GLOBAL EXPEDITION #36

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Atlantic Road com o V XC40

o sueco mais cool...

No Machu Picchu português, com o

EDIÇÃO #36

Receita da avó, com o

Land Cruiser

VIAJAR

KIA XCeed



3 Lugares e relações podem superar dificuldades e contribuir para um mundo melhor por manolo

Há mais de 50 anos fazia parte de um pequeno grupo de cidadãos que levantava a voz em prol da defesa do ambiente. A maioria, ria-se de nós, “éramos os maluquinhos do ambiente” e para além de tentarem fazer-nos cair no ridículo ainda punham em causa a nossa sanidade mental. Passei por isso. Naquela época, era um jovem idealista, decidido a mudar o mundo, quer pelas grandes inspirações como o maio de 68, quer por pequenas ações, atitudes simples, que a pouco-e-pouco faziam do mundo um sitio melhor para viver. A questão do ambiente, o respeito pelos animais e pela natureza, por essa interação do homem com o meio ambiente, mantendo a harmonia cantada pelos poetas, sublinhada pela mitologias e religiões, e integrada na vida e cultura dos agricultores e pastores de todo o planeta foi uma ideologia ou utopia, se quiser, que sempre me acompanhou até aos dias de hoje. Hoje, a realidade é outra. Com o desenvolvimento da cultura urbe e a proliferação da tecnologia, essa relação foi drasticamente alterada e o homem passou acreditar que entre ele

e a natureza, de quem é dono e senhor, haveria um fosso radical. Na natureza nada se perde tudo se transforma. A intervenção do homem nem sempre é prejudicial ao ambiente. Exemplo disso é o nosso Douro Vinhateiro, onde o mesmo homem tantas vezes destruidor, construiu uma paisagem única do mundo a quem José Saramago se referiu como a oitava maravilha do mundo. Ao longo da nossa história foram vários os povos que adoraram a natureza. A busca pela sobrevivência impeliu os egípcios a considerarem o Nilo como uma divindade provedora dos alimentos. O homem faz parte da natureza. Nesta edição, temos vários exemplos da dualidade homem/natureza, da intervenção do homem em proveito própria mas, ao mesmo tempo, para sobrevalorizar essa mesma natureza como o Mont St. Michel, em França, os diques dos Países Baixos, a Atlantic Road, na Noruega ou o vale do Prazo, no concelho de Foz Côa, em Portugal.

Sou um resiliente e mantenho, apaixonadamente, a utopia de contribuir para um mundo melhor, com a minha pequena contribuição cívica, ambiental e antropóloga. Talvez, um “estado de espírito”, que segundo Karl Mannheim, pensador alemão, é utópico quando, simultaneamente, transcende a realidade e assume uma conduta que tende a se opor, seja parcial ou totalmente, à ordem de coisas que prevalece no momento. Continuo acreditar que lugares e relações podem superar as dificuldades e contribuir para um mundo melhor. Infelizmente, vivemos momentos difíceis que até há pouco tempo só víamos em filmes de ficção deixando-nos praticamente parados sem navegar. Nesta edição, recordo 3 histórias que escrevi sobre automóveis, lugares e relações e, posteriormente, reescrevi especialmente para esta edição. Porque a natureza é exigente. Espero que goste. Mantenha-se protegido proteger os outros.

e

ajude

a


VOLVO XC40


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Volvo XC40 to Atlantic Road

Atlantic Road, Noruega.


7 sueco cool,elegante

O

e charmoso Texto e fotos: Manolo

(Texto reescrito. Publicado pela primeira vez em novembro de 2019)

Desde miúdo que me fascina a migração da borboleta-dama, muito conhecida em Portugal. Com um corpo aparentemente frágil, de menos de 10 gramas, consegue fazer voos de mais de 4000 km de uma só vez, superando obstáculos como os ventos quentes do Mediterrâneo, a turbulência das montanhas do norte de África ou a aridez do deserto do Sara. Viajar é uma escola terrível, talvez a mais antiga, e, seguramente, a mais dura. Viajamos alguns de nós para sempre, procurando outros estados, outras vidas, outras almas, sem preceitos fixos, seduzidos, uns, pelas paragens, outros, pela distância. Percorrer mais de 10.000 km, não é loucura nenhuma. Mas, percorrer tantos

quilómetros para desfrutar de uma estrada com pouco mais de 8 km, pode revelar alguma doidice. Talvez por isso, Ralph Waldo Emerson escreveu que “Viajar é o paraíso de loucos”. Quando chegou a altura de escolher um Volvo para fazer esta viagem não foi tarefa fácil, sobretudo, quando estávamos no parque automóvel deslumbrados com o portfólio da marca sueca, desde os elegantes Sedan (linha S), passando pela gama de luxuosas carrinhas familiares (linha V), até à surpreendente linha de SUV (XC,90, 60 e 40), à nossa frente e nos perguntaram: qual é que querem levar? A decisão podia pender para o look ou para a motorização. Os nossos critérios da escolha foram muito simples. Primeiro, estávamos focados num SUV, obviamente. Segundo, não


precisava de ser muito grande mas, ao mesmo tempo, que oferecesse espaço e conforto. Terceiro, desde a apresentação internacional, em 2018, ficamos apaixonados pelo XC40. É um compacto inovador, expressivo, elegante, tecnologicamente inteligente e, na nossa opinião, o carro mais cool da marca sueca. Para além disto, este “SUV” diferencia-se dos outros membros da família e mantém uma identidade marcante. A escolha estava feita.

... na nossa opinião, o carro mais cool da marca sueca... Tinhamos encontro marcado com uma das estradas mais cénicas e mais bonitas do mundo: a Atlantic Road, na Noruega. Um lugar mítico que desencadeia uma séria de sensações, que obriga a refletir sobre a relação

homem-natureza, sobre a civilização construída sobre os escombros da natureza, que pode ser encarada como a luta da nossa espécie contra o meio, mas que nunca deixa de ser uma dualidade.


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Tranquilamente e conduzido a dois, alcançamos o primeiro objetivo: o Mont St.Michel, em França. Dois dias de viagem com escala em San Sebastian. Uma distância de cerca de 1700 km, caprichada com todo o conforto que o XC 40 D3 R Design oferece, já para não falar da inquestionável segurança que o mais cool da marca proporciona. A sensação de conduzir serenamente um carro seguro, em boa companhia, quer faça chuva, quer faça sol é, desde logo, um bom prenúncio para uma viagem ao mundo admirável de Odin, o senhor da cura, da vida e da morte. À saída de Lisboa estávamos muito orgulhosos da nossa escolha, “ é isto mesmo”. O XC40 é de facto o mais pequeno, o menos potente, tração

dianteira, mas ia ao encontro de todas as nossas expectativas: um veiculo com design jovem, genuíno e cheio de carácter. E, se dúvidas houvesse, apesar

de ser o carro mais barato da Volvo, ninguém lhe tira o invejado galardão de Carro do Ano.


Volvo XC 40 com o Mont St. Michel ao fundo.


