Revista GPS Brasília 8

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PLANALTO ANO 3 # 08

UMA VISITA AO PALÁCIO

DE BRASÍLIA @LORACAROLA LINDA DIECKMANN ENTRE NÓS

ATRIZ MARIANA NUNES NA TELONA

ERMIDA O SANTUÁRIO DE UM SONHO


www.gpsbrasilia.com.br

# 08 / 2014


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# 08 / 2014


PLANALTO ANO 3 # 08

UMA VISITA AO PALÁCIO

DE BRASÍLIA @LORACAROLA LINDA DIECKMANN ENTRE NÓS

ATRIZ MARIANA NUNES NA TELONA

ERMIDA O SANTUÁRIO DE UM SONHO


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Editora-chefe Paula Santana Coordenadora Marcella Oliveira Reportagem Andressa Furtado, Marina Macêdo e Raquel Jones Edição de arte Chica Magalhães / Lamparina Comunicação Visual -KP[VY KL MV[VNYH H Celso Junior Tratamento de imagem Davidyson Oliveira Produção Karine Moreira Lima Colaboradores André Schiliró, Fernanda Ferreira, Luiz Estevão, Luna Nigro, Marcus Barozzi, Maurício Lima, Mauro Pimentel, Pablo Valadares, Patrícia Justino, Paulo Pimenta, Rúbio Guima, Sarah Campo Dall´Orto, Tito Gusmão e Ueslei Marcelino Revisão Jorge Avelino de Souza

GPS|BRASÍLIA EDITORA LTDA. www.gpsbrasilia.com.br

Marketing e Relacionamento Guilherme Siqueira Comercial e Administrativo Rafael Badra Contato Publicitário Adriana Chaves Tiragem 30 mil exemplares Circulação e Distribuição EDPRESS Transporte e Logística Impressão /Yı JH *YHZPS

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SÓCIOS-DIRETORES PAULA SANTANA paulasantana@gpsbrasilia.com.br GUILHERME SIQUEIRA guilhermesiqueira@gpsbrasilia.com.br RAFAEL BADRA rafaelbadra@gpsbrasilia.com.br SHIS QI 05, bloco F, sala 324 Centro Comercial Gilberto Salomão CEP: 71615-560 Fone: (61) 3364-4512

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EQUIPE

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Chica Magalhães

Marcella Oliveira

Celso Junior

Marina Macêdo

Raquel Jones

Andressa Furtado

Karine Moreira Lima

Davidyson Oliveira

COLABORADORES

Luna Nigro

André Schilliró

Luiz Estevão

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Paulo Pimenta

Maurício Lima

Ueslei Marcelino

Marcus Barozzi

Pablo Valadares

Patrícia Justino

Tito Gusmão

Rúbio Guima

Sarah Campo Dall´Orto

Fernanda Ferreira

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ANO 3 – Nº 8 – MAI JUN JUL 2014

Carolina Dieckmann fotografada por André Schiliró, com styling de Luna Nigro e beleza de Duda Molinos. Vestido Prada e colar Lanvin

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A CASA DO CINEMA DE BRASÍLIA :LWHNPUHKV +PUL *YHZĻSPH [LU[H YLJVUX\PZ[HY IYHZPSPLUZLZö

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5):1)6) -;<Ę -5 +);)ö Atriz brasiliense Mariana Nunes estrela editorial de moda

50

CINERAMA POR LUIZ ESTEVÃO As novidades do expert em cinema

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:-6Ğ ;)58)17ö ,PYL[VY WYLWHYH STLöEduardo e MônicaöWHYH ö

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BRUNO E IZABELLA, UMA HISTÓRIA DE AMOR E REGGAE Ex-Natiruts contam por onde andam

62

VAMOS DE BIKE? Ciclistas lutam por mais espaço nas ruas do DF

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UMA LUTA AQUÁTICA Polo aquático busca adeptos para retomar o esporte

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GAROTO DE FUTURO 8PSV[V ķ H THPZ UV]H WYVTLZZH KV H\[VTVIPSPZTV PU[LYUHJPVUHSö

82

BRASÍLIA, ENFIM, DESCOBERTA Capital ganha os holofotes do planeta durante a Copa do Mundo

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UM SANTUÁRIO Ermida Dom Bosco recebe adoradores da natureza e do esporte

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):<- 87: 5)=:1+17 415)ö Sherazade, do artista Hilal Sami Hilal, desembarca na cidade

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UM PRÉDIO DE FUTURO Tecnologia e inovação no empreendimento Íon em 2016

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MEU QUARTO, MEU TEMPLO Quartos & Etc abre as portas na Capital e cria expectativa

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PEDRA SOBRE PEDRA Atemporais, as pedras ganham ar nobre na decoração

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NO SOSSEGO Casa & Bebê investe em treinamento de staff doméstico

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AINDA É CEDO Mulheres tornam-se mães cada vez mais tarde por opção

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,: +Ģ+-:7ö O catador de lixo que se tornou médico e quer ser padre

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A HORA DA ESCOLHA Saiba quem são os candidatos ao Palácio do Buriti

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BRASÍLIA E O FUTURO Artigo do deputado distrital Cristiano Araújo

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O VALOR DO VOTO O analista João Leal diz o que querem os novos eleitores

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AO PRESIDENTE, COM CARINHO Os segredos dos quatro andares do Palácio do Planalto

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CAROL DIECKMANN A atriz carioca estampa a capa e fala sobre a vida

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-5 +-6) +75 +):74ö 7Z IHZ[PKVYLZ KV LUZHPV MV[VNYı JV LT ;ijV 8H\SV

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ENTRE NÓS, POR PATRICIA JUSTINO Dicas valiosas para a nova temporada

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8:),)ö5=4<151,1Ę<1+) A marca italiana se destaca pela vanguarda na arte

230

LITTLE NEW YORK Nolita Coffee é a nova queridinha dos brasilienses

234

ESSA BRANQUINHA É UM LUXO A cachaça e seus segredos conquistam o mundo

238

COMER, RELAXAR E MERGULHAR Resorts no litoral alagoano acolhem turistas calmos

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À MODA ANTIGA .HNSPHUV HJLP[H V KLZH V KH 2HLNLY 4L +V\S[YL

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CENÁRIO NEVADO Para os amantes do ski, apresentamos Vail, nos EUA

252

O CORAÇÃO PULSANTE DA ÁSIA Bangcoc, a cidade que fervilha e tudo é possível

Clutch, Dolce & Gabbana – preço sob consulta

Sapato de veludo bordado, Dolce & Gabbana – R$ 8.480

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SEMPRE DÁ CERTO

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para quem achou que este ano seria feriado, a lembrança: em feriado também se trabalha. É o que nós aqui na redação temos feito arduamente. É verdade que produzir uma YL]PZ[H ZLUKV HU [YPijV KL \T NYHUKL evento não é tarefa fácil. Ninguém quer fazer outra coisa, a não ser estar envolvido nessa linda festa que realizamos. Em especial aqui em Brasília, onde nos sentimos amados e apreciados pelos [\YPZ[HZ ö<VTHTVZ V IHUOV KL H\[VLZtima, há muito esperado. Foi lindo ver povos e culturas circulando entre nós. Ğ PZZV X\L TVZ[YH H TH[ķYPHö Brasília, LU T KLZJVILY[H ö 8HYLJL X\L JVUZLguimos despertar a atenção e nos fazer ]PZĻ]LPZ WHYH V T\UKV ö Considero isso um legado inestimável. Para nós também foi uma VWVY[\UPKHKL ö ;LT WLYJLILY VZ ]PZP[HU[LZ UVZ aLYHT YL]P]LY LZWH¦VZ lindos em Brasília, que nem sempre são vivenciados como deveriam pela comunidade. É o caso do Cine Brasília, tão agradável após sua reforma, e a Ermida Dom Bosco, um santuário pedindo para ser explorado e usufruído. Foi com esse intuito de continuidade dessa boa fase pela qual Brasília atravessa que ouvimos os principais candidatos ao governo do DF e suas intenções JVT H UVZZH JPUX\LU[VUH ö 6V JSPTH

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@siqueiragui – @paulasanta – @rafaelbadra

da eleição, aproveitamos para visitar o Palácio do Planalto, na expectativa KL ZHILY X\LT V VJ\WHYı LT WV\JVZ TLZLZ ö Diante de toda essa Brasília ensolarada e vistosa, precisávamos de um personagem que representasse essa energia. Queríamos alguém bonito, famoso e vibrante... como estamos nos sentindo agora. Em nossas buscas WVY \TH LZ[YLSH [P]LTVZ H NYH[H Z\YWYLZH KL [LY H YLZWVZ[H H YTH[P]H KL X\L Carolina Dieckmann poderia ser essa pessoa. O “sim” da loira foi como o gol da vitória aos 45 do segundo tempo. E como as pessoas surpreendem. Carol ķ ŀ[PTH WHYH [YHIHSOHY Ğ KV [PWV qL\ [VWVr ;LT HTHYYHZ KLZJVSHKH 4P]YL ö Uma moleca de deliciosa convivência. Mas também uma mulher cheia de sensualidade. Num bate-papo sem reservas, ela conta um pouco ZVIYL Z\H ]PKH L ZL HIYL WHYH *YHZĻSPH ö Quem também veio de longe conferir essa euforia foi Mariana Nunes. *YHZPSPLUZL KH )ZH 6VY[L H H[YPaöKLP_V\ H +HWP[HS WHYH ]P]LY KH HY[L 6V :PV KL 2HULPYV LSH ]LUJL\ -Z[ı LT HS[H UV JPULTH L [LT [YĸZ STLZ WHYH SHU¦HY LZ[L HUV 5HYP ķ UVZZH JVU]PKHKH WHYH WHY[PJPWHY KV LUZHPV MV[VNYı JV E mesmo com tantos afazeres por aqui, ainda arranjamos um tempinho para preparar suas férias de verão. Estivemos lá longe, na Tailândia. Esquiamos em Vail, no Colorado. Fomos até os hermanos na Argentina. Por aqui, visitamos as belezas naturais de Alagoas. Uma boa jornada para quem achou que ia pegar leve em 2014. Nos vemos em breve.

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A CASA DO CINEMA DE BRASÍLIA Painel do artista Athos Bulcão no interior da sala

Por Marcella Oliveira Fotos Celso Junior

E

le está ali, no meio dos prédios da Asa Sul. Às vezes, parece estar esquecido. Mas ao longo de uma ZLTHUH \TH ]La HV HUV JH tão cheio que há quem tenha de sentar no chão. Eventu-

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HSTLU[L JH TV]PTLU[HKV com mostras, festivais e os JOHTHKVZ STLZ JSıZZPJVZ e cults. Há 54 anos o Cine Brasília resiste ao tempo, ao surgimento dos cinemas dos shoppings e mantém uma programação que valoriza o cinema brasileiro e, principalmente, o brasiliense.

O Cine Brasília é o mais antigo da cidade, foi aberto um dia após a inauguração da Capital, um projeto do arquiteto Oscar Niemeyer. Traz duas características que não são mais vistas nos cinemas atuais: seu tamanho, tem 600 lugares, e sua localização na rua. Parece mais

um teatro do que um cinema. Sua grande sala tem poltronas espaçosas e confortáveis, uma tela de 14 x 6,30 metros, um sistema de projeção digital e também os tradicionais YVSVZ WHYH VZ STLZ LT WLSĻcula 35mm. Não é simplesmente uma sala de exibição, como

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Um dos mais belos cinemas do Brasil, o Cine BrasĂ­lia quer reconquistar o brasiliense. 8HSJV KLĂśavant WYLTPÄśYLZĂśH[ġ VZ HUVZ L HU [YPÄłV do Festival de BrasĂ­lia do Cinema Brasileiro, o espaço foi recuperado e apresenta sua melhor estrutura desde a sua abertura, hĂĄ 54 HUVZĂś as outras da cidade. Tem histĂłria. “O Cine BrasĂ­lia ĂŠ o sobrevivente dos cinemas de rua. Os outros foram transformados em igrejas ou shoppingsâ€?, diz SĂŠrgio Fidalgo, coordenador de audiovisual da Secretaria de Cultura, que administra o cinema.

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Foi uma das primeiras opçþes de lazer da nova Capital. Na dĂŠcada de 60, as SHZ WHYH Z\HZ L_PIPÂŚĹ‚LZ LYHT enormes. Dividia o pĂşblico com os jĂĄ extintos Cine Atlântida, Cine Karin e o Cine MĂĄrcia. Mas foi perdendo espaço com a chegada de inĂşmeras YLKLZ KL JPULTH Ăś NĂŁo fechou as portas por pertencer ao Governo do Distrito Federal. NĂŁo tem lucro, seus funcionĂĄrios sĂŁo pagos pelo governo, independentemente do movimento. As mostras normalmente tĂŞm LU[YHKH NYH[\P[H 6VZ STLZ da programação normal, 50% do que ĂŠ arrecadado vai para a distribuidora e os outros 50%, para o GDF. “Esse valor ĂŠ muito pequeno, nem dĂĄ para X\HU[P JHY 7 PUNYLZZV [LT um custo baixo e o pĂşblico ainda ĂŠ tĂ­midoâ€?, revela Fidalgo, referindo-se aos R$ 12 cobrados pela entrada. NĂŁo ĂŠ um centro de entretenimento. É um ponto de encontro de amigos e amantes da sĂŠtima arte. Um pĂşblico formado por intelectuais, estudantes e quem trabalha com audiovisual. Todos os dias, sĂŁo exibidas quatro sessĂľes, Ă s 15h, 17h, 19h e 21h. Ă€s vezes, tem apenas cinco espectadores. Em outros dias, JH THPZ JOLPV 5HZ V WĹ…ISPJV ĂŠ cativo. Muitos se conhecem, chamam o porteiro, o bilheteiro e o pipoqueiro pelos nomes. Um passeio cheio de charme, que sai mais em conta do que outros. O estacionamento ĂŠ pĂşblico. O ingresso e a pipoca super em conta.

ROLOS O cinema tem 20 funcionĂĄrios, que trabalham em escala de plantĂŁo. A cada sessĂŁo, sĂŁo dez. HĂĄ o porteiro, o bilheteiro, o projecionista, os faxineiros, o lanterninha e a parte administrativa. Na sala de projeção, por mais que hoje a maioria KVZ STLZ QÄą ZLQH UV MVYTHto digital, muitas produçþes ainda usam os clĂĄssicos rolos, que chegam nos cinemas em SH[HZ ;ÄłV VZ STLZ LT WLSÄťJ\SH TPSÄťTL[YVZ =T STL de duas horas, por exemplo, tem seis latas. Cada uma tem V UVTL KV STL L \T UĹ…TLro, para nĂŁo ter erro na hora de juntar as partes. HĂĄ 20 anos no Cine BrasĂ­lia, o projecionista Carlos Camurça ĂŠ um dos funcionĂĄrios que fica atrĂĄs daquela janelinha iluminada no fundo da sala, por onde sai a imagem. “Cresci frequentando o Cine BrasĂ­lia e me apaixonei pelo cinema de arteâ€?, conta. +HT\YÂŚH KPa X\L V Sme digital ĂŠ mais fĂĄcil. “Basta pegar o DVD ou pendrive e colocar no aparelhoâ€?, conta. Mas o projecionista destaca que o grande charme estĂĄ nos rolos KL STLZ ) LTLUKH ġ MLP[H no prĂłprio cinema. O projecionista usa um aparelho chamado “coladeiraâ€? para grudar um rolo no outro. NĂŁo ĂŠ um trabalho simples, exige atenção. A emenda tem que ser perfeita para o STL UÄłV JHY MVYH KV X\HKYV NĂŁo pode confundir as latas,

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A entrada principal

ULT TPZ[\YHY VZ STLZ <\KV tem que ser muito organizaKV ,LWVPZ V STL ķ L_PIPKV na tela para saber se está tudo certo com ele. Quando sai de cartaz, as emendas são cortadas e os rolos voltam para as latas. Do lado de fora, um trabalhador que não é funcionário do cinema, mas faz parte da família do Cine Brasília. O pipoqueiro José de Arimatéia da Silva, conhecido como Ari, chama muitos espectadores pelo nome. Ele está ali há 21 anos. Lembra de quando o cinema era muito movimentado

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e lamenta que tenha perdido público. “Não consigo entender por que as pessoas não vêm aqui. É um cinema com um clima diferente, falta só o público”, diz Ari, que muitas vezes aproveita para dar uma LZWPHKH UV STL LT L_PIP¦ijV

PROGRAMAÇÃO Além de sua estrutura, o diferencial do Cine Brasília está em sua programação, que é antagônica à perspectiva das salas comerciais. O fato de ser uma sala do

O candango

governo não a deixou refém do mercado, ou seja, abre LZWH¦V WHYH STLZ TLUVZ comerciais. Prioriza o cinema produzido em Brasília, o cinema brasileiro mais independente e a boa produção internacional. “A gente traz um cinema que, de outra maneira, estaria fora da possibilidade do público de ver. As distriI\PKVYHZ [ĸT KP J\SKHKL LT LTWSHJHY HSN\UZ STLZ UHZ salas comerciais e damos espaço para eles”, conta Sérgio Moriconi, responsável pela programação do cinema há

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HISTÓRIA Uma nova Capital não podia ter apenas palácios, ministérios e residências. Era preciso diversão. Junto com a cidade, nasceu o Cine Brasília, inaugurado em 22 de abril de 1960. Os primeiros moradores da cidade frequentavam o local com roupas de gala em noites de estreias cheias de NSHTV\Y, para seletos convidados. Os filmes eram exibidos ao público em geral somente no dia seguinte. Desde o início, o intuito da construção do cinema MVP PUJLU[P]HY H WYVK\¦ijV JPULTH[VNYı JH brasileira. Então, em 1965, foi realizada a Semana do Cinema Brasileiro, que dois anos depois passou a chamar Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Em setembro, será realizada sua 47aöLKP¦ijV ,HZ edições, 37 foram no Cine Brasília, seis foram no antigo Cine Atlântida, uma foi no Cine Karin, uma no ParkShopping e, em 2012, durante a reforma do cinema, foi no Teatro Nacional.

O hall onde amantes do cinema se encontram

oito meses. “O Cine Brasília nunca vai ser igual ao de cirJ\P[V THZ UijV LSPTPUH STLZ comerciais. Não está fechado para um grande potencial de público, mas ele tem que ter um sentido cultural, não ser apenas um caça-níquel”, acrescenta Moriconi. Se no dia a dia o movimento não é grande, durante o Festival de Brasília do Cinema *YHZPSLPYV V SVJHS JH SV[HKV Ğ o festival mais antigo do Brasil e o único com programação L_JS\ZP]H KL STLZ IYHZPSLPYVZ Neste ano, será entre os dias 16 e 23 de setembro.

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Para manter o local agitado, outros festivais também são realizados, a maioria com entrada gratuita. Todos os anos, há o Curta Brasília, voltado para produções locais. Outras mostras, muitas delas em parceria com embaixadas, dão a oportunidade de conhecer o melhor das produções internaJPVUHPZ STLZ X\L KP JPSTLUte ganham espaço em outros cinemas da cidade. No segundo semestre, a Secretaria de Educação vai resgatar o projeto Escola vai ao cinema, que foi suspenso com a reforma e ainda não

Desde 1975 o cinema não passava por uma grande YLMVYTH -T QHULPYV KL MVP MLJOHKV L JV\ quase dois anos em obra. Foi reaberto em 11 de setembro de 2013. “A reforma era necessária. Todo ano a gente tinha que maquiá-lo para o festival”, lembra Sérgio Fidalgo. A fachada de tijolinhos foi mantida como no projeto original, protegidos por um verniz antipichação. As bilheterias deixaram o hall e agora ficam na área externa. Dentro da sala, uma obra do artista Athos Bulcão na parede lateral esquerda foi mantida: um trabalho em relevo em madeira e laminado, em vermelho e amarelo. Os assentos foram trocados por novos. Na lateral direita, onde tinha apenas escadas, há agora uma rampa. O Cine Brasília foi todo adaptado para atender a Lei de Acessibilidade. Há uma área especial para cadeirantes, poltronas para obesos, rampa com piso tátil, elevador de acesso ao palco e banheiros com acessibilidade. E também foi realizada a troca das instalações elétrica, hidráulica e mecânica, ar-condicionado e controle de incêndio, impermeabilização e instalação de para-raios.

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ANOTE NA AGENDA

A sala de projeção

voltou. A ideia estĂĄ ligada Ă Educação Integral e ĂŠ uma das atividades para o aluno fazer no contraturno. â€œĂ‰ fundamental para criar um pĂşblico que virĂĄ frequentar o Cine BrasĂ­lia. Retomar o vĂ­nculo entre educação e cultura, que nunca deveria ter sido desfeitoâ€?, espera Moriconi. De acordo com o responsĂĄvel pela programação, tambĂŠm estĂŁo articulando ati-

vidades na ĂĄrea externa, como feiras e eventos. “Objetivo ĂŠ atrair a comunidade, o pessoal das quadras vir prestigiar, aproximar as pessoas do cinemaâ€?, H YTH q6VZZV KLZH V ġ MHaLY o Cine BrasĂ­lia voltar a ter um pĂşblico numeroso. Se tivermos uma mĂŠdia de 250 pessoas, jĂĄ serĂĄ excelenteâ€?, conclui. Ir ao Cine BrasĂ­lia ĂŠ experimentar a verdadeira atmosfera do que ĂŠ ir a um cine-

ma. Sem a distração das lojas L SHUJOVUL[LZ WYġ L WĹ€Z STL que se tem nos shoppings. É sentar, pegar seu tradicional saco de pipoca e se concentrar na tela. Simples assim. Serviço Cine BrasĂ­lia EQS 106/107 – Asa Sul ,PHYPHTLU[L ZLZZĹ‚LZ Ä°ZĂś O 17h, 19h e 21h Ingressos: R$ 12 (inteira) e R$ 6 (meia)

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24/07 a 27/08 – Retrospectiva da obra do alemão Fritz Lang (em parceria com o CCBB)

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14/08 a 27/08 – Estreia KLÜ=TH ,VZL >PVSLU[H de Qualquer Coisa, de Gustavo Galvão

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28/08 a 06/09 – BIFF (Brasília International Film Festival)

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16/09 a 23/09 – Festival de Brasília do Cinema *YHZPSLPYVÜ

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01/10 a 05/10 – Mostra do Cine Atual Espanhol (em parceria com a Embaixada da Espanha)

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08/10 a 12/10 – Ciclo Cortåzar – Mostra de STLZ IHZLHKVZ LT VIYHZ do escritor Julio Cortåzar (em parceria com a -TIHP_HKH KH )YNLU[PUH Ü

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17/10 a 19/10 – Mostra Animal BrasĂ­lia, JVTWVZ[H KL STLZ ZVIYL preservação ambiental

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05/11 a 16/11 – 25 Anos da Queda do Muro – Festival com 20 longasmetragens de consagrados diretores alemães

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19/11 a 22/11 – Ser 6LNYH t TVZ[YH KL STLZ sobre a questão do negro

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26/11 a 30/11 – Curta Brasília – Festival de curtas de diretores brasilienses

:VSV KL STL LT TT

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Look Prada 2VPHZ /YP [O

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MARIANA

ESTÁ EM CASA Veterana no cinema nacional, a atriz de Brasília Mariana Nunes volta à cidade para sentir a boa energia de sua terra natal. Em ensaio para a revista, ela elege a Asa Norte como cenário, seu bairro predileto na Capital, enquanto conta sobre os [YĸZ STLZ X\L JOLNHYijV İZ [LSHZ LZ[L HUVö

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Por Marcella Oliveira Fotos Celso Junior

L

ogo após concluir o Ensino Médio, já perto de fazer os vestibulares para Psicologia e Jornalismo, a brasiliense Mariana Nunes viu uma propaganda da Faculdade Dulcina de Moraes, no meio da rua, na W3 Norte. Pensou em tentar a vaga e cursar Interpretação Teatral como segunda faculdade, pois não imaginava que poderia ganhar a vida como atriz. Mas o destino quis que ela não passasse nas outras seleções. E o que a princíWPV ZLYPH \TöOVII`, tornou-se H Z\H WYV ZZijV Lá se vão mais de 15 anos. Dezenas de peças de teatro. Muitos curtas-metragens. Sete longas. Participação em uma novela. Minisséries. Ela não para. Este ano, ganhou destaque nacional HWŀZ LZ[YLSHY V STLö)SLTijV, do diretor brasiliense José Eduardo Belmonte, que esteve em cartaz em março, sucesso de público e crítica. Ela contracenou com grandes atores, como Antônio Fagundes e Cauã Reymond. “Quando encontrei com eles no set, tremi. Mas canalizei meu medo para a personagem”, lembra. )[ķ V T KL KL]L estar nas salas de cinema com mais três produções. Além disso, atualmente gra]H H ZķYPL UH <> /SVIVö,\WSH Identidade,ö KPYPNPKH WVY 5H\ro Mendonça Filho e escrita por Glória Perez, que vai ao ar ainda esse ano. Uma brecha na agenda e ela veio a Brasília, a convite KH YL]PZ[Hö GPS|Brasília, para \T LUZHPV MV[VNYı JV .VP HWLnas um dia, chegou logo cedo e pegou o voo à noite. Para não

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Vestido Isolda para Fato Vestimenta Botas Gucci Bolsa Louis Vuitton 2VPHZ /YP [O Obra de Arte Vanderlei Lopes

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perder a oportunidade de ver a mãe, a irmã e o pai, os três foram encontrá-la no aeroporto. “Morro de saudade deles”, diz. Desde 2006 fora de Capital, pelo menos uma vez por ano vem à cidade. “Brasília é o meu berço, minha casa. Onde me criei, onde me descobri atriz e onde tive a sorte de nascer”, diz. A mãe e a irmã moram em Águas Claras. O pai, em São Sebastião. 8VY HX\P NVZ[H KVö X\PIL do Beirute e de tomar uma cerveja gelada. Ou então comer um sanduíche de berinjela com creme de milho e suco de abacaxi com hortelã do Marieta Café. “E adoro caminhar pelas entrequadras. Brasília tem uma paz única e que só pode ser entendida por quem nasceu e viveu nela ou por quem tem alguma relação afetiva com a cidade. Acho que tem a ver com o céu, sei lá… Quando vou a Brasília, tenho uma necessidade muito grande de me reconectar com isso”, revela. Mariana foi uma típica brasiliense. Filha de mineiros, morava na Asa Norte, estudou no Colégio Militar, fez IHSSL[ clássico e cursinho de inglês. O primeiro contato com o teatro veio aos 13 anos, em uma V JPUH UHZ MķYPHZ ,LP_V\ H +Hpital para investir na carreira. “Sair da cidade foi uma consequência da minha ambição. Se eu continuasse em Brasília, teria que formar minha própria companhia e quem sabe até me tornar diretora ou continuar como atriz e buscar um emprego público. Como sou intérprete e queria viver disso, resolvi sair”, revela. Hoje, vive no Rio, mora na Glória, e se diz boa dona de casa. Não gosta muito

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de falar da sua vida pessoal e conta que vive uma fase mais caseira. “Sou um pouco mal humorada”, brinca. “Ando num momento mais introsWLJ[P]V SLUKV ]LUKV STLZ estudando para os novos trabalhos. Tenho falado menos e V\]PKV THPZr H YTH Aos 33 anos, Mariana tem se preocupado mais com a boa forma. Mas sem radicalismo. “Quero me manter saudável na medida do possível. Tento trocar o pão pela tapioca, por exemplo, mas às vezes não tem jeito. Num set de filmagem vai pão mesmo”, conta. A atividade física depende do trabalho que estiver fazendo. “Comecei esse HUV YLTHUKV WVPZ a \TH pescadora, em um longa, que remava seu próprio barco. Agora voltei a dançar. Fiz IHSlet por mais de dez anos na academia Norma Lilia e me apresentei muito no Teatro Nacional. Mas preciso mesmo é entrar numa ginástica, porque depois dos 30 o corpo merece mais atenção”, acredita. Ela não tem problema em assumir seus cachos. “No dia a dia, uso do jeito que dá: se estiver bonito, solto a juba, se não, faço um coque”, conta.

NAS TELONAS Sua carreira está em ascensão. O primeiro longa-metragem que Mariana NuULZ WHY[PJPWV\ MVPö 7 0VTLT 5H\ ,VYTL *LT, de Geraldo Moraes, em 2007, que ainda não chegou aos cinemas, mas foi exibido no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

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Trench coat e lenรงo Burberry Bolsa Gucci Joias Carla Amorim

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em 2009. Lá, conheceu o diretor Claudio Assis, com quem [YHIHSOV\ UV SVUNHö .LIYL KV Rato ZL\ WYPTLPYV STL X\L chegou às telas, em 2011. Com ele, ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival de Cinema de Sergipe. Após o sucesso de sua WLYZVUHNLT LTö )SLTijV, Mariana espera ansiosa pela estreia dos outros três trabalhos no cinema ainda este HUV =T KLSLZ ķö Trinta, que conta a história de Joãosinho Trinta, previsto para outubro. A atriz vive Isabel Valença, a carnavalesca e eterna Chica da Silva do Salgueiro, famosa na década de 60. Ainda no segundo seTLZ[YL JOLNHYı V SVUNHöPelé, the Birth of the Legend, dos norte-americanos Michael Zimbalist e Jeff Zimbalist. O STL [LT WYVK\¦ijV PU[LYUHcional e conta a história do rei do futebol, de quando ele nasceu até a conquista da Copa. A expectativa é em relação à receptividade do público. “Não sei como o Brasil vai receber o STL X\L JVU[H H ZHNH KL \T ídolo nosso todo em inglês. Mas como é uma trama muito brasileira, acredito que muita NLU[L ]HP ZL PKLU[P JHYr H Yma Mariana, que vive a mãe KV 8LSķ q.VP \T KLZH V 8VPZ é difícil interpretar em outra língua”, diz. A terceira produção da atriz que deve estrear este ano ķöO Outro Lado do Paraíso, de )UKYķ :PZ[\T X\L MVP STHKV no Polo de Cinema de Sobradinho. É baseado no livro homônimo do mineiro Luiz Fernando Emediato, que se passa em 1960, quando sua família muda do interior da pequena Bocaiúva para Brasília.

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Para o próximo ano, a expectativa será para a es[YLPH KLö Maresia, de Marcus /\[THUU X\L MVP STHKV UV início de 2014. O longa é baZLHKV UV SP]YV JOHTHKVöBarco a Seco, de Rubens Figueiredo, que conta a história de um pintor que vem morar no Brasil. Mariana interpreta a brasileira com quem ele se casou, UH WYPTLPYH MHZL KV STL A atriz ganha destaque nas telonas, mas ainda não foi descoberta pela telinha. Em novelas, sua única experiência até agora foi uma pequena participação em Mulheres Apaixonadas,ö L_PIPKH WLSH <> Globo em 2003, quando MaYPHUH MLa H 7 JPUH KL )[VYLZ KH /SVIV 8HY[PJPWV\ KLöA Cura, ZķYPL KH /SVIV KLö ) TLUPUH ZLT ő\HSPKHKL, da MTV, e vai participar de uma na HBO. “Fiz minisséries, mas tenho muita vontade de fazer novela. Quero conhecer como é essa dinâmica do personagem, que pode mudar de rumo no meio do caminho”, diz. “E também já X\LYV MHaLY V\[YV STL L LZ[V\ morrendo de saudade do teatro”, completa.

CARREIRA Antes de deixar Brasília, Mariana Nunes trabalhou muito por aqui, principalmente com teatro. Esteve em projetos de grandes nomes da cidade, como Adriano e Fernando Guimarães, Ricardo Guti, Rachel Mendes, Timóteo Porto, Túlio Guimarães e Dora Wainer. Como todo ator, sempre foi presença certa no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. “É um prestígio para qual-

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Vestido Ortiga Joias Carla Amorim

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Vestido Louis Vuitton Sandรกlia Gucci

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Look Dolce & Gabbana 2VPHZ /YP [O

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X\LY KPYL[VY [LY ZL\ STL LZtreado nesse festival. Com um público bastante crítico e participativo e que não tem vergonha de se manifestar durante HZ ZLZZłLZ 7Z STLZ [ĸT \T real termômetro de sua receptividade durante as exibições. Acaba sendo um bom lugar para se conhecer outros atores L KPYL[VYLZr H YTH Em 2006, resolveu arriscar-se por São Paulo, onde JV\ WVY ZL[L TLZLZ q<YHbalhei como hostess em um restaurante, barista num café, a T\P[V [LZ[L KL W\ISPJPKHKL THZ UijV a [LH[YV )JOV difícil fazer teatro fora da sua cidade, onde não conhece ninguém”, acredita. Depois morou em Madri, na Espanha, por seis meses, onde fez um curso de interpretação para TV e cinema no Instituto del +PUL L WHY[PJPWV\ KL STLZ produzidos por estudantes. Chegou ao Rio em 2007, onde, aos poucos, vem mostrando seu trabalho. “Como existe um padrão de beleza já estabelecido, muitas vezes só ganho credibilidade de algumas pessoas depois que me veem trabalhando”, conta. Para a atriz, ser negra é uma barreira que vem sendo vencida, mas ainda atrapalha. “A situação está longe de ser ideal, mas já é bem melhor do

que foi pra uma geração anterior à minha”, diz. Mariana conta que alguns papéis que MLa LT STLZ VZ WLYZVUHNLUZ foram escritos para atrizes brancas ou sem cor previaTLU[L KL UPKH q)JHILP MHzendo porque os diretores JVU HYHT UV TL\ [YHIHSOV Acho que isso já é um avanço. Na série que estou gravando agora para a Globo, quando o diretor me fez o convite V JPHSTLU[L LSL MLa X\LZ[ijV de me dizer que não tinha nenhum motivo para minha personagem ser negra e que ele e Glória estavam me chamando porque gostaram do meu teste. Achei isso o máximo e super coerente com o tempo em que ainda vivemos, mas será mais lindo ainda quando não precisarmos mais falar disso. Ainda não chegou esse momento”, avalia. Independentemente de sua cor de pele, do tipo do seu cabelo, sua altura ou peso, Mariana é mais do que isso. Tem talento. Chama atenção. É intensa, dedicada e sabe o que quer. Entrega-se de corpo e alma ao personagem. Não tem medo de arriscar. “Ser H[VY ķ \T L[LYUV KLZH V 1ZZV que alimenta nosso trabalho, de sempre querer algo diferente, que não se fez ainda”, conclui a atriz.

Styling: Marcus Barozzi Beleza: +HILSV – Gisele Sales (Desiderata Hair Institute) // 5HX\PHNLT – Ney Lima (Ricardo Maia Hair Make up)

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Blusa e calรงa Osklen Lenรงo e sandรกlias Gucci Joias Tiffany & Co.

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CINERAMA POR LUIZluizestevao@hotmail.com ESTEVÃO

Fotos: Divulgação

Uma nova esperança nerd 7 WYPTLPYV JHWĻ[\SV KH UV]H ZHNH KLöGuerra nas EstrelasöHPUKH ULT [LYTPUV\ de ser filmado e os nerds já regojizam com a escolha de quem dirigirá o segundo: Rian Johnson. Conhecido pelo hit PUKLWLUKLU[Lö) 8VU[H KL \T +YPTLöL H H¦ijV ZJP öLooper: Assassinos do Futuro,öLSL [LT JYLKLUJPHS L TVYHS para guiar o futuro de Han Solo e Luke e Leia Skywalker. A notícia em si WLNV\ T\P[VZ WVY Z\WYLZH Qı X\L V WYPTLPYV STL X\L LZ[YLPHYPH UV UHS KL 2015, terá que ser adiado devido a uma fratura sofrida por Harrison Ford em pleno set. No momento do anúncio, Johnson se expressou com perfeição no twitter. Postou um link X\L SL]H]H H \TH JLUH KV STLöOs Eleitos, em que o candidato a astronauta Alan Shepard (Scott Glenn), prestes a ser lançado ao espaço, ora: “Caro Senhor, por favor, não deixe eu estragar tudo.”

A dama censurada O poster KP]\SNHKV WHYH V UV]V STLöSin +P[`" ) ,HTH .H[HS, foi banido pela MPAA, ŀYNijV YLZWVUZı]LS WLSV JLY[P JHKV KL JLUZ\YH L PKHKL WHYH STLZ L_PIPKVZ UVZ -=) ) imagem em discussão, que traz a atriz Eva Green despida, com um revólver e um roupão KL ZLKH UĻZZPTV JVT JLY[LaH ]PYHYı Ļ[LT de colecionador. Muitos questionam se a divulgação do poster não seria uma óbvia jogada de THYRL[PUN, já que a imagem, embora não circule nos shoppings e cinemas, se alastrou pela internet que, convenhamos, vence qualquer censura. “Achei muito barulho WVY UHKHr H YTH H poster-girl.

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,QHUNVöreeditado Numa entrevista coletiva, o celebrado diretor Quentin Tarantino foi WLYN\U[HKV ZL HNVYH JVT THPZ L_WLYPĸUJPH T\KHYPH HSN\TH JVPZH UVZ STLZ já realizados. Ele rapidamente respondeu que não, mas hesitou por um TVTLU[V L YL]LSV\ X\L U\[YPH H PKLPH KL YLLKP[HY ZL\ ŅS[PTV Z\JLZZV ö,QHUNV Livre, como uma minissérie em quatro capítulos. A ideia seria reintegrar 90 minutos de material inédito ao que já existe. Se o projeto ocorrerá de fato e qual canal aceitaria a trama, ainda não sabemos. Tarantino aproveitou para HS UL[HY H UV]H THUPH KLöIPUNL ^H[JOPUN, ou assistir a vários episódios de ZķYPLZ KL \TH ]La Zŀ q>VJĸ TVZ[YH WHYH V WŅISPJV \T STL KL X\H[YV OVYHZ L [VKVZ YLJSHTHT ö 5VZ[YL H LSLZ \TH TPUPZZķYPL KL X\H[YV JHWĻ[\SVZ L LSLZ PYijV sentar e assistir tudo de uma vez só!”.

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Midnight rider

Telas homogênicas

Uma decisão da justiça americana de indiciar o diretor e quatro produtores KV STLöMidnight RideröWVY PU]HZijV L homicídio culposo é certamente o evento com mais repercussão para H PUKŅZ[YPH KV JPULTH ö Em fevereiro deste ano, o diretor Randall Miller comandava sua equipe U\T STL IPVNYı JV ZVIYL o cantor de IS\LZ e rock Gregg Allman (autor do hit que dá título HV STL UV LZ[HKV HTLYPJHUV KL /LVYNPH X\HUKV H HZZPZ[LU[L KL JIJTLYH ;HYHO 2VULZ MVP H[YVWLSHKH WVY \T [YLT ö -TIVYH H LX\PWL [P]LZZL WLYTPZZijV WHYH STHY UV SVJHS LSLZ UijV WVKPHT \ZHY H MLYYV]PH HPUKH VWLYHU[L X\L WHZZH]H WVY Sı ö ,LJPKPYHT JVYYLY V YPZJV KL STHY L H MH[HSPKHKL VJVYYL\ 7 JHZV HIYL \T WYLJLKLU[L bem-vindo por todos que pedem mais segurança nos sets. É a primeira vez que um membro da indústria é judicialmente culpado pela morte de um membro da equipe. Com o processo criminal e civil, mudanças nos grandes estúdios certamente virão.

Embora o Brasil se considere um país diverso, as telas do cinema nacional estão longe de mostrar PZZV ö =TH WLZX\PZH KH =UP]LYZPKHKL -Z[HK\HS KV Rio de Janeiro, divulgada no site UOL, analisou o panorama do cinema nacional durante a década de 2002 a 2012, revelando que mulheres negras ou pardas estavam presentes em menos de 20% KVZ STLZ SHU¦HKVZ 8PVY HPUKH ULUO\TH KHZ produções tinha sequer uma diretora ou roteirista X\L ZL LUJHP_H]H ULZZL WLY S ) MHS[H KL KP]LYZPKHKL nas artes não é um problema unicamente IYHZPSLPYV ö )[ķ OVQL HWLUHZ X\H[YV H[VYLZ L \TH atriz afrodescendentes venceram o prêmio máximo de atuação no Oscar, assim como dois roteiristas e um diretor. Apenas uma pessoa latinoamericana conquistou o Oscar e uma solitária mulher recebeu o prêmio de melhor direção. A cerimônia do Oscar já ocorreu 86 vezes.

Copa por ingressos Como todos já esperavam, a Copa do Mundo voltou as atenções para as telas de TV, não as de cinema. Os estúdios já estão acostumados com isso, e por isso programam as suas maiores estreias para antes ou depois do mundial. No meio-termo, HWYV]LP[HT WHYH SHU¦HY STLZ KL TLUVY PTWHJ[V UHUJLPYV Você pode não ter notado X\Lö6V 4PTP[L KL )THUOij, com Tom Cruise, estreou em territórios estrangeiros antes de nos EUA, para não coincidir JVT H HILY[\YH ö<YHUZMVYTLYZ " -YH KH -_[PU¦ijV, em cartaz em seu [LYYP[ŀYPV UH[HS UijV LZ[YLV\ UV *YHZPS +VT V T KH +VWH H IH[HSOH por bilheteria recomeça, com um excesso de ISVJRI\Z[LYZ em campo.

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œL UV[LIVVR Pasmem! Em entrevista ao canal VH1, em comemoração dos 10 anos de lançamento do STLö7 ,PıYPV KL \TH 8HP_ijV, o diretor Nick Cassavetes revelou que o astro Ryan Gosling o pressionava para demitir Rachel McAdams, seu par romântico. “Não consigo fazer isso com ela,” [LYPH KP[V /VZSPUN ö :LJ\ZHUKV H JLKLY +HZZH]L[LZ trancou os dois e um produtor dentro de uma sala até resolverem seus problemas. A estratégia deu certo até demais, já que Gosling e McAdams engataram um namoro que durou dois anos.

