Grãos Brasil 114

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EDITORIAL

Caros Amigos e Leitores

Ano XX • nº 114

Com grande alegria chegamos a suas mãos para ajudar vocês a tomar decisões e também na atualização que nossa especialidade exige.

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Hoje temos uma grande oportunidade, os preços e a rentabilidade, somados às linhas de crédito nos permitem dar um passo importante para a frente.

Maio / Junho 2022

Diretor Executivo Domingo Yanucci

Colaboradores Antonio Painé Barrientos Maria Cecília Yanucci Victoria Yanucci

Matriz Brasil Rua dos Polvos 415 CEP: 88053-565 Jurere - Florianópolis - Santa Catarina Tel.: +55 48 99162.6522 / 48 99165.8222 E-mail: graosbr@gmail.com br.graosbrasil@gmail.com diretoria@graosbrasil.com.br Sucursal Argentina Rua América, 4656 - (1653) Villa Ballester - Buenos Aires República Argentina Tel/Fax: 54 (11) 4768-2263 E-mail: consulgran@gmail.com Revista bimestral apoiada pela: F.A.O - Rede Latinoamericana de Prevenção de Perdas de Alimentos -ABRAPOS As opiniões contidas nas matérias assinadas, correspondem aos seus autores. Conselho Editorial Diretor Editor Flávio Lazzari Adriano D. L. Alfonso Antônio Granado Martinez Carlos Caneppele Daniel Queiroz Jamilton P. dos Santos Maria A. Braga Caneppele Marcia Bittar Atui Maria Regina Sartori Sonia Maria Noemberg Lazzari Tetuo Hara Valdecir Dalpasquale Produção Arte-final, Diagramação e Capa

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48 99165.8222 Revista Grãos Brasil - Maio / Junho 2022

A grande maioria dos armazéns do Brasil, ainda estão com um manejo tradicional, como sempre foi feito, isto tem em sua essência, elevadas perdas quali e quantitativas, além de baixa capacidade de movimentação e elevados riscos. Por outro lado, os armazéns que já trabalham com tecnologia mais moderna têm a oportunidade de passar definitivamente a pós colheita de precisão. Claro que qualquer mudança exige esforço, capacitação dos atores principais, os responsáveis do armazém e levam um tempo de 1 a 2 safras. Paralelamente a isto se deve avançar nas grandes obras de infraestrutura, caminhos, ferrovias, portos, etc. A grande oportunidade que hoje temos significa um desafio, não podemos continuar fazendo o que sempre foi feito, se deve aproveitar a oportunidade tendo como foco 2 assuntos, um é ter um valor aumentado e o outro um valor agregado. O valor aumentado implica um melhor manejo do grão e maiores segregações de maneira de cobrir necessidades específicas dos destinatários. Valor agregado implica uma transformação, por exemplo grão em ração e ração em carne. Deixando para segundo plano a exportação de grãos e promovendo o Brasil como um abastecedor de gôndola. Os processos de transformações "in situ" (moinhos - extração de óleo - álcool - etc.) oferecem grandes satisfações sobre tudo em um país continental, fundamentalmente por a geração de indústria ligada à lavoura, investimento, mão de obra e evitar fretes de produtos de menor valor. Recentemente tive a oportunidade de visitar grandes empresas, a Milhão em Goiás especializada em moagem de milho, gerando uma grande variedade de matérias primas alimentícias, exportando para muitos países, e no Peru na Amazônia a empresa Don Pollo que a partir do milho gera alimento para seus frangos. Estes tipos de empresas estão mostrando o caminho que se deve seguir. Nesta edição compartilhamos informação de muitas utilidades, agradecemos aos nossos editorialistas assim como as instituições e empresas que compartilham nossa visão de difundir boa informação para um setor tão importante e dinâmico como o dos grãos. Não podemos deixar passar as oportunidades, trabalhemos por um futuro melhor. Que Deus abençoes suas famílias e trabalhos. Com afeto

Domingo Yanucci

Diretor Executivo

Consulgran - Granos - Grãos Brasil 0055 48 9 9162-6522


SUMÁRIO

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04 - A Perda de Grãos no Brasil e no Mundo - Paulo Claudio Machado Junior 11 - Tomra Food Anuncia sua Nova Estratégia e Comemora seu 50º Aniversario - TOMRA 14 - Porto de Antonina Investe R$45 Milhões em Seis Novos Silos para Cevada, Malte e Trigo – PORTO PONTA DO FÉLIX 16 - Reabilitação de coberturas no agro – Eng. Juliano 18 - Rússia Prevê Aumento nas Exportações de Aves e Ovos Apesar das Sanções 19 - Informe empresaria – BEQUISA 20 - Importância da Qualidade dos Grãos no Armazenamento - Eng. Agr. (PhD) Cristiano Casini 28 - Silo em Xanxerê/SC Sem Infi ltrações com a Linha RR 500 ECO - HARD 30 - Tecnologia na Fabricação de Rações Balanceadas - Ing. Mariano Prevost 32 - Milhão Ingredients 33 - A Secagem de Sementes - Danton Camacho Garcia e outros 39 Utilíssimas Críticas e Sugestões: diretoria@graosbrasil.com.br

NOSSOS ANUNCIANTES

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ATUALIDADE

A Perda de Grãos no Brasil e no Mundo

Dimensão, representatividade e diagnóstico – Seção 1

Paulo Claudio Machado Junior Gerencia de Armazenagem Conab paulo.claudio@conab.gov.br

As perdas e desperdícios de alimentos (PDA) no mundo não é tema de estudo recente. Entretanto, ultimamente, tem assumido significativas discussões e análises no meio científico e nas esferas fomentadoras de políticas públicas, principalmente como uma das formas de enfrentamento da fome que assola atualmente a humanidade, e cujas perspectivas futuras próximas mostram prognóstico preocupante em função das projeções de aumento populacional. De acordo com Caixeta Filho e Pêra (2021), estudos da FAO/ONU estimam que, para atender a população no ano de 2050, a produção mundial de alimentos deverá crescer 70%. Dentre os alimentos abordados intensamente nas discussões e análises sobre PDA, os grãos carecem de maior atenção, não só pelas dimensões e representatividade de suas perdas, mas também por se constituírem na principal fonte de energia da dieta humana, de longa história e tradição produtiva, disseminado, independente da escala, em praticamente todas as áreas de cultivo do planeta e, compondo, sob diversas formas, a dieta preponderante da humanidade. O objetivo dessa análise consiste em destacar a dimensão e representatividade das perdas de grãos a nível mundial e nacional, assim como evidenciar o panorama sobremaneira diverso dos parâmetros atribuídos a perdas de grãos, apontando possíveis causas para tal. Perfil metodológico da análise A análise será discutida em 2 seções. A primeira envolverá uma abordagem quantitativa analítica, avaliando informações obtidas em fontes institucionais oficiais, com o intuito de destacar a importância e explicar o contexto da perda de grãos no âmbito maior do

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TECNOLOGIA

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tema PDA. Na segunda seção, serão discutidas as possíveis causas para a perda de grãos, assim como, a carência de informações científicas precisas sobre o assunto, em contraste à relevante disparidade entre as fontes disponíveis. Os dados referentes à produção mundial de grãos foram obtidos das principais bases de cadastro e consulta, plataforma FAOSTAT (dados mundiais) e Conab (dados nacionais). Consideraram-se na análise os produtos que possuem, juntos, a maior representatividade quantitativa Figura 1. - Panorama sucinto da produção mundial de grãos – período de 2000 a 2020. do total produzido, sendo arroz, cevada, milho, soja e trigo para a análise mundial, e arroz, milho, soja e trigo para a nacional. A análise envolveu o período de 21 anos (2000 a 2020), assim como o perfil de produção do próprio ano de 2020. Em face da ausência de divulgação de informações consolidada para alguns países produtores, desconsiderou-se no estudo o ano de 2021. Para a projeção das perdas, adotou-se um parâmetro médio baseado nos dados de literatura divulgados por instituições ofi- Figura 2. - Panorama sucinto da produção mundial de grãos – ano 2020. ciais. Na caracterização da representatividade da perda de grãos a nível mundial, Ao considerar os produtos arroz, cevada, milho, correlacionou-se ao parâmetro monetário, com soja e trigo, que representaram juntos mais de 90% base na cotação dolarizada média no mercado da produção mundial de grãos nos últimos 21 anos, internacional referente a março de 2022, conside- somente 10 países foram responsáveis pelo monrando os devidos quantitativos perdidos para cada tante predominante dessa produção, alcançando tipo de grão, assim como, a termos energéticos, 69,7%. Desses, 4 nações responderam por mais com base no conteúdo de energia (kcal) consti- de 50% dessa produção, tendo o Brasil ocupado a tuinte de cada produto. quarta posição, com fatia percentual de 6,2%, conJá para se enaltecer a representatividade da forme figura 1. perda de grãos a nível nacional, também foi corO recorte do último ano desse período analisarelacionado a termos monetários, com base na co- do não se mostrou distinto, evidenciando para os tação média paga ao produtor no mercado brasi- mesmos grãos predominantemente produzidos leiro, referente a março de 2022, considerando os no mundo, que 72,1% advieram dos mesmos 10 padevidos quantitativos perdidos para cada tipo de íses, com variações apenas nas posições ocupadas grão, assim como, a termos energéticos, com base entre si na ordenação entre os maiores produtores no conteúdo de energia (kcal) constituinte de cada (figura 2). produto. Quando analisada a dinâmica de produção nesse período (figura 3), o mundo apresentou um auPanorama da produção de grãos e discussão mento acumulado de 50% na produção total desanalítica sobre a representatividade de suas per- se grupo de produtos, carreado principalmente das – âmbitos mundial e do Brasil pela evolução no Brasil (108,9%), seguido da Rússia Não há como fazer referência ao tema de per- (70,77%), e Argentina (68,61%). Em que pesem rada de grãos no mundo sem, preliminarmente, ter a zões específicas para cada nação, esse panorama percepção da dimensão de sua produção. produtivo em franca evolução teve como causa Revista Grãos Brasil - Maio / Junho 2022


