Memorias de Gerolina

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Mem贸rias

de

Gerolina Gerolina Carvalho Santos



Mem贸rias

Gerolina de



Mem贸rias

de

Gerolina Gerolina Carvalho Santos


Copyright © 2008 by Gerolina Carvalho Santos Capa LUCIANO SERAFIM sobre fotos do arquivo pessoal da autora Coordenador Executivo NICANOR COELHO Coordenador Editorial CARLOS MAGNO MIERES AMARILHA Editor Adjunto e Designer Gráfico LUCIANO SERAFIM ISBN 978-85-98598-59-8 1a Edição: Agosto/2008

Todos os direitos desta edição reservados por

CNPJ 06115732/0001-03 Rua Mato Grosso, 1831, 10 Andar, Sala 01 Centro Dourados, MS CEP 79810-110 Telefones: (67) 9238-0022 e 3423-0020 Caixa Postal 475 E-mail: nicanorcoelho@gmail.com


Dedicatória

E

u quero dedicar este livro aos meus familiares, pro-

fessores, colegas de sala e a todas as pessoas que mesmo sendo da 3ª idade têm a coragem e o entusiasmo de voltar aos bancos escolares para viver novas experiências.

“Nunca deixe de sonhar e lutar, pois enquanto há vida há esperança.”



Homenagem especial

Papai Mateus e mamãe Honorina Quero lhes agradecer de todo meu coração por terdes me dado a vida e me ensinar a trilhar o caminho do bem. Com carinho aos meus amados pais. Um abraço

Gerolina



Mem贸rias

de

Gerolina



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asci dia 11 de março de 1944; segundo os rela-

tos dos meus pais foi um dia de muita alegria nas lavras de Santo Inácio, onde extraíam diamantes, carbonato, ouro e cristal. Tinha muitos homens trabalhando no garimpo, longe de recursos. Mamãe com dores de parto contava apenas com a companhia de outra vizinha, que na hora do parto fez as vezes de parteira e contou com a ajuda de Deus. Papai, que naquele momento trabalhava dentro da gruta, recebeu a notícia trazida por um companheiro.

Papai Mateus

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— Mateus! Mateus! Dona Honorina deu à luz a uma menina! E papai gritou: — Viva! Viva! O Senhor do Bom Jesus da Lapa e Nossa Senhora da Candeia! Era costume de lá quando nasce uma menina solta um rojão e se for menino dois rojões para anunciar o nascimento. Foi quando um velho garimpeiro disse: — Mateus, vamos rezar e agradecer a Deus e depois pegue uma gamela com água do garimpo e ponha uma pepita de ouro e lave a criança, que é para ela ter muita sorte e o dom de saber as coisas boas. Fui batizada no dia 19 de setembro de 1947, na fazenda Tareco, localizada no Morro do Chapéu, no sertão da Bahia, pelo padre José Leonel, tendo como padrinhos Laudelino e Abigail Bagano. E fui crismada na cidade de Brejão pelo Bispo de Salvador.

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inha mãe gostava de cantar músicas de ninar

pra me acalmar e fazer dormir. Ela cantava as-

sim:

“Pisa, pisa, pisa, mulher Pisa na barra da saia, mulher.” “Corujinha cadê minhas meia? Tá lá em cima da casa, estendida na teia.” Como tudo na vida não é só felicidade, meus pais separaram-se quando eu tinha 7 anos. Meu pai lutou na Justiça e conseguiu ficar com a guarda de seus quatro filhos: Genelice, Gilza, Alicério e eu, Gerolina.

Mãe de Gerolina

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assamos por muitas dificuldades financeiras e fo-

mos morar em Vazenova com meus avós maternos, Justimiano e Maria José de Carvalho e o bisavô Henrique e a bisavó Maria, além de minha tataravó Medratada, uma índia que foi capturada na mata quando criança.

Vovó Maria José

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o ano de 1956 viemos da Bahia para Mato Gros-

so, trazidos pela tia Francolina numa viagem de trem que durou treze dias. Quando chegamos em Dourados, era meia-noite. Ficamos na pensão da Dona Carolina e seu filho Dirceu, pessoas simples e muito hospitaleiras. Era uma noite fria. Estávamos acostumados com o calor da Bahia e aqui fazia muito frio e mesmo com cobertores não conseguíamos dormir.