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Volvo XC40 to Atlantic Road O incrível Mont St Michel, o segundo ponto turístico mais visitado de França, é um exemplo vivo da dualidade homem/natureza. São mais de 1300 anos de história suportada pela lenda do próprio Miguel Arcanjo que pediu que ali se construísse uma pequena igreja, decorria, então, o ano de 708. Em 966, o santuário de São Miguel passou a ser um conventos de monges beneditinos. A partir de 1462 funcionou como prisão, a mando de Luís XI, que seria fechada em 1863 por Napoleão III. Durante a Revolução Francesa o monte resistiu com bravura e foi um dos poucos lugares intocáveis pela destruição. Assim, foi apelidado de “A Bastilha do mar”.

Dentro da muralhas, resiste uma vila bem conservada, cheia de referências históricas e religiosas, e um labirinto de ruas que encantam quem por ali passeia. A abadia milenar, no topo do morro, é o “farol” de encanto do Monte, com apenas 42 km2. Mas, a grande atração do Mont St. Michel, é a sua relação com a natureza, a tábua das marés, o incrível fenómeno da variação das marés, o que que faz que o lugar fique ilhado rapidamente e em determinados dias do anos. Além da história e da arquitectura, pode-se apreciar a rápida e intensa subida da maré. O monte fica rodeado de água em pouco mais de uma hora. Na maré baixa é possível atravessar a baía e quem quiser pode passar a noite num dos vários hotéis da região, sendo que o Le Relais du Roy tem uma bela vista para o Mont.

Paradoxal, com

uma marca que vem do frio Usando os códigos de estilos dos SUVs com o seu capô horizontal e rodas de grande diâmetro, o XC 40 compartilha muitos pontos com os outros modelos da marca, como a grelha composta exclusivamente por barras verticais e adornada ao centro pelo logotipo (circulo cruzado por uma flecha, antigo símbolo químico do ferro lembrando o aço sueco) que não mudou desde que a

marca foi criada em 1927. A assinatura em forma de “T” nos faróis dianteiro relembra – intencionalmente – o martelo de Thor, o deus nórdico, enquanto que os faróis traseiros têm uma forma próxima do “L”.


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Uma vez no interior, reconhecemos de imediato o toque nórdico da única marca sueca que permanece – desde o triste desaparecimento da Saab, assassinada pela General Motors, o acionista norte-americano. A atmosfera é inigualável, feita de suavidade, calor confortável, paradoxal com uma marca que vem do frio. Mas faz todo o sentido: como aquele muito apreciável calor e harmonia das casas nórdicas, em que se está de t-shirt, em pleno inverno. O painel de bordo, sem surpresas, é dominado pelo excelente painel

Além da história e da arquitectura, podese apreciar a rápida e intensa subida da maré de instrumentos, “joia da coroa” do fabricante sueco. Consiste num painel 100% digital, com um ecrã táctil de 9 “ posicionado verticalmente. A sua apresentação é claramente

compensada em comparação com outros modelos do SUV. No Volvo XC40, a tecnologia tem um toque humano. Desde o ecrã táctil



15 central fácil de utilizar até ao mostrador do condutor de alta resolução e sistema de controlo por voz que reconhece a fala normal, tudo está lá para tornar a sua vida menos complicada. É tão natural quanto usar o seu telefone. A passagem pela Bélgica tem um significado especial, até porque o nosso XC40 nasceu aqui, na fábrica de Gent. O nosso objetivo é alcançar Amesterdão, a meca turística dos Países Baixos. O país roubado ao mar, onde a judia Anne Frank se escondeu durante a Segunda Guerra Mundial. O país das tulipas e dos moinhos de vento, das lojas de queijo e de tudo, dos pintores Van Gogh, Rembrandt ou Vermeer, da

Laranja Mecânica, de Johan Cruijff ou Marco Van Basten ou do Rijksmuseum. Durante anos foi Holanda mas, o nome oficial é Países Baixos (Nederlands, no original) e é assim que quer passar a ser conhecida internacionalmente. Holanda são na realidade apenas duas das 12 províncias dos Países Baixos: Holanda do Norte inclui a capital Amesterdão, enquanto a Holanda do Sul engloba a segunda maior cidade, Roterdão, além da sede do governo, Haia.


"O homem agachado"


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Volvo XC40 to Atlantic Road

Hurkende Man de Antony Gormley Em Lelystad, a cerca de 60km de Amesterdão, vamos ao encontro do “Hurkende Man”, o homem agachado, do escultor britânico Antony Gormley. Indistinto ao princípio, leva um tempo a distinguir a forma como se agacha impassivelmente na beira da água. Quando a sua forma, finalmente ganha forma, é como um momento Eureka! Um sentimento de descrença na escala do que eu observava começou a tomar conta de mim. Um enorme homem de metal, com 26 metros de altura está de cócoras, observando a água parada e cinzenta do Markermeer. Realismo mágico na paisagem holandesa. Este gigante mede 26 metros de altura e pesa 60 toneladas. Possui mais de 5000

O Volvo XC40 possui funcionalidades de arrumação inteligentes que tornam a vida menos complicada... componentes, com 1400 parafusos de metal. Foi feito a partir de velhas torres de eletricidade e foi fabricado por uma companhia escocesa que fabrica torres de eletricidade. O Homem Agachado observa o Markermeer, um lago artificial de cerca de 700 km2 conquistado ao mar, perto da barragem de Houtribdijk, uma das grandes conquista da engenharia e da interminável batalha holandesa contra a água.

Enormes esforços de recuperação de terras viram a criação de uma nova província holandesa, e a cidade de Lelystad foi fundada em terras outrora submersas. De um lado o mar, do outro, os holandêses, uma dualidade, mais uma, que nos obriga a refletir sobre a nossa relação com o mar, com a natureza.


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Espaço para tudo O Volvo XC40 possui funcionalidades de arrumação inteligentes que tornam a vida menos complicada, incluindo compartimentos suficientemente grandes nas portas para portáteis e malas de senhora, bem como um engenhoso gancho desdobrável amovível. Existe até um compartimento

sob o apoio de braços central capaz de acomodar uma caixa de lenços. Muito útil quando se está em viagem. Outra questão essencial neste tipo de aventura: o porta-bagagens. O XC40 reivindica um volume de 460 litros, que é a média da categoria. Nesta viagem, somos 3 jornalistas carregados com sacos ou malas grandes, mais sacos com material fotográfico, portáteis, enfim, todo o tipo de bagagem normal nestas andanças. O porta-bagagens

engoliu tudo e viajamos os três confortavelmente, com a carga bem acondicionada e só com o indispensável no habitáculo. Carregar e descarregar o Volvo XC40 é uma tarefa fácil graças a funcionalidades como o portão traseiro elétrico mãoslivres. Existe também uma plataforma rebatível e amovível do compartimento de carga e encostos traseiros, que podem ser dobrados ao toque de um botão.


