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Uma viagem de 55 minutos em um avião intercontinental O voo Thai Airways que pegamos de Bangkok a Chiang Mai (583 km) era operado por um Boeing 777-300 que poderia facilmente fazer uma viagem de Bangkok a Amsterdam, sem escalas. Fiquei intrigado com o uso de tamanha aeronave para uma rota tão curta. Talvez seja da natureza asiática: gente demais, avião grande demais. E não havia qualquer motivo para reclamar: foi muito mais agradável viajar neste avião enorme. O serviço da Thai foi impecável, educado e pontual. O lanche era muito superior a qualquer coisa que se servem em voos domésticos no Brasil. Recebemos um sanduíche de file de peixe empanado com pasta de espinafre, doce de coco com algo que parecia uma gelatina (servido em um potinho de plástico com o logo fálico da Thai), suco meio estranho de laranja e um café.
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Chegando a Chiang Mai e parando para refletir por quê mesmo é que viemos para cá Logo depois do pouso em Chiang Mai comecei a achar a cidade meio esquisita. Para contribuir com a esquisitisse, nosso motorista de táxi passou toda estava marcando um encontro para a noite de sexta feira. Consegui entender as palavras “xyz baht” e “xyz motel”, além de risadinhas e sussurros - estes universais. Ao final da corrida paguei o amigo e desejei “Good luck tonight”, espero que tenha saído tudo bacana. Chegar no hotel foi bom: um quarto grande, hotel bonito, tudo limpo. Estava prontíssimo para cair rapidamente na piscina mas tão pronta a vontade foi a descoberta de que a piscina estava fechada para manutenção justamente naquele dia. No dia seguinte haveria de estar pronta. Passamos alguns minutos nos quarto consultando mapas e sites em busca do que haveria para se fazer por aqui. Nada conclusivo. Apareceram vários shows com animais, potencialmente exploradores e deprimentes com os bichinhos (elefantes, tigres, cobras). Fomos buscar um restaurante de comida da Birmânia, seguindo a trilha via Google Maps. No meio do caminho, outro pareceu mais interessante e por lá paramos. Muito recomendado, mas com um nome esquisito: Tastes From Heaven. Mais esquisita ainda era a tampa do assento sanitário, esta sim um verdadeiro assento do paraíso. A noite terminou com a promessa de alugar uma bicicleta. Um vídeo da Monocle sugeriu diversos lugares potencialmente interessantes para se fazer visitas rápidas. Parece um bom casamento com as duas rodas.
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27 DE FEVEREIRO 18 quilômetros percorridos de bicicleta em um país que dirige pelo lado esquerdo e mesmo assim foi uma ideia boa. Tomar café da manhã ou alugar uma bicicleta Decidimos que a melhor atitude, antes mesmo de tomar café, era alugar a bicicleta. Na frente do hotel há uma lanchonete/aluguel de veículos chamada Tawan Bikes, que aluga bicicletas por 50 baht para cada 24h. Paguei e deixei minha carteira de habilitação brasileira como garantia. Munidos agora deste ágil meio de transporte, pudemos ser mais ousados na escolha do local para café da manhã. Escolhi um que havia sido bem recomendado no TripAdvisor, o Angel’s Secrets. Era um local vegetariano cujo nome era igualmente esquisito ao Tastes from Heaven do dia anterior. Comemos omeletes, croissants, suco de laranja e café gelado.
O centro antigo de Chiang Mai, onde estávamos hospedados, tem formato quadrado. Sendo uma cidade que já foi murada, ela tem portões ao norte, sul, leste e oeste. O restaurante ficava próximo ao portão leste, conhecido como Tha Phae e também por ser o mais importante dos quatro. O local era apertado mas simpático, com decorações condizentes com o teor de seu nome. Tudo estava bem gostoso e percebia-se dedicação na montagem dos itens. O mercado Warorot Bastante atrasados no que diz respeito à ordem normal das coisas terminamos o café 12h00 - decidimos ir ao mercado Warorot, uma espécie de mercado municipal. Em menos de 10 minutos de bicicleta chegamos ao local. Foi fácil perceber que estávamos no lugar certo: muitas lojas, congestionamento de carros, motos e pessoas. Buscávamos um lugar para estacionar as bicicletas. Apontamos para um e de pronto surgiu uma pessoa dizendo que ali custaria 4 baht para prender nossos veículos. Não concordamos com a prática do flanelismo internacional, e portanto, buscamos outro lugar. Um senhor simpático indicou que poderíamos prendê-las, sem custo, em frente a sua loja. Dos itens esquisitos observados podem ser citados: Peixes estranhos vivos nadando em baldes, pássaros presos em nano-gaiolas de madeira/palha, rãs vivas em baldes, coisas secas do mar em geral, todos os tipos de pedaços de porco, roupas variadas, tecidos com estampas espalhafatosas e brinquedos duvidosos, com destaque para uma Lamborghini de papelão. Pausa para piscina Depois do mercado e do calor de uma volta de bicicleta próximo ao meio dia, demos uma parada no hotel no intuito de entrar na piscina. Era uma piscina de bom tamanho e tinha acabado de ser limpa: a água estava cristalina e sem manchas como aquela de Bangkok.
