Diálogos em Educação Especial III

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Nota de Abertura O E-book Diálogos em Educação Especial III - Livro de Resumos 2020 - sintetiza o mais relevante da produção científica realizada nos Cursos de Formação Especializada na Área da Educação Especial da Escola Superior de Educação de Fafe durante o ano letivo 2019/2020. Cumpre-se, assim, a tradição de levar a um público mais vasto o resultado do trabalho de investigação dos pós-graduados e, simultaneamente, tornar acessível aos novos alunos o estado da arte da produção científica na área, fornecendo pistas para novos caminhos e estabelecendo tendências na investigação em educação especial realizada na ESE de Fafe. Os artigos aqui resumidos refletem, já, o caráter de excecionalidade do ano letivo 2019/2020; nas vicissitudes descritas no processo de recolha de dados empíricos, nas circunstâncias pessoais em que os projetos tiveram de ser redigidos, e, especialmente, na discrição objetiva – que não ilude a dimensão de comprometimento humano e a sensibilidade ao sofrimento do outro – do impacto da pandemia na vida das Escolas, dos professores, dos alunos e das suas famílias. Os obstáculos que a pandemia acrescentou ao complexo processo de implementação de uma verdadeira educação inclusiva nas Escolas aparecem caracterizados em muitos dos artigos apresentados, trazendo à discussão uma realidade obscurecida por urgências com maior ascendência mediática, assim como o estudo e a inventariação de boas práticas inclusivas no contexto do E@D. Em resposta a uma situação de excecionalidade, os autores souberam reinventar os seus trabalhos de projeto e (re)descobrir a relevância social do conhecimento. Os organizadores


ÍNDICE PRÁTICAS ADOTADAS PELO PROFISSIONAL DE INTERVENÇÃO PRECOCE NA RESPOSTA ÀS NECESSIDADES DA FAMÍLIA E DA CRIANÇA EM CONTEXTO DE ESTADO DE EMERGÊNCIA COVID-19 Cátia Ferreira & Olívia de Carvalho

A PARTICIPAÇÃO DAS FAMÍLIAS NA INTERVENÇÃO EM TERAPIA DA FALA, NO CONTEXTO DA INTERVENÇÃO PRECOCE Maria Elisabete Leite & Rosa Martins

O VALOR DA INTERVENÇÃO PRECOCE NO PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NO 1º CICLO Elisabete Soares Oliveira & Olivia de Carvalho

PERCEÇÕES DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA SOBRE O SEU PAPEL NA INTERVENÇÃO PRECOCE Florbela Rita & João Pascoinho

CONTEXTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: REPRESENTAÇÕES DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO ESPECIAL João Miguel Fernandes & Olívia de Carvalho

A IMPORTÂNCIA DO EDUCADOR NA DETEÇÃO PRECOCE DAS DIFICULDADES LINGUÍSTICAS Patrícia Ivone da Silva & Rosa Martins

O APOIO DADO PELAS EQUIPAS LOCAIS DE INTERVENÇÃO PRECOCE - PERSPETIVA DO EDUCADOR DE INFÂNCIA Sara Oliveira & Rosa Martins

COMPREENDER O AUTISMO – UMA VISÃO DE DOCENTES Susana Fernandes & João Pascoinho


IMPORTÂNCIA DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO PARA O SUCESSO DE TODOS OS ALUNOS Ana Gregório & Ana Isabel Abreu

A PERCEÇÃO DOS PROFESSORES FACE À IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA E DA ESCOLA NO DESENVOLVIMENTO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA COGNITIVA Ana Isabel Valadar & Olívia de Carvalho

CRIANÇAS COM PERTURBAÇÃO DO ESPETRO DO AUTISMO. BEM-ESTAR DOS PAIS Ana Maria Neves & Celeste Lopes

A INTEGRAÇÃO DO ALUNO NO ESPAÇO ESCOLAR: A CONTRIBUIÇÃO DAS MEDIDAS DE SUPORTE À APRENDIZAGEM E INCLUSÃO (A INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DOS DECRETOS-LEI N.º 54 E 55/2018) Ana Teresa Gonçalves & Victor Sil

AUTISMO; EDUCAÇÃO PARA A INCLUSÃO Carla Ferreira & Celeste Lopes

UMA ABORDAGEM INCLUSIVA DOS ALUNOS COM PERTURBAÇÃO DE HIPERATIVIDADE E DÉFICE DE ATENÇÃO NA APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA NO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO Carla Santos; Ana Isabel Abreu & Estrela Paulo

POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA, NA PERSPETIVA DE ORIENTAÇÕES INTERNACIONAIS Carla Teixeira & Victor Sil

A IMPORTÂNCIA DAS TIC NA APRENDIZAGEM DE ALUNOS COM NEE Cátia Crespo & Ana Isabel Abreu

A CINOTERAPIA NAS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS Célia Calado & Olívia de Carvalho


RELEVÂNCIA DA MÚSICA NO DESENVOLVIMENTO DE UMA CRIANÇA COM PERTURBAÇÃO DO ESPETRO DO AUTISMO – ESTUDO DE CASO Daniel Henriques & Celeste Lopes

SOBREDOTAÇÃO E A VIVÊNCIA ESCOLAR Helena Cavadinhas & Olívia de Carvalho

UMA CULTURA DE TRABALHO COLABORATIVO NO 1.º CICLO DO ENSINO BÁSICO Helena Silva; Ana Isabel Abreu & Estrela Paulo

A EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO PROFISSIONAL Mafalda Silva & Celeste Lopes

ESCOLA INCLUSIVA: REPRESENTAÇÕES DE PAIS, PROFESSORES E DIREÇÃO Maria Helena Silva & Olívia de Carvalho

INCLUSÃO ESCOLAR NA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS Maria João Cardoso & Celeste Lopes

MEDIDAS ADICIONAIS DE SUPORTE À INCLUSÃO NO ENSINO PRÉ-ESCOLAR Maria José Cunha & Victor Sil

ATIVIDADES LÚDICAS E A CRIANÇA COM SÍNDROME DE ASPERGER Maria Manuela Faria & Ana Isabel Abreu

PERTURBAÇÕES DO ESPETRO DO AUTISMO, PREOCUPAÇÕES SENTIDAS PELOS EDUCADORES Maria Albertina Tardego & Celeste Lopes

CRIANÇAS COM PERTURBAÇÃO DO ESPECTRO DO AUTISMO ENTRE OS SEUS PARES Maribel Loureiro & Celeste Lopes


MEMÓRIA DE TRABALHO E LEITURA EM CRIANÇAS COM PERTURBAÇÃO DE HIPERATIVIDADE COM DÉFICE DE ATENÇÃO Marlene dos Santos & Celeste Lopes

MATEMÁTICA FUNCIONAL NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ESTUDO DE CASO Natália Macedo; Ana Isabel Abreu & Estrela Paulo

OS BENEFÍCIOS DA APRENDIZAGEM DE UM INSTRUMENTO MUSICAL POR CRIANÇAS COM PEA Renato Corte-Real & Celeste Lopes

A PERCEÇÃO DOS PROFESSORES ACERCA DO APOIO PRESTADO PELOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E DO SEU CONTRIBUTO PARA A INCLUSÃO Ricardo Vicente & Ana Isabel Abreu

OS BENEFÍCIOS DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA PRIMEIRA INFÂNCIA, NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA Sandra Silva & Victor Sil

ABORDAGEM INCLUSIVA AOS ALUNOS COM PERTURBAÇÃO DO ESPECTRO DE AUTISMO NA APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA NO 3.º CICLO DO ENSINO BÁSICO Sílvia Carvalho & Celeste Lopes

A IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO PRECOCE CENTRADA NA FAMÍLIA: O CASO DE UMA CRIANÇA COM TRISSOMIA 21 Silvina Cunha & Victor Sil

O PAPEL DO PROFESSOR DO 1º CICLO FACE À DISLEXIA Sónia Cardoso & Ana Isabel Abreu

ESCOLA

INCLUSIVA

EM

OPORTUNIDADES? Susana Sousa & Olívia de Carvalho

TEMPO

DE

PANDEMIA:

QUE

DESAFIOS?

