Sahara
Navigation Marathon by Isuzu
EDIÇÃO #35
ISUZU
TANMMIRT (Obrigado, em Berbere)
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3 TANMMIRT (Obrigado, em Berbere)
M’Hamid e Merzouga, em Marrocos, são os pontos que servem como porta de entrada para o magnifico deserto do Sara. M’Hamid é o último oásis; onde o Drâa Wadi (leito do rio) viaja sob o solo apenas para reaparecer algumas centenas de quilómetros mais adiante já na costa atlântica. Uma das muitas “engenharias” da natureza que nos atrai a este país rodeado de uma áurea mística e fortemente influenciado pelas culturas berbere, árabe e até europeia. Marrocos é para muitos a terra dos mil mistérios e outras tantas essências. Um mundo fascinante a uma considerável distância cultural da nossa mas, contudo, muito perto, logo ali, do outro lado do Mediterrâneo. Quem vive no sotavento algarvio, por exemplo, estará
mais próximo de Tânger do que de Lisboa e, talvez por isso, este país do Magrebe se torne para nós, ocidentais do sul, um encantamento irresistível. Eu que o diga, que há mais de 40 anos que o percorro. Em Marrocos fala-se árabe e berbere, uma língua que só foi reconhecida oficialmente em 2011, estando agora numa fase de afirmação, com muitas manifestações culturais a serem desenvolvidas neste idioma.
Marrocos é para muitos a terra dos mil mistérios e outras tantas essências.
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Sahara Navigation Marathon by Isuzu
E foi precisamente a cultura berbere que esteve na base da 2ª edição do Sahara Navigation Marathon by Isuzu, uma maratona de navegação turística que nos levou ao encontro desta cultura ancestral, em seis etapas deslumbrantes, naturalmente, aos comandos de uma pickup Isuzu D.Max 1.9L de 164 CV em cabina dupla LS de 3 lugares, edição especial White Edition, com interior “Piano Black”, alavanca de velocidades, acabamento interior das portas, painel de instrumentos e consola central a preto.
A “White Edition” apresenta-se com pintura metalizada Silky White, com Roll Bar preto (Fosco) e Bed Liner também a preto, com 4 argolas de fixação de carga, com um preço de 29,900 Euros (IVA incluído). Um compromisso de resistência, longevidade e fiabilidade do maior fabricante mundial de motores diesel.
No exterior, a grelha frontal e faróis de nevoeiro em cinza escuro, parachoques traseiro e retrovisores a preto. Badges laterais “White Edition” e jantes LL 18” escurecidas.
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o casario da cidade, é um dos locais mais românticos e poéticos da cidade.
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O nome “Berbere” vem do grego “bárbaro” que sem intensão pejorativa, designava os povos que usavam uma linguagem que não era entendida pelos gregos. A história do povo Berbere na África do Norte é vasta e diversificada. Ao longo dos séculos, o significado da palavra foi transformado para se tornar um somatório negativo e até insultuoso. Os seus primeiros ancestrais estabeleceram-se no Leste do Egito. Existem muitos testemunhos de textos, gregos, romanos e fenícios que mencionam este povo antigo. No fundo,
“berbere” é um nome genérico para muitos grupos étnicos heterógenos que compartilham práticas culturais, politicas e económicas semelhantes. A Arabização do povo Berbere decorreu em três fases. A primeira, foi o contacto inicial com os invasores árabes do século VII. A segunda fase começou com a chegada dos beduínos no século XI e a terceira fase ocorreu entre os séculos XV e XVII com a acelerada chegada de refugiados da Andaluzia.
A sociedade berbere ĂŠ tradicionalmente compartilhada entre agricultores e comerciantes.
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9 Ao contrário da imagem ficcional popular que os descreve como nômadas atravessando o deserto em dromedários, o que leva alguns, por uma questão de marketing face ao crescente fluxo de turistas, a intitularemse tuaregues, a sua original atividade é a agricultura sedentárias nas montanhas e nos vales. O que é certo é a sua influencia antiga no comércio de toda a região. Abriram caminhos entre África ocidental e a África subsaariana. Foram os berberes os responsáveis pela chegada, às cidades do norte de África, de produtos oriundos de produtos das regiões mais longínquas do Sara. A partir daí, esses produtos foram sendo distribuídos em todo o mundo. Hoje em dia, além das fontes tradicionais de subsistências, existe um elemento que faz parte do financiamento das famílias berberes: a renda proveniente da enorme emigração existente na Europa, sobretudo, para os países francófonos. A sociedade berbere é tradicionalmente compartilhada entre agricultores e comerciantes. O cultivo da terra era considerado o trabalho das classes mais baixas, enquanto as classes mais altas eram comerciantes. Grupos, tradicionalmente, sedentários prestavam
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Abriram caminhos entre África ocidental e a África subsaariana...
homenagem a um chefe local pertencente à classe de comerciantes que, em troca, os defendiam. No entanto, com o passar do tempo, esses grupos de agricultores adquiriram uma certa acumulação de riqueza à medida que a importância económica das rotas comerciais diminuía. Por outro lado, esses grupos foram favorecidos pelas autoridades coloniais e pós-coloniais em detrimento dos comerciantes tradicionais.
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Quanto às suas crenças, desde a sua conversão - forçada - ao Islão no século VII e, ao contrário do que possamos pensar, não são acérrimos fieis ao islamismo, não praticam o jejum do Ramadão e regem-se por uma postura religiosa meramente administrativa. A maior parte dos berberes acredita na presença contínua de muitos espíritos “Jinn” (Génios). Aliás, a grande maioria dos homens usa amuletos de proteção. Ao longo dos anos a língua berbere “Tamazight” foi integrada em cerca de trintas idiomas e cem dialetos, independentemente, de dialetos ou idiomas que como o Guanche das Ilhas Canárias, já despareceram nas brumas do tempo. Embora a língua berbere seja essencialmente de tradição oral, os berberes têm, pelo menos, há 2500 anos o seu próprio sistema de escrita chamado Libi-Berber (Tifinagh em berbere). Em Marrocos, os berberes Drawa vivem na região do vale do rio Drâa, os Dades vivem no rife marroquino, na parte nordeste do país, ao norte de Fez. A palavra kabyles que significa tribos, refere-se a todos os berberes mas, especialmente, aos berberes que vivem nas montanhas de Al-Quabail: os Sousis, no Alto Atlas! Por mais de um século, o povo Amazigh (que significa “homens livres ou nobres”) viu-se privado dos seus
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direitos. Primeiro, pelo colonialismo europeu. Depois pelas correntes politicas nacionais que, por tradição, permaneceram hostis a este povo. Aproveitando a escravidão do início da independência, essas correntes tomaram as rédeas do poder, concederam-se imensos benefícios morais e materiais e veicularam a informação e a educação como bem quiseram. Ao fazê-lo, abusaram conscientemente da boa fé do povo Amazigh, aproveitando os laços de confiança estabelecidos entre todos os patriotas durante o período crucial da luta política entre 1930 e 1955.