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A piscina foi uma oportunidade para testar a vedação aquática e a qualidade das imagens (sem a primeira não teríamos a segunda) da recém comparada câmera Xiaomi Yi. Aprovada com louvor. Nimmanhemin, a região moderninha Entre a Universidade de Chiang Mai e o centro murado da cidade fica a região de Nimmanhemin. Área moderninha com cafés 100% arábica produzidos ao redor da cidade, lojas de artefatos de design com preços acima do esperado. Passamos por um pequeno hotel com quartos inteiramente envidraçados dispostos ao nível da rua (aquário de turistas?). Almoçamos um omlete no restaurante Anchan, onde tomamos o suco Anchan. O restaurante ficava em uma travessa de uma das mais movimentadas avenidas do bairro e tinha uma varanda ao lado de vários fios elétricos perfeitamente ao alcance de nossos braços. Ao lado, uma obra de um prédio e várias mulheres pedreiras trabalho. Fiquei curioso e fui pesquisar para então descobrir que é bastante comum mulheres trabalharem na construção civil na Tailândia. Depois de almoçar, pedalamos pelas ruas do bairro e acabamos parando na iBerry, uma loja de sorvetes e doces absolutamente lotada de orientais, aparentemente todos Tailandeses. Havia por ali um frisson incompreensível daqueles jovens por sorvetes e por personagens da marca DOM (Since 1996). O grande cachorro-com-cara-de-velho fazia parte disso tudo. Era um verdadeiro ícone contemporâneo sobre o qual nada sabíamos e pouco descobrimos.
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LISTA DE FOTOS
p. 13 Corredor no Mercado Warorot
p. 14 Senhor no Warorot
p. 16 Faculdade de Arquitetura
p. 15 O port達o Tha Phae
p. 17 Perigo: cocos
Mais fotos em: tinyurl.com/FotosAsia2016
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Chiang Mai University Me cativam visitas a universidades. Talvez por ter sido uma parte interessante da minha vida, gosto de saber como é na vida das pessoas dos outros países. Acho engraçado também: por quê é que muitas universidades são espaços fisicamente tão abertos? Outras instituições públicas não são assim: escolas, prefeituras, etc. Se a educação superior é de difícil acesso para boa parte da população mundial, o acesso (físico) às universidades é bem irrestrito. Pudemos entrar na faculdade de arquitetura e adentramos uma sala repleta de maquetes dispostas ao chão. Tendo estudando design gráfico e visto colegas de design de produto durante 4 anos aquilo pareceu igual ao 8˚ andar da Reitoria da UFPR, mesmo sendo tão distante. O campus tinha um transporte com carrinhos elétricos, parecidos com carrinhos de golfe. Seria interessante ter isso nas universidades do Brasil, são muito mais agradáveis que ônibus. Outro fato curioso é que mesmo num final de tarde de sábado estava cheia a universidade. E não apenas a faculdade de arquitetura (provavelmente lá eles estavam fazendo maquetes), mas todo o campus. Havia lá dentro um lago que servia de reservatório de águas. Se eu estudasse por lá certamente seria um bom lugar pra tomar um Matte Leão e comer um pão de queijo (se é que isso seria vendido por lá).