Não quero ser picuinhas, mas no porta-bagagens a altura do limiar de carga obriga a realizar sessão de pesos e halteres cada vez que se carrega ou esvazia o porta-bagagens, principalmente, porque o XC40 não possui suspensão a ar o que permitiria diminuir a altura. No entanto, a bagageira está dividida em duas com a ajuda de um fundo que pode ser retirado, tornando-o mais profundo e melhor organizado, enquanto que a chapeleira pode ser arrumada debaixo do piso.

cidade

A acesa na distância Depois de Amesterdão, o nosso azimute é a cidade de Copenhaga. Brémen e Hamburgo seguem-se na rota até à ilha Fermarn, “agarrada” ao continente alemão pela ponte Fehmarnsund, em pleno mar Báltico. O ferry leva-nos numa agradável travessia de fim de tarde, durante cerca de 45 minutos, até ao pequeno porto de Rodby, na Dinamarca. Daí até Copenhaga são 160 km.

A paisagem é essencialmente rural. Prados verdes e culturas, em modo biológico e biodinâmico. Atualmente, a Dinamarca já é o país com maior desenvolvimento e amplitude do comércio de produtos biológicos. A partir deste ano, obrigatoriamente, todas as culturas são em modo de produção biológica.

Há muito que o caminho da agricultura bio começou neste país nórdico. São já quase 25 anos de existência e aplicação de leis sérias de proteção à natureza, às águas, ao uso de defensivos e outros produtos agrícolas, sendo que 97% da população conhece o seu significado e importância.


21 baixos e sem distorções. Curiosamente, para economizar espaço, o subwoofer é fino e está inserido na arquitetura do veículo. É o momento certo para vos falar do sistema de som de topo de gama, Premium Sound, do nosso Volvo XC40 D3 R Design. Um som perfeitamente equilibrado e potente de 650 watts que sai das 14 colunas de alta fidelidade do fabuloso sistema de som da Harman / Kardon. Incrível. Uma experiência sensitiva extraordinária que nos envolve no momento, com um som puro que acaba por envolver todos os sentidos. Tudo isto graças a uma tecnologia inovadora que pulsa grandes quantidades de ar através de uma abertura no arco da roda traseira, dando origem a graves extremamente

Copenhaga é uma das minhas cidades favoritas. Acesa na distância, fervilha muito para além dos ícones turísticos como o Jardim Tivoli, a pequena sereia do conto de Hans Christian Andersen, a controversa “Freetown” Christiania, a Torre Redonda, a Igreja de Mármores, o Palácio Amalienborg, residência da família real dinamarquesa ou o popular Nyhavn, que em português significa Porto Novo, uma das áreas mais procuradas pelos turistas, com o seu canal ladeado por casas coloridas, bares e restaurantes. A par dos incontornáveis ícones, que constam em todos os guias que se preze, as minhas preferências passam, inevitavelmente, pelo Museu do Design, pelo Museu de Arte Moderna, pelo Centro Dinamarquês de Arquitectura (DAC), museu ao ArLivre, pela arte urbana, lojas de design e a vida intensa da cidade, que apesar de ser escandinava e ter tudo no sitio, tudo muito direitinho, não consegue esconder alguns laivos...latinos. Quem diria.

Esteticamente, o XC40 possui, logicamente, o design característico da linha XC. As linhas são musculadas sem serem angulares, com excepção do ombro traseiro que lhe confere um carácter forte.


Volvo XC40 to Atlantic Road

Condução A sensação de controlo absoluto O motor de quatro cilindros de 1969 cm3 e 150 cv de potência, permite um comportamento ágil, suave e sem esforço. A conhecida caixa automática de 8 velocidades Geartronic, cumpre. No XC40 surge mais sedosa que rápida, com rapports longos. Por exemplo ir em 5ª a 50 Km/hora, pois. E, mesmo no modo “Dinâmico” à entrada de

uma curva, é necessário meter o pé ao travão com energia para que esta caixa se mexa. Em rotas sinuosas, tipo estrada de montanha, optamos por ensaiar o modo manual e a sensação foi extremamente agradável.


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“O melhor design escandinavo. Resolve problemas complexos fazendo com que as coisas pareçam mais fácies”. Conny Blommé, Interior Design Manager

< A prudência, o civismo dos condutores escandinavos e o valor das multas que põem as nossas - multas - ruídinhas de inveja, a opção natural era fazer um condução tranquila para desfrutar, cumprindo as regras. A nossa média de consumo diário de combustível, variou entre os 5,8 l e os 6,6 l / 100km.

O XC40 foi desenvolvido a partir de uma plataforma única “CMA” (Common Modular Architecture), que passou a ser partilhada pelos veículos do acionista chinês Geely. Mesmo com jantes 19” este XC40 é muito confortável. Gostava de ensaiar este carro com 55 R 18 mas, de qualquer maneira, o conforto geral continua a ser uma das virtudes deste veículo.

Como o leitor já se apercebeu não escolhemos o XC40 pelas performances desportivas. A direção é suave, permite tranquilidade a bordo que aliada a uma insonorização muito apreciável, reúne todas as condições para uma excitante viagem.



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Volvo

A faz questão de permanecer na vanguarda da segurança É sobejamente conhecido a obsessão que a Volvo tem pela segurança. Aliás, a segurança esteve na génesis da marca. Uma preocupação contínua que nasce de um acidente mortal de uma senhora, esposa de um dos futuros fundadores da Volvo. A segurança para a Volvo é como o ar que respiramos. A marca lidera e ilumina o caminho no que toca a segurança passiva e ativa. Infelizmente, os auxiliares de segurança estão no menu e o sueco aplica alarmes intrusivos na vida quotidiana, que por

vezes são um bocadinho irritantes. A boa noticia, é que temos possibilidade de os calar, a má noticia é que precisa pensar faze-lo sistematicamente a cada reinicialização, porque muitas opções individuais são canceladas quando liga o carro. O grupo sueco inventou o carro ditatorial mas, como a maioria dos concorrentes, principalmente, os alemãs, a Volvo, acaba por não ser mais irritante do que a concorrência.

É sobejamente conhecido a obsessão que a Volvo tem pela segurança... Um Volvo P120 atravessa tranquilamente a Storseisundet, a maior das oito pontes da Atlantic Road.


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Volvo XC40 to Atlantic Road

Atlanterhavsvein

(ou Atlantic Road) uma estrada que liga cultura, cenário e história A Atlantic Road atravessa um pequeno arquipélago de pequenas ilhas e skerries (portos piscatórios) no condado de Møre og Romsdal. Ao longo do seu percurso de 8,3 km entre Kristiansund e Bud, a estrada liga a ilha de Averoy, com cerca de 6000 habitantes, ao continente graças ao uso criativo de pontes. Inaugurada em 1989, depois de travadas muitas batalhas com os elementos da natureza (sobretudo, furações), a Atlantic Road é uma das rotas mais cénicas da Noruega. Chegamos ao fim da tarde. Percorremos a icónica estrada em silêncio, com a atitude de quem entra num mosteiro. Incrivelmente cénica, estranhamente tranquila, a espelhar a vida das margens como se fossemos observados por Aegir, o deus dos mares na mitologia nórdica. Da majestade do mar norueguês, o bramido confunde-se com o choro das sereias, que se ouvem, só para quem quer ouvir, nas aldeias pitorescas de Kårvåg ou Vegang, dizemnos os pescadores. A sensação é sublime mas, ao mesmo tempo, vertiginosa, como se estivéssemos numa montanha-russa. A estrada é completamente feita de ziguezagues que mergulham e arqueiam, imaginando nós, a sensação que é passar por aqui quando o mar obedece à ira dos deuses e as ondas são imponentes.