13 Em Marrocos, o movimento cultural Amazigh foi iniciado por jovens intelectuais e académicos da região de Agadir. As décadas de 70 e 80 foram marcadas pela repressão aos movimentos sociais. No inicio da década de “90” surge a corajosa Carta de Agadir, um texto assinado por 6 associações e simboliza o surgimento de uma verdadeira reivindicação de identidade, que teve de imediato o apoio de todas as associações Amazigh. Em 1994, é criado o Conselho Nacional de Coordenação, que reúne todas as associações culturais e o Amazigh
passa a ser reivindicado em todas as regiões de Marrocos. Nesse mesmo ano, membros da Associação Tamaynut são presos após a publicação de um calendário escrito em três idiomas: árabe, francês e Amazigh. A acusação era o incitamento e a produção de atos destinados a perturbar a ordem pública! Finalmente, em 2011, a Constituição do Reino de Marrocos, define – no 5º Artigo - o Amazigh como Língua Oficial do Reino, igualmente, como o Árabe. Atualmente, a cultura berbere
evidencia-se e a sua grafia pode ser observada nas placas de sinalização de trânsito, nos liceus e em muitos outros lugares públicos.
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E esta ansiada liberdade intelectual reflete-se em todos os gestos e manifestações culturais do povo berbere fortalecendo a sua autoestima e o orgulho na sua história, como parte integrante de uma sociedade que respeita as diferenças. E isso, nota-se em pequenos gestos do quotidiano, como por exemplo, quando agradecemos com um parco “Choukrane” (obrigado em árabe), o nosso interlocutor sorri e corrige com os olhos cheios de orgulho: “ Se quer agradecer em berbere deve dizer Tanmirt”.
Magdaz fica no vale de Tessaout, no Alto Atlas Central. As casas são, como na maior parte do sul de Marrocos, feitas em adobe, um material vernacular feito de terra crua (barro), água e palha misturadas com fibras naturais ou excrementos dos animais. As casas tem raras aberturas para evitar a perda de calor armazenada durante o dia ou para reduzir as áreas expostas ao sol. Os telhados planos servem como secador de milho, armazenamento de forragem ou dormitório durante as noites quentes de verão.
A segunda edição do Sahara Navigation Marathon by Isuzu teve início no Atlas, atravessando pequenas aldeias, apreciando as várias influências culturais, com a significativa passagem por Magdaz, uma das povoações berbere mais interessantes do Atlas (com cerca de 1000 habitantes), situada a 2100 metros de altitude.
A segunda edição do Sahara Navigation Marathon by Isuzu teve início no Atlas
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As mulheres de Iblaz Longos são os dias e as noites das mulheres tecelãs de Iblaz. Meninas, adolescentes e mulheres que combinam a arte, expressão e criatividade, tecendo tapetes cuja beleza e autenticidade são inigualáveis. No passado, os teares estavam instalados em todas as casas. Os fios de urdidura e trama eram “telas” nas quais as mulheres do Alto Atlas expressavam a sua criatividade. Foram, sobretudo, momentos de partilha, convívio e solidariedade reservados exclusivamente às mulheres. Desde
a lavagem da lã, desembaraçando-a, penteando-a até à fiação era todo um trabalho de formiga realizado corajosamente por estas mulheres desinteressadas. A tecelagem para estas mulheres era um espaço de liberdade criatividade onde contavam livremente a sua vida através de padrões e cores. Hoje, o contexto cultural e socioeconómico é bem diferente do passado. Estas mulheres renunciam o papel de simples formigas operárias que se escondem na sombra. A cooperativa Iblaz foi criada para combater e denunciar a situação precária das pobres
artesãs de tapetes. Sobretudo, para se defenderam dos intermediários ávidos por lucros gordos que lhes deixavam migalhas. Muitas vezes oprimidas pela necessidade, vendiam os seus tapetes por nada. Atualmente, vendem os seus lindíssimos tapetes a um preço justo, o que na verdade, continuam a ser bastante acessíveis para as carteiras ocidentais, que por ali passam, tendo em conta a excelência dos tapetes berberes. Onde um tapete Iblaz é desenrolado ou pendurado, vamos pensar nestas mulheres valentes e engenhosas que são artistas. Cada tapete, é a história humana de uma mulher, esposa, mãe ou viúva que mitiga as suas esperanças e males nesta arte, salvando um valiosa herança cultural. Admirando a beleza destes tapetes, vamos homenagear as suas artesãs que contam a sua história, fio-a-fio, no teares da alta do Alto Atlas. Tanmirt
Tapetes de lã pura, com motivos berberes feitos, manualmente, ao tear pelas mulheres da cooperativa Iblaz.
As mulheres tecelãs da Cooperativa Iblaz. Um momento grande do dia, onde a barreira linguística foi rapidamente ultrapassada pelos sorrisos e hospitalidade destas mulheres berberes que dividem o seu dia entre o trabalho no tear e as atividades domésticas e agrícolas.
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23 capital dos tapetes berbere É conhecida com a capital dos tapetes berbere, a vila de Tazenakht, surge na nossa rota. A região desenvolveu-se por causa de um palmeiral que literalmente brota de um universo mineral, quase incongruente. O Kasbah original resiste de pé, não tem o charme do vale do Dades: as suas paredes são de uma rusticidade grosseira. O charme é mais o que se vê, ou melhor, aquilo que se quer ver. A vila de Tazenakht, na região de Drâa- Tafilalet, conquistou a reputação de centro comercial de tapetes marroquinos. Situada no meio de nada, não é um dos sítios mais interessantes da região, pessoalmente, prefiro Taroudant e o seu Kasbah Toloun, um lugar secular, não frequentados por turistas, e que transmite fielmente a vivencia e cultura berbere de há séculos.
Cemitério judeu de Tazenakht
» Os tapetes são, indubitavelmente, de fabrico artesanal, embora muitos me pareçam “de série” com motivos recorrentes que agradam aos potenciais compradores. Várias lojas e algumas cooperativas (sempre preferível), exibem os seus tapetes à porta das lojas o que dá uma ar pitoresco às ruas de Tazenakht. Durante muito tempo a vila foi habitadas por numerosos judeus, até 1967. O cemitério judeu de Tazenakht (visitável) é testemunho disso mesmo. Um período da história que é inadvertidamente oculto, no entanto, a história revela que antes, alguns ofícios eram exclusivamente judeus, como artesãos de joias ou tecelagem de roupas tradicionais. Especialistas da história judaica em Marrocos remetem para o nacionalismo árabe como sendo o fator mais importante que levou severamente à marginalização da comunidade judaica marroquina.
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Taliouine, é o coração da região do açafrão, situada numa terra coberta de árvores da argão no lado ocidental e cultivo de rosas no lado oriental, em direção a Ourzazate. A história do açafrão em Marrocos é muito antiga. Os produtores membros da Cooperativa “Zaafrane Darna” cultivam pequenas áreas de terra (no máximo um hectare) e, junto com as suas famílias, colhem as flores ao amanhecer, quando as pétalas ainda estão fechadas entre os meses de outubro e novembro, colocando-as em salas frescas e ai separam os preciosos estigmas das flores (Crocus Sativus). A produção é lenta e necessita de muitos cuidados. Curiosamente, apesar do açafrão necessitar de ser irrigado, também necessita de extrema seca. O ideal é que haja chuvas abundantes no inverno e principio da primavera, seguidas de verões muito secos. Tradicionalmente, eram os comerciantes das grandes comunidades judaicas de Marrocos que vendiam o açafrão, com uma preferência particular pelos pistilos tratados com azeite. Esse método foi abandonado após a retirada dos judeus do território: agora, a maioria dos produtores concentram-se em cooperativas e comercializam os seus produtos através desta. Na culinária existem ingredientes fascinantes que, para além de todas as propriedades extraordinárias que os caracterizam, destacam-se pelo elevado preço devido à sua exclusividade ou dificuldade de obtenção. O Açafrão é
um destes diamantes gastronómicos, classificado com a especiaria mais cara do mundo! Não é por acaso que é conhecido por “ouro vermelho” pois, dependendo da qualidade, nomeadamente pureza, grau de safranina, poder corante, acidez e poder aromático, o açafrão pode atingir valores exorbitantes.