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RENÉ SAMPAIO Jornalista e publicitário, o brasiliense se envereda pelo cinema, consagra-se como KPYL[VY HV HZZPUHYö.HYVLZ[L +HIVJSVöL WYLWHYH V STLöEduardo e Mônica para 2016. Enquanto isso, realiza parcerias com a TV Globo e com uma agência hollywoodiana

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Por Marcella Oliveira Fotos Mauro Pimentel

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duardo e MĂ´nica um dia se encontraram sem querer...â€? A maioria dos brasilienses sabe de cor a saga do famoso casal da mĂşsica de Renato Russo. EstĂĄ no imaginĂĄrio das pessoas como seria o real encontro entre dois personagens tĂŁo diferentes. A MĂ´nica de moto e o Eduardo de camelo lĂĄ no Parque da Cidade. E isso estĂĄ prestes a acontecer. ,LWVPZ KV Z\JLZZV KV STLĂśFaYVLZ[L +HIVJSV, o cineasta brasiliense RenĂŠ Sampaio levarĂĄ para a telona essa histĂłria de amor ambientada em BrasĂ­lia. O diretor e a produtora Bianca de Felippes negociaram recentemente e os direitos para STHY H JHUÂŚÄłV Eduardo e MĂ´nica, de 1987, do disco ,VPZ, do LegiĂŁo Urbana. O roteiro estĂĄ ZLUKV WLUZHKV L V STL KL]L ser rodado ano que vem e lançado em 2016, numa produção da GĂĄvea Filmes, da Fogo Cerrado e da Fulano Filmes, estas Ăşltimas, empresas de Sampaio. “Tenho um vĂ­nculo muito forte com BrasĂ­lia. AlĂŠm da relação pessoal, todos os meus STLZ KVZ J\Y[HZ HVĂś Faroeste +HIVJSV, foram rodados na cidadeâ€?, revela o diretor, de 39 anos. RenĂŠ nasceu e cresceu na Capital, andando pelas ruas da Asa Norte. Formou-se em Jornalismo e depois em Publicidade, ambos pela Universidade de BrasĂ­lia (UnB). Paralelo ao cinema, desde 2009 tem a agĂŞncia Fulano Filmes, onde produz vĂ­deos publicitĂĄrios. Divide seu tempo entre BrasĂ­lia, Rio e SĂŁo

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“JĂ TIVEMOS O POLO DE CINEMA MAIS ATUANTE, MAS ACHO QUE HOJE O ACESSO DEVE SER MAIS FĂ CIL, PARA QUE POSSAMOS TER MAIS PRODUĂ‡ĂƒO EM BRASĂ?LIA. PARA MIM, NĂƒO FALTAM PROJETOS, MAS A BUROCRACIA ACABA DESMOTIVANDO OS ARTISTASâ€?

Paulo. Ou onde estiver trabalho. “Nunca me mudei de BrasĂ­lia. Tenho um apartamento no Rio e uma morada aqui, na Octogonal. Minha famĂ­lia toda mora em BrasĂ­lia: meu pai, meus irmĂŁos e minhas sobrinhas. Minhas raĂ­zes estĂŁo na Capitalâ€?, diz. Essa serĂĄ a segunda vez que o diretor brasiliense levarĂĄ a Capital do PaĂ­s para as telonas, recriando novamente a BrasĂ­lia dos anos 80. No ano passado, ele ganhou destaque nacional contando a saga de JoĂŁo de Santo Cristo pelo DF, vista por mais de 1,5 milhĂŁo de espectadores no Brasil. ,LZKL V T KL V SVUNH-metragem vem conquistando o mundo e jĂĄ foi exibido em festivais de cinema em Hong Kong, Shangai, Toronto, Zurique, Miami, Estocolmo, Huelva (Espanha) e BogotĂĄ. No inĂ­cio KV HUV V STL MLJOV\ JVU[YHto de distribuição nos Estados Unidos e deverĂĄ estrear nos cinemas norte-americanos no segundo semestre. O cinema entrou na vida de RenĂŠ nos anos 90, quando ainda era estudante de Comunicação e produziu seus primeiros trabalhos. Seu destaque veio em 2000, com V J\Y[HĂśSinistro, vencedor de 15 prĂŞmios e exibido em diversos festivais internacionais. O cur[HĂś7 0VTLT, de 2009, foi premiado nos festivais de Recife e FlorianĂłpolis e exibido nos concorridos festivais de Palm Springs e de Miami. O trabalho com publicidade sempre o acompanhou. -T ZL\ STL Kitchen,

para a agĂŞncia DM9DDB, ganhou um leĂŁo de prata no Festival de Cannes. No ano seguinte, foi eleito o Diretor Destaque do Ano pela Associação Brasileira de Propaganda (ABP). Em 2014, acaba de receber quatro prĂŞmios, inclusive um Sol de Oro, no FIAP, pela JHTWHUOH KVĂśPower Yogurt. Entre um trabalho e outro, RenĂŠ Sampaio converZV\ JVT YL]PZ[HĂśGPS|BrasĂ­lia. +VU YH Como serĂĄ Eduardo e MĂ´nica? Ainda ĂŠ cedo para entrar em detalhes – estou começando o processo criativo e vamos escrever o roteiro – mas os fĂŁs WVKLT JHY [YHUX\PSVZ WVPZ V STL ZLYÄą LS Ä° TĹ…ZPJH +SHYV que com a liberdade criativa que o cinema permite mas mantendo as emoçþes e o clima solar da obra do Renato. O STL ]HP ZL WHZZHY UV H\NL KHZ bandas de rock de BrasĂ­lia, em meados dos anos 1980. O meu desejo e da produtora Bianca de Felippes ĂŠ usar a UnB e o Parque da Cidade como cenĂĄrios, os apartamentos onde as festas aconteciam, mostrar o por do sol da cidade. Mas sĂŁo apenas ideias ainda. Uma enorme facilidade para quem vai retratar os anos 80 em BrasĂ­lia ĂŠ que por ser uma cidade tombada muitas quadras residenciais e espaços pĂşblicos estĂŁo preservados. É a segunda vez que uma mĂşsica de Renato Russo ganha vida nas suas mĂŁos. Como surgiu a vontade de fazer .HYVLZ[L +HIVJSV?

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por lá neste período. Para faaLY V STL MVP WYLJPZV LUJVUtrar as locações que estavam mais preservadas no Plano Piloto. Foi interessante porque a cidade tem quadras inteiras com a mesma arquite[\YH KLZKL VZ HUVZ ö )SķT disso, foi necessário recriar a Ceilândia da época. A cidade original se desenvolveu e mudou muito. Para reproduzir Ceilândia fomos até o Jardim ABC, na divisa com Goiás, onde encontramos lotes bem marcados, ruas de terra L T\P[V +LYYHKV HV YLKVY ö

Em 1987, quando ouvi a música pela primeira vez, penZLP" ]V\ MHaLY LZZL STL Ğ JSHYV que aos 13 anos isso não parecia um objetivo muito real. Mas eis que, 27 anos depois, estamos aqui falando sobre ele. Naquela ķWVJH L\ JH]H LT JHZH UHZ [HYdes quentes e secas de Brasília, e esperava a música tocar para tentar soltar a pausa do gravador no exato instante em que ela começasse, pois ainda não tinha o disco e queria registrá-la LT [H JHZZL[L ö-YH JLY[HTLU[L a minha música predileta do Legião Urbana e a mais tocada na YıKPV ö .HYVLZ[L +HIVJSVö LZ[L]L no topo da lista das mais pedidas todos os dias por mais de 40 semanas seguidas. Depois juntei uns trocados e comprei o LP, que ainda tenho.

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Brasília é um importante personagem do filme. Como foi ambientar esse cenário da Capital nos anos 80? .HYVLZ[L +HIVJSVöķ \T STL MLP[V WVY \T IYHZPSPLUse, sobre Brasília, inspirado numa música que fala da cidade e composta pela banda de rock mais famosa no Brasil nos anos 80, que se formou na Capital Federal. Usamos muito sua arquitetura, a divisão social entre Plano Piloto e cidades satélites, suas contradições, os grandes espaços livres e o enorme horizonte. Mas também procuramos fugir apenas dos cartões postais e entrar num mundo muito particular de quem realmente vive e viveu

Por ter uma temática da cidade, quanto da equipe era formada por profissionais daqui? Mais da metade da equipe era de Brasília, mas houve um bom TP_, com pro ZZPVUHPZ KL [VKV V 8HĻZ )JOV importante ter essa troca cultural no set. Isso enriquece a L_WLYPĸUJPH KH STHNLT L JSHYV ZL YL L[L UV YLZ\S[HKV Como foi a receptividade do público? .HYVLZ[L +HIVJSV foi um dos filmes brasileiros de maior público no ano passado, mesmo quando comparado aos longas de comédia. Tivemos mais de 1,5 milhão de espectadores. Sempre desejei fazer filmes que fossem bons para o público brasileiro, mas que também tivessem condições de ser apreciados fora do nosso País. Nesse sentido, Faroeste superou todas as minhas L_WLJ[H[P]HZ ö

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E a repercussão lá fora? 7 STL MVP ZLSLJPVUHKV em vários festivais de cinema importantes. Inclusive, ganhou um prêmio de direção no Festival de Dallas. No Festival Internacional de Toronto, considerado uma vitrine para a indústria JPULTH[VNYı JH MVP HWSH\KPKV pelo público que lotou as três sessões. Aliás, por onde passou, lotou os cinemas. Este ano, fomos convidados para L_PIPYö Faroesteö UH ;LZZijV KL Gala do Festival Internacional de Miami. O diretor do Festival, Jaie Laplante, se encantou com H ZHNH KL 2VijV KL ;HU[V +YPZ[V ö Esse destaque internacional tem gerado frutos? Sim. Fechei uma parceria com uma das maiores agências de atores e diretores de Hollywood, a CAA, que representa nomes como Steven Spielberg, James Cameron, Spike Lee, Pedro Almodóvar, Angelina Jolie, Brad Pitt, Tom Cruise, Will Smith, Robert De Niro, além do brasileiro José Padilha. E pensar que tudo começou ainda na infância. Como surgiu a vontade de fazer cinema? O que me motivou foi o desejo enorme de contar uma história. Minha ligação com o cinema vem da infância. 5L\ WHP ZLTWYL MVP JPUķ SV Quando eu era garoto, ele me pedia para programar o videVJHZZL[L L NYH]HY VZ STLZ que passavam de madrugada. Com medo de programar erraKV L\ WYLMLYPH JHY HJVYKHKV para gravar. E acabava assis-

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[PUKV HVZ STLZ )JOV X\L Sı UV M\UKV PZZV TL PU \LUJPV\ Mas foi nos anos 90, quando já estava cursando Jornalismo na UnB, que dirigi meus WYPTLPYVZ STLZ

ao Festival de Brasília, quando, LT !! TL\ J\Y[Hö Antes do .PTö YLJLIL\ 5LU¦ijV 0VUYVZH KV 2ŅYP 7 JPHS ,LWVPZ KPZZV fomos selecionados para vários festivais, inclusive o de Havana, em Cuba. Imagine, um festival internacional! Tudo por causa da visibilidade que o Festival de Cinema de Brasília nos deu. Quatro anos depois, em 2000, ]LPV V J\Y[HöSinistro, que levou ]ıYPVZ WYĸTPVZ ö ő\HUKV \T festival de cinema como o de *YHZĻSPH JOHUJLSH ZL\ STL muitas portas se abrem. Isso mudou a minha vida. Em 2013, já com o Faroeste em cartaz, voltei para dar uma palestra sobre a minha experiência com som ao rodar o longa. Acho importantíssimo manter a conexão com esse valioso encontro de cinema.

Qual foi seu primeiro trabalho? Em 1996 rodei o cur[Hö )U[LZ KV .PT. Minha mãe ajudou a costurar a lona do fundo, minha irmã levava a comida, meu pai me deu as WHZZHNLUZ WHYH UHSPaHY LT São Paulo, o fotógrafo era o Marcelo Barbosa, um grande amigo de faculdade, e o restante da equipe eram de colegas da UnB. Foi uma produção estudantil e familiar, com dois minutos de duração, mas que me ensinou muito. Ganhamos o Prêmio Especial do Júri do Festival de Cinema de Brasília e o curta foi parar no Festival de Havana. Quando viu que estava no caminho certo? 7 STL X\L KL UP\ TPUOH JHYYLPYH MVPö Sinistro, que rodei em 2000. O curta ganhou vários prêmios e teve uma repercussão enorme. Você já conquistou prêmios no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Qual a importância do festival para o setor? O festival é fundamental para o desenvolvimento cultural da cidade. Quando acontece, todos os olhos se voltam para Brasília. Para mim, foi um marco. Minha carreira como diretor de cinema deslanchou graças

“NÓS, CINEASTAS BRASILIENSES, TEMOS QUE NOS ARTICULAR MELHOR, AMPLIAR NOSSA PARTICIPAÇÃO EM FESTIVAIS NO BRASIL E MUNDO AFORA, DEMONSTRAR A RELEVÂNCIA ARTÍSTICA DO QUE FAZEMOS EM BRASÍLIA PARA QUE O MERCADO PERCEBA ISSO”

Fazer cinema em Brasília é difícil? Eu acho que precisamos manter e ampliar as políticas de incentivo ao cinema no DF, como o FAC (Fundo de Apoio à Cultura). Já tivemos o Polo de Cinema mais atuante, mas acho que hoje o acesso deve ser mais fácil, para que possamos ter mais produção em Brasília. Para mim, não faltam projetos, mas a burocracia acaba desmotivando os artistas. A produção cinematográfica tem saído do Eixo Rio-São Paulo? Hoje, quem está fora dessas duas capitais começa a ter acesso a recursos que costumavam ser mais difíceis de se conseguir. Brasília tem

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grandes talentos que podem ZL ILUL JPHY KPZZV JVTV 1ILrê Carvalho, Mauro Giuntini, José Eduardo Belmonte, Fáuston Silva, Wladimir Carvalho, entre tantos outros. Mas não é só isso. Acho que os mercados menores, como é o caso de Brasília, devem se abrir para as coproduções com outros estados. Com isso, passamos a não depender apenas dos fundos setoriais do DF. Nós, cineastas brasilienses, temos que nos articular melhor, ampliar nossa particiWH¦ijV LT MLZ[P]HPZ UV *YHZPSö e mundo afora, demonstrar a relevância artística do que fazemos em Brasília para que o mercado perceba isso. Até porque existe uma efervescência cultural enorme na cidade, uma vontade de fazer, de criar. Então, vamos pôr a mão na massa. Como o cinema publicitário te ajuda na carreira de cineasta? É claro que cinema e publicidade têm características distintas, mas ambos são audiovisuais. A publicidade lida com a precisão, com os mínimos detalhes, pois uma JLUH K\YH X\PUaLö MYHTLZ. É tudo muito rápido, não se pode errar. Já o cinema preciZH KL YL L_ijV KL THPZ YP[TV pois vai contar uma história LT K\HZ OVYHZ ö ) W\ISPJPKHde vende produtos. O cinema vende ideias. Eu costumo comparar a publicidade a uma prova de cem metros rasos – um passo em falso e

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Fotos: Divulgação

você arrisca perder tudo. Já o cinema é uma espécie de maratona, é preciso ter mais fôlego, consistência, cadência. Não é todo mundo que [LYTPUH \TH THYH[VUH ööö )SķT KLöEduardo e Mônica, quais são seus outros projetos neste momento?

CONHEÇA O TRABALHO DO DIRETOR

Recebi um convite do diretor Mauro Mendonça Filho para dirigir alguns episódios da nova minissérie dele, que deve estrear em setembro na TV Globo. Estou muito entusiasmado, pois será o meu primeiro trabalho em televisão.

Como avalia a evolução da produção cinematográfica IYHZPSLPYH'ö Temos comédias que vão muito bem de bilheteria, mas que nem sempre agraKHT VZ JYĻ[PJVZ <LTVZ STLZ que fazem enorme sucesso

• • •

.HYVLZ[L +HIVJSV (longa-metragem, 2013) Direção e produção 7 0VTLT (curta-metragem, 2007) Direção, produção e roteiro Sinistro (curta-metragem, 2000) Direção, produção e roteiro Contatos (curta-metragem, 2000) Direção )U[LZ KV .PT (curta-metragem, 1996) Direção, produção e roteiro

nos festivais pelo mundo, mas X\L UijV JHT T\P[V [LTWV nas salas de cinema. É claro X\L Oı VZ STLZ X\L JVUZLguem unir as duas pontas – crítica e público –, mas ainda são poucos. Creio que este

ZLQH V NYHUKL KLZH V KV JPnema brasileiro atualmente. -\ NVZ[HYPH KL ]LY THPZ STLZ JVTVö +PKHKL KL ,L\Z ö Tropa de Elite öCentral do Brasil, entre outros, que foram sucessos de crítica e de público.

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BRUNO E IZABELLA, UMA HISTÓRIA DE AMOR E REGGAE Eles são músicos e companheiros. Conheceram-se no palco, apaixonaram-se. .VYTHYHT \TH MHTĻSPH L KLZHJLSLYHYHT VZ ZOV^Z WHYH JYPHY VZ SOVZ +VT V InNatura, Izabella e Bruno Dourado são a imagem do gênero musical em Brasília. Em novo momento, o casal se prepara para voltar à estrada

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Por Paulo Pimenta Fotos Celso Junior

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do concreto moldado pelos candangos que saíram algumas das várias riquezas do povo brasiliense, entre elas, a música. Ela embalou muitos romances. Teve Eduardo e Mônica, do Legião Urbana. Léo e Bia, de Oswaldo Montenegro. E a música feita na Capital é a responsável por outro grande encontro, o de Bella e Bruno. Mas esse é real. E aconteceu nos palcos. Izabella Rocha e Bruno Dourado são ex-integrantes da banda de reggae Natiruts. Foram mais de 87.600 horas como IHJRPUN vocal e percussionista do grupo, respectivamente; mais de 3.650 dias de participação em uma das maiores bandas do estilo no País; 11 anos de muita dedicação para chegar ao sucesso; e apenas dois motivos para fazê-los abandonar toda a matemática anterior: Gabriela, de 10 anos, e Rafael, de 5, os frutos da união do casal. A saída aconteceu em 2006, quando a banda estava prestes a gravar Natiruts RegNHL 8V^LY )V >P]V, o sexto álbum da carreira, que deu uma nova fase ao grupo. Deixar a SOH WLX\LUH LT JHZH L JHPY na estrada para os shows não era mais uma opção para eles que queriam vê-la crescer. Ao mesmo tempo, afastar-se da música também não estava nos planos. Lançaram, então, em 2007, a banda InNatura, com uma proposta acústica e mais autoral, que trazem até hoje. Já são três CDs lançados

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e uma multidão de fãs. Entre embarques e desembarques interrompidos, Bella e Bruno já pensam na possibilidade de voltar às estradas. Hoje, ela com 40 e ele com 41 anos, levam uma vida tranquila no Lago Sul, onde moram e foram criados. E curtem muito. No lar onde o casal acomoda estúdio com a vista do jardim e da piscina, eles andam descalços ou de meias pela casa. No entanto, Dourado JV\ THYJHKV WLSV YP[TV KH época e ainda sofre as consequências. “O difícil é a estrada, é muito desgastante você trocar a noite pelo dia. Até hoje tenho problema de insônia”, conta. Em uma casa com tantos dons musicais, outras habilidades também chamam a atenção. Entre elas está a facilidade com os esportes. Bruno joga futebol, pratica kitesurf e se prepara para receber a faixa preta no QP\ QP[Z\. Bella se divide entre o futebol, futevôlei, vôlei e polo aquático. “A gente é uma família de muitos esportistas. Se bobear, até mais que da música”, brinca Bruno. 7Z SOVZ [HTIķT Qı estão envolvidos em várias atividades físicas. Gabriela já se destaca no futsal e nos saltos ornamentais. O pequeno Rafael luta judô e joga futsal. E, claro, não negam as origens. O menino já está nas aulas de bateria, e Gabi estuda piano, guitarra e teatro musical. Orgulhosa, a mãe não deixa passar: “Ela já começa a fazer papeis relevantes. A gente tem que frear. É um diamante que a gente vai ter que cuidar direitinho”, diz.

O COMEÇO A Nativus, como era chamada, surgiu em 1996 e era formada pelos jovens Bruno Dourado (percussão), Juninho (bateria), Luís Maurício (baixo e IHJRPUN ]VJHS), Kiko Péres (guitarra) e Alexandre Carlo (vocal e guitarra). Por meio de amigos em comum, a jovem Izabella descobriu que uma banda estava se apresentando em aniversários na casa de conhecidos. Juninho a chamou para fazer um som com o pessoal. “Fui para um primeiro ensaio e nunca mais eu saí. Sempre fui reggaeira de carteirinha. Amava Bob Marley. Eu era apaixonada por aquilo, sabia tudo de cor e salteado”, lembra. *LPQH VY, ;\Y Z[H KV 4HNV 8HYHUVı e 4PILYKHKL WYH ,LU[YV KH +HIL¦H foram os primeiros sucessos. As músicas muitas vezes surgiram em quartinhos nas casas dos integrantes. Aos poucos, a banda começou a conquistar o público. O primeiro grande evento aconteceu no verão de 1997. “Quando a gente estava indo para o show, achamos que tinha algum show de axé por perto. Mas era a nossa festa, estava lotada”, relata Bella. Por volta de 1999 foi preciso mudar o nome Nativus. O motivo foi uma outra banda de São José do Oeste, em Santa Catarina, registrada como Os Nativos. Depois de tentarem não acabar com a sonoridade do nome que os tornava conhecidos, o grupo foi rebatizado e virou Natiruts.

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Não demorou para que a banda começasse a ser chamada para cantar em programas de televisão, fechar contratos nacionais e internacionais, além de ganhar vários patrocinadores e participar de festivais por todo o Brasil.

O CONVITE PARA DANÇAR Depois de quatro anos viajando juntos, subindo aos palcos e dividindo muitas histórias, o desejo falou mais alto que o temor e eles deram o primeiro beijo. Izabella sempre se mostrou contra o relacionamento naquela situação. “Eu tinha um pouco de medo. A gente sempre ouvia falar: ‘Quando namora alguém da banda, ela sempre HJHIH p -\ JH]H YLJLVZH WVY isso levou um tempo”, conta. Eles estavam em uma turnê comemorativa pelos 500 anos do Brasil em Miami, nos Estados Unidos, quando Bruno resolveu chamar a colega de banda para dançar. Dias depois, seguiram viagem para a gravação de um videoclipe na Jamaica. “Em 5PHTP MVP Zŀ \T LY[L THZ na Jamaica foi consagrado”, revela Bella. Bruno precisou insistir para conquistar a cantora. “Eu sempre a admirei. Desde a primeira vez que a vi, no primeiro ensaio, eu tive a certeza de que dali sairia nossa família”, confessa. Mesmo com o relacionamento sério, o casal não

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abriu mão de momentos individuais, como os quartos separados durante as viagens. O assédio dos fãs não foi problema para eles. O artista era diferenciado do namorado. É exatamente essa naturalidaKL WHYH LUJHYHY VZ KLZH VZ de um relacionamento que os mantém juntos até hoje. “Estar no palco juntos, no ensaio juntos, lançamento junto, junto, junto... É muito raro um casal sobreviver a essa simbiose”, comenta Izabella. Em 2003, a surpresa: a semente lançada anos antes mostrava seu primeiro fruto.

Gabriela, a primogênita, nasceria e traria – mesmo sem saber – uma completa mudança de vida para os pais. 5ijL L SOH JHYHT LT [\YUĸ até oito meses de gestação. “A minha voz se transformou. Eu pensava: ‘Será que é a gravidez que faz isso?’ Parece que meus agudos, minhas frequências todas ampliaram quando eu engravidei. Eu comecei a cantar muito mais”, explica. Quando nasceu, GaIYPLSH JH]H JVT VZ H]ŀZ UVZ dias em que os pais tinham show. A situação começava a JHY HWLY[HKH L V JHZHS WYL-

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Com a direção de José Eduardo Belmonte, a sala Martins Pena do Teatro Nacional serviu de palco para os artistas. Três anos depois foi a vez de Bossa Ragga, o segundo disco da carreira. Em 2013, lançaram o InNatura3. A quantidade de shows não é o foco deles, mas sim a qualidade da produção, por isso não fazem tantas apresentações como antigamente. “Para fazer um show de qualidade tem que ter investimento e a gente não tem”, lamenta Bruno. “Em uma banda que está recomeçando, as coisas acontecem lentamente.” Ainda assim, o grupo passou por cidades como Curitiba, Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Belo Horizonte. “A gente vai aumentar a estrada à medida que nosZVZ SOVZ MVYLT JYLZJLUKV ]HP ser progressivo”, prevê Bruno.

cisou retraçar uma nova fase. Já Rafael nasceu depois que o casal já tinha saído da banda.

O RECOMEÇO Se fosse um carro, Natiruts estaria a toda velocidade em uma pista sem grandes barreiras. No entanto, Bruno e Izabella resolveram pisar no freio. Após gravarem cinco discos com o Natiruts, eles não estavam mais dispostos a serem escravos da estrada ou da noite. “Eu não estava aguentando mais. Me deu um

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pânico. Eu queria voltar para casa, não queria mais viajar, fui JHUKV KLZLZWLYHKH +VTL¦Hva a chorar na hora de deixar TPUOH SOHr SLTIYH 1aHILSSH Foi quando surgiu um novo projeto, o InNatura. Nessa nova empreitada, contam com o apoio do guitarrista Kiko Péres. Assim, misturam o reggae com bossa nova, QHaa, samba, soul, baladas e rock. Desde que foi lançada, em 2007, já são três CDs. O primeiro show da banda foi no dia da gravação do DVD =T )Y[PZ[H *YHZPSLPYV, que dá nome ao álbum de estreia.

PRÓXIMOS PASSOS Há rumores de que o Natiruts pode sair em uma turnê comemorativa pelo aniversário de 20 anos, em 2016, THZ HPUKH UijV Oı UHKH V JPHS Atualmente a banda é composta por Alexandre, Luís e Kiko e continua fazendo shows pelo País. O projeto está sendo analisado pelos membros informalmente. Bella está animada: “Agora se passaram oito anos e eu confesso que a gente está começando a querer voltar para a estrada.” Bru-

no também espera reativar a percussão em um combinado de shows que lembrasse os velhos tempos. “A gente acha que ainda tem alguma coisa a fazer e reunir todo mundo seria legal”, comenta. Enquanto isso, o trabalho na InNatura continua. A expectativa é de voltar ao estúdio ainda no segundo semestre deste ano para a produção de um novo álbum. As composições já existem, mas HPUKH UijV LZ[ijV UHSPaHKHZ Falta o pedaço de uma letra, a introdução de outra e, aos poucos, os versos vão sendo costurados. A ânsia pelo próximo trabalho e o reencontro com os fãs servem de motivação. “O que alimenta o artista é o aplauso do público. É ver que você emociona as pessoas. Isso não tem preço. É o ar que um artista que gosta do palco precisa”, desabafa Izabella. Ainda que não seja o estilo musical mais escutado no País, o reggae tem uma SLNPijV LS KL HKTPYHKVYLZ Além disso, há pessoas comprometidas a não deixar a chama do ritmo se apagar, como a Izabella e o Bruno. Inspirados (e por que não predestinados?) a impulsionar verdadeiras poesias nas canções, são eles alguns dos responsáveis por trazer à Capital a leveza do som que fazem. Enquanto os brasilienses redescobrem Bella e Bruno nos shows da InNatura e nas redes sociais, o casal, que parece ter saído de uma música bem tranquila, continua a colecionar refrãos na bagagem.

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VAMOS DE

BIKE? Por Marina Macêdo Fotos Celso Junior

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rasília, cidade plana. Com grandes avenidas e repletas de parques. Capital Federal conhecida por seu clima seco, onde é quase impossível chover entre maio e setembro. Condições convi-

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dativas para quem se aventura numa bicicleta. Uns buscam por adrenalina, sensação de vento no rosto e velocidade. Outros, para esculpir seus corpos. E há ainda quem suba na IPRL por lazer ou até para ir ao trabalho ou escola. Os brasilienses as chamam de camelo. O termo foi

eternizado na canção Eduardo e Mônica, de Renato Russo. Quem não se lembra que o casal mais conhecido de Brasília se encontrou no Parque da Cidade, a Mônica de moto e o Eduardo de camelo? Daqui, já saíram grandes atletas, como Rodrigo de Mello Brito, mais conheci-

do como Rodrigo Morcegão, sete vezes campeão nacional; Abraão Azevedo, ícone do TV\U[HPU IPRL; e Kenny Sousa, referência do Triatlon. Mas não são só os atletas que usam a magrela, cada vez mais é possível encontrar ciclistas pelas ruas, sozinhos ou em grupos.

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Ciclistas e atletas engajados lutam para que as largas avenidas de Brasília recebam com prudência aqueles que, além do lazer, querem usar a bicicleta como transporte diário

A cidade, que não tinha incentivo, passou a liderar o ranking nacional de malha cicloviária. Ultrapassou o Rio de Janeiro, que encabeçava com 367 km. De acordo com representante do Comitê Gestor da Política de Mobilidade Urbana do DF, Paulo Alexandre Passos, hoje, o DF tem

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mais de 400km de malha cicloviária, que engloba ciclovias, ciclofaixas e calçadas JVTWHY[PSOHKHZ )[ķ V T KV ano, deve chegar a 600km. As malhas cicloviárias ajudaram o DF a reduzir o número de acidentes com morte envolvendo bicicletas. Dados do Departamento de Trânsito

do Distrito Federal (DETRAN/ DF) apontam que, em 2013, registramos o menor índice em dez anos. Foram 27 mortes, enquanto em 2003 o número era de 69. Segundo pesquisa realizada em 2012 pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal, 225 mil pes-

soas têm bicicleta em casa. O presidente do Instituto Pedala Brasília de Mobilidade Sustentável, Ronaldo Martins Alves, comenta que o usuário de bicicleta estava em casa, com medo da rua. “Costumo dizer que as malhas cicloviárias tiraram os ciclistas dos armários”, brinca.

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O ciclista e empresário Márcio Padilha, do projeto Brasília Bike Tour

OS GRUPOS O mais legal de andar de bicicleta por Brasília é que nunca se está sozinho. Na última década, surgiram os mais variados grupos. Eles podem ser exclusivos para mulheres, faixa etária, amigos de bares ou determinados por dias da semana. Entre as centenas de combinações, o que não falta é um grupo para o ciclista se encaixar. “Quando o pedal noturno começou há dez anos, tínhamos uma média de 30 pessoas. Hoje, Brasília possui cinquenta grupos de pedal noturno. A cidade está sendo transformada com apoio do ciclista de lazer. É esse ciclista volumoso que chama a atenção do poder público”, aponta Ronaldo Martins Alves. Para o ciclista, a cidade futurista de arquiteto Oscar

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Niemeyer caminha rumo a um dia ser referência. “Daqui a dez anos, vejo Brasília como referência nacional e até internacional na luta para transformar uma cidade onde predomina o carro para a cidade das bicicletas”, prevê.

USO RACIONAL DO CARRO A cidade planejada de Lúcio Costa sofre com um dos grandes problemas das principais metrópoles do mundo, o trânsito. Com endereços distantes, o uso de veículos cresceu muito. Segundo o DETRAN/DF, de 1.491.539 veículos, 1.102.762 são automóveis. “Brasília está começando a sentir os efeitos do processo de saturação de automóvel. 7 JHYYV JVTL¦V\ H JHY THPZ

lento e desconfortável”, diz Paulo Alexandre, representante do Comitê Gestor da Política de Mobilidade Urbana do DF. Esse processo é um dos fatores que deve aumentar a migração para a bicicleta. “Uma pessoa que vai trabalhar de bicicleta se torna mais produtiva, feliz, interativa e colaborativa. No contexto de cidade, é menos um carro nas ruas, poluição e estresse no trânsito”, diz Ronaldo. Jonas Bertucci, presidente da ONG Rodas da Paz, desde pequeno usou a bicicleta. Ia para a escola e depois para a universidade. Mas após ganhar o primeiro carro, encostou a magrela. Depois de morar em Paris, na França, adotou o estilo de vida. “Em 2009, quando retornei ao Brasil, voltei com esse olhar diferente. A bi-

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GRUPOS DA CIDADE Pedal Noturno DFö 8HYH VZ adeptos de pedal durante a noite. De segunda a sextafeira, sendo que segunda e quarta são recomendados para iniciantes | www. pedalnoturnodf.com.br Rebas do Cerradoö 1UKPJHKV para praticantes de mountain bike nas categorias iniciante, intermediário e avançado. Sempre aos domingos. | www. rebasdocerrado.com.br Pedaguasö 8YVWVZ[V WVY moradores de Águas Claras que se encontram sábado de manhã para fazer trilhas e pedais noturnos, às terças e quintas. | www.pedaguas. wordpress.com Coroas do Cerradoö 8HYH pessoas acima dos 30 anos que exploram trilhas nas proximidades da cidade. Todos os domingos. | www. coroasdocerrado.com.br Brasília Batom Bikersö Destinado para mulheres, os encontros acontecem aos sábados pela manhã | www. bsbbatombikers.blogspot. com.br

O presidente do Instituto Pedala Brasília de Mobilidade Sustentável, Ronaldo Martins Alves

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De Bike em Barö +VTV o nome já diz, a turma combina bares e bicicletas. Encontros as segundas-feiras, à noite. | www.facebook.com/ groups/debikeembar/

cicleta é uma possibilidade melhor que o carro”, diz. Ainda com seu carro na garagem, Jonas conta que sua primeira opção ao sair de casa é a bicicleta, que o acompanha em suas atividades diárias, como ir ao trabalho e H[ķ H WHKHYPH 2ı V JHYYV JH para longas distâncias. “Muitas pessoas usam carro para ir à padaria. E é isso que nós da ONG Rodas da Paz queremos mudar”, comenta. Quem percorre distâncias maiores de bicicleta, pode carregá-la no metrô. O Decreto n° 33.529, publicado em fevereiro de 2012, regulamenta a Lei n° 4.216/2008, e autoriza os passageiros a transportarem suas bicicletas no último vagão. Cada viagem pode levar até cinco bicicletas ou similares. A lei adverte ainda que não é permitido pedalar nem sentar na bicicleta nas estações ou nos trens.

BICICLETAS COMPARTILHADAS Quem não tem bicicleta, não precisa se preocupar. Em maio, o Governo do Distrito Federal, em parceria com a Samba/Serttel e o Itaú Unibanco, inaugurou o Bike Brasília, um programa de compartilhamento de bicicletas. Inicialmente, o projeto tem dez estações e cem bicicletas, no Memorial JK, Praça Buriti, Centro Convenções/Estádio, Rodoviária, Torre TV, Setor Hoteleiro Norte, Setor Hoteleiro Sul, Catedral e dois pontos na

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Esplanada dos Ministérios. A previsão é que até setembro a cidade tenha 40 estações, totalizando 400 IPRLZ. Para a utilização das bicicletas o usuário deve preencher um cadastro no site www.bikebrasilia.com e pagar uma taxa anual de R$ 10. O veículo de duas rodas poderá ser usado ao longo de uma hora gratuitamente. Caso o usuário continue usando a magrela, serão cobrados R$ 5 por cada hora excedente. Ou ele pode devolver o equipamento, em qualquer estação e, após um intervalo de 15 minutos, pegar outra para continuar seu trajeto ou momento de lazer gratuitamente. As retiradas podem ser feitas das 6h às 23h59 e a devolução a qualquer hora. Todos os dias da semana.

TOUR SOBRE RODAS Além de passear, praticar esporte ou se deslocar para o trabalho, também é possível conhecer a cidade sobre duas rodas. O projeto Brasília Bike Tour, do ciclista e empresário Márcio Padilha, traz uma nova maneira de explorar o Planalto Central. “A ideia é conhecer os monumentos e história da cidade. Nosso objetivo inicial era atender os turistas, mas já recebemos várias pessoas de *YHZĻSPH X\L ZijV HU [YPłLZ KL turistas e acabam se unindo. Ou mesmo interessados em uma nova ótica de ver sua cidade”, conta Padilha.

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Com o auxilio de guias especializados, o tour sobre rodas acontece aos domingos e feriados, com cinco saídas por dia: 8h, 10h, 12h, 14h e 16h. No valor de R$ 150 por pessoa, o serviço inclui bicicleta revisada, capacete e água. E oferece três opções de percursos pelo centro de Brasília.

ESTACIONAMENTOS Com o aumento da utilização da bicicleta no dia a dia, um problema apareceu: a falta de estacionamentos para as magrelas. “As empresas precisam se preparar para atender esse cliente. A bicicleta não pode ser vista como problema.

Hoje, quando um ciclista chega nos lugares, ele não pode entrar com sua bicicleta. Foi a partir daí que elaboramos três tipos de estacionamento”, conta o empresário Márcio Padilha. Intitulado Posto Bike, o estacionamento tem design assinado pelo arquiteto e também ciclista Roberto Gue-

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des. Com formato de bicicleta, o ponto é vigiado por câmera de segurança e teve seu piloto instalado na comercial da 710/711 Norte. Há projeto de instalação de 20 pontos no Setor Comercial Norte. Já o Espaço Bike funciona como um estacionamento itinerante, em grandes eventos.

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Uma espécie de vallet para os camelos. “Nossa estreia foi em abril, em parceria com a Feira da Lua, no Parque da Cidade”, diz Padilha. O terceiro, o Bicicletário conceito, é um espaço destinado para grandes empreendimentos, como shoppings, com estacionamento com armários para ciclistas e vestiários.

CicloVida DF •

O aplicativo CicloVida DF, do GDF, facilita a comunicação entre os ciclistas e atualiza sobre os percursos. Com download gratuito para as plataformas Android e iOS, tem rastreio do trajeto por GPS, circuitos (urbano, rural, malha cicloviária e malha cicloviária ?LI), calendário de eventos, atalho para redes sociais e telefones de emergência.

COMÉRCIO

A ferramenta também pode ser usada para os usuários informarem problemas encontrados ao longo de seus trajetos, como buracos, travessias perigosas e falta de iluminação. “A CEB tem um projeto que será instalado no Eixo Monumental e outros dois para asas Sul e Norte. A implantação será gradativa e nos pontos de maior ULJLZZPKHKL X\L V HWSPJH[P]V ]HP WVU[\HYr H YTH Paulo Alexandre, representante do Comitê Gestor da Política de Mobilidade Urbana do DF.

Pegando carona na garupa da IPRL estão ainda as lojas do segmento. Com bicicleta em alta, a procura e variedade de modelos para mobilidade urbaUH H\TLU[V\ Ğ V X\L JVU YTH Marcos Vinícius Amaral, proprietário da loja Cycling da 110 Norte, há vinte anos no segmento. “Antigamente, nós tínhamos cerca de dez modelos. Hoje, comercializamos mais de vinte para o uso urbano, modelos masculino e feminino”, conta Marcos Vinícius. Assim como em outros esportes, os acessórios tornam-se essenciais, tanto para questões práticas como para personalização. Como é o caso da cesta, outrora tida como infantil ou para mulheres. “Antes trabalhávamos apenas com um tipo de cesta. Agora, temos mais de 15. Para todos os públicos. Um acessório extremamente funcional”, esclarece Marcos Vinícius. A segurança também ganha destaque nas aquisições dos ciclistas do Cerrado. “A venda de capacetes, paralamas e sistema de iluminação também cresceu neste nicho”, UHSPaH V LTWYLZıYPV

Orientações aos ciclistas •

Respeite os pedestres. Eles têm prioridade

Utilize ciclovias quando possível

Não pedale na contramão dos carros

Atenção nos cruzamentos

Use sempre capacete e itens de segurança

Em dia chuva, tenha cuidado redobrado. Evite poças

Cuidado ao usar fones de ouvido. É importante escutar o trânsito

No pedal à noite, roupas claras e acessórios YL L[P]VZ

Respeite os sinais e faixas de pedestres

Anote na agenda •

10 de agosto – XII Passeio Rodas da Paz | Bicicleta Gera Gentileza. Concentração no Museu da República, às 8h 19 de agosto – Dia Nacional do Ciclista. Criada em homenagem ao ciclista Pedro Davision, atropelado em 19 de agosto de 2006, no Eixão 22 de setembro – Dia Mundial sem Carro

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UMA LUTA AQUÁTICA GPS_brasilia_edicao_8.indd 70

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Esporte ícone em Brasília na década de 80, o polo aquático aproveita seu retorno às Olimpíadas de 2016 para se reorganizar e voltar a formar campeões brasilienses. Faltam estrutura e incentivo

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Por Marina Macêdo Fotos Celso Junior e Rubio Guima

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rasília, anos 80. Jovens aproveitavam o tempo livre para se refrescar nas piscinas do Cerrado. Após intensos treinos de natação, ainda encaravam partidas de polo aquático. Conhecida por ser a primeira modalidade coletiva a integrar os Jogos Olímpicos, a prática chegou a reunir 300 atletas na cidade. Era um agrupamento de belos esportistas, muitos fãs e campeonatos que mobilizavam a pequena Brasília oitentista. Atualmente, são apenas 150 atletas, que treinam em clubes e até no Lago Paranoá. Um terço deles é de atletas THZ[LY, ou seja, tem mais de 30 anos. São as grandes estrelas brasilienses que não deixam a história do esporte cair no esquecimento. O educador físico Eduardo Coca, de 46 anos, atleta há 30 anos de polo aquático, conta que o esporte desembarcou na cidade em meados dos anos 70, com o técnico Azaury Berezowsky, vindo do Rio de Janeiro, e deixou legado na década de 90. “Quando Berezowsky começou a praticar o esporte na cidade, atraiu a atenção principalmente daqueles que já praticavam natação. Na época, formamos uma turma de 20 pessoas”, lembra Coca, que deu aula do esporte dos 18 aos 36 anos. E não demorou para Brasília se posicionar nacionalmente. Considerada terceira força nacional do

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polo aquático, atrás apenas do Rio de Janeiro e de São Paulo, a cidade soma importantes títulos, como os conquistados pelo técnico Oto Morato nos anos 1988, 1995 e 1997, respectivamente, campeão brasileiro infantil, campeão e vice-campeão dos Jogos Universitários Brasileiros (JUB´S). A cidade também é responsável por exportar talentos para as seleções brasileira e universitária. Como o economista Daniel Carsalade, 42 anos, que jogou em ambas seleções e atualmente só pratica polo por lazer. Carsalade começou garoto, aos 13 anos, na Associação dos Servidores do Banco Central (Asbac) e deu sequência na Associação dos Empregados da Eletronorte (Aseel). “Foi quando recebi uma bolsa para jogar nos Estados Unidos, na Universidade George Washington, onde X\LP WVY \T HUV L TLPV Uma experiência fantástica”, conta Carsalade. Nos anos de 1995 e 1997, Daniel foi escalado para a seleção brasileira universitária de polo aquático e jogou dois mundiais, um no Japão e outro na Itália. Depois, acabou se dedicando à vida pro ZZPVUHS q5HZ U\UJH HIHUKVnei o esporte. É uma paixão”, conta Daniel. Outros quatro jogadores de Brasília também brilharam na seleção brasileira masculina: Tiago Falcão, Gilberto Mendes, Eduardo Peres e Leonardo Dias. Dentre as mulheres, a brasiliense Ana Carolina Vasconcelos.

