Soja
Mais frequente
Marcelo Madalosso Elevagro Phytus Group
Expansão da área de plantio da soja, ampliação da época de semeadura, cultivos sucessivos e escalonados com o uso de pivô central estão entre os motivos que justificam a alta incidência da mosca-branca em lavouras de soja no Brasil. Diante dos poucos inseticidas de grupos químicos e modo de ação distintos utilizados para controle, o registro de novas moléculas e misturas de ingredientes ativos já existentes é estratégia importante para garantir a eficiência de manejo dessa praga
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produtividade da soja (Glycine max L.Merril) é influenciada por diversos fatores como solo, clima, chuva, ocorrência de pragas e doenças. Dentre as diversas pragas que ocorrem na cultura da soja, a mosca-branca (Bemisia tabaci biótipo B) tem aumentado sua frequência nas lavouras de soja de todo o país (Luttrell, 1994). A alta incidência da mosca-branca deve-se à expansão da área de plantio da soja, a ampliação da época de semeadura e os cultivos sucessivos e escalonados da cultura, com o uso de pivô central. A mosca-branca ataca diversas culturas, suga sua seiva, provoca alterações no desenvolvimento vegetativo e reprodutivo, podendo ocorrer murchas, queda de folhas e
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perda de frutos (Alencar et al., 1998). Trabalhos na cultura da soja mostram que a convivência com uma média de dez ninfas por folha, levou a prejuízo da ordem de 12 sacas por hectare (Tomquelski; Martins; Dias, 2015). É recomendada, dentro do manejo químico, a alternância de produtos com diferentes modos de ação, para um manejo sustentável e que diminua a probabilidade de evolução de resistência de B. tabaci aos produtos empregados em seu controle. No controle químico têm sido utilizados produtos que induzem mudança comportamental pela repelência ou irritação, inseticidas reguladores de crescimento e também inseticidas que agem no sistema nervoso, como os neonico-