DEMO
INCLÚE
C
EN
S
LI
PROXECTO DIXITAL ZA 12 MES
E
3
ESO
LINGUA GALEGA E LITERATURA Celia Díaz Núñez Miriam González Iglesias
n
ió c a
r e p
O u
o d n
m
Índice Os saberes básicos do curso DESAFÍOS QUE DEIXAN PEGADA
DESAFÍOS QUE DEIXAN PEGADA
Coñecerse para convivir mellor .............................................................................. 148
Radio «Grafía» ................................................................................................................................... 148
1 Na procura dos soños
4 Diáspora
.............................................. 12
1. Comunicación..................................................................................................................... 38 Lectura e comprensión: Corredora, María Reimóndez Léxico: Os deportes. Os xentilicios Estudo dos textos: O texto e as súas propiedades Obradoiro de comunicación: A exposición oral 2. Estudo da lingua............................................................................................................. 38 Ortografía: A acentuación Gramática: As unidades lingüísticas Lingua e sociedade: O nacemento da lingua galego-portuguesa medieval 3. Literatura: A literatura galego-portuguesa medieval. A cantiga de amor e a cantiga de amigo................................. 38 Comentario de texto. Obradoiro literario Aplica o que aprendiches........................................................................................... 78
2 Romper barreiras
.......................................................... 36
1. Comunicación..................................................................................................................... 38 Lectura e comprensión: Os corpos invisibles, Enma Pedreira Léxico: A cidade. Os termos contrarios Estudo dos textos: O texto narrativo Obradoiro de comunicación: O monólogo 2. Estudo da lingua............................................................................................................. 38 Ortografía: O acento diacrítico e a diérese Gramática: A palabra Lingua e sociedade: O galego, lingua románica 3. Literatura: A cantiga de escarnio e os xéneros menores....................................................................................................................................... 38 Comentario de texto. Obradoiro literario Aplica o que aprendiches........................................................................................... 78
3 SOS infancia
.............................................................................. 58
1. Comunicación..................................................................................................................... 38 Lectura e comprensión: A nena do abrigo de astracán, Xabier P. DoCampo Léxico: A cidade. Os antropónimos Estudo dos textos: O texto descritivo Obradoiro de comunicación: O vídeo-titorial 2. Estudo da lingua............................................................................................................. 38 Ortografía: Os signos de puntuación (I) Gramática: O substantivo Lingua e sociedade: As linguas da península Ibérica 3. Literatura: Lírica relixiosa e prosa medieval......................... 38 Comentario de texto. Obradoiro literario Aplica o que aprendiches........................................................................................... 78 Portafolio ................................................................................................................................................... 146
. . ........................................................................................... 84
1. Comunicación..................................................................................................................... 38 Lectura e comprensión: Memoria do silencio, Eva Mejuto Léxico: Medos e arrepíos. O dicionario Estudo dos textos: O texto dialogado Obradoiro de comunicación: O podcast 2. Estudo da lingua............................................................................................................. 38 Ortografía: Os signos de puntuación (II) Gramática: O adxectivo Lingua e sociedade: O galego medio 3. Literatura: A literatura dos séculos XV-XVIII. Século XIX: Prerrexurdimento e Rexurdimento...................................... 38 Comentario de texto. Obradoiro literario Aplica o que aprendiches........................................................................................... 78
5 Amigos incondicionais
......................................
106
1. Comunicación..................................................................................................................... 38 Lectura e comprensión: «Animais que curan» Léxico: Os animais. Os campos semánticos Estudo dos textos: O texto expositivo Obradoiro de comunicación: O vídeo expositivo 2. Estudo da lingua............................................................................................................. 38 Ortografía: O uso da maiúscula e da minúscula Gramática: Os determinantes Lingua e sociedade: A lusofonía 3. Literatura: Rosalía de Castro........................................................................ 38 Comentario de texto. Obradoiro literario Aplica o que aprendiches........................................................................................... 78
6 Igualdade de xénero
.............................................. 126
1. Comunicación..................................................................................................................... 38 Lectura e comprensión: «Nenas: pola igualdade e contra a discriminación» Léxico: A saúde e as doenzas. Os neoloxismos Estudo dos textos: O texto argumentativo Obradoiro de comunicación: As redes sociais 2. Estudo da lingua............................................................................................................. 38 Ortografía: Palabras con h e palabras con b e v Gramática: O pronome Lingua e sociedade: As variedades do galego 3. Literatura: Curros Enríquez............................................................................ 38 Comentario de texto. Obradoiro literario Aplica o que aprendiches........................................................................................... 78 Portafolio ................................................................................................................................................... 146
DESAFÍOS QUE DEIXAN PEGADA
Arboredo da poesía .................................................................................................................. 148
7 Luces... Cámara... Acción!
............................. 150
1. Comunicación..................................................................................................................... 38 Lectura e comprensión: «María Mera» Léxico: O cine. Os préstamos Estudo dos textos: O texto xornalístico Obradoiro de comunicación: A entrevista 2. Estudo da lingua............................................................................................................. 38 Ortografía: Palabras con s e x Gramática: O verbo (I) Lingua e sociedade: A lingua estándar e os desvíos 3. Literatura: Eduardo Pondal............................................................................ 38 Comentario de texto. Obradoiro literario Aplica o que aprendiches........................................................................................... 78
8 Especies invasoras
...................................................
174
1. Comunicación..................................................................................................................... 38 Lectura e comprensión: «Ameaza amarela» Comprensión do texto Léxico: A paisaxe natural. Os cambios semánticos Estudo dos textos: A reportaxe Obradoiro de comunicación: A reportaxe 2. Estudo da lingua............................................................................................................. 38 Ortografía: Palabras con l, ll e ñ. Uso de porque e por que; conque e con que. Gramática: Os adverbios, as preposicións e as conxuncións Lingua e sociedade: Rachando prexuízos lingüísticos 3. Literatura: A narrativa do século XIX.............................................. 38 Comentario de texto. Obradoiro literario Aplica o que aprendiches........................................................................................... 78
9 Filtrando a publicidade
.................................. 196
1. Comunicación..................................................................................................................... 38 Lectura e comprensión: «Publicidade e roles de xénero» Léxico: A publicidade. Estudo dos textos: O texto publicitario Obradoiro de comunicación: o anuncio publicitario 2. Estudo da lingua............................................................................................................. 38 Ortografía: Os grupos consonánticos Gramática: A sintaxe Lingua e sociedade: O plurilingüísmo e a normalización lingüística 3. Literatura: A narrativa do século XIX.............................................. 38 Comentario de texto. Obradoiro literario Aplica o que aprendiches........................................................................................... 78 Porfolio ..........................................................................................................................................................218
Anexos ORTOGRAFÍA 1. Prefixos e sufixos 2. A acentuación 3. O uso de maiúsculas 4. Os determinantes 5. 5.Os pronomes 6. O verbo 7. Os signos de puntuación CONXUGACIÓNS VERBAIS
1 Na procura dos soños
Acadar os soños ou os obxectivos que nos marcamos non resulta doado, require constancia e moito esforzo para non renderse ante os primeiros atrancos. Nalgúns ámbitos hai que enfrontarse ademais a prexuízos por causa da cor da pel ou do sexo. Así sucede en ocasións na práctica deportiva. Mais o deporte é tamén unha ferramenta de transformación que axuda a superar dificultades e limitacións e que se converte en fonte de empoderamento e de realización persoal.
E ti que opinas? DEPORTE E SUPERACIÓN
Que vantaxes ten a práctica habitual dalgún deporte?
Cal é o teu deporte favorito? Por que?
4
Que valores transmite a práctica deportiva?
Coñeces deportistas que triunfasen malia a súa orixe?
Existe plena igualdade no mundo do deporte?
Coñeces deportistas que triunfasen malia algunha discapacidade física ou intelectual?
Consideras que as mulleres teñen igualdade de oportunidades no deporte?
Que vas atopar nesta unidade? 1 Comunicación Nesta unidade lerás un fragmento da novela Corredora, inspirada na atleta etíope Tiki Gelana. Unha historia de superación, común a moitas nenas e mulleres dese país. Tamén coñecerás vocabulario do deporte e aprenderás sobre os topónimos e os xentilicios. A continuación, estudaremos os textos e as súas clases. Tamén che propoñemos que escoites e que fales, porque a competencia oral é prioritaria para o dominio dunha lingua.
2
E studo da lingua
Fonemas, monemas, palabras, oracións... conforman o tecido da lingua, as ferramentas que nos permiten comunicarnos. Sabes cantos fonemas temos en galego? Repasaremos as regras de acentuación e coñeceremos cal era a situación da lingua galega na Idade Media: monolingüismo e esplendor literario sintetizan este período.
3
L iteratura
Martín Codax, Pero Meogo, don Denís... son algúns dos autores das máis fermosas cantigas medievais, que demostran a calidade e a importancia da nosa lingua na Idade Media. Animádesvos a imitar a estes autores creando os vosos propios textos?
5
1
Comunicación
Corredora
Lectura
O día que Genet por fin subira ao monte Entoto, súa mai aínda andaba tecendo nos gabis para a inscrición nunha daquelas competicións. Fora por fin un domingo ás 5.00 da mañá, se ben ela xa viñera correndo dende a casa, uns quilómetros a maiores. 5 Ao chegar ao cumio a sensación de vitoria invádelle os poros coa recompen-
sa dun espazo tranquilo e vivo, unha especie de regreso á orixe alá mesmo, a carón da cidade. Que vas ler? Despois de duras xornadas de adestramento, Genet disponse a participar na súa primeira competición importante: dez quilómetros de carreira polas avenidas de Addis Abeba.