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Brasília, para a participação no 15th FINA World Masters Championships, em Montreal, no Canadá, entre os dias 27 de julho a 2 de agosto. “No ano passado, ganhamos o Campeonato Pan-Americano Masters em Orlando, nos Estados Unidos, na equipe de 55 anos. Este ano, vamos jogar na equipe de 60 anos e traremos o ouro do Canadá”, garante o atleta. Álvaro Sanches pratica o esporte há quatro décadas

LENDA VIVA No meio dos atletas da cidade, um deles se destaca. É o carioca, radicado em Brasília, Álvaro Sanches. Para quem vê o desempenho de Sanches na água, é difícil acreditar que ele possui 60 anos e um pique de deixar qualquer jovem de 20 anos no chinelo. Aos 14 anos, ao assistir uma partida, interessou-se pelo esporte. No ano seguinte, em 1969, já estava na reserva do time adulto do Fluminense. Em 1970, foi convocado para a seleção carioca adulto. Já em 1971, fez sua estreia na seleção brasileira adulto, quando participou dos Jogos Pan-americanos Cáli. Seleção essa que permaneceu até 1979, quando disputou os Jogos Pan-Americanos de Porto Rico. Ao se mudar para Brasília, em 1980, passou alguns anos sem praticar. Foi quando descobriu a existência do desporto coletivo na Asbac, mas o padrão era diferente. “Estava acostumado a um ritmo de

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competição internacional e os brasilienses não entendiam que o polo é um esporte de muito contato. Interpretavam minha performance agressiva. Assim, passei a treinar com menos frequência”, ressalta. Para comprovar que o esporte é altamente de contato, Álvaro relata que já quebrou várias partes do corpo entre treinos e campeonatos. Quebrou o nariz, duas costelas, duas vezes a mão direita e quatro dedos do pé. Apesar disso, os benefícios do polo aquático são inúmeros, principalmente na melhora da capacidade JHYKPVYYLZWPYH[ŀYPH [VUP JH¦ijV muscular e noção de espaço. Mas quem pratica destaca que o principal estímulo é o companheirismo. “Imagine uma pessoa de 60 anos entre uma garotada de 40, sendo ouvido, observado e ainda recebendo bola? No polo aquático isso acontece”, explica Álvaro. Atualmente, Álvaro treina ao lado do companheiro Murilo Lobato, 60 anos, também carioca radicado em

RENOVAÇÃO O desporto sofre com falta de divulgação, investimento e patrocínio. “O polo aquático é um esporte coletivo, exige investimento para todo um time. Diferentemente da natação, em que basta investir em um atleta”, aponta Carlos Penna Brescianini, diretor de esportes aquáticos do Minas Brasília Tênis Clube, um dos clubes onde há a prática do esporte. Eduardo Coca concorda e complementa: “Brasília tem uma estrutura aquática fan[ıZ[PJH L ŀ[PTVZ WYV ZZPVUHPZ .HS[HT YLJ\YZVZ UHUJLPYVZ L JHTWLVUH[VZ YLNPVUHPZ V ciais. Acredito que essas disputas poderiam despertar o interesse de jovens”. Magda Machado Gomes, presidente da Federação de Desportos Aquáticos do Distrito Federal, rebate que a federação tem todo o interesse de promover campeonatos. “Hoje, temos 49 atletas de nado sincronizado, 120 de saltos ornamentais e 160 de natação. Não temos nenhum atleta federado de polo aquático. Quando ti-

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vermos, poderemos organizar os eventos”, diz. A presidente atribui a falta de interesse dos atletas em se federar a uma ausência de liderança técnica entre os próprios atletas. Outro fator que agrava a situação do polo aquático brasiliense é o baixo índice de ingresso de novos atletas. “Para obter uma renovação, é necessário ter, por exemplo, 80 atletas treinando na base da pirâmide. Que passarão por uma peneira para estruturar um time de 13 pessoas”, ressalta Brescianini. Manter vivo o polo aquático na Capital não é tarefa fácil. Fica a cargo dos próprios atletas articularem com os clubes a entrada de jogadores

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para uma simples partida entre amigos e cativar novatos. Para ter uma ideia, o polo aquático possui apenas três escolas na cidade, são elas: Secretaria de Esportes, Iate Clube de Brasília e Minas Brasília Tênis Clube. Tentar mudar essa situação é uma missão diária de Paulo Pita, instrutor da Secretaria de Esportes e um dos primeiros alunos de Berezowsky, pai do polo aquático brasiliense. É na piscina do Centro Poliesportivo Ayrton Senna que passa suas técnicas e treinos para crianças de todas as idades. “Talvez seja uma utopia. Mas eu e Oto queremos criar uma liga de polo aquático em Brasília. Para desenvolver o es-

porte nas vilas olímpicas espalhadas pela cidade, incentivar as crianças. Mas isso dependeYPH KL ]VU[HKL WVSĻ[PJHr UHSPaH Daniel Casardale.

NAS OLÍMPIADAS Criado na Inglaterra, na metade do século XIX, o esporte foi elaborado como uma espécie aquática do Y\NI`. O polo aquático masculino integra os Jogos Olímpicos desde 1900, mas o time feminino só entrou na disputa nos anos 2000. A chegada da modalidade no Brasil aconteceu no início do século XX.

Composto por sete jogadores de cada lado, os atletas entram na partida com sungas justas e toucas com protetores de ouvido. Elas estampam os números dos jogadores. Sem poder encostar no fundo da piscina ou apoiar nas bordas, os H[SL[HZ WHYLJLT \[\HY JVT a execução das pernadas. Nome dado ao movimento circular das pernas, em sentido de dentro para fora. “Muitos acreditam que V THPZ KPMĻJPS ZLQH JHY KLU[YV da piscina sem tocar o pé no fundo. Mas, na verdade, essa é a coisa mais simples. O difícil é conseguir respirar fazendo força”, revela o atleta vetera-

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ESPORTE

no Álvaro Sanches. Popularmente chamado de OHUKIHSS das piscinas, o esporte logo mostrou que o Brasil tinha capacidade para enfrentar as Olimpíadas. O País integrou o mundial em 1920, 1932, 1960, 1964, 1968 e 1984. Há quase 30 anos sem participar dos Jogos Olímpicos, o Brasil se prepara para jogar em 2016. O País poderá QVNHY WVY ZLY HU [YPijV KV T\Udial. Para tal, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) convocou o croata Goran Sablic para treinar a seleção masculina de polo aquático. A seleção masculina da Croácia é a atual campeã mundial, levou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.

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ENTENDA O JOGO

ONDE PRATICAR Secretaria de Esportes do DF Complexo Aquático do Complexo Poliesportivo Ayrton Senna Tel.: (61) 3342-1415 Iate Clube de Brasília Setor de Clubes Esportivos Norte, Trecho 2, Conjunto 4 Tel.: (61) 3329-8700 Minas Brasília Tênis Clube Setor de Clubes Norte, Trecho 3, Conjunto 6 Tel.: (61) 2108-7252

A piscina pode variar entre 20 e 30 metros de comprimento e de 10 a 20 metros de largura. A profundidade mínima é de dois metros

Um time é composto por seis jogadores na linha, um goleiro e seis reservas. Para diferenciar as equipes, os jogadores usam toucas de cores diferentes, que têm um protetor auricular

O objetivo é fazer gols na equipe adversária. Os atletas da linha só podem pegar a bola com uma das mãos e sua posse deve ser de no máximo 30 segundos

A duração de uma partida é de quatro tempos de oito minutos. Com intervalos de dois minutos entre 1º e 2º quartos e entre o 3º e 4º quartos. Já do 2º para 3º, o intervalo é de cinco minutos

A bola deve ter circunferência entre 68 e 71 centímetros e peso de 400 a 450 gramas

Pernada é nome dado ao movimento circular das pernas, em sentido de dentro para fora. Ele dá a sustentação na água e é a base para os deslocamentos

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Piloto de Brasília é o mais jovem brasileiro a competir em um circuito internacional de automobilismo. Gustavo Lima largou as chuteiras dentro de campo e se encantou por outra paixão nacional. Hoje integra a Academia de Pilotos da McLaren

Por Paulo Pimenta Fotos Celso Junior

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ma manhã de domingo. No canto da sala de uma casa no ParkWay, uma grande televisão ligada prendia os olhares atentos KL WHP L SOV ) WYVNYHTH¦ijV assim como para boa parte dos brasileiros, era dedicada ao automobilismo na casa do jovem Gustavo Lima. Uma paixão que descobriu e que o levou a integrar hoje a Academia de Pilotos da McLaren. O piloto tem apenas 17 anos e já competiu em sete países, incluindo o Brasil. A rotina de treinos é pesada, as viagens são longas e o investimento é alto. Para realizar o próprio sonho, o garoto curitibano radicado em Brasília desde pequeno fugiu das pro ZZłLZ [YHKPJPVUHPZ" UHKH KL Medicina ou Direito, como os pais e as duas irmãs – ao menos não por agora. Para as leis

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GAROTO DE FUTURO 24/07/14 18:42


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A LARGADA

de Gustavo, o remédio está nas pistas. Ele foi o brasileiro mais jovem, com apenas 15 anos, a competir em um circuito internacional de automobilismo. Atualmente, compete na Fórmula 4, pela equipe Hillspeed, em circuitos que são realizados na Inglaterra. Pelo menos uma vez por mês viaja para a terra da rainha,

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onde disputa com outros 21 pilotos, de indianos a mexicanos, um lugar no pódio. É um trabalho que requer esforço, e sair do kart no Brasil direto para a Europa foi complicado. “É um passo muito grande. Você vai para um país que não conhece, com outra língua, comida, fuso horário e com pilotos que você nunca viu”, diz.

Tudo começou como uma brincadeira. Gustavo ia com os amigos para o kart apenas para se divertir. Foi quando um olheiro disse ao pai do garoto que ele levava jeito. Ao ser questionado se queria tentar, o menino, então com 12 anos, não hesitou em responder que sim. De março a dezembro de 2009, a rotina foi dedicada aos treinos de kart. No UHS KHX\LSL HUV 4PTH JVUseguiria o terceiro lugar no pódio em Goiânia. No ano seguinte, começou a ir para ;ijV 8H\SV YV[H LT X\L JV\ até 2011, em meio a grandes campeonatos brasileiros e sul-americanos. Nessa época, viajava para a terra da garoa na quinta-feira e voltava sábado à noite, após as corridas. Ainda em 2011 competiu com outros 80 garotos em uma das mais importantes disputas do kartismo norte-americano, o Florida Winter Tour, e garantiu a sétima colocação. Em 2012, voltou os olhos para a Europa e iniciou na Fórmula Renault, que serve de acesso a outras categorias de monoposto (veículos em que só há espaço para uma pessoa). Um dos amigos que esteve com ele na época foi o russo Daniil Kvyat, que defende a equipe Toro Rosso de Fórmula 1 neste ano. Lima passou a viajar para o outro lado do oceano às segundas-feiras. Terças, quartas e quinta-feira tentava

se ajustar ao fuso-horário e à JPKHKL WHYH JVYYLY UV T KL semana. “Foi uma temporada bem difícil para mim, de adaptação, disciplina e vontade de fazer dar certo”, conta. A médica Mariliz Lima, de 49 anos, mãe de Gustavo, admite que a tensão aumenta bastante nos dias de competição, porém incentiva o filho. “A gente fica nervosa, é lógico. Estar lá é pior do que estar longe, porque você está mais envolvida. Mas é o sonho dele e eu vou estar junto dele sempre que for preciso”, afirma a mãe.

O PIT STOP Com tantas viagens enquanto cursava o Ensino Médio em Brasília, Gustavo perdeu várias provas e conteúdos na escola. Aulas de reforço e provas substitutivas eram as alternativas. “Às vezes eu ficava de recuperação, mas nada que atrapalhasse muito. Nunca cheguei a repetir o ano”, lembra. Agora que já concluiu o Ensino Médio, Gustavo diz que se sente aliviado. “Tirei um peso das costas muito grande, porque eu vinha para o Brasil L JH]H LZ[\KHUKV 6ijV KH]H tempo pra treinar. Quando acabava as provas eu já tinha de voltar para lá de novo, então era muito apertado”, desabafa o jovem, que revela que o ensino superior não faz parte dos planos neste momento. “Tomara que não, mas se um dia o sonho de ser piloto não

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Na parede de casa, Gustavo exibe seu primeiro kart

der certo, volto e faço uma faculdade”, divaga enquanto pensa que Economia seria a WYV ZZijV LZJVSOPKH “Com um piloto nasce uma paixão pelo automobilismo. Se ele vai ser piloto, só Deus vai dizer. A gente vai tentar, na medida do possível, fazer todos os esforços para que isso aconteça. O Gustavo foi para uma carreira totalmente inédita, mas que a gente acredita muito”, orgulha-se o pai, o médico e gestor Erickson Blun, de 48 anos.

POLE POSITION No início deste ano, o garoto foi chamado para fazer parte da Academia de Pilotos da McLaren – uma das mais importantes escuderias do automobilismo. Não só a presença de Gustavo entre os outros

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17 jovens chama a atenção: ele é o primeiro brasileiro a participar do programa. A sede da LX\PWL JH LT ?VRPUN UH Inglaterra, onde serão realizados quatro encontros até o T KV HUV KVPZ MVYHT UV WYPmeiro semestre. “Eles podem me chamar para fazer parte do Junior Team, que é como se fosse uma categoria de base no futebol. Essa seria a minha trajetória até a Fórmula 1”, acredita. Nos dias em que se reúnem, os pilotos recebem o mesmo tratamento e têm acesso à mesma estrutura utilizada por Jenson Button e Kevin Magnussem, que defendem a equipe na Fórmula 1. Além de orientações psicológicas, eles se encontram com nutricionistas e têm o auxílio de um personal trainer para realizar exercícios

em equipamentos de última geração. As próximas formações estão previstas para setembro e dezembro. Apesar de o ambiente durante as formações ser amistoso, Gustavo não confunde os momentos. “Tem aquela competitividade. Eu tenho amigos lá, inclusive um é meu companheiro de equipe. Então a gente está juntos sempre, é ILT HTPNV THZ UV UHS KV ano acho que só um dos 18 vai ser escolhido”, revela. Depois de Ayrton Senna integrar a equipe, em 1993, e de Ricardo Zonta ter sido piloto de testes em 1998, Gustavo Lima é o mais recente brasileiro a colocar os pés na McLaren. O atual gestor da carreira de Lima, Mark Blundell, também chegou a ser piloto de testes dessa equipe nos anos 90.

O PÓDIO Para chegar ao topo, o brasileiro não mede esforços. Neste ano venceu uma das corridas, no circuito de Brands Hatch, e ganhou de presente um quadro pintado por um artista inglês com a imagem do carro em que compete. Mas engana-se quem pensa que Gustavo foi uma JYPHU¦H H JPVUHKH WVY JHYYVZ e velocidade. A carreira e o sucesso foram construídos depois que ele resolveu deixar de ser ala-direito no futsal. “Nunca gostei de carros. Nunca me chamou a atenção. Jogo futebol desde o Jardim 3”, revela. O foco agora está em outro lugar: “Larguei a chuteira e peguei o capacete”, brinca. Embora saiba que não é a mais forte das paixões nacionais, Lima acredita

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no crescimento do esporte. “Acho que por causa do Senna o automobilismo vai sempre estar no dia a dia dos brasileiros. Não tanto quanto o futebol, lógico, mas vai sempre estar ali”. E o pai completa: “A gente torce muito. O automobilismo não pode querer ter a ousadia e a audácia de roubar o trono do futebol como esporte de paixão do brasileiro, mas acho que ele merece ter um lugar melhor do que onde está”. Para estar entre os melhores da categoria, a rotina, quando chega à Inglaterra, é intensa. “Todos os meus amiNVZ WLUZHT X\L L\ JV [\YPZtando”, conta Gustavo. Contudo, a viagem vai muito além disso. O garoto enfrenta cerca de três horas de estrada para chegar aos locais das corridas; acorda entre 6h e 7h;

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passa o dia treinando, volta para o hotel às 20h, come e vai dormir. No dia seguinte, o cronograma se repete. Em busca do topo do pódio, ele se inspira em outros brasileiros como Felipe Nasr, brasiliense de 21 anos que tem chamado a atenção lá fora, e também no inesquecível Ayrton Senna. “Ele é o mestre, né? É o chefão. Todo brasileiro tem ele como ídolo, e como eu faço parte do meio X\L LSL MHaPH LSL JH HPUKH maior para mim”, relata.

A PREMIAÇÃO Gustavo já pode se sentir um campeão por chegar tão longe. Se fosse escolher uma trilha sonora para a vitória, provavelmente seria uma música sertaneja. “É o que mais tem na minha lista”, diz.

E, com isso, surgem as brincadeiras com o cantor brasileiro homônimo. “Eu sempre levei na esportiva, nunca me estressei por causa disso. Teve \TH ]La UH -\YVWH X\L JHram enchendo o saco, começaram a cantar perto de mim”, lembra o piloto, referindo-se a música Balada. De acordo com o pai de Gustavo, somando todos os gastos (torneio, equipe, carro, pneus, passagens aéreas, hospedagem e alimentação), a JVU[H HU\HS JH LT JLYJH KL 120 mil libras, algo em torno de R$ 460 mil. Por mês, uma média de R$ 40 mil. Para ajudar a fechar a matemática, ele conta com o apoio de investidores. Gustavo tem contratos de patrocínio fechados até o próximo ano. Motivo de orgulho para brasilienses, curitibanos e

todos os outros brasileiros, Gustavo se prepara para fazer uma ultrapassagem: em 2015 pretende competir na Fórmula 3. Por enquanto Gustavo Lima continua pisando fundo, suando o uniforme e fazendo curvas sem sair da pista em busca do tão desejado objetivo. O que começou como uma simples brincadeira tornou-se uma paixão. O menino-homem não desistiu no primeiro insucesso, nem se vangloria com as tantas vitórias. Sobre o futuro ninguém sabe, mas Gustavo tem estampado no rosto a certeza de que não importa quantas vezes ele tenha de abastecer, quantos pneus tenha de trocar ou quantos adversários será preciso deixar para trás: ele vai chegar ao topo do pódio.

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RETRANCA

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BRASÍLIA,

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ENFIM, DESCOBERTA

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MEMÓRIA

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O Brasil foi mal em campo, mas fora dele Brasília ganhou de goleada. A Capital da República caiu nas graças dos turistas estrangeiros, impressionados com organização, arquitetura e hospitalidade. E o brasiliense... -SL ZL [VYUV\ \T L_JLSLU[L HU [YPijVö

Por Marcella Oliveira .V[VZ +LSZV 2\UPVY ö

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onversas em francês, espanhol, inglês, alemão, português de Portugal. Sotaques do Sul, do Sudeste, do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste. Por trinta dias, Brasília virou uma torre de babel. Reuniu turistas dos quatro cantos do País e de mais de 80 nacionalidades. As ruas largas, os espaços vazios, as curvas de Oscar Niemeyer, a organização de Lúcio Costa, o céu espetacular. Apresentamos uma cidade diferente de qualquer outra do Brasil e, por que não, do planeta. E, em coro, gritamos ao T\UKV"ösi, oui, yes, sim, somos a Capital do Brasil.

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Uma cidade que, apesar da grande consciência política, não teve protesto nem confusão. O tempo foi de festa, e ela foi magnífica. Nosso destaque esteve fora do campo. Ainda é cedo para apresentar o legado, porém, Brasília poderá ser uma das sedes mais beneficiadas com a vitrine da copa. A Capital, que até então era desconhecida por estrangeiros e apenas um destino obrigatório para trabalhadores, pôde se expressar. Recebeu quase 500 mil turistas, cerca de 100 mil estrangeiros, que se encantaram com uma cidade estranha e diferente. Organizada e limpa. Fora do circuito turístico do País,

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uma cidade fora da curva. Finalmente, a borboleta do Cerrado abriu as asas e foi descoberta, 54 anos depois de sua inauguração. O Brasil não venceu a Copa do Mundo 2014, mas ganhou com a Copa. Foi dolorido, mas foi épico e por isso não queremos esquecer as ruas cheias, a cidade invadida, a oportunidade de conhecer povos de diferentes culturas. Apesar do estádio caro e das obras inacabadas, o improviso das torcidas em fantasias, em rodas de cantos e danças encheu nossa cidade – acostumada com o cinza do concreto – de cores, brilhos e ritmos. Talvez, um dos principais atrativos tenha sido o povo de Brasília. A educação, a boa vontade e o desejo de receber bem todos os visitantes encantaram. O encontro com estrangeiros aconteceu não apenas no Mané Garrincha, mas também nas ruas, nos shoppings UVZ IHYLZ ö Os brasilienses não estão acostumados a ouvir diferentes línguas pela rua, isso é coisa de embaixadas, de Rio de Janeiro e São Paulo. A Copa 2014 foi um momento único para a Capital. Nosso placar foi goleada. A saudade de passear na Torre de TV para treinar o inglês e arriscar um portunhol está latente. De ouvir estrangeiros arranharem o nosso português nos cantos e nos gritos. De mostrar ao mundo porque amamos nossa cidade. Nos vangloriar de sermos um museu a céu aberto

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nos fez ainda mais orgulhosos de construir a Brasília de todos. E, sim, podem continuar a vir, nós aprendemos e gos[HTVZ KL ZLY HU [YPłLZ E se é possível escolher um ponto alto, um emblema desse momento, sem dúvida, a Torre de TV é o melhor resumo da Copa. Quem imaginou que o recém-reformado espa¦V ZLYPH V NYHUKL HU [YPijV KH festa? O Brasil e o mundo se reencontraram no coração de Brasília. Antes e após os jogos, torcidas treinaram cantos de guerra e dançaram, devolvendo aos moradores um dos cartões-postais da cidade. A Feira da Torre sempre foi uma legítima representante do espírito de Bra-

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sília. Lá é possível provar do tacacá ao churrasco, da pamonha à buchada. A mistura mostra que somos a Capital onde cores e sabores brasileiros convivem em harmonia no Planalto. A escadaria foi tomada por bandeiras. Grupos se misturaram. O gringo queria aprender a sambar, mas também a bailar a salsa colombiana, o quarteto argentino. A batucada mostrou que somos um só, não importa o ritmo.

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Não ter ingresso não impediu o torcedor de vibrar na mesma música. Brasília é, LU T V LZWH¦V KLTVJYı[PJV no qual devemos construir um país melhor. A Copa nos mostrou que não importam os jogadores, importa estar no jogo. Neste ano, a Taça do Mundo pode não ter sido nossa, mas o amor e a raça sempre serão. O maior evento de futebol do planeta voltou para casa. Pode vir quando quiser, Copa do Mundo, a gente já está com saudade.

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O LEGADO NOS JOGOS Foram sete jogos no Estádio Nacional Mané Garrincha, 478.218 pessoas presentes, uma média de 68.316 torcedores por partida, a segunda maior das cidadesZLKL ö- X\LT UijV LZ[H]H por aqui, viu pela TV um pouco dessa jovem cidade de 54 anos. Ou então pelas redes sociais. Foram mais de oito milhões de fotos enviadas nas sete partidas. Uma média de 16,7 fotos por torcedor. Ficou conhecida como a “Copa das Selfies”.

FEIRA DA TORRE Quem passou por ali quis levar uma lembrança da cidade. A venda de souvenirs aumentou 300%. A praça KL HSPTLU[H¦ijV JV\ SV[HKH Segundo os feirantes, o aumento das vendas nas barracas de comida foi de 1.000%. Teve gente precisando contratar novos funcionários. Era acarajé, pastel, caldo de cana.

LAGO PARANOÁ Na falta da praia, foi por ali que eles se refrescaram, no calor seco dessa época do ano. As empresas que oferecem passeios pelo lago tiveram o dobro de movimento durante o mundial. “A expectativa era baixa, mas depois dos dois

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WYPTLPYVZ UZ KL ZLTHUH tivemos que abrir passeios extras e contratamos novos WYV ZZPVUHPZ <P]LTVZ muita procura por turistas estrangeiros e até de moradores da cidade”, conta Darse Lima, da empresa Mar de Brasília. öö

ECONOMIA A taxa de ocupação dos hotéis foi de 70%. A Secretaria Extraordinária da copa acredita que houve uma movimentação de R$ 8,4 bilhões com os sete jogos. Além disso, foram gerados dois mil empregos, direta e indiretamente, o que teve impacto na economia local em aproximadamente R$ 12 milhões.

VOOS INTERNACIONAIS Segundo dados da Inframérica, que administra o Aeroporto Internacional de Brasília, durante a Copa do Mundo, 1,6 milhão de passageiros passaram por lá. Somente nos voos internacionais o aumento foi de 55%, com 870 pousos e decolagens no período, e 67 mil passageiros estrangeiros, 35% a mais do que o mesmo período do ano passado. A maioria dos voos veio direto da Argentina, foram 116. De Lisboa foram 86 voos.

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TRABALHO COMEÇOU ANTES De acordo com o secretário de Turismo do DF, Luís Otávio Neves, o trabalho da divulgação da cidade no exterior começou no início de 2011. Foram dezenas KLöpress tripöJVT QVYUHSPZ[HZ e operadores de turismo de várias partes do mundo, um passeio de quatro dias pela Capital. “Foi um trabalho de posicionar a cidade no mercado de turismo nacional e internacional”, conta o secretário.

GUIAS A guia de turismo Ana Lúcia Mendonça, de 64 anos, trabalha no ramo há 30 anos e esteve num dos Centros de Atendimento ao Turista (CAT). Ela conta que nunca tinha visto a cidade assim. “O turista estrangeiro JV\ THYH]PSOHKV JVT H Capital, perguntou muito sobre Oscar Niemeyer. Ficou impressionado em como os brasilienses são amáveis”, conta Ana Lúcia. “Até intermediei um romance entre um norte-americano e uma chilena. Eles se conheceram no primeiro jogo da cidade. Ele não fala espanhol e ela não fala inglês. Em cada jogo, eu já esperava os dois aqui e JH]H [YHK\aPUKV H JVU]LYZHr diverte-se.

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GRINGOS De acordo com a Secretaria de Turismo, o principal elogio dos estrangeiros foi em relação a organização da cidade. “Brasília é muito especial, moderna. Na Europa eu nunca vi uma cidade com tudo novo como aqui”, declarou a alemã )U[PUH 5PJOLSZ HUVZ LUX\HU[V WHZZLH]H JVT H SOH perto da fonte luminosa da Torre de TV.

TURISMO CÍVICO Além dos estrangeiros, a Capital atraiu brasileiros. O paulistano Humberto de Alencar Pizza da Silva, 49 HUVZ HWYV]LP[V\ V T\UKPHS WHYH [YHaLY VZ SOVZ /HIYPLS 14, e Rafael, 13, para conhecer a Capital do País. “Eles a estudaram na escola e aproveitamos o jogo para ver de perto essa cidade com arquitetura tão diferente. A atmosfera gerada pelo evento deu um charme extra, mas Brasília é muito bonita. Esse espaço enorme dá uma sensação de liberdade muito grande”, declarou o turista.

ESTÁDIO E o que fazer com o grandioso monumento, que custou R$ 1,5 bilhão, em uma cidade sem tradição no futebol? O Governo do Distrito Federal estuda a melhor forma de explorar o Mané Garrincha. “Com a conclusão do estudo, X\L KL]L HJVU[LJLY H[ķ V T KV HUV ]HTVZ LUJVU[YHY V melhor modelo para administrá-lo. Vamos dar sentido a essa expressão multiuso, com academia, lojas, opções de lazer. Não será um elefante branco”, garante o secretário Extraordinário da Copa, Cláudio Monteiro. Até lá, serão realizados pelo menos seis jogos do Campeonato Brasileiro e dois shows, ainda não divulgados. “Acho que o novo Mané Garrincha pode até ajudar a desenvolver o futebol do DF”, palpita o secretário.

MAIS EVENTOS Em 2016, Brasília será uma subsede dos Jogos Olímpicos e receberá partidas de futebol e haverá o 18.º Congresso de Tecnologia da Informação. Em 2018, a Capital sediará o Fórum Mundial das Águas e, em 2019, o Universíade, evento esportivo universitário que deve reunir cerca de 12 mil jovens atletas de todo o mundo. “Temos de dar continuidade a essa descoberta turística de Brasília. Não podemos perder essa onda que a gente está surfando. A cidade mostrou que tem potencial”, declarou o secretário de Turismo, Luís Otávio Neves.

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PASSEIO

Na despedida do Lago Paranoá, a Ermida Dom Bosco, revitalizada, recebe adoradores da natureza. Por lá, faz-se de tudo: trilhas ecológicas, esportes radicais, piqueniques. Tudo isso envolvido por uma atmosfera espiritual criada a partir do sonho de um padre que enxergou Brasília dois séculos atrás

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Monumento erguido em 1957 em homenagem ao padre Dom Bosco

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Por Marina Macêdo Fotos Celso Junior

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á é costume na Capital Federal. Nos domingos ensolarados, brasilienses se encontram às margens do Lago Paranoá. Um desses pontos é mais que especial. Fica próximo ao T KHZ ıN\HZ VUKL LSHZ ZijV emparedadas pelo concreto chamado de barragem, que Kı ZLX\ĸUJPH İ VYH KV +LYrado. Exatamente neste lugar existe um dos mais belos cenários de Brasília: o Parque Ecológico Dom Bosco. Localizado na QL 32 do Lago Sul, o Parque Ecológico Dom Bosco recebe 700 WLZZVHZ WVY KPH )VZ UHPZ de semana, o número cresce para duas mil pessoas. “Cerca de 70% dos frequentadores são moradores do Distrito Federal. Em especial, habitantes do Lago Sul, Itapoã e Paranoá. Sendo apenas 30% turistas”, conta o gerente de criação e implementação de parques de uso sustentável, Antônio Silas de Souza.

Com uma área de 131 hectares, a unidade enalteJL H MH\UH L VYH [ĻWPJHZ KV Cerrado. Abriga animais da região, como tatus, seriemas, capivaras e diferentes espécies de pássaros, como tucanos e pica-paus. “Para preservar o bioma do Cerrado, temos quatro agentes ambientais tomando conta do parque. Na época da seca, ele ganha cuidado extra, com a presença de brigadista para evitar possíveis incêndios”, conta o gerente. Porém nem só de natureza vive o parque. O local é conhecido por sua religioZPKHKL ) UHS JHYYLNH LT seu nome uma homenagem ao padre Dom João Belchior Bosco, que, durante um sonho profético, em 1883, idealizou Brasília: “Entre os graus 15 e 20, existia um seio de terra bastante largo e longo, que partia de um ponto onde se formava um lago. E então, uma voz me disse, repentinamente: ‘Quando vieres escavar os minerais ocultos no meio destes montes, surgirá

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aqui a Terra da Promissão, \LU[L KL SLP[L L TLS ;LYı uma riqueza inconcebível”. Erguido em 1957, um monumento em formato de pirâmide foi batizado de Ermida Dom Bosco. Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o templo traz em seu interior uma imagem do padre Dom Bosco esculpida pelos irmãos italianos Arreghini. Protegida por vidro, a imagem recebe preces de ķPZ 7 WHYX\L HIYPNH [HTbém a Capela Dom Bosco, o Carmelo de Nossa Senhora do Carmo, o Mosteiro de São Bento, o Seminário Missionário Redemptoris Mater e o Instituto Israel Pinheiro.

ATIVIDADES RADICAIS O parque é cenário ainda para esportes radicais. Com uma ladeira de 450 metros, o espaço se destaca para a prática de skate e anualmente recebe o Overmeeting, etapa principal do Circuito Brasileiro de Skate Downhill Slide. Para o skatista Marcelo de Andrade, mais conhecido como Bocão, 25 anos, não há lugar melhor na cidade. “O parque é uma combinação entre visual e asfalto perfeitos. É uma verdadeira válvula de escape nos TL\Z UHPZ KL ZLTHUHr JVU[H Outro esporte que mostra suas manobras no parque é drift trike. Surgido na Nova Zelândia, o esporte tem como objetivo descer ladeiras em velocípedes artesanais, feitos

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Stand up paddle, canoagem e natação são algumas das atividades praticadas

pelos próprios praticantes. A parte da frente é igual a de uma bicicleta, e a de trás tem duas rodas. “A ladeira da Ermida Dom Bosco é a única em Brasília apropriada para praticar o esporte”, comenta Diego Rocktrike, 32 anos. As suas subidas e descidas também são ocupadas por atletas que praticam TV\U[HPU IPRL e desbravam até 15 km de trilha. O visual é lindo, pois a maior parte da área é de preservação do Cerrado. Mas o grande atrativo do local

LZ[ı UV T KH [HYKL <VKVZ VZ frequentadores param suas atividades e se encontram para contemplar o pôr do sol. Quando o céu de Brasília ganha ainda mais cor e beleza. A Ermida recebe crianças acompanhadas de pais, que empinam pipas, andam de bicicleta, brincam com seus cães. Nadar nas águas limpas do lago é opção quase irresistível. As sombras das árvores são disputadas pelos jovens, que organizam um piquenique com voz e

violão. Há ainda os adeptos de caminhada ou corrida, que aproveitam os intervalos dos treinos para colher frutas que nascem na estrutura do parque, como pequi, cajuzinho e melancia do cerrado.

REVITALIZAÇÃO Considerado um dos mais belos cartões-postais da Capital Federal, o Parque Ecológico Dom Bosco passou por revitalização em 2013. Realizada pelo programa Brasília,

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Cidade Parque, do Governo do Distrito Federal. Com investimento de R$ 2,7 milhões, o parque recebeu novas construções, como sede administrativa, salão de atividades socioambientais, banheiros e lanchonete. Além de reforma UV HU [LH[YV H Jķ\ HILY[V L na charmosa capelinha. Desde então, o parque passou a ser palco de eventos. Ano passado, sediou o festival gastronômico Quitutes na Orla, que recebeu oito mil pessoas. Em junho, ocorreu o Pic Nik, que

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há dois anos movimenta o Calçadão da Asa Norte e mistura música, arte, moda, gastronomia. “Esses eventos são importantes para a agenda cultural e gastronômica da cidade e para KP]\SNHY UVZZH LZ[Y\[\YHr H Yma Antônio Silas. Serviço Parque Ecológico Dom Bosco Estrada Parque Dom Bosco, QL 32 – Lago Sul. Funcionamento: Diariamente, das 6h às 20h. Entrada gratuita. Tel.: (61) 3367-4965. - THPS: parqueecologicodombosco@ gmail.com

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Capela Dom Bosco – TambĂŠm com a assinatura de Oscar Niemeyer, a capela foi erguida em 2006 na parte vivencial. O espaço nĂŁo possui programação _H L ġ L_JLSLU[L VWÂŚÄłV para realização de pequenos casamentos

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PĂ­er – Orla contemplativa – Considerada a ĂĄrea mais movimentada, a Orla Contemplativa ĂŠ a melhor opção para usuĂĄrios adeptos de natação, mergulho e canoagem. AlĂŠm de ser o cenĂĄrio ideal para o pĂ´r do sol

Carmelo de Nossa Senhora do Carmo – A charmosa estrutura YLJLIL ġPZ UH celebração da santa missa, de segunda-feira a sĂĄbado, Ă s 7h, e domingo, Ä°Z O ) PNYLQH JH aberta para visitação das 9h30 Ă s 10h50 e das 15h Ă s 16h50

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)U [LH[YV H Jġ\ HILY[V – Inaugurado em agosto de 2004 e revitalizado LT V HU [LH[YV tem capacidade para dez mil pessoas. Tem vista para o Lago ParanoĂĄ

Mosteiro de São Bento – TambÊm com atividades diårias, o mosteiro conquista os visitantes do parque. A missa acontece diariamente às 6h15. Aos såbados, às 7h15, e aos domingos, às 10h.

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SeminĂĄrio MissionĂĄrio Redemptoris Mater – Inaugurado em maio de 1994, o espaço teve como primeiro presbĂ­tero o diĂĄcono Walter Guerra. Desde entĂŁo, formou dezenas de padres

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Instituto Israel Pinheiro – Sociedade JP]PS ZLT UZ S\JYH[P]VZ o Instituto Israel Pinheiro promove atividades de caråter social e educativo

GIRO PELO PARQUE ECOLÓGICO DOM BOSCO •

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Centro de Informaçþes – Situado na entrada da parte turĂ­stica, uma pequena estrutura KPZWVUPIPSPaH WHU L[VZ com informaçþes sobre a estrutura do parque e IHUULYZ exibindo as aves e frutos comuns do Cerrado

Ermida Dom Bosco – Projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, a construção ĂŠ uma homenagem ao padre Dom JoĂŁo Belchior Bosco. No interior do templo, o padre ĂŠ lembrado com uma imagem de mĂĄrmore esculpida pelos irmĂŁos italianos Arreghini

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1SJH JVT VZ SOVZ 5HYP[H L 4\Pa -K\HYKV

CHÁ DA MALU Ilca Oliveira ganha chá de bebê das amigas Cláudia Salomão e Mônica Haddad. Organizado para apenas 35 convidadas, o petit comité teve decor de ballet e doces feitos em Paracatu, Minas Gerais, para lembrar a infância da nova mamãe // Fotos: Pablo Valadares

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Claudia Salomão Mônica Haddad

Luiz Eduardo Estevão e Marcela Oliveira

Raquel Portela, Fernanda Oliveira e Rosangela Levy

Ana Paixão e Tati Vartulli Ana Paula Gontijo Lúcia Fittipaldi com Cristiane Constantino

Lúcia e Márcia Bittar Sabrina Estrela com Kika Cardoso

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Camille Belle e Frida Gianinni

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Alexandre e Johanna Birman

Bia Yunes

Carlos Jereissati Filho reúne importantes do universo fashion para homenagear a italiana Frida Giannini, diretora criativa da Gucci. O jantar saudou a inauguração do primeiro museu temporário da Gucci no Shopping JK Iguatemi // Fotos: Luciana Prezia

A modelo Toni Garrn

Maria Prata Camila Viera Santos e Cris Biaggi

Carlos Jereissati Filho e Donata Meirelles

Francois Henri Pinault, proprietário da Gucci, e a atriz Camille Belle Costanza Pascolato

Leão Serva e Lilian Pacce Malu Barreto, Georgina Brandolini e Erika Jereissati

Melissa e Fábio Moraes

Frida Gianinni entre Nelson e Vivianne Piquet

Raquel Silveira e Roberto Paz

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NOITE SERTANEJA

William Egido abre as portas de sua residência, no Lago Sul, para brindar aniversário. Rodeado de amigos e familiares, William desfrutou de música e performance country e ofereceu o famoso boi no rolete // Fotos: Fernanda Ferreira

Arlete e Willian Egido

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Carlos e Cláudia Egido Daniele e Marlon Egido

Denise Zuba, Felipe e Isabella de Faria

Raquel Cardoso e Jaime Cuadro

César e Rafaella Egido

Elsinho e Anna Luisa Cascão Ana Cláudia Barbosa e Cynthia Czarneski

Moema Leão e Celso Martins

Ricardo Rolim e Marcos Cardoso Fábio e Claudia Pohl

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ARTE

POR MAURICIO LIMA mauricio@galeriaclima.com.br

HILAL EM BRASÍLIA O

artista Hilal Sami Hilal está com uma bela exposição em Brasília, intitulada Sherazade no Espaço Cultural da Caixa até o dia a 14 de setembro. Reúne um conjunto de obras escolhidas por ele e pela curadora Marília Panitz. No dia da abertura, houve uma visita guiada, com presença do artista. O nome Sherazade saiu do 4P]YV KHZ 5PS L =TH 6VP[LZ, que é uma coleção de histórias e contos populares originários do Médio Oriente e do sul da Ásia. Não existe uma versão

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KL UPKH KH VIYH \TH ]La X\L os antigos manuscritos árabes diferem no número e no conjunto de contos. O que é invariável nas distintas versões é que os contos estão organizados como uma série de histórias em cadeia narradas por Sherazade, esposa do rei Xariar. Este, louco por haver sido traído por sua primeira esposa, desposa uma noiva diferente todas as noites, mandando-as matar na manhã seguinte. Sherazade consegue escapar a esse destino contando histórias maravilhosas sobre diver-

sos temas que captam a curiosidade do rei. Ao amanhecer, Sherazade interrompe cada conto para continuá-lo na noite seguinte, o que a mantém viva ao longo de muitas noites – as mil e uma do título –, ao T KHZ X\HPZ V YLP ZL HYYLWLUde de seu comportamento e desiste de executá-la. Hilal buscou nesses contos inspiração para fazer uma de suas mais belas obras: um conjunto de livros conectados entre si por suas histórias. São duas as versões dessa obra, uma muito grande, em

papel, que estará presente na exposição em Brasília, e outra em cobre. Essa segunda, além de compartilhar a parte conceitual de sua irmã de papel, é feita com uma renda de cobre de extrema delicadeza e beleza. Essa obra prima do artista pertence à coleção da Galeria Clima, que representa o artista em Brasília. Hilal é um dos poucos artistas que consegue conciliar um bom conceito com uma bela execução, de tal MVYTH X\L V YLZ\S[HKV UHS agrada aos olhos dos maiores

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Obra de 1998, de trapo de algodão, pigmentos, 2 x 3m

conhecedores de arte e também aos dos leigos no assunto: todos se encantam. Fernando Pessoa escreveu em um poema: q6ijV ZLP X\HU[HZ HSTHZ [LUOV +HKH TVTLU[V T\KLP +VU[PU\HTLU[L TL LZ[YHUOV r Essas frases descrevem claramente a alma de um artista, a alma de Hilal Sami Hilal. Na busca incessante por um poema perfeito, Hilal vai além das palavras e, com seus livros sem textos, enche

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as pessoas de emoções. As mudanças que ocorrem em um artista podem ser observadas no desenvolvimento de sua obra. No caso de Hilal, sua primeira expressão artística veio na forma de simples aquarelas, mas muitas transformações ocorreram em seu pensamento e alma e o papel, que era suporte, transforma-se em obra. A fabricação de papel artesanal e o uso dele como obra em si mesmo abre uma nova janela de possibilidades para Hilal. Usando como base

uma pasta de algodão feita com roupas de seus amigos e familiares, o artista transfere a história e lembranças contidas nesses objetos para suas obras. Esse processo se dá apenas um ano após se formar em artes plásticas (1976), na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), local onde se inicia e se mantém como professor até 1996, quando, então, passa a se dedicar exclusivamente às artes plásticas. Na busca por mais conhecimentos sobre a manufatura de papel, em 1981, embar-

ca para o Japão, onde estuda novas técnicas e fórmulas para desenvolver polpas que o permitiriam fazer novas obras em papel. Durante a década de 80, Hilal continua, ainda, usando trapos de algodão agregados a pigmentos e folhas de ouro para criar seus trabalhos. Na década de 90, o artista, nascido em Vitória (ES) e descendente de família síria, busca no constante intercâmbio cultural entre Oriente e Ocidente novas inspirações para seu trabalho. O contraste entre o novo e o velho, entre o

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Na esquerda Jackson Pollock, na direita Hilal Sami Hilal

presente e o passado, também se transforma em uma referência recorrente. Segundo a crítica de arte Neusa Mendes, a justaposição de épocas, símbolos e culturas cria uma nova e estranha mitologia e arquétipos universais. Durante esse período, pode ser observada uma relação com o Gestualismo, forma de pintar que teve como grande nome o norte americano Jackson Pollock (1912 – 1956). Alguns pintores desse movimento inventaram verdadeiras escritas pessoais, faaLUKV ZPUHPZ NYı JVZ HV SVUNV da superfície da tela. Pollock colocava a tela no chão e, sobre ela, ia despejando a tinta com diversos tipos de objetos, o que permitia um certo controle sobre a pintura. Da mesma forma, Hilal, que usa uma bisnaga de confeiteiro repleta de pasta de papel, usa o chão como base de seu trabalho e, no gesto usado para desenhar, transforma-a em um rendilhado. Esse

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traçado cheio de referências e ZPNUP JHKV SLTIYH H JHSPNYH H e a arquitetura árabes. No entanto, vai muito além do puro simbolismo quando invoca em sua forma e textura uma relação direta com o Tempo. Esses trabalhos que impressionam pela beleza, mesmo os de grandes formatos ainda que de uma leveza espetacular, abrem novas portas para Hilal. Em 1996, ano em que abandona o magistério, participa da Mostra Brasil: 8HWLS .LP[V İ 5ijV, no Equador. No ano seguinte, expõe no 25º Panorama da Arte Atual Brasileira, no MAM/SP, e em coletivas na Índia e no Líbano. Essas obras ainda seriam mostradas na Alemanha, nos Estados Unidos, na Espanha e na França. Para o crítico de arte Casemiro Xavier de Mendonça (1947-1992), essas grandes rendas são tapetes voadores e, nessa referência, contêm toda a magia das lendas das 5PS L =TH 6VP[LZ que também inspirou a Sherazade.