A nossa visita à cooperativa de produtores de açafrão “Zaafrane Darna”, em Sidi Hseine, foi uma experiência sensitiva muito agradável e emocionalmente muito forte.
...conhecido por “ouro vermelho” ... o açafrão pode atingir valores exorbitantes...
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Planta do açafrão.
A nossa equipa na cooperativa do produtores de açafrão de Zaafrane Darna, a brindar com um chá de...açafrão, naturalmente. Esq/Dir: Ricardo, Leandro, Carla, Aicha Ouahqi, presidente da cooperativa, Nuno, Gloria e Manolo.
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Com o “as-sumult” (azimute, ou caminho em árabe) na direção de Tata e a cerca de pouco mais de 12 km de Taliouine, surge um dos waypoints mais espetaculares do dia: o Agadir de Ifri. Um celeiro comunitário, construído no século XII, encrustado na falésia que continua em pleno funcionamento e onde os habitantes da povoação guardam e preservam os seus produtos agrícolas. De facto, este agadir está embutido num enorme abrigo rochoso, restos de um colapso de um grande maciço de calcário.
...milhares e milhares de quilómetros fora de estrada, nos mais variados pisos, em todos os continentes do globo…
Estacionamos na aldeia e vamos ao encontro da pessoa que tem a chave do agadir, passamos a mesquita e continuamos a pé em direção à falésia. A aldeia agita-se à nossa presença e as crianças que gravitam à nossa volta confirmam que estamos no caminho certo. Por um carreiro estreito, entre parcelas de açafrão, vislumbramos o imponente agadir, que imagem magnifica! É dever de todos nós contribuir para a proteção de património cultural aborígene, respeitando sempre a sua presença na paisagem e considerando cuidadosamente como minimizar o impacto na terra onde está situado. Agadir significa celeiro
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BFGoodrich All Terrain T/A K02 Para todos os tipos de aventura, ao longo dos anos, a nossa preferência de pneus recai, invariavelmente, nos pneus mistos, sobretudo, pela sua versatilidade. A estrutura é mais sólida que a dos pneus para asfalto, suporta maiores níveis de impacto e é mais resistente à perfuração. O piso, se bem que mais liso e uniforme que a dos pneus “Mud”, garante uma boa tração fora de estrada e melhora o conforto no asfalto. E quer se queira, quer não, o utilizador de veículos 4x4 (com excepção dos veículos de competição) a maior parte que utiliza o seu veiculo 4x4 é em asfalto. Por outro lado, a nossa experiencia, de milhares e milhares de quilómetros fora de estrada, nos mais variados pisos, em todos os continentes do globo dizem-nos que não precisamos de pneus demasiadamente cardados. Por exemplo, um piso misto é muito mais
eficaz na transposição de dunas que um piso “Mud”. Por essa e por outras razões a nossa escolha recai, naturalmente, em pneus mistos, 50% estrada, 50% fora de estrada. Baixar a pressão dos pneus, ou retirar algum ar, pode oferecer uma condução mais suave ou aumentar a tração dado que a área de contacto do pneu fica maior. A quantidade de ar a ser retirada depende muito das nossas preferências pessoais, por isso é bom falar com os mais experientes, conhecer bem o carro e obter a máxima informação sobre os pneus. Afinal de contas, é a única coisa que nos liga ao solo. Caso não já não se lembre do que aprendeu nas aulas de ciências, lembrese que os gases expandem quando são aquecidos e contraem quando a temperatura diminui. Por isso, é muito importante verificar a pressão
dos pneus de manhã, antes de iniciar a jornada de aventura e antes de a temperatura ambiente aumentar. A exposição solar direta vai aumentar significativamente a pressão. Se a pressão estiver correta quando o pneu está quente, é provável que esteja baixa quando o pneu arrefecer. Baixar demasiado a pressão pode fazer saltar o pneu da jante, danificando o pneu e a roda. Por todas estas razões, optamos pelos pneus BFGoodrich All Terrain K02 (50/50) com as medidas 255/70 R80: flancos mais robustos, maior quilometragem em todo o tipo de caminhos e excelente tração todo-o-terreno.
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Juan Muñoz
Juan Muñoz
O leitor que me perdoe de andar com o calendário para trás e para a frente, talvez reflexo do “outonocer” que Sophia de Mello Breyner Andresen tão bem escreve mas, a primeira vez que estivemos em Foum Zguid, foi paixão à primeira vista. Apaixonamo-nos de forma inverosímil por esta pequena cidade do sul de Marrocos. Estávamos no inicio dos anos “90”; só se lá chegava por pista e com as dicas do Jacques Gandini que tínhamos conhecido em Paris, na L’Astrolabe, a mítica livraria de viagens, na rue de Provence, ousamos alcançar Foum Zguid, às portas do deserto, no meio do nada. Na tarde da
nossa chegada, a cidade era varrida por todos os lados por um vento forte de areia habitual nesta região, as ruas estavam desertas e a cidade tão vazia, tão vazia que parecia pertencer a outra época. A mítica bomba de combustível onde todos deixamos a nossa “marca” de passagem com os inevitáveis autocolantes ainda era de manivela e o chão era semelhante a uma pista tortuosa e penosa. Os seus habitantes de tez acobreada, “coordenada” indicadora que estamos mais próximos da África subsariana, são afáveis e hospitaleiros.
A pequena cidade “às portas do deserto” conquistava-nos, definitivamente, não sei explicar porquê; talvez pelo romantismo, talvez pelo imaginário “Beau Geste” ou talvez pelo aforismo que levou Ibraim Al Koni, a escrever: “ O deserto é a lâmpada mágica que liberta a alma”. Apesar da sua atmosfera contemplativa, Foum Zguid é uma cidade que tem pouco para oferecer em termos turísticos e, talvez por isso, se torne mais interessante. Numa visita ao Ksar (ou Ksur)*, onde já existem poucas casas habitadas, podemos admirar uma vila
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típica, de adobe, com ruas estreitas que se desmorona a cada dia que passa. No entanto, é uma cidade que transmite um clima muito calmo e relaxante. O seu interesse está na proximidade ao deserto, aliás, já foi palco de Bivouac do saudoso Paris-Dakar. Os entusiastas da astronomia, geologia e arqueologia também encontram aqui um local privilegiado, por causa dos muitos exemplo de minerais e pinturas rupestres das quais esta região do Anti-Atlas é muito rica, como se pode observar no geoparque Jebel Bani.