—Genet, fixeches un tempo estupendo —a rapaza sorrí sen poder evitalo—. Creo que axiña te imos ver facendo algo na Great Ethiopian Run! —Adebe 10 marcha a falar coas demais mozas. —Como corres! —dixéralle Meseret xa arriba. Notábase que viña de boa familia. Dicíao o seu pelo de fermoso peiteado, as shurubba finas e recendentes a boa graxa. Dicíao tamén a súa roupa e sobre todo dicíano as súas zapatillas, que Genet observaba con aberto 15 abraio. Eran simplemente supremas. —Fago o que podo —contestara por fin. —Pois xa nos prepararemos o día que fagas o que non podes! —Meseret ri e achégase a Adebe que está contando coma sempre historias de atletas, expli20 cándolles o orgullo de proceder dunha estirpe de corredoras e animándoas a dar todo de si, a ser elas tamén un orgullo para o seu país. Genet simplemente suspirou. A ela gustábanlle moito aquelas historias, mais non sabía se ela sería un orgullo para o seu país, o que si sabía era que nada podía substituír a sensación de correr. Libre. Coma o vento. Sen cancelas. Só ela, a terra, o aire e o seu corpo. Ata onde calquera deses catro elementos dese de si. 25 Había uns anos que o campión Haile Gebrselassie comezara a organizar a
Great Ethiopian Run. Adebe por fin decidira que era hora de competir nos dez quilómetros e ademais na categoría que lle correspondía, a de mulleres. Genet non daba acougado. Levaba máis dun ano adestrando, memorizando o percorrido, sentindo a tensión invadirlle o corpo. […] Adebe explicáralles todo con detalle: o procedemento, a saída, os puntos de distancia e de avituallamento. Sabía que ían correr a medalla de prata dos xogos olímpicos, Ejagayehou Dibaba e outras estrelas do campo a través. Mais a ela tanto lle tiña. Sentíase incapaz de conter a enerxía que choutaba dun pé a outro. Cando viu chegar a Meseret coas súas zapatillas na man mirouna contrariada. Mais acto seguido dirixiu a vista aos seus pés e non ía descalza, 35 levaba outros tenis diferentes. Genet ía correr cos zapatos de goma que eran os únicos que tiña, non houbera nese día quen lle emprestase outro calzado, todo o mundo que corría ía estar hoxe nas rúas. 30
—Toma —dixo Meseret estendendo a man—. Creo que che gustan e son do teu número, non? —e sorriu antes de achegarse a Adebe, que as estaba 6
U 1
40 agardando para dar o último repaso ás contas antes de saír. Genet non daba
pechado a boca. Fíxoo só para poder poñer as zapatillas e achegarse ao grupo disposta máis que nunca a dar todo o que puidese de si. Cando dan a saída Genet vese no medio dunha masa inxente de persoas. Nunca correra no medio de tanta xente e ao primeiro resúltalle molesto e des45 concertante. Tanto ruído, tanta música, tantos brazos e pernas non a deixaban escoitar o latexo do seu corazón e o ritmo da súa respiración. Ata que pasados os primeiros minutos decidiu pechar todo aquilo e imaxinar que corre pola montaña para levarlle auga a súa mai, ou de noite pola silandeira Bole Road ata o aeroporto. Precisaba prestar atención ao percorrido, a xente paraba en 50 calquera lugar, despistábase. Había quen ía máis de festa ca a correr. Mais ela tomábao en serio e sabía que non sería a única. Así que mantivo o ritmo, sen beber máis ca o indicado por Adebe, pousando os ollos nos indicadores de distancia para saber onde dosificar e onde apertar. Ata saber que quedaba só un quilómetro. Sóuboo porque a medida que ía avanzando a xente cada vez era menos. Sóuboo porque sentiu no corpo o lume que a tiña que levar máis rápido. Toda a carreira dúas mulleres foran diante, alternando a cabeza. Agora era o momento de deixalas atrás. Así que Genet colleu os folgos que lle quedaban e saíu do ritmo marcado que a puxera detrás delas durante os nove quilómetros anteriores. «Agora ou nunca», pensou. E as súas pernas responderon.
Vocabulario Gabi: tecido tradicional etíope. Shurubba: peiteado tradicional africano formado por trenzas moi finas pegadas á raíz do pelo.
No último quilómetro esprintou alancando coma unha enxurrada de auga sen control ata deixar atrás, saberíao despois, a Teyiba Erkesso, medalla de prata de campo a través, e á gañadora africana dos 5.000 metros, Eyusalem Kuma. Acababa de marcar un novo récord para a carreira, 34:18. Mais a ela iso tanto lle tiña, igual que tanto lle tiña a retirada da olímpica no último minuto e que todo o mundo lle pedise que repetise o seu nome «descoñecido». Na súa cabeza só tiña espazo para as palabras de Adebe: —A vida vaiche cambiar. E o seu orgullo contaxioso. María Reimóndez, Corredora. Edicións Xerais
7
1
Comunicación Comprensión do texto Comprensión 1 Le con atención a lectura e responde as seguintes preguntas: • En que país ten lugar a carreira? • Cando? • Cantos quilómetros ten o percorrido? • Que marca acadou Genet?
Extrae información 2 Genet e súa nai soportan unha difícil situación económica. De que medios se valen para conseguir os cartos necesarios para o seu sustento e para que Genet poida participar nas carreiras?
3 As diferenzas sociais e económicas entre Meseret e Genet son evidentes a simple vista. En que aspectos se perciben?
4 Para Genet correr é unha actividade cotiá da súa vida de nena pobre. Localiza no texto as referencias sobre o tema.
5 Na carreira participan tres atletas de gran nivel. Localiza a información e completa o cadro no caderno. Atletas
Recoñecemento
Ejagayehou Dibaba
6 Que argumento usa Adebe, o adestrador, para motivar as atletas? Consegue o seu obxectivo?
7 Genet ten tamén outras razóns para correr. Cales? Reflexiona sobre a lingua 8 Localiza no inicio do texto palabras sinónimas das seguintes: cume
premio
encontro deportivo
9 Identifica o tempo e o modo das formas verbais desta oración: «Pois xa nos prepararemos o día que fagas o que non podes».
10 Define coas túas palabras os seguintes substantivos: abraio Ten en conta Como definir un substantivo? Para definir un substantivo hai que empregar outro substantivo que identifique a realidade á que este se refire (persoa, animal, instrumento, ave, peza de vestir, alimento...). A continuación, descríbense as súas características, a función etc.
8
cancelas
avituallamento
Interpreta e analiza 11 Que quere dicir Adebe co «orgullo de proceder dunha estirpe de corredoras»?
12 Malia as duras circunstancias persoais e económicas ás que se enfronta, Genet ten a fortuna de contar co apoio de varias persoas: a nai, Adebe e Meseret. Explica a contribución de cada unha.
13 «A vida vaiche cambiar», di Adebe. Que cres que quere dicir o adestrador con estas palabras?
U 1
Valora e relaciona co teu mundo 14 MUDEGA é a asociación de «Mulleres deportistas galegas». Entra na súa web http://mudega.net e responde as seguintes cuestións: • Que obxectivos perseguen? • Para que se realizan as galas? Que outras accións levan a cabo? • Investiga. Durante unha semana consulta a prensa, mira a televisión, pescuda nos portais dixitais para ver cal é a presenza do deporte feminino nos medios de comunicación.
15 Canto sabedes de deporte feminino galego? En que deporte destaca Vero Boquete? En que especialidade compite Ana Peleteiro? En cantos Xogos Olímpicos participou Teresa Portela? Cal é o cume máis alto escalado por Chus Lago? Coñeces algunha deportista que practique halterofilia? E esgrima? • Preparade unha exposición sobre deportistas galegas para dalas a coñecer ao resto do instituto?
16
O deporte pode ser unha ferramenta de superación persoal. É o caso dos deportistas e das deportistas paralímpicas que derruban as barreiras das súas discapacidades físicas ou intelectuais. • Buscade información acerca dos logros deportivos das seguintes persoas: Teresa Peralta
Isidre Esteve
David Mouriz
Sarai Gascón
Susana Rodríguez
Eva Moral
Agustín Alejos
Sara Andrés
• Buscade na rede información sobre outras persoas como estas.
17 Como vimos, Genet inspírase na traxectoria profesional de Tiki Gelana. Procura información en Internet sobre esta atleta. • Anota algún dato interesante da súa biografía. • Anota os logros deportivos acadados.
18 Non sempre gañan medallas os deportistas que dispoñen de máis e mellores medios para competir. • Busca información sobre a atleta mexicana Lorena Ramírez, pertencente á etnia rarámuri, que significa «pés lixeiros». • Resume as súas circunstancias persoais. • Que coincidencias observas coa protagonista de Corredora? • Podes buscar e ver en Internet a curtametraxe documental «Lorena, a dos pés lixeiros».
Escribe 19 Malia as diferenzas xeográficas e biográficas entre Tiki Gelana (Etiopía, 1987) e Lorena Ramírez (México, 1995), as coincidencias entre ambas as dúas son máis importantes. • Escribe a carta que unha delas dirixe á outra dándolle os parabéns polos éxitos deportivos acadados.
9
1
Comunicación Léxico
Os deportes ACTIVIDADES
1 Define coas túas palabras os seguintes substantivos da lectura: cronómetro – atleta – adestramento competición – avituallamento • Confronta coa definición do dicionario.
2 Completa no caderno estas oracións con palabras da familia léxica de adestrar: – O … convocounos ás seis da tarde para preparar o campionato. – Para subir ao podio tes que … moitas horas. – Hoxe temos … desde as seis ata as oito.
3 Selecciona as sílabas precisas e escribe a palabra que corresponde a estas definicións: SE-MAR-ME-PO-BAN-CA-XA-CA-A-DIO-NASCA-DA-DA-VE-TRA-LLA-LI-REI-RO-NA a) P ersoa que sente unha gran afección por un determinado equipo.
f) A ro metálico suxeito horizontalmente a un taboleiro vertical, provisto dunha rede co fondo aberto pola que hai que pasar o balón para conseguir puntos en baloncesto. g) I nstrumento cilíndrico, longo, fino e rematado en punta, que se lanza en atletismo.
4 Clasifica estas palabras no campo semántico que corresponda: meta voante, braza, raqueta, pértega, aleta, pelotón, gorro, xavelina, revés, mate, martelo, contrarreloxo, casco, salto, marcha, pedal, trampolín.
atletismo
ciclismo
tenis
natación
5 No deporte abundan os estranxeirismos, especialmente os anglicismos. Relaciona as palabras da esquerda coas equivalentes galegas da dereita. doping ·
· corredor/a
b) R esultado que serve de referencia a outros deportistas ao querer superalo.
ranking ·
· patrocinador/a
c) C hapa de metal gravada que se entrega como premio.
footing ·
d) T arima á que soben os deportistas que triunfan nunha competición.
sprinter ·
· velocista
sponsor ·
· dopaxe
e) F ileira de asentos dun estadio, circo etc., desde os que se presencia un espectáculo.
record · skater ·
runner ·
· marca · andaina · patinador/a
· clasificación
Os topónimos Os topónimos son os nomes propios de lugar. Do seu estudo ocúpase a toponimia.
Clasificación dos topónimos
• Segundo
a súa orixe, a maioría proceden do latín (Fisterra, Pontevedra, Vigo...), mais outros son de procedencia prerromana (Betanzos, A Coruña...), xermánica (Allariz, A Gudiña...) e árabe (Rábade, A Mezquita...).
• Segundo
o seu significado, diferenciamos aqueles que se refiren a: características xeográficas dun lugar (Montouto), ríos e augas (Ribadavia), vexetación (Carballo), fauna (Oseira), núcleos de poboación (Vilar), santos (Santo Estevo), construcións (A Ponte), apelidos ou nomes de persoa (Caspedro)...
10
U 1
Os xentilicios Os xentilicios son os adxectivos que expresan o lugar de orixe ou nacionalidade dunha persoa. Exemplo: Vigo (vigués, viguesa). Os sufixos máis empregados son: -án/-á: compostelán/compostelá. -ao /-á: masidao/masidá. -és/-esa: pontevedrés/pontevedresa. -eiro/eira: rianxeiro/rianxeira. -ense: lucense.