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A Sherazade em cobre é um exemplo de trabalho em metal, material que começa a predominar na obra e mente do artista. Após o ano 2000, ele inicia uma série de estudos e tem como resultado UHS \TH [ķJUPJH X\L \ZH ıJP dos corrosivos sobre folhas de cobre e de alumínio. Após fazer a impressão do desenho sobre a folha de metal, a peça é imersa em um tanque de ácido. Com o passar do tempo, o processo de corrosão começa a atuar sobre áreas pré-determinadas. Com essa técnica, o artista emprega a força do ácido para transformar a dureza do metal em algo leve e delicado. Esse método que parece ter por resultado algo linear e preciso, sofre a intervenção do acaso, cada folha reage um pouco diferente e, com isso, mesmo que duas folhas teUOHT V TLZTV KLZLUOV JHT distintas em cor e forma. Mas essa alteração ainda permite a criação de livros que, por terem em cada uma de suas páginas o mesmo desenho, apresentam incríveis volumes e depressões. No trabalho em metal, o material mais usado é o cobre, pois o alumínio é muito frágil e reage rapidamente ao ácido. Em poucos segundos a folha é

completamente corroída, mas TLZTV JVT LZZH KP J\SKHKL foram criadas lindas obras. Atualmente, a arte contemporânea prioriza muito o conceito e muitos artistas não executam seus próprios trabalhos, apenas os idealizam. Um caso extremo é o do Inglês Damien Hirst. O artista que vendeu um tubarão dentro de um recipiente de formol por 8 milhões de dólares. Hirst tem uma série de pinturas que são apenas bolas coloridas pintadas em uma tela branca. O artista escolhe as cores e as-

sina o quadro, toda a pintura é feita por uma de suas assistentes. Com isso ele montou uma pequena fábrica de obras de arte, mas depois de atingir um pico em seus preços em 2008, suas obras já desvalorizaram 30% (trinta pontos percentuais) e estão sendo retiradas de algumas das principais casas de leilões. Hilal, por outro lado, é mais tradicional nesse quesito, pois participa de todo o processo de criação e execução de sua obra. Segundo o artista, ele mesmo gosta de fazer seus tra-

balhos e não pretende mudar isso, mesmo com a grande procura por suas obras. Hoje, se um colecionador quiser comprar um livro do artista, ele terá de esperar de três a cinco meses para receber sua obra. Não só pela intensa demanda, mas pelo fato do processo que envolve a criação de um desses objetos, que é complexo e demorado. Por isso o artista consegue produzir tão somente um número pequeno de obras por ano. * Mauricio Lima – Marchand e consultor de investimento em arte

Sherazade, em Cobre

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EMPREENDIMENTO

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Com nova linguagem de instalação empresarial, o Íon promete revolucionar o ambiente de trabalho. Com time de engenheiros, arquitetos e paisagistas expressivos, o empreendimento traz [LJUVSVNPH ZV Z[PJH¦ijV L ILT LZ[HY

Por Marina Macêdo Foto Celso Junior

C

entro político do Brasil, a Capital Federal cresce a passos largos e aos poucos deixa o estigma de cidade administrativa. Abriga cada vez mais o setor empresarial ao projetar empresas locais e acolher grandes corporações. Para atender a nova demanda, construtoras investem em empreendimentos completos. E o mais novo projeto no mercado é o Íon, idealizado por JCGontijo, ECAP Engenharia e Villela e Carvalho. Localizado na 601 Norte, ao lado da Esplanada dos Ministérios, o prédio, que JHYı WYVU[V LT V\[\IYV KL 2016, é a promessa de novos tempos no segmento de instalação empresarial. “A localização é estratégica. O Íon JHYı UV JLU[YV KV WVKLYr YLZsalta Rodrigo Nogueira, presi-

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dente da ECAP Engenharia. O nome do empreendimento foi pensado a partir das lições de química, quando um átomo carregado positivamente é intitulado de íon positivo. O empreendimento, assinado pela Dávila Arquitetura, traz uma nova realidade, que se preocupa com a mobilidade urbana. Além das 675 vagas para carros, distribuídas em três subsolos, o prédio, revestido em alumíUPV JVT ]PKYVZ YL L_P]VZ UH cor prata, incentivará o uso de novos meios de transporte para ir ao trabalho e contará com um bicicletário e tomadas para carros elétricos. Aliás, a preocupação ambiental é uma característica do prédio. Ele será o primeiro empreendimento da cidade H JVUX\PZ[HY H JLY[P JH¦ijV AQUA. Conferida pela Fundação Vanzolini, o título garante que o empreendimento foi

Divulgação

UM PRÉDIO DE FUTURO

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AMBIENTES

Rodrigo Nogueira apresenta o empreendimento

projetado para aliar o conforto e a saúde dos usuários com o menor impacto ambiental. Com vista privilegiada, o Íon se destaca ainda por seu paisagismo. Com trabalho de Benedito Abbud, exalta as peculiaridades do Cerrado. “O projeto destaca as cores e texturas diferentes do Cerrado. Em especial, os ipês”, conta Rodrigo. Entre os diferenciais, estão itens como: iluminação natural, que auxilia na redução do uso de energia elétrica; moderação no consumo de água ao adotar torneiras com fechamento automátiJV L IHJPHZ K\HS \ZO# HKLquação de jardins, espelhos d'água e fontes no projeto paisagístico, que ajuda no microclima; coleta seletiva do lixo; acessibilidade. “Tudo foi pensado em seus mínimos detalhes. O Íon é destinado para uma sociedade consciente que se preocupa com as fu-

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turas gerações”, diz Rodrigo.

ESTRUTURA O complexo é formado por uma única torre, com três andares e outros quatro pisos no subsolo. Um total de 399 salas e 51 lojas em diferentes disposições, além de espaços para eventos, praças e jardins. A tecnologia também é um dos pilares do empreendiTLU[V X\L [YHYı PKLU[P JH¦ijV por biometria, monitoramento 24 horas, sistema digital de gravação de imagens e cadastro de usuários do condomínio com controle on-line. O prédio terá sistema Wi-Fi disponível em toda sua estrutura e salas de reunião com acesso à videoconferência. Outra boa novidade é a chamada recepção remota, formato que dispensa a sala de espera em cada escri[ŀYPV -ZZL WHWLS JHYı H JHYNV

da própria recepção principal do prédio, que proporcionará LT HTIPLU[L YL UHKV V JVUforto de lojas, lanchonetes, restaurante e livraria. “Quando chegar a vez de ser atendido, o cliente ou parceiro de negócio receberá uma mensagem SMS com alerta do elevador que deverá pegar e a sala para onde se dirigir. Um modelo que agrada tanto a quem aguarda quanto quem investe no prédio, pois terá um aproveitamento melhor da sala com ausência de recepção”, explica Rodrigo Nogueira. Com pé direito de 14 metros, o ambiente central foi projetado pelo arquiteto George Zardo. Com móveis claros e contemporâneos, o espaço é adornado por palmeiras em aço inox, do artista plástico M. Cavalcante, e cascata que ajuda no clima do Cerrado. E conta com seis elevadores panorâmicos.

Focado na intensa rotina do trabalhar, o Íon oferece espaço fitness com equipamentos de ponta, um auditório para 120 pessoas sentadas com direito à área para coffee break, sala de vídeo com som, sala de tradução, foyer, depósito. Há ainda o espaço zen, destinado para quem precisa relaxar e até tirar um cochilo. E até um spa adaptado com sistema que informa o tempo para a próxima sessão. “Mesmo quem não estava procurando um novo local para se instalar, vai mudar de ideia”, brinca o presidente da ECAP Engenharia. Entre os inquilinos que Qı JVU YTHYHT ZL\ LZWH¦V H nova sede da GPS|Brasília. É lá onde a estrutura da editora concentrará seus trabalhos. A meta é oferecer conforto à equipe, acesso fácil aos roteiros das coberturas jornalístiJHZ ZV Z[PJH¦ijV WHYH YLJLILY clientes, além de segurança, tecnologia e bem-estar no trabalho. "Este é um espaço destinado a visionários. Empresários que enxergam um negócio em todas as suas esferas. O Íon fará a diferença. )JYLKP[L UHSPaH :VKYPNV Serviço ĢVU t -ZJYP[ŀYPVZ - JPLU[LZ Endereço: SGAN 601, lote H – L2 norte, Asa Norte Previsão de entrega: Outubro de 2016 www.ionbrasilia.com.br

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AMBIENTE

Fotos: Celso Junior

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MEU QUARTO, MEU TEMPLO

Chega a Brasília uma das lojas mais charmosas do Brasil. Há três décadas especializada em quartos de dormir, a Quartos & Etc convoca 13 escritórios de arquitetura da cidade para criar ambientes e chancelar seus produtos

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Por Raquel Jones

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quarto. Aliás, o seu quarto. Um espaço WHYH JHY LT ZPSĸUJPV para ler um bom livro, para HZZPZ[PY H \T IVT STL WHYH KLZWYLUKLY PU UP[HZ OVYHZ KL sono. É para lá aonde vamos quando queremos nos refugiar. Buscar o equilíbrio, recompor as energias. O quarto é o lugar onde passamos pelo menos oito horas do dia. E, claro, ele precisa de zelo. Se no passado a sala de estar era o ambiente mais valorizado da casa, hoje decorar o quarto tem sido uma busca cada vez mais frequente. “Para mim, o quarto sempre foi o meu espaço, um lugar de T\P[H PU[PTPKHKL ;LTWYL a questão de mantê-lo bonito, aconchegante e em harmonia”, conta a empresária Daniela Bessa, que traz para Brasília a loja Quartos & Etc. “Percebemos que não havia na cidade uma

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empresa com soluções completas voltadas para a decoração do quarto e a demanda era grande. Principalmente para o quarto do bebê e das crianças”, acrescenta Daniela. Ao longo de 30 anos em São Paulo, a Quartos & Etc desenvolve mobiliários de alto padrão, da cama ao cabide, incluindo criados, cabeceiras e estantes. Em 1985, mãe e SOH <LYLZPUH L 5HYPH )WH recida Cenacchi procuraram uma empresa para decorar o quarto da casa e perceberam que não havia um mercado especializado. Foi quando surgia a primeira loja em São Paulo. Atualmente, a empresa está sob a gestão de Alessandro Cenacchi. Hoje, são seis lojas no Brasil e uma fábrica em Capivari, no interior paulista.

A manufatura é cuidadosa. Mais de 25 designers desenvolvem modelos de mobiliários para a empresa que lança, anualmente, duas linhas de móveis. Peças que são releituras de móveis antigos, modelos clássicos, contemporâneos e, sobretudo, atemporais. Dentre as mais famosas, a cama Versailles, com a cabeceira feita em couro capitonê, e a cama Lyon, de linhas retas e contornos suaves, são vendidas há 25 anos pela empresa. “Nosso diferencial é ter uma coleção de móveis que não saem de moda e que podem ser customizados, atendendo às necessidades do cliente. Caso ele queira aumentar um centímetro da medida, mudar a cor, o revestimento, colocar um couro que ele trouxe de uma viagem no móvel, nós temos condições de fazer”, explica Cenacchi. As lojas seguem o modelo de mostra. De tempos em tempos, arquitetos são convidados

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AMBIENTE

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a criar ambientes decorados onde o cliente consegue visualizar com maior facilidade como aquela peça pode ser inserida na decoração. A loja na Capital Federal terá 14 ambientes distribuídos em 800 metros quadrados. E ocupará dois andares de um prédio na QI 19 do bairro Lago Sul. Quem assina o projeto é o escritório de arquitetura e designer de interiores Giovanini Lettieri. A decoração ganhou ares contemporâneos com ênfase nas cores neutras. “Na fachada, esquadrias pretas foram utilizadas. Nas paredes, a cor eleita foi o bege acizentado, que harmoniza tanto com o concreto quanto com a madeira”, explica a designer de interiores Dora Lettieri.

Elementos naturais ainda compõem o decor, desta vez, no interior da loja. Cortinas de linho na cor cru e tapetes feitos de sisal aquecem os LZWH¦VZ 7 [VX\L JSıZZPJV JV\ por conta dos três lustres de cristais que foram instalados no hall de entrada e nas áreas de circulação. Assinam os espaços internos os arquitetos e designers de interiores: Bárbara Paiva; Marcela Passamani; Renata Dutra; Juliana Santana; Larissa Dias; Juliana Leão. E os escritórios: Flávia Nasr e Laísa Carpaneda; Mariana Lombardi e Cristina Campos; Sônia Peres e Hélio Albuquerque;

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MAAI Arquitetos Associados; Cybele Barbosa Arquitetos Associados e Valéria Gontijo Studio de Arquitetura.

PRATICIDADE Para a designer de interiores Cybele Barbosa, responsável pelo projeto do quarto da brinquedoteca na loja de *YHZĻSPH V JVUZ\TPKVY UHS Qı está cansado de acompanhar H VIYH L JHY PUKV KL SVQH LT loja a procura dos itens para montar um quarto. “Na Quartos & Etc, o cliente já compra tudo pronto, com todos os móveis e acessórios, que são entregues dentro do prazo. Você só precisa adequar a marcenaria deles com o seu projeto”, destaca.

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No caso da Quartos & Etc, a criatividade do moIPSPıYPV MHa JVT X\L LSL KP cilmente seja copiado. “São móveis inovadores. Tem escrivaninha que vira baú, colchão no formato de futon para dar cara de sofá, cadeiras tipo pufs que também são usadas para guardar brinquedos. Muitas peças são versáteis, pensadas para espaços TLUVYLZr L_LTWSP JH +`ILSL Para o quarto do jovem, por exemplo, a escrivaninha, as prateleiras para colocar livros e os baldinhos para colocar lápis estão na mesma loja. No quartinho do bebê, vários tipos de trocadores, camas, bicamas, berços, poltronas de amamentação. “Há cinco anos, comprei o X\HY[V KH TPUOH SOH )NV ra, só vou trocar a roupa de cama, porque os produtos são atemporais, são peças que merecem ser preservadas por muitos anos”, resume Cybele, que também é cliente da loja.

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QUALIDADE Cada peça da Quartos & Etc é feita manualmente, passando pelas mãos de mais KL JLT WYV ZZPVUHPZ KLZKL V artesão ao vendedor da loja. Lâminas são desenvolvidas na Itália, ferragens chegam da Alemanha e da Bélgica para darem forma à peça. O resultado é uma marcenaria diferenciada, de alto

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AMBIENTE

luxo, com detalhes que revelam o primor na produção. O estrado da cama, por exemplo, possui o mesmo acabamento do mobiliário. Toda a madeira utiSPaHKH ķ JLY[P JHKH WLSV 1*)5) WVZZ\P \TH ZLJHNLT WYLKL UP da e isso faz com que o móvel trabalhe menos, preservando suas características originais. Além disso, uma pintura especial faz parte do processo. Tintas são desenvolvidas com exclusividade. Na cartela de cores, mais de 700 tons e dez tonalidades de madeiras diferentes. “Comprar um móvel da Quartos & Etc é adquirir uma peça para toda a vida. Nossa assistência técnica é eterna e não há problemas se o cliente quiser repaginar o seu móvel depois de muitos anos de uso. Troca-se a cor, o revestimento, tudo a preço de custo”, garante Cenacchi.

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Os investimentos em tecnologia e nos equipamentos fazem da marca uma referência. Um sistema de logística online foi implantado para acompanhar o pedido, desde o departamento de compras ao recebimento do almoxarifado. E assim os móveis são entregues no prazo de 38 dias úteis. "A excelência está em atuar no mesmo segmento há mais de 30 anos. Nunca mudamos nosso foco para outros mercados. Não trabalhamos com revenda, por exemplo, não vendemos armários embutidos. Demoramos tanto tempo para sermos especialistas no que fazemos, por isso não faz sentido mudar. Creio que o grande modernismo de uma empresa está em fazer o que se propõe com qualidade”, conclui Cenacchi. Serviço Quartos & Etc www.qequartos.com.br SHIS QI 19, Comércio Local, Bloco C – Lago Sul

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ACABAMENTO

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PEDRA SOBRE PEDRA Atemporais, as pedras ganham ar nobre na estética da decoração. Harmonizamse facilmente com outros materiais, são duráveis e fazem jus ao preço Ana Cristina Ballesteros mostra a mistura de pedra e madeira

Por Marina Macêdo Fotos Celso Junior

Q

uem nunca escutou o dito popular “esculpido em Carrara?”. A frase é usada quando uma pessoa se assemelha a outra e essa igualdade parece ter sido modelada em pedra natural. O mármore leva o nome homônimo de uma cidade italiana e foi crucial para Michelangelo eternizar sua obra mais MHTVZH H LZJ\S[\YH KLö,H]PK.

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Na arquitetura, não poderia ser diferente, a matéria extraída da natureza foi usada na construção do Panteão de Roma, que perdura há anos com seu aspecto nobre. É essa junção de resistência ao temWV L HY ZV Z[PJHKV X\L H[YHP até os tempos atuais a intensa procura pelos variados tipos de mármores e pedras naturais em projetos arquitetônicos. Difícil imaginar um projeto sem a utilização de pedras. Elas combinam com

qualquer tipo de decoração, da moderna à mais clássica, incluindo a rústica. Têm durabilidade e são fáceis de limpar. Elas estão em bancadas de banheiros e cozinhas, na área externa, em pisos da sala e ainda em lareiras. São escolhidas para dar um toque YL UHKV HV HTIPLU[L “A maior procura é por travertino e limestone, pois não possuem veios. Deixando assim a casa uniforme e atemporal”, comenta Ana Cristina

Ballesteros, que comanda a Galleria della Pietra, loja que oferece ampla variedade de materiais, como superfície de quartzo, mármores, ônix, limestones, travertinos, madrepérolas e pedras preciosas das melhores jazidas do mundo. Ana Cristina revela que tem sido crescente a procura por rochas na cor cinza. “O cinza é o novo bege. Entre as principais escolhas, estão o mármore Basaltina ou o limes[VUL /YPNPV )YLUPZJHr H YTH

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O trio de arquitetas Valéria Gontijo, Isabela Valença e Isabela Moura, do Valéria Gontijo Studio de Arquitetura, é expert no manuseio da matéria-prima. Elas explicam que a escolha das pedras deve ser estudada com cautela para não se tornar canZH[P]H JVT V [LTWV ö q) JHZH deve ter a mesma linguagem. Para tal, é preciso uma padronagem entres os ambientes. Aderindo cores neutras em sua parte estrutural e

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ousando em móveis e adornos JVSVYPKVZr H YTH 1ZHILSH Normalmente utilizada nos pisos da sala de estar, jantar e hall, as pedras porosas, como o mármore e travertino, agregam imponência e luxo. A sugestão das arquitetas é que, ao construir ou reformar a casa, a pessoa dê prioridade às cores bege e cinza para que se consiga uma sensação de amplitude em sua residência. Isabela Valença ressalta que, ao aplicar na parte

externa a mesma pedra eleita para a interna, o projeto dará uma percepção de continuidade. “É como dar uma sequência”, aconselha. Mas é preciso ter cuidado para não colocar pedras escuras em áreas externas, pois a exposição pode TVKP JHY H [VUHSPKHKL Apesar de lindas, as pedras não são adequadas para todos os ambientes. Isabela explica que, se instalado em quartos, por exemplo, o material tornará o cômodo frio. “As pedras não são indicadas para serem usadas em quartos. O apropriado seria optar por um piso de madeira, pois transmite mais aconchego”, explica a arquiteta. Para os banheiros, Isabela indica o branco do mármore Sivec, o bege do travertino ou o cinza do limestone Grigio Arenisca, por serem alternativas elegantes e duradouras. EspeJP JHTLU[L UH \[PSPaH¦ijV KV travertino, Ana Cristina explica: “Na pia e IV_, o travertino deve ser resinado. O restante, como parede e piso, pode ser bruto”. Na cozinha, a orientação é optar por granito ou pedras sintéticas à base de quartzo, como silestone e quantra. Visto que o grau de absorção de líquido, gordura ou sujeira é menor. Sobre as cores, Ana Cristina esclarece que o granito tem certa limitação, pois, com exceção do Preto Absoluto, as demais possuem pigmentos, ou seja, não são homogêneas. Enquanto as pedras sintéticas têm uma grande cartela de cores, que abarca desde clássicas até exóticas.

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ACABAMENTO

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usadas em cozinhas, devido a sua grande oferta de cores e baixíssimo grau de absorção KL SĻX\PKV L NVYK\YH ö6H escala de dureza de Mohs é -7. Dicas das especialistas • ö-]P[L JVSVJHY WYVK\[VZ muito quentes ou frios diretamente na pedra. É aconselhável usar aparadores. •

ö8HYH L]P[HY WVZZĻ]LPZ arranhões, utilize sempre uma vassoura macia para varrer as pedras.

Nunca use produtos abrasivos, como água sanitária ou soda cáustica, ou objetos pontiagudos para remover sujeiras.

ö)V JHPY \T SĻX\PKV na pedra, limpe imediatamente. A forma ideal de limpar é passar um pano úmido, apenas com água e detergente neutro e incolor.

Mármore ou Limestone devem passar por impermeabilização assim que as pedras forem assentadas, o objetivo é criar uma película de proteção. O recomendado é que de quatro em quatro anos o procedimento seja YLUV]HKV ö

O trio de arquitetas Valéria Gontijo, Isabela Valença e Isabela Moura

Já em áreas molhadas e NV\YTL[, Ana Cristina recomenda a aplicação de pedras brutas ou mesmo escovadas. Assim, evita possíveis aciden[LZ L LZJVYYLNłLZ ö Outra consideração das arquitetas são as possíveis combinações feitas com as pedras. Para quem não quer uma parede do banheiro toda em mármore, elas indicam instalar metade de mármore e a outra em material distinto, como palha, madeira ou tecido. “Essas misturas podem pesar menos no bolso. E são ZV Z[PJHKHZr UHSPaHT Quando o assunto é preço, os valores referentes a mármores, limestone e granitos são parecidos e variam de acordo com a pedra ornamental escolhida para o projeto. Já as pedras sintéticas tendem a ter um preço mais elevado.

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ESCOLHA O SEU Mármore A pedra natural é adequada para áreas internas e externas de baixo tráfego, com proteção dos raios solares. Devido a sua porosidade, é aconselhável que, quando aplicada em banheiros, seja resinada na parte do IV_ e da pia. A dureza do mineral é de – 3 a 4 na escala Mohs. Granito A rocha nativa é apropriada para ambientes internos ou externos, inclusive áreas úmidas. Seu grau de absorção de líquidos é menor que os do mármore e do limestone. É o mais usado em bancadas. O material exige os mesmos cuidados de limpeza das

outras pedras naturais, como não usar produtos abrasivos de limpeza imediata. Já a dureza do granito em escala Mohs é de – 6 a 7. Limestone Assim como o mármore, a pedra natural é indicada para ambientes internos e externos de baixo tráfego, com proteção dos raios solares. É altamente porosa. Seu grau de absorção de líquidos é maior que o do mármore. Já dureza do limestone é a mesma: de – 3 a 4 na escala Mohs. 8LKYHZ ZPU[ķ[PJHZ Composta de quartzo, o silestone e a quantra são pedras industrializadas. Muito

Serviço Galleria della Pietra SIA Trecho 4 – Lotes 1.180/1.210 <LS "ö(61) 3361-0826 www.galleriadellapietra.com.br

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TREINAMENTO

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NO SOSSEGO D Ter a casa numa perfeita engrenagem é possível com ajuda de consultores especializados em fazer a casa funcionar. A começar pelo [YLPUHTLU[V KVöstaff Por Marina Macêdo Foto Celso Junior

A

rotina começa cedo. Às 7h da manhã, elas já estão a postos para preparar o café da manhã, elaborar o cardápio do almoço, botar as roupas sujas para lavar, passar e manter todos os cômodos limpos e em ordem. Tem ainda as que se desdobram para cuidar de crianças ou animais domésticos. Elas são onipresentes na casa. Verdadeiras aliadas da família brasileira. Muitas empregadas domésticas se tornam membros da família. Dormem nas casas, acompanham o crescimento das crianças e conhecem a rotina dos patrões. Mantidas há décadas no mercado informal, as empregadas domésticas e babás tiveram, em abril de 2013, seus direitos trabalhistas assegurados. Com a pro-

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mulgação da chamada PEC das Domésticas, os trabalhadores domésticos conquistaram jornada semanal de 44 horas, recebimento de hora extra e salário superior ou igual ao mínimo estabelecido. “A PEC das domésticas foi um passo primordial para os trabalhadores domésticos, mas também para os empreNHKVYLZ 7 TLYJHKV JV\ THPZ exigente e demanda uma quaSP JH¦ijV KV ZLY]P¦Vr HJYLKP[H Valéria Albernaz, consultora da empresa Casa & Bebê, especializada na contratação KL WYV ZZPVUHPZ KVTķZ[PJVZ L consultoria residencial. No mercado desde 2004, a Casa & Bebê é conhecida no cenário local por selecionar, treinar e encaminhar WYV ZZPVUHPZ WHYH MHTĻSPHZ brasilienses. Com um banco de talentos que recebe, em média, cem currículos por semana, a empresa realiza um cruzamen[V KL WLY Z KV LTWYLNHKVY L empregado para uma contratação certeira. “Nosso objetivo nunca foi entregar uma lista de 20 trabalhadores para nossos clientes entrevistarem. Mas sim um contato preciso que seja compatível com sua demanda, para que haja uma convivência duradoura e harmoniosa”, explica a consultora.

) JVUZ\S[VYH >HSķYPH )SILYUHa" qķ WYLJPZV X\HSP JH¦ijV KV ZLY]P¦Vr

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DO LAR

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Antes da contratação, a empresa realiza uma entrevista prĂŠvia com o candidato, apura a trajetĂłria do trabalhador com antigos empregadores e atĂŠ oferece J\YZVZ KL WYV ZZPVUHSPaHÂŚÄłV que incluem aulas teĂłricas a prĂĄticas. “Frisamos que a WYV ZZÄłV HZZPT JVTV V\[YHZ requer pontualidade, postura, ĂŠtica e serviço de qualidadeâ€?, H YTH >HSġYPH )SILYUHa A maior procura ĂŠ por \TH WLZZVH KL JVU HUÂŚH YLvela a consultora. Uma relação conquistada com atitudes diĂĄrias. “No curso, explicamos que pequenos atos fazem a diferença. Como avisar se o Ă´nibus vai atrasar. E evitar externar situaçþes da rotina dos empregadores para terceiros. Aquela famosa conversa debaixo dos blocos com porteiros ou nos parquinhos com outras babĂĄsâ€?, L_LTWSP JH >HSġYPH Em especial para babĂĄs, a formação esclarece questĂľes de higiene, como o indispensĂĄvel uso do uniforme, necessĂĄrio para a saĂşde dos bebĂŞs. “O recĂŠm-nascido estĂĄ muito exposto, ainda nĂŁo tomou todas as vacinas. AtĂŠ brincamos: quando chegar ao trabalho, nĂŁo dĂŞ nem bom-dia, vĂĄ direto para o banho. ;VIYL V \UPMVYTL V WYV ZZPVnal nĂŁo deve pegar um bebĂŞ com a roupa que andou no Ă´nibus apertadoâ€?, diz ValĂŠria. A capacitação traz tambĂŠm liçþes como forma de tratamento, manuseio de alimentos, como limpar os cĂ´modos, os porquĂŞs de lavar as roupas separadamente,

necessidade de uma agenda telefĂ´nica e otimização do tempo. Sendo esse Ăşltimo, um serviço in loco, onde uma consultora organiza a rotina da casa ao diagnosticar problemas e executar mudanças. Um episĂłdio que comWYV]H H WVZ[\YH KLZZL WYV Zsional lapidado pela Casa & BebĂŞ ocorreu recentemente na empresa. “Ao efetivar nossa indicação, uma cliente começou a notar a diferença de comportamento entre sua nova funcionĂĄria e outra que jĂĄ trabalha com ela hĂĄ anos. Foi quando ela nos solicitou para aplicarmos o mesmo curso de aperfeiçoamento na sua antiga funcioUÄąYPHr JVU[H H JVUZ\S[VYH Ăś Outro serviço oferecido ĂŠ a consulta de advogados e contadores para os clientes, em caso de dĂşvidas em relação ao pagamento de fĂŠrias, dĂŠcimo terceiro, horas extras, fundo de NHYHU[PH L 16;; Ăś q=TH ]La X\L um cliente contratou nosso serviço, ele poderĂĄ sempre contar JVT UVZZV Z\WVY[Lr UHSPaH A empresa recruta ainda tĂŠcnicos de enfermagem, enfermeiros, folguistas, cuidadores de idosos, motoristas, jardineiros, caseiros, entre V\[YVZ WYV ZZPVUHPZ 8VKL OHver troca caso o cliente nĂŁo se adapte ao funcionĂĄrio. A consulta tem valor Ăşnico e nĂŁo LU]VS]L TLUZHSPKHKL Ăś Serviço Casa & BebĂŞ Unidade Asa Norte (61) 3034-8008 Unidade Lago Sul (61) 3365-3698Ăśc www.casaebebebsb.com.br

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SAÚDE

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AINDA É CEDO

Gravidez tardia tornou-se praxe no universo feminino. Na última década, houve aumento de quase 20% nas mulheres que engravidaram após 40 anos. Existem barreiras há serem vencidas, mas, com o uso da tecnologia e bons hábitos, a gestação pode ser segura

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Por Raquel Jones Fotos Celso Junior

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um passado próximo, para as mulheres, casar L [LY SOVZ LYH V P[LT número um na lista do que se esperar para o futuro. Sentiam-se plenamente felizes somente após a chegada do primogênito. Mas, a independência feminina fez essa prioridade mudar. A maternidade deu lugar à carreira. Ser mãe passou a ser algo para se querer após os 30, 35 anos e, até mesmo, depois dos 40. Dados do Instituto Brasileiro de /LVNYH H L -Z[H[ĻZ[PJH 1*/- mostram que as mulheres es[ijV NLYHUKV SOVZ THPZ [HYKL Entre 2003 e 2012, houve um aumento de 17% de gestantes entre 40 e 44 anos. Mas, se por um lado a maturidade pessoal L UHUJLPYH [VYUH THPZ MıJPS H nova vida, por outro, é preciso enfrentar algumas barreiras que chegam com a idade. A funcionária pública Léia Veicer, grávida aos 42 anos, enquadra-se nessa esta[ĻZ[PJH q)VZ HUVZ a TL\ primeiro concurso público. E iniciei uma longa trajetória WYV ZZPVUHS .Pa K\HZ MHJ\Sdades, casei mais tarde, aos 36 anos. Nunca abandonei a vontade de ser mãe. Tinha momentos em que sentia um vazio e pensava: para quem vou deixar os ensinamentos que me MVYHT WHZZHKVZ'r JVU KLUJPH Junto com os planos de uma gravidez tardia, vem a ansiedade e problemas de infertilidade. Para Léia, o medo de não conseguir engravidar sempre a assombrou. “Em con-

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sultas ginecológicas, o meu médico me alertava sobre as KP J\SKHKLZ X\L HJVTL[LT HZ mulheres mais velhas”, conta Léia, que não precisou de recorrer a tratamentos. Os cuidados são redobrados em uma gestação após os 40. “Apesar dos exames demonstrarem normalidade, minha gravidez é considerada de risco. Segundo os médicos, já não tenho a musculatura das mulheres mais jovens e meu parto deverá ser cesariana”, conta a funcionária pública. Além das consultas de rotina que toda grávida faz, há uma preocupação maior: o controle da glicose e da pressão arterial, uma vez que em grávidas com idade avançada há uma maior propensão à ocorrência de diabete gestacional e pré-eclâmpsia. De acordo com a educadora física Daniela Rico, uma aliada importante das gestantes na faixa entre os 35 e os 45 anos é a prática de exercícios físicos. Mas é preciso pegar leve. “Atividades intensas que aumentam muito a frequência cardíaca, de alto impacto e que ofereçam risco de queda devem ser interrompidas”, destaca. Daniela Rico alerta para alguns sintomas. “Dor no abdômen, cólicas, sangramento, contração uterina, dor de cabeça, desmaio e tonturas não devem ser ignorados. A gestante deve procurar o méKPJV PTLKPH[HTLU[Lr H YTH A atividade física melhora o tônus muscular e o assoalho pélvico e ainda controla o peso, previne

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SAÚDE

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Léia Veicer, grávida aos 42 anos: atenção redobrada por causa da idade

uma depressão pré e pós parto, que muitas vezes ocorre devido às alterações hormonais e às mudanças radicais na vida do casal. Alongamentos e atividades na água também são excelentes para as gestantes. “Melhoram a circulação, previnem trombose, hemorroidas e varizes e diminuem edemas e retenção de líquido. Ainda

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contribuem para uma melhor performance no condicionamento físico, pois o peso diminui na água e elas conseguem se movimentar melhor, sentem menos dores nas costas, nos pés e na lombar”, indica Daniela. Infelizmente, o relógio social corre diferente do biológico. E a ansiedade com relação ao assun-

to tem motivos reais. De acordo com o especialista em reprodução humana e diretor da rede Pró-Criar, João Pedro Junqueira, o ser humano tem a maior taxa de infertilidade do reino animal. A recomendação médica é que o casal deve tentar por pelo menos um ano engravidar naturalmente. Para a mulher com

mais de 35 anos, o indicado é aguardar seis meses. A partir desse prazo, recomenda-se procurar ajuda. Segundo Junqueira, é preciso avaliar cada etapa. “O primeiro passo é saber se a mulher está ovulando. Posteriormente, avaliamos suas dosagens hormonais e se as trompas estão funcionando. O exame chamado

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TRATAMENTOS

histerossalpingografia, que funciona como um raio x das trompas, pode revelar se essas estão com o canal bloqueado ou não. Também é importante o homem fazer um espermograma detalhado”, explica. “O casal precisa entender que nem sempre há um motivo real para a infertilidade”, observa Junqueira.

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No Brasil, são três os problemas principais que impedem a gravidez: alterações das trompas, dificuldade em ovular, como a síndrome do ovário policístico, e a endometriose. Nos homens, as dificuldades passam pela motilidade, a concentração e o formato dos espermatozoides. Nesse caso, não existe tratamento e, sim, e, sim, é possível fazer uma análise morfológica do espermatozoide e a seleção dos “melhores” para uma fertilização. 40% das causas de infertilidade do casal dizem respeito às mulheres e 40%, aos homens. Os outros 20% são causas mistas. Hoje, os tratamentos utilizados são: indução à ovuSH¦ijV PUZLTPUH¦ijV HY[P JPHS L Fertilização in Vitro (FIV). E é preciso se preparar para gastar, uma vez que os tratamentos são caros. A primeira tentativa é a indução, indicado para as mulheres que ovulam de forma irregular, como as portadoras da síndrome dos ovários policísticos. A paciente usa medicamentos que induzem a ovulação e depois faz ecografia transvaginal para o controle dos óvulos. Custa cerca de R$ 1 mil por mês. Caso esteja tudo certo com relação a quantidade e qualidade dos óvulos, a paciente pratica atividades sexuais no período fértil. Esse processo

CHANCES DE FECUNDAÇÃO/ MÊS, SEM TRATAMENTO Até os 35 anos

20% Após os 35 anos

15% Dos 38 a 40 anos

10% De 41 a 42 anos

5% Após os 43 anos

1,7%

é denominado coito programado e recomenda-se fazê-lo por, no mínimo, três meses. Ele pode aumentar em até 25% as chances de engravidar por mês, dependendo da idade e do organismo da mulher. Caso a indução não dê certo após um período de cerca de três a seis meses, recomenda-se partir para outra técnica, que pode ser a PUZLTPUH¦ijV HY[P JPHS L H .LYtilização in Vitro (FIV). Ela foi PU[YVK\aPKH UV T KVZ HUVZ 70 e início dos anos 80, considerada um grande avanço para a medicina reprodutiva UH ķWVJH 0VQL T\P[VZ WYV Zsionais consideram a técnica ultrapassada, mas ainda é utilizada. É indicado para mulheres que têm problemas na entrada do útero e o médico insemina o espermatozoide acima desse ponto, na cavidade uterina, no dia da ovulação. A técnica custa de R$ 1 mil a R$ 4 mil e pode aumentar em até 20% a probabilidade da fecundação. A Fertilização in Vitro (FIV) é o tratamento mais caro, a partir de R$ 15 mil, THZ V THPZ L JHa WVKL H\mentar em até 60% a chance de engravidar, o que varia de mulher para mulher e de acordo com a idade. Atualmente, a técnica tem substi[\ĻKV H PUZLTPUH¦ijV HY[P JPHS É um processo em que as células ovarianas são fertilizadas pelo espermatozoide fora do corpo, in vitro. O óvulo fertilizado é então transferido ao útero da paciente.

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SAÚDE

TECNOLOGIA Uma das grandes novidades do segmento da reprodução assistida é a avaliação genética da paciente. Por meio da técnica de PGS (Screening genético pré-implantacional), é possível fazer uma análise embrionária detalhada, selecionando os embriões mais saudáveis. Além de ser uma boa opção para mulheres maduras, o método diminui as chances de gravidez múltipla. “PGS é um diagnóstico pré-implementacional em que se retira uma

célula do embrião para uma análise genética. Funciona da mesma forma que a análise do cariótipo sanguíneo, só que o estudo é feito no embrião. Apesar de ser uma pesquisa detalhada, não se consegue diagnosticar todas as síndromes”, explica Junqueira. Outro avanço para uma gravidez de sucesso é o congelamento de óvulos, a criopreservação. O desenvolvimento dessa técnica tem permitido a estas mulheres colher e preservar seus óvulos numa idade ainda jovem para a utilização no momento que desejarem.

HÁBITOS E A FERTILIDADE •

Pílula anticoncepcional – O uso excessivo e a longo prazo não causa infertilidade, mas pode esconder um problema preexistente que irá se manifestar quando a mulher deixar de tomar a pílula.

Síndrome de Down – A doença é mais prevalente em fetos gerados em mulheres a partir dos 38 anos de idade.

Aborto – O aumento da taxa de aborto também está relacionada com a idade do óvulo. Ou seja, quanto mais velha, mais chance de um aborto espontâneo.

Drogas – Tabagismo, alcoolismo, uso de drogas e YLTķKPVZ HU[PKLWYLZZP]VZ SL]HT H KP J\SKHKL KL ejaculação, impotência e afetam a produção dos espermatozoides, alterando sua motilidade (mobilidade), concentração e formato. Na mulher, o fumo também afeta a qualidade dos óvulos

Genética – A mulher que tiver um caso de mãe e irmã com menopausa precoce na família, antes dos 40 anos, deve procurar orientação médica. Homens com parentes com histórico de ausência de esperma devem se consultar com um especialista.

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“O ideal é a mulher congelar a partir dos 30 anos até os 35 anos. Depois dos 35 anos, ela estará congelando óvulo ruim”, acrescenta Junqueira. Outro fator que pode atrapalhar é o psicológico. De acordo com a psicanalista Judith Rodrigues, o acompanhamento trabalha com as reais possibilidades que o médico apresentar. “Conforme o diagnóstico, trabalhamos a paciente para se colocar emocionalmente, aceitando a realidade, conduzindo o processo sem ansiedade e sentimentos de culpa”, avalia.

Infelizmente, muitas mulheres se culpam por deixar a gravidez em segundo plano e se veem numa situação em que uma gestação é quase impossível. “O sentimento de culpa é como um aprisionamento, a paciente julga ela própria podendo chegar a um estágio depressivo. É preciso entender que a vida é feita de fases e naquele momento a maternidade não foi prioridade na vida dela”, complementa. Ainda segundo Judith, “muitas mulheres desejam engravidar mais por uma pressão social do que por uma vocação”, observa.

Pílula do dia seguinte – O uso abusivo da pílula do dia seguinte pode levar a distúrbios hormonais relacionados à infertilidade. Essa pílula é indicada apenas em caso de emergências e não deve ser usada rotineiramente.