Tia Francolina e Tia Constância

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o dia 20 de abril embarcamos na jardineira rumo

a Vila Brasil, hoje chamada Fátima do Sul, e desembarcamos na linha do Potrerito, onde o tio Cassiano nos esperava. Até chegar na sua casa, passamos por dentro de uma mata onde tivemos contato pela primeira vez com povos indígenas. Sentimos muito medo, porque víamos eles como selvagens e perigosos. Afastaram-se de nós e começaram a pronunciar alguma palavras em guarani, que não conseguíamos entender nada. As índias carregavam os filhos amarrados na cintura e um saco de alimentos na cabeça; os homens não levavam nada, tinham só uma tanga no corpo. A casa em que fomos morar era de pau-a-pique e no centro do terreiro tinha um caixão. Assustada, eu perguntei: — Por que um caixão ali? E minha prima explicou: — Não é um caixão; é um poço, um reservatório de água.

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udamos para Bocajá, que naquele momento era

distrito de Dourados. Lá moramos um ano. Logo após viemos de mudança para a linha do Barreirão, também distrito de Dourados. A nossa casa era uma antiga escola feita pela Colônia nas terras do Sr. Louredo de Queiroz, que anteriormente abrigava os imigrantes japoneses.

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N Minha formosa bandeira retrato do meu Brasil : o dia da inauguração da escola, recitei minha primeira poesia, intitulada

Minha formosa bandeira Retrato do meu Brasil Minha terra hospitaleira Do céu azul da cor de anil. Do teu conjunto de cores Verdes, amarelo, azul e branco Representa nossa pátria Do norte até o sul.

Gerolina com a bandeira

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apai chorou de emoção quando viu sua filha mais

velha sabendo ler e escrever e recitando uma linda poesia. Na escola não tinha carteiras, cada aluna trazia de casa um banquinho. Somente em 1959 o Sr. Antonio Moraes (prefeito de Dourados), vendo as dificuldades enfrentadas pelos alunos, que para escrever ficavam ajoelhados e apoiavam o caderno no banco, mandou fabricar 100 carteiras e o candidato a vereador Ataulfo de Matos fez a entrega. Nós, alunos, não nos importávamos com a precariedade do local. Para nós o importante era aprender a ler e a escrever.

Formatura da 4a série

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inha vida teve muitos acontecimentos felizes.

Um deles foi em 26 de setembro de 1958, dia da minha primeira comunhão na Capela São José no Barreirão. Quem celebrou foi Dom Carlos Schimith. No dia 12 de dezembro de 1960 foi a formatura do 4º ano, quando precisei passar pelo exame de admissão, que foi realizado na Escola Municipal Joaquim Murtinho, em Dourados. Fomos num grupo de 44 alunos acompanhados pela professora Alziria Borges Amaral. Graças a Deus consegui passar no exame, completando mais uma etapa da minha vida escolar.

Gerolina da formatura de 5a série

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o dia 25 de junho de 1962, fiz meu primeiro tí-

tulo de eleitor, número 13988, e no dia 7 de outubro do mesmo ano votei pela primeira vez, cumprindo assim o meu papel de cidadã brasileira, ajudando a escolher as pessoas que governariam meu município.

Gerolina trabalhando como zeladora na casa paroquial (1966-1972)

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o ano de 1966 consegui realizar meu grande so-

nho: comprei um terreno no distrito de Vila São Pedro. O valor do terreno era CR$ 70,00 e construí minha primeira casa. Agora com 22 anos, comecei a trabalhar na casa paroquial, junto com os Padres Carmelo, Alexandre, Vicente e Frei Alfredo.

Mudança para Vila São Pedro

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o dia 18 de junho de 1969 chegou Frei Chico para

assumir a parรณquia, pois os outros padres estavam sendo transferidos. Frei Chico era uma pessoa muito caridosa. Ele ganhou uma heranรงa na Alemanha e doou para moradores da Vila Sรฃo Pedro, Dona Geralda, Francisco Vitor, Maria de Freitas e Iolanda de Freitas.

Frei Chico em 1969

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u, sendo uma pessoa bastante religiosa, estava

sempre presente nas celebraçþes, fazendo leituras e participando do grupo de moças, que eram chamadas de Filhas de Maria.

Aparecida, Gerolina e Judite

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a época da ordenação do Bispo Dom Teodardo, a

igreja de Vila São Pedro participou da celebração quando ele retornou de Roma. Foi feita aqui a recepção para recebê-lo. O Bispo ordenou na igreja matriz Imaculada Conceição, em Dourados, um filho da terra, padre Zenildo, que no momento residia em Indápolis e celebrou sua primeira missa na igreja de Vila São Pedro.

Procissão da última missa celebrada por Frei Chico na Paróquia São Pedro

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empre procuro participar de tudo que tem em mi-

nha comunidade. Fui oradora na inauguração da Escola Municipal Pref. Ruy Gomes, no dia 29 de junho de 1979.