Em Hustadvika, a sensação é que não há nada entre nós e o sol que se esconde lentamente no horizonte. A Storseisundet, a maior das oito pontes é igualmente impressionante para atravessar ou fotografar à distancia. Uma das pontes, apuramos, é especificamente para que as pessoas possam pescar. Devido à sua localização e construção impressionante, a Atlantic Road ganhou muitos prémios e apelidos. Foi considerada a “Construção Norueguesa do Século”, mais tarde o The Guardian chamou-lhe “A melhor viagem do mundo” posicionando-a acima de

atrações como o Himalaia ou Machu Picchu. A “Fifth Gear” chamou-lhe “o melhor lugar dos mundo para ensaiar automóveis”, transformando a Atlantic Road num ponto recorrente para filmar anúncios de automóveis. Ao longo da Atlantic Road, existem vários sítios onde se pode parar e explorar as redondezas. O trilho de observação elevada da ilha de Eldhusøya, por exemplo, é feita de uma passagem metálica sobre estacas que nos dá a sensação de estarmos no meio do mar. Outro dos pontos a não perder é o miradouro de Askevågen, que oferece o encontro imediato com o Oceano Atlântico. A plataforma está localizada na ponta de um quebramar e oferece uma visão de 360 graus do oceano, do arquipélago e da costa montanhosa.

a sensação é que não há nada entre nós e o sol que se esconde lentamente no horizonte

VIDEO ONLINE


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Com 4,43m de comprimento, este XC40 é o mais pequeno dos SUVs da Volvo, portanto, está posicionado abaixo dos seus irmãos mais velhos, XC60 e do XC90, embora seja de tamanho muito respeitável.

Ficha Técnica Identificação Carroçaria SUV Motorização D3 150 R-Design Geartronic Nº de portas 5 Nº de lugares 5 Transmissão Tipo de Caixa Caixa de velocidades automática Relações 8 velocidades Tração Dianteira Carroçaria Comprimento 4425 mm Largura 2034 mm Altura 1658 mm Distância entre eixos 2702 mm Capacidade da mala 460 L

Motorização Combustível Diesel Cilindrada 1969 cm3 Potência 150 cv Chassis Suspensão dianteira Estrutura MacPherson Suspensão traseira Estrutura Multilink Travão dianteiro Discos Ventilados Travão traseiro Discos Ventilados


Kia XCeed


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O novo Kia XCeed foi eleito o “SUV Compacto do Ano”, nada que não nos surpreendesse.


Kia XCeed

Uaaa


Uaaau!

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Sítio do Prazo Naquela manhã de inverno, inebriados pela beleza da paisagem e pelo prazer de conduzir, nem demos pela chegada às ruínas do Prazo. Imbuídos do espírito arqueólogo caminhámos de mansinho até ao rochedo de ocupação préhistórica, contornamo-lo e, de repente, demos de caras com uma paisagem vertiginosa. Os nossos olhos rendidos, sem disfarçar a emoção caem sobre o vale: Uaaau! Vila Nova de Foz Côa. Da freguesia de Freixo de Numão ao sítio arqueológico do Prazo distam cerca de 4km, que fica junto a um cruzamento com a denominação Pedra Escrita. Sítio lendário, onde o povo dizia ser ali o “Freixo antigo”, onde teria existido a Capela de S. João ou Santa Joana de onde as pessoas haviam fugido, abandonando de vez o lugar, porque “as formigas comiam as criancinhas!”,

lê-se no Guia do Visitante do Circuito Arqueológico de Freixo de Numão da autoria do Professor António do Nascimento Sá Coixão, o nosso anfitrião nesta deslocação. O caminho está bem indicado, e a parte final do percurso faz-se por uma estradita rural, estreita e de chão empedrada, ladeada por muros baixos que não conseguem, nem querem, esconder o bucolismo da paisagem. Ao volante do KIA XCeed 1.6 CRDi de 136 cv, com automática (DCT) de 7 velocidades, a regra de ouro é desfrutar.


Carro do Ano na categoria SUV COMPACTO, nada que não nos surpreendesse, depois de termos percorrido a mítica Estrada Nacional N2 (https://issuu.com/globalexpeditionow/ docs/ge_34_issuu) aos comandos deste simpático crossover (1.4 T-GDI de 140 cv), situado, ali, entre a berlina Ceed e o carismático Sportage. Quer na versão a gasolina, quer na diesel, a caixa automática de 7 velocidades, robotizada, revela-se mais recomendável do que o esperado, de facto, superou as nossas expectativas. E é curioso que quando a maioria das marcas generalistas reduzem a oferta para permanecerem lucrativas, a KIA enche o peito e multiplica as gamas, como as mais confiantes marcas premium. Por exemplo, o KIA Niro (Híbrido do Ano) vai desde o híbrido ao 100% eléctrico passando pelo híbrido plug-in. Quanto ao compacto Ceed, lançado em meados de 2018, desde então, ganhou novas carroçarias e elevou o número de versões para quatro: • Ceed de cinco portas; • Ceed SW, o seu estilo break; • ProCeed, a graciosa shooting brake; • e o elegante XCeed que fica a meio caminho entre o Ceed e o Sportage.

Edifico da Vila Romana

O nosso ensaio refere-se claramente à ultima proposta que é particularmente elegante: ótica frontal finamente cinzelada, grande rodas de 18 polegadas, rodeadas por guarda-lamas, luzes traseiras cônicas destacando uma moldura ligeiramente inclinada. E um visual que agrada aos transeuntes, sejam eles distraídos...ou fartinhos de SUVs.

Naquela manhã de inverno, inebriados pela beleza da paisagem e pelo prazer de conduzir, nem demos pela chegada às ruínas do Prazo.


35 A combinação entre o teto baixo e a alta distância ao solo confere à silhueta uma elegância incontornável. Outro aspecto que nos delicia é a posição normal de condução: nem sentado ao nível do chão tipo cupê nem lá em cima na posição tão apreciada pelos SUVs. Quando pressionamos o botão Start, o diesel acorda discretamente e

mantém-se coerente em todas as fases da condução: em marcha lenta, em aceleração ou em velocidade constante, o 1,6 CRDi calafeta bem as vocalizações e controla as vibrações. A insonorização eficiente do XCeed contribui para o conforto de condução e dos passageiros, também servido

por uma caixa de embraiagem dupla marcada pela suavidade, silenciosa e com rapports fluidos. A suspensão é firme e o conforto é mais suave à medida que a velocidade aumenta.


“.... Imbuídos do espírito arqueólogo caminhámos de mansinho até ao rochedo de ocupação préhistórica, contornamo-lo e...”