Tamén, aínda que con menor frecuencia: -ego/-ega: limego/limega. -ino/-ina: monfortino/monfortina.
ACTIVIDADES
6 Localiza no texto da lectura inicial topónimos e antropónimos (nomes de persoa). Tamén un xentilicio.
7 Xeroglíficos. Identifica os topónimos que se agochan nestes xeroglíficos:
10
Oíches? Consulta na páxina https://toponimia. xunta.gal a sección «Detrás do nome» e visualiza algúns vídeos sobre a orixe dalgúns topónimos galegos.
11 Clasifica os seguintes topónimos segundo o seu significado. • Completa o cadro no caderno. Outeiro
Ribas de Sil
Xestoso Piñeiral
Vilanova
Pontevedra Freixeiro
Ortigueira
Santa Comba
Pazos
Ribadeo A Ermida
Sanxenxo Caspedro
Casal
Montouto
Características físicas do lugar Ríos e auga Vexetación Fauna Núcleos de poboación Construcións
8
Oíches. Escoita a explicación sobre topónimos e xentilicios no #DígochoEu:
Vías de comunicación
a) « Aprende en 1 minuto os xentilicios máis conflitivos.»
Nomes de persoa
b) « Aprende os países europeos co Festival do Dígochovisión.» • Anota os xentilicios correspondentes.
9 Busca na web da Xunta de Galicia o Nomenclátor e localiza nel a toponimia do teu concello ou bisbarra.
Santos, mosteiros
12 Escribe os xentilicios masculino e feminino que corresponden aos seguintes topónimos: Castro Caldelas
A Estrada
Quiroga
Vilalba
Mondoñedo
O Páramo
O Courel
Tui
Caldas de Reis
Betanzos
Melide
Maside
11
1
Comunicación Estudo dos textos
O texto e as súas propiedades O texto é a unidade superior de comunicación que expresa unha mensaxe completa. No seu interior poden incluírse outras unidades menores: capítulos, apartados, parágrafos, oracións etc. todas elas relacionadas entre si para conseguir un sentido completo.
Propiedades textuais Para que un texto sexa comprensible e teña sentido, debe cumprir as seguintes propiedades:
• Adecuación á situación na que se produce a comunicación. • Coherencia, ou apropiada selección e organización da información
que
transmite.
• Cohesión entre as diferentes partes e elementos que o forman. A estas propiedades hai que engadir, ademais, a corrección (ortográfica, léxica e gramatical).
A adecuación Un texto é adecuado cando ten en conta as circunstancias nas que se produce.
• Os/as participantes (quen fala?, a quen se dirixe?) e a relación entre eles (rexistro formal / rexistro informal).
•A
situación concreta na que se produce: onde falan? (lugar), por que? (finalidade).
• A intención comunicativa: informar, convencer, entreter... ACTIVIDADES
1 Le o texto e responde as preguntas: Estrela de mar Son animais con forma de estrela ou de pentágono. Carecen de cabeza e de tronco. O corpo está formado por un disco central rodeado por un número de brazos que varía entre 5 e 45. Os órganos internos, brancos e delicados, están protexidos por un esqueleto externo formado por duras placas calcarias. A boca está no centro da cara inferior e o ano no centro da cara superior. Cada ano liberan millóns de ovos que deixan á deriva no mar. A maioría deles son comidos por outros animais. Só uns poucos eclosionarán e chegarán a ser adultos. [...] A estrela de mar ten un gran poder de rexeneración. Pode facer crecer un brazo perdido e, algunhas veces, chega a rexenerarse enteiramente a partir dun brazo que conserve parte dos órganos centrais. Xulio Gutiérrez, Bocas. Animais extraordinarios
a) E n cantas partes se divide? Cal é a idea que se recolle en cada unha? Ponlle un título a cada parágrafo que recolla o seu contido. b) O primeiro parágrafo consta de cinco oracións. Reescríbeo cambiando a organización pero sen modificar o contido.
2 Imaxina que mañá non podes acudir á clase porque te encontras mal, porque che xurdiu unha viaxe imprevista... ou por calquera outra razón. Redacta dous textos informando desa circunstancia que se adapten a estas situacións comunicativas: a) Un correo electrónico para a túa titora. b) Un whatsapp para o grupo de clase ou para o teu mellor amigo/amiga. • Analiza as diferenzas entre eles e explica as razóns das escollas lingüísticas en cada caso.
3 Cal foi a última serie ou película que viches? Redacta un texto adecuado a estas situacións: a) Para contarlle aos amigos no patio. b) Para publicar na revista do teu centro. 12
U 1
A coherencia Ten en conta Un texto é coherente se a mensaxe que se transmite pode ser percibida polo receptor de maneira clara e sen ambigüidades. Para que isto suceda, a información debe ser:
• Clara, é dicir, exposta de maneira comprensible. • Ben organizada, é dicir, as ideas ben ordenadas segundo un propósito ou fin. Cómpre facer un esquema ou planificación previa, un borrador no caso dos textos escritos.
• Completa e suficiente, sen que queden lagoas no contido. • Pertinente, é dicir, que sexa necesaria, evitando os datos superfluos. • Sen contradicións entre as ideas ou enunciados. • Sen repeticións das ideas xa expostas.
Un parágrafo é a porción de texto comprendido entre dous puntos e á parte nun texto en prosa. As oracións incluídas nun parágrafo tratan todas do mesmo tema. Polo tanto, cando cambiamos de tema, cambiamos de parágrafo: poñemos punto e á parte e escribimos na liña seguinte.
Nos textos escritos, tamén hai que ter en conta:
• Os signos de puntuación, xa que facilitan a lectura. • A disposición en parágrafos ou unidades de sentido. ACTIVIDADES
4 Le atentamente este texto que corresponde a unha das versións existentes dunha composición humorística de autor descoñecido. • Localiza todas as incoherencias. • Continúa a historia, engadindo novos elementos absurdos e incongruentes. Era unha noite de sol, pero chovía. Unha rata morta nadaba nun charco sen auga. Achegueime á casa, prendín a porta e abrín a luz, colgueime da percha e deitei o abrigo. A media noite oín unha voz que me dicía: «Asómate á vergoña, cara de pouca ventá, dáme un vaso de sede, que teño auga». Vin un cego que lía un periódico atrasado e sen letras, á luz dun farol apagado. Tradución e adaptación
5
6 Identifica as incoherencias destas oracións: –A legrouse moito cando viu todos os agasallos enriba da mesa e comezou axiña a abrilos. Estaba desexando que chegase o día do seu aniversario. –É unha película moi cruenta, menos mal que non hai derramamento de sangue. –T res reclusos fugáronse do cárcere despois de forzar a pechadura dunha porta e saltar pola ventá. Os dous son expertos en fugas. –T iña moitas ganas de ter esa guitarra. Porén, compreina. –X a sei que che gustou moito a película. Que mágoa que non puideses vela! –M alia que os obreiros remataron a obra fora de prazo, a directora mostrou a súa alegría ante a desaparición dos bolígrafos. –S empre que nos erguemos cedo poñemos o pixama antes de almorzar.
Oíches. Escoita «Heiche de contar un conto de vinte e cinco mentiras» de Sonárbore (Galaxia) e toma nota das incoherencias.
7 As seguintes oracións resultan ambiguas. Reescrí-
• Confronta coa versión da web de Orella Pendella «Polo mar andan as lebres».
–U nha persoa falece por primeira vez a causa dun ciberataque.
• E coa versión musicada por Suso Vaamonde «As catro mentiras».
–A s zapatillas de muller con pelo que combinan con vaqueiros.
• Que diferenzas observas?
– O lobo miraba o año famento.
beas para que sexan coherentes.
13
1
Comunicación Estudo dos textos A cohesión A cohesión é a propiedade textual que permite que todos os elementos que forman un texto estean ben relacionados entre si. O texto está formado por palabras, frases, oracións, parágrafos e todos eles aparecen conectados mediante as formas gramaticais: pronomes, preposicións, conxuncións, sinónimos etc. Deste modo asegúrase que o texto está cohesionado e que se entende como algo unitario. Os principais procedementos para conseguir a cohesión son:
• A reiteración dunha mesma palabra ao longo do texto: Comprei un disco. O disco recompila cancións dos anos 90.
• A substitución dunha palabra por outras equivalentes para evitar a continua repetición: – Sinónimos: A rapaza gañou un premio. Foi o seu primeiro galardón. – Hiperónimos: Comprei un ramo de papoulas, a miña flor preferida. – Metáforas: Golpeou o balón e o esférico entrou ata o fondo da rede. – Pronomes: Vin a Ana no cine, mais ela non me viu. – Adverbios: Quedamos ás oito na praia? Alí estarei. –E lipses ou omisión de palabras ou expresións xa mencionadas anteriormente: Eu teño quince anos, Ana (ten) dezasete.
• O emprego de deícticos, é dicir, algúns pronomes, adverbios e determinantes que fan referencia ás persoas e ao contexto espacial e temporal: –P ersoa: pronomes persoais (ela, vós...), posesivos (meu, teu...). Ex. A rapaza pedaleaba e miraba con satisfacción a súa nova bicicleta. –T empo: Adverbios de tempo (hoxe, mañá...), tempos verbais (futuro, pasado...). Ex. Ana dixo onte que chegaría cedo. Lava ben os dentes despois de comer. –E spazo: Adverbios e determinantes de lugar (este, aquí / aquel, alí). Ex. Pon este dicionario aquí. Tráeme iso que está aí.
• O emprego de conectores textuais, é dicir, palabras que «conectan» bloques de oracións e indican a relación entre eles: Indican tempo e orde
Indican espazo
Engaden información
Explican ou exemplifican
Indican consecuencia
Contrastan co dito anteriormente
Un día, en primeiro lugar, antes, de alí a pouco, despois, por último...
Diante, arriba, á dereita, por riba, ao fondo…
Tamén, ademais, así mesmo, á parte, á súa vez…
É dicir, deste modo, isto é, por exemplo, noutras palabras…
Por iso, por esta razón, xa que logo, en consecuencia, polo tanto…
Porén, non obstante, pola contra, aínda así…
• Os signos de puntuación. Nos textos escritos permiten a correcta comprensión da mensaxe, tanto os que indican a entoación do texto, como os que separan as partes nas que este se divide (comas, puntos, puntos e á parte...).
14
U 1
ACTIVIDADES
8 Unha simple coma varía o significado da oración. Así o demostra a coñecida resposta que lle deu o oráculo de Delfos a un soldado que tiña que partir á guerra e quería coñecer o seu futuro: «Irás e volverás, nunca na guerra perecerás», interpretou o soldado. Mais nunca volveu pois o que o oráculo dixera foi: «Irás e volverás nunca, na guerra perecerás». Explica a diferenza de significado destas oracións: a) N on espero que veñas. / Non, espero que veñas. b) Luís dimite. / Luís, dimite. c) O s rapaces, tristes, volveron á casa. / Os rapaces tristes volveron á casa. d) E ste piso é perfecto. Mellor nin o soñe. / Este piso é perfecto. Mellor, nin o soñe. e) P rohibido fumar gas inflamable. / Prohibido fumar, gas inflamable.