Primeira escola (Ruy Gomes)

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o dia 8 de fevereiro de 1972, me casei com Ma-

nuel Balbino dos Santos. Quem celebrou o casamento foi o Frei Chico.

Casamento de Gerolina e Manuel Balbino, acompanhados de Frei Chico e a m達e da noiva

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À

s 15 horas foi realizada a cerimônia religiosa e

logo após o Sr. Mario Pereira Leite realizou o casamento civil. Meus padrinhos foram Manuel Rodrigues Dourado e Genuína da Silva Dourado e os padrinhos do noivos foram Manuel Antonio Batista e Otilha Batista. Dentre muitos convidados estavam as irmãs de caridade Ângela Clara, Saraiva e Maria de Lourdes.

Bolo do casamento de Gerolina e Manuel

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esta uniĂŁo nasceram seis filhos: Eva Maria, Eva-

nilde, Francisco, Carlos, NatalĂ­cio e Cleuza.

Gerolina com seus filhos (27/1/1979)

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ou uma mãe que não esquece a data de nascimen-

to de nenhum filho e nem o local do parto.

Gerolina grávida de Eva Maria (1972)

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va Maria nasceu no Hospital Nossa Senhora de Fá-

tima na Vila São Pedro e foi atendida pela irmã Clara. Evanilde nasceu no Hospital Evangélico, em Dourados. Carlos, Francisco, Natalício e Cleuza nasceram no Hospital Regional. Foram momentos difíceis, mas nasceram todos saudáveis.

Gerolina com Eva Maria recém-nascida

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uando ganhei os gêmeos (Carlos e Francisco) es-

tava passando por muitas dificuldades. Com meu marido desempregado, eu apresentava um quadro de pressão alta com muita fraqueza por falta de alimentação. Não tendo convênio médico, contava apenas com a ajuda de Deus. Foi quando o Bispo Dom Teodardo fez para mim o Funrural, que era um plano de saúde para atender os trabalhadores rurais.

Gerolina com os gêmeos Carlos e Francisco (1975)

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ara comprar o enxoval, contei com a ajuda do Sr.

Alziro de Matos. Ele tinha uma loja de tecidos em Indápolis. Preparei-me para dar à luz uma criança e vieram duas. Fui para uma consulta de rotina e o médico comunicou-me que eu teria de ficar internada para dar à luz. Sozinha, saí do hospital e fui até o Bar Douradense para ver se tinha alguém conhecido para que eu pudesse mandar um recado ao meu esposo.

Gerolina com o falecido esposo Manuel no batismo da terceira neta (Aline)

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e volta para o hospital com muita fome e fra-

queza, o único dinheiro que eu tinha era o da passagem para voltar para casa. Mas mesmo assim comprei um pastel e uma coxinha. Como eu estava muito gorda, a roupa do hospital não serviu, então usei um lençol como camisola. Fiquei internada oito dias, pois havia passado por uma cesariana.

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om os filhos todos pequenos, houve o tempo de

muita seca e eu tinha de buscar água com um balde na cabeça no meio da terra tombada. Certo dia, avistei meus filhos correndo no meio da roça; logo percebi que eles estavam correndo atrás de uma cobra que era conhecida como jararaca, muito venenosa. Muito assustada, corri para socorrê-los e graças a Deus a cobra fugiu e nada de ruim aconteceu às crianças.

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oje meus filhos já são adultos, casados, com fi-

lhos e trabalhando para seus próprios sustentos e de suas famílias. Evanilde tem dois filhos, assim como Carlos e Francisco; Cleuza tem um recém-nascido e a Eva Maria é solteira. Tenho nove netos. Um deles, o Marcelo, é portador de necessidade educacional especial, porque teve meningite ao nascer. Não fala, não senta, não anda, mas entende tudo que acontece à sua volta. Eu o tenho como um presente de Deus.

Gerolina com seus netos

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enho também um filho adotivo que se chama Jefferson Mendes de Souza, que é neto de Dona

Maria Mendes. Com nove meses, ele foi entregue para eu cuidar, pois sua mãe o havia entregado para uma família de posseiros e a criança encontrava-se desnutrida. No ano de 2004, ele serviu na Cavalaria Mecanizada, eu e Dona Maria, sua avó, fomos assistir a sua formatura. Foi um dia de muita alegria para nós duas, porque quando vemos os filhos felizes sentimos felicidade em dobro.

