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EDITORIAL

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CLIMA

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Continuidade, credibilidade e oportunidade

Prestes a completar 15 anos em setembro, a Associação dos Produtores de Energia de Santa Catarina caminha para uma transição de gestão com a marca que tem caracterizado toda a história da APESC: o trabalho colaborativo e contínuo para um fortalecimento consolidado da entidade e o atendimento a demandas do setor.

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A reputação e a credibilidade são dois dos principais valores que toda organização pode ter. E a APESC, hoje, tem. A relação institucional construída ao longo dos últimos anos nos deu reconhecimento e respeito, traduzidos no salto de 70 para mais de 100 associados, incluindo desde grandes empresas catarinenses e de fora do Estado até os pequenos geradores, industriais e prestadores de serviço de toda a cadeia produtiva. Na ponta, isso garantiu a manutenção de empregos e contribuiu para o crescimento econômico de SC em meio à pandemia.

A isenção do ICMS para a tarifa de energia em Geração Distribuída, a criação da Frente Parlamentar de Apoio às PCHs e CGHs e a agilização do processo de licenciamento e outorga de recursos hídricos estão entre as conquistas que tiveram participação ativa da APESC, bem como a aprovação da lei que trata das Avaliações Ambientais Integradas (AAI) ou Avaliações Integradas de Bacias Hidrográficas (AIBH) e a ação para que o CREA deixasse de exigir o registro das empresas geradoras, o que representa diminuição da burocracia e de custos para os associados.

As vitórias, no entanto, não diminuem os desafios. O cenário é cheio de oportunidades, com espaço para o crescimento da fonte hídrica, sobretudo de CGHs no segmento de GD, além do avanço da fonte solar, biomassa e biogás e do impulso à geração térmica com o gás natural. Mas nada disso resultará em desenvolvimento econômico, social e ambiental sem políticas públicas consistentes e perenes para nos tornarmos o Estado da Energia Limpa no Brasil.

Santa Catarina precisa ter autossuficiência na geração de energia, sendo necessário agregar, no mínimo, 2 GW em nossa matriz, e esse deve ser um compromisso firmado desde já com aqueles que querem ser nossos representantes a partir de 2023. Cabe ao poder público capitanear e coordenar esse movimento, para que, junto com os empreendedores, possamos pensar a energia renovável não como uma meta, mas sim como uma realidade.

Muito já foi feito, e a APESC pode se orgulhar da sua atuação pela sustentabilidade energética em Santa Catarina. Agora, uma real e efetiva integração de todos os atores envolvidos nesse processo será decisiva para os próximos passos.

Gerson Pedro Berti, Presidente da APESC

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