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Kia XCeed


39 Depois da lenda Depois da lenda, que terá passado por muitas gerações, foi em meados da década de 90 do século passado que começaram as primeiras escavações arqueológicas. “Ficamos surpreendidos pela apetência pelo lugar desde os tempos do homem do Paleolítico”, refere o Professor Sá Coixão, responsável pelos trabalhos. Ali, entre grandes maciços graníticos, carvalhos, pinus, zimbros e carrascos, nascentes de água cristalina e, provavelmente, um oásis de fauna bravia, povos de várias épocas assentaram arraiais para viver em comunidade. Em 1996, escavaram-se níveis anteriores à ocupação romana, pondo-se a descoberto estruturas e artefactos da ocupação Neolítica. Mais tarde, foram descobertos vestígios datáveis do Bronze Final (cerca de 800 a.C.), entre os quais uma pedra com um crânio gravado, um antropomorfo e o símbolo solar.

Ao volante do KIA XCeed 1.6 CRDi de 136 cv, com automática (DCT) de 7 velocidades, a regra de ouro é desfrutar.

Regista-se também o achado de um biface acheulense que remontará ao período Paleolítico! Bem documentada está a ocupação romana no lugar. Uma Villa terá aqui sido construída nos séculos I/II d.C.,

sendo a estrutura mais bem conservada (desta primeira ocupação) a provável “zona termal”. Depois da segunda ocupação entre os anos 250 a 275 d.C. os espaços de características palacianas (caso da zona termal) vão sendo substituídos e ampliados apresentando sinais de uma ocupação mais ruralizada permitindo, inclusivamente, a deteção de uma área ligada ao armazenamento e moagem de cereais, entre outros.


Sujeita a saque e incêndio durante o último quartel do século III d.C., a villa foi abandonada para ser reocupada nos inícios do século IV d.C.. No século V d.C. (em pleno período Paleocristão), terão edificado um Templo. Os construtores terão utilizado, no adorno e suporte das naves, materiais romanos. Um conjunto de 22 sepulturas (de diferentes épocas) foi posto a descoberto, tendo as ossadas sido estudadas pelo Departamento de Antropologia da Universidade de Coimbra e publicadas na obra de António Sá Coixão “Rituais e cultos da morte na região de entre Douro e Côa”. De registar que algumas sepulturas de um reaproveitamento de dois tanques romanos (prováveis fornos de cozedura de tégula). Foram encontrados ossos de uma sepultura que remonta ao século V d.C..

No átrio interior da “Villa Romana” foram descobertos dois fornos de fundição de metal e um forno de secar figos. Estamos, pois, perante o sitio arqueológico mais importante do denominado Complexo Arqueológico de Freixo de Numão, importância que lhe advém da multiplicidade de ocupações e ainda do enorme interesse científico que potencia.

Com imaginação e sentido de humor alguém apelidou o Prazo de Machu Picchu português. António Sá Coixão, não valoriza, encolhe os ombros e até acha piada, “mas o Machu Picchu não é o Prazo, e o Prazo não é o Machu Picchu. Ficamos quites”, conclui o professor com um sorriso. 1.

2. Bibliografia:

Circuito Arqueológico Freixo de Numão. Guia do visitante da autoria de Sandra Naldinho e António Sá Coixão.

1. A combinação entre o teto baixo e a alta distância ao solo confere à silhueta uma elegância incontornável.

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Agradecemos a toda a simpatia e disponibilidade da Associação Cultural, Desportiva e Recreativa de Freixo de Numão. Muito obrigado.

2. Em primeiro plano, a zona termal (séculos I e II d.C.).

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3. Sitio do Prazo. Imperdível.

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3.


Kia XCeed

PEDRAS COM HISTÓRIA Pedras com história. “Aqui, mais do que uma vez, gentes teimaram e ficaram, formaram comunidade, cultivaram as terras do vale, cabendo a cada morador, fogo ou vizinho uma Almoinha da terra”.


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M

PROFESSOR

ANTÓNIO Sá Coixão

Professor António Sá Coixão, arqueólogo, licenciado em História, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto que, mais tarde, lhe conferiu o grau de Mestre em Arqueologia. Foi o grande responsável pela criação do museu da Casa Grande, que integra a rede nacional de museus e foi o grande impulsionador da constituição da Associação Cultural Desportiva e Recreativa de Freixo de Numão. Uma referência nacional que tem dedicado, de alma e coração, grande parte da sua vida à cultura da sua terra. A Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa atribuiu-lhe a Medalha do Concelho, a maior distinção municipal.


Especificações Motor Tipo Cilindrada(cm³)

Gasolina 1.0 T-GDI

Gasolina 1.4 T-GDI

1.0 DOHC CVVT (T-GDi)

1.4 DOHC CVVT (T-GDI)

1.6 CRDi VGT

3 Cilindros - 998cc

4 Cilindros - 1353cc

4 Cilindros - 1598cc

Potência máxima (CV/rpm)

120 / 6000

140 / 6000

Binário máximo (Nm/rpm)

172 / 1500 ~ 4000

242 / 1500 ~ 3200

Diesel 1.6 CRDi

136 / 4000

115 / 4000

280 / 1500 ~ 3000

320 / 2000 ~ 2250

Manual 6MT

Automática 7DCT

1496

Transmissão Transmissão

Manual 6MT

Manual 6MT

Automática 7DCT

Manual 6MT

Dianteira

Tracção Chassis

Mcpherson com molas helicoidais e amortecedores a gás

Suspensão dianteira

Multilink com molas helicoidais e amortecedores a gás

Suspensão traseira

Eléctrica assistida (MDPS - Motor Driven Power Steering)

Direcção

12,7

Diâmetro de viragem (m)

288 x 25 / 272 x 10

Travões (dianteiros/traseiros) (mm) Carroçaria Compr. / Larg. / Alt. (mm)

4395 / 1826 / 1495

Distância entre eixos (mm)

2 650 5

Nº de lugares

5

Número de portas Tara (kg)

1383

1406

1436

1472

1472

Peso bruto (kg)

1820

1840

1860

1900

1900

1920

1200/600

1000/450

1410/600

1200/600

1200/600

1500/650

Peso máximo permitido no tejadilho (kg) Peso Máximo rebocável com/sem travões (kg)

50

Capacidade do depósito de combustível (l) Interior

426

Capacidade de carga (VDA, L) Pneus e Jantes

235/45 R18

Dimensões Prestações Aceleração dos 0 - 100 km/h

11,3

9,3

Velocidade máxima km/h

186

200

10,6 190

196

198

Consumos (WLTP) Combinado (l/100 Km)

6,4

6,6

6,9

5,6

5,3

5,3

Emissões CO2 (g/km)

146

150

156

147

138

139


kia.pt

Já se falou tanto que só falta experimentar.