9 Engade nesta receita os conectores textuais de orde.
TORTIÑAS DE ARANDOS
apta para peques a partir de Esta receita de tortiñas de arandos é eira de introducir cereais. Eu 6 meses e é ademais unha moi boa man moídos), mais podedes aprofíxenas con fariña de avea (flocos de avea e así ir probando. O resultado veitar para facelas con outros cereais saudábeis e rápidas de facer. son unhas tortiñas moi doces, nutritivas, E sobre todo para compartir en familia A Ingredientes para 6 mini tortiñas: - 2 plátanos maduros - 20 gramos de fariña de avea
10
En parellas, observade a repetición da palabra «estralote» ao longo do texto. Reescribídeo substituíndo ese termo por expresións equivalentes (sinónimos, hiperónimos), pronomes persoais, elipses…
D ig ita lis pu rp urea O estralote (Digitalis purpurea) é probablemente a planta con máis nomes en galego (supera os 60). Velaquí algúns dos nomes do estralote: abelloura, abrulla, estralos, estraloques, estoupallos, dedaleiras, croques, milcroques, herba da cobra, folla do sapo, herba de san Xoán… Algúns dos nomes do estralote teñen que ver co estourido que se provoca ao comprimir o extremo da flor ou campánula e premer para que faga «cloc». Existe a crenza de que o raposo calza os estralotes para entrar sixiloso nos galiñeiros. O estralot e é tóxico. O estralote usouse e úsase como medicamento para afec cións do corazón e para tratar trastornos dos ouriños, e especia lmente contra as mordeduras de víbora. Aínda así, o uso libre e sen control das follas do estralote é moi perigoso e pouco recomendab le, pois tamén é a responsable de numerosas mortes. Crese que o estralote escorrenta as bruxas e, en xeral, os males para que a casa e os seus ocupan tes non sufran meigallos. É por iso polo que se adoita poñer estr alotes nas portas, ventás e bura tos das casas na noite de san Xoá n (23 de xuño). Galicia encantada. Adaptación
- 20 gramos de arandos - un belisco de canela Preparación paso a paso
) a fariña de avea (moendo os flocos de avea os adim eng e o garf un do usan ano plát … facemos un puré co e mais a canela. Mesturamos ben. masa por tortiña. de aceite de oliva botamos 1 cullerada de … nunha tixola quente cunha culleradiña … colocamos os arandos. o lado. E listo! a volta, deixando que se cociñe polo outr … deixamos que se faga ben e dámoslle s. emos probar con framboesas ou amorodo pod én tam E a. mas na ente ctam dire r Os arandos tamén os podemos bota de-arandos-blw/ http://kukinhas.com/2019/07/tortinas-
15
Obradoiro de Comunicación Hai quen di que a lingua «ten bo curral» e que «da boca pechada non saen parvadas». Mais a nós o que nos interesa é «darlle á trécola» porque «o falar non ten cancelas». Non imos falar dos biosbardos nin botar a lingua a pacer, pero tampouco imos «ter lixos na lingua» nin «papas na boca». O que queremos é «falar alto e claro». Imos «falar os sete falares».
A EXPOSICIÓN ORAL 1
Oíches? «Contra os elementos» é un documental que pretende visibilizar o deporte feminino na provincia da Coruña. Busca o tráiler en Internet, visiónao e contesta estas preguntas: a) C al das deportistas comezou máis nova o seu adestramento? Que deporte practica? b) En que equipo comezou a xogar a futbolista? Cantos anos tiña? c) Con quen practicaba surf? d) A influencia familiar explica o deporte escollido por outra deportista. Que deporte practica? e) P asalo ben e facer o que lle gusta é a mellor motivación para unha atleta. Cal?
2
16
E ti que dis? Escolle unha deportista dunha das cinco partes nas que se divide o documental: Auga / Lume / Aire / Terra / Futuro. Prepara unha exposición oral sobre a súa traxectoria.
Consulta na web os pasos para facer unha ex posición oral.
U 1
2
Repasamos a acentuación
Estudo da Lingua Ortografía
Consulta no anexo as regras de acentuación e realiza as seguintes actividades.
ACTIVIDADES
1 Acentúa no caderno cando sexa necesario:
5 Acentúa cando sexa necesario os seguintes latinis-
termostato
entrañabeis
parabellum
mos e préstamos:
animais
saida
portalapis
curriculum
peeling
requiem
modem
item
codeina
constituiu
lingua
superavit
beisbol
latex
accesit
totem
fuxiu
laser
diesel
saudabel
hockey
elite
2 Clasifica e acentúa as palabras que o precisen: faisca – miudo – triunfo – sacudiu – cantei – muiño fluido – puir – saiu – puiden Ditongo
Hiato
3 Acentúa as seguintes oracións: –C ando escoitaron o asubio, os paxaros afastaronse rapidamente da aguia. –N a epoca dos romanos a flor do gladiolo era entregada aos gladiadores que vencian.
6 Escribe unha oración con cada par de palabras: cartel / cártel
cortes / cortés
publico / público
habito / hábito
maña / mañá
traia / traía
7 Xustifica a presenza ou ausencia de acento gráfico nas palabras subliñadas: Galiza conta con 55 especies descritas de cabaliños do demo
Libélulas, baixo o foco dunha rede cidadá Entomólogos de 13 países promoven unha rede de ciencia cidadá para coñecer o tamaño das poboacións de libélulas de todo o mundo.
–P or mor dos incendios, estan aparecendo moitos petroglifos nos montes galegos. –A pescada que mercaches esta chea duns parasitos con forma de larvas minusculas. –O termite atacou a comoda e deixouna toda roida. –S e tes o sistema endocrino alterado, podeche provocar acne.
4 Escribe este texto incluíndo os acentos que faltan: Os aerolitos, meteoritos ou bolidos son masas solidas, xeralmente brillantes, que circulan a gran velocidade polo espazo. Nalguns lugares chamanlles fachas porque desprenden luz, e incluso Pedras do Paraiso pois non se descarta que sexan animas que van e veñen nas suas peregrinacions penitenciais. Dise que son anacos que se desprenderon do azul celeste, que atravesan a atmosfera e poden chocar contra a superficie da Terra.
A abundancia de insectos estase reducindo de forma drástica, advirte a comunidade científica. Confírmano estudos publicados nos últimos anos, referidos, sobre todo, a países onde hai máis información e probablemente tamén máis modificación ambiental.
Antonio Reigosa, Nós Diario (20/11/2020)
17
2 Estudo da Lingua Gramática
As unidades lingüísticas (do fonema ao texto) A lingua é un sistema de signos formado por unha estrutura xerárquica de unidades significativas. Fonema
Palabra
Frase
Oración
Enunciado
TEXTO
• O fonema é a unidade máis pequena da lingua. – Non ten significado pero si realización fonética na fala (pódese pronunciar): /b/, /u/, /f/. –T en función distintiva, é dicir, permite diferenciar palabras: mesa / pesa / cesa / tesa / lesa.
• O monema é a unidade mínima con significado, tanto léxico como gramatical. Distinguimos: – Lexema: contén o significado léxico: cant-ante, amig-as. – Morfema: contén o significado gramatical (xénero, número, tempo verbal, persoa…) e permite crear palabras novas: amig-a-s, cant-ante, perde-ron.
• A palabra é a unidade lingüística formada por un ou varios monemas (lúa, sobriñ-a-s). – Ten significado completo e independente. – Pode constituír por si soa un enunciado: calade, achégate, Ola! Ten en conta A frase está constituída obrigatoriamente por un substantivo, un adxectivo, un verbo ou un adverbio.
As disciplinas lingüísticas •A Ortografía estuda a escritura correcta das palabras e dos textos. •A Gramática encárgase de estudar as palabras e as súas combinacións: –A Morfoloxía estuda a estrutura das palabras. –A Sintaxe estuda a relación entre as palabras e o xeito que teñen de organizarse en unidades superiores.
• A frase é a unidade lingüística con sentido máis sinxela que se establece ao se relacionaren as palabras. – Non leva verbo. –C umpre unha determinada función dentro doutra frase (frase complexa) ou nunha oración. –A frase está formada por unha ou varias palabras organizadas ao redor dun núcleo que pode estar acompañado doutros elementos (modificadores): frase substantiva (mesa de carballo), frase adxectiva (moi afastado), frase verbal (marchou), frase adverbial (máis lonxe). A frase nominal e a frase preposicional están formadas por dous elementos interdependentes: un caderno, de madeira.
• A oración é a unidade gramatical resultante da unión de varias frases e un verbo en forma persoal. Caracterízase por: – Ter autosuficiencia semántica, é dicir, posuír sentido completo. –T er autosuficiencia sintáctica, xa que non desempeña ningunha función dentro doutra oración. –X eralmente consta dun suxeito (que ou quen realiza a acción do predicado) e dun predicado (o que se di do suxeito). O núcleo do predicado é un verbo en forma persoal: Lucía atopou a túa carteira na cociña.
• O enunciado é unha secuencia lingüística autónoma, situada entre dúas Ten en conta Un texto pode estar constituído por un enunciado dunha soa palabra. Por exemplo, un cartel, un anuncio publicitario etc.: Silencio, Rebaixas.
18
pausas, que transmite unha mensaxe con sentido completo e entoación propia: Queres pasar? Oxalá non chova mañá.
• O texto é a unidade lingüística máis ampla con sentido completo. –P ode estar constituído por un ou máis enunciados, que presentan unha significación global e unha intención comunicativa determinada.
U 1
ACTIVIDADES
1 Di que tipo de unidade constitúen os elementos
6 Di cales destes enunciados constitúen oracións:
subliñados:
Ola!
As prazas están esgotadas.
Os paxariños cantaban na laranxeira.
Parabéns!
Perigo de desprendemento.
Que desexa?
Solucionaches a avaría?
Prohibido o paso.
Circule pola dereita.
Volve axiña!
Concordo con vostede.
2 Separa o lexema dos morfemas nas seguintes palabras: sinxeleza, auga, coloradas, grilo, frautista, xesteira, areal, lambonas, ollada, cociña.
3 Sinala cales destes enunciados son frases: –É moi difícil tomar unha decisión que convenza a todos. – Antes das oito e media. – A deusa Afrodita naceu no mar e era moi poderosa. – Lúa chea. – Aquela caixa tan grande de cartón. – Esta noite nevou en moitas zonas da montaña. – Taboleiro de anuncios. – Unha torta de amorodos moi fresquiños.
4 Descompón esta oración nas unidades lingüísticas que a constitúen: – As Pléiades son un conxunto de sete estrelas.
7 Indica cales dos seguintes enunciados son textos: Camiñei.
Atopaches cogomelos?
Doutra maneira.
Bo día!
A esa hora.