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principal, a incorporação de novas tecnologias com geração contínua de aumento na produtividade. Consoante ao crescimento na produção mundial de grãos, projeta-se também no período, um aumento substancial no montante perdido, tendo em vista a relação percentual entre as variáveis. Apesar da significativa variação nos índices divulgados para perdas de grãos no mundo, é representativo considerar o percentual médio de 15% para Figura 3. - Evolução (% acumulado) da produção mundial de grãos (arroz, cevada, milho, soja e trigo) de perdas de grãos, considerando 2000 a 2020. todas as etapas da lavoura à oferta ao consumidor (colheita, armazenagem, trans- vada, milho, soja e trigo), no total de 3,05 bilhões de porte e processamento), tanto do ponto de vista toneladas (figura 4), é possível projetar uma perda quantitativo como qualitativo. De forma rotineira, de 458,1 milhões de toneladas. Em termos monesão atribuídas projeções para perdas de grãos no tários, na cotação dolarizada média de março de Brasil de no mínimo 10%, considerando somente a 2022, para cada produto (Conab, 2022), e nas deperda quantitativa, tida como predominante (LO- vidas proporções perdidas para cada tipo de grão, RINI, 2007; Embrapa, 2022). esse montante de perda representa, aproximadaCom base nesse patamar, ao considerar a pro- mente, US$176,1 bilhões, valor superior ao PIB de dução mundial de grãos obtida em 2020 (arroz, ce- mais da metade dos países da América Latina e

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Caribe somados (Cepal, 2022). nômicos), base para o dimensionamento do salário No âmbito nutricional, como fonte energética mínimo no Brasil, com cotação para o mês de fena dieta humana, a projeção da perda de grãos em vereiro de 2022 de R$629,04 (Dieese, 2022), o valor 2020 representou 1.660 trilhões de kcal, conside- perdido projetado permitiria adquirir 134,8 milhões rando os devidos quantitativos perdidos para cada de cestas. tipo de grão e sua composição em energia (kcal), Como esse padrão de cesta é dimensionado de acordo com Franco (2003). para suprir a necessidade de um trabalhador adulCom base na recomendação de ingestão ca- to durante 30 dias, isso corresponderia ao suprilórica diária de 2500kcal/dia, por indivíduo adulto mento alimentar de 11,2 milhões de pessoas por e com saúde normal, realizada pela Organização ano, cerca de 59% das pessoas que enfrentaram a Mundial da Saúde (OMS), essa perda possibilita- fome no Brasil no ano de 2020, conforme estimatiria suprir a demanda energética de 1,8 bilhões de vas do Governo Federal (Penssan, 2021). pessoas, durante 365 dias, mais do que o dobro do De forma análoga à perda mundial de grãos quantitativo de pessoas que enfrentaram a fome e seu correspondente em calorias, a projeção do no mundo durante o ano de 2020, 811 milhões, con- montante de grãos perdidos no Brasil, em 2020, forme estimativa divulgada em relatório das Or- corresponderia a 139,3 trilhões de kcal, o que, por ganização das Nações Unidas (ONU), em julho de conseguinte, atenderia a demanda energética 2021. 152,6 milhões de pessoas, durante 365 dias. Em conNo âmbito do Brasil, o montante perdido e sua representatividade também se mostram impactantes. Adotando-se o mesmo ano para fins de comparação com a produção mundial, 2020, o país produziu 244,8 milhões de toneladas considerando, juntos, arroz, milho, soja e trigo, aproximadamente 95% da produção nacional de grãos naquele ano (Conab, 2021). Ao se empregar o mesmo referencial de 15% como parâmetro percentual para perdas de grãos, a projeção do montante perdido no Brasil, em 2020, corresponde a 36,7 milhões de toneladas (figura 5). Na cotação semanal de Figura 4. - Projeção e representatividade da perda global de grãos (arroz, cevada, milho, soja e trigo) – ano março de 2022 (21 a 25 de mar- de 2020. ço), preço pago ao produtor, de acordo com Conab (2022), considerando as devidas proporções perdidas para cada produto, o valor monetário corresponderia a R$84,8 bilhões. São valores muito significativos, e que causam impacto quando os transformamos em produtos de outra natureza. A exemplo, do contraste com valores de cestas de alimentos, sobremaneira pertinente, uma vez que o alvo central do objeto em discussão é o enfrentamento da fome. Para tanto, adotando a cesta de alimentos padrão Dieese (Departamento Intersindical de Figura 5. - Projeção e representatividade da perda de grãos – BRASIL (arroz, milho, soja e trigo) – ano de Estatística e Estudos Socioeco- 2020. Revista Grãos Brasil - Maio / Junho 2022


REFRIGERAÇÃO

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traste com o parâmetro da fome no Brasil naquele ano, o montante perdido de grãos, sob a ótica estritamente energética, suprimiria 8 vezes a necessidade energética de toda a parcela da população brasileira que enfrentou essa adversidade. Considerações finais As perdas de grãos no mundo, ocorridas em todas as etapas da cadeia produtiva, desde a lavoura à mesa do consumidor, representam parcela de incontestável significância na perda e desperdício de alimentos como um todo. Não somente pelos seus elevados quantitativos absolutos, mas também por representarem a principal fonte energética da dieta humana, devido à sua rica constituição em carboidratos. O tema em questão deve ser melhor analisado, quanto mais no Brasil, por sua expressão na produção mundial de grãos em contrapartida às suas dificuldades de logística na armazenagem e transporte, com fins de se buscar um diagnóstico preciso do problema, visando à criação de políticas públicas e adoção de ações que realmente sejam efetivas quanto à minimização e/ou mitigação de tal questão. A perspectiva que se tinha décadas atrás, a exemplo do que já abordava o professor da Cornell International Agriculture, Malcolm C. Bourne, em

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1977, de que a sustentação para enfrentar a demanda de alimentos no mundo, devido ao aumento populacional, residia em incrementar as áreas de produção, associada à elevação na produtividade das culturas e no número de safras por ano, não se respaldam atualmente como estratégias exclusivas, por diversas razões que as limitam, sejam de cunho biológico quanto ambiental. Neste momento e para as próximas décadas, associando-se aos aspectos destacados à época pelo professor Bourne, a humanidade necessita voltar seus esforços para a questão das perdas e desperdícios de alimentos. Ações que as minimizem, mesmo que pontuais, poderão gerar reflexos positivos importantes no enfrentamento da fome que assola parcela expressiva da humanidade.


INFORME EMPRESARIAL

Tomra Food Anuncia sua Nova Estratégia e Comemora seu 50º Aniversario

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Grandes anúncios feitos em uma das mais importantes feiras internacionais

A TOMRA Food celebrou seu 50º aniversário e, para comemorar, anunciou publicamente sua nova estratégia de marca com a qual deseja ratificar a direção futura da empresa, e lançou uma máquina de embalagem para mirtilos e uma máquina de classificação premium para frutas, legumes e vegetais congelados. Tove Andersen, presidente e CEO do Grupo TOMRA, e Michel Picandet, vice-presidente executivo e diretor da TOMRA Food anunciaram todas essas mudanças de longo alcance em uma coletiva de imprensa realizada esta manhã na feira de alimentos frescos, Fruit Logistica, em Berlim, na Alemanha. A feira Fruit Logistica de três dias (5 a 7 de abril), realizada no Berlin ExpoCenter City, atrai mais de 70.000 participantes de toda a Europa. Embora geralmente seja realizado todos os anos, no ano passado teve que ser cancelado devido à pandemia do COVID-19. Um tempo para olhar para o passado e para o futuro Na mesma semana em que a TOMRA comemorou publicamente seu 50º aniversário, seus principais executivos também olharam para o futuro e revelaram a determinação da empresa em desem-

penhar um papel maior na sociedade e contribuir para a criação de um mundo sem desperdício. Tudo isso foi discutido hoje em um dos eventos da TOMRA Food na Fruit Logistica. Os irmãos Petter e Tore Planke, criadores da primeira máquina de devolução de depósitos totalmente automatizada (MDD) na garagem de seus pais, fundaram a TOMRA em 1º de abril de 1972 na Noruega. A estratégia pioneira da TOMRA fez com que a empresa continuasse a evoluir do projeto e fabricação de MDD para a oferta de soluções avançadas de classificação para as indústrias de mineração, reciclagem e alimentos. De acordo com Andersen: "Cinquenta anos após nosso começo humilde, a TOMRA pode orgulhosamente afirmar ser uma empresa líder com grande reputação em todo o mundo. Esse bom nome é uma prova tangível de nossa capacidade de adaptação e inovação, e de oferecer aos nossos clientes as soluções que eles realmente necessitam.Também estamos em um momento de olhar para frente, pois estamos abrindo um capítulo na história da TOMRA, onde daremos um passo à frente em nosso papel como líderes da revolução de recursos." Picandet acrescentou: "Olhando para o futuro, a TOMRA Food está determinada a liderar a revowww.graosbrasil.com.br


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lução dos recursos em um mundo onde todos os alimentos contam. Temos a missão de transformar e ajudar nossos clientes a alimentar o mundo, melhorar o rendimento, minimizar o desperdício e criar valor sustentáve. Ao classificar e dimensionar, e trabalhando em estreita colaboração com nossos clientes, podemos aumentar o valor dos alimentos, desde a colheita até o processamento e embalagem, distribuição e consumo, levando em consideração o grande valor das ferramentas e dados digitais que fornecemos”. A nova estratégia da companhia supõe uma declaração de intenções para o futuro A nova estratégia da TOMRA Food destaca o valor que a empresa cria para seus clientes e para a produção global de alimentos, destaca as ambições que compartilha com seus clientes e unifica suas últimas fusões e aquisições. A TOMRA Food vem crescendo por meio de fusões e aquisições. Para alinhar sua atividade, duas de suas últimas aquisições em 2018, Compac e BBC Technologies, são integradas e adotam o nome TOMRA Food. Ambos fazem parte da nova divisão de negócios TOMRA Fresh Food, enquanto o restante das operações da TOMRA Food se torna parte da divisão TOMRA Processed Food.

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E para endossar o compromisso da TOMRA Food de trabalhar ainda mais de perto com produtores, embaladores e processadores de alimentos para otimizar gradualmente a produção de alimentos, o nome da TOMRA Food agora será acompanhado pela primeira vez por um slogan: 'Todos os recursos contam'. Explica Picandet: "Nossa marca agora é apresentada de uma forma que reconhece que nossas linhas de negócios e nossos clientes são mais fortes juntos. Nossa história de marca revisada também mostra como a TOMRA Food estabeleceu um curso muito claro para si mesma ao reformular sua estratégia nos últimos anos. Esta estratégia assenta em três pilares fundamentais: crescimento, para que a atividade cresça mais e melhor; excelência, para ser o melhor em tudo o que fazemos; e talento, para cuidar da nossa equipe e incentivar o seu desenvolvimento. Atualizar a história de nossa marca também nos ajudará a atrair novos profissionais."