Vasectomia – Existe reversão para paciente com vasectomia. Porém, quanto maior o tempo, pior o resultado. Reversão após dez anos da cirurgia pode ter menos sucesso. Após a reversão, deve-se esperar um a dois anos para a mulher engravidar.

Alimentação – Uma dieta desequilibrada, baixo peso, estresse, alimentação que não seja saudável causam KP J\SKHKLZ WHYH LUNYH]PKHY -Z[\KVZ HWVU[HT X\L homens que consomem grande quantidade de carne e de leite apresentam perda de fertilidade, por causa do alto nível de hormônios destes alimentos. A chamada “dieta mediterrânea”, com consumo de alto nível de ômega 3, presente em peixes de água fria, como salmão e sardinha, nozes e ervilhas, por exemplo, pode favorecer o sistema de reprodução.

Gêmeos – A gestação de gêmeos por reprodução assistida é bem menor do que se imagina, correspondendo a apenas 10% dos casos.

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RETRANCA

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A incrível história de um menino que se apaixonou pela ciência ao ler livros catados do lixo. Numa juventude sofrida, mas inspiradora, tornou-se médico e hoje transita em três hospitais, clinicando. Seu sonho? Tornar-se padre

Por Paulo Pimenta Fotos Celso Junior

“M

inha mãezinha Izaltina, você sofreu tanto com a nossa vida difícil, com nossa família L ZL\Z SOVZ TL\Z PYTijVZ - desde o dia em que meu pai Raimundo morreu muitas di J\SKHKLZ ]PLYHT 0VQL ]VJĸ está velhinha e frágil, mas eu resisti e lhe ofereço essa vitória da perseverança sobre a aridez da exclusão social e econômica. Tanto sofrimento não me impediu de ser médico. Eu vou te dar uma boa vida.” Assim começa o texto de agradecimento do convite de formatura do Dr. Cícero Pereira Batista, recém-formado em Medicina pelas Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central (Faciplac). Quem o vê sob o jaleco branco e com o estetoscópio envolto no pescoço jamais conseguiria imaginar

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o quão difícil foi o caminho para chegar até ali. E poderiam até duvidar da história. Antes de chegar à Nova QNL, uma parte do bairro de Taguatinga, ainda pequeno, ele morou na Candangolândia. O número de pessoas na mesma casa demandou a mudança. Só de irmãos são 20, mas nem todos conseguiram sobreviver. No novo endereço, também conhecido como Chaparral, com altos índices de violência, o médico viu o corpo do irmão estendido no chão após ser assassinado, presenciou o sofrimento da mãe que lutava contra o alcoolismo e teve de lidar com a falta do pai que morreu quando ele tinha dois anos de idade. Mas o brasiliense de 33 anos foi além das expectativas daqueles que o viram rasgar sacos de lixo em busca de alimento, vigiar carros e desmaiar de fome em sala de aula. Muito mais que de comida, Cícero tinha fome de conhecimento. Foi em meio ao chorume produzido pela decomposição de restos orgânicos que ele encontrou os responsáveis pela mudança de vida: os livros. Nas ruas, além dos detritos encontrou várias obras literárias e pedagógicas. E disparou a ler. Um dia encontrou a carcaça de uma câmera Polaroid. Fez do objeto uma lente de aumento e passou a analisar os piolhos que tinha na cabeça, comparando com os livros. Ali nascia a paixão pela ciência. A irmã era a companheira de aventuras em busca da alimentação. “Eu não cata-

va lixo para vender, era para comer. Eu precisava sobreviver”, desabafa. O garoto levava uma panela vazia para a escola e pedia o que sobrava da merenda para que a família tivesse com o que se alimentar. Quando chegou à oitava série, fez um concurso para [LU[HY LU[YHY UV LUZPUV WYV Zsionalizante e a área escolhida foi Enfermagem. Cícero passou LT ZLN\UKV S\NHY ) LZJVSH cava em Ceilândia e ele morava em Taguatinga. Se não havia condições para comer, que dirá de pagar o transporte público. Todos os dias Cícero caminhava cerca de 40 minutos. Como o curso era matutino e vespertino, sobravam apenas as noites para ele revirar o lixo. O que encontrava era apenas os restos do resto. Algumas vezes chegou a passar mal e desmaiar dentro da sala de aula, o que motivou professores e colegas a preparar uma cesta básica e entregar para ele em uma sacola transparente que era levada para casa misturada com a timidez. “Eu não falava que estava com fome. Falava que tinha anemia. Eu tinha vergonha, era muito orgulhoso”, lembra.

PERSPICÁCIA A curiosidade matou o gato. Na verdade, os cachorYVZ +HKH UV]V SOV[L X\L Bolinha, cadela de estimação, tinha e não sobrevivia, Cícero utilizava para experimento. Dissecava o bicho e comparava ao que via nos livros de

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SUPERAÇÃO

Biologia. Leu toda a Barsa, enciclopédia bastante famosa antes da internet. No lixo, também encontrou discos de vinil. “Eu queria saber quem era aquele cara de peruca que nasceu em 1685. Como que a música dele chegou até nós se naquela época não tinha gravador?”, questiona. O homem a quem se refere é Johann Sebastian Bach, um dos maiores nomes do cenário musical de todos os tempos. Nas capas dos discos, descobriu a história dos compositores. Devorou cada palavra e se apaixonou pela música erudita. Dali saiu boa parte das inspirações. “Se Beethoven era surdo e pobre e fez o que fez, por que eu não WVKLYPH MHaLY'r KLZH H Juca, como era chamado quando criança, foi batizado Cícero após a promessa feita pela mãe para curar uma WUL\TVUPH X\L H[PUNP\ V lho pequeno. Ela, nordestina, V JVU V\ H 8HKYL +ĻJLYV V 8HKPT +P¦V N\YH JVUOLJPKH UH crença cearense.

O COMEÇO DA NOVA VIDA Quando terminou o J\YZV WYV ZZPVUHSPaHU[L +Ļcero passou dois anos desempregado. O então auxiliar de enfermagem vigiou carros, LU[YLNV\ WHU L[VZ UHZ Y\HZ e deu aulas de reforço, principalmente de Biologia e Matemática. Nunca deixou de estudar e, em 2002, foi

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aprovado no concurso da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal. Ele amava o que fazia, mas não se sentia valorizado. Cícero queria ir além e não tirou os olhos da Medicina. Foi quando prestou vestibular em uma faculdade particular de Araguari, em Minas Gerais. E passou. O problema seria conciliar o trabalho em Brasília com as aulas em terras mineiras. O embate foi parcialmente resolvido com a mudança de horários no Hospital Regional de Taguatinga. Para cumprir as 40 horas semanais do contrato, Cícero trabalhava durante [VKV V UHS KL ZLTHUH

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O plantão se estendia até segunda-feira de manhã, quando tomava três ônibus para chegar até a Rodoviária Interestadual de Brasília. De lá seguia em um novo coletivo de volta a Araguari. Como gastava toda a manhã nesse percurso e, com isso, perdia as aulas do primeiro turno, contou com a ajuda de professores para não ser prejudicado no conteúdo. O salário de R$ 1,8 mil destinado ao pagamento da faculdade não conseguiu acompanhar os reajustes da mensalidade. Mesmo com WYVNYHTHZ KL UHUJPHTLU[V parciais, estudar medicina em uma faculdade particular sem

bolsa se tornou inviável. Conseguiu participar do Programa Universidade para Todos (Prouni), do Governo Federal, e conquistou uma bolsa integral para estudar em Paracatu (MG). Ainda sonhando em voltar para mais perto da mãe e do trabalho, tentou mais uma vez e garantiu uma vaga com o mesmo benefício em Brasília.

ESPERANÇA RENOVADA Ao retornar à Capital, as matérias não serviram para que pudesse avançar para os períodos seguintes.

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Cícero começou o curso do zero novamente. Único da turma da faculdade que não tinha carro, ele continuava chegando atrasado nas aulas. A roupa branca exigida na MVYTH¦ijV T\P[HZ ]LaLZ JH]H suja quando chovia. Nessa época, descobriu os materiais disponibilizados pelo T-Bone no projeto Biblioteca Popular. Em 37 paradas de ônibus da W3 Norte, na Asa Norte, milhares de livros JHT İ KPZWVZP¦ijV KVZ WHZsageiros para empréstimos. No meio de tanta variedade, o aluno encontrou diversos títulos necessários para a formação acadêmica. Em uma sala de quase 40 alunos em que apenas dois não eram brancos ou pardos, Cícero diz que precisava se destacar. “Ainda mais por ser negro e bolsista, eu tinha que provar que era o melhor, muito bom aluno”, lembra. Ele também foi muito ajudado por colegas e docentes nesse período. A gratidão ZLYı LZ[HTWHKH UH WYV ZZijV “Eu tenho obrigação de fazer uma boa medicina. Ai de mim ZL aLY HSN\TH JVPZH LYYHKH Tenho essa dívida com meus WYVMLZZVYLZr UHSPaH

VOOS MAIS ALTOS Cícero ainda mora no Chaparral, em uma casa simples, dois quartos, dois IHUOLPYVZ \T S[YV KL IHYYV uma TV sobre a escrivaninha

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e centenas de discos de vinil. Solteiro, prepara a mudança para morar sozinho em Águas Claras. Tem três empregos que pagam bem e aguarda a chegada do próximo mês para receber o primeiro salário como médico. Quer se especializar em Psiquiatria. Com plantões que variam de R$ 800 a R$ 1 mil, a expectativa deveria ser grande para a ascensão social. Mas não é. Completamente de surpresa, Cícero revelou à LX\PWL KHö/8;c *YHZĻSPHöque o maior sonho é se tornar padre. Ele sabe a história da Igreja Católica a fundo, conhece a biografia de vários santos e vai às missas aos domingos em que não trabalha. Também defende essa religião como algo benéfico para o mundo. Para ele, só a Medicina não lhe basta mais. Abandonar tudo e seguir para uma experiência religiosa não é possível no momento porque mais pessoas dependem dele. “Eu amo minha família, amo minha mãe, mas não queria ter essa responsabilidade. Eu queria entrar para um seminário”, desabafa. A remuneração que vai receber não é o foco dos pensamentos dele, que inclusive disse querer fazer voto de pobreza. “Isso (o dinheiro) não brilha nos meus olhos. Minha vocação é sincera. Minha vida fala por mim”, emociona-se. 2ı ZL WYLWHYHUKV WHYHö J\YZVZ KL <LVSVNPH L .PSVZV H sonha com o dia em que vai consagrar vinho e pão na

missa. O desejo de se tornar sacerdote precisa ser realizado, apenas por vontade dele, ainda no papado de Francisco – uma das inspirações do rapaz. Após se sentir chamado à vida celibatária, o médico quer encontrar a felicidade e o alívio na ordenação sacerdotal. “Eu preciso dessa paz. ,L\Zö ķ T\P[V JOH[V T\P[V inquieto. Enquanto você não aLY HX\PSV X\L -SL X\LY -SL JH [L oM\[\JHUKVpr H YTH Quando questionado sobre quem é esse ser pelo qual acredita ter sido chamado, responde: “Deus é aquela mulher que me criou, que me abraçou e fez crescer aquele [HU[V KL SOV ,L\Z ķ HTVY Deus está na pessoa. Deus não é aquela coisa em cima das nuvens, não! Ele está no próximo”, pontua. Inspirado no pilar do amor e da solidariedade, Cícero sonha em proporcionar uma vida melhor à família e, só então tornar-se padre. Enquanto muitos pensariam ter ultrapassado a linha de chegada, ele continua a travessia à procura da felicidade plena. A história de Cícero pode ser o remédio para curar as dores da família, a esperança para quem andava desacreditado, a concretização da persistência ou a porta de entrada para a fé. Quem sabe nada disso foi por acaso. Toda essa história pode ser apenas a primeira parte de um ensaio para aqueles que cuidam de si, da família, do mundo e, quem sabe, ouve os WYLZZıNPVZ KLö ,L\Z

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Sele巽達o do

PH Paulo Henrique Chaves escalou seu time de amigos para comemorar a chegada dos seus 17 anos. Em clima de futebol, feijoada e caipiroska, a tarde foi oferecida por Agenor Netto e Adriana Chaves // Fotos: Fernanda Ferreira

Agenor Netto, Paulo Henrique e Adriana Chaves

Catharina, Paco e Ana Paula Hoff Brito O aniversariante com a irm達 Valentina e a m達e Karine

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João Paulo Verano e Débora Sarkis

Leandro Daroit e Gabriella Bueno

Marco Antônio Gomes e Laura Cunha

Gabriel Bonato, Luis Felipe Gontijo e Pedro Augusto de Almeida

Celso Junior e Gustavo Sarmento

Manuella Sena, Tabata e Jade Santana

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SOCIAL

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Duda, Valdir e Valdir Junior Piran

Fernanda Vilela

Com decoração de Tânia Alves, o evento ganhou as cores da bandeira do Brasil. Já as picapes do encontro, JHYHT H JHYNV KV WYŀWYPV aniversariante

Gim e Cristina Argello

Marcus Frota,Gabriel Luis, Valter Vitelli e Fernando Filho

Rafael, Luciano e Lilian Schneiske Cristiano Araújo, Mariana Lovis e Benjamin Lovis Araújo

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Cintia Suaiden e Isac Ribeiro

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Maria Beatriz Cunha Campos ferve noite brasiliense com a chegada dos seus 18 anos. Em clima badalado, recebe 300 amigos e familiares ao som dos DJs Cassiano e Anndrey Mansur na Q5 Club // Fotos: Tomรกs Faquini

A aniversariante com Pedro Cunha Campo

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Rodrigo Martins e Ana Maria Cunha Campos

André Moreira, Tiz e Juliana Cunha Campos

Antônia Dantas, Fabiano e Luciana Cunha Campos

Gabriel, Maria Beatriz, Ana Luisa, Ana Carolina e Carlos Vinicius Dieguez

Tiz nas picapes da Q5 Club

Bolivar, Deborah Pinheiro, Carlos Vinícius Dieguez e Ana Luisa Cunha Campos

Tiz entre os tios Liliana e José Gastão da Cunha Neto

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Foi dada a largada para a construção da Capital da República pelos próximos quatro anos. Os candidatos começaram a campanha e apresentam seus planos de governo. GPS|Brasília conversou com eles e mostra o que cada um pretende fazer pela cidade

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Por Marcella Oliveira Fotos Celso Junior

A

corrida ao Palácio do Buriti já começou. Seis candidatos ao cargo de governador do Distrito Federal pelos próximos quatro anos já estão nas ruas desde o dia 6 de julho. Aos poucos, deixam as reuniões internas para fa-

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zer caminhadas, comícios e divulgar seus planos de governo. Em breve, os debates começarão. É o momento em que os candidatos se igualam. Não importa qual tenha mais verba para fazer campanha ou mais tempo de tevê. Dos candidatos, dois veteranos. O atual governador, Agnelo Queiroz (PT), quer

se reeleger, com campanha voltada para destacar o trabalho que realizou nos últimos quatro anos. O ex-governador José Roberto Arruda (PR), que governou o DF por três anos, reaparece, tenta se aproximar da população e aposta em um discurso de crítica à atual gestão. Até agora, os dois têm trocado farpas nas entrevistas

que deram à imprensa. Um atacando o governo do outro. Outros dois concorrentes tentam mais uma vez a vaga. O senador Rodrigo Rollemberg (PSB) já disputou o GDF em 2002, perdendo, na época, para Joaquim Roriz. Já Toninho do PSol tenta pela terceira vez consecutiva. Com um discurso cheio de ideologias, quer ultrapassar os 14,5% dos votos que teve nas eleições passadas. Estreante na disputa, Luiz Pitiman aposta num discurso de mudança, uma vez que é novo na política do DF, está em seu primeiro mandato de deputado federal. Ele, Agnelo e Rollemberg se dividem entre o mandato atual e a campanha. Já a jovem Perci Marrara (PCO), de apenas 32 anos, pouco apareceu até agora. Com uma campanha tímida, não deve nem participar dos debates políticos. As eleições deste ano acontecem de forma bem diferente da passada, quando o DF vinha de uma fase difícil após ter quatro governadores em um ano e quase ter sofrido intervenção federal. A caminhada é longa até o dia 4 de outubro, véspera das eleições do primeiro turno e último dia de campanha. Conheça um pouco das propostas dos cinco principais candidatos.

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AGNELO QUEIROZ (PT) • • • •

Vice: Tadeu Filipelli (PMDB) Coligação Respeito por Brasília: PT, PMDB, PRB, PCdoB, PRP, PPL, PV, PP, PTN, PTdoB , PSC, PROS, PTC, PSL, PHS e PEN Limite de gastos na campanha (registrado na Justiça Eleitoral): R$ 70 milhões Bens declarados à Justiça Eleitoral: R$ 906.583,95

O governador Agnelo Queiroz tenta a reeleição. Alega que o início do seu governo foi para arrumar a casa, uma vez que assumiu após uma sequência de escândalos políticos. “Tudo era urgente, mas primeiro era preciso colocar as contas em ordem, porque o GDF estava perdendo dinheiro e tinha o crédito ameaçado. Foram 18 meses até que a situação se normalizasse. A partir daí é que pudemos concluir as obras paradas, sanando as irregularidades uma a uma, e iniciar realmente nosso programa de governo. Com mais quatro anos, vamos conseguir YLUV]HY V ,.r H YTH Agnelo tem 55 anos e quase 30 dedicados à política. É casado com a médica Ilza Queiroz e [LT KVPZ SOVZ 6HZJPKV LT Itapetinga (BA), formou-se em Medicina pela Universidade da Bahia e mudou-se para Brasília em meados dos anos 1980, para fazer residência. 8VY HX\P SPV\ ZL HV 8HY[PKV Comunista do Brasil (PCdoB). Na primeira eleição para a Câmara Legislativa do DF, em 1990, foi eleito deputado distrital. Em 1994, ganhou as eleições para deputado federal, cargo que ocupou por dois mandatos. Entre

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2003 e 2006, foi Ministro do Esporte durante o Governo Lula. Nas eleições de 2006, concorreu a uma vaga no Senado Federal, mas perdeu para o ex-governador Joaquim Roriz. Em 2008, após mais de 20 anos no PCdoB, KLP_V\ V WHY[PKV SPV\ ZL HV Partido dos Trabalhadores (PT), e concorreu ao GDF em 2010. Foi eleito em segundo turno com 66,1% dos votos, derrotando a candidata Weslian Roriz. O tom que dará a sua campanha é o de destacar o que fez neste mandato. “Não há dúvida de que estamos numa situação muito melhor, em plena mudança. Por isso que sou candidato a um UV]V THUKH[Vr H YTH Entre os destaques, garantiu o Passe Livre aos estudantes e renovou a frota de ônibus. Construiu Unidades de Pronto Atendimento e trocou o asfalto em todo o DF. Também construiu o Estádio Nacional Mané Garrincha. ”Estamos estudando a possibilidad de contratar uma empresa que promova eventos esportivos e shows no estádio.”

brasileira. Saí vitorioso de um processo complicadíssimo, X\HUKV V ,. JV\ ZLT JYķKP[V L sem serviços públicos essenciais por problemas de gestão. Entre VZ V\[YVZ JHUKPKH[VZ Oı \T JOH suja e outro sem experiência administrativa relevante, e espero mostrar que eu sou o mais capaz.

CAMPANHA Na campanha anterior, eu me dediquei a apresentar as propostas para o governo. Não ataquei ninguém. Não é do meu feitio. Quero mostrar o que vou fazer, mas não vou deixar de mostrar quem é o meu adversário, o ex-governador que MVP WYLZV L OVQL ķ V JPHSTLU[L \T JOH Z\QH 6ijV ]V\ HWLSHY para baixarias.

SAÚDE Só com as UPAs, as Clínicas da Saúde e com as equipes do Saúde da Família, tiramos 300 mil WLZZVHZ KHZ SHZ KVZ OVZWP[HPZ 7 caminho é o da descentralização. Vamos continuar os processos que estamos fazendo, com a construção de mais clínicas e a reforma e modernização dos hospitais.

DIFERENCIAL Tenho a experiência de ter enfrentado uma turbulência sem precedentes na política

SEGURANÇA Já instalamos 130 câmeras e vamos instalar mais 835 até o

UHS KV HUV ,LZ[H MVYTH ıYLHZ sensíveis do DF serão monitoradas 24 horas. Vamos investir ainda mais nas polícias e no Corpo de Bombeiros, para que a prevenção de crimes melhore, especialmente KL [Yı JV KL KYVNHZ

MOBILIDADE URBANA Esta é uma das prioridades. Já está pronto o Expresso DF Sul, estamos construindo o Expresso DF Norte, que começa com um trevo de triagem na Ponte do Bragueto e segue até o Balão do Colorado.

EDUCAÇÃO Já temos 221 escolas funcionando em tempo integral, queremos que todas as escolas funcionem nesse regime. Também são servidas cinco refeições diárias. E vamos continuar dando aos professores as melhores condições de trabalho.

ENTORNO Muitos moradores de cidades do Entorno usam os equipamentos públicos do Distrito Federal e não podemos fazer distinção, é preciso integrar esses serviços. E isto tem de ser feito com convênios com as prefeituras e JVT WVSĻ[PJHZ \UP JHKHZ

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JOSÉ ROBERTO ARRUDA (PR) • • • •

Vice: Jofran Frejat (PR) Coligação União e Força: PR, PRTB, PMN, PTB e DEM Limite de gastos na campanha (registrado na Justiça Eleitoral): R$ 22 milhões Bens declarados à Justiça Eleitoral: R$ 1.509.296,63

O ex-governador José Roberto Arruda (PR) volta ao cenário político depois de mais de quatro anos longe. É apontado como o principal adversário de Agnelo nessas eleições. Mineiro de Itajubá, aposta no seu trabalho nos três anos que governou o DF para disputar essas eleições. Formado em engenharia elétrica e funcionário de carreira da Companhia Energética de Brasília (CEB), Arruda está há 20 anos na política. Aos 60 anos, [LT KLa SOVZ ZLUKV X\H[YV adotados. Está em seu terceiro casamento, com Flávia Peres. A candidatura de Arruda ainda é contestada pelos adversários políticos, por ter sido enquadrado na Lei da Ficha Limpa, após a condenação por improbidade administrativa. Ele é acusado de envolvimento no chamado mensalão do DEM. Deixou o partido, na época, para evitar a expulsão. E, em seguida, teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do DF WVY PU KLSPKHKL WHY[PKıYPH -T 2010, enquanto governava o DF, JV\ KVPZ TLZLZ WYLZV UH 8VSĻJPH Federal, sob acusação de suborno de testemunha.

vencendo com 50,38% dos votos. O retorno à política aconteceu no segundo semestre de 2013, X\HUKV SPV\ ZL HV 8: )SPV\ ZL a antigos rivais da política, como o ex-governador Joaquim Roriz e o ex-senador Luiz Estevão. “O governador Roriz tem um legado inquestionável para esta cidade. Luiz Estevão tem ajudado muito também. Todo o esforço político para construir uma aliança capaz de derrotar o atual governo ķ ILT ]PUKVr H YTH 8HYH H campanha, vai destacar seu trabalho enquanto governador do DF. “Perdemos quatro anos, Brasília regrediu, é preciso recuperar o tempo perdido”, diz.

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SAÚDE Vamos retomar os convênios de saúde com as cidades do Entorno. Se os hospitais de lá funcionarem bem, os moradores das cidades vizinhas não precisarão vir para os hospitais de Brasília. A demanda diminui e a gente consegue gerir melhor a nossa rede pública. Outra coisa é a gestão compartilhada nos hospitais públicos, vamos reiniciar. Precisamos construir também o Hospital de São Sebastião e o do Recanto das Emas, e reconstruir o hospital do Gama.

DIFERENCIAL A referência é o meu governo, a agilidade de atender as demandas sociais. O que eu ouço das pessoas é que elas querem o meu governo de volta, as 2.300 obras, os hospitais funcionando, a população se sentindo segura, otimista, o setor privado investindo, gerando empregos, fazendo investimentos. É por isso que eu sou candidato.

CAMPANHA A vida política de Arruda é marcada por altos e baixos. Seu primeiro cargo foi em 1994, quando foi eleito senador. Em 2001, renunciou ao mandato para evitar a cassação, após violar o painel eletrônico. No ano seguinte, foi o deputado federal mais votado do DF. Em 2006, foi eleito governador em primeiro turno,

as explicações que são do meu dever e retomar nosso projeto de governo, que foi JYPTPUVZHTLU[L PU[LYYVTWPKV ö

Eu estou andando quase sozinho, fazendo caminhadas diariamente, de manhã e à tarde, por todas as cidades do DF. Sem assessor, sem equipe de TV, sem militante pago segurando bandeira do partido, sem puxa-saco com cargo no governo. Meu único sonho na vida é dar à Brasília

SEGURANÇA Nosso governo vai recuperar a autoestima dos policiais e eles serão respeitados. Vamos discutir atualizações no plano de cargos e salários, resgatar o programa de Tolerância Zero com o crime, contratar mais policiais civis e militares, reforçar o policiamento ostensivo para que a cidade recupere a sensação de segurança, que é uma característica nossa.

MOBILIDADE URBANA Vamos construir a Interbairros com seis faixas de rolamento ligando Guará, Núcleo Bandeirante, Park Way, Vicente Pires, Taguatinga e o Setor de Indústria e Abastecimento. Há o anel viário, para fazer com que as carretas que vêm de

São Paulo não precisem mais entrar na EPIA e engarrafar uma das principais artérias viárias da cidade, há a Via Verde. Vou estender a linha do metrô até V T KH )ZH 6VY[L L H[ķ V T de Samambaia. Vou construir o BRT Norte, para acabar com o sofrimento dos moradores de Sobradinho e Planaltina.

EDUCAÇÃO Estenderei o período integral para toda a rede pública do Distrito Federal. O aluno fará as refeições todas na escola e para isso vamos recuperar o programa de auxílio aos produtores rurais do DF: eles vão fornecer a comida da rede pública de ensino. Um dos projetos mais ambiciosos da minha gestão vai ser a criação da Universidade do Distrito Federal.

SECRETARIAS Para as coisas andarem, em primeiro lugar, é preciso ter \T SĻKLY YTL L [YHIHSOHKVY# depois tem que ter uma estrutura enxuta. Vamos reduzir a máquina para que ela funcione TLSOVY ZLQH THPZ L JPLU[L

ENTORNO Temos o convênio da área de saúde. Mas eu planejo também estender a linha do BRT Sul, esse que hoje vai até Santa Maria, para o Entorno Sul. A questão do transporte precisa ser enfrentada, não adianta fazer reformas no sistema público de transporte do DF, se o sistema do Entorno continua muito aquém KV ULJLZZıYPV ö

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RODRIGO ROLLEMBERG (PSB) • • • •

Vice: Renato Santana (PSD) Coligação Somos todos Brasília: PSB, SD, PDT e PSD Limite de gastos na campanha (registrado na Justiça Eleitoral): R$ 30 milhões Bens declarados à Justiça Eleitoral: R$ 764.233,36

Há quase 30 anos envolvido com a política no DF, o senador Rodrigo Rollemberg tenta pela segunda vez ser governador do DF. Seu discurso está pautado em ser uma alternativa em meio ao atual governador e ao ex-governador Arruda. “Tem de mudar a maneira de NV]LYUHYr H YTH :VSSLTILYN ķ SOV KL *YHZĻSPH Apesar de ter nascido no Rio de Janeiro, veio para a Capital ainda bebê, em 1960. Formou-se em História pela Universidade de Brasília (UnB). Hoje, aos 55 anos, é casado com Márcia e tem [YĸZ SOVZ +HZV LSLP[V KLP_HYı o mandato de senador pela metade, sendo substituído pelo suplente Hélio José (PSD). Ğ SPHKV HV 8;* KLZKL ! Durante o governo de Cristovam Buarque, foi secretário de Turismo. Seu primeiro cargo eletivo veio nas eleições de 1998, como deputado distrital. Já tinha tentado a disputa em 1990 e 1994, sem sucesso. Em 2002, concorreu ao cargo de NV]LYUHKVY JHUKV LT [LYJLPYV lugar. Em 2006 foi eleito deputado federal e, em 2010, senador e integrou a base do governo Agnelo. “Mas me decepcionei”, diz. É autor do Projeto Orla, que propõe a melhor utilização do Lago Paranoá.

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DIFERENCIAL Será a primeira vez que a geração Brasília terá a chance de governar a Capital. Eu tenho uma trajetória limpa totalmente ligada à nossa cidade. Vamos dar transparência às atitudes e às decisões dos gestores públicos, criando um Conselho de Transparência apenas com pessoas da sociedade civil. Um governo que não tem medo da transparência pode buscar o apoio da sociedade civil para ajudá-lo a governar.

CAMPANHA Esta eleição será decidida pela história e pela postura dos candidatos. Na nossa campanha, faremos críticas, mas sem acusações pessoais, pois este U\UJH MVP V TL\ WLY S 8YL YV debater ideias. Iremos sobretudo apresentar propostas concretas para a Capital. Pretendemos percorrer todas as cidades para estabelecer um diálogo direto com as pessoas nas ruas. Queremos dialogar com os diversos segmentos da sociedade também por meio das redes sociais, dos debates e da imprensa.

SECRETARIAS É preciso descentralizar decisões, sem inchaço da máquina pública. Isso é impossível quando há quase 40 secretarias de Estado ou órgãos equivalentes.

Na reestruturação do GDF, devemos reduzir o número de secretarias e de pelo menos 60% cargos comissionados de livre provimento.

SAÚDE Contratar, por concurso, agentes comunitários de saúde, que realizarão ações preventivas nas comunidades em que vivem; expandir o programa de atenção básica; ampliar e revitalizar os núcleos de saúde da família, as unidades básicas de saúde e de pronto atendimento; fornecer transporte gratuito a crianças, pacientes idosos, carentes ou JVT KP J\SKHKL KL SVJVTV¦ijV que receberem alta nos hospitais; entregar remédios em casa aos que têm doenças graves; e construir hospitais no Recanto das Emas, em São Sebastião e um especializado em tratamento do câncer.

SEGURANÇA Basear a reestruturação do sistema de segurança pública em prevenção, inteligência e combate ao crime, acabando JVT H PU \ĸUJPH KL WVSĻ[PJVZ nas corporações policiais e reforçando o policiamento VZ[LUZP]V L JVT\UP[ıYPV ö

MOBILIDADE URBANA Integrar o sistema de transporte coletivo do DF e dos municípios vizinhos, instituindo a tarifa

única para múltiplas viagens; construir novas estações do metrô, concluir a linha existente e ampliá-la para Recanto das Emas, Riacho Fundo e Asa Norte; implantar a linha de transporte ligando Sol Nascente, Ceilândia, Taguatinga, Recanto das Emas e Riacho Fundo e construir a ligação rodoviária para transporte coletivo e tráfego de automóveis entre Samambaia e o Plano Piloto.

EDUCAÇÃO Retomar o programa que dá aos estudantes que concluem o nível médio o direito de resgatar por conta-poupança o dinheiro depositado pelo governo nos três anos do curso; construir creches e centros de ensino infantil para X\L VZ WHPZ KLP_LT ZL\Z SOVZ perto de casa e por todo o dia; e fazer com que todas as escolas funcionem em tempo integral, com aulas, estudo, alimentação e atividades culturais, esportivas e de cidadania.

ENTORNO Fazer a articulação com as instâncias estadual (Goiás), federal e municipal, quando preciso, para a integração tarifária dos sistemas de transporte público de Brasília e da região metropolitana. A implantação do trem BrasíliaLuziânia e do trem de média velocidade Brasília-Goiânia.

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LUIZ PITIMAN (PSDB) • • • •

Vice: Adão Cândido (PPS) Coligação Seriedade para Mudar: PSDB, PPS e PSDC Limite de gastos na campanha (registrado na Justiça Eleitoral): R$ 20 milhões Bens declarados à Justiça Eleitoral: R$ 2.641.264,00

Dos candidatos, o mais novo na política é o empresário Luiz Pitiman. Está em seu primeiro cargo público, de deputado federal. Foi eleito pelo PMDB em 2010 e mais tarde migrou para o PSDB, por problemas com o partido. Enfrenta nessas eleições dois ex-parceiros. No governo Arruda, foi presidente da Novacap por um ano. No governo Agnelo, foi Secretário de Obras por seis meses. “Foi importante para conhecer como funciona o máquina pública. Deixei os dois governos por não concordar com a forma de governar. Minha forma de pensar é diferente da deles”, revela. Na Câmara dos Deputados, participou de propostas como a realização de um plebiscito nacional para discutir a maioridade penal no País e o projeto Trabalhante, uma nova espécie de contrato de trabalho, para jovens entre 16 e 21 anos, dando a oportunidade do primeiro emprego com salário de trabalhador e não de estagiário. Foi também coordenador da bancada do DF no Congresso Nacional. Pitiman nasceu em Toledo, no Paraná, e está em Brasília há 30 anos. Chegou em 1981 para servir o Exército. Logo iniciou o trabalho no setor empresarial. Por aqui, construiu uma história no setor empresarial, no ramo da construção civil. Aos 52 anos, é JHZHKV L [LT [YĸZ SOVZ

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O deputado aposta na sua experiência como empresário para desenvolver o polo industrial do DF. “Venho da iniciativa privada. Lá, quem trabalha é reconhecido. Quem não trabalha, não serve para estar recebendo e fazendo de conta. Nós queremos iniciar essa motivação, que é importante para um bom andamento de \TH NLZ[ijVr H YTH

DIFERENCIAL Eu não sou um carreirista WVSĻ[PJV -\ a H VW¦ijV KL UijV ser mais deputado federal porque seria como repetir a faculdade. Depois de ser NV]LYUHKVY UijV JV UH WVSĻ[PJH A população de Brasília vai ter a oportunidade de escolher um candidato que não tem carreira política. É exatamente isso que ela quer, passar uma borracha em tudo que aconteceu nesses últimos anos na política do DF.

CAMPANHA Inicialmente, será propositiva. Eu não quero olhar pelo retrovisor, quero pensar para frente. Para isso, farei todo o trabalho e debate necessário para construir esse plano de governo.

ser um feudo pessoal de algum político. Nesse último ano, três administradores já foram presos. Demonstra o tanto que as nossas cidades estão mal cuidadas.

MOBILIDADE URBANA SECRETARIAS Não precisamos de quase 40 secretarias. Não conheço NLZ[VYLZ L JPLU[LZ UV T\UKV que tenham mais de 20 administradores ao seu lado. Já temos 31 administradores regionais e 15 presidentes de empresas públicas. Se tiver muitos secretários, o governador não consegue conversar com eles individualmente. Temos secretarias que podem ter uma gestão comum.

SAÚDE Precisamos primeiro trabalhar junto com os governos de Goiás e Minas Gerais para ajudar o Entorno, porque a saúde não tem fronteiras. Vamos retomar o Saúde em Casa, no DF e no Goiás. E investir em hospitais de excelência, como o Sarah Kubitschek, por exemplo, o Hospital do Câncer e o da Mulher. Vamos implantar aos WYV ZZPVUHPZ KL ZHŅKL V WSHUV de metas e o reconhecimento do bom trabalho. O problema não é dinheiro, é gestão.

ADMINISTRAÇÃO Começarei mudando a forma da escolha do administrador da cidade, que deve ser feita com a participação popular. Sem aumentar despesas, podemos ter uma cidade mais cuidada quando ela deixar de

Precisamos resgatar a dupla Cosme e Damião. É preciso implantarmos a tolerância zero para qualquer coisa suspeita.

SEGURANÇA Precisamos retomar o comando e a valorização do policial. Defendo uma polícia realmente integrada entre si e com a comunidade, que conheça a região em que trabalha.

Podemos aproveitar os trilhos de trem que hoje chegam à rodoferroviária, que passam pelo SCIA, SIA, Guará, ParkWay, Núcleo Bandeirante e encostam no Pró-DF de Santa Maria. Podemos integrá-los com o metrô. Também vamos ampliar o metrô no lado Sul e Oeste. Não podemos esquecer o lado Norte, onde vamos fazer o corredor exclusivo de ônibus, que vai passar por Sobradinho e vai até Planaltina. Nas paradas de ônibus, vamos instalar painéis eletrônicos com a localização exata de onde eles estão e quanto tempo falta para passar na parada.

EDUCAÇÃO A educação integral precisa ser implantada desde os quatro anos de idade. Também vamos investir na modernização das escolas, que ainda usam giz e quadro negro. Além da valorização dos professores.

ENTORNO O fato de estarmos separados por uma rua não nos faz diferentes. Nossos vizinhos têm os mesmos direito de transporte, segurança, saúde e educação. E o fato de sermos a Capital da República nos permite ajudar. Vamos discutir com os governos de GO e MG, e com a União.

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POLÍTICA

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ANTONIO CARLOS DE ANDRADE (PSOL) • • • • •

Vice: Professor Guillen (PSTU) Frente de Esquerda Coligação: PSol, PSTU e PCB Limite de gastos na campanha (registrado na Justiça Eleitoral): R$ 950 mil Bens declarados à Justiça Eleitoral: R$ 403.620,49

Conhecido no meio político como Toninho do PSol, traz um discurso ideológico. Foi um dos fundadores do PT, partido em que esteve por 20 anos. Deixou a legenda após os escândalos do Mensalão e participou da criação do PSol. Foi administrador de Brasília e secretário de Administração, durante o governo Cristovam.

ĞöWZPJŀSVNV L JPLU[PZ[H WVSĻ[PJV casado com a médica e também política Maninha.

Esta é a terceira vez que se candidata a governador do DF. Nas eleições passadas, teve 14,25% dos votos, sendo o terceiro mais votado. Em 2006, teve 4% dos votos. É o candidato com a menor previsão de gastos durante a campanha. Com um discurso cheio de ideologias, e um tanto quanto apimentado, sempre se saiu bem nos debates. “A gente vai de teimoso, porque sabe que o modelo de campanha político hoje não foi feito para quem tem ideologias. Vamos conquistar os votos da juventude e daqueles que estão indignados JVT H WVSĻ[PJHr H YTH

CAMPANHA

Nascido em Barão do Monte Alto, em Minas Gerais, chegou a Brasília na década de 1980.

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em todo o DF. Evitar que a pessoa adoeça, que tenha que ir para o hospital por pouco. Isso vai desafogar os hospitais.

DIFERENCIAL A população, de um modo geral, está decepcionada com a classe política. O que para nós é bom, pois podemos sair às ruas de cabeça erguida, sem ter que dar explicação nenhuma.

Sou um candidato independente. Não temos UHUJPHTLU[V KL JHTWHUOH oriundo do empresariado, recebemos contribuição apenas de pessoa física. Apostamos na mobilização popular e temos uma intensa agenda de rua. Meu nome não é mais desconhecido. Estou muito V[PTPZ[H L JVU HU[L 6ijV ZLYı uma campanha de ataque. Mas eu tenho que criticar as demais propostas, senão eu estaria coligados com eles.

SAÚDE Para a saúde, a nossa principal bandeira é retomar o projeto Saúde em Casa, com equipes T\S[PWYV ZZPVUHPZ L KPZ[YPI\ĻKHZ

SEGURANÇA Precisa de uma mudança de paradigma. Tem que haver integração pra valer da Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Secretaria de Segurança. Elas raramente falam entre si. Podemos ter um comando único dessas corporações. Imediatamente, precisamos de mais policiais nas ruas. Tirar as tropas aquarteladas e ir para as Y\HZ L HZZPT JVTIH[LY V [Yı JV de drogas, principalmente perto das escolas.

MOBILIDADE URBANA Somos hoje a capital do automóvel. A solução é a implementação do transporte sobre trilhos. Faríamos o metrô até a ponta da asa norte, depois vemos a melhor forma de chegar com os trens até Planaltina e, por que não, uma parceria com Goiás até Formosa. Além disso, investirei na recuperação da

TCB, criando novas linhas para ela, concurso público para rodoviários, com ônibus de qualidade. Temos de modernizar nossos ônibus, os que temos hoje poluem o ar e o meio ambiente.

EDUCAÇÃO É uma área importante e estratégica. Não vai ter nenhum futuro para a nossa juventude se não investirmos pesado na nossa educação. Vamos recuperar as unidades físicas, muitas estão caindo aos pedaços. E os professores precisam ser melhor remunerados. E, claro, a escola em tempo integral.

ENTORNO O GDF não tem condições de assumir sozinho as demandas, mas tem como ajudar. Vamos buscar ações verdadeiramente integradas entre as secretarias de segurança do DF e do Goiás. Temos que trabalhar juntos na segurança, saúde e transporte, principalmente. Também precisamos ampliar as instalações dos nossos hospitais para atender também os pacientes do Entorno.

