,do ambiente, da atmosfera e da nossa capacidade de criar a magia de fazer desse momento, um, muito especial. Por isso, ninguém gosta de ir ao restaurante e
viver uma experiência negativa. Uma situação destas num restaurante cria um sensação de frustração, sobretudo, quando as expectativas são grandes. No entanto, às vezes, são os próprios clientes, em certa medida, responsáveis pelo desastre, pela experiência negativa, ao não seguir as regras básicas que evitariam frustrações para nós e para quem nos acompanha. »
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Comer o que lhe põem no prato Se um prato tem um problema, devemos engolir a vergonha e devolvê-lo para a cozinha explicando o motivo ao empregado de mesa, low profile e educadamente. No fundo estamos a colaborar com o restaurante que assim pode corrigir o erro, melhorar e, no final de contas, servir melhor, sem reclamações e com mais lucro. Claro, que a reclamação deve ser consistente com o estabelecimento: não se pode exigir a um restaurante com menu de 7,5 Euros, o mesmo que se exige a um restaurante de cozinha de autor onde se pague 70 euros por pessoa ou mais. Mas é realmente nestes restaurantes de topo onde nos reprimimos mais na hora de reclamar, talvez com medo de passar por ignorantes ou por mal educados, quando deveria ser exatamente o oposto.
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Pedir carne bem passada O Chef nova-iorquino Anthony Bourdain, infelizmente já desaparecido, conta no seu livro “Cozinha confidencial”: os restaurantes usam os piores pedaços para os clientes que pedem carne bem passada. É muito mais fácil camuflar uma peça de má qualidade quando está mais seca, enquanto que com carnes no ponto ou mal passadas, é mais difícil de enganar. Francamente, tenho as minhas dúvidas sobre isto, mas uma coisa posso aconselhar: nunca peça carne de bovino bem passada, peça, pelo menos, no ponto. Se pede a carne bem passada também revela que não é assim tão apreciador de carne e, como tal, mais vale pedir outra coisa.
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Ignorar as estações Todos já fizemos isso, todos já caímos na mesma tentação, mas não existe via mais direta para o fracasso do que escolher um prato com produtos fora de época (especialmente frutas e legumes). Morangos no outono? São da Cochinchina e custam uma fortuna. Escolher os produtos da estação não encarece o prato e, além disso, estamos a consumir de forma sustentável. Se não tem conhecimento sobre o calendário, o melhor é perguntar se o principal ingrediente do prato é fresco e local. Há restaurantes que fazem questão de só servir frutas e legumes da época.
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Picuinhas com os ingredientes Quando se implica com os ingredientes do prato - “poder ser sem abacate, sem cebola e sem cominhos que não gosto?” - , não passa só por incomodar os outros comensais ao alongar o seu pedido. Se o cozinheiro concorda em retirar os ingredientes ao gosto do cliente, o mais provável é que destrua o equilíbrio que encontrou para o seu prato. Num famoso restaurante em Lisboa, assisti a um episódio semelhante e o Chefe chegou à mesa, pediu desculpa pelo incómodo, e disse que não podia servir o seu prato de outra maneira, porque foi criado assim. Quando não se gosta de um ingrediente num prato, o melhor é pedir outra coisa.
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Ir fumar lá para fora quando não se deve As saidinhas para fumar devem ser feitas sempre em momentos que não perturbem o ritmo de atendimento. Se vai fumar antes de começar a comer, faça-o só depois de fazer o pedido para que o processo não seja atrasado por culpa sua. Durante a refeição, é de péssimo gosto ir fumar e obrigar o resto da mesa a esperar que regresse para o segundo prato ou para a sobremesa. Não é uma questão de intolerância, mas de respeito ao próximo.