Sobre andar de bicicleta em Chiang Mai A lógica da confiança: só se sobrevive ou se desloca nas ruas daqui quem tem confiança ou, pelo menos, quem não tem medo. Em geral, o fluxo indica como seguir: apenas vá. É engraçado como a simples mudança de lado implica em várias coisas. É muito mais complicado virar à direita do que à esquerda. Claro que isso é um motivo óbvio, mas para quem dirige e anda de bicicleta no Brasil, é toda uma lógica de trânsito que precisa ser invertida no simples ato de fazer uma conversão. Curiosamente, não há tantas bicicletas nas ruas. Sempre achei que toda a Ásia seria cheia de bicicletas, mas parece que o poder aquisitivo chegou há algum tempo e as transformou em motos e, principalmente, scooters de baixa cilindrada. As scooters são, de longe, o veículo preferido dos estudantes. Depois de 6 km de viagem em duas rodas desde a universidade, chegamos ao hotel. Nesse dia completamos aproximadamente 18 quilômetros de bicicleta, talvez um pouquinho mais se incluirmos aí os erros e os momentos em que ficamos ligeiramente perdidos por Chiang Mai. Fomos diretamente para a piscina para um bom relaxamento muscular. Chovia levemente e a piscina estava, além de vazia, mais fria do que antes. Nossa rota de bicicleta vista no Google Maps.
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Massagem nos pés Saímos do hotel buscando massagem nos pés, mas antes precisávamos jantar: escolhemos uma organizada barraquinha de comidas que vendia noodles embaixo da marquise de uma loja com operação diurna. Pedimos os noodles com frutos do mar sem saber o preço. A gra quantidade de pimenta foi igualmente proporcional a quantidade de água consumida - esta gratuita e self-service. Saiu 50 baht por pessoa. Alimentados e com a boca amortecida, fomos atrás da massagem Procurar por um lugar para se fazer massagem na Tailândia é mais ou menos como achar uma farmácia no Brasil: ande por alguma rua e eventualmente vai aparecer um ou mais estabelecimentos com aquilo que você precisa. Escolhemos um que parecia bastante arrumado e confiável: a massagem nos pés com duração de 1h custava 200 baht, algo como R$ 25. O primeiro passo era limpar os pés. Na verdade, ter os pés limpados. Depois de efetuar o pagamento, o resto é apenas relaxar. Os pés são alvados em uma pia que fica no chão, em água quente, para depois serem secados em uma toalha. Um momento muito similar ao de levar sua cabeça ao cabeleireiro. Depois, reclina-se em uma poltrona bastante confortável e se coloca os pés sobre um banquinho. Cremes variados (ao longo do processo foram ao menos três, com temperaturas e sensações diferentes) são passados nos pés e adjacências, até pouco abaixo do joelho. O trabalho é então iniciado e praticamente toda a área do pé é atingida. São mãos rigorosas e firmes que definitivamente sabem o que estão fazendo - ou, pelo menos, seguem um roteiro mesmo sem saber direito o que fazem. O resultado final foi quase uma redescoberta do próprio pé. É difícil imaginar que ele possa ficar tenso em lugares tão variados e que uma manipulação por vezes até agressiva possa resolver os emaranhados causados pelo dia a dia. A única parte estranha é que meu pé esquerdo saiu dali ligeiramente dolorido, bem como a panturrilha, mesmo tendo lá entrado sem essa dor. “No pain, no gain” se aplica à esse caso?
The North Gate Jazz Co-op Havia lido sobre um bar de jazz em Chiang Mai e pareceu interessante. Caminhamos por ruas absurdamente vazias e escuras. No Brasil, se me deparasse com locais como os que passamos provavelmente daria meia volta, pelo menos se estivesse a pé. Chegando lá, poderímos estar em um bar de uma cidade qualquer dos Estados Unidos ou do Brasil. Era um local simples, com poucas mesas. As bandas se apresentavam do lado e dentro e era possível sentar em bancos colocados nas calçadas. Quando chegamos, a primeira banda tocava a primeira música: como esperado, também aqui os músicos nunca começam no horário. Assistimos aos “The Standard Jazz” se apresentarem por cerca de quarenta minutos. Não há couvert: as duas Singhas que comprei por 70 baht cada devem pagar parte do cachê dos músicos. O público, cerca de 3/4 estrangeiro e 1/4 com jeito de local, parecia gostar do que via - e também nós. Os músicos eram bons mas, para meu pai - que entende melhor do gênero faltava um pouco de improvisação, tudo estava muito “certinho”. Saindo do bar tivemos que desviar de várias scooters estacionadas na calçada (a prova de que haviam locais no bar). No retorno ao hotel, voltamos por outras ruas igualmente desertas e, em cerca de 10 minutos, chegamos.