INFORME EMPRESARIAL

Sobre TOMRA Food A TOMRA Food projeta e fabrica máquinas de classificação baseadas em sensores e soluções integradas de pós-colheita para a indústria de alimentos. Inovamos a tecnologia analítica mais avançada do mundo e a aplicamos para classificação, separação e descascamento. Mais de 12.800 unidades estão instaladas em produtores, embaladores e processadores de alimentos em todo o mundo para confeitaria, frutas, frutas secas, grãos e sementes, produtos de batata, proteínas, nozes e vegetais. A missão da empresa é permitir que seus clientes melhorem os retornos financeiros, ganhem eficiência operacional e garantam um abastecimento alimentar seguro por meio de tecnologias inovadoras e utilizáveis. Para conseguir isso, a TOMRA Food

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opera centros de excelência, escritórios regionais e locais de fabricação nos Estados Unidos, Europa, América do Sul, Ásia, África e Australásia. A TOMRA Food é membro do Grupo TOMRA que foi fundado em uma inovação em 1972 que começou com o projeto, fabricação e venda de máquinas de venda reversa (RVMs) para coleta automática de embalagens de bebidas usadas. Hoje, a TOMRA fornece soluções baseadas em tecnologia que permitem a economia circular com sistemas avançados de coleta e classificação, que otimizam a recuperação de recursos e minimizam o desperdício nas indústrias de alimentos, reciclagem e mineração e está comprometida com a construção de um futuro mais sustentável. A TOMRA tem aproximadamente 100.000 instalações em mais de 80 mercados em todo o mundo e teve receitas totais de aproximadamente 10,9 bilhões de NOK em 2021. O Grupo emprega aproximadamente 4.600 globalmente e está publicamente listado na Bolsa de Valores de Oslo (OSE: TOM). Para obter mais informações sobre a TOMRA, consulte www.tomra.com


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EXPORTAÇÃO

Porto de Antonina Investe R$45 Milhões em Seis Novos Silos para Cevada, Malte e Trigo

O porto Ponta do Félix, localizado em Antonina, no Litoral do Paraná, deverá inaugurar no segundo semestre deste ano seis novos silos verticais para o recebimento de cevada, malte e trigo. Cada silo terá capacidade estática para 6.700 toneladas, totalizando 40 mil toneladas. Ao todo, estão sendo investidos R$ 45 milhões na construção. As obras integram o projeto de ampliação do Porto e que também prevê a construção de um novo armazém para fertilizantes -- em área de 17 mil metros quadrados -- com capacidade para 120 mil toneladas. Atualmente, o Ponta do Félix conta com 65 mil metros quadrados de infraestrutura de armazenagem, com capacidade estática estimada em 270 mil toneladas - chegando a 2 milhões de toneladas de movimentação por ano. Para ampliar o recebimento de cargas, obras de expansão estão em andamento e, após todas as fases concluídas, a estimativa de capacidade estática sobe para 430 mil toneladas. “Os investimentos estão focados em equipamentos com qualidade única no país, com a instalação de silos de concreto que permitem menor impacto da temperatura externa na qualidade dos produtos armazenados. Dessa forma, promovemos a integridade dos produtos e ganhamos em quaRevista Grãos Brasil - Maio / Junho 2022

lidade do que chega até os produtores”, destaca o presidente do Porto Ponta do Félix, Gilberto Birkhan. Importação de Malte e Cevada Os novos silos atenderão preferencialmente dois clientes que já fecharam contrato de fornecimento de longo prazo, para os próximos dez anos. São as cervejarias Petrópolis, do Rio de Janeiro, fabricante de várias marcas de cerveja, entre elas Petra e Itaipava; e a uruguaia Barley, fornecedora de malte. Segundo informações do porto, outras cervejarias e maltarias também poderão ser atendidas, sempre respeitando a preferência destes dois clientes que já têm contratos firmados. Birkhan destaca que o investimento reforça o papel do porto de Antonina que vem cada vez mais se especializando em cargas de alto valor agregado e que demandam um tratamento diferente em comparação a cargas gerais. “Por ser um porto menor e focado em cargas especiais conseguimos também oferecer agilidade. Uma das principais vantagens de operar por Antonina é a possibilidade de customização das operações”, pontua. Crescimento O Porto Ponta do Félix, localizado em Antonina,


EXPORTAÇÃO

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anos também se deve ao fato do porto de Antonina ser multipropósito. "Reencontramos a nossa vocação de trabalhar com cargas especializadas, fazendo operações complementares ao Porto de Paranaguá. O Ponta do Félix é um porto multipropósito, que atua com cargas diversas e especiais", destaca Birkhan.

litoral do Paraná, superou a expectativa de crescimento na movimentação de cargas, em 2021, com aumento de 70%. Os números se devem a ampliação do seu portfólio de operações, melhorias da estrutura marítima e investimentos em obras de ampliações. Para 2022, a projeção é de 30% de aumento na movimentação de cargas no Porto que deverá seguir sendo um grande gerador de empregos e renda no litoral paranaense. Birkhan, considera que o avanço dos últimos

História O porto Ponta do Felix é uma empresa privada, concessionária do terminal portuário público multipropósito de Antonina - fundada em 1995. A concessão se deu através de contrato de arrendamento outorgado pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina - APPA. Em 2000, foi inaugurado o cais de atracação e iniciou-se exportação de produtos refrigerados, produtos florestais e aço. Em 2009, o Grupo FTS assumiu a gestão do TPPF e iniciou uma nova fase nas diretrizes do contrato de arrendamento do Terminal Portuário, focado principalmente na conversão da vocação do terminal, antes predominantemente de carga refrigerada, para carga geral e granel. Em 2019, o Porto de Antonina registrou o quinto maior crescimento entre 19 portos brasileiros.

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TECNOLOGIA

Reabilitação de coberturas no agro:

Impermeabilização, Redução de Temperatura e Aumento de Vida Útil

Eng. Juliano HM Rubber mkt@hmrubber.com.br

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Sistemas de revestimentos para superfícies de telhados, sejam metálicos ou de fibrocimento, estão cada vez mais se tornando soluções relevantes tendo em vista que as estruturas têm tempo de vida útil, e que ao chegarem próximo do fim geralmente levam a ocorrência de infiltrações. O setor do agronegócio tem sido muito receptivo as estas soluções. Cada vez mais profissionalizado, está desenvolvendo um olhar clínico para o que é denominado de qualidade de armazenagem, e começam a entender a importância da preservação de suas estruturas de armazenagem, com atenção a sua estanqueidade e controle de temperatura. A Hmrubber desponta como a principal fabricante de soluções em Borracha Líquida, tendo mais de 10 anos de experiência no desenvolvimento de soluções para telhados, apresentando revestimento que podem variar entre 250 a 600 micras, sendo superiores a qualquer tipo de pintura aplicado sobre telhado. Destaca-se o termo revestimento justamente para o diferenciar de uma pintura convencional, podendo também ser denominado como membrana de borracha. O case deste artigo é sobre uma aplicação realizada em 2017 em uma unidade de armazenagem em Itiquira-MT, onde o telhado do armazém de 10mil metros quadrados de área apresentava indícios de corrosão e infiltração, sendo que o cliente considerava a sua troca completa. A proposta apresentada pela empresa Montante Engenharia, com espessura de 250 micras, visava resolver os problemas de infiltração e estender a vida útil da telha por mais 15 anos,


TECNOLOGIA se apresentando com alternativa à troca completa do telhado. Ao ser introduzido a nova solução, havia paradigmas a serem quebrados, afinal de conta o investimento a ser realizado era de metade do valor da troca do telhado e o cliente ainda precisava ser convencido de que a aplicação desta membrana traria os resultados prometidos. O negócio foi fechado e aplicação iniciada no último trimestre de 2017, com uma equipe de 4 pessoas e prazo de execução de 115 dias. Os produtos aplicados foram o Hm Bonder, produto utilizado como primeira camada, com alta capacidade de aderência a superfície galvanizada e o Impertech Gold de cor cinza como camada final, sendo este produto de maior elasticidade e com boas propriedades para exposição aos raios UV. Os desafios desse projeto ocorriam devido a época de chuva já iniciada, trazendo janelas inconstantes para aplicação e neste caso os produtos a base de solvente se saíram bem, pois podiam receber incidência de chuva direta com apenas uma hora após a sua aplicação. A grande área do telhado demandava alta capacidade de produção, e para isso a técnica de pulverização airless, utilizando equipamento Graco HD7900 foi fundamental, sendo que os produtos Hmrubber foram especialmente parametrizados para tal, garantindo assim a agilidade necessária para o sucesso deste projeto. A segurança foi outro desafio, afinal de contas acidentes em

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telhado tem alto potencial de fatalidade, portanto a equipe passou por treinamento de reciclagem e se tornou apta a trabalho com cordas, aprendendo técnicas como nó de ancoragem, uso de oitão e resgate em altura, com etapa teórica e prática realizada no escritório da empresa e mais etapa prática no canteiro de obra.

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COMÉRCIO

Rússia Prevê Aumento nas Exportações de Aves e Ovos Apesar das Sanções

Sindicato russo de produtores de aves, Rosptitsesoyuz, prevê um aumento de 18,1% nas exportações de carne de aves da Rússia em 2022 em relação a 2021, para 360.000 toneladas A diretora geral do sindicato russo de produtores de aves (Rosptitsesoyuz), Galina Bobyleva, afirmou durante a conferência Animal Farming Russia em 19 de maio que prevê um aumento de 18,1% nas exportações de carne de aves da Rússia em 2022 em relação a 2021, para 360.000 toneladas. Ela ainda acrescentou que até 2030, as exportações de carne de aves devem chegar a 638.000 toneladas. Segundo a diretora as exportações russas de ovos também devem aumentar para 570 milhões de unidades em 2022, em comparação com 506 milhões de unidades no ano passado. “Até 2030, esse número deve saltar para 850 milhões de unidades”, disse Bobyleva. Em 2021, a Rússia exportou aves principalmente para o Cazaquistão, repúblicas não reconhecidas da Ucrânia, China, Vietnã e Arábia Saudita, informou o Serviço Alfandegário Federal da Rússia. Por outro lado, as importações de aves da Rússia devem permanecer relativamente estáveis em 2022, situando-se em 245.000 toneladas em comparação com 240.000 toneladas em 2021. Em 2030, prevê-se que caia para 230.000 toneladas, disse Bobyleva. Em 2021, a Rússia importou 748 milhões de unidades de ovos. Este ano, esse número deve ser de 750 milhões de unidades e a previsão para 2030 é a mesma, afirmou a diretora. Produção deve crescer apesar dos desafios Bobyleva também projetou que as aves provaRevista Grãos Brasil - Maio / Junho 2022