Não costumo falar de alojamentos mas, não resisto à tentação de vos apresentar a Casa Juan, em Beni Mhamed, onde pernoitamos no final da jornada. Um pequeno riad, com 5 quartos de muito bom gosto e excelente serviço, num ambiente inusitado de 1001 Noites, cujo proprietário é Juan Muñoz, um “velho” amigo e fotografo profissional. O sitio da Casa Juan é rodeada de dunas, e a própria recepção da casa é no cimo de uma duna, o que a obriga a trabalho suplementar (leia-se: condução em areia), o que é uma delicia.
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“O é má li al
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O a lâmpada ágica que iberta a lma”.
Sahara Navigation Marathon by Isuzu Foum Zguid
39 Ksar (ksur no plural) Um Ksar é um agrupamento de habitações, normalmente, dentro de muralhas defensivas, reforçadas por torres de ângulo, onde os habitantes tinham as suas casas, algumas modestas, outras parecendo pequenos castelos urbanos mas também edifícios e espaços comunitários. São conjuntos extraordinários de edifícios que oferece um panorama completo das técnicas de construção da terra pré-saariana. As construções mais antigas surgem desde os séculos XVI ou XVII, embora a sua estrutura e técnica tenham se espalhado desde tempos muito distantes, nos vales do sul de Marrocos.
fortificação, um celeiro coletivo sempre no topo da vila, um caravançarai, uma espécie de estalagem, ou grande edifício para hospedagem onde os mercadores viajantes podiam pernoitar e manter os seus animais e mercadorias em segurança e um cemitério; nalguns casos, tinham dois cemitérios: um muçulmano e um judeu.
Os espaços públicos eram compostos pela mesquita, uma praça publica, áreas de debulha de grãos fora das muralhas, uma
As construções mais antigas surgem desde os séculos XVI ou XVII...
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A paisagem do deserto remete para o misticismo e harmonia, envoltos numa atmosfera cálida, onde todos os sentidos contam.
A passagem pelo Ksar de Nesrate. Esta antiga povoação que surge várias vezes citada em documentos e crónicas do século XII, é detentora do único minarete (torre da mesquita) de Marrocos com a forma de pirâmide. É assim por forte influencia das caravanas que entravam por aqui procedentes da áfrica subsariana ou áfrica negra, onde é habitual. Continuando a seguir a rota das caravanas de mercadores e
dromedários, atravessamos o oásis do Ktawa, visitando muitos dos seus Ksur ancestrais, revivendo na imaginação, as grandes caravanas de dromedário que ligavam o Mediterrâneo e o Oceano Atlântico às terras distantes, numa realidade que exigia alquimia entre firmeza de uma intenção e a leveza de uma fé, alcançando em seguida Dada Atta, considerada o núcleo ancestral de todas as tribos Amazigh da confederação Ait Atta, na prática, todas as tribos a sul do Atlas.
Tamegroute é conhecida por 3 coisas: a cerâmica verde, única em Marrocos; pela Zoula Nassiría, onde se encontra o santo Sidi Naciri ( o mais venerado do sul de Marrocos) e a sua importantíssima biblioteca e pelo cidade subterrânea, única que não é muralhada em todo o vale do Drâa, pois a presença do santo a protegia, também fizeram parte desta grande jornada de aventura.
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Sahara Navigation Marathon by Isuzu Sobre a pronúncia árabe. Para que ainda não conhece, o árabe é um língua especifica, no sentido de que mesmo que possamos lê-lo porque conhecemos todas as letras, o que não é o meu caso, não podemos pronunciar o que lemos porque não há vogais. Portanto, é muito difícil aprender árabe pela leitura. Além disso, a pronúncia difere de acordo com a localização em Marrocos e com toda a fortiori do mundo. Alguns exemplos: Marrakech (Marraquexe), com as vogais para os ocidentais. Para os árabes, com um pouco de esforço: mrr k k ch, e sem esforço (usual) m r ak ch. E tem lógica, porque na verdade eles pronunciam Mrakch, esticando o r. No caso de Foum Zguid, por exemplo, o mapa Michelin
O prazer de conduzir um 4x4 bem “calçado”, e em condições de poder proporcionar ao condutor uma experiência sensorial incrível é um objetivo que a BFGoodrich nunca deixou de perseguir.
identifica a cidade como Zguid, mas para a maioria dos motoristas é Zgued (zguède). Como não há vogal escrita, dá a sensação que dizemos um pouco o que nos parece bem ou o que é adotado pela língua francesa. Um caso sobejamente conhecido é de Erfoud ou Arfoud, ambas estão corretas. Outro exemplo: o famoso “shoukran” do OSS117 (o agente secreto da década de “50” que inspirou a personagem James Bond) surge em várias versões: Choukrane, chokrane, soukrane, e sokrane. Sabendo, que os árabes são capazes de emitir um som entre o “ou” e “o” que nós, ocidentais, não conseguimos dizer e, muito menos escrever.
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Pista do Iriki. Um clássico. Para fazer o percurso de Foum Zguid até Mhamid, por pista, temos 3 opções preferenciais: A primeira: a pista que sai de Foum Zguid, passa ao norte do Iriki e vai culminar em Tagounite. A segunda:
um pista que nos leva ao pé do Djebel não muito longe de uma pseudovila e a terceira: passando o posto de controlo de Foum Zguid, o Lago Iriki, Erg Chegaga... Na primeira e segunda hipótese,
embora as pistas sejam muito bonitas, as suspensões e os pneus estão destinados a sofrer. Apesar das paisagens lunares e da beleza inóspitas que estes percursos oferecem, a nossa propensão era para “partir pedra”. A 3ª hipótese, oferecianos muita areia macia. A escolha não foi difícil, e optamos por fazer a clássica pista do Iriki, com um waypoint bem marcado no epicentro do majestoso lago. O Parque Nacional do Iriki (Ou Iriqui), fica situado entre o leito do Wadi Drâa e a precipitação pluvial do Anti-Atlas, perto da fronteira com a Argélia, ao sul de Ourzazate e a sudoeste de Zagora e inclui, naturalmente, o famoso Lago Iriki que fica entre Foum Zguid e M’Hamid.
47 E porque lhe chamamos lago? É relativamente recente. O lago Iriki era o local onde “morreria” o rio Drâa, pelo menos, à superfície, uma vez que continua o seu curso subterrâneo até desaguar no Atlântico. Por vezes, na estação chuvosa, o Iriki é uma área atolada de água salobra, secando no verão. Após a construção da barragem de Ourzazate, o fluxo do rio Drâa diminuiu e hoje morre praticamente entre as cidades de Zagora e Tagounite, dependendo das chuvas do ano. O lago Iriki, que era o lugar favorito das gazelas do Sul, deixou de ser uma área pantanosa para se tornar num Sebka ou Chott, proporcionando uma visão paisagística inópita, fora do comum.
O ritual de manifesta-se nossa equipa sua maneira:
passagem pelo Iriki de várias formas. A de reportagem fê-lo à radiante.