NOVO KIA

Porta Bagagens Inteligente | Chave Inteligente | Faróis Full LED Sistema de Navegação 10,25” | Painel de Instrumentos Digital 12,3” Jantes de Liga Leve 18” | Carregador Wireless para Smartphone Motorizações Disponíveis: Gasolina - 1.0 TGDi 120CV e 1.4 T-GDi 140CV Diesel - 1.6 CRDi 115CV/136CV

Garantia de 7 anos/150.000km. Atualização de mapas válida para viaturas novas Kia, equipadas de origem com sistemas de navegação LG - inclui 6 atualizações anuais gratuitas. Visual não contratual. Exemplo para Kia XCeed Tech 1.6 CRDi 136CV Manual 6MT – Consumo Combinado WLTP (l/100km): 5,3 e Emissões CO2 WLTP: 138.


Nissan juke


n

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Nissan juke

Nissan juke “Limited Edition”

sabedoria idade

A vem com a O extravagante Nissan Juke foi substituído por uma nova geração após 9 anos de vida, mantém algumas características do seu antecessor mas, quanto ao resto, tornou-se muito mais racional! Em 2010, o Nissan Juke chegou ao mercado com estrondo e teve o segmento SUV da categoria B, praticamente, ao seu dispor. Esse papel pioneiro foi bastante lucrativo, pois mais de 1,5 milhões de unidades

foram vendidas em todo o mundo, incluindo um milhão na Europa. A sua carreira durou 9 anos, mas hoje é o momento da nova geração. De facto, a concorrência não permaneceu inativa e o Juke partilha, agora, um mercado onde mais de 20 SUVs do segmento B são comercializados.

Hora da renovação Segundo a Nissan, estudos mostram que 52% dos compradores Juke escolheram este modelo pelo seu estilo distinto. Podemos afiançar que esta singularidade mantém-se. No entanto, há muito boa gente, com as quais não concordamos, que o design do Juke deve ser menos controverso para atrair mais clientes.

E esta controversa leva-nos a um tema cada vez mais recorrente: “ “os carros são cada vez mais iguais”. Nas décadas de ouro da industria automóvel, os carros eram diferentes e ao longe eram facilmente identificáveis. Hoje, não é bem assim, quando sai um modelo novo não é difícil ouvir o comentário “ parece o...”. Não nos podemos esquecer que o primeiro Juke embora entrasse no mercado com estrondo, teve que enfrentar algumas falhas, como a falta de espaço atrás, um porta-bagagens reduzido e um interior muito escuro.


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... uma nova geração após 9 anos de vida e mais de 1,5 milhão de cópias vendidas... Para o recém-chegado, a Nissan partiu da plataforma CMF-B da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, inaugurada pelo Renault Clio e...um SUV do segmento B, o Captur. Como resultado o novo Juke tem mais 7,5 cm do que o seu antecessor (4,21 m) e a distância entre eixos aumentou nada menos que 10 cm, atingindo 2.636 milímetros. Resultado: dois adultos matulões podem finalmente sentar-se nos bancos de trás de forma relativamente confortável. A plataforma é 13% mais rígida e, apesar das suas dimensões externas ampliadas, o recém-chegado Juke emagreceu 15 quilinhos.

Outra consequência do lançamento desta geração: o novo Juke está na vanguarda da tecnologia! Dependendo do nível de equipamento, pode ser equipado com o Propilot que usamos e abusamos, muito eficiente (controlo de cruzeiro ativo, assistência na mudança de faixa e alerta de ponto morto) e sistema multimédia com cartão SIM, que permite manter a conexão constante com o seu carro, via smartphone. Também permite que o sistema de navegação dê informações de tráfego em tempo real. Se preferir

usar outro aplicativo de navegação do seu smartphone, pode ser feito via Apple CarPlay ou Android Auto. A única desvantagem é que não existe um sistema de carregamento por indução para smartphones, e o que é ainda mais estranho, tem apenas uma saída USB e a tradicional tomada de 12 V, para carregar dispositivos durante a condução.


Motor

único

O novo Juke está disponível com um único motor. Um turbo a gasolina de 3 cilindros 1.0 de 117 cavalos e 180 Nm (ou, por escassos 25 a 30 segundos, 200 Nm graças a uma função de overboost). Pode ser combinado com uma caixa padrão de seis velocidades ou uma caixa automática de 7 velocidades de embraiagem dupla, fornecida pelos alemães da Getrac. Tentamos saber se a Nissan tinha outros projetos para o Juke (diesel, uma versão desportiva hipotética do Nismo, um híbrido, plug-in ou mesmo elétrico), a equipa Nissan fechou-se em copas, o que sugere que ainda há muita coisa por definir sobre o assunto. No entanto, confesso que ficava muito surpreendido se este Juke não recebesse, pelo menos, uma variante híbrida plug-in. Vamos esperar para ver. Bom, mas vamos para a estrada com este bichinho. O novo Juke conduzse muito bem, bastante solicito mas, e apesar de ser fã do Juke, reconheço que numa condução em estrada continua a ser sinuosa de forma mais dinâmica a direção incomodou-me e os sistemas de assistência ao condutor às vezes intervêm repentinamente o que, na minha opinião, não promove aquela calma e tranquilidade que tanto gosto ao volante.

O motor de três cilindros é silencioso a velocidade constante, mesmo em carga. No entanto, como este Juke é destinado principalmente à cidade e aos grandes subúrbios, e não para grandes corridas, estas criticas devem ser colocadas em perspectiva. O motor de três cilindros é silencioso a velocidade constante, mesmo em carga. O porta-bagagens continua o calcanhar de Aquiles do Juke e notei que nos engarrafamentos, em marcha lenta, treme um bocadinho, dando a sensação que estamos num diesel de outros tempos. Felizmente, o eficaz sistema stop-start de série, acaba com tremedeira.


51

A nossa opinião O novo Juke é muito mais racional que o seu antecessor. O seu design é mais consensual - não sei se isso é bom ou não – embora continue a ser suficientemente distinto. Oferece um espaço interior mais generoso e surge com tecnologia atualizada. O único motor disponível não é particularmente brilhante mas é o suficiente para o tráfego de hoje e, em abono da verdade, até acaba por surpreender.

O que mais gostamos

O que menos gostamos

- Equipamento - Habitabilidade - Look sempre com um visual refrescante - Segurança - Motor

- Assistentes de condução pouco subtis


Nissan juke


O nosso Juke de ensaio faz parte da Série Especial limitada “Premiere Edition” que parte da gama de equipamento N-Design Chic , com estofos em pele preta e pele sintética Energy Orange, painéis das portas em Energy Orange, jantes de 19” e com o seguinte equipamento de série a partir de 27.200 Euros.