Dona Maria, Jefferson e Gerolina

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epois de 38 anos morando em Vila São Pedro,

consegui meu primeiro emprego registrada em carteira, como serviços gerais, na Agência Bradesco, localizada às margens da BR 163. Na inauguração da agência, eu servi um lanche ao grande atleta João do Pulo, sentindo-me duplamente realizada, pelo emprego que acabei de conquistar e por conhecer um atleta brasileiro que veio de baixo lutando e vencendo cada desafio que a vida lhe impôs. Trabalhei em vários lugares como zeladora, lavadeira e coveira. No meio de tantas lutas, só tenho a agradecer a Deus pelas oportunidades.

Morada de Gerolina no lote da igreja

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oje estou com 64 anos, com a saúde um pouco

comprometida. Sou diabética, tenho pressão alta, mas “como sou brasileira, não desisto nunca”. Estou cursando o EJA (Educação de Jovens e Adultos). A sala é mista, com pessoas da terceira idade e jovens. Minha professora se chama Gildete Pereira Pinto Custódio. Além de aprender, tenho muitas amizades. O melhor de tudo é que me sinto bem. Fiz uma visita à Sanesul e criei poesias para homenagear os professores em datas especiais.

Gerolina na Feira de Ciências da E.M. Pref. Ruy Gomes (2006)

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a abertura da Feira de Ciências, recitei uma poesia intitulada

Sertaneja :

Eu venho de terra ardente Do castigante sertão, Onde a caatinga retorce Os orgulhosos No verão. Bendito de nada vale, Nem reza e nem oração. O que queremos é chuva, É dias que sejam bons.

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empre junto com meus colegas tenho vivido na

maior adrenalina e meus dias são felizes, sempre buscando cada vez mais conhecimentos, através de resgates de poesias e músicas. A cada dia que freqüento a sala de aula aprendo coisas novas. Gosto muito de participar das festividades. Outro dia comemoramos o aniversário do meu colega Márcio Roberto, que completou 25 anos e foi a primeira festa de aniversário que ele ganhou de presente dos colegas e funcionários da escola. Vivo a agradecer a Deus pela oportunidade de estar na escola, fazer amigos, aprender cada dia mais e realizar meu sonho de expor para todos como viveu e como vive esta mulher simples que lhes escreve estas linhas, Gerolina.

“Jesus, dai-me sabedoria para que eu possa entender as pessoas como elas são.”

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Ă lbum de Fotos da

Gerolina



Grupo de jovens da Prรณquia Sรฃo Pedro (1960)

Mulheres que trabalhavam na faxina da Parรณquia. Carregavam รกgua na cabeรงa. (1968)

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Padre Alexandre (Secular), vigário da Paróquia São Pedro em 1960

Padre Vicente (Secular) em 1967

Frei Chico (Franciscano) atendeu a Paróquia nos anos 1970

Frei Alfredo (Franciscano) na Capela Santa Izabel no Laranja Lima na década de 1968 46


Segundo altar da Paróquia São Pedro (1968-1996)

Primeiro altar da Capela São Pedro (1955)

Casa no lote da Paróquia São Pedro, que alojava trabalhadores da lavoura 47


Irm達 Maria de Lourdes (Palotina) e as ajudantes Gerolina e Maria dos Anjos

Carro da Irm達 Clara (Vicentina), utilizado no trabalho do Hospital Nossa Senhora de F叩tima (Vila S達o Pedro) 48


Frei Chico, Irmã Clara e professores da Escola Paroquial

A comunidade com o Frei Chico e o Dr. Américo Monteiro Salgado junto ao ambulatório do dentista

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Reunião de todos os Padres Franciscanos que atuavam em Mato Grosso, na década de 1960

Última celebração de Primeira Eucaristia do Frei Chico na Paróquia São Pedro

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Coroação de Nossa Senhora de Fátima na Paróquia São Pedro (31/5/1970)

Coral da Paróquia São Pedro (1968-1972)

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Avelino e Gerolina lavando a Rural adquirida pela comunidade da Par贸quia S茫o Pedro

Casamento de Gerolina e Manuel Balbino

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Gerolina e Natalício, seu filho caçula

Gerolina e Jefferson, seu filho adotivo

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ivemos num mundo em que só vence aquele que acredita em seus sonhos e luta para vê-los concretizados. Assim é Dona Gerolina, uma baiana, natural de Miguel Calmon, que aos 64 anos de idade realizou o tão sonhado desejo de ter sua trajetória de vida relatada nas páginas de um livro. Livro este que ela mesma idealizou e que trás em seu conteúdo os relatos de sua mais tenra infância até os dias de hoje, dos momentos de alegria e dor que perfazem a vida de todo ser humano.” GILDETE PEREIRA PINTO

ISBN 978-85-98598-59-8

9 788598 598598

Gerolina Carvalho Santos


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