QUE


IMPORTÂNCIA DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO PARA O SUCESSO DE TODOS OS ALUNOS Ana Gregório & Ana Isabel Abreu

A PERCEÇÃO DOS PROFESSORES FACE À IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA E DA ESCOLA NO DESENVOLVIMENTO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA COGNITIVA Ana Isabel Valadar & Olívia de Carvalho

CRIANÇAS COM PERTURBAÇÃO DO ESPETRO DO AUTISMO. BEM-ESTAR DOS PAIS Ana Maria Neves & Celeste Lopes

A INTEGRAÇÃO DO ALUNO NO ESPAÇO ESCOLAR: A CONTRIBUIÇÃO DAS MEDIDAS DE SUPORTE À APRENDIZAGEM E INCLUSÃO (A INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DOS DECRETOS-LEI N.º 54 E 55/2018) Ana Teresa Gonçalves & Victor Sil

AUTISMO; EDUCAÇÃO PARA A INCLUSÃO Carla Ferreira & Celeste Lopes

UMA ABORDAGEM INCLUSIVA DOS ALUNOS COM PERTURBAÇÃO DE HIPERATIVIDADE E DÉFICE DE ATENÇÃO NA APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA NO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO Carla Santos; Ana Isabel Abreu & Estrela Paulo

POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA, NA PERSPETIVA DE ORIENTAÇÕES INTERNACIONAIS Carla Teixeira & Victor Sil

A IMPORTÂNCIA DAS TIC NA APRENDIZAGEM DE ALUNOS COM NEE Cátia Crespo & Ana Isabel Abreu

RELEVÂNCIA DA MÚSICA NO DESENVOLVIMENTO DE UMA CRIANÇA COM PERTURBAÇÃO DO ESPETRO DO AUTISMO – ESTUDO DE CASO.


Daniel Henriques & Celeste Lopes

PROJETO - SOBREDOTAÇÃO E A VIVÊNCIA ESCOLAR Helena Cavadinhas & Olivia de Carvalho

UMA CULTURA DE TRABALHO COLABORATIVO NO 1.º CICLO DO ENSINO BÁSICO Helena Silva; Ana Isabel Abreu & Estrela Paulo

A EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO PROFISSIONAL Mafalda Silva & Celeste Lopes

ESCOLA INCLUSIVA: REPRESENTAÇÕES DE PAIS, PROFESSORES E DIREÇÃO Maria Helena Silva & Olívia de Carvalho

INCLUSÃO ESCOLAR NA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS Maria João Cardoso & Celeste Lopes

MEDIDAS ADICIONAIS DE SUPORTE À INCLUSÃO NO ENSINO PRÉ-ESCOLAR Maria José Cunha & Victor Sil

ATIVIDADES LÚDICAS E A CRIANÇA COM SÍNDROME DE ASPERGER Maria Manuela Faria & Ana Isabel Abreu

PERTURBAÇÕES DO ESPETRO DO AUTISMO, PREOCUPAÇÕES SENTIDAS PELOS EDUCADORES Maria Albertina Tardego & Celeste Lopes

CRIANÇAS COM PERTURBAÇÃO DO ESPECTRO DO AUTISMO ENTRE OS SEUS PARES Maribel Loureiro & Celeste Lopes

MEMÓRIA DE TRABALHO E LEITURA EM CRIANÇAS COM PERTURBAÇÃO DE HIPERATIVIDADE COM DÉFICE DE ATENÇÃO Marlene dos Santos & Celeste Lopes


MATEMÁTICA FUNCIONAL NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ESTUDO DE CASO Natália Macedo; Ana Isabel Abreu & Estrela Paulo

OS BENEFÍCIOS DA APRENDIZAGEM DE UM INSTRUMENTO MUSICAL POR CRIANÇAS COM PEA Renato Corte-Real & Celeste Lopes

A PERCEÇÃO DOS PROFESSORES ACERCA DO APOIO PRESTADO PELOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E DO SEU CONTRIBUTO PARA A INCLUSÃO Ricardo Vicente & Ana Isabel Abreu

OS BENEFÍCIOS DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA PRIMEIRA INFÂNCIA, NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA Sandra Silva & Victor Sil

ABORDAGEM INCLUSIVA AOS ALUNOS COM PERTURBAÇÃO DO ESPECTRO DE AUTISMO NA APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA NO 3.º CICLO DO ENSINO BÁSICO Sílvia Carvalho & Celeste Lopes

A IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO PRECOCE CENTRADA NA FAMÍLIA: O CASO DE UMA CRIANÇA COM TRISSOMIA 21 Silvina Cunha & Victor Sil

O PAPEL DO PROFESSOR DO 1º CICLO FACE À DISLEXIA Sónia Cardoso & Ana Isabel Abreu

ESCOLA

INCLUSIVA

EM

OPORTUNIDADES? Susana Sousa & Olívia de Carvalho

TEMPO

DE

PANDEMIA:

QUE

DESAFIOS?

QUE


PRÁTICAS ADOTADAS PELO PROFISSIONAL DE INTERVENÇÃO PRECOCE NA RESPOSTA ÀS NECESSIDADES DA FAMÍLIA E DA CRIANÇA EM CONTEXTO DE ESTADO DE EMERGÊNCIA COVID-19 Cátia Ferreira & Olívia de Carvalho mv3438@gmail.com/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

O estudo pretende conhecer as práticas adotadas pelo profissional de Intervenção Precoce (I.P.) na resposta às necessidades da família e da criança em contexto de Estado de Emergência Covid-19. Participou no estudo o profissional de I.P. e a mãe da criança que beneficia dos seus serviços. Trata-se de um estudo qualitativo de cariz compreensivo e interpretativo. Como instrumento de colheita de dados foi utilizado uma entrevista semiestruturada. Da análise dos resultados foi possível concluir que, o profissional de intervenção precoce adaptou a sua intervenção aos contextos naturais da família. Com a envolvência da família, definiram objetivos funcionais e estratégias, criando oportunidades de aprendizagem com intervenções fáceis de fazer, que se encaixam na rotina diária da criança proporcionando aprendizagens significativas. Em contexto de estado de emergência, a prática do profissional de IP foi congruente com o enquadramento legislativo e às práticas atuais em Intervenção Precoce. Palavras-chave: Práticas; Intervenção Precoce; Necessidades da Família; Estado de Emergência COVID-19. A PARTICIPAÇÃO DAS FAMÍLIAS NA INTERVENÇÃO EM TERAPIA DA FALA, NO CONTEXTO DA INTERVENÇÃO PRECOCE Maria Elisabete Leite & Rosa Martins bete.leite@hotmail.com/ rosamartins@iesfafe.pt

