Introdução
“S
erá exagerado acreditar que o homem possa estar desen volvendo novas sensibilidades e uma relação mais estreita com a natureza?”, pergunta H. P. Blavatsky ao leitor no
prefácio do primeiro volume de Ísis sem Véu. Ela reservou mais de 1.200 páginas, em sua pesquisa, para dar resposta a essa e outras perguntas relacionadas aos “mistérios da ciência e teologia antigas e modernas”. Reuniu diversas autoridades de prestígio que atestaram eloquentemente a existência de uma visão de mundo venerável e universal; os mitos e lendas da humanidade foram esquadrinhados; a ciência de sua época foi comparada com as descobertas da Antiguidade, numa tentativa de “auxiliar o estudioso a entender os princípios vi tais que subjazem aos conceitos filosóficos do mundo antigo” – con ceitos que quando da publicação do livro, em 1877, estavam esquecidos no Ocidente e, até certo ponto, devido à influência da obra, ressurgiram na cultura contemporânea. O primeiro e o segundo volumes de Ísis sem Véu, intitulados Ciência, tratam da capacidade dos antigos, com base em suas visões da humanidade e do universo, de antecipar a ciência moderna, enquanto 9
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