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Toyota Land Cruiser

Texto e fotos: Manolo Ensaio com a colaboração de Rui Simão

Se se pudesse fazer a comparação entre a industria automóvel e a gastronomia, o Toyota Land Cruiser seria uma receita da avó, daquelas que estimulam a memória gustativa, que nos trazem as grandes recordações da vida, que nos escancaram lembranças que não queremos esquecer, que invadem os nossos paladares sem termos provado, que agem no nosso cérebro e que nos catapultam para esses momentos felizes de puro conforto e bem-estar. Sempre que tenho oportunidade de ensaiar um Land Cruiser, a sensação é

semelhante à de um puto que vai comer a casa da avó, aquela comidinha boa, com aquele tempero e qualidade que só ela sabe fazer e tão bem. Cheiros e sabores que transportam memórias de infância. O Land Cruiser e eu somos da mesma geração. Ele, 4 aninhos mais velho. O maior SUV da Toyota (prefiro continuar a chamar-lhe Jipe), pode se orgulhar de ser o sucessor de uma longa tradição. Começou a sua carreira em 1951, com

um modelo construído com elementos sobredimensionados, sempre mais resistentes e este conceito mantêm-se até aos dias de hoje. Neste sentido, recordo com saudade um inesquecível dia de setembro de 2004, que passei na oficina de João Rangel,


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um “João Semana” especialmente apaixonado pelos Land Cruiser Station Wagon de 6 cilindros, “porque são os mais importantes da Marca” - paixão que não sabe explicar, talvez porque as paixões não se explicam -, a analisar fichas técnicas de jipes e a comparálas com as fichas do Land Cruiser, para

me convencer que são carros de uma mecânica extraordinariamente simples, nitidamente Over Engineering. Acedi. De facto, conduzir um Toyota Land Cruiser acabadinho de sair da montagem em 2020, é conduzir um dos últimos todo-o-terreno da

escola clássica: um 4x4 construído sobre um chassis de longarinas sobredimensionadas, o que o torna mais rígido, único no seu segmento, e mais resistente a vibrações e outros choques.


Para o nosso mercado a Toyota reduziu a gama do Land Cruiser 150 a um único motor, o D-4D. Já conhecia este motor diesel do modelo antes do facelift. Um 4 cilindros 2,8 que produz 177 cv às 3400 rpm, sobretudo, muito convincente com o seu torque generoso: 450 Nm de 1600 a 2400 rpm para a versão com transmissão automática de seis velocidades e 420

Nm a partir das 1400 a 2600 rpm para a versão com transmissão manual de seis velocidades.

modificado. No fundo, e começa a ser moda, o Land Cruiser recupera vários elementos estruturais do seu tradicional design exterior. E já que estamos a falar em valores tradicionais, a própria grelha possui barras verticais largas com aberturas para refrigeração em forma de fenda e surge colocada, como manda a tradição, numa posição alta para uma melhor funcionalidade fora-de-estrada. O comprimento agora é de 4,84 metros (+ 6 cm), a largura é de 1,86 m e a altura é de 1,85m. A distancia

ao solo é de 21,5 cm e os ângulos de entrada, ventral e saída são de 31, 22 e 25 graus, respetivamente.

Examinar este novo Land Cruiser à luz do dia permite ver as diferenças visuais do seu antecessor: a frente foi radicalmente modificada com faróis redesenhados, para-choques e grelha alterados e até o capô surge subtilmente

De perfil, a extremidade do parachoques dianteiro foi levantado e tanto o capô como os para choques-choques traseiro e dianteiro estão agora alinhados no mesmo eixo horizontal, um pormenor de design que confere ao Land Cruiser uma silhueta mais estética e uma postura mais atlética e dinâmica.

Sistemas de apoio todo-oterreno e modos de condução de fácil acesso, eficazes e intuitivos.


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Toyota Land Cruiser

Campo de refugiados "El Aayun" em Tindouf, na ArgĂŠlia Uma viagem com alguns calafrios


61 épica viagem de Land Cruiser Uma

O Land Cruiser oferece a possibilidade de escolha entre jantes de liga de 17” com seis raios e novos pneus de baixo perfil RRC (coeficiente de Resistência ao Rolamento), jantes de liga leve de 18” pintadas com alto brilho ou jantes de liga leve de 19” e 12 raios com acabamento maquinado. Estas últimas utilizadas na unidade de ensaio com pneus Dunlop AT 23.

Confesso que nunca fui fã do design interior do Land Cruiser, sempre o achei muito clássico, até monocórdico, apesar de incluir materiais de boa qualidade e bons acabamentos. Inegável. Confesso também que foi coisa que nunca valorizei e a respeito disso recordo, uma épica viagem num espartano repito, espartano - Land Cruiser “70” carroçaria longa desde Argel até aos campos de refugiados “El Aayun” do povo Sarauí, em Tindouf, na Argélia, para onde fugiram os Refugiados da Guerra do Saara Ocidental (1975-1991), perseguidos pelo exército marroquino criando uma situação que, ainda hoje, está situada entre as mais prolongadas do mundo. Uma viagem de 3800 km (ida-e-volta) partilhada com mais dois jornalistas portugueses, uma jornalista holandesa, outra espanhola e uma enfermeira também espanhola, de Santander, que ia fazer serviço voluntário para o hospital


...um pormenor de design que confere ao Land Cruiser uma silhueta mais estética e uma postura mais atlética e dinâmica...

de campanha do campo de refugiados. Eu e o Rui Neuman revezamo-nos ao volante, numa viagem atribulada, quer pelas ameaças das forças rebeldes do Exército de Salvação Islâmica ou pelo Grupo Islâmico Armado, quer pelas próprias autoridades policiais e militares que nos faziam a vida negra, já para não falar do preço de combustíveis que à medida que convergíamos para sul aumentava escandalosamente de preço. Uma viagem com muito pouco asfalto (se é que se podia chamar asfalto), pistas inventadas, passagens inefáveis, muita areia, sempre a fugir da nacional 50, enfrentando alguns calafrios e situações dramáticas que hoje passados quase 30 anos ainda me tiram o sono. No entanto, permita-me o leitor reservar essas memórias para outras núpcias.

O importante aqui é que o “70”, icónico todo-o-terreno, um dos modelos mais marcantes da história da Toyota, correspondeu em todas as situações quer pela capacidade de progressão quer pelos generosos ângulos de ataque, ventral e de saída, sobretudo, durante a nossa progressão noturna, algumas vezes de luzes apagadas, ao luar, com medo até das próprias sombras, permitindo suplantar caminhos e não-caminhos tortuosos garantindo a mobilidade e confiança no mais difíceis terrenos, o que estabeleceu muita confiança na equipa. Uma viagem que nos marcou a todos de forma indelével!


63


1.

Mantendo a mesma linha clássica e a minha opinião ser a mesma, o interior deste Land Cruiser, mais moderno, mais glamoroso e europeu, oferece-nos um novo painel de bordo que incorpora novos desenhos de instrumentalização bem visíveis diante do condutor e na consola central. O novo design do painel de bordo incorpora o sistema

1.

Espaço e conforto é o que não falta neste Land Cruiser

2.

Uma certa elegância europeia beneficia o interior do Land Cruiser.

multimédia Toyota Touchr 2, de 8” com Go, Optitron e um ecrã multi-informação de 4,2” comandado a partir do volante. Os acabamentos são sólidos e os bancos, quer os dianteiros, quer os traseiros, suportam generosa e confortavelmente 5 robustos passageiros.