O sol sae polo leste.
Pois si!
Iván xa fixo quince anos.
8 O seguinte texto ten os parágrafos desordenados. Ordénaos no teu caderno: Era un home de mediana idade cunha fermosa casaca militar, e o pelo bastante branco, perfectamente peiteado e recollido nunha coleta. Sacou diversas revistas e distribuíunas pola mesa para facer montóns por temas, colleu unhas fichas novas, o tinteiro e a pluma que gardaba para o seu uso. Debería facer unha completa tarxeta de cada revista e asignarlle un número e un lugar [...] Ezequiel, alleo aos problemas de Clemente, foi buscar como cada mañá o doutor Posse para poñerse ás súas ordes. Pero non o atopou. Non estaba nas salas de doentes do hospital nin nas salas de curas, así que se dirixiu á biblioteca pensando que estaría alí, pero tampouco. Decidiu con toda naturalidade quedar traballando. Con todo preparado, non lle deu tempo a cubrir máis dunha ficha ata que chamaron á porta. María Solar, Os nenos da varíola
9 Este texto non ten marcados os parágrafos. Reescríbeo no teu caderno marcándoos coa sangría. Cantos pensas ti que ten?:
5 Copia estas oracións no caderno e subliña o suxeito e o predicado: –A s organizacións internacionais non aceptaron a proposta. – Non llo preguntes máis veces. – As librarías de vello teñen moito encanto. – Os kiwis aínda están moi verdes. – Quedaremos a partir de media tarde. –A s circunstancias adversas non permitiron a realización da actividade.
Un adival é unha corda longa, de cánabo ou esparto trenzado, usada para atar a carga dos carros. Non ten unha lonxitude precisa, a pesar de que foi usado para medir leiras e a fondura dos pozos. [...] Nas adiviñas ponse interesante: «Cando vai para o monte, vai engurrado; cando vén para a casa, vén estirado». [...] Pero sobre todo forman parte dos rituais de encantamento, xeralmente en fontes, de mozas mouras. Canda a moza soe ir a arca onde leva os haberes atada cun adival. A corda transfórmase en serpe que protexe a encantada, a mesma serpe á que o mozo lle ten que dar tres bicos na caluga cando a intente desencantar. Antonio Reigosa, Nós Diario (10/11/2020)
19
2 Estudo da Lingua Gramática
Os fonemas O sistema fonolóxico da lingua galega está constituído por 26 fonemas. Deles, 7 son vocálicos e 19 consonánticos.
O vocalismo O sistema vocálico do galego está formado por sete fonemas, que se diferencian polo grao de abertura e a localización:
• O grao de abertura ou timbre: refírese a como se modula a abertura da boca cando se pronuncian.
• A localización indica a posición da lingua na boca con respecto ao padal: no centro (/a/), na parte anterior (/i/) e na parte posterior (no veo do padal: /o/). LOCALIZACIÓN anteriores (palatal)
/i/
pechadas ABERTURA
medias
Se tes dúbidas
/u/ /e/
semipechadas
/o/ /ɛ/
semiabertas
/ɔ/ /a/
aberta
Podes consultar a pronuncia na páxina web do Instituto da Lingua Galega, no Dicionario de pronuncia da lingua galega.
posteriores (velar)
central
Os sete fonemas vocálicos represéntanse na escrita por medio de cinco grafías: Grafía
a
Fonema
/a/
man
e
/e/
tella
i
/ɛ/
mel
/i/
cine
o
/o/
zona
u
/ɔ/
/u/
zoca
mula
ACTIVIDADES
10 Pronuncia as seguintes palabras e transcribe o fonema vocálico en posición tónica no teu caderno: penedo, cedo, onte, célebre, xemelgo, poldro, móbil, colexio, cobre, rocha.
12 Relaciona a pronuncia que se corresponde con cada imaxe:
Ex. home /ɔ/
11 Clasifica no teu caderno as palabras subliñadas segundo o timbre da vogal tónica:
[o]so – [ɔ]so
Boto en falta, avoa, todas as palabras que me contaches e que por sempre me anoan ás montañas. En min fan novas fervenzas e ríos onde corren novas troitas hortas e futuros que sen ti non terían pasado. Orgullosa de que contigo non morrese tamén a túa lingua.
b[e]sta – b[ɛ]sta
t[e] – t[ɛ] p[o]la – p[ɔ]la
María Reimóndez, Galicia en bus
/e/
/ɛ/
/o/
/ɔ/ n[o] – n[ɔ]
20
p[e] – p[ɛ]
U 1
O consonantismo O sistema consonántico galego está formado por 19 fonemas que se clasifican segundo tres criterios: O modo de articulación
O punto de articulación
A sonoridade
maneira en que poñemos o obstáculo á saída do aire.
lugar da cavidade bucal onde pronunciamos un fonema determinado.
vibración ou non das cordas vocais cando os pronunciamos: sonoro/xordo.
MODO DE ARTICULACIÓN oclusivos
PUNTO DE ARTICULACIÓN bilabiais labiodentais linguodentais interdentais alveolares palatais velares s
x
/b/
/p/
s
x
fricativos
s
x
/d/
/t/
/f/
s
x
s
x
s
s/x /g/ /k/
/θ/
/s/
/ʃ/
africados nasais
x
/tʃ/ /n/
/ɲ/
líquido lateral
/m/
/l/
/ʎ/
líquido simple vibrante múltiple
/ɾ/
/ŋ/
/r /
E ti que dis? Practica a pronuncia do/ŋ/ deixando saír o aire polo nariz e pousando correctamente a lingua no veo do padal: unha, algunha, ningunha... Lembra que, na escrita, este fonema está representado polo dígrafo -nh- e, polo tanto, en final de liña non se pode separar.
CORRESPONDENCIAS ENTRE FONEMAS E GRAFÍAS Fonema Grafía b /b/ v g + a, o, u /g/ gu + e, i c + a, o, u /k/ qu + e, i c + e, i /θ/ z + a, o ,u /ʃ/ x /tʃ/ ch /ɲ/ ñ /ŋ/ -nh/ʎ/ ll -r final de sílaba /ɾ/ grupo consonántico con f ou oclusiva -rr/r/ inicial palabra tras l, n, s
ACTIVIDADES
13 Representa entre barras o fonema que se corresponde con cada unha das grafías destacadas nas seguintes palabras: cabeza
guerra
carozo
vacacións
chover
queixo
14 Completa no caderno con n ou -nh- tendo en conta cal é a pronuncia correcta: comu.....icar ca.....a
i.....ibir
nu.....as i.....óspito
ningu.....a
a.....elo
cu.....a
to.....a
ame.....o
15 A grafía x pode representar na escrita dúas pro-
16 Define os fonemas da seguinte palabra: festa. /f/: fonema consonántico fricativo labiodental xordo.
17 Serías quen de completar a táboa clasificando as palabras marcadas no texto segundo o son que presentan? ENRESTRAR O MILLO O enrestrado do millo é unha práctica que se realiza na Galiza desde sempre. Nas casas en que non había hórreo, as familias xuntábanse para facer restras co millo e penduralo no galpón para que secase. É unha tradición que aínda se conserva hoxe en día. Nós Diario (10/11/2020)
nuncias: [ʃ] ou [ks]. Identifica nas seguintes palabras a pronuncia que corresponde en cada caso: Exemplo: enxame [ʃ], exame [ks]
Vibrante simple/ɾ/
paxaro
lexicoloxía
auxilio
xogo
sintaxe
exclusiva
enxeño
pexego
Vibrante múltiple /r/
21
2 Estudo da Lingua Lingua e sociedade
O nacemento da lingua galego-portuguesa medieval
Ten en conta A Gallaecia ocupaba un territorio que abranguía a actual Galicia, o norte de Portugal e mais o occidente de Asturias e León.
A partir do século ix aparecen na Península Ibérica diferentes linguas romances, froito da fragmentación do latín falado que trouxeran os romanos: catalán, navarro-aragonés, castelán, ástur-leonés… No noroeste da península xorde o galego-portugués, a lingua falada naquela época polos habitantes da Gallaecia. Durante a Idade Media a lingua galega vive polo tanto unha etapa de esplendor xa que Galicia é un territorio monolingüe, posto que o galego era a única lingua empregada por toda a poboación. Nun primeiro momento, era só unha lingua oral, porque o latín seguía sendo a única lingua escrita. Porén, a partir do século xii o galego xa se empregaba en todos os contextos: familiar, laboral, institucional... e o latín quedou relegado ás relacións internacionais e á vida eclesiástica. Na fin do século xii convértese tamén en lingua literaria e xorde unha importante literatura. O galego-portugués pasa a ser un dos idiomas máis prestixiosos da Península Ibérica e o vehículo da expresión poética por excelencia, xa que trobadores e xograres de distinta procedencia compoñen as cantigas nesta lingua. Así o expresa o Marqués de Santillana na Carta Proemio (século xv): «Non ha mucho tiempo qualesquier deçidores e trovadores destas partes, agora fuessen castellanos, andaluces o de la Extremadura, todas sus obras componían en lengua gallega o portuguesa».
GALEGO-PORTUGUÉS
Sabías que...? Os primeiros testemuños escritos en galego datan do século x: son anotacións sobre outros textos.
Única lingua falada
Finais séc. xii Lingua literaria
Características do galego medieval
Grafías
Fonética
22
Séc. x Tamén lingua escrita
• Existencia de grafías que non existen no galego actual: ç (coraçon), j (ja, jograr), lh (olhos), nh (senhor)... •V acilacións gráficas (distintas grafías para un mesmo fonema): ll, lh, li, ly (muller, mulher, muler) para representar o fonema /ʎ/ ou nn, nh, ni, ny, n (sennor, senhor...) para o /ɲ/. • Existencia de vogais nasais pola perda do –N- intervocálico latino: mão (man), bõas. • Presenza de fonemas consonánticos hoxe desaparecidos, como as parellas de fonemas sibilantes xordos e sonoros: nosso [s] / casa [s sonoro], cervo [ts] / prazer [dz].
Morfoloxía
• Os substantivos rematados en –or eran invariables en canto ao xénero: meu senhor, mia senhor.
Léxico
• Existencia de palabras hoxe desaparecidas: eire (onte), cras (mañá). Moitas delas procedentes do provenzal: assaz (abondo), solaz (pracer), cobra (estrofa).
U 1
ACTIVIDADES
1 O texto seguinte é un fragmento dunha cantiga de amigo. Analiza as diferenzas que atopes entre o galego-portugués medieval e a lingua actual: Amiga, quero-vos eu já dizer o que mi diss[e] o meu amigo: que morre quando nom é comigo, cuidando sempre no meu parecer; mais eu nom cuido, se el cuidasse em mi, que tanto sem mi morasse.
Amiga, quérovos eu xa dicir o que me dixo o meu amigo: que morre cando non está comigo, pensando sempre na miña beleza; mais eu non o creo, se el pensase en min, tanto sen min non estaría.