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LEGISLATIVO

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BRASÍLIA E O FUTURO Por Cristiano Araújo*

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rasília do futuro precisa manter os conceitos dos pioneiros. Cidade moderna, que incorpora prédios belíssimos, com urbanismo de vanguarda. Assim, em primeiro lugar, o governante precisará manter o desenho original intacto. Exatamente como Paris ou Lisboa que são cidades preservadas. Em nenhuma delas, autoridades impediram o progresso. O mesmo conceito deve ser utilizado aqui. Falta no Distrito Federal transporte urbano. Esse problema não será resolvido por ônibus. Será solucionado pelos trens, como acontece em todas as grandes cidades do mundo. Os trilhos precisam ligar Luziânia a Brasília, passando pelas grandes concentrações no caminho. Até Formosa, os caminhos de ferro também podem integrar cidades e viabilizar grandes conjuntos habitacionais. E o metrô deve se expandir até o seu limite. A luta pela regularização da terra é uma constante. Não se pode transigir com

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invasões. Mas a cidade tem vida própria. Anda em vários sentidos. E exige infraestrutura. Transporte é fundamental. O Distrito Federal não deve ter fábricas, mas pode receber

indústrias não poluentes de várias naturezas. Há espaço. Educação é uma agenda nacional. Mas em Brasília, que conta com um serviço educacional bastante razo-

ável, deve procurar a especialização. A cidade recebe embaixadas de todo o mundo. Porque não criar um centro de estudos de alto nível para conhecer as realidades de outros países. Empreendedores de todo o país terão disposição para enviar estudantes e até ajudar na manutenção de um centro de estudos dessa qualidade. Com transportes, polícia, indústrias não-poluentes e educação, restará construir um serviço de saúde semelhante ao que foi feito pelos pioneiros. O Hospital de Base, então chamado de Hospital Distri[HS LYH L_LTWSV KL L JPĸUJPH Hoje está maltratado. Todo o sistema sofre com a pesada sobrecarga da população do entorno. Os estados vizinhos precisam promover atendimento médico ambulatorial ao redor do Distrito Federal. O cruzamentos destas ideias com o pragmatismo e capacidade de empreender vão fazer da Capital da República um local ainda melhor para o cidadão viver. * Cristiano Araújo é deputado distrital

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ELEIÇÃO Às vésperas das eleições, candidatos fazem campanhas para o novo eleitor, o que esteve nas ruas em busca de seus direitos Por Raquel Jones Foto Celso Junior

ö rasil vive um momento decisivo na sua história. Após um ano marcado por manifestações que invadiram as ruas em busca da moralização da política e da melhoria nos serviços prestados pelo Estado, a população vai decidir nas urnas o rumo dos candidatos. Para estudiosos, o assunto que deve pautar as próximas gestões é a Reforma Política para que o discurso que ganhou as ruas não seja em vão. Atuante na política do DF há 12 anos, o economista João Leal acredita que a poW\SH¦ijV HTHK\YLJL\ ö q)U[LZ havia um desinteresse total no assunto”, comenta Leal, que pleiteia uma vaga na Câmara dos Deputados.. Para ele, a Reforma Política é o caminho para a modernização do Estado. “Se não tivermos deputados reformistas eleitos, vamos continuar presenciando aqueles que têm dinheiro e poder se perpetuarem na política, apoderando-se das instituições pertencentes ao povo”, argumenta. Desde 1990, o Congresso Nacional vem ensaiando a elaboração de uma Reforma

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O VALOR DO VOTO Política. Em 2013, a presidenta Dilma Rousseff (PT) chegou a propor um plebiscito que autorizasse uma Constituinte para que a Reforma fosse realizada, mas bases governista e de oposição não chegaram num consenso. Dentre as mudanças LZ[ı H MVYTH KL UHUJPHTLU[V KL JHTWHUOH V T KV ]V[V VIYPNH[ŀYPV V T KH YLLSLP¦ijV e do voto secreto no Congresso. “O voto facultativo é fundamental para o voto consciente. Isso diminuiria o custo de campanha, os candidatos

passariam a se preparar meSOVY ;LYPH V T KV ]V[V KL JHbresto”, acredita Leal. Para ele, V T KH YLLSLP¦ijV ķ V\[YV MH[VY importante. “Cinco anos de governo é o período suficiente, é o tempo de oxigenar e os partidos começarem a preparar outros candidatos. Os caciques de hoje deveriam abrir espaços para os jovens”, acredita. A falta de ideologia por parte dos políticos contribui para o aumento do descrédito da população. “O Poder Legislativo virou uma fábrica de

leis inúteis. Alguns parlamentares criam leis sem nenhum sentido prático, para satisfaaLY \TH TPUVYPHr H YTH 4LHS ö Há mais de meio século o dramaturgo alemão Bertolt Brecht disse: “o pior analfabeto é o analfabeto político”. A necessidade de despertar o senso crítico continua nos dias atuais. “O cidadão acredita que o seu voto não tem valor. Mas a política está na vida de todos nós, se a gente não vota bem, não adianta reclamar depois”, conclui Leal.

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RETRANCA

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AO PRESIDENTE, COM CARINHO GPS_brasilia_edicao_8.indd 166

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Em poucos meses, um governante nos regerá por quatro anos. O mesmo? Um novo nome? Não se imagina. Ele trabalhará num dos mais belos e instigantes palácios já construídos. Chama-se Palácio do Planalto. Conheça-o por dentro e entenda o quão majestoso ele é com suas linhas simples, porém audaciosas

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Antessala de acesso ao gabinete presidencial com tela de Di Cavalcante

Por Tito Gusmão Fotos Celso Junior

O

ano de 2014 está passando mais rápido que o normal. Em junho, tivemos Copa do Mundo e em outubro as eleições presidenciais. O futuro do País está nas mãos de cada brasileiro. As manifestações deram outra forma aos

Corredores do quarto andar

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desejos do povo. Os brasileiros dessa vez encherão as ruas para escolher os governantes. O presidente da República eleito terá um compromisso com seu povo nunca antes visto. Honestidade é o mínimo que os eleitores exigem e vão cobrar. Mas não ache que seu trabalho será tão ıYK\V *YHZĻSPH JVU]PKH H YL Lxões. É uma galeria de arte a

céu aberto. Um imenso jardim OHIP[HKV 1ZZV ķ \TH H YTH¦ijV normalmente feita por quem gosta de arquitetura ou obras de arte e visita a nossa Capital. Normalmente, Vossa Excelência renuncia a sua cidade e aprende a gostar de Brasília. O que era passageiro, agora é costumeiro. Há muito o que fazer nesse Brasil, e serão poucas

as horas de folga. Mas ele terá o que todo trabalhador sonha. Trabalhar perto de casa. Comandará um País inserido em uma bela obra de arte, o Plano Piloto, o famoso avião, projeto de Lúcio Costa. Em meio às curvas e à simetria de prédios mais antigos, Vossa Excelência, ao olhar da janela de seu gabinete, no palácio de vidro,

Parede de azulejos do artista Athos Bulcão

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Salão Oval, onde acontece a reunião ministerial

a bela paisagem, pode dar os créditos para Oscar Niemeyer. A perfeição da cidade é tão grande que o seu local de [YHIHSOV JV\ WYVU[V UV KPH exato, 21 de abril de 1960, para ser palco da inauguração KH UV]H +HWP[HS KV *YHZPS ö+VT uma matemática simples, Vossa Excelência poderia achá-lo decadente. Mas em 2010 o

Palácio do Planalto recebeu um presente de 50 anos: a reforma. Os mármores, espalhados no chão e no teto de todo o prédio, são os mesmos desde a inauguração. Foram apenas muito bem limpos. As curvas se fundem e conferem plasticidade e movimento ao prédio. A simetria de Oscar Niemeyer é perceptível nas gigantes co-

Ao fundo, Duque de Caxias no segundo andar

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lunas do lado externo, que vão de um lado a outro da fachada, L LT T\P[VZö ZV\]LUPYZö de camelôs da Capital. No dia 1º de janeiro de 2015, um Rolls Royce conversível histórico buscará Vossa Excelência no Congresso Nacional e a levará até o Palácio do Planalto. A entrada será pela rampa acessível via

-P_V 5VU\TLU[HS ö VUKLö ZLrão cumpridos os rituais. Dali será possível ver o Parlatório, que raramente é usado, mas deve dar uma bela sensação de poder enquanto discursa para seu povo lá embaixo, ]PIYHUKV ö )[ķ V 8HWH 2VijV 8H\SV 11 HILU¦VV\ ZL\Z LPZ do Parlatório. A Praça dos Três Poderes está de frente

Corredor do terceiro andar, que dá acesso ao gabinete

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com a imensa bandeira tremulando lá no céu. Não se acostume, essa rampa só é usada em momentos especiais, como quando presidentes te visitam ou a seleção brasileira ganha um torneio importante em algum esporte. E, sim, foi aí que o Vampeta deu aquela cambalhota. Mas não tente fazer nada WHYLJPKV ö ) YHTWH V SL]H HV segundo andar do prédio. A beleza que os espaços abertos de Oscar Niemeyer proporcionaram ao prédio de seu gabinete provavelmente te deixará boquiaberto. O salão Nobre está na sua frente agora. À direita, uma rampa o leva ao seu escritório e dos seus JVTWHUOLPYVZ KL JVU HU¦H Espalhadas por todos os andares, obras de arte te convidam Salão Oeste

Relógio francês do século XVII

Quadro Os Orixás, de Djanira da Motta e Silva

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a entender mais desse Brasil brasileiro. Obras de Di Cavalcanti, Burle Marx, Tarsila do Amaral, Joan Miró, Firmino Saldanha, Manabu Mabe. Esculturas de Franz Krajcberg, suísso erradicado no Brasil, tapetes Casa Caiada e mesas maciças de jacarandá esJ\SWPKHZ KL[HSOHKHTLU[L ö Para Vossa Excelência se sentir em casa enquanto trabalha até os móveis são parecidos com os do Palácio da Alvorada, Z\H YLZPKĸUJPH V JPHS 7 designer Sérgio Rodrigues foi o escolhido para o mobiliário, provavelmente por ser contemporâneo de Niemeyer e Lúcio Costa e ter sido fundamental na criação de uma identidade ao design brasileiro em grande escala. O próprio Niemeyer assina alguns de seus móveis. Flanqueando o Salão Nobre estão os salões Leste e Oeste. O primeiro suporta até 500 convidados e tem na entrada um presente da artista plástica Eliana Kertész. ) WL¦Hö Guerreirasö JOHTH a atenção e foi inspirada UVZö Guerreiros, mais coUOLJPKH JVTVö ,VPZ +HUdangos, famosa escultura da Praça dos Três Poderes. Cobrindo quase a parede direita do espaço, um painel de Roberto Burle Marx, responsável também pelo paisagismo que completa a obra de arte que é seu

Busto de Dom Pedro II

Sala de espera no quarto andar

Galeria dos ex-presidentes da República

Bancos projetados por Oscar Niemeyer

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escritório. O Salão Oeste é menor e mais intimista, mas mesmo assim ainda suporta cerca KL WLZZVHZ L JH WYŀ_PTV ao Parlatório. 6V [LYJLPYV HUKHY JH o escritório pessoal e a ampla sala de reuniões. O gabinete presidencial, e de seus OVTLUZ KL JVU HU¦H LZ[ı rodeado de ainda mais obras de arte. Provavelmente o local com mais peças expostas, assim como a segurança. Lá, o senhor se sentará em uma cadeira confortabilíssima, com a mesa de madeira maciça, que é usada desde Getúlio Vargas. O espaço é considerável. Uma távola redonda se posiciona frente à porta de entrada. Há ainda a sala para receber visitas, diante de sua mesa V JPHS VUKL [HTIķT LZ[ijV as bandeiras da República IYHZPSLPYH ö =T KVZ JHTPUOVZ diários será cruzar o extenso corredor revestido por madeiras nobilíssimas, como jacarandá. Um belo e corriqueiro trajeto. O termo de posse que Vossa Excelência e seu vice assinarão no Congresso NaJPVUHS UV KPH JH LT MYLU[L à entrada para os gabinetes, junto com uma belíssima estátua de Bruno Giorgi. O termo é para lembrá-los dos votos jurados solenemente e de que são responsáveis por todo um País e seus cidadãos. No quarto e último andar, o espaço se divide entre a Casa Civil e o Gabinete de Segurança Institucional. Nós, meros mortais, não podemos entrar lá. Os cidadãos podem conhecer parte do Palácio

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Rampa de acesso ao mezanino

Vista para a Praça dos Três Poderes

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Mobiliário de época

do Planalto aos domingos, das 9h às 14h. Aliás, seu escritório é lindo e, se possível, convide-nos para um café. O presidente deve, sobretudo, apaixonar-se por Brasília, assim como os brasilienses. E podemos, quem sabe, marcar de apresentar outros pontos [\YĻZ[PJVZ KH +HWP[HS ) UHS serão quatro anos para que a cidade lhe revele o que ela

Parlatório e rampa à noite

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tem de melhor. Um conselho: nas horas vagas, relaxe em um dos ambientes de sua sala. Sente, estique as pernas e curta o visual da janela. +VU[LTWSL :L P[H 8LUZL LT nós, o seu povo, ao vislumbrar os 360º de paisagem exubeYHU[L öX\L JVPUJPKL JVUJYL[V L natureza, que certamente só existe aqui nessa terra profética de leite e mel.

Mobiliário Sérgio Rodrigues

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Rodrigo Fittipaldi e Karine Câmara

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César Canhedo, Cláudia e Sarah Tolentino

SALOMÃO POOL PARTY

Liliane Roriz e Karina Rosso

Marcio Salomão reúne 500 convidados para celebrar a vida. Com presença do ,2 HSLTijV 8OVUPX\L L KV NY\WV KL KHU¦HYPUHZ 4PZZKNYV\W V HU [YPijV HWYLZLU[V\ aos brasilienses badalada pool party sob o céu enluarado // Fotos: Fernanda Ferreira

Isabela Gontijo e Alex Garcia

Gilberto, Maria Victória, Marcio, Claudia e Maria Valentina Salomão

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Lazlo Piquet e Juliana Marques

Bruno Pinto e Maria Fernanda Angeloni

Cleucy Oliveira, Luiz Estevรฃo e Ilca

Nelson e Vivianne Piquet

Tatรก Canhedo e Felipe Azevedo

DJ Phonique Vava Gonรงalves e Angelita Alves

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Nem a chuva foi capaz de atrapalhar o evento. Aliás, ela refrescou a moçada, que dançou até altas horas ao som do melhor do house music

Lilian e Roberto Lima

Marina e Sérgio Slaviero

David Avelar e Bebel Dias

Pedro Piquet e Rafaela Amaral

Tati Vartuli e Eduardo Gontijo

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André Medeiros, Marcus Barozzi e Eduardo Dantas

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VIVA, GITANA Isabela Lira e Paula Rodopoulos

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Raimundo Lira presta homenagem a mulher Gitana

Carolina Matias, Iza Matias e Candice Jobim

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A cantora Elba Ramalho assumiu o palco do evento

Família Lira festeja os 70 anos da matriarca em grande estilo. Com mega estrutura, o acontecimento social trouxe show da cantora Elba Ramalho, amiga de infância da aniversariante, que cantou os clássicos da MPB // Fotos: Pablo Valadares

Eduardo e Rodolfo Lira Suely Nakao e Gláucia Benevides

œ LYLaH .HSJijV 8H[YĻJPH )UKYHKL L 3LPSH +HYKVZV

Fernanda Motta, Natanry Osório e Diva Osório Vera Coimbra e Alice Bittar

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ARRAIÁ DO BOM

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Elany entre o governador Agnelo Queiroz e Ilza Queiroz

Elany Leão reúne familiares e amigos para brindar nova idade. Com clima de festa junina, o evento contou com catering de Renata La Porta e doces de Maria Amélia. A noite típica reuniu o primeiro escalão do governo do Distrito Federal // Fotos: Fabiano Neves e Pablo Valadares Emiliana Castelo, Agnelo Queiroz, Francisco, Elany Leão, Ilza Queiroz e Neuma Castelo

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Ana Ligia Feliciano e Damião Daniel de Castro e Elany Leão Daniel Slavieiro e aniversariante

Edgar Fagundes, Elany Leão e Solange Beraldo

Wigão, Elany Leão, Neuma Castelo e Dickson Ferreira

Fernando Veras, Rodrigo Vasconcelos, Elany Leão e Wigão

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Lucas Venuto, Márcio Padilha, Elany Leão e Sandra Venuto

Sâmia Rocha e Weverton Rocha

Selma Mesquita, Elany Leão, Nathalie Mazzaro e Rafael Lopes

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Por Paula Santana Fotos André Schiliró Styling Luna Nigro Beleza Duda Molinos

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ão Paulo – Ela já foi Jessica, Leona, Edwiges, Camila ou Teodora na [LSL]PZijV ö .VP WVIYL THS]HKH inocente, doente, prostituta. De cada personagem, ela extrai uma característica para si. De tão envolvida com a sua WYV ZZijV +HYVSPUH ,PLJRTHUU aos 35 anos, mais de vinte de atuação, não sabe se é a atriz que leva uma vida normal ou uma normal que leva vida de atriz. “Sou tão obsessiva com meu trabalho que, quando estou atuando, eu mergulho”, diz, K\YHU[L ZLZZijV MV[VNYı JH WHYH a revista. Casada com Tiago,

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dona de casa, patroa da Ana, mãe de Davi e José. E atualmente mestre de obras. Não é mais um papel na tevê. Carola, como é chamada pela família, está construindo a sua primeira casa. De férias na TV Globo, seu ofício é botá-la de pé. “Atualmente, convivo com pedreiros. Minha casa será cercada pela natureza. É prática, leve. Foi projetada para estarmos todos juntos”, conta, empolgada com a possibilidade de mudar-se UVZ WYŀ_PTVZ TLZLZ ö Carol é quem manda em seus três homens. Impõe as regras, mas a gestão da cozinha é do marido, Tiago Worcman, diretor de tevê e com quem está casada desde 2007. Alimentação é com ele,

SUPERSTAR

@LORACAROLA

mais que adepto da comida saudável. “Eu gosto deö MHZ[ food. Sei o que é necessário para ter saúde, mas meu paladar é muito infantil. Eu gosto de miojo com salsicha, THJHYYijV JVT MLPQijVr ö ő\HUdo não está no ar, Carol não se incomoda com o corpo. Sem tendência para engordar, confessa que come de tudo e aumentar três quilos nunca é um problema. “Esse drama não me pertence”. Carol vive para a família. Avessa aos badalos, JHY LT JHZH ķ UVYTHSTLUte seu programa predileto. q-\ HTV JHY V KPH PU[LPYV UH cama, lendo. Sou dorminhoca”. Mas não dispensa uma praia. Garota carioca, sempre

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Casaco Emp贸rio Armani Brincos e an茅is Aron & Hirsch Bracelete Emar Batalha

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que pode, e ela sempre pode, pega a sua bolsa Goyard – a que lhe causa tanta polêmica por custar cerca de R$ 4 mil e frequentar as areias –, calça o seu chinelo, lança um vestidinho solto por cima do biquíni e segue rumo ao sol. E se houver paparazzis? “Sempre tem, mas eu não me incomodo. Não mudo minha atitude quando estou sendo fotografada. Eu entendo o VMĻJPV KLSLZ )SPıZ ZV\ö IYVtheröKL [VKVZ ;LP V UVTL KL cada um que cobre a minha região”, conta. “Sou 100% disponível para a imprensa, salvo quando estou com Davi. Ele não gosta nem um pouco e naquele momento não sou a Dieckmann, sou a mãe dele”. Aliás, essa história de fama e privacidade, que cria uma imagem avessa a da que a Carol realmente é, não a incomoda mais. “Você nunca me viu fazer cara de quem impediu foto. Isso não existe. Mas faz parte do contexto as pesZVHZ JYPHYLT öLT JPTH KL \T artista. Muitas vezes o que pensam e falam nada tem a ver comigo. ‘Quem é a Carol de verdade?’”. Bem, a Carol que esteve um dia inteiro enfurnada num estúdio, trocando de roupa freneticamente e encarando o trabalho com a maior leveza e alegria passa longe da Dieckmann que mui[VZ WLUZHT ZLY PUHJLZZĻ]LSö L de nariz empinado. Na verdade, a loira, já muito à vontade na pele de H[YPa JVUOLJPKH ö WYPTH WLSH autenticidade e franqueza. Gestos estes que para muitos se transformam em antipatia. “Eu sou feliz, gente. E digo o que penso quando acho as coisas não estão cor-

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YL[HZr ö>PYNPUPHUH JVT HZJLUdente em escorpião e lua em virgem, Carol não é bolinho, não... como dizem por aí. “Sou uma boa pessoa”, brinca, referindo-se à personalidade forte. “Eu amo intensamente”. Ela diz que seu lado escorpiaUV PU[LUZP JH X\HSPKHKLZ L defeitos do virginiano. “Eu sou autocrítica, metódica. Imagina que a maior terapia do mundo para mim é tirar tudo do meu armário e fazer de novo. Me relaxa. Parece que estou me arrumando por den[YVr ö 5HZ WHYH +HYVSH [\KV isso não passa de um prazer. Anualmente ela dedica uma tarde para a sua astróloga Maria Eugênia e se entrega KPHU[L KL [HU[HZ KL UP¦łLZ L caminhos traçados. “Eu adoro, vibro, mas é só isso”. Sua espiritualidade, segundo ela, é muito simplista. “Eu acredito que você recebe o que doa. Se você faz o bem, pensa no próximo inserido nesse contexto, tem um pensamento bom sobre a vida, então não tem porque dar errado. Tudo passa a ser uma troca de energia boa”. Religião? Vale como história. Tiago, seu marido, é judeu e Carol sempre o acompanha nos rituais do judaísmo. “Eu amo ir com ele, participar, mas como personagem de um contexto”. Não é à toa que, em suas leituras recentes, ela se debate com um livro sobre UL\YVJPĸUJPH -Z[ı SLUKVö O Olhar da Mente, do inglês Oliver Sacks, que fala de maneira afetiva, porém técnica, sobre os distúrbios da mente. “Me interesso por tudo ligado à ciência, mas esse livro me intriga, me amarra. Não estou conseguindo lidar com ele”,

Vestido Lanvin Brincos Aron & Hirsch Pulseira Carla Amorim )ULS TijV LZX\LYKH /YP [O Anel (mão direita) Aron & Hirsch

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diz, referindo-se à sua fase de não concentração. “Ultimamente, estou muito mais interessada em procurar fotos de casas no Pinterest”. E é desse despojamento que surge o charme de Dieckmann. De seus personagens congruentes e tão sedutores. Ela é moleca ao mesmo tempo em que se torna sensualíssima. É desprendida, mas tem certeza do que quer. A sua obstinação não tirou sua leveza, assim como o castelo que construiu está longe de ser de areia. “As pessoas lhe veem toda linda na capa de uma revista e acham que a sua vida é aquele retrato da beleza programada. Eu amo interpretar em fotos. Antes de uma sessão, eu já vou pensando em como incorporar e criar a partir do que as pessoas esperam. Eu levo tudo a sério”. Mas, como ela mesma diz... “Esse NSHTV\Y não me pertence. Na verdade, eu odeio tudo isso na minha rotina”. E Carol se remexe na cadeira quando entra nesse tema. “Eu não uso maquiagem, evito decote porque não sei me comportar, não visto roupas desconfortáveis”. E emenda... “Olha só essa queimadura”, mostrando uma marca recente na coxa. “Foi eu, fazendo IHI`SPZZ em casa antes de ir ao +HSKLPYijV KV 0\JR. Eu não [LUOVö stylist, cabeleireiro ou pessoas me servindo. Eu sou gente normal”. E foi falando de pessoas normais que chegamos ao nome de Glória Pires, uma inspiração para Carolina. “Me PKLU[P JV JVT LSH LT T\Ptos aspectos. Ela respeita as pessoas, preserva a família, é educada, discreta, querida. Eu amo a Glória”. Um dos

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motivos, além de todos citados acima, passa pelo fato de Carolina também ter voltado a carreira para a televisão, o que muitas vezes gera aquele desconforto no segmento. “A Glória dá seriedade ao veíJ\SV ö;LYPH PUJYĻ]LS JVU[YHJLnarmos juntas”. Em novelas, Dieckmann explica que compor um personagem depois do convite feito pelo diretor é uma tarefa árdua. Com a CaTPSH t WLYZVUHNLT KLö4H¦VZ KL .HTĻSPH, novela de Manoel Carlos de 2000, que a consagrou na cena em que raspou a cabeça para viver uma jo]LT JVT JIJUJLY t L\ X\LP dois anos sem atuar, pesquisando e tentando encontrar V WLYZVUHNLTr ö 6LZZH WHY[L da prosa, discutiu-se muito o fato de hoje atrizes serem [HTIķTöit-girlsöL KLP_HY X\L PZZV PU \LUJPL UH WYVM\UKPKHKL KV [YHIHSOV q-\ö Qı me considero ‘de época’ na televisão. Minha geração é inocente. Era você pela arte. Tirar a roupa, cortar o cabelo, mudar o corpo... fazia parte da sua entrega. Hoje não. A pergunta que se faz é: ‘o que eu vou ganhar com isso?’”. E Carol, de fato, não é nada disso. “Eu faço parte do processo contrário. Eu uso o produto porque gosto, e não porque me pagam ou me presenteiam. E de tanto usar, como aconteceu com a Diesel, eu me tornei uma imagem da marca no Brasil, na época. Cheguei a ganhar cem calças. 1UJS\ZP]L H N\YPUPZ[H KH /SVbo teve que fazer um remendo de chita no bolso, onde se estampa a etiqueta, porque a personagem era pobre, a peça é cara e eu usei essa única JHS¦H H UV]LSH PU[LPYHr öĞ PZZV

Vestido Dolce & Gabbana +VSHY /YP [O Anel e pulseira Aron & Hirsch

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X\L MHa KH +HYVS \TH N\YH pĂŠ no chĂŁo. Ela diz que nĂŁo ĂŠ fĂĄcil se manter lĂşcida quando vem fama e dinheiro. Nesse cenĂĄrio, passa a vontade de viver a vida real e a consequĂŞncia disso ĂŠ a piração. “VocĂŞ pira. Eu nunca pirei. Sempre tive essa preocupação muito forte dentro de mim. Quis logo fazer a minha famĂ­lia. Isso me mantĂŠm lĂşcida. O Marcos (Frota, o ex-marido e pai de Davi) me ajudou a ser mais que normalâ€?, relembra. “Nossa vida era uma novela. Fotos do casamento, fotos do UHZJPTLU[V KV SOV MV[VZ KH ZLWHYHÂŚÄłV \TH SV\J\YHr Ăś Por isso ela estimula o HUVUPTH[V KVZ SOVZ - KPa que espera que nenhum deles se enverede pela vida artĂ­stica, o que nĂŁo acontecerĂĄ, uma vez que ambos sĂŁo avessos a apariçþes, assim como seus pais. “Eu sou a Ăşnica na famĂ­lia envolvida com arte. Meu pai ĂŠ engenheiro naval. Tive uma criação rĂ­gida. Sou descendente de alemĂŁesâ€?. O rigor tambĂŠm estĂĄ na vida UHUJLPYH +HYVSPUH ġ WYLJHvida. Fazer loucurinhas nĂŁo estĂĄ no contexto diĂĄrio. “Eu sei quanto vale o meu dinheiro. SĂŁo anos de trabalho duro. É a adolescĂŞncia que nĂŁo tive, madrugadas de estudo. NĂŁo me permitiria ser SL]PHUHr Ăś 5HZ V JVUZ\TV UÄłV ĂŠ um elemento de sedução para a famĂ­lia. Carol viaja pouco. NĂŁo curte hotel, compras, baladas. BĂşzios ĂŠ um refĂşgio constante, mas Ă s vezes ela e Tiago curtem sair do Brasil para tomar um fĂ´lego. â€œĂ‰ importante para o artista estar entre desconhecidos, UÄłV ZLY PKLU[P JHKV UH Y\H H [VKV PUZ[HU[L :LMYPNLYHr Ăś

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Sobre BrasĂ­lia, Carolina sĂł tem boas referĂŞncias. É amiga e admiradora do jornalista Jorge Bastos Moreno. “Como ele ĂŠ inteligente. Uma enciclopĂŠdia. NĂŁo consigo piscar quando estou JVT LSLr Ăś <HTIġT ġ HTPNH do advogado Kakay de Almeida Castro, que lhe ajudou a se posicionar da maneira correta no episĂłdio das imagens Ă­ntimas trazidas a pĂşblico em 2012 por meio de um hacker. Sua autenticidade falou mais alto e Carolina denunciou o crime ao ser chantageada. O resultado foi a criação KHĂś SLP JOHTHKH de Lei Carolina Dieckmann. “Fiz o que eu achava o correto. Sem medo. NĂŁo me caleiâ€?, disse exaustivamente aos jornais Ă ĂŠpoca. E fora dos poderes que compĂľem a atmosfera brasiliense, seus lĂĄbios sorriem quando peço uma referĂŞncia de BrasĂ­lia. Ela cita a amiga brasiliense Maria Paula, a primeira a lhe apresentar H +HWP[HS L Z\HZ U\HUJLZĂś off circuit. “Ela me levou para lindas cachoeiras dentro da cidade. Achei aquilo o mĂĄximoâ€?, relembra. Na sequĂŞncia, companheiraça do marido, ela passou a vir a lazer, durante os torneios anuais de asa-delta. “Estou sempre por lĂĄ e ninguĂŠm sabeâ€?, brinca. E conclui: “Eu me sinto abençoada por tudo o que tenho e conquistei. Eu sou de verdade uma pessoa feliz. TĂŁo descomplicada que chego a ser relaxada. Curto saber que as pessoas acompanham o meu trabalho. Ser reconhecida, para mim, ĂŠ uma dĂĄdiva. Por isso, nĂŁo reclamo nunca de nada. Essa ĂŠ a graça da vidaâ€?.

Vestido Osklen +VSHY /YP [O AnĂŠis e brincos Aron & Hirsch

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Tric么 Louis Vuitton Saia Gucci Brincos e anel Emar Batalha Clutch Goyard

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Calça Gucci *YPUJVZ L HUķPZ /YP [O

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Camisa Lacoste Anéis (mão esquerda) de ouro branco e brilhantes Carla Amorim e de ouro amarelo Silvia Furmanovich Anel (mão direita) de ouro negro Silvia Furmanovich Scarpin Christian Louboutin

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EM CENA COM CAROL GPS_brasilia_edicao_8.indd 198

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Por Paula Santana Fotos Celso Junior

S

ão Pauloöt -Z[H]H [\KV programado para um intenso dia de trabalho no estúdio de André Schiriló, nosso parceiro na capital paulista. Depois de dias de pré-produção, tentando casar as agendas de todos os pro ZZPVUHPZ LT TLPV HV JHVZ do mês de julho ressaqueado pela Copa do Mundo, eis que conseguimos. Chegamos cedo em São Paulo. Eu e Guilherme Siqueira, com Karine Moreira Lima e Celso Junior, produtora e fotógrafo, respectivamente, estávamos a postos quanKV UV UHS KH THUOij Z\YNL uma loira linda com cara de sapeca, que exibe um largo sorriso e sai beijando todos. E se apresentando, como se não

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a conhecêssemos. Era a nossa capa, a nossa garota, a nossa Carol Dieckmann. Escondida do frio, cheia de estilo, ela trajava uma calça larga de sarja de onça very cool, uma camisa QLHUZ lavada, bota de camurça molinha, lenços amarrados, cabelos meio desgrenhados presos num rabo de cavalo altinho. Nada de maquiagem. <\KV KL ILSLaH ö Com ela, seu amigo e agente, Alex Werner, com quem ela o tempo inteiro trocava olhares de cumplicidade. Depois de se ambientar e nos conhecer, disse que estava animadíssima com o dia de fotos para Brasília. Procurou por Luna Nigro, sua stylist querida, e Duda Molinos, seu cabeleireiro amado. Antes de ver as roupas que vestiria, e eliminar as que não gostasse – conforme

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aviso prévio do Alex – ela confessou estar faminta, apesar de não ter resistido ao sanduichinho do voo. Foi até a cozinha e preparou um irresistível pão com ovo e mortadela. “Pronto, podemos começar”. Graças a Deus ela curtiu todos os looks L VöTVVKösessentista com uma discreta pegada esportista. Para Duda, ela pediu que ele aLZZL V X\L LZ[H]H WSHULQHKV mas deixasse também o seu LZWĻYP[V qSLVHr PKLU[P JHKV WHYH que pudesse incorporar. “Eu adoro esses personagens. Sou tão desligada disso, que nestes TVTLU[VZ L\ TLYN\SOVr ööö E lá fomos nós para as sete horas de produção que se seguiram e que passaram voando. A princípio, imaginei que Carol fosse seguir a cartilha das estrelas e criar a distância que muitas impõem, assim como solicitar a lista de exigências, já pronta para atendê-la diante de seus desejos previamente antecipados por sua agência. Mas não. A atriz se despojou. Sentiu-se em casa e entre amigos. Estava relax. “Estou me divertindo”. E tirava a roupa, botava a roupa. Sentava na bancada de THX\PHNLT <YVJH]H Vö THRL, mexia no cabelo. Ia para o set. Seguia as recomendações. Dava palpites. Encenava seu personagem. Aprovava as fotos. Contava uma história. Ouvia outras. Até se desprendeu do celular, mas falava com o marido por mensagens.

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Carol era energia pura. Tanto que ainda programou um jantar surpresa para aquela mesma noite com o amado HWŀZ H ZLZZijV MV[VNYı JH -U tre HZOLZ e leds, eu percebia a força que aquela pequenina mulher tem. Concentrada quando tem que estar, preocupada em acertar sempre, Carol, de menina moleca que era na sala de produção, crescia e virava um furacão de sensualidade e beleza diante das lentes de André. )V UHS KV [YHIHSOV oito shoots depois, o suspiro de alegria. Tudo havia dado muito certo. O que pensamos para ela na revista estava concretizado. A celebração de uma jornada editorial credenciada por uma mulher, doce e densa, que estampasse nas páginas de Brasília o retrato do que nossa publicação se propôs a fazer nestes dois anos: entretenimento com atitude. Nas páginas a seguir, Celso Junior revela um pouco do nosso dia, que envolveu nada menos que KLa WYV ZZPVUHPZ MVYH H LX\PWL de apoio, numa engrenagem mais que sincronizada. QuanKV [LT X\L KHY JLY[V [\KV \P

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UM POUQUINHO DE FANTASIA Edie Borgo

O impacto visual nos acessórios é a grande pedida desta estação transitória no Hemisfério Norte. Fantasiosos, NYı JVZ V\ H[ķ TLZTV MVSJSŀYPJVZ LSLZ são multicoloridos, tem humor, aceitam texturas e interferências. (PS)

Valentino

Nicholas Kirkwood

Sophia Webster

Valentino

Charline De Luca

Vionnet

Marc Jacobs

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Fendi

Charlotte Olympia

Dior Fendi

Louis Vuitton

Pierre Hardy

Paul Andrew

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Emporio Armani

Kenzo Dior

Derek Lam

FEINHAS, MAS ESTÃO NA MODA

Louis Vuitton

Chamadas de ugly shoes HZ JOPULSHZ H[MVYTZ L HZ sandálias IPYRLUZ[VJRZ ZL THU[ĸT YTLZ UH [LTWVYHKH de Resort 2015. Não há como negar, elas são esquisitas, mas têm seu charme e vale pelo conforto. (PS)

Vionnet

Missoni

Barbara Bui Phillip Lim

Sophia Webster Marni

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Chanel

Chanel Tory Burch

Missoni

MEIO NATUREBA

Mayet

Há um aroma holiday spirit nas passarelas. Nessa pegada, entram na cena as matérias-primas naturais que se revelam em acessórios com madeiras, cortiças, algodões, couros, cordas. (PS)

Valentino

Etro

Proenza Schouler

See by Chloé

Stella McCartney

Proenza Schouler

René Caovilla

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M Missoni

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ENTRE

NĂ“S POR PATRICIA JUSTINO pattyjustino@hotmail.com

Segredinhos de beleza Os brasilienses que curtem maquiagens L WYVK\[PUOVZ KL ILSLaH JHYÄłV LT ĸ_[HZL JVT H SVQH Ĺ“L *LH\[` *V_ X\L abrirĂĄ suas portas em julho no Conjunto Nacional. A descolada multimarcas de cosmĂŠticos e perfumes nacionais e importados tem uma estrutura moderna e aconchegante, alĂŠm de um mix de produtos organizados por JH[LNVYPHZ"ĂśTHRL \W, perfumes, protetor ZVSHY THTÄłL L ILIĸ OVTLUZ ) Ĺ“L *LH\[` *V_ ]PYÄą JVT THPZ KL THYJHZ JVTV Ĺ“L *HST 4H .HÂŚVU +SPUPX\L IHYL5PULYHSZ X\LT disse, Berenice?, Granado, Mavala, alĂŠm de uma marca prĂłpria cheia KL IVZZH JVT LTIHSHNLUZ KPMLYLUJPHKHZ )SN\UZ KVZĂśILZ[ ZLSSLYZĂśKH loja: a mĂĄscara hidratante que faz crescer o cabelo e o ZOHTWVV Ă ZLJV WHYH YHÄťaLZ VSLVZHZ HTIVZ KH 4LL ;[HMMVYK H MHZOPVU [HWL [H adesiva duplaface para prender decotes, bainhas, etc.) e a escova de cabelo Aqua Splash, da marca Tangle Teezer, que desembaraça o cabelo no banho. Vale a pena conhecer!

A moda das mulheres poderosas Mais uma grande sacada do Design Museum, em 4VUKYLZ" H L_WVZPÂŚÄłVĂś?VTLU .HZOPVU 8V^LY, que serĂĄ aberta ao pĂşblico de outubro de 2014 a abril de 2015. A mostra tem como curadoria o prĂłprio museu, coJ\YHKVYLZ VZĂśexpertsĂśLT TVKH +VSPU 5J,V^LSS L ,VUUH Loveday, e projeto assinado por Zaha Hadid. A ideia ĂŠ destacar como grandes mulheres usaram a moda para mostrar quem eram e o seu papel no mundo. Um verdadeiro retrato de suas personalidades atravĂŠs de suas indumentĂĄrias. FarĂŁo parte dessa homenagem mais de 20 nomes entre os meios polĂ­tico, cultural, ULNĹ€JPVZ LĂśfashion, como a rainha Elizabeth I, Coco Chanel, Margareth Tatcher, Lady Gaga e Vivienne West ?VVK 1TWLYKÄť]LS Ăśwww.designmuseum.org

Um sonho de fĂŠrias Exclusividade ĂŠ o desejo da vez. Para muitas pessoas nĂŁo basta sair de fĂŠrias, hospedar-se em hotĂŠis badalados e fazer programas turĂ­sticos. Cada vez mais, busca-se fugir para lugares paradisĂ­acos e, o melhor, nĂŁo ter trabalho algum. Mas isso ĂŠ possĂ­vel? Sim, para quem contrata a empresa Wimco, que oferece ZLY]PÂŚV KLĂśconciergeĂśL ġ LZWLJPHSPZ[H LT HS\N\ġPZ KL ]PSSHZ JHZHYĹ‚LZ THYH]PSOVZVZ JVT [VKV JVUMVY[V L S\_V UVZ S\NHYLZ THPZ PUJYÄť]LPZ KV WSHUL[H ;[ *HY[O 1SOHZ ]PYNLUZ <\YRZ +HPJVZ +VZ[H )THS [HUH <VZJHUH ;[ <YVWLa L 8YV]LUJL ZÄłV HWLUHZ HSN\UZ KVZ WLYMLP[VZ cenĂĄrios disponĂ­veis pela empresa que atua em Caribe, França, ItĂĄlia, GrĂŠcia, Estados Unidos, MĂŠxico e Inglaterra. Todo o serviço pode ser contratado on-line, o site ĂŠ super explicativo e repleto de fotos de encher os olhos. www.wimco.com

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Pop Art Ilustrações, colagens, pinturas ou tudo junto? Tanto faz! O que importa é que as divertidas obras do artista Donald Robertson, que também é executivo de criação da Bobbi Brown, popularmente conhecido como Donald Drawbertson, são incríveis e estão bombando entre fashionistas, socialites e os descolados do momento. Animais, bolsas, bocas, tudo pode virar desenho ou pintura, mas o que Donald HKVYH MHaLY ZijV N\YHZ O\THUHZ JVTV ZL MVZZLT ]ıYPVZ JYVX\PZ Q\U[VZ ZPT V T\UKV fashion é muito explorado por ele: modelos, estilistas, sapatos, ícones da moda), e quase sempre ele agrega às gravuras [HZ HKLZP]HZ JVSVYPKHZ LTIHSHNLUZ KL WYVK\[VZ ;\HZ IHZLZ ZijV HZ THPZ ]HYPHKHZ WVZZĻ]LPZ THZ V X\L mais chama a atenção é o seu talento e senso estético, pois, além de bem-humoradas, suas obras são JOPX\LZ LSLNHU[LZ L LUJHU[HT 6Vö1UZ[HNYHTöLSL ķ YLP NHUOV\ V [Ļ[\SV KL PUZ[HNYHTLYöKV HUV WVZ[H vários trabalhos e tem inúmeros seguidores. Quer acompanhar? @donalddrawbertson

Destino A Croácia se tornou um dos destinos mais chiques e badalados dos últimos anos e uma novidade veio para reforçar ainda mais essa condição: o novo Mullini Beach Club, em Rovinj. A estrutura moderna e contemporânea complementa os serviços cinco estrelas dos hotéis vizinhos (Monte Mulini e Solitário), e será aberta ao público apenas de junho a setembro, quando a cidade esquenta e recebe mais de 10 horas de sol por dia. O clube estende-se à beira-mar numa das mais incríveis e luxuosas estruturas de praia que já se viu. Imerso na natureza, oferece tanto um cenário selvagem para relaxamento num WHYX\L VYLZ[HS JVTV YLZ[H\YHU[LZ L IHYLZ JVT ]PZ[HZ WHYH HZ ıN\HZ JYPZ[HSPUHZ da Baía de Lone, que abrigarão pequenos shows e festas semanais com DJ’s MHTVZVZ LZWLJPHSTLU[L JVU]PKHKVZ WHYH HZ VJHZPłLZ öwww.maistra.com

Wish list

Diversão para os pequenos

Quer dar um toque de estilo e drama ao seu look de viagem? Basta levar consigo “despretensiosamente” a malinha de viagem Sicily Trolley, da marca Dolce & Gabanna. +OPX\ķYYPTH ZL\ HJHIHTLU[V ķ LT JV\YV JVTöprintöKL leopardo, ferragens ouro e o interior forrado com um macio e puro algodão negro. Mal chegou às lojas e se transformou em objeto de desejo. É difícil de ser encontrada, pois não está disponível em todas as lojas. Seu tamanho é compatível para ser levada como mala de mão nos aviões. E JVTIPUH JVT X\HSX\LY KLZ[PUV ö www.dolcegabanna.com

As festas das crianças não serão mais as mesmas. Brasília ganhou um espaço onde tudo é possível quando se trata de diversão: o Megamundo. Uma nova casa de festas infantis no Setor de Clubes Sul, perto da ponte JK. São 1.500 metros de área construída, repleta de brinquedos que fazem sucesso, inclusive com os adultos. Arvorismo, tirolesa, La Bamba, mini roda gigante, simuladores e jogos eletrônicos são algumas das H[YH¦łLZ <LS "ö(61) 3223-4283 öwww.megamundofestas.com.br

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VITRINE

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Tod’s – R$ 3.810

Gucci – R$ 7.200

Fit – R$ 528 Louis Vuitton – R$ 12.600

Bottega Veneta

Miu Miu – R$ 1.100

<\ ,\LR t : !

Um ZVYIL[ Intimissimi – R$ 129

Tod’s – R$ 2.410 Emilio Pucci

Gucci – R$ 9.580 Arezzo – R$ 199,90

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Depois da febre dos colorblocks, que ao longo de quatro temporadas dominou as passarelas, os tons lavados e desmaiados ganham versão ZV Z[PJHKH 7 YVZH ķ H JHWP[ij KLZ[L [PTL MYLZO seguido de verdes, amarelos, azuis.