O estudo pretende identificar o contributo que a participação ativa da família pode significar, no desenvolvimento de competências comunicativas e linguísticas, no contexto da Intervenção Precoce. Tem-se vindo a entender que o papel desempenhado pela família, no desenvolvimento da criança, é cada vez mais preponderante. E que uma parceria entre família e técnicos especializados (nomeadamente Terapeutas da Fala), envolvidos na vida da criança, é fulcral na sua formação e crescimento e revela impactos


positivos a todos os níveis. Portanto, são objetivos deste trabalho, analisar a importância da participação da família na intervenção em terapia da fala, conhecer os fatores que podem limitar essa participação e, ainda, identificar as estratégias usadas pelos terapeutas da fala para favorecer a participação das famílias. Uma amostra de 138 Encarregados de Educação/Familiares e 170 Terapeutas da Fala foram inquiridos através de inquiridos através de inquérito por questionário. Para analisar os resultados utilizouse uma análise estatística quantitativa. De uma maneira geral, o estudo permite perceber que os pais consideram que participam ativamente e que cada vez têm mais consciência que o envolvimento familiar é fundamental no desenvolvimento de aptidões na criança. No entanto, apesar da participação ter aumentado significativamente, é necessário otimizar e explorar novas formas de relacionamento, levando a que haja ainda mais interesse e participação por parte dos pais. Seria também benéfico, trabalhar no sentido de arranjar novas estratégias, para que os pais tenham um papel mais ativo, em todo o processo terapêutico. Palavras-chave: Intervenção Precoce, Família, Terapia da fala. O VALOR DA INTERVENÇÃO PRECOCE NO PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NO 1º CICLO Elisabete Soares Oliveira & Olivia de Carvalho elisabeteoliveirafafe@gmail.com/ oliviacarvalho@iesfafe.pt

O presente trabalho pretende explorar a importância do valor da Intervenção Precoce no processo de inclusão de alunos no 1º Ciclo com Dificuldades de Aprendizagem. Ao longo dos anos têm sido realizadas investigações no sentido de provar, que com a implementação das práticas da Intervenção Precoce na Infância existe uma evolução no desenvolvimento das crianças no seu futuro. A Intervenção Precoce veio com o intuito em apoiar as famílias e os seus filhos de modo a podê-las orientá-las da melhor forma. A família é um modelo, um exemplo, um “espelho”, o qual os filhos tendem a imitar. Portanto, é o principal modelo estruturante na forma de construção a nível genético, cultural e social do indivíduo e é por isso que é tao importante o acompanhamento da Intervenção Precoce em determinadas famílias. Sabemos que existem diferentes tipos famílias, diferentes conceitos de “família”. São estas situações, que por vezes, causam conflitos entre os casais, pois não sabem lidar com esta pressão em serem pais, em


terem diferentes responsabilidades, em assumirem diferentes encargos e por vezes em tentar aceitar que o/a filho(a) tem algum tipo de diversidade que não veem noutras crianças. Apercebem-se que o seu filho não acompanha o ritmo de outras crianças da sua faixa etária, levando-os por vezes ao desespero e a uma desorientação. É por isso que é fundamental a família depositar total confiança nos Educadores, Professores e Técnicos Especializados em IP. Estes serão capazes de ajudá-los desde a primeira infância ou até mesmo desde o início da gravidez. Este acompanhamento e trabalho conjunto é fulcral para se conseguirem explorar ao máximo todas as potencialidades e expectativas das crianças destas famílias. Urge haver um acompanhamento da IP no 1º Ciclo para haver continuidade deste trabalho de inclusão e conseguir ultrapassar as barreiras que vão surgindo relativamente às aprendizagens. Palavras-chave: Intervenção Precoce, Inclusão no 1º Ciclo, Dificuldades de Aprendizagem. PERCEÇÕES DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA SOBRE O SEU PAPEL NA INTERVENÇÃO PRECOCE Florbela Rita & João Carlos Pascoinho florbelarita@gmail.com /joaopascoinho@iesfafe.pt

Hoje em dia as nossas escolas apresentam-se como um espaço de elevada diversidade, os alunos apresentam caraterísticas/dificuldades muito próprias que os tornam únicos, que os distinguem dos demais e que devem ser identificadas o mais cedo possível. A educação inclusiva apresenta-se como uma das prioridades do sistema educativo e o papel dos educadores é preponderante. Para efetuar uma reflexão sobre as perceções dos educadores no Agrupamento de Escolas D. João II, aplicou-se um questionário às educadoras do referido agrupamento e uma entrevista à coordenadora da Educação Pré-escolar. Tentou-se com este trabalho perceber a importância que atribuem ao papel que desempenham, à sua formação, se esta lhes permite identificar os fatores que podem levar a esse encaminhamento e se a falta de formação em educação Especial pode ser percecionada como um fator que contribui para mais dificuldades na sinalização das crianças para a Intervenção Precoce. Os resultados sugerem, que a experiência na sinalização de crianças para a Intervenção Precoce é considerada uma mais-valia para as educadoras e que a formação em Educação Especial deveria ser


integrada, não só na formação inicial, como também na formação contínua, para fazer face às adversidades sentidas na sinalização e encaminhamento para a Intervenção Precoce. Palavras-chave: Intervenção Precoce; Educadoras de infância; Formação. CONTEXTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: REPRESENTAÇÕES DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO ESPECIAL João Miguel Fernandes & Olívia de Carvalho vscjoao@gmail.com / oliviacarvalho@iesfafe.pt

O artigo que se segue tem como objetivo abordar e analisar as representações dos professores de Educação Especial, de forma a explicitar o nível do ambiente de inclusão no contexto de educação pré-escolar face ao impacto da Implementação do Decreto-Lei 54/2018. Foi aplicado um questionário aos profissionais da área. Na realização do mesmo, foi tida em consideração a problemática em estudo, de forma a esclarecer a informação em relação a opções tomadas, servir de base à reflexão e à discussão acerca da inclusão, bem como descrever e formular as áreas problemáticas. Foram colocadas questões sobre o clima geral de acolhimento, o ambiente social inclusivo, a abordagem centrada na criança, o ambiente físico pensado em função das crianças, os materiais para todas as crianças, as oportunidades de comunicação para todos, o ambiente inclusivo de ensino e de aprendizagem, e, por fim, o ambiente de envolvimento da família. Os resultados obtidos foram sintetizados e concluiu-se que os Professores de Educação Especial atestam, à data, um bom nível de inclusão nas escolas de Portugal. Verificou-se, ainda, que a maioria dos professores de EE considera que todas as crianças e respetivas famílias se sentem bem acolhidas; que acham o espaço da educação préescolar estimulante quer para as crianças, quer para os profissionais e que valorizam a diversidade da comunidade local, algo que vem ao encontro do Decreto-Lei 54/2018. Palavras-chave: Ambiente, Inclusão, Professor Educação Especial. A IMPORTÂNCIA DO EDUCADOR NA DETEÇÃO PRECOCE DAS DIFICULDADES LINGUÍSTICAS Patrícia Ivone da Silva & Rosa Martins tixinha-ese@hotmail.com / rosamartins@iesfafe.pt