A sensação transmitida por este lugar é algo semelhante a uma vastidão quase absoluta, o conceito de infinito começa a ganhar forma pela consciência e tudo isso se manifesta no sentido de liberdade que emana dos amplos horizontes. Com exceção do azimute a Norte que nos oferece generosamente uma panorâmica do Jabel Bani, de resto, olhe-se para onde olhar, perdemonos numa linha absolutamente
plana. O solo é constituído de areia endurecida com uma fina camada de sal proveniente da dessecação do lago, embora pequenos maciços de dunas proliferem continuamente ao longo da sua superfície. A aproximadamente 60 km de distância, encontra-se o grande maciço de dunas Erg Chegada, onde se pode encontrar dunas com mais de 100 metros de altura.
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O deserto rege-se pelas leis da natureza e sĂł os mais fortes resistem.
A pista até Mhamid El Gzlane é fabulosa. Cumprir o nosso objetivo de alcançar todos os waypoints propostos, parar tranquilamente para apreciar o evidente, os pormenores e o fantástico dos pequenos “tesouros” escondidos, passa por uma estratégia, salvo algum imponderável, de começar a jornada bem cedo e alcançar o destino em pleno dia, aproveitando toda a luz natural na sua máxima plenitude e saborear o fim de tarde, tranquilamente, com um chá ou com uma bebida fresca, enquanto o sol se oculta no horizonte.
A pista até Mhamid El Gzlane é fabulosa...
Mhamid El Gzlane é outra das vilas típicas às portas do deserto. Escondese no palmeiral de M’hmid e é neste momento, na minha opinião, um dos Ksar mais misteriosos. Localizada a cerca de 40 km da fronteira da Argélia, Mhamid El Ghizlane (ou Gzlane), é uma vila calma, com exceção da segundafeira que é dia de souk (mercado). Foi lhe atribuída importância administrativa
em 1932, com a chegada dos franceses, mas a sua importância histórica tem origem dos tempos em que foi um grande centro de caravanas, cujos vestígios do seu esplendor são patentes nas proximidades. Os arqueólogos acreditam que esta área antiga e fascinante era habitada antes da formação do deserto do Sara. Os habitantes, são descendentes dos
51 povos nómadas, orgulhosas da sua história, ancestralidade, e do seu imenso conhecimento do ciclo das dunas. Val a pena conversar com os conhecedores... Esta zona é fantástica e merece uma visita prolongada. Um roteiro imprescindível é dar uma volta por dentro do oásis para explorar o ancestral Ksur e visitar as 7 aldeias circundantes que compõem Mhamid: R’Gabi, Ouled Driss, Bounou, o novo M’Hamid, o velho M’Hamid e Ouled Mhya. Para além de ser um excelente exercício de condução todo-o-terreno e navegação vamos ao encontro das pequenas coisas e vivencias tão simples que, paradoxalmente, a inteligência humana, por vezes, tem dificuldade em explicar. Para além do Iriki, do santuário de dunas do Erg Chegaga, do palmeiral de Mhamid El Gzlane, das fabulosas paisagens inóspitas do deserto, esta jornada do Sahara Navigation Marathon by Isuzu, ainda contempla waypoints no Ksar de Oulad Driss, com a sua cidade subterrânea e a passagem por Foum Lram, “a passagem dos túmulos”, a maior necrópole pré-islâmica de Marrocos, onde se pode observar túmulos, identificados por montões de pedras datadas do ano 500 A.D. Muitas estão profanadas em busca de objetos de valor, pelo que é possível encontrar ossos humanos com facilidade.
Deserto: “o lugar em que o horizonte tem a amplitude que o Homem merece e de que necessita” Pablo d’Ors.(in Amigo do deserto)
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55 Acompanhando a sólida reputação de durabilidade e qualidade dos veículos comerciais ISUZU, a nova D-Max é a mais recente novidade de uma longa lista de incansáveis trabalhadores. Equipada com o novo powertrain e um motor Turbo VGS de 164 cv de potência, a Nova Geração D-Max alia a sua performance e excelente capacidade de carga aos baixos consumos e ao prazer de uma condução segura e confortável.
A nova Isuzu D-Max está disponível em versões de Lazer (LS) e trabalho (L), com três configurações distintas de cabine: Cabine dupla com lotação de 3 a 5 lugares, a Cabine Longa com lotação até 3 lugares e a Cabine Simples, com lotação máxima de 2 lugares. Bata escolher a que melhor se adapta às necessidades, sejam profissionais, de lazer...ou ambas!
As dunas do deserto do Sara têm normalmente a forma de um “croissant” ou de uma meia-lua – chama-se a este tipo de dunas barkane; um dos lados da dunas é íngreme e o outro é suave. Do lado que sopra o vento a vertente da duna é suave. Os grãos de areia que constituem este tipo de dunas são baços e de faces angulosas, devido à ação do vento que transporta os finos grãos que chocam uns com os outros, ficando cada vez mais pequenos. O ciclo das dunas é uma realidade e as dunas deslocam-se no sentido do vento.
Quando o deserto é assolado por uma tempestade de areia, a paisagem muda drasticamente. Já deve ter notado pela poeira que se deposita no seu carro acabadinho de lavar, após uma pequena chuvada. Pois é, essa poeira vem do deserto do Sara. Só por aí podemos avaliar o tamanho de cada grão para poder ser transportado pelas nuvens.
O vale de Kem Kem é um local muito especial; a interação do silêncio.
» Na minha opinião existem três formas de silêncio: o silêncio do convento que é tranquilizador, o silêncio da alma que dói e o silêncio do deserto que é sublime. Um provérbio tuaregue reza que “quem não conhece o silêncio do deserto, não sabe o que é silêncio”. O verdadeiro silêncio não é mera ausência de sons, como o deserto não é, de todo, ausência de presenças. Com efeito, os sentidos tornam-se mais vigilantes e os
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Vale de Kem Kem
Na minha opinião existem três formas de silêncio...
pensamentos mais límpidos, e vivem-se assim experiências bem mais intensas. “No deserto há um silêncio de paz, quando o deserto dispensa, ao anoitecer, a sua frescura, dando-nos a impressão de que já chegamos ao porto tranquilo, e as velas amainaram. Há o silêncio do meio-dia, quando sob o sol escaldante cessam pensamentos e movimentos. E há o silêncio profundo, quando, de noite, até a respiração se
suspende e começamos à escuta”, escreveu o escritor-aviador francês Antoine de Saint-Exupéry, que viveu alguns períodos da sua vida em Marrocos. O
vale
de
Kem
Kem
dá-nos
a
sublime experiência de uma solidão enriquecedora, porque nos revela o que somos, fazendo-nos entender a nossa singularidade e, consequentemente, a singularidade daqueles que nos acompanham.
All Terrain T/AKO2
ROBUSTEZ, MOTRICIDADE E DURAÇÃO :
MAIS RESISTENTES NOS FLANCOS
(A) Resultados baseados em testes internos de robustez no flanco em comparação com a geração anterior - o pneu BFGoodrich All Terrain T/AKO na dimensão LT 265/70R17. Os resultados dos testes foram realizados com um simulador de agressões laterais.