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VITRINE

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Lanvin – R$ 4.032

A COISA TÁ PRETA... Silvia Furmanovich - R$ 19.600

...E vai continuar. Os pretos se apresentam UVZ VYHKVZ TH_P nas geometrias. Eles se revelam também nas transparências e se retraem no minimalismo. Ágeis, \[\HT KV JSıZZPJV HV sensual.

Melon Melon – R$ 229

Bobstore – R$ 239

Pantalena – R$ 21 mil

D

Alexander McQueen

Oppa – R$ 199

Camila Klein – R$ 566

Prada – R$ 11.200

Louis Vuitton – R$ 3.150

Miu Miu – R$ 7.420

Lanvin – R$ 2.544 Valentino – R$ 2.980

Louis Vuitton – R$ 2.450

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Hermès – preço sob consulta

Louis Vuitton – R$ 13 mil

Dolce & Gabbana – R$ 13.950

Tory Burch – R$ 1.550

Martha Medeiros – R$ 2.980

O verde ĂŠ tĂŁo forte, poderoso e intenso que estĂĄ difĂ­cil descartĂĄ-lo. Ele gosta de estar sozinho, e prefere nĂŁo se misturar com cores que possam tirar a sua majestade.

É O DA BANDEIRA

Gabriela Pires – R$ 398

/YP [O t : Rimowa – a partir de R$ 1.500

Silvia Furmanovich – R$ 11 mil

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JOIAS

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Bracelete em ouro, escaravelho de quartzo uva e base de calcedonia e galuchat marrom – R$ 12 mil

Brincos em ouro rosa, rubi, morganita e KPHTHU[LZ /YP [O – R$ 37 mil

)ULS JVT ZH YHZ L KPHTHU[LZ da coleção Color Charm, Emar Batalha – R$ 46.883 *YPUJVZ q4PSP[Or com onix, topazio e esmeralda, Antonio Henrique – preço sob consulta Colar com ponteira em ouro, pingente lasca de turquesa natural e diamantes negro, D’or – R$ 5.300

VOSSA MAJESTADE Terço Fé, Carla Amorim – R$ 27.430

Anel Coleção Maracanã, H.Stern – R$ 7.670 (cada)

Elas viajam. Dão a volta ao mundo. Buscam terras distantes para descobrir pedras brutas que se transformam em tesouros depois de lapidadas e enriquecidas com design. As cores imperam. Os formatos são maxi, imperadores.

Brincos em ouro com turmalinas verde e rosa da coleção Color Charm, Emar Batalhha – R$ 14.511

Anel ouro com Opala de fogo, topázio London Blue e diamantes, D’or – R$ 4 mil

Brincos Folha, Silvia Furmanovich – R$ 10 mil *YPUJVZ q4HRZOTPr com opalas, rubis, IYPSOHU[LZ L ZH YH estrelada, Antonio Henrique – R$ 24 mil Brincos Matrioska, Carla Amorim – R$ 32.980

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MAKE

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AS CORES A cartela dos rosas calmos e roxos vibrantes se encontra num harmonioso resultado. Um pouco dos metalizados incrementa a pele lívida, a boca apagada e os olhos intensos com cor, delineador e rímel.

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Sombra multi efeito, Natura Una – R$ 78 Cheek Pop, Clinique – R$ 99

Blush Ombre R$ 139, Pincel 129SE R$185, Nail Lacquer R$ 65, Pro Longwear Gel Lip Pencil R$ 109, Eye Liner Pencil R$ 109, Lipstik R$ 89 – Mac Base Teint Couture, Givenchy – R$ 217

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SHIS QI 05 Bloco F Sala 324 Centro Comercial Gilberto Salomão – Lago Sul CEP: 71.615-560 – Brasília-DF Telefone: (61) 3364-4512

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VANGUARDA

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Pradasphereöt 6H 0HYYVKZ LT 4VUKYLZ öK\YHU[L L_WVZP¦ijV ZVIYL a história da etiqueta italiana desde a fundação, por Mario Prada, passando pela primeira coleção de roupas de Miuccia, em 1988, até os dias de hoje. Um ambiente reproduzia curtas de Roman Polanski, Wes Anderson, Ridley Scott e Yan Fudong. E uma pop-up onde clientes encomendavam peças selecionadas de coleções antigas

PRADA MULTIMIDIÁTICA

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Reconhecida como a marca que mais investe em projetos que envolvam arte, música, design e arquitetura, a italiana celebra duas décadas dessa simbiose em projetos que a posicionam com vanguardista da moda Por Paula Santana

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Prada Waist ,V^U töEm Nova York, uma mostraöapresentava cem saias dispostas em displays giratórios, com espelhos no chão YL L[PUKV V ZL\ interior. Uma bela obra assinada pelo escritório do arquiteto Rem Koolhass

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iuccia Prada deu tanto trabalho para a sua mãe, Luisa, nos idos dos anos 60, que mal sabiam as duas que Miu Miu, seu apelido, ZLYPH UijV Zŀ H N\YH YLZWVUZı]LS pela guinada na marca milanesa centenária dedicada à manufatura de artigos em couro, como também uma das mulheres mais inquietantes da moda mundial. Atualmente, a mente genial que concilia o comercial com o intelectual, duas armas vitais no universo fashion. Pois foi a sua rebeldia e o seu antimodismo de juven[\KL X\L aLYHT H 8YHKH UVZ últimos trinta anos, tornar-se tão próxima da arte. Miuccia costuma dizer que seu amor não é a moda, e, sim, a rouWH q<LUOV WHP_ijV WVY YV\WHr ö Politizada e teatral, assim que Miuccia assumiu o comando da empresa, anunciou que tudo o que fosse criado caminharia lado a lado com a arte, a música, o design e o cinema.

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VANGUARDA

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Iconoclastsöt 8YVQL[V LT X\L fashion editors ZijV JVU]PKHKVZ H TVKP JHY H PKLU[PKHKL ]PZ\HS KH SVQH utilizando produtos atuais e de coleções antigas inspirados no bairro norte-americano Harlem

Essa jornada teve início em meados dos anos 90. Ao lado do marido Patrizio Bertelli, ela criou a Fundação Prada, espaço de exposições dedicado a artistas contemporâneos e que já teve mostras de Sam Taylor Wood, Anish Kapoor, Marc Quinn e Louise Bourgeois. A partir daí, uma série de projetos audaciosos vêm sendo apresentados ao público mundo afora, sempre envolvendo as lojas. Uma das boas sacadas de Miuccia é sempre atuar com intelectuais. Pessoas intrigantes, polêmicas, inquietas estão à frente das criações. =TH KLSHZ MVPöH WHYJLPYH JVT o diretor Wes Anderson, desdobrada em dois produtos. Wes

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pediu a Miuccia para criar um conjunto exclusivo de 21 maSHZ L IHŅZ L \Tö[YLUJO JVH[öem couro, especialmente para os dois personagens protagonis[HZ KL ZL\ UV]V STL öO GranKL 0V[LS *\KHWLZ[L ö- 5P\JJPH pediu a Wes que dirigisse o J\Y[H KL VP[V TPU\[VZöCastello Cavalcanti STHKV UVZ OPZ[ŀricos estúdios Cinecittà. A mais recente criação está ainda aberta ao público, em Veneza, antes de começar a circular por lojas selecionadas T\UKV HMVYH +OHTH ZLöArt or Soundö L [YHUZP[H LU[YL H HY[L e a música. “Decidimos criar esta exposição porque percebemos que, hoje, em comparação aos anos 1960, os museus são silenciosos. Eles são con-

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Art or Soundöt -T >LULaH V WYVQL[V [YHUZP[H LU[YL HY[L L H TŅZPJH U\TH TPZZijV KL MHaLY com que os museus atuais não sejam tão silenciosos. Curadoria de Germano Celant.

Malas criadas para os personagens protagonistas KV STLö7 /YHUKL 0V[LS *\KHWLZ[L

Edição limitada de 20 bolsas assinadas pelo britânico Damien Hirst. Foram leiloadas com a renda doada para ROTA, Reach 7\[ [V )ZPH VYNHUPaH¦ijV ZLT UZ S\JYH[P]VZ KPYPNPKH WLSH YHPUOH ;OLPROH )S 5H`HZZH IPU[ 0HTHK )S œHUP

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gelados. Então, nós queríamos criar algo de multissensorial”, disse Germano Celant, curador KH L_WVZP¦ijV öSchiaparelli and 8YHKH t 1TWVZZPISL +VU]LYsationsö [HTIķT MVP \TH KHZ mostras apresentadas no MET,

em 2012, que mais repercutiu LU[YL VZ WYV ZZPVUHPZ KV ZLNmento e virou livro. Em meio a uma exposição bem analítica ZVIYL HTIHZ \T STL KPYPNPdo por Baz Luhrmann, traz a atriz Judy Davis, no papel de

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VANGUARDA

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Elsa, que tem uma conversa imaginária com Prada. Outro momento bastante especial foi na incrível loja de 6V]H AVYR ö WYVQL[HKH WLSV OVlandês Rem Koolhaas, Pritzker KL )YX\P[L[\YH ) TVZ[YHö Prada ?HPZ[ ,V^U apresentava cem saias dispostas em displays giratórios, com espelhos no chão refletindo o seu interior. Uma bela obra assinada pelo escritório do arquiteto Rem Koolhass. Aliás, a saia certamente é a peça do vestuário feminino mais trabalhada pela Prada em suas coleções. “A ZHPH ķ HöTPUOH [ ZOPY[”, ela diz. Miuccia gosta tanto de polemizar moda, antropologia e cultura X\LöLZ[L HUV SHU¦V\ \T UV]V JHWĻ[\SV KH ZķYPLöIconoclastas, dessa vez sob o olhar de Edward Enninful, atuHS LKP[VY KH YL]PZ[HöW. Na época, em ! öX\H[YV PU \LU[LZ LKP[VYLZ KL moda criaram a identidade visual das lojas em Londres, Nova York, Milão e Paris. Respectivamente, Katie Grande, ex-,HaLK ö 8VWö Lö œL Face# )SL_ ?OP[L L_ YL]PZ[Hö W; Olivier Rizzo,>VN\Lö 0VTLT Lö P ,# Lö Carine Roitfeld, ex->VN\Lö Paris. Eles deveriam mergulhar nos costumes do Harlem, elegendo ícones JVTVö4V\PZ )YTZ[YVUN *PSSPL 0VSPday, Josephine Baker e Ella Fitzgerald. Os deuses do jazz. E lá se vão duas décadas de imensa integração com as artes e JVSHIVYH¦ijV JVT H TVKH 6\TöPTpério avaliado em US$ 13 bilhões, presente em 70 países, com quase 500 lojas próprias, Miuccia é uma intelectual multimidiática que se permite ir muito além de referênJPHZ KL LZ[H¦ijV ö )[\HSTLU[L ZLY cliente da Prada é andar na vanguarda. É estar pronto para o novo a qualquer instante.

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Bernardo Caiado e Luiza Nasser

LUIZA & GPS_brasilia_edicao_8.indd 224

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Marcelo, Josiane Loureiro, Luiza Nasser, Bernardo, Mônica e Emival Caiado

Luiza Nasser e Bernardo Caiado unem os laços em cerimônia seguida de festa no Recanto das Águas. Com decoração clássica, casal recepciona 500 convidados de Brasília, Goiânia e São Paulo em grande noite // Fotos: Pablo Valadares

Tatiana Difforene e Jessyca Leão

Sophie Konigsfeldt e Ticiana Venâncio 4V\YLU¦V 2\SPH ;V H L :VZıSPH 8LP_V[V

& BERNARDO GPS_brasilia_edicao_8.indd 225

Leonardo Ibiapina e Fernanda Amaral

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SOCIAL

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Ana Carolina Nasser

Marcelo Pimenta foi o responsável pelo cerimonial do evento. Que ganhou buffet da Sweet Cake e momentos dedicados a cultura árabe com performance by Ousseimalmad

Ricardo Malaquias e Mariana Volkmer Bruna Canto, Carla de Carli e Antonio Cendron

4LV )YHŅQV :HĻZZH )YHŅQV :HMHLS 4H [L L 2HX\LSPUL .LYYLPYH Camila Debs, Luciano Faria e Ana Carolina Alvarenga

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Jorge Paulo Palhares e Isadora Campos

Barbara Barros e Natalia Neddermeyer

Priscila Vieira, Natalia Andrade e Manuela Magno

Bruno Braga e Camila Vellasco

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SOCIAL

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Pryscilla Cabral

Tiago Correia, Agatha Silvestre e Lucas Puchalski

Bruno Avelar e Marina Cançado

JJ -Z[YLSH 5HYPHUUH ;PS]H 8YPZJPSH )TVYPT L œ PHNV ,\HY[L

Zaika Capita e Beatriz Almeida

MINERAL MAKE-UP

Gracyanne Barbosa

MicaBeauty, marca norte-americana de beleza, abre as portas no ParkShopping. Considerada a melhor fonte de maquiagem mineral do mundo, a empresa elege Brasília para inaugurar seu primeiro endereço na América do Sul // Fotos: Pablo Valadares Claudia Avelar

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Andressa Suíta

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NOVIDADE

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LITTLE NEW YORK

Casa nova no Lago Sul transporta o brasiliense para Nova York, com atmosfera e cardápio que celebram a vida da cosmopolita Manhattan. À frente, Michele Calmon que agrada o público com IHY[LUKLY que cria drinks na hora

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Por Paulo Pimenta Fotos Glaucio Dettmar e Lula Lopes

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evaneando, o cliente pode se imaginar atravessando a Brooklyn Bridge, cruzando as ruas de 5HUOH[[HU L UHSTLU[L adentrando à boêmia e descolada Little Italy, em Nova York. Esse é o roteiro costumeiro de um nova-iorquino. Mas isso tudo acontecer por aqui mesmo, em terras candangas. O Nolita Coffee & Fun, no Lago Sul, recria o clima do bairro italiano, região que inspirou o local. Com o JHYKıWPV L HTIPLU[H¦ijV ķPZ ao de um restaurante nova-iorquino, só faltaram os táxis amarelos para levar os visitantes para um passeio nos Estados Unidos. Michele Calmon administra o local junto ao marido, Pedro Calmon. A ideia surgiu depois de várias viagens a Nova York e após sentirem que faltava um ambiente como esse em Brasília. Em um amplo salão, as mesas e cadeiras se misturam às fo[VNYH HZ LZWHSOHKHZ WLSHZ paredes, que registram o cotidiano da cosmopolita cidade norte-americana. Para compor a decoração, peças vintages se juntam às modernas para criar o charme do ambiente, inaugurado em junho. O cliente pode se sentir ainda mais à vontade com a 2\RLIV_ – máquina que reproduz música ao inserir moedas – disponível no restaurante. No repertório, canções que ]ijV KL œL *LH[SLZ H +PUK`

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A proprietária Michele Calmon

Lauper; de Tim Maia a artistas da OV\ZL T\ZPJ. Uma grande televisão transmite partidas e eventos especiais, além de videoclipes. Localizado na QI 09/11 do Lago Sul, o cardápio é assinado pela renomada chef Mara Alcamin. Há diversas opções de pratos, cervejas, drinks e, claro, cafés. Expresso (R$ 4,50) ou aromatizado (R$ 5,20), o ISLUK – que também pode ser descafeinado – é trazido de Carmo de Minas, em Minas Gerais. Além deles, cappuccinos, cafés especiais, chás, shakes e chocolates completam a lista de bebidas da cafeteria. Apesar de remeter à cultura estadunidense, por que não pedir um pão de queijo ou empadinha bem brasileiros para acompanhar? Até mesmo no IY\UJO ZLY]PKV HVZ UZ KL ZLTHUH

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NOVIDADE

há a possibilidade de escolher entre o tradicional ou um, digamos, verde e amarelo. Um é servido com ovos, batatas mexicanas, WHZ[YHTP, toast, IHJVU, pancakes com syrup e suco de laranja (R$ 28), enquanto o Brasileirinho é composto por baguete, muçarela, salsichas com molho de tomate, pão de queijo, fatia de bolo do dia e suco de laranja (R$ 26). O cardápio do restaurante é aberto, o que torna possível pedir qualquer item da lista a qualquer hora do dia. No entanto, Michele revela que são os hambúrgueres, a batata (que, segundo ela, “têm um tempero especial”) e o cachorro-quente no estilo americano os carros-chefes da casa. Alguns pratos têm nomes de bairros de Nova York, outros de artistas estadunidenses. Como não poderia faltar em um bom restaurante americano, na lista de pastas encontram-se as “bolas de carne”. No Nolita é chamado Fetuccine Meatball e a massa acompanha almôndegas de picanha e molho de tomate (R$ 41). Com um amplo horário de funcionamento, o público frequentador é bem diferente quando comparados os turnos. Segundo Michele, no café da manhã os clientes são grupos de família e muitas crianças. A hora do almoço é tomada por executivos. Quando as luzes caem, há uma grande mistura: crianças, jovens, adultos e casais dividem as mesas. Em breve, o local deve funcionar 24 horas.

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Como aperitivo, mandioca frita, carpaccio ou coxinhas de frango assadas. Omeletes, sanduíches leves e carnes bovina, suína ou pescados acompanhados por arroz, purês, batatas ou legumes completam o time dos alimentos. Ainda há uma opção para veganos, saladas e sopa.

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Para a sobremesa, [PYHTPZ\, IYV^UPL, cheese cake ou bolo do dia dividem os desejos. Entre as bebidas também não faltam alternativas. Há drinks como o Bronx (gim, vermute vermelho e seco, sumo de laranja e gelo), o famoso Cosmopolitan (vodka, triple sec, suco de limão,

JYHUILYY` e gelo), Manhattan (whisky, vermute vermelho, angostura e cereja maraschino) ou o tradicional Dry Martini (gim, vermute seco e azeitona). Para os mais criativos, IHY[LUKLYZ podem ser solicitados para preparar drinks que não estão no cardápio. Michele quer que os clientes se sintam em casa. -SLZ WVKLT JHY UH JHS¦HKH em frente ao Nolita com as bebidas nas mãos e voltar depois para as mesas sem o menor problema. Jornais e revistas são disponibilizados para a leitura no local. A expectativa é de que, JVT V [LTWV H JSPLU[LSH X\L ainda maior. “Eu senti uma aceitação muito legal porque as pessoas estão voltando. Quando você vê o cliente vindo pela segunda vez e trazendo outras pessoa é um sinal positivo”, completa Michele. Se em Nova York existe a Little Brazil, em Brasília existe uma Little Nova York. Culturas que se misturam em um ambiente agradável e acolhedor. Lugar para a família, namorados, amigos e também para ir sozinho. Assim como a Big Apple consegue abraçar os mais diversos tipos de pessoas, o Nolita chega para completar o roteiro gastronômico de uma das cidades mais multiculturais do País. Serviço Nolita Coffee & Fun QI 09/11 – Lago Sul Tel.: (61) 3248-1133 Aberto terça e quarta, das 8h à 0h. De quinta a sábado, das 8h à 1h. Domingos, das 8h às 22h

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BEBIDA

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ESSA BRANQUINHA É UM LUXO

Descoberta no período colonial, na extração da canade-açúcar, a cachaça está no DNA do brasileiro. Sua fabricação se assemelha à do uísque. Há diferentes Yŀ[\SVZ JVUMYHYPHZ L H[ķöcachaciersö

Por Raquel Jones

“S

e você pensa que cachaça é água, cachaça não é água não...”. Se no Reino Unido o uísque é motivo de orgulho e em Cuba o rum é a bebida mais importante do país, em terras brasileiras, a cachaça é a alegria nacional. Marvada, pinga, cana, água que passarinho não bebe. O nome não importa. Ela está sempre presente. É o principal ingrediente do mais famoso drink brasileiro, a caipirinha. E, apesar de muito popular, nos últimos anos gaUOV\ H\YHöKL YL UHTLU[V Ela pode ser branca, sem nenhuma alteração na cor, conhecida como clássica, tradicional ou prata; ou amarela, quando sofre mudanças por conta do período de envelhecimento ou armazenamen[V LT THKLPYH JH JVUOLJPKH como ouro. Engana-se quem

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pensa que a mais famosa bebida brasileira é simples de ser produzida. Ela pode ser envelhecida ou armazenada. A pinga pode ser envelhecida em barris de madeiras diferentes, também denominadas de dornas. O líquido absorve a cor, o aroma e o sabor KH TH[ķYPH WYPTH ;ijVö THPZ de 32 tipos. Dentre as mais populares, o Carvalho, que carrega um gostinho de velho mundo, por ser a mesma madeira das destilarias escocesas; o Jequitibá Rosa, que

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diminui a acidez, amaciando e arredondando o paladar; o Bálsamo ou Cabreúva, que resulta numa cachaça de cor amarelinha e de gosto forte. Tem também o Ipê Amarelo ou Roxo, de tom alaranjado e forte; a Amburana, com um toque doce; e a Amendoim, uma madeira resistente, que confere poucas alterações nas características da bebida. As conhecidas como “branquinhas” são descansadas em tanques de inox ou em madeiras neutras, no período entre seis meses e um ano. Nesse processo, a interferência da madeira e do inox é mínima, prevalecendo o sabor peculiar da cana-de-açúcar. Há também as cachaças industriais, recomendadas WHYHö KYPURZ ö como a famosa

caipirinha. São feitas em grande volume, sem se preocupar com as características sensoriais da bebida, como a popular 51 e a Velho Barreiro. Isso as deixa mais baratas, por isso se tornaram tão populares. Mas, de acordo com o cachacier Mauricio Maia, houve um salto nas técnicas de aprimoramento das cachaças de alambique ou artesanais. No mercado, lotes pequenos, garrafas numeradas e exclusivas. “Quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso

promulgou a lei de regulamen[H¦ijV KH JHJOH¦H L KL UP\ WH râmetros de como deveria ser a produção, as características das madeiras, dentre outros aspectos, os produtores passaram a buscar diferenciais para o seu produto, em busca do reconhecimento do público”, contextualiza Maia. NoöYVSSödas bebidas que viraram artigos de luxo, estão as cachaças envelhecidas há mais de dez anos e misturas especiais que resultam num sabor exclusivo. “Algumas marcas têm investido numa técnica bastante empregada no uísque, a mistura dos destilados. Assim, produtores fazem \TöISLUKöKL IHYYPZ KL THKLPYHZ diferentes. Por exemplo, pegam uma cachaça envelhecida no Carvalho por três anos, outra envelhecida no Bálsamo por três anos e misturam para se alcançar uma caraterística única”, explica Maia. A gaúcha Weber House convidou um grupo de entenKLKVYLZ WHYH MHaLY \TöISLUKöKL cachaças envelhecidas. Dessa mistura, um lote especial com duas mil garrafas. “A primeira custaria R$ 900 e cada uma que fosse vendida, ZVTH ZLö : )[\HSTLU[L LSH já ultrapassou o valor de R$ 1.800. Destaque para o rótulo e a tampa que são folheadas a ouro”, complementa Maia A mineira Vale Verde HUVZ L H JHYPVJH 5HNUĻ JH Reserva Soleira podem ser encontradas na faixa de R$ 500. ;LTWYL LSLP[H UVöYHURPUNöcomo a melhor do País, a cachaça Havana chega a R$ 400.

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BEBIDA

Muito antes de se faSHY LT JHJOH¦HZ YL UHKHZ V MHaLUKLPYVö )UĻZPV ;HU[PHNV aprimorava a técnica do destilado. “A cachaça Havana era tão famosa que os empregados da fazenda do Anísio preferiam receber o salário em cachaça em vez de dinheiro. Assim revendiam e ganhavam mais”, conta um profundo conhecedor de cachaças, o músico Cláudio Gurgel. O fazendeiro era conhecido pelo zelo na fase de produção, “Dizem que Anísio gostava de usar tijolos de vidro UV SVJHS VUKL HZ JHJOH¦HZ cavam armazenadas. Ele não utilizava luz elétrica para que o excesso de claridade não prejudicasse o envelhecimento da Havana”, relata Gurgel. A região de Salinas, em Minas Gerais, onde a Havana é produzida, é um grande polo de produtores de cacha¦H KL]PKV HV ZL\ö terroir. A palavra de origem francesa costuma ser aplicada ao vinho. Dizer que a região tem o TLSOVYö terroirö ZPNUPMPJH X\L HZ características climáticas do local permitem um paladar único. Assim como os melhores charutos são produzidos em +\IH WVY JH\ZH KV ZL\ö[LYYVPY öas melhores garrafas estão em Salinas e também na cidade de Paraty, no Rio de Janeiro. Salinas e Paraty são as únicas cidades brasileiras que têm o selo de Indicação GeVNYı JH 1/ JVUMLYPKV WLSV Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). A certi JH¦ijV L]P[H X\L WYVK\[VZ KL outras regiões sejam vendidos

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como originais dessas duas cidades. “Essas regiões devem obedecer a uma série de características para serem reconhecidas como uma denominação NLVNYı JH -ZZL ZLSV NHYHU[L H procedência do produto”, complementa Maurício Maia. A dica para quem quer se aprofundar neste universo é seguir a Estrada Real. O caminho que marcou o ciclo do ouro, percorre cidadezinhas de Minas Gerais até Paraty. Entre uma parada e outra, alambiques que são verdadeiros museus e cachaças só encon[YHKHZ LT S\NHYLZ LZWLJĻ JVZ “Vale a visita ao engenho mais antigo do País, que produz a cachaça Santo Grau Século XVIII. Localizado na cidade de Coronel Xavier Chaves (MG), foi erguido antes de 1755. Durante nossa visita, conhecemos o mestre alambiqueiro, Fernando Chavier. Sua família é a sétima geração da família do Tiradentes, que dominava a técnica na região. No passado, a bebida era armazenada em tanques de peKYH WHYH UHKVr YLSH[H /\YNLS Numa dessas visitas, é possível encontrar garrafas Século XVIII de uma safra especial de 2002 com o selo vermelho. Há também cachaças guardadas há mais de 25 anos. O proprietário, Rubens Chavier, pai de Fernando, defende que sua cachaça tem identidade. Não é armazenada em tonéis KL THKLPYH X\L PU \LUJPHT no sabor, na cor e no aroma. “Minha cachaça é cristalina, não tem vergonha de ser cachaça”, costuma dizer.

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APRECIE Vale Verde 12 anos – De Betim (MG). Objeto de desejo de colecionadores e apreciadores de cachaça, a Vale Verde 12 anos é produzida com requintes artesanais e resulta numa cachaça de toque aveludado e equilibrado. Graduação Alcoólica: 40% Envelhecimento: 12 anos em barris de Carvalho Havana – De Salinas (MG). Símbolo da cachaça artesanal no Brasil, a Havana foi desenvolvida pelo fazendeiro Anísio Santiago. Algumas garrafas levam o seu nome, em virtude de problemas de registro no passado. Graduação Alcoólica: 47% Envelhecimento: dez anos em barris de Bálsamo ;HU[V /YH\ ;ķJ\SV @>111 De Coronel Xavier Chaves (MG). Produzida no engenho mais antigo em funcionamento do Brasil, pertence à família de Tiradentes. Graduação Alcoólica: 40% Envelhecimento: não utiliza madeira, sendo descansada em tanques de WLKYH WHYH UHKVZ L PUV_ Canarinha – De Salinas (MG). Produzida por Noé Santiago, sobrinho do falecido Anísio Santiago, a Canarinha já tem uma certa tradição. Existe no

mercado há 20 anos e guarda um aroma forte e bastante agradável. Graduação Alcoólica: 44% Envelhecimento: três anos em Bálsamo Weber House – Do Rio Grande do Sul. Tradição e história. A Weber House pertence a uma empresa familiar que produz cachaça desde 1948. Graduação Alcoólica: 38% Envelhecimento: cerca de 5 anos em Carvalho Francês e cerca de 1 ano em Bálsamo

ONDE DEGUSTAR EM BRASÍLIA 2º Clichê – Desde 1996, a casa tem cerca de 300 opções de cachaças para degustação. 107 Norte, bloco C, loja 57 – Asa 6VY[L <LS "ö(61) 3201-5749 Água Doce Cachaçaria – No cardápio, cachaças dividias entre os tipo de madeira. Desde umburana ao carvalho. 412 Sul, bloco A, loja 3 – Asa Sul. <LS "ö(61) 3345-7196. www. aguadoce.com.br Empório da Cachaça – Na loja da Asa Sul, cerca de 150 rótulos. 405 Sul, bloco D, loja 26 – Asa Sul. <LS "ö(61) 8550-7378. 314 Norte, bloco D, loja 3 – Asa 6VY[L <LS "ö(61) 3349-2299

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COMER, RELAXAR E MERGULHAR

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Praia no restaurante Hibiscos

Mirante de Maragogi

Em meio às águas cristalinas do litoral alagoano, dois resorts acolhem turistas do mundo que buscam comidas típicas, passeios exóticos, momentos relaxantes e aconchego Por Raquel Jones Fotos Fernanda Ferreira Enviada especial

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HJLPŀö - Logo no primeiro dia da viagem, o resort indica as comidas típicas da região que são servidas no restaurante. No TLU\, sururu, bobó de camarão, pirão de peixe e tapioca. Como aperitivo, drink tropical feito de licor de menta, suco de abacaxi e leite condensado servido na própria fruta. Os dias seguintes seguiram com sanduíches naturais, salgados

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e o bolo de goma, que se assemelha ao sequilho, feito de leite de coco, açúcar, sal, ovo e goma de mandioca. Estamos no Salinas de Maceió Beach Resort, localizado na praia de Ipioca. Um refúgio pertinho da cidade, apenas 20 minutos do centro da capital alagoana. A gastronomia local não se opõe à beleza natural deste lugar de mar azul-turquesa L KL HYLPH IYHUX\PUOH L UH Dias ensolarados e pratos deliciosos aguardam os visitantes deste paraíso. A palavra Ipioca, de origem tupi, geralmente é traduzida como “terra” ou “casa de terra”, mas é uma extensa faixa branca de areia que o turista avista quando chega nesta praia de quase dez quilômetros de costa. Com bangalôs voltados para o mar e para as piscinas, o Salinas de Maceió Beach Resort dispõe de serviços variados para os hóspedes, com praia particular.

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PRAIA

Inaugurado em 2008, são 28 mil m² e 151 acomodações com varanda. A categoria familiar hospeda até oito pessoas. Para pais com SOVZ WLX\LUVZ ķ WVZZĻ]LS contratar os serviços de uma IHI` ZP[[LY. Comece o dia, reservando uma espreguiçadeiYH X\L JH H WV\JVZ TL[YVZ do mar, peça uma bebida no restaurante próximo à beira-mar, o Marujada, ou relaxe no Spa Vida Mar com massagens, ritual de beleza, banhos, sessões de shiatsu, drenagem SPUMı[PJH L THZZV[LYHWPH ö Recomenda-se a massagem com pedras vulcânicas para eliminar rigidez e tensões musculares. A terapia com as águas da praia de Ipioca e a vinhoterapia são bastante WYVJ\YHKHZ HZZPT JVTV Vöpeelingö JVT LZMVSPHU[L KL \]H junto a um banho no ofurô. À noite, os hóspedes são presenteados com programações diversas, que envolvem música ao vivo, sessões de cinema, luaus à beira-mar e um tradicional forró pé de serra. Entretanto, é a imersão na comida nordestina que a região proporciona aos turistas. São seis refeições, inspiradas nos cruzeiros THYĻ[PTVZ ö 7 resort promove excursões para diversos pontos turísticos. Num desses passeios, vale a visita à Feira de Artesanato na orla da Praia de Pajuçara. Nas barraquinhas, é quase que um pecado não comprar vários tipos de pimenta, cachaças nordestinas, castanha e o queridinho

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bolo de rolo. Bem pertinho da orla, o restaurante Lopana serve boa comida, como o camarão com purê de banana. Reserve no outro dia uma visita ao restaurante 0PIPZJ\Z X\L JH H X\H[YV quilômetros do resort, na região mais ao norte da praia. Localizado num condomínio fechado, o Angra de Ipioca, WYVWłL Vö day use ö KLIHP_V KL bangalôs com vista para uma praia paradisíaca, ao sabor da JVTPKH SVJHS 8HYH UHSPaHY V dia, visite a rua das rendeiras no Pontal da Barra. É lá onde estão os artesanatos mais bonitos e o pôr do sol mais belo de Maceió, ZVIYL H 4HNVH 5\UKHŅ ö

EM MARAGOGI Para completar a excursão ao litoral Alagoano, cerca de 200 quilômetros entre o norte do Estado e o sul de Pernambuco, surge um município de natureza peculiar. O THY KLZ[L SP[VYHS KP JPSTLU[L se sentiria intimidado em Cancún ou em qualquer outro lugar remoto dos oceanos ÍnKPJV L 8HJĻ JV -T 5HYHNVNP além da água de cor verde-azulada, piscinas naturais de água cristalina se formam em alto-mar, conhecidas como Galés. Suas praias guardam a maior unidade de conservação marinha do Brasil, uma área de proteção ambiental gerida pelo IBAMA. É nesse ambiente de preservação que surge o Salinas do Maragogi All Inclusive Re-

Vista do Salinas de Maceió

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sort. O empreendimento do grupo Salinas é o irmão mais velho do de Maceió, construído em 1989. Cercado pelo mar e pelo Rio Maragogi, o resort guarda uma localização privilegiada, como se estivesse sobre uma ilha. Ao longo dos anos, foi se modernizando, tornando-se um dos destinos [VW VM TPUK do turismo brasileiro. Em 2014, MVP JSHZZP JHKV JVTV V ZLN\UKV hotel para família mais bem avaliado do Brasil e da América do Sul, e 12º na seleta lista dos mais bem avaliados hotéis do mundo na mesma categoria pelo TripAdvisor, maior site de viagens do mundo. São 66 mil m² onde a Mata Atlântica compõe o cenário do encontro do rio com o mar. Tudo a poucos metros das 236 acomodações. O grupo Salinas mantém a mesma infraestrutura de serviços do resort de Maceió em Maragogi, com quartos com vista para o mar. As atividades náuticas são um espetáculo à parte graças ao ambiente marítimo em que Maragogi está inserido. Por volta de oito quilômetros da costa, surgem galés de águas rasas e transparentes que são como piscinas naturais em alto-mar, um dos fenômenos mais incríveis da natureza. No resort, é possível solicitar passeios de mergulho, partindo de catamarãs exclusivos em direção às piscinas de águas rasas. A experiência é de nadar num aquário a céu aberto na companhia de cardumes e das formações

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de corais, seja por meio de snorkel, máscara de mergulho ou do cilindro, que permite um mergulho de até seis metros de profundidade, com duração de 15 a 20 minutos. Os passeios chegam a custar em média R$ 100, incluindo DVD com fotos. Mas não se entristeça se não conseguir realizá-los, pois a maré deve estar baixa para que a atividade seja praticada. Outro passeio inesX\LJĻ]LS ķ V KLö I\NN`ö WLSHZ praias. Seguindo pela costeira norte, no fim do trajeto, está o Porto das Pedras, que abriga a área de preservação do peixe-boi. Esse animal em extinção vive parte num cativeiro e parte solto no Rio. São localizados por meio de uma HU[LUH X\L JH WYLZH HV YHIV Todavia, engana-se quem pensa que Maragogi só proporciona dias voltados para contemplação da fauna L KH VYH 7 YV[LPYV NHZ[YVUŁmico continua a surpreender neste lugar. A fábrica onde o famoso Bolo de Goma é fabricado está localizada na praia de São Bento. Vale a pena visitar a produção deste quitute, que começa às quatro horas da manhã nos fundos de uma casa simples da região. Serviço Salinas de Maceió Beach Resort – Diárias variam de R$ 370 a R$ 460 www.salinas.com.br/maceio Salinas do Maragogi All Inclusive Resort – Diárias de R$ 900 a R$ 2 mil www.salinas.com.br/maragogi

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ATELIÊ

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À MODA ANTIGA 8VY )UKYLZZH .\Y[HKVö -U]PHKH LZWLJPHSö Fotos Germán Fagliano

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\LUVZ )PYLZöt - UV TLPV do bairro de Hurlingham, uma família tradicional argentina chama atenção. É o clã Fagliano. Estabelecida desde 1892 na capital mundial do polo, a família sempre investiu no mesmo ofício, o do couro. Desde então, desvenda diariamente todos os segredos do material. Originalmente da província de Cuneo, na Itália, estabeleceram-se no pequeno bairro argentino enquanto trabalhavam como sapateiros. Criavam botas para trabalhadores rurais locais e, com o tempo, decidiram investir em botas de montaria. Algumas delas, feitas especialmente para jogadores de polo que jogavam a menos KL \T X\HY[LPYijV KH V JPUH UV Club Hurlingham. 7 JPUH LZ[H X\L THPZ parece um ateliê à moda an-

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tiga. Visitá-la é voltar no tempo. Ao passar pelas portas da casa, o cheiro de couro é forte L JH PTWYLNUHKV UV HY 0ı a maquinaria, prateleiras in UP[HZ JVU[LUKV TVSKLZ KL inicialização de todos os tamanhos. Não existem grandes máquinas elétricas, os TH[LYPHPZ JHT LZWHSOHKVZ pelos três cômodos da casa. Máquinas de costura, alicates, tesouras, linhas, cola, pinceis e couros de todos os tipos. No comando, Eduardo Fagliano. Ao lado dele, está o patriarca Rodolfo. O mais antigo membro da família, com 83 anos, anda de um lado para o outro cheio de disposição. Recebe clientes e tira as medidas pacientemente. Na mesa de montagem, está V SOV /LYTıU X\L [HTIķT tira fotos, mas é quem cola e junta os pedaços da bota. O tio Hector é quem confecJPVUH HZ ZVSHZ 6H V JPUH Oı apenas homens. “Nós nos en-

Artesão de famílias reais, sultões e jogadores de polo, o clã Fagliano trabalha há mais de cem anos num pequeno bairro argentino, confeccionando botas. Agora se envereda numa nova empreitada: criar as pulseiras do ZV Z[PJHKV YLSŀNPV 2HLNLY 4L +V\S[YL ö) GPS|BrasíliaöMVP ]LY KL perto tal maestria

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tendemos. Nossas mulheres nos ajudam com outras tarefas. Aqui sĂł entra homemâ€?, brinca Eduardo. Ao chegar ao ateliĂŞ e solicitar uma bota, o primeiro passo ĂŠ tirar as medidas. Em seguida, o pedido ġ V JPHSPaHKV WVY L THPS. E ĂŠ a partir daĂ­ que começa a produção. Os couros sĂŁo cortados utilizando as medidas individuais de cada cliente. Em seguida, as peças de couro sĂŁo costuradas. A sola e o salto sĂŁo confeccionados. 7 JHSJHUOHY WVKL ZLY _HKV com pregos de bronze e com um salto de borracha. Tudo colado, as botas sĂŁo polidas L JHT Ä° LZWLYH KV JSPLU[L SĂŁo 40 horas para a realização de todo o processo. Na lista de materiais utilizados estĂŁo couro de cavalo, pele de bĂşfalo, bor-

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YHJOH IYVUaL VZ KL nylon, supercola e madeira. Nada ĂŠ feito em grande quantidade e com rapidez. “Cada par de botas leva cerca de seis a oito meses para serem entregues, apĂłs a reuniĂŁo inicial. A lista de espera ĂŠ de cerca de um HUVr H YTH 0LJ[VY 8HYH KHY conta do recado, os Fagliano utilizam mĂĄquinas de costura rĂĄpidas, como a Durkopp. q+VU V UHZ TPUOHZ TÄąX\PUHZ elas tĂŞm sido utilizadas por cem anos, e ainda parecem novasâ€?, garante Eduardo. Hoje em dia, na era da produção em massa, as botas Fagliano tĂŞm inĂşmeras razĂľes que a tornam tĂŁo excepcionais. Seus detalhes exclusivos trouxeram clientes da FamĂ­lia Real Inglesa. Os prĂ­ncipes Charles, William e Harry tĂŞm seus moldes dispostos nas prateleiras do

H[LSPĸ Ăś +OHYSLZ ġ JSPLU[L LS hĂĄ mais de quatro dĂŠcadas. AtĂŠ o sultĂŁo de Brunei encomendou 120 pares de botas de uma sĂł vez. Imagine como foi a produção? O quarteto nĂŁo parou um segundo, mas entregou tudo no prazo. Recentemente, a pequena fĂĄbrica ganhou outro KLZH V -ZZL HPUKH THPVY Dar um toque especial no relĂłgio Grande Reverso Ultra Ĺ“PU ! +OVJVSH[L KH YLSVjoaria Jaeger Le-Coultre. Uma parceria com uma marca conceituada e conhecida poderia ser um problema, mas nĂŁo foi bem assim. A proposta que eles aceitaram prontamente foi a de confeccionar as pulseiras dos relĂłgios. Claro, que de maneira artesanal. “As etapas de fabricação seguem os princĂ­pios restritos de uma tradição ancestral no

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trabalho do couro cordovês, reputado pela resistência”, exWSPJH -K\HYKV 7 KLZ[HX\L JH por conta da maleabilidade e do modo de confecção manual, tornando-a uma peça única. A parceria deu tão certo que rendeu uma nova remessa. “Fazemos parte da história do polo em Buenos Aires e o Reverso tem tudo a ver conosco. É prazeroso fazer parte deste projeto”, diz Eduardo. O novo modelo da marca [LT H JVY KL UPKH JVTV JOVJVlate, que se mescla com o ouro rosa da caixa. Não há o número 12, as horas são mostradas pelos índices em forma de bastão, enquanto os ponteiros das horas e dos minutos adotam um formato de cruz. Às 6 horas, o pequeno segundo realiza, uma vez por minuto, a volta em seu mostrador retangular secundário. O Reverso é caracterizado por \TH JHP_H \S[YH UH X\L WVKL ser protegida, evitando a quebra do vidro. É o preferido, há 80 anos, dos jogadores de polo.