Este estudo parte do pressuposto que o papel do educador de infância é fundamental, na deteção precoce das problemáticas ao nível da linguagem, de forma a prevenir e evitar o agravamento das dificuldades linguísticas observadas. Partindo desta premissa, esta investigação irá apurar quais as alterações linguísticas mais recorrentes, na opinião dos educadores e quais as estratégias educativas que aplicam diariamente, de modo a reduzir o impacto destas perturbações no desenvolvimento global da criança. Pretendese com este estudo, perceber também, quais as necessidades dos educadores, neste processo de sinalização e encaminhamento, inerente à deteção das perturbações linguísticas. O método de pesquisa utilizado para recolha de dados, foi o inquérito por questionário. Recorreu-se a uma amostra por conveniência, em que foram auscultados 181 educadores de infância. Os dados recolhidos foram submetidos a uma análise estatística interpretativa, da qual se concluiu que a maioria dos educadores já trabalhou ou trabalha com crianças com perturbações linguísticas, recorrendo por isso a múltiplas estratégias de intervenção, de modo a evitar o agravamento destas dificuldades. Os inquiridos afirmaram a pertinência da utilização de instrumentos específicos, facilitadores desta deteção precoce. Esta investigação corroborou o princípio de que, o educador é para a criança, o principal promotor de oportunidades comunicativas equitativas e de qualidade, no entanto, apenas uma reduzida percentagem dos inquiridos tem formação específica nesta área, concluindo-se que no futuro deve haver uma maior aposta na formação especializada. Esta realidade, foi confirmada pela afirmação de relevância, concernente à assessoria de um terapeuta da fala, em contexto de sala. Palavras-chave: Educador de Infância; Deteção precoce; Perturbações linguísticas. O APOIO DADO PELAS EQUIPAS LOCAIS DE INTERVENÇÃO PRECOCE - PERSPETIVA DO EDUCADOR DE INFÂNCIA Sara Oliveira & Rosa Martins saraoliveira27@hotmail.com / rosamartins@iesfafe.pt

Este estudo tem como objetivo perceber o ponto de vista dos profissionais em educação de infância sobre o apoio dado pelas equipas locais de intervenção precoce. Como se articula este trabalho com os educadores e se a intervenção ocorre em contexto de grupo ou isoladamente. Tenta perceber ainda a importância do trabalho conjunto entre


os profissionais, como promotores do desenvolvimento integral de cada criança, uma vez que quanto mais precoce é a intervenção, melhores serão os resultados. A metodologia baseou-se na realização de inquéritos aplicados a uma amostra de 130 Educadores de Infância, em diferentes contextos desde a creche ao pré-escolar, do ensino público e privado. Com a análise dos resultados percebeu-se que o apoio dado pelas equipas locais de intervenção precoce é muito importante ainda que muitas vezes insuficiente. Uma intervenção centrada nas rotinas a par de um apoio dado em contexto de sala será promotora de um ensino aprendizagem em que se promove um ambiente cada vez mais inclusivo. Palavras-chave: Educação de Infância, Intervenção Precoce, Inclusão. COMPREENDER O AUTISMO – UMA VISÃO DE DOCENTES Susana Fernandes & João Carlos Pascoinho susanamtf@gmail.com / joaopascoinho@iesfafe.pt

O presente projeto foi desenvolvido com vista a uma melhor compreensão das atitudes e representações sociais de educadores de infância face à inclusão das crianças com perturbações do espectro do autismo. Considerou-se importante verificar a existência de conhecimentos por parte dos inquiridos acerca perturbações do espectro do autismo. De natureza quantitativa, este estudo foi desenvolvido com sujeitos que integram a comunidade educativa de escolas em Guimarães e os dados recolhidos por meio de um questionário construído especificamente para esse efeito. A formação especializada e a experiência de trabalho com crianças com perturbações do espectro do autismo são aspetos que parecem influenciar positivamente o conhecimento sobre esta temática. Sendo assim, este estudo vem corroborar a importância da experiência que advêm do contato junto das crianças com perturbações do espectro do autismo, para uma melhor compreensão dos mesmos, assim como a pertinência da formação especializada, que permite uma atualização de conhecimento.

Palavras-chave: Espetro autismo, representações sociais, Educadores Infância. IMPORTÂNCIA DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO PARA O SUCESSO DE TODOS OS ALUNOS Ana Gregório & Ana Isabel Abreu ana.lucy.1984@gmail.com / anaisabelabreu@sapo.pt

O presente trabalho foi desenvolvido com vista a refletir sobre a importância da utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no processo de ensino


aprendizagem e o seu contributo para o sucesso educativo de todos os alunos. A recolha de informação assentou na técnica do inquérito, através da aplicação de questionários e envolveu uma amostra constituída por 109 Professores de Ensino Básico e de Ensino Secundário. Os resultados apontam para uma perceção favorável dos respondentes a respeito da importância da utilização das TIC no processo de ensino-aprendizagem, acarretando aspetos positivos como: a motivação, o interesse e a autonomia por parte dos alunos, facilitando a adaptação a estilos e ritmos de aprendizagem diferenciados e contribuindo para o sucesso de todos os alunos, e mais especificamente, dos alunos abrangidos por medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão. Palavras-chave: Tecnologias de Informação e Comunicação, Processo de Ensino Aprendizagem, Sucesso Educativo, Ensino Básico, Ensino Secundário. A PERCEÇÃO DOS PROFESSORES FACE À IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA E DA ESCOLA NO DESENVOLVIMENTO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA COGNITIVA Ana Valadar & Olívia de Carvalho anavaladar76@hotmail.com / oliviadecarvalho@hotmail.com

No presente estudo pretendeu-se conhecer as perceções dos professores face à importância da família e da escola no desenvolvimento do aluno com Deficiência Cognitiva. Neste sentido, foi delineada uma pesquisa tendo como instrumento de recolha de dados, um inquérito questionário, administrado a professores de vários níveis de ensino do Agrupamento de Escolas de Mogadouro. Os resultados obtidos mostram que a maioria dos professores inquiridos considera que deveria de existir mais formação em educação especial. A maioria dos inquiridos defende, também, a ideia que os professores em geral não possuem formação para ensinarem alunos com Deficiência Cognitiva. Verificamos que os professores, percecionam o trabalho conjunto entre a família e a escola como um fator que beneficia o desenvolvimento do aluno com Deficiência Cognitiva. E, a maioria dos inquiridos concordam parcialmente que a inclusão dos alunos deficientes mentais em turmas regulares, será benéfico para o seu desenvolvimento.


Por fim, são discutidos os aspetos mais relevantes decorrentes do trabalho de investigação e formuladas algumas propostas que poderão contribuir ou constituir motivo para outras investigações. Palavras-chave: professores, família, escola, Deficiência Cognitiva.

CRIANÇAS COM PERTURBAÇÃO DO ESPETRO DO AUTISMO. BEM-ESTAR DOS PAIS Ana Maria Neves & Celeste Lopes ana.m.neves@sapo.pt / celestelopes@iesfafe.pt

A Perturbação do Espetro do Autismo é uma perturbação que afeta o neuro desenvolvimento, cujos sintomas se manifestam nos três primeiros anos de vida e que se traduz em défices sociais, comunicacionais e comportamentais. O método utilizado nesta investigação foi uma pesquisa qualitativa do tipo exploratório-descritiva e o instrumento de recolha de dados foi a entrevista semiestruturada a dois agregados familiares e duas educadoras. Este trabalho pretende conhecer, interpretar e refletir sobre a realidade de duas famílias com crianças em idade pré-escolar que apresentam uma Perturbação do Espectro do Autismo. E, deste modo, avaliar o Bem-estar dos pais e sua influência no desenvolvimento da criança. Confirmou-se que o Bem-estar dos pais é um veículo facilitador e de estimulação para o desenvolvimento das crianças com Perturbação do Espetro do Autismo. Palavras-chave: Perturbação do Espetro do Autismo, Bem-estar, Família, Intervenção Precoce. A INTEGRAÇÃO DO ALUNO NO ESPAÇO ESCOLAR: A CONTRIBUIÇÃO DAS MEDIDAS DE SUPORTE À APRENDIZAGEM E INCLUSÃO (A INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO DOS DECRETOS-LEI N.ºS 54 E 55/2018) Ana Teresa Gonçalves & Victor Sil anateresa.geral@gmail.com / victorsil@mail.telepac.pt