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28 DE FEVEREIRO Acordei com preguiça. Não por ter andado muito nos últimos dias mas sim por não vislumbrar coisas muito interessantes a serem feitas neste novo dia. A complicada organização da memória recente Depois de um café da manhã no hotel (omelete, suco de laranja e café), sugeri darmos um tempo no quarto. Era perto das 10:30 e queria organizar algumas fotos e vídeos no computador e escrever o relato do dia anterior. São 3 câmeras e um celular para se descarregar fotos e vídeos - sem contar essas palavras, que são geralmente descarregadas da cabeça com algum auxílio do Google quando os nomes já se embaralharam. Hoje a viagem completou uma semana e a pasta com fotos e vídeos em minha área de trabalho já soma 30 gb. Isso não indica obrigatoriamente que vi uma média de 4,2 gb de coisas interessantes por dias mas que, na verdade, é melhor eu tomar cuidado com vídeos longos demais. Era perto de meio dia quando dei a organização por terminada. Esse processo é meio cansativo, mas não me parece uma boa ideia deixar para fazer tudo isto na volta a casa. É inseguro: câmeras sempre estão por aí a cair em rios ou a serem esquecidas em trens. E a memória de curta duração também. Talvez ela fique nos travesseiros de hotéis. Um grande capítulo de visitas forçadas bem intencionadas Fomos ao Chiang Mai Culture and Art Center, que parecia ser um dos poucos museus da cidade. Você pode escolher entre pagar 90 baht por um ticket para o museu ou 180 baht para aquele museu e mais outros dois, válidos por 7 dias. Não tínhamos 7 dias mas pareceu fácil visitá-los todos naquela mesma tarde, já que nada mais tínhamos para fazer. O museu apresentava um ótimo panorama do que haveria de ser uma expografia proto-digital dos anos 90, com todas as falhas a ela inerentes -
desde as que nasceram ainda em projeto àquelas que foram desenvolvendose ao longo dos anos. O ambiente era escuro, botões estavam quebrados, maquetes de vegetação e nível do tamanho de um carro dispostas no centro das salas, mais monótonas que o objeto que representavam. Ele falava sobre a história da cidade, sua cultura e a maneira como foi incorporado à Tailândia no século 17. A melhor e mais atualizada parte da atração era a loja de souvenires, que apresentava uma variedade grande e itens que pareciam, de fato genuínos e artesanais. Na loja do museu notamos que estávamos sem dinheiro. Pegamos as bicicletas que ainda estavam conosco e saímos à caça de uma casa de câmbio. Como a que encontrávamos apresentava uma plaquinha “Be back in 5 min. Toilet”, compramos bebidas no 7/Eleven em frente a ela. Escolhi um Yakult versão gigante (pelo menos 300 ml), que provavelmente aumentou minha contagem de lactobacilos de uma maneira nunca antes vista. Com os bahts na carteira, fomos ao museu n.2: Chiang Mai Lanna Folk Culture Museum. Ele também falava sobre a história da cidade, sua cultura, etc. Mas com um foco maior na arte da cultura Lanna e sem o extensivo uso de gadgets museólogicos ultrapassados. Rápida pausa para comer Já passavam das 3 da tarde e a fome finalmente bateu. Voltamos ao Tastes From Heaven, onde pedimos um ótimo macarrão-com-macarrão-frito, feito com molho de coco e discretamente picante. É uma excelente combinação que deve ser testada de volta no ocidente, principalmente quando tudo que tiver no armário da cozinha for macarrão. De volta aos museus ruins Entramos no último dos 3 museus, que era justamente o que eu mais tinha esperança. Chiang Mai Historical Museum. Ao contrário dos outros 2, este localizava-se em um prédio mais novo e tinha poucos andares. Ele começava falando da geografia física do local (em um historical museum?).