(Pero Gomes Barroso)
Grafías Morfoloxía Léxico
2
Oíches? Escoita a seguinte cantiga musicada e fíxate na pronuncia das palabras destacadas. • Busca en Internet «Cantigas Medievais Galego-Portuguesas» e selecciona en «Cantigas musicadas» a cantiga de amor Ai, cervos no monte en versión de Paulina Ceremuzynska.
Ai, cervos do monte, vim-vos preguntar: foi-s’o meu amig’, e, se alá tardar, que farei, velida? Ai, cervas do monte, vim-vo-lo dizer: foi-s’o meu amig’, e querria saber que farei, velida? Pero Meogo
23
3
Galicia na Idade Media
Literatura
A Idade Media é un período histórico que abrangue desde o século v (caída do Imperio romano) ata o xv (inicio do Renacemento).
A Literatura galego-portuguesa medieval.
A sociedade
A cantiga de amigo. A cantiga de amor
A Galicia medieval era unha sociedade feudal con tres estamentos fundamentais: nobreza, clero e campesiñado. No cume da pirámide situábase o rei. A nobreza estaba formada polos señores feudais propietarios das terras. A súa función era a protección, a defensa de todos ante as agresións e as inxustizas. As clases altas ocupaban o seu tempo de lecer en actividades relacionadas cos xogos (dados, xadrez…), a caza, os torneos, a música ou o baile. O clero constituíano os monxes que habitaban nos mosteiros, dedicados á oración e ao estudo. A maioría da poboación estaba formada por labregos que traballaban as terras da nobreza e entregábanlle parte das colleitas ou prestaban servizos a cambio da súa protección. A partir do século xiv as cidades adquiren gran importancia e xorde unha nova clase social: a burguesía (habitantes dos burgos ou cidades), dedicada á artesanía e ao comercio.
A arte e a cultura Na Idade Media a arte e a cultura están vencelladas á Igrexa. Os mosteiros eran centros de saber e núcleos económicos da comarca. Os monxes producían desde o seu scriptorium gran cantidade de documentos, copiaban e traducían libros relixiosos e de autores clásicos grecolatinos. Deste modo, preservaron a cultura da época e transmitírona ás xeracións vindeiras.
Ten en conta Os mosteiros son edificios habítamos por monxes ou monxas. Os mosteiros cristiáns tamén se chaman abadías (rexidas por un abade ou abadesa) ou prioratos (rexidos por un prior ou priora).
Sabías que...? Antes da aparición da imprenta a mediados do século xv, a cultura transmitíase grazas aos escribas ou copistas, é dicir, persoas que copiaban os libros á man. Tamén había rubricatores, que iluminaban e debuxaban as letras capitais. Os libros medievais son códices manuscritos sobre pergamiño, obtido da pel de cordeiros, cabras e tenreiros.
24
O Camiño de Santiago O descubrimento do sepulcro do Apóstolo Santiago no ano 813 converte a Compostela nunha das grandes cidades de Europa e punto de destino de peregrinos de toda a cristiandade. A través do Camiño chegan as correntes culturais europeas do momento que se mesturan coa cultura autóctona e dan lugar a un importante florecemento artístico cuxas mostras máis importantes son a arte románica e a literatura galego-portuguesa.
U 1
A literatura galego-portuguesa medieval A literatura galego-portuguesa medieval está formada por un conxunto de textos, fundamentalmente poéticos. Podemos clasificala deste modo:
POESÍA LÍRICA
Lírica profana
Lírica relixiosa
•C antiga de amigo •C antiga de amor •C antiga de escarnio e maldicir •X éneros menores (pranto, tenzón, pastorela)
•C antigas de Santa María
PROSA
Traducións ao galego de obras sobre as aventuras dos cabaleiros do rei Artur, os milagres do Apóstolo Santiago ou a Guerra de Troia, principalmente.
Ten en conta A Baixa Idade Media (séculos xi-xv) é un período de esplendor para a literatura galego-portuguesa, especialmente para a poesía lírica. O galego-portugués é nese momento unha lingua de prestixio (a lingua poética por excelencia en toda a Península Ibérica) e unha lingua plenamente normalizada.
A lirica medieval A lírica medieval galego-portuguesa está formada por un conxunto de composicións poéticas (uns 1680 textos de asunto profano e 427 de asunto relixioso) escritas en lingua galego-portuguesa desde fins do século xii a mediados do século xiv. En Galicia existía desde tempos prehistóricos unha rica veta de cantigas populares relacionadas coa danza, a celebración das colleitas, a chegada da primavera ou das choivas etc. Esta lírica popular conflúe coa lírica provenzal ou occitana que chega aquí a través do Camiño de Santiago. Da unión de ambas nace a finais do século xii a lírica galego-portuguesa medieval.
Cancioneiros Os textos da lírica profana consérvanse en tres grandes cancioneiros:
• Cancioneiro de Ajuda: códice manuscrito de fins do s. xiii que contén 310 cantigas de amor pertencentes a trinta e oito trobadores. Decorado con iluminacións e miniaturas.
• Cancioneiro
da Biblioteca Nacional de Lisboa, ou Colocci-Brancuti: o máis completo, que contén case 1600 cantigas de 150 autores e tamén inclúe un importante tratado de poética, Arte de Trobar, que explica as características das cantigas e as técnicas de composición.
• Cancioneiro da Vaticana: recolle unhas 1200 cantigas de todos os xéneros e o nome de máis de cen autores. Ademais, conservamos outros manuscritos menores:
• O Pergamiño Vindel: contén as sete cantigas de Martín Códax coa notación musical de seis delas.
• O Pergamiño Sharrer: contén sete cantigas de Don Dinís, coa notación musical. 25
3 Literatura A cantiga de amigo Autores e intérpretes
Non houbo trobadoras? Coñecemos moitos nomes de trobadores, mais non sabemos de mulleres que compuxesen cantigas galego-portuguesas. Se coñecemos a existencia de mulleres poetas e compositoras desde os tempos máis remotos, por que non supoñer a súa presenza tamén na literatura medieval galego-portuguesa?
A interpretación das cantigas era un espectáculo que combinaba poesía, música e danza. Na creación e representación das cantigas participaban diferentes persoas:
• Trobador. Era o poeta ou compositor das cantigas. Pertencía á nobreza ou ao clero. Moitos tiñan ao seu servizo un xograr que interpretaba as súas composicións. Don Dinís, Afonso X, Airas Nunes, Fernando Esquío... son algúns dos trobadores máis importantes.
• Xograr. Era o intérprete das cantigas dos trobadores en prazas e castelos e cobraba polo seu traballo ou aceptaba as esmolas do público. Pertencía ás clases sociais máis populares. Algúns escribiron as súas propias cantigas, polo que foron ridiculizados polos trobadores. Martín Códax, Lopo, Meendinho... foron xograres moi coñecidos.
• Segrel. Interpretaba as súas propias cantigas e obtiña un beneficio económico. Pertencía a unha categoría social intermedia entre trobador e xograr. Pero da Ponte é un bo exemplo.
• Menestreis. Eran os músicos que acompañaban coa cítola, viola, arpa... • Soldadeiras. Eran mulleres que acompañaban con danzas a actuación dos xograres e segreis. Nas cantigas de escarnio aparecen numerosas sátiras contra elas. A soldadeira máis famosa foi María Pérez, a Balteira. O Pórtico do paraíso da catedral de Ourense e o Pórtico da gloria da Catedral de Santiago ofrecen un amplo repertorio dos instrumentos medievais.
Xéneros da lírica profana Na lírica profana diferenciamos tres grandes xéneros principais: as cantigas de amigo, as cantigas de amor e as cantigas de escarnio e maldicir, xunto con outras composicións «menores»: o pranto, a tenzón e as pastorelas. Temas
Xéneros
Caracterización
Cantiga de amigo
– Voz feminina – Orixe tradicional
Cantiga de amor
– Voz masculina – Orixe provenzal
Temática amorosa
Temática satírica
26
Cantiga de escarnio e maldicir
U 1
A cantiga de amigo A cantiga de amigo é unha breve composición posta en boca dunha moza solteira e namorada que expresa os seus sentimentos amorosos. Os temas máis frecuentes son o lamento pola ausencia do amigo, a alegría polo reencontro, o enfado co namorado, a paixón polo amado… Caracterízase pola presenza dunha voz feminina. O trobador asume a perspectiva feminina, fínxese muller, e o xograr interpreta a composición. A cantiga de amigo, ao igual que as kharxas mozárabes e os villancicos casteláns, ten a súa orixe nunha tradición lírica popular que se estendía por boa parte da Península. Trátase nos tres casos de poesía de carácter feminino, de ambiente doméstico e familiar e cun ritmo repetitivo. A palabra «amigo» adoita aparecer nos primeiros versos e serve de palabra clave para identificar o xénero. A moza fala consigo mesma, con confidentes a nai, as irmás, as amigas… ou mesmo elementos da natureza (as ondas do mar, as flores, os cervos…) aos que comunica os seus sentimentos amorosos.
Nas cantigas de Pero Meogo o cervo representa o namorado.
Existe tamén un amplo repertorio de símbolos sobre o amor e a paixón: Auga: simboliza a fecundidade ou pureza da rapaza.
Fontes, lagos, ríos...: son o lugar de encontro dos namorados.
Mar tempestuoso: símbolo da paixón amorosa.
Vento: símbolo da masculinidade.
Cervos: representan o namorado.
Flores: símbolo da sensualidade da primavera.
Cabelos (lavar cabelos): representan a fermosura e o erotismo. Indica un próximo encontro dos namorados.
Deste modo, xunto á lectura literal dos textos, hai unha lectura simbólica de connotacións eróticas.
Subxéneros da cantiga de amigo Segundo o tema e as características espaciais ou temporais, algunhas cantigas de amigo podemos clasificalas nos seguintes subxéneros ou variedades: Ondas do mar de Vigo,
• Mariñas ou barcarolas: teñen como escenario o mar, co que en ocasións • Cantigas
de romaría: desenvólvense nunha igrexa, capela ou ermida, a onde a moza acode para reunirse co amigo.
E, ai Deus, se verrá cedo!
• Bailadas: a moza expresa a ledicia de vivir e o seu xúbilo por estar namo-
Ondas do mar levado,
rada e convida a bailar as súas compañeiras.
• Paralelismo: consiste na repetición, con lixeiras variantes, dos versos dunha estrofa na seguinte.
• Leixaprén:
Se vistes meu amigo, o por que eu sospiro?
Paralelismo
Toda a literatura medieval está condicionada polo feito de estar pensada non para ser lida, senón cantada. Moitos dos recursos utilizados tiñan como finalidade facilitar a comprensión e a memorización. Ao tratarse de poemas destinados ao canto, tiñan ademais un ritmo moi marcado. Os recursos máis característicos son:
E, ai Deus, se verrá cedo!
Leixaprén
Recursos formais
Refrán
se vistes meu amado?