O preconizado no Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de julho, referente à escola inclusiva em que todos podem encontrar respostas para a sua plena inclusão, sai reforçado no Decreto-Lei n.º 55/2018 de 6 de julho, que prioriza uma política educativa que é garante de igualdade de oportunidades. O presente trabalho pretende compreender de que forma as medidas de suporte à aprendizagem e inclusão são percecionadas pelo corpo


docente, nomeadamente de que forma a aplicação dos Decretos-Lei nº 54 e 55 de 2018 contribui para a inclusão e integração dos alunos na dinâmica escolar. Neste sentido, foi estruturada uma pesquisa que teve como instrumento de recolha de dados um questionário aplicado a professores em Coimbrões, Vila Nova de Gaia. Os professores e demais constituintes da comunidade escolar foram alvos da aplicação de um questionário, onde se pode constatar a relevância das políticas educativas que vigoram de acordo com a visão dos professores. Os resultados que daí advieram revelam que a maioria dos inquiridos é conhecedor da legislação atual e, consideram que, de acordo com a atual legislação, os alunos ao abrigo das medidas seletivas e adicionais irão beneficiar com a sua inclusão numa turma regular. A maioria dos inquiridos considera, ainda, que deveria de existir mais formação no âmbito da Educação Especial. Palavras-chave: Políticas Educativas. Inclusão. Professores. Escola. Formação. AUTISMO; EDUCAÇÃO PARA A INCLUSÃO Carla Ferreira & Celeste Lopes carla1978ferreira@gmail.com / celestelopes@iesfafe.pt

O presente trabalho procura refletir, analisar e compreender o Universo das crianças portadoras de Perturbações do Espectro do Autismo, de que forma a inclusão é realizada na prática educativa nas nossas escolas, e os seus reflexos nos processos de socialização e de aprendizagem. A pesquisa pautou-se em estudos referenciais teóricos e um inquérito por questionário, a 30 professores de ensino regular e especial, de agrupamentos diferentes que proporcionou uma análise entre a teoria e a prática no quotidiano escolar. Conclui que nem todos os professores estão preparados para a educação inclusiva, por isso pode levar à resistência de alguns às inovações educacionais, como a inclusão, ao considerarem que a proposta de uma educação para todos é válida, porém impossível de se concretizar, tendo em conta o número de alunos e os recursos que a escola pública oferece. O maior dilema que se coloca hoje às escolas e professores, é arriscar dar uma educação personalizada a todos e a cada aluno. Mas o desafio não é só das escolas e dos professores. É também de toda a sociedade. Palavra-chave: Autismo, Educação, Inclusão.


UMA ABORDAGEM INCLUSIVA DOS ALUNOS COM PERTURBAÇÃO DE HIPERATIVIDADE E DÉFICE DE ATENÇÃO NA APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA NO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO Carla Santos; Ana Isabel Abreu & Estrela Paulo carlastsantos@gmail.com / anaisabelabreu@sapo.pt / estrelapaulo@iesfafe.pt

O presente artigo é uma abordagem inclusiva dos alunos com Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção, no 1º Ciclo do Ensino Básico, 1º ano de escolaridade, na área curricular de Matemática, em particular na importância da utilização de materiais manipuláveis, no domínio dos Números e Operações, no desenvolvimento do sentido do número, uma vez que o cálculo é a dificuldade mais persistente nos alunos com esta problemática neurocomportamental. Os resultados evidenciam que a exploração de tarefas, utilizando materiais manipuláveis, facilitou a apropriação de conhecimentos matemáticos, bem como o desenvolvimento

de

diversas

capacidades

e

competências

associadas

ao

desenvolvimento do sentido do número. Nos alunos com PHDA, as aprendizagens foram significativas, mas insuficientes, sendo fundamental continuar a apostar nesta estratégia metodológica. Palavras-chave: Inclusão. PHDA. Matemática. Sentido do Número. Materiais Manipuláveis. POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA, NA PERSPETIVA DE ORIENTAÇÕES INTERNACIONAIS Carla Teixeira & Victor Sil cttnespereira@gmail.com / victorsil@mail.telepac.pt

O estudo que aqui se apresenta visa analisar as principais medidas educativas, em geral, e de educação inclusiva, em particular, na Região Autónoma da Madeira (RAM), desde a criação do modelo de escola a tempo inteiro (ETI) no 1.º ciclo do ensino básico até à atualidade, na perspetiva de orientações internacionais. Para o efeito foi realizada uma recolha de informações constantes nos normativos e outros documentos publicados pelo Governo Regional da Madeira. De igual modo, foi realizada uma entrevista semidirigida aos dois Secretários Regionais de Educação que governaram no período compreendido entre 2000 até à atualidade. Os resultados obtidos revelam uma


manifesta preocupação da RAM em garantir uma escola para todos combatendo a desigualdade de oportunidades no acesso ao sucesso escolar. Palavras-chave: Políticas educativas (inclusivas), modelo de escola a tempo inteiro, orientações internacionais. A IMPORTÂNCIA DAS TIC NA APRENDIZAGEM DE ALUNOS COM NEE Cátia Crespo & Ana Isabel Abreu crespo.katia@gmail.com / anaisabelabreu@sapo.pt

Existe um número considerável de alunos referenciados com Necessidades Educativas Especiais cujos impedimentos constituem uma barreira que dificulta ou atrasa o acesso e a participação ativa no processo de ensino/aprendizagem. A integração das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) tem sido um estímulo novo e distinto no que diz respeito principalmente aos objetivos, estratégias e recursos. Neste sentido surgiu o desejo de estudar o uso que se faz das TIC na prática pedagógica enquanto recurso para alunos com (NEE). Assim, procurou-se enfocar a função pedagógica das TIC, compreender a utilização e a articulação com as práticas pedagógicas com alunos com NEE e refletir sobre a formação dos professores neste âmbito. A opção metodológica adotada para este trabalho foi a metodologia quantitativa. Palavras-chave: Necessidades Educativas Especiais, Tecnologias de Informação e Comunicação. A CINOTERAPIA NAS NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS Célia Calado & Olívia de Carvalho celiacalado@hotmail.com / oliviadecarvalho@hotmail.com

A temática em questão, apesar de pouco explorada, trata da utilização terapêutica com cães (cinoterapia) de crianças com necessidades educativas especiais, com problemas relacionamento social, de afetividade, de aprendizagem, entre outros, baseando-se em estudos que apontam os benefícios do convívio com esses animais. O presente artigo é fruto de uma pesquisa qualitativa de campo, que teve como objetivo principal analisar que contributos o convívio com cães pode ter no processo de ensino-aprendizagem de crianças com necessidades educativas especiais. Assim, como base no estudo feito, foi possível perceber o potencial da Cinoterapia enquanto técnica de intervenção para crianças com necessidades educativas especiais. Trata-se de uma técnica viável e com


potencial, que pode contribuir para melhorar a qualidade de vida desta população, dos seus pares, família, escola e comunidade. Os benefícios oriundos da Cinoterapia podem ser observados em diferentes instâncias do comportamento, como a melhoria na comunicação, na autoestima e na motivação. Palavras-chave: terapia assistida por animais (cinoterapia); necessidades educativas especiais; ensino-aprendizagem. RELEVÂNCIA DA MÚSICA NO DESENVOLVIMENTO DE UMA CRIANÇA COM PERTURBAÇÃO DO ESPETRO DO AUTISMO – ESTUDO DE CASO. Daniel Henriques & Celeste Lopes danvideira@gmail.com / celestelopes@iesfafe.pt

