UMA AVENTURA NO ESPAÇO 1 – BOAS-VINDAS 2 - CARLA DESENHANDO ÓRBITAS Sou a Carla Cosmonauta Do Cosmos recém-chegada! Por obra e graça da Luz Me vejo catapultada E ao vosso planeta azul Eis-me agora regressada. Sou a Carla Cosmonauta! Astro-moça em velo-nave Desafiando os vazios E a lei da gravidade Para vos acompanhar Onde o saber nos levar. Sou a Carla Cosmonauta! No espaço espaço não falta Nem interessa a diferença Entre o ser tudo e o ser nada - Vós sereis cosmo-turistas De uma visita guiada... Sou a Carla Cosmonauta! Abri bem vossos mirantes Nesta visita veremos Lugares tão fora do tempo Tão futuros do passado Que já existiam dantes. Sou a Carla Cosmonauta! A música das esferas Escreve-se fora da pauta Há muitos mundos no mundo Mil buracos ultra-negros Formas buscando seu fundo. Sou a Carla Cosmonauta! Astro-moça em velo-nave Desafiando os vazios E a lei da gravidade Para vos acompanhar 1
Onde o saber nos levar. Sou a Carla Cosmonauta E aprendi à minha custa Que sonhar sonhar sonhar Jamais ocupa lugar Pois o sonho tem o peso - bis Que a gente lhe quiser dar. Sou a Carla Cosmonauta Dancei com meteoritos Namorei com asteróides E vi nascer supernovas Entre chuvas de faíscas E tempestades de gritos. Sabei meninos meninas Que há grandes semelhanças Entre o grande e o pequeno. E que o maior ensinamento Do visitante do espaço Não ocupa muito tempo. Na clareira das florestas Ou na poeira de estrelas A mesma singela arte Nos reúne em pensamento: O Cosmos começa aqui E há Cosmos por toda a parte. 3 – ATERRAGEM – SATÉLITE 4 – A FLORESTA 5 – A CLAREIRA A 6 – A CLAREIRA B 7 – A CIDADE A 8 – A CIDADE B 9 – O ESPAÇO VAZIO 10 - PONTO LINHA PLANO 11 - BIG BANG - CANTIGA URBANO-ABSURDA DO BIG BANG era um ganda ganda big com bué de cenas dentro tantas e tão apertadas que ainda hoje não temos delas big entendimento pois dentro do big havia 2
coisas que só os vindouros viriam a vislumbrar planetas, cometas louros e estrelas sempre a estrelar panelinhas de pressão sapatos de salto alto postes de alta tensão tractores e carros de assalto e naves em perdição para haver vazio e espaço entre os corpos em expansão foi preciso haver um bang e desde a grande explosão o cosmos não tem descanso pois dentro do big havia coisas que só os vindouros viriam a vislumbrar buracos negros em barda supernovas a pintar cinturas de asteróides e nebulosas cerradas supermercados de andróides e robots gravitar à chuva dos meteoros era um ganda ganda big com bué de cenas dentro tantas e tão apertadas que ainda hoje não temos delas big entendimento pois dentro do big havia coisas que só os vindouros viriam a vislumbrar galáxias tótil distantes foguetões a rabiar bichos nas constelações músicas entre as esferas sistemas ultra solares bilhetes de ida sem volta 3
e satélites à solta 12 - O NASCIMENTO DO COSMOS 13 – O ESPAÇO a DOIS INTIMIDADE tu e eu aqui presentes lutamos em várias frentes entre clareza e clareira entre clamor e acalmia dentro de casas e camas caçadores muito insolentes com armas de anti-verdade armas da livre vontade tu e eu aqui presentes somos por vezes dois tus quando calha um só eu às tantas um mim tão teu que se desdobra sem fim ao invés da eternidade lutamos em várias frentes com armas de anti-maldade tu e eu nos somos eles nos somos elos e nós novelos após novelos nos somos vós de haver voz nomes presos por um fio rio após rio após rio contra mares de vazio e ao arrepio da foz tu e eu aqui presentes mentes pintadas de corpo corpos despidos de cosmos olhos vestidos de voz lutamos em várias frentes somos aresta de festa passando sempre à tangente tu em mim aqui presente 15 – OVNIS & BOMBOS
FIM 4
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