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Confundir o empregado de mesa com uma amigo (ou inimigo) Graças à sua formação, conselhos e experiencia, os bons empregados de mesa podem fazer com que a sua refeição seja uma experiencia muito agradável. Infelizmente, são uma espécie profissional em perigo de extinção, uma vez que muitos empresários de restauração pensam que não é necessário nenhum tipo de formação, talento ou habilidade para cumprir tal tarefa. Neste contexto, convém manter uma relação cordial com aqueles que nos servem – ser indelicado não é a melhor estratégia.
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Pedir peixe a uma segunda-feira No tempo em que a maioria das pessoas comprava nos mercados, não era preciso explicar. Mas, com a chegada dos supermercados com a obsessão de ter produtos todos os dias, esquecemo-nos de que às segundas-feiras não há peixe fresco... do mar. Consequência: se nesse dia da semana comer alguma coisa saída do mar, das duas uma, ou melhor, das três uma: será congelado ou de vários dias atrás ou é de piscicultura. A escolha é sua.
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Usar o telemóvel Passar tempo com o telemóvel na mão durante uma refeição não é apenas falta de educação, mas também de uma indelicadeza atroz. Para além do prazer de comer, também desfrutamos do prazer de conversarmos com as pessoas que estão à mesa. As chamadas, as mensagens de texto, os whatsapp e os tuiteres interrompem ambas as coisas. Um estudo da União Europeia conclui que em 99,9% desta interação, não terá qualquer consequência, se estivermos com o telemóvel no silencio durante uma hora e meia.
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Não conferir a conta Algumas pessoas consideram que é não é cool verificar se a conta está correta; para outras, é uma questão de simples descuido. Todos correm o risco de pagar mais por coisas que não consumiram. Em principio, os restaurantes não têm a intenção de aumentar a conta – bem, alguns até têm -, mas um empregado de mesa muito ocupado, pode cometer o erro de se enganar a fazer a continha, a favor ou vice-versa. Não se trata de começar a somar como se fosse um contabilista ou um descendente do Sr. Scrooge, do conto de Charles Dickens; certifique-se rapidamente que a conta esteja correta. É bom para todos. Com o advento de sites e aplicações - como o Zomato, Yelp ou TripAdvisor - que permitem aos utilizadores partilhar as suas experiências em restaurantes é cada vez mais comum ler relatos indignados que comparam certas refeições a tragédias gregas ou catástrofes naturais.
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Uma boa carne exige um bom Grelhador!
Sempre que nos sentamos à mesa de um restaurante (restaurante, hotel, evento ou navio cruzeiro) para saborear duma boa refeição, temos consciência do contingente de pessoas que trabalham harmoniosamente para nos proporcionar uma boa experiência gastronómica, desde a criação do gado, passando pelo seu abate até à cozinha do restaurante? muito possivelmente não, porque o nosso propósito é desfrutar dum bom momento gastronómico. Mas, trata-se duma longa cadeia de processos rigorosamente elaborados e organizados, com vista a proporcionar um produto de qualidade, rentável e sustentável. A sustentabilidade é uma preocupação
constante em toda a cadeia, não só porque é benéfico para o ambiente, mas também porque a torna mais eficiente e consequentemente, mais rentável, reduzindo os custos com a energia, a água, a matériaprima, a higienização, etc. Quando falamos em GRESILVA®, falamos em otimizar recursos e garantir a satisfação dos clientes com um grelhado de excelência. O cuidado no tratamento, conservação e confeção da matéria prima tem que ser uma prioridade na cozinha, de que nos vale ter a melhor carne ou o melhor peixe, se na confeção não preservarmos as suas melhores características e o seu sabor? de que nos vale ter uma boa peça de carne,
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se não a grelharmos com a temperatura adequada, deixando-a “cozida”, seca e com sabor a fumo ou a gás? O Grelhador Horizontal GRESILVA® com os seus 350 graus na grelha e com a possibilidade de regular a temperatura, permite-nos selar a carne de modo a reter os seus sucos e a manter o seu sabor original. O conceito dum GRESILVA® consiste em grelhar com reduzida libertação de monóxido de carbono, fumo reduzido e uma irradiação de calor 100% natural - ECOLÓGICO mantendo o sabor original dos alimentos SAUDÁVEL- e rápida confeção com elevada qualidade - RÁPIDO.