Este artigo pretende analisar se, e de que modo, a exposição de uma criança com a Perturbação do Espetro do Autismo (PEA) a estímulos musicais, através da audição, interação e fruição de música com regularidade, induz melhorias ao nível comportamental, comunicacional, emocional e cognitivo, contribuindo para o seu desenvolvimento mais harmonioso e completo. Como metodologia, utilizei o estudo de caso único. A participante é uma criança com doze anos de idade, diagnosticada com autismo e atraso global de desenvolvimento que beneficia de apoio de educação especial, bem como de fisioterapia, terapia da fala e terapia ocupacional. Para o efeito realizei uma entrevista semiestruturada com a mãe para recolha de dados. Com este trabalho procuro realçar a importância do intercâmbio de conhecimentos e práticas entre a família, os educadores, os psicólogos e terapeutas, visando a promoção do desenvolvimento da criança autista. Atendendo à grande variabilidade de casos de Perturbação do Espetro do Autismo este estudo pretende ser apenas um indicador para pais, educadores e instituições fomentarem cada vez mais a música como ferramenta válida na vida das crianças autistas que educam. Palavras-chave: Música, Musicoterapia e Perturbação do Espetro do Autismo. PROJETO - SOBREDOTAÇÃO E A VIVÊNCIA ESCOLAR Helena Cavadinhas & Olívia de Carvalho helenacavadinhas@gmail.com / oliviadecarvalho@hotmail.com

Este trabalho visa conhecer as percepções dos docentes de pré-escolar até ao segundo ciclo, envolvidos no processo de ensino de turmas regulares, onde se integram crianças


portadoras de Necessidades Educativas, sobre a problemática da sobredotação e as medidas educativas, recursos e estratégias adoptadas atualmente pelo sistema educativo para atender estas crianças. A investigação adotada é do tipo quantitativa e descritiva, sendo a técnica utilizada para a recolha de dados o inquérito por questionário, que foi preenchido por 99 docentes. Os resultados obtidos revelaram que os docentes enquadram os alunos sobredotados nas crianças com Necessidades Educativas e que não se sentem preparados para acompanhar um aluno sobredotado, além de terem pouco conhecimento sobre este tema e sua abordagem. Palavras-chave: Sobredotação, Medidas Educativas, Necessidades, Escola, Docentes. UMA CULTURA DE TRABALHO COLABORATIVO NO 1.º CICLO DO ENSINO BÁSICO Helena Silva; Ana Isabel Abreu & Estrela Paulo helenamfsilva@live.com / anaisabelabreu@sapo.pt / estrelapaulo@iesfafe.pt

Este estudo procurou conhecer as conceções Professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico e dos Professores de Educação Especial, grupo de recrutamento 910, relativamente à relevância da colaboração, analisando as limitações e potencialidades, com vista ao desenvolvimento efetivo de uma Educação Inclusiva. Os mesmos apresentam interesses, preocupações e objetivos comuns, uma vez que se complementam no apoio ao processo educativo. Participaram no estudo 50 Professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico e Professores de Educação Especial, respondendo a um questionário adaptado de Correia (2013). Os resultados obtidos revelam que tanto os Professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico como os Professores de Educação Especial consideram central a colaboração no apoio ao desenvolvimento das crianças, não obstante identificarem limitações. Palavras-chave: Escola; Inclusiva; Colaboração. A EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO PROFISSIONAL Mafalda Silva & Celeste Lopes mafaldasilva@professores.profitecla.pt / celestelopes@iesfafe.pt

Este trabalho visa entender se o Ensino Profissional têm conseguido dar resposta às necessidades dos alunos com Necessidades Educativas Especiais, que estão atualmente na Educação Inclusiva, tendo em conta a sua futura transição para a vida ativa/adulta. A educação inclusiva assenta num novo conceito de escola, com uma estrutura


organizativa própria, aberta à mudança, inovadora e que se baseia no respeito pela diferença. Sendo a escola a entidade de formação que proporciona aos alunos NEE métodos e estratégias, devem os professores trabalhar e intervir junto da sociedade e da comunidade escolar numa plataforma em que estes alunos possam escolher a área que pretendem seguir e que realmente necessitam. Assim, os docentes devem ser capazes de orientar de forma a que não surjam lacunas e de forma a não comprometer as bases do sistema de ensino. Este estudo permitiu concluir que, na sua maioria, os professores consideram os Cursos Profissionais benéficos para os alunos NEE, essencialmente pelo caráter prático da formação, considerando também que estes permitem uma melhor inserção no mercado de trabalho. Palavras-chave: Ensino Profissional; Educação Inclusiva; Transição ESCOLA INCLUSIVA: REPRESENTAÇÕES DE PAIS, PROFESSORES E DIREÇÃO Maria Helena Silva & Olívia de Carvalho mhelenaslv@gmail.com / oliviadecarvalho@hotmail.com

O presente estudo incide na realidade das práticas inclusivas na escola atual, considerando o Decreto-lei Nº 54/2018 de 6 de julho. Será que a prática é coerente com a filosofia pretendida pelo Dec. Lei? Confrontados com estudos que apontam para a existência de evoluções concetuais no âmbito da Escola Inclusiva e visando responder a esta questão, foi aplicado um questionário à direção da escola, a professores de diferentes áreas disciplinares e ciclos de ensino e a pais de um Agrupamento de Escolas situado no norte de Portugal, pertencente ao distrito de Braga, o qual incidiu em três dimensões: Culturas; Políticas; e Práticas Inclusivas. Concluiu-se que a escola promove a inclusão, porém há barreiras a serem ultrapassadas. Palavras-chave: Escola Inclusiva; Representações da Direção; Representações dos Professores; Representações dos Pais; Barreiras. INCLUSÃO ESCOLAR NA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS Maria João Cardoso & Celeste Lopes mariajoaogc02@gmail.com / celestelopes@iesfafe.pt

Educação inclusiva significa educar todos os alunos no mesmo contexto escolar, encarando as diferenças e dificuldades como diversidade e enriquecimento em meio escolar. A inclusão dos alunos com necessidades educativas especiais (NEE) necessita de


adaptações específicas na disciplina de Educação Física (EF), respeitando os princípios do desenvolvimento humano e as características das pessoas com NEE. Pretendeu-se, com este projeto, verificar a implementação de estratégias de inclusão de alunos com NEE no âmbito da EF e as opiniões dos professores de EF em relação à inclusão. Verificou-se que os professores de EF são favoráveis à participação plena dos alunos com NEE nas aulas e que a autoavaliação sobre o desempenho docente com alunos com NEE é maioritariamente positiva. Verificou-se também que a formação inicial nesta área nem sempre existe e que é necessário colmatar esta falha na formação, bem como aumentar os recursos materiais de apoio à inclusão nas aulas de EF. Palavras-chave: Inclusão; Necessidades Educativas Especiais; Educação Física; Atividade Física; Educação Inclusiva. MEDIDAS ADICIONAIS DE SUPORTE À INCLUSÃO NO ENSINO PRÉ-ESCOLAR Maria José Cunha & Victor Sil mjf.cunha@gmail.com / victorsil@mail.telepac.pt