velmente continuarão sendo a principal fonte de proteína na Rússia na próxima década. Em 2021, a Rússia produziu 5,02 milhões de toneladas de carne de aves, 4,3 milhões de toneladas de carne suína e 1,65 milhão de toneladas de carne bovina. Em 2030, a produção de aves deve aumentar para 6,1 milhões de toneladas, carne suína para 5,3 milhões de toneladas e carne bovina para 2 milhões de toneladas, disse ela. No entanto, para aumentar a produção, a indústria avícola da Rússia precisa superar vários desafios, incluindo o agravamento da situação epizoótica e o risco associado à saúde financeira do setor. Este último está ligado à inflação geral de alimentos e ao baixo poder aquisitivo da população russa, explicou ela, sem dizer nada sobre o impacto das sanções ocidentais sobre a indústria avícola russa. Apesar da incerteza na economia associada a sanções e pressão do Ocidente, a indústria avícola russa continua crescendo, disse Sergey Lakhtyukhov, diretor-geral da União Nacional de Criadores de Aves, acrescentando que nas condições atuais o colapso do mercado devido às sanções é "impossível". Lakhtyukhov acrescentou que a situação em termos de exportações é melhor do que parece. No primeiro trimestre de 2021, as exportações russas de aves aumentaram 35%. Ele acrescentou que a Rússia não se encontra isolada, pois há países que continuam importando aves russas. Fonte: https://www.aviculturaindustrial.com. br/imprensa/russia-preve-aumento-nas-exportacoes-de-aves-e-ovos-apesar-das-sancoes/20220603-091500-M400


Comunicado Bequisa

Nós da Bequisa, estamos felizes em dividir com todos os nossos clientes, parceiros e colegas um momento muito importante na nossa trajetória. Um momento de reflexão e de evolução, que culminou inclusive em uma mudança na nossa marca. Com a população mundial crescendo a passos largos, vivemos o constante desafio de aumentar o total de alimentos à disposição da humanidade, sem abrir mão da saúde das pessoas. E é nesse contexto que nós, da Bequisa, buscamos sempre CONTRIBUIR PARA QUE O MUNDO SEJA MELHOR. Utilizamos nossa expertise para, de maneira ética, humana e responsável, contribuir para a SEGURANÇA ALIMENTAR populacional. Em um cenário onde ainda há desnutrição, nós da Bequisa consideramos primordial COMBATER O DESPERDÍCIO e CONSERVAR A QUALIDADE dos alimentos. Também utilizamos nossa expertise para, também de maneira ética, humana e responsável, proporcionar um ambiente que seja mais seguro às pessoas, para que elas tenham uma VIDA MAIS SAUDÁVEL. Na Bequisa nós apresentamos sempre as melhores SOLUÇÕES: • Oferecendo um portfólio completo e com a melhor qualidade possível para os nossos clientes. • Colocando a nossa expertise a serviço dos nossos clientes.

INFORME EMPRESARIAL

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• Construindo relações de confiança no segmento de ARMAZENAMENTO DE GRÃOS de cadeia do agro, e no mercado do CONTROLE DE PRAGAS URBANAS. De maneira séria, ética e transparente, contribuímos para a PRODUÇÃO AGRÍCOLA BRASILEIRA ter cada vez mais destaque no mundo. De maneira prestativa, humana e responsável, treinamos nossos parceiros para as MELHORES E MAIS SEGURAS PRÁTICAS do mercado. De maneira atenta, moderna e arrojada, estamos constantemente en busca das SOLUÇÕES MAIS INOVADORAS. É assim que nós da Bequisa pensamos e agimos. Com a experiência dos nossos mais de 70 anos de uma HISTÓRIA de muitas conquistas, somos hoje Bequisa do PRESENTE, e mantemos sempre o olhar na Bequisa que estamos construindo para o FUTURO. É assim que somos.

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QUALIDADE

Importância da Qualidade dos Grãos no Armazenamento

Eng. Agr. (PhD) Cristiano Casini ccasini1@yahoo.com.ar

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No ano 2025 seremos 8.000 milhões de habitantes (FAO) e atualmente o mundo globalizado está em permanente evolução com uma característica muito particular, já que os principais países emergentes representam aproximadamente a metade do PBI mundial, sendo os principais atores do crescimento do comércio internacional. Apresentado este panorama é razoável prever que a demanda por produtos agroindustriais, de onde radica uma das principais vantagens comparativas da região, seguirá crescendo nos próximos anos. Por o tanto o desafio é transformar-se em sistemas agro-industrializados para ser económica e socialmente sustentável. Tem que ficar atrás a Ideia de oferecer matéria prima e oferecer ao mercado produtos elaborados de grande qualidade agroindustrial e alimentícia. Para isto se requer entrar em uma nova estratégia de produção cuja finalidade é a produção de produtos industriais, já semielaborados (grãos de qualidade diferenciada, óleos, farinhas, etc.) e elaborados (biocombustíveis, bio plásticos, bio fármacos e principalmente alimentos). Todos, constituídos em uma só cadeia agroindustrial. Isto implica integrar em um só processo industrial a produção primária dos grãos na fazenda, transformar os localmente e colocá-los no mercado internacional de acordo com a demanda. Esta integração da etapa produtiva com a de comercialização, permite a cada um dos atores em conjunto visualizar desde o início quais produtos


QUALIDADE elaborar e quais são os requerimentos necessários durante toda a cadeia produtiva. Bajo este último conceito podemos determinar que hoje não se admite produzir grãos sem uma planificação prévia que tenha em conta: a qualidade do produto a obter, como obtê-lo, como armazená-lo, como industrializá-lo e a demanda do mercado, para lograr a máxima rentabilidade. É o que o conceito de qualidade integral persegue, desde logo em uma base de sustentabilidade e conservação do meio ambiente. E dizer que a qualidade tem requerimentos a dois pontas: uma, desde o início para lograr um grão de alta qualidade durante a produção primária. A outra, ao final como produto elaborado também de alta qualidade a disposição do consumidor. Se consideramos estes dos aspectos da qualidade com uma visão prospectiva, vemos que com o tempo se geraram mudanças nos futuros sistemas de armazenamento de grãos. Importância da qualidade dos grãos no armazenamento O princípio do armazenamento é guardar os grãos secos, sadios, sem danos mecânicos e limpos. Para isto, a consigna básica e válida para todo tipo

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de armazenamento, é o de manter os grãos “vivos”, com o menor dano possível. Quanto melhor é a qualidade do grãos no momento de armazenagem, menores são os custos de armazenamento. Quando os grãos se guardam sem alterações físicas e fisiológicas, mantêm todos os sistemas próprios de autodefesa e se conservam melhor durante o armazenamento. Isto depende da genética, do cultivo e da colheita. A genética em a qualidade dos grãos A qualidade integral se inicia desde o mesmo melhoramento genético, edemas de lograr grãos de maior qualidade intrínseca, específica para cada produto (proteínas, óleos, biocombustíveis, etc.), a procura de mecanismos naturais de resistência ao deterioro, deve ser a base para melhorar a qualidade dos grãos e sua conservação posterior. A genética tem uma importância fundamental, já que temos cultivares da mesma espécie que se deterioram menos que outros. Isto se deve a sua constituição física (grãos mais duros) e a sua composição química (contém feno lês, flavonoides, etc.), que os tornam mais resistentes ao deterioramento. Em soja, é muito evidente que temos variedades que se deterioram menos que outras na etapa de

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pré-colheita e colheita. Estruturalmente, o tegumento do grão de soja confere resistência ao deterioro devido a 3 fatores. O primeiro é a formação de poros no tegumento do grão. Os cultivares com grãos mais deterioáveis têm maior quantidade e tamanho de poros no tegumento dos grãos. Por estes furos penetra facilmente a umidade e os grãos são afetados pelos fungos. O segundo fator é a deposição de ceras, provenientes do endocarpo da vagem, que podem ocluir em certos casos os poros e retardar a penetração de água. Em terceiro lugar, a composição química dos tegumentos (Lignina) brinda uma característica de maior dureza física e menor permeabilidade. Por outra parte, se considerarmos a qualidade do milho, vemos que está associada tanto com sua constituição física, que determina a textura e dureza, como com sua composição química, que define o valor nutricional e as propriedades tecnológicas. A importância relativa de estas características resultará no destino da produção. Para as indústrias que usam grãos de milho, sua qualidade e propriedades tecnológicas são uma preocupação fundamental. É conhecido que os milhos duros resistem mais ao deterioro que os dentados amarelos. A dureza e a resistência contra a ação mecânica o quebrado durante a colheita e pós colheita. Esta resistência, que determina a qualidade que pode o grão para seu uso e conservação, se relaciona em forma direta com a dureza do endosperma, que a sua vez, se deve a relação entre os endospermas córneos e farinhosos, e em menor medida, a compactação dos componentes celulares, a espessura da matriz proteica que rodea a os grânulos de amido, e a espessura do pericarpo. Tanto maior será a dureza do grão, quanto maior seja a proporção de endosperma córneo que o componha. A Maior dureza maior resistência ao dano mecânico e ao ataque de patógenos. Em o caso do Sorgo, observamos também que os grãos mais obscuros que contém maior conteúdo de taninos são mais resistentes ao deterioro climático e inclusive certa resistência ao ataque de pássaros. Aqui é necessário considerar que nem sempre o tanino tem características favoráveis, considerando que é um componente adstringente e que influi e Revista Grãos Brasil - Maio / Junho 2022

negativamente na capacidade de digestão das proteínas. Mas se encontrarão em esta espécie outros componentes, como outro tipo de fenóis, que se encontram nos grãos vermelhos que tem propriedades antifúngicas. Assim podemos enumerar características similares em uma grande quantidade de grãos, mas em geral podemos falar que estas características são herdáveis. Por isto se recomenda a os Fito melhoradores que incluíam, dentro das prioridades de seus programas, a resistência ao deterioro dos grãos. Este aspecto irá alcançar cada vez mais relevância considerando uma visão prospectiva dos grãos na cadeia agroindustrial e no alimento exibido em um supermercado. Podemos falar que a maior qualidade genética do grão (resistência ao deterioro) melhor será seu comportamento a campo e sua conservação posterior em armazenagem. O manejo do cultivo em a qualidade dos grãos Todo o comentado requer também, de um novo sistema de produção primária, já não é simplesmente produzir "grãos" e depois vemos que sucede. Isto exige uma agricultura mais programada, mais exigente e mais precisa. Se considerarmos só o ponto de vista produtivo, o manejo do cultivo é a base fundamental para alcançar a qualidade inicial dos grãos a nível da lavoura. Assim mesmo temos que controlar os processos de colheita e pós colheita para evitar perdas e o dano mecânico do grão, que em certos cultivos é muito elevado. Para isto, é necessário considerar que se deveria incluir a produção primária dentro de um marco de "segurança da qualidade", basicamente BPM, a qual responde a um adequado manejo do cultivo para evitar o deterioro do ambiente e o estresse do plantio, aplicando um controle integrado de plagas y más ervas para evitar a contaminação do meio ambiente e dos produtos que se logrem. É muito importante manter o cultivo com o mínimo estresse possível, já que cultivos estressados, dão grãos mais deterioráveis. Desde logo que a ferramenta fundamental para fazer mais eficiente este sistema é a Agricultura de Precisão. Para isto é necessário o uso de uma estratégia tecnológica que nos assista para ser “precisos” oportunamente em cada etapa desde a planificação, desenvolvimento do cultivo, colheita até chegar ao armazenamento. Cabe destacar que a agricultura de precisão ocupará um rol cada vez mais importante para melhorar a eficiência do manejo de cultivos e insumos de acordo com os ambientes, logrando a diminuição da contaminação dos grãos e do ambiente. A colheita, além da etapa de recoleção dos grãos, é considerada como a primeira etapa da padronização dos grãos. Na atualidade as máquinas disponíveis contam com um desenvolvimento tecnológico adequado para colheita de grãos limpos e sem dano