DA E EM CAMINHOS COM GRAVILHA x2 mais duração em gravilha(B) +15% mais duração em asfalto(C) (B) Resultados baseados em testes independentes em comparação com a geração anterior, o pneu BFGoodrich All Terrain T/AKO na dimensão LT 265/70R17. (C) Resultados baseados em testes internos de desgaste em comparação com a geração anterior, o pneu BFGoodrich All Terrain T/AKO na dimensão LT 265/70R17
MAIS MOTRICIDADE Tração All Terrain : +10% de aderência em lama(D) +19% de aderência em neve(E)
(D) Resultados baseados em testes internos subjetivos em comparação com a geração anterior, o pneu BFGoodrich All Terrain T/AKO na dimensão LT 265/70R1 (E) Resultados baseados em testes independentes em comparação com a geração anterior, o pneu BFGoodrich All Terrain T/AKO na dimensão LT 265/70R17. O teste GM Spin foi utilizado. Resultado positivo no teste GM Spin.
ÚLTIMA GERAÇÃO
e
(1)
E F*
d
* Em função das dimensões
(2)
B
b
(3)(4)
74 dB*
(1) Eficiência energética (de A a G). (2) Capacidade de travagem em superfície molhada (de A a G) (3) Ruído ambiental (de 1 a 3 ondas). (4) Ruído ambiental (em decibéis).
BFGoodrich
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Pneus BFGoodrich, performance superior, no asfalto, em pista de terra batida ou na travessia do deserto.
61 E desta forma, regressamos, uma vez mais, ao vale de Kem Kem, onde há milhões e milhões de anos atrás, viveram os grandes predadores gigantes que governavam a terra. A rocha avermelhada do Cretáceo destas localidades áridas – chamada cama de Kem Kem – produziram os últimos terópodes Deltadromeus Carcharodontosauros (que podemos ver na requintada pintura de Mark
Casa Juan, em Beni Mhamed. Carla e Leandro Rosado, em Land Cruiser, na pista sobranceira que contempla o vale Kem Kem.
Hallett “Thunder Across the Delta”, Spinosauros e várias outras espécies pouco conhecidas.
que os dentes dos terópodes são abundantes e valorizados para os caçadores locais de fosseis.
E é por isso que existe uma super representação de dinossauros predadores nas lojas de rochas em Marrocos. Os fosseis encontrados no vale de Kem Kem são fragmentários e são os dentes mais resistentes que geralmente são apanhados. Dado
Para além disso, a experiência 4x4 é fabulosa. Existem duas pistas, uma pelo vale, a outra, a nossa preferida, sobranceira, porque nos oferece a panorâmica proeminente de todo o vale. A beleza inóspita do deserto no seu expoente máximo.
...A beleza inóspita do deserto no seu expoente máximo.
Glória e Manolo em Isuzu D.Max “White Edition” Nuno Leandro e Ricardo Costa, em Pickup Toyota Hilux.
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Sahara Navigation Marathon by Isuzu
Surgem as primeiras dunas
»
a diferença entre um sítio com água e um sítio sem água é, provavelmente, a diferença entre o paraíso e o inferno.
Surgem as primeiras dunas, onde as planícies começam a ser cobertas por areia. O ritmo é diferente, é essencial um ritmo diferente.
areia, o inseto perdido mas que ainda vive a sua vida, um feneco (raposa-dodeserto) curioso, a singularidade da crista de uma duna.
O mar de areia pontilhado de ondas de dunas. Começa aqui o encontro com o reino da mais profunda sobriedade. Onde não há nada além do céu azul escaldante e da areia dourada e brilhante. Onde tudo é claro à luz do dia. Onde tudo é visto, porque ali, e graças a esse grande vazio, o olho tem todo o espaço para ver apenas os detalhes, a planta rara que emerge da
Por vezes, o deserto repentino dá lugar a um mar de pedras negras polidas pelos milénios de onde se erguem, aqui e ali, faixas vulcânicas que oferecem ao viajante 4x4 um magnifico panorama do deserto circundante. É o Jbel (montanha ou pico) que parece proteger as areias do deserto, embora contribui para a sua grandeza graças à erosão. Nestes lugares ainda são encontrados burros
selvagens, às vezes gazelas, uma vida rara que resiste à dureza da natureza. A nossa passagem por aqui também é uma homenagem ao explorador Charles de Foucault que residiu nas imediações por um período de tempo em 1884 durante a sua travessia pioneira de Marrocos. Na verdade, esse jovem oficial de 24 anos deixou a França um ano antes em nome da Sociedade Geográfica com a intenção de descobrir o sul de Marrocos, então ainda muito pouco conhecido. Nessa incursão, curiosamente, foi acompanhado
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por um rabino. A longo da jornada, fazias várias anotações e comentários num pequeno caderno, assim como esboços e desenhos. Por algum tempo seguimos os passos deste primeiro grande explorador que terminou a sua vida como eremita, numa montanha, no Sara argelino. Morreu com 58 anos de idade. A nossa equipa de reportagem cruza paisagens onde o leitor pode imaginar que a água, tão presente anteriormente, não chega lá mais. Acreditamos que os humanos se retirem gradualmente desses lugares que inevitavelmente ficarão cobertos de areia. As alterações climáticas são uma realidade. Os dados científicos mostram que a temperatura
média global está a subir e os padrões de precipitação a mudar. E a diferença entre um sítio com água e um sítio sem água é, provavelmente, a diferença entre o paraíso e o inferno. Pelo caminho, encontramos habitantes, na sua maioria, pastores que vivem no inóspito, quase no vácuo
desesperadamente a suplicar por água. O problema da água em Marrocos é muito real. O pais sofre com a escassez de água, que está a caminho de se tornar uma emergência global. A falta de água potável foi sempre um dos grandes problemas dos países africanos. Entre conflitos, e doenças, a água permanece acima de tudo como uma fonte de vida.
As alterações climáticas são uma realidade.
67 Em Marrocos, como em muitas outras partes do continente, a água potável nem sempre está disponível para todos. Não temos por hábito andar a “brincar” nas dunas. Prefiro estabelecer uma rota, um objetivo, um waypoint e alcançalo através do maciço de dunas. E é nesta situação que o deserto melhor responde à imaginação coletiva. Para nós, ocidentais, um deserto é um mar de dunas de areia até onde os olhos possam alcançar e os Erg’s quer o Chegaga, quer o Chebi é isso mesmo:
belo, escaldante, desafiante mas, ao mesmo tempo, intimidador e até tenebroso. Em certos pontos do Erg a linha do horizonte é interrompida por todos os lados com os recortes das dunas. A nossa equipa de reportagem concordou com a ideia e a proposta foi
A passagem pelo oásis do Oubira é um clássico.
É um facto. As dunas podem ser intimidadoras ... É um facto. As dunas podem ser intimidadoras, não importa se está parado no sopé a olhar para cima ou se está na crista a olhar para baixo. Como em qualquer encosta íngreme, conduzir nas dunas pode causar algumas vertigens e até transparecer algum perigo, mas se o leitor se concentrar
atravessar o Erg Chebi de lado a lado; já o fizemos várias vezes, nos últimos 40 anos, quer de forma longitudinal quer latitudinal. A passagem pelo oásis do Oubira é um clássico.
no que está a fazer e usar as técnicas corretas, não terá problemas em vencer o aparentemente impossível. E para isso, tem que ter em conta duas realidades: só não atasca quem não se mete nas dunas e nem todas as dunas são transponíveis.