A ideia é, transformar o processo tradicional, num processo mais sustentável e amigo do ambiente, cuidar da saúde dos clientes ao manter os grelhados suculentos, saborosos e sem substâncias cancerígenas, que ocorrem devido à carbonização dos alimentos.
O Grelhador GRESILVA® permite experienciar uma forma distinta de grelhar, e a assistência ao grelhado durante a confeção não é necessária, no entanto, muitos são os profissionais que não prescindem do seu momento na grelha.
O Grelhador Horizontal GRESILVA®, distingue-se pelo seu sistema inovador de grelhagem, possui uma grelha na horizontal, onde são colocados os alimentos a grelhar (1). A um nível inferior e fora da área de grelhagem, estão as fontes de calor (2). A sua disposição na diagonal, visa projetar o calor necessário à confeção dos alimentos, permitindo assim, a queda livre dos resíduos (3), de modo a que não contatem com a fonte calorífica, não havendo assim combustão/chama.
Comprar GRESILVA® é um investimento a longo prazo, são grelhadores preparados para trabalhar mais de 12 horas por dia e têm um período de vida útil que pode superar os 20 anos.
Cerca 90% das gorduras, que nos sistemas tradicionais vão para a exaustão, no caso do Grelhadores GRESILVA®, ficam na água, reduzindo substancialmente a periocidade de higienização dos filtros e consequentemente os custos de manutenção da exaustão. Liga-se, fica pronto a grelhar em 3 minutos, o brasido é constante e a temperatura é regulável, o que reflete uma expressiva economia energética – ECONÓMICO.
Um Grelhador GRESILVA®, se devidamente utilizado, raramente carece de serviço de assistência técnica. Contudo, sempre que necessário, a GRESILVA®, diretamente ou através dos seus distribuidores autorizados, está sempre disponível para uma solução rápida e eficaz.
1. Alimentos a grelhar 2. Irradiação de calor 3. Queda livre de resíduos e gorduras
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www.bizerba.com Na indústria de alimentos é imprescindível um rígido processo de segurança e controlo de qualidade, para que se tenha a certeza de que os produtos oferecidos ao público são adequados para o consumo, motivo pelo qual são utilizados detectores de metal para o controlo de contaminantes e corpos estranhos durante a produção. Dispositivos eletrônicos são capazes de detectar metais com a passagem de artigos.
Garanta a qualidade da sua produção graças ao sistema de detecção de metais iMD pro com cinta transportadora integrada. Beneficie-se do que há de mais avançado em tecnologia multifrequencial, com desempenho de detecção único, com o qual você pode garantir a qualidade de seus produtos diante dos requisitos mais exigentes, otimizando o espaço da fábrica, graças ao design compacto e robusto da sua estrutura
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Com um interface de utilizador intuitivo com ecrã táctil de 7 ” e um design higiênico com grau de proteção IP65 que permite uma limpeza fácil, simples e completa, torna-se a solução de inspeção ideal para a indústria alimentar.
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Graças ao sistema de adaptação inteligente da sensibilidade e alta segurança contra interferências, detecta com segurança as impurezas, sejam de aço, aço inoxidável ou metais não ferrosos, como o alumínio, o que permite garantir aos seus clientes a mais alta qualidade tanto em produtos embalados e não embalados. A altura e direção ajustáveis e a velocidade variável da correia permitem processar diferentes variedades de produtos na mesma linha de produção. Além disso, adaptase perfeitamente às necessidades da sua produção, já que para cada tipo de produto são acrescentados sistemas de rejeição ideais, bem como alarmes acústicos e luminosos.