• Albas ou alboradas: sitúanse no amencer, momento no que os amantes se reúnen ou teñen que separarse.
Paralelismo
se vistes meu amigo?
conversa a rapaza.
E, ai Deus, se verrá cedo!
Se vistes meu amado, o por que ei gran coidado? E, ai Deus, se verrá cedo!
é a repetición dos segundos versos de cada par de estrofas como primeiros do par seguinte.
• Refrán: é un verso que se repite ao final de cada estrofa.
Martín Códax
27
Antoloxía da cantiga de amigo
Cantiga 1
Cantiga 2
Sedia-m’eu na ermida de San Simón e cercáron-mi-as ondas, que grandes son. Eu atendend’o2 meu amigo. E verrá3? 1
Estando na ermida, ant’o altar 5 cercáron-mi-as ondas grandes do mar.
Eu atendend’o meu amigo. E verrá? E cercáron-mi-as ondas, que grandes son, non ei4 (i) barqueiro nen remador. Eu atendend’o meu amigo. E verrá? 10 E cercáron-mi-as ondas do alto mar,
non ei (i)barqueiro nen sei remar. Eu atendend’o meu amigo. E verrá? Non ei (i) barqueiro nen remador, morrerei (eu), fremosa, no mar maior. 15 Eu atendend’o meu amigo. E verrá? Non ei (i) barqueiro nen sei remar morrerei (eu), fremosa, no alto mar. Eu atendend’o meu amigo. E verrá? Meendinho
Bailemos nós ja todas tres, ai amigas, so1 aquestas avelaneiras frolidas, e quen for2 velida como nós, velidas, se amigo amar, 5 so aquestas avelaneiras frolidas verrá3 bailar. Bailemos nós ja todas tres, ai irmanas, so aqueste ramo destas avelanas, e quen for louçana como nós, louçanas, 10 se amigo amar, so aqueste ramo destas avelanas verrá bailar. Por Deus, ai amigas, mentr’ al4 non fazemos so aqueste ramo frolido bailemos, 15 e quen ben parecer como nós parecemos, se amigo amar, so aqueste ramo, sol5 que nós bailemos, verrá bailar. Airas Nunes So: baixo. For: sexa. 3 Verrá: virá. 4 Al: outra cousa. 5 Sol: en canto. 1 2
Sedia-m’eu: estab eu. Atendendo: esperando. 3 E verrá?: e virá? 4 Non ei: non teño. 1 2
• Identifica os trazos formais característicos da cantiga de amigo.
28
• Identifica o subxénero ao que pertence esta cantiga. A quen se dirixe a voz poética? En que escenario se encontra?
U 1
Cantiga 3 Mia irmana fremosa, treides comigo a la igreja de Vig´u é o mar salido E miraremos las ondas! Mia irmana fremosa, treides de grado
5 a la igreja de Vig´u é o mar levado:
E miraremos las ondas!
Cantiga 4
A la igreja de Vig´u é o mar salido, e verrá i, mia madre, o meu amigo: E miraremos las ondas!
—Ai flores, ai flores do verde pino, se sabedes novas1 do meu amigo! Ai Deus, e u é2?
10 A la igreja de Vig´u é o mar levado,
Ai flores, ai flores do verde ramo,
e verrá i, mia madre, o meu amado: E miraremos las ondas!
5 se sabedes novas do meu amado!
Ai Deus, e u é?
Martín Códax
• Identifica as interlocutoras da rapaza.
Se sabedes novas do meu amigo, aquel que mentiu do que pôs comigo3! Ai Deus, e u é? 10 Se sabedes novas do meu amado,
aquel que mentiu do que mi á jurado! Ai Deus, e u é? (—Vós me preguntades polo voss’ amigo, e eu bem vos digo que é san’ e vivo. Ai Deus, e u é?) 15 Vós me preguntades polo voss’ amado, e eu bem vos digo que é viv’ e sano. Ai Deus, e u é? E eu bem vos digo que é san’ e vivo 20 e seerá vosc’ ant’ o prazo saído4.
Ai Deus, e u é? E eu bem vos digo que é viv’ e sano e seerá vosc’ ant’ o prazo passado. Ai Deus, e u é? Don Dinís
Novas: noticias. E u é: e onde está? 3 Mentiu do que pôs comigo: mentiu sobre o que acordamos. 4 Seerá vosc’ ant’ o prazo saído: estará contigo antes de que remate o prazo. 1
2
• Esta é unha cantiga dialogada. Quen son os personaxes?
29
3 Literatura A cantiga de amor
A cantiga de amor A cantiga de amor é unha composición de temática amorosa na que unha voz poética masculina expresa o seu amor a unha dama (a «senhor»). É unha adaptación á literatura galego-portuguesa da cançó provenzal e segue a teoría do amor cortés, unha transposición ao amor das relacións feudais: a dona é unha muller aristocrática e o trobador débelle completa fidelidade e submisión. A dama é sempre un ser idealizado: posúe todas as virtudes e é perfecta tanto no plano moral coma físico.
Temas O amador manifesta a súa veneración por tan admirable dona ou a súa profunda dor (coita) porque o seu amor non é correspondido. Os principais subtemas da cantiga de amor son:
• O eloxio da dama: beleza física (fermosa senhor, bon parecer, ben talhada…) e perfección moral (ben falar, bon sen, mesurada).
• A declaración de amor do poeta. • A reserva da dama: indiferenza e distanciamento ante as manifestacións do amor.
• A coita de amor: o sufrimento por un amor non correspondido provócalle ao trobador a perda do sono e do apetito, chegando mesmo á loucura ou a morrer de amor.
Tipos de cantigas de amor As cantigas de amor constan dun número variable de estrofas, que non pasan de tres. Cada estrofa, á súa vez, está formada por un número de versos, que acostuman ser catro nas de refrán e sete nas de mestría. Diferenciamos:
• Cantigas de refrán. Teñen uns versos que se repiten no remate de todas as estrofas e constitúen o refrán. Son composicións próximas á cantiga de amigo e comparten algunhas das súas características: refrán, paralelismo, rima asonante femia (rematada en palabra grave) etc.
• Cantigas de mestría. Non teñen refrán. Son as máis próximas ao modelo provenzal (cançó) e eran consideradas polos trobadores as máis perfectas, de aí o seu nome.
Recursos formais Os principais recursos son:
• Dobre. Consiste na repetición dunha mesma palabra en lugares simétricos da mesma estrofa.
• Mordobre. É a repetición de palabras da mesma familia léxica, en lugares simétricos dunha mesma estrofa. (Un mesmo lexema con diferentes sufixos. Ex.: amar, amou).
• Finda. É unha estrofa máis breve situada ao final da cantiga que resume o seu contido.
• Atá-finda. Consiste no encabalgamento entre estrofas ata chegar á finda. A oración iniciada no último verso dunha estrofa complétase no inicio da estrofa seguinte.
30
Antoloxía da cantiga de amor
U 1
Cantiga 1 Vi eu donas, senhor, em cas d’el-rei fremosas e que parecían bem1, e vi donzelas, muitas, u andei, e, mia senhor, direivos ua rem: a máis fremosa de quantas eu vi 5 long’estava de parecer assí come vós. Eu muitas vezes provei se acharía de tal parecer algũa dona, senhor, u andei; 10 e, mia senhor, quérovos al dizer: a máis fremosa de quantas eu vi long’estava de parecer assí come vós. E, mia senhor, preguntei por donas muitas, que oí loar 15 de parecer nas terras u andei; e, mia senhor, pois mi as foron mostrar a máis fremosa de quantas eu vi long’estava de parecer assí. Xoán Airas de Santiago
• A composición ten un único tema, que se repite en todas as estrofas. Cal? • Identifica o recurso que enlaza as estrofas entre si.
Pareciam bem: eran fermosas.
1
Cantiga 3
Cantiga 2
A dona que eu am’ e tenho por senhor1 amostrade-mi-a, Deus, se vos én prazer for2, senom3 dade-mi a morte.
Amigos, non poss’ eu negar a gran coita que d’ amor hei1, ca me vejo sandeu andar2, e con sandece3 o direi: 5 Os olhos verdes que eu vi me fazen ora andar assí. Pero quen-quer4 x’ entenderá aquestes olhos quaes5 son; e dest’ alguén se queixará; 10 mais eu, ja quer moira, quer non6: Os olhos verdes que eu vi me fazen ora andar assí. Pero non devía a perder home, que ja o sen non ha7, 15 de con sandece ren8 dizer; e con sandece digu’ eu ja: Os olhos verdes que eu vi me fazen ora andar assí. Xoán García de Guillade
A que tenh’ eu por lume destes olhos meus 5 e por quen choran sempr’ amostrade-mi-a, Deus,
senom dade-mi a morte. Essa que vós fezestes melhor parecer de quantas sei, ai Deus!, fazede-mi-a veer, senom dade-mi a morte. 10 Ai Deus!, que mi a fezestes máis que a min amar,
• Os fermosos ollos verdes da dona causan o namoramento. Cales son os síntomas da coita amorosa que padece o namorado?
Hei: teño. Ca me vejo sandeu andar: pois me vexo louco andar. 3 Sandece: loucura. 4 Quen-quer: quenquera. 5 Quaes: cales. 6 Ja quer moira...: morra ou non morra. 7 Ja o sen non ha: xa non ten razón, sentido. 8 Ren: nada.
mostrade-mi-a u4 possa5 con ela falar, senom dade-mi a morte. Bernal de Bonaval
Senhor: señora. Se vos én prazer for: se isto vos prace. 3 senom: se non. 4 U: onde. 5 Possa: poida. 1 2
1 2
• Nesta cantiga de refrán, o interlocutor do trobador é Deus. Que é o que lle suplica? • Localiza exemplos dos seguintes temas: eloxio da dama e a intensidade do amor do poeta.
31
Comentario de texto
Levous’a louçana, levous’a velida, vai lavar cabelos na fontana fría. Leda dos amores, dos amores leda. Levous’a velida, levous’a louçana, 5 Vai lavar cabelos na fría fontana.
Leda dos amores, dos amores leda. Vai lavar cabelos na fontana fría, passou seu amigo, que lhi ben quería. Leda dos amores, dos amores leda. 10 Vai lavar cabelos na fría fontana,
passa seu amigo, que a muit’amava. Leda dos amores, dos amores leda. Passa seu amigo, que lhi ben quería, o cervo do monte a augua volvía1. 15 Leda dos amores, dos amores leda. Passa seu amigo, que a muit’amava, o cervo do monte volvía a augua. Leda dos amores, dos amores leda. Pero Meogo
Volvía a augua: enturbiaba a auga.
1
ACTIVIDADES
1 Xustifica por que é unha cantiga narrativa. 2 En que espazo se sitúa a cantiga? En que momento do día? Explica a razón que xustifica a presenza da rapaza.