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mecânico. E uma das etapas fundamentais da produção, em a qual temos que pôr maiores ênfases para evitar as perdas de qualidade e quantidade. Os grãos devem estar livres de contaminantes biológicos (mico toxinas), o que depende de um bom manejo do cultivo, a colheita sem dano e do acondicionamento para conservar seco, limpo e frio. O Armazenamento na Qualidade dos Grãos Quanto menor é o deterioro dos grãos na labora, melhor será sua conservação. Com isto obteremos melhor qualidade e diminuiremos significativamente os custos de sua conservação. Na etapa de pós-colheita, os grãos devem ser padronizados para preservar a qualidade lograda na labora. Este acondicionamento tem um objetivo básico: armazenar grãos secos, sadios, limpo, frio, livre de insetos e de contaminantes biológicos e químicos. O lugar de armazenamento, deve procurar a maior higiene possível, ser “protetor” contra os insetos e as pragas em geral e diminuir o efeito nocivo dos fatores ambientais. Um aspecto sumamente importante é o manejo integrado de pragas, durante o armazenamento, evitando o uso dos produtos restringidos e o sobre dosagem dos aprovados. E a base fundamental para alcançar grãos industrialmente aptos dentro da cadeia de alimentos. Os mercados internacionais são cada vez mais exigentes com o nível de resíduos químicos que admitem. Finalmente, como base de um bom controle de qualidade, é imprescindível conhecer muito bem a qualidade de seus grãos antes de armazená-los. Isto é fundamental, para poder determinar a estratégia de armazenamento e um adequado programa de controle de qualidade. Importância da Qualidade dos alimentos em o mercado internacional Observamos que em os mercados emergentes temos uma melhora constante do nível de vida da

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população, o qual assegura que uma demanda por mais e melhores alimentos em crescimento no futuro. A urbanização demandará um maior consumo de produtos elaborados. De acordo com um recente estudo da consultora Deloitte, denominado: “O Consumidor em 2020”, a convergência dos rubros económico, demográfico e tecnológico provocará mudanças sem precedentes no consumidor ao término da década (Foro Mundial da Alimentação 2011. Bs. As. Argentina). Teremos um crescente interesse do consumidor pela origem dos alimentos, com um ênfase maior para os produtos de alta qualidade e possivelmente de menor custo. Influencia da qualidade inicial dos grãos e a qualidade final do alimento sobre os sistemas de armazenamento Finalmente, devemos destacar que o objetivo final da produção de grãos deve ser um produto elaborado, com uma elevada qualidade alimentícia e altamente competitivo a nível internacional. Isto significa que se deverão produzir grãos levando em conta o objetivo de satisfazer um padrão de qualidade específico, que é demandado pela agroindústria, de acordo com os produtos que elabora e as exigências dos distintos mercados. Analisando isto com uma visão prospetiva, nos permitirá observar a mediano e longo prazo o futuro da ciência e a economia para identificar as tecnologias emergentes que se requerem para adequar os sistemas de armazenamento às novas demandas. E aqui onde adquirirá cada vez mais relevância a influência da qualidade dos grãos e dos alimentos, sobre os sistemas de armazenamento, considerados em cada uma dos extremos da cadeia agroindustrial (princípio e fim). Por uma ponta, da produção primária, deverá entregar um grão de qualidade aos armazéns e por outra ponta, da agroindústria, exigirá a os armazéns a entregar um grão de características diferenciadas para um produto determinado que deverá ter permanentemente um padrão de qualidade determinado. A planificação da produção já não se fará só para gerar mais matéria prima, a finalidade será produzir


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maiores e melhores produtos industriais. Os alimentos devem chegar ao consumidor mais elaborados e prontos para consumir. Os controles de qualidade em todos os processos agroindustriais devem ser cada vez mais estritos em toda a cadeia. Considerando que a base de toda evolução, contempla a melhora contínua da qualidade dos grãos, partindo desde o melhoramento genético, passando por todas as etapas produtivas primárias, do armazenamento e da indústria, até chegar ao consumidor. Na etapa do armazenamento a ciência e a tecnologia temos como principais componentes os seguintes desafios: • Aumento da capacidade de armazenamento em base a maior quantidade de silos de menor tamanho para diferenciar qualidades de grãos. Um cerealista terá interesse em receber grãos de qualidade conhecida para poder diferenciar sua armazenagem e ter uma oferta diferenciada para a industrialização dos grãos. • As máquinas e equipamentos utilizados deverão ser mais simples, de menor mantimento, mais seguros e confortáveis para o operador e o entorno. • Os motores deverão ser aptos para biocombustíveis e com emissões menos contaminantes. • Deverão ter uma maior mecanização (robotização) para manejar os armazéns já que se prevê uma escassez de mão de obra. • Maior capacitação dos funcionários para adequar-se aos novos requerimentos tecnológicos. • Adopção de sistemas de segurança da qualidade desde as Boas Práticas de Manejo até as HACCP, que serão obrigatórias dentro da cadeia agroindustrial alimentícia. Em este ponto se deverá trabalhar intensamente no manejo integrado de pragas para ter um eficiente conRevista Grãos Brasil - Maio / Junho 2022

trole de fungos, insetos, roedores e aves contaminantes. • O desenho dos armazéns deverá contemplar processos simples e menos consumidores de energia Estarão dotadas de sistemas eletrônicos e de comunicação com painéis de controle que facilitaram seu funcionamento e sua utilização, com detectores de mal funcionamento em tempo real. • Os sistemas de controle deverão contar com software que tenham a habilidade de variar o manejo das qualidades e de stocks para adaptar-se melhor aos requerimentos da indústria. • Combinar as TIC´s e os softwares, para poder manejar a distância desde qualquer dispositivo de comunicação o negócio agroindustrial, controlando em tempo real as atividades cotidianas da produção agropecuária, o armazenamento, a indústria e os mercados. • Integração total dos armazéns em as cadeias agroindustriais com perfis bem definidos de sua capacidade e garantia operativa, dentro de um esquema de “Qualidade integral”.

NA CADEIA AGROINDUSTRIAL, A QUALIDADE INTEGRAL E SIMPLESMENTE FAZER TUDO BEM DESDE UM PRINCÍPIO, COM A MAIOR RENTABILIDADE POSSÍVEL, INTEGRANDO TODAS AS ETAPAS DA PRODUÇÃO, MAS O REQUISITO BÁSICO E A “QUALIDADE DOS GRÃOS”


CONTROLE DE PRAGAS

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Silo em Xanxerê/SC Sem Infiltrações com a Linha RR 500 ECO

Soluções Hard foram utilizadas para garantir 100% de vedação e, consequentemente, a qualidade dos grãos Como o uso da linha RR 500 ECO eliminou as infiltrações e corrosões em um silo de Xanxerê/SC. A manutenção garantiu que a colheita não corresse riscos por causa da umidade. Problema: Infiltração é sempre um grande problema, quando é em um silo o prejuízo é ainda maior. Isso porque a armazenagem é um fator importante para evitar as perdas e garantir a qualidade necessária para os grãos serem utilizados. Esse era um dos problemas enfrentados por esse cliente, localizado em Xanxerê/SC. Em 2 silos, com mais de 20 anos de uso, havia vários pontos de infiltrações. Além disso, tanto o topo, quanto a base apresentavam corrosões, que diminuíam drasticamente a vida útil da estrutura como um todo. Entre em contato, leia o QrCode acima!

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Solução: O cliente buscava uma solução que eliminasse as corrosões e goteiras, por isso o especialista Hard Petterson Tecchio recomendou a linha RR 500 ECO. Essa é uma solução combinada, que protege contra corrosões ao mesmo tempo que forma uma membrana impermeável. No chapéu dos silos, foi aplicado o Impermeabilizante RR 500


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zante RR 500 ECO tem alta resistência ao tempo e ao clima, por causa dos aditivos anti UVB presentes em sua composição. Além da durabilidade, o cliente assegurou uma manutenção fácil e ágil. Afinal, os produtos utilizados já vêm prontos para o uso e foram desenvolvidos para ter uma aplicação simples. No caso do RR 500 ECO, houve um ganho de produtividade também por causa do menor tempo de cura entre demãos, apenas 2 horas. Quer os mesmos resultados no seu silo? Faça um orçamento agora com um especialista Hard. *Estudo de caso realizado em setembro de 2021. Não perca mais tempo e garanta agora mesmo uma safra protegida e rentável! Entre em contato conosco e conheça mais sobre as nossas soluções. Basta apontar a câmera do seu celular para o QRCode.