>

Toyota Land Cruiser

>


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O banco de ensaio Falar da condução que o Land Cruiser proporciona, é corroborar aquilo que sempre disse. O Land Cruiser não revela nenhuma pretensão de ser um SUV dinâmico e ainda bem. A massa e o centro de gravidade elevado não ajudam. Do lado do desempenho, não é de esperar milagres do motor D-4D, mas é eficaz na sua função. Pode não oferecer a sofisticação de outros SUV’s mas, meus amigos, é notável ver quão perto ele se aproxima desse nível, e atenção, é bom não esquecer, que estamos a falar de um clássico todo-o-terreno. O que me impressiona neste “mastodonte” é a personalidade e a suavidade como enfrenta os obstáculos, o antípodas da metáfora do elefante numa loja de cristais. Tudo o que fazemos é com notável tranquilidade, sem balanços nem velocidades exacerbadas, confortavelmente, aproveitando todas as potencialidades de progressão do nosso Land Cruiser. O chassis de longarinas reforçadas, único no seu segmento, facilita o andamento pisos tortuosos, enquanto que a suspensão adaptável pode elevar o carro com um simples toque de botão. As barras estabilizadoras podem ser desconectadas com a suspensão opcional “Kinetic Dynamic Suspension System”. E. depois, há o arsenal de diferenciais, incluindo um diferencial central Torsen (que vai desde completamente aberto a completamente fechado) e uma escolha entre três diferenciais traseiros: aberto, fechado ou Torsen. O que nos ajuda a ultrapassar uma lagoa de águas salobras (com pneus de estrada) e percorrer trilhos bastante enlameados, sem problemas.

2.

1.


A natureza é exigente.

Segurança Em Portugal, o Land Cruiser apresenta de série o “Toyota Safety Sense”, que surgiu em 2015 e, neste momento, está praticamente presente em todos os modelos da marca. Um conjunto de tecnologias de segurança ativas que, desde o ínicio, tem vindo a receber constantes upgrades para ajudar ou mitigar colisões nas mais diversas situações de tráfego. Combinando uma câmara e um radar de ondas milimétricas, para uma elevada capacidade de deteção, o

O Toyota Land Cruiser é um todo-o-terreno da velha escola e um dos últimos do género.

“Toyota Safety Sense” do Land Cruiser possui um Sistema de Segurança de PréColisão (PCS) com função de deteção de peões, Cruise Control Adaptativo (ACC), Sistema de Alerta à Mudança de Faixa de Rodagem (LDA) e Sistema de Máximos Automático (Automatic High Beam). Incorpora ainda outros sistemas de apoio ao condutor que ampliam a segurança como o Monitor de Ângulos Mortos (BSM) com Alerta de Tráfego Transversal Traseiro (RCTA) e um melhorado sistema de Aviso de Pressão de Pneus (TPWS) que, na minha opinião, é essencial.


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Dados técnicos

Toyota Land Cruiser LC150 5 Portas 2.8 / caixa automática Potência 177cv/3400rpm Binário combinado 420Nm às 1400 ~ 2600rpm Aceleração do 0-100 (oficial) 12,7s Velocidade Máxima (oficial) 175km/h Consumo Combinado Anunciado 7,4L/100km Consumo Combinado Medido 9,1L/100km Preços: Gama Toyota Land Cruiser desde 90.000€ Versão ensaiada 111.700€

A nossa opinião O Toyota Land Cruiser é um todo-oterreno da velha escola e um dos últimos do género. Ao contrário do Range Rover, mais luxuoso e dinâmico, os japoneses mantém os ingredientes clássicos. Portanto, não é um SUV refinado da cidade, mas é uma besta sagrada que tanto pode levar uma noiva ao altar, como arregaçar as mangas para bramir e

resfolegar. Qualidades que convencem clientes em todo o mundo. Como eu os compreendo. Em poucas palavras, o Land Cruiser é o “último dos moicanos”: combina a excelente qualidade, durabilidade e fiabilidade com um extraordinário desempenho fora de estrada e níveis cada vez mais elevados de luxo, prestigio e conforto para os passageiros.

Mais

menos

- Sistemas de apoio em todo-o-terreno - Comportamento confortável (Asfalto e fora-de-estrada) - Eficiência de motor - Eficiência real em todo-o-terreno

- Peso - Política de equipamento - Pequenos detalhes de acabamento - Design interior (opinião, mais pessoal)


Produção Glória Oliveira

AUTOMÓVEIS . TURISMO . AVENTURA . AMBIENTE GlobalExpedition S.L.U - Madrid +34 628 208 944 manoloexpedition@icloud.com

Edição #36

Texto e fotos Manolo Parceiro de reportagem Volvo XC40 (Agradecemos o apoio do Turismo da Noruega)

Kia XCeed (agradecemos a colaboração do Prof António do Nascimento Sá Coixão)

Nissan Juke Toyota Land Cruiser (Agradecemos a colaboração de Rui Simão)

Design/Paginação Patricia Machado


kia.pt

Já se falou tanto que só falta experimentar.

NOVO KIA

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Garantia de 7 anos/150.000km. Atualização de mapas válida para viaturas novas Kia, equipadas de origem com sistemas de navegação LG - inclui 6 atualizações anuais gratuitas. Visual não contratual. Exemplo para Kia XCeed Tech 1.6 CRDi 136CV Manual 6MT – Consumo Combinado WLTP (l/100km): 5,3 e Emissões CO2 WLTP: 138.


All Terrain T/AKO2

ROBUSTEZ, MOTRICIDADE E DURAÇÃO :

MAIS RESISTENTES NOS FLANCOS

(A) Resultados baseados em testes internos de robustez no flanco em comparação com a geração anterior - o pneu BFGoodrich All Terrain T/AKO na dimensão LT 265/70R17. Os resultados dos testes foram realizados com um simulador de agressões laterais.

DA E EM CAMINHOS COM GRAVILHA x2 mais duração em gravilha(B) +15% mais duração em asfalto(C) (B) Resultados baseados em testes independentes em comparação com a geração anterior, o pneu BFGoodrich All Terrain T/AKO na dimensão LT 265/70R17. (C) Resultados baseados em testes internos de desgaste em comparação com a geração anterior, o pneu BFGoodrich All Terrain T/AKO na dimensão LT 265/70R17

MAIS MOTRICIDADE Tração All Terrain : +10% de aderência em lama(D) +19% de aderência em neve(E)

(D) Resultados baseados em testes internos subjetivos em comparação com a geração anterior, o pneu BFGoodrich All Terrain T/AKO na dimensão LT 265/70R1 (E) Resultados baseados em testes independentes em comparação com a geração anterior, o pneu BFGoodrich All Terrain T/AKO na dimensão LT 265/70R17. O teste GM Spin foi utilizado. Resultado positivo no teste GM Spin.

ÚLTIMA GERAÇÃO

e

(1)

E F*

d

* Em função das dimensões

(2)

B

(3)(4)

b 74 dB

*

(1) Eficiência energética (de A a G). (2) Capacidade de travagem em superfície molhada (de A a G) (3) Ruído ambiental (de 1 a 3 ondas). (4) Ruído ambiental (em decibéis).

BFGoodrich


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