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Bruscamente inseria aspectos de arte e cultura (mas os outros museus não eram de arte e cultura?). O final da rota era um sítio arqueológico em dois corredores especificamente montados para tal fim. Podíamos ver pedras, terra e um pequeno lamaçalzinho, pelos quais se caminhava por uma passarela de madeira. De longe, foi este o pior dos 3 museus. Depois de ver todos os três museus, uma conclusão era inevitável: eles poderiam ser um só museu, bastava terem feito o trabalho direito. A Feira de Domingo De volta ao hotel visitamos a amiga piscina, que estava ainda um pouco mais fria neste dia. Uma hóspede francesa aventurou-se na piscina pelo tempo suficiente para sua amiga tirar-lhe uma foto dentro d’água (cerca de 2 minutos). Nós passamos ao menos 10 minutos por lá. Recompostos, saímos do hotel para ir à feira de domingo, que fica bem no centro da cidade murada, atravessando várias ruas. No sábado existe uma feira praticamente igual, mas que fica do lado de fora dos muros, ao sul. Muitas e muitas e muitas barraquinhas se enfileiravam e vendiam o tipo de coisa que se espera de uma feira. Era ao mesmo tempo decepcionante e esperado ver que o sortimento de bens à venda por ali não diferia muito daquilo que se vê nas feiras do Brasil. Exceto pela comida. A janta foi realizada aos poucos, conformes as barquinhas de comida apareciam pelo caminho. Mais raras, as barracas alimentícias apareciam mais ou menos na proporção de 1 para 20 em relação àquelas de itens artesanais/ semi-artesanais ou descaradamente industrializados. Ainda assim, foi possível fazer uma boa degustação, boa o suficiente para garantir o esquecimento das fotos destes alimentos incomuns, exceto pelo pão com feijão preto doce. Cansados de andar pelas infinitas barraquinhas do mercado, fomos ao hotel dormir, já que acordaríamos cedo.
Comidas experimentadas •
Pastel de legumes fritos - 5 baht Nota 7/10 – Muito óleo.
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Suco de Milho - 10 baht Nota 10/10 – Doce e com densidade na medida correta.
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Suco de Carambola - 10 baht Nota 9/10 – Esta fruta é incrivelmente barata por aqui!
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Rolinho de Vegetais - 10 baht Nota 7/10 – Bem normal, tipo aqueles de restaurante chinês.
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Pão com recheio de feijão preto doce - 20 baht Nota 7/10 – Meio seco, mas vale pela originalidade.
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Suco de “Dragon Fruit” - 10 baht Nota 9/10 – Não cuspia fogo porém bom. Comidas vistas mas ignoradas
Grilos, gafanhotos, minhoquinhas, barata do mar, insetos estranhos, espetinho com entranhas variadas de porco, espetinho de pedaços de frutos do mar (polvo, lula, etc).
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29 DE FEVEREIRO Hoje saímos de Chiang Mai e deixamos a Tailândia para trás. O último vacilo de Chiang Mai O despertador tocou as seis horas da manhã. As malas estavam semi-prontas deste a noite anterior. Tomei um banho e fui fazer um chá, aproveitando que os dois hotéis até agora contavam com uma chaleira elétrica dentro do quarto. Como não havia água, pedi uma para o recepcionista, que atendeu ao pedido meio contrariado. Tomávamos o chá - de marca Dilmah - e comíamos uma bolacha, era nosso café da manhã. Enquanto isso, observamos pela janela 2 ou 3 monges passarem andando descalços pela viela (ou soi, em tailandês) para onde a sacada do hotel de projetava. Ao que parecia - andavam com potes na mão - estavam buscando doações de comida para o café da manhã deles. Fechamos as malas, revistamos o quarto em busca de evidências de nossa estadia e saímos para a recepção. Depois de entregar as chaves, descobri que Depois de pagar a água, pedi ao recepcionista um táxi que nos pudesse levar até o aeroporto. Prontamente ele olhou para um homem que estava sentado em um dos bancos da recepção do hotel.
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O sujeito que estava sentado ali esperava chegarem turistas chineses abrigados no hotel, provavelmente para levá-los a uma excursão - deduzi que eram chineses pois vi os nomes e sobrenomes, estavam num sulfite sobre o balcão. Sem pensar duas vezes, ele se ofereceu para nos levar até o aeroporto. O preço por ele oferecido foi de 200 baht. Eu, espantado, argumentei que se pagamos 150 para vir do aeroporto ao hotel, como poderia o caminho inverso custar mais caro? Impassível, ele não abaixou o preço com o argumento de que “há muita concorrência de táxis no aeroporto” e por isso é mais barato. Perguntei se a recepcionista poderia ligar para um táxi e ela sugeriu que, se eu quisesse, eu poderia pegar uma songtaew (uma caminhonete-lotação vermelha com bancos na caçamba). Em resumo: se eu quisesse um táxi, haveria de ser aquele mesmo. Irritado com a ganância da quadrilha formada por guia e recepcionista, decidi pelo melhor: não fomentar irritações e pagar mais caro. Talvez aqueles 50 baht a mais pagassem a comida de algum futuro Buda por aí. Embarcamos no Toyota do sujeito: vários amassados, sujeira e bancos surrados. Cerca de 10 minutos depois, ele nos deixou no aeroporto.
Veja o vĂdeo Chiang Mai em vimeo.com/album/3883522
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