Todas as dunas têm um lado barlavento e um lado sotavento, o último frequentemente chamado de face deslizante. Como o próprio nome sugere, o lado de barlavento é o que enfrenta o vento, de modo que as partículas de areia são sopradas por esse lado. A face deslizante, que está fora do vento, será muito mais íngreme (32 a 34 graus) do que o lado do barlavento ( 10 a 15 graus). É por esse motivo, que sempre que se atravessa um maciço de dunas, é essencial ter em conta a direção predominante do vento. Quanto melhor entender o ciclo das dunas, maior será a sua taxa de sucesso ao tentar ultrapassá-las.
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Sahara Navigation Marathon by Isuzu O quão dura ou macia a superfície de uma duna de areia depende de muitos fatores, incluindo o tamanho das partículas de areia, o vento, a quantidade de humidade do ar e se a areia está seca ou molhada. Também é importante saber “ler o terreno”. O lado de barlavento de uma duna geralmente oferece uma superfície de condução mais dura do que a face deslizante, pois o lado sotavento é o local onde as partículas mais recentes de areia são
depositadas pelo vento. A areia mais macia de todas é geralmente a base da face deslizante.
Como em qualquer condução de areia, a seleção correta da pressão dos pneus é fundamental para o sucesso. O melhor, é informar-se, antecipadamente, junto do sitio da internet do fabricante dos pneus que utiliza e saber até quanto lhe permite retirar ar dos pneus, sem
correr o risco de descolar o pneu da jante. No entanto, aconselha-se a não fazer entradas abruptas, paragens ou arranques abruptos nem mudanças de direção repentinas. Conduzir na areia é conduzir com pinças!
Curiosamente, na nossa travessia do Erg Chebi, por alguns minutos optamos por seguir as pegadas dos dromedários e a sensação é semelhante ao solo das pistas depois da passagem de uma máquina com lagartas. É impressionante!
O clima e a hora do dia também são influentes e podem, ou não, ajudar a identificar as várias características das dunas. Em dias ensolarados, sobretudo de manhã ou ao final da tarde, destaques e sombras podem ajudar a identificar os contornos das dunas, para evitar as partes mais íngremes ou mais macias, enquanto que quando o sol está a pico, ou nos dias nublados, esses recursos são mais difíceis de entender.
A chave para escalar as dunas é o impulso, então, primeiro deve selecionar a mudança de caixa que lhe dará velocidade suficiente para não se enterrar na areia e alcançar o objetivo. Nunca leve o pé a fundo e à medida que vai a subir disponibilize “motor”
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...A chave para escalar as dunas é o impulso... para alimentar o esforço. Não mude de velocidade durante a subida, porque à pequena mudança de caixa e alteração de velocidade o veiculo perde força. A tendência é subir a duna mas, tenha cuidado, especialmente, se enfrentar o lado mais íngreme do sotavento, pois poderá levar um “soco” violento no 4x4. Mantenha sempre o seu veiculo apontado para o cimo da duna; não tente virar ao se aproximar do pico da duna, pois isso pode resultar em capotanço. Nesta nossa incursão pelo Erg Chebi deparamos com um 4x4 (francês) nessas condições, caído no baixio de uma cuvete. Não é nada agradável.
Da mesma maneira, quando rolar na encosta de uma duna e o veiculo começar a perder tração, NUNCA aponte a direção para o lado da crista da duna, aponte SEMPRE para a direção da cuvete e se, possível, dê-lhe um toque de acelerador. Se não conseguir subir, não esforce nem insista para não abrir mais os sulcos de areia. Selecione a marcha-atrás e recue tranquilamente. Antes de fazer outra tentativa, reflita sobre o que o impediu de chegar ao
topo na tentativa que fez. Precisa de tirar mais ar dos pneus? Precisa de selecionar uma mudança de caixa mais baixa? Precisa de mais velocidade? Ou simplesmente, precisa de planear outra rota?
Com a gravidade do seu lado, descer dunas parece mais fácil, mas há várias coisas a considerar. A chave para descer com segurança é engrenar a primeira ou a segunda e deixar a gravidade fazer o seu trabalho, sem pôr o pé no travão, mantendo o veículo apontado e direito para o sopé da duna. Por vezes quando a descida é muito grande (Como na Líbia ou na Namíbia em que certos planaltos oferecem descidas íngremes de areia de 200 metros ou mais), é necessário controlar a direção do veiculo com o pé no acelerador. Se houver outra duna à sua frente, comece por acelerar pouco antes de chegar á base da duna que está a descer e é, nesse preciso momento,
que vai ter de escolher a mudança de velocidade correta. No entanto, tenha cuidado e verifique se há quedas ou degraus que possam fazer com que o “focinho” do veiculo afunde na areia. Na pickup Isuzu, a maioria das subidas fi-la em terceira baixa. Alcançar a crista das dunas e ficar parado. É importante subir à crista da duna e ter a percepção do momento certo de paragem. As pickups , com excepção das cortadas, têm de origem a caixa comprida e nas dunas de crista é, por porventura, o veiculo que oferece condições mais difíceis de passagem.
É uma questão de experiência, saber o momento exato onde se para de forma a que o veiculo fique em condições de progredir e não fique preso na crista. Como é natural, nem sempre corre bem, é uma questão de uma fração de segundo, ficar atascado, ou não.
73 As capacidades da Isuzu D-Max são inegáveis.
Apesar de haver bom material de resgaste, um conselho que dou é que nunca vá para as dunas sozinho. Levando mais um veiculo consigo (quantos mais melhor) é mais divertido e, sobretudo, mais seguro. E finalmente a hora do chá, a do resto dos corpos e a da paz das almas.
A chave para descer com segurança é engrenar a primeira ou a segunda e deixar a gravidade fazer o seu trabalho, sem pôr o pé no travão...
75 Gara Medouar, serviu de cenário de filmes como a “Múmia” (1999) ou “James Bond’s Spectre 007 (2015),entre outros, tornandose uma atração turística, especialmente, para os offroaders.
Sahara Navigation Marathon by Isuzu
Gara Medouar
o famigerado “cárcere do português”
“A questão da influencia de portugueses em Marrocos ultrapassa consideravelmente os simples testemunhos edificados, assumindo um carácter, no mínimo, duvidoso. Os mitos são isso mesmo: mitos. São “verdades” que se tornam verdades sem o serem, porque constituem uma forma colectiva de explicar determinados factos, muitas vezes associando-os a outros. No caso de Marrocos existe uma tendência para atribuir aos portugueses determinadas situações. Os historiadores defendem que o mito do português (L-Bartqiz) com surpreendentes referências a habitantes portugueses de grutas nos confins do deserto ou nas
Os historiadores defendem que o mito do português (L-Bartqiz)...
montanhas mais inacessíveis, a autores de pinturas rupestres em tempos imemoriais a pontes construídas em locais longínquos que os portugueses nunca ocuparam, a prisões de cativos portugueses a até a um condessa sedutora com pés de dromedário, é tão fascinante para o senso comum marroquino, como o mito das mouras encantadas, dos piratas, das lâmpadas mágicas ou dos tapetes voadores é para o senso comum português.
Para além dos celeiros e pontes, outro tipo de ruínas são referenciadas como portuguesas, como a chamada Gara de Medouar, uma formação sedimentar, supostamente, do período CambricoDevoniano em forma de U (RobertCharrue, 2006, páginas 6-7), que segundo o mito seria uma suposta prisão onde um português seria o abominável carcereiro.
