PROGRAMAÇÃO ASSOCIAÇÃO “OS FILHOS DE LUMIÈRE” AUDITÓRIO Organização e Produção Cristina Grande Pedro Rocha Ana Conde Colaboração Gisela Diaz Coordenação Técnica e Som Nuno Aragão Luz Rui Barbosa Cinema/Vídeo Carla Pinto
PRÓXIMA SESSÃO
17 ABR 2011 O GUARDADOR DE REBANHOS, Edgar Feldman, 1999, Portugal 36’, m/12 HÁ TOURADA NA ALDEIA, Pedro Sena Nunes, 2010, Portugal 75’, m/12
Momento XIX
CICLO O SABOR DO CINEMA MAR - JUN 2011
Auditório
27 MAR 2011 (Dom), 16h00
APOIO INSTITUCIONAL
COM APOIO
Informações: 808 200 543 / Reserva Bilhetes: 226 156 584 / Geral: 226 156 584 Rua D. João de Castro, 210 / 4150-417 Porto / Portugal / www.serralves.pt / serralves@serralves.pt
SANTOS DA CASA Maio e Tiago Afonso FOR PLUS X Paulo Abreu URSAS MENORES Regina Guimarães SILÊNCIO Patricia Afonso e JAS
AUSSTIEG Jorge Quintela CONFERÊNCIA César Pedro e Miguel Ramos ALHEAVA_FILME Miguel Santos Maia
SANTOS DA CASA
Santos da Casa/Maio e Tiago Afonso
Imagem, Montagem e Realização: Maio e Tiago Afonso PORTUGAL 2010
FOR PLUS X
Fotografia, Som e Realização: Paulo Abreu Com: Julieta Santa Voz: Isabel Gaivão PORTUGAL 2010
Conferência/César Pedro e Miguel Ramos
URSAS MENORES
Imagem e Montagem: Regina Guimarães e Saguenail Som: Rui Coelho Realização: Regina Guimarães Produção: Hélastre PORTUGAL 2010
SILÊNCIO
Imagem, Montagem e Realização: Patrícia Afonso e JAS Música: Pedro Moura PORTUGAL 2010
Alheava_filme/Manuel Santos Maia
AUSSTIEG
Fotografia, Montagem e Realização: Jorge Quintela Argumento: Pedro Bastos Som e Música: Morte Shopping Com: Nina West Produção: Jorge Quintela, Rodrigo Areias e Mário Gomes PORTUGAL 2010
CONFERÊNCIA
Realizaçâo: César Pedro e Miguel Ramos Argumento: Miguel Ramos, diálogos a partir de «Esta noite improvisa-se» de Luigi Pirandello Banda sonora: César Pedro dEEP DJOE PORTUGAL 2009
ALHEAVA_FILME
Argumento, Concepção sonora e Realização: Manuel Santos Maia Imagens e Narração: António Manuel Machado Maia Pós-produção: José Roseira Montagem: Manuel Santos Maia e José Roseira Som e Misturas: Pedro Lima PORTUGAL 2007
Neste início de Primavera carregado de imagens de devastação, não nos parece no entanto descabido abrir o XIX momento do Sabor do Cinema com um gesto de vitalidade e não tanto de luto. Essa vitalidade resulta ora de um voluntarismo que empurra o olhar para a frente e o obriga às tarefas de redescoberta do maravilhoso no seio da banalidade, dando largas ao desejo de ficcionar o texto do real, ora de uma necessidade de clarificar os contornos da ficção inscrita e pressentida nos percursos e rastos da vida. Assim, nesta sessão cabem inquietações tão diversas quanto a inquirição dum passado colonial através de imagens (arquivo) e de um relato (entrevista) que implicam directamente o pai do realizador (ALHEAVA_FILM); a revisitação por actores-aprendizes dum texto de Pirandello, desaguando na interrogação acerca do fosso entre o
público e o acto público, a plateia e o palco, bem como sobre o próprio ímpeto de espectacularizar (CONFERÊNCIA); a transformação de uma vulgar viagem numa narrativa e de uma janela de comboio num enquadramento dentro do enquadramento, um ecrã dentro do ecrã, apresentando-nos, no limite, as formas de percepção do viajante como um dos antepassados do cinema (AUSSTIEG); uma reflexão sobre os ritmos, a transitoriedade e, eventualmente a reversibilidade do tempo, onde se enxertam momentos-flash que servem de receptáculos ao imaginário concentrado (SILÊNCIOS); uma visita tríptica de uma lenda singela através dos quatro elementos e de algumas imagens entrevistas na cidade a que o relato lendário se refere (URSAS MENORES); um poema visual realizado em homenagem a uma película em vias de extinção, cuja qualidade plástica o cineasta apreciava particularmente (FOR PLUS X); uma deambulação encantada pelos quatro cantos de casa em que o olhar e o dizer fazem existir as coisas (SANTOS DA CASA). Esta é uma sessão dedicada à forma breve, na qual são privilegiados não apenas trabalhos muito recentes como também obras realizadas fora do sistema de produção que tem vindo a tomar conta dos realizadores estreantes. Não se trata pois de cineastas que encaram a curta-metragem como cartão de visita antes de saltarem para os filmes «à séria», mas de autores que, num contexto caseiro ou não, se exprimem, de um modo contido, sobre questões que mexem com a sua intimidade e exigem cinemas diferenciados para serem expressas.