ECO com o sistema airless, que garantiu uma maior agilidade para manutenção. Enquanto na base do silo, foi combinado o RR 500 ECO com a Flexfelt Autoadesiva, uma tela de reforço para impermeabilização usada em pontos críticos. Nos dois silos foi usado 400kg de Impermeabilizante RR 500 ECO, aplicado em duas demãos, e 5 rolos da Tela de Reforço Flexfelt. Salientando que os produtos foram aplicados em uma área limpa. Ou seja, livre de pó, graxas, tintas, óleos e oxidações. Essa é uma etapa extremamente importante para garantir a total aderência do material que será utilizado. Conclusão: Com a manutenção do telhado e da base do silo foi possível resolver todos os problemas de infiltrações e corrosões. Dessa forma, garantindo a qualidade dos grãos armazenados no local. E o melhor? A impermeabilização durará, pois o Impermeabili-

Conte com a especialista Com mais de 35 anos de história, o Grupo Hard é comprometido com a qualidade, tem altos níveis de estoque com 100% de rastreabilidade e a missão de facilitar o dia a dia dos clientes com soluções inovadoras. Além de oferecer um mix completo de produtos, todas as linhas cumprem normas de qualidade nacionais e internacionais. Ou seja, utilizar os produtos Hard é contar com a especialista em levar mais qualidade, durabilidade e eficiência para o canteiro de grandes obras, residências e silos.

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Tecnologia na Fabricação de Rações Balanceadas Don Pollo – San Martin - Peru

Ing. Mariano Prevost Zheng Chang internet@zcme.com

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De 2010 a 2011, trabalhou-se o projeto de implantação da primeira fábrica de ração balanceada peletizada na região de San Martín, em plena selva peruana. A ideia nasceu do Gerente Geral, Sr. Miguel Santillán, que está à frente desta empresa há mais de 20 anos. Foi assim que ele viajou para a China para conhecer as opções disponíveis na empresa Zheng Chang. A fábrica de alimentos balanceados da Don Pollo foi construída na década de 2010 usando tecnologia europeia em termos de processo. Foi escolhido o sistema de Pós-Moagem, ou seja, primeiro os macro ingredientes são dosados à medida que chegam à planta e depois são todos moídos juntos. Embora isso seja verdade, exige uma maior capacidade de moagem, nos dá uma uniformidade na granulometria que depois é usada na qualidade da peletização, além de nos dar a oportunidade de usar alguns ingredientes que são muito difíceis de moer um a um , devido às suas características de alto teor de gordura ou fibra, e ao contrário, ao entrar junto com outros ingredientes muito fáceis de moer, como milho e soja, sua incorporação é facilitada, portanto, uma vez que o sistema a ser decidido, procedeu-se à definição do fluxograma, que deveria considerar uma capacidade de processo de 30 t/h com moega principal de recebimento para recebimento de graneleiros e um armazém para ingredientes em sacos com duas linhas de recebimento, uma para ingredientes em pó e outro para grãos, cada um com seu sistema de sucção para evitar excesso de poeira na descarga dos sacos


TECNOLOGIA e um limpador e imã na descarga de cada elevador, esses elevadores e s alimentam seus respectivos distribuidores que se encarregam de direcionar a matéria-prima para sua respectiva moega de onde são dosadas por meio de uma balança eletrônica de 2 toneladas por lote. Cada lote é descarregado através de transportadores para as moegas que alimentam os moinhos de martelos onde os ingredientes são moídos lote a lote e levados para o misturador de pás de duplo eixo onde são misturados juntamente com os micro-ingredientes e alguns líquidos, todo esse processo é controlado por o computador que regula os tempos de mistura de cada parte do Lote, então essa mistura é levada por transportadores para as moegas que alimentam as peletizadoras. Nesta seção de pelotização temos duplo condicionamento para garantir a pré-gelatinização dos amidos presentes na mistura. O processo de peletização é automatizado para que os operadores definam os parâmetros de temperatura desejados e a porcentagem de potência necessária do motor principal, para que o processo se desenvolva dentro de certas faixas previamente estabelecidas que otimizam o desempenho do alimento em cada espécie animal que o consome. Daqui vai para o Counterflow Cooler que baixa a temperatura e reduz a humidade que foi adicionada no acondicionamento, depois do Cooler os pellets são

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partidos se forem destinados a pequenos animais, caso contrário passam como estão para o separador de finos tela. Esta planta também possui sistemas de aplicação de óleo pós-pellet e enzimas líquidas pós-pellet. As moegas de produto acabado são preparadas para expedição a granel e em sacos, a expedição a granel também possui uma balança móvel de 3 ton/ lote para encher os compartimentos do caminhão graneleiro. Toda a planta possui sistemas de sucção que mantêm o ambiente livre de poeira, para os quais são instalados filtros de manga em cada uma das seções e, assim, mantêm as pressões negativas nos transportadores e dutos, evitando vazamentos de matérias-primas empoeiradas. . Na terceira Linha de Peletização, foi colocado um condicionador encamisado com longo tempo de condicionamento, que permite uma melhor gelatinização dos amidos presentes na formulação.

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Milhão Ingredients

Somos um dos principais fornecedores de ingredientes não transgênicos do mundo, presente em mais de 60 países. Cultivamos aproximadamente 40 mil hectares de milho Flint Non GMO com o apoio de mais de 260 produtores rurais parceiros. Voltados à inovação, qualidade e saudabilidade, desenvolvemos soluções customizadas de mãos dadas com nossos clientes. Somos reconhecidos com as principais certificações de qualidade e segurança em alimentos do mundo e atendemos as mais rigorosas e sensíveis demandas industriais. Cada detalhe importa: Cuidamos de cada etapa do processo produtivo, para atender as mais sensíveis demandas do mercado e trazer diferencial competitivo aos nossos clientes. Nossa qualidade é atestada pelas certificações mais rigorosas do mercado. Buscamos constantemente superar nosso alto padrão de qualidade, segurança e sustentabilidade. Todo esse cuidado permeia a cadeia produtiva e alcança os produtos dos nossos clientes, garantindo saudabilidade e destaque nas gôndolas. Para mais informações, entre em contato conosco pelo email atendimento@milhao.net

Funcionários do Milhão rezando em reunião religiosa às quintas-feiras Revista Grãos Brasil - Maio / Junho 2022

Mais informações: Site: www.milhao.net Redes Sociais: @milhaoingredients Telefone/ Whatsapp: 62 99847-9061 Link para vídeo institucional: Espanhol - https://youtu.be/I1kPoN3omnM Português - https://youtu.be/U16gQNc7qOY

Visita técnica Há poucos dias tivemos a oportunidade de visitar a Milhão, empresa exemplo que gera valor agregado ao milho e exporta para diversos países. Empresa que também cultiva a espiritualidade em sua reunião de quintafeira. Parabéns pelo desejo permanente de aperfeiçoar seu trabalho.

Anderson, Bruno, Domingo, Luciano


A Secagem de Sementes

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Danton Camacho Garcia Engenheiro Agrônomo, Professor Adjunto, Doutor, Departamento de Fitotecnia, Centro de Ciências Rurais (CCR), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), 97105-900, Santa Maria-RS, e-mail: danton@ccr.ufsm.br Antonio Carlos Souza Albuquerque Barros Engenheiro Agrônomo, Professor Adjunto, Doutor, Depto. de Fitotecnia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel (FAEM), UFPel, CP 354, 96010-900, Pelotas, RS Silmar Teichert Peske Engenheiro Agrônomo, PhD., Professor Titular, Departamento de Fitotecnia, FAEM, UFPel Nilson Lemos de Menezes Engenheiro Agrônomo, Professor Adjunto, Doutor, Depto. de Fitotecnia,CCR, UFSM A secagem de sementes, além de contribuir para a preservação da qualidade fisiológica durante o armazenamento, possibilita a antecipação da colheita evitando perdas de natureza diversa durante o processo produtivo. Na escolha do método de secagem, o fator quantidade de sementes é limitante e, quando necessitamos secar grandes quantidades, é imprescindível a utilização de secagem artificial, cujos custos de operação estão relacionados com volume, velocidade de secagem e temperatura do ar. O objetivo do trabalho é analisar os métodos utilizados e seus efeitos na manutenção da qualidade fisiológica das sementes. Maturação das sementes e a necessidade de secagem A tecnologia para a produção de sementes pre-

coniza, genericamente, a realização da colheita no momento mais próximo possível da maturidade fisiológica. Sabe-se, entretanto, que as sementes, de uma maneira geral, atingem a maturidade fisiológica com teores de água superiores a 30%, não compatível, com a tecnologia disponível para a colheita mecânica (VILLELA & SILVA, 1992; PESKE & BARROS, 1997; MIRANDA et al. 1999). A maturação das sementes é uma fase que compreende as transformações morfológicas, fisiológicas e funcionais que se iniciam no momento da fertilização do óvulo e terminam com o acúmulo máximo de matéria seca (POPINIGIS, 1985). Este estádio é definido como o ponto de maturidade fisiológica e, genericamente, é considerado o momento em que as sementes desligam-se da planta-mãe e apresentam seu maior potencial de qualidade, indicado pelo maior peso de matéria seca, germinação www.graosbrasil.com.br


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e vigor. Desde a maturidade fisiológica até o momento de sua utilização na semeadura, as sementes estão sujeitas à perda da qualidade fisiológica pelas mudanças bioquímicas e fisiológicas que passam a ocorrer. A deterioração, em muitos casos imperceptível na fase inicial, manifesta-se no decorrer do tempo, ocasionando reflexos negativos no vigor. Segundo MORAES (2000), a rapidez com que ocorre a perda de qualidade das sementes após a maturidade fisiológica é função da espécie, da cultivar e das condições impostas às sementes no campo, após a colheita e durante as operações de beneficiamento e armazenamento. De um modo geral, é possível afirmar que a qualidade das sementes decresce a partir da maturidade fisiológica, dependendo das condições climáticas, principalmente, temperatura e umidade relativa do ambiente em que ficam expostas, até atingir o momento de colheita. Segundo AHRENS & PESKE (1994), os mecanismos de sorção e dessorção diários de água em sementes de soja, entre a maturidade fisiológica e o momento de colheita, podem alcançar amplitude superior a cinco pontos percentuais, em decorrência das variações da umidade relativa do ambiente. Tal fato, mesmo que em intensidade variável, pode ocorrer para outras espécies, considerando que as sementes estão em permanente intercâmbio de água com o ambiente. Assim, a higroscopicidade das sementes determina sua capacidade de estar em permanente troca de água com a atmosfera que a rodeia. A predominância do fluxo de água é determinado pelo gradiente de potencial hídrico entre as sementes e o ar atmosférico. Quando a diferença de potencial é nula, cessa o processo de transferência de água e as sementes entram em equilíbrio higroscópico com o meio. As sementes e a atmosfera que as rodeiam, são sistemas que se encontram em permanente