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Do topo da Gara Medouar, pode-se apreciar uma paisagem atÊ ao limite do que a nossa vista alcança.
No Gara de Medouar ou “Montanha Oca” construiu-se um muro de pedra com seis metros de altura para o encerrar completamente e permitir o armazenamento de água da chuva e, segundo consta, não existe qualquer documento ou registo histórico que atribua a este “monumento da natureza” a sua utilização como prisão, em tempos anteriores. No entanto, os historiadores defendem que as referencias aos portugueses não são totalmente infundadas, mas é necessário dar-lhe o devido
enquadramento. A explicação mais plausível é a da utilização de trabalho escravo português. Convém não esquecer que só na Batalha de AlcácerQuibir foram aprisionados mais de 16.000 portugueses, existindo várias referências à sua utilização em trabalhos forçados.
79 El Almano, o mais “antigo” Gardien da Gara Medouar. Será ele o português do mito do carcereiro? Não, claro que não! É apenas um gentil berbere que sobrevive enfrentando a realidade dura da sua vida, vendendo bugigangas aos turistas.
“A questão da influência de portugueses em Marrocos ultrapassa consideravelmente os simples testemunhos edificados...”
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Sahara Navigation Marathon by Isuzu
A última jornada do Sahara Navigation Marathon by Isuzu, compreendia a travessia do Jbel Sargho, pelo Maciço Bou Gafer, até Boulmane Dades. Um waypoint nas gargantas de Amesker que foram reabertas depois de muitos anos fechadas devido ao despreendimento de terras. Um waypoint no fabuloso vale de Ait Boughamez um dos mais peculiares e interessantes do Atlas,
terminando em Ouzoud, junto às cascatas. O vale de Ait Boughamez , conhecido também por vale feliz, é um sitio singular. Os habitantes das aldeias cumprimentam-nos a cada passo seguindo as regras da tradicional hospitalidade berbere, sem a intenção de beneficiar seja o que for com a
presença de turistas. Já não chegam os dedos das mãos para contar quantas vezes é que já estivemos dentro de casa de algumas famílias de berberes, a beber chá, a comer deliciosos beghrir’s, um crepe de sêmola, farinha e leite que é servido quente com mel e manteiga, conversar tranquilamente, compartilhar experiências. Muitas das pistas alternativas que vamos descobrindo são indicadas pelos próprios homens da casa que orgulhosamente nos informam, muitas das vezes, sem falarem uma única palavra de francês, por gestos, sorrisos
e dedos apontados sobre a carta topográfica. Os habitantes do vale têm conhecimentos impressionantes do Alto Atlas, do clima da região e das pessoas que moram nas imediações. Esta base de conhecimento não está nos mapas nem nos GPS. Quando à primeira vista ouvimos falar do Alto Atlas marroquino, imediatamente imaginamos caminhos estreitos e nada para além de colinas e montanhas sem nada ao redor. No entanto, isso não é bem assim.
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85 A altitude do Atlas forma uma barreira com cerca de 800 km de extensão denominada como o “Teto de África”. Atravessa Marrocos das margens do oceano em direção a Agadir até aos enormes planaltos inóspitos da fronteira argelino-marroquino em direção a Figuig. Com uma largura que vai dos 40 aos 120 km, é duas maior que os Alpes franceses e italianos juntos, chega aos 4000 de altitude e é sem duvida nenhuma, uma das grandes montanhas do planeta.
Para culminar a segunda edição do Sahara Navigation Marathon by Isuzu, a natureza presenteou-nos com um enorme véu de neve gelada que cobria toda a região e que, naturalmente, nos criou dificuldades à passagem dos 3.000 metros de altitude. Uma experiência fabulosa que fechou com chave de ouro mais uma edição do Sahara Navigation Marathon. A próxima edição em abril/maio de 2020.
A altitude do Atlas forma uma barreira com cerca de 800 km de extensão...
Não há uma, mas muitas maneiras de descobrir as diferentes faces de Marrocos. Enquanto alguns se concentram no bem-estar ocidental e no aspeto natural oferecido pelo destino, outros preferem a autenticidade de uma estadia o mais próximo possível dos habitantes, participar da vida diária das pessoas e mergulhar na vida marroquina e conhecer pessoas bonitas. Viver a autenticidade! Para mais informações: manoloexpedition@icloud.com (+351) 936697053 ou (+ 34) 628 208 944
Glória e Manolo, experientes nestas andanças, são um casal de jornalistas que na próxima edição do Sahara Navigation Marathon, em abril /maio de 2020, comemora a 45ª presença em território marroquino, ao longo de mais de 30 anos de experiência pelas pistas e trilhos de Marrocos. Participar no Sahara Navigation Marathon é participar numa aventura humana única!
Sahara Navigation Marathon by Isuzu
Uma vitória que também é nossa José Magalhães e Hugo Pacheco formam a dupla - sobejamente conhecida - de navegadores portugueses que venceu a ultima edição do “Sin Fronteras Challenge”, uma prova, em Marrocos, que nesta edição teve como cenário a região do Parque Nacional do Iriki, com 7 etapas, dividida em 2 modalidades: Iriki Rally e Iriki Navigation. A dupla portuguesa, aos comandos de um portentoso Nissan Patrol com motor BMW, defendeu da melhor maneira as cores da DUOMAQUETE / QUINTA DO
FONTELO, dominando por completo a prova de navegação, já para não falar da Iriki Rally onde a dupla portuguesa passava pelos concorrentes com relativa facilidade. Para quem adora navegar e conhece José Magalhães e Hugo Pacheco, as duas figuras mais importantes da
navegação nacional em 4x4, com quem já tivemos o prazer de partilhar muitas aventuras, como “Sahara Aventura”, o “Explorers Aventura” ou o incontornável “Grândola Aventura”, esta vitória também é um bocadinho nossa!
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O sabor da vitória foi partilhado pelos dois navegadores, de forma muito pessoal, porque embora sejam pessoas não muito efusivas, o sabor da vitória traduz-se no sabor do empenho e do trabalho concretizado no momento. O sabor da vitória trás o sentimento da realização e uma forma extra de motivação pelo simples facto de que todo o trabalho valeu a pena. De vitória em vitória a dupla nortenha desenhou um palmarés invejável na
...o sabor da vitória traduz-se no sabor do empenho e do trabalho concretizado no momento.
navegação 4x4, a todos os títulos. Como participantes, concorrentes e como pessoas.
navegação fiquem com um brilhozinho nos olhos e com saudade de regressar às pistas em busca dos waypoints.
Não tenho dúvidas que o sucesso contagia, porque nesses momento a forma natural e espontânea de exprimir a nossa alegria mexe com todos, faz com que todos os adeptos e amantes da
Amigos Zé Magalhães e Hugo Pacheco muito obrigado por esta merecida vitória e, sobretudo, por nos deixarem compartilhar estes momentos de glória.
Produção: Glória Oliveira
Edição #35
Texto e fotos: Manolo Parceiro de reportagem: Isuzu BFGoodrich Agradecemos a colaboração: Carla Rosado, Nuno Rosado, Leandro Rosado e Ricardo Costa Design/Paginação: Patricia Machado
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