Este artigo expõe um estudo de caso efetuado nos jardins de infância de um agrupamento de escolas do sul de Portugal. Tenta apurar as eventuais dificuldades sentidas pelos/as docentes da educação pré-escolar, face à inclusão de crianças com necessidade de “medidas adicionais de suporte à inclusão”. A recolha de dados baseouse em inquéritos por questionário efetuados a uma amostra de sete educadoras. A amostragem foi probabilística e selecionada intensionalmente com o objetivo de recolher dados que permitam agir sobre a prática. Verificou-se que as educadoras sentem dificuldades por carência de formação específica, por falta de pessoal técnico especializado e pela complexidade de articulação das atividades gerais da turma com as mais específicas das crianças abrangidas por “medidas adicionais”. Palavras-Chave: Docentes; Crianças; Inclusão; Práticas; Dificuldades ATIVIDADES LÚDICAS E A CRIANÇA COM SÍNDROME DE ASPERGER Maria Manuela Faria & Ana Isabel Abreu manuelasecio@hotmail.com / anaisabelabreu@hotmail.com

O presente trabalho tem como objetivo geral avaliar a importância das Atividades Lúdicas no desenvolvimento da criança com Síndrome de Asperger. Numa primeira fase, é apresentada a fundamentação teórica onde se procuram esclarecer os principais aspetos relacionados com a Síndrome de Asperger. Inicia-se com uma breve abordagem


sobre as atividades lúdicas, onde é feita a sua definição e sublinhada a sua importância em contexto escolar. A segunda fase é constituída por um enquadramento empírico, feito de acordo com o estudo efetuado, cujos resultados se manifestaram através do preenchimento de um questionário. Inicialmente, é feita a contextualização do estudo: relevância, metodologia, objetivos, instrumentos e caracterização da amostra. Posteriormente, procede-se à análise dos dados recolhidos, assim como se tecem considerações finais. Palavras-Chave: Síndrome Asperger, Atividades Lúdicas, Inclusão PERTURBAÇÕES DO ESPETRO DO AUTISMO, PREOCUPAÇÕES SENTIDAS PELOS EDUCADORES Maria Albertina Tardego & Celeste Lopes tinacarvalhinho@sapo.pt / celestelopes@iesfafe.pt

A realização deste estudo de investigação, teve como principal objetivo perceber quais as preocupações dos educadores de infância na prática pedagógica com crianças com PEA. Como metodologia optou-se pela distribuição de um questionário aos educadores de infância do ensino público, particular e cooperativo do distrito de Bragança. O atual enquadramento legislativo português, Decreto-Lei nº 54/2018 relativo à inclusão, tem, entre outros princípios orientadores, o direito de todas as crianças e alunos ao acesso e participação, de modo pleno e efetivo, aos mesmos contextos educativos. Os resultados revelam que os docentes mostram otimismo na adaptação ao supracitado decreto, considerando que a inclusão de crianças com PEA é benéfica para todas evidenciando boa articulação da equipa multidisciplinar, porém existem obstáculos a ultrapassar. Palavras-chave: Perturbação do Espetro do Autismo; Inclusão; Preocupações; Educadores CRIANÇAS COM PERTURBAÇÃO DO ESPECTRO DO AUTISMO ENTRE OS SEUS PARES Maribel Loureiro & Celeste Lopes maribeloureiro@gmail.com / celestelopes@iesfafe.pt

A inclusão de crianças com PEA em turmas do ensino regular está associada a ganhos muito significativos no desenvolvimento social. No entanto, a integração numa turma, não garante a aceitação social da criança perante os seus pares, comprometendo, assim, uma inclusão efetiva, da qual a dimensão social é indissociável. As crianças com PEA,


devido às suas dificuldades típicas ao nível da comunicação e interação social, podem apresentar um risco acrescido de isolamento ou rejeição social. O presente estudo procurou avaliar a inclusão social de quatro crianças com PEA, a frequentar o 1° CEB em turmas regulares de escolas públicas, recorrendo a um procedimento psicométrico. Palavras-chave: Inclusão, Perturbações do Espectro do Autismo, Estatuto Social MEMÓRIA DE TRABALHO E LEITURA EM CRIANÇAS COM PERTURBAÇÃO DE HIPERATIVIDADE COM DÉFICE DE ATENÇÃO Marlene dos Santos & Celeste Lopes s.marlene@live.com.pt / celestelopes@iesfafe.pt

Memória de trabalho e leitura em crianças com Perturbação de Hiperatividade com Défice de Atenção Discente: Marlene dos Santos Resumo O presente estudo pretendeu verificar de que forma a memória de trabalho interfere no processo da leitura em crianças com a Perturbação de Hiperatividade com Défice de Atenção (PHDA). Foi feito um levantamento de diversos estudos realizados para compreender se a leitura neste grupo seria mais comprometida do que em crianças sem a perturbação. Percebeu-se através de uma pesquisa bibliográfica, uma ligação entre a memória de trabalho (MT) e a perturbação. A atenção demonstra-se relevante para a aquisição da MT que sua vez terá o seu papel na aquisição da leitura. Sendo esta memória frágil em crianças com PHDA, a leitura é por sua vez comprometida, pondo em causa o sucesso escolar destas crianças. Palavras-chave: Perturbação de Hiperatividade com Défice de Atenção (PHDA); Memória do trabalho; Leitura; Atenção

MATEMÁTICA FUNCIONAL NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ESTUDO DE CASO Natália Macedo; Ana Isabel Abreu & Estrela Paulo taliamacedo70@gmail.com / anaisabelabreu@sapo.pt / estrelapaulo@iesfafe.pt

O presente trabalho adveio de uma preocupação pessoal da autora enquanto docente, testemunha e participante na sua vida profissional. Surgiu de uma necessidade inédita em fazer adaptações curriculares significativas, como medida adicional, na disciplina de Matemática, de modo a torná-la útil e prática para a vida. O objetivo consistiu em descobrir «como» a Matemática Funcional consegue preencher necessidades e


promover capacidades de alunos com dificuldades intelectuais, enquanto instrumento de inclusão escolar, e «porquê» a importância da sua utilização na Educação Inclusiva. Para isso, fez-se um levantamento da necessidade na adequação do processo educativo aos alunos. De seguida, seguiu-se uma investigação qualitativa, nomeadamente, um estudo de caso, para analisar a importância da Matemática Funcional na Educação Inclusiva. Palavras-chave:

Adaptações

Curriculares

Significativas,

Medidas

Adicionais,

Matemática Funcional, Educação Inclusiva. OS BENEFÍCIOS DA APRENDIZAGEM DE UM INSTRUMENTO MUSICAL POR CRIANÇAS COM PEA Renato Corte-Real & Celeste Lopes renatovcortereal@hotmail.com / celestelopes@iesfafe.pt

O presente artigo é um estudo bibliográfico que aborda a pertinência da aprendizagem de um instrumento musical por crianças com Perturbações do Espectro do Autismo (PEA). Pretendemos evidenciar os benefícios que a música e, concretamente, a prática de um instrumento musical, trazem a estas crianças ao nível cognitivo-motor e, designadamente, ao nível das capacidades de comunicação e socialização, numa perspetiva de educação inclusiva, e não de terapia pela música. Assim, o nosso estudo incidirá também sobre questões de didática e pedagogia relacionadas com as PEA, conscientes que estamos da importância decisiva do “como” e do “a quem” se ensina. Na metodologia do nosso projeto queremos responder à questão que aqui se levanta, e que consiste em saber, pela observação de casos, se a aprendizagem e a prática de um instrumento musical tem efeitos visivelmente benéficos no desenvolvimento global das crianças com PEA. Palavras-chave: perturbações do espectro do autismo, autismo, PEA, ensino artístico especializado, ensino articulado da música, instrumento musical. A PERCEÇÃO DOS PROFESSORES ACERCA DO APOIO PRESTADO PELOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E DO SEU CONTRIBUTO PARA A INCLUSÃO Ricardo Vicente & Ana Isabel Abreu ricardvicente@gmail.com / anaisabelabreu@sapo.pt