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troca de água, com sentido preferencial definido pela diferença de potencial hídrico existente entre ambos. A predominância de fluxo hídrico ocorre do sistema que se encontra com maior potencial para o menor até ser atingido o ponto de equilíbrio higroscópico (SILVA, 1986). No Brasil, nas últimas décadas, surgiu a necessidade do desenvolvimento de trabalhos de pesquisa sobre secagem, com o objetivo de aprimorar a tecnologia de produção de sementes. Quando a pesquisa em tecnologia de sementes intensificou-se e a indústria de equipamentos recebeu incentivos, surgiram os primeiros trabalhos relacionados com secagem. A secagem artificial vem sendo utilizada como uma operação de rotina nas empresas de sementes, principalmente, nos estados do Sul do Brasil e, não obstante as vantagens que apresenta, é uma operação de risco, podendo proporcionar danos irreversíveis se realizada sem os conhecimentos e cuidados necessários à preservação da qualidade inicial das sementes (CARVALHO, 1994; MIRANDA et al. 1999). BAUDET et al. (1999) sugerem a secagem como um processo fundamental da tecnologia para a produção de sementes de alta qualidade, pois permite a redução do teor de água em níveis adequados para o armazenamento, preserva as sementes de alterações físicas e químicas, induzidas pelo excesso de umidade, e torna possível a manutenção da qualidade inicial durante o armazenamento, possibilitando colheitas próximas da maturidade fisiológica. Princípios de secagem A secagem demanda existência de gradientes de pressões parciais de vapor de água entre as sementes e o ar de secagem. De acordo com as propriedades higroscópicas, o fluxo de vapor de água ocorre no sentido da maior para a menor pressão parcial de vapor; assim, o aquecimento do ar de secagem determina a redução da umidade relativa e o conseqüente aumento do potencial de retenção de água. A secagem de sementes, mediante convecção forçada do ar aquecido, estabelece dois processos que ocorrem simultaneamente: transferência da água superficial das sementes para o ar e movimento de água do interior para a superfície das sementes, decorrente do gradiente hídrico entre essas duas regiões (VILLELA, 1991; MORAES, 2000). A secagem também pode ser entendida como um processo simultâneo de transferência de calor do ar para as sementes e de massa (água) das sementes para o ar. Assim, em função da necessidade de energia térmica para a evaporação da água, ocorre um resfriamento do ar de secagem pela perda de calor sensível. No entanto, o balanço energético é nulo porque o ar recupera, na forma de vapor de água (calor latente), o que perdeu na forma de calor sensível. Desse modo, a secagem é considerada um processo iso-


SEMENTES 35 entálpico, em que ocorre redução da temperatura do ar e aumentos da razão de mistura, da umidade relativa, da pressão de vapor e da temperatura do ponto de orvalho; por outro lado à entalpia e a temperatura do bulbo úmido permanecem praticamente constantes (VILLELA & SILVA, 1992; CAVARIANI, 1996). Métodos de secagem Os métodos de secagem são classificados quanto ao uso de equipamentos (natural ou artificial), à periodicidade no fornecimento de calor (contínuo ou intermitente) e à movimentação da massa de sementes (estacionário ou contínuo). A secagem natural é baseada nas ações do vento e do sol para a remoção da umidade das sementes. Tal processo é limitado pelo clima, quando as condições de umidade relativa do ar e temperatura não permitem, ou quando se trata de maiores volumes de sementes. Apesar de apresentar baixo custo, é um método lento, e as sementes não devem ser expostas em camadas superiores a 4-6cm, com revolvimento periódico (MAIA, 1995). Apresenta desvantagens que decorrem do intensivo uso de mão-de-obra, uma vez que as operações geram baixo rendimento e o processo é totalmente dependente das condições climáticas disponíveis (CARVALHO, 1994).

Na secagem artificial, a fonte de calor pode ser variável. O que caracteriza um método como artificial é o fato de que o processo é executado com o auxílio de alternativas mecânicas, elétricas ou eletrônicas e o ar, que atravessa a massa de sementes, é forçado (CAVARIANI, 1996). Apresenta as vantagens de permitir o controle da temperatura, do fluxo do ar de secagem e do tempo de exposição das sementes ao ar aquecido, fatores fundamentais para garantir a eficiência do processo. Baseada na capacidade do ar fornecer calor e na necessidade de aumentar a temperatura do ar, segundo VILLELA (1991), a secagem artificial pode ser dividida em duas categorias: secagem em baixa temperatura, na qual se utiliza o ar natural ou aquecido de 1 a 8°C acima da temperatura ambiente e secagem em alta temperatura, que consiste em aquecer o ar a temperaturas iguais ou superiores a 8 - 10°C acima da temperatura ambiente. Quanto ao fluxo de sementes no interior do equipamento de secagem, os métodos artificiais podem ser classificados em contínuo e estacionário. A secagem em fluxo contínuo implica manter as sementes em constante movimento no interior do secador. Na secagem contínua, as sementes passam através do secador apenas uma vez, ficando expostas um determinado período ao ar aquecido e outro na câmara de resfriamento. Isso vale dizer que

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as sementes entram úmidas na câmara de secagem e são descarregadas resfriadas com a umidade desejada. Nessas condições, a massa de sementes atinge temperaturas elevadas, ficando expostas aos danos térmicos, que podem causar redução na viabilidade e no vigor (AGUIRRE & PESKE, 1992; VILLELA & SILVA, 1992; CARVALHO, 1994). Embora não seja recomendado para a secagem de sementes, esse método pode ser utilizado, desde que observadas algumas precauções. VILLELA & PESKE (1997) sugerem a elevação da velocidade do fluxo das sementes permitindo o aumento do número de passagens pela câmara de secagem, reduzindo, dessa forma, o tempo de exposição ao ar aquecido e mantendo a temperatura da massa de sementes em níveis não prejudiciais para manutenção de sua qualidade. Uma outra alternativa que vem sendo avaliada é a utilização do método contínuo adaptado para secagem de sementes. O mesmo consiste na utilização de secadores que apresentam, no mínimo, duas câmaras de secagem. MOTTA (1997), avaliando o método para secagem de sementes de arroz, indicou que temperaturas do ar máximas de 60°C e 50°C , respectivamente nas câmaras superior e inferior podem ser empregadas, obtendo-se lotes que apresentam elevada qualidade fisiológica. A secagem intermitente é caracterizada pela permanência das sementes em contato com o ar aquecido por períodos curtos, intercalados com períodos sem exposição ao fluxo de ar aquecido na câmara de equalização. O período de equalização possibilita a redistribuição da umidade no interior das sementes, reduzindo os gradientes hídrico e térmico (VILLELA & PESKE, 1997). Na secagem intermitente, o período de equalização permite aumentar a quantidade de água removida por unidade de tempo em relação à secagem contínua. Isso decorre do fato da velocidade de secagem, após a remoção da água superficial, ser determinada pela velocidade de transporte Revista Grãos Brasil - Maio / Junho 2022

da água, do interior para a superfície das sementes. Esse sistema ainda pode ser classificado, de acordo com a razão entre o período de exposição das sementes ao ar aquecido e o período de equalização (relação de intermitência), em intermitente rápido e lento (BAUDET et al., 1999). No intermitente rápido, a relação de intermitência, em geral, é de 1:6, a 1:15, ou seja, para cada período de exposição ao ar aquecido, é necessário um período de equalização 6 a 15 vezes maior. Por outro lado, no método intermitente lento, a razão de intermitência pode ser de 1:1 a 1:3, dependendo do modelo de secador (LUZ & PESKE, 1988; VILLELA & PESKE, 1997). A secagem intermitente de sementes permite a utilização de temperaturas elevadas do ar de secagem, sem contudo aumentar, excessivamente, a temperatura da massa de sementes devido ao período de equalização. Isso reduz os riscos de provocar danos térmicos, tornando-se mais eficiente que os outros sistemas, pois a quantidade de água extraída, por unidade de tempo, é maior (VILLELA, 1991; BAUDET et al., 1999). A secagem estacionária consiste em forçar o fluxo de ar através de uma camada de sementes, que permanece estática no interior do secador, normalmente, um silo com fundo falso perfurado; neste caso a secagem ocorre da base para o topo da camada de sementes ou em um silo, com tubo central perfurado, que permite a distribuição do fluxo de ar do centro para a periferia. A secagem estacionária ocorre em camadas, em função da formação da frente de secagem, que correspondem às regiões de intercâmbio de água entre as sementes e o ar. Na região anterior à frente de secagem, as sementes permanecem secas e a temperatura é maior e, na região posterior, tem-se sementes úmidas e baixa temperatura. Nesse método de secagem, a pressão estática ou, perda de pressão, refere-se à resistência imposta ao deslocamento do ar forçado ao atravessar a massa de sementes, como conseqüência de perdas de energia por fricção e turbulência. Depende da arquitetura dos dutos, do fluxo de ar, das características físicas da cobertura protetora das sementes, do volume e arquitetura dos espaços porosos e da uniformidade da massa de sementes (MORAES, 2000). 0 fluxo de ar deve ser de 4 a 20 m3/min/t, a umidade relativa não deve ser inferior a 40% e a temperatura do ar não deve ultrapassar 43°C (AGUIRRE & PESKE, 1992). De acordo com CAVARIANI (1996), a taxa de secagem expressa o percentual de água retirado das sementes em função do tempo e está relacionada com a movimentação da água, do interior para a superfície das sementes que, por sua vez, é dependente do genótipo, do estádio de maturação, do teor de água, da permeabilidade da camada protetora, da composição física do lote de sementes, da temperatura, da umidade relativa, do fluxo do ar e do método de