O ESPORTE ELITISTA

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O tio Hector confecciona as solas e martela os saltos

/LYTıU JH WVY JVU[H KV HJHIHTLU[V

Não são só as celebridades que adoram os Fagliano. O clã é procurado avidamente pelos melhores jogadores de polo do mundo, que não conseguem se imaginar disputando um jogo sem botas confeccionadas a mão pelo quarteto. Para quem não sabe, o esporte é praticado sobre o cavalo. Por até 56 minutos, oito jogadores Eduardo Fagliano analisa o couro e recorta os moldes

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JHT LT JPTH KL HUPTHPZ velozes e fortes, que correm o campo com o objetivo de fazer gols, acertando seus tacos numa bola diminuta. Por isso, cada jogador deve entrar em uma prova, dispondo de, pelo menos, seis ou sete cavalos puro-sangue inglês, que passarão, em média, apenas sete minutos em campo. Eduardo Fagliano é apaixonado por Polo. Está presente nas competições e têm seus jogadores preferidos. Ele acredita que o esporte está ganhando espaço no cenário mundial e que aos poucos todos entenderão como se joga. Segundo dados do Haras Polo Brasil, cada animal custa de R$ 8 mil a R$ 50 TPS V X\L ZPNUP JH \T PU]LZ-

As pulseiras do relógio Jaeger Le-Coultre

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timento inicial de ao menos R$ 48 mil para começar a pensar em jogar. Além disso, os animais precisam ainda ser transportados em caminhões climatizados para as provas, ser adequadamente alimentados, treinados, tosados, limpos, vacinados e selados. O que faz com que a conta mensal de manutenção suba exponencialmente. Mas quem iniciou essa prática foram os militares. O jogo era uma forma desenvolver e demonstrar as habilidades da cavalaria. Boa parte dos competidores brasileiros, especialmente fora de São Paulo, vem das academias militares. No Brasil, eles foram os responsáveis por impulsionar o esporte.

O patriarca Rodolfo orienta o neto, Germán

Incentivaram os criadores a fazer intercâmbios com os argentinos nos anos 70, aprimorando os animais brasileiros e dando a oportunidade dos jogadores do nosso País de conhecerem as técnicas dos jogadores portenhos. Alguns clubes também mantêm escolas do esporte. Sai mais barato que ter animais e uma estrutu-

ra própria, além de ser o ponto de partida para a formação de novos jogadores. Porém, em *YHZĻSPH UijV Oı LZJVSHZ KL WVSV ö Serviço Casa Fagliano Endereço: Tambo Nuevo 1449, B1686EOU Hurlingham, Buenos )PYLZ ö)YNLU[PUH Tel.: (+54 11) 4665-0128 ;P[L KH YLSVQVHYPH"ö^^^ QHLNLY lecoultre.com

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VIAGEM

A cinquentona Vail, no Colorado, seduz turistas não só pela temporada cool de esqui, mas também por suas galerias de arte, gastronomia, vida calma, hotéis charmosos e afazeres que vão muito além de deslizar sobre a neve

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CENÁRIO NEVADO

Por Sarah Campo Dall’Orto Enviada Especial

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ail, Colorado (EUA) – Indispensável para quem curte viajar, o turismo de inverno com suas baixas temperaturas vai além do ski e da roupa especial. No Colorado, nos Estados Unidos, a região de Vail tem atraído turistas não apenas pelas montanhas de neve, mas também por seus restaurantes e sua vizinha charmosa, Beaver Creek, uma vila que muito lembra a europeia Suíça. Acordar em uma cidade dedicada ao inverno, abrir as janelas e encarar, e ser encarado, por uma gigantesca montanha de neve é algo renovador. Como um sopro de vento gelado. Com seus chalés e mansões apropriados para os ski-in e ski-outs diários, a região de Vail Valley, que contempla Golden Peak, Vail Village, Lionshead Village, Cascade Village e West Vail, reúne o melhor da cultura local e seus sabores, sem a agitação frenética e, em

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As paisagens de Vail Valley: atividades esportivas na neve e acomodações aconchegantes

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DICAS PARA VAIL Eagle County Airport – Em vez de desembarcar em ,LU]LY JHWP[HS KV -Z[HKV KV +VSVYHKV WYL YH \T ]VV que desça em Eagle Vail. O aeroporto, muito mais prático e pouco conhecido, está localizado a apenas 30 minutos da cidade de Vail e é uma graça. Durante a temporada de ski, American Airlines, Delta, United Airlines e Air Canada operam voos para o destino. ^^^ LHNSLJV\U[` \Z HPYWVY[ Epic Pass – O passe sazonal que dá acesso ilimitado a 26 áreas, dentre elas Vail, Beaver Creek, Breckenridge, Keystone e até Kirkwood, no Lago Tahoe, é o melhor jeito de circular entre as montanhas sem se preocupar com tickets. Para a temporada 2014-15, ele pode ser adquirido por USD 729 (adulto) e USD 379 (infantil). ^^^ LWPJWHZZ JVT Matsuhisa – Localizado no SVII` do residencial Solaris, a casa faz parte do grupo Nobu e possui o mesmo TLU\ das “irmãs” de Beverly Hills, Mykonos e Aspen. Local para ver e ser visto, o Matsuhisa depende de reservas e é queridinho de celebridades, como o jogador de golfe Tiger Woods. Entre um sushi e outro, não deixe de experimentar o drink Matsutini, uma refrescante mistura de champanhe, vodca e maracujá. ^^^ TH[Z\OPZH]HPS JVT Game Creek Club Restaurant – A cabana de luxo criada em 1996 pelo esquiador Pete Seibert, um dos fundadores de Vail Montain, está localizada no alto da montanha, próximo às áreas de ski. Especializado em cozinha americana contemporânea, o restaurante oferece deliciosas carnes de caça e receitas locais com pato, búfalo, cordeiro e alce, além de uma carta de vinhos premiada internacionalmente. ^^^ NHTLJYLLR]HPS JVT Axel’s – A butique de luxo, aberta na década de 1980, no centro de Vail, pelo casal Janie e Axel Wilhelmsen, reúne o melhor do artesanato europeu e do estilo sulista norte-americano. No espaço, é possível comprar peças de pequenos designers italianos que produzem os mais elegantes casacos de frio. Os suéteres de cashmere da marca Fabiana Filippi são muito procurados. ^^^ H_LSZS[K JVT

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VIAGEM

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A estação de Vail completou 50 anos em 2013

partes, já saturada da famosa Aspen com sua SnowMass. A experiência vai além de subir a montanha. Com 50 anos completados em 2013, Vail vive um momento especial. Acaba de ganhar uma série de novidades que, se não impressionam, causam um conforto considerável. Tal como a Gôndola 1, com capacidade para dez pessoas, que sobe a montanha com acentos quentinhos e Wi-Fi, direto para as áreas mais conhecidas de Vail Montain: Back Bowls e Blue Sky Basin. Ou as calçadas aquecidas que

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possibilitam ao turista curtir o ar livre sem perder a graça por causa do frio excessivo. Ao tirar as botas de ski, espere a adrenalina baixar, calce as botas de JV^IV` e sinta-se à vontade para circular pela cidade de Vail, onde carros não são permitidos e as galerias de arte são muitas. Para hospedagem, vale recorrer ao charmoso L ILT SVJHSPaHKV OV[LS œL )Yrabelle, em Vail Square, e parte do grupo RockResort. Fique atento também ao calendário cultural da cidade, disponível no site Visit Vail Valley.

BEAVER CREEK Para quem busca uma L_WLYPĸUJPH YL UHKH THPZ WYPvada e menos estressante que as grandes montanhas como Aspen, Beaver Creek é ideal. Cercada por um portão com barreiras, a cidade possui uma grande pista de patinação e área de ski básico para crianças e iniciantes no universo da neve, a Ski School Ambassadors. Atenciosos, os instrutores

locais se orgulham de integrar a Ivy League of Ski Schools. A vizinha de Vail possui picos e montanhas cheios de prestígio, cem trilhas, 25 elevadores de acesso e muito charme. Se o visitante achar que a aventura diminui por aqui, certamente irá perceber que o luxo aparece em maiores dosagens. Prova disso é a presença, no pé da montanha, do Ritz-Carlton Bachelor Gulch, hotel mais badalado da região. Quem é assíduo? O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

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DICAS PARA BEAVER CREEK œL *HJOLSVY /\SJO ;8) t Localizado no luxuoso hotel Ritz-Carlton Bachelor Gulch, o spa reúne um TP_ de tratamentos e mimos que deixam qualquer um mais leve e fazem os músculos esquecerem as longas caminhadas na neve. A massagem mais em conta custa USD 130, enquanto o pacote completo de três horas é oferecido por USD 430. O local também possui serviços para mamães, grávidas e homens. Não esqueça de conferir a loja do spa. O local possui produtos para a pele do rosto, corpo, pés, mãos, além do que há de mais atual em rejuvenescimento e hidratação profunda. www.ritzcarlton.com/ bachelorgulch Gorsuch – Após se entregar as indulgências relaxantes do spa, vale a pena conferir a butique localizada no térreo do hotel Ritz-Carlton Bachelor Gulch. Com excelente TP_ de produtos, a Gorsuch vende desde velas Voluspa até casacos Moncler, cerâmicas austríacas pintadas à mão e bolsas Bottega Veneta. Uma unidade maior e mais completa pode ser acessada na vila, no Market Square Building. www.gorsuch.com Spago – Com atmosfera ZV Z[PJHKH L \T KVZ TLSOVYLZ serviços da região, o restaurante Spago faz parte do premiado grupo do chef Wolfgang Puck. A gastronomia americana contemporânea surpreende com

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harmonizações cheias de sabor e muita identidade. O TLU\ é capaz de entusiasmar até quem vive de dieta. œL qJHIPUZr t Zach’s Cabin e Beano’s Cabin são dois restaurantes com o mesmo estilo: cabanas de luxo localizadas no alto de montanhas, com difícil acesso, mas com ambientes e vistas que fazem tudo valer a pena. Em meio a pinturas que retratam as paisagens locais, alces empalhados e as onipresentes lareiras, o visitante pode calçar sapatos quentinhos e degustar taças de champanhe, além de alguns dos pratos locais. As reservas são necessárias. www. zachscabinbeavercreek.com e www.beanoscabinbeavercreek.com Karen Shupe – A simpática instrutora de ski e ZUV^IVHYK é um ótimo contato para quem chega a Beaver Creek sem dominar totalmente o inglês. Após ter morado em Brasília, Karen fala português e com frequência acompanha brasileiros pelas montanhas da região. Seu L THPS é karshupe@yahoo.com Toscanini – Situado ao lado da pista de patinação central, o aconchegante restaurante especializado em cozinha italiana é dos mais tradicionais da cidade por conta de sua localização. Após um dia inteiro de subida e descida nas montanhas, nada melhor que recuperar as energias com um bom vinho e uma massa impecável. www. toscaninibeavercreek.com

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DICAS PARA A REGIÃO

Bachelor Gulch Ritz-Carlton: hotelaria de luxo

Silverthorne Outlet Stores – Separado em três pavilhões, o outlet possui um TP_ de cem marcas, como Nike, J. Crew, Coach, Banana Republic, Tommy 0PS NLY /HW +HS]PU 3SLPU 4L Creuset, Polo Ralph Lauren, Levi’s Store. Aberto de segunda-feira a domingo, o Silverthorne está localizado a 60 minutos de Denver e a 30 minutos de Vail. Período de neve – Começa no final de novembro e segue até meados de abril de 2015. No Brasil, dentre as agências que operam o destino de Vail, estão Teresa Perez, Monark Turismo, Tam Viagens, Abreutur, G4 Operadora, Maktour e Landscape Best Trip. Promoção – O grupo Vail Resorts, maior cadeia especializada em entretenimento e turismo de inverno dos Estados Unidos, está com uma promoção de tarifas com desconto de até 40% para quem fechar a hospedagem até o dia 1º de setembro. Mais de vinte opções de hospedagem integram a ação, dentre elas VZ S\_\VZVZ œL )YYHILSSL >HPS 5HYYPV[[ œL 7ZWYL` Ritz-Carlton Bachelor Gulch e œL 4VKNL H[ >HPS * A repórter viajou a convite do grupo Vail Resorts

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O CORAÇÃO PULSANTE DA GPS_brasilia_edicao_8.indd 252

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Religião, gastronomia e diversão se fundem em uma das cidades mais fervilhantes do planeta. Em Bangcoc, tudo é possível. Basta querer e se aventurar

Por Andressa Furtado Enviada especial

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angcoc – Quando se pensa em Tailândia, o que vem primeiro em sua mente? Os quatro amigos KV STLö;L ILILY UijV JHZLö11, que decidem se aventurar em Bangcoc em uma inesquecível despedida de solteiro? Ou a praia paradisíaca da PSOH 8OP 8OP LT X\L V STLöA praia,öJVT 4LVUHYKV ,P +HWYPV MVP STHKV' ;PU[V SOL PUMVYTHY mas o País do Sudeste Asiático com 10 milhões de habitan[LZö ķ T\P[V THPZ X\L ILSHZ paisagens e loucura noturna. Considerada pelos brasileiros a São Paulo da Ásia, desembarcar em Bangcoc é se deparar com o tráfego caó[PJV östreet foodöZ\YWYLLUKLUte, vida noturna instigante e shoppings centers e mercados com ótimos produtos a preços incrivelmente baixos. A moeda local, o bath tailandês, é um sonho para quem ama

comprar. Além disso, ainda há centenas de templos budistas – um mais suntuoso que o outro –, todos abertos à visitação dos turistas. )ö GPS|Brasíliaö ]PZP[V\ o País em meio a um golpe de Estado. Sim, acredite se quiser, estávamos lá logo após o comandante do Exército da Tailândia, Prayuth Chan-Ocha, anunciar um golpe militar. Em pronunciamento na TV, LSL H YTV\ X\L V -_ķYJP[V estava tomando o controle do governo para restaurar a ordem e promover reformas políticas. Se considerássemos o que estava sendo noticiado UH PTWYLUZH KL UP[P]HTLU[L teríamos cancelado a viagem, mas a verdade é que a rotina do País não mudou drasticamente, a não ser pelo toque de recolher que era à meia-noite. E era exatamente disso que os empresários locais reclamavam incessantemente. A quantidade de militares nas

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DESTINO

A massagem tailandesa é relaxante e dolorosa

ruas era escassa. A cidade estava tranquila e sem alardes. O turismo, o setor da economia que sustenta a Tailândia, estava em baixa. “A ocupação do nosso hotel, nesta época, é de 90%. Atualmente, estamos com 65%. Infelizmente, a mídia sensacionalista nos preQ\KPJHr H YTV\ H KPYL[VYH KL vendas e THYRL[PUN do Riva Surya Bangkok, Juralat Quepanarangsi. “Eles divulgam fotos de golpes antigos, fotos irreais”, acrescentou. A verdade é que o país já foi palco de vários golpes nas últimas décadas – esse é V KLZKL V T KH TVUHYquia, em 1932. Nesse período, também ocorreram sete tentativas. O golpe anterior ao atual ocorreu em 2006, quando o então primeiro-ministro œHRZPU ;OPUH^H[YH MVP [PYHKV do poder pelos militares após ser acusado de corrupção.

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O Riva Surya Bangkok é um hotel boutique conceituado. Fica ao longo do rio Chao Phraya, o encantador “Rio dos Reis”, que corta a cidade, e delimitado por tesouros culturais, que incluem o Grand Palace, Wat Pho e Wat Arun. É também bem perto da animada zona de entretenimento de Khao San Road. Um refúgio em meio à selva de concreto.

PONTOS TURÍSTICOS 6HöTL[YŀWVSL ķ WVZZĻ]LS ZL KLWHYHY JVT K\HZ ZPVUVmias diferentes: a da cidade velha, com os palácios e templos do século XVIII, e a cidade moderna, com os seus centros comerciais e arranha-céus exuILYHU[LZ ö 7 WV]V ķ [ijV HSLNYL quanto o brasileiro e extremamente solícito. Não é à toa que

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a Tailândia é conhecida como a q<LYYH KVZ ;VYYPZVZr ) SĻUN\H V cial é o tailandês e grande parte da população não fala inglês. Por isso, o ideal é você estar acompanhado de um guia. Por falar nos palácios e templos, há 433 em Bangcoc, incluindo a região metropolitana em sua volta. Em outras palavras, se você visitasse um por dia, precisaria de um ano e dois meses para conhecer todos. Daí você imagina como o povo des[L WHĻZ ķ YLSPNPVZV 7ö YLZWLP[V o amor e a devoção à religião são invejáveis. Mais de 90% da população segue o budismo. O restante, o islamismo, cristianismo ou nenhuma religião. As crianças começam a frequentar os templos sagrados desde cedo e os monges budistas são admirados e respeitados como se fossem verdadeiros homens santos. Curioso é que eles não podem triscar em uma mulher, pois se tornam impuros e têm que WHZZHY WVY YP[\HPZ KL W\YP JHção. O país conta com cerca de 140 mil sacerdotes budistas. Os pontos turísticos THPZ PTWYLZZPVUHU[LZ JHT concentrados em um amplo complexo chamado Grand 8HSHJL ö )SP UHZ JVUZ[Y\¦łLZ erguidas no século 18, despacha o rei Bhumibol Adulyadej Rama IX – sim, a Tailândia é uma monarquia constitucional –, e boa parte do governo. Os políticos, contudo, ocupam apenas um pedacinho do lugar. Numa área equivalente a 28 campos de futebol, cercada por uma muralha de 19 km de extensão, espalham-se 28

90% da população do País é budista

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prĂŠdios, de templos budistas a museus e institutos de pesquisa. É surpreendente. Em comum, a arquitetura tailandesa tradicional transborda ouro, cores e detalhes. O ĂĄpice de uma visita ao Grand Palace ĂŠ vislumbrar o santuĂĄrio Wat Phra Kaew X\L ZPNUP JH +HWLSH :LHS VUKL JH \TH QVPH KH HY[L ZHcra mundial: o Buda de Esmeralda, entalhado numa gema Ăşnica de cinco quilos e 45 cm de altura da pedra preciosa. E, ĂŠ claro, ande nos famosos tuk-tuks, carrinhos motorizados com cabine para transporte de passageiros ou mercadorias. Eles partem de todos os lados levando turistas e tailandeses. É um show Ă par[L Ăś +LU[LUHZ KL TV[V[H_PZ L H grande poluição tambĂŠm compĂľem o cenĂĄrio caĂłtico, mas delicioso, da capital do paĂ­s.

VIDA NOTURNA Para quem deseja apreciar umas das vistas mais boUP[HZ KH JPKHKL VĂś ;PYVJJV IHY e restaurante situado no 63Âş andar do elegante Lebua Hotel, ĂŠ o mais alto bistrĂ´ a cĂŠu aberto do planeta. E nĂŁo estĂĄ ZVaPUOV 0Äą V\[YVZ KVPZĂśrooftop restaurants ĂśJVT KPYLP[V HĂśNLU[L bonita, bons drinques, mĂşsica HNYHKÄą]LS L JSPTH KL STL Ăś O Red Sky, no alto do Centara Grand Hotel, tem uma curiosa mistura de cozinha tailandesa com espanhola. O *S\L ;R` UV ˜ HUKHY KV ;V tel Centara Hotel, ĂŠ repleto de

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5LYJHKVZ \[\HU[LZ ]LUKLT WYVK\[VZ KL [VKVZ VZ [PWVZ

terraços que permitem visĂŁo de NYH\Z KH JHWP[HS L \TĂśanNLS IHY, com uma adega com vĂĄrios metros de altura, que ĂŠ HJLZZHKH WVYĂś IHY[LUKLYZĂś WYLsos a cabos de aço, içados atĂŠ as garrafas por um mecanismo JVTW\[HKVYPaHKV Ăś ) UVP[L KL Bangcoc ĂŠ internacionalmente conhecida na Khao San Road. LĂĄ ĂŠ possĂ­vel encontrar KL [\KV ÜĞ \TH Y\H J\Y[H VUKL se vendem CDs, DVDs, comida, livros e atĂŠ roupas feitas sob TLKPKH LT \TH OVYH Ăś

ARROZ & PIMENTA 8VY JHY LU[YL VZ JHTPnhos que ligam a Ă?ndia, a China e a Oceania AsiĂĄtica, a cozinha

tailandesa incorporou ingredientes e adaptou tÊcnicas usadas nesses lugares. Isso sem MHSHY UH PU \ĸUJPH KVZ ]PHQHUtes e comerciantes do Oriente MÊdio e do Sul da Europa que passaram por suas terras e levaram seus temperos. Por centenas de anos, a culinåria tailandesa foi se fundindo e se HKHW[HUKV H LZZHZ PU \ĸUJPHZ e hoje Ê considerada uma das melhores do mundo. Dois componentes são usados em abundância nos pratos: o alho e a pimenta. Quem não gosta ou não consegue comer pratos apimentaKVZ KL UP[P]HTLU[L [LYĹ T\P[H KP J\SKHKL JVT H J\SPUĹYPH local. Ingredientes frescos, como as ervas, o suco de limão, o capim-limão e coentro

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NÃO SE PERCA Chao Phraya River – Frequentada por turistas em busca de cruzeiros pelo rio. Passeios de barco oferecem música ao vivo, drinques e boa comida. Phat Phong I – Frequentado por tailandeses e turistas, a rua tem comércio ambulante, W\IZ e várias casas que exibem show de pompoarismo (antiga técnica oriental praticada por mulheres para obter THPZ WYHaLY ZL_\HS L KLögo-go girls. Bares e casas de prostituição se misturam no local, onde comerciantes mostram cardápio com shows eróticos a qualquer turista que passa pela rua. Um rápido passeio pela Phat Phong revela o comércio sexual com facilidade, e alguns nomes são mais do que sugestivos, a exemplo KHöSuper Pussy. Turistas curiosos devem ter cuidado ao visitar o subsolo ou os andares superiores das casas noturnas da Phat Phong. Algumas oferecem prostituição e cobram caro por isso. Muitos turistas são surpreendidos com contas inimagináveis e se veem obrigados a pagar para evitar violência. Apesar do apelo sexual, a rua é segura e, até a meia-noite, frequentada por pessoas de todas as classes sociais e idades em busca de entretenimento. Phat Phong II – Menos movimentada que a Phat Phong I, a rua tem módulo policial e vários bares mal iluminados e com shows eróticos. A polícia diz que o que acontece nos bares não é prostituição e sim shows para maiores de idade Royal City Avenue – Frequentada por tailandeses jovens, geralmente estudantes universitários e recémformados. Tem W\IZ, danceterias, bares baratos e modernos Chidlom & Ploenchit – Frequentada por jovens tailandeses. Tem W\IZ, lounges e discotecas Siam e Silom – Zona nobre frequentada por jovens tailandeses. Abriga o Hard Rock Café, vários W\IZ da moda, casas de show transformista e pontos de encontro gay Sukhumvit – A região tem vários bares de hotel bem frequentados pelos tailandeses

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Grand Palace: ponto turístico mais visitado em Bangcoc

também estão bem presentes no preparo dos pratos. E não se pode esquecer o caldo de peixe que é feito com anchova, pasta de camarão, gengibre e leite de coco. “Os molhos são à base da gastronomia thai. Eles são preparados com vários ingredientes: pimentas malaguetas, patês de caranguejo, alho

e especiarias”, explica a renomada chef de cozinha, Nooror Somany-Steppé. Vencedora de impor[HU[LZ WYĸTPVZ JVTVö œHP <HZ[L œHP *LZ[ L œHP ;LSLJ[ Award, a chef e seu marido, Karl Steppé, criaram, em 1980, o Blue Elephant Group, em parceria com empresas tailandesas. Desde então, a

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U\UJH VZ HYYHUQVZ VYHPZ ULT frutas ou verduras cortadas nas formas mais artísticas e criativas. Quando nos sentamos em um restaurante, nos deparamos com um arco-íris de cheiros, cores e sabores capazes de cativar o mais exigente dos NV\YTL[Z. Se quiser conhecer um restaurante da alta gastronomia tailandesa, vá ao Nahm, eleito este ano o melhor restaurante da Ásia pela revista IYP[IJUPJHö Restaurant. Quem comanda a cozinha é o chef H\Z[YHSPHUV ,H]PK œVTWZVU Referência na gastronomia tailandesa, o cozinheiro desbancou o japonês Yoshihiro Narisawa, do restaurante Les Creation De Narisawa, em Tóquio, eleito o melhor daquele continente no ano passado, na primeira edição da lista para a Ásia.

UMA VOLTA NA ILHA TROPICAL

chef tem popularizado a gastronomia e a cultura tailandeZH HV YLKVY KV T\UKV ö A GPS|Brasíliaö WHY[PJPpou de uma aula de culinária no Blue Elephant. “A cozinha tailandesa não é difícil, você só precisa dos ingredientes certos e frescos. Com isso, é possível preparar os melhores pratos do País”, explica Nooror. O acom-

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panhamento indispensável para qualquer prato tailandês é o arroz. O país é o maior produtor e exportador de arroz no mundo. Na Tailândia, existem dezenas de tipos de arroz, como o arroz roxo, o verde, o amarelo. Um mais gostoso que o outro. Vale a pena experimentar. E não deixe de provar a salada de papaia. Refrescante e deliciosa.

“Os pratos não levam sal. Substituímos por nampla, um caldo salgado feito da destilação e fermentação da água usada no cozimento de peixes”, acrescenta Nooror. Outro ponto importante que não pode ser esquecido é a apresentação, a delicadeza e a arte com que cada prato chega à mesa, não faltando

Destino ideal para quem procura a paz num cenário encantador. Favorita dos hippies nos anos 70, a ilha Koh Samui transformou-se num dos locais mais populares da Tailândia. Preserva as suas praias de sonho, agora providas de resorts luxuosos e animadas por bares e festas dançantes em noites de lua cheia – é por lá que ocorre a [ijV MHTVZHö.\SS 5VVU 8HY[` Situada no mar de Esmeralda do Golfo da Tailândia, é completamente fora do mundo. Até 1970, não era mais do que uma enorme plantação de

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nozes de coco. Atualmente, o turismo ĂŠ o maior recurso da ilha. Quase 90% de seus habitantes sĂŁo budistas e alĂŠm das lindas praias e cascatas, o arquipĂŠlago tem mais de 80 ilhas Ă sua volta. A noite de Samui ĂŠ movimentadĂ­ssima. HĂĄ bares, discotecas, W\IZ, restaurantes e lojinhas de recordaçþes. Vale visitar o Big Buddha – estĂĄtua de 15 metros de altura e coberta de ouro –, X\L JH ZP[\HKH WYĹ€_PTH HV aeroporto. Sendo as praias a principal atração, nĂŁo deixe de conhecer as mais populares, como Chaweng, Lamai e Maenam; mas, se procura mais tranquilidade, vĂĄ atĂŠ as praias Natien, Tailing Ngam e Tongsai Bay. No centro, ĂŠ possĂ­vel visitar as cascatas de Namnuang, o Parque das Borboletas de Samui e o Centro dos Macacos. Observe a curiosa MVYTHÂŚÄłV YVJOVZHĂś /YHUKTVtherĂś ĂśGrandfatherĂśLT 4HTHP Visitar o parque marinho KL )UN Ĺ“VUN 6H[PVUHS 5HYPne Park, que reĂşne mais de 40 ilhas com praias e barreiras de corais belĂ­ssimas para mergulhar ou aproveitar um dia todo a bordo, de preferĂŞncia, num dos iates que fazem esse tour tambĂŠm ĂŠ uma boa pedida. Koh Tao, uma ilha deslumbrante, localizada ao norte das ilhas Koh Samui e Koh Phangan, ĂŠ um verdadeiro paraĂ­so tropical, com praias fascinantes, gente bonita e condiçþes excelentes para aprender a mergulhar. TambĂŠm vale a ida. *A repĂłrter viajou a convite da Autoridade de Turismo da Tailândia (TAT)

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Phra-Nakhon-si-Ayutthaya

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O QUE VOCÊ PRECISA PARA VIAJAR PARA TAILÂNDIA •

Passaporte com prazo de validade que cubra o tempo de estadia no país e seguro de viagem

Vacina contra febre amarela pelo menos dez dias antes da viagem. É necessário obter o +LY[P JHKV 1U[LYUHJPVUHS KL >HJPUH UH )U]PZH

Trocar o real por dólar, aqui mesmo no Brasil. Em território tailandês, troque pelo bath. Há casas de câmbio espalhadas por toda a cidade

Cartões de crédito internacionais são aceitos nos hotéis e restaurantes. Nas ruas, apenas dinheiro

Conheça mais: www.turismodatailandia.com +VTWHUOPHZ HķYLHZ • -TPYH[LZ )PYSPULZ ö^^^ LTPYH[LZ JVT • őH[HY )PY^H`Z ö^^^ XH[HYHPY^H`Z JVT • <\YRPZO )PYSPULZ ö^^^ [\YRPZOHPYSPULZ JVT ööööööööööö Operadoras de Turismo • Princess Operadora – www.asiatotal.com.br • ,LZPNULYZ <V\YZ ö^^^ KLZPNULY[V\YZ JVT IY • Queensberry Viagens – www.queensberry.com.br Onde se hospedar Bangkok: • Anantara Bangkok Riverside Resort & Spa öIHUNRVR YP]LYZPKL HUHU[HYH JVT • ;OHUNYP 4H 0V[LS *HUNRVR ö^^^ ZOHUNYP SH com/bangkok/shangrila • ;V [LS ;V *HUNRVR ö^^^ ZV [LS ZV bangkok.com

Royal Palace & Temple

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Koh Samui: • ? :L[YLH[ 3VO ;HT\P ö^^^ wretreatkohsamui.com • >HUH *LSSL 3VO ;HT\P ö^^^ vanabellekohsamui.com

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Os noivos Maria Eduarda Portella e Juliano Amorim

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Juliano e a m茫e Elizabeth Amorim

Maria Eduarda Portella e Juliano Amorim re煤nem circuito social brasiliense e mineiro em grandioso casamento na cidade hist贸rica de Tiradentes, Minas Gerais, num dos casamentos mais bonitos do ano // Fotos: Celso Junior e Ueslei Marcelino

Ant么nio, Pedro e Catarina Amorim

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Bruno Penacchio, Isaac Ribeiro e Amilcar Ribeiro

Ildi Silva, Julia Portella, Joana Portella e Filipe Fialdini

Maria Eduarda e o pai Lúcio Portella

Marte Guerra e Ana Cristina Ballesteros

Realizada na Pousada Villa Paolucci, a cerimônia superou as expectativas com 350 convidados. Com vestido da estilista inglesa Jenny Packham e coroa de Wanda Guatimosim, Duda radiava luz ao entrar na nave Gustavo Kaufman, Léo Marques e Pedro Henrique Valadares

2\SPH ,\TVUK L œ HĻZ :VZJVL

Sherry Esteves, Karen Kaufman, Paula Silveira e Raquel Jones

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Daniela e Caio Prado

Kelly Piquet e Paula Santana

Luisa Castro e Pedro Pentรกgna

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Ana Luiza Paixão e Sandinha Dias

Cíntia Suaiden

Cris Maluf e Elisa Amaral

Osmar Paixão

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O saxofonista Rodrigo Shá, do programa global Amor e Sexo, encantou os presentes com solos do instrumento. Sax esse que mesclou com a sensibilidade do DJ Gui Pimentel

João Paulo Verano e Débora Sarkis

Paula e André Wanderley

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Priscila e Rodrigo Sanchez

Luana Araújo Angelo Oswaldo As madrinhas Maria Elisa Neri e Alessandra Robbe

Mateus Gontijo e Fernanda Carvalho

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João Octavio e Duda Piran

Pablo e Fernanda Teixeira

Laura, Ina, Eduardo Procopio, Fernanda e Júlia Tassara

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Leandro Vaz, Matteo e Patrícia Justino O aniversariante Matteo

MATTEO, 1 Os papais Patrícia Justino e Leandro Vaz festejam o primeiro aniversário do primogênito, Matteo. A festa celebra o futebol numa tarde mais que agradável repleta de jogos, brinquedos e arte // Fotos: Celso Junior

Levy Almeida

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José Bento Lacerda

Eduardo Endres

Arthur Matias

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Carol, Arthur e Rafael Matias

Matteo com as avós, Maria Elena Justino e Janete Vaz

Matteo se diverte com um dos animadores

Ana Beatriz Canhedo

Luiz, Georgia De Luca, Beatriz e Renault Ribeiro

Ana Paula, Eduardo e Paulo Gontijo

Rafaela Machado

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Eduardo Godoy e Milena Câmara

Nathália Coelho

Maria Alice Pena

Julia Pena Castro

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Matteo com os pais

Maria Fernanda Barbosa

Rafaela Lira

Durante a festa, a criançada contou com apresentação da Cia de teatro Néia e Nando. Já o Grupo Ciranda, animou o Parabéns com a Galinha Pintadinha e o Galo Carijó.

Carlinhos, Cynthia, Gabriela, Raíssa, Duda e Bernardo

Paulo Henrique Gontijo João Vítor Lemos

Felipe, Yara, Iza e Antônio Matias

O aniversariante com a tia Raquel Vaz

Gustavo e Juliana Albuquerque In Loon Lim, Marcelo Carvalho e Pedro Pimenta da Veiga

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Mauro e Eugênio Lacerda

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,PVTķKPV ;HU[VZ KH /YP [O HWYLZLU[H HZ UV]PKHKLZ

PULSO O trio: Tatiana Januário, Diomédio Santos e Margot Albuquerque

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Diomédio entre Ana Paula e Rodrigo Fonseca

Tarik Faraj e Daniel Dall`Oca

/YP [O 0\ISV[ L -K\HYKV 4PYH JVU]VJHT seletos da cidade para comemorar a abertura da Copa do Mundo. Batizado de Hublot Loves Football, o evento apresentou as últimas tendências da relojoaria // Fotos: Celso Junior

Eduardo Lira, Rafael Correa, Guto Ferreira e Alexandre Falashi

Flaviany Leite

.HIPHUV +\UOH +HTWVZ JVT V HU [YPijV

Guilherme Siqueira, Benedito Oliveira, Juliana Sabino

Tatiana Januário e Benoit Vulliet, Diretor Comercial da Hublot na América Latina

NOBRE

Diomédio Santos e Carlos Alberto de Sá

Fernando, Patrícia, Maria Camila e Luiz Felipe Leal -X\PWL /YP [O L 0\ISV[

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Philipe Matias e Rodrigo Nogueira

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œ VTıZ +HYKVZV ZL HWYLZLU[V\ UV L]LU[V

Helder Zebral, Diomédio Santos e Guilherme Mesquita

À moda brasileira, o evento contou com uma deliciosa feijoada e sorteou ingressos do mundial. O WL[P[ JVTP[ķ JVU[V\ HPUKH JVT ZOV^ KH IHUKH KL œ VTıZ +HYKVZV

Margot Albuquerque e Isabela Lira

Leo Marques e Raquel Jones

Kika, Keila, Marcos e Sérgio Cardoso

Caio, Claudia e Pedro Vilhenas

Eduardo Lira, Diomédio Santos, Lorena e Flavio Souza

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BEM Os noivos Sulivam Covre e Luiza Moraes

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6H[HSPH 5HYPUOV œ HS`[H *LaLYYH L 6PJVSP 7SP]V

Leonardo Daher e Isadora Trevisoli

Luiza Moraes e Sulivam Covre casam-se em cerimônia com vista para o Lago Paranoá. Organizado para 600 convidados, o enlace amoroso trouxe show de Preta Gil em noite animada // Fotos: Celso Junior

Patrícia Bontempo

M-CASADOS Luiz Felipe Leal

Preta Gil com os noivos

Bela Lima registra o momento

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A noiva joga o buquê

Valéria Bittar foi a eleita para assinar a decoração, e 5H\YĻJPV +ŁY[LZ V WYVQL[V JLUVNYı JV 2ı V JH[LYPUN JV\ WVY JVU[H KH ;^LL[ +HRL

A jovem Natalia Marinho

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Amanda Guerra

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Larissa Benevides e André Campos Filipe Lima e Luiz Paulo Leal

Ricardo Oliveira e Mariana Ferrer

Natália Neddemeyer, Gabriela Constantino, Aline Guimarães e Maria Camilla Leal

Felipe Leão e Carolina Oliveira

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Natalia Mencarini e Marcella Pimenta

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Emar Batalha, Preta Gil, Karinne Pantazis e Carolina Dieckmann

Luciana Baracat e Flavia Morais

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Camila Vellasco e Bárbara Barros

Natália Taveira, Bruna Aires, Victoria Junqueira, Adrielli Marchi e Jéssica Vasconcelos

Soraia Debs, Cristiane Pimenta da Veiga e Isabela Valença

Paula Santana e Carol Dieckmann

Paula e Artemis Rodopoulos

Karinne Pantazis recebe convidadas em almoço de inauguração da grife paulistana de joias Emar Batalha. Na ocasião, a atriz Carolina Dieckmann e a cantora Preta Gil marcaram presença // Fotos: Celso Junior

Gabriela Berlim, Mercedes Berlim e Kátia Pantazis Andrea Cabreira e Jaqueline Sá Rego

-THY *H[HSOH MHa ZLS L JVT H H[YPa Natália Abi Ackel, Karinne Pantazis, Gabriela Constantino, Amanda Guerra e Valéria Bittar

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7Z HU [YPłLZ 5HYJPV ;HSVTijV .LYUHUKH .LP[VZH L +HYSVZ 2LYLPZZH[P .PSOV

PRIVATE SP-ARTE GPS_brasilia_edicao_8.indd 280

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Viviane Simões e a criadora da SP-Arte Fernanda Feitosa

Iara Rocha, Aline Zarouk e Ciro Neto

Marília e Rodrigo Nogueira

Fernanda Feitosa, Carlos Jereissati Filho e Marcio Salomão recepcionam artistas, galeristas e apreciadores de arte em evento que antecede a exposição SP-Arte edição Brasília // Fotos: Celso Junior

O vice-presidente do grupo Iguatemi Charles Krell LU[YL H T\SOLY ,HPZ` L H SOH 1ZHILSSH

Paloma Gastal e José Carlos Vasconcelos

Koka Piran, Darley Bittencourt e Gigi Neves

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Ivana Valença e Maura Mendes

Luciana Seve e Anita Schwartz

O evento foi um sucesso

Com mailing de Guilherme Siqueira, a noite [L]L JSPTH PUMVYTHS L ZV Z[PJHKV -U[YL borbulhas de Veuve Clicquot, os seletos trocaram experiências sobre arte Taci Favato e Maria Victória Salomão

Ulisses Cohn e Eduardo Leme

Isabela Gontijo, Patrícia Farah, Brunna Teixeira, Bebel Dias e Ana Cristina Ballesteros

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Sérgio Parada e Marco Garzin

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Família Bettiol: Betty, Renato, Liana e Luiz Carlos

Fred Von Bülow, Fernanda Resstom e Max Perlingeiro Junia Gontijo e Isabela Moura

Carla Amorim, Guilherme Siqueira e Gabriela Moreno Sanches, diretora de marketing da Veuve Clicquot Cristina e Fernando Queiroz

Waldir, Flavia, Laura e Guilherme Simões de Assis Ricardo Queiroz, Sabrina Estrella, Margot Albuquerque e Diomédio Santos Lúcio e Flávia Albuquerque

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Tatiana Dos Mares Guia e Mônica Fonseca

Carlos Jereissati Filho, Elany Leão, o governador Agnelo Queiroz, Fernanda Feitosa, Marcio e Guilherme Siqueira Márcia Lagos, Kika Cardoso, Maria Baró

O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, marcou presença no evento. Esbanjando simpatia, mostrou conhecimento sobre o segmento

Rafael Badra, Valéria Gontijo, Karla Osório e Guilherme Magaldi Neto

Gabriela Martini Borges

Convidadas registraram tudo nas redes sociais

Carlos Fonseca e Hadil Viana

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Eliana Benchinol, Cândida Sodré e Ana Maria Gontijo

O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, marcou presença

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Evento movimenta Iguatemi Brasília

A ministra Marta Suplicy marcou presença

ARTE NO Virginia Oliveira e Renato Bettiol

Carlos Jereissati Filho e Maurício Lima Ana Maria, José Celso Gontijo e Fernanda Feitosa

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Gabriela e Luis Carlos Alcoforado

Clarissa Ludovico e Marco Antônio Vieira Camila Abrahão, Bruno Pessoa e Tatianne Venuto

Ao longo de quatro dias, o shopping Iguatemi recebe a maior feira de arte da América Latina, a SP-Arte, e reúne mais de 70 galerias, galeristas e colecionadores // Fotos: Celso Junior

SHOPPING Rafael Leal e Vanessa Guimarães

Vanderlei e Valéria Gontijo com Juliana Sabino Maria Figueira e Pedro Avila

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ONDE ENCONTRAR

Alexander McQueen ..............www.alexandermcqueen.com Antonio Henrique .................(61) 3248-0774 Arezzo ...................................(61) 3577-5656 Aron & Hirsch .......................www.aronhirsch.com.br Balmain ................................www.balmain.com Bårbara Bui ...........................www.barbarabui.com *LUL [ ..................................^^^ ILUL [ JVT Bobstore ...............................(61) 3361-8187 Bottega Veneta .....................(11) 3047-5757 Burberry ................................(61) 3468-6286 Butter London.......................www.butterlondon.com Camila Klein .........................www.camilaklein.com.br/loja Camilla Guebur.....................(11) 2539-0250 Carla Amorim .......................(61) 2106-2350 Cartier ...................................(11) 3759-3240 Chanel ..................................(11) 3032-7294 Charline De Luca...................www.charlinedeluca.com Charlotte Olympia ................www.charlotteolympia.com Christian Louboutin ..............(61) 3577-5811 Clinique ................................www.clinique.com.br Cris Barros ............................www.crisbarros.com.br Derek Lam - ..........................www.dereklam.com Diane Von Fßrstenberg .........(11) 3152-6979 Dior .......................................(11) 3750-4400 Do´r .......................................(61) 3365-5274 Dolce&Gabbana ....................(61) 3468-3122 Eddie Borgo ..........................www.eddieborgo.com Elie Saab ...............................www.eliesaab.com Emar Batalha ........................www.emarbatalha.com.br Emilio Pucci .........................www.emiliopucci.com Emporio Armani ...................(61) 3577-5262 Etro .......................................www.etro.com Farfetch ................................www.farfetch.com.br Fato Vestimenta ...................(61) 3248-4159 Fendi .....................................(11) 3552-3557 Fit .........................................(61) 3468-4046 Furla......................................www.furla.com Gabriela Pires ......................www.gabrielapires.com.br Giorgio Armani .....................(11) 3755-0607 Givenchy ...............................www.givenchy.com Goiuseppe Zanotti ................www.giuseppezanottidesign.com Goyard ..................................(11) 3152-6998 /YP [O ...................................(61) 3468-2615 Gucci .....................................(61) 3468-9300 Guerlain ................................www.guerlain.com H. Stern ...............................(61) 3468-1878 Hermès .................................(11) 3552-4500 House Of Holland .................www.houseofholland.co.uk Intimissimi ...........................www.intimissimi.com Jimmy Choo .........................(11) 3552-2052 Karl Lagerfeld .......................www.karl.com

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PLANALTO ANO 3 # 08

UMA VISITA AO PALÁCIO

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# 08 / 2014


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