Esta investigação identifica as perceções dos Professores titulares de disciplina face ao trabalho desenvolvido pelos Professores de Educação Especial. Procedemos a uma revisão da literatura envolvendo a temática da Educação Inclusiva, do trabalho colaborativo docente e do papel dos professores ao abrigo do Decreto-Lei 54/2018. Aplicámos um questionário aos Professores do Ensino Regular dos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico, a lecionar num Agrupamento de Escolas em Aveiro e constatámos que os professores titulares reconhecem a colaboração com os colegas especializados como essencial mas insuficiente. Verificámos ainda que os docentes das turmas defendem que as funções de diferenciação pedagógica e adequação dos recursos e do currículo deveriam competir primeiramente ao professor de Educação Especial, contrariamente ao estipulado na lei. Palavras-chave: Educação Inclusiva, Percepções, Educação Especial, Apoio e Trabalho colaborativo. OS BENEFÍCIOS DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA PRIMEIRA INFÂNCIA, NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA Sandra Patrícia Silva & Victor Sil sapatriciabras@gmail.com / victorsil@mail.telepac.pt

O presente estudo de investigação pretende abordar os benefícios do uso das novas tecnologias, pelos alunos com algum tipo de necessidades educativas especiais. Participaram no presente estudo de investigação 123 profissionais da educação, incluindo educadores de infância e professores do 1º. ciclo do ensino básico, a lecionar em algumas escolas e jardins de infância da rede pública, privada e IPSS’s de Portugal, através do preenchimento de um questionário. Os resultados revelaram que há ainda algumas escolas que não têm políticas de educação inclusiva, assim como alguns profissionais não estão ainda sensibilizados para o uso dos meios tecnológicos disponíveis. No entanto, grande parte dos docentes consegue explicar o significado de aprendizagem "inclusiva" e "amigável da aprendizagem", dando exemplos. Palavras-chave: Novas Tecnologias; Educação Inclusiva; Benefícios. ABORDAGEM INCLUSIVA AOS ALUNOS COM PERTURBAÇÃO DO ESPECTRO DE AUTISMO NA APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA NO 3.º CICLO DO ENSINO BÁSICO Sílvia Carvalho & Celeste Lopes


sa_carvalho79@hotmail.com / celestelopes@iesfafe.pt

Para a realização deste trabalho optei por realizar uma investigação-ação com alunos que têm espectro autista e a quem eu dou apoio à disciplina de inglês. São três alunos do 8.º ano que integram a educação especial e que manifestam muitas dificuldades na aprendizagem dos conteúdos das disciplinas formais. Os três alunos realizaram um préquestionário e posteriormente dois pós-questionários com o intuito de determinar se ocorreram aprendizagens efetivas e a sua motivação antes e após as aulas. Constatei que aprenderam vocabulário, contudo manifestaram muitas dificuldades na aprendizagem da língua, dada à falta de conhecimentos prévios e básicos. Estas aulas foram bastantes gratificantes, pois os alunos participaram ativamente e gostaram de estar expostos a estratégias diversificadas, como a produção do áudio. Palavras-chave: Autismo, Aprendizagem, Motivação e língua inglesa. A IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO PRECOCE CENTRADA NA FAMÍLIA: O CASO DE UMA CRIANÇA COM TRISSOMIA 21 Silvina Cunha & Victor Sil silvinacunha@hotmail.com / victorsil@mail.telepac.pt

Perante o objetivo principal de analisar a importância da Intervenção Precoce (I.P.) centrada na família, com enfoque nas atividades de rotina, realizou-se o presente estudo que contou com a participação da mãe de uma criança com Trissomia 21 e a respetiva Educadora de Infância. Trata-se de um estudo de caso assente no paradigma de investigação qualitativa, de cariz compreensivo e interpretativo, no qual foram utilizados como instrumentos de colheita de dados a Escala de Desenvolvimento de Griffiths realizada à criança, o Plano Individual de Intervenção Precoce (PIIP), a entrevista semiestruturada às duas participantes do estudo e, ainda, a observação direta no contexto. Os principais resultados evidenciam aquisição de novas competências ao nível do desenvolvimento pessoal da criança em questão. Palavras-chave: Autonomia, Desenvolvimento, Família, Intervenção Precoce, Trissomia 21. O PAPEL DO PROFESSOR DO 1º CICLO FACE À DISLEXIA Sónia Cardoso & Ana Isabel Abreu sonitacardoso@gmail.com / anaisabelabreu@sapo.pt


A

dislexia é uma dificuldade de aprendizagem específica cada vez mais presente nas

nossas escolas e responsável pelo insucesso escolar de alguns alunos. Cabe ao professor desenvolver estratégias que ajudem os alunos com essa problemática a elevar os níveis de leitura e escrita, bem como a motivar e a promover o sucesso dos mesmos. Neste trabalho de investigação, pretende-se avaliar qual o papel do professor do 1º Ciclo face à dislexia. Perceber qual o seu nível de conhecimento à cerca desta problemática, avaliar o seu grau de preparação para lidar com este tipo de alunos, bem como, conhecer quais as práticas pedagógicas implementadas para uma melhor inclusão dos alunos disléxicos. Foi adotada uma metodologia de investigação quantitativa tendo sido aplicados questionários a 50 Professores do 1º Ciclo do Ensino Básico que exercem funções em escolas públicas em Portugal. Inicialmente, foi feita a contextualização do estudo: relevância, metodologia, objetivos, participantes, instrumentos e procedimentos. Posteriormente, procedeu-se à análise e discussão dos dados recolhidos, assim como se teceram algumas considerações finais. Palavras-chave: Dislexia, dificuldade de aprendizagem, professor do 1º Ciclo, inclusão. ESCOLA

INCLUSIVA

EM

TEMPO

DE

PANDEMIA:

QUE

DESAFIOS?

QUE

OPORTUNIDADES? Susana Sousa & Olívia de Carvalho susanasousa@ua.pt / oliviadecarvalho@hotmail.com

O presente trabalho surge numa altura em que Portugal está em confinamento, as escolas encerraram e passou-se a ter escola a partir de casa, na modalidade E@D. Num contexto diferente do habitual, considerou-se importante perceber qual o impacto que o encerramento das escolas teve, principalmente nos alunos com necessidades especiais, partindo das perceções dos seus professores e respetivas famílias. Foram recolhidos testemunhos de um grupo de professores de Educação Especial através de um inquérito por entrevista com a intenção de compreender as dificuldades com que se depararam e qual o balanço que fazem deste tempo de ensino à distância. Foram elaborados questionários às famílias de alunos com necessidades especiais do mesmo contexto educativo, no sentido de conhecer as dificuldades associadas ao ensino à distância e relacionar os resultados obtidos com as respostas dos professores. Os dados


obtidos permitiram verificar que o ensino à distância em tempo de confinamento revelou desafios mas também revelou oportunidades, o que leva à reflexão numa lógica de escola inclusiva para que, no futuro, em situação semelhante, a escola permita dar respostas mais eficazes e verdadeiramente inclusivas. Palavras-chave: oportunidades.

Pandemia,

Escola

inclusiva,

Educação

especial,

desafios,


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