SEMENTES 37 secagem. A velocidade de secagem pode também ser função da composição química das sementes, e do método utilizado no processo. Resultados obtidos por BOUNOUS (1986), empregando o método intermitente lento, indicaram que as curvas de secagem de sementes de azevém anual são expressas linearmente e que a taxa de secagem, verificada nas temperaturas de 50 e 80°C, com fluxo de ar de 86m3/min/t, foram de 1,7 e 1,9 pontos percentuais por hora, respectivamente. Por outro lado, LUZ & PESKE (1988), utilizando o mesmo método de secagem em sementes de arroz, com teor de água inicial entre 20,7 e 17,2%, verificaram que a taxa de secagem à temperatura de 70°C foi constante de 1,8 pontos percentuais por hora. VILLELA & SILVA (1992) determinaram a curva de secagem para sementes de milho, utilizando secador intermitente com temperatura do ar de 80°C e concluíram que o teor de água decresceu linearmente com o tempo, na razão de 0,66 pontos percentuais por hora para teores de água entre 15,8 e 13,1%. Um outro método utilizado é a seca-aeração. Esse originalmente foi concebido para a secagem de grãos de milho, sendo posteriormente utilizado para sementes. A seca-aeração elimina o período de resfriamento no secador, transferindo as sementes ainda aque-

cidas para um silo, onde serão resfriadas com fluxos de ar de 0,3 a 1,0m3/min/t. Nesse tipo de secagem, o próprio calor armazenado nas sementes é utilizado para provocar a migração de umidade, reduzindo o tempo de secagem com fonte de calor externo, o que pode provocar uma redução da ordem de 20 a 40% de energia, e aumento da capacidade de secagem de 50 a 75%, quando comparado com a secagem de fluxo contínuo (DALPASQUALE et al., 1987). ZIMMER et al. (1992) indicaram que este método de secagem não afetou, de imediato, a qualidade fisiológica das sementes de arroz, enquanto, RODRIGUEZ (1988) indicou que o fluxo de ar deve ser no mínimo de 0,6m3/min/t, sendo que o fluxo de 0,3m3/ min/t provocou deterioração das sementes, após 120 dias de armazenamento. A secagem com ar ambiente forçado é um método simples, porém, somente viável em regiões ou épocas de clima seco quando as condições de umidade relativa do ar são inferiores àquelas em que as sementes alcançam o equilíbrio, ou seja, 70 e 75%. Se esse sistema for devidamente projetado e manejado, poderá tornar-se econômica e tecnicamente eficiente, uma vez que possibilita a obtenção de um produto seco e de alta qualidade (QUEIROZ & PEREIRA, 1982). Em geral, a secagem com ar ambiente forçado propicia melhor qualidade de sementes. No entan-

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38 SEMENTES to, na tomada de decisão, o produtor deve fazer uma análise criteriosa dos custos, pois se trata de um processo lento que requer 4 a 8 semanas, é limitado à umidade inicial de 22 a 24 % e a secagem e o armazenamento ocorrem no mesmo silo, minimizando a manipulação de sementes. Danos térmicos Durante o processo de secagem, as sementes sofrem mudanças físicas, provocadas por gradientes de temperatura e umidade, que ocasionam expansão, contração e alterações na densidade e porosidade. O processo de secagem não aumenta o percentual de sementes quebradas, mas pode provocar fissuras internas ou superficiais, tornando as sementes mais suscetíveis à quebra durante o beneficiamento (VILLELA, 1991). Segundo CAVARIANI (1996), a causa primária do dano produzido por altas temperaturas em tecidos vegetais é a desintegração das membranas celulares, possivelmente, por alterações nos lipídios que as constituem. Também é aceita a teoria de que a temperatura excessivamente alta pode provocar, entre outras alterações, a desnaturação de proteínas. Os danos fisiológicos provocados pela secagem podem se refletir em alterações nos sistemas subcelulares, incluindo cromossomas e mitocôndrias, na redução do número de grãos de amido no eixo embrionário, em aumentos de lixiviação de eletrólitos e açúcares e de produção de pigmentos carotenóides, redução de permeabilidade de membranas celulares e taxa respiratória. A sensibilidade fisiológica ao dano térmico é função da espécie, genótipo, teor de água, temperatura, tempo de exposição e velocidade de secagem. Estes danos podem gerar fissuras, capazes de tornar as sementes facilmente quebradiças nas operações de beneficiamento, além de interferir nos mecanismos de trocas hídricas e gasosas e aumentar a predisposição ao ataque de insetos e microorganismos (SOAVE & MORAES, 1987; MOTTA, 1997). A manifestação do dano térmico pode ser verificada através da análise de germinação, pela presença de plântulas anormais, redução na porcentagem

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e velocidade de germinação, pela análise de fissuras internas, principalmente em arroz, ou superficiais em milho (HARRINGTON, 1972; NELLIST & HUGHES, 1973). Os danos térmicos podem não manifestar efeitos imediatos na germinação, contudo, após um período de armazenamento, o vigor das sementes pode sofrer reduções consideráveis (POPINIGIS, 1985). Considerações Finais Pelo exposto e, tendo em vista a importância da secagem de sementes, devem-se buscar métodos alternativos de secagem, como por exemplo, a combinação dos métodos discutidos, substituição de combustíveis na busca de menor preço e baixa degradação ambiental e melhorias nos sistemas atuais no que diz respeito ao rendimento térmico, buscando reduzir os custos de secagem com aumento da eficiência energética do processo e preservação dos recursos do meio ambiente. A secagem de sementes é um tema complexo e, na maioria das vezes, as instalações disponíveis são as possíveis e não as ideais. Além disso, em muitos casos, os sistemas de secagem são obrigados a operar fora do seu regime normal para que a unidade de beneficiamento de sementes, como um todo, possa maximizar sua performance. Assim, torna-se importante que os operadores tenham consciência das condições de secagem que conseguem proporcionar às sementes, buscando minimizar ao máximo as inevitáveis e irreversíveis perdas que ocorrem a partir do momento que as sementes atingem sua máxima qualidade fisiológica.


UTILÍSSIMAS 39 Visita a Don Pollo

Recentemente teve a oportunidade de retornar à Amazônia Peruana depois de 30 anos. É interessante ver o grande desenvolvimento da região, uma verdadeira transformação sócio-comercial e produtiva. A produção de grãos e sua transformação em carne (frango) apresenta uma força significativa, mas ainda é necessário importar milho desde Argentina e USA. Abrindo um parêntesis, notamos que igual que em outros países da América Latina, o milho argentino está melhor conceituado, devido a sua qualidade e a que se comercializa a colheita do ano. Voltando a nossa especialidade, é um verdadeiro desafio para o manejo de grãos pós colheita. As elevadas temperaturas e umidades relativa ao longo de todo o ano, faz que insetos e fungos e múltiplos fatores afetem a conservação e por tanto a preservação das aptitudes originais dos grãos. Sem dúvidas é necessário adaptar a tecnologia de pós colheita tradicional para dar resposta às condições extremas da selva. Agradecemos o convite de Don Pollo para conhecer e ajudar a aperfeiçoar as práticas de manejo.

Josef, Gladys y Álvaro de Don Pollo 2022

Sistema OCB Conecta o Cooperativismo no Brasil e no Mundo

A entidade tem ampliado ano a ano sua atuação, fortalecendo o cooperativismo brasileiro em todas as suas vertentes e ampliando a conexão com representações globais do mundo coop. A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) tem no cerne de sua atuação promover um ambiente favorável para o desenvolvimento das cooperativas brasileiras, por meio da representação políticoinstitucional. Nascida em 1969, a partir da substituição e união da ABCOOP e Unasco, a entidade tem ampliado ano a ano sua atuação, fortalecendo o cooperativismo brasileiro em todas as suas vertentes e ampliando a conexão com representações globais do mundo coop. A OCB é entidade patronal do Prêmio Quem é Quem: Maiores e Melhores Cooperativas Brasileiras de Aves e Suínos, criado pelas revistas Avicultura Industrial e Suinocultura Industrial, publicações da Gessulli Agribusiness. A premiação reforça o importante papel desempenhado pelas cooperativas brasileiras para o fortalecimento do agronegócio, levando renda e tecnologia para o campo, ao mesmo tempo em que beneficia todas as comunidades conectadas a sua região de atuação. Na cerimônia de premiação do Quem é Quem, realizada na abertura oficial da AveSui América Latina, no dia 26 de abril, a OCB esteve representado por José Roberto Ricken, presidente da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar).

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40 UTILÍSSIMAS que também recebeu destaque na publicação. “Havia um desejo da Abitrigo em apoiar os moinhos com informações sobre monitoramento e laboratórios autorizados para a realização deste tipo de análise”. A expectativa com a atualização da Cartilha do Agricultor é unir a cadeia produtiva em prol da qualidade da farinha. “Esperamos que o agricultor utilize apenas os defensivos agrícolas permitidos para a cultura do trigo em quantidade suficiente para atender a legislação e não ultrapassar o LMR permitido. Dessa forma, os moinhos brasileiros estarão menos suscetíveis às ações de monitoramento da Vigilância Sanitária e, sobretudo, toda a cadeia de produção da farinha de trigo estará unida para oferecer produtos de qualidade e que não ofereçam risco à saúde da população”, finaliza Barbosa.

Abitrigo atualiza Cartilha do Agricultor para o uso de defensivos agrícolas no plantio de trigo

Com o objetivo de unir a cadeia produtiva da farinha de trigo para oferecer produtos de qualidade à população, a Associação Brasileira da Indústria do Trigo - Abitrigo atualizou a Cartilha do Agricultor, publicação que está em sua segunda edição e que orienta sobre o uso substâncias agroquímicas na cultura do trigo. A atualização inclui informações sobre os princípios ativos autorizados para o uso em trigo, o conceito sobre análise de risco, orientações gerais do monitoramento realizado pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e os laboratórios que realizam análise de resíduo de agrotóxicos em trigo no Brasil e na Argentina. “Estamos atentos às movimentações referentes ao uso de defensivos agrícolas na cultura do trigo e seguimos com a missão de apoiar e dar suporte a agricultores, moinhos e à indústria como um todo”, explica o Presidente-executivo da Abitrigo Rubens Barbosa. A cartilha atualizada traz uma nova tabela de princípios ativos autorizados para uso em trigo, com seu LMR e fase da cultura em que deve ser aplicado. “Dados como esse são dinâmicos e podem sofrer alterações, como exclusão de algum agrotóxico permitido ou inclusão de outros que anteriormente não constavam na lista”, de acordo com Denise Resende Supervisora Técnica da Cartilha do Agricultor. Rubens Barbosa reforça, ainda, a questão da análise dos defensivos em trigo ou farinha de trigo, Revista Grãos Brasil - Maio / Junho 2022

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Apresentamos a última edição de nossa primairmã a revista Granos (em espanhol). Entre outros temas, são apresentadas informações sobre: Distribuição e Retenção de Dióxido de Carbono em Armazéns de Navios Tratados Durante a Viagem; Cryptophagidae; Argentina - Inaugurada a Usina Pós-Colheita. Única na América latina; Covid-19 e seu impacto na escassez global de contêineres marítimo; Controle de Insetos com Fosfina em Mercadorias Armazenadas em sacos plásticos; A Procer pode ajudá-lo a reduzir o consumo de energia Unidade de Armazenamento de Grãos; Controle Integrado de Pragas em grãos armazenados; Kepler Weber Inovação e Qualidade para Pós-Colheita de América Latina; Uma guerra de oportunidades e muito mais. As melhores empresas do Brasil, Turquia e de outras partes do mundo participam desta publicação, com mais de 26 anos e chega a todos os países de língua espanhola. Interessados em fazer assinatura gratuita da revista digital ou fazer publicidade contatar: consulgran@gmail. com




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