3 Clasifica a cantiga no subxénero ou variedade temática á que pertence.
4 Que personaxes participan? 5 Resume o argumento. Enuncia o tema. •A rgumento: Expresión máis ou menos minuciosa dos acontecementos, situacións ou contidos do texto. •T ema: Idea básica arredor da cal xira todo o contido do texto. Responde a pregunta «De que trata?». Debe sintetizarse nunha palabra ou nunha frase curta.
32
6 Na composición hai algúns elementos simbólicos: os cabelos mollados, a fontana fría, o cervo do monte e a auga enturbiada. a) Cal é o significado de todos eles? b) T endo en conta estes símbolos, realiza unha nova lectura da cantiga.
7 Conta as sílabas da primeira estrofa. Ten en conta que, segundo o modelo provenzal, as sílabas só se contan ata a última sílaba tónica (é dicir, non se suma sílaba se remata en palabra aguda, nin se resta se remata en esdrúxula). Deste modo, diferenciábanse dous tipos de versos: Versos agudos: os rematados en palabra aguda. Versos graves: os restantes.
U 1
ACTIVIDADES
8 Analiza a rima das estrofas.
12 Guiándote polas indicacións do esquema de comen-
A rima pode ser:
tario do anexo, redacta un comentario global desta cantiga. Podes centrarte nos seguintes aspectos:
• Rima consonante ou total
• Autor.
• Rima asonante ou parcial. • Rima macho (os versos rematan en palabra aguda) • Rima femia (os versos rematan en palabra grave).
• Xénero. Subxénero ou variedade temática. • Voz poética. Interlocutores. • Argumento. Tema.
9 Escribe o esquema estrófico coa información do número de sílabas e da rima.
• Elementos simbólicos. • Número de estrofas.
Ten en conta que:
• Esquema métrico-rítmico.
•O s versos agudos represéntanse co número de sílabas que conteñen (Ex.: 7).
• Tipo de estrofas.
•O s versos graves represéntanse co número de sílabas seguido do signo ’ (Ex.: 7’).
• Principais recursos formais e xustificación temática.
• A rima de cada verso da estrofa represéntase con letra minúscula.
• Conclusión e opinión persoal.
• A rima do refrán represéntase con letra maiúscula. (Ex.: 11’a 11’a 5B).
10 Fíxate agora no tipo de estrofas segundo a rima e di como son as estrofas desta cantiga. Segundo o esquema de rima as estrofas poden ser: •U nisonantes: todas as estrofas teñen o mesmo esquema de rima: ababCC •S ingulares: cada estrofa ten un esquema de rima diferente: ababCC – dedeCC… •A lternas: as estrofas impares teñen unha rima e as pares teñen outra. Este é o esquema propio das cantigas de amigo con paralelismo e leixaprén. • Dobras: cada dúas estrofas teñen o mesmo esquema de rima.
11 Nesta cantiga atopamos algúns trazos lingüísticos característicos da lingua medieval ben diferentes dos do galego actual. • Identifica esas diferenzas e clasifícaas en: a) Gráficas. b) Fonéticas. c) Morfolóxicas. d) Léxicas.
33
Obradoiro literario Creación dunha cantiga de amigo Escribir unha cantiga de amigo é máis fácil do que parece e, sobre todo, pode ser moi divertido. Vaiamos pouco a pouco.
Completa os versos 1 Como vimos, as cantigas de amigo adoitan responder a un esquema métrico-rítmico moi concreto: dístico monorrimo (dous versos que riman entre si), refrán, paralelismo e leixaprén. Guiándote polo esquema da páxina 31, completa esta cantiga de Dom Afonso Sanches.
Dizia la fremosinha: Ai, Deus, val1! Com’ estou d’amor ferida! Ai, Deus, val!
Refrán
Leixaprén
Dizia la bem talhada2: Ai, Deus, val! Com’ estou d’amor coitada! Ai, Deus, val!
Dous versos que riman entre si
Com’ estou d’amor .................................. Ai, .................................. Nom vem o que bem quería! Ai, .................................. Paralelismo
.................................. Ai, .................................. Non .................................. amava! ..................................
34
1
Deus, val: Ai, Deus, axúdame.
2
Bem talhada: Fermosa, ben feita.
Completa as estrofas 2 Completa agora os versos que faltan nesta cantiga de amigo escrita por Martín de Xinzo: Ten en conta
Como vivo, coitada, .................................. ...................................................................... ................................... ...................................................................... eu a Santa Cecilia de coraçom o digo: ............................................
Fíxate nas frechas que indican o leixaprén, porque che axudarán a situar algúns versos xa coñecidos. Ten tamén en conta que contén estrofas de dous versos que riman entre si e forman cobras alternas (as impares teñen unha rima e as pares outra).
Paralelismo
Leixaprén
Como vivo coitada, madre, por meu amigo, ca m’ enviou mandado que se vai no ferido1: e por el vivo coitada!
Ca m’ enviou mandado que se vai no fossado, .................................................................... .............................................
1
No ferido: na guerra.
Crea unha cantiga de amigo 3
Escolle unha destas estrofas e engade tres máis ata completar unha cantiga de catro estrofas. Ten en conta os recursos temáticos e formais sinalados.
Vi eu, mia madr’, andar
—Ai fremosiña, se ben ajades,
Nom chegou, madr’, o meu amigo,
as barcas eno mar,
longi da vila quen asperades?
e oj’est’o prazo saído!1:
e moiro-me d’amor
—Vin atender1 meu amigo.
Ai, madre, moiro d’amor!
Bernal de Bonaval
Afonso X 1
Atender: esperar.
D. Dinís Oj’est’o prazo saído: hoxe cumpriuse o prazo.
1
4 Inventa unha cantiga de amigo que responda ás características temáticas e formais do xénero: • Contido: personaxes, temas, elementos simbólicos. • Forma: catro estrofas de dous versos (dístico monorrimo), paralelismo, leixaprén, refrán e cobras alternas.
35
Aplica o que aprendiches Dun extremo ao outro da Gallaecia O camiño desde Brigantium até o sur de Exipto pódese facer polas calzadas que comunican Roma con todas as localidades do Imperio e algunhas outras vías secundarias que enlazan con estas vías principais. A primeira parada importante fareina en Constantinopla, iso obrígame a ir cara ao leste até chegar a Tarraco e de alí cara ao norte ao porto de Aquilea para embarcar até Constantinopla. Camiñamos cada día unhas 20 millas, procurando chegar cada noite a unha pousada, aínda que non sempre é posíbel, porque non en todas as vías son tan frecuentes as pousadas, e ademais a dificultade dalgunhas zonas do camiño fai que non sempre se poida avanzar tanto. Antes de chegar a Tarraco pasamos por algunhas localidades importantes, como Lucus Augusti, Asturica Augusta, Legio e Cesar Augusta, nas que teño pensado facer un descanso e aproveitar para visitalas algo máis devagar.
Sabías que...? Exeria, coñecida como «a primeira peregrina», foi unha muller galega do século iv que realizou unha viaxe desde a Gallaecia ata Terra Santa. A viaxe duraría seis anos. Foi tamén a primeira cronista de viaxes da historia, autora dun diario en forma de extensa carta en latín titulada Itinerario ou Peregrinación de Exeria.
Cada milla, das calzadas polas que viaxamos, está sinalizada por unha indicación de pedra onde está escrito o nome da vía, a esas pedras chamámoslle miliarios. Os miliarios permítennos calcular a distancia que percorremos cada día. Para pagar o meu aloxamento e mais o dos meus acompañantes, así como os alimentos para nós e a mantenza dos animais e outros gastos de viaxe, levo unha boa cantidade de cartos escondidos na equipaxe e outros nunha caixa cun bo cadeado. Non teño decidido exactamente o tempo que empregarei na viaxe, xa que a pesar de toda a información que teño recollido non podo saber as condicións que atoparei en todos os lugares, nin o interese que poderán ter, nin o tempo que dedicarei a coñecelos, pero seguro que serán varios anos. Xa levamos moitas xornadas de camiño, e o corpo parece que xa se vai afacendo a este movemento constante. Hoxe ao medio día chegamos a Cauca, case no límite da Gallaecia.
Vocabulario Brigantium: actualmente, cidade da Coruña. Cauca: na actualidade Coca, na provincia de Segovia, naquel momento formaba parte da Gallaecia.
Arturo Iglesias, Exeria. Nos límites do mundo. AS-PG
1 Localiza no texto os topónimos referidos ao itinerario da viaxe de Exeria. Escribe a denominación actual. • Escribe os xentilicios correspondentes.
túas palabras os seguintes substantivos: pousada
calzada
escribe a súa representación fonética: Velar nasal sonora Palatal nasal sonora
2 Tendo en conta a explicación do texto, define coas
miliarios
4 Localiza neste fragmento os seguintes fonemas e
Bilabial nasal sonora Bilabial oclusiva xorda
equipaxe
Palatal lateral sonora Palatal africada xorda
➧ ➧ ➧ ➧ ➧ ➧
3 Xustifica a presenza ou ausencia do acento gráfico 5 Transcribe o fonema da vogal tónica:
nas seguintes palabras: vías
36
principais
posíbel
medio
leste
norte
pedra
xonas
U 1
6 Indica cales destes enunciados constitúen oracións: a) A primeira parada fareina en Constantinopla. b) N on en todas as vías son comúns as pousadas. c) Este movemento constante. d) H oxe ao medio día chegamos a Cauca. e) O utros nunha caixa cun bo cadeado.
7
Exeria é o prototipo de muller aventureira. En equipos, investigade acerca da súa biografía e do itinerario percorrido. • Lembrade os trucos para buscar en Internet (infografía lateral). • Coa información recollida, elaborade unha presentación de diapositivas. En cada unha podedes incorporar texto, imaxes (fotografías, mapas...), vídeos, animación, ligazóns a páxinas web...
8
A partir desta cita de Carmen de Burgos, debatede acerca das viaxes e das vosas preferencias persoais.
«Non comprendo a existencia de persoas que se erguen todos os días á mesma hora e comen o mesmo cocido no mesmo sitio. Se eu fose rica non tería casa. Tería unha maleta e a viaxar sempre»
Organiza as túas ideas Completa este mapa conceptual no caderno:
AS UNIDADES LINGÜÍSTICAS
Fonema
Sen…
Con…
…
Lexema
…
Palabra
Frase
Oración
Significado … e independente
Unidade … verbo
Unidade ……
Suxeito
Enunciado
Mensaxe con sentido completo
…
…
Unidade máis ampla
…
37
© GRUPO ANAYA, S.A., 2022 - C/ Juan Ignacio Luca de Tena, 15 - 28027 Madrid. Reservados todos os dereitos. O contido desta obra está protexido pola Lei, que establece penas de prisión e/ou multas, amais das correspondentes indemnizacións por perdas e danos, para quen reproduza, plaxie, distribúa ou comunique publicamente, en todo ou en parte, unha obra literaria, artística ou científica, ou a súa transformación, interpretación ou execución artística fixada en calquera tipo de soporte ou comunicada a través de calquera medio, sen a preceptiva autorización.